Frigotto, Gaudêncio Título: Títu lo: Educ Educação ação e a cris crise e do capitalismo Este livro, de alguma forma, é a continuação mais eloqüente de produtividade da escola improdutiva, te!to que ainda "o#e é consulta o$rigat%ria para aqueles que desenvolvem m pesquisas na &rea de Educação e Tra$al"o' Essa lin"a de continuidade entre duas o$ras separadas por uma década constitui um dado alentador e tr&gico ao mesmo tempo' lentador, lentador, porque Frigotto Frigotto continua discu ( tindo de forma clara e decidida os enfoques Economicistas que redu)em a educação a um mero fator de produção, a *capital "umano*' ++ Tr&gico, porque esta ltima perspectiva continua e!pandindo(se com novas roupagens, com inéditas e sedutoras m&scaras, que convencem, inclusive, muitos intelectuais que a com$atiam no passado' Tal continuidade entre am$os os tra$al"os não deve nos fa)er pensar que, em seu novo livro, Frigotto Frigotto limita(se a denunciar que *o vel"o* ainda não morreu morreu e que *- novo é apenas uma armadil"a que enco$re um status quo imune ao passar do tempo' .ustamente .ustamente um dos valores mais destacados deste tra$al"o reside e m que o autor pretende discutir a racionalidade /ou irracionalidade0 que encerra m os enfoques do neo(capital "umano no atual conte!to c onte!to de profundas mudanças vivida s pelas sociedades de classe neste 1m de século'2 especi1cidade da crise estrutural que atravessa "o#e o capitalismo real é o marco no qual co$ram materialidade as perspectivas discutidas pelo autor' - novo livro de Gaudêncio Frigotto Frigotto a#uda(nos a pensar que é possível renascer das cin)as, que é possível e necess&rio lutar por um mundo mais #usto e igualit&rio' 3implesmente, porque a "ist%ria ainda não terminou'
EDUCAÇÃO E A CRISE DO CAPITALISMO CAPITALISMO REAL PREFÁCIO -s socialistas estão aqui para lem$rar ao mundo que em primeiro lugar devem vir 4s pessoas e não a produção' s pessoas não podem ser sacri1cadas' 5em tipos especiais de pessoas os espertos6, os fortes, os am$iciosos, os $elos, aquelas que podem um dia vir a fa)er grandes coisas nem qualquer outra' Especialmente aquelas que são apenas pessoas comuns / ''' 0' 7 delas que trata o socialismo8 são elas que o socialismo defende' - futuro do socialismo assenta(se no fato de que continua tão necess&rio quanto antes, em$ora os argumentos a seu favor não se#am os mesmos em muitos aspectos' sua defesa assenta(se no fato de que o 92( capitalismo ainda cria contradiçes e pro$lemas que não consegue resolver'
Enc ;o$s$a
$0 epígrafe de ;o$s$a
E aqui co$ra sentido a dupla tarefa crítica 4 qual se prope Frigotto' Frigotto' Em primeiro lugar, discutir as novas concepçes do *capital "umano* que se respaldam na suposta legitimidade das teses do 1m da "ist%ria e das ideologias, segundo as quais /e afortunadamente0 o mundo é e ser& para sempre capitalista' recusa de tais perspectivas condu) o autor a discutir a validade das posiçes que as caracteri)am no plano educacional' Frigotto Frigotto analisa assim três categorias $&sicas no discurso neoli$eral dos "omens de neg%cio, dos organismos internacionais, das $urocracias governamentais conservadoras e dos intelectuais reconvertidos: *sociedade do con"ecimento*, *educação para a competitividade* com petitividade* e *formação a$strata e polivalente*' Em segundo lugar, reali)a uma crítica não menos radical aos enfoques defendidos por três autores que, desde %ticas não convergentes e diferenciados ainda da trivialidade que caracteri)a os admiradores do capitalismo p%s( industrial, *aca$am silenciando o u eliminando os grupos ou classes sociais fundamentais e os movimentos com eles articulados como su#eitos da "ist%ria, /o qual os condu)0, ironicamente, a reforçar a tese do 1m da "ist%ria*: dam 3c"aH, Ilaus aHe e Jo$ert Kur)' 5o conte!to de um capitalismo transformado, e não por isso mesmo e!cludente e discriminador, Frigotto Frigotto desenvolve uma minuciosa an&lise mar!ista da educação' Enfoque mar!ista que, na medida em que é aplicado a ele pr%prio, reformula(se e enriquece(se' ogo, de certa forma, este livro difere da citada o$ra produtividade da escola improdutiva' - leitor encontrar& aqui novos conceitos, novos percursos te%ricos, novas perguntas e tam$ém, certamente, novas respostas a vel"as perguntas' @or ltimo, este livro possui um inestim&vel valor político' Ele contri$ui com um con#unto de idéias relevantes no campo da ação política e, ao mesmo tempo, est& inspirado na necessidade de aprofundar, defender e ampliar as e!periências e!periências democr&ticas de resistência e oposição ao programa de a#uste neoli$eral e!istentes em nossos países' 5o plano educacional, as re?e!es de Frigotto inserem(se inserem(se e inspiram(se i nspiram(se numa multiplicidade de e!periências e!periências alternativas de gestão que foram /e estão sendo0 desenvolvidas no rasil por administraçes po( pulares: @orto legre, legre, elo ;ori)onte, ngra dos Jeis e muitas outras que constituem "o#e um modelo de gestão e1ciente e democr&tica de uma política educacional p$lica e de qualidade' Tais Tais e!periências inspiram o autor deste livro e são uma referência referência t&cita ao longo de todos os capítulos que compem o presente volume' - novo livro de Gaudêncio a#uda(nos a# uda(nos a pensar que é possível *renascer *renascer das cin)as*, que é possível e necess&rio lutar por um mundo mais #usto e igualit&rio' 3implesmente, porque porque a "ist%ria ainda não terminou' @a$lo Gentili Jio de .aneiro, maio de L==M
INTRODUÇÃO 7 difícil, mesmo para aqueles que transformaram o mar!ismo /de ar!0 de teoria da "i st%ria e profunda ontologia em doutrina ou crença, não recon"ecer o colapso do sociali smo realmente e!istente e a necessidade de questionar pressupostos te%ricos e estr atégias políticas que tomaram como referência o pensamento e a o$ra de ar! e Engels' +sto, todavia, não signi1ca, como veicula a ideologia "o#e "egemDnica, que o pro#eto socialistil é uma quimera do passado, a teoria "ist%rica de ar! e Engels est& morta e, 1nalmente, a "umanidade aprendeu a respeitar as leis da li$erdade natural do mercado, da livre concorrência e que, po rtanto, o capitalismo é a forma de organi)ação social de1nitiva e dese#&vel da "umanida de' Este livro8 que trata das relaçes tra$al"o(educação dentro das profundas transformaçes des te 1nal de século, por ra)es éticas, te%ricas e políticas, é um esforço de remar contra a c rrente' @rimeiramente, sustentamos que o capitalismo deste 1nal de século enfrent a sua crise estrutural mais profunda e sua perversa recomposição vem se materiali)an do nas inmeras formas de violência, e!clusão e $ar$&rie' 7 preciso, pois, mostrar, sem co ncesses, a crise e - colapso do capitalismo (Em segundo lugar, entendemos que as concepçes ontol%gicas e te%ricas do processo "ist%ric o ela$oradas por ar! e Engels e desenvolvidas por outros mar!istas como Gramsci , continuam sendo a $ase que nos permite uma an&lise radical para desvendar a nature )a e especi1cidade das relaçes capitalistas "o#e e, especi1camente, da pro$lem&tica do tra$al"o e da educação' ase, tam$ém, para, na e!pressão de Eric ;o$s$a
aca$am tra$al"ando mais o plano l%gico e racionalista que efetivamente o plano "ist%rico da realidade' Três ra)es de ordem te%rica e 2ético(política nos animam a prosseguir a an&lise da educação suas relaçes com a produção material /economia0 e, mais ampla( mente, com a produção ideol%gi e sim$%lica /idéias, valores, concepçes, con"ecimentos etc'0 no terreno do mar!ismo' +s to não nos e!ime da necessidade de dialogar e de$ater com contri$uiçes que, não pertenc endo a esta tradição te%rica ou até com$atendo(a, são valiosas e indispens&veis para a compr ensão da pro$lem&tica aqui analisada' primeira, nos é sinteti)ada por .ame'son /L==N0 quando nos lem$ra que *o mar!ism o é a ciência do capitalismo* e, portanto, não podemos postular sua morte se o seu o$# eto não des4pareceu' o contr&rio, di) o autor, o mar!ismo é a nica teoria capa) de pensa r o capitalismo dentro de uma perspectiva "ist%rica e dialética evitando reducionism os, não sendo, todavia, imune a estes reducionismos e 4 rei1cação conceitua+' segunda ra)ão é e!plicitada por @aola anacorda /L=ON0, ao a1rmar que uma teoria não deve ser a$andonada porque enfrenta pro$lemas novos' Pma teoria é superada quand o não tem capacidade de nos a#udar a analisar estes pro$lemas' 5este particular, u ma ve) mais, .ameson quali1ca a nature)a (da,crise do mar!ismo' s crises do paradigma mar!ista sempre ocorreram e!atamente nos momentos em que seu o$#eto de estudo fundamental('(o capitalismo (parecia estar mudando de aparência, ou passand o por mutaçes imprevistas e imprevisíveis' @or 1m, ca$e insistir na tarefa da esquerda, particularmente dos socialistas, d e não aderir ao pragmatismo do capitalismo que glo$ali)a sua forma de e!tração de mais (valia e rede1ne suas formas de e!clusão' @elo contr&rio, como assinala nderson /L ==M0, os que lutam para superar as relaçes capitalistas de produção da e!istência, por se rem essencialmente e!cludentes, devem aprender da direita a não transgredir princípi os ideol%gicos e te%ricos' - autor adverte(nos de que, na década de NQ, ;aReS era uma v o) isolada quando postulava a restrição 4 li$erdade e 4 democracia como fundamentais par a o sucesso capitalista' Trinta anos depois suas teses são a $ase da onda neoli$er al que avassala o mundo' 5este sentido, ao mesmo tempo que devemos ctm$ater te%ri ca e politicamente a tese do mercado como regulador das relaçes "umanas mostrando s ua incapacidade de regular direitos fundamentais /sade, educação, cultura etc'0, neces sitamos a1rmar a democracia como valor universal e a solidariedade como $ase da utopia socialista' - pressuposto fundamental da an&lise materialista "ist%rica é de que os fatos sociais
não são descolados de uma materialidade o$#etiva e su$#etiva e, portanto, a construção do con"ecimento "ist%rico implica o esforço de a$stração e teo( ri)ação do movimento dialético / ?itante, contradit%rio, mediado0 da realidade' Trata(se de um esforço de ir 4 rai) das determinaçes mltiplas e diversas /nem todas igualmente importantes0 que constituem d eterminado fenDmeno' preender as determinaçes do ncleo fundamental de um fenDmeno, sem o que este fenDmeno não se constituiria, é o e!ercício por e!celência da teori)ação "ist%rica ascender do empírico conte!tuali)ado, particulari)ado e, de início, para o pensament o, ca%tico (ao concreto pensado ou con"ecimento' Ion"ecimento que, por ser "ist%rico e comple!o e por limites do su#eito que con"ece, é sempre relativo'
educação no rasil, particularmente nas décadas de UQ e VQ, de pr&tica social que se d e1ne pelo desenvolvimento de con"ecimentos, "a$ilidades, atitudes, concepçes e val ores articulados 4s necessidades e interesses das diferentes classes e grupos socia is, foi redu)ida, pelo economicismo, a mero fator de produção (*capital "umano*' sc eticamente a$straída das relaçes de poder, passa a de1nir(se corno urna técnica de pre parar recursos "umanos para o processo de produção' Essa concepção de educação corno *fator econDmico* vai constituir(se numa espécie de fetic"e, um p-der em si que, urna ve) a dquirido, independentemente das relaçes de força e de classe, é capa) de operar o *mila gre* da equali)ação social, econDmica e política entre indivíduos, grupos, classes e naçes' 5o livro produtividade da escola improdutiva: um /re 0e!ame das relaçes entre edu cação e estrutura econDmica capitalista /Frigotto, L=ON0, $uscamos analisar: os pressu postos e estrutura interna da *teoria do capital "umano*8 as condiçes "ist%ricas no c apitalismo monopolista que demandaram, produ)iram e con1guraram este con#unto de idéias, conceitos e doutrina que, ao mesmo tempo, ocultam seus fundamentos8 a mec anicidade das an&lises que $uscam vincular ou desvincular linearmente a educação do pr ocesso de produção8 as conseqiiências do economicismo no plano político( educacional $rasil eiro8 e, por 1m, os elementos te%ricos e político(pr&ticos de *inversão de sinal* es$oçad o pela sociedade $rasileira, materiali)ado na luta por um pro#eto educativo artic ulado aos interesses dos tra$al"adores' Formulada no $o#o das teorias do desenvolvimento nos centros mais avançados do cap italismo monopolista, a *teoria do capital "umano* disseminou(se, sendo rapidame nte a$sorvida pelos países do *Terceiro undo*' 5o rasil e, mais amplamente, na mérica atina, fe ) escola' 7 no 1nal da década de UQ que os programas de p%s(graduação em educação e as facul ades de educação introdu)em nos seus currículos a disciplina Economia da Educação'
2* -s efeitos do economicismo na política educacional, reforçado pela ideologia do re gime militar, se e!pressaram, negativamente, de 22/&rias formas: pelo desmantelame nto da escola p$lica e refdrWo da educação corno *neg%cio*8 pelo dualismo que materiali )ava urna quantidade e qualidade de serviços educacionais diversos para as classes tra$al"adoras e classe dominante8 pelo tecnicismo e fragmentação que diluíram e esmae ceram o processo de con"ecimento8 pela proletari)ação do magistério p$lico etc' Efeitos que perduram e, em muitos casos, se agravam' Be) anos depois, num conte!to da crise do Estado de em(Estar ou do modelo fordi sta de regulação social que sustentou o padrão de acumulação do capitalismo nos ltimos MQ a nos e dos mecanismos de reestruturação econDmica marcada pela e!clusão, este tra$al"o $u sca, fundamentalmente, analisar duas ordens de questes' primeira sinali)a que as novas demandas de educação e!plicitadas por diferenteX do cumentos dos novos sen"ores do mundo (F+, +B, +JB (e seus representantes regi onais IE@, etc' ($aseadas nas categorias sociedade do con"ecimento, qualidad e total, educação para a competitividade, formação a$strata e polivalente, e!pressam os limites das concepçes da teoria do capital "umano e as rede1nem so$ novas $ases' E ste movimento de mudança das categorias e a necessidade de conservar a nature)a e! cludente das relaçes sociais, especi1cam os dilemas e contradiçes que o capital e os "omens de neg%cio "istoricamente encontram para adequar a educação aos seus interesses ' E!plicita, de igual modo, um espaço de contradição dentro do qual é possível desenvolver urna alternativa de sociedade e de educação democr&ticas que concorrem para a emancip ação "umana' segunda centra(se na apreensão crítica das teses do 1m da sociedade do tra$al"o e na perda da centralidade do tra$al"o como categoria de an&lise das relaçes sociais' Esta ordem de questes se apresenta como uma pro$lemati)ação te%rica para aqueles que têm no tra$al"o, nas suas diversas formas "ist%ricas, uma categoria central na compree nsão das relaçes sociais e, dentre estas, os processos e as relaçes educativas' - pressuposto do qual partimos neste tra$al"o é que estas duas ordens de questes di ferem e, de um modo geral, são con?itantes, mas que, parado!almente, se articulam
, se reforçam e se identi1cam em alguns aspectos, como é o caso da idéia de soçiedade d o con"ecimento e do desaparecimento das classes sociais' m$as, por camin"os div ersos, se desenvolvem a partir da apreensão que fa)em da crise do Estado de em(Es tar ou, mais amplamente, da crise do capitalismo e do socialismo real nestas ltim as décadas /anos VQY=Q0' EBPIZ[- I-- I@3-I+ BE B+3@PT ;EGE\5+I educação, quando apreendida no plano das determinaçes e relaçes sociais e, portanto, ela mesma constituída e constituinte destas relaçes, apres enta(se "istoricamente como um campo da disputa "egemDnica' Esta disputa d&(se na pe rspectiva de articular as concepçes, a organi)ação dos processos e dos contedos educativ os na Xescola e, mais amplamente, nas dife( rentes esferas da vida social, aos inte resses de classe' 5este tra$al"o, elegemos como foco principal de preocupação retomar algumas questes n o Cm$ito das relaçes entre sociedade, processo produtivo, processo de tra$al"o e educ ação ou quali1cação "umana que têm sido tratadas por diferentes campos do con"ecimento: E conomia, Economia da Educação, 8X 3ociologia, 3ociologia do Tra$al"o, @sicologia 3oc ial e a pr%pria Filoso1a etc' Em$ora nossa ênfase se#a no Cm$ito da Economia da Educação, é impossível elim inar a necess&ria relação que mantém com os demais campos disciplinares' -u se#a, não "& ra) s de ordem epistemol%gica para 1!ar fronteiras rígidas #& que todos estes campos, mes mo recon"ecendo que sua especi1cidade não pode ser negada, têm como o$#eto de an&lise imediaticidade fenomênic a ou no plano político(#urídico e ideol%gico, como sendo a pr%pria realidade concreta' @ or este ardil, 5o seu Cm$ito mais amplo, são questes que $uscam apreender a função social dos diversos p rocessos educativos aca$a(se confundindo os processos "ist%ricos que mudam, 4s ve)e s profundamente, a estrutura social, os processos produtivos, na produção e reprodução das relaçes sociais' 5o plano mais a divisão e o contedo do tra$al"o, os process os educativos especí1co, tratam das relaçes entre a estrutura econ%mico(so (e as form as de reprodução da força de tra$al"o, como neces cial, o processo de produção, as mudanças tecnol%gicas, refuncionali)ação das relaçe ociais dominantes ,
processo e divisão do tra$al"o, produção e reprodução da força com as transforma2çes fund ntais que mudam e alteram a de tra$al"o e os processos educativos ou de formação "umana* nature)a destas relaçoes ' 'Y lém da reprodução, numa escala ampliada, das mltiplas "a$ilidades sem as quais a ativi dade produtiva não poderia ser @or diferentes cami'i"os de car&ter determinista e m ecanicista, este risco assume um car&ter mais crucial na medida reali)ada, o compl e!o sistema educacional da sociedade é em que se tomam as mudanças tecnol%gicas e *das formas da tam$ém respons&vel pela produção e reprodução da estrutura socia$ilidade capitalista* ( reais e' profundas (, como a de valores dentro da qual os indivíduos de1nem seus pr%prios superação tout court de stas relaçes sociais capitalistas'2 o$#etivos e 1ns especí1cos' s re.açes sociais de produção capitalistas não se perpetuam automaticamente' /és)&ros, L=OL: >UQ0 5o plano da concepção da realidade "ist%rica não est amos, pois, diante de um em$ate novo, mas apenas de questes e pro$lemas que assum em um contedo "ist%rico especí1co dentro das novas formas da socia$ilidade capitalis ta' 5a verdade, são questes que engendram um vel"o de$ate travado, não apenas noXm$it o da economia cl&ssica li$eral /dam 3mit" e 3tuart i+l0 e cl&ssica mar!ista /ar! e Engels0, mas, mais amplamente, no con#unto**Xo pensamento que em$asa o ide&rio da sociedade capitalista e Wlas perspectivas que l"e são antagDnicas ' @or esta ra)ão, podemos perce$er que a e!plicitação do papel social da educação, ou especi 1camente da relação entre o (processo de produção e os processos educativos ou de formação "umana, vem marcada por concepçes con?itantes e, so$retudo, antagDnicas' Besde os a nuscritos Filos%1cos de LONN e ao longo de sua o$ra, ao referir(se aos fundadores da economia cl&ssica li$eral ou aos apologetas das relaçes sociais da sociedade capitalista nascente, ar! insiste em mostrar que suas representaçes e!plicitam como se produ) dentro da relação capitalista, mas não como se produ) esta pr%pria relação: economia política parte do facto da propriedade privada' 5ão o e!plica' Ionce$e o processo material da propriedade privada, como ele ocorre na realidade, em f%rmula s gerais e a$stmctas, que em seguida l"es servem de leis' não compreendem + tais' leis, isto é, não demonstram como elas derívam da essência da propriedade privada'
o elidir as determinaçes que produ)em as relaçes sociais capitalistas, estas passam a ser conce$idas como naturais e, portanto, independentes da ação dos "omens' tese do mundo p%s("ist%rico /FuSuRama, L==>:LQL0 constitui(se "o#e na e!plicitação mais anacrDn ica, vulgar, perversa e cínica da saída neoconservadora da naturali)ação do mercado como o *deus* regulador do con#unto das relaçes e necessidades "umano(sociais' 5este te!to' introdut%rio, cu#o o$#etivo é o de, ao situar a nature)a "ist%rica desse em$ate, apreender a pro$lematicidade' perspectiva crítica mais atual e radical da falsidade deste pressuposto e a e!pl icitação da nature)a classista, e!cludente e alienadora da sociedade capi talista, na sua gênese2 e na sua *anatomia* geral, é, ainda, sem dvida, a o$ra de ar! e Engels, particularmente - cgpital /não importa o descaso dos adeptos do mundo *p%s("ist%rico*0 ' 5esta crítica e!plicita(se tanto o car&ter de positividade da revolução $urguesa nas r elaçes de produção e polítictts, na ruptura das vises metafísicas teocêntricas de con"ecim e um amplo desenvolvimento da ciência modema, quanto o car&ter de negatividade pela cristali)ação de uma nova relação classista e, portanto, de e!ploração e alienação'> s an&lises de E' ;o$s$a
i+l0 e cl&ssica mar!ista /ar! e Engels0, mas, mais amplamente, no no con#unto do pensamento que em$asa o ide&rio da sociedade capitalista e Wlas perspectivas que l"e são antagDnicas ' @or esta ra)ão, podemos perce$er que a e!plicitação do papel social da educação, ou especi1camente da relação entre o (processo de produção e os processos educativos ou de formação "umana, vem marcada por concepçes con?itantes e, so$retudo, antagDnicas' Besde os anuscritos Filos%1cos de LONN e ao longo de sua o$ra, ao referir(se aos fundadores da economia cl&ssica li$eral ou aos apologetas das relaçes sociais da sociedade capitalista nascente, ar! insiste em mostrar que suas representaçes e!plicitam como se produ) dentro da relação capitalista, mas não como se produ) esta pr%pria relação: economia política parte do facto da propriedade privada' 5ão o e!plica' Ionce$e o processo material da propriedade privada, como ele ocorre na realidade, em f%rmulas gerais e a$stmctas, que em seguida l"es servem de leis' não compreendem tais' leis, isto é, não demonstram como elas derívam da essência da propriedade privada' /ar!, L=UN: LMV(O0 o elidir as determinaçes que produ)em as relaçes sociais capitalistas, estas passam a ser conce$idas como naturais e, portanto, independentes da ação dos "omens' tese do mundo p%s("ist%rico /FuSuRama, L==>:LQL0 constitui(se "o#e na e!plicitação mais anacrDnica, vulgar, perversa e cínica da saída neoconservadora da naturali)ação do mercado como o *deus* regulador do con#unto das relaçes e necessidades "umano(sociais'introt%rcu#oo$#etoé que o mesmo engendra nas formas atuais da socia$ilidade capitalista, vamos situa r: os dilemas da $urguesia nascente so$re a questão educativa8 a estratégia reiterat iva da segmentação e do dualismo como forma de su$ordinar os processos educativos ao s interesses da reprodução das relaçes sociais capitalistas8 e o car&ter perverso desta s u$ordinação na realidade ($rasileira'] Em seguida, vamos sinali)ar o conte!to (em qu e a educação é alçada ao status de capital*"umano, elemento especí1co da teoria conservad ora do desenvolvimento, e os camin"os que assumiu a crítica a esta perspectiva no campo educacional, no rasil' @or 1m, vamos e!por a nature)a das questes apresent adas como desa1o te%rico e político(pr&tico na relação tra$al"o(educação, e a *nova* função dos sistemas educativos diante das novas formas assumidas pelas relaçes sociais de produção num conte!to de crise do modelo de desenvolvimento que sustentou o process
