5. (Enem – Adaptada) Para explicar a absorção de nutrientes, bem como a função das microvilosi dades das membranas H 15
das células que revestem as paredes internas do intestino delgado, um estudante realizou o seguinte experimento: Colocou 200 mL de água em dois recipientes. No primeiro recipiente, mergulhou, por 5 segundos, um pedaço de papel liso, como na Figura 1; no segundo recipiente, fez o mesmo com um pedaço de papel com dobras simulando as microvilosidades, conforme Figura 2. Os dados obtidos foram: a quantidade de água absorvid a pelo papel liso foi de 8 mL, enquanto pelo papel dobrado foi de 12 mL.
Figura 1
Figura 2
Com base nos dados obtidos, infere-se que a função das microvilosidades intestinais com relação à absorção de nutrientes pelas células das paredes internas do intestino é a de aumentar a superfície de absorção. Sendo assim, as microvilosidades do revestimento interno intestinal são uma adaptação ao papel de absorção do tecido: a) conjuntivo propriamente dito. b) cartilaginoso. c c)
epitelial.
d) muscular. e) conjuntivo denso. 6. As estruturas abaixo indicad as aumentam a aderência entre células, contribuindo para a formaçã o de um conjunto H 13
de células justapostas, com pouca substância ex tracelular, avascular, cuja nutrição depende do tecido subjacente. Membranas plasmáticas Espaço extracelular
Junção oclusiva
Desmossomos
Junção Gap m e n E o a o m u R
C é l ul a 1 C é l ul a 2
Pelas características relacionadas, o conjunto de células descrito acima deve pertencer a um tecido animal especializado em: c a)
revestimento.
b) preenchimento. c) armazenamento. d) contração. e) transporte.
316
7. H 13
(Enem) A água é um dos componentes mais importantes das células. A tabela a seguir mostra como a quantidade de água varia em seres humanos, dependendo do tipo de célula. Em média, a água corresponde a 70% da composição química de um indivíduo normal. Tipo de célula
Quantidade de água
Tecido nervoso – substância cinzenta
85%
Tecido nervoso – substância branca
70%
Medula óssea
75%
Tecido conjuntivo
60%
Tecido adiposo
15%
Hemácias
65%
Ossos (sem medula)
20%
9. (Enem) H 28
Disponível em: http://www.infobibos.com. Acesso em: 28 abr. 2010. Adaptado.
A plasmaferese é importante, pois, se o animal ficar com uma baixa quantidade de hemácias, poderá apresentar: a) febre alta e constante. b) redução de imunidade. c) aumento da pressão arterial.
Fonte: L. C. Junqueira e J. Carneiro. Histologia Bás ica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.
Durante uma biópsia, foi isolada uma amostra de tecido para análise em um laboratório. Enquanto intacta, essa amostra pesava 200 mg. Após secagem em estufa, quando se retirou toda a água do tecido, a amostra passou a pesar 80 mg. Baseado na tabela, pode-se afirmar que essa é uma amostra de:
d) quadro de leucemia profunda. c e) problemas no transporte de oxigênio.
LEIA A
TIRA A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO 10. . . K C T C N S I I I , D L S / C D U W L A E A P V R S 4 E 9 S R 9 E V I 1 E R © S N U S T I V H A G I D R L M L I J , A D L E I F R A G
a) tecido nervoso – substância cinzenta.
AngEM_REG_BIO_REG_ CA1B_F14: Tirinha do Garfield. Davis. J. Garfield está de dieta. Porto Alegre: L&PM, 2006.
b) tecido nervoso – substância branca. c) hemácias. c d)
A produção de soro antiofídico é feita por meio da extração da peçonha de serpentes que, após tratamento, é introduzida em um cavalo. Em seguida, são feitas sangrias para aval iar a concentração de anticorpos produzidos pelo cavalo. Quando essa concentração atin ge o valor desejado, é realizada a sangria final para obtenção do soro. As hemácias são devolvidas ao ani mal, por meio de uma técnica denominada plasmaferese, a fim de reduzir os efeitos colaterais provocados pela sangria.
