Sem Promessas, sem compromissos
Nora Roberts
Sem promessas, sem compromissos (Mind Over Matter)
Nora Roberts
Resumo:
Andrea teme que seus poderes a condenem à solidão para sempre. Assim que conece !avid "rad#, Andrea sabe o que os espera$ mais cedo c edo ou mais tarde se tornarão amantes, e %a& de tudo para driblar o destino. d estino. Mas a ima'em dele a perse'ue. Nos sonos, se v possuda por aquele omem %orte, insinuante, e delira de pra&er. !e repente percebe que s* + um meio de en%rentar o inevit+vel$ viver o presente, viver o deseo que a consome, sem pensar no passado, nem no amanã na certa tamb-m ser+ abandonada por !avid. Andrea est+ consciente consciente de que nin'u-m quer quer conviver com uma muler muler i'ual a ela.
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Sem Promessas, sem compromissos
Nora Roberts
CAPÍTULO I
!avid esperava encontrar uma bola de cristal sobre a mesa, incenso queimando a um canto, baralos e %olas secas espaladas pelo cão. 1mbora não admitisse aos cole'as, intimamente torcia mesmo por encontrar um ambiente bastante misterioso. 4omo produtor de document+rios para a televisão, %a&ia questão de veri%icar pessoalmente tudo que %osse obeto de %ilma'em. %ilma' em. Na verdade, esperava que uma tarde em compania de uma cartomante le proporcionasse al'uns momentos de descontra3ão, embora %osse ali a trabalo. 4ontudo, suas e5pectativas %oram %rustradas. 4larisse !e "asse não usava nem mesmo um turbante. A bela senora que o recebeu à porta da con%ort+vel casa do bairro de Ne6port "eac mais parecia uma dama da sociedade, destas que %req7entam % req7entam des%iles de moda e c+s da tarde. Seu per%ume era doce e %eminino, sem nada de misterioso ou oriental. 8 Ol+ 8 disse ela, estendendo9le a mão com um sorriso nos l+bios. 8 Sou 4larisse !e "asse. Por %avor, entre, sr. "rad#: ce'ou bem na ora marcada. 8 Muito pra&er, sra. !e "asse. Por um se'undo, relutou em apertar9le a mão mas, reconsiderando, percebeu que a'iria como um idiota. As pessoas dotadas de poderes paranormais comportavam9se e5atamente e5atamente como as demais, 8 A'rade3o9le A'rade3o9le por me receber receber mas. mas. . . 4omo soube meu nome; Ao apertarem as mãos, 4larisse concentrou9se nos %luidos que recebia de !avid para que pudesse analis+9lo posteriormente. Por ora, baseando9se apenas na intui3ão, percebeu que ele era um omem onesto em quem poderia con%iar: e isto le bastava. 8 1u poderia le di&er que usei de premoni3ão mas, na verdade, não não %oi nada disso. O senor estava sendo a'uardado para as tre&e e trinta: mina empres+ria tele%onara de manã para me lembrar. 4aso contr+rio, ainda estaria cuidando do meu ardim. O que aca de um ca%e&ino; 8 ratava9se, sem d=vida, de uma muler vaidosa. 8 Obri'ado, sra. !e "asse. !evo le con%essar que não se parece em nada com a ima'em que eu tina em mente. 2
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Absolutamente à vontade, 4larisse recostou9se no so%+. 8 ?+ sei$ esperava que eu o recebesse na porta com uma bola de cristal nas mãos. Seus olos eram incrivelmente belos e astutos. 8 @, admito que sim 8 con%essou, tomando um 'ole do ca%-, cua =nica qualidade qualid ade era a de estar quente. 8 2i muito a seu respeito nestas =ltimas semanas e vi uma 'rava3ão ' rava3ão do "arro6 So6 no qual a senora aparece. 8 1ntão, escolendo bem as palavras, a%irmou$ 8 Sua ima'em no vdeo - bem. . . di%erente. di %erente. 8 Ora, aquilo %a& parte do so6 business 8 ela disse de modo tão casual que ele ima'inou tratar9se de pura ironia. No entanto, seu olar permanecia claro e ami'+vel. 8 eralmente, não trato de ne'*cios em mina casa mas, como me pareceu que o senor tina uma certa ur'ncia em me ver, resolvi que seria melor receb9lo como sou na realidade. Sinto t9lo desapontado. 8 Não, não, não, em absoluto absoluto 8 ele obetou, obetou, sincero. 1ntão, apoiando a 5cara sobre sobre a mesa, mesa, disse$ 8 Sra. !e "asse... 8 4ame9me de 4larisse 8 pediu, sorrindo de maneira carmosa. 8 4larisse, serei bastante %ranco com voc. 8 Bue bom 8 concordou ela, apoiando as mãos sobre o colo. !avid %icou %ascinado com a espontaneidade de 4larisse. 4aso ela %osse uma vi'arista, sabia dis%ar3ar muito bem. 8 Sou um omem e5tremamente pr+tico, e %enCmenos tais como telepatia, clarividncia clarivi dncia e paranormalidade não %a&em parte do meu dia9a9dia. Dm*vel, ela limitou9se a sorrir de modo compreensivo, mantendo um olar absolutamente ine5pressivo. Pouco à vontade, !avid me5eu9se na poltrona. 8 4on%esso que resolvi %a&er este document+rio sobre a parapsicolo'ia meramente por seu aspecto curioso, visando apenas entreter o espectador. 8 Ora, não tem do que se desculpar. 8 No momento em que um 'ato preto pulou em seu colo, 4larisse levantou as mãos e, sem desviar o olar, come3ou a acarici+9lo. 8 !avid, uma pessoa na mina posi3ão entende per%eitamente as d=vidas e o %ascnio que as pessoas tm com rela3ão a... estas coisas. Não sou nem um pouco radical. 8 O 'ato, a'ora, deitava9se con%ortavelmente em seu colo. 8 Sou apenas um ser umano a'raciado com um presente do 4riador e que, portanto, tem certas responsabilidades. 8 Responsabilidades; !avid procurou pelo ma3o de ci'arros no bolso, mas notou que não avia cin&eiros por perto. 8 4laro 8 a%irmou 4larisse, abrindo a 'avetina da mesa, de onde retirou um cin&eiro de lou3a a&ul. 8 Aqui est+ 8 disse, entre'ando9o a !avid. 8 0ea, um 'aroto, quando recebe uma cai5a de %erramentas de presente, precisa optar$ ele poder+ us+9las para aprender, para consertar ou para serrar o p- de uma mesa. Ou, ainda, 'uard+9las no %undo do arm+rio. A maioria das pessoas opta pela =ltima alternativa por acar as %erramentas muito complicadas ou assustadoras, at-. 0oc al'uma ve& + passou por uma e5perincia medi=nica ou paranormal, !avid; 8 Não 8 respondeu ele, acendendo um ci'arro. 8 Não; 8 Poucas pessoas teriam ne'ado com tanta convic3ão. 8 Nenuma ve& teve a 3
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impressão de prever al'uns acontecimentos; O assunto o interessava. 8 4reio que todos + tiveram esta sensa3ão uma ve& ou outra. 8 >rata9se de intui3ão. 8 1 voc considera a intui3ão como um dom paranormal; 8 4laro que sim 8 a%irmou, entusiasmada, os olos muito brilantes. 8 Mas depende muito do quanto a pessoa a desenvolve, como a canali&a, de que %orma a utili&a. A maioria de n*s usa apenas uma pequena parte da intui3ão, pois tra& a mente sempre ocupada com outros assuntos. 8 Eoi, então, um %enCmeno semelante que a levou a descobrir des cobrir Matte6 0an 4amp; Fma sombra cru&ou o olar de 4larisse. 8 Não. Mais uma ve&, ela o intri'ava. 4larisse tornara9se %amosa e respeitada pela opinião p=blica e5atamente por causa de sua auda no caso 0an 4amp. !avid ima'inou que ela estivesse ansiosa por %alar no assunto: no entanto, a simples men3ão do caso a %e& retrair9se. >ra'ando o ci'arro, percebeu que o 'ato o observava. 8 4larisse, o caso 0an 4amp + vai completar de& anos e ainda - a mais controvertida de suas atua3Ges. 8 O 'aroto + vai %a&er vinte anos de idade. @ um lindo rapa&. 8 !iversas pessoas acreditam que ele estaria morto a esta altura, caso a sra. 0an 4amp não tivesse ido contra a opinião da polcia e do marido e insistido em cam+9la para aud+9 los no seq7estro. 8 1 outras pessoas acreditam que tudo não passou de um 'olpe publicit+rio muito bem armado 8 ela a%irmou, serena, tomando mais um 'ole de ca%-. 8 O %ilme de Alice 0an 4amp, lan3ado ap*s o seq7estro, %oi um 'rande sucesso de bileteria. 0oc assistiu; 1stava lindo. Astuto, !avid percebeu que 4larisse desviara o assunto. 1ntretanto, 1n tretanto, ele o retomou. 8 4larisse, caso concorde em %a&er parte de meu document+rio, document +rio, 'ostaria que nos %alasse sobre o caso 0an 4amp. "astante s-ria, ela %ran&iu as sobrancelas e pCs9se a a'radar o 'ato. 8 "em, não sei se poderei atender ao seu pedido. Eoi uma e5perincia muito traum+tica para a %amlia 0an 4amp, traum+tica mesmo. 1 eu não 'ostaria de tra&er o assunto novamente à tona. Mas !avid não teria atin'ido uma posi3ão de tanto prest'io dentro da pro%issão caso não soubesse ne'ociar. 8 1 se a %amlia concordar; 8 "em, nesse caso - di%erente. 8 1nquanto ela considerava a possibilidade, o 'ato espre'ui3ou9se em seu colo. 8 Sim. . . 8 Sabe, !avid, admiro muito seu trabalo. 0i seu document+rio sobre os espancamentos de crian3as e %iquei espantada com a maneira s-ria que o assunto %oi abordado. 8 1u não brinco em servi3o, 4larisse. 8 @ e5atamente isto o que mais admiro em voc, sua seriedade. Mas me di'a$ o que pretende com este document+rio sobre so bre a paranormalidade; 8 Pretendo %a&er as pessoas pensarem com mais cuidado sobre o assunto 8 a%irmou, 4
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apa'ando o ci'arro. 8 Ea&er o p=blico encarar tais %enCmenos com outros olos. 8 @ o que voc tamb-m pretende; 8 4laro, todos iremos aprender muito com este trabalo. A sinceridade da resposta a convenceu. 8 osto muito de voc, !avid, e creio que 'ostaria de aud+9lo. 8 Eico %eli& com isso. Posso dei5ar o contrato para que. . . 8 Não, não 8 ela interrompeu ao v9lo abrir a pasta. 8 1stes detales menores %icam por conta de mina empres+ria 8 a%irmou, com um 'esto de pouco9caso. 8 rabalo com a A'ncia Eields, de 2os An'eles. Novamente ela o surpreendia$ a bela senora com ar maternal tina uma das melores empres+rias de toda a re'ião. 8 Per%eito: encaminarei os pap-is para l+ ainda esta tarde. Ser+ um pra&er para mim trabalar com voc, 4larisse. 8 Posso ver sua mão; Mais uma atitude inesperada. !avid estendeu9le a mão e brincou$ 8 Por acaso vou %a&er um cru&eiro martimo; Mas 4larisse não se o%endeu e, embora se'urasse a mão que ele le estendera, mal a observava. Mantina, sim, os olos %i5os no rosto de !avid. 1studando9o, constatou9le os tra3os an'ulosos e os cabelos escuros. !evia estar com um pouco mais de trinta anos, era e5tremamente atraente e vestia9se com ele'Hncia. As A s sobrancelas 'rossas destacavam os olos verdes incrivelmente tranq7ilos. A boca era %ina e proporcional ao tamano do rosto e a mão que !avid le estendera era lar'a, com dedos lon'os, tpicos t picos de artista. Mas 4larisse viu mais do que isso. 8 0oc - um omem muito %orte, sob todos os pontos de vista. 8 Obri'ado. 8 Não di'o isso para aud+9lo, !avid. O que voc precisa - aprender a mesclar esta %or3a com um pouco de ternura, principalmente em seus relacionamentos amorosos. Aco que - por esse motivo que voc ainda não se casou. O coment+rio dela camou9le a aten3ão. 8 Mina e5plica3ão - mais simples$ nunca encontrei a muler certa. 8 >em ra&ão, precisa encontrar uma muler tão %orte quanto voc. 1 vai encontr+9la, mais cedo do que ima'ina. Não ser+ um relacionamento %+cil e vocs dois precisarão ter em mente esta ternura de que le %alei. 8 Buer di&er que acarei a muler ideal, casarei e viveremos %eli&es para sempre; 8 1u nunca preveo o %uturo. 8 Sua e5pressão tornou9se pl+cida mas bastante s-ria. 8 1 s* leio a mão das pessoas que me interessam. Buer que eu le conte o que di& a mina intui3ão; 8 Sim, di'a. 8 Sinto que o relacionamento entre n*s dois ser+ lon'o e muito interessante. 8 Antes de soltar9le a mão, 4larisse deu9le uns tapinas amistosos. 8 1 vou 'ostar muito disso. 8 1u tamb-m 8 a%irmou ele, levantando9se. 8 At- mais, 4larisse. 8 ostei muito de conec9lo, !avid. 0ena me visitar mais ve&es. Ao ce'ar ao portão, !avid teve um estrano pressentimento de que voltaria ali muito 5
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breve. Andrea Eields andava de um lado para outro do amplo escrit*rio, como era seu costume quando %icava nervosa. Antes de voltar9se para seu s*cio, aprumou um quadro que pendia torto na parede. 8 4laro que ele - um e5celente produtor, Abe. S* não sei se dar+ certo com 4larisse. 4omo de +bito, Abe 1bbit estava sentado na poltrona com as mãos cru&adas sobre a barri'a volumosa. Paciente, observava Andrea por sobre os *culos cados na ponta do nari&. 8 Andrea, a o%erta dele - muito 'enerosa. 8 1la não precisa de dineiro. 4omo empres+rio ele não 'ostou daquele coment+rio. 8 Pense na repercussão unto ao p=blico, então. 8 Seria o tipo certo de repercussão, Abe; 8 0oc a prote'e demais, Andrea. 8 @ para isso que estou aqui 8 ar'umentou. !e repente, Andrea parou de andar e sentou9se na beirada da mesa. Ao v9la s-ria, com as sobrancelas %ran&idas, Abe manteve9se calado, pois sabia que, caso le per'untasse al'o Andrea não responderia. A conecia de lon'a data e a respeitava por este motivo que ele, um veterano empres+rio de Ioll#6ood, trabalava traba lava para a A'ncia Eields em ve& de abrir seu pr*prio escrit*rio. 1mbora tivesse idade para ser pai dela, não se importava de serem s*cios e terem a mesma posi3ão. J?unta9te aos bons e ser+s um delesJ, Abe costumava di&er. 8 1la + se decidiu a aceitar a o%erta 8 murmurou Andrea ap*s uma lon'a pausa. 8 Mas... "em, espero que não esteamos cometendo um erro. Bualquer desli&e e eles vão %a&9la passar por boba perante o p=blico. 1 isto eu não vou tolerar, Abe. 8 4alma Andrea. !ei5e que 4larisse decida por si s*. Al-m do mais, voc sabe que não deve permitir que seu lado emocional inter%ira nos ne'*cios, 8 Sim, eu sei. 4ru&ando os bra3os, Andrea lembrou9se de que aquele %ora o principal motivo de seu sucesso pro%issional. Aprendera desde muito ovem a controlar suas emo3Ges para poder sobreviver. Buando se perde o pai muito cedo e sua mãe não presta aten3ão a detales tais como a data de vencimento da ipoteca da casa, tem9se que aprender a lidar com os ne'*cios de modo pro%issional. Andrea tornara9se empres+ria por voca3ão e era realmente muito competente no que %a&ia. A prova disto era o belo escrit*rio que adquirira numa das avenidas mais ele'antes de 2os An'eles. 8 "em, s* vou tomar uma decisão oe à tarde, depois que me encontrar com "rad#. 4onecendo9a bem, Abe sorriu e inda'ou$ 8 Buanto mais voc vai pedir; 8 Aco que mais de& por cento 8 comentou, tamborilando um l+pis sobre a mesa. 8 Mas, antes, pretendo descobrir o que e5atamente ele vai mostrar nesse document+rio e qual a aborda'em que dar+ ao assunto. 8 !i&em que !avid "rad# - durão. Andrea diri'iu9le um riso si'ni%icativo. 6
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8 1u tamb-m. Abe %icou de p- num 'esto bastante caracterstico dele, colocando colo cando o pole'ar no cinto da cal3a. 8 "em, teno uma reunião a'ora. Me avise depois como %oram % oram as ne'ocia3Ges. 8 4erto. At- mais tarde. !avid "rad#. O %ato de Andrea admirar9le o trabalo iria, sem d=vida, in%luenciar sua decisão. No entanto, desde que ele aceitasse pa'ar a quantia e5i'ida, teria a participa3ão de 4larisse no document+rio. Mas, antes, seria preciso não demonstrar demons trar muito interesse. 4larisse !e "asse %oi sua primeira cliente. 1 a =nica durante os primeiros anos da A'ncia Eields. 1mbora todos a criticassem por sua atitude e5cessivamente protectora com rela3ão a ela, Andrea não mudava seu modo de a'ir. "rad# podia ser um dos melores produtores de document+rios, mas isto não le dava privil-'io nenum sobre 4larisse. Nenum contrato seria assinado sem sua aprova3ão. A vida para Andrea no incio de sua carreira não tina sido nada %+cil. Para atin'ir o prest'io de que 'o&ava oe, escrit*rio escrit* rio pr*prio e quin&e empre'ados, precisara passar por maus peda3os. I+ de& anos, quando entrara para o ramo, nem tele%one pr*prio Andrea tina. Al-m do que, na -poca, se viu obri'ada a esconder sua verdadeira idade da maioria dos clientes, pois poucas celebridades con%iariam sua carreira nas mãos de uma 'arota de de&oito anos. 15ceto 4larisse. Suspirando, Andrea recordou9se de como %ora di%cil o come3o$ tantas responsabilidades, a concorrncia, tantos detales... de tales... Mas a in%Hncia penosa le servira de escola. !esde cedo aprendera a veri%icar os talGes de ceque para ver se as contas con%eriam e cuidar de todos os pa'amentos. Os pap-is entre ela e sua mãe aviam se invertido$ era a %ila quem cuidava da mãe. No entanto, oe em dia, Andrea en5er'ava esta e5perincia pelo dado positivo, pois, caso não tivesse passado por tais di%iculdades, talve& alcan3ar o sucesso tivesse sido impossvel. O destino tem seus meios. . . Sorrindo, Andrea contornou a mesa e sentou9se na enorme poltrona que 'anara de sua mãe. Ao contr+rio da mesa, pr+tica e %uncional, a cadeira era imensa e bastante desaeitada. Mães... >odo o escrit*rio se'uia a lina da %uncionalidade discreta. Nada de %lores, %otos ou en%eites %rvolos. Pensando em dar mais uma olada no contrato antes de discuti9lo com !avid "rad#, Andrea apanou9o sobre a mesa. Pretendia estudar cuidadosamente cada cl+usula, cada %rase, cada alternativa. No momento em que %a&ia uma anota3ão acerca do =ltimo par+'ra%o, o inter%one tocou. Sem dei5ar de escrever, ela o atendeu. 8 Sim, !iane; 8 O sr. "rad# acaba de ce'ar, Andrea. 8
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1la aprendera + al'um tempo num curso que tal atitude demonstrava poder e, ao mesmo tempo, dava9le a cance de estudar melor a pessoa que ce'ava. Observando9o, concluiu que !avid "rad# mais parecia um de seus clientes do que um produtor de renome. >ina o andar macio e a ele'Hncia displicente. Numa %ra3ão de se'undo ima'inara9o estrelando um policial para a televisão ou, então, um destes %ilmes de co6bo#. Pena que ele estivesse em outro ramo. !avid, por sua ve&, tamb-m pCde observ+9la. 1le'ante e discreta, dis creta, ela le pareceu a tpica muler de ne'*cios. Apenas a pouca idade o surpreendeu. O corpo esbelto camava pouca aten3ão sob o tailleur cin&a. Os cabelos loiros à altura do quei 5o %ormavam um belo contraste com o vermelo da blusa de seda e o a&ul dos olos era ressaltado por uma maquila'em bastante suave, pouco perceptvel atrav-s dos *culos. O aperto de mão %oi %irme e pro%issional. 8 Por %avor, sente9se, sr. "rad#. "rad#. ostaria de tomar tomar um ca%e&ino; ca%e&ino; 8 Não, obri'ado 8 disse ele, sentando9se ap*s Andrea, que mantina o contrato aberto sobre a mesa. Ainda estudando9a, "rad# constatou que ela não usava qualquer qual quer tipo de *ias ou en%eites. Apenas um rel*'io social no pulso esquerdo. 8 Parece que temos muitos ami'os em comum, srta. Eields. Dncrvel que ainda não tiv-ssemos nos conecido. 8 !e %ato 8 ela a%irmou sorrindo. 8 Mas, M as, como empres+ria, pre%iro me manter nos bastidores do mundo artstico. O senor + se encontrou com 4larisse, não; 8 Sim, + 8 concordou, percebendo que iriam direto d ireto ao assunto. 8 1la - uma pessoa encantadora, mas con%esso que esperava encontrar uma muler mais. . . e5cntrica. Andrea riu de maneira espontHnea. 8 1la sempre surpreende as pessoas. Sr. "rad#, seu proeto me pareceu bastante interessante, mas preciso conecer al'uns detales. ostaria que me dissesse e5atamente o que pretende produ&ir. 8 >rata9se de um document+rio sobre a paranormalidade, incluindo %enCmenos li'ados à clarividncia, à parapsicolo'ia, telepatia, etc. 8 1 o que me di& de almas do outro mundo; O tom de desaprova3ão não le passou despercebido. 8 Para uma empres+ria que cuida dos interesses de uma cliente paranormal, a senora me parece bastante irCnica. 8 Mina cliente não l cartas nem %ala com pessoas %alecidas. 8 Andrea recostou9se na cadeira numa postura que transmitia autocon%ian3a e poder. 8 Por diversas ve&es a sra. !e "asse provou ser uma pessoa muito sensvel, mas nunca a%irmou possuir poderes sobrenaturais. 8 %enCmenos sobrenaturais, não. Mas paranormais, sim. 8 A, veo que o senor andou pesquisando o assunto. 8 4ame9me de !avid. K por isso que quero 4larisse !e "asse em meu pro'rama. 8 Prossi'a, !avid. . 8 1stive conversando com m-diuns, cartomantes, quiromantes, ci'anas. Nem ima'ina quantos vi'aristas e5istem por a. 8
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8 Dma'ino, sim 8 ela comentou, rindo. !avid resolveu i'norar o sarcasmo. 8 4onversei, tamb-m, com diversos ce%es de departamentos de parapsicolo'ia de muitas universidades e todos mencionaram o nome de 4larisse. 8 4larisse tornou9se muito conecida. Principalmente na +rea da pesquisa. Novamente o tom de censura. 8 Nos cinco pro'ramas que %arei, de uma ora cada um, pretendo propor questGes, mostrar novos estudos na +rea. O p=blico poder+ enviar per'untas e terei à disposi3ão dos participantes uma sala com cartas de tarC, etc. 8 1 onde - que 4larisse se encai5a nisso tudo; 8 ela inda'ou, tamborilando os dedos sobre a mesa. Não ia ser nada %+cil convenc9la, concluiu !avid. Mas, tamb-m, não cederia nem um centavo na ne'ocia3ão. 8 4omo voc mesma + disse, 4larisse tornou9se %amosa. Principalmente ap*s o caso 0an 4amp. 8 Dsto %oi + de& anos 8 ela comentou, num tom seco. 8 O %ilo de uma estrela de Ioll#6ood - seq7estrado enquanto brinca num parque da cidade. O res'ate - %i5ado em meio milão de d*lares. A mãe %ica arrasada, a polcia, desorientada. Buarenta e oito oras se passam sem que nenuma pista sea levantada, enquanto a %amlia do 'aroto tenta conse'uir o dineiro. di neiro. Ainda que contra a vontade do pai, a mãe tele%ona para uma ami'a que %a& mapas astrol*'icos. A ami'a ce'a, ce' a, %ica durante al'uns minutos no quarto do 'aroto, se'urando uma roupa dele, e, ao sair, descreve para a polcia o local para onde o levaram e %ornece um retrato %alado dos seq7estradores. Naquela mesma noite o 'aroto - encontrado e levado para casa. 8 !avid acendeu um ci'arro e deu uma tra'ada. 8 As pessoas pes soas não esquecem um %ato desses nem mesmo depois de de& anos. >entando ocultar a raiva que sentia, Andrea permaneceu im*vel. 8 Muitos a%irmam que o caso não passou de uma %raude. >ra&9lo à tona a'ora, depois de tanto tempo, vai e5altar os Hnimos de novo. 8 Bualquer pessoa na posi3ão de 4larisse deve aprender a lidar com a crtica. !avid viu um brilo intenso estampar9se nos olos de Andrea e percebeu que, por detr+s da aparncia tranq7ila, a raiva a consumia. 8 >em ra&ão, mas não permitirei que ela assine um contrato con trato que a preudique. Não pretendo v9la e5posta a um ul'amento televisionado. 8 1spere um pouco 8 ele disse, tamb-m + irritado. 8 1la - e5posta a ul'amento toda ve& que aparece em p=blico e, caso não consi'a se de%ender verbalmente perante as cHmeras, seria melor abandonar a atividade. 4omo empres+ria, deveria ter mais con%ian3a na competncia de sua cliente. 8 Dsto não - de sua conta. Pretendendo livrar9se de !avid e do contrato o quanto antes, Andrea come3ou a levantar9se quando o tele%one tocou. 0isivelmente contrariada, atendeu9o. 8 Por %avor, !iane, não posso. posso. . . A... Sim, pona9a pona9a na lina. 8 Sinto muito incomod+9la, querida. 8 Não tem problema. 1stou atendendo uma pessoa, portanto... 9
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8 Sim, eu sei 8 a%irmou 4larisse no seu tom calmo de sempre. 8 !avid "rad# est+ a. 1le - muito simp+tico. 8 Dsto - questão de opinião. 8 2o'o ima'inei que voc não %osse % osse concordar. 8 Andrea, estive pensando muito na proposta de !avid e decidi assinar o contrato imediatamente. 8 Antes que Andrea pudesse protestar, ela continuou$ 8 ?+ sei o que voc est+ pensando. "em, como empres+ria, espero que cuide dos detales que ul'ar necess+rio, mas aviso9le que quero %a&er esse document+rio. Andrea percebeu pelo tom de vo& de 4larisse que se tratava de mais um pressentimento dela, e sabia que seria in=til protestar. 8 Precisamos conversar sobre o assunto. 8 4laro, querida, como quiser. !ei5o os detales a seu car'o e de !avid, mas assinarei assinarei o contrato de qualquer %orma. >endo !avid bem à sua %rente, Andrea teve que dis%ar3ar a revolta como pCde. 8 4omo queira, mas aco que deveramos discutir discuti r com mais calma. 8 1st+ bem. 0ena antar comi'o, então. Andrea não conteve um riso$ 4larisse adorava discutir assuntos assun tos s-rios durante as re%ei3Ges. Pena que %osse tão m+ co&ineira. 8 Não posso, teno um compromisso. 8 Pode ser amanã; 8 1st+ certo. 1ntão at- amanã. Ap*s desli'ar, Andrea respirou %undo e se voltou para !avid. 8 Me perdoe pela interrup3ão. 8 Não se preocupe. 8 Não consta do contrato nenuma cl+usula re%erente ao caso 0an 4amp. 8 ?+ conversei com ela a este respeito. 8 1ntendo... Mas 'ostaria que a participa3ão participa3ão da sra. !e "asse nesse seu document+rio document+rio %icasse bem e5plicada e, para isto, teremos que %a&er al'umas modi%ica3Ges. 8 >udo bem, não me opono a nenuma modi%ica3ão. J1ntão, 4larisse vai mesmo assinar o contratoJ, ele pensou consi'o enquanto ouvia mais al'umas modi%ica3Ges su'eridas por Andrea. Antes daquele tele%onema, teve a ntida impressão de que ela estava para se livrar dele, mas depois. . . Não era preciso ser clarividente para saber que o tele%onema tina sido de 4larisse. Andrea %ora pe'a de surpresa. 8 Reescreverei a minuta do contrato e a enviarei amanã mesmo para voc 8 disse. J>odos parecem muito apressadosJ, ela pensou. 8 1stou certa de que então poderemos %a&er ne'*cio. A, s* mais um detale. 8 Bual; 8 O cac da sra. !e "asse. 8 Andrea %oleou o contrato, arrumando os *culos que usava para ler. 8 1sta quantia est+ bem abai5o do que 4larisse costuma cobrar. Bueremos vinte por cento a mais. Surpreso, ele er'ueu uma das sobrancelas. !avid esperava que Andrea tivesse tocado no assunto bem antes. 8 1spero que compreenda que estamos trabalando para a televisão estatal e, portanto, 10
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temos um or3amento bastante restrito. 4omo produtor, posso le o%erecer cinco por cento a mais. 0inte seria impossvel. 8 1 cinco - irris*rio 8 comentou ela, tirando os *culos. 8 4ompreendo per%eitamente sua situa3ão, mas o mnimo que posso pedir - quin&e. JA tpica empres+riaJ, considerou, não muito surpreso. Acostumado a %ecar ne'*cios, !avid sabia que ela queria, na verdade, ver dade, de& por cento, e era e5atamente aonde pretendia ce'ar. Mas, não ia ser %+cil. 8 A sra. !e "asse vai receber o cac mais alto do pro'rama. 8 Dsto se deve ao %ato de que ela ser+, sem d=vida, sua melor atra3ão. 1ntendo de ndices de audincia tamb-m. 8 Sete por cento. 8 !o&e. 8 !e&. 8 Ne'*cio %ecado 98 a%irmou Andrea, levantando9se. 4aso não estivesse tão %uriosa, %icaria mais satis%eita por ter ce'ado aonde pretendia. 8 0ou esperar pela minuta, então. 8 1u a enviarei pelo mensa'eiro amanã. A, a respeito desse tele%onema... 8 !avid levantou9se. 8 N*s não %ecaramos ne'*cio se não %osse por ele, não -; 1nquanto o observava, Andrea mentalmente o amaldi3oou pela esperte&a e ast=cia. 8 Não, não %ecaramos. 8 A'rade3a a 4larisse por mim 8 ele comentou, com um riso que a %e& odi+9lo. 8 Adeus... !esta ve&, quando suas mãos se tocaram, Andrea emudeceu. Sensa3Ges estranas e con%usas apoderaram9se dela, %a&endo com que suas pernas %raqueassem e a respira3ão se tornasse di%cil. Apreensão, Apreensão, deseo, *dio... tudo a um s* tempo. 8 Srta. Eields; 1la o encarava, pasma, como se estivesse %rente a uma apari3ão. !avid sentiu9le a mão 'elada e, automaticamente, se'urou9a pelo cotovelo. Andrea parecia prestes a desmaiar. 8 @ melor sentar... 8 O qu; 8 inda'ou ela, %or3ando9se a rea'ir. 8 Não, não. 1u estou bem... 1nquanto %alava, Andrea pu5ou o bra3o, para que ele parasse de toc+9la. 8 >eno dormido muito pouco, 8 JA%aste9se de mimJ, acrescentou mentalmente. 8 Eica satis%eita por termos %ecado o ne'*cio. 1mbora as %aces de Andrea tivessem recuperado a cor e seus olos voltassem a brilar, !avid percebeu que ela ainda não estava bem. 8 Sente9se. 8 Por %avor, eu... 8 Sente9seL 8 Se'urando9a pelo bra3o, ele a %or3ou a sentar9se. sen tar9se. 8 Suas mãos estão tremulas. Antes que pudesse evitar, !avid aoelava9se à sua %rente. 8 Su'iro que cancele o tal compromisso e v+ dormir mais cedo. 8 Não precisa se preocupar 8 ela comentou, apertando as mãos sobre o colo para evitar que ele a tocasse de novo. 8 Sempre %ico preocupado quando uma muler quase desmaia des maia a meus p-s. 11
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O tom irCnico inquietou9a mais uma ve&. 8 Dma'ino. . . 8 1ntão, !avid !avid se'urou9le o rosto com ambas ambas as mãos. mãos. 8 Pare, sr. "rad#. A pele alva era tão macia quanto su'eria. 8 Não tena medo. 0oc não %a& o meu tipo. 1, sem mais uma palavra, ele se retirou, dei5ando9a a s*s. Ao ouvir ouvi r a porta %ecar, Andrea trou5e os oelos para unto do peito e abra3ou9os. O que %aria a'ora; 4omo escapar;
CAPÍTULO II
Andrea pensou seriamente em parar numa lanconete antes de ir antar na casa de 4larisse mas, então, reconsiderando, concluiu que talve& a %ome a audasse a en'olir com mais %acilidade o que a dona da casa le servisse. Abrindo o teto solar, tratou de rela5ar e aproveitar o passeio. A%inal, levaria no mnimo quarenta e. cinco minutos para ir do escrit*rio ao sub=rbio. Ao seu lado, no banco de passa'eiros, uma pasta de couro contina o novo contrato enviado pelo mensa'eiro de "rad#. >odas as modi%ica3Ges aviam sido sid o %eitas, não le dei5ando motivo para reclama3ão. 1ntretanto, um %orte pressentimento a incomodava. Não era nada de palp+vel, concreto, apenas uma sensa3ão estrana a le di&er que al'o poderia acontecer caso 4larisse aceitasse trabalar para !avid. A%astando tais pensamentos da mente, convenceu9se de que tudo não passava de %alta de sono$ a amea3a de desmaio no escrit*rio no dia anterior, o pressentimento, !avid "rad#... Não, ela não sentira nada por ele. 1n'ano seu. !urante os vinte quilCmetros se'uintes, tratou de recuperar a calma e o autocontrole, antes que ce'asse a Ne6port "eac. A%inal, não averia como esconder tais sentimentos de 4larisse, caso ela notasse qualquer inquieta3ão de sua parte. >eria que discutir o contrato e conversar a respeito de !avid com a maior naturalidade possvel, para não levantar suspeitas. Suspeitas; Bue suspeitas; Por pouco não parou num tele%one p=blico cancelando o antar, mas não teve cora'em. A%inal, não era de seu %eitio misturar vida pessoal com vida pro%issional. O interesse dos clientes vina em primeiro lu'ar. Procurando se descontrair, li'ou o r+dio do carro bem alto at- que estacionasse em %rente à casa de 4larisse. 1ra com satis%a3ão que Andrea admirava a casina sin'ela, por-m con%ort+vel, que tão bem re%letia a personalidade da dona. O 'ramado verdino muito bem cuidado e as persianas brancas emprestavam uma aparncia ale're ao lu'ar. @ verdade que com o 12
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sucesso de seus livros e seus cacs 4larisse poderia adquirir uma mansão em "everl# Iills, mas era ali que ela se sentia à vontade. Al-m do que, 4larisse 'ostava do sosse'o que s* um bairro muito a%astado poderia le proporcionar. >rocando de mão o pacote contendo as duas 'arra%as de vino que trou5era para o antar, Andrea empurrou a porta porta que, como de costume, estava aberta. 8 Ol+L Al'u-m em casa; 8 O, esqueci de %ecar a porta outra ve&; 8 4larisse saiu da co&ina en5u'ando as mãos no avental. 8 1 se %osse um assaltante; 0oc não aprende mesmo, não -; 1ncabulada, 4larisse audou9a com o pacote e a pasta, dando9le um beio carinoso. Respirando %undo, Andrea tentou adivinar o que teriam para o antar. 8 Ium... >orta de %ran'o; 8 Acertou. 1spere s* at- provar esta receita nova. 8 A... Ao recordar9se da =ltima torta que 4larisse le servira, o riso desapareceu9le dos l+bios. 8 0oc est+ linda, 4larisse. Aposto como tem %eito um tratamento de pele num daqueles salGes ciqu-rrimos. 8 "em, devo con%essar que sim. A%inal, são tantos problemas. . . Não quero %icar toda enru'ada. 2embre9se disso voc tamb-mL 8 Buer di&er que estou envelecida; 8 disse di sse Andrea em tom de brincadeira, ao colocar a bolsa sobre a mesa e livrar9se dos sapatos que a incomodavam. 8 0oc sabe que não quis di&er isso, mas estou notando que al'o a preocupa. 8 Aco que - %ome 8 a%irmou, tentando despist+9la. 8 Almocei apenas um sanduce. 8 1u + le disse que deve procurar se alimentar direito. Mas, vena at- a co&ina. Aco que a comida + est+ pronta para ser servida. Satis%eita por ter conse'uido convenc9la, Andrea se'uiu9a. Mas lo'o se assustou com as palavras de 4larisse$ 8 A, então, voc poder+ me contar a verdade. 8 Ora, voc - mesmo impossvel, não; 8 comentou Andrea no e5ato instante em que a campaina tocava, 8 Buerida, se importa de atender a porta para mim; 8 inda'ou, um tanto a%lita, por causa da anta que estava no %o'o. 8 Preciso dar uma olada no arro&. >eno medo que 'rude. 8 ?+ não bastava a torta e ainda, a'ora, o arro&... 8 comentou Andrea em vo& bai5a, caminando em dire3ão à porta com ares de desHnimo. 1 %oi assim que ela recebeu !avid "rad#. 8 Pu5a, que recep3ãoL Ainda se'urando o trinco, Andrea inda'ou, surpresa$ 8 O que voc est+ %a&endo aqui; 8 0im antar com 4larisse. 1, sem esperar pelo convite, !avid atravessou a porta, parando ao lado de Andrea. 8 0oc - alta mesmo sem sapatos, não; Euriosa e con%usa, Andrea %ecou a porta com %or3a. 13
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8 Nin'u-m me disse que seria um antar de ne'*cios. 8 >alve& 4larisse o considere apenas uma reunião de car+ter social. Por que motivo ele não conse'uira tir+9la do pensamento desde que a conecera; >alve& encontrasse uma resposta para sua d=vida antes do %inal da noite. 8 Por que não o encara desta %orma tamb-m, Andrea; 8 1st+ bem. S* espero que 'oste de viver peri'osamente 8 a%irmou, com um riso divertido nos l+bios. 8 4omo assim; 8 4larisse %e& torta de %ran'o. 1sticando o bra3o, apanou a 'arra%a de campane que ele tina nas mãos. 8 "em, talve& isto aude. Por acaso almo3ou oe; Iavia em seus olos a&uis um brilo vivo vi vo que ele não percebera quando a viu pela primeira ve&. Fm brilo vivo e muito atraente. 8 Não entendo onde est+ querendo ce'ar. 8 Sinto não poder le adiantar mais detales. 0oc s* vai entender melor quando sentarmos à mesa. Eique à vontade, !avid. 0ou le preparar um drinque. 8 Andrea; 8 Sim; 1la + ia virar9se quando 4larisse sur'iu na porta da co&ina. 8 Meu convidado +. . .; A, sim, era ele. Bue *timo. !etendo9se, a an%itriã os e5aminou por um instante ali, parados, bem pr*5imos um do outro. A aura que 4larisse via envolv9los era muito clara e brilante. 8