o de acumulação capitalista nos ^ltimos cinqüenta anos' L' segmentação e fragmentação como estratégias da su$ordinação dos processos educativos ao apital 5a sua formulação mais geral, a an&lise das relaçes entre o processo de produção e as pr&tic educativas, desde a perspectiva cl&ssica li$eral ou neoli$eral, é e!plicitada pela c oncepção de que a sociedade é constituída por fatores onde, em determinado período, um des tes fatores é o fundamental e determinante, como por e!emplo, a economia, e em out ros ser& a política, a religião' /Aer KosiS, L=OU: ==(LQO0 @or esta perspectiva, o tra $al"o, a tecnologia, a educação sXo conce$idos como fatores' educação e a formação "umana terão como su#eito de1nidor as necessidades, as demandas do processo de acumulação de capital so$ as diferentes formas "ist%ricas de socia$ilidade que assumir' -u se#a , reguladas e su$ordinadas pela esfera privada, e 4 sua reprodução' 5uma perspectiva "ist%rica de an&lise, ar! e Engels, e a escola mar!ista, de um mod o geral, conce$em a realidade social como uma estrutura, uma totalidade de relaçes onde, em sua unidade diversa, o con#unto de relaçes sociais e econDmicas, por serem i mperativas na produção da vida material dos seres "umanos, constituem(se na $ase a p artir da qual se estrutura e se condiciona a vida social no seu con#unto' Iomo, 'em diferentes momentos, estes autores insistem, o car&ter fundamental das relaçes so ciais de produção não confere 4s mesmas a de1niçã_ nica e isolada das demais determinaçes' elaçes econDmícas são, antes de tudo, relaçes sociais e, enquanto tais, engen`am todas as d mais' - ser "umano que atua na reprodução de sua vida material o fa) enquanto uma to talidade psicofísica, cultural, política, ideol%gica etc' - tra$al"o, nesta perspectiva, não se redu) a *fator*, mas é, por e!celência, a forma mediante a qual o "omem produ) suas condiçes de e!istência, a "ist%ria, o mundo propria mente "umano, ou se#a, o pr%prio ser "umano' Trata(se de uma categoria ontol%gica e econDmica fundamental' educação tam$ém não é redu)ida a fator, mas é conce$ida como uma pr& a social, uma atividade "umana e "ist%rica que se de1ne no con#unto das relaçes soci ais, no em$ate dos grupos ou classes sociais, sendo ela mesma forma especí1ca de relação social' - su#eito dos processos educativos aqui é o "omem e suas mltiplas e "is t%ricas necessidades /materiais, $iol%gicas, psíquicas, afetivas, estéticas, ldicas0' l uta é #ustamente para que a quali1cação "umana não se#a su$ordinada 4s leis do mercado e 4 sua adapta$ilidade e funcionalidade, se#a so$ a forma de adestramento e treiname nto estreito da imagem do mono domesti1c&vel dos esquemas taRloristas' ** quali1cação "umana di) respeito ao desenvolvimento de condiçes físicas, mentais, af etivas, estéticas e ldicas do ser "umano /condiçes omnilaterais0 capa)es de ampliar a capacidade de tra$al"o na produção dos valores de uso em
geral como condição de satisfação d as mltiplas necessidades do ser "umano no seu devenir "ist%rico' Est&, pois, no plano dos direitos que não podem ser mercantili)ados e, quando isso ocorre, agride(se e lementarmente a pr%pria condição "umana'
$ @or ser o tra$al"o o pressuposto fundante do devenir "umano, ele é o princípio edu cativo e, portanto, é fundamentCl que(((todo o ser "umano, desde a mais tenra idade, sociali)e este pressuposto' 7 desta com'p reensão do tra$al"o como criador da realidade "umana /não enquanto visão62 morali)ante, pedagogista0 que ar! e Erigels postulam a união do tra$al"o manual, industrial, produtivo, com o tra$al"o intelectual' 5em ar! nem Engels de1nem a forma e o contedo que esta 08 categoria antedíluviana /como eles pr%prios lem$ram0 vai as' sumir "istoricamente' 5a $ase da an&lise do seu tempo "ist%ri co e na perspectiva do avanço tecnol%gico e, portanto, da potenciação das forças produtivas , apontam a "ip%tese da superação ]do tra$al"o manual aca$run"ador e a possi$ilidade d a redução do tra$al"o so$ o mundo da necessidade e a dilatação do mundo da li$erdade' Es ta possi$ilidade8 na sua forma mais plena, implica a supressão da relação capitalista que, dominantemente, transforma o tra$al"o de criador da vida "umana em alienador da vida do tra$al"ador' o tratar da função social e da crise da educação, no interior da crise do capitalismo c ontemporCneo e de suas instituiçes, és)&ros, de forma clara, situa a questão central media nte a qual podemos analisar o confronto das perspectivas acima: 3e essas instituiçes (inclusive as educacionais ] foram feitas para os "omens, ou se os "omens devem continuar a servir 4s relaçes sociais de produção alienadas (:(é esse YQ verdadeiro tema do de$ate' /és)&ros, L=OL: >V>0 XX - car&ter su$ordinado das pr&ticas educativas aos interesses do capital "istorica mente toma formas e contedos diversos, no capitalismo nascente, no capitalismo mo nopoliXta e no capitalismo transnacional ou na economia gl-$ali)ada' Em $oa medi da, a literatura nos revela as formas especí1cas desta su$ordinação e não é o$#etivo deste tra$al"o e!p(+as' Ia$e, apenas, registrar que o car&ter e!plícito desta su$ordinação é de uma clara diferenciação da educação ou formação "umana par asses dirigentes e a classe tra$al"adora' Esta su$ordinação nem sempre é de f&cil dissimulação2 5,t, ao longo do desenvolvimento do si stema capitalista' ssim, por diferentes manXras, o car&ter contradit%rio das relaçes s ociais capitalistas poN,e ser e!plicitado Xo Cm$ito das relaçes ,/ entre a soc+edade
e os22@rocessos educat+A-3, ou destes com o processo produtivo' +sto nos indica, de um lado, que ocapital é prisioneiro de sua contradição, de seus limites de concepção / fragment&ria0 da realidade, portanto não é onisciente e, de outro, que é confrontado por interesses da classe tra$al"adora que l"e são antag%nicos' 5o plano "ist%rico mais distante, o invent&rio das posiçes entre os fundadores do li$er alismo cl&ssico e entre os iluministas sinali)a como a questão da educação na perspectiv a da su$ordinação das relaçes capitalistas é, ao mesmo tempo, necess&ria e pro$lem&tica' ;& um lado, a necessidade de que a reprodução da força de tra$al"o se#a moldada, for#ada, fa$ricada para a disciplina e su$ordinação das novas relaçes de produção mas, ao mesmo tem po, "& a necessidade de esta$elecer uma distinção clara com as formas servis e escravo cratas do ancien '' reg+me' X ntes mesmo da consolidação dos sistemas de ensino, em LVMV, Aoltaire recomendava ao rei da @rssia que a canal"a não era digna de ser esclarecida: canal"a /as massas0 é indigna de ser esclarecida /'''0 é essencial que "a#a co)in"eiros ignorantes / ''' 0 e o que é de lei é que o povo se#a guiado e não se#a instruído' /pud rroRo' L=OV: VM0 Em2 contrapartiqa, na mesma época, Biderot fa)ia a recomendação 4 imperatri) da @rssia, de fendendo a instrução para todos' Jousse4u, em$ora com uma perspectiva de condenação 4 ciênci ao progresso técnico, por confundir, como mostrar& mais tarde ar!, a forma "ist%rica capitalista de produção e utili)ação da ciência e das m&quinas, com o pr%prio progresso técnico, coloca(se numa perspectiva oposta 4 de Ao ltaire e rompe com os ideais da +lustração' /5osella, L=VV: N(M0 s referências de 3m it" de uma instrução em doses "omeop&ticas e, um século mais tarde .' ilb /LONO0, de um a educação nacional das criapças das classes tra$al"adoras para o cultivo do $om senso e que tudo o mais é *so$retudo decorativo*, camin"am na mes ma direção' 5a medida, todavia, em que o sistema capitalista se solidi1ca e os sistemas edu cacionais se estruturam, assume nitide) a defesa da universali)ação dualista, segmen tada: escola disciplinadora e adestradora para os 1l"os dos tra$al"adores e esc ola formativa para os 1l"os das classes dirigentes' Besttut de TracR, no 1nal do século A+++ e alvorecer do século +, no conte!to da s concepçes naturalistas e organicistas, e no $o#o da estruturação origin&ria do conceito de ideologia como sendo a ciência das idéias, e!pe como natural a e!istência de uma es cola e de uma formação dualista' Befende tam$ém como natural, a su$ordinação do ensino e q uali1cação das classes tra$al"adoras 4s
necessidades imediatas da produção, enquanto os f il"os das classes dirigentes deveriam ser preparados para governar: -s "omens de classe oper&ria têm desde cedo necessidade do tra$al"o de seus 1l"os' Essas crianças precisam adquirir desde cedo o con"ecimento e so$retudo o "&$ito e a tradição do tra$al"o penoso a que se destinam' 5ão podem, portanto, perder tempo nas escolas' /' ''0 -s 1l"os da classe erudita, ao contr&rio, podem dedicar(se dedicar(se a estudar durante muito tempo8 têm muitas coisas para aprender para alcançar o que se espera deles no futuro' futuro' /' ''0 Esses são fatos que não dependem de qualquer vontade "umana8 decorrem necessariamente necessariamente da pr%pria nature)a dos "omens e da socie dade: ninguém est& em condiçes de mud&(los' @ortanto trata(se de dados invari&veis dos quais devemos partir' /Besttut, L=QO0 N c (((((('(((((((((((( Besttut conclui que todo Estado $em administrado deve providenciar dois tipos de sistema de instrução totalmente distintos' ar! e Engels, em$ora não ten"am efetivado uma an&lise '(( especí1ca da questão educacional, em diferentes diferentes momentos 2criticam a perspectiva unilateral da su$ordinação da escola ao capital so$ as relXçes capitalistas e os mecan ismos i smos de $urla 4s parcas conquist4,W,dos tra$al"adores contempladas nas cl&usulas so$re educaçãW nas leis fa$ris' Em suas o$ras, em / diferentes momentos, delineiam( se as $ases 1los%1cas de uma iW concepção omnilateral de educação e de quali1cação "umana, insc ita no "ori)onte da instauração de novas 2relaçes sociais 0 dentro de uma nova socied&de' N , *::. 5os séculos + e , particularmente nos países europeus, ocorrem reformas educ acionais, mudanças de perspectivas pedag%gicas, massi1cação e elevação dos níveis de escol Bentre as três mudanças mais signi1cativas deste 1nal de século, apontadas por ;o$s $a$0, uma é a da crescente intelectuali)ação e, portanto, de elevação dos2patamares educacionais em todo o mundo' Be forma cada ve) mais dissimulada, todavia, o des envolvimento dos sistemas de ensino solidi1caram uma estrutura dualista e segme ntada que perdura até o presente, ainda que de forma diferenciada, diferenciada, em conte!tos es pecí1cos nas diferentes formaçes sociais capitalistas'2 capitali stas'2
@arado!almente, @arado!almente, é da França #& no ocaso do século contrastando com o ide&rio da Jevolução rguesa que "& mais de dois séculos proclamava a defesa da 2escola p$lica, gratuita, universal e l aica (, que nos c"egam as an&lises sociol%gicas mais agudas que demonstram o car&ter d ominantemente reprodutor, reprodutor, dualista e classista da educação, com ourdieau ` @asseron @asseron /L=VM0, audelot ` Esta$let /L=VL0 e Esta$let /l=On an&lise da ed]ucaçX no .rasil (desde o +mpério e a sua *$oa sociedade* 4s délrb''arc"es délrb''arc"es da Jep$lica Ael"a e até os dias atuais da Jep$lica (nos traça um quadro de e!trema pe rversidade, 3omente em L=Q se efetiva um esforço para a criação de um sistema naciona l de educação, mas c"egamos em L== colocando no te!to da nova B, $argan"ada e apr ovada na ICmara dos Beputados, com a o$rigatoriedade rea+ apenas até o quinto ano de escolaridade, pro!imadamente pro!imadamente V mil"es de crianças estão fora da escola, mais de >Q mil"es de analfa$etos a$solutos e OQ da população com uma alfa$eti)ação alfa $eti)ação prec&ria, s ra)e esta perversidade são de v&rias ordens, pontamos aqui apenas o "ori)onte por onde e ntendemos as determinaçes mais estruturais, 5um primeiro plano situam(se o fato de sermos uma X sociedade que de1niu sua in dependência pelas mãos do coloW ni)ador, ;erdamos, ;erdamos, pois, uma matri) cultural $astante peculiar, Xonde o coloni)ado se identi1ca com o coloni)ado pagam( se as raí)es ou são renegadas, @er1lamos @er1lamos uma relação de su$missão, 5o passado mais remoto, essa su$m issão se dava em relação aos conquistadores e coloni)adores, ;o#e, continuamos a ser c oloni)ados mediante a integração su$ordinada ao grande capita 5ão s% somos a sociedade que mais retardou a li$ertação dos escravos, como pertencemos 4quelas que os analistas situam como de Terceiro Terceiro undo, undo , Jevolução de Q, em$ora e!plicite mudanças e reformas signi1cativas no plano do Est ado, da economia e da política, polí tica, não constituiu efetivamente uma ruptura com as vel"a s oligarquias, elite industrial que se for#ou nos anos >Q e ap%s Q é fr&gil e depend ente das oligarquias agr&rias, -ligarquias que, como apontam as an&lises de osi /L= =>0, Aillas /L==L0, U eHort eHort /L==>0 entre outros, têm a capacidade de manter a desarticulação entre o polític o e o social /democracia política e profunda e!clusão e!clusão social0 e de defender a modern idade e, ao mesmo tempo, de mane#ar, sem remorsos, a c"i$ata sen"oria i
antém(se, até "o#e, uma cultura que escamoteia os con?itos, as crises, em$ora a so ciedade viva em crises e em con?itos, 3o$ o paternalismo e clientelismo, dilui( se o con?ito capital(tra$al"o, mirl2l@i)a(se mirl2l@i)a(se a desigualdade social e a profunda discriminação racia 2Fa)(se 2Fa)(se a apologia da conciliação e da i "armonia *$alofa*, - pr%prio sistema intelectual dominante desenvolve(se com uma p ostura marcante de desenrai)amento, 5o plano econDmico, esta matri) e!plicita(se, corno nos #8 indica Francisco Francisco de -li veira, no uso dilapidador do fundo p$lico' - Estado é estruturado corno uma espécie d e deus .anus que tem uma dupla face: urna urna privada e a outra outra p$lica, que atua em função desta ' ;istoricamente, tem se constituído no grande 1ador de urna $urguesia olig&rquica, protegendo latifndios improdutivos, terra como mercado de reserva, su$sídios sem re torno e especulação 1nanceira' -s incentivos 1scais constituem( se na ampliação de su$síd ios do fundo p$lico ao enriquecimento f&cil e r&pido de restritos grupos' Pma $urgues ia que sa$e ser competente quando apoiada no fundo p$lico' 5esta relação misturam(se #ogo de in?uências, formação formação de quadril"as quadril"as de corrupção corrupção no Cmago do aparel"o aparel"o do Estado, nep otismo e usXa' 5o plano político, como analisa Be$run no ensaio conciliação e outras estratégias /L=O 0, desde a independência até "o#e se alternam as estratégias da conciliação conservadora, do autoritarismo e do apelo, no plano do discurso, ao ide&rio li$era ;&, contudo, sinais de rompimentos com esta tradição' s manifestaçes e démarc"es démarc"es que culmi naram com o #ulgamento #ulga mento e afastamento de Iollor, e!plicitam um tecido de sociedade que tem novas forças e atores sociais em #ogo, sinali)ando uma nova direção' Estes no vos'atores sociais /novo sindicalismo, movimentos sociais ur$anos, movimentos do campo, movimentos das minorias0, como veremos adiante, rede1nem a relação Estado(s ociedade so$ novas $ases' 5o plan/0 educacional, mostra(nos ' Iandido, que até mesmo as propostas de reform as locali)adas e de car&ter mais li$eral na década de >Q, como as de ourenço Fil"o no Iear& em L=>N, a de Francisco Iampos em inas Gerais em L=>V e a de Fernando de )evo, no então Bistrito Federal em L=>O, tiveram ferren"a resistência, resistência, especialment e da +gre#a' - que aconteceu em Q com as propostas da liança i$eral no plano ed
ucacional, insiste Iandido, foi reprodução dos mecanismos dos privilégios' 5ão se tratava portanto, de uma revolução educacioual, mas de uma reforma ampla, e, no que concer ne ao grosso da população, a situação pouco se alterou' @ara Iandido, o nico país que reali)ou uma revolução no campo educacional na mérica ati na foi Iu$a, porque fe) uma verdadeira revolução social'U 5a década 'leMQ e início da década de UQ, es$oçou(se, na sociedade $rasileira, em todos os Cm$itos, um movimento que apontava para refomf.h de$ase e para a implantação de uma sociedade menos sP$missa ao grande capital transnacional, 4s oligarquias e, portan to, mais democr&tica' Este movimento envolveu grupos importantes da sociedade: mov imentos de cultura popular, de erradicação do analfa$etismo, de educação popular, cinema novo, teatro popular, movimento estudantil e, no plano político(econDmico, um pro#e to que procurava romper com a relação de su$missão unilateral ao capital transnacional ' Esse processo foi a$ruptamente interrompido pelo golpe civilmilitar de UN'L - que é aparentemente estran"o, mas, posto na matri) cultural das elites dirigente s $rasileiras #& referidas, compreen'sível pela sua e!trema funcionalidade, é que sem c onseguir a universali)ação da escola $&sica, #& a partir do 1nal dos anos Q, so$ a tut ela e su$sídio do Estado foi montado um e1ciente e amplo sistema dXW2comunicação de m assa, de início com a radiodifusão e, mais i4rde, so$ as som$ras do regime militar, as redes de televisão' - monop%lio /glo$al0 da mídia, em particular da televisão, constitu iu, como o entende @asolini /L==Q0, um verdadeiro poder fascista' -s dados de e!pansão do sistema educacional e de entrada e permanência na escola e d o acesso 4 televisão nos indicam uma progressão aritmética no caso da escola e geométrica no caso da TA' @ara se ter uma idéia, em relação ao primeiro grau, em L=UQ o país tin"a OU,V mil esta$elecimentos e em L=OO, >O anos depois, passou para L=Q,N mil' 5o m esmo ano Q,= dos domicílios dos grandes centros ur$anos tin"am aparel"o de TA e >Q anos depois, em L=OQ, esse nmero progrediu para mais de U ve)es, MM,= e, em L=O= para V>,U, oito ve)es mais' - mesmo +GEbbLostra que nestes mesmos domicílios, e m L=O=, MU, + tin"am 1ltro de &gua em casa, MU,L geladeira, e V>,U dispun"am de aparel"o de TA /+GE, @5B, L=O=0
o contr&rio do que ocorreu na Europa, onde o sistema de comunicação de massa se desen volveu numa sopiedade amplamente escolari)ada, no rasil universali)ou(se rapida mente, onde a maior parte da população é analfa$eta ou semi(analfa$eta' @or certo a lu ta pelo controle democr&tico da mídia é "o#e um desa1o tão importante quanto a erradicação do analfa$etismo para aqueles que lutXm por uma 2efetiva democracia no rasil' Aeremos, adiante, como os novos su#eitos sociais vão se constituindo no tecido da sociedade $rasileira, in?uenciando a relação entre Estado e sociedade, materiali)an do, no campo educacional, um em$ate de nature)a muito diversa dos em$ates dos an os Q e mesmo dos anos MQ neste Cm$ito' parei aqui
>' educação alçada a capital "umano (uma esfera especí1ca das teorias de desenvolvime nto Iomo assinalamos anteriormente, em$ora a relação entre o processo econDmico(social e a educação #& estivesse presente na escola cl&ssica li$eral /dam 3mit", 3tuart ill0, a construção de um corpus te%rico dentro de um campo discip linar (Economia da Educação (que de1ne a educação como fator de produção, se e!plicita some nte no conte!to das teorias do desenvolvimento, mais especi1camente na teoria,] d,a moderni)açãe,ap%s a 3egunda Guerra undial' tejf'ba ] capitXL "u+llan/0 é uma esfera particular da teoria
jj]] do desenvolvirneXt:((rnaXX6Xda pelo conte!to em que foi produ)ida, uma das e!presses ideol%gicas dominantes desse período' teoria do desenvolvimento, geral e a$rangente , pelas suas características e pela pro$lem&tica a$ordada, é muito mais uma teoria da moderni)ação do que uma teoria e!plicativa do desenvolvimento capitalista, isto é, das
$ases materiais e das condiçes sociais em que assenta o processo de produção e reprodução das formaçes sociais capitalistas' /Gr)R$o0 NQ construção sistem&tica desta *teoria* deu(se no grupo de estudos do desenvolvimento coordenados por T"eodoro 3X,nos EP, na década de >_' enigma para a equipe deX3d lult) era desco$rir o *germe*, a *$actéria*, o fator que pudesse e!plicar, para além dos usuais fatores /nível de 2tecnologia0, K /insumos de capital0 e /insumos de mão de o$ra0, dentro da f%rmula geral neocl&ssica de Io$$ Bouglas, as variaçes do deWXnvolvimento e su$desenvolvimen to entre os países' 3c"ult) nota$ili)a(se com a *desco$erta* do fator ;, a partir da qual ela$ora um livro sinteti)ando a *teoria* do capital "umano, que l"e vale u o @rêmio 5o$el de Economia em L=UO /3c"ult), L=V0' 5o rasil, esta teoria é rapid amente alçada ao plano das teorias do desenvolvimento e da equali)ação ,social no conte!to do milagre econDmico' idéia(c"ave é de que a um acréscimo marginal de '. instrução, treinamento e educação, corresponde um acréscimo marginal de capacidade de produção' -u se#a, a idéia de capital 2"umano é uma *quantidade* ou um grau de educação e de quali1cação, tomado como indicativo de um determinado volume 0X, ' de con"ecime ntos, "a$ilidades e atitudes adquiridas, que fun+ cionam como potenciali)adoras d a capacidade de tra$al"o e de produção' Besta suposição deriva(se que o investimento em capital "umano é um dos mais rent&veis, tanto no plano geral l do desenvolvimento das naçes, quanto no plano da mo$ilidade individual' disseminação da *teoria* do capital "umano, como panacéia da solução das desigualdades e ntre países desenvolvidos e su$desenvolvidos e entre os indivíduos, foi r&pida nos paíse s latino(americanos e de Terceiro undo, mediante os organismos internacionais / +B, +JB, -+T, P5E3I-, F+, P3+B, P5+IEF0 e regionais /IE@, I+5TEJF-J0, que representam dominantemente a visão e os interesses do capitalismo integrado ao gra nde capital' 7 na crença nesta m&gica solução, ao largo das relaçes de poder na sociedade, que um dos mai ilustres representantes da escola econDmica neocl&ssica no rasil, &rio ;' 3lll2l_ll sen, NL
no' 1nal da década de UQ e início' de VQ, pregava ao' mundo' que o' rasil tin"a enco'ntrado' seu camin"o' para o' desenvo'l
vimento' e eliminação' das desigualdades, não' pelo' incentivo' ao' co'n?ito' de classes, mas pela equali)ação' do' acesso' 4 esco'la e pelo' alto' investimento' em educação' /3imo'nsen, L=U=0' - o'$ral, de triste mem%ria, fo'i a grande o'$ra, em matéria de educação', que 3imo'nsen crio'u e dei!o'u co'mo' legado'' Bo'is aspecto's $&sico's o'cupam a literatura que a$o'rda a educação' co'mo' capital "umano', desde o' início', internamente co'n?itantes' - primeiro é' a tentativa do' po'nto' de vista macro e microeco'nDmico' de se mensurar o' impacto' da educação' so'$re o desenvo'lvimento'' - po'mo' de disc%rdia aqui2 é de o'rdem meto'do'l%gica e não' de co 'ncepção'' 5o' plano' da literatura internacio'nal destacamo's, na perspectiva macro , o's estudo's de ;ar$inso'n ` Rers /L=UN0 e no' plano' nacio'nal, o's de ango 'ni /L=VN0 e 3imo'nsen /L=U=0, que tentaram mensurar o' impacto' da educação' de fo' rma agregada no' desenvo'lvimento' o'u desenvo'lver méto'do's de pro#eçes e de previsão' de necessidadXe mão'(de(o'$ra e nível de instrução', co'mo' manpo0 e ecSer /L=UN0 são' do'is do's principais r epresentantes internacio'nais e I' Iastro /L=VL, L=VU0, no' rasil' - segundo' aspecto' $&sico', o' mais impo'rtante para o' que no's interessa na discussão' que faremo's adiante, centra(se no' de$ate so'$re o' pressupo'sto' $&sico' e tr0ais amplo' da *teo'ria*, que é daXducação'sepro'duto'ra de capacidade d'*,tra$al"o'' questão' $&sica é, po'is, co'mo' e que tipo' de educaçã/0(é gerado'r de diferentes capacidades de tra$al"o' e, po'r e!tensão', da produtividad e e da renda' 88Y qui, uma ve) mais, sem romper co'm a matri) co'nceptual ' /da metafísica da c ultura, diria Ko'siS, L=OU0, o' em$ate é so'$Xe o' que de fato' produ) a capacidade de po'tenciar tra$al"o' e o' que a esco'la e fetivamente desenvo'lve: co'n"ecimento' e "a$ilidades técnicas especí1cas o'u determ inado's valo'res e atitudes funcio'nais ao' mundo' da produção'' -s estudo's do's ec o'no'mistas *2r V N> /neo'cl&ssico's0 tendem a valo'ri)ar o' primeiro aspecto', enquanto' o's so'ci%lo'go's /funcio'nalistas0, o' segundo'' @arso'ns /L=UL0 e Bre$en /L=UO0 são' do'is representantes da so'cio'lo'gia funcio'nalista que desenvo'lveram ampla s an&lises enfati)ando' que a maio'r produtividade se d& pelo' desenvo'lvimento' de atitudes adequadas e funcio'nais ao' mundo' do' tra$al"o''
