Intervalo Post Mortem - Estimativa Do Tempo de Morte

Estimativa do tempo de morte A estimati estimativa va da hora hora da morte morte é um dos mais mais sérios sérios desafio desafioss para o perito legista. Estabelecer a hora da morte, com indelével precisão, torna-se tarefa impossível para peritos legistas. Todavia, pode-se estabelecer a sequência de fatores desencadeados aps a morte. Essa metodologia denomina-se !ronotanatodiagnose. "e forma hodierna, a !ronotanatodi !ronotanatodiagnose agnose passou a chamar-se chamar-se #$%TE&'A #$%TE&'A() POST  ()  POST   MORTEM * +$ +$ / não confundir com a abreviatura de Inquérito Policial Militar  (IPM). (IPM). Em termos termos did0ti did0ticos, cos, o $ divide divide-se -se me dois dois grandes grandes grupos1 grupos1 2- ) !A"3'E&  !)%4E&'A") 5

6- ) !A"3'E&  %7) / !)%4E&'A") !)%4E&'A") , no qual se desencadearam

fen8menos atinentes 9 putrefa:ão. %ão podemos esquecer do cad0ver esqueleti;ado, cuuan >uando do do (evan (evanta tame mento nto do !a !ad0v d0ver, er, como como era era deno denomi mina nado do na escol escolaa franc francesa esa,, em espec especia iall na Esco Escola la (eon (eonesa esa de  A LEA!"ER  LEA!"ER L A#ASSA$!E   A#ASSA$!E  e  E   "MO!"  LO#AR", ou, em nosso caso, a erinecroscopia, o perito dever-se-0 apresentar atento. Assim, h0 que considerar, também, além do (ocal do !rime / %rea /  %rea Imediata  Imediata  /, as 3reas ediata e &elacionada, como bem veremos, discorridas e discriminadas, no pr?imo capítulo. A evolu:ão dos fen8menos transformativos do cad0ver est0 intimamente ligada 9s condi:@es ambientais no (ocal de !rime. Assim é que assumem enorme importncia as características do meio, condi:@es clim0ticas, a temperatura ambiente

+m0?ima, média e mínima, a umidade relativa do ar, a ventila:ão e velocidade dos ventos, o tipo de superfície onde se encontra o cad0ver, circunstncias de encontro do cad0ver, tipo tipo de vestes etc. %ecess0rio se fa; saber o tempo decorrido entre o encontro do cad0ver e o início da autpsia / novamente refor&a'e a neceidade do comarecimento do le*ita ao Local de #rime. #rime. 'eremos, no capítulo pr?imo, o quão lento é o processo de remo:ão de cad0veres no Estado do &io de Baneiro, desde a emissão da Cuia de &emo:ão de !ad0ver, na delegacia da circunscri:ão onde se deu o fato, e a chegada do corpo corpo no $(A5 $(A5 e, por por fim, fim, o hor0 hor0ri rioo de iníci inícioo da autps autpsia ia / rotineiramente o  IMLAP não reali+a e,ame cadavérico entre entre -. / e 0 /ora do dia e*uinte. e*uinte. ) legista h0 de ter em mente que, na busca do $, a primeira fase da investiga:ão investiga:ão forense forense do cad0ver é o (ocal de !rime, seguida da segunda fase, ou se
como, por e?emplo, um ticKet de um estacionamento, hor0rio da Iltima liga:ão efetuada pela vítima, imagem de cmeras de circuitos de seguran:a etc. Esse Essess cita citado doss fato fatore res, s, port portan anto to,, darã darãoo melh melhor or emba embasa same ment ntoo 9 metodologia forense, na busca da determina:ão do $. %o que que conc concer erne ne 9 inve invest stig iga: a:ão ão médi médico co lega legall temo temoss os segu seguin inte tess métodos1 2. étod étodos os por por inspe inspe:ã :ão1 o1 Transparência Transparência da crnea5 4inal de S  de S OMMER OMMER 4 L AR#5ER5 !omprimento da barba5 (ivores cadavéricos5 !onteIdo g0strico5 &eple:ão vesical5 utrefa:ão. 6. étod étodos os por por e?plo e?plora: ra:ão ão manua manual1 l1 Tensão ocular5 &igide; cadavérica / RI$OR / RI$OR MORTIS . L. étod étodoo por aferi aferi:ã :ão1 o1 &esfriamento do cad0ver / AL$OR / AL$OR MORTIS  M. étod étodos os instr instrume umenta ntais is11 Tonometria Tonometria ocular5 Teste da atropina5 Teste Teste da pilocarpina.

