I oibÍi~lcca fÚhlica Mu~icipal li"':"b. 5"'·' s·"'j~I ~ J ~ ·. I --_ .. --._ . 50 - LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA
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" CAPITULO X
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A IGREJA CATOLICA E A HIPNOSE A Igreja, através do pronunciamento de três Papas: Pio IX, Leão XII e Pio XII, já se pronunciou favorável ao emprego da hipnose como coadjuvante de terapia - desde que sejam respeitadas as prescrições da ética e da moral. Importante discurso de conteúdo atualíssimo pronunciou o Papa Pio XII, no dia 24 de fevereiro de 1957, perante uma seleta assembléia de clínicos, cirurgiões, cientistas e anestesistas. Na ocasião o Santo Padre falou em francês. O texto que aqui reproduzimos é dos Serviços de imprensa do Vaticano. O IX Congresso Nacional da Sociedade Italiana de Anestesiologia, que se realizou em Roma de 15 a 17 de outubro de 1956, apresentou-nos, por intermédio do Presidente da Comissão organizadora, o Professor Pedra Mazzoni, três questões, sobre os aspectos religiosos e morais da analgia considerada perante a lei natural, e sobretudo perante a doutrina cristã contida no Evangelho e proposta pela Igreja. "Mas a consciência pode também ser alterada por meios artificiais. Obter este resultado, ou pela aplicação de narcóticos ou pela hipnose (que se pode chamar um analgésico psíquico), não difere essencialmente sob o ponto de vista moral. A hipnose, contudo, mesmo considerada só em si, está submetida a certas regras. Seja-nos permitido a este propósito lembrar a breve alusão ao uso médico da hipnose, que fizemos no princípio da alocução de 8 de janeiro de 1956, sobre o parto natural indolor. Na questão que nos ocupa presentemente, trata-se de uma hipnose praticada pelo médico, a serviço de um fim clínico, observando as precauções que a ciência e a moral médicas requerem, tanto do médico que a LETARGIA E HIPNOSE SEM MAGIA· 81 emprega, como do paciente que a aceita. A esta utilização determinada da hipnose, aplica-se o juízo moral que formulamos sobre a supressão da consciência. Mas, não queremos que se estenda, pura e simplesmente, à hipnose em geral, o que dizemos da hipnose ao serviço do médico. Com efeito, esta, como objeto de investigação científica, não pode ser estudada por quem quer que seja, mas só por um sábio sério e dentro dos limites morais, que valem para toda a atividade científica. Não é este o caso de qualquer círculo de leigos ou eclesiásticos que a praticassem como coisa interessante, a título de pura experiência ou mesmo por simples passa-tempo."