uto'res co'mo' o'0 e Gintis /L=VL0, co'n"ecido's co'mo' radicais americanos, po'r suas an&l ises têl8em uma inspiração' mar!ista, enfati)am o's aspecto's do' discipliX*,mento' e das atitudes, fo'cali)ando' não' apenas a questão' da funcio'nalidade, mas so'$retud o' da repro'dução' do's interesses do' capital' - co'n#unto' de po'stulado's $&sico's da teo'ria do' capital "umano' teve profunda in?uência no's /des0camin"o's da co'ncepção', po'líticas e pr&ticas educativas no' rasil , so'$retudo', na fase mais dura do' go'lpe militar de UN, ano's L=UO a L=VM' 5o' plano' da po'lítica, de fo'rma auto'cr&tica, o' eco'no'micismo' serviu 4s fo'rças pr omo'to'ras do' go'lpe, da $ase co'nceptual e técnica 4 estratégia de a#ustar a educação' a o' tipo' de o'pção' po'r um capitalismo' asso'ciado' e su$o'rdinado' ao' grande capi tal' Jefo'rma Pniversit&ria de UO e, so'$retudo', a ei de Biretri)es e ases da Educação' 5acio'nal, de L=VL, co'rpo'ri1cam a essência deste a#uste' \' crítica 4 teoci'a do' capital "umano' no' plano' internacio'nal e nacio'nal não' é rece nte' 7 ampla e $astante co'mpleta' 5o' plano' internacio'nal, além das an&lises anteri o'rmente indicadas de o'0' X *2((Q o'$#eto' de tese de do'uto'rado' que desenvo'lvemo's no' início' do's ano's OQ, pu$licado' co'm o' título' produtividade da escola improdutiva, tem co'mo' e i!o' central de an&lise, a crítica ao' car&ter circular e po'sitivista da teoria do ca pital "umano e a e!plicitação' das co'ndiçes "ist%ricas, no' interio'r
do capitalismo monopolista, que a produ)' @or 1m, um de$ate com as diferentes p erspectivas *críticas* da *teoria* do capital "umano no campo educacional e suas i mplicaçes político(pr&ticas para a organi)ação da educação que se articula aos interesses d classe/s0 tra$al"adora/s0' /Frigotto, L=ON0 3o$re este aspecto, $uscamos mostrar que a questão não se situa, como as an&liseX insi stiam, na perspectiva de um linear vínculo reprodutivista que tomava a escola um l ocus por e!celência produtor de mais(valia relativa /Jossi, L=VO, Galvan, L=V=0 ou da tese do desvínculo que postulava que o capital prescinde da escola /3alm, L=OQ 0' escola é uma
' instituição social que mediante suas pr&ticas no campo do c_'n"eci2LL'ento, valores, atitudes(e,Xmesino, por sua Ce3qPa+T1cação, articula determinados( interessese(Desartclil a outros' 5o plano espeI+1Iãmente econ\nic/0: moviment(882uma fatia do *fundo p$lico* que se constitui em pressuposto de investimentos produtivos' - @rograma de ere nda Escolar e!empli1ca, de forma clara, a relação de enormes somas de recursos dess e fundo que, como demonstra Gianotti /L=O:>UO(>VM0, mesmo sendo uma e!teriorida de do capital, cumprem uma função crucial na reali)ação da mais(valia' Pma síntese densa da tra#et%ria da construção e desconstrução da teoria do capital "umano, n rasil, nos anos OQ, é reali)ada na tese de doutoramento por ui) I' asilio /L== 0' Este mesmo de$ate, no conte!to da crítica 4 matri) conceptual que em$asava as política s e a organi)ação da educação nos longos anos da ditadura, est& fortemente presente nas an&l ises da 3ociologia da Educação, reali)adas por Iun"a /L=VM, L=VV0, arde /L=V=0 e @a iva /L=V08 na administração e gestão educacional, Feli! /L=ON0 e @aro /L=OU08 e, no p lano mais2 amplo da Filoso1a, IurR /L=OL0 e 3aviani /L=OQ, L=OU, L=O=0 5os anos OQ, não s% os de$ates dos educadores /Ionferências rasileiras de Educação, reunie cientí1cas anuais da 5@Ed, semin&rios regionais de pesquisa0, mas tam$ém as pu$licaçes , sinali)avam que a crítica, para ser efetiva, não NN $asta engendrar a denncia e a resistência, mas necessita a$rir perspectivas para as alternativas' - lema $&sico da @rimeira Ionferência rasileira de Educação /3@, L=OQ0 f oi: inverter o sinal' 5este processo de inversão de sinal, as an&lises dos movimento s sociais e os pr%prios movimentos fecundam e 'ampliam a compreensão do educativo' @ rimeiramente se ampliam as2 an&lises que $uscam entender os processos educativos q ue se dão no con#X+iltX das relaçes e lutas sociais e, então, a pro$lem&tica da escola é ap reendida em sua relação com estas lutas' * 5o Cm$ito da educação, o tra$al"o, na perspectiva mar!ista de categoria ontol%gica e eco n%mica central, constitui(se, ao mesmo tempo, num dos ei!os mais de$atidos tanto p ara a crítica da perspectiva economicista, instrumentalista e morali)ante de educação e quali1cação, como na sinali)ação de que tipo de concepção de educação e de quali1cação "um articula 4s lutas e interesses das classes populares'= perspectiva moralista e "igiênica do tra$al"o desenvolveu(se, no rasil, desde o século passado, inicialmente as Escolas de rtes e -fícios, para os desvalidos
da so rte' ais tarde, nos anos Q, foi reiterada pela +gre#a cat%lica com o apoio do go verno Aargas, nos círculos oper&rios, como antídoto ao perigo da in?uência comunista' tualmente reedita(se, como panacéia para resolver /aumentar0 a penali)ação dos apro!im adamente M mil"es de meninos e meninas que so$revivem nas ruas' i b %tica instrumentalista e pragm&tica, na vertente de adequação ao mercado de tra$al"o , é desenvolvida nos anos =' 7 importante registrar que' ao falarmos dos interesses populares, não nos 1liamo s na perspectiva daqueles que tomam como sendo estes interesses as misti1caçes imp ostas li' classe tra$al"adora pelos aparel"os de "egemonia, so$retudo a mídia' s misti1caçes populistas do sa$er popular, por ve)es, têm um efeito político tão perverso quanto aqueles que negam, in R*mine, a e!istência de um sa$er nas classes populare s' @enso que as an&lises de Gramsci so$re a questão do *senso comum* /l=VOa0 e de Ko siS /L=OU0 so$re pseudoconcreticidade e *a metafísica da vida cotidiana*, são $ali)a mentos fundamentais para não se cair nesta armadil"a' (* NM
NQ com a cnaçao da rede de escolas técnicas ind2lstriais e agrícolas, 3E5+ e 3E5I e, posteriormente, com a ei MU=>LVL, ainda em vigor, com v&rias modi1caçes, que de1n e a pro1ssionali)ação compuls%ria no primeiro e segundo graus' anifesta(se, esta ltim a, numa perspectiva pedagogista do aprender( fa)endo, muito em voga para #usti1c ar as escolasprodução' 5o Iapítulo +A L@Qstraremos2 que esta perspectiva instrumentalis ta e imediatista continuam sendo a dominante, ainda que os "omens de neg%cio defen dam uma formação e quali1cação geral, a$strata e polivalente' lém do pensamento de ar!, de$atido em alguns cursos de p%s(graduação /poucos0, as o$ra s de autores como ;o$s$a
mediante a ssociação 5acional de @esquisa e @%s,Graduação em Educaçã d0, com as Iiências 3ociais permitiu uma a$ertura de an&lise' Esta apro!imação deu( se, so $retudo, no Cm$ito da ;ist%ria, 3ociologia, Iiência @olítica, Economia e, em menor propo rção, na ntropologia' Esta ltima, todavia, parece penetrar no campo educativo por seu elo menos denso para a compreensão da educação no Cm$ito das relaçes sociais' parece, muit as ve)es, como rei1cação do singular, do diferente e da particularidade em contrapo sição 4s an&lises de car&ter mais estrutural' W+v - campo educativo, dominantemente aprisionado no plano *pedag%gico escolar, al arga seu locus para o plano do con#unto das pr&ticas e relaçes soX88ris8We a educação, co mo apontamos NU c anteriormente, passa a ser conce$ida como uma pr&tica cons tituída e constituinte destas relaçes sociais' rroRo, um dos educadores que mais tem contri$uído neste período para a apreensão do educativo no tecido das relaçes sociais, ao e!aminar como "istoricamente o mundo da produção se constitui ' num espaço onde tanto a $urguesia $usca fa$ricar e formar o tra$al"ador que l"e convém, como este luta, mediante suas organi)açes, para2'Xupera r os processos de alienação, indaga: WW 3e é aí que a $Xfguesia e as classes tra$al"adoras colocam o loeus do educativo, por que a "ist%ria da pedagogia teima em situ&(lo, e até e!clusivamente, na escolak /rro Ro, L=OV:=L0 p Y - tra$al"o de Kuen)er /L=OM0, pedagogia da f&$rica as relaçes de produção e a educação do ra$al"ador, inaugura, no Cm$ito educacional, a $usca de se apreender, no tecido comple!o e dif erenciado do mundo da produção e do tra$al"o, os processos educativos em em$ate' - nm ero de pesquisas, especialmente dissertaçes e teses, que seguem esta perspectiva te m se ampliado signi1cativamente' Três tra$al"os, sendo dois coletCneas, apreendem, na década de OQ, o movimento de inve rsão do ei!o na apreensão da relação educação, escola( tra$al"o para tra$al"o(educação' Pma primeira coletCnea, Tra$al"o e con"ecimento dilemas na educação do tra$al"ador /Fri gotto, G', L=OV0, com te!tos de rroRo, rruda, Gome) e 5osella, de um lado iden ti1ca a *super1cialidade te%rica* do de$ate so$re tra$al"o(educação mediante uma "omo genei)ação do discurso e a não("istorici)ação da categoria valor( tra$al"o e capital(tra$al "o /Frigotto0 e de outro e!plicita, no plano "ist%rico mais amplo /5osella e rroR o0 e no plano das relaçes de produção atuais /Gome) e rruda0, como esta relação se produ)'
5a mesma época, e dentro da mesma perspectiva, Kuen)er /L=OV0 fa) um amplo $alanço d a relação tr&$al"o(educação no rasil' Este invent&rio resulta, ao mesmo tempo, do esforço de aprofundamento te%rico e de de1nição de diretri)es políticas alternativas 4 tradição economi ista dominante'
segunda coletCnea, organi)ada por 3ilva /L==L0, Tra$al"o, educação e pr&tica social: po r uma teoria da formação "umana, e!pe an&lises que focali)am a contradição da negatividade da positividade do tra$al"o so$ as relaçes capitalistas de produção /T"ompson, anacor da, erena, Enguita, 3ilva, rroRo08 o sentido do tra$al"o como princípio educativ o em Gramsci /5osella0 e as $ases do em$ate da concepção e pr&tica educativa, na perspectiva de uma formação "umana dentro dos interesses interesses unidimensiona is do capital e da luta l uta por uma formação omnilateral ou politécnica na %tica dos interes ses dos tra$al"adores /Frigotto0' o mesmo tempo que este de$ate se delineia no Cm$ito da construção te%rica, e!ercita(se e!ercita(se no plano do em$ate político e organi)ativo da educação, tanto no conte!to do processo constituinte, quanto no processo de ela$oração e de1nição da nova ei de Biretri)es e ases da Educação 5acional, que est& em gestação desde L=OO' luta, no plano das diretri)e s e no plano das $ases /condiçes de concreti)ação das diretri)es0, diretri)es0, d&(se dentro de um tec ido social e cultural onde as elites dirigentes fa)em o discurso da modernidade, mas estão pren"es das pr&ticas escravocratas, estamentais estamentais e olig&rquicas' Iomo nos mo stra Francisco de -liveira /L==>0, Iollor é a e!pressão e!pressão paradigm&tica da falsi1cação da m odernidade' - início dos anos =Q sinali)a, ao a o mesmo tempo, um processo de aprofundamento da re lação tra$al"o(educação, um aumento signi1cativo de pesquisadores da &rea que se preocupa m com essa tem&tica LQ e a $usca, tanto no plan- te%rico, como no plano político organ i)ativo, da rediscussão da função social da escola no con#unto das lutas pela efetiva democrati)ação da sociedade $rasileira' Em relação 4 concepção da escola, o ei!o $&sico centra(se na questão da escola unit&ria, form cnol%gica ou poli LQ' .osé dos 3antos Jodrigues, Jodrigues, ao levantar a participação das reunies anuais da 5@Ed, desde L=O=, mostra que no con#unto dos L grupos de tra$al"o institucionali)ados na /5@Ed0# o GT tra$al"o(educação, neste período, agregava a participação de mais de >Q do totai de participantes' /Jodrigues, L==, >(>N0
NO *X+ $ técnica e no aprofundamento do sentido e das implicaçes ' político(pr&ticas de tomar(se tomar(se o tra$al"o como princípio educa tivo' Trata(se Trata(se de uma perspectiva que demarca, como e!plici taremos mais detal"adamente no ltimo capítulo, uma clara contraposição 4s teses do neoconservadorismo que, de1nindo ' o 2' mercado como o su#eito regulador da concepção e da organi)ação da educação, tende a e terni)ar a concepção instrumentalista, dualiXta, fragment&ria, imediatista e interessei interessei ra de formação "uman2CW +nmeros tra$al"os e!pem este de$ate, entre eles, ac"ado /L=O=,L ==>0, Kuen)er /L=O=, L==L, L==>0, 3aviani /L=OO, L=O=0, Frigotto /L==La0, 5osell a /L==>, L==0, arde /L==0, arSet /L==>0 e Jodrigues /L==0' - tra$al"o de 5osella so$re escola de Gramsci /L==>0, pela in?uência que Gramsc i teve na &rea desde o início da década de OQ e pelo nível de aprofundamento atingido em relação 4 questão da escola unit&ria, educação tecnol%gica, enquanto antítese 4 visão intere imediatist imediatista a dos "omens "omens de neg%cio, neg%cio, é o que que mais mais avança avança neste neste de$ate' de$ate' Trata( Trata( se de um es forço forço de de precisa precisarr quest questes es que que vêm vêm carregada carregadass de am$igüidade am$igüidade'' 5a 5a mesma mesma direção, o tra$al"o d Jodri odrigu gues es,, educ educaç ação ão pol polit itéc écni nica ca no ra rasi sil: l: conc concep epçã ção o em con const stru ruçã ção o /L=ON(L==>0 /L=ON(L==>0,, nos permite, permite, de form forma a densa, densa, apree apreender nder as difer diferentes entes nuances nuances do de$a te so$re so$re esta esta ques questão tão eo tecido tecido de reali realidad dade e do do qual qual tais tais an&l an&lise isess eman emanam' am' Este de$ate crítico nos au!ilia, "o#e, a perce$er que o resgate das concepçes mar!ist as de form formaçã ação o "umana "umana polité politécni cnica ca ouomni ouomnilat latera erall emerg emerge e no terre terreno no das contradiçes do capit alismo neste 1nal de século' - risco que se pode correr neste campo é o mesmo para o qual qual Fran Francis cisco co de de -live -liveira ira c"ama c"ama atençã atenção o em relaçã relação o 4 an&li an&lise se econ econDmi Dmica, ca, que é o de transformar a teoria mar!ista de crítica ao capitalismo em mode odelo ou apl aplicad icada a par para resolve olverr pro$ pro$le lem mas oper operat ativ ivos os de polí políti tica ca econ econDm Dmica ica'' ++ Esta Esta tend tendên ênci cia a cert certam amen ente te tem tem se mani mani LL' Aer entrevista de Francisco de -liveira, *ar!ismo não é modelo, é crítica*, Fol"a d e 3' @aulo, L'QU'=' N=
festado de diferentes modos em relação 4 concepção de poli tecnia' 5o Cm$ito do esquerdismo, esquerdismo, ransformou(se em $andeira de palanque ou em novo #argão da moda e, no Cm$ito da $uro
cracia e tecnocracia do EI e dos organismos, instituiçes ou intelectuais )eladores da *formação* que convém aos "omens de neg%cio, em uma perspectiva que ameaça aca$ar o qu e se fe) e vem fa)endo de $om em termos 6de formação técnicopro1ssional' partir de =Q, uma nova categoria é incorporada ao de$ate da relação tra$al"o( educação: a t*,cnologia' Este tema tem tido sido enfati)ado nas reunies anuais6 da(5@Ed, nas Ionferências Ionferências rasileiras de Educação e na participação da &rea nas duas ltimas reunies de 3 /L==> e L==0' -s de$ates estão e!postos em três coletCneas e outros tra$al"os pu$lic ados isoladamente em diferentes diferentes espaços' primeira coletCnea, 3istemas educacionais e novas tecnologias, rene te!tos de educ adores que e!aminam a nature)a e o impacto das novas tecnologias so$re a socieda de, o tra$al"o e a educação' /Tempo rasileiro, LQM, #ul' L==L0 segunda coletCnea rene te!tos de soci%logos, econo mistas e cientistas políticos, tra$al"ando casos especí1cos do impacto das novas tecnologias so$re o tra$al"o, o sindicalismo e a formação dos tra$al"adores' /Jevista /Jevista Educação ` 3ociedade, a$ro L==>0 Finalmente, a terceira coletCnea, Tra$aL$_:'fcluca'ção, condensa um esforço con#unto de r e?e!ão de soci%logos e educadores na compreensão da nature)a da nova $ase tecnol%gica e seu impacto so$re o processo de tra$al"o e a formação "umana' /A&rios autores, @apiros , L==>0 Este esforço de tra$al"o con#unto, se de um lado nos tem a#udado a avançar so$re as perspectivas misti1cadoras da ciência e da tecnologia, tomadas como vari&veis supra (sociais, e as vises pessimistas e catastr%1cas, de outro tem permitido apreender apreender as tenses das an&lises em relação 4 educação' Besta an&lise de ac"ado so$re as mudanças tecnol%gicas e a educação da clas3e tra$al"adora en fati)a, so$retudo, a nature)a da quali1cação numa perspectiva mar!ista e a especi1c idade da nova $ase técnica do processo de produção' produção' tra$al"o de agda 5eves tensiona as an&lises "omogenei)adoras s-_re as novas tecnologias e mostra, mediante suas p esquisas, que na realidade $rasileira convivem formas taRloristas, fordistas e p%s (fordistas de oriWani)ação e gestão do tra$al"o' o ressaltar o car&ter social das nW/vas tecnologias, 5eves nos mostra que a positividade ou ne gatividade da nova $ase técnica est& inscrita nas relaçes de força concretas no plano polít ico, econDmico e cultural mais amplo' - terceiro tra$al"o de Je)ende @into, @essoas @essoas inteligentes tra$al"ando com m&quinas ou m&quinas inteligentes su$stituindo tra$al"o "umanok, inscreve(se de'ntre aqueles que diagnosticam as
demandas da no va $ase técnica dos setores de ponta do processo produtivo e $usca averiguar como os sistemas educacional e o de formação técnico(pro1ssional podem l"es ser funcionais' @or este camin"o entende que a formação para esta nova $ase técnica tem que tender 4 fo rmação a$strata, 4 policognição ou poli valência e vê como desintegradora a perspectiva da fo mação politécnica' s an&lises de ac"ado e 5eves, assinaladas anteriormente, são tam$ém tra$al"adas pelas contri$uiçes de outros pesquisadores da &rea de Iiências 3ociais que participaram dos de$ates neste período com os educadores' Bestaco as an&lises de 5&dRa Iastro /L==>0, J ' @' Iastro /L==N0, ;elena ;irata /L==L, L== e L==N0, ' 3alerno /L==> e L==N0, FreRssenet /L==> e L==0, Ferretti /L==N0 e Ioraggio /L==0' Este r&pido $alanço da crítica ao reducionismo economicista consu$stanciado na educação pel a *teoria do capital "umano*, como salientamos, teve como ei!o central a categor ia tra$al"o' @or esta via não s%' o educativo é conce$ido como tendo seu locus no con# unto das relaçes e pr&ticas sociais, como a escola, enquanto aparel"o de luta "egemDnic a, passa terceira coletCnea destacamos os tra$al"os de ac"ado /L==>0, #2 a ser entendida não como re?e!o das relaçes sociais, aparel"o agda 5eves /L==>0 e Je)ende @into /L== >0' apenas reprodutor das relaçes dominantes, mas ela mesma constituinte das relaçes 3-I+a +3' 5o plano da an&lise crítica isto signi1cou, ao mesmo tempo, uma superação da visão si mplesmente reprodutora da escola e da educação, discutido no Cm$ito da Economia da Edu cação, a visão conspirat%ria de Jossi e Galvan, ou aparel"o ideol%gico descolado da $ase m aterial, como analisa 3alm /L=OQ0' Y> -u se#a, rompeu(se com a visão que, $usca ap reender o vínculo ou a falta de vínculo linear dos qrocessos educatiXs com o sistema produtivo, para situ&(los nr plano das mediaçes concretas constitutivas dos processohY sociais, onde a estrutura e superestrutura formam, na e!préssão gramsciana, um $loco "ist%rico'
Este percurso de duas décadas de construção te%rica e de luta no plano político organi)ati vo da escola, con#unturalmente, teve como espaço de em$ate o comple!o, tortuoso e i nconcluso processo de *transição* democr&tica e, dentro dele, o processo de promulgação de uma nova Ionstituição e uma nova ei de Biretri)es e ases da Educação 5acional' +nmeros são os documentos que fa)em o $alanço do andamento das démarc "es deste processo no campo da educação'
s grandes esperanças alimentadas pelas negociaçes a partir de um pro#eto encampando $oa parte das lutas "ist%ricas dos educadores, com a vit%ria de Iollor e a nova corr elação de forças no Iongresso, aumentaram a cada dia sua des1guração, levando Florestan F ernandes /L==>0, numa an&lise deste processo, a a1rmar que a nova B estava sendo mutilada, correndo o risco de se transformar num franSenstein' Iomo veremos no l timo capítulo, as de1niçes que vão se solidi 7 nítida, nestas an&lises, a in?uência da leitura alt"usseriana da teoria mar!ista de ideologia, onde a mesma é apreendida de forma descolada da $ase material' @orta nto, não a tomam, ela mesma, como um elemento constitutivo da pr%pria materialidade dos processos sociais' - grande sucesso dos te!tos alt"usserianos e, so$retudo do te!to so$re os *aparel"os ideol%gicos de Estado*, e mesmo o sucesso do livro de ourdieu ` @asseron ( reprodução ] mais que outros te!tos importantes de ourdieu, s e de um lado podem ser interpretados por uma espécie de resistência ao aprofundament o das an&lises, de outro deve(se recon"ecer que, na con#untura do início dos anos VQ , so$ a violência da ditadura, assumiam uma espécie de efeito cat&rtico '' > +* 1cando na nova B, pelo que a ICmara aprovou, e!plicitam claramente o vel"o dile ma da $urguesia em matéria da função econDmico(social da educação' Este dilema, entre n%s, se apresenta de um lado pela demanda de ampliação da escola $&sica e uma nova qualidade da mesma como e!igência das necessidlldes da nova $ase técnica do processo produtivo, d os processos de reconversão tecnol%gica e, de outro, pela di1culdade de li$erar e"' campo educativo da esfera privada do mercado' * * -s "omens de neg%cio, a sociedade do con"ecimento e o 1m da sociedade do tra$a l"o -s de$ates do início da década de =Q so$re a nature)a das novas tecnologias caracter i)adas como con1guradoras da Terceira Jevolução +ndustrial, as mudanças na $ase técnica da produção e o impacto so$re o contedo do tra$al"o, divisão do tra$al"o e quali1cação e formação "umana nos permitem identi1car uma pro$lem&tica que se e!pe como desa1o te%ric o e político pr&tico para quem tomou como ei!o de compreensão dos processos educativos e da organi)ação da escola unit&ria e politécnica, a categoria tra$al"o' Este desa1o, que ((neste tra$al"o $uscamos a$ordar e con1gurar na sua anatomia mais geral e apenas referi(lo aos em$ates concretos da realidade $rasileira e l atino(americana, se manifesta em dois níveis diversos de pro$lematicidade 'so$re a mesma $ase "ist%rico(material' 2
- primeiro desa1o materiali)a(se no esforço de atender novas formas de socia$ilid ade do capital, a um tempo, produtoras e resultado da crise do *modelo* fordista de desenvolvimento e, portanto, de acumulação, concentração e centrali)ação de capital qu e regulou as relaçes capitalistas no ltimo meio a$ini, em$ora não se#a um autor inscrito na tradição mar!ista de crítica ao process o de acumulação, nos a#uda a entender o processo de concentração ii
século' - controle e monop%lio do progresso técnico e do con"ecimento que est& na $ase d esta nova socia$ilidade é crucial na competição intercapitalista e na su$ordinação do tra$ al"o ao capita as o con"ecimento é tam$ém uma força /matelLal0 na concreti)ação2dos inte resses(dos tra$al"adores' 3o$ este terreno real opera,se a formulação de representaçes (que não são ilLaquiavélicas, e!pressão da forma mesma de conce$er a realidade (que no plano político(ideol%gico se e!plicitam nas teses da sociedade p%s(industrial, p%s( capitalista, sociedade glo$al s em cYasses, 1m das ideologias, sociedade p%s("ist%rica' Iomo demonstra Gentili /L== N0, a partir de uma ampla revisão de literatura internacional, estas teses têm como pressuposto que isto resulta de um novo modelo de organi)ação social: a sociedade do con"ecimento'2N 5o plano econDmico, no nível mundial, este novo modelo de organi)ação social implica um novo tipo de organi)ação industrial, $aseada em tecnologia ?e!ível /microeletrDnica asso ciada 4 inform&tica, micro$iologia e novas fontes de energia0, em contraposição 4 tecnolog ia rígida do sistema taRlorista e fordista e,' como conseqüência, um tra$al"ador ?e!íve l, com uma nova quali1cação "umana' /Gentili, L==N0 Bentro desta *nova ordem*, os mesmos organismos internacionais /F+, +B, +JB, P 5E3I-, -+T, P5+IEF, P3+B0, organismos regionais /IE@, I+5TEJF-J, -JEI0, técni cos dos inistérios da Educação e de instituiçes ligadas 4 formação técnica, empres&rios e quisadores seguiam, desde o 1nal da década de NQ, o receitu&rio do I+ para esta$e lecer os fatores respons&veis capitalista' @ara a$ini, este processo se d& mediante três formas $&sicas: * concentração das unidades de produção /que pode ser c"amada de concentração