N. éto étodo doss analí analíti tico cos1 s1 "osagem do pot0ssio no humor vítreo5 "osagem da creatinina muscular. O. éto étodo doss biol biolgi gico cos1 s1 Entomologia cadavérica5 !itometria de flu?o. 2. FT)")4 )& $%4EP7) Transparência Transparência da crnea A perda de transparência transparência da crnea é causada pela evapora:ão, evapora:ão, pela falta lubrifica:ão lacrimal, bem como também pela deposi:ão de poeira. Teremos, portanto, numa marcha progressiva, a transparência, a opacifica:ão e a opalescência. "esta forma, na an0lise da velocidade da perda da transparência haveremos de considerar o fato do cad0ver ter permanecido com as p0lpebras abertas ou cerradas. 4e as p0lpebras permaneceram abertas, a perda de transparência dar-se-0 de MN minutos a 6 horas. 4e as p0lpebras permaneceram cerradas, a perda de transparência dar-se-0 em torno de 6M horas. T&A%4A&Q%!$A %)&A( "A !R&%EA

"$4!&ETA )A!$"A"E "A !R&%EA

)A(E4!Q%!$A "A !R&%EA

4inal de S  de S OMMER OMMER 4 L AR#5ER >uando as p0lpebras permanecem abertas, devido a desidrata:ão, a esclertica pode tornar-se transparente ao ponto de permitir a visuali;a:ão o ple?o coride. 'isuali;a-se, portanto, uma mancha enegrecida, que de h0bito come:a uando presente permite-nos inferir que o cad0ver permaneceu cerca de 2S horas com as p0lpebras abertas.

!omprimento da Harba ) ritmo de crescimento da barba é da ordem de, apro?imadamente, S,Nmmdia. A mensura:ão h0 que ser feita na 0rea correspondente o ramo ascendente da mandíbula. Trata-se Trata-se de método de difícil aferi:ão, por ra;@es bvias. (ivores !adavéricos )s livo livore ress são são manc mancha hass que que surg surgem em em cert certas as part partes es do corp corpo, o, decorrido um tempo vari0vel aps a morte. Trata-se de acImulo de sangue movido e?clusivamente pela for:a da gravidade. Assim, os livores e?ibem-se nas partes mais

declivosas do corpo, 9 e?ce:ão das partes do corpo em contato com superfície rígida, as quais permanecerão lívidas. Ao cessar a circula:ão, h0 consider0vel queda da pressão intravascular, restando 9 massa líquida, a e?pensas da a:ão da gravidade, depositar-se nas partes mais declivosas. E, neste desiderato, um cad0ver que permane:a em decIbito dorsal ter0 deposi:ão dos livores nas regi@es da face posterior do pesco:o, dorso do tronco tronco e dos membros / ueriore e inferiore /, inferiore /, 9 e?ce:ão dos pontos de apoio na superfície onde onde
4egundo o esquema concebido por 67 por 67 M 2LLER 2LLER, temos1 2. S / 2 hora1 hora1 pequenas pequenas manchas manchas na parte parte posterior posterior do pesco:o. pesco:o. 6. 2 / N horas1 horas1 livores livores abundantes abundantes nas partes partes declivosas5 declivosas5 palide; palide; total total ao mudarmudar-se se o cad0ver de posi:ão. L. N / U horas1 desapa desaparec recime imento nto dos livore livoress 9 pressão pressão55 palide; palide; da antiga antiga posi:ão posi:ão em 2N min. M. U / 2M horas1 horas1 palide; palide; 9 pressão, pressão, mas sem desapa desapare recim cimento ento total5 total5 livor livores es <0 não desap desapar arec ecem em com com a mudan mudan:a :a postu postura ral5 l5 e?tr e?trava avasa samen mento to para para a derma derma55 hemlise intravascular +infiltra:ão de hemoglobina do epitélio. N. 2M horas1 horas1 ausência ausência de palide; palide; 9 pressão5 pressão5 não apareci apareciment mentoo de novas novas manchas manchas em outra posi:ão declivosa aps 6M horas5 infiltra:ão de hemoglobina do epitélio D fi?a:ão dos livores. $%=$(T&AP7) $%=$(T&AP7) "E JE)C()H$%A %) E$TF($)

