Manual do Companheiro Franco Maçom Estudo Interpretativo dos Símbolos e Alegorias Do Segundo Grau Maçônico
Este segundo grau no qual fostes admitido, é o resultado natural dos vossos esforços; primeiramente: tendo aprendido, tereis de provar, ou seja, demonstrar na prática, com uma atividade fecunda, os vossos conhecimentos e reconhecimentos interiores. Nisso essencialmente se insere a qualidade de Companheiro, ou oreiro da intelig!ncia construtora, no qual se converteu como resultado de um aprendi"ado fiel e perseverante. #ua iniciaç$o efetiva nessa arte, como oreiro ou artista, o fa" companheiro de todos os que praticam em comunh$o de ideais e ojetivos, compartilhando o p$o dos conhecimentos e capacidades, adquiridos por meio do estudo e da e%peri!ncia, como resultado dos esforços numa atividade &til e construtiva. ' sentimento de solidariedade ou companheirismo que nasce de t$o (ntima comunh$o, é, e deveria ser a caracter(stica fundamental deste grau maç)nico. ' aprendi", em virtude de seus conhecimentos ainda rudimentares, e de sua incapacidade sim*lica para uma ora realmente eficiente, por n$o ter sido ainda provadas sua perseverança e firme"a de prop*sitos, n$o pode sentir ainda esta solidariedade que nasce do sentimento de igualdade com os que praticam a +rte; sendo que deve esforçarse constantemente para estar alinhado com os -rinc(pios, e poder chegar assim em n(vel com aqueles que se estaeleceram nos mesmos. + liberdade é o ideal e a aspiraç$o do +prendi", cujos esforços se dirigem principalmente a liertar se dos julgo das pai%es, dos erros e v(cios; já que cada v(cio é um v(nculo que o detém, retardando o seu progresso. -or meio do esforço vertical, simoli"ado pelo prumo /em sentido oposto 0 gravidade das propenses negativas que constituem a polaridade inferior de seu ser1, chega a conquistar aquela lierdade que s* se encontra na fidelidade aos 2deais, -rinc(pios e +spiraçes mais elevados de nosso ser. + igualdade deve ser a caracter(stica principal do Companheiro que aspira elevarse interiormente até o seu mais elevado 2deal e, em conseq3!ncia, ao n(vel dos que se esforçam no mesmo caminho e para as mesmas finalidades. Enquanto para par a a fraternidade n$o pode ser, se n$o o resultado de haver se identificado de uma maneira ainda mais (ntima com seus irm$os, quaisquer que sejam as diferenças e%teriores que, como arreiras, aparentam elevarse algumas ve"es entre os homens. #em d&vida, o aprendi"ado que o +spirante terminou simolicamente, ao ser admitido no segundo grau, ainda n$o está conclu(do: onde quer que estejamos e em qualquer condiç$o, em qualquer grau maç)nico n$o dei%amos de ser aprendizes, porque sempre temos algo a aprender. aprend er. E este desejo ou atitude para aprender é a condiç$o permanente de toda possiilidade de progresso interior. -orém 0 qualidade de aprendi" deve agregarse algo mais: a capacidade de demonstrar e colocar em prática em atividade construtiva os conhecimentos adquiridos, e por po r meio desta capacidade reali"adora é como se chega a converterse em verdadeiros Companheiros. 2gualmente, a capacidade de alcançar um estado mental de firme"a, perseverança e igualdade n$o os dispensa da necessidade de seguir esforçandose para estar constantemente em prumo com os seus ideais, princ(pios e aspiraçes espirituais. Cada grau maç)nico simoli"a, pois, uma condiç$o, qualidade, prerrogativa, dever e responsailidade que se somam 0s precedentes sem que nos dispensem de cumprir com as mesmas. -ortanto, 0 qualidade de Companheiro deve agregarse a de +prendi" de maneira que, sem que cesse o esforço de aprender e progredir, esta atividade se faça fecunda e produtiva, segundo o e%pressa o
sentido da palavra que indica a passagem do primeiro ao segundo grau. +ssim pois, por haver sido admitido em um grau superior, n$o deveis esquecer vossa instruç$o de +prendi", nem tampouco dei%ar de continuar estudando e meditando o simolismo do primeiro grau: o malho, o cin"el e o esquadro n$o s$o menos necessários pelo fato de que aprendestes tamém o uso do compasso, da alavanca e da régua, que os complementam, porém n$o os sustituem. Cada grau maç)nico é, sore tudo, um novo grau de compreensão da mesma doutrina, um grau situado além da capacidade no uso dos mesmos instrumentos, cujas infinitas possiilidades dependem somente de nosso desenvolvimento interior. Com o mesmo malho e cin"el, fará o humilde canteiro ao princ(pio de sua carreira, uma pedra toscamente lapidada; o oreiro esperto um traalho muito mais proveitoso para os ojetivos da construç$o; um artista de maior hailidade saerá fa"er dela um capitel ou outra ora ornamental. -orém o escultor que sae e%pressar na mesma pedra um ideal de ele"a, fará dos mesmos instrumentos um uso infinitamente superior, e o valor de sua ora será por certo muito maior. ' mesmo ocorre com os graus maç)nicos, caracteri"ados tanto por uma maior capacidade no uso dos primeiros e fundamentais instrumentos da +rte, como por novos instrumentos sim*licos desconhecidos nos primeiros graus. -orém, o uso sempre perfeito dos instrumentos elementares, é o que torna &teis e proveitosos os demais instrumentos, que de nada serviriam, para aqueles que n$o tivessem aprendido ainda a manejar os primeiros. N$o esqueçais, portanto, ao ingressar nessa n essa segunda etapa de vossa carreira c arreira maç)nica, que todo vosso progresso nela, como na sucessivas, dependem de vossa crescente capacidade de interpretar os elementos fundamentais do simolismo da +rte, aprendendo a viv!los e reali"álos de uma forma sempre mais perfeita e proveitosa; já que cada grau n$o é outra coisa que uma melhor, mais iluminada, elevada e profunda compreens$o e reali"aç$o do programa de +prendi", que será para sempre a ase do Edif(cio 4aç)nico, dado que no seu simolismo está concentrada toda a doutrina que se desenvolve e se e%plica nos graus sucessivos. !IMEI!A A!"E # DESE$%#&%IME$"# 'IS"(!IC# DA MA)#$A!IA MA)#$A!I A M#DE!$A ' grau de +prendi", usca a resposta 0 pergunta /de onde viemos51 e a esse grau compete o estudo das origens primeiras da nossa ordem, as quais tivemos uscando no primeiro 4anual desta série, assim tamém é especial a compet!ncia do segundo grau sim*lico em responder 0 pergunta /quem somos 51, estudando a hist*ria da 4açonaria 4oderna. 's princ(pios da 4açonaria, conforme os conhecemos atualmente, se devem principalmente ao estado de decad!ncia em que se encontravam, ao fim do século 6722, os antigos grupos de construtores, assim como as demais corporaçes de of(cio, que tinham florescido nos séculos anteriores, alcançando o seu apogeu pr*%imo ao fim da idade média. +s causas dessa decad!ncia foram por um lado a diminuiç$o do fervor religioso que seguiu a 8eforma, de maneira que a construç$o das igrejas foi cedendo seu lugar a outros edif(cios profanos, tanto p&licos como privados; e tamém por um grau maior de especiali"aç$o dos operários nos respectivos traalhos, e a falta de conveni!ncia por parte desses, de seguirem reunindose em associaçes organi"adas para a prática de uma arte determinada. -recisamente por esta ra"$o, no mesmo século 6722, havia se estendido a prática de admitir nos grupos de construtores, memros honorários /maçons aceitos1, ainda inteiramente estranhos 0 prática da arte de construir, porém que cooperavam para proverem materialmente e moralmente esses grupos. ' dia em que estes maçonsaceitos começaram a prevalecer sore os de of(cios, e se lhes concederam cargos de direç$o /dos quais estavam e%clu(dos anteriormente1, foi precisamente o ponto que assinalou a transformaç$o conhecida com nome de maçonaria operativa em especulativa; ainda
sentido da palavra que indica a passagem do primeiro ao segundo grau. +ssim pois, por haver sido admitido em um grau superior, n$o deveis esquecer vossa instruç$o de +prendi", nem tampouco dei%ar de continuar estudando e meditando o simolismo do primeiro grau: o malho, o cin"el e o esquadro n$o s$o menos necessários pelo fato de que aprendestes tamém o uso do compasso, da alavanca e da régua, que os complementam, porém n$o os sustituem. Cada grau maç)nico é, sore tudo, um novo grau de compreensão da mesma doutrina, um grau situado além da capacidade no uso dos mesmos instrumentos, cujas infinitas possiilidades dependem somente de nosso desenvolvimento interior. Com o mesmo malho e cin"el, fará o humilde canteiro ao princ(pio de sua carreira, uma pedra toscamente lapidada; o oreiro esperto um traalho muito mais proveitoso para os ojetivos da construç$o; um artista de maior hailidade saerá fa"er dela um capitel ou outra ora ornamental. -orém o escultor que sae e%pressar na mesma pedra um ideal de ele"a, fará dos mesmos instrumentos um uso infinitamente superior, e o valor de sua ora será por certo muito maior. ' mesmo ocorre com os graus maç)nicos, caracteri"ados tanto por uma maior capacidade no uso dos primeiros e fundamentais instrumentos da +rte, como por novos instrumentos sim*licos desconhecidos nos primeiros graus. -orém, o uso sempre perfeito dos instrumentos elementares, é o que torna &teis e proveitosos os demais instrumentos, que de nada serviriam, para aqueles que n$o tivessem aprendido ainda a manejar os primeiros. N$o esqueçais, portanto, ao ingressar nessa n essa segunda etapa de vossa carreira c arreira maç)nica, que todo vosso progresso nela, como na sucessivas, dependem de vossa crescente capacidade de interpretar os elementos fundamentais do simolismo da +rte, aprendendo a viv!los e reali"álos de uma forma sempre mais perfeita e proveitosa; já que cada grau n$o é outra coisa que uma melhor, mais iluminada, elevada e profunda compreens$o e reali"aç$o do programa de +prendi", que será para sempre a ase do Edif(cio 4aç)nico, dado que no seu simolismo está concentrada toda a doutrina que se desenvolve e se e%plica nos graus sucessivos. !IMEI!A A!"E # DESE$%#&%IME$"# 'IS"(!IC# DA MA)#$A!IA MA)#$A!I A M#DE!$A ' grau de +prendi", usca a resposta 0 pergunta /de onde viemos51 e a esse grau compete o estudo das origens primeiras da nossa ordem, as quais tivemos uscando no primeiro 4anual desta série, assim tamém é especial a compet!ncia do segundo grau sim*lico em responder 0 pergunta /quem somos 51, estudando a hist*ria da 4açonaria 4oderna. 's princ(pios da 4açonaria, conforme os conhecemos atualmente, se devem principalmente ao estado de decad!ncia em que se encontravam, ao fim do século 6722, os antigos grupos de construtores, assim como as demais corporaçes de of(cio, que tinham florescido nos séculos anteriores, alcançando o seu apogeu pr*%imo ao fim da idade média. +s causas dessa decad!ncia foram por um lado a diminuiç$o do fervor religioso que seguiu a 8eforma, de maneira que a construç$o das igrejas foi cedendo seu lugar a outros edif(cios profanos, tanto p&licos como privados; e tamém por um grau maior de especiali"aç$o dos operários nos respectivos traalhos, e a falta de conveni!ncia por parte desses, de seguirem reunindose em associaçes organi"adas para a prática de uma arte determinada. -recisamente por esta ra"$o, no mesmo século 6722, havia se estendido a prática de admitir nos grupos de construtores, memros honorários /maçons aceitos1, ainda inteiramente estranhos 0 prática da arte de construir, porém que cooperavam para proverem materialmente e moralmente esses grupos. ' dia em que estes maçonsaceitos começaram a prevalecer sore os de of(cios, e se lhes concederam cargos de direç$o /dos quais estavam e%clu(dos anteriormente1, foi precisamente o ponto que assinalou a transformaç$o conhecida com nome de maçonaria operativa em especulativa; ainda
que o desenvolvimento de um caráter teve de ser mais gradual, entretanto de nenhuma maneira necessariamente implicado pela presença dos memros honorários, apesar do n&mero destes. A G!A$DE *A DE $D!ES +ssim foi que, em 99, os escassos memros remanescentes de quatro lojas londrinas, que tinham os seus lugares de permanência /segundo o costume naquela época1, em quatro diferentes hospedarias, decidiram celerar juntos na hospedaria do 4an"ano sua reuni$o anual de < de junho /dia de #$o =o$o >atista1. Nessa reuni$o, que depois se tornou tradicional por essa ra"$o hist*rica, sem que os seus participantes pudessem darse conta disso, tratando de uscar uma soluç$o para as suas condiçes, que nos <imos tempos se encontravam cada ve" menos pr*speras. 's presentes decidiram juntarse na, que depois /em 9?@1 passaram a chamar uma Arande Boja, elegendo para presidila oficiais especiais, que deviam promover a sua prosperidade. Esses foram: for am: +nt)nio +nt)nio #aer, homem desconhecido e de modesta condiç$o, inteiramente estranho ao of(cio de pedreiro, que foi nomeado Ar$o 4estre; =aco Bamall, carpinteiro; =osé Elliot, capit$o; foram eleitos grandes vigilantes9. Dados que essas Bojas n$o eram as &nicas ent$o e%istentes /algumas das outras, como de -reston chegaram até os nossos dias1 n$o há d&vida de que de nenhuma maneira poderia tratarse ent$o de eleger a um Ar$o 4estre dos 4açons, que para tal n$o tinham autoridade, se n$o apenas dessas quatro Bojas, n$o se podendo sequer assegurarse que tal t(tulo foi efetivamente utili"ado nessa ocasi$o, ainda que poderia muito em ter sido; com esta atriuiç$o restrita. #em d&vida, somente depois, e por mérito de homens que, so diversas circunstFncias foram atra(dos 0 essa Arande Boja, que as denominaçes de Ar$o 4estre e Arande Boja adquiriram real significado e importFncia. ' desenvolvimento futuro de nossa 2nstituiç$o, a partir dessa modesta reuni$o, n$o estava de nenhuma forma condicionado 0 mesma, e s* se deve 0 Gorça Espiritual que aproveitou e vivificou esse pequeno e modesto agrupamento do qual rotou um movimento que se estendeu para toda a superf(cie da terra. #empre s$o, pois, as idéias, as que operam no mundo, por sore os indiv(duos que se fa"em seus meios, ve(culos e instrumentos. H na força das idéias, que animam e inspiram os homens, que se deve todo o progresso e toda a ora ou instituiç$o de alguma importFncia, por tra" daqueles que aparecem e%teriormente como seus fundadores e e%poentes. No que particularmente se refere 0 4açonaria, 4açonar ia, n$o há d&vida que suas origens mais verdadeiras, v erdadeiras, v$o muito além desses homens de oa vontade e de med(ocre intelig!ncia que unicamente se preocuparam em salvar suas lojas da decad!ncia d ecad!ncia que as ameaçava, por meio da d a uni$o das mesmas. Devese uscar essas origens na 2déia Espiritual central, que oculta no seu cerne, o verdadeiro segredo maç)nico, assim como das demais idéias relacionadas com aquela, das quais se fe", em diferentes momentos e circunstFncias especiais. + essa idéia central, ainda oculta e secreta para a maioria de seus adeptos, tamém devemos o conjunto de tradiçes, alegorias, s(molos e mistérios, que tem vindo se apropriando, e em parte criando e modificando, para emele"ar e dar maior rilho a seus traalhos, cujas origens, como a de seus cerimoniais, s$o antiqu(ssimos, tendo nos sido transmitindo através de diferentes civili"açes que se desenvolveram sucessivamente sore o nosso planeta. Desse ponto de vista está perfeitamente justificado o empenho dos primeiros historiadores maç)nicos, começando com +nderson, e dos que fi"eram ou adaptaram os seus rituais, para relacionar nossa instituiç$o com todos os movimentos espirituais e tradiçes m(sticas iniciáticas da antig3idade, segundo tamém tratamos de fa"elo no manual do +prendi". -ois se é certo que a 4açonaria 4oderna tem sua iniciaç$o nessa fortuita agremiaç$o de quatro Bojas que juntandose, puderam salvarse da dissoluç$o a que pareciam inevitavelmente destinadas como s$o todas as coisas que n$o saem renovarse quando chega o momento oportuno e que,
dessa maneira prosperaram muito além de suas e%pectativas, n$o é menos certo que soueram recorrer em segredo a herança de todos os segredos, mistérios e tradiçes, assim como soueram fa"erse o receptáculo das grandes e nores idéias que constituem um fermento vital e um impulso renovador no meio em que atuavam. E se pela nature"a da ora podese reconhecer o artista que a conceeu e reali"ou, julgamos a 4açonaria pela m(stica ele"a de seu conjunto sim*lico ritual, a essa ora sem d&vida n$o se pode dar outro qualificado que n$o o de 4agistral. em sua ess!ncia mais (ntima e profunda, qualquer que possa ser sua filiaç$o e%terior e aparente, n$o pode ser se n$o 'ra de 4estre na acepç$o mais profunda da palavra. Essa ess!ncia (ntima é o Bogos, ou verdadeira palavra que deve uscarse em toda Boja Justa e Perfeita, a idéia espiritual que nela se deve reali"ar. Essa mesma idéia, cujas latentes possiilidades foram depois se desenvolvendo a maioria delas esperam ainda a oportunidade para vir 0 lu" tem sido a semente da árvore poderosa que representa a 4açonaria 4oderna : um meio destinado ao reconhecimento e 0 prática da fraternidade, um crisol de idéias e um movimento liertador das consci!ncias e dos povos. !IMEI!#S DI!IGE$"ES Nas sucessivas assemléias solsticiais de 99@ e 99I foram eleitos Arandes 4estres da Arande Boja de Bondres, respectivamente, =orge -ane e =uan Je*filo Desagulier, o primeiro dos quais tomou novamente o malhete presidencial de 9K. + esses dois homens se devem, o nascimento da Arande Boja e o impulso espiritual renovador, assim como as linhas ideol*gicas que depois caracteri"aram a 4açonaria 4oderna. ' primeiro, e% funcionário governamental, homem muito ativo, enérgico e de posiçes lieral, parece haver sido levado 0 sociedade, a que levou o prest(gio de sua personalidade e de suas numerosas relaçes sociais, por sua 0 afeiç$o pelas antig3idades. ' segundo, nascido em Ba 8ochelle e filho de um pastor Lugonote, te*logo e jurista, amigo pessoal de NeMton e vicepresidente da 8eal #ociedade de Bondres, contriuiu sore tudo, especialmente em colaoraç$o com +nderson, para o desenvolvimento de sua parte ideol*gica. Esses tamém foram os que atra(ram para a #ociedade outras eminentes personalidades como Duque de 4ontague quem, em 99, aceitou a nomeaç$o de Ar$o4estre, sucedendo A. -ane. + eleiç$o, feita com a representaç$o de 9 Bojas, de um memro da nore"a, foi sem d&vida muito acertada quanto ao ojetivo de assegurar para a 'rdem prest(gio e prosperidade material: tornouse, pois, moda o pertencer 0 4açonaria, uscandose nela uma espécie de t(tulo de reputaç$o e honrade". #e fe" ent$o necessária a formulaç$o de uma maneira mais clara e completa dos estatutos e regulamentos da 'rdem, sore a ase das antigas Constituiçes colecionadas por A. -anes, e das Aeneral 8egulations compiladas pelo mesmo no segundo ano de sua presid!ncia. Desta forma, o Duque de 4ontague solicitou ao 8ev. =aime +nderson, que foi valiosamente assistido em sua ora por A. -anes e =. J. Desagulier, para os quais colocou as antigas constituiçes A*ticas em uma forma nova e melhor. +ssim nasceu o Bivro das Constituiçes dos Granco4açons, tratando da hist*ria, deveres e regulamentos daquela antiqu(ssima e muivenerável Graternidade. ' manuscrito foi e%aminado pela primeira ve" por uma comiss$o de 9< 2rm$os, nomeada no fim do mesmo ano de 99 pelo Duque 4ontague, e foi aprovado em de março seguinte, com as emendas sugeridas pelos mesmos, depois do que ordenou a sua impress$o, estando < Bojas representadas na assemléia. ' livro foi pulicado e foi presenteado solenemente por +nderson na assemléia da Arande Boja que se verificou no dia 9 de janeiro de 9?, sendo ent$o confirmado e proclamado Ar$o4estre o Duque de Oharton, quem se havia feito nomear como tal no dia < de junho do ano anterior, numa assemléia convocada irregularmente por ele mesmo. Goi sucedido pelo Conde de DalPeith, continuandose depois com o mesmo costume de elegerse para o cargo de Ar$o4estre um memro
destacado da nore"a.
A C#$S"I"+I),# DE A$DE!S#$ + 'ra de +nderson foi sempre considerada nos amientes 4aç)nicos com muita enevol!ncia, sem indagarse até que ponto seu livro das constituiçes correspondia com a 'ra Bas +ntiguas Constituciones A*ticas que n$o nos foram transmitidas, e passando por cima das faltas, erros, omisses e invençes que pudessem conter. + hist*ria legendária das origens 4aç)nicas que aqui se relata, repousa, como é natural, sore + >(lia, livro que para os povos anglosa%$os foi sempre ojeto especial de veneraç$o. Caim e seus descendentes como os descendentes de #eth, se consideram como os primeiros edificadores, mencionandose a continuaç$o a +rca de Noé, que mesmo sendo de madeira foi faricada segundo os princ(pios da geometria e das regras da 4açonaria. Noé e seus tr!s filhos foram, assim, verdadeiros 4açons que, depois do dil&vio, conservaram as tradiçes e artes dos antediluvianos e a transmiss$o ampla a seus filhos. Depois do qual, se menciona os Caldeus e os Eg(pcios e aos descendentes de =afet que emigraram as ilhas Aentiles, como todos igualmente háeis na +rte 4aç)nica. Considerase os israelenses, ao sair do Egito, como todo um povo de maçons, em instru(dos so a liderança de seu Ar$o4estre, 4oisés, que as ve"es os reuniu numa loja geral e regular. Ginalmente se fala na construç$o do Jemplo de =erusalém, por #alom$o, sendo Liran o 4estre da 'ra. Jamém a Naucodonosor, depois de haver destru(do e saqueado esse mesmo Jemplo, lhe é atriu(do haver posto o seu coraç$o na 4açonaria, construindo as muralhas e os edif(cios da sua cidade, au%iliado pelos háeis art(fices da =udéia e de outros pa(ses que haviam sido levados cativos para a >ail)nia. Jamém citase os gregos, a -itágoras, os 8omanos e os #a%es, que com natural disposiç$o para a maçonaria, apressaramse a imitar os +siáticos, Aregos e os 8omanos na instalaç$o de Bojas, traçandose uma hist*ria sumária sore o desenvolvimento da +rte maç)nica na 2nglaterra. #omente na segunda ediç$o da ora, redigida no ano de 9?@, se dava escassas not(cias sore a fundaç$o da primeira Arande Boja que teve lugar em 99, di"endose somente na primeira ediç$o que naquela época, em Bondres e em outros lugares floresciam diversas e dignas lojas individuais que celeravam um conselho trimestral e uma junta geral anual para nelas conservar saiamente as formas e os usos da mui antiga e venerável 'rdem, cuidar devidamente a +rte 8eal e conservar a argamassa da Graternidade, afim de que a 2nstituiç$o parecesse uma a*ada em ajustada. DE%E!ES MA)-$IC#S #egue uma compilaç$o dos Deveres de um Granco4aç$o retirados de antigos documentos, que tratam: 9. 9. de Deus e da religi$o, . . do chefe de estado e dos seus suordinados, ?. ?. das Bojas, <. <. dos 4estres, 7igilantes, Companheiros e +prendi"es, . . dos traalhos das 'ficinas, Q. Q. da conduta em Boja em como fora da mesma, em passos perdidos, em presença de profanos, no lar e na vi"inhança. No que concerne a Deus e 0 8eligi$o di"em : um maçom está origado, como tal, a oedecer a lei moral; e, se em compreende a +rte, nunca se será um ateu est&pido, nem um liertino irreligioso. +inda que, antigamente, os maçons estiveram origados, em cada pa(s, a praticar a correspondente religi$o, qualquer que fosse, estimase atualmente oportuno que se lhes imponha outra religi$o, fora daquela sore a qual todos os homens est$o de acordo, dei%andolhes toda a lierdade no que concerne as suas opinies particulares. +ssim, pois, é suficiente que sejam homens ons e leais,
honrados e proos, qualquer que sejam as confisses e convicçes que os constituam. +ssim a maçonaria será o centro de uni$o e o meio para estaelecer uma sincera ami"ade entre pessoas as quais, fora dela, sempre estiveram mantidas mutuamente afastadas. #ore o assunto da autoridade civil escreve : ' 4açom é um sujeito tranq3ilo diante dos poderes civis, em qualquer lugar em que resida ou traalhe; nunca deve estar implicado em compl)s e conspiraçes contra a pa" e contra a prosperidade da naç$o, nem comportarse incorretamente com os magistrados sualternos, porque a guerra, o derramamento de sangue e as insurreiçes foram em todo o tempo funestas para a 4açonaria ... #e algum 2rm$o viesse a insurrecionarse contra o estado, deveria se cuidar de favorecer sua convers$o, ainda que tendo piedade dele, com um desgraçado. #em d&vida, se n$o está envolvido em nenhum outro crime, a leal fraternidade, ainda que desaprovando sua reeldia, fiel ao governo estaelecido, sem darlhe motivo de desconfiança pol(tica, n$o poderia e%pulsálo da Boja, já que suas relaçes com ela s$o indispensáveis . E sore a conduta na Boja nos recomenda : que vossos desgostos e pleitos n$o passem nunca do umral da Boja; mais ainda : evitar as controvérsias sore religi$o, nacionalidades e pol(tica, pois, em nossa qualidade de maçons n$o professamos mais que a 8eligi$o Rniversal antes mencionada. -or outro lado, somos de todas as naçes, de todos os idiomas, de todas as raças, e se e%cluirmos toda pol(tica é por ra"$o de que nunca contriuiu no passado para a prosperidade das Bojas, nem o fará no futuro . A ESS.$CIA DA MA)#$A!IA M#DE!$A Destes estratos se depreende a orientaç$o estaelecida naquele tempo pelo movimento que produ"iu a maçonaria moderna cujos princ(pios fundamentais podem ser formulados, como se segue: 91 um reconhecimento impl(cito da Rniversalidade da 7erdade acima de toda opini$o crença, confus$o ou convicç$o. 1 a necessidade de oedecer a lei moral, como carater(stica e condiç$o sine qua non da qualidade de maçons. ?1 a prática da tolerFncia em matéria de crenças, opinies e convicçes. <1 o respeito, o reconhecimento e a oedi!ncia 0s autoridades constitu(das, desaprovandose toda forma de insurreiç$o ou reeldia, ainda que n$o se considere como crime que mereça a e%puls$o da Boja. 1 a necessidade de fa"er nas Bojas um traalho construtivo, uscando o que une os 2rm$os e fugindo daqueles que os dividem. Q1 + prática de uma fraternidade sincera e efetiva, sem distinç$o de raça, nacionalidade e religi$o, dei%ando fora das Bojas toda luta, questes ou diferença pessoal. 1 Considerar e julgar os homens por suas qualidades interiores, espirituais, intelectuais e morais, muito mais que pelas distinçes e%teriores da raça, posiç$o social, nascimento e fortuna. + promulgaç$o destes princ(pios realmente universais /que constituem a ess!ncia do humanismo e cuja perfeita aplicaç$o faria desaparecer todas as diferenças entre os homens, todo motivo de luta e de inimi"ade, fa"endo reinar em toda a parte a Larmonia e a -a"1, no livro de +nderson foi o que atraiu 0 #ociedade um n&mero crescente de simpati"antes e ocasionou sua rápida e%pans$o e difus$o em todos os pa(ses. Jodos os idealistas se sentiram no dever de colaorar com ela, encontrando na mesma um campo de aç$o e uma rique"a e%terior, apropriados para e%pressar e reali"ar suas particulares idéias e prop*sitos. +ssim foi como convergiram a ela os homens mais distintos da época e se concentraram muitos esforços até ent$o isolados e separados. M+&"I&ICA),# DAS *AS -or um duplo impulso da e%posiç$o dos -rinc(pios e de prest(gio pessoal de seus Arandes 4estres,
assim como dos que se haviam agrupados ao movimento, as Bojas se multiplicaram rapidamente: as do"e Bojas que haviam tomado parte na eleiç$o do duque de 4ontague ascenderam a K no fim do ano, e
+ Boja de TorP foi talve" a mais importante entre as que n$o reconheceram a autoridade da Arande Boja londrina e se mantiveram apartadas. Considerada como a 'ficina mais antiga, fa"endo remontar suas origens ao ano QKK, na qual o 8ei EdMin havia se assentado como Ar$o4estre. Em 9 assumiu o t(tulo de Arande Boja de TorP , di"endo que seu Arande 4estre devia ser reconhecido como tal em toda 2nglaterra; mas no fundo nem teve outras Bojas so sua depend!ncia até astilha ao franc!s que a aceitara. -rincipia nessa época as primeiras graves hostilidades contra a 4açonaria, tanto de caráter pol(tico como religioso. +s primeiras suspeitas nasceram quando ela já n$o se limitava a reunir entre si elementos estrangeiros, se n$o que admitia igualmente a memros da nore"a e cidad$os ordinários, fraterni"ando mutuamente com toda apar!ncia de conspiraç$o. Ent$o as Bojas foram vigiadas e se chegou até a suspendelas, aprendendose os 4açons e a todos que os hospedassem; sem d&vida, tudo isto n$o ostruiu seu processo, e as lojas seguiram reunidas, aumentandose as precauçes e até o lance a que se e%punham, mas atrativo em pertencer a mesma. Jampouco impediram seu processo da ula de Clemente 622 e os meios que se usaram para difamar a 4açonaria e colocála em rid(culo, como já se havia feito na 2nglaterra; quando em 9 morreu prematuramente o duque de +ntin, havia na Grança mais de KK Bojas, das quais atuavam em -aris. 8emonta a essa época, e precisamente a 9 de março de 9?, o famoso discurso de +ndrés 4iguel
8ansa, Arande 'rador da 'rdem, pronunciado durante uma recepç$o, e que tanta importFncia teve depois por suas m<iplas repercusses, as quais ocasionaram por um lado a concepç$o e criaç$o daquela famosa ora que foi a Enciclopédia, e pelo outro movimento conhecido com o nome de 4estres Escoceses, que principiaram em juntar um quarto grau privilegiado /isto tamém havia sido feito pela Arande Boja dissidente fundada na 2nglaterra em 99, com o nome de 8eal +rco1, que depois se multiplicou em uma série de graus suplementares que queriam reprodu"ir as antigas 'rdens cavalheirescas, crescendo até os ?? graus atuais do 8ito Escoc!s +ntigo e +ceito. Essa <ima novidade n$o foi a princ(pio muito em acolhida, e um artigo das 'rdenanças Aerais da Arande Boja 2nglesa da Grança /como assim se chamava ent$o1 n$o reconhecia os 4estres Escoceses, quanto aos direitos ou privilégios acima dos tr!s graus de +prendi", Companheiro e 4estre. #em d&vida, do"e anos mais tarde, repudiandose o nome da Arande Boja 2nglesa, sustitu(do pelo nome simples de Arande Boja da Grança, e revisandose os Estatutos de Bojas, o privilégio de permanecer coertos nas posses, assim como o direito de inspecionar as Bojas restaelecendo a ordem quando fora necessário. ' conde de Clermont, que em 9 havia sido eleito em sustituiç$o ao duque de +ntin, n$o levou a sério o cargo aceito, e até transcorridos os primeiros quatro anos n$o se atreveu a ostentar o t(tulo de Arande 4estre. -ara esquivar sua responsailidade elegeu em princ(pio um sustituto que n$o foi mais ativo que ele, e depois um intrigante mestre de dança que levantou veementes protestos, e recusa pela maioria dos componentes da Arande Boja a reunirse so sua presid!ncia. +pesar de haver sido, em 9Q, revogado seu cargo e sustitu(do pelo Deputado Arande 4estre e n$o ostante a oa vontade deste, n$o se pode evitar a anarquia, que levou as Bojas a autonomia mais completa, dissolvendose praticamente a Arande Boja; esta, por mandato do rei, foi suspensa em 9Q, quatro anos antes da morte do conde de Clermont. Nessa ocasi$o foi novamente convocada, sendo eleito como Arande 4estre o duque de Chartres. E como desde um princ(pio n$o se fa"iam demasiadas iluses os maçons franceses sore suas funçes essencialmente honor(ficas, se nomeou tamém, como +dministrador Aeral, ao duque de Bu%emurgo, destinado a sustitu(lo efetivamente. ' duque de Bu%emurgo, que teria ent$o ?? anos, tomou como muito "elo e ardor seu cargo, elaorando um plano completo de reorgani"aç$o, convocando em +ssemléia, para aproválo, os representantes de todas as Bojas da Grança. Gicou assim constitu(da a Arande Boja Nacional, sendo representadas permanentemente nas mesmas, por meio de disputas /eleiçes1, todas as Bojas, juntas a autoridade central direta que tomou o nome de Arande 'riente da Grança. Jamém se p)s fim ao privilégio dos 4estres de Bojas, que se consideravam até ent$o vital(cios, estipulandose que todas as oficinas elegeriam anualmente seus oficiais. Como nem todas as Bojas reconheceram essas reformas, se formou tamém, em oposiç$o ao Arande 'riente, a Arande Boja de Clermont, que reconhecia igualmente como Arande 4estre o Duque de Chartres. Jamém tiveram e%ist!ncia na Grança, nessa época, vários ritos e ordens mais ou menos relacionadas com a 4açonaria, entre aos quais o rito do Elu Cohen fundado por 4artine" de -asquallis /Elu Cohen significa sacerdote eleito1, que teve entre seus adeptos o célere Bouis Claude de #aint 4artin, chamado de o Gil*sofo Desconhecido. 2gualmente deve ser notado o rito de 4enfis4israim ou 4açonaria Eg(pcia fundada por =osé >álsamo, mais conhecido com o nome de Conde de Cagliostro, que admitia a mulher e compreendia IQ graus. 7árias associaçes destinadas a dar 0 mulher a participaç$o nos traalhos maç)nicos foram criadas cerca do século 67222; e em 9< a 4açonaria concordou oficialmente em reconhecer a 4açonaria de +doç$o, com o rito especialmente elaorado para a mulher, constituindose ent$o muitas Bojas femininas.