técnica0, a das empresas /concentração econ%míca0 e a das empresas produtoras de $ens dife renciados ou grupos de empresas ligados entre si, principalmente por partiIipação ac ion&ria /acumulação 1nanceira0*' /a$ini, L=V>: M0 LN' Bentre os autores tra$al"ados por Gentili destacamos as an&lises de ell /l=V, L=OQ0, ToH+er /L=OQ,L=V, L==Q0 e BrucSer /l=O>, L=OV0' pela e1ciência de formação para o tra$al"o,LM a partir da década de UQ, passam a o$edec er o receitu&rio do economicismo e tecnicismo veiculados pe+a teoria do capital "u mano que su$ metem o con#unto dos processos educativos escolares ao imediatismo da for mação técnico(pro1ssional restrita' @orém, nos 4nos OQ, surgem com novos conceitos e cate gorias que, aparentemente, não a.kenas superam aquelas perspectivas, como l"es são op ostas' T,Wlta(se, na 2verdade de uma metamorfose de conceitos sem, todavia, alt erar(se fundamentalmente as relaçes sociais que mascaram' 5o plano da ordem econDmica, os conceitos ou categorias pontes são: ?e!i$ilidade, p articipação, tra$al"o em equipe, competência, competitividade e qualidade total' 5o pl ano da formação "umana são: pedagogia da qualidade, multi("a$ilitação, policognição, polivalê a e formação a$strata' 5esta perspectiva con1gura(se uma crescente unanimidade do d iscurso da *modernidade* em defesa da escola $&sica de qualidade' Esta mudança de enfoque seria a e!plicitação real de que a *nova /des0ordem* mundial, so$ a égide da sociedade do con"ecimento, estaria efetivamente delineando novas re laçes não cYassistas, p%s(industriais e, portanto8 de processos educativos e de formação "u ana desalienados e não su$ordinados aos desígnios do capitaJ-s "omens de neg%cio mudar am suas concepçes e seus interessesk -u estamos diante de transformaçes que mudam efeti vamente dentro da relação capitalista sem, contudo, alterar a nature)a desta relaçãok _u al a qualidade deste novo dilemak Em que $ase material ele se assenta e que poss i$ilidades, no plano das contradiçes, engendra para aqueles que lutam para li$erar a educação da esfera privada, dos gril"es do capital e mesmo do imperativo mundo da n ecessidade LM' Be acordo com llen e Jic"ars, os fatores respons&veis pela e1ciência da formação téc nico(pro1ssional são: fator geral /con"ecimentos gerais0, manual /"a$ilidades0, e specí1co /con"ecimentos cientí1cos $&sicos das noçes tecnol%gicas0, tecnol%gico /procedim os técnicos0, administrativo /capacidade de avaliar e organi)ar0 e social /adaptação a os interesses da empresa e dos clientes0' /pud Aianna, L=UV0
e situ&(la no plano da esfera p$lica e, portanto, protegida protegida do imediatismo interess eiro do mercado capitalistak - primeiro desa1o é, pois, de quali1car a $ase "ist%rico(social das quais emergem e ssas novas e!igências educativas e de formação "umana (re#uvenescimento (re#uvenescimento da teoria do c apital "umano (e de decifrar por que as teses de uma formação geral e a$strata, que prepari' p repari' su#eitos polivalentes, ?e!íveis e participativos aparecem ao mesmo tempo com as perspectivas neoconservadoras de a#uste no campo econDmico(social e no cam po educacional mediante as leis de mercado' mercado' 5esta rede1nição, e!pressão e!pressão dos pro$lemas que as relaçes capitalistas, so$re uma nova $ase cientí1co(técnica enfrentam,2 enfrentam,2 quer no seu confronto intercapitalista na concorrência, quer nas formas renovadas de luta dos tra$al"adores, para 1!ar uma nova $ase de acumulação, situa(se, ao nosso ver, o espaço da luta l uta por alternativas tanto nos processos quanto no contedo do educativo ' - terreno de em$ate est&, pois, no plano da nature)a especí1ca que assumem as rel açes sociais na sociedade capitalista deste 1m de século' 3e esta primeira ordem de questes tra) e!igências novas de um enfrentamento enfrentamento nos pla nos te%rico e político para não correr o risco de dei!ar sucum$ir a an&lise 4 unanimidade das aparências na defesa de uma nova *qualidade* para a educação e a formação, ou a uma po sição conspirat%ria, pessimista e irracionalista, a segunda ordem de questes se apresen ta como uma espécie de um !eque(mate, !eque(mate, num complicado #ogo de !adre), para aqueles que tomam o tra$al"o no seu processo' "ist%rico como categoria central de an&lise da s relaçes "umano(sociais em geral e, especi1camente, no campo educacional' qui, o tensionamento é de outro cali$re, quer pelos interlocutores, quer pela lei tura que fa)em da crise ou da decretação do 1m da sociedade do tra$al"o e com ela o 1m (((((((] '' (((((((((((('((((('']((((((((''](((((('(' da centralidade do mesmo como categoria sociol%gica de an&lise, o 1m do tra$al"o a$strato e com ele o 1m das classes sociais fundamentais' f unçXo so*ill]'da educação e a formação "umana é, para est'((@3L*bp.ç,tiva, a]de''.lfX'@ll ara o tempo livre' ((( ((((( ' '''' '( '(''''']'('' (''''''' X' -s interlocutores aqui não são nem os economistas neocl&ssicos do capital "umano, nem o s "omens de neg%cio, mas soci%logos e 1l%sofos 1liados a
perspectivas críticas na an&lis e social' Trata(se Trata(se das an&lises so$re o tra$al"o na vida social deste 1nal de sécul o, como as de -He /+=O=$0, 3c"aH /L==Q0 e Kur) /L==>0 comW0s quais di2alogarem di 2alogarem os a seguir' - enigma a ser2 decifrado aqui, no "ori)onte te%rico e!posto por Francisco de -liv eira /+ =OO$0, situa(se, ao nosso ver, na apreensão da crise do padrão de desenvolvi mento dos ltimos MQ anos, calcado na dilatação do fundo p$lico e por essa via a uma te ndência de desmercantili)ação desmercantili)ação da força de tra$al"o' 5a forma "ist%rica concreta de desenlace desta crise, cu#o contedo e custo social e "umano têm se apresent ap resentado ado de forma diversa em diferentes regies do mundo, inscreve (se a possi$ilidade de ampliar o car&ter social e p$lico do fant&stico progresso progresso técnico e sua capacidade de satisfa)er necessidades "umanas e li$erar tempo livreb mund o de fruição e de efetiva li$erdade, ou aumentar o poder de destruição e ampliar o tempo li$erado e aprisionado pela violência e alienação do desemprego desemprego estrutural e su$empre go' Este desenlace comporta menos profecias p rofecias e mais su#eitos sociais /coletivos0 concretos, agregando agregando forças para a positividade que a crise engendra' intenção deste tra$al"o, nos limites de sua ela$oração, é de quali1car a nature)a desta s duas ordens de questes no que elas se articulam, no plano te%rico e político(pr&tico, com a educação no seu vesgo neoconservador, neoconservador, cu#o su#eito é o . mercado, mercado, na perspectiva neo(racionalista ou /ir0racionalista do 1m da s ociedade do tra$al"o, 1m do tra$al"o e das classes sociais e, 1nalmente, na pe rspectiva alternativa de situarem(se os +2roc.X'oi::educ'at`os'' +2roc.X'oi::educ'at`os'' e a]Xsc-la2no I_#L#unto'Xf2_r*çCs I_#L#unto'Xf2_r*çCs ]que eLegXfb_'serbL..lLjoc eLegXfb_'serbL..lLjoc'Q+lLI] 'Q+lLI] sllieit:I''soc#l]+l-('d.helb sllieit:I''soc#l]+l-('d.he lb *o+vimento omnilaterade suas possi$ilidildes "ist%ricas'
Temos, Temos, como ei!o ei!o orientador orientador do tra$al"o, que as as diferentes diferentes perspectivas perspectivas anterior mente e!postas decorrem decorrem do tipo de compreensão da crise profunda e do colapso do mo delo de desenvolvimento que serviu de resposta 4 Grande Bepressão do 1nal da década de >Q' Trata(se Trata(se de um modelo so$re o qual sustentou(se o padrão de acumulação capitalista s neste ltimo meio século e que a literatura o denomina, mais comumente, de modelo SeRnesiano, Esta2.o de em(Estar 3ocial ou Esta( do(previdência, modelo fordista' Tr ata(se, como analisa Francisco de -liveira, de um padrão
que pode ser sinteti)ado na sistemati)ação de uma esfera p$lica onde, a partir de reg ras universais e pactadas, o fundo p$lico, em suas diversas formas, passou a ser o pressuposto do 1nan ciamento da acumulação do capital, de um lado, e, de outro, do 1nanciamento da repr odução da força de tra$al"o, atingindo glo$almente a população por meio dos gastos sociais ' /-liveira, L=OO$: >Q0 5o primeiro caso, as Alsoes neoconservadoras apontam como solução aquilo que "istori camente se mostrou como sendo a rai) do pro$lema: o mercado como regulador do co n#unto das relaçes sociais' 5o segundo caso, as vises neo( racionalistas ou irraciona listas, por fa)erem uma an&lise mais l%gica que "ist%rico(dialética da crise, suprimem o s su#eitos sociais em luta "egemDnica e apontam a travessia mediante soluçes de natur e)a meramente institucional ou alternativas idealistas ou *escatol%gicas*' Trata(s e de an&lises de ampla receptividade e que, no caso $rasileiro pelo menos, têm servi do para alimentar as perspectivas do *esquerdismo *esquerdismo infantil* incapa) de perce$er mudanças na relação entre entre o Estado e a sociedade' Pm esquerdismo infantil impenitente #ulga que no fundo a educação p$.ica, a sade p$lica' a previdência social e outras instituiçes estruturadoras relaçes relaçes sociais são apenas uma ilusão e contri$uem para reprodu)ir o capital' /-liveira, L=OO$: >L0 MO t ':L + W 2'' 2* *' ++ 5TPJE, E3@EI+F+I+BBE E IP3T-3 ;P5-3 B IJ+3E B-3 5-3 VQY=Q +nmeras são as an&lises que, de diferentes formas, caracteri)am a crise de?agrada, em Cm$ito planet&rio, a partir de VQ e cu#os fatos mais marcantes se deram no 1nal da década de OQ' 5unca mudou tanta coisa em tão pouco tempo, e!clamam uns8 nunca "ouve tanto 1m, sentenciam outros' @ara uns, que #ogam, como nos lem$ra ;o$s$a
"o, da plani1cação, da "ist%ria, e a prova da superioridade dos mecanismos *naturais* do mercado e, portanto, da necessidade da volta aos mesmos' @ara outros, esta, t odavia, não é, como insiste ;o$s$aa: LQQ0 - que e!iste, na verdade, é uma crise mais geral do processo civili)at%rio, material i)ada de um lado pelo colapso do socialismo real e, de outro, pelo esgotamento d o mais longo e $em(sucedido período de acumulação capitalista, ;&, pois, uma profunda cr ise do capitalismo "o#e e!istente que apresenta contradiçes mais agudas' pro$lem&tica crucial de ordem político(econDmica e social da crise dos anos Q manif estava(se tanto no desemprego em massa, quanto na queda' $rutal das ta!as de acu 2rriulação' m$os incidiam na reprodução da força de tra$al"o' aiscte meio século depois a mesma questão volta 4 $aila, porém com uma materialidade "ist%rica $em diversa' Iomo ver emos a seguir, na perspectiva que Francisco de -liveira nos apresenta, os longos MQ anos de sustentação, mediante o fundo p$liço, ela acumulação capitalista, onde o 1nanc iamento da reprodução da força de tra$al"o é, entre outros, um aspecto importante, permi tiu ao capital /associado ao Estado0 um longo período de intensa reprodução ampliada e inW,estimento pesado no avanço tecnol%gico' Todavia, neste mesmo período, o #ogo de i nteresses implicados na reprodução da força de tra$al"o deslocou, em grande parte, o lo eus desta disputa da esfera privada para a eXfera p$lica' - resultado deste processo de intensa acumulação, particularmente nos países capitalist as centrais, foi um profundo revolucionamento da $ase técnica do processo produtiv o /Terceira Jevolução +ndustrial0, com impactos, positivos e negativos so$re o tra$al "o "umano' Ion1guram(se uma nova divisão, mudanças no contedo, quantidade e qualidad e do tra$al"o e novas demandas de quali1cação "umana' - ponto crucial é que o fato de a nova e fant&stica $ase técnica, potenciadora das força s produtivas, dar(se so$ relaçes de e!clusão social, ao contr&ri'_'dí2'li$erar tempo livr e enguanto mundo da 'li$erdade, produ) tempo de tensão, sofrimento, +irê/0cupXoe#lg88í/ ,]b/0 desemprego estrutural e su$emXgo' - tra$al"o, enquanto força de tra$al"o, p assa a constituir(se numa preocupação visceral de tal sorte que, perversamente, como nos indica Francisco de -liveira, /L==Q: L>0 o car&ter e!cludente das relaçes sociai s determina que, nestas circuns
UQ tCncias, o tra$al"ador lute para manter(se ou para tornar(se mercadoria' - desemprego estrutural e o su$em''p.Xgo que atingem o coração docapiíalT3mo desenvolv ido e de f-l:ma''blLXXXrXa, porque com lrageisforçC3de6resisfênIiãX6o Terceiro undo e 4 degr dação ecol%gica resultam de um movimento de reorgani)ação e regionali)ação do capitalismo e estruturação de um novo regime de 2Xçumulação 6capitalista, so$ a égide, como $em e!plicita 5 I"omsSR, /L==: U0 dos *novos sen"ores do mundo* ou *do governo mundial de fact o*: Fundo onet&rio +nternacional, anco undial, grupo dos sete países mais industr iali)ados e o seu cordo Geral de Tarifas e Iomércio /GTT0' Este novo governo mun dial teLLlna''_l:i'W,ati)ação do conlLXc'ifnto enos'l2rocessoX'/#e e!clusão suas ar m4s(UCsicas' @or certo, esta forma de resposta nãoénema66Ulicii,(nem a "umanamente dese#&vel 5este capítulo $uscamos, sucintamente, apreender a nature)a e especi1cidade da cri se e dos processos que serviram de enfrentamento 4s crises cíclicas do capitb llismo, que atingem seu &pice nos anos Q, cu#a $ase de sustentação te%rica foi o SeRnesianismo e cu#o pressuposto $&sico, ao contr&rio das teses da li$erdade a$soluta do mercado, implicava tomar como ei!o a plani1cação e, portanto, uma pesada intervenção' do Estadg ' n_'processo econDmico(social'+nteressanos,(6 de outra parte, assinalar os custos "umanos diferenciados da crise e as perspectivas de seu enfrentamento'b 7 no quadro da compreensão da crise, portanto, e so$retudo do que ela impacta so$re o tra$al"o "umano, que podemos L' 3e é uma crise do processo civili)at%rio, tanto em sua gênese quanto na sua manifes tação atual e em suas perspectivas de enfrentamento, o colapso do socialismo real e o esgotamento das políticas do Estado de em(Estar 3ocial não podem' a despeito de s uas especi1cidades, ser separados' Aer, neste sentido, ;o$s$aa: (LQU' 5este tra$al"o, limitamo(nos a e!aminar a crise do capitalismo que se manifesta de forma clara desde o início da década de VQ' $ase da an&lise aqui e!posta tem como sustentação os tra$al"os de ;o$s$aa e $0 e F' de -liveira /l=OO$, L==>0, qu e a$ordam a crise do Estado de em(Estar 3ocial' UL
enfrentar as questes $&sicas deste ensaio que se delineiam, de um lado, pelas teses de $ase *neo(racionalista* do 1m da sociedade do tra$al"o e da centralidade do tra$al"o na vida "umana, e pelas teses neoconservadoras do mercado como instrum
ento de regulação do con#unto das relaçes sociais e, de outro, pela relação desta ordem de questes com as alternativas que se apresentam para a educação e a formação "umana' L, 5ature)a e especi1cidade da crise: o esgotamento do Estado de em(Estar e do modelo fordista de acumulação e regulação social 7 importante demarcar, neste primeiro item, que a crise dos anos VQY=Q não é uma crise fortuita e meramente con#untural, mas uma manifestação especí1ca de uma crise estrut ural' - Xue entrou em crise nos anos VQ constituiu(se em mecanisnX de soluçãCãItise dos an os (Q: aspolíilcas(estatãLsX(meãíanle (*((*'(' (2' ((((,,,(,,(((,,(']((',,(((((((((((((((X ((((''((X o fundo p$lico, 1nlnciando o padrão -eacumPlaçã6capitalista nos ltimos cinqienta anos' crise6nã/0 e,portiiiít-,como a e!plica a ideologia neoli$eral, resultado da demasiada interfe rência do Estado, da garantia de gan"os de produtividade e da esta$ilidade dos tra$al"adores e das despesas sociais: o contr&rio, a crise é um elemento constituinte, estruturãl, do movimento cíclico da acumulação capitalista, assumindo formas especí1cas que variam de intensidade no tempo e no espaço' L'L' , nature)a estrutural da crise o tratar da especi1cidade do modo de produção capitalista, ar!, particularmente na o$ra - capital, nos mostra que se trata de um modo social de organi)ação cu#o tecid o estrutural do con#unto de suas relaçes sociais tem como o$#etivo central e perman ente a ma!imi)ação da acumulação de capital' @ossui, como leis imanentes e necess&rias, a acu U> mulação, a concentração e a centrali)ação' 7 uma sociedade que proCYiiparti( produvr,Tsto é, s e se interessa por produ)ir $ens teis para o consumo enquanto portadores da virtu de do lucro, da mais(valia e, portanto, da acumulação ampliada do capital' /elu))o, L=OQ0 2' e!ploração capitalista diferencia(se da e!ploração dos modos de produção precedentes po r inscrever(se no pr%prio processo social de 2produção mediante a separação entre a esfera econDmica e plWítica e pela uni1cação da produção e apropriação da mais(valia' Funda(se* p , numa reXçXXhgcial ?llbdamelLtal, formalmente igualit&ria, mas2(+Lstnca e efetivam'ente de'Xb+al: re.f+Z'Xoc'a.2litalYtrl:(l"o (propriet&r((X626 '
',((((X(*']( + f - capitalismo tem que engendrar o su#eito livre e igual ante o direito, o contrato e a moeda, sem o que não poderia e!istir sua ação seminal: compra e venda de força de tra$al"o e >' 7 fundamental que se distinga o tra$al"o enquanto atividade "ist%rica de autocriaça o "umana /so$ as mais diversas $ases técnicas0, mediante a produção de $ens materiais enquanto valores de uso, da forma a$strata mercadoria força de tra$al"o que o mesm o assume so$ as relaçes capitalistas na produção de $ens como valores de troca' **( @or ser uma dimensão ontolUgica e "ist%rica de produção de valores db uso, *o tra$al"o é um processo de que participam o "omem e a nature)a, processo em que o ser "umano com sua pr%pria ação' impulsiona, regula e controla seu intercCm$io material com a nat ure)a como uma de suas forças' tuando assim so$re a nature)a e!terna e modi1cand o(a, ao mesmo tempo modi1ca sua pr%pria nature)a*' /ar!, L=VO0 5esta perspectiva o "omem constr%i a si mesmo em intercCm$io com os demais seres "umanos e cria poss i$ilidades novas para seu devenir' Enquanto mercadoria, o tra$al"o torna(se uma força a$strata, sem contedo concreto, que interessa ao capital como produtora de valores de troca, de mais( valia' *-s "omens, antes de qualquer determinação concreta su$stancial, transformam(se em m%nadas do dispêndio de força de tra$al"o a$strata' Em agregados altamente diferenciados co operam de forma diretamente social, porém em grau mais alto de indiferença e alienação r ecíprocas' @=dem satisfa)er suas necessidades apenas indireta e posteriormente, me diante o processo a$strato de automovimento do din"eiro*' U
apropnaçao de valor' Essa li$erdade efetiva implica como paralelo seu a igualdade a$strata da cidadania' /-2Bonnel, L=OL0 Trata(se de uma ilus%ria li$erdade, na medida em que as relaçes de força e de poder ent re capital e tra$al"o são estruturalmente desiguais' 7 so$ esta ilusão e violência que a ideologia $urguesa opera e1ca)mente na reprodução de seus interesses de classe' '
o contr&rio, todavia, do que o cl&ssico ide&rio li$eral ou a mor$ide) apologética neoli $eral apregoam, as *leis "ist%ricas* so$ as quais opera o capitalismo não são "armDnicas, mas contradit%rias e con?itautes' - car&ter contradit%rio do capitalismo, que o leva a crises peri%dicas e a ciclos a$ruptos e violentos, como o demonstra ar! ao ana lisar a nature)a do capitalismo e a sociedade capitalista nascente, não advém de alg o e!terno, mas deriva da dominação do capital e e!ploração do tra$al"o' Em lugar da suposta tendência ao equilí$rio e 4 igualdade dos agentes econDmicos, trata(se de um sistema que, pela concorrência so$ forças e poder desiguais, condu) 4 acumulação, concentração e centrali)ação de capital' o capitalista interessa produ)ir o m&!imo de me rcadorias que condensem o m&!imo de mais(valia' @ara permanecer no 2.ogo* esta reg ra é crucial' @or isso os diferentes competidores $uscam, mediaute ii incor( poração cres cente de ciência e tecnologia no processo de produção, aumentar o capital morto e dimi nuir o capital vivo com o intuito de produ)ir mercadorias ao menor custo e, port auto, condensadoras do m&!imo de mais(valia' as, ao mesmo tempo que o capital nec essita que as mercadorias se#am monetari)adas, isto é, que se#a reali)ada a mais(v alia que condensam, é um sistema que tende a reprodu)ir como mercadoria a força de tra$al"o no seu processo reprodutivo glo$al e a e!cluir tanto força de tra$al"o e!cedente qua nto capitalistas /in0concorrentes' UN '']((((((((((((((((( c - car&ter contradit%rio /de crise portanto0 do modo de ' produção capitalista e!plicita(se, "istoricamente e em formaçes sociais especí1cas, de formas e contedos diversos, porém, ine!oravelmente, pela sua pr%pria virtude de pote nciar as forças produtivas e por sua impossi$ilidade de romper com as relaçes s4ciais d e e!clusão e sociali)ar o resultado do tra$al"o "umauo para satisfa)er as necessid ades sociais coletivas' @arado!almente, mesmo com mais dedgis terços da "umanidade passaudo fome ou morrendo de fome,2a]prise do capital é,"o#e, de superacumulação estat almente regulada' 3omente nesta perspectiva pdeXseelltendêr as políticas do GT+' crise est&, pois, organicamente engendrada na nature)a das relaçes sociais capitali stas e não é nada mais do que a maneira violenta de fa)er valer a unidade das fases do processo de produção, que se tornam autDnomas' /ar!, L=VO0
literatura que an&lisa a gênese e o desenvolvimento "ist%rico do capitalismo, começand o pelas an&lises de ar!, Engels e Josa de u!em$urgo, nos d& conta que, de tempos e m tempos, o sistema, de forma glo$al, enfrenta crises violentas e colapsos que não advêm de fatores e!%genos, mas #ustamente do car&ter contradit%rio do processo capitali sta de produção' s crises de L=LN, L=>= e agora a crise que se apresenta de forma $ rutal dos anos VQY=Q, e!empli1cam estas erupçes violentas de um processo de crises ',,cLicas' -s contedos, as formas, os atores e forças em #ogo e a gravidade dos d estroços são diversos no tempo e no espaço' Ia$e, pacientemente, perquirir estas espec i1cidades e evidenci&(las ' etodologicamente é importante registrar que, para não esva)iar a densidade das a n&lises de ar! so$re a nature)a estrutural da crise no modo de produção capitalista, e transformar a agude) da concepção dialética materialista "ist%rica, na an&lise da realid ade, em dogma e visão mecanicista, é crucial que a an&lise apreenda as mediaçes, as profu ndas diferenças do capitalismo atua+ em relação ao capitalismo do início do século A+++' UM Trata(se, pois, de crises que têm uma mesma gênese estrutural, mas que cada ve) tra) uma materialidade especí1ca' / 5a $usca de suplantar a crise o capitalismo vai e sta$elecendo . uma socia$ilidade onde cada novo elemento que entra para ( enfre nt&(+a constitui, no momento seguinte, um novo, compli/cador'N entrada do Estado como imposição necess&ria no enfrentamento da crise de >= foi, 6ao mesmo tempo, um mecan ismo de superação cfa virulência da crise e um agravador da mesma nas décadas su$seqüentes ' volta 4s teses monetaristas e mercantilistas 'protagoni)adas pelo ide&rio neoli$e ral e!plicita a ilusão de que o pro$lema crucial este#a nos processos de plane#ame nto e, portanto, de interferência' do Estado na economia'M A&rios tra$al"os, partindo das an&lises de ar! em - capital, so$re as formas med iante as quais o capitalismo enfrenta suas crises cíclicas, a$ordam esta pro$lem&tic a' Gianotti, num te!to so$re as *Formas de socia$ilidade capiX talista*, mostra como na atual fase do capitalismo o capital, para reprodu)irXse, necessita de *f onuas de produção postas pelo capital como o seu outro e que crescem com ele*' 5este conte!to analisa a função do Estado' do fundo p$lico, da rique)a social, do tra$al"o improdutivo e a pr%pria nature)a das classes sociais' /Gianotti, L=O: >LUX==0 Fr ancisco de -liveira, em v&rias an&lises, das quais destacamos2 *terci&rio e a divisão social do tra$al"o*, /L=OL0 *- surgimento do antivalor: capital, força de tra$al"o