=$AP7) ")4 ($')&E4

!onteIdo C0strico ) conteIdo g0strico assume grande importncia na estimativa do tempo de morte, com rela:ão sempre 9 Iltima refei:ão. ) esva;iamento g0strico d0-se, em média, no decurso de seis horas aps a Ilti Iltima ma refei refei:ã :ão. o. Assim ssim sendo, sendo, ao encon encontra trarm rmos os o est8 est8mag magoo do cad0v cad0ver er va;i va;ioo podemos di;er que ele morreu a qualquer tempo depois de seis horas aps a Iltima refei:ão. !laro est0 que, tendo-se a informa:ão do hor0rio da Iltima refei:ão, bem como o card0pio consumido, ter-se-0 boa estimativa do tempo de morte.

) fest feste< e
!)%TEV") C34T&$!) A( $%"$'$"GA($WA")

&eple:ão 'esical A ta?a de filtra:ão renal e, por conseguinte, o enchimento vesical, é de NS mlh. F, portanto, somente mais um elemento de orienta:ão, em que pese suas naturais imprecis@es.

utrefa:ão %o que que tang tangee 9 putr putref efa: a:ão ão,, estu estuda dare remo mo-l -la, a, com com porm pormen enor or,, ao discorremos, mais adiante, sobre os =en8menos Transformativos do !ad0ver. 6. FT)") FT)")4 4 )& )& E( E()&A )&AP7) P7) A%GA( A%GA( Tensão )cular A sensa:ã sensa:ãoo t0ctil t0ctil dos humore humoress dentro dentro da cmara cmara ocular ocular depende depende a presen:a presen:a de efetiva circula: circula:ão. ão. Assim Assim é que, consumada a morte, h0 um decréscimo decréscimo r0pido da tensão ocular, em coad
&igide; !adavérica / RI$OR / RI$OR MORTIS . A &igide; !adavérica, ou  RI$OR MORTIS , é um estado de endu endure reci cime ment ntoo gene genera rali li;a ;ado do do corp corpo, o, cu
 S OMMER OMMER1 mandíbula +mIsculos mastigatrios, nuca, tronco, membros superiores e membros membros inferiores inferiores - come&a ela mand:bula e termina elo membro inferiore. inferiore. Este tempo de instala:ão da rigide; é absolutamente vari0vel, principalmente levando-se em conta situa:@es personalíssimas1 nos doentes que sofrem de moléstias cr8nicas, caqueti;antes, que depauperam as reservas orgnicas +por e?emplo, A$"4, !ncer e etc., a massa muscular fica tão redu;ida que h0 um retardamento e a rigide; pode tardar muito a se instalar, ou mesmo nem chegar a aparecer ob
considera1 precoce, quando come:a a se instalar antes das L horas5 normal, entre L e O horas5 tardia, entre O e Y horas5 muito tardia, depois de Y horas. Em condi:@es habituais, observa-se que, em torno de O a X horas, ou no m0?imo até 26 horas do bito, a rigide; muscular <0 se instalou por completo, dando

ao cad0ver uma atitude posicional característica1 polegares fletidos, fle?ão parcial dos antebra:os sobre os bra:os, e?tensão das pernas em rela:ão 9s co?as e pés, em discreto equinovaro. Gma ve; instalada a rigide; cadavérica, se desfeita for, mediante uma for:a e?terna, em movimentos de oposi:ão, ela se desfar0 temporariamente, para depois tornar a se instalar. "epo "epois is de inst instal alad ada, a, a rigi rigide de;; cada cadavé véri rica ca ser0 ser0 mant mantid idaa por por um determinado tempo - er:odo - er:odo de etado -, etado -, para, depois, iniciar-se o processo reverso, de resolu:ão resolu:ão da rigide;. rigide;. Este desaparecime desaparecimento nto da rigide; rigide; segue ordem inversa da (ei de 9STE! 'S  OMMER. "ecorridas LO horas do bito, em média, o processo de resolu:ão da  ! 9STE!  'S OMMER

