A G ∴ D ∴ G ∴A ∴ D ∴ U ∴ SERENÍSSIMA GRANDE LOJA DO ESTADO DE MATO GROSSO AUG∴ e RESP∴LOJ∴ SIMB∴ ESTRELA DE DAVI Nº 68
PRIMEIRA INSTRUÇÃO INSTRU ÇÃO COMPLEMENTAR COMPLEMENTAR DE COMPANHEIRO COMPANHEIRO MAÇOM Grau II
C∴ M∴ ANDREY SARTORI
Cuiabá MT 2013
A G ∴ D ∴ G ∴A ∴ D ∴ U ∴ SERENÍSSIMA GRANDE LOJA DO ESTADO DE MATO GROSSO AUG∴ e RESP∴LOJ∴ SIMB∴ ESTRELA DE DAVI Nº 68
PRIMEIRA INSTRUÇÃO COMPLEMENTAR DE COMPANHEIRO MAÇOM Grau II
Cuiabá, MT 2013
II
S∴ F∴ U∴ IR ∴ VEN ∴ M∴ IR 1º VIG ∴ IR 2º VIG ∴ Objetivo do Estudo
Apresentar, aos IIr ∴, o aprendizado atingido referente aos ensinamentos ministrados na leitura da Primeira Instruço de Compan!eiro Maçon" Objetivo da Instrução
#orne$er as e%pli$aç&es ne$essárias ' $ompreenso da simbologia (ue en)ol)e o grau de C∴ M∴, $onforme ensinamentos mostrados em *o+a na leitura do itual de C ∴ M∴
O Salário de Aprendiz
Como tudo na Maçonaria se faz por simbologia, o pr-prio estudo do mesmo +á . por si s- um mist.rio" /uando tentamos des)endar em nossos trabal!os o signifi$ado de alguns temas )istos em nossas lo+as, na )erdade estamos em bus$a de um signifi$ado para n-s mesmos, tal)ez por isso a simbologia . to )asta e um ni$o smbolo (uase sempre representa )ários signifi$ados diferentes" Tentei bus$ar o má%imo de signifi$ados poss)eis e plaus)eis para esse trabal!o ao (ue se refere ao alário de Aprendiz" $laro (ue de forma e%ot.ri$a, a(ui desta$o o 4%5, podemos ler em )ários outros trabal!os e literaturas maç6ni$as (ue o Aprendiz re$ebia seu salário em alimentos, pois o mesmo ainda no sabia ler nem es$re)er e por tanto no saberia o (ue fazer $om o din!eiro, ao in).s disso re$ebia seu salário em $omida" Mas de outra forma, e a(ui desta$o o esot.ri$o $om 4s5, podemos entender de forma $lara (ue esse simbolismo de pagamento tem algo muito mais profundo do (ue podemos imaginar" *ogo a bai%o apresento III
um te%to (ue retirei de um site, onde a$!ei muito apropriado para o$asio" 7ou realizar a leitura e ler os meus $omentários sobre $ada paragrafo, )e+amos8 9á )ários $asos na :blia em (ue todos os (uatro 4elementos5 so men$ionados +untos em uma ni$a frase, por e%emplo em ;sdras, <8=, 4trigo, sal, )in!o e -leo>5 e no)amente em ;sdras, ?822, e em I ;sdras, <830" @as nossas $erim6nias de $onsagraço da atualidade, esses 4elementos5 de)em a introduço, (uase (ue $ertamente, ao seu uso nos tempos bbli$os $omo oblaç&es, oferendas e sa$rif$ios sem sangue, $omo no Templo" Trigo, 7in!o e leo so men$ionados em Beuteron6mio, 1181, entre as re$ompensas para os (ue seguiam os mandamentos de Beus" ;les tamb.m eram $onsiderados as ne$essidades primárias da )ida diária, da o seu uso entre os !ebreus $omo oferendas de agrade$imento e sa$rif$ios Dno animaisE" Meus $omentários8 começamos a perceber a importância do uso desses elementos já nos primórdios da humanidade como relata a própria Bíblia. O uso nesse caso desses elementos serve para substituir o sacrifício animal e em algumas culturas até humano. As oferendas nada mais so de agradecimentos feitos aos deuses! "ue no antigo #gito e em outras culturas eram muitos. Agradecer aos deuses era algo sublime! pois o homem ao reali$ar esse feito reconhecia "ue na verdade ele no é %nico no universo e mais "ue isso de "ue e&iste algo acima dele "ue a tudo governa.