e fundo p$lico*: /l=OO$: O(>O0 discute, no primeiro caso, a idéia de que o tra$al" o improdutivo não é e!terno, al"eio ao tra$al"o produtivo, mas parte de um mesmo mov imento contradit%rio' 5o segundo te!to, e!pe o papel central do fundo p$lico na superação da crise dos anos Q e, portanto, na de1nição do padrão de acumulação capitalista dos ltimos MQ anos, padrão est que, a partir dos anos VQ, entra em crise' agdof /=VO0 mostra como a entrada do Estado na economia não se apresentou como uma escol "a entre outras alternativas, mas como uma imposição' Iertamente, o Estado sempre se constituiu num ator político na consecução dos inter esses da classe $urguesa, Todavia, como analisa Gramsci /L=VO0, #& na década de >Q, a comple!idade dos processos de acumulação foi desmascarando de forma cada ve) mais clara a imagem do Estado li$eral neutro, &r$itro do $em comum' atividade econDmica , ao contr&rio de ser resultado de forças livres do mercado e de uma racionalidade p uramente técnica, resulta, cada ve) mais, da atividade política' Irises econDmicas red undam em crises do Estado e vice(versa' UU c @ara analisar a crise da sociedade capitalista dos anos VQ é necess&rio, portanto, s itu&(+a como uma crise com um contedo "ist%rico mais comple!o e, conseqüentemente, com uma trama de su#eitos sociais e mediaçes mais comple!a, e recon"ecer ' que seu enfrentamento ou sua superação engendra a possi$ilidade 6de'' processos de d estruição e e!clusão mais perversos que os precedentes, em$'ora tam$ém e!istam possi$ili dades de um novo patamar de I-"Wluistas da classe tra$al"adora' dominCncia dos p rocessos de re2l,Xtruturação do capitalismo, de imediato, nos mostra, como veremos a diante, uma cota diferenciada, em termos de perspectivas e de custos "umanos, no s países do Ione 5orte e nos países do Ione 3ul, como é o caso da mérica atina'U 3e é verdade que o colapso a$rupto do socialismo real deve ser de$itado a erros $r utais dos rumos6 que a Jevolução de LV foi tomando, transformando os dirigentes numa * classe de $urocratas*, 1!ados num poder monolítico, autocr&tico e violento /é s% lem$ra rmos do período estalinista0, não podemos esquecer que o mesmo resulta da "ist%ria da e!ploração e atraso daquelas sociedades e, posteriormente, da violência permanente do s istema capitalista mundial' 5a visão de ar!, o socialismo se iniciaria em condiçes f avor&veis onde a forma capitalista de produção tivesse atingido o mais elevado grau X
de desenvolvimento e contradição /+nglaterra, França '''0 e daí se e!pandiria num proces so geral de ruptura com o capitalismo' -u se#a, a passagem se daria onde o capit alismo, por suas *virtudes* de produção e incapacidade de sociali)ação desta produção, e!ace r$asse as contradiçes, e não pelo camin"o do quanto pior mel"or' Iomo nos indica ;o$s $a0, Furtado /L==>0, rig"t /L=O0, oron /L==L e L==N0, Gomes / L==>0'
c
/'''0 por este prisma, nem o advento de uma ordem social não(capitalista, que foi a Jep$lica 3oviética, nem a atual perspectiva de sua desintegração, podem ser vistas como fatos isolados, mas sim como sérias mudanças de rumo dentro da con1guração maior da política e da economia mundiais' /;o$s$a$: LN0' Este encamin"amento il-3 a#uda a não simpli1car a an&lise e, perante a perple!idade de uma crise profunda do sistema mundial e da qual não temos clare)a, não caiamos em atitudes e interpretaçes políticas m%r$idas' @rofecias m%r$idas e cínicas como as do 1rt:b'' da("ihbkria de FuSuRama, mediante as quais se passa a idéia de que o capitalismo, com seu *deus mercado* /o $em0, 1nalmente impera a$soluto com a morte do socialismo e do comunismo e, por conseqüência, da teoria mar!ista que o inspirou /o mab0'k Iontrastando com a mor$ide) profética dos apologetas do 1m da "ist%ria e da supremacia da forma mercantilista de relaçes sociais, um nmero signi1cativo de intelectuais, com mati)es te%ricos e ideol%gicos diversos e con?itantes, nos sinali)a a necessidade de uma outra eitura' ssim é que os tra$al"os de lacS$urn /L==>0, ;o$s$a$0, llie) /L=OO0, nderson /L==>0, illiams /L=ON0, Iallinicos /L==>0, KagarlitsSR /L==0 e Jonc"eR /L==L0 interpretam a crise do socialismo como uma trama de relaçes mais comple!a que a simples autodissolução por invia$ilidade "ist%rica e concluem que esta crise não signi1ca que o vitorioso é o capitalismo' W, i
V' 7 preciso registrar _ue, ao contr&rio da pretensa novidade, a crítica e!terna e interna 4 utopia socialista e 4s formas "ist%ricas _ue $uscaram via$ili)&(la concretamente, não é nova' @or certo pode(se a1rmar que é tão vel"a _uanto a origem do pr%prio socialismo ou socialismos' s críticas ao socialismo real, so$ a "egemonia soviética, #& no 1nal da década de >Q eram profundas e duras por Gramsci na +t&lia e, de forma crescente, por inmeros mar!istas e socialistas de diferentes partes do mundo' Pma e!emplar documentação destes em$ates pode ser encontrada na coletCnea de L> volumes organi)ada por Eric ;o$s$aL( >>0 UO Iertamente devemos nos perguntar com G' 3teiner *se o c"icote numa mão e o c"eese$ urger na outra, esgotam as alternativas enfrentadas pela civili)ação "umana*' 'X especi1cidade da crise do Estado de em(Estar e do modelo fordista de regul ação social 2' crise de carXtçr planet&rio que se e!plicita particularmente nos anos VQ tem suas r aí)es $em mais remotas' Iontraditoriamente, a crise dos anos VQ tem na sua gênese as estratégias de superação da crise dos anos Q' s políticas do Estado de em( Estar e os governos da social(democracia não tiveram a capacidade de estancar um modelo de de senvolvimento social fundado so$re a conGentraçãocrescentede capital e e!clusão social ' Este modelo de desenvolvimento, com $ase na teori)aç'ã_ teRnesiana, tem sido cara cteri)ado como sendo o moddofordista e neofordista de produção' Iomo analisam v&rios autores,* este modelo de1ne(se por diferentes características que podem ser assim sinteti)adas: uma determinada forma de organi)ação c:lo.ra$al"o fL.Bdadaem '"ases6tecnol%gicas que se pautam por um re1nae mento do sistema de m8tquinas de car&ter rígido, com divisão especí1ca do tra$al"o, um determinado patamar de con"ecimento e uma determinada c omposição da força de tra$al"o8 um determinado regime de acumulação, fundado numa estrutura de relaçes qué($uscou2 com patí$ilii&r produção em grande escala e consumo de massa num determinado nível de lucro8 e, por 1m, um determinado modo de regulação social que compreende a $ase ideol%gic
o(política de(pr/0duçãode valores, normas, instituiçes que atuam no plano do controle O' Aer, a esse respeito, as an&lises de llie) /L=OO0, ipiet) /=OO0, Ioriat /L=OO0, .aco$i /L=OU0 e @alloi! /L=O>0'
c
das relaçes sociais gerais, dos con?itos intercapitalistas e nas relaçes capital( tra$ al"o' @or um período de apro!imadamente UQ anos foi adotado '/ este modelo de desenvolvimento' Em sua primeira fase, como e!pe llie) /L=OO0, qu e vai até L=Q, constitui(se num processo de re1namento do sistema de maquinaria analisado por ar!' Grandes f&$ricas, decompos2ção de tarefas na perspectiva taRlorista , mão(de(o$ra pouco quali1cada, gerência cientí1ca do tra$al"o, separação crescente entr e a concepção e a e!ecução do tra$al"o etc' fordismopropriamente dito que se caracte'b i)a por um sistema de8nãquin4s *cop+ado, aumentointenso de capliXfn,oito eciXl2XociXiiXaaae8(pr_/fíbçilo]e+T+grandeesXa#8' e consullLo]d/l massa, tem seu desenvolvimento efetivo a partir dos anos Q e toma(se um modo social e cultural de vida ap%s a 3egunda Guerra undial' crise de >=, que é uma crise de superprodução e, portanto, uma ameaça de as1!iamento do sistema que não consegue reali)ar as mercadorias produ)idas, determina novas es tratégias para o enfrentamento da crise' Bentre estas estratégias destacam(se, no pl ano capitalista, o fascismo, o fordismo e o americanismo' segunda fase do sistema fordista entra #ustamente no conte!to das teses SeRnes ianas que postulam a intervenção do Estado na economia como forma de evitar o colaps o total do sistema' 5o plano supra(estrutural desenvolve(se a idéia de Estado(5ação /t otalit&rio ou democr&tico0 e, ap%s a 3egunda Guerra undial, gan"a força a idéia de Estado de em(Estar 3ocial' 7 tam$ém neste período que os regimes sociais( democratas se apres entam como *alternativa* ao capitalismo *selvagem* e aos pro#etos socialista e co munista' 5este conte!to, como nos mostra ;o$s$a$0 o sistema capitalista incorpora idéias da plani1cação socialista e principia um quadro de recuperação e de est a$ilidade' - Estado de em(Estar vai desenvolver políticas sociais que visam 4 esta$ ilidade no emprego, políticas de rendas com gan"os de produtividade e de previdência social* incluindo seguro desemprego, $em como VQ direito 4 educação, su$sídio no transporte etc' - slogan de
;' Ford (nossos oper&rios devem ser tam$ém nossos clientes (caracteri)a a estratégia e conDmica desta segunda fase do fordismo que $usca via$ili)ar a com$inação de produção em g rande escala com consumo de massa' s perspectivas de Francisco de -liveira /l=OO$0 e de E' ;o$s$a$0, diferentes da maior parte das an&lises, compreendem o sutgime nto, desenvolvimento e crise do fordismo e do Estado 2lie em(Estar 3ocial ou @re videnci&rio, dentro de uma dialética em cu#o pacto, contraditoriamente, se situou a possi$ilidade de sustentação do padrão de acumulação capitalista' Este pacto envolve o 1n anciamento, pelo fundo p$lico, do capital privado e, ao mesmo tempo, de forma cre scente, da reprodução da força de tra$al"o, aumentando de forma generali)ada a assistênc ia da população não por caridade, mas como direito, mediante as políticas sociais de sade , educação, emprego etc' /'''0 o fundo p$lico, em suas diversas formas, passou a ser o pressuposto do 1na nciamento da acumulação de capital de um lado, e, de outro, do 1nanciamento da repr odução da força de tra$al"o, atingindo glo$almente toda a população por meio dos gastos sociais' / ''' 0 o fundo p$lico é agora, um *e!(ante* das X condiçes de reprodução de cada capital particular e das con diçes de vida, em lugar de seu *e!(posto* típico do capitalismo concorrencial' /-liveira, L=OO$: O(=0 Besta relação dialética entre o padrão de 1nanciamento da acumulação privada e da reprodução força de tra$al"o, tendo como vértice o fundo p$lico, decorrem inmeras cane,' seqüências que, tradicionalmente, eram consideradas como pos( síveis apenas dentro do socialismo ' ;o$s$a
$0 muito do que uma ve) foi visto como típico de uma economia socialista tem, desd e os anos Q, sido cooptado e assimilado por sistemas não(socialistas, principalme nte uma economia plane#ada e a pl2$priedade estatal ou p$lica de indstrias e serviço s*' esmo com a onda neoconservadora de?agrada por T"atc"er, na +nglaterra, e J eagan, nos EP, mostra ;o$s$a$: >U(N0 an&lise de Francisco de -liveira tam$ém destaca a não(con1rmação das previses da pauperi )ação:
o que se assiste é uma e!pansão do consumo de todas as classes nos países mais desenvo lvidos, e uma renovada e inusitada e!pansão do investimento' ais amplamente, mostra(nos desdo$ramentos que se tecem no plano da materialidad e das relaçes sociais, decorrentes da relação orgCnica entre o padrão de acumulação e reprod capital e a reprodução da força de tra$al"o, cu#a dissolução não aceita esquemas l%gicos, ma depende de forças materiais reais' s despesas sociais se constituem num sal&rio in direto e permitem, portanto, a li$eração do sal&rio direto para consumo de massa' Tais despesas são cruciais para o aumento dos mercados de $ens de consumo dur&veis: presença dos fundos p$licos' pelo lado desta ve) da reprodução da força de tra$al"o e d os gastos sociais p$licos gerais, é estrutural ao capitalismo contemporCneo, e, até prova em contr&rio, insu$stituível' /-liveira, L=OO$: LQ0 5o Cm$ito do car&ter contradit%rio da relação do fundo p$lico com o 1nanciamento do capita l privado e a reprodução V> c (((((('' ( da força de tra$al"o, outras conseqüências fundamentais advêm, tanto na perspectiva do c apital quanto do tra$al"o e que, face 4 crise, engendram alternativas com custos s ociais e "umanos muito diversos' 3e o desenvolvimento do antivalor, como o de1ne Fran cisco de -liveira /+=OO$0, e!plicita como a socia$ilidade capitalista, mediant2 W o fundo p$lico, amplia uma gama de valores, de rique)aWwocial que2 não se constit uem em capital, mas que além de 3u$sidiar diretamente o capital privado, favorece( o indiretamente assumindo grande parte dos custos de reprodução da força de tra$al"o, li$erando(o para investir no desenvolvimento tecnol%gico, ao mesmo tempo produ)iu uma imensa gama de $ens e serviços p$licos como antimercadorias sociais e uma desme rcantili)ação signi1cativa d&2 reprduçao da força de tra$al"o' (cUifseqüência política, cr deste processo é que o em$ate por estes direitos se deslocou da esfera privada p ara a esfera p$lica' Iomo veremos a seguir, é neste terreno que se d& o em$ate entre as perspectivas neoconservadoras, antidemocr&ticas, e2 as perspectivas democr&ticas e m face da crise' -s limites deste modelo de desenvolvimento se fa)em sentir #& ao 1nal da década de UQ com a progressiva saturação dos mercados internos 1e $ens de consumo dur&veis, con
corrência intercapitalista e crise 1scal e in?acion&ria que provocou a retração dos inv estimentos' Besen"a(se, então, a crise do Estado de em(Estar 3ocial, dos pr%prios r egimes sociais(democratas e principia(se a defesa 4 volta das *leis naturais do mer cado* mediante as políticas neoli$erais, que postulam o Estado ínimo, 1m da esta$i lidade no emprego e corte a$rupto das despesas previdenci&rias e dos gastos, em ge ral, com as políticas sociais' Este modelo teve nos governos T"atc"er, na +nglater ra e Jeagan, nos Estados Pnidos suas ãncoras $&sicas' +nmeras são as an&lises que $uscam e!plicar a nature)a, contradiçes e determinaçes da cris do Estado de em(Estar 3ocial ou estado assistencial, cu#a sintom&tica se e!plici ta pela Irescente inqlpacild* cle o.undo]p$lico 1nanciar a acumulllção privada e mant er as políticas sociais de reproduçãojL f_ç:a:defta$al"o' Bentre estas an&lises destacalL% s de -He /l=O=ã,(L==Q0, ;a$ermas /L=OV0, -2Ionnor /l=VVa0 e F' de, -liveira /L=OO $0' F
5este Cm$ito, as an&lises de ;a$ermas e de]_H* constituem contri$uiçes instigantes cu# o teor((mais*2geral se radica na tradição fecunda do legado +ilar!ista: a Irítica ao E stado e 4s relaçes capitalistas na *sua l%gica cega e destrutiva de auto( valori)ação do capi al*' 5outros Cm$itos, como veremos adiante, as an&lises destes autores, como $em mos tra nderson /L=OM0, têm a1nidades peculiares com as perspectivas estruturalistas na sua matri) francesa e, por este camin"o, se, afastam da tradição mar!ista de com preensão "ist%rica da realidade social' @or polemi)Wlp2nos, no Iapítulo +++, a questão da tese posta por -He di2rlão (central idade do tra$al"o como categoria sociol%gica fundamental, para não correr o risco de uma visão reducionista e simpli1cadora da contri$uição deste autor na crítica mais ger al 4s relaçes capitalistas e especi1camente aos limites, contradiçes e alternativas ao Estado de em(Estar, destacamos alguns pontos que têm, positivamente, alimentado o de$ate crítico' coletCnea de LQ ensaios e uma longa entrevista, editados por .o" an Keane, renem o con#unto mais amplo de an&lises, em diferentes circunstCncias, feit as por -He nos anos VQ e início dos anos OQ so$re as contradiçes, crise, limites e a lternativas ao Estado de em(Estar 3ocial' /-He, L==Q0 5estes ensaios, -He e!pe os limites intrínsecos e, portanto, estruturais das políticas do Estado de em(Esta r 3ocial derivados de suas mltiplas funçes con?itivas de atenderas necessie#ades pr ivadas c:+2-((((*'2lpi]ta eas ,demandas sociais e p$licas
crescentes(:(Este car&te r con?itivo se e!plicita so$retudo mediante a crise 1scal que de$ilita as poss i$ilidades de cumprir suas mltiplas funçes relativas ao capital privado e 4s demandas p$licas' E!plicita(se, tam$ém, mediante os pro$lemas de e1c&cia e de controle da plani1cação central' 5este Cm$ ito, -He mostra(nos que a crise VN c ((((((((( tam$ém resulta dos pro$lemas de legitimação do Estado de em(Estar' @or ser uma crise de nature)a estrutural, -He nos mostra que não comporta saídas si mples e f&ceis' 5este sentido, sinali)a três movimentos de resistência e que se pem com o alternativas' primeira, refere(se 4 perspectiva da *5ova Bireita* que postula a volta a/#Xcont roles do mercado, do laisse)(faire' @ara -He, esta alternatiX, se apresenta pro $lem&tica, pois os neoconservadores não perce$em que *o capitalismo est&, ao rnesmo tem po, posto em perigo e possi$ilitado pelo Estado de ernEstar*' segunda alternat iva, que não e!clui as perspectivas da primeira, é o reforço ao corporativismo que $us ca, ao mesmo tempo, revigorar os processos de mercado e neutrali)ar demandas polít icas com o intuito de aliviar os pro$lemas 1scais' @or diferentes ra)es, -He vê e ste mecanismo reforçado, em$ora tam$ém enfrente profundas di1culdades advindas dos interesses em confronto que podem gerar pesados desequilí$rios' aseado na an&lise de que o Estado de em(Estar, ao mesmo tempo que tem via$ili)ad o a administração da crise de reprodução do capital, tem2 ampliado os espaços de controle da esfera p$lica e, portanto, da perda de espaço do campo privado so$re a vida coti diana dos cidadãos, -He aponta a alternativa *democr&tica(X socialista*' 5a entrevi sta apresentada na coletCnea, -He destaéa como ponto crucial da estratégia socialista o com$ate ao que ar! aponta como a l%gica insaci&vel de auto valori)ação do capital e de, portanto, um sistema que não se preocupa com os valores de uso' Este com$ate implica, para -He, $uscar formas de ampliar os critérios de produção de valores de uso' 5este particular, discorda das lutas pelo pleno emprego, defende ndo a idéia de desenvolvimento de tra$al"os desvinculados da l%gica *sal&rio( tra$al"o*, mediante cooperativas' -utros aspectos que enfati)a são a ampliação dos direitos democ r&ticos, a luta pela pa), o movimento ecol%gico, a crítica 4 moderni)ação predat%ria e a fé c no avanço tecnol%gico'
Em toda a sua an&lise em$asada em argumentos s%lidos, como nos indica Keane na intro dução 4 coletCnea, é surpreendente que -He não considere as implicaçes da crescente nature ansnacional do capital e a crise glo$al do sistema capitalista' perspectiva desenvolvida por -He so$re a crise do Estado de em(Estar, de uXm odo gera+8 corro$ora as an&lises de ;o$s$a(0 ostra(nos este autor que o processo de internacionali)ação tirou parte dos gan"os f iscais sem todavia li$erar o fundo p$lico de 1nanciar a reprodução do capital e da f orça de tra$al"o' 5o plano te%rico, a crise do Estado de em(Estar é c, situada, por Francisco de -liv eira, no interior do car&ter 8 contradit%rio do sistema capitalista e, portanto, da questão dos ' limites deste sistema' -ra, a "ist%ria do desenvolvimento capitalista tem mostrado, com especial ênfase depois do elfare 3tate, que os limites do sistema caXitalista s% podem estar na negação de suas VU c categorias reais, o capital e a força de tra$al"o' 5este sentido' a função do fundo p$l ico no trave#amento estrutural do sistema tem muito mais a ver com os limites do capitalismo, como desdo$ramento de suas p r%prias contradiçes internas' /+$ídem: L>(0 -s sinais de esgotamento do modelo de desenvolvimento fordista, enquanto regime
de acumulação e regulação social, coincidem, parado2!almente, com um verdadeiro revoluci onamento da $ase técniX do processo produtivo, resultado, como se apontou anteriorm ente, do 1nanciamento direto ao capital privado e indireto na reprodução da força 2de tra$al"o pelo fundo p$lico' microeletrDnica associada 4 informati)ação, a micro$iologi a e engen"aria genética que permitem a criação de novos materiais e as novas fontes de energia são a $ase da su$stituição de uma tecnologia rígida por uma tecnologia ?e!ível' Esta mudança qualitativa da $ase técnica do processo produtivo, que a literatura qua li1ca como sendo uma nova Jevolução +ndustrial permite, de forma sem precedentes, a celerar o aumento da incorporação de capital morto e a diminuição crucial, em termos a$solutos, do capital vivo no processo produtivo' Aale registrar que a mudança para uma $ase técnica de tecnologia ?e!ível, informati)ada, em$ora se dê em grau e velocidade difer enciados, é uma tendência do sistema' - impacto so$re o contedo do tra$al"o, a divisão do tra$al"o, a quantidade de tra$a l"o e a quali1cação é crucial' o mesmo tempo que se e!ige uma elevada quali1cação e cap acidade de a$stração para o grupo de tra$al"adores est&veis /mas não de todo0 cu#a e!igênc ia é cada ve) mais de supervisionar - sistema de m&quinas informati)adas /inteligente sb0 e a capacidade de resolver, rapidamente, pro$lemas, para a grande massa de t empor&rios, tra$al"adores *precari)ados* ou, simplesmente, para o e!cedente de mão(d e(o$ra, a questão da quali1cação e, no nosso caso de escolari)ação, não se coloca como pro$ lema para o mercado'
Bentre as vanas estratégias de que o capital se utili)a para retomar' uma nova $as e de acumulação desta*amXseos processos de reestruturação capitalista que incluem: recon versão tecnol%gica, organi)ação empresarial, com$inação das ]forças de tra$al"o, estruturas f nanceiras etc: Be outra parte, como veremos adiante, as empresas'deslocam(se de umaregião para outra saindo dos espaços 6on.e a *classetra$al"adoli*( émals organi)ada e "istoricamente vem acumulando a conqllistade direitos' contradição capital(tra$al"o, neste conte!to, assume uma dimensão nova que confere u ma especi1cidade 4 crise que a$ala o sistema capitalista= >' -s camin"os alternativos de enfrentarnento da crise compreensão da crise no "ori)onte te%rico, que aca$amos de sinali)ar, permite(nos, a um tempo,perce$er quais os custos sociais e "umanos da alternativa neoli$era l de volta aos mecanismos e!cludentes do mercado, e igualmente perce$er que a cri
se do Estadode em(Estar carrega consigo uma positividade, cu#a concreti)ação política depende da capacidade dos su#eitos sociais concretos de manter e ampliar democr aticamente a esfera p$lica na disputa dos $ens, serviços e direitos conquistados no terreno contradit%rio deste mesmo Estado de em(Estar' +mporta tam$ém o$servar que o Estado de em(Estar e suas instituiçes não são agora o *"ori)onte intransponível*8 para além dele, ($ate, latente, um modo social de produção superior' Jesta resolver um pro$lema, intacto, que é o da apropriação dos resultados desse modo social /'''0 as, decididamente, o =' Jo$erto 3c": ++0 VO c acesso e o mane#o do fundo p$lico são o nec plus ultra das formas sociais do futuro ' /-liveira, L=OO$: L=0 Tanto -liveira quanto ;o$s$aQ' - @+ dos países desenvolv idos que era, em L=QQ, ve)es maior que o resto da "umanidade, em L=OQ era de a pro!imadamente L>,M ve)es8 por 1m, o terceiro pro$lema e!plicita(se no fato de que /'''0 ao su$ordinar a "umanidade 4 economia, o capitalismo mina e corr%i as relaçes entre seres "umanos que formam as sociedades e cria uX v&cuo m oral em que nada co2nta a não ser o dese#o do indivíduo aqui e agora*' /;o$s$a$: >UU(V0