rigide; <0 se instalou e se completou, mas, 9s ve;es, pode completar-se em MU ou X6 horas. %ãoo são somen %ã somente te os mIscu mIsculo loss estri estriado adoss esqu esquel eléti ético coss que que sofre sofrem m o processo de rigide;, mas também os mIsculos lisos, ditos involunt0rios, podem se contrair, dando origem 9 Zpele anserinaZ - or - or contra&ão con tra&ão do m<culo cut=neo ilo' eretore (mm7 arrectore ilorum)5 ilorum)5 retra:ão do pênis e corrugamento do escroto, por contra:ã contra:ãoo do cremast cremaster5 er5 parto parto  POST MORTEM , por contra:ão uterina5 e
Jo
L. FT) FT)") ") )& )& A=E&$ =E&$P7 P7) )

&esfriamento do !ad0ver / AL$OR / AL$OR MORTIS  A temperatura do organismo, uma ve; instalada a morte, é determinada pela rela rela:ã :ãoo entr entree a prod produ: u:ão ão e a perd perdaa de calo calorr. %a maio maiori riaa dos dos caso casoss essa essa rela rela:ã :ãoo é prematu prematuram ramente ente negativa, negativa, posto posto que a perda perda de calor calor predomi predomina na sobre sobre a produ: produ:ão, ão, ocasionando ocasionando assim uma diminui:ão diminui:ão da temperatura temperatura no cad0ver. Algumas Algumas condi:@es são especiais, tais como a putrefa:ão ocorrida em ambiência de temperatura elevada, pois se pode observar um aumento da temperatura do cad0ver, bem como também nos casos de sépse anaerbia, clera etc. "entre os fatores ambientais que influem na perda de calor, temos a radia:ão, a condu:ão e a evapora:ão. A perda calrica, ou dissipa:ão, é reali;ada por meio de radia:ão, convec:ão, condu:ão e evapora:ão. A radia:ão é a transferência de calor por ondas eletromagnéticas. >uando a temperatura do ar é inferior 9 temperatura do corpo, a perda calrica radiante contribui com ON[ do resfriamento. Todavia, quando a

temperatura ambiente é maior que a do corpo, a radia:ão pode ser uma fonte importante de ganhos calricos. ara facilitar a perda de calor, por meio de radia:ão, em um ambiente quente, o flu?o sang\íneo periférico para a pele pode aumentar até 6S ve;es. A !)%'E!P7) consiste na perda de calor para o ar e para as moléculas de vapor d]0gua que circulam ao redor redor do corpo. corpo. ^ medida medida que a tempera temperatura tura ambiente ambiente se eleva, eleva, a quantid quantidade ade de calor calor disper dispersada sada por convec: convec:ão ão diminu diminui, i, sendo que, quando quando a temper temperatur aturaa do ar e?cede e?cede a da pele, h0 ganho de calor pelo corpo. A !)%'E!P7) contribui contribui com cerca cerca de 2S[ 2S[ a 2N[ da perda perda de calor pelo pelo corpo corpo e é muito afetada afetada pela pela veloci velocidade dade do vento. ^ medida medida que a velocidade velocidade do vento aumenta, aumenta, o mesmo ocorre com a ta?a de convec:ão e também a perda calrica. As roupas largas ma?imi;am a perda calrica por convec:ão. A !)%"GP7) é a transferência de energia calrica de obA L$OR  MORTIS ?  ? -,   -, fen8meno conhecido h0 muito e que foi ob
calor. "ito de outro modo, o cad0ver, a partir do momento da morte, se comportaria como uma prancha elétrica, elétrica, uma ve; desconectada da corrente corrente elétrica. elétrica. Tal Tal formula:ão, formula:ão, porém, não é absolutamente e?ata, ao menos nos primeiros momentos do processo5 em efeito, o calor corporal do cad0ver pode se conservar durante certo tempo depois da morte e, ainda, aumentar em certas circunstncias. 2. E&_)") "E E >G$(_H&$)  TF&$!) . Em certos casos, a !urva !urva de &esfria &esfriament mentoo !adavé !adavérico rico mostra mostra uma meseta inicial, inicial, na qual qual mantém mantém em equilíb equilíbrio rio a temper temperatur aturaa que tinha o cad0ver cad0ver,, no moment momentoo da morte. morte.  ;7 S  ELLER tem demonstrado, e?perimentalmente, que este fen8meno tem uma e?plica:ão puramente física1 o cad0ver se comporta da mesma maneira que um cilindro do mesmo dimetro. Em um ou noutro, o resfriamento se inicia na periferia, por um flu?o ininterrupto de calor para o meio que o rodeia. Todavia, os planos imediatamente sub
 S  E2AR",  5  EI"E!5AI!   EI"E!5AI! , T   AMASSIA etc., produ;-se nas seguintes circunstncias1 quando se tem alterado, profundamente, antes da morte, a regula:ão térmica, como nos casos de insola:ão e em alguns transtornos neurolgicos5 quando tenha havido, nos mIsculos, um aumento aumento e?traord e?traordin0 in0rio rio na produ: produ:ão ão de calor, calor, em especial especial nas mortes mortes com convul convuls@es s@es +tétano5 into?ica:ão por estricnina5 ou quando tenha havido uma e?cessiva atividade bacteriana, como nos estados sépticos, na !lera, no Tifo etc. E, neste desiderato, tem-se