tecido conjuntivo.
e) tecido adiposo. 8. Uma crítica que se faz ao uso de piercing é o risco consH 14
tante da ocorrência de contaminação e infecção do local em que esse adereço é aplicado. Considerando o tecido predominante, em que parte do corpo esse risco é maior e, eventualmente, mais grave? / > / : / P R T B T . H M < O / O C . Ã T Ç O U P D S O G R O P L E B . R B E W E U Q I R
Disponível em: . Acesso em: 30 abr. 2015.
a) umbigo. c b)
orelha externa.
c) lábio. d) língua. e) na pele ao lado das sobrancelhas.
DAVIS, J. Garfield está de dieta. Porto Alegre: L&PM, 2006.
10. O tecido animal a que o personagem da tirinha se refere H 13
como “banhas” corresponde ao:
a) tecido hematopoiético. b) tecido conjuntivo denso fibroso da derme. c) tecido muscular. c d) tecido adiposo. e) tecido cartilaginoso.
m e n E o a o m u R
11. (PUCC-SP) As várias partes do corpo divergem quanto H 13
às necessidades dos tipos de músculos que utilizam. Por exemplo, o tipo de músculo requisitado por um jogador de tênis para correr e bater na bola com força e precisão não é o mesmo tipo usado para movime ntar a comida ao longo do trato digestório, para que o alimento possa ser digerido.
317
Os dois tipos de músculos anteriormente mencionados diferem em várias características, mas assemelham-se por possuírem: c a)
Terminação do axônio Receptores
miofibrilas.
b) células mononucleadas. c) estrias transversais. Vesículas
d) fibras plurinucleadas. e) sarcolema.
Axônio Mitocôndria
12. (UMC-SP) A figura abaixo esquematiza o interior de uma H 14
Dendrito do neurônio receptor do impulso Neurotransmissores
fibra muscular relaxada? Fenda sináptica
Considerando que os neurônios são células do tecido nervoso capazes de formar e conduzir impulsos de natureza elétrica, as células do mesmo tecido cuja função é de sustentação são:
2 3
a) as células de Schwann.
1
b) os oligodendrócitos.
As estruturas representadas por 1, 2 e 3 são conhecidas, respectivamente, como: espaço sarcométrico, banda I e banda A. Durante a contração muscular, o tamanho dessas estruturas varia conforme descrito em qual dos gráficos mostrados a seguir?
a) 1
1
2
2 μm
3
os astrócitos.
d) as células ependimárias. e) as micróglias. 14. (UFCG-PB – Adaptada) A unidade funcional do sistema H 14
d)
μm
c c)
nervoso é uma célula excitável, altamente especializada, o neurônio. Os neurônios, normalmente, apresentam três regiões principais: o corpo celular, os dendritos e o axônio. Observe as estruturas indicadas em 1, 2, 3, 4 e 5 da figura abaixo:
3
b) 2 1 μm
G C F U
3
c)
c e)
3
m e n E o a o m u R
1 2 μm
3
1 μm
2
13. (Unimontes-MG – Adaptada) Os axônios são prolongaH 14
318
mentos maiores cuja função é transmitir impulsos nervosos do corpo celular para outras células, permitindo, desse modo, a ligação entre células. Essa passagem da informação de um neurônio para outra célula é feita através das sinapses. A figura a seguir ilustra esse processo. Analise-a.
Ilustração esquemática de uma célula nervosa humana.
Aumentar a velocidade de condução do impulso nervoso e revestir o axônio isolando a membrana citoplasmática do contato do meio extracelular são funções relacionadas à estrutura: a) 1. b) 2. c c) 3. d) 4. e) 5.