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8 Não entendo por que essa preocupa3ão. ?+ que iam tratar de ne'*cios, a %ranque&a certamente devia imperar. 4uidadosa, Andrea deu uma olada em dire3ão à co&ina e, então, comentou em vo& bai5a$ 8 4larisse - uma pessoa muito %ranca, muito aberta. >alve& at- demais. Dsto a torna vulner+vel a todo tipo de problemas. 8 1st+ tentando prote'9la contra mim; 8 Ainda não sei se seria o caso 8 con%essou, tomando um 'ole do drinque. 8 osto muito dela 8 comentou, pe'ando uma meca dos cabelos de Andrea entre os dedos. O 'esto %oi tão autom+tico que !avid nem teve tempo de re%letir sobre o que %a&ia. 4ontudo, com a mesma rapide&, a soltou. 8 4larisse - uma muler ador+vel 8 acrescentou, ao dar uma volta pela sala. Perturbado com sua pr*pria atitude, caminou at- a anela para 'anar distHncia. Nunca a'ira daquela %orma ao tratar de ne'*cios com al'u-m, muito menos com uma muler que mal conecia. No ardim, o 'ato estirado sobre o 'ramado aproveitava para aquecer9se sob os =ltimos raios de sol, enquanto os p+ssaros vinam bebericar da +'ua com a3=car posta numa 'arra%ina pr*5ima à anela. Procurando recompor9se, Andrea disse num tom pro%issional$ 8 Eico satis%eita que se tena dado tão bem com mina cliente, mas supono que o interesse pelo seu trabalo vena em primeiro lu'ar. 0oc, naturalmente, %ar+ todo o possvel para 'arantir uma boa audincia. 8 >em ra&ão. JO que o teria levado a toc+9la;J, !avid se per'untava. >alve& %osse o %ato % ato de ela estar muito mais à vontade do que quando no escrit*rio. Andrea usava uma camisa de lin'erie branca muito %eminina e uma saia marrom. Al-m de estar descal3a, os cabelos ca belos revoltos pelo vento acentuavam9le a aparncia descontrada. Não se parecia em nada com a pro%issional compenetrada e sisuda que conecera. !avid tomou mais um 'ole de vodca. Ainda assim, ela não %a&ia seu tipo. 8 Mas, se voc quer saber, não sou do tipo que tira vanta'em das pessoas s* para alcan3ar um obetivo. Apenas cumpro mina tare%a, Andrea, e espero o mesmo dos que trabalam para mim. 8 Nada mais usto 8 ela a%irmou, terminando a bebida. 8 Mas quero dei5ar bem claro que mina tare%a - prote'er mina cliente. 8 1ntendo o que quer di&er e, de mina parte, não veo problema nenum quanto a isso. 8 O antar est+ servido 8 comentou 4larisse, saindo da co&ina. !esta ve&, não os encontrou pr*5imos mas, sim, bastante a%astados um do outro. No ar, pairava uma certa tensão, uma certa descon%ian3a que não le passou despercebida. Nada mais normal, concluiu, em se tratando de duas pessoas teimosas a de%enderem pontos de vista di%erentes. 4uriosa, ima'inou quanto tempo levariam para admitir a atra3ão que sentiam um pelo outro. 8 1spero que esteam com apetite. Andrea apoiou o copo va&io sobre o bu%e. 8 !avid acabava de me di&er que est+ morto de %ome. Aco bom voc servi9lo de um peda3o 'eneroso de torta. 15
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8 Bue bom 8 a%irmou 4larisse, condu&indo9os à sala de antar. 8 Adoro comer à lu& de velas. Sobre a mesa, + aceso, um candelabro de duas velas emprestava em prestava ao ambiente uma atmos%era romHntica que, se'undo Andrea, melorava a aparncia da torta. 8 Eoi Andrea quem trou5e o vino, portanto teno certe&a de que deve ser bom. 8 Sua torta est+ muito bonita 8 ele comentou, per'untando9se per'untando9 se por que Andrea tentava dis%ar3ar um riso. 8 Obri'ada. Me conte, !avid, voc nasceu aqui mesmo na 4ali%*rnia; 8 inda'ou, estendendo um prato para Andrea. 8 Não, sou do 1stado de asin'ton 8 ele respondeu, ao servir um copo de "eauolas a Andrea. 8 O 1stado de asin'ton - lindo 8 comentou a dona da casa, estendendo a travessa de arro& para que Andrea se servisse. 8 Mas %a& muito %rio por l+. 4om certa nostal'ia, !avid recordou9se das tardes =midas varridas pelo vento cortante. 8 Sim, mas lo'o me adaptei ao clima da 4ali%*rnia. 8 Eui criada na costa leste e vim vi m para c+ com meu marido a quase trinta anos, mas con%esso que no outono ainda %alta de 0ermont. Andrea, voc ainda não comeu salada. Sabe como me preocupo com sua alimenta3ão. Andrea serviu9se de al'umas %olas de al%ace para não desapont+9la, e su'eriu à an%itriã$ 8 0oc devia ir passar o Natal por l+ este ano. Ap*s a primeira 'ar%ada de torta, Andrea + recorreu ao vino. 8 >em ra&ão 8 4larisse disse. 8 ?+ estive pensando nisso. 0oc tem %amlia, !avid; O primeiro bocado de torta que !avid provou quase o levou a nocaute. 4omo era possvel al'u-m co&inar tão mal; 8 Perdão. O que %oi que disse; 8 Per'untei se tina %amlia. 8 Sim 8 respondeu, olando para Andrea, que o observava. 8 >eno dois irmãos e uma irmã que moram no Ore'on. 8 1u tamb-m veno de uma %amlia numerosa e tive uma in%Hncia *tima. 8 1, esticando o bra3o, tocou carinosamente a mão de Andrea. 8 1la %oi %ila =nica. Sorrindo, Andrea retribuiu9le o carino. 8 1 tamb-m tive uma in%Hncia maravilosa. Ao v9lo servir9se de uma por3ão 'enerosa de salada, Andrea percebeu o drama que !avid vivia. 1ntão, depois de uma breve pausa, inda'ou$ 8 Por que este interesse por document+rios; 8 Sempre %ui %ascinado por curtas9metra'ens 8 comentou, %a&endo uso 'eneroso do saleiro. 8 1 isto dei5a voc reali&ado; 09lo %a&er tanto sacri%cio para en'olir o antar era motivo de pra&er para Andrea. 8 Plenamente. 8 Nunca teve vontade de tentar trabalar com cinema; 8 Não, 'osto muito de televisão. 8 "ebeu mais um 'ole de vino. 8 Pena que aa muita boba'em para se assistir oe em dia. 16
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8"oba'em; 8Sim: pro'ramas sem criatividade, que não instruem nem divertem. 8 >em ra&ão 8 concordou Andrea. 8 Mas acontece que estes são os que dão as maiores audincias da televisão. 8 A - que est+. Se este tipo de pro'rama, com pouco conte=do e muito brilo, - o que mant-m um alto ndice durante tantos anos, si'ni%ica que o p=blico tem sido bombardeado com estas boba'ens + muito tempo. 8 Mas nem todo mundo aca que um pro'rama, para ser bom, tem que ter s* um conte=do muito elevado. O problema com a televisão 'overnamental - que ela se coloca num pedestal, e se distancia muito do p=blico. Resultado$ sua audincia - das mais bai5as. 8 Andrea tentava ar'umentar sem, no entanto, parecer rude. 8 4reio que uma pessoa que ce'a cansada do trabalo ou uma mãe de %amlia que luta o dia todo tem o direito de assistir a al'o que a divirta. 8 4oncordo 8 ele a%irmou, admirado com o entusiasmo com que ela de%endia seu ponto de vista. Os olos a&uis brilavam bri lavam ainda mais, tornando9a muito atraente. 8 Mas esta pessoa pode se divertir assistindo a um pro'rama que pu5e pela inteli'ncia. A menos que estea em busca de uma %u'a da realidade. 8 "em, creio que não assisto à televisão o bastante para %a&er a distin3ão 8 disse 4larisse, satis%eita ao v9los limpar o prato. 8 Andrea, voc não - empres+ria daquela atri& que trabala no Dmp-rio; 8 Audre# 4ummin's; Sim: uma atri& de muito talento. 8 Serviu9se de mais vino. 8 ?+ representou diversas pe3as de Saespeare e a'ora acaba de assinar um contrato para representar o papel principal em ata em >eto de inco Buente. Pousando o copo sobre a mesa, comentou irCnica$ 8 @ incrvel que uma pe3a como essa ainda consi'a %a&er tanto su9 cesso, não aca; aca; A%inal, não poderia ser comparada a *pera de 0erdi, o'ada no vdeo sem a mnima preocupa3ão de e5plic+9la ao 'rande ' rande p=blico. 1la o provocara, mas !avid respondeu à altura$ 8 Aposto como não assistiu à s-rie que retratou a vida e a carreira de >a#lor "roos 8 disse !avid. 8 Aco que %oi o melor pro'rama que + vi sobre uma personalidade do roc. 8 Apanando o copo, retribuiu a ironia$ 8 1le, por acaso, não - seu cliente, -; 8 Não 8 disse Andrea, sem se dei5ar abater. 8 Eomos namorados e não costumo misturar assuntos pessoais com pro%issionais. 8 Ea& bem 8 a%irmou !avid, bebendo vino. vi no. 8 Ea& muito bem. 8 Mas 'ostaria que soubesse que não teno preconceito com rela3ão à televisão. Se %osse o caso, não estaria a ponto de contratar uma de minas melores clientes. 8 Mais torta; 8 interrompeu 4larisse, bem a tempo de evitar uma discussão. 8 1stou satis%eita 8 disse Andrea olando para !avid. 8 >alve& nosso ami'o aceite mais um peda3o. 8 Sinto muito, 4larisse, mas + comi al-m de meu limite. 8 1, levantando9se, o%ereceu$ 8 Me dei5e aud+9la. 8 Não, não 8 recusou 4larisse, pondo9se de p-. 8 Não se incomode: adoro o servi3o de casa. Andrea, creio que !avid %icou um pouco desapontado quando esteve aqui pela primeira ve&. Por que não le mostra mina cole3ão; 17
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8 1st+ bem. 8 1, virando9se para ele, disse$ 8 1la realmente simpati&ou com voc. 4larisse não costuma mostrar sua cole3ão para estranos. 8 Me sinto lisoneado. Mas, ao caminarem por um corredor estreito, ele se'urou Andrea pelo bra3o, detendo9 a. 8 0oc pre%eria que meu relacionamento com 4larisse %osse estritamente pro%issional, não -; 2evando o copo aos l+bios, Andrea o observou por sobre a orda. Por ra&Ges que desconecia, pre%eria que ele se a%astasse de 4larisse. 1 dela tamb-m. 8 4larisse per%eitamente capa& de escoler seus pr*prios ami'os. 8 1 sua %un3ão - prote'9la para que nenum deles tire vanta'em dela. 815ato. Por aqui, por %avor. 0irando9se, abriu uma porta do lado esquerdo do corredor. 8 Pena que não tenamos tra&ido a vela. 4riaria uma atmos%era mais propcia 8 ela comentou ao acender a lu&, permitindo que !avid entrasse no pequeno aposento. Ali as anelas eram providas de cortinas pesadas e 'rossas que impediam a visão do ardim. 1le lo'o ima'inou tratar9se de um arti%cio para para a%astar os curiosos. Ao centro, sobre uma mesa, a bola de cristal que esperava ter visto quando de sua primeira ida à casa. Não resistindo à curiosidade, apro5imou9se para observar melor o vidro transl=cido que re%letia o a&ul pro%undo da toala sobre a qual estavam colocadas, 4artas de taro, + bastante manuseadas, estavam espaladas sobre a prateleira. Na parede, um panC tibetano representando uma divindade indu. Numa mesina de canto, pr*5ima à anela, uma cole3ão de pirHmides de todos os materiais e tamanos ima'in+veis. 8 1ra isto que voc esperava; 8 inda'ou Andrea ap*s al'uns instantes. 8 Não 8 comentou !avid, ao apanar uma outra bola de cristal que, de tão pequena, cabia na palma de sua mão. 8 Assim que coneci 4larisse soube que ela levava seus dons a s-rio. Procurando dis%ar3ar sua surpresa diante da resposta inteli'ente, Andrea tomou mais um 'ole de vino. 8 Dsso tudo aqui - um obb# de 4larisse. 1la adora colecionar estas coisas. 8 1la nunca as utili&a; 8 Não, s* às ve&es por brincadeira. Na verdade, tudo come3ou + muitos anos quando uma ami'a, em visita à Dn'laterra, comprou este taro de presente para 4larisse. !ali em diante, ela come3ou a colecionar obetos msticos. O cristal 'elado o intri'ava. 8 0oc desaprova; 8 Para mim, - indi%erente 8 con%essou, dando de ombros. 8 Al'uma ve& + e5perimentou ver o %uturo na bola de cristal; 8 Não, nunca. !avid percebeu que ela mentia. 8 1ntão, não acredita em nada disso; 8 Acredito apenas em 4larisse: o resto - tapea3ão. 1le acava inacredit+vel o poder de %ascina3ão que esse tipo de assunto vina vi na e5ercendo sobre os omens atrav-s dos tempos. 18
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8 Buer di&er que nunca pediu a ela que visse sua sorte; 8 4larisse não precisa de bola de cristal: ela não prev o %uturo. % uturo. 8 1strano 8 ele comentou, observando o obeto que tina nas mãos. 8 @ de d e ima'inar que com seus poderes ela pudesse ver o %uturo. 8 1u não disse que ela não pode: disse que não v. 8 1ntendo. 8 4larisse respeita muito o destino das pessoas, o %uturo, e se recusa a %a&er previsGes. ?+ a vi reeitar o%ertas milion+rias. 8 Mas ela tem poderes para prever. 8 >em, mas pre%ere não utili&+9los. 1la encara este dom como uma d+diva de !eus e raramente lan3a mão dele. Aco D que pre%eriria at- perd9lo a us+9lo de %orma errada. O coment+rio o %e& recolocar o obeto sobre a estante e voltar9se para Andrea. 8 Perd9lo; Buer di&er que ela, como paranormal, poderia simplesmente dei5ar tais poderes de lado; Dsto -, bloque+9los ou coisa assim; Andrea sentiu as mãos suadas. 8 !e certa %orma, sim. A pessoa tem que estar receptiva aos %luidos que recebe e transmite. O 'rau de abertura depende unicamente da pessoa. 0oc parece entender muito do assunto. 2embrou9se de como !avid era astuto e sorriu dando de ombros. 8 4one3o 4larisse muito bem e, se vocs conviverem bastante, bas tante, ver+ que tamb-m vai %icar por dentro do assunto. Apro5imando9se dela, !avid tomou9le o copo das mãos e provou do vino, + aquecido pelo toque de Andrea. 8 @ impressão mina ou voc est+ pouco à vontade aqui nesta sala; Ou seria eu o motivo do descon%orto; 8 Sua intui3ão pelo eito não est+ %uncionando muito bem. 4aso se interesse, 4larisse pode le ensinar al'uns e5erccios para desenvolv9la. 8 Suas mãos estão =midas de suor. !avid se'urou9as e, então, desli&ou a ponta dos dedos pelos pulsos delicados. 8 Não preciso usar de intui3ão para saber que seu pulso est+ acelerado. 1ra vital para ela manter9se absolutamente calma. 1ncarando9o, conse'uiu ensaiar um sorriso. 8 Aco que - por culpa da torta de %ran'o. 8 Buando nos vimos pela primeira ve& voc teve uma rea3ão muito estrana. Andrea não poderia esquecer a noite que passara em claro pensando nele. 8 1u + le e5pliquei. 8 Mas não me convenceu. >alve& sea por isso que tena pensado tanto em voc. >entando dis%ar3ar a inquieta3ão, Andrea retomou o copo das mãos de !avid e esva&iou9 o, sempre evitando encar+9lo. 4ontudo, lo'o constatou o en'ano que cometera. A colCnia masculina que ele usava impre'nara o copo. Procurando al'o para di&er, comentou$ 8 2embre9se de que não %a3o seu tipo. 8 Não, não %a& 8 murmurou !avid, acariciando9le a nuca e os cabelos. 8 1 isso importa; 19
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Ao v9lo curvar9se, Andrea percebeu que s* teria duas op3Ges$ %u'ir ou manter9se absolutamente indi%erente. 4omo a se'unda le parecesse mais %orte, resolveu a'uard+9lo, im*vel. !avid sabia como provocar uma muler, como persuadi9la. Pousando a boca bem de leve sobre seus l+bios, continuou a acariciar9le a nuca. Andrea se'urou o copo com mais %or3a, mas manteve9se im*vel. Mais uma ve& ele ro3ou9le os l+bios, tocando9os li'eiramente li'eira mente com a ponta da ln'ua, %a&endo9a suspirar. A'itada, Andrea %ecou os olos enquanto ele desli&ava a boca quente e sensual por seu pesco3o. Nenum dos dois notou quando o copo escapou9le das mãos indo parar sobre o carpete. Fma %ra'rHncia suave e %eminina desprendia9se da pele de Andrea. Apoderando9se novamente dos l+bios dela, percebeu que amais esqueceria aquele aroma nem aquele momento. !esta ve&, ela os tina entreabertos, num convite, mas, ainda assim, !avid beiou9os com calma. Ao contr+rio do que ima'inara, Andrea era uma muler sensual, ardente, vulner+vel. 1ra preciso tempo at- que se acostumasse à novidade. Ao se a%astarem, embora tivessem apenas trocado um beio li'eiro, ambos estavam visivelmente abalados. 8 A'ora entendo melor sua rea3ão, Andrea. Andrea estremeceu. O san'ue corria mais r+pido em suas veias. Não, não podia permitir9 se tamana %raque&a. Reunindo todas as suas %or3as, comentou$ 8 4aso venamos a %ecar ne'*cio. . . 8 1 vamos. "em, quero que saiba que não costumo dormir com qualquer qualquer um. Nem com clientes, nem com s*cios. A notcia dei5ou9o satis%eito. 8 O que torna a escola bastante restrita, não; 8 Dsto - problema meu 8 respondeu num tom atrevido. 8 Mina vida pessoal s* di& respeito a mim. 8 @ de admirar que consi'a isto numa cidade como como 2os An'eles, mas. . . 8 !avid !avid não resistiu ao impulso de tocar9le uma meca de cabelo. 8 Não le pedi que dormisse comi'o. Andrea se'urou9le o pulso com %or3a$ 8 ?+ que est+ avisado, estou certa de que não se arriscar+ a ser reeitado. !avid desli&ou um dedo por seu rosto. 8 Aca mesmo que eu não me arriscaria; 8 PareL 1le limitou9se a balan3ar a cabe3a e observ+9la com aten3ão. Não: de%initivamente ela não era s* bonita, mas tamb-m bastante atraente. 8 O que e5iste entre n*s, Andrea; 8 Iostilidade, !avid. Num 'esto espontHneo, ele deu uma sonora 'ar'alada que a dei5ou %uriosa. 1 encantada com seu carme. 20
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8 >alve&. Mas n*s nos conecemos + muito pouco tempo. I+ um minuto, eu ima'inava qual seria a sensa3ão de lev+9la para a cama e %a&er amor com voc. 1, creia, isto não acon9 tece com toda muler que cone3o. Novamente suas mãos voltavam a suar. 8 Buer di&er que devo me sentir elo'iada; 8 Não. Aco apenas que o relacionamento entre n*s %icaria mais %+cil se nos entendssemos melor. Andrea teve vontade de sair correndo, %u'ir dali. 8 1ntenda uma coisa$ sou empres+ria de 4larisse !e "asse e cuido de todos os interesses dela. 4aso tente desrespeitar seus dons ou e5pC9la ao ridculo, 'aranto que nunca mais voc ce'a perto dela. 1 4larisse !e "asse - o =nico assunto que temos em comum. 8 O tempo - que vai di&er. di &er. Andrea deu um passo para tr+s, a%astando9se. 8 0amos tratar lo'o de assinar o contrato, sr. "rad# disse, caminando em dire3ão à porta. 8 >eno um compromisso amanã pela manã e não posso me demorar.
CAPÍTULO III
Os in=meros detales t-cnicos envolvidos na produ3ão de pro'ramas %oram discutidos entre !avid e sua equipe durante v+rias reuniGes reali&adas às v-speras da 'rava3ão. 1lementos como ilumina3ão, cen+rios e maquila'em eram um verdadeiro desa%io à criatividade do produtor e, e5atamente, a parte do trabalo que !avid mais 'ostava de reali&ar. Sua reputa3ão era a de um pro%issional competente, e5i'ente e por ve&es inusto. 4omo omem, o consideravam 'eneroso e, de acordo com al'umas muleres, nem sempre terno. !avid costumava dar bastante liberdade de cria3ão aos diretores com quem trabalava. !esde que tal liberdade não a%etasse seu ponto de vista pessoal sobre o assunto. Para isso, utili&ava9se de sua abilidade nata de ar'umentar. Numa reunião reu nião de equipe, suas decisGes na maioria das ve&es prevaleciam. Ali+s, este seu tra3o caracterstico tamb-m se mostrava uma constante nos relacionamentos pessoais. >ido como e5celente amante, sabia e5atamente como a'radar a urna muler. Sabia ser um per%eito companeiro nas oras di%ceis ou um namorado à anti'a, presenteando a amada com buqus de rosas. Mas nenuma muler conse'uia envolv9lo completamente, pois !avid %a&ia questão de impor os seus limites. Muitos diretores o consideravam intrat+vel mas, a um camado ca mado seu, aceitariam com pra&er uma o%erta de trabalo num de seus document+rios. Muitas muleres o consideravam %rio e insensvel, mas aceitavam seus convites sem vacilar. >erminadas as reuniGes preliminares, acertados os detales, s* le restava a'uardar os 21
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resultados. 1ste document+rio sobre a paranormalidade tina tudo para ser um sucesso$ a equipe de pro%issionais %ora escolida a dedo e o empeno de todos superava as di%iculdades econCmicas. Ap*s aver conecido 4larisse !e "asse pessoalmente, o entusiasmo de !avid %rente ao proeto redobrou e %icou decidido que o se'mento do qual ela participaria seria o primeiro a ser 'ravado. Sua id-ia inicial de entrevist+9la em sua pr*pria casa %oi prontamente rebatida por um memorando de Andrea. A privacidade de 4larisse era al'o sa'rado. 1vitando um con%ronto com a empres+ria, !avid providenciou a monta'em de um cen+rio que transmitisse ao p=blico a mesma atmos%era acoledora da casa de Ne6port "eac. Na tentativa de dar ainda mais credibilidade ao assunto abordado, o entrevistador escolido %oi o veterano Ale5 Marsall, cua reputa3ão e prest'io eram inabal+veis. Al-m do que sua %i'ura carism+tica e discreta + anos vina sendo uma das pre%eridas do p=blico. >omadas as principais providncias, !avid dei5ou que sua equipe tomasse conta do resto. O diretor escolido, um dos mais bem conceituados no ramo, por diversas ve&es + trabalara em parceria com !avid. Muitos dos document+rios produ&idos por eles aviam sido premiados e, portanto, o relacionamento entre os dois não o%ereceria problemas. 8 Ponam um %iltro naquela lu& 8 ordenou o diretor. 8 Sei que isto - apenas um cen+rio, mas quero que o p=blico sinta como se 4larisse estivesse em sua casa, na sala de visitas, conversando com cada um. 1ntão, voltando9se para Ale5, pediu$ Se estiver pronto, 'ostaria que ocupasse seu lu'ar e desse uma passada no te5to de abertura enquanto cecamos as lu&es e o som. 8 4erto. 8 Relutante, Ale5 apa'ou o caruto cubano que %umava e ocupou o lu'ar indicado. 4onsultando o rel*'io, !avid constatou que 4larisse estava li'eiramente atrasada. 4aso não aparecesse dentro de de& minutos, ele mesmo li'aria para Andrea. A%inal, era um *timo prete5to para %alar9le novamente. 8 !avid, por %avor, me perdoeL Apressada 4larisse vina pelo corredor em dire3ão ao est=dio. !avid saiu para encontr+9 la, 4larisse estava com a aparncia muito bem cuidada. O cabelo avia sido preso num coque alto que a reuvenescia al'uns anos. No pesco3o, uma corrente de prata bastante moderna. O vestido a&ul ressaltava9le os olos, do mesmo tom, muito bem maquilados. A mudan3a era inacredit+vel. 8 4larisse, voc est+ linda. 8 Obri'ada, mas nem sei como conse'ui ce'ar a tempo. 4on%undi o dia da 'rava3ão e, se não %osse por Andrea, amais me lembraria que tnamos marcado para oe. 8 Onde est+ ela; 8 !avid per'untou, olando para o corredor. 8 Eoi estacionar o carro. 8 1st+ pronta ou pre%ere tomar um ca%- antes de come3armos; 8 Não, não. Não 'osto de estimulantes quando estou trabalando: tra balando: podem inter%erir na recep3ão dos %luidos. 1la ainda le apertava a mão quando comentou$ 22
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8 0oc me parece um tanto inquieto. !avid acabara de ver Andrea apro5imando9se pelo corredor. 8 Dsto sempre acontece em dias de 'rava3ão 8 disse, sem maiores e5plica3Ges. Por que nunca notara o andar de Andrea, tão 'racioso; 8 >eno certe&a de que não se trata disso 8 obetou 4larisse, apertando9le a mão de modo carinoso. 8 Mas, não pretendo invadir sua privacidade. A, a est+ Andrea. 0amos come3ar; 8 Sim, vamos 8 comentou !avid, os olos %i5os na %i'ura de Andr-a. 8 "om9dia, !avid. 1speramos não t9lo atrapalado com nosso atraso. Andrea mais uma ve& adotava o mesmo ar pro%issional da primeira ve& em que !avid a vira. 1le sentiu vontade de se apro5imar para saber se usava a mesma %ra'rHncia suave e marcante, mas, resistindo, se'urou 4larisse pelo cotovelo c 'uiou9a at- a porta do est=dio. 8 Não se preocupe. 0oc vai assistir à 'rava3ão; 8 4laro. 8 Por aqui, 4larisse 8 disse, abrindo a porta à prova de som. 8 Buero que cone3a cone3a nosso diretor Sam 4ald6ell. SamL !avid não parecia nem um pouco constran'ido por interromper o trabalo do cole'a e Andrea notou que ele permaneceu onde estava, dei5ando que Sam viesse ao seu encontro. 1la mesma usara esta t-cnica diversas ve&es, numa demonstra3ão de poder. 8 1sta - 4larisse 4larisse !e "asse. 8 Muito pra&er, sra. !e !e "asse 8 disse, apertando9le apertando9le a mão. 8 2i seus dois livros mais recentes para conecer melor o assunto. 8 @ muita 'entile&a sua. 1spero que tena 'ostado. 8 Sem d=vida al'uma: me %i&eram pensar sobre coisas que amais aviam passado passado por mina mente. São muito interessantes. 8 A sra. !e "asse est+ pronta para come3ar 8 !avid in%ormou 8 em ra&ão. 0ena, teremos uma visão melor daqui. 1nquanto !avid a encaminava para um cantino à esquerda do est=dio, Andrea observava 4larisse sendo apresentada a Ale5 Marsall. Alto e ele'ante, o simp+tico entrevistador estendeu9le a mão. Os cabelos 'risalos %ormavam um belo contraste com o bron&eado per%eito... 8 15celente escola 8 ela comentou com !avid. 8 Ale5 - uma das %i'uras mais populares da televisão norte9americana. 8 Sem d=vida. 4om sua inteli'ncia - capa& de %a&er muito entrevistado passar por bobo. 8 Não se preocupe. 4larisse não - menos menos inteli'ente do que Ale5 e saber+ per%eitamente se de%ender. 8 @ o que eu espero. 23
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8 >ele%onei para o seu escrit*rio na semana semana passada 8 ele comentou. comentou. 8 1u soube. Mina assistente não entrou entrou em contato contato com voc; voc; 8 Não era com ela que eu queria %alar. %alar. 8 >eno estado muito ocupada. 0ocs %i&eram um belo trabalo no cen+rio. Eicou muito parecido com a sala de visita de 4larisse. 8 A id-ia era e5atamente e5atamente esta. Por que est+ tentando me evitar, Andrea; Andrea; "loqueando9le a visão, ele obri'ou9a a encar+9lo. 4ontrariada, Andrea mediu9o dos p-s à cabe3a com uma e5pressão %ria no olar. 8 Simplesmente porque não estou interessada. interessada. 8 Pena que 4larisse tena atrapalado um pouco pouco seus planos ao assinar o contrato contrato 8 disse !avid, desli&ando um dedo pelo broce em %orma de meia9lua que Andrea usava na 'ola da blusa. !e antemão, ela + sabia o que teria que en%rentar ao encontr+9lo en contr+9lo de novo e in=meras ve&es ensaiara suas respostas. 4ontudo, naquele instante, a situa3ão não le parecia tão %+cil. 8 !avid, voc não me parece ser do tipo que 'osta de ser reeitado. reeitado. 1le continuava a desli&ar o dedo pelo broce enquanto a encarava. 8 Nem voc me parece parece do tipo que mente. mente. Sei que est+ atrada atrada por mim: por que %in'ir %in'ir o contr+rio; 8 0oc - muito pretensioso 8 mentiu, dis%ar3ando a emo3ão. emo3ão. 8 1 a'ora, a'ora, por %avor, saia da mina %rente, pois est+ atrapalando mina visão. Sem uma palavra, !avid sorriu com malcia e a%astou9se. Mais quarenta e cinco minutos se passaram antes que as 'rava3Ges come3assem. Dn=meros detales de =ltima ora iam sendo resolvidos à medida que apareciam. 4omo estivesse s*, Andrea esperou com calma. !avid audava o diretor unto ao cen+rio. 4larisse, sentada con%ortavelmente no so%+, a'uardava o incio das %ilma'ens bebericando um copo de +'ua. 4ontudo, conecendo9a bem, Andrea percebeu que sua calma era apenas aparente, pois de ve& em quando 4larisse olava em sua dire3ão com uma e5pressão um tanto a%lita. Eeli&mente resolvera acompan+9la, pois, embora estivesse ali como mera espectadora, sua presen3a transmitia9le al'uma se'uran3a. A 'rava3ão come3ou muito bem, com Ale5 %a&endo per'untas às quais 4larisse respondia com obetividade. A conversa conversa em torno de premoni3ão, premoni3ão, clarividncia e astrolo'ia. astrolo'ia. Fm dos motivos que a tornavam tão solicitada para entrevistas a sua capacidade de tradu&ir em lin'ua'em lei'a os termos usados para descrever %enCmenos paranormais. Buanto a este aspecto, Andrea estava despreocupada, pois sabia que 4larisse não teria di%iculdades. O trabalo + durava oras. Fm mesmo assunto ce'ava a ser re'ravado trs ou quatro ve&es a pedido do diretor que sempre tina um detale a corri'ir. 4omo empres+ria, Andrea %icou muito satis%eita com o empeno da equipe equi pe na busca da per%ei3ão. 4ontudo, sua satis%a3ão durou pouco. Na verdade, acabou9se no instante em que um dos assistentes apareceu com um baralo. Ao v9lo, Andrea quase deu um passo à %rente, por-m, 4larisse 4la risse %e&9le um sinal discreto 24
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indicando que tudo estava bem. Sem que ela percebesse, !avid avia se apro5imado. 8 Al'um problema; 8 ele per'untou quase sussurrando. Andrea lan3ou9le um olar letal e voltou a se concentrar na 'rava3ão. ' rava3ão. 8 0oc não mencionou nada disso no contrato contrato 8 ela %alou. 8 1st+ se re%erindo às cartas; cartas; 8 inda'ou surpreso, olando olando em dire3ão ao ao cen+rio. 8 Mas eu discuti com 4larisse a esse respeito. 8 !a pr*5ima ve&, discuta comi'o, "rad#. !avid + ia responder9le à altura quando a vo& possante de Ale5 ecoou pelo est=dio. 8 Sra, !e "asse, o uso de cartas para testar poderes e5tra9sensoriais - al'o bastante comum, não; 8 Sim, embora constituam um teste muito elementar. 1las são usadas, tamb-m, na averi'ua3ão do 'rau de telepatia. 8 Soubemos que a senora + %oi submetida a este tipo de teste em diversas universidades norte9americanas e, tamb-m, em v+rias institui3Ges britHnicas. 8 Sim, - verdade. 8 Poderia, então, nos e5plicar qual o processo utili&ado nestas e5perincias; 8 Pois não. não. As cartas cartas usadas nos laborat*rios não não são como as do baralo baralo comum. eralmente são de duas cores e com desenos di%erentes$ quadrados, crculos, linas onduladas, etc. Atrav-s destes elementos - possvel determinar at- que ponto a adivina3ão aconteceu por causa da probabilidade e at- que ponto e5iste al'o mais, al'o especial na pessoa e5aminada. >odos no est=dio prestavam muita aten3ão no que 4larisse di&ia. 1la continuou$ 8 0ea$ avendo duas cores + uma possibilidade de cinq7enta por cento de acerto. 4aso a pessoa acerte a cor da carta, di'amos, sessenta por cento das ve&es - sinal de que dotada de um certo poder e5tra9sensorial. 8 A coisa me parece bem simples. 8 Seria, caso as cartas %ossem lisas, mas os desenos di%icultam muito o teste. Numa seq7ncia de vinte e cinco cartas o e5aminador pode determinar, atrav-s do n=mero de acertos, at- que ponto a pessoa testada - um paranormal. Buin&e acertos numa seq7ncia de vinte e cinco - considerado um resultado e5celente, o que comprovaria a paranormalidade do e5aminado, 8 1la - *tima 8 comentou !avid em vo& bai5a. 8 4laro que sim 8 retrucou Andrea, dis%ar3ando a irrita3ão. 8 Poderia nos di&er como - que o processo %unciona, no seu caso, por e5emplo; 8 pediu Ale5, se'urando o baralo nas mãos. 8 A senora tem al'um pressentimento quando a carta - apanada; 8 Pressentimento, não 8 ela corri'iu. 8 A pessoa v uma ima'em. 8 Mas, trata9se de uma ima'em verdadeira da carta; 4larisse sorriu com pacincia. 8 Sim. O senor - um omem que l muito, não, sr. Marsall; 8 Sim, leio. 8 Pois então. Buando uma pessoa l um livro, vai criando certas ima'ens na mente. O processo - o mesmo com as cartas. 8 1ntendo 8 comentou o entrevistador, visivelmente intri'ado, assim como os demais 25
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presentes. 8 Buer di&er que envolve um pouco de ima'ina3ão. 8 Para se desenvolver os poderes e5tra9sensoriais - preciso controlar a ima'ina3ão e a'u3ar a concentra3ão. 8 1ntão, est+ ao alcance de qualquer indivduo; 8 Ainda não se tem certe&a: pesquisas tm sido %eitas a este respeito. I+ os que crem que os poderes e5tra9sensoriais podem ser adquiridos e + os que de%endem a tese de que certas pessoas + nascem com este dom. 8 1 qual a sua opinião particular; 8 Acredito que todos n*s nas3amos com estes poderes, s* que poucos os desenvolvem. Muitos pre%erem i'nor+9los, por ser mais cCmodo. 8 Seus dons + %oram con%irmados por diversas institui3Ges, i nstitui3Ges, mas 'ostaramos, se possvel, de uma demonstra3ão. 8 4laro. 8 Aqui est+ um baralo comum, adquirido esta manã por um membro de nossa equipe. A senora ainda não o manuseou, certo; 8 Não, ainda não. Na verdade, detesto o'ar cartas 8 disse 4larisse com um riso nos l+bios. O diretor %icou encantado com sua naturalidade. 8 A'ora veamos. Se eu apanar uma carta e se'ur+9la assim. 8 Ale5 apanou uma do meio do baralo e se'urou9a de %rente para si. 8 Pode me di&er qual -; 8 Não 8 a%irmou 4larisse, sempre sorrindo. Assustado, o diretor quase mandou que suspendesse a 'rava3ão quando ela, então, e5plicou$ 8 O senor tem que olar para a carta, sr. Marsall, concentrar9se nela e proet+9la em sua mente. Ale5 se'uiu as instru3Ges. 8 4reio que o senor não est+ se concentrando muito. Mas, como todos estão vendo, trata9se de uma carta vermela. 8 O est=dio inteiro não conteve o riso. 1ntão, com o olar %i5o no apresentador, a%irmou decisiva$ 8 Nove de ouros. A cHmara %ocali&ou a %isionomia surpresa de Ale5 antes que virasse a carta de %rente para a lente. Nove de ouros. 1scolendo mais uma carta, repetiram o mesmo processo at- que, na terceira, 4larisse %e& uma pausa. 8 O senor est+ tentando me con%undir pensando numa carta di%erente da que tem na mão. Dsto me atrapala um pouco, mas, me parece que - um de& de paus. 8 DncrvelL 8 a%irmou Ale5 ao virar o de& de paus para a cHmera. 8 Simplesmente incrvel. Ainda admirado com o teste, Ale5 dei5ou o baralo de lado e prosse'uiu com a entrevista. 8 A senora come3ou sua carreira como quiromante, não %oi; 8 Sim, + muito tempo. >ecnicamente qualquer pessoa pode %a&er a leitura de mãos, basta estudar e interpretar as linas. Sorrindo, estendeu as mãos para que o entrevistador as visse. 8 4ada lina representa um aspecto da vida$ %inanceiro, emocional, intelectual. Fm bom livro destes que estão à venda nas livrarias li vrarias indica e5atamente como interpret+9las. Fma 26
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pessoa sensitiva na verdade não as l mas, sim, absorve os %luidos da pessoa que tem diante de si. 4urioso, Ale5 estendeu9le suas mãos. 8 Não entendo como a senora poderia captar meus %luidos simplesmente olando para minas mãos. 8 A pessoa os transmite da mesma %orma que o %a& com as emo3Ges$ triste&a, ale'ria, entusiasmo. Olando para as linas de sua mão, posso a%irmar que o senor tem uma capacidade incrvel de comunica3ão e uma situa3ão %inanceira bastante s*lida, mas isso não seria novidade para nin'u-m. No entanto, se me permite. . . 4larisse se'urou9le uma das mãos entre as suas. 8 Se'urando9a posso di&er que. . . 8 Dmediatamente ela se calou, assustada e, arre'alando os olos, encarou9o. 8 O... Se'uindo um impulso, Andrea levantou9se mas !avid a deteve. 8 !ei5e9a a vontade 8 disse. 8 2embre9se de que isto - um document+rio e, como tal, não pode parecer que %oi ensaiado. 4aso ela nos pe3a, eliminaremos esta parte. 8 1st+ bem. As mãos de 4larisse estavam 'eladas sob a de Ale5 que, tentando dis%ar3ar a apreensão, inda'ou num tom divertido$ 8 @ al'o assim tão 'rave; 8 Não, não. Pi'arreando, 4larisse voltou a sorrir. 8 @ que o senor emana vibra3Ges muito %ortes, sr. Marsall. 8 Não sei se isto - bom, mas a'rade3o. Recobrando a calma, ela prosse'uiu. 8 O senor - vi=vo + quin&e ou de&esseis anos e %oi e5celente e5ce lente marido para sua esposa. 1 muito bom pai, tamb-m. Pode se or'ular disto. 8 Aprecio muito, sra. !e "asse, mas nada do que disse - novidade. Dndi%erente ao coment+rio, 4larisse continuou$ 8 Seus dois %ilos + estão %ormados, o que o dei5a mais tranq7ilo. t ranq7ilo. 1les nunca le deram preocupa3Ges, a não ser durante a adolescncia do mais velo, quando sur'iram pequenas desaven3as. Mas isto - comum. Ale5 + não sorria mais. AtCnito, observava9a com muita aten3ão. 8 Sim, - verdade. 8 O senor - um per%eccionista, tanto na vida pro%issional quanto em casa. Dsto criou uma s-rie de di%iculdades para o rapa&, que nunca conse'uia satis%a&9lo. Mas, a'ora que ele est+ para se tornar pai, as coisas meloraram bastante. O espanto do entrevistador era indis%ar3+vel. 8 A id-ia de ser avC o a'rada, embora o %a3a pensar mais seriamente sobre o %uturo. Mas dei5e de pensar em se aposentar: o senor est+ no au'e da carreira e, ativo como -, não vai se contentar em levar uma vidina pacata, pescando no seu barquino. 1ntão, receando tornar9se indiscreta, desculpou9se. 8 Perdão. Sempre me entusiasmo quando encontro al'u-m com mãos tão interessantes. 8 Não precisa se desculpar: a senora - mesmo %ant+stica. 8 4ortaL 27
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4ald6ell %icou encantado e satis%eitssimo com o desempeno desempe no e a desenvoltura de 4larisse %rente às cHmeras. Buem poderia ima'inar que Ale5 estivesse pensando em se aposentar; 8 Buero ver esta 'rava3ão dentro dentro de meia meia ora. Ale5, muito obri'ado. 4ome3amos 4ome3amos muito bem, sra. !e "asse. 8 Fm tanto relutante, estendeu9le a mão. 8 A senora esteve sensacional. Antes que terminassem os cumprimentos, Andrea + previa o que ia acontecer. Ali+s, como sempre. 1m questão de se'undos 4larisse estaria cercada por diversos elementos da equipe, pedindo9le que lesse suas mãos ou les dissesse quando iriam 'anar na loteria. 8 Se + tiver sido dispensada, di spensada, posso le dar uma carona at- sua casa 8 Andrea se o%ereceu, apro5imando9se. 8 Não, não quero que se incomode comi'o 8 disse 4larisse, olando à sua volta para descobrir onde avia dei5ado a bolsa. 8 Ne6port "eac %ica completamente %ora de mão para voc. 8 Ea& parte do meu trabalo 8 a%irmou, entre'ando9le a bolsa que 'uardara consi'o durante toda a 'rava3ão. 8 O, obri'ada, querida. Ando Ando tão distrada. . . Pode dei5ar que eu apano um t+5i. t+5i. 8 >emos um motorista à sua disposi3ão. 8 !avid não precisou olar para Andr-a para saber que estava a%lita para sair dali. 8 Não teria cabimento dei5+9la voltar de t+5i. 8 Muito obri'ada, - muita 'entile&a. 8 Mas, não ser+ necess+rio 8 acrescentou Andr-a. 8 4oncordo 8 retrucou Ale5, se'urando as mãos de 4larisse. 4la risse. 8 1spero que a sra. !e "asse me d a onra de sua compania para um antar. !epois, então, eu a dei5arei em casa. 8 1u adoraria 8 respondeu 4larisse antes que Andrea pudesse pu desse abrir a boca. 8 1spero não t9lo constran'ido, sr. Marsall. 8 Nem um pouco. Para ser sincero, %iquei %ascinado. 8 Bue *timo. "em, obri'ada por me acompanar, querida 8 disse a Andrea, beiando9a carinosamente. 8 Eico mais tranq7ila tendo9a por perto. "oa9noite, !avid. 8 "oa9noite, 4larisse. Ale5, at- amanã. Parado ao lado de Andrea observou9os a%astarem9se de bra3os dados. 8 Eormam um belo par, não aca; Euriosa, Andrea voltou9se para ele com vontade de es'an+9lo. 8 Ora, não me amoleL 1la + ia a meio camino da porta quando !avid a deteve. 8 1i, o que ouve; 8 inda'ou9le, sorrindo. 8 Buero ver aqueles =ltimos quin&e minutos de 'rava3ão, e, caso não me a'radem, vão ser cortadosL 8 Não me recordo de nenuma cl+usula do contrato que le desse o direito de opinar sobre a edi3ão do document+rio. 8 Nem eu me lembro de al'uma que se re%erisse ao %ato de 4larisse ser submetida a um teste. 8 1st+ bem. Mas qual o problema; 8 Ora, voc assistiu à 'rava3ãoL 28