Desde 9? a 9@I tomou a 4açonaria na Grança um impulso formidável, passando de QKK o n&mero das Bojas, sem contar cerca de K Bojas regimentais. #e fi"eram iniciar na 4açonaria homens mais conhecidos da época, entre eles 7oltaire, com idade de @K anos, que foi receido em 9@, apresentado por GranPlin e Court de Aeelin, sendo a assemléia presidida pelo célere astr)nomo Balande. Com a revoluç$o a 4açonaria suspendeu na Grança suas atividades. #e lhe atriui erroneamente haver participado diretamente na revoluç$o, se em é certo que participou na revoluç$o intelectual que a precedeu, com a afirmaç$o do trin)mio lierdade igualdadefraternidade que, interpretado profanamente, pode ter sido causa indireta de muitos e%cessos. 4as um conhecimento mais profundo da verdadeira ess!ncia da 2nstituiç$o, e de como deva realmente interpretarse esse trin)mio, colocamna acima de toda efetiva responsailidade daquele cataclisma, do qual foi tamém uma das v(timas. !IMEI!# A$/"EMA ' primeiro anátema contra a 4açonaria foi lançado como vimos, em 9?@, pelo papa Clemente 622, havendo preocupado muito o clero de ent$o, de que homens de todas as religies e de todas as seitas, satisfeitos com a pretendida apar!ncia de certa classe de honrade" natural, se aliam em estreito e misterioso laço. ' segredo maç)nico /cuja verdadeira nature"a tratamos de por em evid!ncia nestes manuais1 foi o ponto de acusaç$o contra a 'rdem. 's homens em geral, e ainda mais as autoridades, divagam e desconfiam e tem medo de tudo aquilo que n$o compreendem: a crença no mal /o verdadeiro pecado original do homem1 lhes fa" supor que ali deva esconderse algo mal e indesejável, e portanto atriuem facilmente más intençes ainda que onde n$o há o menor traço delas. +ssim nasce a suspeita, e dessa passa facilmente 0 acusaç$o, 0 condenaç$o e 0 perseguiç$o. + enc(clica n$o teve o mesmo efeito em todos os pa(ses: ainda que os Estados -ontif(cios e a -en(nsula 2érica, a qualidade de maçom se castigou até com a pena da morte /e n$o faltaram 0 4açonaria seus mártires1, na Grança, pelo contrário, nem essa enc(clica nem a seguinte /que o -arlamento franc!s recusou registrar1 foram tomadas em consideraç$o: prelados e sacerdotes continuaram sendo receidos nas Bojas, dado que tal qualidade lhe aria facilmente suas portas. Rma segunda ula papal, pulicada em 99, por >enedicto 627, foi tamém causa, nos pa(ses acima mencionados, de perseguiçes sangrentas, considerandose isto como se f)ra um crime, o privilégio de pertencer a 'rdem. !IMEI!#S A$/"EMAS ' primeiro anátema contra a 4açonaria foi lançado como dissemos, em 9?@, pelo papa Clemente 622, houve muita preocupaç$o do clero de que homens de todas as religies e de todas as seitas, satisfeitos com a pretendida apar!ncia de certa classe de honrade" natural, se aliam no estreito e misterioso laço". ' segredo maçônico /cuja a verdadeira nature"a tratamos de p)r em evid!ncia nestes manuais1 foi o ponto de acusaç$o fundamental contra a 'rdem. 's homens em geral, e ainda mais as autoridades, teimam desconfiar e ter medo de tudo aquilo que n$o chegam a compreender: a crença no mal /o verdadeiro pecado original do homem1 fa" supor que ali esconde algo de mal e indesejável, e portanto atriuem facilmente más intençes onde n$o há o menor traço delas. +ssim nasce a suspeita, e desta passase facilmente 0 acusaç$o, 0 condenaç$o e 0 perseguiç$o. + enc(clica n$o teve o mesmo efeito em todos os pa(ses: enquanto nos Estados -ontif(cios e na -en(nsula 2érica, a qualidade de maçom se castigou com pena de morte /e n$o faltaram a maçonaria seus mártires1, na Granca, pelo contrário, nem esta enc(clica nem a seguinte /que o -arlamento franc!s recusou registrar1 foram tomadas em consideraç$o: prelados e sacerdotes seguiram receendo nas Bojas, dado que tal qualidade ariria facilmente suas portas. Rma segunda ula papal, lançada em 99, por >enedito 627, foi tamém causa, nos pa(ses acima mencionados, de perseguiçes sangrentas, considerando nesses como se fosse um crime, o privilégio de pertencer a
'rdem.
# E0(!DI# $A I"/&IA + 4açonaria conforme o uso ingl!s foi introdu"ida na 2tália em torno do ano de 9??, por Charles #acPville em Glorença, em princ(pio unicamente entre os ingleses que visitavam as +cademias, aos que n$o tardaram em juntaremse vários italianos entre os mais cultos. + idéia se propagou rapidamente, primeiro em Joscana e depois em toda a pen(nsula. Gundouse uma Boja em Bivorno, na que traalharam harmoniosamente, cat*licos, protestantes e judeus e que, precisamente por tal ra"$o, n$o tardou em e%citar as suspeitas do clero romano, preocupado pela nascente sociedade na qual via sore tudo um perigo para sua hegemonia espiritual. E essa foi a origem da enc(clica em eminente da qual acaamos de falar. ' anátema pontifical n$o pode ser contrário ao auge da 4açonaria, que seguiu difundindose, naquela mesma época, pelas principais cidades da 2tália setentrional. -orem um 4açom florentino, Jommaso Crudili, denunciado involuntariamente pela indiscriç$o entusiasta de um aade companheiro de Boja, teve de pagar com a tortura e com a morte /apesar de haver sido posto em lierdade pela enérgica intervenç$o do duque Grancisco Estean, iniciado na Laa em 9?91 o crime de pertencer a #ociedade. Em Nápoles a 4açonaria floresceu notavelmente, constituindose ali, cerca da metade do século, uma Arande Boja, enquanto as demais oficinas da pen(nsula dependiam de Bondres. N$o teve nenhuma restriç$o so o reinado de Carlos 722, porem n$o ocorreu o mesmo com seu sucessor Gernando 27, que chegou a odiar a 2nstituiç$o por sua mesma deilidade de caráter, tendo medo das provas da iniciaç$o. #em d&vida, os maçons napolitanos receeram durante certo tempo a ajuda e proteç$o inesperada da rainha Carolina, que fe" num princ(pio revogar o editorial, suprimindose as sançes penais contra os maçons /9@?1; porem, depois, a morte de sua irm$ 4aria +ntonieta na revoluç$o francesa foi causa dessa simpatia se mudar totalmente. $A E$1$S+&A I23!ICA + pen(nsula iérica tem, induitavelmente a prima"ia no martirol*gio maç)nico, em que o privilégio de haver iniciado a perseguiç$o contra os maçons corresponda melhor ao clero cat*lico da Lolanda que, desde 9?<, iniciou com suas cal&nias as massas ignorantes, fa"endo que fosse invadida uma Boja em +msterd$, destruindose m*veis e cometendo viol!ncia contra as pessoas. -or causa da perseguiç$o que lhe foi imposta, assim que as primeiras lojas foram constitu(das em 9Q e 9, respectivamente em Airaltar e 4adri, tardou na Espanha quase meio século antes de que pudesse constituir uma Arande Boja, so o reinado de Carlos 222, mais lieral que seu predecessor, o qual havia autori"ado o desterro dos maçons e dado carta ranca a 2nquisiç$o. Uuase ao mesmo tempo que na Espanha, /91 foi introdu"ida a 4açonaria em -ortugal pelo capit$o escoc!s sir Aeorge Aordon; porem desde de 9? se empenhou em derramar sangue dos maçons por ora de um Grater fanático que denunciou 9 irm$os por conspiraçes e heresia. Desde de ent$o os pedreiros livres foram caçados, condenados 0 morte e atormentados nas formas mais áraras, até o reinado de =osé 2. Em 4adri, os primeiros maçons foram arrastados e condu"idos aos cárceres da 2nquisiç$o em 9
o e%ministro que aandonar Bisoa na idade de @ anos. 8enovando, a rainha 4aria, a lei de =o$o 7 contra os maçons, estes foram novamente perseguidos: alguns puderam escapar, porem outros tiveram que sofrer por vários anos as penas da 2nquisiç$o. +pesar disso, algumas Bojas seguiram traalhando em certos arcos ingleses ancorados no porto, um dos quais se fe" célere como a Fragata Maçônica. Em que n$o se ousara proceder de uma maneira direta a e%ecuç$o dos maçons apreendidos, muitos deles morreram nas masmorras. $A A&EMA$'A E /+S"!IA #e em que Bojas maç)nicas de caráter mais transit*rio e%istiram na +lemanha anteriormente /sem falar, naturalmente, das antigas corporaçes de construtores de igrejas1, a primeira que teve certa a importFncia e duraç$o parece ter sido a que foi fundada em Lamurgo em 9?, com o nome franc!s de Société des acceptés Maçons Libres de la Ville díHambourg. ' ar$o de 'erg, 7enerável da mesma, teve no ano seguinte a fortuna e a honra de iniciar na 'rdem ao pr(ncipe herdeiro Grederico da -russia. Enquanto o pai dele, ent$o reinante, sempre se op)s a introduç$o da 4açonaria em seus estados, Grederico se fe" desde o princ(pio seu protetor, e ao suir ao trono em 9erlim da Boja Os trs !lobos, que em 9<< foi elevada a categoria de Arande Boja. Desde ent$o a maçonaria pode desenvolverse livremente naquele pa(s e se estaeleceram Bojas nos principais povoados alem$es. Em 7iena foi fundada em 9<9, pelo ispo de >reslau, a Boja Os trs #nones a que pertenceu o imperador Grancisco 2, que foi iniciado em Ba Laa, em 9?9, por Desaguliers, receendo mais tarde na 2nglaterra o grau de 4estre. ' imperador protegeu a 4açonaria da qual se fe" protetor numa ocasi$o, quando, em 9, foram arrastados por ordem de 4aria Jeresa os memros de uma Boja. Durante a segunda metade do século, na +lemanha como na Granca, houve um especial fervor na criaç$o de graus suplementáreis aos tr!s sim*licos e maç)nicos propriamente ditos, relacionando a 4açonaria com a 'rdem do Jemplo, a qual se pretendeu reconstruir, e com outras tend!ncias m(sticas da mesma época. Nasceu assim entre outras, a Ordem da $strita Observ#ncia, fundada em 9<, p)r =.>. von Lund, que se em n$o soreviveu a morte de seu fundador /em 9Q1, n$o dei%ou de ter certo !%ito e ampla ressonFncia, tamém fora da +lemanha, durante sua reve e%ist!ncia, e seguiu e%ercendo sua influ!ncia em outras ordens, como na 4artinista, que a sucederam. Jodas essas ordens, de ef!mera duraç$o, tiveram sem d&vida uma influ!ncia decisiva na criaç$o do 8ito Escoc!s, primeiro em e logo em ?? graus, cuja a instituiç$o foi falsamente atriu(da ao mesmo imperador Grederico, que parece n$o ter possu(do outros graus que os tr!s primeiros, desaprovando ademais a introduç$o de outros graus. Entre os homens mais celeres que, no século 67222, se iniciaram na 4açonaria na +lemanha, e escreveram entusiasmadamente sore a 'rdem, citamos Bessing e Aoethe que foram receidos nela em 99 e em 9@K, respectivamente. $#S DEMAIS A1SES DA E+!#A Na >élgica a primeira Boja segundo o uso ingl!s foi a -erfeita Rni$o, estaelecida em 99, que converteuse depois na Arande Boja -rovidencial. Na Lolanda já havia Bojas em 9, que se regulari"aram de" anos mais tarde so a jurisdiç$o da Arande Boja de Bondres. Em 9a Arande Boja -rovidencial tinha tre"e oficinas e em 9K se fe" independente. Na #u(ça a cidade de Aenera e sua regi$o foram os primeiros onde se formaram Bojas 4aç)nicas; a vida da #ociedade foi ali muito ativa, porem n$o menos agitada por causa das sises internas que esgotaram suas energias. Na #uécia a primeira Boja foi constitu(da em redor de 9? pelo conde +%el Ericson 7rede#parre, que foi iniciado em -aris quatro anos antes. Como conseq3!ncia da enc(clica papal, o rei Grederico 2
ameaçou castigar com a morte a participaç$o em reunies maç)nicas, retardando assim o desenvolvimento da 2nstituiç$o. Depois, sem d&vida, os reis da #uécia se distinguiram em proteger a 'rdem, sendo atualmente uma de suas caracter(sticas que os monarcas daquele pais unem a essa qualidade de Ar$o 4estres. Rma Arande Boja se constituiu em 9Q9, reorgani"andose em 9@K com um rito especial de 9 graus, que rege na atualidade. Na -ol)nia, introdu"ida em 9?I, foi proiida pouco depois e tardou em propagarse até o ultimo quarto do século. +s Bojas reconheciam em primeiro a autoridade do Arande 'riente da Granca, e em 9@ se fundou em 7ars*via um Arande 'riente nacional, que chegou a ter em poucos anos mais de K oficinas. Galam que a 4açonaria foi introdu"ida na 8&ssia por -edro o Arande, iniciado numa Boja de Bondres. De todos os modos é certo que, em 9?9, o capit$o =uan -hillips foi nomeado Ar$o 4estre -rovincial da 8&ssia pela Arande Boja da 2nglaterra, ao qual sucedeu em 9olchevismo um inimigo ainda mais implacável que a monarquia derrotada, motivandose esta <ima perseguiç$o pelo fato de tratarse de uma instituiç$o tipicamente burguesa. Jamém se estendeu a 4açonaria inglesa, em seu primeiro século de vida, em Constantinopla, Egito, -érsia e Wndia, até chegar a Xfrica do #ul. Em Calcutá a primeira Boja foi fundada em 9@ por sir =orge -omret, e a esta seguiram depois muitas outras nas principais cidades daquele pais. Cerca da metade do século 67222 havia Bojas em todas as partes do mundo. $A AM3!ICA Na +mérica a primeira Boja parece ter sido fundada em Bouisurg /Canadá1 em 99. Uuando em 9?K Daniel Co%e era Ar$o 4estre -rovincial em NeM =erse das col)nias inglesas da +mérica, se estaeleceram várias Bojas e a imprensa deu conta do acontecimento. >enjamin GranPlin fe" em 9?< a primeira ediç$o americana do Livro das onstituiç%es de +nderson, e no mesmo ano foi eleito Ar$o 4estre. + atividade maç)nica se e%pandiu assim rapidamente. + divis$o inglesa entre &ntigo e Moderno Maçons, n$o dei%ou de refletirse em suas col)nias, particularmente na +mérica, onde assumiu um caráter especial pelos acontecimentos pol(ticos que culminaram na Auerra da 2ndepend!ncia, contandose entre os modernos especialmente os funcionários, conservadores e partidários do governo ingl!s, e entre osantigos, os impulsores da 2ndepend!ncia. +pesar de que os traalhos das Bojas n$o tiveram um caráter verdadeiramente pol(tico /os Jemplos
sempre foram lugares de reuni$o onde os mesmos adversários se acolhiam fraternalmente1, nas Bojas dos antigos foi conceida e se concreti"ou a idéia da Rni$o +mericana. + maioria dos que levaram a cao a independ!ncia desse pa(s foram maçons, como o demonstra o fato de que ? dos Q que entregaram a declaraç$o de 2ndepend!ncia ostentaram tal t(tulo. Oashington foi iniciado em 9, e durante toda sua e%ist!ncia tomou parte muita ativa na vida maç)nica: todos os atos de sua vida p&lica levam impressos os imortais princ(pios da 2nstituiç$o. Uuando foi eleito -rimeiro -residente dos Estados Rnidos, prestou seu juramento sore a >(lia da #t. =ohn(sBodge, e em 9I?, quando se colocou a primeira pedra do Capit*lio, apareceu com as ins(gnias de 7enerável honorário de sua Boja. + atividade maç)nica n$o sofreu nenhuma interrupç$o durante a campanha da 2ndepend!ncia, sen$o que constitu(ram nos partidos muitas Bojas regimentais que contriu(ram notavelmente a manter a uni$o e o espirito de solidariedade entre seus memros, fa"endo mais (ntimos os laços da disciplina e%terior. Jamém entre os adversários de amos campos, o reconhecimento da rec(proca investidura maç)nica deu lugar a muitos atos de generosidade e, assim como em outros pa(ses tal circunstFncia punha em perigo vida e lierdade, aqui n$o, poucos deveram uma ou outra coisa ao fato de serem maçons. Estes fatos, 0 parte que teve a 'rdem no movimento de independ!ncia, e%plicam a e%traordinária difus$o que teve depois a 4açonaria nesse pais, no qual se contam atualmente @ por 9KK dos maçons do mundo inteiro. A MA)#$A!IA $A !IMEI!A ME"ADE D# S3C+ 0I0 + princ(pios do século 626 se oserva em qualquer lugar um novo florescer do 2deal 4aç)nico. Enquanto nos Estados Rnidos se constitui definitivamente o 8ito Escoc!s em ?? graus /9@K91, que t$o oa acolhida devia ter depois em todo o mundo /apesar de estar hoje demonstrado que o rei Gederico da -russia, ao qual se atriui sua fundaç$o, na data de 9@Q, pouco antes de seu descenso, nada teve a ver no assunto1, na 2nglaterra as duas Arandes Bojas rivais se fundem em 9@9?, na Arande Boja Rnida que desde de ent$o seguiu sem interrupç$o a frente dos maçons da Ar$ >retanha. Na Granca, ressuscita com o advento napoleonico, em que dominada pela vontade ent$o imperante, que lhe impuseram seus Ar$os 4estres, aspirando fa"er da mesma um instrumento do governo. -or esta ra"$o, em que se encheram de funcionários, nem todos os antigos maçons voltaram a renovar seus traalhos. E ao estenderse a dominaç$o francesa lhe deu curto par!nteses de lierdade nos pa(ses onde estava ent$o perseguida: em Espanha, -ortugal, Xustria e 2tália. Durante as diferentes guerras que tiveram lugar nesse agitado per(odo da hist*ria européia, foram muitos os epis*dios nos quais se revelou a influ!ncia enéfica da 4açonaria, eliminando os ressentimentos e *dios nacionais, e estaelecendo por cima destes os fundamentos de uma Graternidade Rniversal e de uma comum compenetraç$o que talve" seja a &nica ase de uma pa" duradoura entre as naçes. 4uitos s$o os rasgos de hero(smo com os quais os maçons, sore os campos de atalha, conseguiram com o perigo da sua, salvar a vida e dar lierdade a inimigos, que se revelaram como irm'os. E isto se verificava igualmente nos dois campos contundentes, sem e%ceç$o. Este sentimento de Lumanidade, em pode constituirse uma acusaç$o pelos que est$o cegados pela vis$o estreita de um nacionalismo mal entendido, constitui uma das melhores demonstraçes da influ!ncia, sempre bené(ica da 2nstituiç$o: n$o fa"em, por certo, o mesmo os que comungam uma mesma religi$o, quando se encontram e se reconhecem como tais no campo de atalha. $#%AS E!SEG+I)4ES Com a queda de Napole$o, empenharam novamente na Espanha e -ortugal as mais cruéis perseguiçes contra os 4açons, onde a #ociedade teve que viver uma vida secreta e e%tremamente
agitada. #e em que desde 9@Q@, com o duque +madeo de #aoa e com a 8epulica proclamada depois, pode na Espanha desenvolverse livremente por alguns meses, as perseguiçes e hostilidades se renovaram logo, em que pese n$o numa forma t$o árara e violenta como as anteriores. ' mesmo sucedeu em -ortugal, onde o Arande 'riente Busitano, constitu(do desde 9@K, n$o pode traalhar livremente até 9@Q. ' antimaçonismo se estendeu nesta época em toda Europa: na mesma 2nglaterra, o ministro Biverpool pediu em 9@9<, sem conseguir, sua supress$o. Esta se fe" efetiva na Xustria até 9Q@, assim como na 8&ssia praticamente seguiu sendo por mais de um século /apesar de várias tentativas esporádicas e das ?K Bojas, apro%imadamente, que puderam e%istir durante a guerra1,depois de um curto per(odo de florescimento, entre 9@K? e 9@. 's papas -io 722, Be$o 622, -io 7222 e -io 26, continuaram confirmando os anátemas de seus predecessores, e numa forma mais violenta o fe" em 9@@< Be$o 6222, definindoa, em sua enc(clica Humanum genus, como opus diabuli. +s palavras do chefe da 2greja tiveram, como é natural, larga ressonFncia no clero romano, que iniciou, de todas as maneiras poss(veis, uma vasta campanha contra a 4açonaria, a qual unicamente se deve /apesar do caráter eclético da 2nstituiç$o, que nunca pode ser antireligiosa1 a um caráter decididamente anticlerical. Jodas estas acusaçes mostram uma falta de conhecimentos da verdadeira nature"a e intentos de nossa +ugusta #ociedade, apesar de que seus princ(pios foram várias ve"es declarados pulicamente, em oras das quais n$o há d&vida se encontram e%emplares na mesma >ilioteca 7aticana. H suficiente di"er que o papa Be$o 6222 atriui a #ociedade comprometer seus memros, origandoos a uma oedi!ncia asoluta, para estar seguros de que aqui n$o pode referirse 0 4açonaria conhecida pelos maçons, sen$o mais em a Companhia de =esus, cuja a imitaç$o nossa 2nstituiç$o n$o foi por certo forjada. ' efeito n$o dei%ou de fa"er sentir nos pa(ses cat*licos: na >élgica se declarou uma perseguiç$o aerta aos maçons, alem de serem e%comungados, foram danados material e moralmente. Na Grança se formaram andos de fanáticos que iam recorrendo a diferentes populaçes, com o ojetivo de renegarem os maçons, porém n$o conseguiram o !%ito pretendido. E quando em 9@Q9, numa circular relativa as sociedades, o ministro -essign, se atreve a por no mesmo n(vel a 4açonaria com as sociedades cat*licas, eminentes arceispos levantaram sua vo" contra essa tolerFncia que consideravam como monstruosa impiedade, sem oter mais sinal de !%ito. Rnicamente durante o reinado de Bu(s Gelipe, até 9@<@, a 4açonaria teve na Grança um per(odo de relativa decad!ncia. #S 5CA!2#$A!I#S5 Em vários Estados da 2tália, a 4açonaria continuou sendo perseguida nesta época, que preparou a unidade e independ!ncia do pa(s: desta os maçons se fi"eram especialmente campees, e é muito provável que foram alguns deles que fundaram a sociedade secreta dos carbonari /caronários1, de caráter e%clusivamente pol(tico, que foi ent$o erroneamente confundida com a 'rdem. Nasceram os caronários /91 no sul da 2tália, propondose a lieraç$o e independ!ncia da pen(nsula do jugo estrangeiro, adaptando uma linguagem sim*lica no qual suas oficinas se chamavam cabanas) suas reunies vendas) seus agregados bons primos, sendo o dever destes a caça dos lobos do bos*ue, ou seja a luta contra a tirania. Em seu apogeu, na segunda metade do século passado, a sociedade chegou a ter na 2tália quase um milh$o de aderentes. 's mesmos carbon+rios fa"iam, sem d&vida, remontar as origens de sua sociedade para o ano 9KKK apro%imadamente, surgindo ent$o com finalidades de ajuda rec(proca, no meio da geral preocupaç$o do fim do mundo, na parte mais setentrional da 2tália /cerca dos +lpes orientais1. 'utra sociedade pol(tica, de inspiraç$o maç)nica a !iovana ,t+lia /=ovem 2tália1 fundada por =osé 4a""ini, o imortal autor daquele livrinho que se chama 's deveres do homem, cujo o ideal estava compreendido no
trimonio -ios/atriaHumanidade, e que foi o principal preparador moral da independ!ncia daquele pais. E0"E$S,# DA MA)#$A!IA $# $#%# C#$"I$E$"E Jampouco os Estados Rnidos ficaram isentos da onda antimaçonica que cercara a Europa sore nossa 2nstituiç$o, com muito efeitos diferentes. Goi causa deste, o assunto 4organ, originado pelo fato de que, em 9@Q, alguns maçons imprudentes cometeram o erro de raptar, com o &nico fim de dissuadirlhe de seu intento, a um certo Oilliam 4organ, canteiro de of(cio, que queria pulicar um livro sore a 4açonaria, com todos os detalhes dos rituais, s(molos e sinais de reconhecimento. #eu raptores foram condenados e 4organ reaparece alguns anos depois, se celeraram em todas as partes com(cios de protestos, culpando os irm$os de assassinato. #e pulicaram muitos peri*dicos anti maç)nicos e os maçons foram oicotados nos empregos p&licos e privados. -or esta ra"$o muitas Bojas cessaram voluntariamente seus traalhos. -orém a opini$o p&lica n$o tardou em darse conta do erro, e quando o presidente +ndreM =acPson defendeu aertamente a 'rdem 4aç)nica proclamandoa como uma ,nstituiç'o *ue tem por ob0etivo o bem da 1umanidade) se reali"ou novamente seu prestigio, e desde 9@?@ seu progresso e e%tens$o seguiram ganhando continuidade. No primeiro quarto do século 626 a 4açonaria se estendeu igualmente em toda a +mérica Batina, onde empenhou em fincar suas ra("es desde do século precedente, porém sem alcançar a e%tens$o lograda nos Estados da Rni$o Norte +mericana. +ssim a encontramos estaelecida em 9@9 em #$o Jomas, em 9@9I em Londuras, em 9@9 em Cua, em 9@ no >rasil /onde neste fato foi receido maçom o imperador d$o -edro 2, depois nomeado Ar$o 4estre1, em 9@? em Laiti, em 9@< em Col)mia e em 9@ no 4é%ico. H digna de notar especialmente a fundaç$o, em 9@9<, em >uenos +ires, por iniciativa de #$o 4artin e outros maçons, da Boja Bautaro, cujos os memros se fi"eram promotores do movimento liertador que condu"iu a independ!ncia dos diferentes estados da +mérica do #ul. Nos anos sucessivos foi estaelecendose tamém na +ustrália, remontandose ao século anterior sua introduç$o nas ilhas de =ava e #umatra. A SEG+$DA ME"ADE D# S3C+ +pesar das e%comunhes da 2greja e da intensa campanha clerical contra ela, a 4açonaria seguiu estendendose na segunda metade do século, progredindo em quase todos os pa(ses. Na 2tália tomou nova força quando, depois da E%pediç$o dos 4il, Aarialdi foi eleito Ar$o 4estre ad vitam.' mesmo escreveu, em 9@Q, que os maçons eram a parte escolhida do povo italiano. Dois anos depois da tomada de 8oma, em ocasi$o da morte de 4a""ini, apareceram pela primeira ve", em 9@, os estandartes maç)nicos pelos quais da idade Eterna. Na Grança, depois de ter, nos estatutos de 9@
Conselhos do 8ito Escoc!s se reuniram num onvento em Bausana, em 9@, com o ojetivo de proceder a unificaç$o universal do 8ito, adaptandose 0s Arandes Constituiçes que atualmente o regem. Depois desta data os #upremos Conselhos seguiram reunindose em cada quinqu!nio. #em d&vida, na mesma #u(ça este 8ito n$o pode estenderse, reconhecendo a Arande Boja +lpina, constitu(da em 9@<<, unicamente aos tr!s graus sim*licos. Na +lemanha um dos acontecimentos mais salientes da 4açonaria, que n$o cessou de progredir durante todo o século, foi a admiss$o dos 0udeus) que estavam antes e%clu(dos naquele pais pelas Arandes Bojas locais. Jampouco nesse pais dei%ou de e%ercerse a campanha antimaçonica, porém em troca, seguiu vendose honrada a 'rdem pelo favor de pr(ncipes e imperadores que alcançaram a dignidade de Ar$o 4estres. N$o pode omitirse nesta simples e%posiç$o da vida maç)nica no século passado uma reve informaç$o da campanha difamat*ria de Beo Ja%il, da qual muito se aproveitaram os adversários de nossa 2nstituiç$o, e cujo ep(logo pretende demonstrar com toda clare"a qu$o fundamentadas s$o as acusaçes que se fa"em 0 'rdem. Goi este o pseud)nimo de um tal Aariel -ages que, depois de ter sido educado por =esu(tas numa casa de correç$o, se fe" anticlerical e por reve tempo foi maçom, ficando unicamente no primeiro grau e n$o visitando sua Boja mais que tr!s ve"es. -ulicou, a partir de 9@@, uma série de oras antimaçonicas, que causaram grande impress$o e nas quais /como confessou mais tarde1 se prop)s unicamente e%plorar a credulidade alheia. Nessas oras, quase de todo fantástica, disse que os maçons se dedicam ao culto do diao, e muitos outros asurdos pelo estilo. 7ários eclesiásticos ca(ram na rede, que culminou em 9@IQ com um !%ito sem precedentes no Congresso antimaçonico de Jrento, com mais de KK delegados, no qual Beo Ja%il foi calorosamente aplaudido. -orem todos que creram tiveram uma merecida liç$o, quando no ano seguinte declarou pulicamente haver logrado com suas oras a maior mistificaç$o da época moderna. #em d&vida os mistificados n$o se deram por vencidos, e seguiram e seguem em sua campanha difamat*ria, da qual é certo que nossa 'rdem, em que n$o oponha mais que o sil!ncio, n$o pode dei%ar de sair definitivamente vencedora, pela simples (orça da Verdade que proclama e é, assim como por seu laor construtivo. +ssim é como no mesmo campo dos adversários da 4açonaria se oserva já uma troca de tática, enquanto os mais inteligentes reconhecem que a cal&nia e a difamaç$o n$o podem perdurar muito tempo /91. A MA)#$A!IA A$GSA0#$ICA + maçonaria se acha hoje espargida sore todo o gloo, entre os povos de todas as raças. #em d&vida, o povo anglosa%$o, o iniciador da idéia em sua atuaç$o moderna, tem uma supremacia indiscut(vel de superioridade numérica e organi"adora, pois em comparaç$o com os maçons anglosa%es os demais constituem uma e%(gua minoria. 2nglaterra segue a frente do movimento como cust*dia e defensora da antiga tradiç$o, e sua Arande Boja Rnida é a continuaç$o direta da que se constituiu em 99. Gormam parte da mesma memros da fam(lia real, da nore"a e do clero e homens de todas as crenças e todas as profisses, traalhando em perfeita harmonia com a tolerFncia mais completa de suas opinies individuais. #e contam, dependendo da Arande Boja Rnida, mais de IKK Bojas com quase um milh$o de maçons, repartidos em K Arandes Bojas -rovinciais, entre as quais Q se acham nas col)nias. + Arande Boja sustenta muitas instituiçes de enefic!ncia. 9 N$o cremos que se deva dar demasiada importFncia a sua temporária eclipse quase completa na Europa, devido a instalaç$o e o triunfo dos regimes totalitários. Cremos melhor que a 4açonaria ganhará deste par!nteses de inatividade, e que ressurgirá inteiramente renovada, e mais forte eficiente, para enfrentarse com a tarefa social que a incue. Nos Estados Rnidos cada Estado tem sua Arande Boja, com um total de 9.KKK Bojas e mais de tr!s
milhes de maçons. #e praticam todos os ritos, com predominFncia do 8ito Escoc!s de ?? graus, e há Bojas por onde quer. 's Jemplos 4aç)nicos colossais, que se acham nas principais cidades, d$o uma idéia do predom(nio e magnitude do movimento. #e dá nas Bojas americanas uma importFncia fundamental a idéia da (raternidade de todos os homens, independentemente de suas respectivas crenças e opinies, reunindose volumosas somas para instituiçes culturais e de enefic!ncia. No Canadá há mais de 9KKK Bojas repartidas em I grandes Bojas. Na +ustrália as Bojas se constitu(ram inicialmente a oedi!ncia das tr!s Arandes Bojas da 2nglaterra, Esc*cia e 2rlanda, formando depois sete Arandes Bojas independentes com vários centenas de Bojas. A Maçonaria E+!#3IA Na Grança segue atuando /91 o !rande Oriente e a !rande Lo0a em forma independente porem sem hostilidade, com um total de mais de QKK Bojas e 9KK cap(tulos. +lem disso há um #upremo Conselho para a administraç$o dos graus superiores dos memros dependentes da Arande Boja, enquanto este tem como mesmo ojetivo um Arande Colégio dos 8itos. Jamém na Grança se acha estaelecida a organi"aç$o maç)nica internacional ou omaçonaria conhecida com o nome de Direito Lumano, com centenas de oficinas espalhadas por todo o mundo, praticando o 8ito Escoc!s em ?? graus. Esta organi"aç$o considerada irregular pelas demais pot!ncias maç)nicas, se caracteri"a pela admiss$o da mulher em seus traalhos, em paridade com o homem. ' movimento se originou em 9@@, com a iniciaç$o de 4aria Deraismes feita pela Boja Os Livres /ensadores na -rov(ncia de -aris, a qual 99 anos mais tarde se fe" promotora da nova organi"aç$o. +tualmente o movimento está estritamente ligado com a #ociedade Jeos*fica. 9. +té a conquista alem$ em 9Iélgica havia < Bojas so a depend!ncia de um Arande 'riente e um #upremo Conselho para
os graus superiores, seguindo um caminho análogo da 4açonaria Grancesa. ' Arande 'riente da Lolanda tinha em suas depend!ncias mais de 9KK Bojas muitas delas nas col)nias; a 4açonaria holandesa se apro%ima da inglesa por seus princ(pios e fidelidade ao ritual, perseguindo o ideal da fraternidade e da pa" universal. + 4açonaria +lem$ compreendia, antes do triunfo na"ista, I Arandes Bojas reunidas em federaç$o /!rosslogenbund 1 com várias centenas de Bojas e de"enas de milhares de maçons. #e caracteri"am por sua variedade e pela importFncia dada ao lado especulativo, filos*fico e educativo, da 2nstituiç$o. Lavia muitas Bojas decididamente crist's, considerando a mais alta manifestaç$o divina na vida e nos ensinamentos do 4estre de Na"areth; e alem disso um Arande Boja chamada 'rdem 4aç)nica do #ol Nascente, com sede em Lamurgo, considerada pelas as demais como irregular . Depois de mais de um século de proiiç$o, pode a 4açonaria reativar na Xustria seus traalhos, constituindose em 9I9@ a Arande Boja de 7iena que funcionou regulamente até ane%aç$o da Xustria feita pela +lemanha. 'utra Arande Boja se constituiu em 9IK em Checoslováquia, enquanto na Lungria a Arande Boja que pode antes desenvolverse livremente, chegando em 9I9I a ter I? oficinas, foi suprimida definitivamente em 9IK, sendo seu edif(cio ocupado pela força p&lica. Nos pa(ses escandinavos domina o 8ito #ueco em 9 graus de inspiraç$o m(stica crist$, adaptado tamém pela Arande Boja Nacional da +lemanha. #e admitem, por conseq3!ncia, unicamente os crist$os e o Ar$o 4estre é o pr(ncipe reinante com o titulo de Vicarius Salomonis /nome do ultimo grau1. Esta concreti"aç$o da 4açonaria, é eminentemente aristocrática e contava recentemente com cerca de K Bojas na #uécia, 9Q na Noruega e 9 na Dinamarca. Na 8&ssia a 4açonaria e%istiu secretamente a princ(pios do século 66. Jendo sido descoerta pela pol(cia, teve que suspender seus traalhos; depois de uma curta revivesc!ncia durante a guerra, no que chegou a ter em 9I< cerca de ?K Bojas, foi novamente suprimida com o triunfo e a instalaç$o sangrenta do regime olchevique, como o engano mais contrário e infame que fa" ao proletário um urguesia inclinada para o radicalismo. Na 8om!nia e%istia tamém uma de"ena de Bojas fundadas pelo Arande 'riente da Grança e reunidas na Arande Boja independente. Em >elgrado e%istiam, a princ(pios do século, várias Bojas de diferentes sistemas que em 9I9 se sumeteram a um #upremo Conselho. Em 9I9I se constituiu a Arande Boja de #érvios, Croatas e Eslovenos 2ugoslavos a semelhança da #u(ça. + 4açonaria servia foi injustamente acusada de tomar parte no atentado de #arajevo, que originou a guerra européia. Na Arécia havia antes de sua ocupaç$o pela +lemanha e 2tália um Arande 'riente com cerca de K 'ficinas e na >ulgária uma Arande Boja, nascida em #ofia de uma Boja regularmente instalada pela Arande Boja da Grança antes da primeira guerra européia. Em Constantinopla havia, antes do advento da nova pol(tica nacionalista, vários grupos de Bojas de diferentes nacionalidades, além do !rande Oriente da 2ur*uia que se constituiu depois da guerra européia, cessando recentemente sua atividade, de uma maneira aparentemente espontFnea, para compra"er ao regime imperante. ASIA E /F!ICA Na #(ria a 4açonaria é muito pr*spera, contriuindo notavelmente 0 fraternidade e ao om entendimento entre os homens de diferentes raças e crenças. Entre os diferentes povos da Xsia, a 4açonaria se acha muito difundida especialmente na Wndia, onde as Bojas foram implantadas pelas tr!s Arandes Bojas da 2nglaterra, Esc*cia e 2rlanda. Nos templos maç)nicos se igualam admiravelmente as diferenças de raças, casta e religi$o, e a 2nstituiç$o reali"a nesse pais um laor verdadeiramente enéfico.