Atividades Interdisciplinares
s e r a n i l p i c s i d r e t n I s e d a d i v i t A
Os movimentos da Lua e da Terra Olhando o céu A observação e a descrição do movimento de planetas e estrelas têm sido realizadas por grupos humanos desde muito cedo ao longo da História. No final da Pré-História, quando a caça-coleta começou a ser substituída pela agricultura-pastoreio, o ser humano ganhou tempo livre, de contemplação: sem a necessidade permanente de obter caça e tendo sua sobrevivência garantida pela colheita – feita uma vez por ano –, o ser humano começou a desviar seu olhar da terra para contemplar cada vez mais os céus. O desenvolvimento de calendários, baseados na observação do movimento dos astros no céu, foi uma conquista precoce das primeiras civilizações, desde o Egito e a Mesopotâmia até os incas e astecas na América. Há registro de perturbações nesse movimento em uma tábua de barro encontrada em escavações arqueológicas na Síria, escrita em língua ugarítica, que descreve um eclipse solar ocorrido precisamente no dia 5 de março de 1223 a.C., já feita a adaptação ao calendário atual. Mais tarde, em sua descrição do universo, o filósofo grego Aristóteles (século IV a.C.) distinguiu duas regiões: sublunar e supralunar. Na região sublunar, onde vivem os homens, encontravam-se terra, água, ar e fogo, elementos mutáveis, submetidos a movimentos retilíneos e descontínuos. Já a região supralunar era preenchida de “éter” (uma hipotética substância que ocuparia esses espaços) e caracterizada pelos movimentos circulares e permanentes. De acordo com Aristóteles, a Lua era a fronteira entre esses dois universos: flutuava no éter, seguia um movimento circular ao longo da abóbada celeste, mas passava por algumas mudanças, como os eclipses. A travessia da Lua diante do Sol caracterizava uma exleipsis , palavra grega derivada do verbo ekleípō (= deixar para trás). O astrônomo egípcio Ptolomeu (século II) partiu da des crição de Aristóteles e, utilizando antigos registros astronômicos babilônicos, elaborou uma precisa representação do Universo em sua o bra, o Almagesto (= grande tratado). Com isso, ele fundou o geocentrismo, concepção segundo a qual a Terra (morada dos humanos, mais importante criação divina) era o centro do Universo. A visão de mundo aristotélica-ptolomaica adequava-se ao Cristianismo, uma vez que colocava a Terra no centro do Universo e a descrevia como um local de imperfeição (em oposição ao céu perfeito, eterno e imutável, morada de Deus). Somente durante o Renascimento (séculos XIV a XVI) a visão aristotélica-ptolomaica foi ultrapassada, graças ao surgimento de novas concepções aprimoradas por observações astronômicas cada vez mais precisas. A invenção do telescópio para observação (1609-1610) e as teses de Nicolau Copérnico (1473-1543) e Galileu Galilei (1564-1642) foram fundamentais para a afirmação do heliocentrismo, visão segundo a qual a Terra não estava no centro do Universo, mas girava em torno do Sol.
s e r a n i l p i c s i d r e t n I
O movimento pendular aparente do Sol Devido à inclinação do eixo de rotação em relação ao plano de órbita da Terra, a trajetória do Sol vista por um observador fixo na Terra sofre deslocamentos ao longo do ano.
s e d a d i v i t A
Em relação a um ponto fixo na Terra, quando se observa diariamente o ponto junto ao horizonte em que o Sol “nasce” pela manhã ou “se põe” à tarde, constata-se que, ao longo do ano, esse ponto vai se deslocando. Para um observador fixo, o ponto da nascente ou do poente no horizonte parece afastar-se
414
da posição inicial, atingindo uma posição de máximo afastamento. Com o passar dos dias, esse ponto inicia seu movimento de retorno, passa pela posição inicial e reinicia seu afastamento, agora para o lado oposto, atingindo, em certa data, outra posição de máximo afastamento. Resumindo, durante o dia, o arco descrito pelo movimento aparente do Sol em relação à Terra inicia no lado em que está o ponto cardeal leste e vai até o lado em que está o ponto cardeal oeste. Entretanto, ao longo de um ano, esse arco pendula de norte a sul e de sul a norte. Isso explica o maior ou menor período de incidência dos raios solares nas regiões de nosso planeta. Visualize esse movimento no seguinte endereço: . Acesso em: 12 mar. 2015. O movimento pendular explica por que os lugares onde o Sol “nasce” e “se põe” não servem como referência segura para a localização dos pontos cardeais leste (L) e oeste (O). Apenas nas datas referentes aos equinócios da primavera ou de outono, quando o Sol se encontra “a pino” sobre o Equador, o “nascer” e o “pôr” do Sol ocorrem nessa região, respectivamente, nos pontos cardeais leste e oeste.