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Sentindo necessidade de e5travasar sua raiva, Andrea saiu depressa pela porta de vidro: 8 Sim, assisti 8 disse, detendo9a mais uma ve&. 8 Mas M as não vi nada de errado. 8 1la estava apenas dis%ar3ando, !avid. 8 Nervosa, passou a mão pelos cabelos. 8 4larisse teve al'um pressentimento assim que se'urou na mão de Ale5. Assistindo ao teipe voc vai notar, 8 1 da; !+ mais veracidade à 'rava3ão. 8 Ora, o que me interessa a veracidade; 8 e5plodiu. 8 Não 'osto de v9la so%rer emo3Ges muito %ortes. Preocupo9me com ela enquanto pessoa e não apenas como cliente. Sem esperar que ele dissesse al'o, Andrea andou depressa pelo corredor, transpondo a porta e5terna. 8 1st+ bem, est+ bem 8 concordou !avid, alcan3ando9a. 8 Mas ela me pareceu per%eitamente bem ao sair daqui. 8 Mas não 'osto disso 8 insistiu Andrea, descendo os de'raus que levavam ao estacionamento. 8 4omo se não bastassem as cartas. . . !etesto v9la sendo testada. 8 Andrea, isto - natural. 4larisse + %e& este mesmo teste em in=meros institutos do mundo inteiro. 8 Sei disso. 1 %ico %uriosa com o %ato de ter que %icar constantemente comprovando seus poderes. Al-m do mais, teno certe&a de que al'o a impressionou ao ler a mão do entrevistador. 8 Sem se deter, continuava a caminar em dire3ão ao carro. 8 !ro'aL Nem tive tempo de per'untar a ela o que ouve e aquele 'randalão + a levou para antar. 8 Ale5; 8 Não podendo conter o riso, !avid e5plodiu numa 'ar'alada sonora. 8 Andrea, voc - *tima. Nunca ouvi nin'u-m se re%erir a ele como J'randalãoJ. O %ato de !avid estar se divertindo à sua custa aumentou9le o *dio. 8 A, então voc aca en'ra3ado, não -; Fma muler inocente, in'nua, sai para antar com um estrano e isso - motivo de riso. Se al'o le acontecer... 8 Acontecer; !eus meuL Andrea, Ale5 Marsall não não - um manaco. @ um omem muito s-rio, respeitado por todos. Buanto a 4larisse, creio que + tena idade su%iciente para escoler as pr*prias companias. Não precisa de nin'u-m que le d conselos. Bue mal pode aver neste encontro; 8 1ncontro; Aquilo não %oi um encontro. 8 A mim, pareceu. Andrea deteve9se, come3ou a di&er al'o, mas mudou de id-ia i d-ia e continuou a caminar. 8 Ole, espere um pouco. 1u disse espere, Andr-aL 8 Se'urando9a pelos bra3os, ele a obri'ou a parar, encostando9a contra um carro estacionado. 8 Não pretendo correr atr+s de voc pela cidade inteira. 8 1ntão, volte para o est=dio e d uma olada naquele teipe. Buero assisti9lo amanã pela manã. 8 >udo bem, vai mandar uma c*pia para voc amanã. Mas 'ostaria que soubesse que não costumo receber ordens nem de empres+rios nem de nin'u-m. 0amos esclarecer isto +$ não sei o que est+ avendo, mas não creio que possa estar estar tão preocupada s* pelo %ato de uma cliente ter sado para antar. 29
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8 Acontece que ela não - s* mina clienteL 8 1r'uendo o rosto, encarou9o e con%essou$ 8 @ mina mãeL A con%issão dei5ou9os atCnitos por al'uns se'undos. !avid continuava a se'ur+9la pelos bra3os enquanto ela tentava recuperar a calma. J4omo não percebera antes;J, inda'ou9se ele. O rosto, os mesmos olos a&uis. Sim, principalmente os olos... 8 Pu5a... Nem Nem sei o que di&er. 8 Nem eu. Ou3a, nin'u-m deve saber disso, est+ bem; 8 Por qu; 8 Porque n*s decidimos que seria melor assim. Nosso relacionamento - al'o que s* di& respeito a n*s duas. 8 >udo bem. 8 !avid pre%eriu pre%eriu não inter%erir na privacidade de Andrea. 8 Dsto e5plica seu interesse por 4larisse, mas aco que voc e5a'era um pouco. 8 Não me importa o que voc pensaL 8 Sua cabe3a come3ava come 3ava a latear. 8 Me perdoe. Preciso ir embora. 8 Não 8 ele protestou, impedindo9a de a%astar9se. 8 Muitas pessoas podem estranar esse interesse todo por ela. 8 Dsso não - da sua conta. Andrea estava p+lida e muito a'itada. 8 4laro que -. osto de 4larisse e teno o direito de me preocupar com a vida dela. 8 0oc não compreende 8 murmurou Andrea. 8 4ompreende o qu; 8 1 se Ale5 Marsall pression+9la a conceder9le uma entrevista durante o antar; 1 se ele quiser %icar a s*s com ela para poder convenc9la; 8 1 se ele estiver interessado apenas na compania de uma muler %ascinante e atraente; 4larisse - uma muler adulta. 8 Não quero que se decepcione 8 comentou, cru&ando os bra3os. !avid podia ar'umentar e tentar convenc9la, mas percebeu que seria in=til. 8 0amos dar uma volta de carro. 8 O qu; . 8 0amos dar uma volta, voc e eu. 1ste carro em que est+ encostada - meu. 8 A, me desculpe. >eno que voltar ao escrit*rio 8 ale'ou, ale 'ou, a%astando9se do carro. 8 Preciso cuidar de uns ne'*cios pendentes. 8 Dsto pode esperar at- amanã, + - tarde 8 disse !avid ao tirar as caves do bolso e abrir a porta. 8 Fm passeio pela praia - muito rela5ante. Sem d=vida, um pouco de ar %resco le %aria bem. >alve& não %osse boa id-ia ir acompanada por ele, mas resolveu arriscar. 8 1st+ bem, vamos. Realmente o passeio le %e& bem. O vento morno, o ceiro do mar. !avid manteve9se calado o camino todo dando9le a cance de des%rutar aqueles minutos de silncio e tranq7ilidade. I+ quanto tempo não se dava ao lu5o de sair de carro pela praia, sem ora para voltar, 30
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sem compromisso; Andrea não se recordava. Eecando os olos, reclinou a cabe3a contra o encosto do banco e procurou não pensar em mais nada. Buem era ela, a%inal;J, inda'ava9se !avid, ao observ+9la rela5ar no banco a seu lado. Seria a pro%issional competente que le e5traiu de& por cento a mais do bolso; Ou a %ila &elosa, preocupada com o bem9estar da mãe; 1le não saberia di&er. !avid estava acostumado a ul'ar as pessoas, e o %a&ia com %req7ncia em sua pro%issão. 4omo cercar9se de bons pro%issionais se não soubesse distin'ui9los; No entanto, ao bei+9la pela primeira ve&, deparou9se com uma surpresa. 1sperando encontrar uma muler %ria e indi%erente com quem pensava estar lidando, descobrira outra, sensvel e amorosa. A impressão que tina era a de que Andrea tentava desesperadamente passar uma %alsa ima'em de si mesma. >alve& não quisesse que as pessoas a vissem como uma muler vulner+vel. O mist-rio a'u3ou9le a curiosidade. 8 4om %ome; Sonolenta, Andrea abriu os olos e virou9se para %it+9lo. Os olos dela mais uma ve& lembraram os de 4larisse. 4omo %oi que não percebera antes; >alve& tamb-m tivesse os mesmos. . . Não, não. 8 Perdão. O que disse; 8 Per'untei se est+ com %ome, Andrea. 8 Sim, muita 8 admitiu, endireitando9se no assento. 8 Onde estamos; estamos; 8 A uns trinta quilCmetros do est=dio. A'ora, vou dei5ar a seu car'o a decisão$ pre%ere comer um amb=r'uer naquela lanconete ali adiante ou pre%ere antar neste restaurante; 8 Pre%iro comer um amb=r'uer sentada na praia. 8
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8 1la - uma pessoa tão boa 8 comentou, mordiscando uma batata. 8 1 muito %+cil ma'o+9la, pois 4larisse - muito aberta, muito 'enerosa. 8 Por este motivo voc 'osta de prote'9la. 8 Dsso mesmo. 8 ostaria de saber o que %a& voc se sentir respons+vel por sua mãe. Andrea lan3ou um olar perdido em dire3ão ao mar e sorriu. 8 Mina in%Hncia %oi muito di%cil. Andrea nunca discutira o assunto com estranos. Mas, tamb-m, nunca sentara na praia para comer um amb=r'uer. Por que não tentar; 8 4larisse sempre %oi uma mãe maravilosa$ carinosa, compreensiva. 8 1 seu pai; 8 Morreu quando eu tina oito anos. 1le era vendedor e raramente passava mais de uma semana em casa. 8 1ntão, recordando9se daqueles tempos, e5plicou$ 8 1le 'anava bem, tnamos uma boa reserva, mas as contas nunca eram pa'as. 4larisse não se lembrava. Dn=meras ve&es tivemos o tele%one cortado por %alta de pa'amento. Aco que %oi então que comecei a tomar conta dela. 8 Mas voc era muito ovem, não; 8 Sim, mas não me importava. 1u sabia administrar a casa muito melor do que ela. Buando 4larisse come3ou a usar seus poderes, utili&ando a quiromancia como prete5to para %a&er as consultas, nosso or3amento melorou um pouco e ela, então, abandonou os a%a&eres dom-sticos. Eoram tempos estranos para mim. Muitos vi&inos estavam sempre l+ em casa, consultando mamãe, mas, quando nos encontravam na rua, era como se não nos conecessem. 8 Dma'ino como deve ter sido di%cil di%ci l para voc. 8 Sim. 1ra como se as pessoas tivessem medo de se apro5imar de al'u-m com poderes paranormais. Mas, 4larisse parece que nunca percebeu o que acontecia. At- que um dia, atrav-s de um conecido, ela %oi apresentada à %amlia 0an 4amp. Nesta -poca eu devia ter uns do&e ou tre&e anos. A primeira ve& que uma artista entrou l+ em casa, eu %iquei pasma. !epois de um ano, passou a %a&er parte da rotina. Ap*s beber um pouco do mil9sae, ela prosse'uiu$ 8 4oneci diversos atores que não aceitavam um papel sem consult+9la. Mas 4larisse nunca tomou uma decisão por nin'u-m e sempre aconselava as pessoas a se'uirem a pr*pria intui3ão. 1ntão, aconteceu o rapto de Matte6 0an 4amp e não tivemos mais sosse'o$ a imprensa acampou em %rente à nossa casa e o tele%one não parava de tocar. !epois disso, ela resolveu mudar9se para Ne6port "eac, onde pCde viver em pa&. 8 1 quanto ao caso Rideour; Andrea levantou9se subitamente e caminou at- bem perto do mar. !avid acompanou9a. 8 0oc não %a& id-ia de como ela so%reu naquela -poca. 8 4om a vo& embar'ada pela emo3ão, Andrea cru&ou os bra3os em torno dos ombros. 8 1u queria det9la, mas não pude. Buando a viu %ecar os olos, !avid tocou9le de leve no ombro. 8 Por que det9la se ela podia audar; 8 Porque ela so%ria demais. 4larisse viveu o drama muito antes de ser camada a audar, 8 1ntão, abrindo os olos, acrescentou$ 8 1ntende o que quero di&er; 32
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8 Não, aco que não... 8 Nem conse'uiria. S* quem passa por tudo isso i sso pode saber como -. 4inco ovens assassinadas... 4larisse nunca comentou nada a respeito, mas teno certe&a de que ela previu tudo, um por um dos assassinatos. "alan3ando a cabe3a, Andrea tratou de a%astar tais pensamentos. 8 1la considera este dom como um presente de !eus, mas às ve&es se torna um %ardo di%cil de carre'ar. 8 0oc 'ostaria que ela bloqueasse este poder, se - que isto - possvel; Andrea sorriu e aeitou os cabelos despenteados pelo vento. 8 Sim, mas sinto que o %ato de audar as pessoas - vital para ela. Portanto, + desisti da id-ia. S* cuido para que não se envolva com as pessoas erradas. 8 1 quanto a voc; 8 ele quis saber. !avid podia urar que a per'unta pe'ou9a de surpresa, 8 >ornou9se empres+ria s* para prote'9la; 8 1m parte 8 con%essou, + mais à vontade. 8 Mas 'osto muito do que %a3o e sei que cumpro bem o meu papel. 8 1 por acaso sabe se prote'er tão bem quanto 4larisse; 8 Sim, sei. Novamente ele percebeu que Andrea se inquietava, mas continuou com o assunto. 8 1 do que - que voc se de%ende; 8 ?+ est+ %icando tarde, !avid. 8 >em ra&ão. 1stendendo o bra3o, ele desli&ou a mão pelo pesco3o delicado. A pele alva convidava ao toque. 8 1u nunca ce'uei a bei+9la de %ato, não -, Andrea; As mãos de !avid dei5aram9na arrepiada. 8 @ melor assim. 8 >alve& sea mesmo. S* não entendo por que teno tanta vontade de bei+9la. 8 Dsto passa com o tempo. 8 Por que não %a&emos uma e5perincia; 8 ele su'eriu, olando9a com um brilo divertido nos olos. 8 1stamos num local p=blico: eu não poderia tentar tirar proveito da situa3ão. >alve& consi'amos descobrir o que nos dei5a tão inquietos toda ve& que estamos untos. Abra3ando9a pela cintura, !avid a trou5e para unto de si. Andrea A ndrea estremeceu. 8 1st+ com medo; 8 Nem um pouco. !ecidida a não dei5+9lo perceber o quanto estava a'itada, Andrea A ndrea resolveu representar uma cena. Num 'esto s=bito, enla3ou9o pelo pesco3o e, ao v9lo surpreso, pressionou os l+bios contra os dele. !avid podia urar que a areia movera9se sob seus p-s e que as ondas batiam com mais %or3a contra os rocedos. A inten3ão inicial de %a&er apenas uma e5perincia se trans%ormou em al'o totalmente di%erente quando sentiu o sabor dos l+bios de Andrea. Surpreso com sua pr*pria rea3ão, abra3ou9a com mais %or3a e beiou9a de modo possessivo, deliciando9se com a sensa3ão de t9la em seus bra3os. 33
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Eoi tudo tão r+pido que Andrea não teve tempo de rea'ir. 1mbora a conscincia insistisse em alert+9la, pressionou o corpo contra o de !avid, dando va&ão ao deseo que a consumia. Sentindo9o abra3+9la com mais %or3a, entrela3ou os dedos entre os cabelos dele, 'emendo bai5ino. Fma 'aivota passou, barulenta, a%astando9se em se'uida, Ao se a%astarem, Andrea deu um passo para tr+s e arrepiou9se quando uma raada de vento os atin'iu. 1ntão, come3ou a caminar pela areia. !avid a se'urou pelo bra3o. 8 0ena para casa comi'o. 0oltando9se, Andrea o encarou. Os olos de !avid re%letiam o deseo que o consumia. Não, não poderia ir. 4aso %osse, amais se perdoaria. 8 Não 8 disse, a vo& tremula. 8 1u não quero ir, !avid. Não quero me envolver. 8 Nem eu. 1le então a%astou9se, arrependido por ter tentado levar a situa3ão adiante. 8 Mas creio que isto não vai %a&er di%eren3a. 8 4omo não; >emos >emos controle sobre nossos nossos destinos. 8 Muito s-ria, ela olou para o mar. 8 Sei e5atamente o que quero e o que não quero para mim. 8 Os obetivos de uma pessoa mudam. Por que ar'umentava daquela maneira se pensava da mesma %orma que Andrea; 8 S* se permitirmos. 8 1 se eu dissesse que deseo voc; Andrea, com o cora3ão acelerado, teve que reunir todo seu autocontrole para impedir que sua vo& a trasse. 8 1u diria que est+ cometendo um erro. 0oc tina ra&ão quando disse que não %a3o seu tipo. @ melor con%iar na sua intui3ão. 1, a'ora, 'ostaria que me levasse de volta. Buero tele%onar para 4larisse e saber como ela est+. Mais uma ve& ele a tocou. 8 0oc não vai poder us+9la como desculpa por muito tempo. Dndi'nada, ela o olou com uma e5pressão arro'ante. 8 I+ uma 'rande di%eren3a entre n*s, !avid$ eu não uso as pessoas.
CAPÍTULO IV
Os raios prateados do luar invadiam o quarto, proectando sombras no assoalo de t+buas lar'as. No ar, o aroma adocicado e suave de asmim. Numa das paredes avia um quadro, tra3os indistintos em vermelo e lil+s contra uma tela branqussima. Andrea parou para observ+9la e admirou9se com a ener'ia e o movimento das %ormas. !o outro lado, um espelo imenso ocupava quase toda a parede. Andrea viu9se re%letida nele. Fma ima'em irreal, quase %antasma'*rica, misturada aos raios de luar e à escuridão 34
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do quarto. A impressão que teve %oi a de que poderia atravess+9lo e sumir para sempre. Assustada, Andrea estremeceu. Iavia al'o de muito estrano em sua pr*pria ima'em re%letida no espelo. A intui3ão disse9le que sasse dali o quanto antes e, obedecendo9a, virou9se em dire3ão à porta. Mas, naquele e5ato instante, !avid bloqueou9le a passa'em. Ao observ+9la, viu o deseo e a impacincia re%letidos em seus olos e teve medo. Medo da violncia de suas pr*prias emo3Ges. J1u não queroJ. . . Andrea não sabia ao certo se ce'ara a di&9lo ou se apenas pensara nisso, mas a resposta de !avid %oi bastante clara$ 8 0oc não pode continuar %u'indo, Andrea. Nem de mim nem de si mesma. 1ntão, ela entrou por um t=nel muito escuro, cuas paredes pareciam envolv9la. Buase sem %Cle'o, sentou9se na cama, a'itadssima. Seu corpo cor po tremia incontrolavelmente e, ao olar pela anela, constatou que os primeiros raios de sol + atravessavam a vene&iana do quarto. Sim, estava em seu pr*prio quarto. .. Nada de per%u me de asmins no ar ou o espelo imenso na parede. >udo não passara de um sono, disse a si mesma diversas ve&es. Fm pesadelo. Mas, por que precisava ter sido tão real; 1la quase pudera sentir a presen3a de !avid, os olos escuros de pai5ão. . . Por que, por que sonara com !avid "rad#; Iavia diversas e5plica3Ges l*'icas para sua per'unta. I+ duas semanas que ele não le saa do pensamento: 4larisse s* %alava no tal document+rio e o e5cesso de trabalo no escrit*rio mal le dava cance de dormir oito oras por noite. 4ansa3o, preocupa3ão, tensão. Ou talve& ela se obri'asse a mer'ular no trabalo para que não tivesse tempo de pensar em outros assuntos. Assuntos, estes, que requeriam muito mais do que concentra3ão. 1mbora não passasse das seis oras da manã, Andrea decidiu não dormir mais. Não 'ostaria de arriscar %ecar os olos e ver a continua3ão do pesadelo. ?o'ando as cobertas para o lado, levantou9se$ duas 5caras de ca%- bem %orte a poriam em %orma novamente. O dia ia ser dos piores no escrit*rio e precisaria de todas as suas ener'ias para en%rent+9lo. A co&ina era espa3osa e bastante %uncional. Mesmo passando pouqussimo tempo ali, Andrea %a&ia questão de mant9la bem abastecida. Sobre o balcão de madeira, in=meros eletrodom-sticos relu&iam. Andrea %oi at- o arm+rio, apanou o p* de ca%- e li'ou a ca%eteira el-trica. Buin&e minutos mais tarde, ao sair do bano, o aroma incon%undvel da bebida + se espalava pelo apartamento. >omou, então, a primeira 5cara de uma s* ve&. !epois, completou9a novamente e levou9a consi'o para o quarto. Abrindo a a'enda, con%eriu os compromissos do dia$ uma reunião às de& oras com um cliente do tipo nervo&ino que recebera uma o%erta de trabalo para uma miniss-rie de televisão: reunião ao meio9dia com sua equipe de trabalo no escrit*rio: almo3o de ne'*cios com o ator mais requisitado da atualidade, "ob Iope6ell: e, %inalmente, os compromissos de rotina na parte da tarde. 35
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!ecidiu9se por uma roupa ele'ante e pr+tica$ um tailleur leve na cor psse'o. 4omo de costume, em menos de quin&e minutos + estava completamente vestida em %rente ao espelo. 1m busca de um acess*rio, apanou o broce em %ormato de meia9lua. 1nquanto o colocava na 'ola, o pesadelo da noite veio9le de novo à mente. Nele, sua ima'em i ma'em re%letida no espelo não era a de uma muler con%iante e se'ura de si, mas de al'u-m inse'uro, i nse'uro, vulner+vel. 1sticando o bra3o, tocou a super%cie lisa e %ria do espelo. A ima'em que tina diante de si era a da verdadeira Andrea Eields, a outra não passava de um sono. Na realidade, amais se permitiria ser %r+'il. 4omo empres+ria empres+ria numa cidade como 2os An'eles seria massacrada pelos concorrentes caso desse demonstra3ão de %raque&a. 4omo muler, se colocaria em posi3ão de desvanta'em perante os omens. Admirando9se uma =ltima ve&, %ecou o arm+rio e apanou a pasta de couro. 0inte minutos mais tarde ce'ava ao escrit*rio. Na verdade, o %ato de ser a primeira a ce'ar não era in-dito. in- dito. !esde o incio de sua carreira, ao alu'ar sua primeira sala num edi%cio de terceira cate'oria, Andrea desenvolvera o +bito de ser a primeira a ce'ar ao servi3o. I+bito que conservava atentão, mesmo contando com v+rias pessoas para assessor+9la. Acendendo a lu&, observou os re%le5os emitidos pelos en%eites en%ei tes de latão, que combinavam per%eitamente com a cor da parede. ?amais se arrependera de ter contratado um pro%issional para cuidar da decora3ão. O ambiente era discreto, ele'ante e transmitia solide&. Fm lei'o no assunto amais obteria tal resultado. 4onsultando o rel*'io, percebeu que poderia %a&er al'uns interurbanos in terurbanos para a 4osta 2este, cuo %uso or+rio era trs oras mais adiantado do que em 2os An'eles. !ei5ando apenas a lu& da recep3ão acesa, trancou9se em sua sala e, em menos de meia ora, + avia resolvido diversas questGes pendentes com clientes seus em Nova Qor e asin'ton. Satis%eita, resolveu dedicar9se à leitura de al'uns contratos antes que o e5pediente come3asse. Eoi então que ouviu passos na recep3ão. A princpio ima'inou que %osse um dos %uncion+rios mas, reconsiderando, percebeu que nenum deles costumava ce'ar meia ora antes do e5pediente. !ecidida a ver quem estava l+, apro5imou9se da porta quando os passos cessaram. Pensou em 'ritar por socorro, por-m lo'o mudou de id-ia. Seria in=til. i n=til. 1n'olindo em seco, apanou um obeto de metal bastante pesado. Os passos recome3aram indicando que o intruso se apro5imava. Respirando %undo, er'ueu o obeto com uma das mãos enquanto 'irava o trinco da porta com a outra. !avid conse'uiu se'urar9le o pulso antes que ela o atin'isse. 8 @ assim que recebe seus clientes, Andrea; 8 !ro'aL 8 Aliviada, Aliviada, dei5ou o obeto obeto cair sobre o carpete. 8 0oc me assustou, !avid. O que %a& por aqui a esta esta ora; 8 O mesmo mesmo que voc. Acordei Acordei cedo. 4omo seus oelos tremessem, incontrol+veis, Andrea caminou at- a poltrona e sentou9 se. 36
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8 A di%eren3a - que eu trabalo trabalo aqui. O que desea, !avid; !avid; 8 1u poderia ale'ar que senti sua %alta. 8 Ora, não me vena com essa. 8 "em, a verdade - que estou de partida para Nova Qor, onde %arei %arei al'umas %ilma'ens, e 'ostaria que voc desse um recado para 4larisse. Pura mentira. Mas, ele não se incomodava de mentir: aquela %ora a =nica maneira que encontrara de vir v9la antes de partir. Ao acordar aquela manã, avia procurado arranar uma desculpa que o levasse ao escrit*rio de Andrea, mas amais poderia admitir a verdade a uma muler como ela que, ou sairia correndo, ou o poria dali para %ora. 8 1st+ certo 8 concordou concordou ela + à procura de um bloco de anota3Ges. 8 !arei !arei o recado. Mas, da pr*5ima ve&, lembre9se de que muita 'ente + morreu por entrar de surpresa num lu'ar assim como voc acaba de %a&er. 8 A porta estava destrancada e, como não avia nin'u-m na recep3ão, decidi ver se encontrava al'u-m aqui dentro, antes de dei5ar um bilete. A e5plica3ão pareceu9le bastante ra&o+vel mas, ainda assim, não o perdoou pelo susto. 8 Bual o recado; !avid não %a&ia a menor id-ia. 1n%iando as mãos nos bolsos, correu os olos pelo ambiente s*brio de tons pastel. >udo ali permanecia na mais absoluta ordem. At- mesmo os pap-is sobre a mesa estavam per%eitamente empilados. 8 "onito lu'ar. 0oc 0oc - mesmo muito ordeira, não; não; 8 Sim, sou 8 respondeu, impaciente. impaciente. 8 Bual o recado para 4larisse; 8 Por %alar %alar nisso, como vai ela; 8 Muito bem. !ando uma volta pela sala, !avid apro5imou9se de um quadro qua dro numa das paredes. 1ra uma marina em tons a&ulados que transmitia uma incrvel sensa3ão sensa3ão de pa&. pa&. 8 2embro9me de que voc estava preocupada com resultado do encontro entre entre ela e Ale5. 8 4larisse se divertiu muito e me contou que Ale5 - um cavaleiro$ muito educado e muito inteli'ente. 8 Dsso aborrece voc;, 8 1la nunca sai com omens. Dsto -, não não para um encontro. Sentindo que a'ia como como uma tola, Andrea levantou9se e %oi at- a anela. ,8 Al'um problema, Andrea; 8 Não, claro claro que não. não. S* que.. . 8 S* que... 1la sabia que não deveria discutir este assunto com !avid mas, antes que pudesse se conter, as palavras escaparam9le da boca. 8 1la %ala de Ale5 Ale5 com tanto entusiasmo, entusiasmo, com tanto carino. carino. . . Os dois passaram o domin'o todo untos veleando no barco dele. Bue eu me lembre, ela nunca subira num barco antes. 8 1 da; @ uma e5perincia nova, nova, 8 1 disso que teno medo 8 con%essou num tom bai5o. 8 Sabe o que - ver sua pr*pria mãe apai5onada; 37
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8 Não 8 ele admitiu, admitiu, recordando9se do relacionamento relacionamento entre seus pais. Não, nunca ouve pai5ão entre eles. 8 4reio que não. 8 "em, posso di&er que não - muito a'rad+vel. A%inal, o que sei sobre Ale5; Bue bonitão, educado; At- a, nada de novo. Ale5 + o'ou seu carme para cima de uma centena de muleres. 8 Andrea 8 disse ele num tom divertido, untando9se a ela ela 8, + percebeu percebeu como est+ a'indo; Parece at- a mãe de uma adolescente apai5onada. Se 4larisse %osse apenas uma muler de meia9idade, voc + não teria com que se preocupar. Mas, não aca que o %ato de ser uma paranormal a dei5a em vanta'em perante o resto da umanidade; 8 A emo3ão pode atrapalar seus poderes, poderes, !avid, e impedi9la de ver as coisas com com clare&a. 8 A emo3ão est+ atrapalando voc tamb-m, Andrea; 8 !avid percebeu que a %isionomia dela se contraiu. 8 1la est+ permitindo que seu amor por 4larisse %a3a com que e5a'ere um pouco nas preocupa3Ges. >alve& %osse uma boa id-ia trans%erir trans% erir um pouco desta a%ei3ão para outro alvo. 8 1la - a =nica pessoa a quem posso dedicar dedicar meu carino. 8 1 quanto às suas necessidades pessoais; Nunca pensa nisso; Seu lado emocional 8 murmurou, tocando9le de leve os cabelos. 8 Seu lado %sico. .. 8 Buer %a&er o %avor %avor de parar com essa essa conversa; Andrea teve mpetos de se a%astar a%astar mas ele continuou a acarici+9la. 8 Sua t+tica talve& a%aste a%aste outros omens. Mas, comi'o, não vai %uncionar. 8 Não sei por que acei que poderia con%iar em voc. 8 Mas con%iou. 8 Por que não me dei5a em pa&; 8 implorou implorou recordando9se do pesadelo pesadelo daquela noite. O medo, o deseo. . . 8 Porque deseo voc. !avid se apro5imou dela, deliciando9se com a %ra'rHncia suave, sua ve, quase imperceptvel. quela distHncia, pCde ver o turbilão de emo3Ges estampado nos olos a&uis. 8 Buero %icar com voc durante oras oras e oras num lu'ar tranq7ilo, sosse'ado... S* assim saberei o que e5iste de tão especial em voc que me %a& perder o sono. Andrea sentiu a 'ar'anta seca e as mãos 'eladas. 8 ?+ le disse que não durmo durmo com qualquer um. 8
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!avid não %a&ia id-ia das oras ao entrar na sute que ocupava num amplo otel de Nova Qor. Seu plano inicial era o de permanecer dois dias ali na cidade, ci dade, mas al'uns detales aviam %u'ido do seu controle, obri'ando9o a estender a estada. !e manã, ao sair, dei5ara instru3Ges à camareira para que não tocasse nas pilas de papel espaladas pela mesa. 1, de %ato, encontrou9as e5atamente como as dei5ara. A ornada m-dia de trabalo destes trs dias de %ilma'ens tina sido de do&e oras, depois das quais a equipe, equi pe, e5austa, era dispensada. ■ Antes de dedicar9se à or'ani&a3ão dos planos para o dia se'uinte, se 'uinte, resolveu pedir uma 5cara de ca%- ao servi3o de copa. !uas oras mais tarde, ce'ou à conclusão de que a via'em vi a'em estava sendo bastante proveitosa, apesar dos imprevistos. O Dnstituto !anason de Parapsicolo'ia o impressionara pelo e5cesso de %ormalidade. ?amais poderia ima'inar que uma institui3ão dedicada dedi cada ao estudo de uma cincia tão recente pudesse ser tão tradicionalista. A lin'ua'em dos cientistas com quem conversara era tão t-cnica que !avid ce'ou a temer que os telespectadores pe'assem no sono ao ouvi9los. 1ra preciso veri%icar a edi3ão deste se'mento pessoalmente. Os testes, contudo, %oram bastante interessantes, uma ve& que os cientistas se utili&avam de paranormais e de pessoas comuns. O uso de computadores e outros aparelos modernos emprestava seriedade ao trabalo reali&ado ali, que ainda contava com pouca divul'a3ão. "astante interessante, tamb-m, %oi a entrevista com um corretor da "olsa de 0alores de Nova Qor que se valia de seus poderes paranormais para %a&er ne'*cios. !avid deu uma tra'ada no ci'arro e observou a %uma3a subir su bir em dire3ão ao teto. Sem %a&er se'redo do %ato, o rapa& enriquecera em pouco tempo. Se'undo ele, seu dom podia ser comparado a uma outra abilidade qualquer, tal como escrever muito bem ou %alar com desenvoltura. Al-m disso, diversas empresas do mundo todo + se utili&avam de pessoas paranormais para %ecar ne'*cios vultosos. Na opinião do ovem superdotado, o poder e5tra9sensorial devia ter encarado como um recurso a mais que a umanidade poderia contar. Assim como o uso de um computador compu tador ultra9so%istcado. As palavras do corretor o %a&iam pensar em 4larisse. 1la, na sua lin'ua'em simples, atin'iria muito mais os telespectadores. "alan3ando a cabe3a, !avid procurou a%astar aquele pensamento. >emia se envolver muito com o assunto e perder a imparcialidade. im parcialidade. !ando uma =ltima tra'ada no ci'arro, o amassou com %or3a no cin&eiro. Mesmo pensando com obetividade sobre o assunto, não podia dei5ar de ver 4larisse como o centro de todo o document+rio. Por que tamb-m não coloc+9la nos outros pro'ramas; Eecando os olos, pCde ima'inar o resultado$ entre uma entrevista e outra com os cientistas %ormais % ormais e sua lin'ua'em t-cnica, a %i'ura simples e acessvel de 4larisse conversando com Ale5 a respeito dos mesmos assuntos de %orma muito mui to mais descontrada. 4ontrastes, Hn'ulos di%erentes, in%orma3ão, tudo 'irando em torno dela. Ainda assim, precisava de al'o mais %orte, com apelo dram+tico su%iciente para 'arantir 39
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a audincia. Dsto o %e& pensar em 4larisse e a %amlia 0an 4amp. >ina que conse'uir aquela aque la entrevista. . . 1, se possvel, mais uma com al'u-m envolvido no caso Rideour. Ri deour. M+s, para tanto, precisaria en%rentar Andreia. Buantas ve&es pe'ara9se pensando nela nestes =ltimos dias; Muitas. Buantas ve&es dei5ou que sua mente diva'asse, tra&endo tra &endo à lembran3a aqueles momentos passados na praia; !iversas. Buantas ve&es deseou poder t9la novamente em seus bra3os; Dn=meras. Andrea. 1ra peri'oso pensar nela como a muler amorosa e vulner+vel que conecera, ou melor, descobrira por tr+s da pro%issional competente e cuidadosa. Num impulso, apanou o tele%one e discou o n=mero que + sabia de cor. Na quarta camada, ela atendeu. 8 Eields. 8 Oi. 8 !avid; Andrea se'urou a toala que tina enrolado no cabelo, antes que casse. 8 Sim, como vai; 8 No momento, estou completamente completamente molada. molada. 8 >rocando o 'anco do tele%one de mão, apanou um robe sobre a cama. 8 Acabei de sair do cuveiro. Al'um problema por a; JApenas umJ, pensou consi'o. J1stou a mil e quinentos quilCmetros deste corpo que me enlouquece de deseo.J 1sticando o bra3o apanou o ma3o de ci'arros e constatou que %umara o =ltimo + poucos minutos. 8 Não, por qu; !everia aver; 8 @ que não estou acostumada acostumada a receber tele%onemas a esta ora, ora, a menos que se trate de emer'ncia. Buando %oi que voc voltou; 8 Ainda não voltei. 8 Buer di&er que est+ %alando de Nova Qor; Qor; 8 15ato. !avid esticou9se na cadeira e %ecou os olos. 1strano, mas, at- aquele momento, não percebera como era bom ouvir a vo& suave de Andrea. 8 1 voc + acordou; acordou; 8 ela per'untou com ironia. 8 A ainda deve ser de& oras da manã. 8 Ainda não deitei 8 ele respondeu, sem dar importHncia importHncia ao tom usado usado por Andrea. Antes que pudesse evitar, aT toala desprendeu9se e caiu no cão. Dndi%erente, ela passou a mão pelos cabelos molados. 8 1ntendo... A vida noturna de Manattan Manattan - muito variada, não; não; Abrindo os olos, !avid observou as pilas de pap-is espaladas espa ladas pela mesa, os cin&eiros ceios de ci'arros e as 5caras de ca%- va&ias. 8 Nem di'a 8 comentou. 8 "em, mas voc deve ter tido um motivo muito importante importante para interromper seus a%a&eres e me tele%onar. O que ouve; 8 Simplesmente queria %alar com voc. voc. 8 Eoi o que ima'inei 8 disse, curvando9se curvando9se para apanar apanar a toala. 8 Sobre o qu; 8 Nada. 8 !avid, voc andou bebendo; 40
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1le se aprumou novamente na cadeira. 8 Não, não. Ser+ que não podemos bater um papo ami'+vel, sem compromisso; compromisso; 8 Não sei se isso - possvel entre entre produtor e empres+ria. 8 O que aca de tentarmos; tentarmos; 8 su'eriu. 8 4omo tem passado; passado; 4autelosa, Andrea sentou9se na beirada da cama. 8 "em, e voc; 8 1st+ vendo; ?+ - um come3o. >eno estado estado e5austo. Passei quase o dia todo de ontem entrevistando cientistas e parapsic*lo'os que se utili&am de computadores e equa3Ges matem+ticas. 4onversei com uma mo3a que a%irma ter tido e5perincias e5peri ncias e5tracorporais, ou sea, e5perincias em que - possvel %a&er o esprito desprender9se do corpo e, depois, retornar. Fma esp-cie de sono consciente. Andrea acou 'ra3a. 8 ?+ ouvi %alar sobre isso. !i& ela que %oi at- a 1uropa dessa %orma. 8 "em, pelo menos, economi&ou a passa'em. 8 >em ra&ão. A conversa ia, aos aos poucos, tornando9se interessante. interessante. 8 1st+ tendo di%iculdade em separar o oio do tri'o, !avid; 8 inda'ou. 8 Aco que sim. !e qualquer %orma, aco que ainda vamos permanecer na 4osta 2este por mais al'um tempo. I+ uma quiromante %amosa em Mar#land, uma casa que - tida ti da como assombrada pela alma de uma 'arota na 0ir'nia e um ipnoti&ador na PensilvHnia, especiali&ado em re'ressão. 8 Pu5a, %ascinanteL Pelo eito, vai se divertir um bocado. 8 Não creio que voc tena al'um ne'*cio a tratar tratar por aqui, tem; 8 Não, por qu; 8 !i'amos que eu estea com saudade... saudade... Andrea tentou i'norar o %ato de que tamb-m sentia %alta dele. 8 0oc me me dei5a sem eito. 8 Ora, nada nada de carme, Andrea. Andrea. Reclinando9se na cama, tentou recordar9se de quando %ora a =ltima ve& em que se permitira namorar ao tele%one. Mas, a%inal, que mal %aria sentir9se adolescente por al'uns momentos. 1, numa atitude impensada, disse 8 Buando - que voc volta; 8 >alve& na quarta ou na quinta9%eira da semana semana que vem. 8 >eno dois in'ressos para a estr-ia de !ouble "u%% na se5ta9%eira que vem. vem. Iastin's Reed - meu cliente. Aceita ir. comi'o; !avid %oi pe'o de surpresa pela mudan3a repentina de atitude ati tude dela. Mas procurou manter um tom de vo& casual. 8 1st+ me convidando para um encontro; encontro; 8 1 por que não; 8 Drei busc+9la se5ta9%eira. 8 s oito, est+ bem; 8 combinou, + meio arrependida. 8 A'ora, trate de dormir. 0ou trabalar. 41
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8 Andrea; 8 Sim; 8 Pense em mim. 8 At- lo'o, !avid. Andrea desli'ou o tele%one e sentou9se na cama. O que a teria %eito %eit o a'ir daquela %orma; ?+ se tina decidido a ceder os in'ressos i n'ressos para al'uma ami'a, pois não 'ostava muito de sair à noite. 1, pior, sabia que qualquer pro5imidade com !avid poderia ser muito peri'oso. . . I+ quanto tempo não se permitia ser corteada por um omem; A =ltima ve& %ora + muitos anos e as conseq7ncias desastrosas ainda estavam bem vivas na sua lembran3a. Mas, desta ve& seria di%erente, disse a si mesma. A'ora era uma muler adulta, autocon%iante, capa& de tratar de ne'*cios com omens muito mais di%ceis do que !avid "rad#. Suspirando %undo, olou de relance para o rel*'io. 1ra melor come3ar a se vestir, caso contr+rio ce'aria atrasada ao escrit*rio.