+ 4açonaria inglesa foi introdu"ida igualmente na China e, em 9@@@, no =ap$o. No Egito há uma Arande Boja Nacional e mais de K oficinas. 'utra Arande Boja e%iste na 8ep&lica da Biéria, desde de 9@K. Noutras partes da Xfrica há lojas dependentes das organi"açes maç)nicas estaelecidas na 2nglaterra, Grança e Lolanda. $A AME!ICA &A"I$A No 4é%ico a 4açonaria se acha atualmente num per(odo de reorgani"aç$o: há em todo pais vários centenas de Bojas so a oedi!ncia de diferentes Arandes Bojas, entre as quais as principais s$o a Arande Boja 7ale do 4é%ico e a Arande Boja Rnida 7eracru". Lá um supremo Conselho que traalha em harmonia com a Arande Boja 7ale do 4é%ico e outras Arandes Bojas que competem com esta na mesma jurisdiç$o do distrito Gederal. 8ecentemente muitas BB6 independentes, e outras que anteriormente se separaram, foram regulari3adas no 7ale do 4é%ico. +lém desse #upremo Conselho reconhecido, há no pais outros tr!s, de cada um dos quais depende certo n&mero de corpos filos*ficos: o do Norte /4onterre1, o do #ul /Tucatan1e um #upremo Conselho Nacional na capital. Deve tamém sinalarse o 8ito Nacional 4e%icano em nove graus, que suprime a formula +6 B6 A6 D6 A6 +6 D6 R6 sustituindo com outra /+o triunfo da 7erdade e -rogresso do A!nero Lumano1, assim como o uso da >(lia. +dmite a mulher e ha apartado outras inovaçes, nem todas igualmente feli"es no ritual. #e pratica o princ(pio da autonomia das lojase há muitas Bojas independentes que traalham amistosamente e admitem visitantes de qualquer oedi!ncia. ' rito dominante é o escoc!s. 's traalhos se dirigem para a soluç$o dos grandes prolemas sociais e o melhoramento das condiçes da vida do povo. #e atriui injustamente a maçonaria me%icana de haver determinado a luta religiosa no pais; a maioria dos maçons se mantiveram neutros nessa luta, que deve considerarse como reaç$o natural ao dom(nio da 2nglesa nos séculos passados. ' desejo de unificar a 'rdem, sentido por muitos 2r 6 de diferentes oedi!ncias, e que pudera reali"arse por meio de um Arande 'riente, como *rg$o central coordenador, n$o pode, todavia, levarse ao fim por falta de uma adequada cooperaç$o. Em Cua há uma Arande Boja e um #upremo Conselho fundados em 9@I com um n&mero apro%imado de KK oficinas. Em -orto 8ico há igualmente uma Arande Boja com ? Bojas; em Laiti um Arande 'riente fundado em 9@<, com Q< lojas e um n&mero quase igual de cap(tulos e aéropagos; em #$o Domingo um #upremo Conselho, fundado em 9@Q9, com uma de"ena de Bojas. Rm #upremo Conselho da +mérica Central foi fundada tamém em #$o =osé de Costa 8ica em 9@K: em 9@II se constituiu uma Arande Boja que conta com uma de"ena de oficinas. 2gual n&mero contam a Arande Boja de -anamá e a de #alvador. Jamém em Auatemala há uma de"enas de Bojas so a jurisdiç$o de uma Arande Boja que sustituiu a Arande 'riente de Auatemala, fundado em 9@@. Na Col)mia e%iste um #upremo Conselho desde 9@, há alem dessa, recentemente n$o menos de tr!s Arandes Bojas antag)nicas, que em 9I?@ anunciaram sua unificaç$o. Jamém em >ogotá, por iniciativa da maçonaria colomiana, se lançou nestes anos a idéia de uma on(ederaç'o Maçônica Latino &mericana. Na >ol(via e 7ene"uela o n&mero de 'f 6 aparece muito redu"ido, dependendo na primeira de um #upremo Conselho fundado em 9@??, e na segunda de um Arande 'riente fundado em 9@Q e de duas Arandes Bojas mais recentes. No >rasil a 4açonaria estava até pouco tempo, muito estendida e ativa, com cerca de
um #upremo Conselho que se fundiram em 9@@. + 4açonaria se fe" promotora neste pais da luta contra a escravid$o. No -eru e no Chile, como na #u(ça, a 4açonaria se limita unicamente aos tr!s graus sim*licos: há duas Arandes Bojas /a primeira das quais se remonta ao ano 9@?9 e a segunda a 4aio de 9@Q1 que contam com mais de K oficinas entre dois pa(ses. Estes reali"am um traalho muito sério e ativo em eneficio de seus respectivos pa(ses. No Rruguai há um #upremo Conselho e um Arande 'riente, fundados em 9@, com vinte Bojas apro%imadamente. Com a participaç$o do A... +... R... continua o 'riente do Rruguai, foi constitu(do tamém em 9@I, um Arande 'riente +rgentino, que se dissolveu em 9@@Q e se reconstituiu em 9@I, do qual dependem atualmente mais cem Bojas. +lem disso há aqui como em outras partes da +mérica, várias Bojas a oedi!ncia de Arandes Bojas e Arandes 'rientes estrangeiros. # D#MI$I# M+$DIA& DA MA)#$A!IA 4uito se escreveu e falou recentemente, através de inimigos de nossa 2nstituiç$o e de sua orientaç$o liertadora das consci!ncias, sore o dom(nio internacional que a 4açonaria e%ercia ou quis e%ercer, como fim principal de sua organi"aç$o. #e di" especialmente que, na organi"aç$o maç)nica, com seus altos graus nos diferentes pa(ses, se encontra a oedi!ncia oculta da chamada internacional heraica, que tem por fim derruar todos os governos e de maneira especial as monarquias, estaelecendo uma 8ep&lica Rniversal com o dom(nio dos judeus sore toda a terra. #e citam a este prop*sito os -rotocolos dos #áios de #ion, nos quais particularmente se afirma esta oculta cone%$o entre a 4açonaria e o juda(smo, e que encontraram um eco em vários amientes nacionalistas, especialmente na Grança e +lemanha, aproveitando vivamente a ocasi$o os anti maçons para lançar novos dardos contra a 2nstituiç$o. +lguns deles, como Budendorff, chegaram as afirmaçes mais rid(culas, como por e%emplo a da equival!ncia do avental maç)nico com a circuncis$o judaica. No mesmo campo de nossos adversários, se levantaram voc!s para declararem lealmente o asurdo dessas invençes e lendas que se apoiam na ignorFncia do que é realmente nossa 2nstituiç$o. No mesmo Congresso antimaçonico de Jrento, foram pronunciadas as palavras Galsa é a idéia de um direç$o central de todas as Bojas do mundo: falsa é a idéia de chefes desconhecidos e falsa tamém é a dos segredos n$o esclarecidos todavia.... Enquanto aos judeus é suficiente di"er que constituem uma e%(gua minoria na 2nstituiç$o, e que foram e seguem sendo e%clu(dos em vários ritos, como por e%emplo o #ueco, e est$o por conseguinte muito longe de poder e%ercer uma decidida influ!ncia. + >(lia origat*ria em quase todos os pa(ses e aerta no Evangelho de #$o =o$o, prova a evid!ncia do caráter mais crist$o que judaico da 4açonaria 4oderna, assim como prova certo grau superior. E no que se refere 0 unidade de mando necessária para este dom(nio, pode assegurarse que n$o e%iste: as diferentes organi"açes maç)nicas nacionais se limitam unicamente a reconhecerse mutuamente sore a ase dos princ(pios comuns a seus traalhos e atividade, e este rec(proco reconhecimento está muito longe de ser universal. Jamém a +ssociaç$o 4aç)nica 2nternacional de Aenera, n$o tem maior autoridade que a #ociedade das Naçes tinha sore seus componentes, e tampouco logrou em reunir efetivamente a todos os Arandes Corpos que representam oficialmente a 'rdem. +lem disso, este suspeito mando ou dom(nio, estas ordens que os maçons receeram ocultamente e oedeceram cegamente, s$o fatos contrários a ess!ncia e aos princ(pios da #ociedade, que quer liertar os homens e n$o fa"er deles outros tantos escravos. Biertalos especialmente dos erros, do v(cios e dos preju("os, encaminhandoos para a senda da 7erdade e da 7irtude. ' &nico e verdadeiro laço universal entre os maçons está constitu(do pelos -rinc(pios que os unem,
na medida que cada maçom individualmente os reconhece e pe em prática, e o &nico dom(nio que a 4açonaria aspira, é a da 7erdade, fa"endo ora de Graternidade, de -a" e Cooperaç$o, entre os homens e os povos. SEG+$DA A!"E # SIG$IFICAD# DA CE!IM#$IA DE !ECEC,# Citase algumas ve"es a palavra iniciaç$o no segundo e terceiro graus, assim como nos seguintes; este termo impr*prio, dado que n$o se pode ser iniciado na 4açonaria mais que uma ve", quando se ingressa nela no grau de +prendi". Depois do qual, um caminho de progresso em diferentes etapas, cada uma das quais precisamente corresponde a um grau maç)nico, ou seja, uma mais perfeita compreens$o e reali"aç$o do significado da iniciaç$o maç)nica. -or esta ra"$o, em muitos dos 4istérios +ntigos, assim como corporaçes construtoras, há uma s* e &nica cerimonia com a qual se admitia os candidatos nos ensinamentos esotéricos, ou em, no gr!mio dos que participam da +rte. Na 4açonaria n$o havia, segundo alguns, até por algum tempo depois da fundaç$o da Arande Boja de Bondres, mais que dois graus, depois do qual, com o desenvolvimento ritualistico, se viu a conveni!ncia da divis$o ternária, que ficou como uma das principais caracter(sticas de nossa 'rdem. Em que na prática, o descuido em que se acha o formoso grau do que tratamos neste 4anual, demonstre como os tr!s graus n$o s$o ainda efetivos. Uualquer que seja a realidade a este prop*sito, e apesar de que algumas ve"es pode perderse de vista a necessária graduaç$o do verdadeiro esforço nas etapas sucessivas, s* com as quais pode conseguirse um verdadeiro resultado em qualquer caminho, dita graduaç$o se imp)s em todos os tempos e toda a forma de atividade, em todo campo prático ou especulativo. Em qualquer arte ou ensinamento, em qualquer hierarquia social, iniciática ou religiosa, necessariamente houve e haverá constantemente, so diferentes nomes e ainda sem nomes especiais, +prendi"es, Companheiros e 4estres; correspondendo o primeiro grau ou etapa ao ingresso ou per(odo de noviço, o segundo a prática que fa" o artista /e portanto um verdadeiro companheiro no gr!mio ou hierarquia em que se encontra1, e o terceiro ao dom(nio completo ou magistério da +rte, que dá a capacidade de ensinar, dirigir e guiar aos demais. +ssim pois, a divis$o em tr!s graus fundamentais é t$o necessária e natural que sempre se chega a ela, praticamente de uma maneira ou de outra. N$o menos necessária aparece /o que n$o corresponde ao presente 4anual e%aminálo detidamente1 a adiç$o de graus suplementares, que constituam uma melhor reali"aç$o do programa dos primeiros, e apesar de se repudiar, ou n$o se queira reconhec! los, sempre reapareceram numa forma ou noutra. + 4açonaria sempre os teve, ainda que nem sempre se distinguiram e%teriormente. + necessidade de uma Cerim)nia de recepç$o em cada grau se fa" evidente com o progresso da organi"aç$o: a perfeiç$o destas cerim)nias é quase sempre um resultado natural do esforço e da prática constante, de um traalho coletivo no qual toda inovaç$o deve ser e%aminada e provada por muitos, antes de que possa adotarse ou repudiarse em definitivo, um traalho, enfim, que tende mais em que a crer e% nihilo e a priori, a reali"ar um -lano pree%istente, que n$o pode ser outro que o mesmo -lano do Arande +rquiteto, qualquer que seja a concepç$o ou interpretaç$o individual deste termo sim*lico. + cerim)nia de recepç$o neste segundo grau, completamente estranho, com toda proailidade, 0s corporaçes medievais das quais tomou diretamente sua origem a 4açonaria 4oderna, foi o resultado de um traalho de elaoraç$o coletiva que se fe" na primeira metade do século 67222. Rm resultado muito feli" por certo, que mostra uma perfeita compet!ncia de seus autores inc*gnitos, como se pode julgar pelo o que iremos e%pondo nas páginas seguintes, assim como por sua imediata aceitaç$o e difus$o universal.
# MES"!E I$S"!+"#! Nas corporaçes de canteiros e pedreiros, o noviço para sua aprendi"agem ap rendi"agem so o guia de um mestre da arte ao qual se confia para que faça dele um oreiro capacitado, origandose este a servilhes por certo n&meros de anos, sendo todo o traalho reali"ado durante este tempo por conta de seu mestre. Rma ve" que o aprendi" cumpriu o tempo fi%ado e seu mestre estava satisfeito dele, este o apresentava aos demais como um oreiro devidamente preparado, e ao qual se podia confiar qualquer traalho, e desde deste momento podia ser contratado livremente receendo o salário que lhe correspondia.7iajava ent$o para praticar a arte e aperfeiçoarse na mesma e, a medida que crescia sua hailidade no uso dos diferentes instrumentos, chegava a emanciparse gradualmente das regras que havia respeitado em seus primeiros passos, adquirindo a genialidade que fa"ia dele um artista. + cerim)nia de recepç$o no segundo grau maç)nico reflete em seu simolismo estas etapas de traalho e de e%peri!ncia que constituem o programa iniciático do companheiro, a m(stica f*rmula que deve este compreender e reali"ar por meio do esforço pessoal, que é a ase de todo o progresso. 2gualmente em toda a forma de ensinamento te*rica ou prática, e de maneira especial no ensinamento iniciático, o noviço ou disc(pulo tem que se sumeter ao guia particular de um 4estre 2nstrutor que dirija e vigie seus passos e esforços sore a senda de progresso, até que alcance a capacidade de caminhar por si mesmo, sem a necessidade de que seus passos sejam continuamente vigiados. +ssim se fa"ia nas iniciaçes antigas, confiandose todo ne*fito a um guia particular que lhe instru(a e respondia por ele, e por meio da instruç$o receida e das capacidades adquiridas, quando seu instrutor o achava conveniente, lhe dava ou reconhecia o segundo grau que fa"ia do misto um ponto ou vidente, preparado e capacitado para reali"ar a segunda parte do programa, encaminhandose gradualmente por seus pr*prios esforços e so a guia de sua pr*pria Bu" interior, para o 4agistério. ' mesmo deveria fa"erse em todas as Bojas 4aç)nicas, quando se queira levar a cao um laor efetivo, sem dei%ar nunca aos +prendi"es entregues a si mesmos, ou ao cuidado geral do #egundo 7igilante. Rma ve" reconhecidas suas capacidades e tend!ncias particulares, o 4estre da Boja deveria confiar cada +prendi" a um 4estre 2nstrutor, ocupado diretamente de sua instruç$o e progressos. E s* quando a ju("o deste os avanços s$o efetivos e há compreendido o essencial da Doutrina 4aç)nica do primeiro grau, e seria proveitoso os estudos dos novos s(molos que se relacionam com o segundo. Ent$o deveria propor, na CFmara respectiva, para um aumento de salário. Como o curto pra"o dos sim*licos cinco meses que se lhe assina a estFncia no primeiro grau, é em geral insuficiente para que se adquiram os conhecimentos indispensáveis para sacar proveito de um novo estudo, é desejável, para o em da 2nstituiç$o e dos mesmos interessados, que se prolongue este pra"o a um ano quando menos, pois s* s * com esta condiç$o se evitará que se encham encha m de elementos maçonicamente ine%perientes, as colunas de Companheiros e 4estres. De que pode servir ao +prendi" adquirir privilégios e conhecimentos deste grau quando todavia n$o estudou e meditou o suficiente o simolismo e o significado do grau de +prendi"5 E0AME D# CA$DIDA"# H, pois de importFncia essencial, o e%ame do candidato, como conditio como conditio sine *ua non para non para que se lhe permita ascender o segundo grau. E este e%ame n$o deve se limitarse a uma pura formalidade, com se fa" em algumas Bojas, sendo o conhecimento fundamental do que se relaciona com o primeiro grau a ase necessária de todo progresso ulterior. Este e%ame se fa", como se costuma, na CFmara do +prendi", para que todos se d!em conta do progresso dos candidatos, e sirva s irva ao mesmo tempo de liç$o e est(mulo para os demais, com o guia do Catecismo que se acha ane%o a toda Biturgia. Uuando o e%ame comprova no candidato uma compreens$o e um amadurecimento suficientes,
segundo a opini$o unanime de todos os componentes da #egunda CFmara, se procede ent$o a Cerim)nia de 8ecepç$o. ' e%ame do candidato corresponde, pois, no segundo grau, a estFncia no quarto de refle%$o do primeiro grau, sendo naturalmente, por n$o tratarse mais de um profano, as condiçes muito diferentes. Em ve" da solidariedade e da semioscuridade de um pequeno quarto negro, o candidato se encontra aqui num Jemplo iluminado, no meio de seus irm$os, que ouvem e julgam suas contestaçes, que mostram o que é e sae. E em ve" de ser despojado de seus metais, deve aqui lu"ir e fa"er presentes a todos seus novos conhecimentos e aquisiçes. !EA!A),# +ssim como a preparaç$o do candidato ao grau de +prendi" há de ser material e moral, a preparaç$o ao grau de Companheiro será especialmente moral e intelectual. N$o tem, pois, uma verdadeira ra"$o sim*lica o descorimento do peito nem do pé do lado direito, nem do joelho esquerdo, nem a corda enroscada ao redor do raço, que se usam nas Bojas anglosa%onicas, para a recepç$o neste grau, /por simetria com a iniciaç$o do +prendi"1; tampouco tem ra"$o de e%istir a venda sore um dos olhos para o que já viu a Bu". + venda da ilus$o que cega e ofusca ao entendimento do profano deve cair para sempre de seus olhos, e agora se pede que os aram mais ainda para ver as coisas como realmente s$o em sua (ntima ess!ncia, por deai%o da apar!ncia e%terior. + preparaç$o mais verdadeira foi em toda a sua carreira de aprendi", na qual seu progresso em virtude maç)nica, por meio do esforço constante, dirigido segundo seu mais elevado 2deal lhe condu" mais perto da 7erdade, a uma compreens$o mais profunda da realidade das coisas. Desta compreens$o adquirida por seus pr*prios esforços, deve dar prova no interrogat*rio ao que se sumete na #egunda CFmara, necessariamente diferente do e%ame preliminar que o fe" passar na primeira. No interrogat*rio do profano admitido na iniciaç$o, se pede ped e especialmente que aclare suas idéias sore o v(cio e a virtude. No segundo estado deve fa"erse o mesmo com as faculdades da alma com as que se descura des cura a 7erdade 7erdade e a prática pr ática a 7irtude. 7irtude. -ois assim como co mo o +prendi" deve chegar a verdade por meio da 7irtude, 7irtude, o Companheiro é chamado a praticar pr aticar a 7irtude por meio de seu conhecimento da d a 7erdade. 7erdade. +s perguntas s$o em geral cinco, variando mais ou menos segundo os rituais e o grau de compreens$o iniciática de seus autores. + pergunta sore a nature"a e ess!ncia da vida n$o muito apropriada para este grau, sendo reservada aos 4estres esclarecer os 4istérios da 7ida e da 4orte. Em nossa Biturgia para o grau de Companheiro, as cincos perguntas se relacionam com o pensamento, a consci!ncia, a intelig!ncia, a vontade e o livre ar(trio, definindose nos termos seguintes cada um destes (ntimos reconhecimentos de suas faculdades que se requerem do aspirante a Companheiro. # E$SAME$"# ' pensamento é a faculdade que temos de conhecer as coisas e nos relacionarmos intimamente com elas: a faculdade por meio do qual nossa mente plasma uma imagem das coisas e%teriores, que percee por meio dos sentidos, e na ase ase a qual forma conceitos e idéias mais ou menos particulares par ticulares ou gerais, concretas ou astratas, com mais ou menos claridade segundo seja a intensidade da impress$o e da refle%$o. Dado que tudo no Rniverso é viraç$o, podemos di"er tamém que o pensamento é viraç$o da mente, assim como o som so m é do ar, a lu" do éter, com a eletricidade, o calor, etc. Estas viraç$o mental afeta uma forma e um aspecto particulares, com os quais os reconhecemos interiormente nesta consci!ncia /91. -or conseguinte, o pensamento é o produto da atividade de nossa mente estimulada pela aç$o
e%terior dos sentidos ou interior da vontade, e desta atividade adquirimos consci!ncia em diferentes graus, segundo se manifesta interiormente a lu" de nosso eu e interiormente o perceemos nessa lu". +ssim como há pensamento consciente há tamém pensamento suconsciente, que está mais alem do raio da consci!ncia, o qual se desenvolve na forma mais ou menos automática, relacionandose sempre com o pensamento consciente, do que representa como uma penumra, um refle%o ou ressonFncia oscura, porem n$o por esta ra"$o inteligente. /91Rm refinamento particular da vis$o f(sica, chamado clarivid!ncia astral ou mental permite reconhec!los tamém e%teriormente, fa"endo que os pensamentos apareçam como realidades vis(veis. 7er a este respeito a aundante literatura teos*fica. A C#$SCI.$CIA ' estudo do pensamento leva naturalmente ao da consci!ncia, a qual se refere a segunda pergunta, sendo esta causa direta ou indireta de todo pensamento, seja consciente, seja refle%o ou suconsciente. Consci!ncia /no latim conscientia1 vem de conscire que significa darse conta, perceer, fa"er se sáio, adquirir conhecimento de algo. H a faculdade central e primordial de nosso ser, o que chamamos nosso eu e que é o fundamento permanente de todas nossas e%peri!ncias. H o fulcro interior e o centro de gravitaç$o indistintamente de todas as manifestaçes de nossa personalidade. + celere frase de Descartes cogito, ergo sum e%pressa, no fundo uma ine%atid$o. Na realidade n$o somos porque pensamos, sen$o melhor, pensamos porque somos: o fato de ser é fundamental, sendo anterior a nossa capacidade de pensar. Em ve" de ser uma necessária demonstraç$o de nossa e%ist!ncia, pensar numa consci!ncia da mesma: e o fato de ser, anterior a toda outra consideraç$o. #e n$o fossemos, tampouco poder(amos pensar que pensamos, nem portanto que somos. Enquanto somos, pensamos, e adquirimos consci!ncia de nossos pensamentos. >ase de todas nossas faculdades, nossa consci!ncia é a lu" interior que nos ilumina, aquela lu" que ilumina a todo homem que vem a este mundo, que di"er a percepç$o da realidade ojetiva. #em ela ser(amos simplesmente aut)matos inconscientes, incapa"es de pensar, saer, julgar, querer, eleger e dirigirmos. #eu desenvolvimento, ou melhor dito lieraç$o e e%press$o, caracteri"a no homem o desenvolvimento de suas mais elevadas possiilidades. A I$"E&IG.$CIA Estreitamente relacionada com o pensamento e com a consci!ncia, se acha a intelig!ncia, palavra que provem do latim intelligere, que di"er, interlegere ou interligare ler dentro ou entreligar. H pois, a faculdade de ler ou penetrar dentro da apar!ncia das coisas, entreligandoas e reconhecendo o laço ou ne%o interior que as une e manifesta sua g!nesis origem nas diferentes analogias. -or meio de sua 2ntelig!ncia ou consci!ncia aplicada ao pensamento o homem chega a conhecer a verdadeira nature"a do mundo que o rodeia, de si mesmo e todas as coisas que caem so seus sentidos; compara estas coisas, as classifica, as distingue e as relaciona umas com as outras e se forma assim conceitos e idéias sempre mais astratas e gerais, retirados do particular e concreto. +ssim, pode descorir, reconhecer e formular as Beis e -rinc(pios que governam o Rniverso, assim como os que governam seu pr*prio ser interior, sua pr*pria vida (ntima ps(quica, intelectual e espiritual. + intelig!ncia, é pois, o uso consciente que fa"emos de nossa faculdade de pensar, sendo este uso consciente do pensamento o que nos distingue dos seres inferiores /que tamém pensam, porem com um grau inferior de consci!ncia, e portanto, de intelig!ncia1, e ao mesmo tempo caracteri"a e mede o desenvolvimento ou grau de manifestaç$o da consci!ncia. Desde da intelig!ncia instintiva, quase automática, que caracteri"a o reino mineral, determinando a afinidade at)mica e governando a formaç$o dos cristais assim como a atividade f(sicoqu(mica, passamos a um grau superior de intelig!ncia /igualmente instintiva, porem pore m menos automática1 no
reino vegetal, cujas funçes s$o mais comple%as e mais livres, em que seja dif(cil falar de lierdade nos reinos inferiores, segundo o sentido humano da palavra. Certo grau rudimentar de lierdade se manifesta naquela intelig!ncia que produ" a afinidade eletiva, que é a causa da seleç$o e evoluç$o das espécies, seja no reino vegetal como no animal. Chegamos assim aos instintos da vida animal, e, destes, a intelig!ncia humana, caracteri"ada pela ra"$o consciente que pode ascender do concreto ao astrato, da percepç$o puramente f(sica, ao discernimento de uma realidade metaf(sica. A %#$"ADE Companheira da intelig!ncia e de seu desenvolvimento, em seus estados sucessivos, a 7ontade é a faculdade de desejar e querer. + vontade é a g!mea da 2ntelig!ncia: enquanto esta é a faculdade passiva e luminosa de nosso ser, a que determina e guia nossos ju("os, a 7ontade é aquela faculdade ativa por e%cel!ncia, que nos impulsiona a aç$o, tradu"indose em esforço construtor ou destrutivo, segundo a particular direç$o da 2ntelig!ncia. +s duas faculdades est$o assim constantemente relacionadas e se determinam e influenciam mutuamente. ' -ensamento, dirigido pela 2ntelig!ncia, prepara a linha ou direç$o na qual se canali"a e segundo a qual atua a 7ontade, enquanto esta, por sua ve" determina e dirige a atividade intelectiva do pensamento, sendo a Consci!ncia o centro motor estático determinante das duas. +ssim como há consci!ncia e suconsci!ncia, pensamento consciente e pensamento consciente e, portanto, intelig!ncia racional como instintiva, há tamém uma vontade instintiva ou automática ao lado da vontade inteligente ou racional. + primeira é a que constitui nossos desejos e nossos impulsos, em comum com os animais e seres inferiores, enquanto a segunda é o resultado da refle%$o, o fruto de uma determinaç$o inteligente. -or sua (ntima nature"a, o progresso destas duas faculdades deve estar constantemente relacionado. + marcha do aprendi", indica este processo: a cada passo do pé esquerdo /passividade, intelig!ncia, pensamento1, deve corresponder um igual passo do pé direito /atividade, vontade, aç$o1 em esquadro, ou seja em acordo perfeito com o primeiro. # &I%!E A!2I"!I# Como coroamento e conseq3!ncia necessária do estudo das faculdades humanas, chegamos ao prolema do determinismo e do livre ar(trio, um prolema sore o qual muito se discutiu doutos e sáios em todos os tempos, pois de sua soluç$o depende a irresponsailidade ou responsailidade do homem e, portanto, a utilidade de todo esforço. + soluç$o deste prolema é de importFncia fundamental para o maçom, pois se o homem n$o for livre em suas açes e determinaçes a 4açonaria, como +rte 8eal da 7ida, n$o teria ra"$o nenhuma de e%istir. ' Companheiro, que reconheceu interiormente a verdadeira nature"a de suas faculdades, se acha agora perfeitamente capacitado para resolverse. H sem d&vida, que a vontade, e por conseq3!ncia a atividade do homem e o fruto de suas açes, se acham determinados pelo o que ele pensa, julga e v! interiormente. +ssim pois, o que o fa" &nico e como ora em determinadas circunstFncia, o que elege constantemente /seja esta eleiç$o consciente ou inconsciente, depende de sua maneira de pensar, de sua claridade de mente, de seu ju("o e de seus conhecimentos. -or conseq3!ncia, livre ar(trio e lierdade individual e%istem para o homem em proporç$o do desenvolvimento de sua 2ntelig!ncia e de seu =u("o. -ara o homem inteiramente dominados por suas pai%es, instintos, v(cios e erros, n$o e%iste o livre ar(trio, como e%iste para o homem iluminado e virtuoso. 's instintos e as pai%es determinam constantemente seus atos assim como os do animal e o ata ao julgo de uma fatalidade que é a conseq3!ncia ou concatenaç$o l*gica das causas e dos efeitos, ou seja a dupla reaç$o interior e e%terior de toda aç$o.
4as para quem se esforça constantemente em dominarse e dominar suas pai%es, elegendo constantemente o mais reto, justo e elevado, o livre ar(trio, no sentido mais amplo da palavra, é uma realidade, pois por meio desse esforço se lierta dos v(nculos que atam ao homem instintivo a seus erros e pai%es: conhece a 7erdade e a 7erdade o fa" livre. -ortanto, assim como o homem passa do dom(nio do instinto ao dom(nio da intelig!ncia, e da cega oedi!ncia a suas pai%es a uma clara e inteligente determinaç$o ou, em outras palavras, de erro e a 7erdade e do v(cio a 7irtude, assim passa igualmente do dom(nio da fatalidade que é pr*pria de sua nature"a instintiva ou inferior, ao dom(nio da lierdade, pr*pria de sua nature"a divina ou superior, e esta se afirma constantemente sore aquela. Este é o caminho da lierdade que a 4açonaria indica aos homens nas diferentes viagens ou etapas de seu sim*lico progresso. Caminho e progresso que se reali"am por meio do esforço individual sore a #enda da 7erdade e da 7irtude, as duas colunas que d$o acesso ao Jemplo da Divina -erfeiç$o de nosso #er. AS CI$C# %IAGE$S +ssim como um primeiro discernimento entre o v(cio e a virtude e entre o erro e a verdade, foi necessário ao +prendi" antes de poder viajar ou progredir do 'cidente ao 'riente e das trevas para a Bu", assim tamém o reconhecimento de suas faculdades, por meio das quais o Companheiro começa a contestar a pergunta Uuem somos5 é condiç$o necessária para empreender as viagens ou etapas de progresso que o esperam nesta segunda fase de sua carreira maç)nica. +s viagens s$o em n&mero de cinco, como as faculdades que acaamos de e%aminar, e há um estreito paralelo entre estas faculdades e os instrumentos que ao aspirante /já potencialmente Companheiro1 deverá levar em cada viagem, ou melhor di"endo, nas quatros primeiras que se efetuam /como o do +prendi"1 do 'cidente ao 'riente passando pelo Norte, e logo de regresso do 'riente ao 'cidente pelo #ul. Como o +prendi", o Companheiro tamém deve proceder do mundo concreto, ou do dom(nio da realidade ojetiva, ao mundo astrato ou transcendente, o mundo dos -rinc(pios e das Causas, atravessando a regi$o oscura da d&vida e do erro /o Norte1 para voltar pela regi$o iluminada pelos conhecimentos adquiridos /o #ul1, constituindo cada viagem uma nova e diferente etapa de progresso e reali"aç$o. A !IMEI!A %IAGEM Na primeira viagem ou etapa de seu progresso, o novo companheiro leva os dois instrumentos com os quais fe" seu traalho de aprendi", traalho que agora o incue de prosseguir com a nova hailidade que foi o resultado de toda a aprendi"agem. ' malho e o cin"el, por meio dos quais o pedreiro desasta a pedra ruta, apro%imandoa a uma forma em relaç$o com seu destino, s$o para o maçom as duas faculdades g!meas da vontade e da determinaç$o inteligente, sore a qual a primeira tem que aplicarse para produ"ir um resultado aproveitável na 'ra de Construç$o 2ndividual, meta de seus esforços. ' primeiro destes dois instrumentos utili"a a força da gravidade, com a massa metálica de que se compem, para produ"ir um efeito determinado: a desagregaç$o ou fratura de outra massa de pedra ou matéria ruta, menos homog!nea e resistente que a massa metálica que sore a mesma que se aplica. H uma força ou -oder cujo efeito seria constantemente destrutivo, sen$o se aplicar com e%tremo cuidado e intelig!ncia. +ssim é daquelas nature"as humanas nas quais o lado energético ou volitivo tomou um desenvolvimento e%agerado e indevido, em relaç$o com o poder diretor da intelig!ncia. -ossu(dos por uma idéia e%clusiva a que animam com todo o fogo de sua nature"a passional, porem sem o discernimento necessário para uma sáia liç$o, estes seres constituem um perigo constante para a estailidade do edif(cio social, se outros n$o saem dominálos e dirigir &til e construtivamente suas
energias. #$o, como se chamam no termo oriental, as nature"as rajásicas nas quais prevalece o elemento ativo do en%ofre e constituem a casta dos chatrias, a qual pertencem os revolucionários e guerreiros, as nature"as impulsivas e reeldes de todas as raças. Em comparaç$o com o malho, o cin"el tem uma massa metálica limitada; porém sua t!mpera e agude" o fa"em distinguir nitidamente do primeiro, enquanto se grava numa forma determinada sore a matéria ruta na qual o aplicamos, cortandoa em ve" de querala e fa"ela em pedaços, como o faria por si s* o malho. -or outro lado, a resist!ncia e homogeneidade da massa metálica de que se compem o fa"em especialmente adaptável para suportar, em seu e%tremo superior, os golpes do malho, e transmitilo como efeito &til sore a matéria em que ora, separando da mesma um fragmento determinado, melhor que destruila cega e n$o inteligentemente. #em d&vida, o cin"el sem o malho, que aplica sore ele mesmo a energia da massa de que se compem, seria igualmente ineficiente e incapa" de produ"ir por si s* aquele traalho a que esta destinado, em colaoraç$o com o segundo. +ssim ocorre com aquelas nature"as puramente intelectuais, que elaoram continuamente planos e projetos, porém, por falta de energia, nunca pem prática, condenandose a inércia e sujeitandose passivamente as condiçes e circunstFncias, as vontades que as utili"am e das que se fa"em servirlhes como instrumentos, assim como das pessoas e coisas que as rodeiam. -evalecem nestas nature"as tamásicas /91 o elemento passivo e feminino do sal, e constituem a casta dos vasias, comerciantes, artistas e empregados, nos quais domina a intelig!ncia elaorativa e que, saiamente dirigidos e utili"ados, formam a força silenciosa, inteligente e traalhadora de uma naç$o. Na primeira viagem aprende o Companheiro, como conclus$o de seus esforços como +prendi", o uso cominado dos dois instrumentos, ou seja o uso harm)nico da vontade impulsiva e da determinaç$o inteligente, com as quais se acham em condiç$o de fa"er da matéria prima de seu caráter, ou da pedra ruta de sua personalidade profana /quitandolhe suas aspere"as e partes supérfluas1 uma pedra lavrada, ou seja uma ora de arte. + capacidade de usar em perfeita harmonia, com suficiente refle%$o e discernimento, estas duas faculdades g!meas, constituem as nature"as sátvicas nas que prevalece o elemento equilirante ou merc&rio /satva1, ou seja a intelig!ncia iluminada pelo discernimento do 8eal. Este nos pem por cima da luta entre os pares de opostos e reali"a em n*s a -edra Gilosofal: a perfeita uni$o do +mor e da #aedoria, que nos dá o cetro do -oder verdadeiro e durável, prerrogativa da casta dos rahmanes, ou diretores espirituais da sociedade /1. /91. 4ais propriamente deveria di"erse satvatamásicas, e pela anterior satvarajásica, ou seja, respectivamente, a intelig!ncia passiva /sem poder diretivo independente1, e dominada pelos impulsos, a pai%$o e a amiç$o. /1. Rma correspond!ncia sim*lica mais perfeita que a anterior, aseada sore as tr!s gunas, das quatro castas hindus, se encontra em sua correlaç$o com os quatros elementos, correspondendo o +r aos >rahmanes, o Gogo aos Chatrias, a Xgua aos 7asias e a Jerra aos #udras. A SEG+$DA %IAGEM 's instrumentos levados na segunda viagem pelo 'reiro que se iniciou nos princ(pios da +rte s$o de uma nature"a inteiramente diferente das dois com que fe" seu primeiro traalho: enquanto os primeiros s$o dois instrumentos pesados para um traalho material, aqui teremos dois instrumentos mais ligeiros de precis$o para um ojetivo intelectual: a régua e o compasso. Com estes, alem de verificar e dirigir o traalho feito com os anteriores /como o fa"em o escultor e o artista consumados, transformando a pedra ruta em arte1 o Companheiro se adestra nos primeiros elementos daquela Aeometria, que é um dos ojetivos de seu estudo e que nos da Chave da +rte da Construç$o, ajudandonos para interpretar os planos do Divino +rquiteto dos mundos.