pensado serem as fontes de calor, na hipertermia ps-mortal1 a persistência de rea:@es vitais vitais,, os fen8meno fen8menoss bioquí bioquímico micoss que dão origem origem 9 rigide rigide;, ;, ou rea:@e rea:@ess fermenta fermentativ tivas as bacteri bacterianas anas.. A J$E&TE&$A R4-)&TA( ocasionar0 ocasionar0 eleva:ão eleva:ão da temperatura, temperatura, iniciada iniciada durante o período ag8nico. ) resfriamento se inicia pelos pés, mãos e face, que estão frios ao cabo de 6 horas a M horas depois da morte. Estende-se para as e?tremidades, peito e dorso, de M horas a seis horas depois da morte. =inalmente, se resfriam o ventre, a?ilas e o pesco:o, em O horas a U horas. )s rgãos intra-abdominais conservam o calor por muito tempo, inclusive 6M horas. 4egundo B7 4egundo B7 L7 #  ASPER, o resfriamento, ao tato, completar-se-ia de U a 2X horas, precisamente das 2S 9s 26 horas. ode-se comprovar o resfriamento por meio de um term8metro longo, introdu;ido na ampola retal e ali dei?ado por, pelo menos, N minutos. )utrora utili;amo-nos de term8metro digital com estilete, que introdu;íamos na musculatura glItea. Também se poderia aplicar este tipo de term8metro, introdu;indo-o, por meio de pun:ão, na região do hipoc8ndrio direito, especificamente na lo
) resfriamento se completa até 6M horas depois da morte. !onsiderando-se uma região em particular particular,, o resfriamento resfriamento segue uma curva e?ponencial, e?ponencial, obedecendo a (ei de &esfriamento de !  de !  E@TO! . Todavia, Todavia, o grande nImero de circunstncias, tanto e?trínsecas

quanto intrínsecas ao cad0ver, que influenciam na sua evolu:ão, impede que se dê uma defini:ão físico-matem0tica v0lida. Em efeito, a observa:ão e a e?periência têm permitido comprovar que a marcha do resfriamento vem condicionada por fatores diversos1 2. !AG4A "A

)&TE. As enfe enferm rmiidade dadess cr8n cr8niicas cas e as hemo hemorr rrag agia iass dão lugar ugar a um r0pi r0pido do