F sal tamb.m . rela$ionado $om o sa$rif$io, mas possui uma )ariedade de signifi$ados simb-li$os na :blia" F seu uso . determinado em *e)ti$o 2813" algarás todas as tuas oblaç&es Daço de ofertarE Porás, pois, sal em todas as tuas ofertas" Cruden, na sua Con$ordan$e, interpreta o al, nessa passagem, $omo um smbolo de amizade, e na Idade M.dia era $ostume na ;uropa e no Friente Pr-%imo re$eber )isitantes distintos em uma )ila ou $idade $om Po e al"
I7
Como o al a+uda a preser)ar da $orrupço e . imune ao apodre$imento, ele tornouGse smbolo da in$orruptibilidade" :reHer, Bi$t" of P!rase and #able, $!amaGo de smbolo da perpetuidade e essa asso$iaço do al $om a ideia de permann$ia apare$e fre(uentemente na :blia8 4;sta . uma aliança de sal, (ue )ale perpetuamente diante do en!or>5 D@meros 1J81=E" as!i, um dos maiores $omentaristas !ebrai$os, disse o seguinte dessa passagem8 4Assim $omo o sal nun$a apodre$e, a aliança de Beus> irá perdurar5" ;m um tema mais pr-%imo ' Maçonaria, 4F Beus de Israel deu para sempre o reino> para Ba)i por uma aliança de sal5 D2 Cr6ni$as 138KE A(ui, mais uma )ez, a ideia da permann$ia . enfatizada e esse ., sem d)ida, um dos prin$ipais moti)os para o uso do al nas nossas $erim6nias de $onsagraço maç6ni$a" Pelo (ue sei, o tema da preser)aço e permann$ia no $ostuma ser men$ionado pelo Ffi$ial Consagrador, mas em alguns dos numerosos memoriais de Consagraço na nossa bibliote$a, o )erso $antado, antes (ue o al se+a usado na $erim6nia, . o seguinte8 Berramamos sal sobre nosso labor, Bi)isa de Teu poder $onser)ador, ;m Tua presença oramos, en!or, Be nosso templo sede o protetor Pode ser interessante reproduzir as e%pli$aç&es simb-li$as dos elementos, $omo foram forne$idas na $erim6nia de Consagraço inglesa" 7
Meus Comentários8 O uso de po e sal é muito antigo na historia da humanidade! já foram encontrados restos desses alimentos em várias culturas antigas pelo mundo. O uso do sal como bem sabemos até hoje! tra$ sabor aos alimentos! além de conserva'los por mais tempo. #m algumas cidades antigas como na (oma antiga por e&emplo sal era utili$ado como pagamento! pois era muito raro e e&tremante %til para dar sabor aos alimentos e conserva'los! eis ai o significado da palavra )salário*. +á o po! tem um simbolismo mais voltado para o compartilhar e o companheirismo! sendo esse alimento um dos mais antigos a serem produ$idos pela humanidade! tornou'se referencia para o homem! uma espécie simbólica de ami$ade! abundancia e fraternidade "uando repartido entre outros homens. , e foi o principal alimento dos homens durante muito tempo. O sal é ainda um símbolo al"uímico de e&trema importância para os e&perimentos dos al"uimistas e serve até hoje como instrumento de uso de pajés! bru&os! padres entre outros como forma de e&pulsar maus espíritos ou e&orci$a'los. , talve$ o alimento mais puro "ue e&iste! pois sua retirada é feita de forma a evaporar a água marinha e o "ue sobra é o sal.