Assim sendo, o máximo que se pode afirmar, para efeito de orientação, é que o ponto em que o Sol “surge” no horizonte pela manhã situa-se do lado em que se encontra o ponto cardeal leste e que o ponto em que o Sol “desaparece” no horizonte à tarde situa-se do lado em que se encontra o ponto cardeal oeste.
L N
S O O arco descrito pelo Sol em torno da Terra se desloca no horizonte ao longo do ano.
Os movimentos da Terra
O astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), a partir de cuidadosas observações feitas, principalmente pelo astrônomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), deduziu que os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, nas quais esse astro o cupa um dos focos da elipse. No caso de nosso planeta, para algumas análises, é possível aproximar sua trajetória em torno do Sol por uma circunferência. O plano de órbita da Terra em torno do Sol recebe a denominação de eclíptica . Além dele, a Terra descreve um movimento de rotação em torno de um eixo que passa pelo centro de nosso planeta, cujas extremidades constituem os polos geográficos norte (N) e sul (S). O plano perpendicular a esse eixo, que contém o centro da Terra, é denominado plano equatorial. A intersecção desse plano com a superfície terrestre constitui a linha do Equador. Devido ao fato de o eixo de rotação da Terra não ser perpendicular à eclíptica, esses dois planos descritos não são coincidentes. O ângulo entre o plano equatorial e a eclíptica é, aproximadamente, 23°.
a a c d i t p o l í x i E c e
Plano equatorial
N
N
A
N α
D
Sol S E G A M I s W e O r L a G / n K i C l O p T i S c R s E i T T d U r H e S / t S I n N E s M e E L d C L a E C d R i v A i t M
N B N α
Eclíptica
C S
α
23°
5
FOTOS: IGOR KOVALCHUK/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES; ANTON BALAZH/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES
A
415
Para saber mais Recomendamos uma visita aos seguintes s tes: t
t
t
(animação em inglês). Acesso em: 3 out. 2015 (descrição detalhada da órbita lunar – em espanhol). Acesso em: 3 out. 2015
. Acesso em: 3 out. 2015
As aparências da Lua Sabemos que, apesar de mostrar sempre a mesma face para um observador na Terra, a Lua adquire diferentes parências em nosso céu noturno ao longo de quase um mês. A montagem de fotografias indica algumas delas. Para diferenciá-las, foram atribuídos nomes diferentes para cada uma das aparências. TRISTAN3D/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES
s e r a n i l p i c s i d r e t n I
No decorrer de 28 dias (aproximadamente), a Lua se apresenta em diferentes visualizações para um observador na Terra.
As fases da Lua Para um observador terrestre, analogamente ao movimento aparente do Sol, a Lua sempre se desloca para oeste. Devido à combinação entre
s e d a d i v i t A
os movimentos da Lua em torno da Terra e desta em torno do Sol, acrescido ao fato de os períodos de rotação (da Terra em torno de seu eixo e da Lua em torno da Terra) serem diferentes, para um observador na Terra, a Lua passa a ser visível no céu com 50 minutos de atraso a cada dia. Como a posição entre Terra, Sol e Lua varia ao longo do período sinódico, a parcela da face da Lua iluminada pelo Sol que podemos
visualizar varia gradativamente. É usual dividir o período de rotação da Lua em torno da Terra ( 29,5 dias, chamado mês lunar) em quatro <
interva os e tempo iguais e, aproxima amente, 1 semana. Apesar e, a ca a ia, a Lua apresentar apar ncia i erente, por simp ici a e, essas aparências são divididas em quatro grupos, denominados fases. São elas: cheia , minguante , nova e crescente .