+ régua e o compasso n$o s$o simplesmente dois instrumentos de medida, em que a medida da terra ou mundo ojetivo, seja o significado originário da palavra Aeometria, sen$o melhor criativos e cognitivos, dado que, por meio deles podemos construir quase todas as figuras geométricas, começando pelos dois elementares, que s$o a linha reta e o c(rculo. Jodas estas figuras tem para o maçom uma importFncia construtiva no dom(nio moral e intelectual. + linha reta que nos traça a régua, é o emlema da direç$o retil(nea de todos nossos esforços e atividades, na qual devem inspirarse nossos prop*sitos e aspiraçes: o maçom nunca deve separar se da e%atid$o e infle%iilidade da linha reta de seu progresso, que o indica constantemente o mais justo, sáio e melhor e que nunca deve desviarse de seu 2deal como da fidelidade aos -rinc(pios que se prop)s seguir, representados pelos pontos pelos quais a linha esta formada. ' c(rculo mostra e define ao alcance do raio de nossas atuais possiilidades, ou seja o campo de aç$o dentro do que devemos atuar e dirigirnos saiamente, na direç$o infle%(vel indicada pela linha reta que passa constantemente por seu centro. +prendemos assim a uniformi"ar constantemente nossa conduta ao mais nore e elevado, adaptandonos ao mesmo tempo a nossas condiçes e necessidades atuais e fa"endo o melhor uso das oportunidades e possiilidades que se nos dispensam no raio de nossa aç$o. Em outras palavras, a uni$o do c(rculo com a reta, traçados respectivamente pelo compasso e a régua, representa a harmonia e o equil(rio que devemos aprender a reali"ar entre as possiilidades infinitas de nosso ser e a realidade das condiçes finitas e limitadas na qual nos encontramos, conciliando o dom(nio do concreto com o astrato, para uma sempre mais perfeita e progressiva manifestaç$o do 2deal no material. +lem disso a 8égua indica uma perfeita uni$o que traçamos ou reali"amos em cada momento, no presente /como uma linha entre os dois pontos nos quais esta compreendida1 entre o passado e o porvir, sendo mesmo o presente a necessária conseq3!ncia do primeiro e preparaç$o do segundo. +ssim pois, em que tudo o que agora fa"emos ou encontramos sore nosso caminho esta passivamente determinado pelo o que fomos e o passado que temos esquecido, a eleiç$o ativa que fa"emos no presente de nossa linha de aç$o, é a que determinará seu !%ito definitivo como resultante da força passiva do passado e de nossa pr*pria atitude no presente. -or conseguinte, n$o s$o t$o importantes para n*s as coisas e condiçes em que nos encontramos atualmente, como é nossa atitude interior acerca das mesmas, que é a que determina o que saldará em definitiva delas. Uualquer que seja a condiç$o ou circunstFncia em que nos encontramos, representa um ponto desde o qual devemos traçar /por meio da régua de nossa conduta1 uma linha reta para outro ponto que dependerá por completo de nossa livre eleiç$o, em que pode ser esta influenciada por nossos esforços, desejos e aspiraçes passadas. E, enquanto ao compasso, suas duas pernas e os dois pontos sore os quais se aplicam nos permitem reconhecer e traçar a relaç$o justa e perfeita que e%iste constantemente entre nosso eu e o mundo amiente que nos rodeia, medindo com discernimento o alcance daqueles pontos que elegemos para traçar sore os mesmos, com a ajuda da régua de que temos falado, nossa linha de conduta em harmonia com o -lano do Arande +rquiteto, que é a Bei #uprema de nossa vida. +ssim aprendemos a vencer com industria e paci!ncia todos os ostáculos que encontramos sore nossa senda, servindonos dos mesmos como pontos de partida, oportunidades, meios e degraus para o nosso progresso. A "E!CEI!A %IAGEM Conservando a régua em sua m$o esquerda, o Companheiro, em sua terceira viagem, depem o compasso para sustituilo por uma alavanca, que apoia com a m$o direita sore a espada do mesmo lado. Este quinto instrumento, que é como o compasso esta caracteri"ado pelos dois pontos sore os que se
aplica /pot!ncia e resist!ncia1 e um terceiro que o serve de ponto de apoio, tem, em comparaç$o com o precedente, uma funç$o eminentemente ativa, já que com seu au%ilio podemos mover e levantar os ojetos mais pesados, aplicando sore os mesmos uma força apropriada. 8epresenta por tanto, o meio ou possiilidade que nos oferece, com o desenvolvimento de nossa intelig!ncia e compreens$o /o raço e%tremo ou potncia da alavanca1 para regular e dominar em qualquer momento a inércia da matéria e a gravidade dos instintos, levandoos e movendoos para ocupar o lugar que os corresponde na Construç$o de nosso Edif(cio 2ndividual. +s duas m$os, que devem aplicarse sore este instrumento para que o esforço seja mais efetivo, representam as duas faculdades /ativa e passiva1 da vontade e do pensamento, que devem aqui cooperar como o uso do malho e do cin"el concentrando a força se seus m&sculos sore o e%tremo livre da alavanca. Uual é, pois, este meio, essa faculdade maravilhosa que remove todos os ostáculos e os leva onde queremos leválos, sem a qual as duas m$os juntas n$o poderiam levantar os ojetos pesados sore os quais aplicamos5 Desde um ponto de vista geral, a alavanca pode considerarse como s(molo de toda a 2ntelig!ncia humana em seu conjunto, que tem seu fulcro, ou ponto de apoio natural, no corpo f(sico, sore o qual atua, na medida eficiente de seu desenvolvimento, para produ"ir todas as açes, sendo a 7ontade a Gorça ou potncia que sore ela se aplica, e que a mesma 2ntelig!ncia fa" efetiva. + 7ontade é a sua ve", e%press$o do potencial espiritual do #er, manancial imanente de toda atividade, cuja particular nature"a a intelig!ncia determina. ' Companheiro, em outras palavras, se serve da alavanca, toda a ve" que por meio de sua intelig!ncia determina, planeja e e%ecuta uma aç$o particular que manifeste ojetivamente o íntimo dese0o de seu coraç$o /a pot!ncia animadora, aplicada sore a alavanca1. De uma maneira mais particular, sem d&vida, podemos ver na alavanca um s(molo astante apropriado e e%pressivo da Gé, a faculdade que aplica, apoiandose no fulcro da consci!ncia individual, o -otencial Divino e portanto infinito do #er até levantar e mover as aleg*ricas montan1as das dificuldades. Nos disse o Evangelho que, para produ"ir esse resultado, é suficiente a Gé que se encontra dentro de um gr$o de mostarda; isto quer di"er que as mais pequenas sementes de Gé pode crescer , quando seja aplicada inteligentemente, até produ"ir os efeitos mais maravilhosos que possa imaginar, reali"andose assim, de uma maneira efetiva, a fachada hipotética de +rquitetes. Uuando se possui essa alavanca da Gé, até o mundo pode ser levantado e transformado, por meio da força ativa de uma nova idéia propulsora. Jodos os homens que possam dei%ar na hist*ria e na humanidade uma pegada mais profunda de sua atividade, fi"eram uso, efetivamente, da misteriosa alavanca, com a qual pode ser posta em movimento, e até ser utili"ada, a inércia natural das massas, cuja primeira resist!ncia se transforma depois em poder propulsor . ' pensamento sem a vontade, e a vontade sem o pensamento seriam igualmente incapa"es de atuali"ar a Gorça 2nfinita da Gé, que para ser efetiva deve ser iluminada por um 2deal, e dirigida pelo motivo mais elevado, nore e desinteressado, que a cada qual o seja dado alcançar, sem somra de d&vida, por parte da intelig!ncia, sem que haja vacilaç$o nenhuma no ojeto que nos anima. H igualmente in&til este instrumento, sen$o lhe aplica a 7ontade com asoluta firme"a e perseverança de prop*sito, assim como o -ensamento, em ve" de concentrarse sore o mesmo com iluminado discernimento, se dei%a desviar por consideraçes err)neas e falsas crenças que o aleijariam daquela clara vis'o em que consiste a clarivid!ncia do iniciado. + régua com a qual entrou pela primeira ve" na segunda CFmara, n$o deve portanto separarse nunca do Companheiro em seus esforços por meio deste novo utens(lio que o ajudará a reali"ar o que de outra maneira seria imposs(vel, multiplicando suas forças em proporç$o direta das necessidades, ou seja do ojeto ou ojetos sore os quais se aplica. + régua é, pois, aquele instrumento de direç$o sem o qual nunca poderemos fa"er uma ora definida e efetivamente construtora: nossa vida se torna um
caos /como seria um Rniverso sem Beis1 quando possu(mos uma régua justa e segura para todos nossos esforços e açes. A 8+A!"A %IAGEM 9:; ' iniciado seguira levando a régua em sua quarta viagem, acompanhandoa esta ve" com o esquadro, o se%to e <imo instrumento cujo o uso deve aprender nestas peregrinaçes que tem por ojeto outorgarlhe aquela e%peri!ncia, que necessita para poder encaminharse para o 4agistério em sua pr*pria arte. +ssim como a uni$o coordenada da régua com o compasso indica a capacidade de dar cada passo, em vista do ojeto que nos propomonos, com perfeita retid$o, dentro do limite de nossa atuais possiilidades, assim igualmente sua aç$o com o esquadro representa a necessária reti(icaç'o de todos nossos prop*sitos e determinaçes, segundo o critério e 2deal que nos inspira, assim como as açes que reali"am aqueles. -articularmente, o esquadro unido a régua ensina ao maçom que o (im nunca 0usti(ica os meios, s* pode oterse um resultado satisfat*rio quando os que se empenham estejamem 1armonia) com a finalidade em que unidos se propem. +ssim, por e%emplo, é um erro crer que pode oterse e gerar a pa" por meio da guerra, dado que a guerra se apoia em pensamentos de *dio, inimi"ade e viol!ncia, enquanto para a primeira se necessita sore tudo ami"ade, simpatia, compreens$o e cooperaç$o. 91 Devese notar que nas viagens de n&mero par / e <1 se levam instrumentos passivos, e nas impares instrumentos ativos. Considerado isoladamente, o es*uadro é um s(molo equivalente ao m(stico Jua dos eg(pcios, quer di"er, a uni$o do n(vel com o prumo, por meio dos quais se constr*i o muro e se levanta um edif(cio, em prumo com as Beis que governam toda construç$o, depois de verificar cuidadosamente a perfeita retid$o dos Fngulos triedos das pedras que se empenham, de maneira que possam estas ocupar e%ata e rigorosamente o lugar que a cada qual corresponda. +ssim é que pode tamém sustituir por estes dois instrumentos cominados. + régua em uni$o com o esquadro, representa tamém a perfeita medida dos materiais que usamos na elevaç$o do edif(cio, que além de estar ajustado em todos seus Fngulos, há de ser em proporcionados em suas tr!s dimenses, segundo o lugar onde se aplicam para lograr com seu conjunto a homogeneidade, estailidade e harmonia do edif(cio que se levanta, e cuja aus!ncia acusaria oreiros ine%perientes, aos que n$o pode confiarse um traalho de importFncia. + pedra c4bica, ou seja a individualidade justamente desenvolvida em todas as suas faces, n$o é precisamente o que se necessita para o Edif(cio #ocial: uma pedra deste g!nero constitui a e%ceç$o, e seria condenada ao isolamento por n$o poder aproveitarse na uni$o com as demais. ' que melhor se necessita para o prop*sito construtor da 4açonaria, é uma pedra em perfeito esquadro em suas seis faces, qualquer pode ser o desenvolvimento comparativo das mesmas, com tal,que haja proporç$o e paralelismo entre seus diferentes lados, respectivamente verticais e hori"ontais, para que possam utilmente aproveitarse e porse no lugar que lhe corresponde, com a ajuda do n(vel e do prumo. N$o devemos, pois, os maçons, uscar uma uniformidade asoluta em nossas idéias, idéias e convicçes, conformando nossa vis$o as limitaçes estreitas de um tipo preestaelecido, com os quais nos converter(amos noutros tantos ladrilhos, que se em s$o em &teis e pode aproveitarse nas construçes correntes, n$o o seria igualmente para um edif(cio grandioso e imponente, como é aquele Jemplo #im*lico que levantamos, com nossos esforços unidos, a Al*ria do Divino +rquiteto do Cosmos cuja a perfeiç$o e ele"a dependem igualmente da inteligente variedade dos materiais que se empregam, assim como da sáia coordenaç$o e cominaç$o dos mesmos, de acordo com um -lano 4agistral no qual há lugar para pedras das formas e dimenses mais comple%as e variadas. Devemos, por conseguinte, desenvolver e traalhar a pedra de nossa personalidade naquela forma que melhor se adapta, segundo sua particular nature"a, para ocupar o lugar mais apropriado no
Edif(cio da Lumanidade e da Criaç$o, e e%pressando nela, como melhor podemos, aquela parte que nos é dado fa"er patente do A!nio #ulime do +rt(fice, do qual somos outras tantas manifestaçes. A 8+I$"A %IAGEM Este A!nio 2ndividual no qual se revela a verdadeira capacidade do artista é o que o Companheiro trata de uscar na quinta viagem que, a diferencia das precedentes, se cumpre sem o au%ilio de nenhum instrumento e numa direç$o oposta a qual se seguiu até agora: para tr+s e so a ameaça de uma espada posta sore seu peito. Uue significa esta troca completa de direç$o e de atividade5 H uma nova etapa de progresso que se cumpre de uma maneira misteriosa, em oposiç$o com as Beis e 8egras seguidas até aqui, ou é um verdadeiro regresso inevitável para todos, apesar dos esforços reali"ados para alcançar nosso ser mais elevado5 -or que ra"$o aandonou o Companheiro tamém a régua sim*lica com a qual fe" sua entrada na segunda CFmara5 Esta viagem, e a maneira misteriosa como se cumpre, tem muitos sentidos e encerra uma profunda doutrina, intimamente relacionada com o n&mero cinco que fa" esta viagem particularmente peculiar no grau de Companheiro. Em primeiro lugar, se cumpre sem nen1um instrumento. 2sto significa que, fa"endose adestrado no uso dos seis instrumentos fundamentais da construç$o, a saer, o malho, o cin"el, a régua, o compasso, a alavanca, e o esquadro que correspondem as seis principais faculdades, tem agora que uscar sua sétima faculdade central, que corresponde a letra A /a sétima letra do alfaeto latino1, cujo o perfeito conhecimento o condu"irá ao 4agistério. 8epresenta, em outras palavras, o novo campo de estudo e de atividade que se are ao artista e%perimentado no uso dos diferentes instrumentos, para e%pressar uma (ase superior de suas hailidades, e ao iniciado, uma ve" que há dominado sua nature"a inferior e se adestrou no uso de suas diferentes faculdades, com aquisiç$o de novos poderes que representam a multiplicaç$o de seus talentos. 2ndica, portanto, um novo g!nero de traalho, em que deve adestrarse, e no qual todos os instrumentos empregados até agora, ainda a mesma régua, s$o supérfluos, dado que se trata de atividade puramente espiritual, qual é a meditaç$o que condu" a contemplaç'o da 8ealidade, a qual chagará ascendendo os cinco degraus de que a continuaç$o falaremos. ' aandono da régua representa aquele estado de completa lierdade que se consegue uma ve" que se ha dominado os sentidos e as pai%es inferiores e o individuo se are a percepç$o daquela Bu" 2nterior /simoli"ada na Estrela Glamejante1 que fa" in&til toda regra e%terna. Chega, pois um momento, na evoluç$o individual, no qual todas as regras, ensinamentos e ajudas e%teriores, que até ent$o foram de suma utilidade, já n$o servem, e quase constituem um ostáculo para seu progresso ulterior. Devem ent$o aandonarse, convertendose o +rtista noinstrumento do A!nio Divino que atua nele, uscando uma perfeita e%press$o do 2deal em que se manifesta, e fa"endose igualmente o 2niciado ve(culo e e%press$o daquela Bu" que aparece e daquela 7o" que se fa" ouvir dentro de seu pr*prio coraç$o. A !E"!#G!ADA),# + retrogradaç$o caracter(stica da quinta viagem tem tamém vários sentidos, que se oferecem a nossa meditaç$o. Gundamental entre eles nos parece a necessidade de revisar o caminho recorrido, correspondendo em certa maneira a nossa faculdade da mem*ria, com a qual analisamos retrospectivamente os diferentes acontecimentos de nossa vida. H uma revis$o completa de toda nossa atividade e de nossos esforços /de todo nosso curriculum vitae1 a que se impem neste momento evolutivo, para poder passar adiante. 'utro sentido n$o menos importante é a da retrogradaç$o aparente que se cumpre inevitavelmente em vários aspectos da vida individual, como a primeira conseq3!ncia da lierdade desacostumada, efeito do aandono de todas as regras e limitaçes. Lá, muitas ve"es, efetivamente, uma reca(da em
v(cios, defeitos e erros que pareceriam serem definitivamente superados; sem d&vida, se trata de fen)menos transit*rios, pois chega um momento em que o movimento de retrocesso tem que deter se, empenha ent$o um novo progresso, sore uma ase mais firme, mais s*lida e segura. Como o n&mero cinco representa tamém a queda do homem /ou seja a involuç$o do Espirito ou do eu nos laços da ilus$o, que o fa"em num primeiro momento escravos da apar!ncia material das coisas1, é natural que haja tamém nesta viagem este sentido da *ueda ou involuç'o, que se manifesta na vida do 2niciado como preliminar necessário de uma mais completa regeneraç'o espiritual. #e compara, tamém, esta retrogradaç$o do Companheiro em sua quinta viagem, a retrogradaç$o aparente do sol que, depois do #olst(cio de 7er$o, empenha um movimento no sentido inverso, em relaç$o com o anterior, distanciando sempre mais, em sua declinaç$o, do hemisfério oreal, incrementando assim a noite e o frio, que se fa"em mais evidentes segundo nos afastamos do equador em direç$o do polo, até a noite de seis meses que caracteri"a a regi$o circumpolar. Ginalmente esta retrogradaç$o tem um sentido filos*fico digno de nota, já que a medida em que nos acercamos a realidade, reconhecemos que esta sempre se manifesta e procedeno sentido inverso da apar!ncia. Rm e%emplo f(sico desta 7erdade encontramos no duplo movimento aparente do #ol ao redor da terra e do Yod(aco, que é na realidade a apar!ncia invertida do movimento de rotaç$o e revoluç$o da terra; enquanto o sol se levanta para n*s ao 'riente e se pem ao 'cidente, passando pelo #ul, e nos fa" ver em sentido inverso, nos do"e meses, os do"e signos do Yod(aco, na realidade é a terra que gira sore si mesma e ao redor do #ol, do 'cidente ao 'riente, e passando de Bira a +ries nos seis meses de lu" crescente e de +ries a Bira nos meses de lu" decrescente. +ssim havendo reali"ado o Companheiro, suas quatro primeiras viagens, segundo o movimento aparente do sol, reali"a a <ima inversamente, segundo o movimento real da terra, ingressando definitivamente no campo da realidade, e cessando assim de ser escravo da apar!ncia e%terna. A ESADA S#2!E # EI"# Nesta revis$o do caminho recorrido, a espada apontada sore seu peito recorda ao novo companheiro seu ingresso no Jemplo, na cerim)nia de iniciaç$o como +prendi". Este é, efetivamente, um dos sentidos sim*licos da mesma. Como na iniciaç$o do +prendi", a espada sore o peito indica fundamentalmente a dor que sempre nos fa" dirigir para dentro, pensar, refle%ionar, discernir e saber . N$o pode e%istir saedoria que n$o se faça de alguma maneira amadurecido com a dor; assim como tamém todos nossos sentidos e faculdades nasceram e se manifestaram evolutivamente so seu est(mulo enéfico. -ara o Companheiro, a espada do E%perto que o impulsiona em seu movimento retr*grado, representa sore tudo, aquela irrefreável desejo que nasce em seu mesmo coraç$o e o impulsiona a aandonar todas as regras que seguiu até ent$o, para conquistar a lierdade que lhe aparece como >em #upremo e como a coisa mais desejável. +o mesmo tempo, nasce uma espécie de remorso que esconde em si o constante anelo de progresso inerente em todo ser humano, e que o segue constantemente naquela reca(da, que é a primeira conseq3!ncia da lierdade que acreditou poder conquistar aandonando as regras seguidas até ent$o; este mesmo remorso, estavo3 da conscincia que representa a espada, e fa" sentir sempre mais forte a regra interior que será para ele desde agora Bei #uprema de sua conduta. -ortanto mais que uma ameaça, a espada representa uma indicaç'o: mostra ao Companheiro onde tem de uscar de agora em diante a régua perdida, a lei de sua conduta, e o novo instrumento /o sétimo instrumento necessário na Arande 'ra de Construç$o 2ndividual1 que em seu pr*prio coraç$o, nas profunde"as de seu eu, no centro se seu #er, deve haver efetivo, com o reconhecimento de sua verdadeira nature"a, e com a intuiç$o que o fa" canal e ve(culo da 2nspiraç$o Divina. Este é o
sentido real da espada que se acha apontada sore seu peito, já n$o para ameaçálo, sen$o para guia lo a reconhecer o privilégio de sua Divina Bierdade e fa"er de tal privilégio o uso mais sáio e mais inteligente. +ssim, pois, mostra a espada ao novo Companheiro a necessidade de con1ecerse a si mesmo, para que possa assim contestar a pergunta 5uem somos6) que é o prolema iniciático deste grau. #S CI$C# DEG!A+S Enquanto que as primeiras tr!s viagens terminam pr*%imas ao #egundo 7igilante, ao término da quarta e da quinta viagens o aspirante é condu"ido junto ao -rimeiro 7igilante, que lhe pede, primeiro, o to*ue e logo a palavra de +prendi". 2sto significa que antes de receer, o aspirante deve dar tudo que possui ou conhece; além disso com o to*ue demonstra ter passado pelos primeiros tr!s anos ou etapas de seu progresso, representados pelas tr!s viagens, e com a palavra reafirma o +to de Gé, representado pelo sentido dessa palavra, a qual adquire uma importFncia especial depois da quinta viagem. +o passar da coluna do Norte para a do #ul, ou da perpendicular ao nível , onde termina para ele a orientaç$o do #egundo 7igilante e iniciase a orientaç$o do -rimeiro 7igilante, estando entre amos, já se oserva desde da quarta viagem, depois de ter provado na terceira viagem, com o uso da alavanca em uni$o com régua, ter conseguido a perfeiç$o como +prendi", pondo em aç$o e fa"endo operativa a Gé, que é a qualidade que especialmente deve desenvolverse neste grau, em uni$o com a retid$o dos prop*sitos. ' esquadro que se une 0 régua na quarta viagem, mostra tamém o dom(nio do n(vel, que se impem sore o prumo, que di"er, a necessidade de um perfeito equil(rio e de uma constante estailidade e firme"a em seus prop*sitos e aspiraçes, qualidades muito em e%pressas pelo sim*lico Edif(cio que se constr*i com o au%ilio destes instrumentos. ' prumo se transforma assim no Jau sagrado, sore o qual há de rilhar a Estrela de sua Chispa Divina. -ara suir ao trono do -rimeiro 7igilante precisa suir os cinco degraus, emlemáticos das cinco etapas ou viagens até agora recorridos. Estes degraus podemos representálos de diferentes cores, em correspond!ncia com o elementos e e%peri!ncias das provas iniciáticas. + primeira é negra, e corresponde a prova da terra. 8ecorda ao aspirante a CFmara de 8efle%$o, na qual foi introdu"ido para a necessária preparaç$o ao grau de +prendi", e lhe mostra a necessidade de visitar o interior da terra, penetrando na realidade das coisas que se esconde atrás de sua apar!ncia ou forma e%terior. + segunda é a"ul e corresponde 0 prova do ar. 8ecorda a primeira viagem do +prendi" e a necessidade de enfrentarse com os preju("os e os erros, as correntes contrárias do mundo, permanecendo firme em seu ju("o e em seus convencimentos espirituais, como uma torre que n$o vacila e n$o se desapruma sore o (mpeto dos furaces mais violentos. + terceira é ranca e corresponde a prova da água. 8ecorda a segunda viagem do +prendi", e que deve o iniciado dominar e acalmar constantemente as ondas das pai%es que rotam em seu coraç$o, mantendose constantemente sereno e tranq3ilo em meio os comates, das lutas e das viol!ncias e%teriores. + quarta é vermelha, e corresponde 0 prova do fogo. 8ecorda a terceira viagem do +prendi" e mostra ao iniciado seu dever de liertarse igualmente da fria indiferença e da e%altaç$o impulsiva e necessariamente passageira, fa"endo que seu entusiasmo seja um fogo sereno e constante que, como o do organismo em perfeita sa&de /livre da frie"a da morte e do ardor da fere1 produ" um enéfico calor vital permanentemente ascendido na invenc(vel aspiraç$o para o 4elhor. + quinta é incolor e policroma, correspondendo a *uinta essncia. #e refere ao novo elemento que se apresenta em forma especial ao consideraç$o do Companheiro, correspondendo ao -rinc(pio Rniversal no que se originam os quatro primeiros elementos e no que se resolvem. H o principio da
Bu" e da -alavra, o ve(culo do 7ero, no que segundo nos di" o Ev6 de #6 =6 , se encontra a origem primeira de todas as coisas e de todos os seres: Jodas as coisas por ele foram feitas e sem ele nada do que foi feito e%istiria. A ES"!E&A F&AME*A$"E Chegado ao quinto degrau de sua sim*lica ascens$o, o 2niciado adquire aquela iluminaç$o ou vis$o espiritual, que fa" dele um vidente e o capacita para discernir a Estrela Glamejante que rilha diante e por cima dele, na parte mais (ntima de seu ser. Esta Bu" ideal, proveniente de seu #er Espiritual o ilumina agora com toda a claridade e guia com acerto seus passos na #enda do -rogresso, que o converterá em mais que homem, no verdadeiro 4estre em toda a e%tens$o da palavra. + Estrela /emlema do homem perfeito ou do +rquétipo Divino do Lomem, do verdadeiro Gilho de Deus feito ou emanado diretamente Dele, e por sua imagem e semelhança1 tem cinco pontas que correspondem aos quatro elementos e a quinta ess!ncia dos que acaamos de falar, ou seja dos metais ordinários ou faculdades comuns do homem: o prumo de seus instintos materiais, o estanho de sua compostura vital, o core de seus desejos e o ferro de seu templo, aos quais se unem o merc&rio filos*fico da 2ntelig!ncia #oerana que todo o amálgama e o domina. 8epresenta em si aquele m(stico pentagrama que foi eleito pelos 4agos como o s(molo do -oder #oerano do 2niciado, ante o qual toda a nature"a se inclina e oedece, reconhecendo aquela 2magem Divina que, refletindo a verdade e a Nore"a, fa" fluir o melhor de si, com sua &nica presença, todos os dem)nios dos preju("os e dos erros, dos instintos e das pai%es. Como todo emlema, é suscet(vel de revers$o e, enquanto sua posiç$o direita mostra o -entagrama Buminoso do 2deal, o homem que adquiriu um dom(nio perfeito e equilirado sore si mesmo, podendose escrever no mesmo a figura humana direita, com a caeça para cima, Uuando sua posiç$o se inverte, o erro e o pecado, a 2lus$o da matéria simoli"ada pelo se%o que toma seu dom(nio sore a caeça, triunfam e fa"em ao homem o escravo de seus l&ricos instintos e das pai%es animais, que tamém representa uma caeça de ode inscrita num pentagrama invertido. A &E"!A 5G5 Dentro da Estrela Glamejante se encontra um signo ou hier*glifo, que se identifica muito em com a letra A do alfaeto latino, em que seu significado originário fora talve" um pouco diferente. + letra A se acha e%atamente no centro do pentagrama, e é digno de nota que, inscrevendo no mesmo a figura humana, tal centro corresponde e%atamente as partes genitais. H, pois, em e%trema evid!ncia, a relaç$o fundamental desta letra com o gnesis e a geraç$o em todos seus aspectos, representando em primeiro lugar o Centro Criador, origem de toda manifestaç$o as diferentes e%presses da Gorça Criadora, manifestada tanto no homem como nos demais seres viventes, por meio dos *rg$os da geraç$o.
