FICHAMENTO Michelle Perrot Os operários, a moradia e a cidade no século XIX 1
Os operários, a moradia e a cidade no século XIX Michelle Perrot ♦
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Se hoje os operários dão mais valor à moradia e a distância em relação ao local de trabalho, no século XIX era uase o inverso! "star lon#e do trabalho, hoje em dia, é se sentir mais livre! $á no século XIX %&s operários reivindicam menos o direito à moradia do ue ue o dire direit ito o à cida cidade de,, 'esp 'espaç aço o para para vive viver( r(!! "les "les acei aceita tam m as condiç)es condiç)es habitacion habitacionais, ais, principalme principalmente nte a densidade densidade populaciona populacional, l, ue assombram os observadores e*ternos, +lantropos e hi#ienistas! -p!./01
As atitudes operárias em relação relação à moradia
Por um tempo, o protesto dos operários se re2eria ao custo do alu#uel e não do con2orto! eme4se se um cont contro role le raci racion onal al do espa espaço ço ue ue impl implic ica a em maio maiorr 3eme4 limpe5a, mas também maior controle! 6 porcenta#em dos #astos operários com a moradia não ultrapassava 0/7 &s não4operários se destacavam nesse item! 8edicava mais dinheiro ao vestuário9 auto4ima#e a#em do operário pass assa pela sujeira e :omo a aut desalinho, a sua di#nidade passa pela %boa apar;ncia a par;ncia Poderia circular sem di2erenciação pela cidade Poderiam viver sua vida %na cidade moradia9 6 ambição era pa#ar o menos possuando che#ava o momento de pa#ar o alu#uel, ocorriam muitas mudanças %mudanças na surdina Paris +cavam bastante movimentadas movimentadas 6s ruas de Paris =o +nal do XIX, anaruistas trans2ormavam essas mudanças em ato atos de pro protest testo os! Mui Muitos tos home homens ns robu obusto stos +c +cav avam am dispon
P"@@&3, Michele Os excluídos da história – operários, mulheres e pricioneiros. @io de $aneiro9 Pa5 Pa5 e 3erra, 3erra, .ABB! .ABB! pp! ./.4 .
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%"ssa uestão do alu#uel é uma das ori#ens da :omuna de Paris! $eanne Caillard mostrou como a alta dos alu#uéis, principalmente a partir de .BDE, era uma das #randes causas de descontentamento! 3anto ue um dos primeiros atos do #overno republicano de 8e2esa =acional, proclamado em F de setembro de .BE/, 2oi instaurar uma moratGria dos alu#uéis -p!./D1 ?m ponto alto dessa bri#a 2oi a crise de .A./4.A.., na crise de carestia ue aumentou o preço de tudo! 8e2ende4se #reve dos alu#uéis e #reve das mães! 8e2ende uma série de medidas ue bene+ciasse o operário contra a crise! %& sindicato declara '#uerra ao cortiço(, denunciado como um viveiro de tuberculose9 si#no da penetração das campanhas hi#ienistas da época -p!./B1 Hárias seç)es da or#ani5ação se instala em bairros, protesta4se contra moradias insalubres, etc Mas, tudo acaba na primavera de .A.0! Mas, %!!!a e*peri;ncia nem por isso é menos histGrica -p!./B1
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Estruturas e u!ç"es da moradia operária ur#a!a !o s$culo %I%
?ma caracter
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=ão con2undir sentido de 2am
O amor à cidade
%"ssas pessoas t;m uma capacidade surpreendente de aproveitar as potencialidades da cidade, não apenas pelo ân#ulo econLmico, mas como local de pra5eres! 6 cidade é um mercado, uma oresta onde se pode caçar 2urtivamente, e a< se sobressaem principalmente as mulheres e crianças! -p!..D1 %3er uma cidade aberta, morar no centro, circular e utili5ar livremente o espaço pNblico9 eis, parece4me, tr;s reivindicaç)es 2undamentais -p!..D1 Uma cidade aberta
Ficar no centro
3;m horror às barreiras, as al2ânde#as, ue si#ni+ca mais impostos! 3ambém eram contra as 2orti+caç)es militares Oracassam em seus protestos @estos das anti#as 2orti+cação torna4se um local de mar#inais, a %5ona %6 histGria das arreiras e da Qona testemunham o es2orço incessante das classes populares em tirar partido desses limites da cidade constantemente mais recuados -p!..A1 %"sse ordenamento peri2érico, porém, não passa de um complemento ou de uma alternativa des2avorável! 6 ambição operária se inscreve no coração das cidades! R lá, no centro de tudo, ue se tem de viver e morar! -p!..A1 %Isso dá idéia do traumatismo ue representa auilo ue se costuma chamar de haussmanni5aão, essa operação conjunta de pol
&tili'ar li(reme!te o espaço p)#lico
%:ircular livremente, parar em ualuer lu#ar, morar e trabalhar em ualuer lado são condutas populares coletivas na Paris do século XIX! 8otadas de uma espantosa capacidade de utili5ar terrenos baldios e os locais constru
%"*pulsas das ruas, essas pessoas voltam maciçamente a elas nos per
:om o tempo cria4se a necessidade de um %lar, um local 2amiliar, privado!
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