resfriamento. Assim se sucede nas into?ica:@es por fsforo, arsênico e 0lcool, as mortes pelo frio e as grandes queimaduras +hipertermia ps-mortal. Em contrapartida, o calor dura mais tempo nas enfermidades agudas, insola:ão, golpe de calor, sufoca:ão. ) mesmo sucede nas into?ica:@es por venenos convulsivantes, como a nicotina e a estricnina5 na into?ica:ão alcol alcolica ica.. Tem-se falado falado também também da into?i into?ica:ã ca:ãoo o?icar o?icarbona bonada, da, porém porém #7 6 ER!AR"  E    demonstraram, cada qual em seu devido tempo, que a marcha do resfriamento  " ES#O2ST  demonstraram, não se apartava do curso normal. Também se tem inferido que a rapide; com que se produ;iu a morte influenciaria na marcha do resfriamento, o que se tem efetivamente compr comprov ovad ado, o, tal qual se d0 nas grand grandes es hemor hemorrag ragia ias. s. 6. =AT)&E4 $%"$'$"GA$4 . Estes infl influe uenc ncia iam m no curs cursoo da !urv !urvaa do &esf &esfri riam amen ento to,, no que que tang tangee 9s cara caract cter erís ísti tica cass individuais, como a idade, estatura, estado de nutri:ão +desenvolvimento do tecido adiposo, peso etc., fatores estes que condicionam a e?tensão da superfície corporal, a capacidade calorífica e a capacidade específica da condu:ão calrica. or esta ra;ão resfriam-se mais rapidamente os cad0veres dos fetos, recém-nascidos e crian:as, que nos adultos. "entre estes, o resfriamento é mais r0pido nos indivíduos caquéticos que nos bem alimentados e plet pletri rico cos. s. %este %este desid desider erato ato,, as inve investi stiga: ga:@es @es de  ;7 S  ELLER demon demonstr stram am que que o fator fator fundame fundamental ntal é a circun circunfer ferênci ênciaa do cad0ver, cad0ver, dependendo dependendo da rapide; rapide; do resfri resfriame amento nto do dimetro corporal, com independência da espessura do panículo adiposo, considerada como o fator mais específico por seu poder isolante. Também parece influir no resfriamento o estado digestivo em que se surpreendeu a morte5 o resfriamento seria mais r0pido se ocorre

num indivíduo que se encontrava em
Em resumo, estas são as vari0veis que interferem na temperatura do cad0ver1 A temperatura ambiente A altitude e situa:ão geogr0fica do local A quantidade de roupas utili;ada pela vítima +isolamento térmico !ontato do corpo com ob
ode ode-s -see esta estabe bele lece cerr o t8nu t8nuss ocul ocular ar por por meio meio de um ton8 ton8me metr troo aplan0tico, sendo a tensão ocular média de 2O mmJg. ode resultar, portanto, em dados estimativos, se utili;ado nas primeiras L horas aps a morte, conforme se segue1 2S minutos aps a morte / 26 mmJg 6S minutos aps a morte / 2S mmJg LS minutos aps a morte / X mmJg Teste da Atropina A dilata dilata:ão :ão pupila pupilarr no cad0ver cad0ver pode pode ser aferida aferida até cerca cerca de M horas horas aps a morte, instilando-se L a M gotas de colírio de atropina a 6[. Teste Teste da d a ilocarpina ode-se aferir a miose, no cad0ver, instilando-se L a M gotas de colírio de pilocarpina a 6[. N- FT) FT)") ")4 4 A%A A%A(_T (_T$! $!)4 )4 As dosagens dosagens de pot0ssio pot0ssio no humor vítreo vítreo e da creatinina creatinina muscular muscular são métodos analíticos de pouca utili;a:ão na pr0tica di0ria da medicina legal. Aos interessados, h0 que se buscar literatura especiali;ada. O- FT) FT)") ")4 4 H$) H$)(R (RC$! C$!)4 )4 "entre "entre os métodos biolgicos biolgicos destaca-se destaca-se a Entomologia Entomologia !adavérica, !adavérica, a cargo do Entomologista =orense.

 "OS #O!#EITOS TA!AT TA!ATOLC$I#OS OLC$I#OS E "E IPM 

=E%E%)4 T&A%4=)&AT$')4 $ - "estrutivos

a - Autlise Trata-se Trata-se de um processo processo autodestrutivo autodestrutivo de células células e tecidos, tecidos, que ocorre sem inte interfe rferên rênci ciaa e?ter e?terna, na, decor decorre rent ntee do aume aumento nto não não sele seleti tivo vo da permea permeabi bili lida dade de das das membranas plasm0ticas, o que possibilita a libera:ão de en;imas proteolíticas contidas nos lisossomas. A a:ão destas en;imas provoca o desdobramento catablico dos substratos celulares e teciduais, formando subprodutos, redu;indo o pJ do meio. A acide; resultante, além de sinal indicativo de morte real, é de curta dura:ão, pois, instalada a putrefa:ão, o pJ eleva-se. b - utrefa:ão A putrefa:ão nada mais é do que o processo biolgico de decomposi:ão da matéria orgnica por bactérias, principalmente, bem como pela fauna macroscpica e pela flora +fungos, que acaba por devolvê-la 9 condi:ão de matéria inorgnica. Ela não depende e?clusivamente da morte, mas, principalmente, da participa:ão de bactérias, cuuando a morte fa;-se fa;-se prec preced eder er de proc proces esso so infec infecci cioso oso,, outro outross germ germes es pode podem m parti partici cipa parr da marc marcha ha putrefativa. Então, nos processos sépticos, os germes patgenos respons0veis pela infec:ão