+ Gorça Criadora, que se acha no centro de todo ser e de toda coisa, e que produ" na ordem natural orgFnica a geraç'o, tem uma importFncia fundamental no duplo processo da involuç$o e evoluç$o,
como o demonstra tamém a lenda (lica da queda do homem, associada com o uso indevido desta Gorça, procedente da misteriosa Xrvore da 7ida. Efetivamente, segundo seja usada, esta Gorça, pode condu"ir ao homem tanto a degeneraç'o como a regeneraç'o; esta <ima é privilégio do 2niciado, que havendo dominado os sentidos, canali"a a força geradora para o ojetivo supremo da criaç$o: o engendramento ou produç$o dentro do mesmo homem de um ser superior, o verdadeiro 4estre. Este argumento da degeneraç$o e regeneraç$o será tratado mais e%tensamente noutro 4anual desta #érie, com o qual essencialmente se relaciona. +o companheiro unicamente o compete saer que, segundo o seu uso reto ou distorcido, esta Gorça condu" ao homem a lieraç$o do Esp(rito ou a Escravid$o da 4atéria, ao dom(nio nele da 8ealidade ou da 2lus$o. 4edite pois, sore seu profundo sentido, reconhecendo no mesmo um -rincipio Divino que, ainda pervertido pela ignorFncia, tem o -oder de enorecer ao homem e impulcionálo sempre mais acima, sore a sim*lica escada do sonho de =aco, que une a Jerra da materialidade e da ilus$o com o Céu da realidade espiritual. GE#ME"!IA < G.$I# < G$#SE + mesma rai" de geraç$o se acha e%pressa no grego Aeo que significa terra no sentido de geradora ou m$e dos viventes; desta palavra vem geometria, que significa literalmente medida da terra, ou seja, em seu sentido mais amplo: estudo das Beis ou -rinc(pios 4atemáticos Gundamentais, que constituem a medida interior da criaç$o manifesta ou mundo fenomenico /terra1. ' grego g! é de um valor quase igual ao do latim natura, que tem a mesma etimologia /originalmente gnatura1, significando a engendradora ou produtora por e%cel!ncia, e portanto a m$e do universo vis(vel. -or conseq3!ncia, geometria é sin)nimo de naturimensura, ou seja estudo da medida interna da nature"a, e dos -rinc(pios 4atemáticos aos quais se recondu" e por cujo meio se fa" manifesta a criaç$o. +qui n$o se esgota, sem d&vida, seu significado: Aeometria ou gemeter , é tamém um equivalente de Deméter ou Diva 4ater, enquanto significa a 4ater Aenetri% da nature"a. -recisamente assim deveriam entendem os antigos helenos ao usar esta palavra que claramente nos apresenta a origem de todas as coisas vis(veis na pura Ci!ncia das Gormas, que é tamém a ci!ncia das medidas e das proporçes, dado que m'e e medida s$o palavras neste caso etmologicamente equivalentes. H, pois, evidente, a estrita relaç$o significativa entre geraç'o e geometria, sendo esta <ima a medida da primeira, enquanto nos mostra os -rinc(pios 4atemáticos que presidem a Criaç$o Rniversal das coisas. 2gualmente evidente se fa" a nossa consideraç$o etimol*gica e filos*fica a cone%$o da geraç'o com gnio e gnoses, outro dos important(ssimos significados da letra A. No A!nio /palavra derivada da mesma rai" g ou gen1 encontramos pois a mais elevada e sulime manifestaç$o da geraç$o: a criaç$o ou produç$o do que pode haver de mais elo, atrativo e agradável, de tudo o que eleva ao homem e o condu" mais pr*%imo de sua nature"a divina. + Ci!ncia, a +rte e a 8eligi$o, em todos os seus aspectos, s$o igualmente ora do A!nio do Lomem, do engen1o ou genialidade humana do que no homem é mais *ue 1omem e tende a fa"er dele um Magistrado. ' cultivo do A!nio /de seu pr*prio gnio ou genialidade inata1 deve ser, pois, o ojeto fundamental do Companheiro, já que unicamente na medida na qual seu pr*prio A!nio se manifesta, pode verdadeiramente aspirar ao 4agistério e chegar a reali"álo. Este é o sentido de sua regeneraç'o, por meio da letra A, ocultada e revelada na estrela flamejante de seu 2deal. + etimologia de gnose mostra o estreito parentesco entre as duas classes de ideais que se agrupam nos dois veros engendrar conhecer. + rai" gno /em sánscrito 07a1 do grego gnose e do latim gnosco ou cognosco, nomen /de gnomen1, notus /de gnotus1, nobilis /de gnobilis1, é muito semelhante a rai" g ou gen /sFnscrito 0+ ou 0an1 da qual temos visto derivarse geometria) gen eratio) genius e natura. Efetivamente, todo processo de conhecimento é uma interna geraç$o de idéias, uma geraç$o que se produ" na mente, outra palavra que mostra a id!ntica relaç$o entre as
duas classes de idéias, portanto deriva do grego metron medida, com o sanscrito manas e matra e com o latin memini) minitus) mensura, etc., da mesma rai" mame ou manmen da qual deriva m$e /em latim mater , grego meter , sFnscrito matara1, por ser a mente verdadeira m$e das idéias. Anose é, pois sin)nimo de conhecimento ou ci!ncia /de scire conhecer, saer1, referindose melhor que ao conhecimento profano e a ci!ncia ordinária, 0quela verdadeiracincia ou sapincia, que se acha constantemente comprovada pela direta e%peri!ncia individual e é conscincia interior da realidade e, portanto, patrim)nio e prerrogativa dos iniciados na senda da 7erdade. + aquisiç$o da Anose, por meio do A!nio 2ndividual, será por conseq3!ncia. ojeto dos esforços do Companheiro, esforçandose em interpretar, com seu estudo e prática da Aeometria, o Arande 4istério da Aeraç$o Rniversal. G!A%I"A),# < G!A)A < G#=# + Anose condu" a reconhecer a Bei Rniversal da Aravitaç$o /de gravis: grave1 que par o 2niciado tem um sentido mais intimo e profundo que para o profano, já que n$o se limita a considerar as relaçes entre os corpos f(sicos /celestiais e terrestres1 sen$o que aarca o dom(nio moral e espiritual, numa compreens$o mais perfeita daquela 8ealidade, da qual vemos em qualquer parte as manifestaçes e sentimos e e%pressamos constantemente a presença e a vida. + Gorça da Aravidade é pois, para o 2niciado, aquela Bei de +mor ou atraç$o universal, que condu" toda coisa e impulsiona todo ser para aquele centro que cada qual reconhece e sente interiormente como mais grave, ou seja, que manifesta uma vida mais profunda, ativa e real. ' estudo e a perfeita compreens$o desta Bei é, por conseq3!ncia, de uma importFncia soerana para a +rte 8eal da Construç$o 2ndividual e Rniversal, enquanto esta +rte tem de ser praticamente uma constante elevaç$o ou edificaç$o de ideais, pensamentos, palavras, prop*sitos e açes. Esta elevaç$o n$o se pode conseguir, se n$o tiver sua ase que se edifica sore a Bei do +mor que une todas as coisas por laços invis(veis de sua unidade originária, e as atrai mutuamente segundo suas reciprocas afinidades para uma finalidade harm)nica. #* o 4estre, com o estudo da m&sica e da astronomia pode, portanto, chegar a compreens$o perfeita desta Bei, que da ao espiritual /o A!nio em n*s1 o Centro do -oder e o dom(nio sore toda gravidade ou atraç$o material. E o Companheiro se converte em 4estre na medida em que a compreende e a pratica. + compreens$o da Bei da Aravitaç$o are a mente do 2niciado a Araça Divina, e o fa" part(cipe de todas as >!nç$os, das quais a #uprema 8ealidade é Causa e Gonte -erene: sintoni"ado com a Bei do +mor se estaelece numa atitude de n$o resist!nciae ativa e sincera enevol!ncia; assim chega a mais perfeita 1armonia com o universo, e se transforma no Canal para a manifestaç$o da Araça, da #aedoria e de todos os >ens, uma e%press$o sempre mais elevada e radiosa da 7ida Rna, da qual é Centro, 7e(culo e 2nstrumento. Esta trans(iguraç'o do ser humano, esta verdadeira metamorfose, que foi equiparada a da crisálida em mariposa, é fonte e origem do go"o ou >eatitude: aquele contentamento (ntimo, aquela felicidade inefável que pertence ao ser e que é manifestada em nosso interior, segundo logramos estar em harmonia com o mais $levado em n*s. ' 2niciado que reali"a em si mesmo, reali"a a Arande 'ra que é constantemente o ojeto final de todos os 4istérios e segue sendo 4eta #uprema da 4açonaria: adquire aquela -a" #ulime que se estende sore ele como um 4anto de Al*ria, o 7erdadeiro velocino de ouro ojeto da e%pediç$o dos +rgonautas. De modo que quando a letra A revelenos individualmente em seu séptuplo sentido pr!mio e resultado do perfeito conhecimento dos anteriores cessaremos de ser homens, havendo reali"ado o #upremo 4agistério, que leva consigo a Conquista da 2mortalidade sore a terra e o dom(nio completo sore toda a nature"a. "E$"A),#
Lavendo conclu(do sua quinta e <ima viagem, o Companheiro se encontra novamente no 'cidente, entre as duas colunas, na mesma posiç$o de seu primeiro ingresso na segunda CFmara, de onde n$o lhe d$o a conhecer as responsailidades e deveres impl(citos no privilégio do grau de Companheiro, perguntandolhe se acha disposto a cumprir com eles. Como ao +prendi", se lhe dá o poder e plena lierdade de elevaç$o, sendo esta uma caracter(stica da 4açonaria em todos seus graus. Esta elevaç$o se acha muito em simoli"ada pelas mesmas colunas entre as quais se encontra, e que tem para ele o id!ntico sentido que as duas mulheres, representadas aos dois lados de um jovem na se%ta carta dos naipes conhecidos com o nome de taro. + mulher que se encontra a esquerda, ela, sorridente e provocativa, é a imagem do pra"er e da mal(cia, que se esforça em atra(lo para seu lado; a que se encontra a sua direita, serena, nore e austera, representa o dever, e o mostra a senda da virtude. Em cada etapa importante de seu progresso, tem constantemente o iniciado que eleger entre duas sendas, enfrentandose com a tentaç$o de aandonar seus esforços para o melhor, suas aspiraçes superiores, seguindo o caminho em apar!ncia mais fácil, que consiste em dei%ar livre curso a suas pai%es e apetites, em ve" de disciplinálos e sacrificálos sore a senda do 2deal que rilha diante dele, como a Estrela Glamejante da que acaamos de falar. Esta eleiç$o entre os dois caminhos, em que se apresenta em todos os graus da carreira iniciática, é especialmente importante para o Companheiro, que representa o segundo grau da iniciaç$o, enquanto neste estado a eleiç$o num ou noutro caminho depende do grau de discernimento individual, sendo constantemente o progresso efetivo proporcionado ao desenvolvimento desta important(ssima faculdade. # *+!AME$"# Eleito o 8eto Caminho da 7erdade e da 7irtude, lhe are novamente a senda do 'riente, até que chegue diante da área, aonde tem que dorar o joelho esquerdo, significando com ele o dom(nio adquirido sore seus instintos e pai%es conservando a direita em esquadro, como prova de retid$o e firme"a de sua 7ontade, para tomar somente a origaç$o inseparável deste grau, na que permanece segundo a cumpre. + primeira origaç$o do Companheiro é um grau maior de discriç$o, do que se e%igiu ao +prendi": n$o deve o 2niciado do #egundo Arau calarse unicamente em presença dos profanos sore os 4istérios da 'rdem, sen$o que deve cuidar de n$o revelar aos +prendi"es o que n$o lhes pertence conhecer. Uuer di"er, que n$o deve falar aos iniciados que se encontram em seus primeiros esforços, de coisas que n$o podem compreender e suportar e que, por conseguinte, melhor que proveitosas, lhes seriam in&teis e daninhas: os láios da #aedoria devem permanecer mudos a n$o ser para os ouvidos da compreens$o, proporcionando o 2niciado suas palavras a e%ata medida do entendimento de quem os ouve. + segunda e terceira se referem a seus deveres para com a 'rdem e seus 2rm$os, dos quais promete ser fiel e leal compan1eiro, defendendoos, socorrendoos e livrandoos, quando estiver em seu poder, de todo perigo que os ameace. + quarta e a quinta s$o seus deveres de 4açom para consigo mesmo: esforçase constantemente sore a #enda da 7erdade e da 7irtude, servindose dos instrumentos dos quais aprendeu o uso, e mantendose fiel ao 2deal mais elevado de sua consci!ncia. + disciplina do sil!ncio que lhe e%ige, a semelhança dos pitag*ricos, com os quais tem o iniciado deste grau especial parentesco, o fará e%ercitarse mais proveitosamente no estudo e na refle%$o, progredindo na B*gica que entre as sete artes, o Companheiro especialmente deve conhecer, e%ercitandose alem disso, por meio da mesma, na +ritmética e na Aeometria. ' grau maior de fidelidade 0 'rdem que lhe e%ige um melhor e mais profundo conhecimento de seu caráter e finalidades, o far$o na mesma um 'reiro &til, verdadeiro companheiro de seus iguais e
4estres, confirmando com um prop*sito mais definido e uma maior hailidade sua oa vontade de +prendi", e cooperando com eles na Arande 'ra de Construç$o Rniversal que constitui o ojeto social da 2nstituiç$o. Ginalmente, seus esforços constantes para o >em e sua fidelidade ao 2deal, com aquela firme"a e perseverança que o diferenciam do +prendi", s$o as qualidades que far$o evidente a parte mais nore e elevada de seu ser, fa"endo rilhar sua pr8pria lu3 interior , a chispa Divina que constitui sua 4)nada 2mortal, franqueandose progressivamente o Caminho do 4agistério. # C#!A),# A!!A$CAD# +ntes que faltar a seu juramento, o Companheiro prefere que lhe arranque o coraç$o, destroçandoo e jogandoo aos autres. Uue representa este coraç'o arrancado e qual é o significado sim*lico dos abutres5 Esta penalidade aleg*rica, a que o Companheiro se condena no caso de infidelidade as origaçes que acaa de contrair /ou seja, dos deveres impl(citos em sua nova qualidade, aos que acaa de reconhecer1 tem um notável parecer com o m(tico castigo de -rometeu quem, depois de haver formado os primeiros homens, mesclando a terra com a água /a semelhança do Eloin heraico1, soe ao Céu com a ajuda de 4inerva /a #aedoria ou -rinc(pio da 2ntelig!ncia1 para rouar ali, o Gogo #agrado, a Chispa Divina que devia animálos, e a quem por tal atrevimento, condena =&piter, o Deus -ai da Criaç$o, a ser atado nas montanhas do Cáucaso, de onde um abutre tinha que devorar lhe constantemente as entranhas. 7ulcano /o forjador dos metais nas entranhas da terra1 se acha encarregado da e%ecuç$o da sentença; enquanto Lércules /a Gorça Ler*ica que triunfa de todos os ostáculos1 se converte depois em seu liertador, matando o abutre, ou seja o pensamento negativo que atormentava seu coraç$o, condenadolhe a um estado de impot!ncia /as cadeias que o atam1. H evidente que deve e%istir uma analogia entre a pena sim*lica do Companheiro e este relato mitol*gico. ' coraç$o é, pois, o s(molo da 7ida que anima ao organismo /formado de p* e de água, que di"er, produto da evoluç$o natural dos elementos, desde ai%o até em cima, desde o mais denso ao mais sutil1 assim como do Centro 2nterior do homem; de seu ser, se sua consci!ncia, de seu eu. +qui se manifesta a Chispa Divina, o (ogo sagrado que -rometeu, evidentemente s(molo do impulso evolutivo, arreata em sua ascens$o ao Céu, e que representa o discernimento da realidade superior que constitui o 4undo Divino, com a ajuda do -rinc(pio 2nteligente que é a 4ente Rniversal, emanada diretamente de =&piter. Enquanto o castigo n$o pode ser sen$o conseq3!ncia da prostituiç$o das mais elevada conquista do mesmo 2mpulso Evolutivo, o que produ"iu o homem e cuja nature"a o diferencia dos demais seres da nature"a fa"endo que preponderem nele seus ideais /a Chispa Divina1 sore suas pai%es, desejos e tend!ncias materiais /a água e a terra1 que constituem seu ser inferior. =&piter n$o representa neste caso nenhum pr(ncipio de desp*tica vingança, sen$o unicamente a Bei 2mpessoal, segundo a qual cada indiv(duo se decreta seu pr*prio castigo, pela inoservFncia da mesma. E 7ulcano, o e%ecutor material do castigo, representa aqueles metais ou qualidades ordinárias do homem, que o escravi"am ou atam ao Cáucaso da matéria, até que n$o se amalgamam no merc4rio filos*fico da iniciaç$o. ' abutre é o s(molo do remorso interior e do anseio que se ainda no coraç$o do homem, com a consci!ncia de sua escravid$o e o desejo de sua lieraç$o, que se reali"a pelos esforços do 2niciado, personificado por Lércules, quem, com a força que nasce com conhecimento de sua divina origem acode a liertar ao homem inferior, que é ele mesmo, da escravid$o da matéria, destruindo a ilus$o devoradora da 7ida de seu coraç$o. ' Companheiro, fiel a seu 2deal, deve, pois, cuidar de n$o prostituir sua vida entregandose 0s pai%es, fa"endoa pasto ou alimento de seus desejos ou instintos inferiores, a escravid$o do que e o
remorso consecutivo seriam seu pr*prio castigo. 2sto é o que significa o juramento. C#$SAG!A),# +o juramento segue a consagraç$o que se fa", a semelhança da do +prendi", pelos golpes misteriosos do grau que nesta #egunda CFmara s$o, como é natural, diferentes. ' recipiendário segue ajoelhado, so a a*ada de aço formada por todos os irm$os presentes, evidente s(molo de seus pensamentos mais elevados que convergem por cima de sua caeça, representando a Gorça 2mpessoal da coletividade que se acha junto a ele por laços de irmandade, que o sustenta, o inspira e o incita a progredir, em proporç$o de sua mesma fidelidade ao 2deal e a 2nstituiç$o. #ua posiç$o de joelhos n$o constitui de nenhuma maneira um ato de humilhaç$o em relaç$o com os presentes, sen$o t$o s* uma disposiç$o adequada de receptividade em presença do 4istério que tem que cumprirse nele neste momento culminante da Cerim)nia, e do qual o 8ito da Consagraç$o é simplesmente a representaç$o e%terior. +ssim como o atismo da igreja pode de certa maneira compararse com a iniciaç$o do +prendi", a cerim)nia da confirmaç$o tem analogia com a consagraç$o do Companheiro: se trata, pois, de um ato solene e sagrado, no qual se administra ao recipiendário a crisma ou uni$o que o consagra em definitivo como memro fiel da 'rdem, depois de uma +prendi"agem no que adquiriu um melhor conhecimento dela e p)s a prova sua firme"a e perseverança manifestando a real nature"a de seus prop*sitos. N$o pudera, portanto, receerse devidamente a consagraç$o numa posiç$o distinta: as Gorças Espirituais que convergem neste momento por cima de sua caeça, representadas pelas espadas, devem receerse numa especial disposiç$o interior, a qual se acompanha uma adequada posiç$o e%terior, que ao mesmo tempo é s(molo da primeira. 's golpes misteriosos que soam sore sua caeça e suas costas, representam o momento final na qual ditas Gorças se manifestam do interior ao e%terior e de cima para ai%o, e vira ent$o em todo sua personalidade, desde a caeça a ponta dos pés, um som novo, uma nova tonalidade, uma manifestaç$o mais luminosa de sua Divina Ess!ncia: o Companheiro 4açom nasceu neste momento no recipiendário, que se converteu, por seus pr*prios esforços, em 'reiro e 4ilitante da 2ntelig!ncia Criadora, e que, com sua atividade construtiva ao serviço de seus semelhantes, tomará parte, com esta nova investidura, na Arande 'ra da Construç$o Rniversal. A C#CA),# D# A%E$"A& + participaç$o na Arande de 'ra, de uma maneira diferente da do +prendi", leva consigo a necessidade de colocarse de modo distinto o vestuário de traalho representado pelo avental: a lapela triangular levantada no primeiro grau, deve agora dorarse dirigindo sua ponta para ai%o. Enquanto o +prendi", por ser, ine%periente em sua ora de desastar a pedra bruta de seu pr*prio caráter e dominar suas pai%es, tem a necessidade de corirse e protegerse tamém na regi$o epigástrica /que se considera como o assento dos instintos animais1, esta necessidade desapareceu para o artista que se fe" e%perto em seu traalho e, aprendendo dominarse, pode descorir sem perigo tal regi$o. +lém disso, enquanto o triFngulo com a ponta voltada para cima representa o (ogo ou o elemento ativo do en9o(re que tem que despertar em si e que deve animálo, assim como suas mais elevadas aspiraçes nas que tem que fi%ar constantemente o olhar para sustentarse e dirigirse, cessa esta necessidade para o Companheiro, que se estabili3ou firme e irrevogavelmente em seus prop*sitos e cuja fidelidade é sua qualidade mais caracter(stica. ' triFngulo dirigido com a ponta para ai%o representa agora a +gua ou elemento passivo do sal, quer di"er, seu n(vel de e*uilíbrio ou condiç$o de igualdade, que á a conseq3!ncia da firme"a e da perseverança em seus primeiros esforços. 8epresentam assim os dois triFngulos, respectivamente, o prumo e o nível que caracteri"am os dois
graus: a Gorça que o primeiro usca em sua -alavra #agrada por meio de seu conhecimento do real; estaelecimento na consci!ncia de tal Gorça, presente dentro de seu pr*prio coraç$o, que com sua firme"a, fidelidade e perseverança, quer conseguir o segundo. No centro da lapela deveria representarse, neste grau, o pentagrama ouestrela que o simoli"a, imagem do ideal ativo presente em seu ser que se acha estaelecido na condiç$o de equil(rio, firme"a e igualdade indicada pela lapela dorada sore o avental. Está muito difundido tamém o costume de dorar de um lado, neste grau, a parte inferior do avental, para indicar que o Companheiro n$o é, um maçom completo. Este costume, estranha por certo 0s corporaçes medievais das quais herdou seu simolismo a 4açonaria 4oderna, representa a nosso ju("o uma superficialidade, por quanto o maçom completo ou 4estre, tem outros signos e emlemas que o diferenciam do Companheiro. ' 'reiro da Bierdade e do -rogresso, Companheiro de seus 4estres e de seus semelhantes, deve levar como distintivo seu avental perfeitamente estendido, dorando unicamente a parte superior para distinguirse do +prendi", como s(molo de sua ativa participaç$o no Jraalho Construtor que é o ojetivo de nossa 2nstituiç$o. A MA!C'A E # SIG$# +os tr!s passos cuidadosamente medidos do +prendi", o Companheiro acrescenta outros dois distintos dos precedentes, o primeiro dos quais o fa" desviar da regi$o do #ul, e o segundo o recondu" em linha reta sore seus primeiros esforços. Evidente alus$o, esta, ao significado sim*lico de sua quinta viagem, assim como a lierdade peculiar que caracteri"a este grau, cuja conquista é conseq3!ncia da (idelidade na prática da +rte. 's cinco passos da marcha, que recordam suas cinco viagens, se repetem nos cinco golpes do toque da ateria, assim como no signo de reconhecimento. +qui, os dois golpes sore o dedo seguinte, indicam um progresso, na capacidade de reconhecer a qualidade real que se esconde so a apar!ncia e%terior de uma pessoa progresso que se fará sempre mais evidente com sua conduta na carreira maç)nica. Enquanto aos golpes, enquanto os primeiros mostram sua fé de +prendi", os dois seguintes, perfeitamente distintos dos anteriores, patenteiam a esperança que resulta de seu estaelecimento na 7erdade. ' sinal de Companheiro /um dos mais elos e profundos que possam imaginar1 n$o é unicamente uma recordaç$o do juramento, como nos di" em sua primeira e mais elementar acepç$o. ' es*uadro e a estrela /s(molos de suas duas <imas viagens1 se acham aqui perfeitamente cominados: o esquadro fecha com a m$o direita, descida até o coraç$o, indicando assim que o Companheiro n$o se limita a frear e retificar suas e%presses e%teriores, sen$o que sua capacidade de dominarse se estendeu aos movimentos interiores da alma, no mesmo centro de sua vida, de seu ser e de sua individualidade. E a m$o esquerda, aerta e levantada, forma aquele -entagrama que os ocultistas consideram como o s(molo do poder, do dom(nio da Uuintaess!ncia sore o Jetrado dos elementos, da 2ntelig!ncia sore os instintos e as tend!ncias inferiores. + m$o esquerda levantada mostra tamém o 2deal sore o qual se fi%a constantemente a 2ntelig!ncia, que é a parte naturalmente passiva e feminina de nosso ser. ' esquadro na m$o direita representa a 7ontade, o lado ativo ou masculino do ser, constantemente dirigida para e%pressar fiel e retamente, em atividade construtora, os desejos e as aspiraçes mais nores do coraç$o. ' movimento que se fa" com este sinal n$o representa, t$o s* o ato de arrancarse o coraç$o e jogá lo aos autres; mas tamém pode ver no mesmo o es(orço ativo para reali"ar o ideal na vida e nas condiçes materiais, que caracteri"a a atividade ou trabal1o do iniciado e do artista. -or conseguinte, o signo do Companheiro se refere principalmente a atividade laoriosa inspirada por um 2deal superior que deve caracteri"ar constantemente este grau em qualquer campo de sua
vida, em todas as condiçes e circunstFncias em que so"inho possa encontrarse. Este é o ensinamento constante que deve dar o signo do grau a todo verdadeiro Companheiro que aspira a reali"ar em si mesmo o privilégio de dita qualidade, esforçandose constantemente em fa"er que sua vis$o se e%presse em todos os prop*sitos e açes, tradu"indose numa vida fecunda e ativa e num traalho sempre enéfico para seus semelhantes. A A&A%!A DE ASSE + palavra de -asse recorda ao Companheiro como se consegue o acesso efetivo do primeiro ao segundo grau maç)nico. ' significado de espiga /s(molo de sua pr*pria maturidade, assim como da fecundidade e utilidade de seus esforços1 a relaciona evidentemente com os 4istérios de Eleusis, e é muito provável que seja simplesmente a traduç$o do grego stac1:s, que tem o mesmo significado e cuja a etimologia provem da rai" sta estar considerandose a espiga como o que está ou estacionado na posiç$o alcançada. Em heraico sua etimologia a relaciona com a rai" sem(tica #>B que significa verter, derramar, espargir, proceder da qual se deriva tamém s1abil senda, caminho, e além disso, espiga, significa tamém ramo, corrente de água. Neste mesmo idioma, separandose a palavra em suas duas partes, alguns lhe d$o o sentido de produ3ir a pedra preciosa, sentido que induitavelmente tem alguma importFncia para n*s. Jamém se considera como uma herai"aç$o de Cieles /que representa a terra fecunda e produtiva muito considerada nos 4istérios1 ou do grego sibo lit1on ou sebo lit1on) respectivamente cultivo ou honra a pedra significado análogo ao segundo que temos encontrado em sua etimologia heraica. Ginalmente, o latim spica tem o significado de agude", penetraç$o e se relaciona com o vero spécere mirar /em sanscrito spac, com o mesmo sentido1, relacionando esta palavra, em sua acepç$o latina, com a capacidade de ver, penetrar o fundo das coisas, pr*pria do iniciado. +ssim, pois, esta palavra re&ne em si os significados de estailidade produtora, caminho fecundo, amadurecimento elevado, produç$o preciosa, penetraç$o clarividente, que todos podem atriuirse vantajosamente como s(molos do que significa realmente o m(stico passo do primeiro grau ao segundo. + espiga, que se acha representada tamém no céu, como a estrela luminosa da constelaç$o de 7irgo, é o s(molo comum a todos os 4istérios da antig3idade, e por esta ra"$o, como tamém por ser a etimologia mais direta da palavra, deve colocarse em primeiro lugar entre os diferentes sentidos da -alavra de -asse do Companheiro. +lém disso, que nos ritos eleusis, a encontramos, por e%emplo, nos de Wsis, de +til e de 4itra: espigas e papoulas adornam os caelos da deusa eg(pcia, e na mesma religi$o cat*lica a espiga tem seu papel na representaç$o sim*lica da Eucaristia. Nos 4istérios de Eleusis, se comparava o iniciado com a espiga de trigo, produto fecundo da esforço vertical e da atividade laoriosa que impulsionou o gr$o escondido na terra a germinar arindose seu caminho no sentido oposto a força de gravidade, em direç$o dos rios enéficos do sol, até que chega o momento em que este esforço ascendente se termina e amadurece num fruto que por si mesmo foi sempre emlema de utilidade e fecundidade: formosa imagem da vida humana, do homem que cresce por seus pr*prios esforços, com o ojetivo de madurar numa atividade sempre mais &til e fecunda para seus semelhantes. ' estado de crescimento da planta, por meio do laorioso esforço vertical /no sentido oposto a gravidade de seus instintos e pai%es1 corresponde evidentemente ao estado de +prendi", que se transforma em Companheiro, quando se estabelece na altura alcançada, para poder amadurecer e frutificar. A A&A%!A SAG!ADA ' estudo da -alavra #agrada nos leva a compreender mais intimamente em que consiste esta
condiç$o de estabilidade e firme"a que caracteri"a ao Companheiro. + -alavra #agrada do Companheiro é a terceira pessoa do vero heraico VRN que significa estar firme, fundar, estaelecer. Dita palavra pode, pois, tradu"irse: /El1 estaelece ou estaelecerá, fundará, confirmará. 8elacionada com a -alavra #agrada do +prendi", que significa No $l a força e que denota a Fé numa 8ealidade ou -oder #uperior, a -alavra do Companheiro tem evidente sentido paralelo e complementar de $sperança) reposta nesta mesma Gorça ou 8ealidade interiormente reconhecida, que se estaelece ou confirma efetivamente num resultado particular, ojetivo ao mesmo tempo da Gé e da Esperança. Em outras palavras, para chegar a ser verdadeiramente operativa e (ecunda a simples Gé do +prendi", deve estaelecerse interiormente uma condiç$o de asoluta firme"a, sem que haja somra alguma de d&vida ou vacilaç$o, pois s* com esta condiç$o pode produ"ir os resultados milagrosos que se atriuem a Gé e que #$o -aulo enumera numa de suas ep(stolas. ' estaelecimento interior de uma condiç$o de asoluta confiança no -oder da 8ealidade e em sua prática atuaç$o em vista de um resultado particular, condu" naturalmente a esperança ou e9pectativa de sua efetividade. +ssim, pois, estas duas palavras, intimamente relacionadas uma com a outra, nos iniciam no reconhecimento e no uso efetivo do -oder #upremo, da Gorça Rniversal da Criaç$o, que sempre procede e atua de dentro para fora, manifestando e%teriormente, e%pressando em nosso pr*prio mundo ojetivo as condiçes ou consecuçes interiores que se estabeleceram em nosso foro individual. +s quatro letras de que se compem esta palavra significam respectivamente: m... p... m... p.... Este conjunto nos manifesta uma curiosa correspond!ncia com o mesmo signo do Companheiro, que por sua ve" pode mui em interpretarse em perfeita correlaç$o com o sentido da -alavra #agrada. + m'o aerta e levantada, formando com a palma o signo do -entagrama, representa muito em a 2ntelig!ncia que se eleva interiormente nas regies transcendentes do 4undo Divino, estaelecendo se um (ntimo contato ou relaç'o entre a Consci!ncia 2ndividual e a C*smica. ' Gogo #agrado de -rometeu, ou seja, a Gorça da 8ealidade, pode ent$o descer no homem, estaelecendo sem seu coraç$o, que se acha em atitude receptiva ou passiva /muito em simoli"ada por uma m'o hori"ontal ou um pei9e1, aquela condiç$o interior, da qual se converte em ve(culo ou instrumento na manifestaç$o e%terior. -ois, como disse Emerson: Esta Energia n$o desce no homem, sen$o a condiç$o de uma inteira possess$o. "E!CEI!A A!"E FIS#FIA I$ICI/"ICA D# G!A+ DE C#MA$'EI!# Contestando por seus pr*prios esforços a pergunta: -e onde viemos6) o 2niciado do primeiro grau é condu"ido a reconhecer a Rnidade do -rinc(pio da 7ida, a Dualidade de sua manifestaç$o nos pares dos opostos e complementares e a Bei do Jernário que fa" fecunda esta Dualidade e reprodu3 ao infinito essa mesma Rnidade na 4ultiplicaç$o da criaç$o. +o iniciado do segundo grau, analogamente lhe compete uscar uma satisfat*ria resposta a segunda pergunta da Esfinge, 5uem somos6) estudando o enigma de seu pr*prio ser so o tr(plice aspecto de produto da evoluç$o da nature"a, de ser individual dotado de autoconsci!ncia e ra"$oe de e%press$o ou manifestaç$o direta da 7ida &nica, para a qual tende constantemente com seu progresso. ' Companheiro se enfrenta assim com o gnot1i seaut8n /conhecete a si mesmoZ1 dos iniciados helenos, e nesta contestaç$o, que deve ser individual para que seja individualmente satisfat*ria, n$o pode oferecer lhe nenhuma ajuda os diferentes dogmas e crenças, positivas ou negativas, pelos quais as religies e ci!ncias profanas s* adormecem as consci!ncias. Como com a peneira em Eleusis se separavam os gr$os amarelos do trigo /consagrados a Ceres1 das
negras sementes de papoula /consagradas a 4orfeu1, assim compete ao Companheiro discernir claramente entre a clara semente da 7erdade que condu" a fonte de 4nomosine, a mem8ria ou conhecimento da 8ealidade, cuja eida se consegue a imortalidade e a negra semente do erro que condu" ao Betes, a Gonte do es*uecimento que produ" a morte da consci!ncia, sepultada na ilus$o da matéria /91. + contestaç$o a pergunta: 5uem somos6) por meio da B*gica, da +ritmética e da Aeometria, e so o tr(plice ponto de vista de que temos falado, o condu" naturalmente ao estudo das propriedades dos n&meros quatro, cinco e seis e dos conceitos filos*ficos e geométricos que se relacionam com os mesmos. 4editando sore estes n&meros e relacionandoos com as propriedades de seu ser, 0 lu" dos conhecimentos adquiridos com os tr!s primeiros, por meio daquele discernimento que mede e determina constantemente o progresso iniciático, chegará a orientarse neste Caminho /simoli"ado por cinco viagens1 e descortinando as trevas da apar!ncia, que como o véu de Wsis, escondem a 7erdade ao entendimento profano, alcançara o 'riente, de onde resplandece a Estrela luminosa e, em seu centro, a Betra sagrada, (onte dessa Bu". -orém este resultado n$o se consegue lendo muito sem meditar, nem escutando sem refletir, sen$o escutando e lendo com discernimento, e aprendendo a pensar por si mesmo, e%ercitandose s*, constantemente no uso de seus pr*prios instrumentos mentais, com os quais fará perfeitamente justas, planas e polidas as seis faces do Cuo sim*lico de sua 2ndividualidade. /91 Esta relaç$o da 7erdade com a mem8ria e do erro com o es*uecimento de nossa pr*pria nature"a divina, está muito claramente ilustrada pela palavra que se usa em grego para e%pressar a 7erdade, alet1e:a, literalmente n$o esqueço. # $>ME!# 8+A"!# +ssim como o n&mero um, simoli"ado pelo ponto, indica o espaço potencial sem dimenses, e o n&mero dois, determinando a linha, mostra a primeira dimens$o, o n&mero tr!s, formando com o triFngulo a primeira figura plana, determina, junto com o plano, o espaço idimensional. +nalogamente, o n&mero quatro constitui com as tr!s linhas e os tr!s planos que se encontram no vértice de um Fngulo triedro, o espaço tridimensional de nossa e%peri!ncia ojetiva. +ssim, pois, enquanto os tr!s primeiros n&meros se referem mais especialmente aos -rinc(pios que governam o Rniverso e a 'rigem -rimeira das coisas /4undo Divino no qual e%iste em principio e do qual procede e se desenvolve desde o interior ao e%terior toda manifestaç$o ojetiva1 o n&mero quatro nos introdu" no reino da e%peri!ncia sens(vel, determinando as tr!s /ou seis1 dimenses do espaço. 's primeiros quatro n&meros determinam, alem disso, as quatro figuras fundamentais do simolismo hermético: o c(rculo, formado por todo ponto isolado convertido em centro de atividade, manifestandose desde de dentro para fora: a cru3 formada por duas linhas /duas manifestaçes duais ou ipolares da Rnidade1 que se conjugam ou secionam retamente; o tri#ngulo determinado por tr!s pontos ou tr!s linhas que produ"em seus tr!s Fngulos ou aspectos; o *uadrado, que com quatro pontos e quatro linhas, determina e circunscreve igualmente quatro Fngulos. E a soma dos quatro forma o n&mero de3, que n$o nos compete e%aminar aqui. # "E"rAG!AMA +s quatro figuras anteriores tem uma evidente correspond!ncia com as quatro letras dotetragrama, nome heraico da Divindade que n$o se permitia pronunciar, e cuja perfeita vocali"aç$o n$o pode ser conhecida sen$o pelo iniciado em sua compreens$o. + primeira letra, iod , a mais pequena do alfaeto heraico, corresponde evidentemente com o ponto, origem e centro de todo c(rculo, ou seja, com princ(pio 'riginário de toda manifestaç$o. + segunda, 1e, representando uma e%piraç$o, corresponde com a manifestaç$o, que condu" aos dois
-rinc(pios, complementares ou antin)micos, que integram o Fngulo e a cru". + terceira, vo, formada pelo ponto que desce em linha vertical, mostra a Rnidade que se produ" e chega criativa no >inário /indicado por he1 produ"indose assim o Jernário ou triFngulo, que representa as tr!s propriedades universais da atividade, da inércia e do ritmo. H o ponte ou ne%o que conecta a Dualidade da manifestaç$o com o -rinc(pio 'riginário e a fa" fecunda e produtiva o +mor que une ao -ai e a 4$e, engendrando o Gilho. + quarta letra, que é um 1e duplicado, e%pressa a manifestaç$o vis(vel, originada pelos dois -rinc(pios que constituem a manifestaç$o latente, ou seja a Cru" que se concreti"a e reali"a em forma contingente no quadrado. Chegamos assim a compreender o sentido da Jétrada, fonte perene da Nature"a, da que nos fala -itágoras através dos Versos ;ureos, como do #upremo 4istério da criaç$o. +s quatro fases criadoras representadas nas quatro letras do Nome do #er criador, correspondem gramaticalmente: ao su0eito de uma preposiç$o /caso nominativo do nome ou pronome1; o atributo, que denota a atividade ou maneira de ser pr*pria do sujeito /vero, ou em adjetivo que, por sua qualidade, denota e implica a tal atividade1; ao ob0eto dessa atividade ou maneira de ser /complemento direto e%presso pelo caso acusativo1; ao complemento indireto, de termo ou relaç$o, que especifica as circunstFncias da aç$o. Estes quatro elementos da oraç$o aparecem com toda clare"a no primeiro vers(culo do A!neses: 9. -eus /sujeito1. . riou /atriuto1. ?. o céu e a terra /complemento direto1. <. no principio /complemento indireto1. #S 8+A"!# E&EME$"#S #e correspondem tamém as quatro letras do Nome #agrado com os quatro elementos, representados simolicamente pelos quatro raços da Cru" e formados pela polari"aç$o do merc4rio, +Pasha ou Uuintaess!ncia, nascida da uni$o do -rinc(pio 4asculino ou +tivo /o en9o(re1 com o -rinc(pio Geminino e -assivo /o sal 1, que correspondem, respectivamente, com a linha vertical e hori"ontal da Cru". + polari"aç$o do merc&rio /o centro da cru"1 segundo a linha vertical do en%ofre, produ" respectivamente o fogo ou princ(pio de e%pans$o /que origina a força centrifuga e toda forma de irradiaç$o1 como polaridade negativa /que origina a força centr(peta e toda forma de movimento, rotaç$o ou translaç$o1. + mesma polari"aç$o, segundo a linha hori"ontal do sal , produ" a +gua ou princ(pio de umidade, uni$o ou soluç$o em seu aspecto positivo, e a terra ou princ(pio do seco, coes$o e separaç$o em seu lado negativo; a primeira é, portanto, a força que dissolve em si e re&ne as sustFncias formandose ou nascendo assim em seu seio a vida orgFnica , enquanto a segunda desagrega e separa, com sua mesma coes$o, as diferentes sustFncias, solidificandoas e individuali"andoas, como aparece no processo de cristali"aç$o. 's quatro elementos assim diferenciados aparecem em cada uma das quatro triplicidades, das quais, segundo a +strologia, resulta formando o Yod(aco, circunscriç'o ou e%press$o circular de todo universo. No homem, encontramos uma análoga polaridade, correspondendo o Gogo ao peito e ao coraç$o que produ" o calor vital, o +r e as pernas que movem o organismo, a Xgua ao lado direito e a funç$o assimilativa, tipificando no f(gado, a Jerra no lado esquerdo e na funç$o dissimilativa, evidenciada na parte descendente do intestino que se encontra de tal lado. #imolicamente a m$o direita corresponde ao princ(pio que lierta ou dissolve e a esquerda ao que ata ou coagula. No homem /ou microcosmo1, como na nature"a /ou 4acrocosmo1, a ess!ncia -rimordial /una e trina1, resulta naturalmente cruci(icado pelos quatro elementos, assim como pelas quatro direçes do
espaço que tradicionalmente lhes correspondem: ' 'riente, assento de +gni e de -rana /a funç$o respirat*ria1, que corresponde com o (ogo; ' 'cidente, assento dos 4artus e de +pana /a funç$o dissimulava1, que corresponde ao ar ; ' #ul, assento de 2ndra e de 7iana /a funç$o formativa1, que corresponde com a terra; ' Norte, assento de 7aruna e de #amana /a funç$o assimilativa1, que corresponde com a+gua /91. /91 Estas correspond!ncias, segundo a tradiç$o oriental, se encontra no 4aitraana >rahmana Rpanishad. # 8+A"E!$/!I# 's quatro elementos dos que acaamos de falar definem e circunscrevem o reino ou dom(nio do Uuaternário, simoli"ado pelo quadrado, que naturalmente representa a *uadratura de todo círculo, ou ciclo de manifestaç$o. Este quaternário é aquele que delimita e constitui toda a nature"a, da qual os elementos constituem os princ(pios ativos, que resultam das tr!s *ualidades /8ajas ou En%ofre, princ(pio de atividade, Jamas o #al, principio de rahma, a Divindade Criadora, e a cru3 que determina se fa", por seu movimento ou atividade c(clica, resvala e roda, aparecendo tal como no Yod(aco: a 8oda da Gatalidade que ata os seres, na medida de sua inconsci!ncia, ao determinismo aparentemente cego da Bei de aç$o e reaç$o; e a 8oda da Gortuna, quando se fa"em livres, manifestando sua consci!ncia e livre ar(trio. 8elacionando os elementos com as estaçes, podemos fa"er corresponder o +r com a -rimavera, que estimula os ventos, o Gogo com o 7er$o, quando o sol resplandece com mais força e plenitude, a Xgua com o 'utono, que manifesta a produtividade que caracteri"a esse elemento, e a Jerra com o 2nverno, quando a vida se retira e descansa no seio deste elemento, preparandose para um novo ciclo de crescimento e produtividade. No mundo moral, o Gogo corresponde naturalmente com a vontade e a imaginaç$o; o ar com o pensamento, o ju("o e a refle%$o; a Xgua com o sentimento, a emoç$o e a sensaç$o; e a Jerra com a percepç'o, o sentido prático e a aç$o. ' dom(nio do primeiro fa" aos homens enérgicos, entusiastas, violentos e dominadores; o segundo os fa" inteligentes, amantes do estudo e uscadores da 7erdade; o terceiro elemento os fa" particularmente sensitivos e impressionáveis; o quarto os fa"em industriosos e laoriosos, tena"es e perseverantes. ' fogo se acompanha, além disso, com o temperamento ilioso, o ar com o temperamento sang3(neo, a água com a tend!ncia linfática e a terra com o temperamento nervoso, aspiraç$o para o mais nore e elevado. Correspondem, além disso, com os quatro elementos o mesmo que com os quatro 7edas, os quatro Evangelhos e as quatro 7erdades os quatro animais sagrados que constituem a Cru" Yodiacal, formando a Esfinge e a Coroa dos 4agos: ' Jouro, iluminado por +ldearan, representa a terra, fecunda e produtiva; ' Be$o com 8égulo, que representa o fogo prepotente, atrevido e vora" da pai%$o; + Xguia com +ntares, indica a água e%altada como aspiraç$o para o mais nore e elevado; ' Gilho do Lomem, que resplandece por ai%o de +ltair, representando o ar que confere a consci!ncia e o conhecimento da 7erdade. # 8+AD!AD# +ssim como o triFngulo é a e%press$o da trindade, o quadrado é a e%press$o do quaternário. ' primeiro define e circunscreve o 4undo Divino; o segundo representa e sinteti"a em si mesmo a Nature"a. ' mesmo Yod(aco, s(nteses das influ!ncias c*smicas, pode representarse sudividindo em triFngulos o espaço compreendido entre dois quadrados, formando o conjunto a figura conhecida com o nome de planta da nova =erusalém, usada pelos astr*logos medievais para seus hor*scopos.