416
As fases da Lua são iguais para qualquer observador no planeta. Por exemplo, se na cidade de Araçatuba-SP um observador presencia
a fase de Lua cheia, à noite, um observador no Japão também observará a mesma fase. / Y S R E E G L A L M A I G W Y K O C L O G / P K C O T S R E T T U H S
Cheia: ocorre quando um observador
na Terra visualiza integralmente a face iluminada da Lua. No auge dessa fase, a Lua nasce a leste, aproximadamente
às 18h, e se põe a oeste, aproximadamente às 6h do dia seguinte.
/ K S C E O G T A S M R I E W T T O U L H G S / S I T O Y M
Minguante: no auge dessa fase, a Lua, vista por um observador no
hemisfério Sul da Terra, é um semiO
L
círculo com a face iluminada voltada para o leste. Nesse período, a Lua nasce à meia-noite e se põe ao meio-
-dia, aproximadamente. / S M E O G S I A M A I H C W O M O L G S / K C O T S R E T T U H S
Nova: durante essa fase, o hemisfério
da Lua voltado para a Terra não refle-
te a luz do Sol. É dito que a Lua está em conjunção com o Sol. A Lua Nova nasce por volta das 6h e se põe às
18h. Ou seja, ela não aparece no céu noturno de um observador.
/ K S C E O G T A S M R I E W T T O U L H G S / R A T S O R T S A
Crescente: no auge dessa fase, que
ocorre cerca de uma semana depois da fase nova, a Lua nasce aproxiO
L
madamente ao meio-dia e se põe à meia-noite. Para um observador no hemisfério Sul, a aparência da Lua é de um semicírculo, cuja face iluminada está voltada para o oeste. Já
no hemisfério Norte, ao contrário, o semicírculo iluminado está voltado
para leste.
O lado oculto da Lua
No passado, um fato que sempre intrigou os “investigadores celestes” foi o de a Lua mostrar sempre a mesma face para um observador na Terra. Muitas lendas foram criadas a respeito da porção oculta da Lua. O que deveria haver naquele hemisfério lunar não visto? Essa pergunta só foi respondida durante a história recente da humanidade. Mais precisamente, em 1959, quando seu hemisfério oculto foi fotografado pela primeira vez por meio de uma câmera instalada na nave soviética Luna 3. Esse hemisfério lunar foi observado diretamente pela humanidade somente quando a nave norte-americana Apollo 8 orbitou em torno da Lua. A S A N : S O T O F
Mas por qual razão a Lua sempre mostra o mesmo hemisfério para a Terra? Isso se
deve ao fato de o tempo que a Lua demora a completar uma rotação sobre si própria – perío-
s e r a n i l p i c s i d r e t n I
do de rotação – coincidir com o tempo que ela leva para dar uma volta em torno da Terra – período de translação.
s e d a d i v i t A
A foto à esquerda mostra o lado da Lua sempre voltado para a Terra. A foto à direita mostra a face da Lua não voltada para a Terra.
417
Os eclipses Eclipsar significa ocultar, desaparecer. Portanto, quando se diz que ocorrerá um eclipse lunar, podemos entender que, durante certo intervalo de tempo, a Lua, que se encontrava visível no céu, passa a ficar oculta. Da mesma maneira, em um eclipse solar, o Sol, antes visível, torna-se oculto durante certo intervalo de tempo.
O eclipse lunar O eclipse lunar ocorre quando a Lua, em seu movimento de rotação em torno da Terra, atravessa o cone de sombra da Terra. Note o esquema.
penumbra
A
Sol
Lua
Sombra
Terra
B
penumbra
Note que um eclipse lunar só pode ocorrer quando a Lua está na fase cheia.
O eclipse solar O eclipse solar ocorre quando o Sol torna-se oculto devido ao alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra. Observe o esquema.