F simbolismo Maç6ni$o para os elementos pare$e ter )ariado $onsidera)elmente em diferentes .po$as e lo$ais" C" C" 9unt, na sua obra Masoni$ Lmbolism DIoHa, 1=3=, pp" 100, 101E, $ita o relato de uma $erim6nia de pedra fundamental na d.$ada de 1=20, na (ual o roGMestre Pro)in$ial de @otting!ams!ire ofi$iou, na(uela o$asio, o leo $omo 4emblema da $aridade5, e o al, 4emblema da !ospitalidade e da amizade5" F mesmo es$ritor nota os poderes $urati)os e purifi$adores do al, $itando II eis, 2820G21, em (ue ;liseu $om um )aso de al 4sanou as águas5" Futra refern$ia similar em N%odo, 3083K, 4#arás $om tudo isso um perfume> temperado $om sal, puro e santo5" F uso do al na Consagraço de *o+as Maç6ni$as pare$e ser introduço moderna, pro)a)elmente posterior a 1JK0" @o fim da d.$ada de 1?J0, as des$riç&es feitas por Preston das Cerim6nias de Bedi$aço men$ionam Trigo, 7in!o e leo, mas nun$a al" Al.m disso, o Irmo T" F" 9aun$!, :ibliote$ário da rande *o+a, )erifi$ou um $erto nmero de des$riç&es das $erim6nias Maç6ni$as de Consagraço e Bedi$aço at. a d.$ada de 1J0" @en!uma delas men$iona o al, pare$endo imposs)el dizer $om $erteza (uando esse 4elemento5 foi 7I
introduzido" In$identalmente, a $erim6nia de Consagraço prati$ada na rande *o+a da ;s$-$ia usa Trigo, 7in!o e leo, mas no !á menço ao al" Mu! C"#$%ári"!& -ica claro "ue esse simbolismo no termina a"ui! podemos adentrar muito mais fundo aos conhecimentos esotéricos )s* do significado desses elementos! sejam simbólicos ou no. A própria al"uimia tra$ um profundo estudo sobre esses alimentos "ue so utili$ados em seus rituais! principalmente o sal! o a$eite e o vinho. /ada religio pelo mundo adotou pelo menos um ou mais desses elementos como simbolismo de algo sagrado e místico! basta analisamos o significado do vinho para igreja católica "ue o compara ao sangue de /risto ou ao po "ue torna'se o corpo de /risto. 0em contar in%meras outras religi1es "ue adoram outros significados místicos a esses elementos! por e&emplo os +udeus! em seus casamentos tra$em vários alimentos como forma simbólica de abençoar os noivos! vejamos a bai&o alguns significados retirados do site !ttp8OOmissao$asadeora$ao"Hebnode"$om"brOprodu$tsOmanualG
deG$asamentoG+udai$oO2
F I@I#ICABF BF PF8 DTrazido pelos pais do noi)oE" 1G F po e o )in!o, sobretudo na antiguidade, foram a $omida e bebida mais $omum para muitos po)os" Qesus Cristo ao instituir a anta Ceia se ser)iu dos alimentos mais $omuns para simbolizar sua presença $onstante entre as pessoas e em espe$ial em um lar" 2G A instituiço da anta Ceia foi feita por Qesus, (uando ofere$eu o po e o )in!o aos seus dis$pulos dizendo8 RTomai e $omei, isto . o meu $orpo""" Isto . o meu sangue"""R" 3G F po e o )in!o so mais (ue um smbolo" a presença real e )erdadeira de Cristo +unto ao seu po)o, para perdo )ida e sal)aço" endo assim, ele representa a presença $onstante de Qesus nesta no)a famlia (ue está sendo formada" G imboli$amente ao ofere$er o po, os pais esto entregando $omo !erança eterna, aos noi)os, a presença de Qesus sempre em seu no)o lar" KG @a santa $eia, Qesus ensinou (ue os seus dis$pulos esti)essem em $omun!o $onstante, e em estreita amizade $om ;le e $om o Pai" Portanto esse ato $elebra)a o ini$io de uma @o)a Aliança entre o !omem e Beus"
7II