Rm quadrado foi sempre considerado com a imagem de um Jemplo perfeito, e com um quadrado se representa em geral o Jemplo de #alom$o. ' Jemplo 4aç)nico, imagem sim*lica do Rniverso, é um *uadrilongo estendido do 'riente ao 'cidente /ou seja, na direç$o da lu"1 e compreendido entre o norte e o sul. Jodos os templos da antig3idade, e especialmente os que em sua construç$o levam o selo de uma m$o mestra, est$o caracteri"ados por uma orientaç$o semelhante. ' quadrado, é pois, depois do c(rculo, a mais perfeita entre as figuras planas, por ter quatro lados iguais e em perfeita esquadria uma com a outra, reprodu"indo seus quatro Fngulos os ?QK da circunfer!ncia; por esta ra"$o se fala da quadratura do c(rculo, porem n$o de sua triangulaç$o. Esta perfeita retid'o de todos seus Fngulos é a que permite calcular sua superf(cie pela simples multiplicaç$o de seus lados. A I!AMIDE + uni$o do ternário com o quaternário reali"a um perfeito quinário na pirFmide, que constitui o plano arquitet)nico dos grandiosos monumentos que nos voltam a antig3idade eg(pcia, mudas testemunhas da #aedoria Construtora, da que podemos nos gaar, ser como maçons, os herdeiros. +ssim como o delta /ver a este prop*sito o 4anual do +prendi"1 pode considerarse como a projeç$o do tetraedro sore um de seus lados, assim tamém o *uadrado como o ponto central , s(molo da Boja 4aç)nica, é analogamente a projeç$o de uma pirFmide de ase quadrada. Na -irFmide vemos o ternário divino que se reali"a em cada uma de suas faces, correspondentes aos quatro elementos, cada um dos quais aparece em sua triplicidade /segundo as tr!s gunas ou qualidades de atividade, inércia e ritmo1 e%atamente como o Yod(aco. +s quatro linhas que unem as faces, mostram as qualidades comuns aos elementos de dois em dois: masculinos e femininos, positivos e negativos; e as quatro linhas inferiores representam os quatro elementos no mesmo plano /o plano do Jemplo -erfeito1, em correspond!ncia com as quatro direçes cardinais. ' vértice superior indica a 5uintaessncia, o quinto principio ou elemento, que corresponde ao 7ero 2nteligente manifestado na Boja, da qual se originam os quatro e na qual desaparecem; e tamém o -rinc(pio 'riginário do Rniverso, por meio do qual todas as coisas foram feitas. + Boja é por conseq3!ncia, com a -irFmide, uma representaç$o perfeita do Rniverso em seus princ(pios ou elementos constituintes. +lém disso, é o emlema de toda construç$o perfeita e de toda perfeita 'ra Lumana ou #ocial. -or esta ra"$o a pedra c4bica, s(molo da per(eiç'o em si mesma, se s* fa"er terminar em uma pirFmide. E uma pirFmide é tamém o emlema de toda perfeita organi"aç$o social, na qual cada memro ocupa seu grau e o lugar que lhe corresponde, cumprindo assim com seu dever e sua miss$o na vida. Jamém o triFngulo deve seu valor especial ao fato de formar parte de um quadrado. 2magem da pedra c4bica, e o plano ideal de todos os edif(cios, o quadrado é, portanto, o emlema de toda reali"aç$o e de toda 'ra -erfeita. Nossos aventais tem a forma de um quadrado; quadrangular é a +ra no centro de nossos Jemplos; e a mesma Boja se representa por um quadrado com um ponto no meio, que corresponde a +ra e representa o 7ero, o elemento vital animador que caracteri"a a atividade maç)nica dentro do dom(nio dos quatro elementos, ou seja de suas quatro direçes cardinais. A 8+I$"ESS.$CIA Este quinto elemento, superior aos quatro primeiros /a Uuintaess!ncia ou merc4rio (ilos8(ico dos alquimistas1 nos fa" passar do quaternário ao quinário, e do dom(nio da matéria ao da 7ida e da 2ntelig!ncia. Goi, pois, no quinto dia, ou seja, pela ora deste quinto elemento quando, segundo o A!nesis, apareceram os animais sore a terra. Galando dos quatro elementos, os temos feito originar do merc4rio, que representa a Uuintaess!ncia ou quinto elemento, por efeito de sua dupla polari"aç$o nos quatro raços da cru"; o mesmo °
merc4rio teve sua origem na uni$o do en9o(re com o sal, representados pelas duas linhas vertical e hori"ontal que concorrem a formála. Este merc&rio /que n$o deve confundirse de nenhuma maneira com o metal do mesmo nome1 corresponde, por conseguinte, ao centro da Cru", que é o ponto de intercess$o dos dois -rinc(pios ou elementos primordiais, que levam na simologia hermética o nome do #ol e da Bua, além disso de ser o ponto de origem dos quatro elementos ordinários. +lém de ser o princ(pio neutro dos quatro elementos formativos da matéria e, por conseq3!ncia, de toda manifestaç$o material, o merc4rio filos*fico, tamém representa a vida que se funde em tal elementos, alem da energia que os anima, o princ(pio inteligente que se e%pressa em dita vida e reali"a no homem suas possiilidades superiores. Lá pois que considerar cinco fases distintas na manifestaç$o da mesma Uuintaess!ncia: primeiro, a de sua origem; segundo, como origem dos quatro elementos; terceiro, a energia que os compenetra, permanecendo o centro estático equiliraste dos mesmos; quarto, a vida que os anima, e quinto, a inteligncia que governa a vida orgFnica e se serve da mesma para suas possiilidades superiores. A #!IGEM DA %IDA + origem da vida se acha assim descrito no fragmento hermético conhecido com o nome de 2+bua de $smeralda: ' #ol é o -ai, a Bua é a 4$e, o 7ento o levou em seu seio, a Jerra é a Nutris: ' -ai de tudo, o 2elesma, esta aqui: sua força inteira é convertida em terra. ' #ol e a Bua, se referem respectivamente ao en%ofre e ao sal, assim como a suas manifestaçes positivas no fogo e na água; o ar, princ(pio negativo do en%ofre, se converte, mediante o alento, no ve(culo do fogo vital e da mesma vida, e finalmente a terra, assinalada pela água materna, que mantém as caracter(sticas do organismo e sua individualidade, concorre a darlhe forma e consist!ncia. Enquanto ao princ(pio da vida /o -ai de tudo ou Jelesma1 é o mesmo merc4rio nascido pela uni$o do en9o(re com o sal , ou seja do #ol com a Bua. #eria dif(cil condensar em t$o poucas palavras uma saedoria mais profunda: os enigmas dos quais a ci!ncia profana usca em v$o a soluç$o, se acham resolvidos desde séculos e mil!nios para os iniciados na compreens'o da nature"a intima das coisas, que di"er, para os que n$o se contentam com um estudo, indagaç$o e oservaç$o puramente e%terior, sen$o uscam a essncia metaf(sica da apar!ncia material ou fenomenica, e por meio de sua intelig!ncia ingressam no #antuário da =ature3a =aturante, da qual a =ature3a =aturada, estudada pela ci!ncia ordinária, é simplesmente a manifestaç$o e%terior ou vis(vel. #S CI$C# "A"%AS 's quatro elementos, em uni$o com a Uuintaess!ncia, formam os cinco 2atvas ou >1utas, os princ(pios elementais da matéria f(sica, segundo a filosofia tradicional da Wndia: &?as1a) Va:u) 2e0as) &pas e /rit1ivi, que se tradu"em ordinariamente como Hter, +r, Gogo, Xgua e Jerra. N$o há necessidade de di"er que estes princ(pios n$o devem confundirse com suas manifestaçes materiais, ou sejam os estados da matéria, que se tomam unicamente como s(molos dos mesmos. Deles os Rpanishads nos falam nos seguintes termos: ' universo é originado pelos tatvas, sustentado pelos tatvas, e se dissolve nos tatvas. Estes tatvas tem, pois simultaneamente valor e importFncia como princ(pios c*smicos, energéticos e vitais, enquanto produ"em a matéria, a anima com suas energias /emanando cada um deles uma particular modalidade vibrat8ria em seus átomos e moléculas1, ao mesmo tempo que presidem as diferentes funçes orgFnicas e regram as manifestaçes da vida em seus diferentes aspectos. &?as1a, o princ(pio etéreo do espaço, da a cada coisa, forma ou e%press$o da vida, o lugar correspondente para sua manifestaç$o: é o ve(culo do 7ero ou do som /#hada1, em sua essencial
primordial. #ua viraç$o se acha representada por um c(rculo cheio de pontos, imagem do espaço, cuja a e%ist!ncia se relaciona com sua manifestaç$o. -reside os *rg$os do ouvido e da vo" e a funç$o orgFnica diretora da vida conhecida com o nome de @dana, que regula a sa&de e a enfermidade. H amargo e sua cor é o ranco ou (ndigo escuro. Va:u /etmol*gicamente vento1 é o princ(pio do movimento e da locomoç$o. #ua viraç$o se acha representada por uma esfera, quer di"er, pela forma que naturalmente se produ" em toda matéria em movimento. -reside a funç$o orgFnica conhecida com o nome de /rana ou respiraç$o, o *rg$o do tato, as m$os como *rg$os de aç$o e todo movimento e atividade do organismo. #ua cor é a"ul ou verde e seu saor ácido. Jejas ou +gni, o Gogo, é o princ(pio de e%press$o, ve(culo da lu" e do calor. #ua viraç$o representa com um triFngulo, enquanto procede para cima e forma Fngulos agudos. -reside a funç$o orgFnica de Samana ou nutriç$o, o *rg$o da vista e dos pés, como *rg$os da aç$o. #ua cor é vermelho e seu saor picante. &pas /as águas1 é o princ(pio de soluç$o. #ua viraç$o se irradia para ai%o e está representada por um semic(rculo ou semilua, manifestando o movimento ondulat*rio pr*prio do liquido elemento, que se move com toda facilidade, sem perder nunca sua unidade. -reside a funç$o conhecida como Viana ou formaç$o, o *rg$o do gosto e o reprodutor. #ua cor é ranco prata ou violeta e seu saor salgado. /rit1ivi é o princ(pio de coes$o, produ"indo a solide" caracter(stica da terra neste estado. #e representa portanto por um quadrado que corresponde a forma particular de sua viraç$o, que procede por Fngulos retos. -reside a funç$o vital &pana, ou e%creç$o, ao olfato entre os sentidos, e ao Fnus entre os *rg$os ativos. #ua cor é amarelo e seu saor doce; seu som, grave. Cada um destes cinco elementos deve ser considerado como a e%press$o f(sica de um princ(pio /ou modalidade virat*rioformativa1 metaf(sico ou mental, que o corresponde, chamado tanmatra. E isto a sua ve" n$o seriam outras coisas sen$o diferenciaçes do primeiro princ(pio universal da ojetividade, chamado -raPtri ou S1a?ti, sendo este em sua nature"a essencial simplesmente o poder de -urusha ou #hiva, o princ(pio universal da conscincia ou sujetividade de todo o e%istente. A !#SA E A C!+= Jamém se relacionam com o quinário o s(molo da 8osa e da Cru", emlema conhecido de um importante grau superior. + rosa o quinto elemento, e em si mesma, por suas cinco pétalas, um quinário ou o pentagrama , representa a vida nascida na cru" dos quatro elementos que forma a matéria, aos que anima com suas folhas /a vida vegetativa1 que se estende sore os quatro raços da cru". + rosa na cru" constitui uma perfeita uni$o do quinário com o quaternário, ou seja dos cinco elementos que e%pressam a vida /ou tatvas dos que acaamos de falar1 com suas manifestaçes materiais que integram o mundo dos ojetos. Como pentagrama em meio da cru", a rosa representa ao homem crucificado ou e%presso nos quatro elementos materiais, e seus cinco sentidos, por meio dos quais se manifesta e ora sua intelig!ncia, no reino de tais elementos. E tamém a Nature"a que e%pressa sua qu(ntupla potencialidade criadora dentro das quatro direçes oudimens%es do mundo fenomenico. Uuanto ao significado iniciático e m(stico do s(molo da 8osa e da Cru", nos reservamos e%aminálo detidamente no 7222 4anual desta série. #S CI$C# SE$"ID#S Cumprenos di"er algo, todavia, sore os cinco sentidos e as cinco funçes ativas, simoli"ados uns e outros nas cinco pontas do pentagrama e representados, respectivamente, em nove e sete *rg$os distintos. #$o estes, evidentemente, com as cinco funçes vegetativas /respiraç$o, digest$o, circulaç$o, e%press$o e reproduç$o1 as mais caracter(sticas e%presses do quinário, que é o n&mero
que preside a todas as manifestaçes da vida, especialmente animal, que se encontra no homem so o dom(nio de um princ(pio superior. + oservaç$o da vida ps(quica dos animais em suas fases mais elementais, nos leva a reconhecer como primeiro sentido a percepç$o indistinta de uma presença em geral distanciada e relacionada com o espaço, para o qual se formou um *rg$o cujo o desenvolvimento pode mui em ter sido anterior a capacidade de moverse. -aralelamente com este *rg$o se desenvolveu a capacidade de e%pressarse por meio de ru(dos instintivos que evolucionaram finalmente na vo" humana. ' *rg$o da vista nasceu depois, como evoluç$o daquela sensiilidade a aç$o da lu", que é muito evidente tamém no reino vegetal, manifestandose a aç$o dos diferentes raios em distintos pigmentos que se desenvolveram so sua influ!ncia, análogos aos que se encontram tamém em nossos olhos. -aralelamente a vista se desenvolveu a capacidade de mover se ou estenderse em determinada direç$o, faculdade que manifestam tamém as plantas, crescendo em direç$o a lu", que estimula seu movimento. ' *rg$o do tato, apesar de que pareça o mais material, n$o é o primeiro na escala evolutiva, estando relacionado com a faculdade de porse em contato e, por onde, de ir em determinada direç$o, impulsionandoo a ele uma percepç$o anterior de diferente nature"a. Este *rg$o é um complemento evidente da vista e do ouvido, enquanto por meio do mesmo nos é dado assegurarmos da realidade f(sica ou tang(vel do que vemos ou ouvimos. +ssim como o *rg$o da vista impulsiona naturalmente a tocar o que um v!, desenvolvendo as m$os em sua dupla funç$o de *rg$os ativos e sensitivos /funç$o especialmente caracter(stica do homem1 e os pés para moverse na mesma direç$o, assim tamém esta capacidade fe" evolucionar o gosto, ao que podemos considerar como uma espécie de tato refinado que nos permite reconhecer por seus saores as diferentes sustFncias, em sua relaç$o de afinidade com as sustFncias que integram nosso organismo, distinguindo especialmente as que melhor podem aproveitarse neste como materiais de construç$o. 's *rg$os de geraç$o tem uma manifesta afinidade como o tato e o gosto, prevalecendo o primeiro dos dois /como e%press$o dos elementos masculinos fogo e ar, derivados do en%ofre1 no *rg$o masculino, e o segundo /e%press$o análoga dos elementos femininos água e terra, derivados do sal1 no feminino. Enquanto o sentido do olfato, ou seja a capacidade de reconhecer a nature"a das sustFncias difundidas no ar, é um dos <imos na escala evolutiva, já que tem um desenvolvimento distinto unicamente nos animais superiores, paralelamente com a funç$o respirat*ria, e é provável que se ache destinado a refinarse, especialmente na espécie humana. + faculdade ativa que o corresponde, a de emitir odor, é evidentemente a mesma funç$o e%cretora relacionada intimamente com a faculdade genésica, como aparece tamém naquelas plantas e alguns animais /como o cervo e o almisqueiro1 que a desenvolvem em forma mais atrativa, tanto que se caçam para apossarse de seu perfume. A I$"E&IG.$CIA -or meio dos sentidos se desenvolve a intelig!ncia /o se%to sentido ou sentido interior, chamado >uddhi na terminologia indica1 que corresponde ao centro do -entagrama, ou seja a consci!ncia individual e a faculdade de perceer e reprodu"ir interiormente os ojetos da sensaç$o. Com sua 2ntelig!ncia, e segundo o desenvolvimento da mesma, o homem chega a conhecer mais ou menos intimamente todas aquelas coisas que por meio dos mesmos sentidos se lhe revelam. 's hindus fa"em corresponder a cada *rg$o da sensaç$o ou sentido e9terior uma análoga faculdade ou sentido interior , por meio do qual se efetua a percepç$o correspondente. -ortanto nossa mente
pode representarse por uma estrela de cinco pontas que indicam seus cinco sentidos, enquanto ao centro permanece a consci!ncia com sua tr(plice faculdade de reconhecer as percepçes, reconhecer se a si mesma e reconhecer as relaçes entre todas estas coisas. Esta faculdade é a da intelig!ncia em seus diferentes graus de desenvolvimento, que caracteri"am um diferente grau de elevaç$o ou evoluç$o sore o reino animal. -rimeiro e%iste a simples faculdade de perceer por meio dos sentidos, as coisas e%teriores formandose um refle%o interior que reprodu" a sensaç$o como percepç'o. 7árias percepçes que se referem a um mesmo ojeto se condensam em um local , ou seja na recepç$o interior das mesmas como unidade, que origina a mem8ria. Estes dois primeiros estados se produ"em no homem igual que nos animais. 7em depois a faculdade de emitir conceitos concretos, reunindose ou sinteti"andose numa s* imagem interior vários locais da mesma nature"a, ou que tem algo em comum entre eles. +ssim, por e%emplo, depois de ver vários cavalos, se forma um &nico conceito geral do cavalo que n$o corresponde a nenhum destes cavalos particulares, sen$o que os sinteti"a e os compreende todos em uma &nica idéia; o mesmo pode di"erse de todas outras coisas. Esta faculdade é pr*pria do homem e tem sua e%press$o natural no linguajar articulado que manifesta as idéias e que se diferencia portanto do linguajar n$o articulado dos animais que e%pressa unicamente as impress%es. ' mesmo linguajar mostra o desenvolvimento desta faculdade nas diferentes raças. +ssim, por e%emplo, o fato de alguns povos tenham uma palavra para designar a vaca ranca, outra para a vaca negra e outra para a vaca de cor, sem ter uma s* palavra genérica para designar a vaca, mostra que lhes falta a idéia ou conceito geral de vaca. 's povos intelectualmente mais evolu(dos o s$o tamém e sore tudo na faculdade de e%pressar em seus idiomas conceitos e idéias gerais, em prefer!ncia dos conceitos e idéias particulares, considerados como aspectos daqueles. 2sto e%plica tamém a natural prioridade do politeísmo sore o monoteísmo, toda ve" que a imaginaç$o predomine sore a refle%$o e a ra"$o, e como aquele sempre prevalece entre as massas populares, de uma forma ou de outra, e s* uma e%(gua minoria pode chegar a formar uma idéia mais universal da Divindade como sínteses preantimonica e Rnidade Jranscendente e +soluta do todo e%istente. +s primeiras duas destas faculdades, a percepç'o e a mem8ria, s$o primordialmente suconscientes, em que constituem a ase necessária das faculdades propriamente conscientes. + terceira, a imaginaç'o ou concepç'o, constitui o laço de uni$o e ponte, por assim di"er, entre a consci!ncia e a suconsci!ncia: sua atividade ca*tica ou semi ca*tica nos sonhos e no estado de hipnose, nos fa" ver com toda claridade até onde pode chegar, toda ve" que n$o seja regulada pela consci!ncia e dirigida pela ra"$o. A !A=,# + 2ntelig!ncia se desenvolve e evolui com a faculdade de astrair e generali"ar, procedendo constantemente do particular para o geral, da vis$o concreta a percepç$o astrata, do s(molo a realidade que nesta se revela, do dom(nio da forma ao da essncia, e do fen)meno a sua causa, ou seja do 'cidente ao 'riente sim*lico. +ssim chegamos ao quarto e quinto graus que representam a evoluç$o do poder intelectivo, caracteri"ados respectivamente pela capacidade de conceer idéias gerais e astratas. -or e%emplo, da idéia particular do cavalo e das outras idéias relativas a seres semelhantes, evoluciona a idéia geral de animal,e desta, a sua ve", a idéia astrata da vida, comum a todos os seres manifestados, sem aplicarse particularmente a nenhum deles. Com esta faculdade de comparaç$o e astraç$o, se acompanha a de formar ju("os das coisas, ou seja, a ra"$o que diferencia a intelig!ncia humana da intelig!ncia puramente instintiva dos animais. 8a"$o /do latim ratio1 é uma palavra que tem originariamente vários sentidos, sendo entre eles fundamental o de divis$o, parte ou medida que implica e%atid$o e precis$o, aplicandose por
e%tens$o 0quela faculdade da intelig!ncia por meio da qual apreciamos devidamente as coisas e julgamos retamente delas e de suas rec(procas relaçes.
De acordo com a simologia maç)nica, a 8a"$o vem a ser o es*uadro ou norma que se une a faculdade compreensivada 2ntelig!ncia, representada pelo compasso. + uni$o perfeita destes dois instrumentos ou faculdades condu" ao homem a 7erdade, representada pela letra A que em uni$o com a estrela, se encontra entre o esquadro e o compasso. + l8gica é o caminho que nos condu" a essa 7erdade, enquanto, por meio do silogismo ou uni$o dos dois discursos ou ju("os, sacando dos mesmos uma determinada conclus$o, forma aquelacadeia ou concatenaç$o inteligente que, como a cadeia de uni$o de nossos templos, parte do 'cidente sim*lico para condu"ir ao 'riente da 8ealidade, ou seja a uma perfeita compreens$o dos -rinc(pios que governam as coisas vis(veis. A I$"+I),# #em d&vida, o poder da 2ntelig!ncia e da 8a"$o se acham constantemente relacionados com o desenvolvimento da faculdade de astraç$o, sendo seus limites individuais os mesmos limites alcançados no indiv(duo por essa faculdade. + aritmética e a geometria, sore as quais o Companheiro há de e%ercitarse com o au%ilio da l*gica, se referem principalmente a disciplina das idéias astratas e universais, s* por meio das quais podemos chegar ao relacionamento da 7erdade que forma a meta de nossas aspiraçes filos*ficas. Neste caminho e mediante seu e%erc(cio chegamos a um ponto no qual os instrumentos ordinários da 2ntelig!ncia cessa de servirnos. +qui muitos se desorientam, e vendo in&teis os meios de que se serviram proveitosamente para alcançar este estado se retiram decepcionados, na crença de que n$o é poss(vel prosseguir adiante. Efetivamente, todas as regras usadas até agora se confundem as l(nguas em certo ponto da construç$o da Jorre de >ael, de acordo com a lenda (lica, já que é certo que nenhuma medida humana pode alcançar e medir o infinito. +ssim, se considera este limite, marcado pela mesma +ritmética e a Aeometria, como o non plus ultra do conhecimento humano, e se pe aqui as arreiras entre o conhec(vel e o incognosc(vel. -orém onde n$o chega a ra"$o alcança o poder da 2ntelig!ncia, a faculdade destinada no homem a formar a m(stica escada que une a Jerra com o Céu. uma nova faculdade tem que manifestarse e desenvolverse aqui, constituindo o se%to grau na evoluç$o da 2ntelig!ncia: a faculdade da intuiç$o.Enquanto todos os esforços cumpridos até agora procedem de bai9o para cima, a 2ntuiç$o vem de cima para bai9o) como uma nova lu" ou compreens$o sintética e imediata, que condu" a superar os limites fi%ados por Lércules da 2ntelig!ncia 8acional: discernindo esta Bu" pode assim lograr e estaelecerse no se%to grau da m(stica escada, adquirindo uma nova consci!ncia da realidade de si mesmo e de todas as coisas. Em outras palavras, o poente sim*lico entre a Aeometria e a Anoses, significadas pela letra A, pode e deve franquearse por meio do A!nio individual, que nos guia neste caminho, e que Dante em seu poema imortali"ou como >eatri", ou seja a intuiç'o da 8ealidade #uprasens(vel e por onde
eat(fica, que guia ao homem aonde cessa o poder da 8a"$o simoli"ado por 7irg(lio, uma ve" que temos chegados com esta ao e%tremo limite que a 2ntelig!ncia 8acional pode alcançar. AS CI$C# #!DE$S DE A!8+I"E"+!A +s cinco ordens de arquitetura estudados pelos antigos construtores, caracteri"ados por suas colunas, segundo aparecem na ilustraç$o, podem servir como uma representaç$o material dos cinco estados da intelig!ncia, dos que acaamos de falar. Estas colunas se distinguem principalmente pelos capitais, ou seja por sua capacidade sustentadoura do edif(cio mental que as coroa, na que se demonstra uma constante evoluç$o, até um limite que n$o pode superarse sem destruir as Beis ou regras da Larmonia e da >ele"a. ' Joscano e o D*rico os dois mais s*lidos e simples mostram a 2ntelig!ncia rudimentária aseada sore as percepçes e a mem*ria das mesmas, que o homem tem em comum com os animais. ' =)nico indica os conceitos concretos elaorados sore os primeiros, o Cor(ntio e o Composto, as idéias gerais e astratas que provem das idéias mais particulares e concretas, e%pressando respectivamente a imaginaç$o, o ju("o e a compreens$o. Enquanto o edif(cio sim*lico, constru(do pelos esforços da 2ntelig!ncia 2ndividual, sua forma afeta melhor a imagem da -irFmide da qual já falamos, que apoia sua ase tetragonal sore a oservaç$o do mundo fenomenico, e desde o estudo dos fatos, por meio dos quais chega a formarse seus conceitos, passa a inferir e reconhecer as Beis que os governam, e por estas os -rinc(pios fundamentais e primordiais, representados pelas ci!ncias matemáticas, que nos introdu"em no dom(nio da Meta(ísica, quer di"er, na compreens$o da 8ealidade Jranscendente simoli"ada no ponto que constitui o 7értice da -irFmide, o 'riente e a 'rigem primeira de toda 7erdade, como de toda 8ealidade. + -irFmide truncada, s(molo dos conhecimentos puramente fenomenicos. + Jorre de >ael, s(molo dos esforços mal dirigidos fenomenico. -assamos assim desde o dom(nio das ci!ncias naturais, que constituem a parte inferior da -irFmide da Anose, ao das ci!ncias f(sicas e matemáticas que informam sua parte média, e destas as ci!ncias metaf(sicas por meio da quais se constituem sua parte superior, e sem as quais cairia truncada com a Jorre de >ael, e%emplo t(pico de toda construç$o que n$o se acha dirigida pela #aedoria que provem do conhecimento das Causas e do discernimento do 8eal. # E$"AG!AMA No podemos dei%ar o estudo sim*lico do n&mero cinco sem e%aminar tamém o pentágono que, em uni$o com estrela de cinco pontas ou pentagrama, o e%pressa geometricamente. ' pentagrama é uma figura muito usada pela Nature"a em suas construçes minerais e orgFnicas: tem face pentagonal várias espécies de cristais, e tamém afetam estas forma muitas folhas e células vegetais e animais. + mesma rosa primitiva forma um pentágono, com suas cinco pétalas, como podemos ver no s(molo da 8osa na Cru". + solide" do conjunto desta figura geométrica a fe" tamém eleger mais de uma ve" pelos construtores de fortes, pois seus Fngulos otusos oferecem mais resist!ncia que os de uma construç$o quadrada. + mesma Estrela Glamejante sai da somra de um pentágono que a circunscreve e que representa mui em as forças latentes da Nature"a e a regi$o oscura da mente que constitui o suconsciente na qual se destaca rilhante e luminosa, segundo e%pressa a pura lu" da Consci!ncia. Rnindose dois ou tr!s de seus vértices dividimos o pentágono, respectivamente, num triFngulo e um quadrilátero ou em tr!s triFngulos. + primeira figura mostra a uni$o do ternário com o quaternário e apresenta analogia com o avental maç)nico; a segunda é outro emlema do ternário ou trindade. A SEC,# /+!EA + uni$o do pentágono e do pentagrama tem tamém importFncia enquanto a proporç$o e%istente
entre o lado do pentágono e a linha que une seus vértices alternados /delimitando o pentagrama1 nos da com e%atid$o essa seç'o +urea, conhecida pela matemática desde os tempos mais antigos, sore a qual se fundava o cFnon estético de várias civili"açes, como aparece na escultura e arquitetura tanto grega como eg(pcia, e nas oras dos grandes mestres do renascimento. Essa proporç$o constante, que a estrela de cinco pontas pem igualmente em evid!ncia /sendo a proporç$o da distFncia entre duas de suas pontas e cada uma das cinco linhas que servem para traçá la1, se acha indicada matematicamente pela f*rmula: 5 + 1 1,!1" #
Jal proporç$o áurea é tal que, quando se divide uma linha segundo a mesma em duas partes desiguais, corresponde a proporç$o entre estas, como a proporç$o entre a maior e a linha inteira. Rm corpo humano perfeito parece oedecerlhe, sendo a seç$o áurea determinada, pelo que se refere a altura, pelo umigo; a mesma proporç$o pode oservarse, de diferente maneira, na relaç$o entre suas diferentes partes. Daqui a importFncia que davam ao pentagrama, entre outros, os pitag*ricos, sendo a estrela de cinco pontas o emlema de sua escola /por meio do qual seus disc(pulos tamém acostumavam reconhecerse1, e a importFncia que igualmente tem n$o s* entre os arquitetos e artistas dos séculos passados, sen$o tamém como emlema secreto das fraternidades construtoras de todos os tempos, especialmente medievais, pois nesse s(molo esta escondido um dos mais apreciados segredos da +rte. E tamém na +rte 8eal da 7ida, que deve ensinarnos a 4açonaria moderna e futura, esta seç$o e proporç$o áurea, que oedece a Bei do -entagrama, nos indica a +urea medida e o 0usto meio que devemos uscar em todas nossas atividades e relaçes, para que em nossa e%ist!ncia se manifeste toda a >ele"a e Larmonia que se encontra em seu -lano Divino. # $>ME!# SEIS Com seu ponto central, emlema da consci!ncia e da faculdade da intuiç$o que nasce no centro da 2ntelig!ncia, o pentagrama mostra o passo do n&mero cinco ao n&mero seis, nascendo este n&mero /como a se%ta das cinco primeiros da mesma maneira que a vida nasce e evolui /a semelhança da rosa disposta no meio da cru"1 no reino dos quatro elementos que concorrem a formar os corpos inorgFnicos. Com o n&mero seis ingressamos, pois, no dom(nio da ra"$o humana, ou seja da 2ntelig!ncia que atua sore a ase dos cinco sentidos e das cinco primeiras faculdades no uso de uma faculdade superior, ou seja da 2ntelig!ncia que atua sore a ase dos cinco sentidos e das cinco faculdades no uso de uma faculdade superior a mesma ra"$o, e que, a diferencia desta, se manifesta diretamente desde o (ntimo de nossa pr*pria consci!ncia.
!$ Como emlema da intelig!ncia limitada do homem e de sua ipolaridade que a converte facilmente em escrava da ilus$o dos sentidos, o n&mero cinco que a representa, mostra a queda do homem no poder de tal ilus$o, aquela *ueda que se acha simoli"ada na lenda da serpente relatada no terceiro cap(tulo da A!neses.
v i v h
Em contraposiç$o, o n&mero seis representa sua regeneraç$o ou redenç$o, com o nascimento nele, em manifestaç$o ativa, de um princ(pio superior a sua intelig!ncia ordinária, sore a qual n$o tem
poder a ilus$o ou tentaç'o dos sentidos, adquirindo, com o desenvolvimento da tal princ(pio, o discernimento entre o real e o ilus*rio, que o condu" a progredir constantemente na senda da 7erdade e da 7irtude, liertandose assim por completo do erro e do v(cio, de toda escravid$o e%terior e do mal em todas suas formas. Este n&mero seis é a mesma letra A que se acha no Centro do -entagrama. Jamém da forma e%terior dos dois signos o evidencia e n$o se pode di"er com segurança qual dos dois foi mais original e primitivo; s* deve notarse que a cifra que n*s usamos para o n&mero seis num princ(pio significou /e todavia significa na Wndia, de onde se derivou1 o n&mero sete. -odemos ver neste s(molo o arco evolutivo que une o ponto superior /imagem da Ess!ncia Divina1 com o c(rculo de sua pr*pria manifestaç$o para cima, estaelecendose numa disposiç$o receptiva /representada pela linha hori"ontal da letra A1 para e%pressála ou refletila. H igualmente digna de nota a semelhança que há entre a letra gama do alfaeto grego com a cifra Q do árae e com a letra heraica vo que tamém tem o valor numérico seis. Jal letra representa mui em um es*uadro no que se unem uma perpendicular ao nível e%atamente segundo o significado que tem estes no grau de Companheiro. # 'E0AG!AMA ' estudo do n&mero seis nos leva ao conhecimento do he%agrama ou estrela de seis pontas, formada por dois triFngulos entrelaçados, que constitui um s(molo familiar aos ocultistas, geralmente conhecido so o nome de #elo de #alom$o ou signo do 4acrocosmo, em contraposiç$o com a estrela de cinco pontas, chamada pentagrama ou signo do microcosmo. + estrela de cinco pontas, que acaamos de estudar se refere, pois, mais particularmente ao homem, chamado microcosmo ou mundo pequeno pelos antigos fil*sofos, enquanto a de seis pontas, que atualmente vamos considerar, é analogamente o s(molo do Rniverso, chamado tamém Macrocosmo ou grande mundo, sendo uma fiel representaç$o se sua g!neses e geometria. 's dois triFngulos se representam ordinariamente como ranco ou vermelho o de cima e negro ou a"ul o de ai%o, indicando respectivamente a força ascendente e descendente, o principio masculino ou ativo do en9o(re, e o princ(pio feminino e passivo do sal , e as duas astes verticais, dirigidas em sentidos opostos, que produ"em a elevaç$o centri(uga e%pressa pelo Gogo e o ar, e a gravidade centrípeta manifesta especialmente na Xgua e na Jerra. Deste s(molo fundamental se derivam quatro signos para cada um dos quatro elementos: ' (ogo se acha representado pelo triFngulo ascendente do en%ofre; o ar é o mesmo triFngulo cortado ou temperado pela linha hori"ontal da +gua, representada pelo triFngulo com a ponta para ai%o, e a terra vem a ser água secada pela linha hori"ontal do fogo.
Entrelaçando uma suástica no meio dos dois triFngulos, como aparece no gravado, se fa" mais evidente a relaç$o dos dois -rinc(pios, simoli"ados pelos mesmos, com os quatro elementos. 'utra
correlaç$o do he%agrama com a cru" se acha representada no s(molo indicado a direita, usado como emlema distintivo da 'rdem 4artinista.