A
P Sol
S Lua
B
P Terra P = Penumbra S = Sombra
O eclipse solar só pode ocorrer em fase nova (eclipse solar). Além disso, para que ocorram eclipses, é necessário que o Sol esteja sobre a linha dos nodos, que é a linha de intersecção da eclíptica com o plano da órbita da Lua em torno da Terra. s e r a n i l p i c s i d r e t n I
Luz do Sol
5,2° Situação de não eclipse
s e d a d i v i t A
Eclipse
Situação de eclipse
418
Atividade O movimento pendular do Sol em relação à Terra nos ajuda a compreender por que nem sempre o Sol está “a pino” ao meio-dia. Nos equinócios, o Sol encontra-se a pino sobre a linha do Equador. N Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer
Raios solares
Equador Trópico de Capricórnio Raios solares
Círculo Polar Antártico
S E G A M I W O L G / K C O T S R E T T U H S / H Z A L A B N O T N A
S No solstício, encontra-se a pino sobre um dos trópicos. N ; S S E E G G A A M M I I W W O O L L G G / / K K C C O O T T S S R R E E T T T T U U H H S S / / H K Z U A H L C A L B A V N O O K T R N O A G I : S O T O F
N Equador
Círculo Polar Ártico Trópico de Câncer Equador Trópico de Capricórnio Círculo Polar Antártico Solstício de dezembro:
verão no hemisfério Sul
S
Solstício de junho:
inverno no hemisfério Sul
S
Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2015.
A partir da leitura das informações anteriores, resolva as questões 1 e 2 a seguir. Isso significa que, de acordo com a localização de uma
cidade, seus habitantes poderão ver o Sol “passar” no
Zênite
zênite ao meio-dia apenas uma vez por ano, no solstício
de verão austral (para cidades localizadas sobre o Trópico de Capricórnio); duas vezes por ano (para cidades situadas entre os trópic os), uma quando o Sol estiver “se
deslocando” para o sul e outra quando ele estiver “se deslocando” para o norte; ou nunca poderão ver (nas zonas climáticas temperadas e glaciais). Os equinócios ocorrem quase sempre no dia 20 março (chamado equinócio de outono para o hemisfério Sul ou equinócio da primavera para o hemisfério Norte) e no dia 23 de setembro (chamado de equinócio de outono no hemisfério Norte e equinócio de primavera no hemisfério Sul). Nessas datas, as durações do dia e da noite, nos dois hemisférios, são as mesmas.
s e r a n i l p i c s i d r e t n I
Oeste
Observador Sul
Norte
s e d a d i v i t A
Leste
419
1
Com base na figura a seguir, identifique, entre as posições da Terra em relação ao Sol (pontos A, B, C e D), aquelas que se referem aos equinócios de março e de setembro. a a c d i t p o l í x i E c e
Plano equatorial
N
N
A
N α
D
Sol N
B N α
Eclíptica
C S
α
23°
5
FOTOS: IGOR KOVALCHUK/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES; ANTON BALAZH/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES
Em B, é inverno no hemisfério Sul, estação que ocorre em meados de junho. Como o m ovimento da Terra em torno do Sol é no sentido anti-horário (para quem olha a Terra pelo polo norte), a posição C deve corresponder ao equinócio de setembro (equinócio da primavera no hemisfério Sul ou equinócio de outono no hemisfério Norte). Logo, a posição A deve corresponder ao equinócio de março (equinócio do outono no hemisfério Sul ou equinócio de primavera no hemisfério Norte).
2
(Enem – Adaptada) “Casa que não entra sol, entra médico.” I. Esse antigo ditado reforça a importância de, ao construirmos casas, darmos orientações adequadas aos dormitórios, de forma a garantir o máximo de conforto térmico e salubridade. Assim, confrontando casas cons truídas em Lisboa (ao norte do Trópico de Câncer) e em Curitib a (ao sul do Trópico de Capricórnio), para garantir a necessária luz do sol, as janelas dos quartos devem estar voltadas, respectivamente, para os pontos cardeais: a) norte / sul.
c b)
sul / norte.
d) oeste / leste. e) oeste / oeste.