CAPÍTULO V
1ntusiasmada, Andrea comprou um vestido novo. A%inal, como empres+ria do ator principal, tina que estar impec+vel i mpec+vel na estr-ia. s cinco para as oito, em %rente ao espelo do arm+rio, admirou9se ad mirou9se uma =ltima ve&. >alve& devesse ter escolido al'o mais simples, ponderou. Mas qual o problema; Não iria ao cinema na posi3ão de pro%issional e, sim, de convidada. 0irando9se para a direita e para a esquerda, concluiu que ao menos tivera o bom senso de escoler um vestido preto. !e corpo usto, al3as %inas e pro%undo decote nas costas, o trae a %a&ia sentir9se %eminina e provocante, acentuando9le as curvas per%eitas normalmente escondidas pelas roupas conservadoras que usava para trabalar. Fm tanto inse'ura, resolveu levar o casaco do mesmo tecido que acompanava o vestido. Mais tranq7ila, escoleu uma corrente delicada para usar rente ao pesco3o e cal3ou os sapatos. Nesse instante, a campaina soou. Sem se apressar, apressar, apanou apanou a carteira prateada sobre a cama e caminou atat- a porta. >entando manter a calma, repetia9se mentalmente que encarasse o encontro como uma e5perincia a mais e, respirando %undo, recebeu9o. Andrea não esperava que ele le trou5esse %lores, pois !avid não le parecia ser do tipo romHntico. 4omo ambos %icaram surpresos e um tanto sem eito, permaneceram im*veis por al'uns se'undos, admirando9se mutuamente. !avid nunca a vira tão bonita. "onita não, pensou: simplesmente simples mente admir+vel. O vestido, de tecido %ino e leve, moldava9le o corpo es'uio de modo provocante, insinuante, possibilitando mil %antasias. 42
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Resoluto, deu um passo à %rente. Pi'arreando, Andrea deu um passo para tr+s. 8 0oc %oi pontual pontual 8 comentou, ensaiando um sorriso. 8 ?+ me arrependo arrependo de não ter ce'ado ce'ado mais cedo 8 ele disse, entre'ando9le as rosas. rosas. 1mbora tivesse vontade de abra3+9las e deliciar9se com o per%ume, Andrea manteve a mesma atitude casual, aceitando9as com naturalidade. 8 Obri'ada, são lindas. ostaria ostaria de um drinque enquanto as as coloco na +'ua; +'ua; 8 Não. Para ele, observ+9la + era o su%iciente. 8 0olto num minuto. Andrea a%astou9se sob o olar atento de !avid, deslumbrando9se com as costas per%eitas e5postas pelo decote. 15citado, quase ce'ou a mudar de id-ia quanto ao drinque. Procurando desviar a mente de tais pensamentos, olou ao redor de si. Ali A li no apartamento, como no escrit*rio, tudo permanecia na mais per%eita ordem. Nada de esto%ados %loridos ou cortinas de babado. Apenas cores neutras e m*veis de linas retas. !e certa %orma o ambiente não re%letia a personalidade da moradora, cua verdadeira nature&a era a de uma muler ardente e apai5onada. Naquele instante, Andrea voltou com as rosas, que colocara num vaso de cristal belssimo. 8 "em, aco que podemos ir. 4e'ando mais cedo poderemos ver as estrelas de Ioll#6ood descendo dos carros lu5uosos. 1 muito di%erente de v9las no escrit*rio, tratando de ne'*cios. 8 0oc est+ parecendo parecendo uma %eiticeira 8 ele murmurou. murmurou. 8 A pele branca contra o vestido ne'ro. . . @ puro %eiti3o. Andrea apanou o casaco, sentindo as mãos tremulas. 8 Fma de minas antepassadas antepassadas %oi queimada viva por ser considerada bru5a. 8 Dsto não me espanta espanta 8 comentou, audando9a audando9a a vestir o casaco. casaco. 8 Eoi na 1uropa, durante a Dnquisi3ão. Dnquisi3ão. 8 Prendendo a respira3ão respira3ão procurou i'norar9le o toque macio das mãos em seus ombros. 8 Na verdade, tina os mesmos poderes de 4larisse, mas avia al'o de especial nela. Se'undo al'uns documentos documen tos que 4larisse pesquisou, era uma mo3a de vinte e cinco anos muito simp+tica. Por-m, cometeu o erro de alertar os vi&inos para um incndio que não ce'ou a acontecer na data prevista. 8 1 s* por isto ela %oi morta; 8 As pessoas rea'em rea'em de modo violento diante do desconecido. 8 ravamos uma entrevista com um corretor da "olsa de Nova Qor Qor que est+ %a&endo %ortuna com seu dom de prever o que est+ por acontecer. 8 Os tempos mudam 8 a%irmou, a%irmou, apanando a bolsa. 1ntão, deteve9se à porta e comentou$ 8 1sta nossa antepassada era muito pobre. 1la se camava Andrea. 4omo !avid não dissesse nada, su'eriu: 8 0amos; 8 Assim que a porta se %ecou, !avid le se'urou uma das mãos e, muito s-rio, %alou$ 8 1stou percebendo que o %ato de ter tido uma ancestral queimada como como %eiticeira muito traum+tico para voc. !ando de ombros, Andrea livrou9se do toque dele e apertou o botão do elevador. 43
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8 1 poderia ser di%erente; 8 @. . . não poderia. Mas voc devia tentar tentar não não %icar %icar tão tão preocupada. preocupada. 8 Acontece que a rea3ão rea3ão das pessoas diante da paranormalidade sempre sempre %ica num e5tremo$ ou condenam ou se encantam. 1 eu não 'osto disso. Ao entrarem no elevador, !avid arriscou$ 8 1 voc %a& tudo para livrar 4larisse dos e5tremos. 8 15ato. 8 Manter escondido que voc - %ila dela tamb-m. @ uma %orma de se de%ender; 8 Não preciso me de%ender de mina mãeL mãeL 8 respondeu, não podendo podendo conter a raiva. raiva. 8 @ apenas uma questão de convenincia: %acilita o meu trabalo. 8 "astante l*'ico. Ali+s, como como tudo no seu modo de pensar e a'ir. Andrea não sabia ao certo se aquelas palavras eram um elo'io. 8 1u não 'ostaria de ver meu escrit*rio ceio de 'ente tentando prever o %uturo. Seu carro est+ lon'e; 8 Não, est+ bem aqui aqui em %rente. Andrea, Andrea, eu não quis critic+9la, apenas per'untei. per'untei. Respirando %undo, ela tentou recuperar a calma. 8 Não estou vendo seu carro carro 8 comentou, olando olando de relance para uma uma limusine estacionada à porta do edi%cio. 8 @ aquele ali. 8 Pu5aL Bue bele&aL 8 disse espantada. 8 Eico %eli& que tena 'ostado. 'ostado. 8 O motorista desceu para para abrir a porta. porta. 8 A id-ia era mesmo a'radar voc. Andrea + tina andado de limusine diversas ve&es. Ou acompanando acom panando clientes importantes, ou levando9os ao aeroporto. No entanto, amais vira uma tão lu5uosa. Rela5ando9se no assento aveludado, viu !avid tirando uma 'arra%a de campane de dentro do balde de 'elo. 8 Ium.. . Elores, limusine e, a'ora, campane.. campane.. . !avid, estou impressionada, impressionada, mas. . . 8 Não v+ estra'ar tudo, por %avor 8 ele pediu. 8 2embre9se de que estou dando o melor de min para que voc 'oste da mina compania. 8 1sticando o bra3o, o%ereceu9le uma ta3a. 8 Ali+s, como estou me saindo; 8 At- aqui, muito bem 8 a%irmou, a%irmou, provando do campane. campane. 8 Nunca %ui tão mimada. mimada. 8 1 como est+ se sentindo; 8 4on%esso que estou 'ostando. 1u poderia %icar passeando passeando oras e oras. 8 Por mim, não e5iste nenum nenum problema 8 disse !avid, desli&ando um dedo pelo pesco3o dela numa carcia insinuante. 8 Podemos ir assistir ao ao %ilme um outro dia. O que aca; O movimento lento do toque de !avid a %e& estremecer de medo e pra&er. Pelo visto, toda sua e5perincia com os omens de nada valeria diante de !avid "rad#. 4onec9lo melor era uma aventura %ascinante e ao mesmo tempo peri'osa. 8 4reio que não sea uma boa id-ia. Pelo visto, voc voc %req7enta sempre as estr-ias aqui, não; 8 1n'ano seu. 8 4om tudo isso. . . 8 ela olou a sua volta. 8 1u não acredito. 44
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8 !i& isto por causa da limusine; 8 ele inda'ou, er'uendo um brinde. 8 @ que esta noite me pareceu muito especial. 8 Eitando9a com aten3ão, reparou no modo descontrado e ele'ante como ela se sentava no banco. 1ra uma ele'Hncia nata, natural, que a %a&ia destacar9se diante das outras muleres que + conecera. 8 1 voc; 4ostuma vir com %req7ncia às premi-res; 8 Não: detesto este tipo de evento. 8 0erdade; 8 @ verdade.8 ela disse, bebendo campane. campane. 8 1ntão, por que viemos; 8 Para e5perimentar 8 disse9le, de modo si'ni%icativo, depositando a ta3a no suporte enquanto o motorista estacionava. 8 S* para e5perimentar. Iavia uma verdadeira multidão a'lomerada à entrada do cinema à espera das personalidades ilustres que, aos poucos, iam ce'ando. Os %lases das m+quinas %oto'r+%icas espocavam repetidamente e os rep*rteres tentavam a todo custo entrevistar os convidados. 8 1mocionante, não aca; aca; 8 comentou !avid ao diri'i9la à entrada. entrada. 8 Não, nem um pouco pouco 8 respondeu Andrea, tentando %u'ir das cHmeras. 8 0amos 0amos procurar um lu'ar mais tranq7ilo. 8 K o que estou tentando %a&er. %a&er. 8 AndreaL Buerida, que pra&erL Antes que pudesse perceber o que estava avendo, Andrea viu9se abra3ada, com muito entusiasmo, por Merinda Mac"ride, uma das atri&es mais requisitadas de Ioll#6ood. 8 MerindaL 4omo vai; 8 Mais aliviada a'ora que a vi. 1stas %estas são uma loucuraL Merinda brilava da cabe3a aos p-s, ou melor, dos brincos imensos de brilantes at- os sapatos prateados. Muito simp+tica, lan3ou um olar carinoso a Andrea. 8 0oc est+ lindaL lindaL 8 disse Andrea, Andrea, com sinceridade sinceridade.. 8■ Obri'ada. Obri'ada. 0oc veio so&ina; so&ina; 8 Não, não: vim acompanada acompanada por !avid. !avid. 8 Ap*s uma breve esita3ão, %e& as apresenta3Ges. 8!avid "rad#, esta - Merinda Mac"ride. 8 @ um pra&er pra&er conec9la 8 disse, apertando9le apertando9le a mão. mão. 8 O pra&er - todo todo meu. 8 Numa %ra3ão %ra3ão de se'undo, observou9o dos p-s à cabe3a. cabe3a. 8 Por acaso tamb-m - cliente de Andrea; 8 !avid - produtor. !epois de ouvir essa %rase, os olos a&uis de Merinda brilaram de modo si'ni%icativo. 8 !e document+rios 8 esclareceu esclareceu Andrea, percebendo percebendo o s=bito interesse de Merinda por !avid. 8 0oc deve ter visto al'uns de seus trabalos na televisão estatal. 8 4laro, claro 8 mentiu, pois amais amais assistira a qualquer pro'rama pro'rama da tal esta3ão. esta3ão. 8 Admiro muito os produtores. 1specialmente quando são bonitos. 8 >eno al'uns roteiros de %ilmes que ce'aram esta esta semana e que, creio, vão le le interessar 8 a%irmou Andrea, desviando estrate'icamente o assunto. 8 @ mesmo; A manobra %oi bem9sucedida pois, imediatamente, a aten3ão de Merinda voltou9se para 45
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sua empres+ria. A%inal, Andrea s* le indicava scripts de qualidade. 8 1ntão os envie para mim, certo; 8 Se'unda9%eira sem %alta. 8 "em, preciso cumprimentar cumprimentar al'uns ami'os. 1spero que se divirtam. Adeu&ino: Adeu&ino: 8 Eoi um pra&er rev9la. >ão lo'o a atri& se a%astou, !avid. quis saber$ 8 0oc lida com este tipo de 'ente todo dia; 8 Ossos do o%cio. 8 4omo - que conse'ue; conse'ue; 8 Merinda pode ser um pouco pouco a%etada, arti%icial, mas - uma atri& de talento. talento. 1mbora não concordasse, !avid resolveu calar9se, pois percebeu que poderia ma'o+9la. Antes que ce'assem à plat-ia, ainda depararam com al'uns ami'os, conecidos e clientes de Andrea que se apro5imaram para cumpriment+9la. 8 0oc - muito popular neste meio, não; 8 Ea& parte parte de meu trabalo. trabalo. Para alvio de ambos conse'uiram, por %im, um lu'ar privile'iado de onde quase qu ase não podiam ser vistos. Assim que as lu&es se apa'aram, Andrea mer'ulou na tela. !esde pequena tina a incrvel capacidade de se transportar, de viver o %ilme toda ve& que ia ao cinema. Não se tratava de %u'a, mas, sim, de uma entre'a, um envolvimento total. O ator principal era um de seus clientes mais queridos. Ao lon'o dos anos, tornaram9se ami'os e, durante as v+rias crises e5istenciais pelas quais ele passara, era com Andrea que ele ia desaba%ar. Ap*s o div*rcio de Iastin's, a ami&ade entre eles avia se solidi%icado e, por diversas ve&es, ele a convidara para antar em compania de seus trs %ilos. 4ontudo, a partir do momento em que o %ilme come3ava, Andrea o via apenas como persona'em da est*ria. Ap*s quin&e minutos de proe3ão ela + não se encontrava mais em Ioll#6ood mas, sim, numa casa em 4onnecticut, prestes a presenciar um assassinato. Buando o abaur se apa'ou e ouviu9se o primeiro trovão, Andrea se a'arrou no bra3o de !avid que, não dei5ando escapar a oportunidade, abra3ou9a. !esde a adolescncia ele não abra3ava uma namorada num cinema escuro. No entanto, percebeu que o entusiasmo que sentia era o mesmo de um 'aroto. 1s%or3ando9se por se concentrar na trama, teve a aten3ão desviada pelo aroma suave da colCnia de Andrea. A tensão na tela crescia no mesmo ritmo que a sua na plat-ia. pla t-ia. Ansiosa, Andrea prendeu o %Cle'o e ce'ou9se mais para perto dele, at- que o mist-rio do %ilme %osse desvendado. Einalmente, as lu&es se acenderam, para o lamento de !avid, que nem saberia responder do que tratara o %ilme. 8 Eoi *timo, não aca; aca; 8 ela inda'ou9le, os olos brilantes de entusiasmo. 8 Adorei. Adorei. 8 Sim, %oi muito bom 8 concordou concordou !avid, %itando9a. 8 1, a medir pelos aplausos, aplausos, seu cliente vai ter muito sucesso. 8 Eeli&mente 8 con%essou, procurando procurando a%astar9se dele. 8 Eui eu quem o convenceu a aceitar o papel. 4aso %osse um %racasso a culpa seria, em parte, mina. 46
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8 1 a'ora, que o p=blico parece parece ter 'ostado; 8 Ser+ 'ra3as ao talento de Iastin's. Nada Nada mais usto. Se incomoda incomoda de sairmos daqui antes que nos cerquem; 8 !e maneira nenuma. 2evantando9se, caminaram por entre os 'rupos de convidados que + se reuniam para conversar nos corredores. No entanto, de& metros à %rente, al'u-m camou por Andrea. 8 Aonde pensa que vai; Eu'ir; Moreno, um metro e noventa de altura, Iastin's Reed era o tipo de omem que %a& as muleres suspirarem. ?+ quarentão, era uma mistura per%eita de carme, simpatia e ele'Hncia. 0isivelmente satis%eito com o resultado de seu trabalo, Iastin's parecia, no entanto, inse'uro quanto à aceita3ão unto ao p=blico. 8 Não 'ostou do %ilme; 8 @ maravilosoL 8 Percebendo Percebendo que o ami'o precisava precisava de apoio, Andrea o beiou com carino no rosto. 8 0oc esteve *timo. 4omo 4omo sempre. 8 A'ora 8 disse ele, abra3ando9a 8 resta a'uardar a'uardar a crtica. 8 Pois prepare9se para os elo'ios. elo'ios. Iastin's, este - !avid "rad#. 8 "rad#; O produtor; 8 15atamente. 8 Pu5a, adoro seu trabalo. trabalo. 8 1mpol'ado, Reed apertou9le apertou9le a mão com %irme&a. 8 Sou presidente onor+rio da Associa3ão em Prol da 4rian3a. Seu document+rio sobre o assunto %oi e5celente. Precisamos de mais 'ente boa como voc. 8 Eico satis%eito que tena 'ostado. 'ostado. Nosso obetivo era o de %a&er as pessoas pensarem com maior maior seriedade sobre as violncias que se cometem contra a crian3a. 8 Asse'uro a voc que seu obetivo obetivo %oi plenamente atin'ido. atin'ido. >eno trs %ilos e con%esso que %iquei sensibili&ado com seu trabalo. 8 1ntão, ce'ando9se mais perto, comentou$ 8 4aso resolva al'um dia continuar o assunto, me avise. Se eu puder audar, não vou cobrar nada. Mas não dei5e que Andrea saiba. 8 Saiba o qu; Iastin's deu uma 'ar'alada ' ar'alada espontHnea e apertou9a contra si. 8 1sta 'arota - um %uror. Não sei o que eu teria %eito sem sua orienta3ão. Dma'ine que eu não queria aceitar este papel, mas ela %alou tanto no assunto que me convenceu. 8 Nem tanto assim 8 corri'iu Andrea, rindo tamb-m. tamb-m. Reed, então, olou9a olou9a com mais aten3ão e elo'iou9a. 8 Pu5a, que bele&aL bele&aL Nunca vi voc tão ele'ante. !is%ar3ando o embara3o, Andrea Andrea aeitou9le a 'ravata9borboleta. 8 1, se me lembro bem, da =ltima ve& que nos encontramos, voc estava estava muito suo, pois acabava de cair de um cavalo. 8 4laro que lembro. lembro. 0ocs vão vão conosco ao ao 4asens; 8 "em, não sei... 8 Andrea, %a3o questão que participe da %esta. >eno >eno que dar uma entrevista entrevista para um 47
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dos rep*rteres, mas dentro de meia ora estou l+. 1, com dois tapinas amistosos nas costas de !avid, Iastin's misturou9se à multidão de convidados. 8 1le - bastante... bastante... comunicativo, comunicativo, não; 8 comentou !avid. 8 @ o mnimo que se pode pode di&er de Iastin's. Olando Olando um rel*'io na parede, parede, Andrea percebeu que ainda era cedo. 8 Aco que preciso, ao menos, dar uma passada na %esta, pois ele amais me perdoaria se não aparecesse. Se voc não quiser ir, posso apanar um t+5i. 8 Ea3o questão de acompanar voc. 8 1st+ bem, mas não pretendo me me demorar. Mas demorou. A %esta esticou9se at- as trs da manã. 4ai5as e cai5as de campane %oram abertas, acompanadas de canap-s de caviar e outras delcias. A m=sica, embora altssima, não ce'ava a incomodar e, entre um bate9papo e outro, as oras %oram passando. >odos ali se coneciam, pelo menos de vista. Na pista de dan3a, superlotada, Andrea permitiu9se e5perimentar momentos de maior descontra3ão nos bra3os de !avid. 8 Dncrvel, não; não; 8 ele comentou. comentou. 8 !i&em que não + nada mais doce do que o sucesso. 8 1 aco que - verdade. verdade. 1specialmente quando quando misturado com campane. campane. Olando à sua volta, Andrea reconeceu que era impossvel não se dei5ar conta'iar pelo brilo, pela ale'ria da %esta$ convidados muito ciques, caviar, campane... 8 Normalmente, procuro evitar este tipo de reunião. 8 Por qu; 8 ele inda'ou, desli&ando os dedos pelas costas de Andrea em movimentos ascendentes. 8 Não sei di&er. 8 O ambiente, a bebida e a e5cita3ão %e& com com que Andrea encostasse encostasse o rosto ao dele. 8 Aco que sou uma pessoa muito caseira. 0oc - di%erente, sente9se bem num ambiente so%isticado como este. 8 1 voc, não; Andrea balan3ou a cabe3a ne'ativamente. 4on%orme ima'inara, conec9lo melor era uma aventura bastante peri'osa. Seus bra3os %ortes mantinam9na colada a ele. 8 0oc %a& parte do mundo do talento 8 disse. 8 1u lido apenas com com n=meros e dados. 8 1 - assim que pre%ere; 8 Sim. osto muito do que %a3o. !avid a%undou o rosto entre os cabelos de Andrea, deliciando9se delician do9se com sua macie&. 8 1u pre%eria estar a s*s com voc 8 murmurou. murmurou. >9la em seus bra3os bra3os parecia um sono. 8 Num lu'ar pequeno, onde a m=sica tocasse bai5ino. 8 Aqui - mais mais se'uro. se'uro. Apesar do que acabara de di&er, Andrea não rea'iu quando !avid ro3ou os l+bios em suas tmporas. 8 1 quem est+ querendo se'uran3a; 8 1u. Preciso me sentir se'ura para para estar bem. bem. 8 Mas todos que se envolvem com com o mundo dos espet+culos espet+culos tm que abrir mão da se'uran3a, da estabilidade. 8 Não - o meu caso 8 a%irmou, er'uendo o rosto para observ+9lo observ+9lo melor. Andrea 48
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sentia9se muito bem, desli&ando na pista de dan3a ao som da orquestra, nos bra3os de !avid. 8 1u apenas %eco os contratos e dei5o os riscos por conta de outros. 8 Buer di&er que, depois de 'arantir 'arantir seus de& por cento, cento, voc desaparece de cena; 8 Dsso mesmo. 8 1u at- poderia acreditar no que est+ di&endo se não tivesse visto voc acompanando 4larisse. 8 4om ela, - di%erente. 8 1ntendo. Mas tamb-m vi voc oe ao lado lado de Iastin's e percebi como como o tratou. Pode tentar se convencer de que trata seus clientes a distHncia, sem se envolver, mas, pelo que observei, conclu que não - bem assim. 0oc tem um cora3ão de mantei'a. 8 Ora, não sea ridculo 8 protestou, %ran&indo as sobrancelas. 8 @ uma das coisas que admiro admiro em voc. 8 Antes Antes que Andrea pudesse evitar, colou seus l+bios aos dela num beio r+pido. 1la poderia ter9se desvencilado daquele abra3o e sado da pista, mas !avid a manteve colada a si e continuou a mover9se ao ritmo da m=sica. 8 Não misturo ne'*cios com sentimentos pessoais. 8 Mentira. 8 1u talve& manipule a verdade 8 disse, bastante s-ria 8, mas não minto. 8 0oc %icou eu%*rica com o sucesso do %ilme, esta noite. Andrea a%astou uma meca de cabelo que insistia em cobrir9le os olos. !avid era astuto e en5er'ava lon'e. >alve& lon'e demais. 8 Pre%iro não discutir isso. 8 Por que voc est+ a'indo a'indo assim, Andrea; Se por acaso eu disser que 'osto de voc, isso vai dei5+9la incomodada; Surpresa com a revela3ão, Andrea errou o passo, mas ele, li'eiro, apertou9a com mais %or3a unto a si. 8 1u saberia lidar melor com este relacionamento relacionamento se ainda conse'uisse irrit+9lo, se ainda continu+ssemos a discutir. Fm envolvimento maior me assusta. 8 Mas voc me5e comi'o. 8 Naquele momento, !avid sentia o san'ue correr mais r+pido em suas veias, os m=sculos m=sculos se enriecerem. 8 I+ centenas de pessoas aqui: no entanto, s* teno teno um pensamento$ livr+9la deste vestido e %a&er amor cora voc. voc. Fm arrepio a %e& estremecer. 1ra preciso esclarecer a situa3ão antes que o relacionamento entre eles le %u'isse ao controle. 8 !avid 8 disse, apoiando um bra3o bra3o em seu ombro. 8 Me dei5e esclarecer uns detales. Primeiro$ estamos trabalando untos no momento, o que e5clui qualquer possibilidade de um relacionamento pessoal mais s-rio entre n*s. Se'undo$ te no estado muito ocupada, e o pouco pouco tempo livre que me resta pre%iro passar passar so&ina. 8 1, muito s-ria, concluiu$ 8 1m terceiro lu'ar, sou uma pessoa e'osta e tremendamente crtica, portanto, detesto envolvimentos. 8 1st+ bem 8 disse ele, beiando9le beiando9le a testa de modo 'entil, numa atitude quase paternal. 8 0amos embora; 8 Sim. 8 Fm tanto desapontada desapontada com a rea3ão rea3ão de !avid perante perante seu discurso, caminou 49
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at- a mesa, apanou o casaco e a bolsa. 8 1stou um pouco cansada. Sem uma palavra, !avid condu&iu9a por entre os convidados at- a sada, onde o motorista os a'uardava. 4on%ortavelmente instalados na limusine, !avid %ecou o vidro que os separava do motorista e, antes que Andrea percebesse, abra3ou9a com %or3a. Se'urando9le o quei5o, obri'ou9a a encar+9lo. 8 !avid, eu... 8 Primeiro 8 iniciou 8 sou o produtor produtor do document+rio e voc - a empres+ria empres+ria de apenas um dos convidados, o que si'ni%ica que não estamos trabalando untos e, portanto, não e5clui um envolvimento envolvimento maior entre n*s. Mesmo porque, porque, + estamos envolvidos. Observando9o, Andrea concluiu que seus olos a'ora brilavam de modo di%erente de quando dan3avam. Na verdade, %aiscavam de modo tão intenso que Andrea procurou evit+9 los. Mas !avid %or3ou9a a encar+9lo novamente. 8 !avid, eu... 8 0oc + teve sua ve& ve& 8 lembrou. 8 Se'undo$ somos somos ambos adultos e muito ocupados, portanto, não temos tempo a perder com %alsas desculpas. 1, terceiro$ quer queira, quer não, + estamos vivendo um relacionamento pessoal. Por isso, - melor ir9se acostumando. Euriosa com o modo como !avid le %alava, Andrea respondeu9le com indi'na3ão. i ndi'na3ão. 8 Não teno que me acostumar acostumar a nada. nada. 8 Ora, Andrea, Andrea, encare encare a realidade. Buando !avid a beiou, ela sentiu toda a pai5ão e o deseo que o consumiam. Sua primeira rea3ão %oi a de tentar %u'ir, pois sabia que, caso se entre'asse, perderia de ve& o controle sobre suas emo3Ges. Mas, de al'uma %orma, parecia saber que ela lutava contra si mesma. !avid se'urou9a com mais %or3a, tornando o beio mais e mais e5i'ente, derrubando9le de ve& as de%esas. emendo bai5ino, Andrea lan3ou os bra3os em torno do pesco3o de !avid e mer'ulou os dedos em seus cabelos. Apesar do deseo, tina conscincia de tudo à sua volta$ o corpo rio de !avid pressionado contra o seu, o veludo do assento acariciando9le as costas. Os l+bios quentes que a beiavam com vol=pia. !esli&ando os l+bios, !avid beiou9le o pesco3o e a pele acetinada dos ombros, e5postos pelo vestido. Mas, sem delicade&a, deli cade&a, a %or3a da pai5ão que o consumia impedia9o de ser 'entil. Suas mãos percorriam9le as curvas per%eitas, detendo9se aqui e ali num ponto mais sensvel. >omada pela mesma pai5ão, Andrea acariciou9le as costas sob o palet*, %a&endo9o 'emer bai5ino. !esesperado, !avid a %e& deitar9se sobre o banco, mantendo9a im*vel sob si. Ao %it+9lo, Andrea entreabriu os l+bios. Acariciando9le os cabelos, observou as lu&es da rua passando pelo vidro do carro e re%letindo9se nas mecas escuras. Fmas ap*s as outras, numa sucessão quase ipn*tica. Relutante, admitiu a si mesma que a sensa3ão de estar ali, deitada no banco de uma limusine com !avid, era %ant+stica. 8 Dsto - loucura 8 murmurou, admirada admirada com seus pensamentos. pensamentos. 50
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8 1u sei. 8 Mas isto não devia acontecer. Não pode acontecer. acontecer. 8 Por qu; 8 Não sei, não me per'unte. per'unte. 8 1ntão, num murm=rio, con%essou$ con%essou$ 8 Não posso e5plicar. 1, se pudesse, voc não entenderia. 8 Se e5iste outra pessoa em sua sua vida, eu não não me importo. importo. 8 Não. 8 Eecando os olos, continuou a acariciar9le os cabelos. 8 Não e5iste nin'u-m. JPor que tanta esita3ão;J, per'untava9se !avid. Nunca a tivera tão perto, tão vulner+vel... No entanto, era impossvel i'norar o apelo mudo que via nos olos dela. 8 >alve& não sea aqui e a'ora, Andrea, mas - inevit+vel. >er+ que acontecer mais mais cedo ou mais tarde. @ mais %orte que n*s. 1la sabia que !avid tina ra&ão, mas mesmo assim resistiu. 8 Por %avor, !avid, me dei5e em em pa&. 4on%uso, ele a %e& sentar9se. 8 Bue tipo de o'o - este; 8 4ama9se sobrevivncia. 8 Sobrevivncia$ essa - boaL 8 O que isto tem a ver ver com o %ato de estarmos untos, de %a&ermos %a&ermos amor; 8 quis saber. 8 Nada. Se %osse apenas isso. 8 Por que complicar as coisas; coisas; >antas pessoas pessoas se tornam amantes amantes e não so%rem por isso. 8 Nem todas. 8 Suspirando Suspirando %undo, procurou e5plicar9le o que sentia$ 8 Acontece Acontece que não sou uma pessoa qualquer. Se %osse tão simples si mples para mim, %aria amor com voc aqui mes9 mes 9 mo, no banco deste carro. Não vou ne'ar que deseo voc. 8 !ando uma pausa breve, concluiu$ 8 Ea&er amor com voc seria muito %+cil: me apai5onar seria muito penoso. Antes que ele pudesse det9la, Andrea abriu a porta do carro e desceu em %rente ao pr-dio onde morava. 8 AndreaL !avid correu at- ela e se'urou9a pelo bra3o, mas Andrea o a%astou. Revoltado, e5clamou$ 8 Não pode simplesmente sair e ir embora depois do que acabou de di&er. 8 Mas - e5atamente o que estou %a&endo 8 respondeu, repelindo9o mais uma ve&. Procurando manter a calma, !avid se o%ereceu para lev+9la at- a porta do apartamento, mas Andrea recusou. 8 Precisamos conversar. 8 Não 8 disse, não podendo podendo conter o desespero. desespero. 8 ?+ - tarde, tarde, estou cansada e não não consi'o raciocinar direito. 8 Se não conversarmos conversarmos a'ora, a'ora, ser+ numa outra ocasião. 8 1st+ bem 8 prometeu, na tentativa de v9lo partir partir o mais mais breve possvel. 8 Por %avor, a'ora me dei5e subir. 51
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!avid resolveu não insistir na certe&a de que cedo ou tarde teriam que se entender. 8 4erto. Paciente, a'uardou at- que Andrea atravessasse a porta do edi%cio e, recostando9se no carro, acendeu um ci'arro. Sim, num outro dia conversariam com mais calma sobre o assunto. 1ntão, poderiam raciocinar melor. Ap*s duas tra'adas, atirou o ci'arro na cal3ada e entrou na limusine. 4ertamente, teria mais uma noite de insCnia pela %rente.
CAPITULO VI
Andrea estava a'itadssima e, enquanto a'uardava 4larisse, andava de um lado para outro da sala. 8 Eico %eli& que tena vindo, querida 8 disse 4larisse, 4larisse, tra&endo uma bandea com um bule e duas 5caras de c+. 8 @ tão raro voc poder vir passar umas oras comi'o durante a semana. 8 !ei5ei o escrit*rio nas mãos de Abe. @ bom poder contar com com ele. 8 Abe - mesmo um amor. amor. 4omo vai indo o netino dele; 8 Mimadssimo. O avC d+ tudo o que pede. 8 !isciplinar - tare%a dos pais: aos av*s cabe cumprir todas as vontades dos netos, 8 S* de %alar em netos, seus olos + se enceram de l+'rimas. Procurando dis%ar3ar, 4larisse desviou o olar e mudou de assunto$ 8 Seu c+ est+ bom; 8 1st+...di%erente. 8 @ c+ de camomila. !i&em que acalma as pessoas, e voc est+ me parecendo um pouco a'itada, Andrea. !ando va&ão à sua inquieta3ão, Andrea apoiou a 5cara sobre a mesina e levantou9se. 1mbora relutasse em pedir9le auda, auda, sabia que 4larisse poderia au5ili+9la a en%rentar en%rentar melor este momento delicado pelo qual passava. 8 Mamãe. 8 Andrea sentou9se novamente, enquanto enquanto 4larisse saboreava o c+, paciente. 8 Aco que preciso de auda. 8 0oc sempre %oi e5i'ente demais demais consi'o mesma, mina %ila. 8 O que vou %a&er; Recostando9se no so%+, 4larisse observou9a com aten3ão. Sua intui3ão de mãe di&ia9le tratar9se de al'o com rela3ão a !avid "rad#. Procurando o%erecer9le um conselo ponderado, re%letiu bem sobre o assunto. 8 0oc est+ com medo; 8 1stou apavorada 8 con%essou, con%essou, levantando9se novamente. novamente. 8 A situa3ão est+ est+ %u'indo ao meu controle. 8 Andrea, não - preciso que a 'ente sempre tena tena o controle da situa3ão. 8 Para mim, mim, -. 8 1, olando9a com um riso nos l+bios, acrescentou$ acrescentou$ 8 0oc deveria entender. 8 1 entendo. entendo. 4laro que sim. 52
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Mas, intimamente, 4larisse deseava que sua =nica %ila não so%resse tanto. 8 S* porque al'u-m ma'oou ma'oou voc um dia, não quer di&er que tena que se de%ender de todos que se apro5imam. 1st+ apai5onada por !avid; 8 Aco que sim, mas ainda + tempo de me a%astar. 8 Aca tão ruim amar al'u-m; 8 !avid não - um omem qualquer. 1le - %orte, astuto. Al-m do que... 8 !ando uma pausa, acrescentou num tom mais sereno$ 8 ?+ me apai5onei antes e me macuquei. 8 0oc era muito ovem. ovem. Aquilo não %oi amor mas, sim, uma pai5ão pai5ão tpica de adolescente. @ natural que tena so%rido. 8 1 se a'ora eu estiver estiver con%undindo pai5ão com amor; 8 inda'ou, em p- no meio da sala, + sem saber para onde ir. 8 Pode ser que o que sinto por !avid sea apenas uma pai5ão ou atra3ão %sica. 8 0oc - a =nica que pode saber o que sente por ele. 8 4larisse voltara a saborear o c+. 8 Mas, para ser sincera, não creio que teria vindo me ver em pleno meio de semana estivesse preocupada apenas com uma pai5ão&ina passa'eira. Não contendo um riso, Andrea sentou9se ao lado da mãe. 8 Mamãe, voc - mesmo incrvelL 8 As coisas nunca %oram %+ceis para voc, não - mina %ila; 8 Por que di& isso; 8 Sua in%Hncia não %oi das melores, eu sei. sei . 8 Ora, mamãe, não %ale assim. 0oc %oi *tima. 8 Andrea, seu pai me amava muito e, mesmo sem compreender muito bem meus meus poderes paranormais, aceitava9os sem restri3ão. Se eu tivesse %u'ido por medo de me apai5onar, teria perdido os melores anos de mina vida. Não queira ter sempre sem pre tudo sob controle. 8 Mas ele era um omem especial 8 murmurou murmurou Andrea. 8 Não Não - %+cil encontrar encontrar al'u-m como papai. 4larisse se manteve em silncio por al'uns instantes e, então, en tão, pi'arreando, comentou num tom casual$ 8 Ale5 tamb-m tamb-m me aceita como sou. 8 Ale5; 8 per'untou Andrea, vendo que 4larisse %icava %icava vermela. 8 0ocs 0ocs dois estão... 8 como per'untar isto à sua pr*pria mãe; mãe; 8 ... namorando namorando a s-rio; 8 1le me pediu em casamento. 8 O qu;L Eoi impossvel para Andrea dis%ar3ar o espanto. Ou o ci=me; 8 4asamento; Mas voc mal o conece. I+ apenas poucas semanas semanas que saem untosL Mamãe, voc - uma muler madura e sabe que casamento não - coisa que se decida de um dia para outro. A preocupa3ão sincera da %ila para com ela a %e& sorrir, satis%eita. 8 0oc ser+ uma e5celente e5celente mãe para para seus %ilos. Pelo menos, "A ter+ pr+tica em passar sermão. Andrea serviu9se de mais uma 5cara de c+. 8 Não %oi essa mina inten3ão. S* não quero que tome uma atitude impensada. 8 >eno certe&a de que voc erdou este lado lado respons+vel de seu pai. pai. Mina %amlia 53
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sempre %oi um pouco mais. .. distrada. dis trada. 8 Mamãe. . . 8 2embra9se de quando eu e Ale5 convers+vamos a respeito de quiromancia durante a 'rava3ão; 8 4laro. 8 Dnquieta, Andrea Andrea + ima'inava o que sua mãe le diria. 8 0oc teve uma premoni3ão, não teve; 8 Sim, muito clara, muito %orte. %orte. 4on%esso que %iquei perturbada com a id-ia de que um omem pudesse se sentir atrado por mim, depois de tantos anos. Mas, quando pe'uei na mão dele, senti al'o tão %orte que não tive mais d=vidas. 8 Mas - preciso dar mais tempo à rela3ão, rela3ão, mamãe. Não duvido de sua premoni3ão, premoni3ão, mas... 8 Buerida, estou com cinq7enta e seis anos de idade 8 a%irmou, a%irmou, balan3ando a cabe3a e er'uendo os olos como se o %ato a surpreendesse. 8 0ivo muito bem so&ina. Na verdade, aco at- bom viver assim. S* que a'ora tive vontade de dividir o resto de meus dias com um companeiro. 0oc est+ com vinte e oito oito anos e - per%eitamente per%eitamente capa& de se sustentar, mas isto não deve impedir de viver ao lado de um omem omem que a ame. 8 Meu caso - di%erente. 8 Não -, não 8 a%irmou 4larisse se'urando as as mãos da %ila. 8 O amor, a carncia, carncia, a a%ei3ão são coisas comuns aos seres umanos. Se !avid %or o omem certo, voc lo'o ir+ perceber. 8 >eno medo de que ele ele me reeite 8 con%essou, con%essou, apertando9le as mãos num 'esto de desespero. 8 1u mesma teno di%iculdade em me aceitar como sou. 8 Sempre me preocupei com isso, mina %ila. 8 Sim eu sei... 8 Eila, consulte seu cora3ão. Pare de %icar se preocupando e si'a apenas o que o cora3ão le disser. 8 1le pode me indicar um camino que não quero se'uir. 8 A, isso certamente vai acontecer. 8 1ntão, sorrindo com mei'uice, abra3ou a %ila e disse$ 8 Buerida, s* posso le di&er que !avid "rad# - um omem bom. 4omo todos, tam9 b-m tem seus de%eitos, por-m, tem sido um pra&er para mim trabalar para ele. Na verdade, %iquei muito contente quando !avid me tele%onou esta manã. 8 >ele%onou; 8 inda'ou, surpresa. 8 Para qu; 8 Para comentar a respeito de umas id-ias novas que teve para o document+rio. 1le %oi para Rollin' Iills oe %a&er uma 'rava3ão naquela mansão que, di&em, - mal9assombrada. 0oc + ouviu %alar a respeito, não; Nin'u-m conse'ue morar l+ por muito tempo. 8 Sim, + ouvi qualquer coisa coisa sobre o assunto. 8 @ claro que e5istem diversas opiniGes a respeito do que acontece por l+, l+, mas creio que !avid %e& uma e5celente escola. 8 1 o que voc tem a ver com a casa; 8 Nada, querida. Eoi apenas apenas um bate9papo. 1le sabe que me interesso por este assunto. 8 1ntendo. .. 8 Mas conversamos conversamos sobre outras outras coisas coisas tamb-m. tamb-m. 1le me pediu para ir ao ao est=dio na quarta9%eira pr*5ima. Buarta; Sim, aco que - quarta mesmo. 1, então, num outro dia que 54
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não me lembro qual, iremos à casa dos 0an 4amp. 1le pretende 'ravar 'ra var na sala de estar da casa de Alice. 8 A... Na casa dos 0an 4amp. . . 8 Andrea sentiu a raiva crescer dentro de si. 8 1le 1le combinou tudo isto diretamente com voc; 9Sim 8 a%irmou 4larisse, sem entender o porqu da d=vida. d= vida. 8. Ei& al'uma coisa errada; 0oc, não. 8 Dndi'nada, Dndi'nada, %icou de p-. 8 !avid !avid sabe muito bem que qualquer mudan3a de esquema deve ser comunicada a mim. Não se pode mesmo con%iar em nin'u-m: muito menos num produtor. Buanta petulHncia... Aquilo + era provoca3ãoL Apanando a bolsa, caminou em dire3ão à porta. 8 Mamãe, voc não vai ao est=dio, at- que eu descubra descubra o que ele est+ tramando. Percebendo que estava saindo sem se despedir, Andrea voltou vol tou e beiou 4larisse com carino. 8 1 não se preocupe, preocupe, mamãe 8 alertou. alertou. 8 0ou esclarecer tudo direitino. 8 1st+ bem. Satis%eita, 4larisse observou a %ila sair pela porta. "em, sua parte J+ estava cumprida$ Andrea iria ao encontro de !avid. No camino de volta, Andrea apanou o tele%one do carro e comunicou9se com seu escrit*rio. 8 !iane; Me di'a como est+ a pro'rama3ão desta tarde. Ap*s consultar a a'enda, a secret+ria respondeu$ 8 0oc tem um cliente marcado para as quatro e meia. @ o sr. Mont'omer#. 8 Pe3a a Abe que o receba. Não vou vou poder estar a. 8 Abe tem compromisso às cinco: não sei se poder+ receb9lo. 8 Mais essaL 8 Dmpaciente, ultrapassou um veculo at- com certa imprudncia. 8 Buem est+ livre às quatro; 8 S* "+rbara. Mantendo os olos %i5os no camino, di'eriu as in%orma3Ges que recebia e concluiu$ 8 Não, eles não vão se dar bem. !iane, !iane, tele%one para Mont'omer# e cancele a entrevista. !i'a9le que se trata de uma emer'ncia. 8 4erto. Mas não + nada errado, errado, +; Andrea acou 'ra3a. 8 Ainda não. Per%eito. Onde posso encontrar voc, caso precise, Andrea; Se sur'ir al'um problema, pode li'ar para o meu apartamento, e, se eu ainda não tiver ce'ado, dei5e o recado na secret+ria. 8 Não, de%initivamente não não dei5aria que !avid passasse por cima cima de sua autoridade. Apanando o 'uia de estradas dentro do porta9luvas, decidiu ir ao encontro dele em Rollin' Iills. Precisava encontr+9lo naquele mesmo dia. Buando a primeira 'ota de cuva caiu sobre o p+ra9brisa, Andrea pra'ueou bai5ino e, ap*s pe'ar o desvio errado para sair da estrada mais de duas ve&es e se'uir por um 55