' he%agrama e%pressa muito em o princ(pio de analogia e correspond!ncia universal formulado no a%ioma hermético: o que está em cima é como o que está em ai%o, e o que está em ai%o é como o que está em cima, representando neste caso os dois triFngulos o mundo divino e mundo material, enquanto que no centro dos dois a estrela vem a representar o mundo sujetivo ou interior do homem, intermédio e ve(culo para a manifestaç$o de um com o outro /91. /91 7er o 4anual do +prendi"para a descriç$o dos tr!s mundos: 'jetivo ou fenomenico, #ujetivo ou interior, Divino ou transcendente. Esta particularidade fa" especialmente fácil sua construç$o geométrica, com o au%ilio do compasso, e por esta mesma ra"$o pode sudividirse em seis triFngulos equiláteros, cujo angulo chamado Se9til , é o angulo que se are /ou deverá de arirse1 o compasso, como emlema maç)nico, por ser esse Fngulo um s(molo universal da Larmonia. Uuando estes seis Fngulos se acham retos, essas mesmas tr!s linhas cru"adas e perpendiculares indicaram as Q direçes do espaço. Jamém pode sudividirse o he%ágono segundo as duas linhas que constituem a ase dos dois triFngulos do he%agrama, resultando assim o quadrilongo de nossas Bojas maç)nicas, compreendido entre dois triFngulos. ' he%ágono é uma figura muito usada na arquitetura, tanto pelo homem como pela Nature"a, sendo a figura harm)nica por e%cel!ncia, a que se produ" mais naturalmente do c(rculo, como o demonstram as mesmas células das colmeias. -or esta ra"$o tomam esta forma, na arquitetura orgFnica, muitas células vegetais e animais; porém sore tudo a oedecem os minerais; como pode oservarse especialmente nos cristais e nos agregados moleculares. # C+2# ' cuo se relaciona, por suas duas faces, com o n&mero seis o segundo entre os cinco s*lidos regulares , que tanta importFncia tem no simolismo maç)nico por ser o &nico entre estes que, pelo paralelismo e a retid$o de suas faces, perpendiculares as seis direçes do espaço, pode utilmente aproveitarse na construç$o ' +prendi", como o Companheiro, devem igualmente dirigir seus esforços para produ"ir ou por em evid!ncia aquele cuo perfeito, id!ntico a pedra (iloso(al , por meio da qual se reali"a o 4agistério, ou seja a perfeiç$o individual, que condu" ao homem a um estado evolutivo mais adiantado que o estado humano ordinário. -or esta ra"$o, o cuo perfeito, ou seja a per(eiç'o da Arande 'ra maç)nica representa ao 4estre, melhor que ao Companheiro. #em d&vida, sendo esta perfeiç$o c&ica um estado melhor isolado, com relaç$o a humanidade ordinária o Companheiro /em que se considere como ideal 1 se conformará em seu estado atual com o que mais se adapta e melhor pode oterse de sua pedra pessoal e limitada, aproveitandoa em toda sua e%tens$o; porém polindo todas as suas faces, para que venhamlisas e paralelas e possam ser assim da maior utilidade no Edif(cio #ocial ao que esta destinada e de onde tem que encher uma funç$o particular. #* quando seja inteiramente e%perto em seu traalho, pode aspirar a per(eiç'o
c4bica, que fará dele algo mais que um simples companheiro de seus irm$os. -orem, sem d&vida, sempre representa o cuo o 2deal da perfeiç$o humana, enquanto se apresente com asoluta igualdade, retid'o e paralelismo tetragonal nas tr!s dimenses da vida material, moral e espiritual, enquanto em geral a primeira, que corresponde a longitude, prevalece no estado e atividade ordinários da humanidade. + estas mesmas tr!s dimenses se refere o uso de nossa régua de vinte e quatro polegadas por meio da qual devem medirse proporcionalmente a longitude) largura e altura da pedra, segundo o lugar particular do edif(cio que tem que ocupar. + primeira deve ser suficiente para que possa o indiv(duo encher todas as origaçes inerentes a seu estado ou posiç$o; a segunda deve assegurar sua estailidade, ao mesmo tempo que a do edif(cio em que se coloca; e a terceira fa"er com que seus esforços contriuam a elevar o meio em que se encontra segundo a elevaç$o que logra alcançar, uscando seu contato intimo e individual com a #uprema 8ealidade. Enquanto ao n&mero fi%o de vinte e quatro polegadas, alus$o evidente as vinte quatro horas do dia, mostra que estas devem igualmente aproveitarse segundo as mesmas dimenses da pedra, dividindo oportunamente o tempo dedicado ao traalho /longitude da pedra1, ao descanso /latitude1 e o consagrado a cultura e a elevaç$o espiritual, necessária para que a pedra individual possa contriuir a sua pr*pria elevaç$o e a do edif(cio social. 8epresentando ao homem dentro de um cuo, podemos formarmos uma idéia das tr!s dimenses nas quais a individualidade se desenvolve em sua atividade cotidiana: a longitude corresponde ao alcance de suas m$os; a largura de seus pés, que asseguram a cada passo estabilidade e e*uilíbrio, e a altura ao de sua caeça, que mostra a elevaç$o de sua vis$o. ' alcance de suas m$os determinará a qualidade e perfeiç$o de seu traalho e sua utilidade como força construtora no meio em que atua; o alcance dos pés determinará seu progresso e a efetividade e valor de seus esforços; o alcance da caeça seu 2deal e a capacidade de reali"álo. Estendendo num mesmo plano as seis faces do cuo nos apresenta outra ve" o s(molo da Cru", como perfeita medida da e%tens$o do homem, ou seja de suas faculdades e poderes e de suas capacidades ativas e reali"adoras, indicadas pelas duas dimenses verticais, em uni$o com a hori"ontal. ' 1omem na cru3 vem a ser, por conseguinte, aquele que reali"a em si mesmo e em sua e%ist!ncia c&ica perfeiç$o, que, como temos dito, se identifica com o 4agistério. H, pois, um s(molo iniciático antiqu(ssimo e da maior importFncia, em que mui poucos o entendem em sua verdadeira significaç$o. # "EM MA)#$IC# ' estudo do he%ágono e do cuo nos condu" outra ve" /91 ao templo sim*lico de nossos traalhos em seu duplo aspecto de representaç$o do Rniverso e do homem. /91 7er sore este tema tamém o que temos dito no 4anual do +prendi". Como o Rniverso aparece geralmente a nossa oservaç$o em forma esférica ou circular, podemos pensar que esta forma seria muito mais adaptada para representálo. Efetivamente, muitos Jemplos antigos s$o circulares ou se apro%imam a tais ou melhor, como por e%emplo, vários hipogeus ou templos suterrFneos da Wndia, assim escavados para representar o ovo de >ra1ma, outro s(molo do mundo. Jamém a c&pula hemisfério de muitas igrejas e catedrais é uma evidente alus$o a a*ada celeste e patenteia que esta sim*lica representaç$o foi o motivo dominante em todas as construçes deste g!nero. Enquanto a forma de cru" das as(licas, t$o pouco se distancia deste simolismo, por representar a mesma os quatro raços da Divindade Criadora, por meio dos quais o Rniverso se constr*i. No que se refere mais particularmente ao Jemplo 4aç)nico, cuja forma mais apropriada é a de um
duplo cuo, representa uma quadratura do Rniverso, da mesma maneira que na pedra c&ica representa ao homem, e%atamente como um planisfério simoli"a perfeitamente o gloo terrestre e a disposiç$o respectiva das terras e dos mares. 4ais ainda, podemos di"er que o pavimento da Boja corresponde e%atamente ao planisfério, enquanto indica a superf(cie da terra. #eguindo esta analogia se considerou dito pavimento como uma perfeita imagem geográfica do mundo conhecido pelos antigos, quer di"er, o mundo circum mediterraneo, pondose as duas colunas sore o estreito de Airaltar, e%atamente onde teriam que estar as de Lércules. Arécia teria assim o lugar privilegiada da área /talve" disputandoo com a 2tália 4eridional ou 4agna Arécia1 e a #(ria, com os pa(ses que rodeiam ao 'riente. -orém dita representaç$o n$o é menos interessante e sim*lica se tomarmos o planisfério inteiro, pondo as duas colunas no e%tremo ocidente, sore as duas +méricas e a área no Egito ou na #(ria, origem de nossos mistérios. Enquanto ao 'riente, se acha compreendido entre +ustrália, China, =ap$o e o 'ceano -ac(fico. +nalogamente, o teto da Boja é uma representaç$o da a*ada estrelada do Céu, como o demonstram os do"e signos "odiacais representados nos dois lados Norte e #ul, sore outras tantas colunas. Estas colunas, que unem a terra com o céu na +rquitetura C*smica, s$o emlemáticas dos do"e tipos "odiacais, por meio dos quais, no ser do homem se reali"a esta uni$o. +ssim, pois, enquanto o pavimento da Boja representa a superf(cie do gloo terrestre e seu teto a da esfera c)ncava do céu, suas paredes est$o formadas pelos mesmos maçons. +s sim*licas colunas que sustentam o Jemplo e que se apoiam, com seus emasamentos, sore a terra da vida material, enquanto seus capitéis se levantam livres no céu, representam o titFnico esforço do iniciado convertido em 'reiro da 2ntelig!ncia Rniversal, para compreender e reali"ar seus planos sore a terra. # "EM DA %IDA ' Jemplo 4aç)nico n$o é simplesmente uma imagem do Rniverso, sen$o tamém uma representaç$o do Jemplo da 7ida 2ndividual, que cada um de n*s, por seus esforços, levanta em si mesmo para a gl8ria ou e%press$o do #upremo -rinc(pio ou Arande +rquiteto. Esta gl*ria do Arande +rquiteto, que cada 4açom deve esforçarse constantemente em encarnar, é outro significado da letra A, n$o menos importante que os sete sentidos de que temos falado ao interpretar o significado da cerim)nia de recepç$o. E nos condu" mui pr*%imo da interpretaç$o que os maçons anglosa%es d$o a esta mesma letra, quer di"er !od ou Deus. N*s somos outras tantas manifestaçes da 7ida Divina, que usca constantemente uma sempre mais per(eita e9press'o de si mesma em nossa consci!ncia e personalidade, em tudo o que somos e fa"emos. -or esta ra"$o, toda nossa vida e atividade é um es(orço construtor que, uma ve" em dirigido, se resolve num conjunto harm)nico que revela uma arquitetura particular, que em pode chamarse Jemplo, individualmente levantado a Al*ria do Divino -rinc(pio que mora nos céus de nosso ser, e do que somos ao mesmo tempo construtores, sacerdotes e devotos. Esta alegoria que considera ao ser humano e a sua vida e atividade como um Jemplo, é antiqu(ssima. Encontramos particulares refer!ncias sore a mesma nos Evangelhos, cujo conjunto pode considerar se como a mais e%pl(cita declaraç$o de tudo o que se acha e%pressado, em forma mais oscura e de dif(cil interpretaç$o, nos livros do +ntigo Jestamento, e nas Escritura de outras religies, já que todas indistintamente tem um valor sim*lico. =esus fala muitas ve"es de seu corpo como de um Jemplo, e promete reconstruilo em tr!s dias depois de sua destruiç$o, #$o -aulo fa" refer!ncia a esse mesmo Jemplo em sua primeira epistola aos Corintios /?9Q1 nos termos seguintes: N$o saeis que sois o Jemplo de Deus, e que o Esp(rito de Deus mora em v*s5.
Jal palavras mostram como este simolismo do Jemplo, considerando como tal ao homem mesmo, devia ser ent$o astante conhecido e difundido, e é de crer que #$o -aulo falou dele a iniciados, melhor que aos profanos, como de coisas que eles podiam entender perfeitamente. 8econhece pois o Companheiro esta gloriosa qualidade de sua vida individual que, qualquer que seja sua apar!ncia e%terior, nunca pode chegar a ser indigna ou mesquinha, uma ve" que a reconheça como direta e%press$o do [nico -rinc(pio do Rniverso Estrutura do Cosmo, como o é tamém, em diferentes graus, a vida de toda coisa e de todo ser. #S CI$C# !I$C1I#S D# '#MEM ' estudo que de n*s mesmos devemos fa"er em nosso grau de Companheiros nos condu" a reconhecer em n*s cinco princ(pios distintos que concorrem a formar a comple%a +rquitetura de nosso ser. Estes cinco princ(pios construtivos do homem podem muito em simoli"arse nas tr!s partes constitutivas de toda coluna: ase, fuste e capitel, e o pedestal e a arquitrave ou cornijamento que completam a arquitetura de um edif(cio. Começando de ai%o acima, o pedestal que se apoia sore a terra da vida material, representa evidentemente nosso corpo f(sico vis(vel, a manifestaç$o e%terior ou cortical de nosso ser, por meio do qual nos consideramos como seres orgFnicos, dotados de vida e de ra"$o. + base que descansa sore aquela aparece como um simples duplo ou duplicado do corpo, feito de maneira que pode sustentar o fuste da coluna que constitui a e%press$o personal de nossa individualidade inteligente. + ase corresponde, portanto, ao duplo do corpo ou alma sens(vel, chamado tamém corpo astral pelos te*sofos e ocultistas e periespirito pelos espiritas. Enquanto o corpo é o *rg$o da aç$o, a +lma sens(vel é o instrumento interior da sensaç$o e da emoç$o que recee e transforma em sensaçes as impresses e%teriores e reflete ememoç'o ou movimento interiortodo impulso ativo e evolutivo. ' (uste da Coluna constitui com ra"$o a parte mais desenvolvida no edif(cio de nossa arquitetura individual por ser a que no estado evolutivo humano predomina por sua importFncia e valor. 8epresenta, pois nossa 4ente ou ,nteligncia, assento da individualidade e origem da personalidade, ou seja o princ(pio presente, no que vivemos nossa vida interior, elaorando ou preparando no mesmo os planos de nossa atividade ou construç$o e%terna. Nosso eu é o oco central da Coluna, que tem que ser individualmente perfurado em toda a e%tens$o da mesma, para que possa estaelecer aquela perfeita comunicaç$o de cima aai%o e de ai%o acima que caracteri"a a evoluç$o superior do homem, e fa" do fuste da coluna a verdadeira +rvore da 7ida do que nos fala simolicamente o A!neses, e sore o qual nos reservamos di"er algo mais noutro volume desta série. /91 /91. 7. o 4an. do Mestre Secreto e do avaleiro
completando nossa 2ntelig!ncia ordinária manifestandose nesta como a lu" da 2ntuiç$o. Este -rinc(pio, que corresponde ao =ous plat)nico e ao -aimon socrático, é nossa +lma Espiritual, origem do A!nio individual que o Companheiro deve esforçarse em uscar em sua <ima viagem e que determina a ele"a e perfeiç$o do capitel da coluna e da ordem ou grau evolutivo ao que pertence. Dito princ(pio é o Cristos ou Crestos dos iniciados gn*sticos, do que nos fala #$o -aulo como algo que há de crescer e manifestarse individualmente em n*s, fa"endonos /com seu atismo do Gogo e do Esp(rito #anto1 crist'os no sentido iniciático da -alavra. -or meio do mesmo nos relacionarmos com o ar*uitrave, ou seja o Esp(rito, ou -r(ncipio Rniversal da 7ida, ou Uuinto e #upremo -r(ncipio impessoal do homem, do qual sua Coluna individual há de ser uma sempre mais clara, perfeita e gloriosa e%press$o. $#SSA A!8+I"E"+!A I$DI%ID+A& + 7ida em si mesma /a vida orgFnica em suas diferentes manifestaçes1 pode e deve considerarse como uma imensa 'ra de Construç$o, que continuamente se levanta sore a matéria ruta ou inerte, com a cooperaç$o de todas as intelig!ncias, de que todos os seres conscientes ou inconscientes, cada um dos quais usca uma e%press$o apropriada a sua nature"a interior que deve elevarse constantemente, na mesma medida desta. ' Rniverso é uma imensa construç$o na que infinidade de oreiros traalham so as ordens e seguindo os planos de um mesmo Arande +rquiteto. Nossa arquitetura orgFnica é uma e%press$o particular desta 'ra Construtora que se manifesta universalmente, segundo os mesmos princ(pios, nas formas mais diferentes da vida vegetal, animal e humana, em distintas raças ou ordens apropriadas para as distintas categorias de seres. Nossa arquitetura vital se distingue da dos animais, com os quais oferece mais pontos de contato por sua posiç$o vertical, que tamém a acerca a dos vegetais, pois como nestes, o progresso ou crescimento individual procede verticalmente, ou seja em sentido oposto a força da gravidade da terra, por que se refere a constituiç$o e ao crescimento material; e a lei de gravidade dos instintos, erros, v(cios e pai%es, enquanto a constituiç$o moral e ao crescimento espiritual. +ssim como as plantas crescem e se elevam na direç$o do "!nite, assim tamém nos devemos crescer e elevarnos segundo nosso "!nite espiritual. ' prumo é assim um dos utens(lios indispensáveis na arquitetura individual, pois sem ele, ou seja sem o 2deal elevado sore o qual fi%ar nossa mira, a construç$o n$o ficaria a prumo, curvandose até a mais estrita oedi!ncia e passiva escravid$o aos instintos, pai%es e necessidades materiais que caracteri"am aos animais. + diferença deste, que s$o como plantas que se libertaram da imoilidade vegetal pois o impulso fundamental da vida vegetal é para o crescimento e a e%pans$o, enquanto nos animais se aumenta a dupla capacidade de sentir e moverse para dirigirse hori"ontalmente levando para adiante a caeça que corresponde as ra("es vegetais, o homem se volta novamente a linha vertical, porém como uma planta invertida, elevando para cima a rai" que, como centro unificador e diretor da e%ist!ncia individual, se transformou em caeça. E assim como a planta tem que sustentar constantemente o esforço de seu crescimento por uma continua produç$o interior de novas camadas conc!ntricas e a paralela e%tens$o de seus ramos em suficiente amplitude, assim tamém nosso crescimento individual se fa" efetivo na medida em que chegamos a reali"ar nossos ideais e manifestálo na vida, por meio da mais (ecunda atividade de todas as nossas faculdades produtivas. Desta maneira, por seus pr*prios esforços ativos nossa construç$o orgFnica e moral cresce e alcança a suficiente amplitude, que lhe permite elevarse alcançando o nível que corresponde a efetividade de tais esforços. Nossa +rquitetura 2ndividual é, pois, uma construç$o comple%a que se e%erce igualmente no campo
da matéria orgFnica, onde tem seu pedestal e na estrutura interior onde tem seu fuste para elevarse para o céu que constitui o "!nite de todos os esforços e aspiraçes: crescemos na medida da elevaç$o destas e da efetividade daqueles, cooperando com a nature"a e%terior e com as Beis de nossa estrutura orgFnica e espiritual para que o Jemplo que levantamos diariamente seja digno e perfeita e%press$o do Esp(rito que em nos mora para fa"er manifesta sua Al*ria. #S I$S"!+ME$"#S DA C#$S"!+),# -ara toda construç$o se necessita de instrumentos adequados. #em d&vida, dado o caráter especial de nossa arquitetura individual, tal instrumentos se uscam, como nos ensina, no interior da mesma. Efetivamente, as colunas de ron"e que caracteri"am o grau de Companheiro, est$oocas para conter os instrumentos da construç$o e guardalos junto com o salário que constitui a recompensa de seus esforços. -ortanto, tampouco a recompensa ou salário deve uscarse no resultado e%terior, sen$o melhor que aquele crescimento interior , a rai" da qual o resultado e%terior tem que amadurecer inevitavelmente, como o fruto no ramo quando chega a estaç$o oportuna. Estes instrumentos s$o os mesmos que adquiriu o Companheiro, o conhecimento e o uso, no curso de suas viagens, instrumentos mentais e espirituais que s* podem encontrarse e desenvolverse no oco de sua coluna individual. +o malho, o cin"el, a régua, a alavanca, o compasso e o esquadro s* se agregar o prumo e o n(vel, dos quais já temos aprendido a sim*lica funç$o, além disso uma trolha, uma espada, uma prancheta para traçar e uma corda com n*s. Rm total de do"e instrumentos ou faculdades cuidadosamente guardados no interior das colunas, como o verdadeiro tesouro individual do 'reiro. + trol1a é o instrumento construtor que o oreiro perfeito terá constantemente em sua m$o direita, como o ojeto de fi%ar ou estaelecer em seu lugar definitivo, por meio de cimento ou argamassa, as pedras elegidas e oportunamente elaoradas para a construç$o, depois de haverse assegurado /com o au%ilio do prumo e do n(vel1 que sua disposiç$o seja justa e perfeita. 8epresenta, portanto, o esp(rito de uni$o e solidariedade e aquela enevol!ncia iluminada, com os quais teremos que fi%ar as pedras do sim*lico edif(cio que levantamos por meio de nossos esforços individuais e coletivos. Esp(rito que se fa" tanto mais necessário quanto menos perfeitas s$o as pedras ou materiais com os que temos que contar para a construç$o. Enquanto a espada, se trata da arma de vigilFncia por cujo meio o 2niciado tem que defenderse de toda intrus$o violenta do mundo profano nos augustos traalhos da 'rdem. Este instrumento deve terse com a m$o esquerda, por acharse a direita ocupada constantemente com a trolha no laor ativa da construç$o; além disso, a m$o esquerda simoli"a a faculdade passiva do pensamento, com a qual unicamente pode relacionarse o uso maç)nico de uma arma que poderia aparecer fora de seu lugar numa 2nstituiç$o eminentemente pac(fica como a 4açonaria. Jamém a espada é para o maçom uma faculdade, indicando seu discernimento, ou seja, a capacidade de penetrar dentro das apar!ncias e reconhecer a 8ealidade, o coraç$o e a nature"a mais (ntima e profunda de todas as coisas. H o pensamento iluminado e o -oder da 7erdade, com o que se vence, se destroi e se dissolve a ilus$o em cada um de seus aspectos; é o m(stico instrumento que tem sido dado em sua quinta viagem, enquanto contemplava a Estrela da 2ndividualidade, diante do qual todo fantasma e toda somra desaparecem como por encanto. + pranc1eta para traçar é um utens(lio em cujo uso se revela o 4estre, e com o qual traça os planos da Construç$o. #em d&vida, o Companheiro deve conhec!lo e adestrarse no uso que lhe corresponde, pois s* assim se fará capa" de interpretar esses planos e cooperar com intelig!ncia a sua reali"aç$o; em que sem chegar a dominála completamente, deve e%ercitarse nos princ(pios daquela Aeometria que e%plica a gnesis individual e universal, desenvolvendo o A!nio iniciático que condu" a sulimidade da Anoses. E isto n$o pode fa"erse sem a pranc1eta sim*lica que, por sua nature"a delicada, deve guardar com especial cuidado no tesouro de seus instrumentos ou
potencialidades latentes. Ginalmente, a corda com os n8s) tem, como o c(rculo mágico, a dupla funç$o de isolar aos 2niciados das influencias profanas e de estreitar mais intimamente o laço de uni$o invis(vel e%teriormente que os une no interior , por meio de seus mesmos ideais e aspiraçes. -erfeitamente tensa, serve ademais aos maçons para assegurar a retid'o das paredes de sua sim*lica construç$o. -orém em seu significado mais verdadeiro e profundo, representa nossa pr*priaconscincia interior , ou seja a capacidade de relacionar todas as imagens e concepçes mentais, as idéias interiores e as percepçes e%teriores, o mundo dos sentidos com o dom(nio da #uprema 8ealidade, nossa pr*pria personalidade com a 2ndividualidade que na mesma se e%pressa, o que permanece eternamente com o que constantemente aparece. H algo assim como o fio de +riadne da 2ntuiç$o que nos da o sentido da Rnidade, nos pe em harmonia com o -lano Divino, e nos permite dirigir justamente todos nossos passos no lairinto da vida, fa"endo ao mesmo tempo harm)nica e feli" construç$o da e%ist!ncia. AS "!.S *A$E&AS Enquanto o Jemplo n$o tem no grau de +prendi" nenhuma janela, significandose com isto que a lu" ha de se uscar unicamente no interior , o companheiro reconhece e utili"a no mesmo tr!s janelas que se arem respectivamente ao 'riente, ao 'cidente e ao 4eio dia e servem, segundo nos di", para iluminar aos oreiros quando v!em ao traalho, enquanto traalham e quando se retiram. Estas janelas se referem, evidentemente, a Bu" que o Companheiro, depois de hav!la uscado em seu foro interno em seu estado de +prendi", se acha agora em grau de perceer, e as novas capacidades intelectivas que se desenvolveram nele, e que o permitem agora sentarse na regi$o clara do #ul, podendo suportar a plena lu" do #ol e julgar as coisas com maior profundidade. + janela do 'riente representa seu conhecimento metaf(sico da 8ealidade do universo e dos -rinc(pios e Beis que o governam, constituindo o fundamento geométricogenético da realidade ojetiva. Esta se percee e reconhece pela janela do 'cidente, s(molo da ci!ncia f(sica, do conhecimento e da e%peri!ncia e%terior das coisas. Enquanto a janela do 4eiodia, se refere, como é evidente, a seu pr*prio mundo interior, a sua consci!ncia e intelig!ncia, por meio das quais traalha, elaorando e relacionando interiormente os materiais e conhecimentos otidos do e%terior em harmonia com os planos /-rinc(pios e Beis1 reconhecidos através da janela do 'riente. +s tr!s janelas denotam, por conseq3!ncia, tr!s distintos g!neros de e%peri!ncia que podem considerarse como tr!s mundos distintos: o 4undo Divino, ou e%peri!ncia da realidade transcendente, o 4undo 2nterior ou e%peri!ncia da realidade sub0etiva, e o 4undo E%terior ou e%peri!ncia da realidade ojetiva, segundo os quais o Companheiro tem que Orientar o Jemplo de sua vida individual, para que seja constantemente iluminado em seus tr!s lados ou g!neros de atividade, quando ingressa no Jemplo, enquanto traalha nele, e quando se retira. ' ingresso no Jemplo corresponde, pois, a capacidade de astrairse das coisas e imagens e%teriores, concentrando sua atenç$o na 8ealidade Jranscendente que constitui o 4undo Divino. + janela através da qual se percee esta sim*lica Bu" do 'riente, ou seja, da origem das coisas, se acha dentro de nos mesmo eu, ao 'riente ou origem de nossa vida e de nosso ser. + percepç$o desta Bu", ou seja o impulso vital de nosso #er Espiritual, é a que marca ou assinala o in(cio da atividade maç)nica. ' trabal1o é a mesma atividade interior de nossa 2ntelig!ncia, iluminada pelo desenvolvimento /4eio dia1 de suas faculdades mentais: a l*gica e a mem*ria, a percepç$o e o ju("o, a compreens$o e o discernimento, relacionando os -rinc(pios com suas e%presses vis(veis e as Causas com os Efeitos. E quando o sol se acerca ao 'cidente, que di"er, quando a 8ealidade nos apresenta unicamente em sua apar!ncia e%terior, é quando saímos de nosso (ntimo #antuário, para enfrentar mos com o mundo da matéria.
+s horas que transcorrem entre o meio dia e o por do sol, s$o portanto as que caracteri"am o mais proveitoso e fecundo traalho do Companheiro, quando podem colocarse em seus lugares os materiais preparados pelos +prendi"es nas horas da manh$. 'u seja, simolicamente, tirar proveito das lu"es, e%peri!ncias e conhecimentos adquiridos, aplicandoos construtivamente. Neste traalho se esforça o Companheiro em ajudar os 4estres, posto que até que n$o haja adquirido a capacidade de sentarse ao 'riente, estabelecendo se no estado de consci!ncia superior que caracteri"a o 4agistério, deve forçosamente limitarse a aplicaç$o dos planos ou ensinamentos que recee, empenhandose por meio das mesmas em alcançar a perfeiç$o. E se dedica a esta tarefa com alegria (ervor e liberdade, caracteri"ando esta atitude mental todo esforço efetivo sore a senda do -rogresso. AS &E"!AS D# A&FA2E"# Lá as cinco primeiras letras do alfaeto, estudadas pelo +prendi", o Companheiro se acha em condiç$o de agregar as sete seguintes que se referem mais particularmente a simologia seu grau. + se%ta letra do alfaeto latino n$o tem seu correspondente no grego clássico, em que o teve no primitivo, fa"endose conservado na numeraç$o com o nome de digama. #ua forma é de um duplo es*uadro /ou duplo gama, como o di" a palavra grega1; por esta ra"$o se refere mais especialmente ao segundo grau e, em relaç$o com a letra precedente, indica os dois passos que o Companheiro tem que aumentar a marcha do primeiro grau, para indicar seu progresso com respeito ao +prendi". + letra heraica vau que lhe corresponde, com o valor fonético de 4, ou v, significa unha, garra, gancho, e mostra /como temos dito a prop*sito do tetragrama1 o 7ero ou Jerceiro elemento primordial /o Merc4rio derivado do En%ofre e do #al1 que reprodu" a Rnidade Gundamental e a fa" fecunda e criadora. +demais se relaciona com o n&mero Q e com o he%agrama. Da letra A já temos falado amplamente; no alfaeto latino é uma manifesta modificaç$o da letra C /91. -orém sua forma mostra uma inegável relaç$o /em que n$o de origem1 com a letra grega t1eta, e a correspondente heraica e fen(cia, que ocupa o nono lugar em tais alfaetos, representando, respectivamente, o hier*glifo do #al e a cru" no c(rculo, que di"er, o mundo manifestado nos limites do espaço. /91 No primitivo alfaeto latino a letra C tinha o mesmo valor do grego gamma e do fen(cio guimel, ou seja, de A. -orém, confundindose os dois sons guturais, se usou com freq3!ncia em lugar de V, até que o sustituiu completamente. Ent$o, para distinguir a gutural sonora da t!nue, se modificou essa letra e se p)s em lugar da Y que já n$o se usava. 8eintrodu"ida esta <ima, para transcrever palavras gregas /junto com 6 e T1, se p)s ao final do alfaeto, como esta atualmente. ' lugar da letra A se acha ocupado em grego e fen(cio pela Y e em heraico pela letra correspondente 3ain. Esta <ima tem o nome de arma e a forma particular de uma espada flam(gera, da qual pode muito em haverse derivado nossa cifra para o n&mero sete; nesta cifra, assim como na letra Y podemos ver uma imagem dos <imos passos do Companheiro. + oitava letra, L, nos da uma imagem astante clara das duas colunas com o nível que representa o sim*lico passe de uma a outra. Em seu nome heraico e fen(cio significa tamém see, recinto, levando a nossa mente a representaç$o de um Jemplo formado por dois es*uadros e o hier*glifo da Boja, como especialmente o evidencia a forma fen(cia da letra. + nona letra latina corresponde a décima nos demais alfaetos a nossa cifra 9 /assim como o ale( árae1 com o significado de Rnidade em geral e -r(ncipio Criador em particular. 8epresenta tamém a unidade de consci!ncia ou seja nosso eu, do que tem o valor na l(ngua inglesa: em sua forma min&scula /i1 pode verse o -rinc(pio Divino em n*s, representado pelo ponto, que se acha separado em nossa consci!ncia ordinária, enquanto a formula mai&scula /21 mostra a perfeita uni$o do eu inferior com o eu superior, ou seja, da individualidade com a personalidade, que se alcança com o 4agistério. 8ecordese a este prop*sito o que temos dito com refer!ncia ao oco das colunas, com o
qual este s(molo tem manifesta relaç$o. #eu nome heraico significa m$o, particularmente uma m$o levantada, correspondendo ao -rinc(pio Divino ou 2deal, inspirador e criador da vida, signo de recon1ecimento do 2niciado em geral e do Companheiro em particular. Enquanto a décima letra latina /=1, derivada da precedente, acentua ainda mais com sua cauda de e%press$o da individualidade na personalidade, que corresponde a sua parte inferior. Jamém pode representar a alavanca que em uni$o com a régua, indicada pela letra 2, leva o Companheiro em sua terceira viagem. + décima primeira letra /V1 mostra a uni$o da régua e do es*uadro aprendida pelo mesmo Companheiro em sua quarta viagem, por meio da qual se reali"a uma reta elevaç'o ou perfeita edificaç$o. #eu nome heraico significa palma da m$o, referindose mais particularmente a posiç$o da m$o direita no signo do Companheiro. + mesma refer!ncia a respeito da disposiç$o das duas m$os neste signo podemos v!la na forma heraica da décima segunda letra, cujo nome tem o significado de aguilh$o e representa o estimulo ou incentivo ideal do 2niciado que o impulsiona a progredir na forma indicada. Ginalmente, a letra B em sua forma latina, grega e fen(cia representa, respectivamente, um esquadro e um compasso, os dois instrumentos por meio dos quais se efetua o traspasse ou e%altaç$o ao terceiro grau maç)nico. 8+A!"A A!"E A&ICA),# M#!A& E #E!A"I%A DA D#+"!I$A SIM2#&ICA DES"E G!A+ ' grau de Companheiro é um grau essencialmente operativo enquanto se refere a 8eligi$o do Jraalho, de uma maneira mais especial que os outros graus, indicando a necessidade daquele para todo o ser humano, como condiç$o indispensável e meio de seu progresso. ' +prendi" tem que aprender com o fim de efetuar um traalho &til, efetivo e construtivo. #* quando sae traalhar pode esperar que se lhe admita no segundo grau e se lhe reconheça como 'reiro do -rogresso e da Bierdade e portanto compan1eiro de todos os que, como ele, traalham pela Al*ria do Arande +rquiteto, ou seja em harmonia com seus planos /os que se esforçam reconhecer intimamente1 para levar a cao a Arande 'ra de Construç$o 2ndividual e #ocial que constitui o ojeto de nossa 'rdem. 's 4açons n$o s$o, pois, fil*sofos que se perdem em asurdas investigaçes, e em estéreis utopias: para o verdadeiro maçom, todo estudo deve ter um fim efetivamente pr+tico e construtivo, todo 2deal um valor vital e operativo que deve reali"arse com sua aplicaç$o. Este esforço de aplicar e reali"ar o 2deal na vida prática é a caracter(stica e o ojeto fundamental do grau de Companheiro, como mostra seu pr*prio signo de reconhecimento. Nunca se converterá o Companheiro em 4estre, no verdadeiro sentido da palavra, até que n$o se haja feito digno deste traalho, como resultado de sua atividade e de seus estudos, fa"endo adquirido a e%peri!ncia e as capacidades que s* podem condu"ilo para adiante e fa"er delealgo mais que um companheiro: o primeiro entre seus semelhantes, que sae instruilos e dirigilos por sua compreens$o mais profunda e elevada. A !E&IGI,# D# "!A2A&'# ' 4açom deve considerar o traalho de uma maneira completamente diferente de como o considera o homem vulgar: para este o traalho é uma necessidade e quase uma escravid$o, um jugo que pesa sore ele pela força das circunstFncias, ao que deve sujeitarse para viver. Enquanto o homem ordinário trabal1a para viver escravo de suas necessidades e de seus desejos, o 4açom deveviver para trabal1ar , que di"er, para fa"er uma ora ou um laor, e%pressando o 2deal que fa" dele um artista diferenciandolhe do art(fice. ' esp(rito com o qual o homem ordinário considera o traalho se acha pois, e%presso na maldiç$o
(lica: Do suor de seu rosto comerás o p$o. Esta maldiç$o, personificada simolicamente na >(lia, quando se interpreta com o esquadro da 8a"$o e o compasso da Compreens$o representa simplesmente a vo" ou e%press$o impessoal da lei so cujo o efeito ou causalidade se coloca o homem por si mesmo, escolhendo traalhar como escravo da 2lus$o e%terior para satisfa"er seus instintos, necessidades, desejos e pai%es, a rai" de sua desoedi!ncia a vo" da 8ealidade, a &nica que pode indicarlhe a senda da Bierdade. Bonge de ser uma maldiç$o, o traalho é para o 4açom o primeiro e fundamental ojeto da e%ist!ncia terrena, fonte de todos os >ens e de todas as >emdi"eres. ' avental ranco que se usa, como distintivo de sua qualidade, representa o novo espirito com o qual deve dedicarse a seu pr*prio traalho ou atividade, na qualidade de 'reiro da 2ntelig!ncia Rniversal, com a que tem o privilégio e a honra de cooperar, interpretando e reali"ando seus planos na medida de sua compreens$o e hailidade. Estes planos s$o as idéias ou 2deais Construtores que se manifestam em sua 2ntelig!ncia para reali"arse em sua vida, e, segundo adquire a capacidade de e%pressálos, seliberta automaticamente de toda escravid$o e%terior, por ser a verdadeira Bierdade, obedincia ao que de mais elevado há em nossa alma e em nosso ser. ' homem é, pois, escravo, segundo oedece a seus impulsos inferiores e a ilus$o e%terior; e se fa" livre em proporç$o com sua capacidade de elevarse sore os primeiros por meio da 7irtude, e sore a segunda por meio da 7erdade. + cor ranca do avental é um s(molo da pure3a das intençes com os quais se predispem a 'ra, já n$o com o &nico fim de satisfa"er seu ego(smo ou suas necessidades, ou seja mirando a utilidade pessoal que pode sacar de sua atividade, sen$o principalmente com o ojeto de uscar a gl*ria ou e%press$o da mesma 2ntelig!ncia construtora, ou Arande +rquiteto do Rniverso em sua pr*pria atividade, qualquer que seja. Este intento superior, e%presso pelo ranco, é o que caracteri"a ao 4açom e o diferencia do profano. + qualidade de 4açom n$o se adquire, pois, por meio de um reconhecimento e%terior, pagando determinados direitos e sofrendo determinadas cerimonias, ou pertencendo fielmente a determinado Corpo ou 'edi!ncia. Este é s* o símbolo do 4açom. Enquanto a qualidade verdadeira ha de ser individualmente reali"ada com seus pr*prios esforços por cada 4açom, aplicando as qualidades e%teriormente receidas ou reconhecidas. -or conseq3!ncia, o homem que ora maçonicamente, conformandose com sua vida e atividade aos mesmos -rinc(pios e 2deais que a 4açonaria ensina simolicamente a seus adeptos, é muito mais digno do apelativo de 4açom, em que nunca foi e%teriormente iniciado ou receido em nossa 2nstituiç$o, que aquele que limita dita dignidade ao nome e a uma oservFncia puramente formais. Nore"a 'rigada. Cumpra, pois, seu dever, todo 4açom que quer ser digno deste nome e cuide de e%altálo e enorec!lo constantemente em sua atividade e em sua vida. $#SSA A!"E? SACE!D#"A& E !EA& Conheça o 4açom o caráter sacerdotal e real de sua +rte, aquela &rs <égia, da qual os mesmos reis podem vangloriarse de ser adeptos, por quanto constitui talve" o maior lustre e o melhor distintivo da verdadeira reale"a. #aia o 4açom que esta qualidade, em entendida e reali"ada, o fa" igual aos reis um verdadeiro 4elqui"edeque ou 8ei de =ustiça, sacerdote do +lt(ssimo, o seja 2niciado e 4inistro do -oder #upremo /91. /91 7eja as referencias a este >(lico personagem, no A!neses 67, 9K, #almo C6, < e Lereus 7,72,722. Em que na época atual o triunfo dos ideais democráticos haja relegado a condiç$o de rei a um puro formalismo e%terior, ou simples rel(quia do passado, a *ualidade real que se encerra em tal nome, uma ve" seja individualmente reali"ada, será sempre o privilégio mais apreciável e a caracter(stica de toda 2ndividualidade #uperior.