encontra encontram m ambiênc ambiência ia propíc propícia ia 9 sua proli prolifera fera:ão :ão,, bem como sua dissemi dissemina:ã na:ãoo  POST   MORTEM , tais como1 etretococo5 etretococo5 etafilococo5 etafilococo5 gram-negativos5 germes específicos. %o adulto inicia-se, de h0bito, pelos intestinos. %os afogados inicia-se pelo tra?, especificamente nos pulm@es, sítio onde come:a a mancha verde, caso o afogado assuma a posi:ão habitual, depois de instalada a morte / diferente do que e deu no cao ocorrido no Ria Tra:ra. Tra:ra. A rapide; da putrefa:ão depende de v0rias condi:@es e?teriores, como a temperatura, a umidade relativa do ar, a nature;a dos terrenos etc. >uanto mais elevada a temperatura ambiente, tanto mais r0pida ser0 a evolu:ão putrefativa. A umidade é igualmente indispens0vel ao fen8meno, pois quando o cad0ver perde rapidamente a 0gua que que cont contém ém,, e esta esta não não é subs substi titu tuíd ídaa pela pela umid umidad adee do ambi ambien ente te,, dei? dei?aa de have haverr a putrefa:ão, ocorrendo então a mumifica:ão. ) ar torna-se imprescindível5 porém, o seu e?cesso, principalmente em se tratando de ar seco, inibe o fen8meno. (ogo, as varia:@es e modalidades de putrefa:ão são numerosíssimas, impedindo enquadr0-la num esquema uniforme. "istinguem-se os seguintes períodos +marcha da putrefa:ão1 eríodo de colora:ão +ou crom0tico ou das manchas5 eríodo gasoso5 eríodo coliquativo5 eríodo de esqueleti;a:ão. ) E&_)") "E !)()&AP7) +período crom0tico5 período das manchas inicia-se cerca de de;oito a vinte e quatro horas aps o bito, com dura:ão apro?imada de sete a do;e dias. $nicialmente, surge mancha verde abdominal, locali;ada na fossa ilíaca direita - na roe&ão do ceco. ceco. "aí vai se difundindo por todo o abd8men, pelo tra? e pelos

membros. ) intestino grosso é, sem dIvida, a principal sede de bactérias em todo o organismo, sendo o ceco o segmento onde as bactérias proliferam com maior intensidade. ) resultado desta atividade bacteriana putrefativa cecal, locali;ada, é a forma:ão de g0s sulf sulfíd ídri rico co +J64 +J64, , que que difu difund ndee na regi região ão.. ) en?o en?ofr free +4 +4 do g0s g0s se comb combin inaa com com a hemoglobina das hem0cias do sangue regional, para formar sulfo-hemoglobina, que é um pigmento verde. !onsiderando-se a grande quantidade de bactérias na região e o grande volume de g0s sulfídrico formado, sua difusão no local é mais intensa, o que
Além Além da manc mancha ha verde verde,, abdo abdomi mina nall ou tor0ci tor0cica, ca, inic inicia ialm lmen ente, te, també também m caracteri;a o período crom0tico o surgimento de estrias avermelhadas, frequentemente esverdeadas, que acompanham os vasos superficiais da rede venosa e ao longo dos quais podem chegar a aparecer livores de limites irregulares, prenunciando o aparecimento da  RO2AR"EL. Então, quer pela mancha verde, quer pelos livores em !ircula:ão !ircula:ão stuma de 6 de  6 RO2AR"EL

estrias, este est0gio tradu;, de formas inequívoca e irretoc0vel, a certe;a do bito, mercê da instala:ão, irreversível, da transforma:ão cadavérica putrefativa.

) E&_)") CA4)4) +período enfisematoso5 período deformativo inicia-se durante h0 primeira semana, estendendo-se por cerca de trinta dias. "urante este período os gases produ;idos pela putrefa:ão, em especial os gases sulfídrico, hidrogênio, fosforado e am8nia am8nia,, infiltr infiltram am o tecido tecido celula celularr subcut subcutneo, neo, ocasio ocasionand nandoo modific modifica:@e a:@es, s, sensíve sensíveis is e grotescas, da fisionomia e da forma e?terna do corpo.