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camino sem as%alto debai5o da tempestade, come3ou a 5in'ar em vo& alta. Eeli&mente, nin'u-m podia ouvi9la. Ao encontrar a casa, percebeu por que ele escolera o local para suas %ilma'ens. 1 a cuva que caa apenas acentuava a aura de mist-rio que envolvia o lu'ar. lu' ar. 4omo se não bastassem todos os contratempos que tivera que en%rentar, ao descer do carro a%undou os p-s numa po3a de +'ua lamacenta. Olando pela anela da %rente, !avid a viu estacionando. Numa situa3ão normal, a ce'ada de Andrea o dei5aria %eli&, mas naquele momento seria mais uma interrup3ão que teria que %a&er nas %ilma'ens, que + estavam atrasadas, e aborreceu9se. aborre ceu9se. O dia não tina sido dos melores e tudo parecia dar errado. I+ uma semana não conse'uia dormir direito, seu trabalo não saa con%orme esperava e s* de olar para Andrea sentia9se tomado pelo deseo. Ao receb9la na porta, descarre'ou toda a raiva$ Bue diabo est+ %a&endo aqui; O cabelo dela e o tailleur que usava estavam encarcados e os sapatos, irrecuper+veis. Buero conversar com voc, !avid. 8 ele%one para o meu meu escrit*rio e marque marque uma entrevista. 1stou ocupado. ocupado. 8 Não, !avid. 0ai ser a'oraL 8 1ntrando, 1ntrando, %ecou a porta com com %or3a atr+s de si. 8 !esde quando voc pensa que pode marcar compromissos com mina cliente sem %alar comi'o antes; Se quiser que 4larisse vã ao est=dio quarta9%eira, tem que marcar comi'oL 1ntendeu; 8 >eno um contrato assinado com 4larisse pelo tempo que durarem as 'rava3Ges: portanto, não teno que acertar nada com voc. 8 Pois aco que deveria reler reler o contrato, sr. "rad#. I+ uma cl+usula que di& que todo compromisso dever+ ser marcado atrav-s da empres+ria. 8 >udo bem, vou le mandar mandar todo o novo esquema esquema das 'rava3Ges. A'ora, se me der licen3a.. . !avid tentou abrir a porta, mas ela o impediu. !ois eletricistas que trabalavam na sala pararam para ouvir a discussão. 8 1u ainda não acabeiL 8 Mas eu, +L Suma daqui, daqui, Andrea, antes que eu mande mande um dos rapa&es acompan+9la acompan+9la at- o carro. 8 0ea como %alaL Ou mina cliente pode pode JacidentalmenteJ apanar uma larin'ite larin'ite que a impe3a de %alar por um msL 8 Ora.. . não me ameace. ameace. 8 "astante "astante alterado, se'urou9a pelos bra3os bra3os com violncia. violncia. 8 1, para mim, ce'a desta conversa. Se quiser mesmo %alar comi'o, marque uma entrevista para amanã. 8 "rad#L Precisamos de voc aqui em cima. Ainda por um momento ele a se'urou com %or3a, %a&endo de tudo para controlar o deseo que sentia. Eoi preciso todo seu autocontrole para não beiar9le a boca com pai5ão. >ranstornado, soltou9a de modo tão abrupto que quase a te& perder o equilbrio. equi lbrio. 8 Suma daquiL 8 ordenou, virando9se para subir as escadas que condu&iam ao ao andar superior. Eoram precisos al'uns se'undos at- que Andrea se recuperasse e se decidisse deci disse a subir as 56
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escadas atr+s dele. Não iria sair dali enquanto não ouvisse um pedido de desculpas. I+ muitos anos não encontrava al'u-m capa& de %a&9la perder o controle, mas !avid "rad# realmente a dei5ara e5asperada. ?amais encontrara al'u-m tão petulante. 8 Srta. Eields, pra&er em v9la novamente. Ale5 %umava seu costumeiro avana no topo da escada, enquanto a'uardava o reinicio da 'rava3ão. Ao v9la, sorriu9le de modo 'entil. 8 1 quero %alar com voc, tamb-mL 8 e5clamou Andrea, sem se deter, dei5ando9o dei 5ando9o pasmo. Dncon%ormada, se'uiu pelo corredor atr+s de !avid. A passa'em era estreita e escura, e do teto pendiam teias de arana. A pintura vela das paredes umedecidas pelo tempo emprestava um aspecto ainda mais tenebroso ao local. Por-m, ao encer os pulmGes pronta para 'ritar o nome de !avid, Andrea percebeu que não conse'uia %alar. Fm arrepio estrano percorreu9le o corpo ao entrar no quarto onde ele conversava com os t-cnicos da equipe. Fm tremor violento a atin'iu, %a&endo9a parar e5atamente onde estava. No ambiente, preparado para as %ilma'ens, avia cHmeras, %ios e lu&es para todo lado. 4ontudo, Andrea não os en5er'ava. 0ia, sim, um quarto cuas paredes eram %orradas por um papel rosado, muito delicado. Ao centro, uma cama com dossel. Sob a anela, uma penteadeira de mo'no onde repousava um vaso com rosas brancas. O resto da moblia acompanava o mesmo estilo romHntico e compuna9se de uma cCmoda e uma banqueta. Mas Andrea ainda viu, e ouviu muito mais$U 0oc me traiuL >raiu9me com ele, ?-ssicaLJ VNãoL 1u uro que nãoL O, pelo amor de !eus, não %a3a issoL 1u o amo. 1u...U. JMentiraL Mas esta ser+ a sua =ltima mentiraLJ Os 'ritos eram orrendos, arrepiantes. Ao levar as mãos aos ouvidos, Andrea dei5ou cair a bolsa no cão, com um rudo surdo. 8 AndreaL !avid se'urou9a pelos bra3os e sacudiu9a, enquanto todos ali presentes paravam para ver o que acontecia. 8 1st+ se sentindo mal; 1sticando os bra3os, ela pu5ou9le a camisa. Suas mãos estavam 'eladas e tremulas. 1mbora o olasse %i5amente, seus olos não o %ocali&avam. 8 4oitada da 'arota... 8 ela murmurou. 8 O, meu !eus. .. 8 AndreaL 1la tremia incontrolavelmente, mas o pior era seu olar turvo, vidrado, perdido. Andrea olava para o centro do quarto como se estivesse em transe. 8 Bue 'arota, Andrea; 8 !avid per'untou, assustado. 8 1le acabou de assassin+9la ali na cama cama com as pr*prias mãos. A 'arota não não pCde mais 'ritar porque ele le apertava a 'ar'anta at-... 8 AndreaL 8 Se'urando9le o quei5o, %or3ou9a %or3ou9a a encar+9lo. 8 Não tem cama nenuma aqui dentro. 8 @ que... >ranspirando pro%undamente, Andrea levou as mãos ao rosto. 1ntão, sentiu um enCo que le era bastante conecido. 8 Preciso sair daqui. 57
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0irando9se, abriu passa'em entre os t-cnicos que se a'lomeravam a'lome ravam no corredor e desceu as escadas correndo. !esceu os de'raus da varanda e saiu na cuva. 8 Aonde voc vai; 8 !avid !avid quis saber ao abra3+9la. abra3+9la. Fm raio riscou o c-u, amea3ador, A tempestade aumentou. 8 >eno que... 8 Atordoada, Atordoada, lan3ou um olar olar perdido à volta. 8 0ou voltar para a cidade. >eno que sair daqui. 8 1u levo voc. 8 NãoL 1stou de carro. carro. 8 Absolutamente em pHnico, tentou se a%astar, mas !avid a se'urou. 8 0oc não est+ em condi3Ges de diri'ir. 8 A custo, conse'uiu lev+9la at- seu carro. 8 Eique aqui 8 ordenou, %ecando a porta do autom*vel. Dncapa& de rea'ir, Andrea encoleu9se toda no banco, muito tremula. S* mais um minuto e estaria bem, prometeu a si mesma. No entanto, quando !avid voltou, ela ainda não se avia recuperado. Atirando a bolsa de Andrea no banco de tr+s, ele a cobriu com o palet*. 8 Fm dos rapa&es leva seu carro de volta para para a cidade. !avid deu a partida no carro e acelerou. O silncio s* era quebrado pelos pin'os de cuva que batiam no carro e pelo rudo ritmado do limpador de p+ra9brisa. Einalmente, passados al'uns minutos, !avid resolveu %alar. 8 Por que voc não não me contou; 8 4ontou o qu; 8 Bue tem os mesmos poderes poderes de sua mãe; 1ncolendo9se 1ncolendo9se mais, Andrea levou as mãos ao rosto e corou. !avid não sabia o que di&er. di &er. 4oncentrado no camino à sua %rente, incriminou9se por ter tocado no assunto. No entanto, por mais descrente que %osse, podia urar que Andrea vira realmente al'o naquele quarto. Mas e a'ora; 4omo a'ir; O que di&er; Andrea solu3ava, dando va&ão a toda sua an'=stia. !e que adiantaria &an'ar9se; I+ muito tempo tomara conscincia de que, por mais que se controlasse, tais visGes seriam, por ve&es, inevit+veis. A cuva cessou e o sol voltou a brilar, ainda tmido. Andrea manteve9se encolida sob o palet*. 8 Sinto muito. 8 Não quero que se desculpe: quero que me e5plique. Não Não sei e5plicar. 8 Mais calma, en5u'ou as %aces com as mãos. 8 1u a'radeceria se voc me levasse para casa. 8 Precisamos conversar. Mas num lu'ar de onde voc voc não possa me mandar embora. Eraca e cansada demais para discutir, Andrea recostou a cabe3a contra o vidro e não reclamou quando viu passar o retorno que levava ao bairro onde morava. Se'uindo em %rente, !avid pe'ou a dire3ão das montanas, al-m da cidade. 4inq7enta minutos mais tarde, entraram por uma passa'em estreita, ao lado de uma casa com vi'as de madeira e anelas enormes de vidro, circundada por um imenso 'ramado. A cuva dei5ara tudo ali mais verde e pequenas 'otinas cintilavam ao sol. 58
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8 Pensei que voc morasse morasse na cidade. 8 Morei l+ muitos anos mas, mas, então, resolvi vir em busca de ar puro. !avid desceu do carro e apanou a bolsa de Andrea e mais uma pasta no banco de tr+s. 1la, por sua ve&, vestiu o palet* e o acompanou em silncio at- a porta da %rente. A decora3ão da casa não tina nada de r=stico, sendo at- bastante so%isticada. 2o'o atr+s da porta, um corrimão trabalado acompanava al'uns poucos de'raus que levavam à sala de estar, num nvel mais bai5o. Sem uma palavra, !avid %oi at- a lareira e acendeu o %o'o. 8 Aco melor voc tirar estas roupas moladas moladas 8 disse num tom casual. casual. 8 I+ um baneiro l+ em cima, no %im do corredor. Atr+s da porta, vai encontrar encontrar um robe pendurado. 8 Obri'ada. 8 Dnse'ura, umedeceu os l+bios. 8 !avid, voc não precisa.. precisa.. . 8 0ou %a&er ca%- 8 interrompeu interrompeu ele, dei5ando9a so&ina na saa. Andrea nunca se sentira tão mal. 1mbora + esperasse por isso, a reei3ão de !avid a ma'oava. Mesmo + tendo passado pela e5perincia anteriormente, a dor era sempre a mesma. Respirando %undo, tentou recuperar a autocon%ian3a perdida. Nenum omem a veria %raquear. Procurando rea'ir, er'ueu o quei5o e subiu as escadas. >ornaria um bano e, depois que suas roupas secassem, voltaria para casa. A%inal, era per%eitamente capa& de cuidar de si mesma. O bano quente aos poucos come3ou a acalm+9la. 2avou bem os cabelos e, ao sair do cuveiro, apanou o robe atr+s da porta. 0estindo9o, sentiu o aroma da colCnia de !avid que impre'nava o tecido aveludado. 4e'ando à sala, encontrou9a va&ia, e, depois de colocar as roupas numa secadora el-trica, reunindo %or3as, resolveu procurar por !avid. A casa era ultramoderna e, em outras circunstHncias, adoraria prestar mais aten3ão aos detales que a compunam. Acompanando o aroma de ca%-, se'uiu pelo corredor at- ce'ar à co&ina. !etendo9se à porta, respirou %undo e entrou. !avid estava de p- em %rente à anela, com uma 5cara na mão. Andrea cru&ou os bra3os sobre o peito e es%re'ou as mãos nas man'as do robe. 8 !avid; Ao ouvi9la, ele voltou9se lentamente, incerto a respeito do que deveria di&er. 1la le parecia muito %r+'il. !avid não saberia descrever o que qu e sentiu naquele instante. 8 O ca%- est+ est+ quente. Por que não senta; senta; 8 Obri'ada. Procurando a'ir da %orma mais natural possvel pu5ou um banquino dos que avia sob o balcão. 8 Se voc pre%erir comer comer al'o, estou esquentando uma sopa 8 comentou, indicando uma panela no %o'ão. 8 Não precisava se incomodar.. incomodar.. . 8 disse ela, ela, + um tanto tensa. Sem uma palavra, !avid %oi at- o %o'ão, serviu um prato de sopa e colocou na %rente 59
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dela. 8 1 uma anti'a receita receita de %amlia. Mina mãe mãe costuma di&er que um prato de sopa cura qualquer mal. O ceiro est+ delicioso. 8 Sem saber por que, veio9le vei o9le vontade imensa de corar, mas Andrea resistiu. 8 !avid. 8 Primeiro, coma. Aparentemente tranq7ilo, pu5ou um banquino e sentou9se em %rente a Andrea, do outro lado do balcão. Acendendo um ci'arro, tomou um 'ole do ca%- e observou9a brincar com a sopa. 8 0oc precisa precisa comer 8 disse. 8 Por que não me per'unta per'unta lo'o; 8 inda'ou Andrea, Andrea, inquieta. 8 Pre%iro resolver este assunto de uma ve&. 1la le parecia tão ma'oada, tão so%rida. !e onde viria tanta dor; 8 Não pretendo submeter voc a nenum interro'at*rio. 8 Por que não; 8 quis saber. saber. Seus olos o desa%iaram. desa%iaram. 8 Não quer que le le conte o que ouve naquele quarto; !avid soltou uma ba%orada e apa'ou o ci'arro no cin&eiro. 8 Sim, quero. Mas não creio creio que voc estea em condi3Ges de %alar sobre isso a'ora. Pelo menos, não em detales. Por que não conversamos sobre outros assuntos, Andrea; 8 Não estou em condi3Ges; condi3Ges; 8 1m outra circunstHncia, circunstHncia, ela poderia ter ter 'ar'alado. 8 Nunca se est+ em condi3Ges, !avid. Posso descrever a pessoa para voc$ morena, olos a&uis, vestia uma camisola de al'odão que ia at- os p-s e camava9se camava9se ?-ssica. >ina apenas de&oito anos quando o marido a matou num acesso de ci=me, estran'ulando9a com as pr*prias mãos. !epois, suicidou9se com um tiro, tal o desespero. @ isso que voc quer para o seu document+rio, não -; Os detales e a %rie&a com que ela os relatou dei5aram9no dei 5aram9no cocado. Buem era aquela muler sentada ali a sua %rente; 8 O que le aconteceu aconteceu nada tem a ver com o document+rio, mas tem a ver com o modo como est+ a'indo a'ora. 8 Normalmente consi'o me controlar 8 desaba%ou, desaba%ou, a%astando o prato de sopa sopa para um lado. 8 >eno anos de pr+tica. Se eu não estivesse tão nervosa ao entrar no quarto, isto i sto não teria acontecido. 8 4onse'ue evitar essas visGes; 8 A maior parte das ve&es, sim. 8 1 por que tenta evit+9las; 8 Aca mesmo que isto - um dom; 8 per'untou, levantando9se. 8 "em, para al'u-m tão bom e caridoso como 4larisse, talve& sea. 8 1 para voc; 8 Odeio isto, odeio ser assim 8 con%essou, voltando9se para encar+9lo, 8 Nin'u-m %a& id-ia do que sea ver a descon%ian3a estampada nos olos das pessoas, comentando umas com as outras. 8 >ensa, es%re'ou as tmporas com as mãos. 8 1u s* queria ser normal. .. Buando era crian3a, tina sonos orrveis. 1ram cenas tão reais. .. Mas acava que todo mundo tina aqueles sonos e então comentava com minas cole'as$ sua 'ata vai ter 60
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'atinos. Posso %icar com o branco; 1 da a al'uns dias, di as, os 'atinos nasciam e avia, de %ato, um =nico branco. Pequenas coisas assim. Al'u-m perdia uma boneca e eu indicava direitino o local que estava. Respirando %undo, comentou$ 8 As crian3as não li'avam muito, mas os pais pais %icavam nervosos e pre%eriam que os %ilos se a%astassem de mim. 8 1 isto ma'oava voc. 8 Sim, muito. 4larisse me compreendia compreendia e me audava, audava, mas eu so%ria muito. Os sonos continuaram, mas parei de coment+9los com as pessoas. At- que, então, meu pai %aleceu. !e p-, Andrea cobriu os olos com as mãos e, ao perceber que !avid %i&era men3ão de levantar9se, pediu9le que le desse apenas al'uns minutos. Precisava desaba%ar. 1ntão, soltando os bra3os ao lon'o do corpo, relatou$ 8 Papai avia sado numa via'em de ne'*cios e eu sabia sabia que ele tina morrido. morrido. Fma noite, acordei e tive a certe&a de sua morte. 1ntão, levantei e %ui ao quarto de mamãe. 1ncontrei9a bem acordada, sentada na cama, e percebi que ela tamb-m + sabia. Nenuma de n*s disse uma palavra sequer. !eitei9me ao lado dela e untas esperamos at- que o tele%one tocasse. 8 0oc tina oito anos. W 8 >ina. !epois disso, comecei comecei a bloquear minas visGes. 4e'ava a passar meses meses sem que elas aparecessem. Mas, sempre que perco o controle, elas voltam. !avid lembrou9se de como a vira ce'ar transtornada na casa abandonada e de como a vira sair de l+, p+lida e tremula. 8 1 eu %a3o voc perder o controle; 8 Parece que sim 8 con%essou, encarando9o. encarando9o. 8 !evo me desculpar; 8 Nin'u-m tem culpa de ser como -. Nem eu nem voc. 8 Andrea, entendo entendo sua necessidade necessidade de controlar este seu dom e de evitar que isso inter%ira em sua vida di+ria, mas não entendo por que o reeita. + que come3ara a se abrir, Andrea Andrea resolveu revelar9le toda a verdade. 8 Aos vinte anos, quando estava tentando me estabelecer como empres+ria, empres+ria, coneci um rapa&, dono de uma loa perto da praia. 1le alu'ava e vendia prancas de sur%e e coisas do tipo. Eiquei %ascinada por ele. 1ra tão di%erente di%erente de mim, levava a vida sem preocupa3ão, preocupa3ão, sem pensar no amanã. O namoro namoro %oi9se desenrolando at- que ce'amos a um ponto onde o noivado era inevit+vel. 1le, então, me comprou uma alian3a e prometeu maravilas para depois do casamento. Acreditei ce'amente no que di&ia di&i a e acei que, + que amos nos casar, não deveria aver se'redo entre n*s. 8 0oc ainda não tina dito ao rapa& que era paranormal; 8 Não. 8 1mbora le %osse penoso, Andrea prosse'uiu$ 8 Apresentei9o Apresentei9o a 4larisse, e então contei9le a verdade. !epois disso me olava como se eu %osse uma... 8 Sinto muito. 8 1u devia ter esperado por aquela rea3ão. 8 Sentando9se novamente, brincou com o cabo da coler. 8 !epois daquilo ele nunca mais me procurou. Percebendo seu so%rimento, !avid procurou con%ort+9la. 8 >alve& tena sido melor 61
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assim. !esde então percebi que a verdade nem sempre deve ser dita. ?+ pensou o que aconteceria se meus clientes soubessem; 8 Portanto, voc e 4larisse escondem o %ato de serem mãe e %ila e voc %a& de tudo para que não saibam de sua paranormalidade. 8 15ato. Mas, depois do que ouve oe, creio creio que não não ser+ mais possvel. 8 Buanto a isso não se preocupe. Ealei para a equipe que avia le contado o que anos atr+s acontecera naquele quarto. 2evantando9se, %oi apanar a ca%eteira para servir ca%- para Andrea. 4omovida com tanta compreensão, Andrea pe'ou a 5cara e a'radeceu$ 8 Obri'ada. 8 Se acar necess+rio, pode continuar a 'uardar seu se'redo. 8 Sim, - muito necess+rio. !avid, o que %oi que sentiu ao perceber perceber que eu era uma uma paranormal; Sinto que voc ainda est+ um tanto tanto surpreso, incomodado at-. 8 >alve& tena ra&Ges. ra&Ges. @ al'o que me dei5a inquieto. Nunca passei passei por isso antes e me me preocupa o %ato de saber que não poderei mais esconder nada de voc. 8 @ natural 8 comentou, comentou, levantando9se. 8 >odo >odo mundo tem direito a manter a pr*pria pr*pria privacidade, de se de%ender. .. "em, aco que minas mi nas roupas + devem ter secado. Ser+ que poderia me conse'uir um t+5i enquanto me troco; 8 Não 8 a%irmou !avid, bloqueando9le a sada da co&ina. 8 Por %avor, não torne torne as coisas mais di%ceis do que + são. Nem para mim nem para voc. 8 1u não seria tão tolo. Nada mudou, Andrea. 4ontinuo deseando voc da mesma %orma e - s* o que importa para mim. Mais tarde vai se arrepender, !avid. Apertando9a contra si, inda'ou num tom irCnico$ 8 1st+ lendo meu meu pensamento; pensamento; 8 Não brinque. 8 >alve& + sea ora de al'u-m brincar brincar um pouco com o assunto. 1, se estiver lendo lendo o meu pensamento a'ora, sabe que a =nica coisa que quero no momento - lev+9la para o meu quarto e %a&er amor com voc. 8 1 amanã; 8 quis saber, o cora3ão + batendo acelerado em seu peito. 8 Bue importa o amanã; amanã; 8 disse ele, curvando9se, curvando9se, para bei+9la. 8 A =nica coisa importante - saber que nos deseamos e que esta noite vai ser nossa. 8 >em ra&ão...
CAPITULO VII
Ao entrar no quarto de !avid, Andrea se deteve. 15atamente como em seu sono, o quadro, tra3os indistintos em vermelo e lil+s contra 62
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uma tela branqussima, estava pendurado numa das paredes. Arrepiada, voltou9se e viu seu pr*prio re%le5o, s* que não num espelo, mas numa anela de vidro. 8 15atamente como no sono. . . 8 murmurou em vo& bai5a, dando um passo para tr+s. Mas estaria dando um passo em dire3ão ao sono ou à realidade; Ou sono e realidade realidade se con%undiam naquele e5ato momento; 1m pHnico, permaneceu onde estava, se per'untando se teria escola. Ser+ que a ela cabia apenas se'uir um camino + predeterminado pelo destino, desde o instante em que !avid "rad# entrara em sua vida; Não - isto que eu quero. . . 8 murmurou. Ao tentar tentar sair do quarto, !avid bloqueou9le a passa'em pu5ou9a para unto de si, como ela + sabia que %aria. 8 0oc não pode continuar %u'indo, Andrea. Nem de mim nem de si mesma. 1le a deseava mais do que a qualquer outra. Dmpaciente, beiou9le os l+bios com vol=pia. Apertou9a com mais %or3a contra si e, ao perceber os primeiros sinais de rendi3ão por parte dela, %icou alucinado. Os beios e as mãos de !avid tornaram9se mais. e5i'entes. Seu corpo musculoso pressionava o de Andrea com insistncia. 1le a se'urava como quem 'uarda um tesouro s* seu, tomando9a para si, com ou sem consentimento. Mas Andrea sabia que a =ltima decisão seria dela. 1ntre'ar ou ne'ar9le seu corpo era al'o que s* a ela cabia. 1 desta decisão sur'iriam conseq7ncias que poderiam trans%ormar toda sua vida. Andrea sabia que ioda entre'a acarretava risco. A cada se'undo sua escola tornava9se mais penosa, at- que, com um 'emido bai5ino, se'urou9le o rosto entre as mãos e entre'ou9se de ve&. Por uma noite, ela se dei5aria dei 5aria levar por seus instintos, contra os quais cansara de lutar. !avid percebeu que não averia tempo para o'os amorosos. Andrea retribua9le os carinos com ansiedade, dei5ando claro que tamb-m o deseava. Os dois sabiam que a pai5ão era uma %aca de dois 'umes$ tanto tra&ia pra&er como dor e so%rimento. so%ri mento. Mas, como adultos, compreendiam o risco que corriam e estavam dispostos a aceitar o desa%io. !avid er'ueu9a nos bra3os e a colocou em sua cama. 4om um =nico 'esto, a%astou9le o robe dos ombros, beiando9os. A barba por %a&er macucava9le a pele sensvel, mas Andrea 'emeu de pra&er. Por mais que tentasse, !avid não conse'uia domin+9la, pois Andrea respondia a cada carino seu com uma carcia i'ualmente alucinante. Andrea desabotoou9le a camisa e o'ou9a para o lado. 1m se'uida, audou9o a livrar9se do resto das roupas. roupas. , Os m=sculos bem desenvolvidos desenvolvidos retesaram9se retesaram9se sob seu toque delicado, provocante. O per%ume que !avid usava era o mesmo que impre'nava o robe que le emprestara, cuo aroma a'reste e m+sculo parecia conter promessas alucinantes. !avid despiu9a por completo, com 'estos impacientes. 1ntão a%astando9se, observou9le o corpo per%eito, que o %i&era cassar tantas noites insone. Os seios sei os alvos e ar%antes pareciam se o%erecer ao toque de seus l+bios. Xvidos por prov+9los, !avid curvou9se e su'ou9os com pai5ão. Andrea arqueou as costas num convite. Amante e5periente, !avid se'urou9le as mãos e come3ou a e5plorar9le cada curva do corpo com os l+bios. Andrea 63
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suplicava9le para que a possusse, mas ele sabia que o momento certo ainda não avia ce'ado. !avid nunca conecera uma muler que o dei5asse tão alucinado. A %=ria %=ri a do deseo que sentia por ela o assustava. Andrea era a mistura per%eita de tudo o que admirava numa mu9 mu 9 ler$ decisão, cora'em, %ra'ilidade e sensualidade. Ainda se'urando9le as mãos, !avid acariciou9le o se5o, e mais uma ve& ela le pediu que a possusse. Por-m, indi%erente, indi%e rente, ele continuou com os carinos at- lev+9la ao 5tase. Soltando9le os pulsos, a manteve sob si e penetrou9a com um =nico movimento. Minutos depois, ambos, e5austos, rela5avam. !avid rolou para o lado e a trou5e consi'o. Mais tarde, ao despertar, Andrea viu o clarão da lua prateando pra teando os len3*is da cama. Ainda continuavam abra3ados. A vo& da ra&ão le di&ia para se a%astar, mas Andrea não teve cora'em. A'ora que o deseo dos dois + %ora saciado, era ora de partir, mas ela sentia uma vontade imensa de permanecer ali, entre os bra3os de !avid, at- o raiar do sol. !avid ainda continuava embevecido com o que acabara de le acontecer. Nunca poderia ima'inar que o seu deseo tivesse tives se tal %or3a, tal intensidade. Andrea era uma muler incomparavel. 1 o mais assustador %oi que, mesmo depois de t9la possudo, continuava a quer9la. A =nica coisa capa& de le e5plicar o que acontecia era o amor. Sim, !avid concluiu que a amava. Seria in=til tentar iludir9se, tantas emo3Ges não podiam po diam apenas ser simples atra3ão %sica. 1stava irremediavelmente irremediavel mente apai5onado por ela. Ao senti9la tremer de leve, aconce'ou9a mais unto a si. 8 1st+ com %rio; 8 A temperatura caiu. 8 Se quiser, posso %ecar a vidra3a. vidra3a. 8 Não. !avid pu5ou o len3ol e cobriu9a. Eoi então que reparou em al'umas marcas nos bra3os dela. 8 1u macuquei voc; 8 per'untou, per'untou, num misto de remorso e preocupa3ão preocupa3ão que a cativou. cativou. 8 4laro que não 8 comentou, meio constran'ida. constran'ida. 8 Se der uma oladina oladina em voc, vai ver que tamb-m dei5ei al'umas marcas. !avid olou para o pr*prio corpo e riu de um eito carmoso, carmo so, que, al-m de encant+9la, a desarmou. 8 Parece que a coisa conosco - para valer. O riso tamb-m a%lorou9le aos l+bios tão espontHneo que %oi impossvel para ela reprimi9 lo. 8 1st+ reclamando; 8 inda'ou, beliscando9o carinosamente. Mais uma ve& Andrea o surpreendia. !e novo e5citado, rolou para o lado e cobriu9a com seu corpo. 8 S* se voc tamb-m tamb-m reclamar. reclamar. 8 !avid, eu.. . 8 Adoro competir competir com voc 8 murmurou, bai5ando o rosto para mordiscar9le mordiscar9le a orela. Andrea estremeceu. 8 !esde que leve vanta'em, não -; 8 ela conse'uiu di&er enquanto ele a tocava. 64
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8 Mocina, aco que vou me me acostumar a tirar tirar vanta'em de voc. voc. Andrea %a&ia de tudo para livrar9se das carcias ousadas. 9 Não posso passar a noite aqui. 8 Mas voc + est+ aqui 8 murmurou em seus ouvidos, mordiscando9le o pesco3o. 8 Não, não posso %icar. 8 Por qu; JPorque %a&er amor para me livrar do deseo que me consumia - bem di%erente do que passar a noite em seus bra3osJ, ela pensou. Mas disse simplesmente$ 8 Preciso trabalar amanã. 8 1u dei5o voc em seu apartamento bem cedo, assim ter+ tempo de se trocar. Ao ro3ar9le os mamilos com os l+bios, !avid viu nos olos de Andrea o quanto ela ainda o queria. 8 >eno que estar estar no escrit*rio escrit*rio às oito e meia. 8 Prometo que acordo voc bem cedino 8 sussurrou, beiando9le os l+bios l+bios bem de leve. 8 A%inal, não pretendo mesmo dormir. 8 Não costumo passar passar a noite na casa casa de nin'u-m 8 disse, numa =ltima tentativa de convenc9lo. 8 Mas na mina voc voc vai passar. Seu tom de vo& con%iante a irritou. irritou. 8 4omo a%irma isso com tanta con%ian3a; con%ian3a; 8 Porque ainda não terminamos terminamos o que come3amos come3amos + pouco, Andrea. Na verdade, aquilo %oi apenas o incio. Dntimamente, ela teve que concordar. A%inal, as rea3Ges de seu corpo contradi&iam9le as palavras. !entro de si, o deseo + e5plodia, indis%ar3+vel. Seria in=til lutar. 8 >em ra&ão. O quarto ainda estava escuro quando ela despertou de um sono leve para pu5ar os len3*is mais para cima. Seus m=sculos doam deliciosamente, tra&endo9le recorda3Ges dos momentos maravilosos que vivera nos bra3os de !avid. Ainda sonada, olou para o criado9mudo, tentando en5er'ar as oras no rel*'io di'ital. Mas não o encontrou. 1s%re'ando os olos, tornou tornou a procurar. Mas... claro que não poderia poderia estar ali. Nem o criado9mudo estava l+. Na verdade, se encontravam bem distantes, em seu apartamento. 0irando9se, percebeu que !avid + se avia levantado. Aonde teria ido; Bue oras seriam; Sentando9se na cama, sentiu9se %eli&. ?amais vivera uma noite como aquela. Parecia um sono: um sono bastante real. 4ontudo, a realidade do dia9a9dia batia à porta, obri'ando9a a en%rentar o mundo l+ %ora. >odo cuidado a'ora era pouco. 2evantou9se, apanou o robe aveludado do cão e vestiu9o. O importante era a'ir como uma muler adulta, consciente de que o que avia acontecido entre eles %ora apenas uma atra3ão %sica: nada de promessas ou %alsas uras de amor. Ao sentir a %ra'rHncia que impre'nava o tecido, a%undou o rosto na 'ola e deliciou9se por al'uns instantes. 1ntão, amarrou o cinto e %oi à procura de !avid. 65
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A sala de estar ainda estava escura: apenas os primeiros raios de sol sur'iam no ori&onte. A vista que se tina dali, atrav-s das enormes anelas, era linda. !avid estava parado em %rente a uma delas, enquanto um %o'o rec-m9aceso queimava na lareira. larei ra. !e repente, para Andrea, um abismo intransponvel se criou entre eles. Sem uma palavra, desceu os =ltimos de'raus da escada e a'uardou. 8 4onstru a casa com esta anela voltada voltada para o leste s* para poder observar observar o nascer do sol todas as manãs. Por incrvel que pare3a, não e5istem duas alvoradas i'uais. 1la amais o vira como um omem romHntico, que 'ostasse de admirar o sol ou que pre%erisse viver numa casa a%astada da cidade. Buem seria e5atamente !avid "rad#; 1n%iando as mãos nos bolsos, encontrou uma cai5a de %*s%oro %*s %oro esquecida ali e apertou9a entre os dedos. 8 Nunca teno tempo tempo para assistir ao nascer do sol 8 comentou. 8 Se acontece de eu estar em casa a esta ora, sempre veno para c+. c+. A impressão que teno - a de que este momento ence de ener'ia para en%rentar os problemas l+ %ora. 1st+ esperando al'um problema para oe; 8 inda'ou, me5endo, nervosa, nervosa, na cai5a de %*s%oros. !avid voltou9se para encar+9la. !escal3a, vestida com seu robe um tanto lar'o, ela le pareceu mais %eminina, mais acessvel que nunca. Pena não poder con%essar9le que + estava en%rentando um problema. Fm problema cuo nome era Andrea Eields. 8 1stive pensando 8 disse, en%iando en%iando as mãos nos bolsos traseiros traseiros do eans surrado, surrado, enquanto se apro5imava. 8 Buase não conversamos ontem à noite. 8 Não. Parece que nenum de n*s dois estava interessado em %alar. 8 JNem - o que deseo %a&er no momentoJ, acrescentou mentalmente. 8 A'ora vou me trocar trocar 8 adiantou. 8 >eno >eno que estar bem cedo cedo no escrit*rio. 8 Andrea. 8 !esta ve& ele não precisou precisou se'ur+9la: bastou cam+9la cam+9la para que ela se detivesse. 8 O que %oi que voc sentiu naquele primeiro dia em que nos vimos, em seu escrit*rio; "ai5ando o rosto, Andrea suspirou %undo. 8 ?+ %alei mais do que devia sobre este assunto ontem ontem à noite, !avid. Andrea tina ra&ão, embora ele não soubesse e5atamente por qu. 8 0oc %alou sobre seus dons com rela3ão a outras pessoas. Buero saber saber o que ouve com rela3ão a mim. 8 0ou me atrasar para para o trabalo trabalo 8 disse, + come3ando a subir as escadas. 8 Por que voc sempre %o'e das das situa3Ges di%ceis, Andrea; 8 1u não estou %u'indoL 8 e5clamou, e5clamou, voltando9se para para %it+9lo, os punos %ecados %ecados dentro do bolso. 8 Apenas não veo motivo para voltarmos ao assunto. Dsso - al'o s* meu, muito pessoal. 9Mas di& respeito a mim tamb-m 8 ponderou com calma. 8 Ontem à noite, voc entrou no meu quarto e disse que era e5atamente como em seu sono. 0oc sonou comi'o; 8 Não, eu... Andrea teve mpeto de mentir, mas nunca se dera bem com a %alsidade. Drritada consi'o mesma, resolveu revelar a verdade. 8 Sim. Os sonos sonos são mais di%ceis de ser controlados controlados do que as as visGes. 66
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8 Me conte como %oi. Mas a verdade tina seus limites, disse di sse a si mesma. ?amais contaria a ele e5atamente o que sonara. 8 Sonei com seu quarto. Saberia descrev9lo sem nunca ter pisado nesta casa antes. 1 a'ora; 0ai me colocar sob um microsc*pio; 8 A autopiedade não leva a nada. Ouvindo9a suspirar, subiu os primeiros de'raus da escada, apro5imando9se de Andrea. 8 0oc sabia que amos ser ser amantes; amantes; 8 Sim 8 con%essou, com uma e5pressão e5pressão indi%erente. 8 1 soube disso aquele dia no escrit*rio, não %oi; Buando Buando estava irritada comi'o, %rustrada por causa de sua mãe e eu le toquei a mão, deste eito. 1sticando o bra3o, tirou9le a mão direita do bolso e apertou9a aper tou9a e5atamente como o %i&era naquele dia. Andrea estava de p-, contra a parede, cansada de ser pressionada. 8 O que est+ tentando tentando provar; Al'uma teoria teoria para e5ibir em seu document+rio; 4omo ser+ que ela rea'iria se le dissesse que, a seu ver, tais visGes s* aconteciam quando Andrea se tornava vulner+vel; 8 1ntão, voc sabia, e isto a dei5ou amedrontada. amedrontada. Por qu; 8 >ive um pressentimento muito %orte de que me tornaria tornaria amante de um omem que eu considerava detest+vel. Não - um motivo ra&o+vel; 8 Aco que seria um motivo para se &an'ar, para %icar Mas não e5plica seu medo. 0oc estava apavorada ela noite, na limusine: e ontem, quando entrou em meu quarto. 8 Ora, não e5a'ere 8 comentou, tentando soltar sua mão, que ele ainda se'urava. Aca que estou e5a'erando; 8 !avid deu mais um passo à %rente %rente e se'urou9le o rosto com uma das mãos. 8 1 voc est+ com medo a'ora. Não - verdade. 1u... estou aborrecida aborrecida porque não p+ra de me pressionar. Somos Somos dois adultos que passaram uma noite untos. Dsto não le d+ o direito de vascular meus sentimentos ou mina vida pessoal. 1la estava certa. Ali+s, !avid amais a'ira daquela %orma, pois tina por princpio respeitar a privacidade aleia. >em ra&ão. Mas acontece que vi o modo como como %icou depois que entrou naquele quarto ontem, em Rollin' Iills. 8 Aquilo + passou. 1mbora não concordasse, resolveu não insistir. 8 Não quero mais ser respons+vel por esse tipo de coisa. Não quero mais mais que so%ra por mina causa. 8 A =nica respons+vel respons+vel sou eu 8 a%irmou, + mais calma. 8 0oc não não causa nada: nada: são as circunstHncias. !avid, estou com vinte e oito anos e conse'ui sobreviver at- oe, convi9 vendo com este. . . dom. 8 1ntendo. Mas tente compreender que teno trinta e seis anos e nunca en%rentei uma situa3ão como esta. 8 Sei como se sente. A primeira primeira rea3ão das pessoas - o medo, a descon%ian3a ou, 67
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então, a curiosidade. !a mesma %orma que se sentem quando vem al'o semelante num circo. 8 1u nunca disse issoL 8 A s=bita raiva de !avid a assustou. 1 quando ele a se'urou pelos ombros, Andrea não o%ereceu resistncia. 8 Não me importa como as outras pessoas rea'em ao %ato. 1u sou eu. !ro'aL Passamos a noite toda %a&endo amor e eu mal cone3o voc. Eico com medo de di&er al'o al'o e ma'oa9la. Ainda assim, não consi'o aplacar o deseo que sinto. Se %icasse mais um minuto a seu lado na cama não conse'uiria resistir. Antes que pudesse raciocinar, Andrea a%astou9le as mãos de seus ombros. 8 Não entendo entendo o que voc quer. 8 Nem eu. 8 Mais calmo, calmo, !avd respirou %undo. 8 Preciso de um tempo para para pensar, para raciocinar com calma. >empo e distHncia. Andrea concordava com ele. 8 1st+ bem. 8 Mas o caso - que não quero me a%astar a%astar de voc enquanto penso. Andrea arrepiou9se diante da con%issão. 8 !avid, eu... 8 Nunca vivi uma noite como como esta que tivemos. O elo'io quase a %e& %raquear. %raquear. 8 0oc não não precisa ser 'entil. 8 Sei que não preciso, mas mas - a verdade. 8 4om 4om um riso tmido nos l+bios, l+bios, ele massa'eou9le os ombros. 8 Não - nada %+cil admitir isso. 0ena, 0 ena, sente9se um minuto. ?untos, sentaram9se num de'rau da escada, lado a lado. 8 Não tive tempo para para pensar a noite passada porque %iquei. . . pasmo. pasmo. Andrea sentiu9se tensa quando ele a abra3ou, não tentou se a%astar. 8 1stive pensando pensando esta manã manã 8 ele prosse'uiu. 8 1u quero voc mais do que a qualquer outra, Andrea. 0oc - uma muler %ascinante. Mesmo sem este seu dom. O que mais quero - ter uma cance de conec9la melor, pois pretendo passar muito tempo a seu lado. Andrea er'ueu o rosto para %it+9lo.J 8 0oc est+ muito con%iante. 8 Sim, estou. 8 Não sei se deveria estar. 8 >alve&, não. Mas + temos um bom come3o$ n*s nos deseamos. Assim era mais simples, ela decidiu. 8 Mas sem promessas. !avid imediatamente pensou em protestar, mas, reconsiderando, resolveu concordar. 8 Sem promessas. Dnse'ura, Andrea sabia que não devia ter concordado. Aquele seria o momento certo para terminar o relacionamento entre eles$ uma noite de amor e nada mais. Mas, ao dar por si, + era tarde. 8 0amos manter os assuntos pessoais separados dos pro%issionais, certo; 8 4erto. 8 1, quando um de n*s se cansar, daremos um %im nisso. 68
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8 4oncorda; 8 ela inda'ou. 8 4oncordo. Buer uma declara3ão por escrito; escrito; Sorrindo, ela o observou. 8 "em que eu devia pedir. Os produtores produtores costumam costumam ser embrulGes. 8 1 os empres+rios bastante cnicos. 8 4autelosos, eu diria 8 corri'iu Andrea. Andrea. 8 A%inal, somos pa'os pa'os para isso. 1, por por %alar no assunto, ainda não resolvemos a questão sobre 4larisse. 8 Aco que este não - bem o momento momento de %alar sobre ne'*cios 8 ele lembrou, beiando9le as mãos. 8 Não mude de assunto: temos que resolver a questão ainda oe. 8 O or+rio comercial - das nove às seis. 8 4omo queira. >ele%one, então, então, para meu escrit*rio e... O, meu meu !eusL 8 O que aconteceu; 8 Meus recadosL 8 comentou, passando a mão pelos cabe9os, enquanto %icava de p-. 8 Não ce'uei a tele%onar para saber dos recadosL 8 Pu5aL Parece 'rave 8 disse ele, levantando9se. levantando9se. 8 Onde %ica o tele%one; 8 Para que tanta tanta pressa; pressa; 8 !avid, não estou brincando. 8 Nem eu. Sorrindo, !avid introdu&iu as mãos pela abertura do robe que ela usava e o abriu. Andrea sentiu os oelos %raquearem. % raquearem. 8 !avid... 8 >entando escapar aos beios dele, viu9o mudar de t+tica, beiando9le o pesco3o. 8 1u volto +. @ s* um minuto. 8 Não, não 8 ele protestou, desatando9le o cinto. 8 0ai demorar demorar muito mais. 8 Mas teno uma reunião lo'o cedo. 8 Não tem, não. Seu primeiro compromisso ser+ ser+ ao meio9dia. 8 !avid !avid se per'untava se ela tina conscincia de estar desabotoando9le a camisa ou se o %a&ia automaticamente. 8 N*s a'ora vamos %a&er amor. 8 !epois, !avid 8 protestou, o%erecendo9le os l+bios. 8 Antes, Andrea.