1G F sal está presente em rituais religiosos de di)ersas .po$as e $i)ilizaç&es" #oi usado por gregos, romanos, asiáti$os e árabes" @as $renças populares, ele . um ingrediente obrigat-rio para afastar energias negati)as e mauGol!ado" ;m )árias $ulturas, a$reditaG se (ue o sal tem o poder de afastar espritos malignos e as energias negati)as" Por essa razo, era ofere$ido aos deuses para afastar os dem6nios e muitos sa$erdotes utiliza)amGno nos rituais e nas $erim6nias religiosas" ;ntre os gregos, !ebreus e árabes o sal . smbolo da amizade e da !ospitalidade por(ue . $ompartil!ado e da pala)ra dada por(ue o sabor . indestrut)el" 2G F sal $omo smbolo de in$orruptibilidade, a aliança de sal des$rita na bblia, designa uma aliança entre Beus e o !omem (ue no pode se romper ou $orromper D*e) 2813E" 3G imboli$amente na :blia, (uando diz (ue o sal . bom, o $onte%to refereYse 's (ualidades boas do sal (ue . de8 $onser)aço, temperar, dar sabor, sarar feridas, impedir de putrifi$ar" Tamb.m representa $omun!o amigá)el e boa !ospitalidade, limpeza e fertilidade" G A aliança (ue Beus lembra em *e)ti$o 2813, . '(uela (ue foi $onfirmada $om sal $om os sa$erdotes em @meros 2K"12, 13" /uando o po)o da)a as ofertas e, (uando os sa$erdotes re$eberam tais ofertas, o sal +unto 's ofertas signifi$a)a (ue Beus lembra)a a ua aliança do sa$erd-$io perp.tuo" Tamb.m lembra)a os sa$erdotes da benignidade de Beus de estabele$er tal aliança de paz $om eles" F sal no $asamento representa a aliança de Beus $om o sa$erd-$io da famlia" Fnde o marido . o sa$erdote do lar" KG A :blia e%ortaGnos a ter sal nas pala)ras DColossenses" "
IZ
Conc!"#o
e analisarmos $om sabedoria, . poss)el )erifi$ar (ue $ada $oisa representa de forma simb-li$a um dos elementos fundamentais (ue sustentam a )ida, terra, agua, ar e fogo" Podemos deduzir por tanto, (ue um Maçon nun$a de)e temer seus infortnios, isso por(ue o ABV +á l!e dá todo o sufi$iente para a )ida, ou se+a, o seu trabal!o diário em lapidar a pedra bruta sempre será re$ompensado $om tudo a(ui (ue +á está a sua disposiço e (ue ele re$ebe sem nada pre$isar dar em tro$a" F seu pagamento pela lapidaço . o trigo, )in!o, azeite e o sal ou por assim dizer o ar, água, fogo e a terra" Podemos entender (ue !o+e esse Z
salário re$ebido pelos Ap"[" nos tempos operati)os, tornouGse muito mais simb-li$o, porem nun$a dei%ou de perder sua importSn$ia" endo os seguintes signifi$ados atribudos8
Trigo DArE8 smbolo da AbundSn$ia" 7in!o D\guaE8 smbolo da #eli$idade e Alegria" leo D#ogoE8 smbolo da Paz e Vnanimidade" al DTerraE8 smbolo da #idelidade e Amizade"
C∴ M∴ A@B;] ATFI
Referencias
[NAIFF – 2011] NAIFF, Nei Naiff. Tarô – Simbologia e Ocultismo. Editora Nova Era. 2011. [COSTA – 2006] COSTA, Wagner ene!iani Co"ta. MAÇONARIA Escola de Mistérios. Editora #adra". 2006.
^ P;BF Y 200K_ Ant6nio *izSnias de ouza *ima ]one de Car)al!o" História Do Mundo Ocidental . o Paulo8 ^s"n"_, 200K" ZI
^AVBFI@GFVU;AV Y 200=_, t.p!ane" As grandes batalhas da história" o Paulo8 ^s"n"_, 200=" Outras fontes pesuisadas!
ite8 !ttp8OOHHH"deldebbio"$om"brO2011O03O1?OtrigoG)in!oGoleoGeGsalO $%&'ia Sagrada.
ite8!ttp8OOmissao$asadeora$ao"Hebnode"$om"brOprodu$tsOmanualGdeG$asamentoG +udai$oO ite8!ttp8OOHHH"$ultura+udai$a"org"brOblog
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