Universidade Federal Do Paraná Setor de Ciências Humanas, Letras E Artes – SCHLA Departamento De Ciências Sociais Curso de Ciências Sociais Disciplina de Dinâmica da Sociedade Paradi!ma "e#eriano Pro$% Dra% Simone &eucci Aluno' (e!inaldo de Castro Castro Hirao)a A *tica *tica Protestante e o Esp+rito do Capitalismo Capitalismo FCHA&E-./ DE PA(.E D/ L0(/ A *.CA *.CA P(/.ES. P(/.ES.A-.E A-.E E / ESP1(./ ESP1(./ D/ CAP.ALS& CAP.ALS&/ / "E2E(, "E2E(, &a3% A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo% Capitalismo % S4o Paulo' Cia das Letras, 5667, p% 5898% Introdução A tese central da o#ra : o estudo das in$luências das ;uestlica e as correntes protestantes na constru?4o do capitalismo ocidental% "e#er constata ;ue e3iste rela?4o entre a posi?4o protestante e o ê3ito nos ne!>cios, comparados com os cat>licos% A causa estaria vinculada a :tica, ;ue na primeira primeira estava vinculada vinculada ao tra#al@o, tra#al@o, aproveita aproveitando ndo as oportunidade oportunidadess ;ue Deus colocava disposi?4o dos indiv+duos para au$erir seus !an@os% Caso o indiv+duo desperdi?asse a oportunidade seria uma decis4o contrária a vontade divina% Sur!em, ent4o, o conceito de voca?4o, de puritanismo, de racionalidade econBmica e de asce ascetis tismo mo como como aspe aspect ctos os si!n si!ni$i$ic icat ativ ivos os no apar aparec ecim imen ento to do esp esp+r +rito ito capitalista% Parte 1 /s dado dadoss ;ue ;ue !era !erara ram m a re$l re$le3 e34o 4o $ora $oram m cole coleta tado doss em dado dadoss esta estat+ t+st stic icos os de ocupa? ocupa?4o 4o pro$is pro$issio sional nal e sua rela?4 rela?4o o com a orient orienta?4 a?4o o con$es con$essio sional nal%% Cat>lic Cat>licos os #uscam $orma?4o @uman+sticas e protestantes #uscavam carreiras t:cnicas das empresas modernas% Esses dados indicam uma no?4o de tra#al@o como voca?4o, uma reli!i4o do tra#al@o% A constru?4o do tra#al@o em torno da ideia de salva?4o, semel@ante a voca?4o de um mon!e medieval em torno do tra#al@o devocional, condu uma especialia?4o do tra#al@o, ;ue s4o predominantemente protestantes, na Aleman@a e em outras re!i
sso se dá em parte por ;uestricas e ;ue as causas dos $atores econBmicos podem ser esta#elecidas pela perten?a a uma con$iss4o reli!iosa, e seus ca#edal patrimonial @erdado% Por ;ue os lu!ares de maior desenvolvimento econBmico $oram prop+cios a uma revolu?4o dentro da i!re=a A re$orma n4o eliminou o controle da i!re=a so#re a vida cotidiana, mas trou3e uma nova $orma de controle, mais opressiva e severamente imposta% .entase provar o desape!o do catolicismo e a suposta ale!ria materialista do protestantismo% / calvinismo mostrou ;ue e3iste al!o a o#servar no e3traordinário senso capitalista dos ne!>cios e as mais intensas $ormas reli!iosas% 2uscase, assim, uma e3plica?4o @ist>rica so#re as peculiaridades desse $enBmeno% / cat>lico %%%G : mais sosse!adoI dotado de menor impulso a;uisitivo, pre$ere um tra?ado de vida o mais poss+vel se!uro, mesmo ;ue com rendimentos menores, a uma vida arriscada e a!itada ;ue eventualmente l@e trou3esse @onras e ri;uesas% Di por !race=o a vo do povo' J#em comer ou #em dormir, @á de se escol@erK% -o presente caso, o protestante pre$ere comer #em, en;uanto ;ue o cat>lico ;uer dormir sosse!ado "E2E(, 5667, p% 97G%
Capítulo 2 Esp+rito do capitalismo' n4o s> realidade @ist>rica, mas o con=unto !en:tico de rela?sito $inal da vida% -a moderna ordem econBmica, o !an@o do din@eiro : o resultado e e3press4o da virtude e da e$iciência% A economia capitalista moderna $or?a o indiv+duo a se con$ormar s re!ras do comportamento capitalista% As ra+es do novo capitalismo vêm da n!laterra ;uando se esta#eleceu o cálculo do lucro% -a era pr:capitalista n4o @avia a utilia?4o racional do capital em empresas estáveis e a or!ania?4o racional capitalista do tra#al@o como $or?as dominantes na determina?4o da atividade econBmica% A isso denominouse tradicionalismo, em oposi?4o do esp+rito do capitalismo% 2ai3os salários s4o necessários para o desenvolvimento do capitalismo% Entretanto, #ai3os salários n4o si!ni$icam tra#al@o #arato% uando se dese=a produir #ens ;ue e3i=am ma;uinário caro e tra#al@o especialiado, #uscase o tra#al@o como voca?4o, atrav:s de uma a?4o educativa% / moderno empreendedor precisa calcular a arriscar, ser s>#rio e con$iável, perspica, devotado ao ne!>cio% ual;uer rela?4o entre as cren?as reli!iosas e a conduta :, em !eral, ausente e tende a ser ne!ativa% As pessoas im#u+das do esp+rito do capitalismo tendem @o=e a ser indi$erentes i!re=a% A reli!i4o apresenta se como um meio de a$astar as pessoas do tra#al@o neste mundo% / sistema capitalista precisa dessa devo?4o voca?4o para $aer din@eiro% -4o : mais necessário o suporte de ;ual;uer $or?a reli!iosa% A i!re=a rece#ia somas em din@eiro como $orma de pa!amento pelos pecados% Capítulo 3 Lutero desenvolveu, ao lon!o da primeira d:cada do seu tra#al@o como re$ormador, o conceito de voca?4o% 0oca?4o, como a valoria?4o do cumprimento do dever nos a$aeres seculares como a mais elevada $orma ;ue a atividade :tica do indiv+duo pudesse assumir% / conceito de voca?4o $oi introduido como do!mas em todas as denomina?lica% / Mnico modo de vida aceitável por Deus n4o estava no vida monástica, mas unicamente no cumprimento das o#ri!a?
A autoridade da 2+#lia $avorecia o conceito de tradicionalismo, em ;ue cada um deve sustentar a pr>pria vida, dei3ando ;ue os ateus corram atrás do lucro% -a era apost>lica, os crist4os viam as atividades mundanas com indi$eren?a% Como esperavam a vinda do Sen@or, cada um deveria $icar no seu posto e na mesma ocupa?4o em ;ue $oram encontrados% Para Lutero, o conceito de voca?4o permaneceu tradicionalista% / @omem deve aceitar como uma ordem divina% /s re$ormadores se interessavam pela salva?4o da alma% Entretanto, o calvinismo e demais seitas protestantes tiveram um papel important+ssimo no desenvolvimento do capitalismo% Entretanto, o catolicismo vê, at: o dias de @o=e, o calvinismo como seu real oponente% -4o se pode sustentar uma tese de ;ue o esp+rito do capitalismo possa ter sur!ido apenas como resultado da re$orma, mas e3istem rela?4o entre as $ormas de cren?a reli!iosa e as práticas :ticas% /s movimentos reli!iosos tam#:m in$luenciaram o desenvolvimento da cultura material%