CAPÍTULO VIII
Andrea tina tudo para estar satis%eita. !esde a primeira noite que passaram untos, + de& dias, o romance vina se desenrolando às mil maravilas. Buando o servi3o les permitia, passavam as noites untos. s ve&es, passeavam na praia ao entardecer, ou então antavam em al'um restaurante da cidade. A pai5ão que os unira não diminura, mas sim se apro%undara, tornando os momentos de amor ainda mais 'rati%icantes. !avid a deseava de todas as %ormas$ como amante, companeira, ami'a. !urante o dia Andrea reer'uia suas barreiras, as quais, à noite, !avid destrua. Mas, a 69
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seu ver, não poderia se dei5ar envolver emocionalmente num caso que, se'undo ela mesma, não passava de um romance passa'eiro. 4ontinuariam a se ver s* at- o momento em que o relacionamento les trou5esse ale'ria e pra&er. Nada de promessas ou compromissos. Por isso, Andrea acava que deveria se preparar para o dia em que !avid resolvesse abandon+9 la. Mais cedo ou mais tarde este dia ce'aria. A espera era an'ustiante e a dei5ava ansiosa. A%inal, pai5Ges violentas terminam com a mesma rapide& com que come3am. 4onecendo9o melor, Andrea ce'ara à conclusão de que não tinam quase nada em comum. A atra3ão era a =nica coisa que os unia. Pensando nisso, na %ra'ilidade daquele relacionamento, sabia que precisava se preparar para o %im. 1, no plano pro%issional, teria que estar preparada para en%rent+9lo como produtor. Eeli&mente, quanto a este aspecto, não averia problema. !avid avia le contado sobre seus planos para aumentar a participa3ão de 4larisse no document+rio. Ap*s ouvi9los, Andrea concordara em marcar mais dias para as 'rava3Ges. Mas por um sal+rio a ser combinado. Não. tanto pelo dineiro, mas queria %or3+9lo a promover o novo livro de 4larisse, que em breve estaria à venda. Ap*s muitas ne'ocia3Ges, ce'aram a um acordo$ a divul'a3ão do livro seria %eita em outros dois pro'ramas da esta3ão e 4larisse não receberia nada a mais para 'ravar outros se'mentos do document+rio, incluindo a entrevista na casa de Alice 0an 4amp. Ambos saram da sala de reuniGes satis%eitos com o acordo. 4larisse recebeu a notcia do novo contrato a camino para o est=dio, e a'radeceu displicentemente. !urante todo o percurso a conversa entre elas 'irara sobre ei5os di%erentes, como se estivessem %alando so&inas. 4larisse estava absolutamente a-rea. 8 0oc aca que devo encomendar o bolo ou %a&9lo em casa; casa; 8 Fma divul'a3ão em dois pro'ramas pro'ramas do canal estatal não - coisa coisa %+cil de se conse'uir 8 Andrea comentou, desanimada desanimada com a distra3ão da mãe, procurando procurando um lu'ar no estacionamento do est=dio. 8 Sei disso, querida. O meu editor + disse que vai at- me enviar uns e5emplares de antemão. Eilina, o que aca de %a&ermos uma recep3ão ntima ao ar livre, livre, s* para os mais ce'ados; 9 1, re%letindo melor, acrescentou$ 8 Não sei, não. . . medo que os convidados destruam minas a&al-ias. Buantos e5emplares ele %icou de enviar; 8 quis saber. Não sei... !evo ter escrito em al'um lu'ar. O clima nesta -poca - muito inst+vel. 1 se cover; 1m 1m uno do ano passado, coveu quase todos os dias. 8 Pe3a que mandem, no mnimo. . . ?uno;L 8 Seu p- escapou escapou da embrea'em %a&endo o carro morrer, depois de um tranco. 8 Mas. . . estamos em maioL Ealta s* um ms. Mãe, voc est+ %alando sobre e5atamente o qu; 8 Sobre o meu casamento, - claroL Andrea a'arrou9se %irme no volante e voltou9se para encar+9la. 8 Mas, um dia destes, voc comentou a respeito de se casar durante a primavera. 8 >em ra&ão. Ali+s, Ali+s, se'undo a Astrolo'ia, outubro - meu ms %avor+vel, mas Ale5 est+ tão. . . 8 1nrubescendo, pi'arreou impaciente. Andrea, voc vai dei5ar o carro aqui; Resmun'ando, deu novamente a partida e saiu em busca de uma va'a. 8 Mamãe, como pode marcar casamento com um omem que coneceu + tão pouco 70
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tempo; 8 0oc aca mesmo mesmo que o tempo - importante; 8 per'untou, sorrindo de modo modo mei'o. 8 Na mina opinião, opinião, se trata apenas apenas de uma questão de sentimento. sentimento. 8 Os sentimentos mudam. 8 Nada neste mundo - de%initivo, querida. Não se tem 'arantia de nada, 8 Dsso - o que me preocupa. Ao descer do carro, Andrea prometeu a si mesma ir %alar com Ale5 Marsall. A%inal, al'u-m tina que encarar a realidade com um mnimo de seriedade. Sua mãe mais parecia uma adolescente apai5onada. 8 Não precisa se preocupar, Andrea 8 disse 4larisse ao caminarem ca minarem untas pela cal3ada. 8 1u sei o que estou %a&endo. Mas, mesmo assim, quero que tena uma conversa com Ale5. 8 Mamãe, - claro claro que me preocupo com seu bem9estar. 8 1ntendo como se sente sente 8 a%irmou 4larisse, apertando9: apertando9: le as mãos mãos carinosamente. 8 Meu cabelo est+ bom; Andrea beiou9le o rosto e tranquili&ou9a$ 8 0oc est+ linda. 8 Obri'ada. 8 Ao se apro5imarem apro5imarem da porta porta do est=dio, riu um tanto nervosa nervosa e comentou$ 8 Aco que teno andado muito vaidosa. Mas Ale5 - um omem tão bonitoL Preciso me cuidar, não aca; 8 Sem d=vida. J"onito, carmoso, educado. Bue de%eitos ter+;J, Andrea pensou. Não sosse'aria enquanto não os descobrisse. 8 4larisseL Mal aviam cru&ado a porta de vidro quando Ale5 veio pelo corredor em sua dire3ão, os olos brilando de emo3ão. 8 0oc est+ lindaL Se'urando9le as mãos, Ale5 voltou9se para Andrea, visivelmente comovido. 8 Srta. Eields. 8 Relutante, soltou uma das mãos de 4larisse para cumpriment+9la. 8 !evo di&er que - mais dedicada dedi cada que meu pr*prio empres+rio. 1u avia planeado ir buscar 4larisse em casa. 8 Ora, Andrea 'osta de movimento 8 comentou comentou 4larisse, num tom paci%icador. paci%icador. 8 Al-m do que, sou tão distrada que, se não %osse por ela, perderia todos os meus compromissos. 8 Eique tranq7ila 8 disse Andrea. 8 0ou ver se + estão estão à sua espera. 4onsultando o rel*'io, abriu a porta à prova de som do est=dio es t=dio quando !avid se apro5imou. 8 "om9dia, Andrea. Andrea. 0eio para %icar; %icar; 8 1stou apenas cuidando de mina cliente. 1la est+. .. Ao olar para tr+s, por sobre os ombros, as palavras %u'iram9le. Ali, em pleno corredor, 4larisse e Ale5 trocavam um beio apai5onado. Pasma, Andrea continuou a ol+9 los enquanto um turbilão de emo3Ges a invadia. 9 Parece que + estão cuidando muito bem de sua cliente 9 ele murmurou. 4omo não ouvesse resposta, pu5ou9a para para sala ali perto. 8 Buer sentar; sentar; 88 Não. Não, eu... 71
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8 4alma, Andrea. Numa %ra3ão de se'undo, a raiva substituiu o espanto. 8 1la - mina mãeL 8 Dsso mesmo 8 !avid %oi at- a m+quina de ca%- e trou5e duas 5caras. 8 1 voc %ila dela, não sua tutora. 8 Não posso %icar aqui parada parada enquanto ela... ela... ela... 8 "eia o omem por por quem est+ apai5onada; apai5onada; 8 su'eriu, estendendo9le uma das 5caras. 8 !avid, ela não est+ raciocinando direito. 8 4om um 'ole, esva&iou a 5cara. 8 Parece at- uma 'arotina de col-'io. 8 1st+ tão... 8 Apai5onada 8 repetiu repetiu a palavra de uma maneira que Andrea não 'ostou. 8 !etesto quando me interrompeL interrompeL Pro%undamente irritada, irritada, pCs a 5cara va&ia de lado. 8 Sei disso. Ou3a, por que não nos encontramos encontramos oe à noite na sua casa; Podemos come3ar %a&endo amor na sala, se'uindo, então, at- o quarto e, %inalmente, terminamos no cuveiro. O que aca; 8 !avid, 4larisse - mina mãe e me preocupo preocupo com ela. 1u devia. .. 8 Se preocupar mais mais consi'o mesma 8 concluiu, pousando9le pousando9le as mãos nos quadris. 8 1 comi'o. 8 Dnsinuante, resvalou9as pelas costas. 8 0oc devia estar muito preocupada comi'o. 8 Buero que voc... 8 Sei e5atamente o que quer. 8 Seu tom de vo& era 'rave e rouco, rouco, %a&endo9a arrepiar9 arrepiar9 se. 4urvando9se, !avid ro3ou9le de leve os l+bios. 8 Sabe que sua respira3ão se altera toda ve& que %a3o isto; !epois, seu corpo come3a a tremer. Buase sem %or3as para protestar, tentou empurr+9lo. 8 !avid, %i&emos um acordo, lembra9se; lembra9se; 1stamos em ora ora de trabalo. 8 Me processe 8 disse, desli&ando as mãos por sob a blusa dela. 8 O que est+ usando por bai5o desta blusa, Andrea; 1stou louco para para descobrir. 8 Nada de especial. 8 Surpresa, pe'ou9se acariciando9le acariciando9le o peito. 8 !avid, !avid, por %avor, estou %alando s-rio. Ei&emos um trato. 8 1le contornou9le o l+bio l+bio in%erior com a ponta ponta da ln'ua. 8 Não vamos misturar. .. não... 1squecendo9se de tudo, pu5ou9o para mais perto e beiou9le a boca com pai5ão. S* !avid era capa& de despertar9le um deseo tão intenso, tão avassalador. 1ra impossvel resistir ao toque e5periente daquelas mãos %ortes. 1le retribuiu9le o beio com a mesma vol=pia. O medo de serem vistos e5citava9os ainda mais. Num 'esto de abandono, Andrea lan3ou os bra3os em torno do pesco3o de !avid e pressionou seu corpo contra o dele. 8 O, perdãoL 8 4larisse 4larisse parou à entrada entrada da sala, pi'arreando. "ai5ando o olar, concluiu que não %icaria bem observ+9los, por mais contente que estivesse. 8 0im apenas di&er que + estão à nossa espera. Recompondo9se, absolutamente sem eito, Andrea respondeu$ 8
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8 A'ora estão empatadas empatadas 8 disse !avid. 8 0oc a viu e ela a pe'ou pe'ou em %la'rante. "astante brava, lan3ou9le um olar letal. 8 Dsto não - brincadeira. 8 Sabe o que descobri a seu respeito nestes =ltimos dias, Andrea; Andrea; 0oc leva as as coisas muito a s-rio. 8>alve& tena ra&ão. Mas + pensou se %osse um dos rapa&es ra pa&es da equipe que entrasse aqui; 8 1 da; 1le veria o produtor beiando uma muler muler muito atraente. S* isso. 1le veria voc me beiando durante o e5pediente. e5pediente. Dsto - totalmente antipro%issional, ser+ que não entende; O boato ia se espalar por a em questão de minutos. 1 da; 1 da; !avid, isto - e5atamente o que não quero. Por acaso acaso se esqueceu do nosso trato; Não quero o pessoal da equipe ou quem quer que sea bisbilotando nossa vida pessoal. 1r'uendo as sobrancelas, ele pensou sobre o assunto e, então, %alou$ % alou$ 8 Não me lembro de termos termos discutido a questão em detales. 8 4laro que discutimos 8 ale'ou, apanando apanando a bolsa. bolsa. 8 2o'o no princpio. 8 Pelo que me lembro, a id-ia era mantermos mantermos nossa vida pro%issional separada separada da pessoal. 8 Eoi o que %alei. 8 Mas o que voc est+ querendo - manter em se'redo o %ato de sermos sermos amantes. 8 Simplesmente não quero que publiquem a notcia no ornal. Para sua pr*pria surpresa, !avid percebeu que estava %urioso. %uri oso. 8 Para voc, não e5iste e5iste meio9termo, não; 8 inda'ou, en%iando as mãos no bolso. 8 Não, não e5iste. 8 Suspirando, Andrea deu um passo à %rente. 8 Buero apenas evitar as %o%ocas. >anto a'ora como quando o romance acabar. Não era preciso ser telepata para saber que, desde o incio, Andrea + se preparava para o %im do relacionamento entre eles. A id-ia ma'oou9o pro%undamente. 8 1ntendo. "em, como queira. 8 4aminando atat- a porta, abriu9a. abriu9a. 8 0amos tentar levar a coisa a seu modo. Não, ele não saberia di&er por que o comportamento dela o irritava tanto. A%inal, as re'ras de Andrea eram bastante ra&o+veis e le %acilitavam a vida. 1la não le %a&ia cobran3as mas tamb-m não aceitava que as %i&esse, A mesma poltica adotada por ele em seus relacionamentos anteriores. Andrea não permitia que suas emo3Ges inter%erissem na vida pro%issional: e5atamente o que ele ale'ava no passado. O problema era que !avid não pensava assim em se tratando de seu romance com Andrea. Fm problema com uma das cHmeras obri'ou o diretor a suspender sus pender a 'rava3ão por al'uns minutos. Aproveitando o intervalo, Andrea cru&ou o est=dio e %oi ao encontro de Ale5. Observando9a, !avid admirou9le a 'ra3a no andar e lembrou9se dos momentos que passaram untos. Ponderando, concluiu que era preciso acar um modo de %a&9la ver que não era s* deseo que sentia por ele, mas que tamb-m o amava. 73
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8 Sr. Marsall. 8 Andrea + tra&ia o discurso pronto e estava estava decidida a não se dei5ar dei5ar abater. 8 Poderamos conversar por um instante; 8 4laro. 8 ?+ esperando por isso, Ale5 'uiou9a at- a porta do est=dio. 8 Pelo visto teremos uns minutos para tomarmos um ca%e&ino. ?untos, caminaram at- a sala onde ela e !avid aviam estado. !esta ve&, ela %oi at- a m+quina e trou5e duas 5caras. 4ontudo, antes que pudesse dar incio ao discurso que + preparara, Ale5 come3ou a %alar. 8 @ sobre 4larisse que desea conversar; 8 Pu5ando Pu5ando um de seus avanas do bolso, inda'ou$ 8 0oc se importa; 8 Não, não. Sim, sr. Marsall, Marsall, - sobre ela que quero conversar. 8 1la me contou que voc estava pondo obe3Ges obe3Ges aos nossos planos de casamento casamento 8 comentou, entre uma ba%orada e outra. 8 4on%esso que %iquei um tanto con%uso a princpio, mas, então, 4larisse me e5plicou que, al-m de empres+ria, voc tamb-m - %ila dela. 0amos nos sentar; Fma conversa ami'+vel não era e5atamente o que Andrea tina em mente, mas, não querendo parecer 'rosseira, concordou. 8 Eico satis%eita que 4larisse tena le contado a verdade. >orna as coisas mais %+ceis para mim. >eno certe&a de que o senor a'ora compreende como me sinto: me preocupo muito com mamãe. 8 1u tamb-m. Observando9o recostar9se no pequeno divã, Andrea estudou9o com aten3ão e lo'o percebeu por que sua mãe se apai5onara por ele. Ale5 era e5tremamente carmoso. 8 0oc, melor do que nin'u-m, deve saber que criatura ador+vel - 4larisse. 8 Sim, sei. 8 "ebericando o ca%-, ca%-, procurou lembrar9se lembrar9se do que planeara di&er. 8 4larisse - mesmo ador+vel, mas o %ato - que vocs se conecem + muito pouco tempo, sr. Marsall. 8 Por %avor, me came came de Ale5. 8 Não %a& nem dois meses que se encontraram. encontraram. 8 Me apai5onei por ela cinco minutos depois de conec9la, srta. Eields. Eields. Ou melor, Andrea, se me permite. A%inal, serei seu padrasto. Padrasto. . . Andrea nunca pensara neste aspecto. Surpresa, limitou9se a observ+9lo, a 5cara suspensa a meio camino da boca. 8 >amb-m sou pai 8 ele ele prosse'uiu 8 e cone3o a rea3ão dos ovens, ovens, quando se trata de amor entre pessoas mais velas. 8 A questão não - essa. 8 4laro que -. 0oc - importante para 4larisse e meus %ilos %i los tamb-m são importantes para mim. ostaria muito que vocs aceitassem o %ato de que nos amamos. 4on%usa, Andrea pCs a 5cara de lado. 8 Sr. Marsall, isto -, Ale5, eu não sei o que di&er. 0oc e ornalista ornalista + mais de vinte vinte e cinco anos, viaou o mundo todo, coneceu coisas incrveis. 4larisse - uma muler muito simples. 9Simples e cativante. Principalmente para um omem como eu. A vida não tem sido %+cil para mim desde que %iquei vi=vo. 1 realmente veno pensando em me aposentar. 8 Ao 74
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recordar9se do momento em que 4larisse se'urou9le a mão e revelou a todos o se'redo, Ale5 sorriu. 8 Sabe de uma coisa; Ando cansado desta vida vi da a'itada, e quando coneci 4larisse percebi que podia ser %eli& ao lado dela. O discurso que Andrea preparara tornara9se in=til. Ale5 Marsall estava sendo totalmente sincero. 4larisse era mesmo uma muler de sorte. Ponderando bem, resolveu dei5ar de lado suas id-ias preconcebidas e aceitar a realidade. Mais calma, er'ueu os olos e o encarou, sorrindo. 8 Ale5, al'uma ve& + provou provou da comida que 4larisse prepara; 8 4laro, diversas ve&es. Ali+s, ela ela me disse que + dei5ou pronto pronto um molo de macarrão para oe à noite. Sua comida -... e5*tica, di%erente de tudo que + provei. "em, depois disso, não avia mais nada a di&er. Andrea não tina mais nenum ar'umento. 8 Aco que mamãe tirou a sorte 'rande. Ale5 levantou9se e estendeu9le a mão. 1ntão, surpreendendo9a, beiou9le carinosamente a testa. 8 Obri'ado. 8 "em, aco melor voltarmos ao est=dio ou lo'o lo'o virão à nossa procura. procura. 8 4reio que 4larisse, com seus poderes, não demoraria a nos encontrar. encontrar. 8 Dsso não aborrece voc; 8 ela inda'ou, inda'ou, curiosa, parada à porta. porta. 8 1 por que deveria; Ea& Ea& parte de seu eito eito de ser. 1u amo sua mãe e5atamente como ela -. 8 Bue maravilaL Ao entrarem no est=dio, 4larisse imediatamente voltou9se para %it+9los. 1ntão, ao perceber que tudo correra bem, sorriu aliviada. Andrea apro5imou9se e, como de costume, deu9le dois beiinos. bei inos. S* + uma coisa da qual não abro mão 8 comentou. 8 O que -; 8 Ea3o questão de les dar de presente a %esta do casamento. 1ncantada, 4larisse abra3ou9a. Buerida, quanta 'entile&a. Mas - tudo tão trabaloso. trabaloso. Para a noiva, realmente -. Preocupe9se Preocupe9se apenas em escoler o vestido e o en5oval. 1u vou cuidar do resto. "em, + que insiste. . . 8Ser+ uma satis%a3ão para mim. Preparem a lista de convidados e dei5em os detales por mina conta. Fm dos rapa&es da equipe veio les pedir que voltassem ao cen+rio. Ale5 condu&iu 4larisse at- l+ enquanto Andrea retomava seu lu'ar perto de !avid. 8 4omo -; Sente9se melor; 8 ele quis saber. saber. 8 Fm pouco 8 mentiu. A%inal, amais admitiria a verdade. 8 Assim que as 'rava3Ges 'rava3Ges terminarem come3arei a cuidar dos preparativos para o casamento. 8 Não, não. Dsso vai ter que esperar atat- amanã, porque porque pretendo mant9la bastante ocupada esta noite. 75
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!avid era mesmo um omem de palavra. Andrea mal avia ce'ado em casa, tirado os sapatos, quando a campaina tocou. 8 !avid 8 e5clamou. e5clamou. 8 0oc disse que ainda tina tina al'uns compromissos. 8 1 + cumpri todos. Bue oras são; 8 Buin&e para as sete sete 8 a%irmou, ap*s consultar consultar o rel*'io. 8 Pensei que s* %osse ce'ar bem mais tarde. 8 1 %icou cateada por eu ter vindo antes; 8 brincou, brincou, desabotoando9le desabotoando9le os primeiros primeiros botGes da blusa. 8 Não, mas voc poderia ter tele%onado... tele%onado... 8 Acontece que + cone3o seu esquema. 8 !eva'arino, come3ou a provoc+9la com seus beios. 8 s sete, voc li'a a secret+ria eletrCnica e %ica impossvel %alar com voc. Por isso, resolvi vir direto. Andrea deu um passo para a %rente, apro5imando9se mais de !avid. 1sticando os bra3os, desli&ou as mãos por seu peito musculoso. 8 1st+ com %ome; 8 Muita. 8 A =nica coisa que posso posso servir a voc - um pei5e com molo branco que teno no %ree&er. >ombando a cabe3a para tr+s, Andrea deliciou9se com os beios de !avid. 8 "em, então, então, teremos que arranar outro eito eito de matar a %ome. 1scorre'ando as mãos pela cintura del'ada, ele abriu9le o %eco da saia e a retirou. Andrea er'ueu9le o su-ter e audou9o a tir+9lo pela cabe3a. 8 >eno certe&a de que encontraremos al'uma al'uma outra %orma. .. 8 disse, e5plorando e5plorando o peito m+sculo enquanto desabotoava9le a camisa. !escontraindo9se, resolveu sedu&i9lo bem deva'ar&ino. >endo a blusa meio aberta, pressionou o corpo dele. Olando9o com pai5ão, desli&ou as mãos por suas co5as com movimentos su'estivos que o %i&eram 'emer bai5ino. 15citada, e5plorou9le o corpo com a boca at- que !avid, não resistindo, deitou9a no cão, cobrindo9a com seu corpo. Alucinado com as carcias de Andrea, despiu9a por completo, livrando9se, em se'uida, de suas pr*prias roupas. 8 0oc me %a& perder a cabe3a, cabe3a, Andrea. Mal contendo o deseo, !avid penetrou9a com um s* movimento decisivo, quase bruto. A ur'ncia que os consumia tornou o ato violento, selva'em. Pela primeira ve& perceberam que se aviam livrado de todas as barreiras e preconceitos, entre'ando9se plenamente um ao outro. Minutos depois, atin'iam o 5tase. Olando9a com carino, !avid comentou$ 8 osto de v9la nua. Fm tanto constran'ida, Andrea permaneceu calada. 8 0ena, mo3a, mo3a, vamos tomar uma cuveirada. 76
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4om um movimento r+pido, ele %icou de p-, tra&endo9a consi'o. con si'o. 8 Mas por que não antamos primeiro, primeiro, !avid; 4omo não conse'uisse convenc9la, er'ueu9a nos bra3os e caminou em dire3ão ao baneiro. 8 !avidL Me pona pona no cão. cão. Bue coisa mais boba. 8 Adoro carre'ar muleres muleres nuas 8 ele disse, colocando9a colocando9a no cão ao lado do bo5. 8 Pelo visto, + - um +bito +bito seu 8 disse num tom irCnico ao abrir as as torneiras do cuveiro. 8 >eno tentado tentado me re'enerar ultimamente 8 comentou sorrindo, pu5ando9a pu5ando9a consi'o para a +'ua. 8 Meu cabeloL Dnutilmente tentou evitar que o ato de +'ua os molasse, mas era tarde. Resi'nada, apanou o sabonete e come3ou a ensaboar9se. 8 0oc est+ me parecendo parecendo bastante ale're ale're esta noite. Ioe, no est=dio, pensei que estivesse aborrecido comi'o. 8 1 mesmo; 8 inda'ou, %a&endo9se de desentendido 8 Bue motivos motivos eu teria teria para me aborrecer com voc; Apanando o sabonete das mãos dela, pCs9se a ensabo+9la com movimentos lentos. 8 Não sei, quando convers+vamos convers+vamos na... 8 As carcias a impediam de raciocinar. raciocinar. 8 1sque3a. O importante - que est+ aqui comi'o. A con%issão o ale'rou. 8 0erdade; 8 0erdade 8 con%irmou, abra3ando9o abra3ando9o com entusiasmo. 8 osto de voc. Eora do est=dio. ostar talve& não %osse o su%iciente, mas + era um come3o, ele pensou. 8 osto de voc. Eora Eora do escrit*rio. Ao sair do cuveiro, Andrea ouviu a campaina tocar. 8 A. . . não.. não.. . Buem pode ser a esta ora; ora; 8 !ei5e que eu atendo 8 o%ereceu9se ele, enrolando enrolando uma toala nos quadris. Pra'ueando, Andrea pe'ou o robe que mantina pendurado atr+s da porta. Se %osse al'u-m do escrit*rio, como iria e5plicar o %ato de !avid "rad#, produtor, estar em sua casa àquela ora, com uma toala enrolada no corpo; 4omo não podia %a&er nada, resolveu a'uardar os acontecimentos ali mesmo onde estava. Mas, então, lembrou9se das roupas espaladas pelo cão da sala e levou a mão à testa. !epois de al'uns minutos, resolveu ir ver quem avia ce'ado. 4aminou pelo corredor at- a sala e teve uma 'rande surpresa. A mesa avia sido posta com uma toala de lino branca, lou3a a&ul9clara e copos de cristal. Sobre o aparador, dois casti3ais de prata sustentavam quatro velas, + acesas. 8 1spero que tudo estea a seu contento, sr. "rad#. 8 Sem d=vida que est+ 8 disse ele ao ao rapa&, assinando uma uma nota. 8 Buando quiser, - s* tele%onar tele%onar e viremos apanar apanar tudo. 1, com um breve aceno, o rapa& os dei5ou. 8 !avid... O que - isso; 77
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8 "em, aqui temos um delicioso coq au au vin 8 anunciou, er'uendo a tampa de uma das travessas. 8 Mas como. . . 8 1ncomendei o antar para para as oito. 1, consultando o rel*'io, constatou a pontualidade do servi3o. servi 3o. Num 'esto descontrado, vestiu a cal3a, dei5ando a toala sobre o so%+. Andrea apro5imou9se da mesa para poder admirar melor os detales. 8 !avid. . . @ lindo. Nunca ima'inei uma surpresa surpresa destasL 8 2embro9me que, uma ve&, voc me disse que 'ostava de ser mimada. 8 0estindo o su-ter, apro5imou9se, abra3ando9a com carino. 8 osto de satis%a&er suas vontades. 1mbora ela se mantivesse calada, !avid notou9le os olos =midos, denunciando a emo3ão. 8 0ou me vestir. 8 Não. 0oc est+ linda assim. 2utando contra as l+'rimas, Andrea respirou %undo. 8 Não me demoro. Mas !avid se'urou9le o quei5o e obri'ou9a a encar+9lo. Ao v9la corar, secou9le o rosto com a ponta do dedo. 8 Por que est+ corando; 8 Não sei. . . 8 4ostuma a'ir assim assim quando um omem omem le o%erece o%erece um antar; antar; 8 Não, claro que não. não. Mas eu não esperava pela surpresa. surpresa. !avid se'urou9le uma das das mãos e beiou9le os dedos suavemente$ 8 Sou um produtor umilde mas teno classe. 8 Não %oi isso que eu quis di&er 8 esclareceu, olando9o bem dentro dos olos. 8 !avid, não me acostume mal. 1le entendia a preocupa3ão de Andrea: temia am+9lo e um dia perd9lo. >alve& aquele %osse, no %undo, o mesmo medo seu. Mede que resolvera abandonar desde o dia em que a levara a passear na praia. 8 Aco que - tarde demais para para desistirmos, Andrea. Andrea. Pensando nas desilusGes do passado, Andrea ce'ou à conclusão con clusão de que era in=til tentar %u'ir. Se um dia o relacionamento entre eles acabasse, voltaria a viver a vida do modo como %i&era at- então. Mas, naquele instante, nada a impediria de ser %eli&.
CAPÍTULO IX
8 Mais um ponto a ser esclarecido 8 ditou Andrea .8 no item n=mero quin&e, quin&e, cl+usula ". 4on%orme o estipulado, mina cliente e5i'e que uma bab+ a acompane diariamente ao est=dio para cuidar da crian3a. As despesas correrão por conta do contratante. O trailer que servir+ como camarim nas 'rava3Ges e5ternas deve conter um ber3o e... 78
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Pela terceira ve&, Andrea perdia a lina de raciocnio durante o ditado. 8 Eraldas; 8 su'eriu !iane. !iane. 8 O qu; 8 ela inda'ou, desviando a aten3ão da anela. 8 S* tentei aud+9la. aud+9la. Buer que eu leia novamente novamente o par+'ra%o; par+'ra%o; 8 Sim, por %avor. 1nquanto a secret+ria relia, Andrea olou, distrada, para o contrato que tina nas mãos e lembrou9se$ 8 Fm cercadino. Pu5a, nunca vi al'u-m tão e5i'ente. ?amais pensei que ela %osse dar uma boa mãe. 8 !e %ato, não combina combina muito com a ima'em ima'em de muler %atal que ela insiste em transmitir. 8 1spero que como atri& principal deste seriado para a >0 a nossa cliente crie um novo estilo. "em, !iane, termine com o cavão de costume. 8 Buer a carta pronta pronta para oe; 8 O que voc per'untou; 8 @ para oe, Andrea; 8 !iane a observou com um riso nos l+bios. 8 Buer que a envie a'ora; 8 A, sim, sim. 8 1ntão, consultando o rel*'io, constatou + ser cinco da tarde. 8 O, perdão, !iane. ?+ est+ na sua ora, eu não tina percebido. 8 Não tem problema. problema. 8 Eecando o bloco de anota3Ges, a secret+ria %icou de p-. 8 0oc me parece um tanto distrada oe. ?+ est+ planeando o %im de semana prolon'ado; 8 Prolon'ado; 8 Ora, vai me di&er que não não se lembrou do %eriado; 8 Dncon%ormada, balan3ou a cabe3a. 8 1st+ todo mundo a'itadssimo. 8 Não 8 comentou, arrumando arrumando a pila de pap-is sobre a mesa. mesa. 8 Não teno plano nenum para o %eriado. "alan3ando a cabe3a, procurou entender o que se passava consi'o. Não conse'uia mais se concentrar no trabalo, o servi3o acumulava9se dia a dia, sua vida estava um caos. 1ntão, er'uendo os olos, percebeu que a secret+ria a'uardava instru3Ges. 8 "em, mas estou certa de que voc tem seus planos. planos. A carta pode esperar at- ter3a9 %eira, + que se'unda o correio não %unciona. 8 Para ser %ranca, %ranca, estou apostando tudo neste %im de semana. 8 1, veri%icando o or+rio, acrescentou$ 8 "em, aco que + - ora.. . 8 Pode ir, !iane, e divirta9se. 4uidado com o solL 8 Não se preocupe$ não pretendo pCr os p-s para %ora %ora de casa durante os os trs dias. Buando a porta %ecou, Andrea tirou os *culos e espre'ui3ou9se na cadeira. O que estava acontecendo; Por que não conse'uia se concentrar mais do que cinco minutos num assunto qualquer; J15cesso de trabalo;J, inda'ou9se, olando para os pap-is à sua %rente. Não, sempre %ora acostumada a trabalar muito. Pouco sono; >alve&. O %ato de estar dormindo so&ina tamb-m poderia contribuir. Mas.. . que boba'em. Fma coisa nada tina a ver com a outra. I+ dias que !avid sara da cidade a ne'*cios e Andrea acava que o %ato em nada a in%luenciava. 79
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Mas Andrea teve de admitir que sentia saudade dele. Apanando um l+pis, rolou9o de um lado para outro. 1, por acaso, sentir saudade seria crime; Sentir saudade não si'ni%icava que dependia dele, mas apenas que se acostumara à sua compania. Aborrecida consi'o mesma pela %alta de disciplina e determina3ão, determi na3ão, a%astou tais pensamentos da mente e retomou o trabalo. Por dois minutos. >udo por culpa de !avid, pensou, dei5ando o l+pis tombar sobre a mesa. O antar romHntico à lu& de velas e a'ora aquele buqu de mar'aridas enviado de 4ica'o diretamente para o escrit*rio. .. Num 'esto autom+tico, esticou a mão e tocou uma das %lores dispostas num vaso sobre sua mesa. !avid tentava de todas as %ormas trans%orm+9la numa boboca romHntica. 1 estava conse'uindo. 1ra preciso dar um %im naquilo tudo. Resoluta, pCs os *culos e retornou ao trabalo decidida a não pensar mais em !avid. Minutos mais tarde: uma batida leve na porta a tirou de novos devaneios. 8 1ntre 8 e5clamou, voltando voltando à realidade. 8 0oc não vai embora; embora; 8 inda'ou Abe, %ecando %ecando a porta atr+s atr+s de si. 1mbora; Mal trabalara a tarde toda. 8 I+ al'uns detales que preciso veri%icar. Abe, o contrato de Eorrester vence dia primeiro de uno e precisamos cuidar da renova3ão. O =ltimo %ilme dele %oi o maior. . . 8 4uidarei disso ter3a9%eira pela manã, sem %alta. A'ora preciso ir preparar a carne. 8 4omo; 8 1stamos planeando um 'rande currasco l+ em casa, neste %im de semana 8 comentou, dando uma piscadela marota. 8 @ o =nico eito de mina muler me dei5ar dei 5ar co&inar. Posso reservar um peda3o especial para voc; Andrea sorriu. 8 Não, não. Obri'ada. Obri'ada. Ainda me lembro bem da =ltima ve& que comi de seu currasco. 8 Aquele dia eu estava estava sem sorte, sorte, o a3ou'ueiro me serviu mal. 4olocando os pole'ares no cinto da cal3a, Abe ima'inava como seria bom poder passar trs dias no campo, lon'e da polui3ão. Nada de terno e 'ravata ou sapatos apertados. 8 Dsso - o que todos di&em. "om "om %eriado, Abe. >er3a9%eira >er3a9%eira recome3amos com %or3a total, est+ bem; 8 Per%eito 8 concordou, + de sada. 8 4aso mude de id-ia quanto ao currasco, currasco, - s* aparecer por l+. 8 4erto, obri'ada mais uma ve&. >entando se concentrar novamente em seus a%a&eres, ouviu o riso ale're dos %uncion+rios saindo para o %eriado. Parado à porta, !avid observou9a. 1nquanto todos dei5avam o servi3o, a'itados, Andrea permanecia sentada à mesa, cuidando da papelada. Dmediatamente, o cansa3o que o %i&era dormir durante o vCo desapareceu. O cabelo de Andrea, impec+vel, emoldurava9le o rosto bastante s-rio. O tailleur ele'ante real3ava9le o porte ereto, mesmo ao escrever. Fma muler incrivelmente pro%issional. Nada de pulseiras ou an-is, nada de rendas e babados. O =nico toque de romantismo ali era dado pelas mar'aridas que le enviara naquela 80
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manã. Ao v9las, sorriu satis%eito. Olando para Andrea, sentiu o cora3ão pulsar mais %orte. 4ontinuando suas anota3Ges, Andrea mantina a aten3ão voltada para o trabalo. 4ontinuando a olar para os pap-is, per'untava9se como poderia estar perdendo tempo com diva'a3Ges tendo tanto servi3o à %rente. Mas at- mesmo durante a leitura de um contrato importante via9se nos bra3os de !avid. 15austa, tirou os *culos e es%re'ou a nuca, procurando aliviar a tensão. 1ntão, de repente, uma intui3ão %ortssima a %e& er'uer os olos na certe&a de que o encontraria. 1, realmente, l+ estava !avid parado à porta. O %ato de Andrea t9lo notado antes mesmo que tivesse cance can ce de se mani%estar não o aborreceu. 1ra preciso come3ar a se acostumar com seus poderes. Andrea teve vontade de ir correndo ao encontro dele e atirar9se em seus bra3os para que !avid a er'uesse e untos rodopiassem. Por-m, não o %e&: amais se permitiria uma atitude tão tola, tão %rvola. 1m ve& disso, pCs o l+pis sobre a mesa e comentou, simplesmente$ 8 @ bom bom v9lo de volta. volta. 8 >ive um pressentimento de que a encontraria aqui 8 a%irmou, deseando poder abra3+9la. Mas apenas en%iou a mão no bolso e se recostou contra o batente da porta. 8 A.. . um pressentimento; 8 Sim. 8 Aos poucos, %oi se apro5imando da mesa. mesa. 8 0oc est+ linda. linda. Recostando9se na cadeira, Andrea aproveitou a oportunidade para estud+9lo. 8 1 voc me parece parece cansado. cansado. 8 A via'em %oi muito lon'a, mas espero que sea a =ltima. 8 1sticando o bra3o, apanou apanou uma das mar'aridas do vaso e colocou9a entre os cabelos dela. 8 ?+ tem al'um pro'rama para esta noite; Mesmo que tivesse, ne'aria, mas, por mera %ormalidade, consultou con sultou a a'enda, %a&endo9se de di%cil. 8 Não. 8 1 para amanã; 0irando a p+'ina, veri%icou. 8 Parece que não. 8 1 domin'o; 8 Aco que mere3o pelo menos um dia de descanso. 9Se'unda9%eira; 8 Por ser %eriado, nada ir+ %uncionar. Pensei em passar o dia lendo al'uns roteiros e cuidando das plantas. 8 1ntendo. Não sei se se + percebeu, mas mas o e5pediente + terminou. terminou. 8 Sim, + percebi 8 Seu Seu cora3ão + batia batia acelerado no peito, alterando9le a respira3ão. Sem uma palavra, !avid o%ereceu9le a mão. Ap*s uma breve esita3ão, Andrea se'urou. 8 0amos para para a mina casa; casa; 1la teve vontade de recusar o convite, mas decidiu aceit+9lo. 2evantou9se e apanou a bolsa e a pasta. 81
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8A pasta %ica. 8 Mas preciso... 8 Não, Andrea. 8 4urvando9se, beiou9le as mãos mãos com delicade&a. 8 Por %avor. 4oncordando, Andrea dei5ou a pasta sobre a mesa e %ecou o escrit*rio. Por estrano que pudesse parecer, Andrea não se sentia constran'ida de ser vista de mãos dadas com !avid, numa atitude que considerava tpica de uma adolescente. 1le não a beiara nem abra3ara, mas o simples %ato de se darem as mãos + le aquecia o san'ue, %a&endo9o correr mais r+pido em suas veias. Satis%eita, concordou em dei5ar seu carro na 'ara'em. 1ra bom poder des%rutar a compania dele de modo descontrado. Ao se apro5imarem do carro de !avid, Andrea notou uma valise no banco traseiro. 8 0oc ainda não passou na sua casa depois que ce'ou de via'em; 8 Não. Sorrindo, %icou %eli& que ele tivesse querido v9la antes de mais nada. 8 >eno uma valise i'ual a esta 8 comentou, sentando9se sentando9se no banco de passa'eiros. 8 1sta - a sua 8 a%irmou, dando a partida partida no motor. 8 Mina; 8 Surpresa, virou9se para para tr+s a %im %im de veri%ic+9la de perto. 8 Mas não não me lembro de le ter emprestado mina mala. 8 1 não emprestou. As minas estão no porta9malas. !ei5ando !ei5ando o estacionamento, estacionamento, tomaram uma das vias principais de 2os An'eles, con'estionada devido ao %eriado prolon'ado. 8 Se não emprestei, emprestei, o que ela est+ %a&endo %a&endo aqui; 8 Na vinda para c+, passei no seu apartamento apartamento e pedi à empre'ada que arrumasse umas umas roupas para voc. 8 Fmas roupas; Andrea olou bem para a mala e, %ran&indo as sobrancelas, voltou9se para ele. 8 0oc - um bocado petulante, !avid. O que aca que vou %a&... 8 @ muito simp+tica a sua empre'ada 8 ele a interrompeu. 8 1u apenas apenas quis que voc se sentisse mais à vontade durante o %im de semana. Pensei em mant9la nua, mas não seria o trae ideal para um passeio nas montanas. 8 A. .. pensou, -; -; 0oc s* pensa em si. 4omo aca aca que tem o direito de invadir invadir mina vida desta %orma; 1 se eu tivesse outros planos; 8 Seria uma pena 8 comentou, pe'ando o desvio que se'uia em dire3ão às montanas. montanas. 8 Pena para quem; 8 Para os seus planos, pois não pretendo perd9la perd9la de vista durante os pr*5imos trs dias. 8 A. .... não pretende; pretende; 8 inda'ou irritadssima. 8 1 o que eu pretendo pretendo não importa; >alve& voc ace muito romHntico... raptar uma muler durante um %im de semana, semana, mas, quanto ã mim, pre%iro ser consultada. 1 pare + o carroL 8 !e eito nenum 8 comentou. Na verdade, + esperava por este tipo de rea3ão. No %undo a'uardara9la com ansiedade. A%inal, + dias que não se divertia um pouco. Sorrindo, acendeu um ci'arro. 8 Pois não veo 'ra3a nenuma nisso. 82
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Seu riso de satis%a3ão apenas irritava9a ainda mais. 8 Bue pena. 8 0oc vai se arrepender 8 amea3ou, recostando9se no assento, os bra3os cru&ados sobre o peito. 8 S* não me perdCo por não ter tido esta id-ia antes. antes. Apoiando o bra3o na anela aberta, concentrou9se na estrada tranq7ila que levava à serra. Euriosa, Andrea manteve9se em silncio a maior parte do percurso, pensando numa %orma de %a&9lo pa'ar por toda petulHncia. Einalmente, !avid estacionou na passa'em pedre'osa ao lado da casa. No mesmo instante, Andrea apanou a bolsa e saiu do carro. "astante li'eiro, !avid contornou o autom*vel e a se'urou pelo bra3o, %or3ando9a a encar+9lo. Andrea virou9se, apontando9le a bolsa como se %osse uma arma. 8 A, quer bri'ar; 8 ele per'untou. 8 Ora, eu não le le daria este 'ostino 8 respondeu, livrando9se dele. 8 1stou indo embora, isso sim. 8 Não di'aL 8 Sorrindo, observou9le os sapatos de salto salto %ino e a saia saia usta. 8 Neste traes, não venceria os primeiros dois quilCmetros. 8 Dsso - problema meu. Meditando al'uns se'undos, ele comentou$ 8 "em, creio que precisarei ser mais convincente. 1, num 'esto r+pido, abra3ou9a pela cintura e a colocou sobre um ombro. 8 Ora... me pona no cãoL A princpio, Andrea procurou não rea'ir, mas, depois, mudou de id-ia id-i a e passou a 'olpe+9 lo nas costas com a bolsa. 8 Num instante 8 anunciou, caminando caminando em dire3ão dire3ão à porta. porta. 8 Pona9me no cão, cão, +L Dsso não tem 'ra3a nenuma. nenuma. 8 Pois eu estou me divertindo muito. 8 Retirando as caves do bolso, abriu a porta. 8 1 trate de %icar quieta ou pode se macucar. 8 Não vou mais tolerar tolerar isto. 8 1, com a'ilidade, tentou dar9le um pontappontap- bem locali&ado, mas !avid %oi mais r+pido e se'urou9le as pernas. 8 !ro'aL Me coloque no cão, !avid. Ou3a, não sei o que deu em voc, mas, se me pedir desculpas +, prometo esquecer o incidente. 4erto; 8 1rrado 8 retrucou, quase ce'ando ao ao quarto. 8 1ntão, vamos %a&er um trato. Me pona pona no cão e prometo não es'an+9lo. 8 ?+; 8 Dmediatamente. 8 4omo queira. 1r'uendo9a, colocou9a deitada em sua cama. 8 Mas.. . O que esta avendo com voc; 8 inda'ou, at*nita, tentando sentar9se. sentar9se. 8 Aco que estou en%eiti3ado. 8 Surpresa com a resposta, resposta, Andrea não tentou a%ast+9 lo ao v9lo se apro5imar. 8 Pensei em voc todos estes dias 8 a%irmou, a%a'ando9le a nuca. 8 !eseei voc todos os minutos em que estive em 4ica'o. 8 Mas.. . Dsso - loucura. 83