5o ol"ar vesgo da $urguesia, a crise atual, uma ve) mais, aparece como um desvio das leis *naturais do mercado*' pedra de toque dos neoconservadores est& na críti ca 4 e!cessiva intervenção e agigantamento do Estado, e postula(se, como remédio, a volt a da *regulação* do mercado e as políticas monetaristas' ide&rio neoli$eral e neoconse rvador protagoni)ado por T"atc"er e Jeagan, mal grado seu insucesso naquelas soci edades, tornou(se a palavra de ordem para o a#ustamento /leia(se su$missão 4s regras dos novos sen"ores do mundo e suas instituiçes: F+, +JB, +B etc'0 nos países da mérica atina e, agora, de forma avassaladora, para o este Europeu'
c , Pm dos representantes mais empedernidos deste ol"ar p$licas e, conseqüentemente, do s investimentos em políticas vesgo no rasil, J' Iampos, ao criticar, como *grande em$uste*, sociais'+ b a tendência intervencionista da Ionstituição de L=OO, perce$e 5a realidade, não se trata de uma alternativa para a crise, a origem deste mal des de a Ionstituição de eimar, em L=L=, , mas a $usca da recomposição dos mecanismos de re produção na leman"a' do capital pela e!acer$ação da e!clusão social' Esse tipo de constituição, que se populari)ou na Europa ap%s Pma coisa é ver o mercado c omo um guia para e1ciência a Iarta lemã de eimbtr de L=L=, tem pouca dura$ilidade' economlca' Aer o mercado como o nico mecanismo de diso contr&rio da mãe das Iartas a gnas democr&ticas (a tri$uição dos rXaursos em Xconomia' como vêem os fan&ticos Ionstituição de Filadél1a (que é, como di) o professor do reaganismo e do t"atc"erismo ou o +nstitute of Economic .ames uc"aman, *políti ca sem romance*, as constituiçes Hairs e outros centros de pensamento ultracapitalista, é inrecentes fa)em o *roma nce da política*X aseiam(se em dois teiramente outra' mercado produ) desigualdade tão naturalerros: primeiro, a *arro gCncia* de que nos fala ;aReS, de mente como com$ustíveis f%sseis produ)em poluição no ar' pensar que o processo político é ma is e1ca) que o mercado /;o$s$a$: >UN0
na promoção do desenvolvimento8 segundo, a idéia romCntica de que o Estado, esse *mais frio dos monstros* como di)ia Em relação ao Estado, a questão crucial não é se é um 5iets)c"e, é uma entidade $enevolente e capa)' /Iampos, - Estado &!imo ou um Estado ínimo, mas qual Estado' 5este Glo$o, LL'QV'=0 sentido, Francisco de -liveira mostra que a perspectiva conservadora, na realidad e, não postula redu)ir o Estado em todas volta 4s leis puras do mercado retoma, co m vigor, as as suas faces, mas apenas estreitar ou eliminar sua face p$lica' teses conservadoras dos anos NQ, como as de F' ;aReS e, mais recentemente, as de Friedman que entraram na ordem do dia na2 década de VQ co mo sendo a nova e e1ca) estratégia capa) de suplantar a crise' l@articularmente , as teses de Friedman so$re o 1nanciamento da educação, como veremos a seguir, são " o#e invocadas para legitimar políticas de descompromXsso do Estado nesta &rea' Fundamentalmente, a tese neoli$eral /que não é unívoca0 postula a retirada do Estado d a economia (idéia do Estado ínimo (8 a restrição dos gan"os de produtividade e garantia s de emprego e esta$ilidade de emprego8 a volta das leis de mercado sem restriçes8 o aumento das ta!as de #uros para aumentar a poupança e arrefecer o consumo8 a dim inuição dos impostos so$re o capital e diminuição dos gastos e receitas LQ' @ara uma an&lise das idéias de ;aReS e Friedman, ver ianc"ettí /L==>0' + +' @ara uma an&lise mais detal"ada das teses neoli$erais e sua crítica, ver: Ai+la real /L=VO0, FinSel /L==Q0 e ianc"etti /L==>0' OQ / ''' 0 seu o$#etivo é dissolver as arenas 'especí1cas de confronto ' e negociação, para dei!ar o espaço a$erto a um 'Estado ínimo, livre de todas as peias esta$elecidas ao nível de cada arena especí1ca da reprodXção do capital' Trata(se de uma verdadeira regressão' pois o que é tentado é a manutenção do fundo p$lico como pressuposto apenas do capital' /-liveira, L=OO$: >M0 efetiva alternativa para a crise do Estado de em(Estar e do modelo fordista d e acumulação, como nos apontam ;o$s$a
Tam$ém a perspectiva *de estilos de vida alternativos* individuais ou em comunidad e /illiams, L=ON0 ou as propostas '''X
c '((((((((((((((((((((( de regulação social advindas da doutrina social da +gre#a Ioutin"o /L=ON e L==L0 e ; o$s$ac0 (, e!ige, por mais que se apresentem como uma opção contra o ar$ítrio necessariamente, a radical iXço''la]]clX+LLQ:rada'X do mercado, insiste ;o$s$a0, como mostram -liveira /L=OO$0 e mencionar a capacidade t'enol%gica de* destruição demonstrada6 .ameson /L==N0, n- em$ate da travessia não s% persistem ospela Guerra do Golfo, e os pro$lemas de um mundo dividido su#eitos sociais cL&si8icos /as classes fundamenta is0, cu#a apreen em uma vasta maioria de povos famintos e Estados e!traordi são demande ir além das aparências imediatas e nacionais, nariamente ricos, não podem ser resolvidos desta maneira' ais como a pr%pria socia$ilidade capitalista e os interesses que a cedo ou mais tarde e!igirão ação sistem&tica e plane#ada ela se contrapem, fa)em emergir novos su#eitos políticos' nacional e internacionalmente e uma investida contra as fortale)as centrais da e conomia de mercado de consumo' E!igirão não democracia representativa é o espaço insti tucional no qual, apenas uma sociedade mel"or que a do passado' mas como além das classes e grupos diretamente interessados, intervêm sempre sustentaram os socialis tas, um tipo diferente de sociedade' outras classes e grupos, constituindo o ter reno do p$lico, do /'''0 7 por esse motivo que o socialismo ainda tem um programa q ue est& acima do privado' 3ão pois condiçes necess&rias e LMQ anos ap%s o manifesto de ar! e Engels' 7 por esse su1cientes' 5este sentido, longe de desaparição das classes mot
ivo que ainda est& no programa' /;o$s$a$: >U=(VQ0 sociais, tanto a esfera p$lica como seu corol&rio, a democracia representativa' a1rmam as classes sociais como e!presses alternativa que pode incorporar o imenso progresso n+ + =.X((6, coletivas e s u#eitos da "ist%ria' /-liveira, L=OO$: >0 L(2 .Y'2Y Y técnico a favor das necessidades e ampliação da li$erdade ,'r(8*iY *V,L2::Y estruturação e ampliação da esfera p$lica, mediante"umana, malgrado o colapso do socialismo real, continua sendo +6 2 uma democracia representativa (no método, na forma e no a do socialismo' s questes que se colocam são: que tipo contedo (, é, par a -liveira, o camin"o, de dentro dos limites de socialismo e qual o camin"o para a travessiak @or certo, do *Estado(Ilassista*, para contrapor(se 4 l%gica de e!clusão so$re as tentativas concretas de resposta a estas questes a do mercado e do capi t4+ e para a travessia para o socialismo' "ist%ria tem liçes amargas mas salutares' .> trilogia proposta como alternativa, por -liveira, é: método crise do Estado de em(Estar e o colapso do socialismo democr&tico, esfera p$lica e socialismo' Ioutin" o, ilãmesX real parecem mostrar que o camin"o de construção do socialismo perspeItiva, defenDe(quealutapelaXdemocracia /de massa, implica um tecido de realidade e de su#eitos políticos que rompam, desde as vísceras do regime capitalista mais desenvolvido, sua coluna verte$ral' travessia não com porta f%rmulas, mas como indicam v&rios pensadores (F' de -liveira /L==>0, .>' 5ão é prop%sito deste tra$al"o analisar as ra)es "ist%ricas do colapso do socialismo real e sua in?uência nas alternativas que se apresentam 4 crise deste 1nal de século ' coletCnea organi)ada por Jo$in lacS$urn /L==>0, o livro de oris KagarlitsSR /L==0, entre outros tra$al"os, nos permitem apreender tanto as raí)es "ist%ricas do colapso quanto as alternativas em disputa' O> popular0 e pelo socialismo é a mesma coisa: *a democracia não é um camin"o para o soci alismo, mas sim o camin"o do socialismo*'lX f'' tP X2Zl YX/' : ' (X2(,'' + r r2] iW Q''@ L' @ara uma compreensão mais detal"ada deste de$ate referido 4 realidade $rasileira ver -liveira /L==L0, Ioutin"o /L=ON e L==N0, eHort /L==>0, Touraine /L==M0 e Be$run /L=O0'
' -s custos sociais e "umauos da alternativa neoconservadora -s Xfeitos do a#uste neoconservagor no enfrentamento da crise' que s+gü(itica a de 1nição(de um novo modelo de acumulação e regulação social, dentro de um novo reordenamento undial, têm como conseqüência o aumento da e!clusão social' ']'X(]' *(*((]'']((]'] idéia de custos sociais e "umanos materiali)a(se pelo aumento da miséria a$soluta, da fome, daviolêncb2êcl_eZas endêmicas e pelod'8err8prego(e( su$empregoe3irutural que atingXdemodo diferenciado os países do Ione 5orte e 3ul' Iom a crise do sistema fordista de acumulação e regulação social agudi)a(se a desorgani) ação 'do*]mercado]mll2bc:lial e aguça(se a luta intercapitalista, ao mesmo tempo que s e $usca um novo reordenamento e regionali)ação do capitalismo para a partil"a do mun do* 5esta partil"a, o denominado *gr+..o dos V*, que constitui uma tr%ica, /Gomes L==>0 (EP, .apão (28*ercado Iomum Europeu (se é verdade que esta$elecem uma surd a e fero) luta de interesses entre si, valem(se dos organismos internacionais qu e os representam para su$#ugar o restante do planeta* 5oam IXo.lsSR, numa an&lise so$re os novos sen"ores da "umanidade, mostra que se no início do capitalismo os mercadores e manufatureiros eram os principais arquitetos da política de Estado utili)ando seu poder para levar desditas terríveis aos vastos reinos que su$#uga vam, em nossa época os sen"ores são, cada ve) mais, as corporaçes supranacionais e as i nstituiçes 1nanceiras que dominam a economia mundial incluindo o comércio internacio na /I"omsSR, L==: U(LO0 s formas de su$#ugação se dão por v&rios mecanismos* Entre estes destacamos o GT+, den tro do qual se inserem a imposição das leis de patentes aos países do Terceiro undo e um perverso processo de privati)ação e monopoli)ação do con"ecimento' ON c privati)ação do con"ecimento é, ao mesmo tempo, uma forma de aumentar a polari)ação da r ique)a social e do poder e uma ameaça 4 pr%pria espécie "umana' 5um de$ate com cientista s so$re direitos "umanos "o#e, 5or$erto o$$io adverte(nos so$re os riscos da pri vati)ação do sa$er tecnol%gico' o con"ecimento tornou(se a principal causa e condição necess&ria para o domínip do "omem so$re a nature)a (e so$re os outros "omens' I''0 88WX-A-s direitos que relacione
i como o direito de viver num arit$iente não poluído, o direito 4 privacidade, o direito 4 integridade do patrimDnio genético (referem(se claramente 4s ameaças que não der ivam da ciência como tal, mas do uso que das suas desco$ertas e aplicaçes fa)em aquel es que, com $ase na força ou no consenso, têm autoridade de tomar decises o$rigat%rias para a coletividade' Entre elas se encontram as decises so$re a ciência' /o$$io, L ==L: U0 reestruturação e reorgani)ação do capitalismo face 4 crise, na $usca de salvaguardar os processos de ma!imi)ação da acumulação, atingem de forma mais generali)ada e $rutal os p aíses do ;emisfério 3ul mas, por ser uma crise estrutural e por ser protagoni)ada po r corporaçes transnacionais e pelo domínio do capital 1nanceiro, seus efeitos perver sos se fa)em sentir em todas as partes do mundo, inclusive nos tradicionais países ricos do ;emisfério 5orte' Be acordo com o P3 ureau ai t"e Iensus, em L=VM, L> ou >M,= mil"es de norte(ame ricanos viviam a$ai!o da linlgi de po$re)a' Em L==>, oX8dX8( ind8XX8:88((X(e!istênc iade LN,MoY8(uU,=(illil"es de norte(americanos a$ai!o do nível de po$re)a' /.ornal do rasil, LM'LQ'=: M0 *Jeferindo(se a esta realidade dos EP, 5' I"omsSR mostra que se desenRolve no s eu interior o modelo terceiromundista, com il"as imensamente privilegiadas em mei o a um mar de miséria e desespero' Pm passeio a pé por qualquer cidade norte(americana d& forma "umana 4s estatísticas so$r e qualidade de vida, distri$uição de rique)a, po$re)a e empregos e outros elementos do *parado!o
de =>*' Iada ve) mais a produção pode ser deslocada para )onas de alta repressão e $ai!os sal&rios, e dirigida a setores privilegiados na economia glo$al' /I"omsSR, L==: LO0 Esta mesma an&lise é feita por T"er$orn /L=OO0, referindo(se 4 realidade européia' 5o pr%lo go de seu livro so$re desemprego, enfati)a que *o desemprego converteu(se na pra ga do capitalismo avançado dos anos OQ*' Europa, como veremos no Iapítulo +++, con verteu(se numa verdadeira cortina de ferro para impedir a entrada, em seus merca dos, dos desenrai)ados e miser&veis do Terceiro undo' @ara a mérica atina e o Terceiro undo em geral, a despeito da sua "eterogeneida de e do fato de que dentro do car&ter transnacional da economia "a#a il"as de pros
peridade e privilégios, os custos "umanos assumem proporçes alarmantes' s an&lises da c rise atual do capitalismo são de pessimismo quando se referem 4 situação e perspectivas da mérica atina e Terceiro undo' 5um $alanço da crise do capitalismo na década de OQ, lacS$urn nos oferece um retrat o do que estão representando as regras do a#uste imposto pelos países ricos aos países po$res' -s frutos gerados pelo capitalismo nos anos OQ não se dissociam de um processo o$sceno, que $loqueou as perspectivas de um enorme nmero de pessoa s nos países mais po$res (primeiro por causa das dívidas que contraíram com os países ma is ricos, e, posteriormente, porque os seus produtos foram e!cluídos do mercado' Em grande parte do Terceiro undo a distri$uição do poder econDmico e político não impediu a escasse) quase generali)ada de víveres, nem epidemias de doenças cur&veis' 5ão raro os movimentos em favor dos po$res, que tentara m se opor a tal estado de coisas, tiveram por resposta a repressão impiedosa e esquadres da morte' /lacS$urn, L==>: LQO0 e!plicação mais surpreendente de como na reorgani)ação do capitalismo em crise, por se u car&ter e!cludente o capital, com sua nova $ase tecnol%gica, ao contr&rio de potenci ali)ar a vida "umana (e!tensão das capacidades "umanas (pode OU YL c tornar(se poder destrutivo, vem da -+T: tecnologia empo$rece o Terceiro undo' @raticamente todos os países da mérica atina estão su$metidos ao a#uste dos centros "egemDnicos do capitalismo' -s dados que 5' I"omsSR apresenta do anco undial ind icam que os países industriali)ados redu)em as rendas nacionais do sul do planeta em (' eerca do do$ro 4 a#uda 1nanceira concedida 4 região' +sto constrqi um quadro de profu nda perversidade na relação 5orteY3ul: -s programas ditados pelo Fundo onet&rio +nternacional e pelo anco undial #& a#ud aram a do$rar a $rec"a entre os países ricos e po$res desde L=UQ' s transferências de recursos dos países po$res para os ricos c"egaram a mais de P3w NQQ $il"es entre L=O> e L==Q, o equivalente, em valores atuais, a mais ou menos seis @lanos ars "all *fornecidos pelo sul ao norte*' /I"omsSR, L==: LO0 -s mecanismos do con1sco social dão(se mediante transferências por serviços da dívida e! terna8 roRalties e especulaçes monet&rias8 perdas por deterioração dos termos de acordos de comércio e lucros repartidos pelas multinacionais'
' an&lise so$re a dívida e!terna e o pagamento dos #uros da dívida, nos termos que têm sido colocados para o rasil e para os países latino(americanos, invia$ili)a qual quer política de retomada do desenvolvimento e dilapida de tal forma o fundo p$lico que impossi$ilita a manutenção de serviços que são direitos dos cidadãos, como sade, educaç seguro desemprego etc' -s dados analisados por ' rruda para o caso $rasileiro são de e!traordin&ria clare)a para mostrar como se invia$ili)a qualquer possi$ilidad e de mudanças profundas sem enfrentar a relação genocida com os *credores*' - $alanço de pagamento de L==Q fec"ou com um dé1cit total de P3w , $il"es, 1nanci ado pelo acmulo de atrasados nos pagamentos e!ternos' 5o entanto, é o pr%prio anco Ientral que divulga o fato surpreendente de o rasil ter pago P3w V $il"es de amorti)açes, m ais P3w =,V $il"es de #uros aos
c
credores interfbacionais durante L==Q' ano da morat%ria' / ''' 0 5a passaram a det er no início dos anos =Q apenas M' /3oares, década passada /L=OQ(L=O=0 o rasil pagou aos credores e!ternos L==: L>0 P3w LNV,M $il"es, sendo P3w =U,O $il"es de #uros e MQ,U $il"es de amorti)açes' pesar disso, a dívida passou de P3w Estes dados mostram que ao lado das il"as de rique)a e UN,> $il"es em L=OQ para LLM,L $il"es em L=O=' /rruda, ostentação, anin"am(se o a$and ono (infantil, (a(f/#f#feãmiséria
L==>: MO(UN0 asdoenças endêmicas e, I/01seqüeilLemXXXremafti/a: :-5P, levando emcontaa(é!pect&tiva de vida, as ta!as de Jo$ert Kur), ao analisar a situação dos países da mérica mort4fídade infantiX a distri$uição renda e o nível educacional atina, nos fala do sacrifício do Terceiro undo e cita
3imon da população, clas3i1cao]''+rasil n/0]XXp'tl0agXsimo]]Jaís do /L=OV0, para e! empli1car a rendição da rgentina ao credo +blundo em qualidade!le vida' /Jevista + sto 7, de LU a >> de maio deT==:(L0'(X6(((((6 neoli$eral: - nmero de crianças a$andonadas /meninos de rua0 na rgentina tornou(se o caso e!emplar de uma estratégia mérica atina é de apro!imadamente LQ mil"es' Trata(se impiedosamente praticada de desindustriali)ação' Entre L=VM e de um contingente 2que tem crescido e que atinge, so$retudo, L=O> a produção industrial caiu >Q e a ocupação na indstria, os grandes e médios centros ur$anos' isturam(se crianças e em NQ' Irise de desemprego em massa fe) com que a #ovens que so$revivem do tra$al"o na rua ou que têm a rua participação dos sal&rios na renda nacional diminuísse de N= como seu *mundo de vida*' documento - tra$al"o e a para >,M' /3imon, apud Kur), L==>: LVM0 rua: crianças e adolescentes no rasil ur$ano dos anos OQ traça um retrato som$rio de um contingente de apro!imadamente Este quadro, com o g overno enen, radicali)ou(se, consM mil"es de crianças e #ovens que tra$al"am em con diçestituindo(se o e!emplo argentino como um caso paradigm&tico de que o a#uste neoli $eral tra) uma receita avassaladora contra as classes tra$al"adoras' Trata(se de um modelo para poucos, não mais que Q da população' 5uma an&lise so$re as políticas de a#uste para o caso $rasileiro, 'I'I' 3oares e!pe uma síntese de indicadores que v&rios organismos nacionais e internacionais apresent am e que mostram o agravamento da po$re)a: ta!a de crescimento do @+ caiu de O,U nos anos VQ para L,V nos anos OQ e se tornou negativa no início dos =Q8 o @+ per capita em L==Q foi inferior ao de L=V=8 entre L=OL e L==Q caiu M,8 a dív ida e!terna /corro_orando os dados de rruda0, a despeito da maciça transferência de recursos para o e!terior, su$iu de UN para P3w LLU $il"es de L=OQ a L=O=8 a percentagem de $rasileiros vivendo a$ai!o da lin"a de po$re)a passou de >N em L=OQ para = em L=OO8 o sal&rio(mínimo real caiu NQ entre L=OQ e L=O=8 os sal&rios, que se apropriavam de mais de MQ da renda nacional no 1nal da década de VQ, prec&rias e são vítimas de todo o tipo de e!ploração' /Fausto ` Iervini, L==>: LO( NM0 . ais surpreendentes são os dados revelados por .' u)ungu, em artigo na revista Glo $e, que constata a e!istência, ainda "o#e, de LM mil"es de escravos no mundo' Beste s, >Q mil se encontram no rasil' /u)ungu, L==: O0
síntese da l%gica da acumulação de rique)a de um lado, e da acumulação da miséria de outro, nos ltimos MQ anos no rasil, nos é cruamente e!posta por Ielso Furtado: Burante MQ anos x rasil cresceu mais do que qualquer país do mundo, alcançou uma das ta!as de crescimento mais altas, V ao ano (a cada LQ anos o @+ do$rava' as o país fe) isso acumulando miséria' - crescimento é necess&rio, mas não su1ciente' /Furtado, .ornal* do rasil, Q'LQ'=: L0 Tomando os países da mérica atina no seu con#unto, I' Aillas /L==L0 mostra(nos que a aplicação das políticas neoli$erais representaram um a violência $rutal so$re a vida da
c (((((('((((((((((((((((( L' crise da sociedade do tra$al"o e a não centralidade do tra$al"o Tomaremos aqui, pela in?uência de seus tra$al"os no rasil, as an&lises que Ilaus - He, dam 3c"aH e Jo$ert Kur) derivam da *crise da sociedade do tra$al"o*' Be Ilaus -He interessaonos discutir, so$retudo, a tese da *perda da centralidad e do tra$al"o como categoria sociol%gica fundamental para entender a vida social* e as categorias "ist%rico(analíticas que prope como su$stitutas' Bo pensamento 1los%1co de dam 3c"aH, analisaremos a sua compreensão da *nova revolução tecnol%gica* e a idéia do *1m do tra$al"o* na sua forma de tra$al"o a$strato, que dela deriva' @or ltimo, um autor menos con"ecido no rasil e mesmo nos meios acadêmicos de seu p aís, leman"a, um autodidata, motorista de t&!i e mem$ro de um pequeno grupo /altern ativo0, Jo$ert Kur), que, numa o$ra *ousada* ou de *arrogCncia desconcertante* /Gi anotti, L==: NO0 e de amplo sucesso editorial no nosso país, sustenta a tese do c olapso da moderni)ação, entendida como a forma mercadoria de organi)ação do con#unto das relaçes sociais, incluindo a e!periência do socialismo real, que denomina de sociali smo de caserna' 5esta o$ra prognostica, tam$ém, o 1m da sociedade do tra$al"o, do tra$al"o a$strato e, como conseqüência /l%gica0, o 1m das classes sociais e do capit alismo' Trata( se de uma an&lise que c"ega 4 mesma conclusão de FuSuRama (*o 1m da "is t%ria* (com sinal trocado, como pondera Gianotti numa perspica) resen"a desta o$ra' ntes de $uscarmos e!plicitar os argumentos $&sicos das an&lises destes três autores, é importante salientar alguns aspectos de conte!tuali)ação te%rico( "ist%rica dos seus tra$ al"os'
5a discussão da tese da não centralidade do tra$al"o como categoria sociol%gica de an&li se de Ilaus -He, autor ligado ao pensamento neofranSfurtiano, tomaremos como $a se um con#unto de tra$al"os por ele produ)idos ou de te!tos em parceria na coletCn ea que organi)ou, tradu)ida com o título Tra$al"o e sociedade (pro$lemas estrutura is e perspectivas para o futuro da sociedade do tra$al"o /L=O=0' Trata( se de uma coletCnea de te!tos produ)idos na Pniversidade de ielefeld, no início da década de OQ e originariamente pu$licados em '' alemão' 5a questão especí1ca da categoria tra$al" o, no nosso entender, como veremos adiante, -He desloca a sua an&lise do' terreno *i8ist%rico' pafbl]ll'LLL'a'blerXpXçíEa]lX,ca'rXter neo( racionalista e funtionalista ' +sto contrasta, como mostramos no Iapítulo ++, com 2a' 2sua signi1cativa contri $uição na crítica e na an&lise da crise do Estado de em(EstarL dam 3c"aH é um 1l%sofo polonês, com algumas o$ras de peso 2desenvolvidas dentro da concepção mar!ista de "ist%ria #2 e de realidade, como ;ist%ria e verdade /L=VN0, e inguagem e con"ecimento /L=UN0' Estas o$ras caracteri)am(se pela densidade 1los%1ca e constituem(se em fontes re ferenciais de uma epistemologia "ist%rico(dialética' Iontrastando com estes te!tos, no ensaio 3ociedade inform&tica /L==Q0, pu$licado or iginariameniela femaliliiícom o títPlo"im fü"rt der .lo''''quao 'autor analisa o impactod'Ll'quil/0gu*deLL/0minaa*segunXa'' r*volução técni ' coXindustrial* so$re' os '' Cm$itos econDlllico,'' po+iiic-(sociar e cultural e so $re o indiWiíduo"ulll(no /sentido da vida8 2estilo de*vid& 2ea2$uscad* um novo sistem a de valores0' 5este L' Aer -He, c', Iapitalismo desorgani)ado' 3ão @aulo, rasiliense, L=O=8 @ro$lemas e struturais do Estado capitalista, Jio de .aneiro, Tempo rasileiro, L=ON8 Iontra dicciones en el Estado del $ieneslar, é!ico, lian)a, L=OQ8 *3istema educacional' sistema ocupacional e p-lítica da educação (contri$uição 4 detery mi nação das funçes socia istema educacional*, Jevista Educação ` 3ociedade, 3ão @aulo, nM, L==Q' >'