c) leste / oeste. s e r a n i l p i c s i d r e t n I
II. Justifique a alternativa escolhida na questão anterior. Os trópicos correspondem ao paralelo em que se verifica a declinação máxima do Sol em sua trajetória aparente ao longo do ano. Nos pontos de declinação máxima, a incidência solar é vertical. I sso acontece nos dias de ocorrência do solstício. Nos demais dias, a luz solar incidirá de forma oblíqua nos demais pontos da superfície terrestre. Assim, qualquer local situado ao norte do Trópico de Câncer, como a cidade de Lisboa, será iluminado pelo Sol na sua face sul, e qualquer local situado ao sul do Trópico de Capricórnio, como a cidade de Curitiba, será iluminado pelo Sol na sua face norte.
s e d a d i v i t A
420
3
(Enem – Adaptada) Leia o texto texto a seguir. O jardim de caminhos que se bifurcam [...] Uma lâmpada aclarava a plataforma, mas os rostos dos meninos ficavam na sombra. Um me perguntou: O senhor vai à casa do Dr. Stephen Albert? Sem aguardar resposta, outro disse: A casa fica longe daqui, mas o senhor não se perderá se tomar esse caminho à esquerda e se em cada encruzilhad a do caminho dobrar à esquerda. BORGES, J. Ficçõe s. Rio de Janeiro: Globo, 1997. p. 96. Adaptado.
Quanto à cena descrita, considere que: I. a cena ocorre na data de um dos equinócios; II. o Sol nasce à direita dos meninos; III. o senhor seguiu o conselho dos meninos, tendo encontrado duas encruzilhadas até a casa. N
Conclui-se que o senhor caminhou, respectivamente, nos sentidos: O nascer do Sol no equinócio oco rre no ponto leste. Como o Sol nasce à direita dos meninos, quando eles ori entam o visitante a tomar o caminho b) leste, sul e oeste. à esquerda, eles orientam esse visitante (como pode ser observado na c) oeste, norte e leste. rosa dos ventos ao lado) a seguir na direção oeste; ao tomar o caminho d) leste, norte e oeste. à esquerda nas duas encruzilhadas, ele se movimentará na primeira ene) leste, norte e sul. cruzilhada para o sul e na segunda encruzilhada para o leste.
c a)
4
NO
oeste, sul e leste.
(Enem – Adaptada) O texto foi extraído da peça em 1601.
Troilo e Créssida ,
NE
O
L
SE
SO S
de William Shakespeare, escrita provavelmente
“Os próprios céus, os planetas, e este centro reconhecem graus, prioridade, classe, constância, marcha, distância, estação, forma, eis porque o glorioso astro Sol está em nobre eminência entronizado e centralizado no meio dos outros, e o seu olhar benfazejo corr ige os maus aspectos dos planetas ma lfazejos, e, qual rei que comanda, ordena sem entraves aos bons e aos m aus.” (personagem Ulysses, Ato I, cena 3). SHAKESPEARE, W. Troilo e Créssida. Porto: Lello & Irmão, 1948.
a) Explique a diferença entre os modelos geocêntrico e heliocêntrico aplicados ao nosso sistema solar. No sistema geocêntrico, defendido por Ptolomeu, no século II, em sua obra Almagesto (tradução: O grande tratado), a Terra era o centro do universo, com os demais corpos celestes, planetas e estrelas orbitando ao seu redor. No sistema heliocêntrico, sistematizado por Copérnico, cuja abordagem teórica foi publicada no ano de sua morte, 1543, no livro De revolutionibus orbium coelestium (“Da revolução de esferas celestes”), a Terra, Terra, os planetas e seus satélites orbitam em torno o Sol.
s e r a n i l p i c s i d r e t n I
b) O texto adota o modelo geocêntrico ou heliocêntrico? Justifique sua resposta. Modelo heliocêntrico. Isso se justifica na passagem: “[...] “[...] eis porque o glorioso astro Sol está em nobre eminência entronizado e centralizado no meio dos outros out ros [...]”. Obs.: É provável que Troilo e Créssida tenha tenha sido escrita no fim de 1601. 1601. Anos mais tarde, Galileu foi julgado pelo Tribunal Tribunal do Santo Ofício por defender o heliocentrismo e obrigado a rejeitar essa teoria. Somente em 1983 a Igreja católica admitiu formalmente o erro nesse julgamento.
s e d a d i v i t A
421
5
(Enem – Adaptada) A figura abaixo mostra um eclipse solar em cinco difere ntes pontos do planeta, no instante em que foi fotografado fotografado..