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8 Pode ser, mas, de volta para 2os An'eles, conclu conclu que a queria s* para para mim estes trs dias. Sua carcia suave e insinuante a %e& arrepiar9se. 8 Se ao menos tivesse me dito, eu... 8 ...teria arranado arranado uma desculpa. >alve& concordasse em passar uma uma noite aqui, mas arranaria um prete5to para voltar. 8 Não - verdade. 8 Não; 1ntão, por que nunca quis passar um %im de semana comi'o; 8 Por diversos motivos. 8 1ntendo 8 disse, se'urando9le se'urando9le as mãos. 8 1 o principal - o %ato de não querer querer passar muito tempo a meu lado, estou certo; 8 Buando ela amea3ou protestar, ele a impediu. 8 0oc tem medo que nos tornemos muito ntimos. 8 Ora, não sea ridculo. Não teno medo de voc. 8 !e mim, não 8 concordou, concordou, pu5ando9a para para unto de si. 8 !e n*s. 8 !avid... >remula, Andrea disse a si mesma que tudo não passava de deseo. 1ra o deseo que %a&ia seu cora3ão disparar, como a'ora, dei5ando9le as mãos 'eladas. 15citada, desli&ou as mãos pelas costas rias de !avid, sentindo9o rea'ir à carcia. 8 Não quero pensar em nada por enquanto. enquanto. 8 Mais cedo ou mais mais tarde, teremos teremos que en%rentar en%rentar a realidade, mocina. mocina. 8 Não 8 murmurou, beiando9o beiando9o de leve. 8 O amanã amanã não e5iste. e5iste. S* o a'ora. !avid, eu quero voc muito. Seus beios provocantes o enlouqueciam at- que, transtornado, ele desistiu desisti u de contra9 ar'umentar, dei5ando que a pai5ão %alasse mais %orte. Na tarde do dia se'uinte os dois saram para um passeio. 8 A caminada caminada le le %ar+ bem. ?+ sem %Cle'o, Andrea apoiou9se numa +rvore. 8 !uvido. 1stou mais morta que viva. Ao sarem de casa, se'uiram pela trila de terra, cru&aram o riaco, e %oram em %rente. Se'undo os c+lculos de !avid, + deviam devi am ter andado quase dois quilCmetros. 8 Ole à sua volta, não - lindo; As +rvores verdinas a'itadas pela brisa suave cobriam quase toda a montana e o vale, l+ embai5o. P+ssaros de diversas cores cantavam ale'res pulando de 'alo em 'alo quebrando o silncio com seus cantos. 'rama misturavam9se %lores campestres vermelas e brancas. Sem d=vida, a vista era mesmo mes mo belssima. 8 Sim, - uma bele&a. 0ivendo em 2os An'eles, as pessoas at- se esquecem de que + lu'ares como este. 8 Eoi por isso que me mudei para para c+. ?+ estava cansado da vida na cidade 'rande. 8 >rabalo, %estas, reuniGes, coquet-is. . . 8 15atamente. @ uma tranq7ilidade vir para c+ depois de um dia de servi3o. 0er o sol se pCr, a cuva caindo, - muito bom. 84
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Andrea meditou sobre o assunto, apoiando9se no bra3o de !avid. 8 I+ dias em que tudo d+ errado errado no escrit*rio: então então ce'o em casa, casa, tiro o tele%one do 'anco e ou3o um disco de Mo&art. M o&art. 8 A m=sica m=sica cl+ssica cl+ssica acalma. acalma. 8 Sem d=vida, mas, antes, esmurro meu travesseiro 8 disse rindo, divertida. !avid acou 'ra3a e comentou$ 8 @ uma boa t+tica. t+tica. 8 1ntão, beiando9le beiando9le a testa, acrescentou$ 8 1spere 1spere s* at- ver a vista l+ do alto. !esanimada, Andrea massa'eou o m=sculo das co5as. 8 0amos %a&er o se'uinte$ eu vou para casa e depois, quando voc voltar, me conta conta como - a vista. 8 Ora, dei5e de pre'ui3a. Ea& bem respirar um pouco de ar puro. 2embre9se de que passamos quase o dia todo na cama. Precisamos nos nos movimentar. movimentar. 8 >em ra&ão, mas mas voc se esqueceu de que tamb-m tamb-m + cortamos lenaL Para mim, ce'a de ar puro por oe. Observando9a, !avid concluiu que a Andrea que o acompanava nada tina a ver cora a empres+ria s-ria e compenetrada. Mas, ainda assim, sabia como provoc+9la. 8 4reio que estou em melor %orma do que voc. 8 Dsto - o que voc pensaL pensaL !eterminada a provar sua boa %orma %sica, Andrea o acompanou acom panou montana acima pela trila de terra at- que o suor le escorresse pelo rosto. Einalmente, m=sculos doloridos, resolveu desistir. 8 Para mim, basta 8 a%irmou, decidida, decidi da, sentando9se numa pedra. 8 S* mais cem metros e come3amos a descer. 8 !e eito nenum. 8 Andrea, cone3o um atalo para a volta. 8 Não aver+ volta: pretendo dormir aqui esta noite. Se quiser me tra&er um sanduce e um cobertor, eu a'rade3o. 8 1u carre'o voc nos bra3os. 8 Não. 8 1 se eu le o%erecer uma recompensa; 8 "em... posso at- pensar. 8 Bue tal abrirmos uma uma 'arra%a de 4abernet 4abernet que veno 'uardando 'uardando + muito tempo; 8 !e que sa%ra; 8 Setenta e nove. 8 K um bom come3o. Aco que a recompensa recompensa vale mais uns passos. passos. 8 1, para acompanar, acompanar, podemos %a&er os medalGes de %il- que tirei tirei do %ree&er. 8 >em ra&ão: eu + avia esquecido. 8 1ntão, %in'indo meditar sobre o assunto, lambeu os l+bios e concluiu$ 8 Os medalGes valem a metade do camino. 8 0oc - e5i'ente, não; 8 !e %ato. 8 1 o que me di& de 'anar 'anar d=&ias de %lores; 8 Buando ce'armos em casa, as loas + estarão %ecadas. Nin'u-m vai querer aceitar 85
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a encomenda. 8 Para que encomendar encomendar quando temos temos tantas %lores %lores aqui mesmo; 8 0ai mesmo coler %lores para mim; 8 inda'ou, lan3ando9le os bra3os em torno do pesco3o. 8 "em, aco que vale o resto do percurso. Sorrindo, recostou9se contra uma +rvore enquanto !avid come3ava a apanar al'umas %lores. Eicar ao lado de !avid era maraviloso, cada se'undo se tornava especial. 1, para completar sua %elicidade, iria 'anar %lores colidas na ora. Assim que ce'assem em casa, colocaria as %lores num arro perto da anela e... !e s=bito, Andrea %icou estarrecida. Os p+ssaros dei5aram de cantar. 0oltando9se para !avid, viu9o como se %osse atrav-s de uma lente. !e repente a dor, o pHnico. 8 NãoL 8 1mbora pensasse pensasse aver aver 'ritado, sua vo& não passou passou de um sussurro. Dnsistindo, a%astou9se da +rvore e %oi em sua dire3ão. di re3ão. 8 !avidL PareL Ao ouvi9la !avid aprumou9se e amparou9a num abra3o apertado. O terror estampado nos olos dela era o mesmo de quando estivera em Rollin' Iills. 8 Andrea, o que %oi; 8 1mbora a abra3asse, abra3asse, Andrea ainda tremia tremia incontrolavelmente. 8 O que aconteceu; 8 Pare de coler coler %lores, por por %avor 8 suplicou. 8 1st+ bem, est+ bem. 8 A%astando9a, observou9le o rosto p+lido. 8 Mas, por qu; 8 I+ al'o errado, não sei di&er o qu. 8Mas são apenas %lores do campo 8 ar'umentou, e5ibindo9le e5ibindo9 le o pequeno ma3o que + tina nas mãos. 8 Não - com elas. elas. 0oc ia apanar apanar aquelas ali, não ia; 8 per'untou, apontando apontando em dire3ão a umas %lor&inas pr*5imas a uma pedra. 8 Sim, ia. 0amos l+ dar uma olada. 8 Não 8 protestou, se'urando9o pelo bra3o. 8 Não toque nelas. 8 4alma. Pondo no cão as %lores que tina nas mãos, !avid apanou um 'alo seco e %oi at- o local. Andrea o se'uiu e, ao se apro5imarem, apontou9le um determinado ponto. 4auteloso, reme5eu a ve'eta3ão rasteira com o 'alo, quando ouviu o 'ui&o da cascavel. 1m tempo, pu5ou Andrea pelo bra3o e correram at- a trila. 8 Buero voltar para casa 8 ela disse. Ambos percorreram o camino de volta em silncio, o que contribuiu para que ela se sentisse reeitada, pois no momento que o viu amea3ado, descobriu que o amava. Ao entrarem na co&ina, !avid apanou dois copos no arm+rio e o%ereceu9le uma dose de conaque. Andrea tomou a bebida aos poucos enquanto ele esva&iou o copo num s* 'ole. 8 0oc vai me levar de volta para 2os An'eles; 8 Ora, que boba'em 8 ale'ou, ale'ou, tomando a se'unda dose. 8 Arrumo mina mala num instante... 8 0oc não vai a lu'ar nenum 8 a%irmou a%irmou !avid, num tom absolutamente absolutamente calmo. 8 86
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Sente9se, Andrea. 8 !avid, não admito que me interrompa. interrompa. 8 Mas que muler teimosaL 8 e5clamou, batendo o copo com %or3a na pia. 8 Ser+ que ainda não me conece o su%iciente; "astante alterado, !avid 'ritava a plenos pulmGes. Não com ela, mas consi'o mesmo. 8 Ser+ que entre n*s s* pode aver se5o e ne'*cios; 8 N*s concordamos em... 8 0oc provavelmente salvou mina vida 8 disse, olando olando para as pr*prias pr*prias mãos, ima'inando o que poderia ter acontecido. 8 Não sei o que le di&er... 4ontrolando9se, Andrea en'oliu em seco. 8 1u pre%eria que não dissesse nada. !avid apro5imou9se, mas mas não a tocou. 8 Não posso %icar calado. calado. 1stou 'rato pelo pelo que %e&, mas não sei como lidar com a situa3ão. 8 Não tem problema, est+ tudo bem 8 disse, sabendo que a emo3ão iria tra9la. 8 1u não. . . 8 Me di'a 8 pediu !avid, acariciando9le o rosto. 8 4omo posso audar voc; Andrea sentia9se absolutamente vulner+vel. Mas o carino estampado nos olos de !avid a convenceu. 8 Por %avor, me abrace. No mesmo instante ele a trou5e para unto de si, apertando9a contra o peito num abra3o recon%ortante. Não, ele se en'anara$ avia muito mais do que se5o e ne'*cios entre ambos. Iavia respeito, ami&ade e compreensão. 8 Buer %alar sobre o que aconteceu; 8 Eoi orrvel. 0i voc debru3ado debru3ado sobre as %lores e então veio o pressentimento, pressentimento, a visão... 8 "em, parece que %alei %alei em nosso acordo$ não não teno %lores para para le o%erecer. 8 Não importa 8 disse, beiando9le beiando9le o pesco3o. 8 0ou ter que arrumar uma %orma de compens+9la. compens+9la. A%astando9se, !avid !avid se'urou9le as mãos. Eoi então que viu o macucado pro%undo aberto na palma. 8 Andrea, o que ouve com com sua mão; 8 Não sei 8 a%irmou, observando9a. 8 !*i quando tento %ec+9la. 8 0ena. 2evando9a at- a pia, lavou o %erimento com +'ua %ria. 8 FiL 1st+ doendo. 8 4alma. Aborrecido por v9la macucada, su'eriu que subissem para o baneiro, onde 'uardava os medicamentos. Eeito o curativo, !avid obri'ou9a a tomar um bano enquanto enquan to cuidava do antar. Andrea aprovou a id-ia, mas, e5austa, resolveu deitar9se s* por al'uns minutos. mi nutos. >irando as botas, es9 . tendeu9se tendeu9se na cama com o prop*sito prop*sito de cocilar. !avid, por sua ve&, teve uma id-ia$ id-i a$ pediria ao vi&ino que le permitisse coler umas papoulas do ardim e %aria uma surpresa a Andrea. Minutos mais tarde, ao retornar, subiu as escadas certo de encontr+9la no bano, quando a viu deitada. 87
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Parado à porta do quarto, observou9a ali tão %r+'il, tão desamparada. de samparada. Apro5imando9se, sentou9se na beirada da cama e come3ou a re%letir para saber o que sentia por ela. Não avia mais d=vidas de que qu e a amava. O incidente daquela tarde veio apenas despertar9le uma certe&a adormecida. Dncapa& de resistir, tocou9le suavemente os cabelos, a%astando9os para o lado. Meio adormecida, ela se me5eu e abriu os olos. 8 !avid; 8 1u le trou5e um presente 8 disse, entre'ando9le as %lores. 8 OL 1m seus olos, ele viu re%letidas a surpresa e a timide& que seus 'estos romHnticos le provocavam. 8 Não precisava. 8 Precisava, sim. 8 4arinoso, beiou9le os l+bios bem de leve, como numa carcia. !entro, de si, o deseo crescia, inquietando9o. 8 !avid; Mais uma ve& ela le camava, s* que a'ora tina a cor dos olos alterada pela pai5ão. 8Buietina. . . Acariciando9le os cabelos, deliciou9se com a macie& sedosa dos %ios dourados. 8 Al'uma ve& + le disse que - linda; Seus l+bios se encontraram novamente sem a %=ria do deseo insatis%eito, mas com a certe&a dos que se descobrem. 8 Ea3a amor comi'o, !avid 8 pediu, pu5ando9o para para perto de si, 8 1u %arei, Andrea. >alve& esta sea a primeira ve& que %aremos amor. 8 4omo assim; 8 !epois eu le e5plico. 1ntão, deva'ar come3ou a acarici+9la, e5plorando cada curva do corpo macio, onde queria perder9se. Andrea correspondia aos carinos de !avid, observando9le as rea3Ges. A%astando9se, !avid tirou a camisa com muita calma e em se'uida come3ou a desabotoar9le a blusa. 4urvando9se, tocou9le os mamilos + intumescidos, provocando9os. Andrea contorceu9se de pra&er, a%undando os dedos em suas costas. 1r'uendo9se, 1r'uen do9se, !avid livrou9a do eans. A pele macia era um convite ao toque. Aos poucos a ur'ncia da pai5ão os %e& perder a calma, obri'ando9o obri 'ando9o a livrar9se de seu pr*prio eans e unir9se a ela. !eitando9se sobre Andrea, ro3ou o peito peludo nos seios ar%antes, sempre observando9 a. 0er9le o rosto trans%i'urado pelo pra&er e5citou9o ainda mais. Ao senti9lo penetr+9la, Andrea 'emeu camando9o bai5ino. 15tasiados, moveram9se no mesmo ritmo at- que atin'iram untos o or'asmo.
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CAPÍTULO X
Alice Robbins tina despontado para o sucesso nas telas de cinema nos idos de sessenta. "onita e ambiciosa, trocara a vida pacata de sua cidade&ina pelo 'lamour de Ioll#6ood. Seu primeiro casamento terminara num div*rcio rumoroso, cuas audincias acabavam sempre nas primeiras p+'inas dos ornais, com %otos polmicas. !es%eito o casamento, sua carreira deslancou. 4rticos de todo o pas elo'iavam9na por seu talento e bele&a. 4ada novo papel sempre se trans%ormava em um 'rande sucesso. 4ontudo, aos vinte e oito anos, quando sua %ama alcan3ava o apo'eu, Alice apai5onara9se por Peter 0an 4amp. A seu lado viveria um amor se'uro e adulto. Buase vinte anos mais velo, Peter era um bem9sucedido omem de ne'*cios, dono de uma imensa %ortuna. Ap*s um breve noivado que alimentara as colunas sociais, casaram9se em Paris, onde passaram a lua9de9mel. Eelicssima com a nova vida, Alice adotou o sobrenome do , tanto particular quanto pro%issionalmente. Menos de um ano ap*s ter9se casado, deu à lu& um %ilo, abandonando temporariamente a carreira. !urante quase uma d-cada, dedicou9se à %amlia e ao lar com a mesma devo3ão com que construra sua carreira. Aos primeiros rumores de sua volta às telas, mancetes sensacionalistas sur'iram por toda a imprensa, atribuindo seu retorno às %acilidades promovidas pela %ortuna do marido. Buatro semanas antes do lan3amento do %ilme, seu %ilo Matte6 %ora seq7estrado. !avid pesquisara os %atos de antemão. 1mbora não ouvesse voltado mais às telas, o nome de Alice continuava nas colunas sociais e sua popularidade se mantina. Buanto ao seq7estro e à liberta3ão do 'aroto, pouco %oi esclarecido es clarecido à imprensa. 1m parte porque a polcia nunca %ora a %avor da convoca3ão de 4larisse !e "asse e, tamb-m, porque a atri& se ne'ara a dar maiores declara3Ges aos ornalistas. Nem Alice nem seu marido amais aviam dado qualquer entrevista en trevista %alando do assunto e, mesmo tendo concordado em participar do document+rio, !avid sabia que seria preciso muita diplomacia. Para tanto, levou consi'o apenas um mnimo necess+rio de t-cnicos de sua equipe. Alice 0an 4amp desenvolvera, ap*s a tra'-dia, um certo rep=dio à imprensa. Sua mansão em "everl# Iills era 'uardada por cercas eletri%icadas e muros muito altos, atr+s dos quais um 'uarda uni%ormi&ado uni %ormi&ado veri%icava a identidade dos que ce'avam. Ap*s ultrapass+9los, percorriam9se ainda uns quinentos metros para ce'ar à residncia da %amlia. A casa, muito imponente, era toda construda em tiolo aparente e sustentada por enormes colunas brancas. !as anelas pendiam pequenas ardineiras %loridas. 4omentava9se que Peter 0an 4amp a construra em omena'em à esposa pelo =ltimo papel que representara antes do nascimento de Matte6. 2adeando o camino que levava à mansão, belssimas cereeiras em %lor. JPu5a, queria que Andrea visse istoJ, pensou !avid ao estacionar o carro lo'o atr+s do 89
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caminão de e5ternas. O pensamento veio9le automaticamente, sem que pudesse ter tempo para avali+9lo. Ali+s, como sempre ocorria quando se separavam. Mas, a%inal, o que sentia por Andrea; Apai5onada, competente, reservada, %r+'il, Andrea era um mist-rio a ser desvendado por partes. >alve& %osse essa a causa de sua atra3ão por ela. As demais muleres que conecera eram e5atamente o que aparentavam$ so%isticadas e ambiciosas. Mas Andrea, não. !avid sabia que, como empres+ria, %icara muito satis%eita com o contrato de 4larisse para trabalar no document+rio. 4omo %ila, temia pelas repercussGes de sua participa3ão. 1la o intri'ava, o preocupava, %a&ia9o perder o sono, %a&ia9o rir. 1ra uma muler ador+vel. 8 Al'o preocupa voc; 8 inda'ou Ale5 quando o viu esitar esitar diante da porta. 8 Não, por qu; 8 redar'7iu, irritado consi'o mesmo. 8 Não sabia que voc a'ora tamb-m lia pensamentos. 8 Não, não 8 respondeu o rep*rter, i'norando i'norando a ironia. 8 Dsto eu dei5o por conta de 4larisse. 8 Perdão, Ale5. Não quis ser 'rosseiro 8 ale'ou, tocando tocando a campaina. campaina. 8 Não se preocupe. 8 O %ato de 4larisse ser paranormal não o... Naquele instante, um mordomo uni%ormi&ado abriu a porta e convidou9os a entrar, condu&indo9os à sala de estar. Ali, a decora3ão se'uia o melor estilo oll#6oodiano. Os esto%ados de tons %ortes contrastavam com os tapetes persas. Os lustres, enormes, mais pareciam cascatas de pin'entes de cristal. 9 Fm tanto espala%atoso, não aca; 8 comentou Ale5. 8 Sem d=vida 8 a%irmou !avid, dando mais mais uma olada à sua volta. O ambiente, ambiente, de tão suntuoso, mais parecia uma tenda +rabe destas ceias de brocados e brilos. 8 Mas - di'no de uma atri& de Ioll#6ood. "elssima, Alice 0an 4amp parou à entrada da sala. O porte, o carme e a simpatia eram os mesmos de quando sur'ira nas telas. Para surpresa de !avid, Alice era, pessoalmente, bem mais bai5a do que aparentava no cinema, mas seu ma'netismo compensava a estatura pequena. 8 Sr. MarsallL 1stendendo9le a mão, Alice caminou at- Ale5. O cabelo loiro preso no alto da cabe3a ressaltava9le a pele clara, rosada como a de um beb. 8 K um pra&er receb9lo. receb9lo. Admiro demais seu trabalo, embora tena minas minas restri3Ges com rela3ão a al'uns ornalistas. 8 Sra. 0an 4amp, 4amp, o pra&er - meu. meu. !evo con%essar que - muito mais bonita pessoalmente do que nas telas. Alice sorriu com muito carme. O mesmo carme que avia %eito os omens suspirarem nas plat-ias por mais de uma d-cada. 8 Obri'ada, - sempre bom ouvir um elo'io. 1 voc - !avid "rad#, não; 8 inda'ou, voltando9se para ele, os olos claros muito brilantes. 8 >ive oportunidade de assistir a 90
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diversas produ3Ges suas. Meu marido 'osta muito de document+rios. Ali+s, nem sei por que se casou comi'o. 8 Obri'ado. Sempre %ui seu %ã. 8 A'rade3o. S* espero que não di'a por a a que assiste aos meus %ilmes desde que era era crian3a. 8 Fm riso espontHneo iluminou9le o olar. 1ntão, voltando9se para os t-cnicos, comentou$ 8 "em, depois que me apresentar sua equipe, poderemos come3ar a trabalar. A admira3ão que !avid le tina como %ã aumentou ainda mais ap*s os primeiros de& minutos de convivncia. Muito 'entil, Alice conversou com cada um dos t-cnicos, do diretor di retor ao iluminador. Ap*s os cumprimentos, voltou9se para Sam, à espera de instru3Ges. Ap*s discutirem a respeito dos detales do trabalo, Alice su'eriu que passassem ao terra3o, onde seria 'ravada a entrevista. Paciente, a'uardou at- que todo o equipamento %osse montado mon tado e deu ordem a uma das criadas para que servisse re%ri'erantes e sanduces para toda a equipe. >erminados os testes de lu& e som, %oi dado incio à 'rava3ão. Ale5 come3ou. 8 Sra. 0an 4amp, 4amp, durante muito tempo %oi conecida conecida como uma das atri&es mais talentosas e mais queridas de Ioll#6ood. 8 Obri'ada, JAle5. Mina carreira sempre %oi muito importante para mim, assim assim como mina casa e mina %amlia. 8 1 - sobre a %amlia, %amlia, em especial sobre seu %ilo Matte6, que 'ostaramos 'ostaramos de %alar. I+ quase de& anos sua %amlia passou pas sou por momentos muito di%ceis, não; 8 @ verdade. Por pouco escapamos de uma tra'-dia tra'-dia da qual, creio, amais amais me recuperaria. 8 1sta - a primeira primeira entrevista que a senora senora d+ sobre o assunto. assunto. Por que s* a'ora concordou em nos o%erecer este depoimento; Alice recostou9se na cadeira de vime, sorrindo com timide&. 8 Para tudo e5iste um momento certo. !urante muitos anos eu simplesmente me recusava a tocar no assunto do seq7estro de meu %ilo. %i lo. Acava in=til relembrar um %ato que me causou tanto so%rimento. Mas oe, quando veo uma notcia sobre o rapto de uma crian3a, %ico ima'inando o so%rimento desses pais. 8 Na sua opinião, esta entrevista pode audar as %amlias de crian3as desaparecidas; desaparecidas; 8 4ertamente não audar+ a encontrar encontrar seus %ilos, mas espero que les tra'a um pouco de con%orto. 8 Alice estava visivelmente comovida. 8 Ali+s, quem me convenceu a dividir esta e5perincia com o p=blico %oi 4larisse !e "asse. 8 Eoi ela quem le pediu pediu que concedesse a entrevista; Sorrindo, Alice balan3ou a cabe3a. 8 4larisse nunca me pediu coisa al'uma, s* que, em conversa, conversa, disse9me ter muita con%ian3a neste trabalo e acabei concordando em participar. 8 A senora con%ia muito nela, não; 8 Eoi 4larisse quem encontrou encontrou meu %ilo. A %rase %oi dita com tanta sinceridade, cora tanto sentimento, que Ale5 dei5ou9a pairando no ar por al'uns se'undos, antes de recome3ar. 91
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8 Poderia nos contar contar como %oi que coneceu 4larisse 4larisse !e "asse; Atr+s das cHmeras, mais a%astado, !avid, de p- com as mãos nos bolsos, ouvia o relato. 2embrou9se da versão que Andrea le contara, se'undo a qual Alice e 4larisse aviam sido apresentadas atrav-s de um conecido. 8 N*s tnamos um ami'o ami'o em comum 8 a atri& respondeu. 8 Na primeira ve& que a vi, vi, ela me disse coisas absolutamente espantosas a meu respeito. 1u, que s* queria saber al'umas previsGes, %iquei impressionadssima. 4larisse relatou %atos e e5perincias do passado que tiveram pro%undos re%le5os em mina personalidade. 4oisas muito particulares que at- a imprensa desconecia. !evo con%essar que nem tudo o que eu ouvi %oi de meu a'rado, mas era sem d=vida verdadeiro. 1ntão, continuei a consult+9la con sult+9la e pouco a pouco tornamo9nos ami'as. 8 A senora senora acreditava acreditava em clarividncia; Eran&indo as sobrancelas, Alice considerou bem a questão. 8 A princpio, eu a consultava por pura diversão, pura curiosidade. 1mbora tivesse optado por uma vida reclusa ap*s o nascimento de meu %ilo, nunca dei5ei de apreciar coisas %ora do comum. 4larisse era realmente %ora do comum. 8 Portanto, tudo come3ou como que por brincadeira; 8 A, sem d=vida. Buando ouvi %alar %alar dela, pensei que %osse apenas apenas uma muler muito muito esperta, mas, ao conec9la, conclu que se tratava de al'o muito s-rio, muito especial. Dsto não quer di&er que eu acredite em qualquer q ualquer um. No entanto, creio que al'uns de n*s nasceram com dons especiais, uma certa dose de sensibilidade e5tra. 8 Sra. 0an 4amp, 4amp, poderia nos contar e5atamente como %oi o rapto de seu %ilo; %ilo; 8 Eoi + quase de& anos. anos. 8 Por um instante, Alice %ecou os olos. 8 Para mim, - como se tivesse sido ontem. O senor tem %ilos, sr. Marsall; 8 Sim, teno. 8 1, teno certe&a certe&a de que os ama muito, não; 8 !e %ato. 8 1ntão, creio que poder+ poder+ %a&er id-ia do so%rimento que passei. Fm misto de terror terror e culpa: eu não estava com ele quando o levaram. Naquela -poca ?enn# era bab+ de Matte6. 1ra uma pessoa de nossa con%ian3a que + trabalava conosco + al'um tempo. 1mbora um tanto ovem, tina um pro%undo senso de responsabilidade. Buando decidi voltar às telas, contava principalmente com seu apoio: eu %icava tranq7ila sabendo que Matte6 estava sob seus cuidados. 8 Seu %ilo + tina quase quase de& anos quando a senora senora resolveu retomar a carreira carreira artstica, não; 8 Sim, mas Matte6 sempre %oi uma crian3a independente. independente. !urante as as %ilma'ens, ?enn# sempre o levava à tarde ao est=dio e depois iam passear no parque. Se eu soubesse quanto peri'o avia naqueles passeios eu os teria impedido. 1u e meu marido sempre o criamos a%astado da imprensa: não por temermos por sua se'uran3a, mas para que tivesse uma in%Hncia normal. Mas, ve& por outra, al'um %ot*'ra%o o reconecia c publicava uma %oto do 'aroto. 8 Dsto a aborrecia; 8 Não 8 a%irmou, sorrindo. 8 !e certa %orma %orma + estava 4ostumada 4ostumada a isso. Peter e eu 92
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nunca quisemos viver enclausurados aqui. 4ontudo, creio que, mesmo sendo mais ri'orosa, não teria conse'uido evitar o rapto. 8 Suspirando, deu a entender que pre%eria não pensar na questão. 8 Mais tarde, %icaramos sabendo que seus passeios ao parque estavam sendo vi'iados. 8 A princpio a polcia polcia ce'ou a descon%iar que a bab+ tivesse al'uma li'a3ão com os criminosos. 8 Sim, mas era uma ip*tese ip*tese totalmente absurda. absurda. ?amais duvidei de ?enn#: nem por um minuto. Eeli&mente, desvendado o caso, a polcia inocentou9a de qualquer envolvimento. 1la trabala para n*s at- oe. 8 Os investi'adores consideravam consideravam a versão de ?enn# um tanto duvidosa. 8 Na tarde do seq7estro ela ce'ou em casa casa absolutamente transtornada, transtornada, culpando9se pelo que acontecera. Matte6 o'ava bola com diversas crian3as enquanto ela o observava. 1ntão, uma ovem apro5imou9se pedindo9le uma in%orma3ão, ale'ando ser nova na cidade. 1nquanto isso, os criminosos o apanaram. Buando ?enn# olou, viu Matte6 M atte6 sendo posto num carro estacionado na sada do parque. 1la ainda tentou correr, mas %oi in=til. !e& minutos ap*s ter ce'ado em casa, recebemos o primeiro tele%onema. Alice, muito emocionada, levou a mão à testa. 8 !esculpem9me, mas mas ser+ que poderamos poderamos %a&er uma pausa; 8 4ortaL Recome3amos Recome3amos em cinco minutos 8 avisou avisou Sam. !avid, bastante preocupado, preocupado, apro5imou9se de Alice. 8 Precisa de al'o, sra. 0an 0an 4amp; ostaria de um copo de +'ua; 8 Não 8 disse ela, com o olar perdido no ori&onte. 8 Mesmo depois depois de tantos anos muito di%cil para mim. 8 Buer que came seu marido; 8 Dn%eli&mente pedi a Peter que sasse de casa durante durante a 'rava3ão. 1le 1le não se sente muito à vontade na presen3a da imprensa. @ uma pena não t9lo aqui comi'o. 8 Se não est+ se sentindo bem, podemos suspender o trabalo por oe. Não ser+ preciso 8 a%irmou, respirando %undo. 8 Matte6 oe + est+ na %aculdade. Eeli&mente tudo acabou bem. Penali&ado com sua dor, !avid se'urou9le as mãos com carino. 8 Eeli&mente. 8 1le - um rapa& rapa& maraviloso, mas quando quando penso no que poderia ter acontecido... 8 "astante nervosa, desviou o olar para lon'e, dis%ar3ando a emo3ão. 8 0oc conece a %ila de 4larisse, não; 8 Sim 8 a%irmou !avid, surpreso com a mudan3a de assunto. 8 1u e 4larisse nos damos damos muito bem. 1la, como como mãe, entendeu melor que nin'u-m nin'u-m meu so%rimento. 0oc tem um ci'arro; !epois de acender o ci'arro, Alice pareceu rela5ar. 8 A %ila dela - uma uma pessoa *tima. Dma'ine Dma'ine que ela se recusou a me aceitar como cliente. 8 4omo; >eria entendido bem; 8 Eoi lo'o depois do rapto 8 a%irmou Alice, bem9umorada. bem9umorada. Andrea pensou pensou que %osse 93
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apenas uma maneira que encontrei de demonstrar mina 'ratidão. 1 talve& %osse. A verdade - que não conse'ui convenc9la a me aceitar. 1u a admiro pela inte'ridade e pela seriedade com que encara seu trabalo. >anto que, anos depois, quando Andrea + era uma empres+ria de renome, voltei a procur+9la, mas ela se manteve irredutvel. 1ra inacredit+vel. 8 Andrea sempre tem atitudes surpreendentes surpreendentes 8 comentou. comentou. 8 1la - uma muler muler que sabe o que quer 8 disse Alice, apa'ando o ci'arro. ci'arro. 8 "em, aco que. podemos recome3ar. 1m poucos instantes, a atri& voltava a %alar de seu drama com a mesma naturalidade de antes. 8 N*s pa'aramos qualquer res'ate. A princpio, Peter e eu relutamos em avisar a polcia, pois os seq7estradores %oram muito claros quanto a isso. i sso. Mas Peter, sendo um omem ponderado, acou que precis+vamos de auda. Recebamos tele%onemas de ora em ora e, embora concord+ssemos em pa'ar o res'ate, os criminosos sempre %a&iam mais e5i'ncias. 1ra como se quisessem nos testar. 1nquanto ne'oci+vamos, a polcia tentava lo 9 cali&ar o carro e a mo3a que ?enn# vira no parque, mas de nada adiantou. Buarenta e oito oras depois ainda não tnamos nenuma pista. 8 1ntão, a senora decidiu pedir a auda de 4larisse !e "asse. "asse. 8 Não sei e5atamente e5atamente quando a id-ia me veio, s* sei que estava e5austa, não não conse'uia dormir, nem comer. 1ntão, lembrei9me de que certa ve& 4larisse avia me audado a encontrar um broce de brilantes que eu tina perdido. !esesperada como estava, eu apelaria para qualquer auda. 1ncontrando di%iculdade para continuar %alando, Alice respirou %undo tentando recuperar o controle. 8 Sei que a polcia e Peter me censuraram censuraram por t9la camado, mas eu acreditava acreditava nela. Buando 4larisse ce'ou, sentamos para conversar como ami'as e contei9le e5atamente o que avia acontecido, sempre com a auda de ?enn#. A polcia a tratou bastante mal, indi%erente. 4larisse les disse que estavam esta vam procurando Matte6 no lu'ar errado. 8 Dnconscientemente, Alice en5u'ou uma l+'rima que le corria pelo rosto. 8 1la a%irmou que os raptores não aviam sado da cidade, como pensava a polcia, que a princpio descon%iou de suas instru3Ges. 1ntão, 4larisse me pediu que a levasse ao quarto de Matte6 e le desse uma roupa que ele tivesse usado antes do seu desaparecimento. !urante al'uns minutos ela %icou sentada na cama de meu %ilo, se'urando uma camisa, absolutamente quieta. 2embro9me que %oram minutos de e5trema tensão. A lembran3a daqueles momentos parecia muito penosa para Alice 0an 4amp. 8 !e repente, 4larisse 4larisse come3ou a %alar num num tom muito calmo. A%irmou que o mantinam numa casa dentro de 2os An'eles e não em San Erancisco, como supuna a polcia. 1ntão, descreveu a rua e, depois, a casa$ branca de anelas a&uis, numa esquina. Nunca me esquecerei da descri3ão que %e& do quarto onde o mantinam preso$ escuro, as anelas %ecadas, sem moblia. Matte6 tina orror ao escuro. Se'undo 4larisse, avia duas pessoas na casa, al-m do 'aroto$ um omem e a muler que %alara com ?enn#. No quintal avia um carro estacionado que ela não soube precisar muito bem. Mas 'arantiu9me que Matte6 estava bem. 94
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1 a polcia se'uiu a pista dada por 4larisse; 8 4omo disse, a princpio eles se mostraram relutantes, mas enviaram al'umas viaturas para procurar pela casa que 4larisse descrevera. Não sei quem %icou mais surpreso com a descoberta$ Peter, eu ou a polcia. polci a. Matte6 %oi res'atado sem um arranãoJporque %eli&mente, os raptores estavam despreparados para a batida policial. O terceiro criminoso estava em San Erancisco, de onde nos tele%onava. Mais. tarde, Matte6 descreveria o quarto onde esteve e5atamente do mesmo modo que 4larisse. 8 Sra. 0an 4amp, 4amp, muitos acreditavam, e acreditam, acreditam, que tudo não passou passou de um 'olpe publicit+rio para promover o lan3amento de seu primeiro %ilme depois do nascimento de seu %ilo. 8 Não me importo com o que pensem. Eeli&mente, recuperei meu %ilo. %ilo. 8 1, na sua opinião, 4larisse !e "asse %oi a respons+vel respons+vel por isso; 8 >eno certe&a certe&a de que sim. 8 4ortaL 8 disse Sam. 8 Sra. 0an 4amp, 4amp, 'ravaremos apenas mais al'umas al'umas tomadas de Hn'ulos di%erentes e estar+ dispensada. Satis%eito, !avid concluiu que + podia ir embora. Alice 0an 4amp, com seu depoimento umano e sincero, convenceria os incr-dulos de que o seq7estro %ora, de %ato, real e que 4larisse !e "asse era acima de tudo uma pessoa s-ria, s-ri a, que utili&ava seus dons em bene%cio do pr*5imo. A'ora ele compreendia o porqu da relutHncia de Andrea em que a entrevista %osse %eita$ o relato e5i'iu 'rande sacri%cio da parte de Alice. 1ntretanto, não querendo interromper, a'uardou o %inal das %ilma'ens at- que todos sassem untos. Alice despediu9se de um por um e acompanou9os ã porta. 8 Fma muler not+vel, not+vel, não; 8 comentou comentou Ale5, ao se diri'irem ao carro. carro. 8 Nem di'a 8 concordou !avid. 8 Mas voc tamb-m tem uma noiva muito muito especial. 8 >em ra&ão. 8 Dmpaciente, %oi lo'o acendendo acendendo um caruto. 8 Mas vea s* quem %ala. Eran&indo as sobrancelas, !avid apoiou9se em seu carro. 8 1u e Andrea não temos um relacionamento relacionamento muito pro%undo. 8 Não - assim que 4larisse pensa. pensa. 8 1 ela aprova esse relacionamento; relacionamento; 8 4laro que sim. Por qu; Não deveria; Pouco à vontade, !avid acendeu um ci'arro. 8 Não sei... 8 0oc ia me per'untar al'o quando ce'amos. O que -; 8 Ale5, 4larisse não - uma pessoa comum. comum. Dsto não o perturba; perturba; 8 4ertamente que isto me intri'a 8 con%essou, soltando uma ba%orada. 8 Mas o que sinto por ela supera o problema. 1ncaro o %ato da se'uinte maneira$ ela - uma pessoa com um sentido a mais que as outras. Sei que voc e Andrea estão tendo di%iculdades: di%i culdades: 4larisse não sabe 'uardar se'redos. 8 Sim, não não tem sido %+cil. %+cil. 8 Sabe qual o problema problema com os rapa&es rapa&es de sua idade; @ que se consideram consideram muito velos para correr riscos e muito ovens para con%iar no impulso. Eeli&mente, + ultrapassei esta %ase + muito. 1, com um aceno, a%astou9se, pedindo a Sam que le desse uma carona. 95
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!avid acava que Ale5 acertara em ceio. >alve& %osse mesmo muito velo para correr riscos. Mas, dei5ando a prudncia de lado, resolveu ir ao encontro de Andrea. Ap*s um dia di%cil no escrit*rio, Andrea estacionava seu carro absolutamente e5austa. Na verdade, o cansa3o devia9se à sua preocupa3ão com a entrevista de Alice 0an 4amp. !urante toda a tarde não conse'uira parar de pensar na ami'a e em seu depoimento. 4omo conseq7ncia, parte do trabalo que dei5ara dei 5ara de %a&er a acompanava dentro da pasta. >rancando a porta do carro procurou mais uma ve& convencer9se de que precisava recuperar seu poder de concentra3ão ou terminaria por perder os clientes. >rocando a pasta de mão, virou9se e deu de cara com !avid. 8 Adoro %a&er surpresa 8 ele comentou, pousando9le pousando9le as mãos nos quadris. Ao mesmo tempo surpresa e satis%eita, Andrea teve vontade abra3+9lo, mas se conteve, limitando9se a sorrir. 8 Bualquer dia ainda vai acabar acabar com uma costela costela quebrada. Mas o que o tra& aqui oe; Não esperava v9lo esta noite. 8 Al'um problema; 8 Não 8 comentou, desli&ando desli&ando a mão pelos cabelos de !avid. 8 Aco Aco que posso dar um eito. 4omo %oram as 'rava3Ges; Astuto, !avid cortou lo'o o assunto que, certamente, poderia pode ria dar mar'ens a discussGes. 1 discussão era o que menos queria. 8 15celente. 8 4urvando9se apro5imou os l+bios, do pesco3o %ino e delicado, deliciando9se com a %ra'rHncia suave. Adoro esse seu per%ume. 8 !avid, estamos num local local p=blico. 8 1u sei 8 a%irmou, a%irmou, displicente, mordiscando9le mordiscando9le a orela. orela. 8 !avidL Ap*s uma tentativa sua de a%astar9se, !avid beiou9le os l+bios de modo apai5onado, dei5ando9a ainda mais encabulada. 8 Não consi'o tir+9la do pensamento 8 con%essou, con%essou, voltando a bei+9la ainda com mais vol=pia. 8 s ve&es ce'o a crer que %ui en%eiti3ado de verdade. 8 Não di'a nada: nada: vena. vena. 8 Mas nunca temos cance cance de conversar. 8 1ntão, obri'ando9a a encar+9lo, encar+9lo, a%irmou bastante s-rio$ 8 Mais cedo ou mais tarde teremos que %alar sobre nosso relacionamento. 1ra isso o que Andrea mais temia, pois sabia que qualquer conversa mais s-ria os levaria ao rompimento. Ambos eram muito di%erentes um do outro. 8 !ei5e para depois 8 pediu9le, recostando o rosto rosto em seu peito. 8 Por enquanto, vamos aproveitar estes momentos de pra&er. 1ntre %rustrado e inquieto, ele concordou. 8 Por que veio me ver esta noite; 8 Porque quero am+9la. Não consi'o permanecer muito tempo lon'e de voc. 8 Para mim, isso - o bastante 8 a%irmou, sem saber saber ao certo se tentava convencer a ele ou a si pr*pria. 8 0ena, vamos para o meu apartamento.