Esta Esta diste distens nsão ão tecid tecidua uall é mais mais marc marcant antee nas nas regi regi@e @ess dotad dotadas as de teci tecidos dos areolares como a face, o pesco:o, mamas e genit0lia e?terna. J0, com frequência, protrusão dos globos oculares, procidência da língua, podendo ainda, a e?uberante pressão interna, ocasionar a saída de sangue pelos orifícios naturais da face, especialmente boca e narinas, sem que haPOST MORTEM?) e everão uterina. uterina. J0 ainda o fato de o sangue, que se encontra depositado nos vasos profundos e grandes vasos, por incremento da elevada

pressão intra-abdominal, circular centrifugamente, impelido para a periferia do corpo, evidenciando a <0 citada !ircula:ão stuma de 6 de 6 RO2AR"EL  RO2AR"EL. Rrgãos parenquimatosos como o fígado, os rins, o ba:o, mostram infiltra:ão por líquidos espumosos. )s pulm@es perdem a estrutura que se lhos mantinha a forma e se colabam. %as vísceras ocas a mucosa se destaca e forma flictenas. or outro lado, rgãos de constitui:ão quase que e?clusivamente muscular, como Itero e prstata, resistem, bem mais que as demais vísceras, a putrefa:ão, permitindo assim a distin:ão do se?o, quando o corpo se encontra em adiantado estado de decomposi:ão. Além das transforma:@es ocasionadas pela a:ão das bactérias, <0 citadas, h0 ainda a interveniência da a:ão necrof0gica das larvas de insetos, a atividade de animais predadores como aves, mamíferos, pei?es, crust0ceos etc. / foto / foto *entilmente cedida elo  " R 7 1  RA!;  P   P  ERLI!I  H  H erito (egista$(A.

) E&_ E&_)" )") ) !) !)($ ($>G >GA AT$') $') +per +perío íodo do de redu redu:ã :ãoo de teci tecido doss ou de desfa;imento pItrido tem início no fim do primeiro mês e pode se estender por meses ou até dois a três anos. J0 desintegra:ão da estrutura do corpo. ) odor é quase que insu insupor port0 t0vel vel,, prin princip cipal alme mente nte no iníc início io desse desse perí períod odo, o, pois pois se trata trata de verda verdade deir iraa desintegra:ão pItrida, na qual tudo vai se transformando em #snie de odor fétido*, como bem definiu o P  o P  RO1ESSOR amolecem, redu;em redu;em seu volume e,  RO1ESSOR 1   LAM!IO 1  %8ERO. )s tecidos amolecem, pouco a pouco, transformam-se numa massa pastosa, semilíquida, escura, absurdamente fétida, denominada putrilagem. Au?iliam muito na destrui:ão do resto da matéria em decomposi:ão, 9s larvas da fauna cadavérica +miíase cadavérica, na sua maioria de insetos +dípteros, ortpteres, himenpteros e colepteros. )s insetos e suas larvas podem destruir a matéria orgnica do cad0ver em até quatro a oito semanas.

) E&_)") "E E4>GE(ET$WAP7) é consequência do final do período coliq coliqua uati tivo vo,, no qual qual a putri putrila lage gem, m, escor escorre rend ndoo lenta lentamen mente te e consu consumi mida da pela pela fauna fauna cadavérica, acaba por secar seus Iltimos restos. "estruídos assim os Iltimos ligamentos e tend@es, e?surge o esqueleto sseo. ) meio ambiente, e elementos outros que surgem no trabalho de desintegra:ão do corpo, fa; com que o cad0ver se apresente com os ossos quase livres, apenas presos pelos ligamentos articulares. Assim, dependendo do tempo ocorrido para para a putr putref efa: a:ão ão e seu conse consequ quent entee desfa desfa;i ;imen mento to pItri pItrido do,, pode pode a esque esquele leti ti;a ;a:ão :ão completar-se entre alguns meses a alguns anos, com média, pelo geral, entre um a dois anos. &E4T)4 )&TA$4 )&TA$4 +!E$TF&$) !(A%"E4T$%%)

&E4T)4 )&TA$4 / EGAP7)

 "r7 Lev: InimF de Miranda H Perito'Le*ita Indeendente