- Ilu$e de Joma é um organismo que constitui uma espécie de intelligent)ía, formado po r intelectuais e empres&rios de tradição li$eralyconsery vadora ou progressista que $u scam analisar estrategicamente os rumos que toma
o desenvolvimento econ%mico, político e social, no Cm$ito das relaçes internaX da nais' tra$al"o amplia uma an&lise que pu$licou em L=ON, cu#a edição italiana tem o título -ccu pa)ione e lavoro in la rivolu)ione microelettronica /L=ON0' an&lise de J' Kur), e!posta no livro - colapso da moderni)ação (da derrocada do soci alismo de caserna 4 crise da economia mundial /L==>0 situa(se no vértice de um de$at e que apreende, de 'um lado, as interpretaçes so$re a derrocada do socialismo real e, de outro, as concluses so$re a vit%ria e supremacia de1nitiva /en1mb0 do siste ma capitalista' Iomo indica J' 3c"
'visandoXestaXXcer'blrn6dejte]z+tbçj(sQM#2(2X]]qXh]st/íXXposas pelos tra$al"os anteriormente assinalados '' para a &rea de edu cação, o apXof'm/#aménio de3tas2qües/esé crucial, na medida em ' que o ei!o do tra$al"o como prinçíJio, ,educativo, na perspeçtiva,cte2arie,posteriormenté, de Gramsci, tem $ali)ado, em grande parte,tantooem$atéX_rlcjX:::iilibií2to_,'em$iile pofíticopr&ticodas(( lLLtlmasduas2décadas no rasi2 * - segundo aspecto, de ordem mais geral, relaciona(se ao tensionamento que as an&lises acima tra)em, no Cm$ito epis temol%gico, te%rico e político, para aqueles que, não por con1ssão de fé, mas por um processo de aprofundamento e de radicalidade na an&lise do real, desem$ocaram na concepção materialista "ist%rica formuladapor ar! e Engels e $uscam, por esta concepção, apreender as mltiplas determinaçes e mediaçes que constituem as estruturas necess&rias da realidade social e, ao mesmo tempo, uma determinada ontologia social' Konder /L==>0, em relação a este ltimo aspecto, conclui seu perspica) livro ( - futuro da 1loso1a da pr&!is ( o pensamento de ar! no século + ( com duas advertências e!traídas, como ele a denomina, de *duas e!presses e!traor dinariamente agudas da 1loso1a da pr&!is* (Karel KosiS e ntonio Gramsci' m$asX se aplicam ao conte!to dos tra$al"os que iremos analisar' Jegistramos, toda via, a de Gramsci, apenas i' W+2,W por ser a que tem uma direta relação metodol%gica com este tra$al"o: 5a discussão cientí1ca, #& que se supe que o que nteressa se#a a $usca da verdade e o progresso da ciência, demonstra ser mais *avançado* aquele que adota o ponto de vista segundo ' Esta a1rmação pode ser con1nuada pelo volume de pu$licaçes, teses, dissertaçes e artigos produ)idos so$re o tema na &rea de educação' @ara um $alanço da relevCncia que a questão do tra$al"o assumiu nas an&lises do campo educacional,ver .osé dos 3antos Jodrigues, educação politécnica no rasil: concepção em construção /L=ON(L==>0, dissertação de mestrado, PFF, L==' =M
o qual o advers&rio pode e!pressar uma e!igência que deve ser incorporada, ainda que , como um momento su$ordinado, 4 sua pr%pria construção' /Gramsci, apud Konder, L==>: LNQ0 Esta advertência gan"a um signi1Xd]o maih]gm::iap'elo fato deque 'os( in+erf=s:ufor esquediscuternapro$lem&tica da crise da sociedade do tra$al"o, do' 1m da' central
idade desta categoria88&an&;s/sU*üi+eXU prDprio1m d%ira$al"o a$strato, não são, como apontam s anteriormente, os te%ricos do capital "umano das décadas de UQ e VQ ou osapologet4sd asoclêdade do con"ecimento das décadas 'de OQ e'2t-,glle revisifam e vesteinXcornnov as282oupagens estamesma *teoria*' Trata:sede autores inscritos ou na tradição crítica da Escola de FranSfurt ou em outras perspectivas da tradição illa,(!ista' ;& que se qu ali1car, todavia, em que medida esta tradição não é falseada' -rientado por estas o$servaçes, inicialmente $usco e!por, de forma sucinta, os argumentos dos autores na forma mais original possível' Em seguida, esta$elecerei uma discussão crítica com os mesmos' L'L' Ilaus -He e a tese da perda da centralidade do tra$al"o na vida social argumentação que em$asa a tese de -He so$re a perda da centralidade do tra$al"o e nquanto categoria sociol%gica e, portanto, enquanto conceito fundamental para apre ender as relaçes sociais, deriva de o$servaçes cotidianas, enquetes diversas, pesquisa s e argumentos de car&ter "ist%rico, que l"e indicam estar a sociedade do tra$al"o e m crise'N N' @or 'çriXX' entende o autor como sendo uma situação na qual repentinamente instituiçes tradicionais e evidências incontest&veis tornamXse controversas, onde inesperadamen te surgem di1culdades de relevCncia fundamental, onde não se sa$e o que vai acontecer' *3ociedade do tra$al"o* é uma e!pressão cun"ada por Ba"rendorf para referirXse 4 visão da sociologia cl&ssica /e$er e BurS"eim0 que tem no tra$al"o a categoria e!plicativa central e é tomada como referência por -He' =U Três argumentos iniciais são e!plicitados para sinali)ar a crise da sociedade do tra $al"o' Iomeçando pelo pref&cio da coletCnea, -He vale(se de um te!to do inistro do Tra$al"o e da -rdem social da 6leman"a, cu#o título é tra$a l"o continua, para a1rmar que *isso23% pode ser interpretado /da mesma forma que a visita de sade em mori$Xndos0 como um sintoma da crise da sociedade do tra$al"o2W, Pm segundo argumet'to, corro$orado por inmeras an&lises de autores anteriorment#2 m encionados, é que, em$ora a .lfo'Xução econ%mica de $ens' esXrviç'_sc'r*sçaempequen((monta,' '_s' dados evidenI+a88* uma capacidade decrescentedomercado ''cle tra$al"o para a$sorver tra$al"adores'2 as, ' para -He, mesmo que isso não ocorresse,' a crise da sociedade do tra$al"o se fundaria na *perda da qualidade su$#etiva de centroo rgani)'ador das atividades"umanas, daauto*estimae das' referências sociais, assim como das orientaçes 'morais*'
@or 1m, neste nível de argumentação, a crise da sociedade do tra$al"o estaria evidenc iada pela profunda diferenciação interna dos que têm tra$al"o remunerado contratual' Ba crise da s'ociedadedotra$al"o,'_HX'deriva a perda do car&ter e!plicativo funda mental do tra$al"o como categ-r+a sociol%gica' argumentaçãe2de-He(se2dese1AU+Ae+Lf osfranCo por que o tra$al"o empiricamente se torna um o$#eto central dos cl&ssicos e por que, "o#e, a 3ociologia deve fundar seu o$#eto em novas categorias' - fato de o tra$al"o constituir(se, como o conce$e ar!, *uma eterna necessidade natura l da vida social* não pode levar(nos a ignorar, segundo -He, as transformaçes profun das de sua divisão, organi)ação, fragmentação e racionalidade daí derivada' - que e!plica, de acordo com -He, o fato de o tra$al"o ter sido a categoria cen tral nas an&lises dos cl&ssicos deve(se a ra)es o$#etivas do mesmo terem assumido pos ição estratégica entre o 1m do século A+++ e término da @rimeira Guerra undial' Esse da do estratégico adviria do processo de diferenciação que o tra$al"o vai assumindo na sup eração da =V
sociedade estamental e na estruturação da sociedade capitalista, o surgimento do proletariado e as contradiçes da racionalidade técnica do processo de tra$al"o que visa a su$#ugar a nature)a em função das necessidades "umanas e da rac ionalidade econDmica $urguesa: 7 e!atamente esse amplo poder macro*2socioWUgico determinante do fato social do tra$alXo /assalariado0 e das contradiçes da racionalidade empresarial e social que o comanda, que agora se torna sociologicamente question&vel' /-He, L=ON: LU0 mpliando a argumentação acima, o$serva que as pesquisas ela sociolgill#odustrial a$andonaram o tema do tr4MalLl(e(êste s28(redu)(a *uma vari&vel dependente de políticas de "umani )ação*' pesquisa se desloca para]as (*$ord]a]s2X]da]esf*,ra do tra$al"o, para temas como a família,papéis'] do ]] se!o,]sade etc:(3erve(se -He, todavia, das an&lises macrossociol%gicas so$re o surgimento da *sociedade p%s(industrial de serRiços* paramos/rar que' a referência unit&ri(j(Ilbr$al"g](,,(]dilui' (s atividades ]do 3etm secl+ni&rio]/induwlriall(sliminuerb e se dXs locam para o Cm$ito dos serviçg]s,]onde a "eterogeneidade é muito grande e não permite critérios similares de produtividade e racionalidade técnica' (((((( -utra dvida levantada por -He é so$re a validade da centralidade do tra$al"o para quem tem tra$al"o remunerado' -s mecanismos de ordem moral onde *o tra$al"o pode
ria ser normati)ado como o$rigação, no Cm$ito da integração social ou instalado como impos ição, no Cm$ito de integração sistêmica* não se sustentam "o#e para organi)ar a vida pessoal, especialmente para os países de capitalismo avançado' @ara -He, o elemento de integr ação 1ca invalidado pela tendência ao anonimato dos indivíduos nestas sociedades e o de imposição, diluído pelas garantias do seguro(desemprego das políticas do ' Estado de em (Estar' - con#unto de tra$al"os mencionados por -He que descrevem diferentes dimenses' da fragmentação e diferengb,(iio ' dos que tra$al"am eCprocluçãode(iima(cêrtaciiltura do *não(tra$al"o*, pelosgrupos]dXd*sempregados, o' condu) 4 suposição de que *a consciência s ocial não mais:pdê(ser ' reconstrilídac%in%consciênIiitDêdasse* e, portanto, a 3ociologia deve $uscar outras catego ias $&sicas para construir seu o$#eto' : /,i2 2X 3e a consciência social não mais pode ser reconstruída (como 0Gonsciência dX classe' a cuLtura cognitiva não mais pode ser * referenciada ao 2XXsenvolvimento das forças produtivas, o sistema político não mai* se atém 4s condiçes de produção e da superação dos con?itos distri$utivos, e se a sociedade não mais pro$lemati)a através de indagaçes que possam ser respondidas pelas categorias de escasse) e de ocupação, então s urge evidentemente a necessidade de um sistema de coordenadas conceituais com o qu /'l seria possível cartografar as esferas da realidade social não plenamen2te deten ninadas pelo Cm$ito do tra$al"o e da produção' /-He, L=ON: N0 Y:8 - camin"o percorrido por -He leva(o a apoiar(se num referencial que não é da 3ociol ogia cl&ssica mas, como ele +0 Y, mesmo e!pe, de uma teoria *que v& além da esfera do tra$al"o*' Esta escol"a é e!plícita ao a1rmar que: ;a$ermas apresenta em sua *teoria da ação comunicativa*, uma(proposta te%rica fundamen tada na "ist%ria da teoria social, e que satisfa) ess4s necessidades' fastando(se d ecidida e controversamente dos paradigmas da teoria dos con?itXsX ;a$ermas const r%i a estrutura e a dinCmica das sociedades modernas *+,2 não como um, aXtagonisX=,XPbj(2:2]XX.ai>:ado*na,esfera."l produção, X>X-aXXXbXXão(entre os *su$sistemas da ação o$#etvamente racional*, mediati)ados pelo din"eiro e pelo poder, e um *espaço vital /le$ens
Finalmente, as categorias gerais que -He de1ne como su$stitutivas da categoria tra$al"o, para fundar o o$#eto da 3ociologia não mais na perspectiva das contradiçes e con?itos, mas na teoria da ação comunicativa, são o espaço vital, o modo de vida e o cotidiano' 5o plano mais concreto, estas =O categorias se e!plicitam em tem&ticas como *a família, os papéis dos se!os, o comporta mento divergente, a interação da administração estatal com seus clientes8 etc'* /-He, L =ON: LO0 L'>' dam 3c"aH e o anncio do 1m do tra$al"o a$stra+- na sociedade inform&tica an&lise de 3c"aH no te!to 3ociedade inform&tica /L==Q0 $usca apreender e dimensio nar o profundo impacto daquilo que o autor c"ama de 3egunda Jevolução +ndustrial, so $re a formação econDmica, política e cultural da sociedade e so$re o indivíduo, o sentido e estilo de vida e sistema de valores' Esta *3egunda Jevolução +ndustrial* resulta de uma tríade que muda qualitativamente a $ase técnica do proces so produtivo e afeta as relaçes sociais no seu con#unto: *2a revolução micro eletrDnica e a revolução técnico(industrial a ela associada / ''' 0' revolução da micro$io logia com sua componente resultante, a engen"aria genética / '''0 e a revolução energéti ca* /3c"aH, L==Q: >0' t Essa tríade tra) uma mudança qualitativa em relação 4 @rimeira Jevolução +ndustrial' Enquanto esta, por um período de apro!imadamente dois séculos de inventos, possi$ilitou dilatar e su$stituir de forma fant&stica a força física do "omem, a segunda a que estamos assistindo agora consiste em que as capacidades intelectuais do "ome m são amp.iadas e inclusive su$stituídas por aut%matos, que eliminam com ê!ito crescente o tra$al"o "umano na produção e nos serviços' /3c"aH, L==Q: >>0 m$as signi1caram saltos qualitativos'2 Todavia, para 3c"aH a primeira revolução c ondu)iu a diversas facilidades e M' de1nição do nmero de2 *revoluçes industriais* e a sua pr%pria de1nição' não são tema os (quais e!ista concordCncia tranqüila' JuRmond LQQ Xí b +
X a um enorme incremento na produtividade do tra$al"o "umano, enquanto a segunda, por suas conseqüências, aspira a eliminação deste' @ara 3c"aH atralhf/0ltlllç'ão revolucion&ria da ciência e da técnica, que tra) modi1caçes naproduç(ão e(nosservços, *deve necessariamentX produ)ir mudanças nas relaçes sociais*' 5o plano econDmico, o impacto mais profundo f]aedução * ''''(('''']'((((((((((((((((da demanda de tra$aXo "umano eo conseqüente acirramen to do desemprego estr'utlnll' (Esta tendência, segundo3é"aH, ((é supra(sistêmica e a solução não pode advir mediante o tradicional (2 au!ílio desemprego' @ara o autor, o pro$lema ser& crucial quando a redução da #ornada de tra$al"o se apro!imar ao nível )ero para grandes massas' 5esta situação "averia um custo onde *o tempo livre se converteria em carga psíquica' @rodu)(se, de fato, uma 2poluição2 de tempo livre*' saída para essa tendência, encontrada por 3c"aH, seria a su$stituição do tra$al"o tra dicional tra$al"o remunerado (por atividades que dessem *sentido 4 vida* *ainda qu e se#a somente para assegurar o $em(estar psíquico dos "omens que não tra$al"am*'U operacionali)ação desta perspectiva poderia vir mediante o tipo de estratégia postula da pelo memorando so$re T"e Triple Jevolution, ela$orada por um comitê especial do T"e 3anta arXara Ienter of t"e 3tudR of Bemocratic +nstitutions em L=UN, que (r ecomenda: illiams /L=ON: ==0, numa an&lise crítica ao pr%prio conceito de revolução industrial, nos indica que a literatura so$re o tema mormente apresenta(nos uma classi1cação de três revoluçes industriais' Pma primeira que vai de LVUQ a LONQ, cu#o marco identi1cad or é a m&quina a vapor' Pma segunda, que vai de LOUQ a L=LQ, cu#os marcos $&sicos são di ferentes formas de energia' mormente derivadas do petr%leo e da 'cletricidade' @or 1m' a terceira, cu#os marcos iniciais se dão na década de MQ, com a energia nuclea r, microeletrDnica e micro$iologia' U' Enquanto a f%rmula SeRnesiana em face do desemprego em massa dos anos Q defend ia que o Estado deveria 2empregar tra$al"adores nem que fosse para a$rir e fec"a r $uracos para manter o emprego e a demanda agregada, XgL,l(2
,a '' $mca]]do]] lra$a'l$o]]]] não rel.LLLnerado visa 'ao e'quilí$rio psíquico' +sto s eria a solução numa sociedade que fa) do tempo livre tempo escravi)adok diante reto maremos esta questão' LQL +nstamos que a sociedade, através das instituiçes #urídicas e governamentais apropriada s, se comprometam sem reservas a proporcionar, por direito, um rendimento a todo o indivíduo e a toda a família' /p' M0V Esta sociedade futura, para 3c"aH, não ser& nem o capitalismo, nem o socialismo, na forma como os con"ecemos até "o#e' @or falta de outr' denominação mel"or, sugere que s e denomine de economia coletivista' @artindo uma ve) mais do memorando supracita do, conclui que esta sociedade não poder& prescindir da plani1cação: / o desco$rimento "ist%rico do período posterior 4 3egunda Guerra undial é que o destino econDmico da nação pode ser dirigido' / '''0 essência desta direção é* plani1cação' requisito democr&tico é a plani1cação a XargX ]'lXX,cor@:/ini]ç]es X ', (,((' p$licas para o $em geral' /'''0 - o$#etivo ser& a direção consciente e racional da vida econDmica através de instituiçes plani1cadoras su$metidas ao controle democr&tico' /p' NQ0 o analisar o impacto da revolução tecnol%gica, 3c"aH precisa qual o tipo de tra$al"o desaparecer&eas conseqüências em term-,8(ãs(crassessociais' Biferentemente de elaus -He , ressalva a dimensão ontol%gica do tra$al"o' qe desaparecer& é o tra$al"o que consiste no emprego da pr%pria capacidade em troca de um determinado sal&rio ou equivalente so$ a for+l2ba .opreç%recé$io% pelo1uto( dotra$al"odealguém'/'0 @ara 2evitar2eXXX d(X(iXterpretação, devemos salientar que a elimirmção do tra$al"o /no senti do tradicional da palavra0 nã8(sg(ni1Xa o clesap4recimen*iü*2da a^Xidade ("umana:*(qXe6((@ k2dXX2,XX]qXirir:,(as '((' ]' formas das mais diversas ocupaçes' /p' N>0 V' Em face dos dados que analisamos no Iapítulo ++ so$re a especi1cidade da crise e os custos "umanos da reorgani)ação do capitalismo, os *consel"os* do T"e 3anta a r$ara Ienter, mencionados por 3c"aH, lem$ram os consel"os dos confessores aos r enitentes pecadoresb LQ> bb
@artindo do pressuposto do 1m do tra$al"o na sua forma de tra$al"o a$strato, 3c "aH conclui, tam$ém, pelo 1m das classes sociais fundamentais: 7 pois um fato que o tra$al"o, no sentido tradicional da palavra, desaparecer& paulatinamente e 2com ele o "omem tra$al"ador, e, portanto, tam$ém a classe tra$al"adora' / '''0 Iomo dissemos, pode ser que _corram mudanças de car&ter socialista, Estas poriam 1m 4 pXW0priedade privada dos meios de produção e dos serviços em l4rga escala e, conseqüentemente, tam$ém 4 classe capitalista' o que corresponderia a urna modi1cação radical da estrutura social' /p' N0 5o' plano político, coerente com o'3 pressupostos que adota, admite mudanças profund as' - pro$lema crucial neste campo' é o da democracia' Esta demanda a necessidade de elevar(se a consciência social' 5este particular, 3c"aH destaca o papel primordial da educação' +mportante, tam$ém, é a an&lise que fa) da relação Estado e s ciedade' questão Estado ou não Estado' e a co'ntraposição do universal e do particular são, para 3c"aH, falsos dilemas' Estado ou governo local, dado que o dilema é ,a rigor apenas aparente, deve ser superado pela f%rmula centralismo mais governo local' solução, portanto, segue o sentido de com plementaridade e não* espírito dos contr&rios que se e!cluem mutuamente' /p' UO0 Finalmente, no plano cultural e do indivíduo, as mudanças tecnol%gicas camin"am, para o autor, *no sentido' da produção do cidadão do mundo', do "omem universaIEstel)-lnoun r*(2 versalis tam$ém* camln"a'ri 4 procura de um novo estilo e modo de vida que se d esloca do "omo la$orans para o'"/0'mIi ludel#s' +sto implicar& uma nova ética e, por tanto, novos valores' @ela sociedade inform&tica, em$ora não se garanta automaticamente o *paraíso*, perce$e 3c"aH as condiçes o$#etivas para o "omem produ)ir(se e auto'criar(se livre da mald ição $í$lica do* *gan"ar&s opãocorn _3ll_+Iltiíciífésl%*'Esta2 tarefa8 marcada pela utopia, ui, s% poder& resultar do
"omem enquanto ser social, isto é, como resultado do con#unto de relaçes sociais' L'' Jo$ert Kur) e o colapso da moderni)ação: a crise do tra$al"o a$strato an&lise de Kur), *que arrisca uma leitura inesperada dos fatos*, marcadamente ir racionalista, pela amplitude e di6 versidade dos pro$lemas que a$orda, transcende o escopo deste tra$al"o' uscamos, tanto neste item como no de$ate a seguir, apr eender a tese central de seu tra$al"o relacionada com a Grise da sociedade do tr
a$al"]2f('do tra$al"o a$strato, a questão dasda'hh'ei( sXc'XisXX8888erspeçiiaX]:gu:e('a pré2seilta#0arã(a superação da sociedade regida pela forma mercadür+íi*/fe relaç8*es a 3^Ii&is:(('(((((((*2(((((('((((((' X(((((((((]' tese $&sica do autor é a de queam/0demicação constituída pela forma mercadoria de relaçes, 'sociais entra numa crise qualitativamente diferente das crises cíclicas e est& no "ori)onte do colapso' peculiaridade ela tesedU(Kur) é que 1 forma mercadoria de produção e de relação social#llI:#gi' a sociectadecapiliillstã regida /mais ou menos0 pela li$erdade das 2regrasde merciíoüé o socialismo real (s'ocialismo de Gaserna, como o denomiXa ::*2::,2qileTüIincapa) de roXper2com o tra$al"o a$strato, mas apenas o regulou pelo estatismo' Esta tese, por si e pelos argumentos que utili)a, tra) 4 tona um longo de$ate que, como apontamos no Iapítulo ++, longe de ser novo, tem a idade do pr%prio capitalismo e das propostas socialistas' 5o tocante 4 questão do tra$al"o, das classes sociais e W da perspectiva da ruptura do capitalismo, a an&lise de Kur) +aposta deterministicamente na agonia e no 1m d o tra$al"o+ a$strato: da mercadoria força de traLMal"é,c%mcnseqüência + l%gica, M 1m* da sses sociais' Em$ora não tome como bi8gumentoiinediato as caraIterísticas especí1cas d a *revolução Xtecnol%gica* para desen"ar a agonia do tra$al"o a$strato, de LQN forrpa mediata as toma, na medida em que de$ita esta crise ao avanço das forças prod utivas' - questionamento mais geral que Kur) apresenta, é so$re a]0%gica do ét"os da sociedade do tra$al?-' Entendida 2como socLedadeoü tra$af"o(so$a formlnercadoria, tra$al"o a$strat/#, 6portanto, postula qu* esta s/0dedade não pode ser tomada como *u8* estado fundament al ontol%gico da "umanidaoe*'íT#iista:mente a forma merêadoria do tra$al"o e dotra$al"ãdo f a$strato, sem referência conLMXeta, fetic"i)ada na forma alienada do din"eiro e cu#o o$#etivo é a produção de mais din"eiro, que de1ne a essência do capitalismo e que, para o autor, o socialismo real não rompeu' @elo contr&rio, para Kur), em nen"um, outro lugar, esse ét"os protestante do "omem a$strato de tra$al"o d'entro de uma sociedade transformada numa m&quina de tra$al"o, declarada por a! e$er como
característica constitutiva ideol%gica 'e "ist%rica do capitalismo, foi posto em pr&tica 2 com mais fervor e rigor do que no movimento oper&rio nas formaçes sociais do social ismo real' /Kur), L==>: >M0 @ara e!por a essência da forma mercadoria, o autor recorre a ar! quando mostra qu e a mesma é uma forma "ist%rica que inverte a l%gica da necessidade' - que importa não é produ)ir $ens teis enquanto *valores de uso*, algo imposto imperativamente para o ser "umano enquanto ser de necessi6 dades' - que importa é produ)ir $ens como valor de troca, uma atividade que tra) em si a pr%pria 1nalidade: -s recursos "umanos e materiais /força de tra$al"o, instrumentos, m&quinas, matérias(p rimas0 dei!am de ser simples componentes do meta$olismo entre os "omens e a nature)a, que servem para a satisfação das necessidades' @assam a servir, apenas, para a auto( re?e!ão taut ol%gica do din"eiro como *mais din"eiro*' 5ecessidades sensíveis somente podem ser sa tisfeitas, portanto, pela produção não sensível de mais( valia, que se impe cegamente como produção a$strata' em empreendimentos industriais, de lucro' /Kur), L==>: >O0 l-3 # , YW, o con?ito $&sico da moderni)ação, insiste Kur), não é aquele entre tra$al"o e não(tra$al"o, como sempre supDs o mar!ismo ingênuo do movimento oper&rio da luta de classes, mas sim aquele entre o contedo' social e a fonna(social, inconsciente, do pr%prio tra$al"o' /p' N0 @or este camin"o $usca aquilo que 2indica ser um dilema da teoria de ar! que não *oi até o presente superado' Este dilema se e!plicita de um lado na a1rmação do movim ento oper&rio enquanto posição de tra$al"ador, posição de classe e, de outro, pela crítica d a economia política que desmascara #ustamente a classe tra$al"adora /o proletariad ol, não como sendo uma categoria ontol%gica, mas como categoria social construída "ist oricamente' 5este sentido conclui2 que do mesmo modo que se e!cluem a ontologia do tra$al"o e a crítica do tra$al"o a$str ato, e!cluem(se, tam$ém, a posição do tra$al"ador e a crítica da vida do tra$al"ador' /p