8ei é pois, quem rege, ou seja o contrário de escravo. 8eger é dominar, e%ercer autoridade e dom(nio, autoridade e dom(nio que h$o de ser retos) 0ustos e per(eitos, ou seja o dom(nio do superior sore o inferior. +s palavras regra e retitude tem mesma etimologia que rei: reinar é pois orar retamente, ou seja conforme a uma regra superior. ' atriuto 3edec? justiça, retitude agregado ao heraico mele? rei para formar o nome de 4elque"idecP, significa o 8ei por e%cel!ncia enquanto tal qualidade o caracteri"a como tal. H interessante tamém notar que se agrega o t(tulo de 8ei de #alem, quer di"er: 8ei de 2ntegridade, -a" e -erfeiç$o, qualidades estas que encarna o verdadeiro +depto da +rte 8eal, sacerdote ou ministro da #uprema 8ealidade. Cada um de n*s, cada 4açom e cada homem, pode ser, por pr*pria eleiç$o, rei ou escravo em seu pr*prio dom(nio individual, segundo conforme sua conduta a 8egra da 8etitude, convertendose em sacerdote do mais elevado 2deal que intimamente se revela e que tem o poder de levar em sua vida o reino da justiça, da pa" e da perfeiç$o. + este mesmo reino individual se refere =esus quando nos disse, em seu #erm$o da 4ontanha /4ateus 72, <??1: Ninguém pode servir a dois senhores; Com efeito, ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e despre"ará o segundo. N$o podeis servir a Deus /a 8ealidade1 e a 4ammon /a 2lus$o, o dinheiro1. -ortanto os digo: N$o os oprimais por vossa vida, pelo que haveis de comer nem por vosso corpo, que haveis de vestir: n$o é a vida mais que o alimento, e o corpo que o vestido5 ... -orque os gentios / pro(anos ou pag$os no sentido de escravos da ilus$o1 uscam todas estas coisas; que vosso -ai celeste /o -rinc(pio de vida em n*s1 sae que todas estas coisas tem necessidade. 4as usca primeiro o uscar primeiro o traalho ou ora por si mesmo, como oportunidade para e%pressar, e%ercer e desenvolver seus talentos numa atividade &til para os demais, e enquanto ao salário esperálo como as coisas acrescidas ao 8eino da 8etid$o e do -rincipio 2deal em sua consci!ncia e em seus pensamentos, palavras e açes, com o firme reconhecimento de que Nele esta a força e que, por onde, ' estaelecera tudo o que há de ser estaelecido para a -erfeiç$o tanto interior como e%terior de seu 8eino ou Jemplo. Construtor e #acerdote de um Jemplo 2deal, 8ei ou reitor responsável de um 8eino de =ustiça e 8etid$o, o Companheiro 4açom nunca deve esquecer este glorioso privilégio, que o converte em artista da intelig!ncia Rniversal, e em 'reiro da Bierdade e do -rogresso, cooperando com o mesmo Arande +rquiteto, para a e%press$o dos planos que constituem a Arande 'ra Rniversal da Criaç$o. riar n$o tem, pois, o sentido de produ"ir e9ni1ilo que o deram etmol*gicamente os te*logos para justificar suas teorias, sen$o que significa fundamentalmente, fa"er, manifestar ou e%pressar /da rai" indoeuropeu V8, de onde vem o sanscrito ?aroti fa"ere Barma aç$o1 desde o interior a do e9terior , desde o reino da 8ealidade 2nvis(vel ao da +par!ncia 7is(vel.
Nesta 'ra ou atividade criadora manifestada em todo o Rniverso, o 2niciado nos 4istérios da Construç$o é a ve" interprete e cooperador , segundo se dei%a guiar por seu 2deal Construtivo que a 2ntelig!ncia Rniversal e%pressa diretamente nele e que constitui sua parte e responsabilidade no Arande -lano da 4anifestaç$o, que ora constantemente em todos os reinos da vida material e moral, individual e social. Jodo indiv(duo, assim como toda a sociedade e o Rniverso em seu conjunto, é um Jemplo levantado a Al*ria ou e%press$o de tal 2ntelig!ncia; e é privilégio do 4açom ser cooperador consciente e voluntário de tal 2ntelig!ncia, em ve" de dei%arse guiar pelas iluses e%teriores que o fariam escravo das consideraçes materiais, pronunciando sore si mesmo a (lica maldiç$o que condu" aos homens a \traalhar para viver. 7iver para traalhar, é fa"er do traalho uma religi$o, um privilégio e uma gloriosa oportunidade: eis aqui, pois, o 4agno 2deal que a 4açonaria revela a seus adeptos, como um dos principais /e, talve" o mais importante1 de seus m(sticos segredos. 8econhecer no Jraalho a fonte de todos os ens e o remédio para todos os males; um 4anancial de pa", alegria e felicidade, ojeto em lugar de ser meio necessário para a vida e um dever que pesa sore o homem vulgar como maldiç$o, e%altandose e enorecendoo em sua qualidade de cooperaç$o consciente, inteligente e voluntário com o mesmo Arande +rquiteto do Rniverso. Eis aqui o mérito maior e a mais sulime entre as finalidades de nossa +ugusta 2nstituiç$o.' descanso, seja o descanso depois do traalho diário, como tamém o descanso desejado de uma vida ociosa, resultado de certo n&mero de anos de atividade, cessa de ser para o maçom uma finalidade e se converte na conseq3!ncia de seu traalho e o meio de reparar suas forças e prepararse para um novo dia de mais iluminaç$o, fecunda e elevada atividade, segundo o e%emplo do mesmo Arande +rquiteto. #S CI$C# SE$"ID#S + especial importFncia que tem os cinco sentidos no grau de Companheiro n$o se deve unicamente ao fato de que se referem ao n&mero cinco. Efetivamente, se o considerarmos, na uni$o com as faculdades ativas, como instrumentos de trabal1o e meios pelos quais se reali"a a vida consciente e voluntária do homem veremos por que ra"$o se estudam especialmente neste grau. #$o, pois os sentidos, as 0anelas pelas quais o Jemplo de nosso ser e de nossa vida individual se are no mundo e%terior e se relaciona com o mesmo. Destas janelas o 'reiro do -rogresso e da Bierdade deve aprender a fa"er uso inteligente e construtor para que, em ve" de ser como o s$o para o homem vulgar, as cadeias que o atam ao poder da 2lus$o, se convertam em &teis instrumentos de atividade e, por meio do discernimento, em meio de constante progresso moral e espiritual. Nosso Jemplo, no qual se arem, é uma maravilha de construç$o elevada por nossa vida individual e pelo impulso evolutivo da nature"a, a Al*ria do -rincipio Divino que mora em n*s, que nos guia e ilumina, para que manifestemos aquela per(eiç'o na que fomos criados, como princ(pios espirituais a sua imagem e semelhança. Nossos sentidos s$o instrumentos desta mesma construç$o, a que as impresses constantemente receidas contriuem diariamente. +inda mais, a arquitetura de nosso organismo f(sico, e tamém de nossa mente, deve considerarse, no processo evolutivo no que se originou, começando pelas formas mais rudimentárias da vida, como o resultado, ou a acumulaç$o e concentraç$o, de todas as impresses receidas do e%terior, assim como das relaçes ou impulsos que procedem de nosso interior. -or conseguinte, é de importFncia vital para o companheiro aprender o uso mais reto e 0udicioso de cada um destes instrumentos e%teriores da construç$o orgFnica, em uni$o com os instrumentos interiores que se acham no oco da sim*lica coluna da que temos falado precedentemente. A %IS,# -or sua importFncia construtora, devemos considerar a vista com prefer!ncia aos demais sentidos,
estando estes mais ou menos suordinados as impresses daquela. -or conseq3!ncia, quem se acha privado do dom de ver a lu" do dia, nunca poderá ser um verdadeiro maçom ou construtor iluminado na Arande 'ra da vida individual e social. +ssim como a 4açonaria #im*lica se acha intimamente relacionada com a faculdade de ver a Lu3 interior do 8eal, e dirigir segundo esta percepç$o suas construçes ou atividade mentais, assim tamém a ora de construç$o orgFnica da vida em todas suas formas, se acha intimamente relacionada com esta faculdade de perceer a lu" e%terior, em que esta percepç$o pode ser, num principio, oscuro e suconsciente, como parece ser nos vegetais. Entre os animais, assim como no homem, o particular desenvolvimento do *rg$o da vista, é um (ndice de sua maneira de ser e, respectivamente, de seus particulares instintos e de seu desenvolvimento mental e espiritual. + mesma cor de Wris denota a particular tonalidade da vis$o interior e, como é saido, esta cor tem uma (ntima relaç$o com a do caelo e a do pele. #egundo se modifica a vis$o interior das coisas, tamém se modifica em correspond!ncia da vista f(sica e, por refle%o natural, tamém se modificam os háitos e as qualidades especificas da construç$o orgFnica. Rma lu" especial nos da, sore o sentido da vista, as palavra evangélicas: BFmpada do corpo é o olho; assim que, se teu olho for sincero, todo teu corpo será luminoso; mais se ter olho for mau, todo seu corpo será teneroso. +ssim que, se a lu" que há em ti s$o trevas, quantas ser$o as mesmas trevas5 /4ateus 72, ?1. Efetivamente, podemos di"er que nossas capacidades, tanto f(sicas como mentais, nossa mesma vida e a constituiç$o de nosso organismo se constr*em e desenvolvem no mesmo sentido e segundo o caráter particular de nossa vis$o. Este n$o quer di"er que o somos dependa e%clusivamente do que vemos e%teriormente ou do que nos rodeia; a pesar de que o que vemos e%teriormente esta muito longe de n$o ter importFncia, o valor construtivo e soerano da vis$o essencialmente firme em nossa particular maneira de ver as coisas, a que depende do que somos. Lá, pois, entre o *ue vemos e o *ue somos, uma constante aç$o e reaç$o: o *ue vemos, influenciando nossa mente e nossa imaginaç$o, determina em grande parte o *ue somos, o que pensamos e sentimos de nos mesmos; modifica igualmente nossa vis$o, tanto interior como e%terior. -or esta ra"$o, duas pessoas distintas enfrentadas com a as mesmas coisas, condiçes e circunstFncias, as verem e consideraram de uma maneira completamente diferente e esta vis$o e consideraç$o interior fará que tais sejam para elas efetivamente. #e a vis$o de uma pessoa é en(erma, que di"er, fi%a ou concentrada na enfermidade, seu corpo estará igualmente enfermo, e sua vida e%terior refletirá igualmente, todo outro defeito de sua vis$o interna. Em compensaç$o, a vista s$ fará s$os igualmente o corpo e as condiçes da vida e%terior. N$o é pois, e%agerado, di"er que nossa vis'o é nossa l#mpada e que segundo sua lu", nosso corpo e nossa vida estar$o igualmente ou na lu", ou nas trevas. A"I"+DE #SI"I%A E $EGA"I%A 8espeito a relaçes e rec(procas influencia entre a vis$o e%terior e a interior, prevalecerá esta ou aquela segundo seja positiva ou negativa a atitude do individuo. +s pessoas negativas ou passivas, s$o as que se acham influenciadas mais fortemente pelo amiente e as circunstFncias e por conseq3!ncia chegam facilmente vitimas das condiçes, pessoas e coisas que as rodeiam: uma enfermidade contagiosa, e igualmente um v(cio ou outro contágio moral ou material, se transmitira mais facilmente entre esta classe de pessoas. + atitude positiva da individualidade, em troca, fa" a um sempre menos receptivo e influenciável desde o e%terior e condu", pelo contrário, a um dom(nio sempre mais completo e efetivo sore o amiente e as circunstFncias. ' caráter da atitude interior do individuo pode conhecerse facilmente. Enquanto as pessoas negativas d$o uma importFncia soerana as circunstFncias, e lançam a culpa as pessoas, coisas e
condiçes que as rodeiam, lamentandose constantemente o n$o ser de seu agrado, a personalidade na qual prevalece uma atitude positiva fará e%atamente o contrário: nunca se lamentará ou lançara a culpa a nada de quanto o aconteça, sen$o melhor escusará a todos e a tudo, e em ve" de ver as coisas como aparecem, se esforçará em ver e uscar constantemente nas mesmas a reali"aç$o de seu mais alto 2deal. Deste e%emplo pode inferirse claramente se a personalidade é negativa, naturalmente escrava das circunstFncias e%teriores, e por onde do que se chama fatalidade ou destino, ou em livre, segundo prevalece e domina a vis$o interior sore o e%terior. Noutras palavras, a personalidade negativa orará e regulará constantemente sua maneira de ser, suas consideraçes, palavras e açes, segundo as circunstFncias; enquanto a personalidade positiva orará segundo seus princ(pios, convicçes e crenças em qualquer condiç$o ou circunstFncia. ' desenvolvimento positivo da 2ndividualidade, que lierta ao homem das defici!ncias, erros e deilidades da personalidade é, pois, um dos fins principais da iniciaç$o retamente entendida. -ode di"erse que o grau iniciático efetivo de cada qual é o grau de lierdade individual conseguido pelo eu em relaç$o com seus impulsos inferiores e as influencias e%teriores. Nisto consiste aquela verdadeira virtus ou Gorça 2nterior /em sanscrito vir:a1 que fa" ao 2niciado soeranamente livre de todo v(cio interior e de todo v(nculo e%terior e, por onde, verdadeiramente
A Audiç@o -aralelamente a vis$o, deve o homem constantemente e%ercitar e desenvolver o ouvido, com o ojetivo de n$o ser mais escravo deste que daquele sentido, sen$o que o sirvam amos para alcançar e desenvolver as mais elevadas possiilidades de seu ser e manifestálas em sua e%ist!ncia. +ssim como o que vemos nos influencia no que somos e se reflete na dupla arquitetura e%terior de nosso organismo e de nossa vida, o que ouvimos determina o que pensamos e cremos, sendo ase de nossa Gé e confiança em todos seus aspectos, tanto positivos como negativos. #egundo o que vemos, sabemos: segundo o que ouvimos con1ecemos, e da mesma maneira que nossa ci!ncia efetiva depende de nosso discernimento individual e da faculdade de ver interior e e%teriormente, assim tamém a soma de nossos conhecimentos depende de nosso individual entendimento sore o que ouvimos, ou seja nos fa" presente por meio da vo" e do som tanto e%terior como interiormente. Lá, pois, vo3es de distintas nature"a que constantemente chegam a nossos ouvidos e, segundo as escutamos, dirigem construtivamente ou destrutivamente o curso de nosso pensamentos, de nossas determinaçes, palavras e açes. Da mesma maneira que há vo"es e%teriores que se apresentam a nossa compreens$o ou incompreens$o como simpáticas ou antipáticas, amigas ou inimigas, justas ou falsas, verdadeiras ou enganosas, tamém há uma vo3 interior , análoga a vis$o interior de que temos falado, que constitui em nos o critério de nosso conhecimento, e segundo o escutamos nos liertamos de cair em erro. +ssim como o Jemplo se determina e constr*i por meio da vis$o, assim tamém a Boja se fa" e reali"a por meio do ouvido ou do entendimento. + Boja é o lugar onde se manifesta e se escuta o logos, o 7ero ou palavra: é pois o lugar secreto da compreens'o que se encontra sore a ara ou altar levando por nossos pensamentos no Jemplo (ntimo do ser. Cuidemonos das palavras que tocam a porta do Jemplo de nosso ser, para ingressar na Boja de nosso entendimento. +ssim como o Auarda templo deve de estar 0 porta de todo templo maç)nico para e%aminar, por meio do ouvido inteligente a verdadeira qualidade dos que querem ingressar na Boja, assim tamém esta sempre o guardi$o interior em seu lugar, a porta do #antuário de nossa Consci!ncia, para vigiar as palavras e pensamentos que queiram ingressar, para que se admitam unicamente palavras e pensamentos construtores. #* os pensamentos construtores conhecem a verdadeira palavra da verdade, e podem virar em harmonia com o 7ero Divino que rilha sore a +ra de nosso ser. Bivremonos especialmente de escutar palavras de desarmonia e de disc*rdia que nos afastam daquela justa e perfeita cone9'o que constitui a ase da sociedade, o cimento da compreens$o que deve e%istir entre todas as pedras que compe o sim*lico edif(cio da humanidade, assim como o de nossa +ugusta 2nstituiç$o, semeando em nossos coraçes a ci"Fnia da divis$o. Uue o guardi$o 2nterior de nosso critério esta constantemente alerta, 0 porta de nossa consci!ncia, para distinguir e separar o erro da verdade, assim como com o crivo sagrado se separam em Eleusis as enéficas sementes aliment(cias do trigo, das t*%icas sementes adormecedoras da papoulaZ &E! E #uvir Ler e ouvir . ' mesmo cuidado e critério que pomos em e%aminar e separar com o crivo do entendimento as palavras que escutamos, devemos aplicálos em nossas leituras, elegendoas oportunamente para que sejam efetivamente construtoras no Jemplo de nossa individualidade inteligente. Devemos, pois, despejar todas as leituras in&teis, quer di"er, as que n$o sirvam de alento para nossa alma, nem de est(mulo para nossa intelig!ncia ou de necessária informaç$o: as leituras que n$o respondem a uma destas tr!s finalidades, nunca podem ter para n*s e para nossa vida importFncia construtora, e é muito melhor eliminálas de antem$o que gastar nelas um tempo que podemos empregar mais utilmente em qualquer outra forma.
2sto se fa" muito mais necessário hoje, com a impress$o econ)mica e a larga circulaç$o dos peri*dicos, que noutro tempo. -or outro lado, de nada serve ler muito, pois o que realmente sabemos e con1ecemos n$o depende do que lemos, sen$o do que pensamos. Nossas leituras devem servirnos principalmente para aprender a pensar, e um livro ou qualquer leitura nos é &til na medida em que chegue este ojeto fundamental. +ssim é que, quando o temos lido, n$o somos e%atamente os mesmos do que antes éramos, sen$o que nossa mente se ariu a uma nova compreens$o e maior intelig!ncia, e nos sentimos melhor dispostos e animados para enfrentarmos com as tarefas e deveres de nossa vida diária. -elo contrário, s$o in&teis dissolventes todas aquelas leituras que nos afastam de nossos deveres e responsailidades atuais e especialmente as que e%citam as pai%es animais, estimulam ao v(cio, adormecem as consci!ncias ou e%ercem uma influ!ncia deprimente e m*rida sore nossa imaginaç$o. Nunca pode ser edificante a descriç$o do v(cio, da enfermidade, do crime e da perversidade, o e%altamento do que há em n*s de mais ai%o, negativo e inferior, ou que simplesmente deilite nossos mais altos ideais e nos afaste daquela e%altada vis$o construtora que fa" poss(vel nosso progresso. -or conseguinte, se somo sáios, deveram ter o <imo lugar entre nossos livros as novelas e todo o que constitui pura literatura, limitandonos a umas poucas realmente escolhidas. Em troca deveram estar preeminentes em nossa ilioteca as oras que elevam, enorecem e fortificam o esp(rito, nos inspiram e iluminem nossa senda diária e contriuam em fa"ernos realmente mel1ores. J$o pouco devemos esquecer que toda leitura em geral, e especialmente a leitura que se leva a cao sem pensar, dei%ando que nossa mente e nossa imaginaç$o sejam passivamente dominadas pelo o que lemos, é um incentivo para o desenvolvimento de nossa atitude negativa, por enquanto nos fa" mais ou menos escravos do pensamento alheio. -or conseguinte, ler sem pensar é o que, sore tudo, devemos constantemente evitar: muito melhor seria, se a leitura saiamente disciplinada n$o fora um maravilhoso estimulante espiritual e um meio de progresso intelectual, pensar sem ler : ser pobres em conhecimentos adquiridos, porém ricos em originalidade, intuiç$o e compreens$o da 7erdade. Bemos, pois, se o desejamos, e sentimos essa necessidade; porém escolhendo com discernimento nossas leituras, assim como escolhemos nossos alimentos, e nunca simplesmente para encher nossa mente de pensamentos e pontos de vistas alheios. Galando dos pores de esp(rito, como dos que podem mais facilmente alcançar o 8eino dos Céus /que é tamém o 8eino da verdade1 =esus se referia, evidentemente a esta pore"a intelectual, simoli"ada em nossa 2nstituiç$o pelo despo0o dos metais, mediante a qual se are mais facilmente em nos o entendimento espiritual e a percepç$o direta da 7erdade. A %#= I$"E!I#! Uuanto menos se fi%a nossa atenç$o sore as vo"es e%teriores e menos se dei%a guiar por elas, tanto mais se fa" receptiva a Vo3 ,nterior , chamada tamém a 7o" do #il!ncio por ser o sil!ncio dos sentidos, fi%a a consci!ncia no que esta dentro de n*s, a condiç$o necessária para sua manifestaç$o. Esta vo", que provem de nosso pr*prio Esp(rito, ou seja, da parte mais elevada e real de nosso ser, n$o tem nada a ver com as vo"es de diferente origem e nature"a que uno pode escutar interiormente, e sua caracter(stica essencial é a que nos indica sempre o mel1or e o mais nobre e digno, o que nos fa" progredir, o que nos lierta e nos eleva. Esta 7o" n$o nos impe nada, de uma maneira que pode chamarse autocrática; n$o nos ata nem nos força sore um determinado caminho, com severa infle%iilidade. -orém ao mesmo tempo, com a autoridade da 7erdade, nos lierta da d&vida e da incerte"a e nos indica com toda claridade o melhor caminho, a mais reta, justa e conveniente linha de aç$o em cada circunstancia; tamém nos ensina como soltarmos dos laços que nos atam a nossas tend!ncias inferiores, e como despejar nossa senda
dos ostáculos que sore a mesma se encontrem. #e acha sempre presente em nossa consci!ncia, em que s* podemos ouvila quando nos pomos em condiç$o de receptividade, cessando de escutar as vo"es e%teriores e calando nossos mesmos pensamentos. +ssim como a agulha da &ssola esta constantemente dirigida para o norte, assim tamém esta &ssola de nosso ser se acha constantemente dirigida para o vértice de nossas mais elevadas possiilidades. Escutar esta vo", é para o Companheiro uma necessidade vital, por ser Auia mais seguro sore o qual pode uno contar em qualquer momento e em toda circunstFncia. + espada apontada sore o peito, no decurso da quinta viagem, precisamente indica esta necessidade vital. H a vo" do A!nio 2ndividual que se acha no centro da m(stica Estrela de nosso ser: o -rinc(pio no que temos nosso !neses como seres conscientes e individuali"ados e cuja miss$o é condu"irmos a plenitude !noses, a (ntima reali"aç$o da 7erdade. # "A"# -or meio do tato o 4açom reconhece as aspere"as da pedra ruta ou semilavrada e se acha assim em condiç$o de retificálas, conseguindo a perfeito alisamento que fará ressaltar e porá em evid!ncia seu tetrágono de pure"a. -orém o tato do 4açom iniciado nos secretos mistérios de sua +rte, n$o pode limitarse a esta oservaç$o superficial: por meio do toque, com o que os maçons dos diferentes graus se reconhecem, se acha em condiç$o de penetrar com sua intelig!ncia até o fundo das coisas, e assim reconhecer a *ualidade interior de toda pedra com a qual se acha em contato, qualidade que passará constantemente inadvertida pelo profano. Conhecer as qualidades interior das coisas, penetrar mais além de sua apar!ncia é, pois, o fim e ojeto real deste sentido que, em que pareça menos nore que seus refinados irm$os, n$o é por isso menos importante que eles enquanto nos permite pormos em contato com as demais coisas e estaelecer uma (ntima relaç$o com as que nos rodeiam. Rm tato refinado é uma qualidade necessária para todo verdadeiro maçom; por esta ra"$o, quando teriam que dedicarse 0s suas mais rudes tarefas, nossos predecessores operativos protegiam suas m$os com as luvas sim*licas que tamém com o hoje em dia se presenteavam ao ne*fito, no primeiro dia de sua iniciaç$o, para que conserve, com a pure"a das m$os, a pure"a de seus intentos, qualquer seja o g!nero de traalho em que as ocupe e qualquer que sejam as circunstFncias. Rm tato refinado, tanto moral com materialmente, é pois, o distintivo de toda nature"a superior e se revela na forma das m$os, e particularmente das dedos que atentamente e%aminados, nos d$o &teis indicaçes sore a intelig!ncia e qualidades morais de seu possuidor. & (alta de tato, ou um tato grosseiro é, pelo contrário, caracter(stica das nature"as vulgares. 8econhecendo por meio deste sentido, as intimas qualidades das pessoas com as quais nos achamos em contato, podemos guiar mos mais saiamente em nossa relaçes com elas. &tuar com o tato é coisa de maior importFncia, pois disso depende o !%ito ou o fracasso em determinadas circunstFncias. -orém, sore tudo, deve servirnos o tato para evitar que nossas pr*prias aspere"as possam ferir a nossos semelhantes; por esta ra"$o o maçom prudente pe todo seu empenho em eliminálas. #* assim pode estar seguro de n$o lastimar a nada. Conhecendo melhor, em sua (ntima nature"a, a nossos semelhantes, ademais de ter um guia em todos nossos atos, se fa" mais fácil vibrar em simpatia com eles e estaelecer aqueles laços de fraternidade e ami"ade mediante os quais nos manifestamos como seus verdadeiros companheiros. Estamos tamém em condiç$o de ajudálos efetivamente, sempre que seja &til e necessário. Em que n$o seja dado ao Companheiro reali"ar as possiilidades mais elevadas deste sentido, se lhe concede em troca o conhecimento que, por meio do tato, lhe é poss(vel e%pressar seus sentimentos e aquela solidariedade que se revela mediante o contato de duas m$os que estreitam materialmente o laço de simpatia e a enevol!ncia rec(proca que as une: assim como o ouvido é o meio pelo *ual
ad*uire e se estabelece a Fé) com a vista se reali3a a $sperança) e pelo tato se revela o &mor . #eja, portanto, sua m$o direita, constantemente inspirada pelo que de mais nore há em seu coraç$o, enquanto a esquerda se levanta a altura de seu mais alto 2deal, para que em todo contato se manifeste e se e%panda a c1ama interior que caracteri"a sua qualidade de verdadeiro Companheiro, para quantos reconhece como irm'os. # G#S"# -or meio do gosto, em sua condiç$o normal e natural, se reconhece a qualidade nutritiva e assimilável dos alimentos, e seu conseguinte utilidade na 'ra de Construç$o de nosso organismo material, ora que n$o se acaa até o <imo dia da e%ist!ncia terrenal. H pois, necessário, que o 4açom aprenda o uso devido deste sentido, de que depende em grande parte a sa&de e pure"a de seu Jemplo orgFnico e vivente. Rma ofensa a este sentido /que em nosso Jemplo material tem o of(cio de Auardatemplo1 assim como a seu pr*prio Jemplo, fa" quem avali"a rutalmente o alimento pela garganta, tragandoo avidamente, antes que seja devidamente preparado na Sala de passos perdidos da oca, para ingressar em tal Jemplo. Jodo ocado de alimento deve, pois, permanecer placidamente em tal #ala o tempo necessário para despojarse de sua qualidade profana e adquirir a de verdadeiroconstrutor no Jemplo em qual deseja ingressar. -ortanto, o alimento há de ser devidamente ensalivado, dissolvendose inteiramente suas consist!ncia e%terna, assim como se dissolve a do candidato no Uuarto de 8efle%$o, para adquirir aquela perfeita fluide" que lhe permite passar como iniciado e tomar parte construtivamente no laor do organismo. Esta é a &nica maneira por meio da qual o Jemplo que mostra vida orgFnica levanta a Al*ria do Arande +rquiteto, seja constru(do com pedras perfeitamente lavradas, e possa converterse num mais perfeito ve(culo de nossa 2ndividualidade, em meio de um toque adequado, de cada uma de suas part(culas. Nunca esqueça, pois, o Companheiro, sua categoria e responsailidade de construtor consciente do Jemplo de sua vida material, e n$o dispense t$o facilmente, como o fa" o profano, o Auardatemplo de seu dever e of(cio, desde o momento em que se arem e até que n$o se encerrem os traalhos diários de alimentaç$o. #e é a ra"$o pela qual muitos templos chegam ineptos para as funçes as quais est$o destinados e caem prematuramente em ru(nas. #em d&vida, a funç$o do gosto n$o se limita a vigilFncia que deve e%ercer sore nossos alimentos materiais, sen$o que, como a dos precedentes sentidos, tem tamém um aspecto moral e espiritual que o Companheiro deve tomar em devida consideraç$o. Nosso gosto deve estenderse, pois, a tudo o que o ingressa no Jemplo de nossa vida interior, a tudo o que elegemos para nossa vida e%terior, a tudo o que fa"emos, como e%press$o de nossa Aeneralidade 2ndividual, e a tudo o que é ojeto de nossa atenç$o ou atividade. E n$o há de ser, como n$o deve s!lo no Jemplo orgFnico, um gosto superficial, sen$o que deve penetrar na (ntima constituiç$o de cada coisa e fa"!la perfeitamente assimilável por nosso ser. +ssim como toda construç$o material revela o gosto particular do arquiteto, assim tamém nosso organismo revela nossos gostos aliment(cios, e nossa vida e nossas oras patenteiam o gosto espiritual de nossa 2ndividualidade. # #&FA"# ' olfato se acha estreitamente relacionado com o gosto, cujas funçes comparte. -odemos di"er que é o Auardi$o E%terior de nosso Jemplo orgFnico, enquanto ao primeiro melhor lhe compete a funç$o e o privilégio de Auarda 2nterior: o olfato, pois, muitas ve"es, nos fa" eleger ou rechaçar os alimentos antes de degustálos, advertindonos com antem$o de sua qualidade inapta para a funç$o
eminentemente construtora a qual unicamente h$o de ser destinados. 2gualmente nos indica o grau de pure"a, e respirailidade do amiente em que nos encontramos, e nos adverte dos venenos que podem falarse nos efl&vios atmosféricos e que atentam a sa&de e efici!ncia funcional do organismo. Como o ar que respiramos tem uma especial influ!ncia sore a parte mais sutil e delicada de nosso organismo, sore o sistema nervoso e Etérico, e, por onde, sore nossa intelig!ncia, enquanto afeta seu poder de e%press$o, sua claridade ou sua torpe"a e moride", é assim, de e%trema importFncia que tenhamos em conta suas advert!ncias, evitando todo amiente impuro. Em tal sentido deve particularmente comaterse a atitude daqueles irm$os que, em ve" de encontrar em nossas reunies sim*licas uma oportunidade para dominar seus v(cios, prostituem o lugar sagrado em que se encontram com a nicotina que o fa" mais ou menos irrespirável para os demais e para si mesmo, afastando aquela elevaç'o que ali deveria reinar constantemente. -elo contrário deve gaarse a costume, que se vá estendendo cada ve" mais, de perfumar soriamente com incenso o lugar durante as reunies, pois este odor, além de ser agradável, tende a elevar os pensamentos e a atitude espiritual dos presentes e favorece a concentraç$o da mente e sua claridade, enquanto confere ao amiente uma tonalidade superior, predispondo aos irm$os a uma atitude mais conforme com as finalidades da 'rdem. Como os demais sentidos, tem o olfato tamém um aspecto moral e espiritual, que n$o devemos descuidar. ' odor representa, pois, o que cada ser e cada coisa manifesta ou e%pressa a seu redor no amiente que o rodeia: toda forma orgFnica fa" manifesto, por meio do odor que desprende, seu pr*prio estado de vida ou de morte, sua condiç$o de sa&de ou enfermidade, sua alegria e sua triste"a. 2gualmente há odor de v(cio e de virtude /é conhecido o odor de santidade1, odor de verdade e de erro, odor de ondade e de maldade, odor de serenidade e de inquietude, de pa" e de luta, de harmonia e de desarmonia. -or conseguinte, o Companheiro terá o dever de refinar seu olfato espiritual, para estar em condiçes de reconhecer a qualidade e nature"a do amiente em que se encontra e do ar que respira, introdu"indoo em seu pr*prio Jemplo 2ndividual. -orém, sore tudo, tem de vigiar seu pr*prio odor, pois este manifesta o que ele é. -or seu pr*prio odor, refletido em todas suas açes, se conhecerá melhor a si mesmo, e terá assim um au%ilio mui oportuno para responder a pergunta: Uuem somos5, que tem particular importFncia para seu grau. H saido que as diferentes raças humanas se distinguem entre si por seu odor, e todos saem, ademais, como os c$es e outros animais podem distinguir por meio do odor a diferentes indiv(duos da espécie humana, e tamém, quando menos em parte, suas atitudes. Nem todos saem sem d&vida, que nossas mesmas emoçes podem manifestarse fisicamente por meio de um odor caracter(stico, e é por esse odor que o medo, por e%emplo, irrita e e%cita a certos animais, predispondo a quem o e%pele a ser assaltado por estes. +inda mais, cada pensamento, cada atitude da mente, o mesmo que cada individualidade, tem seu pr*prio odor, em que raramente se acha percept(vel fisicamente; porém, nosso olfato mental no fa" a mi&do capa"es de reconhecelos, e assim como se e%plicam certos casos de telepatia e pressentimentos. Este nos fa" ver ainda mais a importFncia de cuidar nosso odor, que facilmente pode trairnos, dado que n$o pode a menos de revelar o que interiormente, e especialmente em nosso ser suconsciente, somos. $#SS#S "A&E$"#S Jodos indistintamente temos talentos ou faculdades pelas quais há de se e%pressar nosso ser interior e revelarse, numa forma sempre mais plena e perfeita, nossa 2ndividualidade. +lgumas destas faculdades s$o evidentes ou ativas, outras se encontram num estado latente ou potencial, e esperam a