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CAPITULO XI
1m uno, Andrea tratava dos =ltimos preparativos para o casamento de 4larisse. 8 >em certe&a de que quer me audar; 8 inda'ou inda'ou Andrea, dando a !avid !avid uma =ltima cance de desistir. 8 >eno. Mas vai demorar para acabar. acabar. 8 Por acaso est+ querendo se livrar de mim; 8 Não. 1mbora ele sorrisse, Andrea ainda duvidava que estivesse sendo sincero. 8 Al'uma ve& + %e& isso; !istrado, !avid desli&ou as mãos pelos bra3os de Andrea, que usava uma blusa de seda de man'as compridas. Ali+s, ele + avia notado que as sedas e o per%ume eram o seu %raco. 8 Não, mas sempre + uma primeira ve& para tudo na vida. 8 1ntão, vai ter que %a&er e5atamente o que eu le disser. 8 Não con%ia em mim; mim; 8. per'untou, acariciando9le acariciando9le o pesco3o bem de leve. Dnclinando a cabe3a para um lado, ela brincou$ 8 Ainda não sei se voc - di'no de con%ian3a, mas, dada a circunstHncia, circunstHncia, correrei o risco. Sente9se 8 disse, indicando uma das cadeiras da mesa, 1ntão, apanou um l+pis bem apontado e le entre'ou. 8 Primeiro, quero que v+ riscando os nomes que eu le der. Os que sobrarem são das pessoas que + con%irmaram a presen3a. !epois, coloque na %rente de cada nome o n=mero de pessoas da %amlia, est+ bem; Preciso entre'ar esta lista para o bu%e o quanto antes. 8 Parece simples. 8 !i& isso porque nunca lidou com um %ornecedor 8 murmurou Andrea sentando9se à mesa. 8 O que - isto; 8 ele quis saber re%erindo9se a uma pila de pap-is que se destacava destacava das demais pela altura. 8 Pessoas que + mandaram mandaram presente. 1 não não %a3a ba'un3a. Buando terminarmos esta primeira etapa, cuidaremos dos convidados que vm de outras cidades. Preciso reservar os apartamentos amanã mesmo. 4urioso, !avid e5aminou as diversas pilas espaladas or'ani&adamente sobre a mesa. 8 Pensei que quisessem um casamento simples, sem muita pompa. pompa. 8 Dsto não e5iste. Perdi duas duas manãs à procura procura de uma %loricultura de con%ian3a e quase uma semana at- encontrar um bu%e que ainda aceitasse se encarre'ar da %esta. !onde se concluir que o melor mesmo - %u'ir %u'i r para casar. Nada de %estas e catea3Ges. 8 0oc seria capa&; 8 !e qu; 8 !e %u'ir para casar. Andrea pendeu a cabe3a para tr+s e deu uma 'ar'alada. 97
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8 Aco que se um dia eu enlouquecesse e decidisse me casar, pre%eriria um daqueles casamentos r+pidos que se tm em 2as 0e'as. Eran&indo as sobrancelas, !avid procurou descobrir o si'ni%icado si'ni%i cado real daquelas palavras. Seria um aviso; @ uma solu3ão nada romHntica. 94ombina com meu eito de ser. 8 0oc não - romHntica; romHntica; 8 inda'ou, incr-dulo, se'urando9le se'urando9le uma das mãos, mãos, num 'esto inconsciente de posse. 8 Não 8 con%essou, entrela3ando entrela3ando os dedos aos dele. 8 Romantismo e pro%issionalismo pro%issionalismo não combinam. 8 1 se estiverem separados; 8 O romantismo cria %antasias e nos %a& ima'inar coisas que não e5istem. osto de ilusGes, mas não na vida real. 8 1 do que voc 'osta ' osta na vida real; 8 ele per'untou, ao perceber o nervosismo repentino de Andrea. 8 Sucesso 8 a%irmou, numa meia9verdade. 8 0oc + se pode considerar considerar uma pessoa bem9sucedida, bem9sucedida, sua a'ncia - conecida conecida no pas todo. O que mais; Sua esperan3a era detectar um sinal que %osse, um 'esto qualquer. qual quer. Pela primeira ve& !avid sentiu medo de não ser amado. 8 1u... A%inal, aonde ele pretendia ce'ar com aquelas per'untas; O interro'at*rio + a dei5ava con%usa. 8 Buero ter certe&a certe&a de que venci por meu meu pr*prio es%or3o. es%or3o. 8 Eoi por esse motivo que se recusou a aceitar Alice Alice 0an 4amp como como cliente; 8 1la le contou; 1ntão, lembrou9se de que não aviam conversado sobre a entrevista de Alice. Ali+s, Andrea vina desviando do assunto + dias. 8 Sim, mencionou o %ato. Pouco à vontade, Andrea pu5ou o bra3o, livrando9se do toque de !avid, que não conse'uia entender aquele tipo de atitude. !iversas ve&es + tivera a oportunidade de observar que sempre que conversavam sobre um assunto s-rio ela %icava muito tensa. 8 Eoi muito 'entil da parte parte dela me procurar quando eu ainda lutava com di%iculdade 8 comentou, dando de ombros. 8 Mas sabia que era apenas um 'esto de 'ratidão para com mamãe e não quis aceit+9la. 8 Porque o assunto aborrece aborrece voc e, para mim, - motivo su%iciente para e5clu9lo. "ai5ando os olos, Andrea %i5ou9os nas mãos %ortes de !avid, que se'uravam as suas. Nunca nin'u-m se o%erecera para %a&er al'o em seu bene%cio. S* 4larisse. A situa3ão era absolutamente desconcertante para ela. 8 1u não sei o que di&er. 8 Não di'a nada. Respirando %undo, procurou controlar um pouco a tensão. 8 Se 4larisse concordou em %alar sobre o caso caso - porque ela pre%ere que o se'mento sea rodado. 98
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8 Mas não estamos %alando %alando sobre 4larisse. 1stamos 1stamos %alando sobre voc, Andrea. ?+ le disse uma ve& que não quero mais v9la so%rer por este motivo. 1 - s-rio. 8 Sim, aco que - mesmo. mesmo. Saber que voc cortaria cortaria o se'mento s* por mina mina causa %a& com que me sinta muito especial. 8 Se eu soubesse, teria le dito antes. 1mocionada, 1mocionada, Andrea %e& uma breve pausa e, então, disse$ 8 Não, não. 1u me me odiaria se soubesse que eliminou este este se'mento por mina mina causa. O %ato ocorreu + muitos anos, !avid, e + - tempo de eu aprender a lidar com a realidade. 8 0oc lida com a realidade bem demais. Sem eito, Andrea se limitou a sorrir. 8 !e qualquer %orma, quero que mantena este se'mento no document+rio, com a promessa de que vai capricar no trabalo. 8 4ombinado. Buer ir assistir às 'rava3Ges; 8 Não, Ale5 vai estar estar l+ para %a&er compania a 4larisse 8 a%irmou, resi'nada. 8 1le - apai5onado por ela. ela. 8 1u sei 8 disse, e brincando com o l+pis, l+pis, acrescentou$ 8 A cerimCnia cerimCnia deles vai ser linda. !avid sorriu para ela e admirou9a pelo car+ter car+ter %orte e pela determina3ão. determina3ão. 8 @ melor come3armos a trabalar. !urante duas oras trabalaram lado a lado, a tensão se des%a&endo aos poucos. 2eram e releram listas de convidados, con%irmaram endere3os e discutiram qual o melor menu a ser servido. Andrea surpreendeu9se com a boa vontade de !avid em aud+9la e, ao terminarem os preparativos, dele'ou9le a incumbncia de aud+9la a receber os convidados durante a %esta. 8 Se eu precisasse de um empres+rio, daria a pre%erncia H voc, Andrea. Nunca vi al'u-m tão or'ani&adoL 8 Dsso - um elo'io; 8 Não e5atamente. 8 Eoi o que ima'inei 8 comentou, comentou, %itando9o de relance. 8 "em, a'ora s* %alta %alta entre'ar as previsGes ao bu%e. Obri'ada pela auda, !avid. 8 osto muito de 4larisse. 8 1u sei e %ico satis%eita com isso. A'ora, aco que voc merece uma recompensa. recompensa. 8 1, olando9o com olos marotos, inda'ou$ 8 Al'uma su'estão; 8 "em, que tal aquele aquele ca%-; ca%-; 8 @ para +. 0ou prep. prep. .. O, O, meu !eusL 8 Bual o problema; problema; 8 ele ele quis saber, apanando apanando um ci'arro. 8 0ai come3ar a Dla da Eantasia Eantasia no canal YZ. 1nquanto ela corria corria para a televisão, ele balan3ava a cabe3a... incon%ormado. 8 1u nunca percebi percebi que voc era viciada nessas nessas boba'ens. 8 PsiuL 8 Aliviada ao ver que perdera perdera s* o comecino, comecino, sentou9se no so%+. 8 >eno uma cliente que.. . 8 1u sabia... 8 1la - muito talentosa. talentosa. Pena que tenamos tenamos conse'uido contrato apenas para para quatro 99
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epis*dios. .. >omara que ela se saia bem. Resi'nado, ele untou9se a Andrea no so%+. 8 Mas estes %ilmes não são repetidos; repetidos; 8 1ste aqui, não. Ali+s, este. .. 0eaL 2+ est+ elaL "astante atenta, Andrea acompanava cada 'esto, cada %ala de sua cliente. Observando9a, !avid concluiu que aquela tamb-m era uma %orma de misturar vida pro%issional com relacionamento pessoal, pois Andrea torcia pela loira na tela como quem torce por um ami'o em di%iculdades. 8 Pu5a, ela - mesmo e5celente e5celente atri& 8 a%irmou a%irmou Andrea durante os comerciais. 8 4reio que depois deste trabalo não le %altarão propostas. 8 !e %ato, a mo3a trabala bem. 8 Pelo menos nisso eles concordavam. concordavam. 8 Onde %oi %oi que ela estudou arte dram+tica; 8 Susanne nunca estudou arte arte dram+tica. Fm dia, resolveu apanar um Cnibus e vir ao meu escrit*rio com um porta9%*lio super simples e quase sem e5perincia de trabalo. 8 4ostuma aceitar aceitar clientes nesta situa3ão; situa3ão; 8 Não. Nestes casos, costumo costumo diri'ir o candidato à sala sala de Abe que, com seu eito paternalista, acaba convencendo o candidato a desistir. 8 1ntendo. Mas Mas com esta9 %oi di%erente. 8 Sim. %oi. Susanne plantou9se plantou9se na recep3ão recep3ão durante dois dias, at- que, por por %im, resolvi receb9la. No primeiro instante em que a vi, eu soube que qu e ela venceria. Soube por e5perincia, não por... por... 8 4alando9se, deu a entender entender que não %ora por causa de seus dons que avia resolvido empresariar a 'arota. 8 Susanne tina 'arra e -, sem d=vida, muito bonita. Na primeira semana ela visitou diversos diretores, at- que o desta s-rie se interessou por ela. 8 1la deve ser mesmo coraosa para ter9se plantado durante dias numa das a'ncias mais %amosas de Ioll#6ood. 8 Sem determina3ão, determina3ão, não se ce'a a lu'ar al'um. 8 Eoi esta a causa do seu sucesso, Andrea; 8 Sim, em parte 8 con%essou, recostando a cabe3a cabe3a no ombro dele. 8 Não Não me di'a que acredita em sorte.. . 8 Não. No come3o come3o pensava que era s* uma questão de trabalar bastante, bastante, mas, com o tempo, vi que - preciso cora'em. !epois que se completa um document+rio que se torna um sucesso, su cesso, - preciso reiniciar tudo outra ve&. 8 @. .. me parece parece bem di%cil 8 %alou Andrea, Andrea, aconce'ando9se a ele. 8 1 por que voc continua neste ramo; 8 Porque toda ve& que assisto a um pro'rama meu na televisão - como se eu 'anasse 'anasse um presente de Natal. 8 Sei como se sente. sente. Eui uma ve& à entre'a do Oscar, quando quando dois de meus clientes iam concorrer. 1mbora meu nome nem aparecesse, %iquei or'ulosa de ter contribudo com o sucesso. 8 1ntão, suspirando, acrescentou$ 8 1u nunca me preocupei preo cupei com a %ama, senão estaria trabalando do outro lado das cHmeras. 1 voc; ?+ quis ser %amoso; 8 Não, quero apenas apenas que meu trabalo sea reconecido. 100
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8 Mas nin'u-m duvida do seu talento como como produtor. 1 não di'o isto porque... porque... 8 J...o amoJ, completou mentalmente. 8 .. .por causa de nosso relacionamento relacionamento 8 ela %alou, temendo que !avid percebesse o que le passara pela cabe3a, 8 Obri'ado. !e repente, sur'iu um brilo intenso nos olos de Andrea que !avid não soube e5plicar. 8 Na verdade, nunca tive vontade de produ&ir para para o cinema 8 con%essou. 8 Pre%iro lidar com a realidade do dia9a9dia e, nas telas, s* + lu'ar para a %antasia. 8 Não - verdade. verdade. Ou3a, teno um roteiro roteiro que... 8 Andrea. . . 8 !avid, por %avor, me ou3a. S* um minuto. >entando impedi9la de continuar, !avid deitou sobre Andr-a no so%+. 8 Pre%iro brincar com a sua orela. 8 Pode brincar quanto quanto quiser, mas s* depois que me escutar. 8 Mais um acordo; 1r'uendo9se um pouco, !avid encarou9a e viu o brilo entusiasta en tusiasta que le iluminava o olar. 8 Bue roteiro; 8 quis saber, saber, vendo9a sorrir, satis%eita. 8 ?+ trabalei trabalei certa ve& com eor'e Stei'er, Stei'er, sabe quem -; 8 Sim, + nos conecemos. @ um escritor e5celente. 8 Pois bem, ele acaba de escrever seu primeiro roteiro roteiro que, por acaso, acaso, veio parar em minas mãos. 8 Por acaso; Na verdade, %ora uma troca de %avores entre ela e o escritor, mas Andrea decidiu que isso não vina ao caso. 8 Não importa. @ lindo, !avid. >rata da ist*ria dos ndios ceroees vista atrav-s dos olos de uma crian3a. Não se trata apenas de um bom roteiro: - uma ist*ria real, comovente. Por que não tenta; Se'undo !avid, Andrea daria uma e5celente vendedora, pois sabia como persuadir o cliente a levar sua mercadoria. 8 Mesmo que eu aceitasse, voc aca que Stei'er ia me me querer como produtor; 8 Por acaso eu disse a ele que o conecia. conecia. 8 Mais um acaso; 8 Sim 8 a%irmou, desli&ando as mãos mãos at- os quadris estreitos de !avid. 8 1le + viu diversos trabalos seus e conece sua reputa3ão. Stei'er est+ em busca do produtor certo. 8 1; !istraidamente, Andrea acariciou9le as costas, bem deva'ar. 8 "em, ele me pediu que comentasse comentasse com voc a este respeito. Mas de modo bem in%ormal. 8 Sem d=vida que este - um modo modo in%ormal 8 murmurou, pressionando9a pressionando9a mais com seu peso. 8 1st+ %alando como empres+ria; 8 Não 8 disse, muito s-ria, se'urando9le se'urando9le o rosto entre entre as mãos. 8 4omo ami'a. A resposta sincera tocou9o %undo no cora3ão. 8 1 então; 0ai ler o roteiro; 101
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!avid beiou9le uma das %aces, depois a outra, como a vira %a&er com 4larisse diversas ve&es, numa demonstra3ão de carrino. 1sperava que ela compreendesse a inten3ão de seu 'esto. 8 Aco que voc poderia me conse'uir uma c*pia. 8 Por acaso trou5e uma uma comi'o para casa. casa. 8 Eeli&, lan3ou9le os bra3os bra3os em torno do pesco3o. 8 0oc vai adorar. 1u o li inteiro, numa noite s*: não conse'uia lar'ar. 8 Neste caso, pre%iro que voc me entre'ue mais mais tarde.., 8 disse, beiando9le o pesco3o. 8 >eno al'o mais ur'ente a %a&er antes. A%undando o rosto nos cabelos dourados de Andrea, mordiscou9le mordis cou9le a orela, provocando9a. 1m resposta, ouviu de seus l+bios um 'emido bai5ino que o e5citou ainda mais. 8 4omo eu te quero, Andrea. Abra3ando9o com mais %or3a, Andrea sorriu, num convite. 8 1u tamb-m te quero muito, !avid. Ea3a amor comi'o... Satis%eito, ele beiou9le beiou9le os l+bios com muita calma mas com pai5ão: um beio intenso que a %e& suspirar. 1ntão, desli&ando a boca, percorreu9le o pesco3o at- insinuar a ln'ua entre os seios que a abertura da blusa dei5ava entrever. !eva'ar desabotoou9le um por um os botGes e abriu9le o sutiã rendado, e5pondo os seios rosados. Acariciando9os, observou os mamilos se intumescerem sob seu toque, mordiscando9os de leve. Andrea 'emeu de pra&er e arqueou ainda mais o corpo, numa entre'a irresistvel. Sem perda de tempo, !avid audou9a a se livrar do resto das roupas e, em se'uida, despiu9se. 4aminando at- o interruptor, apa'ou as lu&es da sala e desli'ou a televisão, vindo untar9se a ela no so%+. Apro5imando9se, admirou9le o corpo per%eito e deitou9se sobre ela, deliciando9se com a macie& de sua pele sedosa. !esli&ando9le as mãos pelos quadris, escorre'ou9as at- as co5as. Procurando proporcionar9le ainda mais pra&er, !avid e5plorou9le as re'iGes mais ntimas com movimentos ritmados que a levaram ao delrio. Dncapa& de conter9se por mais tempo, ele, então, possuiu9a com delicade&a, at- que alcan3assem o clma5. Ambos adormeceram, os corpos ainda entrela3ados. Mais tarde, ao despertar, !avid comentou$ 8 !aqui a pouco vamos acabar dormindo aqui mesmo no so%+. 8 Não me importo. Para ela, aqueles momentos de intimidade eram muito 'rati%icantes e poderiam durar uma eternidade. 8 1stive pensando em que poderamos poderamos %acilitar muito mais mais as coisas para n*s mesmos. mesmos. 8 Dndo para a cama; 8 inda'ou, tocando9le tocando9le os cabelos revoltos. revoltos. 8 Não e5atamente. e5atamente. Pensei em al'o mais.. . duradouro. 8 4omo di&er9le que 'ostaria de t9la morando consi'o; 8 >oda ve& que queremos passar a noite untos - uma correria. 8 Não me incomodo. osto de estar com voc. Mas !avid se incomodava e, quanto mais 'ostava de estar com Andrea, menos apreciava 102
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a correria que cada encontro acarretava. Ao sair do escrit*rio, tina que passar em sua casa, apanar uma muda de roupa para o dia se'uinte e todos os seus obetos pessoais. Mas, se le dissesse a verdade, se le dissesse que a amava e a queria consi'o, como Andrea iria rea'ir; >alve&, assustada, simplesmente o abandonasse, pondo um %im àquele relacionamento. Não, ainda não se considerava apto a correr tal risco. 4auteloso, resolveu abordar o assunto pelo lado pr+tico. 8 Ainda assim, creio que poderamos arranar arranar melor nossos encontros. Andrea abriu os olos e moveu9se um pouco, + inquieta. 8 !e que eito; 8 Seu apartamento %ica mais pr*5imo da cidade cidade e... 8 Sim, e da; da; Os olos a&uis + aviam perdido o brilo sonador de quando se amavam e !avid + se arrependia de ter tocado no assunto. 8 S* trabalamos trabalamos de se'unda a se5ta e mina casa, por outro lado, - *tima para para se passar o %im de semana. Me parece bastante ra&o+vel que mor+ssemos aqui durante a semana e pass+ssemos o s+bado e o domin'o nas montanas. Andrea não respondeu: sua mente %ervilava com in=meras id-ias e medos. O que !avid le propuna não era uma simples solu3ão para um problema como %a&ia crer, mas, sim, um :compromisso. 8 1st+ propondo propondo que moremos untos; untos; Sua %isionomia impassvel e o tom impessoal de vo& não permitiram a !avid dedu&ir o que le ia no ntimo. 8 @ basicamente o que + estamos %a&endo, não; não; 8 Não. >emos apenas apenas dormido untos. 1le teve vontade de sacudi9la at- que Andrea entendesse o que estava tentando le di&er. 4omo %a&9la en5er'ar a realidade; No entanto, reprimindo este mpeto, sentou9se no so%+ e come3ou a se vestir. Subitamente descon%ort+vel, Andrea apanou a blusa e colocou9a. 8 0oc %icou cateado, não -; 8 !i'amos que eu esperava outra rea3ão de sua parte. 8 Mas, !avid, eu ainda ainda nem tive tempo de pensar pensar no assunto. assunto. Eurioso, ele voltou9se para encar+9la, %u&ilando9a %u&i lando9a com o olar. 8 Se ainda precisa de tempo para pensar pensar - sinal de que não não est+ interessada. 8 Ora, voc não est+ sendo usto. 8 Não, não estouL 8 disse, %icando de p-, consciente consciente de que precisava sair dali dali antes que %alasse demais. Mas + estou cansado de ser usto com voc. 8 !iabosL 8 !e p-, ela ela o encarou. 8 !e repente voc ce'a e me propGe para para morarmos untos e, s* porque pe3o tempo para decidir, voc + perde a pacincia. Dsto ridculo. 8 Me tornei ridculo desde que comecei comecei a sair com voc. Dmediatamente, ele se arrependeu do que acabara de di&er. 1mbora soubesse que aquele era o momento certo para sair dali, !avid não o %e&: se'urou9a pelos bra3os com %or3a, %or3ando9a a encar+9lo. 8 0oc não entende; Buero mais do que uma noite de se5o com voc, Andrea. 1stou 103
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%arto destes encontros clandestinos quando nosso or+rio de trabalo permite. Dndi'nada, ela se a%astou. 8 0oc %a& com que me sinta uma. .. 8 Não 8 protestou sem se apro5imar dela. dela. 8 1stou apenas retratando retratando a verdade. verdade. Andrea sempre soubera que, um dia, aquele relacionamento iria acabar. Apelando para seu or'ulo, endireitou9se e a%irmou$ 8 Não sei o que voc quer de mim. 1ncarando9a, !avid percebeu a batala que ela travava contra as l+'rimas. 8 Não, não sabe mesmo. 1 - e5atamente e5atamente este o problema. problema. !ito isto, ele a dei5ou antes que dissesse al'o do qual se arrependesse para sempre.
CAPITULO XII
Muito nervosa, Andrea supervisionava a coloca3ão de cadeias dobr+veis no ardim da casa de 4larisse. Recontando9as, certi%icou9se de que o n=mero de lu'ares lu' ares estava correio e, então, veri%icou a disposi3ão das mesinas prote'idas por 'uarda9s*is coloridos. 1nquanto os empre'ados do bu%e se ocupavam dos =ltimos preparativos na co&ina, a %lorista com suas duas assistentes espalavam pequenos arranos em pontos estrat-'icos. 4ompostos por uma orqudea cercada de pequenas %lores coloridas, os vasinos emprestavam uma atmos%era ainda mais ale're à ocasião. >udo corria con%orme o previsto. Parada ali, sob o sol da manã, Andrea deseou ter outra coisa coi sa em que pensar. Mas os preparativos, + no %inal, não requeriam mais sua presen3a. Sua mãe estava prestes a se casar com o omem que amava, a prepara3ão da %esta ia bem e Andrea nunca se sentira tão in%eli&. >ina vontade de estar em casa, com portas e anelas %ecadas, debai5o das cobertas. Não Não %ora !avid que le dissera, certa ve&, que a autopiedade não levava a nada; "em, ele a'ora sara de sua vida, lembrou9se. A separa3ão + durava duas semanas. Mas tanto melor. Sem !avid por perto para con%undir9le as emo3Ges, estava dedicando mais tempo ao escrit*rio e ce'ara a considerar at- a possibilidade de admitir mais al'uns %uncion+rios, tal o volume de trabalo. Ali+s, dado ao ac=mulo de a%a&eres, corria o risco de ter t er que cancelar as duas semanas de %-rias no 4aribe. 1stava à beira de %ecar dois contratos milion+rios que e5i'iam sua presen3a em 2os An'eles. Ser+ que ele viria ao casamento; Por que continuava a pensar nele; A%inal, !avid a dei5ara sem maiores e5plica3Ges e5atamente no instante em que ela procurava manter9se %iel ao acordo que aviam estabelecido. 104
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!avid sara do apartamento batendo a porta atr+s de si e nunca mais le tele%onara. Buantas ve&es lutara contra a vontade de le tele%onar.. . Num certo dia, ce'ara mesmo a tentar, mas não o encontrou em casa. Aonde teria ido; Não era do seu estilo sair pela noite. Buantas noites sonara com ele... Assustada, sentava9se na cama certa de encontr+9lo a seu lado. Mas a'ora estava tudo acabado. Eora apenas uma -poca boa de sua vida que, in%eli&mente, não teve o %inal esperado. Pena. !e repente, percebeu que um dos empre'ados precisava de auda e, satis%eita por distrair9se, %oi at- l+. Ao entrar na co&ina, deparou com o co&ineiro preparando um dos pratos principais, enquanto 4larisse, sentada à mesa vestida num robe, e5traa9le al'uns se'redinos culin+rios. 8Mamãe, voc não devia estar se aprontando; Muito tranq7ila, 4larisse acariciou o 'ato que se enrolara em seu colo. 8 A, ainda tem tempo. 8 Fma muler nunca tem tempo su%iciente para se preparar no dia do casamento. 8 O dia est+ mesmo lindo, lindo, não; Sei que - boba'em boba'em considerar isto como um bom press+'io, mas aco que tudo vai dar certo. 8 0oc tem o direito de considerar qualquer coisa como como press+'io. A meio camino da ca%eteira, Andrea mudou de id-ia e, em ve& de servir9se, abriu a 'eladeira, pre%erindo uma ta3a de campane. A%inal, não era todo dia que uma %ila preparava o casamento da pr*pria mãe. 8 0ena, eu audo voc a se vestir. Antes de subirem, Andrea passou pela sala e apanou duas ta3as para levar consi'o, unto com a 'arra%a. 8 Não sei se devo come3ar come3ar a beber desde + + 8 disse 4larisse. 8 Não quero %icar tonta. 8 Pois devia %icar 8 opinou Andrea, sentando9se na cama de casal de 4larisse. 8 Ali+s, n*s duas deveramos %icar li'eiramente li'ei ramente altas. 1 melor do que %icarmos nervosas. 8 Ora, mas não estou nem um pouco nervosa nervosa 8 disse 4larisse com um riso pl+cido pl+cido nos l+bios. Andrea abriu o campane: a rola voou pelos ares. 8 >oda noiva %ica nervosa. nervosa. At- eu, que não teno teno nada a ver com isto, + estou. 8 Mina %ila. 8 4larisse 4larisse apanou uma das ta3as, ta3as, + servidas. 8 0oc não deve se preocupar comi'o. 8 Não posso evitar, mamãe mamãe 8 con%essou, beiando9le beiando9le as %aces. 8 1u te amo. 4omovida, 4larisse se'urou9le as mãos. 8 Sinto o maior or'ulo de voc, %ila. At- oe s* me deu ale'rias. ale'rias. 8 Mamãe, eu não s* te amo como tamb-m te adoroL 9 Obri'ada, querida. 8 Sentindo9le as mãos %rias, disse 9 Mas M as me di'a o que est+ acontecendo. Não era preciso ser paranormal para saber que 4larisse se re9%eria a !avid. Apoiando a ta3a no criado9mudo, Andrea levantou9se. 105
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8 Não temos tempo a perder, mamãe. mamãe. 0oc precisa se.., se.., 8 0ocs discutiram e sinto que est+ est+ ma'oada. Suspirando %undo, Andrea voltou a sentar9se. 8 1u sempre soube que, um dia, dia, tudo ia terminar, e + + estava preparada. 8 Mesmo; 8 "alan3ando a cabe3a, 4larisse tomou um 'ole de campane e voltou9se novamente para a %ila. 8 Por que motivo tem tanta di%iculdade em aceitar carino de outras pessoas; 15ceto de mim. Ser+ que criei voc de modo errado; 8 Não, absolutamente. @ apenas meu eito eito de ser. !e qualquer %orma, !avid !avid e eu. .. >udo não passou de uma pai5ão que acabou. 4larisse meditou sobre o assunto. 8 Mas voc o ama. Se estivesse na presen3a de outra pessoa, Andrea ne'aria a verdade, mas com sua mãe podia se abrir, 8 Dsto - problema meu meu e estou procurando procurando en%rent+9lo do melor melor modo possvel. 8 1ntão, sentindo que %raqueava, resolveu mudar de assunto. 8 Mas, num dia como este, não devemos discutir estas coisas. 8 Num dia como este quero quero ver mina %ila %eli&. Na sua opinião, o que - que !avid sente por voc; Andrea sempre se esquecia de que 4larisse era teimosa e determinada. 8 Atra3ão. 4reio que ele se interessou por mim mim porque não me entre'uei lo'o de incio. 1, nos ne'*cios, est+vamos em p- de i'ualdade. 8 Per'untei quais os sentimentos sentimentos dele 8 repetiu, diante da resposta evasiva. 8 Não sei 8 con%essou, er'uendo9se. er'uendo9se. 8 1le me desea. desea. !eseava. Eormamos um par per%eito na cama, mas aco que !avid queria mais... 1le 'ostava de me interro'ar, me %a&er pensar. 8 1 voc não queria. 8 Não 'osto de me sentir sentir e5aminada, vasculada. vasculada. Sentada, 4larisse observou9a andar de um lado para outro do quarto, bastante a'itada. a'itada. Buanta emo3ão arma&enada arma&enada em seu ntimo... Por que Andrea não se abria de ve&; 8 >em certe&a de que era este o intuito de !avid ao le %a&er tantas per'untas; 8 Não teno certe&a certe&a de nada. S* sei que ele - do tipo e5tremamente e5tremamente l*'ico, que 'osta de investi'ar a %undo tudo o que le interessa. 8 Al'uma ve& parou para para pensar que era era por voc que ele ele se interessava, não pelo pelo seu corpo; 8 Não importa, est+ tudo acabado. Ambos ce'amos ce'amos à conclusão de que um compromisso mais s-rio est+ absolutamente %ora de questão. 8 Por qu; 8 Porque não - o que ele. . . o que n*s queremos. Ei&emos um acordo acordo desde o come3o. 8 O que deu incio à discussão; 8 1le su'eriu su'eriu que mor+ssemos untos. 8 "em, para al'uns al'uns esta - uma %orma de compromisso. 8 Mas, para n*s, era apenas uma questão questão de convenincia. 8 Seria o motivo que a 106
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ma'oara; 8 Pedi um tempo para pensar e ele %icou bravo. Muito bravo mesmo. 8 1le %icou ma'oado. 8 1, 1, antes que Andrea pudesse protestar, acrescentou$ 8 O or'ulo %e& com com que vocs dois se se %erissem %erissem mutuamente. mutuamente. A a%irma3ão a dei5ou transtornada. Nunca avia parado para pensar no que %i&era. 8 1u não quis %erir !avid. Buis apenas. apenas. . . 8 Se prote'er 8 completou completou 4larisse. 8 Muitas ve&es uma uma coisa leva a outra. outra. Buando se ama al'u-m de verdade temos que correr al'uns riscos. 8 Aca que eu deveria procur+9lo; 8 Ea3a o que seu cora3ão cora3ão mandar. mandar. 8 Parece tão simples. 8 Mas - a coisa mais mais apavorante do mundo, mundo, %ila. Sentando9se novamente, novamente, Andrea recostou a cabe3a no ombro de 4larisse. 8 O, mamãe, e se ele não me quiser; 8 0oc vai corar, vai vai so%rer e, depois, vai recoler recoler os restos espalados pelo cão cão e tocar a vida para a %rente. Sei que - %orte o bastante para superar qualquer crise, mina menina. Apanando a sua ta3a, Andrea er'ueu um brinde. 8 A que brindaremos primeiro; Ap*s uma pausa para meditar, 4larisse a%irmou, bastante convicta$ 8 esperan3a, que sempre nos nos auda a viver. Andrea trancou9se no quarto que sua mãe mantina reservado para ela, desde que se mudara para l+. >alve& %osse boa id-ia passar a noite ali depois que a %esta acabasse, os noivos partissem em lua9de9mel e tudo %icasse tranq7ilo. Buando a noite casse tra&endo consi'o o silncio, poderia pensar melor sobre o que le acontecia e, quem sabe, reunir cora'em para no dia se'uinte se'uir o conselo de 4larisse. !entre tantas d=vidas que le ocorriam, Andrea tina apenas uma certe&a$ ela o amava. 1, se por este motivo tivesse que correr al'uns riscos, não se importaria. 1ndireitando os ombros se apro5imou do espelo e observou a pr*pria ima'em re%letida. A pedido de 4larisse escolera um vestido bem romHntico como + muito não usava. 1ra todo em renda a&ul9clara com %orro do mesmo tom em seda. A 'ola alta subia at- o pesco3o e a saia %arta descia at- os torno&elos. O modelo não %a&ia seu estilo abitual, mas Andrea teve que admitir a si mesma que se sentia muito bem vestindo al'o tão delicado. Apanando o pequeno arrano de %lores que usaria, ima'inou qual seria a sensa3ão de se preparar para viver para sempre com o omem amado. Fma noiva devia sentir o mesmo arrepio na espina que ela mesma sentia a'ora, s* ao ima'inar. !evia ser uma esp-cie de verti'em num misto de e5cita3ão e ansiedade. 15perimentando todas estas sensa3Ges, Andrea apoiou9se na cCmoda. Seria uma premoni3ão; "alan3ando a cabe3a, procurou a%astar a id-ia absurda de sua mente e, ao consultar o rel*'io, constatou que + era mais do que ora de estar prontas para receber os convidados. 107
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Os %ilos de Ale5 %oram os primeiros a ce'ar. Andrea os conecera na v-spera, quando %oram todos antar untos, e ainda se sentia pouco à vontade na presen3a deles. 1m pouco tempo de&enas de convidados come3ariam a ce'ar. 8 AndreaL 4aminando pelo 'ramado, Ale5 veio ao seu encontro. 8 0oc est+ linda. Muito bem vestido, Ale5 e5ibia a ele'Hncia e o carme de sempre. 8 1spere s* at- ver a noiva. 8 1stou mesmo ansioso por t9la aqui comi'o para para receber os convidados. convidados. 4omo sabe, costumo %alar para milGes de pessoas todas as noites no notici+rio, mas isto aqui - muito di%erente. 8 1stou mesmo ansioso por t9la aqui comi'o para para receber em tom brincalão, aeitando9le a 'ravata9borboleta. 8 Por que não toma um aperitivo e rela5a um pouco; 8 >em ra&ão, aco que - isso que vou %a&er. %a&er. Andrea o observou caminar em dire3ão à mesa onde estavam as bandeas com os copos e, ao voltar9se, deparou com !avid. Parado à entrada do ardim, tina os cabelos revoltos pelo vento morno da manã ensolarada. 4om o cora3ão + acelerado, Andrea se per'untava se a surpresa le a'radava ou não. !avid não se apro5imou e, ao perceber que deveria dar o primeiro pri meiro passo, Andrea apertou com %or3a o pequeno arrano de %lores que tra&ia nas mãos. Para !avid, Andrea mais parecia um ano com seu vestido %luido e delicado. O vento que arrastava consi'o o per%ume das %lores a'itava9le a saia %arta numa carcia. Observando9a apro5imar9se, todas as oras so%ridas que passara durante aquelas duas semanas vieram9le à mente. 8 Eico %eli& que tena vindo. At- aquela manã, ele estivera determinado a não ir, mas, ao dar9se por si, + se avia vestido. 8 Pelo visto, as coisas estão correndo correndo con%orme o previsto. 1st+ tudo muito bonito. bonito. Não, nada corria con%orme o previsto. . . 8 A cerimCnia est+ para para come3ar. >ão lo'o os =ltimos convidados se acomodem, acomodem, irei buscar 4larisse. 8 !ei5e os convidados por mina conta, conta, Andrea. 8 Não precisa precisa se incomodar, incomodar, eu. .. 8 1u prometi. 8 Sua resposta a dei5ou sem ar'umentos. 8 Obri'ada. Obri'ada. 4om licen3a. licen3a. 1ntrando em casa, %oi para o seu quarto para se recompor antes de en%rentar 4larisse. Ao som da pequena orquestra que tocava sobre um tablado armado a um canto do ardim, Andrea ocupou seu lu'ar. 1ntão, olando olando para Ale5, sorriu encoraadora. encoraadora. Aos primeiros acordes da marca nupcial, 4larisse sur'iu à porta. 0estida num lon'o de seda rosa que le ressaltava a pele clara, atravessou a passadeira, tendo os olos %i5os em Ale5. 108
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Os convidados se levantaram e Andrea notou que o noivo estava embevecido. Ambos deram9se as mãos e a cerimCnia teve incio. A pedido da noiva, tudo %oi muito r+pido, resumindo9se ao mnimo essencial. 4om o cora3ão apertado e uma incrvel sensa3ão de perda, Andrea assistiu à promessa de sua mãe de se manter sempre %iel ao marido. >endo os olos rasos de +'ua, abriu os bra3os para abra3ar a noiva. 8 O, mamãe, mamãe, quero que sea muito %eli&. 8 ?+ sou, querida. 1 voc tamb-m ser+. 1, antes que Andrea pudesse di&er mais al'uma coisa, 4larisse se a%astou, sendo imediatamente abra3ada pelos %ilos de Ale5. Iavia providncias a serem tomadas e Andrea pre%eria manter9se ocupada: isto a audaria a se controlar emocionalmente. 1m poucas oras poderia %icar so&ina, mas por enquanto precisava sorrir, o que a %a&ia sentir9se uma per%eita idiota. i diota. Ap*s todos os cumprimentos, !avid se apro5imou da noiva$ 8 4larisse, voc est+ linda. 8 Obri'ada, !avid, estou satis%eita que tena tena vindo. 1la precisa precisa tanto de voc. 8 Ser+; Suspirando, 4larisse se'urou9le as mãos com muito carino. 8 Mas - claro que sim. 0+, %ale com ela, ela, Andrea sabe melor melor que nin'u-m como dis%ar3ar os sentimentos. 8 1st+ bem, eu irei. 8 eno uma reunião com com Stei'er se'unda9%eira. 8 Bue bomL 8 e5clamou, e5clamou, sem esconder a satis%a3ão. satis%a3ão. 8 0ai dar tudo certo, certo, teno certe&a. 8 Se %or assim, voc ter+ sido a respons+vel pelo sucesso. 8 Eico contente. 8 Não dan3o uma valsa valsa desde os tre&e anos anos 8 ele comentou, se'urando9a pelo cotovelo. 8 Mina mãe, naquela -poca, me obri'ava a dan3ar com mina prima. 4ondu&indo9a para unto dos outros casais, comentou$ 8 0oc est+ tensa. Procurando não pensar na sensa3ão a'rad+vel de t9lo unto de si, Andrea concentrou9se no ritmo da m=sica. 8 @ por causa causa da %esta. Buero que tudo saia per%eito. 109
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8 Não tem que se preocupar preocupar mais com isso. A %esta est+ sendo um sucesso. 4larisse dan3ava com Ale5 como se não ouvesse nin'u-m mais a sua volta. 8 Não, não teno teno que me preocupar 8 a%irmou, suspirando. 8 Mas sinto como se tivesse perdido mina mãe. 8 4om o tempo esse esse sentimento vai passar. Num Num 'esto carinoso, ele beiou9le a testa. >anta 'entile&a a dei5ou absolutamente sem de%esa. 8 !avid 8 disse, er'uendo o rosto para %it+9lo. 8 Senti Senti muito a sua %alta. 1ra di%cil para ela revelar seus sentimentos. Ao %a&9lo, des%e&9se des %e&9se do pouco or'ulo que ainda le restava. !avid abra3ou9a com mais %or3a. 8 Andrea. .. Por %avor, não di'a nada. S* queria que voc soubesse. Precisamos conversar. 1la + ia concordar quando %oi anunciado ao micro%one que todas as mo3as solteiras deveriam se aprontar, pois a noiva iria o'ar o buqu. 8 0ena, Andrea 8 disse uma ami'a, pu5ando9a pela pela mão. 8 0amos 0amos ver quem ser+ a pr*5ima. Andrea se'uiu a mo3a sem vontade: precisava conversar com !avid. Sabia que sua %elicidade estava em o'o. Olando para tr+s, na dire3ão de !avid, de repente Andrea s* teve tempo de er'uer o bra3o para se prote'er do buqu, que le caiu na cabe3a. 1mbara3ada, a'radeceu os cumprimentos e votos de %elicidade. 8 Mais um sinal; sinal; 8 inda'ou 4larisse, beiando9a. 8 Sinal de que voc tem boa pontaria. 8 4urvando9se, a%undou o rosto entre as %lores, aspirando9le o per%ume. 8 0oc deveria 'uard+9lo. 8 Nada disso. At- lo'o, mina mina %ila, estarei de volta volta dentro de duas semanas. semanas. Ap*s um abra3o apertado, os noivos despediram9se de todos e saram em via'em vi a'em de n=pcias. Os =ltimos convidados partiram no %inal da tarde e, aproveitando aprovei tando aquele momento de silncio, !avid abra3ou9a. 15austa %sica e mentalmente, Andrea não o reeitou, limitando9se a aproveitar ao m+5imo a prote3ão daqueles bra3os %ortes. 8 Andrea, por que não não dei5amos o or'ulo de lado e admitimos a verdade; Não d+ mais para esconder. 1r'uendo o rosto + banado pelas l+'rimas, ela o %itou. 8 O, !avid, eu te amo amo tanto. 0ou precisar precisar muito de voc.. Me perdoe... perdoe... 8 1u - que devo le pedir pedir perdão. A'i como um imbecil, dei5ando voc numa %ase tão di%cil. Mas, no %undo, sabia que s* o tempo a %aria ver que não + como %u'ir à realidade. Aco que te amei desde o primeiro instante em que nos vimos. >emerosa, arriscou$ 8 0oc ainda quer morar morar comi'o; 8 Não, creio que não. não. A reei3ão doeu9le %undo no peito e a %e& querer %u'ir %u'i r dali, desvencilar9se daquele 110
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abra3o. Mas !avid a impediu. 8 Por %avor, me dei5e em pa& 8 implorou9le, + sem um tra3o de or'ulo. 8 Não quero mais morar com voc, Andrea. Buero me casar com voc. 1mocionada, Andrea deu va&ão às l+'rimas, que le correram abundantes pelo rosto. 8 O, !avid, esperei esperei tanto por por este momento. momento. .. 8 Não mais mais do que eu, querida. . .
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