Sol
I II III IV V Terra
Três dessas imagens estão reproduzidas abaixo.
A
B
C
a) Qual é o significado de haver na figura duas regiões distintas: uma cinza e outra preta? A região cinza é a região de penumbra. Um observador nessa região presenciará o eclipse parcial do Sol. A região pret a é a região de sombra. Um observador nessa região presenciará o eclipse total do Sol.
b) Associe corretamente as imagens a, b e c, com as regiões numeradas de I a V. Imagem a ⇒ região III Imagem b ⇒ região V Imagem c ⇒ região II 6
(Enem – Adaptada) Um grupo de pescadores pretende pass ar um fim de semana do mês de setembro, embarcado, pescando em um rio. Uma das exigências do grupo é que, no fim de semana a ser escolhido, as noites estejam iluminadas pela Lua o maior tempo possível. A figura representa as fases da Lua no período proposto.
s e r a n i l p i c s i d r e t n I
24 de setembro
s e d a d i v i t A
2 de outubro
17 de setembro
10 de setembro
422
SETEMBRO D
2012
S
T
Q
Q
S
OUTUBRO
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30 a) Considerando-se as características de cada uma das fases da Lua e o comportamento desta no período delimitado, entre as datas mencionadas na figura, encontre o fim de semana que melhor atenderia às exigências dos pescadores. Entre uma fase e outra, há um período de 7 dias. Se 10 de setembro é Lua minguante, então 3 de setembro é Lua cheia. Consultando o calendário, um fim de semana possível é 1 e 2 de setembro. Por outro lado, a Lua está em fase cheia em 2 de outubro, terça-feira. Logo, no fim de semana anterior (29 e 30 de setembro) também a Lua estará próxima à fase cheia. Portanto, esse também é um fim de semana possível. Entre as duas datas, a mais apropriada (mais próxima da fase cheia) é a do fim de semana de 1 e 2 de setembro.
b) Durante o feriado do dia 12 de outubro, a Lua estará transitando entre quais fases? Justifique sua resposta. 2 de outubro é Lua cheia; mais 7 dias, 9 de outubro, será Lua minguante; mais 7 dias, 16 de outubro, será Lua nova. Logo, no feriado do dia 12, a Lua estará transitando entr e as fases minguante e nova.
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A figura a seguir mostra os horários em que a Lua nasce e se põe, nas quatro principais fases. 0
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Lua cheia
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Lua cheia Lua minguante Lua nova Lua crescente
Por exemplo, note que, durante a fase cheia, a Lua nasce por volta das 18 horas e se põe por volta das 6 horas. Certo dia, no Brasil, no ponto mais alto de sua trajetória, a Lua foi vista conforme mostra a foto. S E G A M I W O L G / K C O T S R E T T U H S / D 3 N A T S I R T
Oeste
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Leste
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a) Qual é a fase da Lua? Justifique sua resposta. Dica: “Corcunda para o poente... quarto crescente... Corcunda para o levante... quarto minguante....” Traduzindo: Face iluminada voltada para oeste, a Lua estará na fase crescente. Face iluminada voltada para leste, a Lua estará na fase minguante. Na foto, a face iluminada está voltada para oeste (poente). Logo, a fase é crescente.
b) Qual foi o horário aproximado em que ocorreu essa visualização? Como ela foi observada no ponto mais alto de sua trajetória, ela está a meio caminho entre 12h (horário em que a Lua nasce nessa fase) e 24h (horário em que a Lua se põe nessa fase). Portanto, o horário da fotografia deve ser ao redor de 18h.
a n o t a ç õ e s
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