' VL0 - que est& cada dia mais evidente para Kur) é a tese central de ar! (contradição entre o avanço das forças produtivas e o car&ter opaco das relaçes sociais de produção' - moviment letal desta contradição se efetivaria pela mediação da concorrência capitalista que iria alcançar, inevitavelmente' mediante o desenvolvimento ininterrupto das forças produti vas, o ponto de uma *a$olição do tra$al"o*, isto é, do tra$al"o de produção a$strato, repe titivo, somente destinado a criar valores8 com isso, no entanto, suprime tam$ém su a ra)ão de ser, fa)endo o$soleta a si mesma' /'''0 concorrência tra$al"a, sem sa$e r e sem querer, na destruição do seu pr%prio fundamento' /p' OQ(OL0 5esta perspectiva, Kur) lem$ra uma das teses de ar! desenvolvida na crítica 4 econo mia política $urguesa segundo a qual a concorrência no sistema produtor de mercadorias era "istoricamente necess&ria para iniciar, numa forma a princípio ainda LQU ,li X inconsciente e fetic"ista, a emancipação "umana dos fundamentos puramente naturais d o tra$al"o como *la$or*, como sofrimento, como *suor de teu rosto*' /p' V=0 questão intrigante na an&lise de Kur) e que veremos a seguir, é de que ao mesmoteb+l p/0'em que incita 4 lutpara o rompimenlc da(forrllamercadoria XdXrXlçjXblsjciais ' de il"enaçllo,este (ém$ateTic&(semos #eito cl&ssico'(: a classe tra$al"adüiagiieadrnlie#&naoeXistii enqiiíPitü(iaIEstaquestão '] ]]]]]] , '' ]m']]] *' ]] 2**]'*(,']]]]]] ] ' ]]]]]]]]' ]]]] '] 1ca ainda mais pro$lem&tica quando assinala que a ruptura, a superação da crise e a i nstauração de uma nova sociedade, não se farão por esquemas administrativos estatistas, mas por um *consciente movimento social / '''0 movimentoque teria ' que dern'l$arXcom(vio#ênIia ma+roü(menor, tam$élllesses apãi2ato3:2:(5ão( descartaX(ressar vaCas(as(Cifefeíiças"isiricas, a forma das cl&ssicas revoluçes $urguesas' 5a sua utopia *pr stica um 1nal não(feli), marcado pela violência*' Kur) atri$ui 4s Iiências 3ociais especial relevCncia no esforço para elevar(se a consciênc ia social crítica' Em face do car&ter destrutivo, violento e e!cludente da sociedade das mercadorias e sua ra)ão a$strata universal, postula a emergência de uma ra)ão sen sível' Formar(se(ia, por esta *ra)ão sensível*, um su#eito social e político para de?ag rar a rupturak
Y' X(':b' i2 >' Ba compreensão da crítica da centralidade do tra$al"o 4 crítica da crítica -s referenciais se tornam vel"os quando não têm mais capacidade e!plicativa e não porq ue esses se enfrentam com pro$lemas novos' @aola anacorda 5esta seção $uscaremos levantar algumas questes e contra(argumentaçes das idéias anteriorm nte e!postas' -s autores, como #& assinalamos, não se situam num mesmo terreno te%rico e nem mesmo, na maioria das ve)es, empírico("ist%rico' Todos eles, todavia, têm o mérit o de tra)er ao de$ate uma pro$lem&tica te%rica e socialmente candente' Be outra part e tra)em elementos de diagn%stico da fase atual do capitalismo, particularmente so $re o tra$al"o "umano, de e!trema relevCncia político(social e, portanto, para os pr ocessos educativos que se dão nos diferentes espaços, movimentos e instituiçes da socie dade' Este diagn%stico, so$re o q ''al as an&lises se multiplicam, pode ser e!plicit ado, no Cm$ito do tra$al"o, por indicaçes como as de lain T_l+rainl2: 5a era industrial o tra$al"o era considerado o centro do mundo' Ele catalisava ao mesmo tempo a vida das pessoas e a estrutura da sociedade' +sso aca$ou: o tra$al"o mudou e, de repente, o *mundo do tra$al"o*, ou o que resta dele, mantém uma relação pro$lem&tica com o mundo tout coun' /Touraine, L==: L, tradução nossa0 s di1culdades e discordCncias com as a$ordagens acima representadas não residem fu ndamentalmente no plano fenomênico dos dados que, como nos adverte KosiS /L=OU0, re vela e esconde a realidade, mas no plano interpretativo' 5ão "& como negar mudanças pr ofundas no contedo, na divisão, na quantidade e qualidade de tra$al"o demandado no processo produtivo da fase atual do capitalismo' Todavia, parece(nos pro$lem&tico dedu)ir da crise do tra$al"o no interior das relaçes capitalistas de produção e das mud anças de sua nature)a, a perda da centralidade do mesmo na vida "umana' an&lise de Ilaus -He, com todas as ressalvas positivas #& apontadas para o de$ate contemporCneo, ao discutir a pro$lem&tica do tra$al"o, afasta(se das perspectivas crít icas ligadas 4 concepção materialista "ist%rica de an&lise da realidade social' O O' @or materialismo "ist%rico entendemos, como e!plicita ' anacorda /L==La: =V0, *a e!pressão imediata da luta contra o ídeologísmo e a falsa consciência dominante: na realidade, em ar!, se trata, antes de tudo, de um modismo, que redu)a toda a se paração entre matéria e espírito, entre ser e pensamento*, -u como lem$ra Gianotti ao di scutir a teoria do vaLor: *@or certo, uma teoria do
LQO 7 importante registrar que a Escola de FranSfurt desenvolve(se dentro de uma verten te da tradiçao mar!ista denominada por ' , a1rmando que no passado se considerava ante s de tudo e acima de tudo mar!ista, mas que atualmente, mesmo que isto l"e traga situaçes em$araçosas, defende uma postura metodol%gica eclética nas Iiências 3ociais' Estou convencido de que não e!iste nas clencias 3-Iia+3 I-+B( temporCneas um paradigma singular su1cientemente desenvolvido e coerente para que se possa prescindir de outros para digmas' /'''0 - ecletismo é certamente legítimo dentro da sociologia te%rica e empírica' se com isso quisermos indicar uma disposição para aprende r tanto da tradição' mar!ista como das tradiçes que incluem MO0 X 5a perspectiva em que situamos este de$ate entendemos que a an&lise que @errR nde rson fa) da Escola de FranSfurt, no conte!to da crise do mar!ismo ocidental, nos ensaios Ionsideraçes so$re o mar!ismo ocidental /L=VU0, posteriormente em crise d a crise do mar!ismo /L=OM0, onde fa) uma autocrítica por não ter incluído no primeiro uma an&lise da valor talve) não ten"a utilidade para todos aqueles que apenas tratam de calcular a renda nacional' / ''' 0 as para todos(n%s que, além de estarmos interessados no f uncionamento do capital, indagamos ainda as condiçes de seu virXaXser que, portanto , propomos uma concepção de Iiência que investiga tanto o funcionamento quanto os modo s de constituição do fenDmeno, a an&lise do valor surge corno a nica capa) de emprestar i nteligi$ilidade 4s categorias com que o sistema la$ora na sua superfície*, /G#anoui, L=O: >>V0 o$ra de ;a$ermas e, 1nalmente, no seu mais recente tra$al"o pu$licado no rasil ,_ 1m da i)ist]%ri+(c::cdç ;egel a FuSuRama /L==>0, é a mais a$rangente e consistent e' compreensão positiva e, ao mesmo tempo crítica, da o$ra de
;a$ermas, autor com quem -He tra$al"a "& longos anos, mais especi1camente, nos a#uda a quali1car mel "or a nature)a deste de$ate' 5o $alanço da crítica 8WQ mar!ismo ocidental, nderson mostra que, 4 e!ceção de Gramsci, o mar!ismo ocidental camin"a por um a$andono ao internacionalismo e no conte!to das derrotas dos movimentos oper&rios desloca(se do tra$al"o empírico("ist%rico e sua vinculação com os partidos e sindicatos para o Cm$ito da academia' Bominam as tem&ticas da superestrutura e um em$ate de discurso' - mar!ismo, neste terreno, não s% cai na a rmadil"a estruturalista como neste campo é derrotado' -s sinais de retorno 4 tradição cl&s sica estão, para nderson, no mundo anglo(americano e n%rdico' an&lise so$re o edifício te%rico de ;&$ermas é, ao mesmo tempo, realçada pela sua densidad e e a$rangência, quanto por duras críticas' o referir(se ao programa de ;a$ermas de *reconstruir o materialismo "ist%rico*, nderson salienta: escala e o per1l arquitetDnico do edifício te%rico resultante (sinteti)ando investi gaçes epistemol%gicas, sociol%gicas' políticas, culturais e éticas em um nico programa de quisa não possuem nen"um equivalente efetivo na 1loso1a contemporCnea, de qualquer inspir ação' - ponto de partida para qualquer avaliação da o$ra de ;a$ermas deveria compreender adequadamente a superioridade dessa façan"a' s idéias que se entrelaçam para formar o seu sistema 1los%1co precisam, contudo, ser situadas com alguns parCmetros compa rativos' /nderson, L=OM: VQ0 o situ&(lo como o *principal "erdeiro do tema "egeliano da reali)ação plena da ra)ão* e ao mostrar as saídas que ;a$ermas d& para a crise da sociedade capitalista, nderso n conclui que, politicamente, assume "o#e posiçes similares 4s que ;egel assumia no s eu tempo' correspondência entre as duas arquitetDnicas é' com efeito, mais do que formal' @oli ticamente, com o a#ustamento adequado LLQ para o tempo decorrido' "& uma curiosa semel"ança em seus resultados 1nais' Iada um aceita o mercado da época como a ordem o$#etiva de qualquer vida econDmica moderna, em$ora assinalando as suas disfunçes sociais, para as quais não parece "aver remédio e strutural' Iada um aceita o Estado do dia como a forma necess&ria de li$erdade su$ #etiva e adverte contra as tentativas de avançar para além dela, na direção de formas ma is radicais Le autodeterminação' Jep$lica Federal est& a alguma distCnçia da @rssia p%s(J rma, mas a adesão de ;a$ermas 4 demcracia parlamentar é "istoricamente tão convencional pa ra o seu tempo quanto a de ;egel 4 monarquia constitucional' 5ão leva a maiores espe ranças de transformação de $ai!o para cima' /nderson, L==>: VO0=
=' tDnica de um desenrai)amento com os movimentos políticos e de uma apreensão do mo vimento empírico("ist%rico pelo mar!ismo ocidental e, em particular pela tradição da Esc ola de FranSfurt, e!plicitados na an&lise de nderson, persistem em tra$al"os rece ntes de ;a$ermas e so$re temas candentes' Iomentando o mais recente tra$al"o de ;a$ermas, tradu)ido no rasil, @assado como futuro /T empo rasileiro, L==0, que trata de temas so$re a queda do muro de erlim, a re uni1cação da leman"a, a guerra do Golfo, a reuni1cação européia e o novo cen&rio "ist%rico E' 3ader critica a frie)a das respostas dadas por ;a$ermas so$re temas tão canden tes' *3e ele se alarmou com as >'QQQ açes militares contra agd& e com os ataques dos 3Sud contra +srael, de forma ingênua recon"ece o papel da -5P, que autori)ou os a liados a empregar meios militares, quando o pr%prio @ére) de Iuéllar, então secret&rio ger al da entidade, se sentiu sumamente ve!ado pela forma*2(como as 5açes Pnidas foram atropeladas pelos Estados Pnidos no epis%dio*' 3ader mostra ainda que ;a$ermas, qu ando perguntado so$re o que os alemães orientais perderam com a reuni1cação, cita ape nas alguns 1lmes antigos e programas editoriais dos anos MQ' Fala do desemprego disfarçado etc', *quando se(sa$e dos violentos retrocessos sociais (dos quais as mul"eres origin&rias da parte oriental são as principais vítimas, ao lado dos aposenta dos, dos artistas, imigrantes e estudantes' _uanto ao desemprego disfarçado, as de )enas de mil"es de desempregados estruturais mantidos ou não pelo Estado lemão não ser vem para que faça qualquer tipo de comparação*' 3ader conclui, e é isto que nos interess a c"amar atenção mais que tudo, que *ao longo de suas respostas ;a$ermas d& a impressão de querer mais adequar(se aos #uí)os de uma consciência Santiana do que intervir par a alterar a realidade que, supostamente, deve indign&(lo' 3uas palavras são e!cessiv amente mansas, mesmo quando revelam forte condenação' /'''0 .ustamente ele, que tant as contri$uiçes #& deu para a construção de uma esfera p$lica e para a denncia da modernid de incompleta e da falsidade das teorias da p%s( modernidade*' /3ader, L==: 0 questão te%rica mais pontual que nos interessa na an&lise da centralidade do tra$al" o e onde -He se situa so$re i' esta questão, relaciona(se 4 pro!imidade' de muitas coordenadas do pensamento de ;a$ ermas ao estruturalismo francês' - ponto crucial desta pro!imidade, que situa ;a$e rmas no ct limiar entre o mar!ismo e o não(mar!ismo foi o seu argumento de que ar! se equivo
car* ao atri$uir uma prima)ia fundamental 4 produção material, na sua de1nição da("umanid ade como espécie e na sua evolução como "ist%ria' /nderson, L=OM: V/M0 nderson o$serva sucessivos deslocamentos do corpo te%rico de ;a$ermas para contest ar a prima)ia da produção material, partindo da noção genérica de interação social em contrap sição 4 economia, deslocando(se para a centralidade da comunicação e esta cada ve) mais id enti1cada com a linguagem' 8X / - terceiro est&gio foi então atri$uir a prima)ia total das funçes comunicativas so$re a s produtivas, na de1nição da "umanidade e desenvolvimento "ist%rico: ou se#a, nos ten nas de ;a$ennas' da *linguagem* so$re o *tra$al"o*' .& na época de Kno damentais*' @or esta via so$repe e contrape política 4 eco nomia e o político aparece centrado na individuali)ação dos con?itos'LQ conseqüência imediata do a$andono das relaçes de produção material da e!istência, enquanto relaçes sociais, ' relaçes, portanto, entre os "omens, leva -He a afastar(se da dimensão "ist%rica e on tol%gica do tra$al"o e do tra$al"o enquanto valor de2WXso que, so$ diferentes form as concretas, toma o "omem artí1*e de seu devenir, e a 1!ar(se na forma do tra$a l"o assalariado, forma mercadoria, ainda que criticamente' o desconsiderar a dimensão ontol%gica do tra$al"o /que é sempre "ist%rica0 mascara(se, como nos mostra Konder ao e!por o pensamento mar!iano, que pelo tra$al"o R o su#eito "umano se contrape e se a1rma como su#eito, num' movimento reali)ado p ara dominar a realidade o$#etiva: modi1ca
o mundo e se modi1ca a si mesmo' @rodu) o$#etos e, para lelamente, altera sua pr%pria maneira de estar na realidade o$#etiva e de perce$ê(+a' E (o que é fundamental (fa) a sua pr%pria "ist%ria, *Toda a c"amada "ist%ria mundial assegura ar! (não é senão a produção do "omem pelo tra$al"o "umano*' /Konder: L==>: LQM0L L X LQ' 3o$re esta questão, ' anacorda nos lem$ra: *Em ar! são sempre os "omens (os su#ei tos (que entram em relaçes determinadas entre eles' Fa) até sorrir encontrar "o#e (em alguns neomar!istas (essa a1rmação de ar! como uma desco$erta /dos su#eitos0 em o posição 4 matéria de ar!' Esses neomar!istas nos admoestam que as crises das instituiçes e dos processos econ%micos são produtos das intervençes dos "omens*, e se propem a *ela$o rar uma luta de classe das teorias* ou de *reconstruir uma unidade dialética entre o$#etividade e su$#etividade, entre teoria e coisas pr&ticas' E tudo isso, di)em, para ir além de ar!*' /anacorda, L==L a8 =U0 LL' @ara um aprofundamento da concepção ontol%gica do tra$al"o e para evitar o erro de confundir as mudanças do contedo do tra$al"o, a divisão do tra$al"o, a gestão do tra$al"o e, mesmo, a superação do' tra$al"o, so$ a forma mercadoria de relaçes sociais, com o tra$al"o em geral como criador da vida "umana, sugerimos a leitura dé uS&es /L=VO e L=V=0, KosiS /L=OU0, Konder
/L==>0' -s argumentos de -He, todavia, são $astante fr&geis no plano dos dados empírico("ist%ri cos, dentro da%tica que assume' esmo se nos 1!armos numa visão eurocêntrica, nada pa rece indicar que para as grandes massas de tra$al"adores, o tra$al"o entendido c omo emprego, venda da força de tra$al"o8 este#a ausente como algo fundamental do e spaço vital, do modo de vida, do cotidiano' - Estado de em( Estar dos regimes socia is(democratas, cu#o arguillento para6 mostrar que oferece segurança6 de so$revivência ao s tra$al"adores é de que estaria superada a idéia quem tra$al"a não tem direito a come r ] como mostramos no capítulo anterior, em$ora ten"a representado signi1cativos gan"os para os tra$al"adores, não representou o desaparecimento da crise estrutura l do capitalismo, mas apenas uma forma de resposta 4 crise dos anos Q' Talve) se -He, que em v&rios tra$al"os critica o Estado ssistencial, levasse estas críticas 4s
ltimas conseqüências, como indicamos nas an&lises de ;o$s$a==0 @elo contr&rio, tomando algumas das fontes (#ornais e peri%dicos (que -He utili)a p ara concluir que o tra$al"o não se constitui em categoria sociol%gica fundamental, p odemos mostrar que a Europa, em face do desemprego estrutural que a atormenta, e specialmente a partir da crise do Estado de em(Estar que se agrava no 1nal da década de VQ e em face da pressão de desempregados do Terceiro undo que $uscam, no @rimeiro undo, asilo econDmico, vem estruturando uma verdadeira cortina de ferro para proteger postos de tra$al"o: LLN +nglaterra tenta se tornar ine!pugn&vel' / '''0 -s $ritCnicos #& garantiram o direito de ser o nico país a controlar suas fronteiras dentro da Europa uni1cada' /- Glo$o, QV'QV'=L0 - trigésimo mês consecutivo de crescimento do desemprego, que atinge agora >,OV mil"es de pessoas /LQ'L da força de tra$al"o0, levou o gover no inglês a lançar ontem um pacote econDmico / '''0' /.ornal do rasil, L==>0 Bias de pCnic*2'para moradores ilegais na leman"a' Iem mil podem ser e!puii8_s pela nova lei' leman"a /fora a e!(JB, onde até agora pr4ticamente não "& imigrantes0 rece$eu no ano , passado quase um mil"ão de pessoas' /- Glo$o, QV'QV'=L0 Em maio de L==, o @arlamento lemão aprovou lei restringindo a entrada de estrang eiros no país, que entrou em vigor em #ul"o do mesmo ano, para frear um processo q ue #& teve mão invertida' leman"a, no 1nal do século passado, fomentava a saída de s eus cidadãos em $usca de novas terras' p%s a 3egunda Guerra undial $uscou atrair e strangeiros para os tra$al"os pesados, *su#os* e sem e!igência de quali1cação' crise do Estado 3ocial(Bemocrata, a mudança da $ase técnica do processo produtivo que pou pa e dispensa tra$al"adores coincidiu /e não por acaso0 com um surto de *asilados e e!ilados* econDmicos'
Be acordo com dados pu$licados no .ornal do rasil, em L=U+ os imigrantes repres {ntavam apenas L,> da população da leman"a' ;o#e, > anos depois, representam O' progressão é geométrica' Em L=OV foram MV mil pedidos de asilo econDmico8 em L==>, NO mi l' /.ornal do rasil, >='QM'=: >Q0 lemãs ocidentais retrocedem NQ anos' lemãs perguntam se estão veL"as e e!igem o dire ito ao tra$al"o' /.ornal do rasil, LL'QO'=L0 paciência dos suíços com os imigrantes aca$ou em a$ril de L=OV, quando a população aprovou, em ple$iscito uma lei que2 determina / '''0 a poss i$ilidade de fec"ar as fronteiras' -s suíços, como disse o pr%prio c"efe do departamen to de refugiados, @eter r$ens' vivem "o#e um estado de pavor de imigrantes' /- Glo$o, QV'QV'=L0 +t&lia cria ministério para conter imigração' /- Glo$o, QV'QV'=L0' LLM
Em recente pronunciamento o candidato e virtual novo dirigente m&!imo da leman"a, do @artido 3ocial Bemocrata, surpreendeu o mundo com a a1rmação de que era necess&ri o proi$ir a imigração pois esta compromete a identidade alemã' Estas manc"etes poderiam multiplicar(se v&rias ve)es e!pressando não s% que a e!acer$ação d a distCncia entre @rimeiro e Terceiro undo leva mil"es de pessoas a $uscarem o e!íli o e asilo econDmico nos pases mais desenvolvidos, como o agravamento do desemprego no @rimeiro undo torna a situação cada ve) mais crítica' @or tr&s destas manc"etes, todavia, estudos de maior densidade como os de T"er$orn /L=OO0, revelam(nos uma situação de profunda crise tam$ém no @rimeiro undo' leitura dos dados do _uadro + indica claramente as tendências: _uadro L Ta!a de desemprego em porcentageX] da força de tra$al"o @3 L==L L==>
|ustria LQ,> LL, élgica V,V O,N Ianad& LQ, LL,
França =,= LQ,N leman"a U, V,Q ;olanda N,N N,M +t&lia LQ, LQ,U
.apão >,Q >,> Espan"a LM, LN,= 3uécia ,L M,> 3uíça L,M ,M +nglaterra O,O LQ,L EP U,= V,N Fonte: -EIB (L==' ln: .ornal do rasil, L'QU'=: >Q' LLU Esta mesma fonte indica que, no caso da leman"a, as ' ta!as de desemprego de L= = da população economicamente ativa são de LQ,L, com uma previsão de LL, para L==N' @ara os pequenos países da Europa, ata!a média era de L>,M em L== e uma pro#eção de L>,=para L==N' revista Futuri$les, cu#os nmeros LUM e LUU de maio de L==> se atêm llü de$ate so$re tempo de tra$al"o, mostra, parado!almente, qui8 enquanto nos ltimos MQ anos o a vanço das forças produtivas foi fant&stico, a #ornada de tra$al"o, para o cada ve) mais redu)ido nmero de tra$al"adores com emprego est&vel /não mais de M0 , estagnou, na Europa, ao redor de NQ "oras semanais' Iria(se uma situação em que o operariado europeu, com nível mais elevado de consciência política, é forçado a negociar t anto sal&rios quanto o tempo da #ornada em condiçes desfavor&veis, #& que as empresas mul tinacionais ameaçam sair para outros países ou regies de alta repressão e $ai!os sal&rios ' ;o$s$ac: >UV0 ao sinali)ar que se sacri1cam cidades inteiras em nome da lucratividade, lem$ra
o 1lme Joger and e, que demonstra o drama da cidade de Flint, quando a General otors fec"ou suas f&$ricas' - que vem ocorrendo "o#e, especialmente na França, e!e mpli1ca esta tendência' 5o início dos anos =Q o governo alemão e de outras naçes do ercado Iomum Europeu estão p ropondo aos tra$al"adores a redução da #ornada de tra$al"o com diminuição proporcional do s sal&rios' ais perversos são os indícios das agresses aos é!ilados econDmicos, cidadãos de segunda ca tegoria (su$classe (na leman"a, e as presses que têm começado a aparecer em diferent es países, por parte dos tra$al"adores empregados, que reclamam por ter que manter , mediante impostos cada ve) mais pesados, os desempregados' s an&lises de -He corro$oram estas tendências, sem, contudo e!amin&(las mais a fundo ' Pma sociologia do tra$al"o que atente para as relaçes sociais de produção marcadas pe la e!clusão social crescente, cu#o resultado é não apenas o aumento do desemprego estr utural e su$emprego mas tam$ém de uma crescente concentração de capital nas mãos de pouc os, deveria mostrar que, nesta circunstCncia, perversamente, o tra$al"ador luta pa ra ser mercadoria, #& que o fato de ser empregado /mesmo so$ a forma de mercadoria , é menos dram&tico que
o desemprego ou su$emprego0' preendida a pro$lem&toca anterior de outra forma, como a e!pe llie) /L=OO0, o tem po livre, ao contr&rio de se constituir em mundo de li$erdade, de fruição, do ldico, um novo *modo de vida*, torna(se tempo escravi)ado, tormento do desemprego e su$em prego' s estatísticas de desemprego e su$emprego do Terceiro undo e a prec&ria pro teção social dos desempregados tradu) um quadro mais perverso' analogia que poderíamos fa)er é de que a li$ertação dos escravos, em nosso caso com im enso retardamento, que se colocou como condição de implantação das relaçes capitalistas de rodução e como elemento ideol%gico importante para #usti1car a legalidade capitalista , so$ o capitalismo não signi1cou efetivamente uma li$ertação' Em certas circunstCncias o *li$erto*, tanto pelas condiçes o$#etivas da nova relação de tra$al"o marcada pela cu ltura escravocrata e acrescida da legalidade capitalista, como pelas condiçes su$#e tivas do pr%prio escravo, c&iu numa situação pior que a de escravo, pelo menos na perspe
ctiva de sua reprodução material' 5o rasil, produ)iu(se toda uma legislação de violência l egal so$re o *li$erto*, mediante a lei de terras que vedava acesso 4 propriedade r ural aos *li$ertos* e mediante a *lei da vadiagem*' 5a moderna sociedade das mercadorias, so$ a égide do capital 1nanceiro, da tecnol ogia ?e!ível, das m&quinas inteligentes, da ro$%tica e do fant&stico campo da microeletrDn ica, micro$iologia, engen"aria genética e novas fontes de energia, a li$eração do "ome m da m&quina que o em$rutece e, portanto, tecnologia que tem a virtualidade de li$ erar o "omem para um tempo maior para o mundo da li$erdade, da criação, do ldico, par ado!almente o escravi)a e o su$#uga, so$ as relaçes de propriedade privada e de e!c lusão, ao desemprego e su LLO $emprego' profundidade da crise consiste e!atamente em que a repetição da "ist%ria, so$ estas condiçes de avanço das forças produtivas, torna cada ve) mais difícil esconder a farsa' -s argumentos utili)ados por -He em relação 4 divisão do tra$al"o tam$ém carecem de maior densidade analítica' 2@r#meiramente, em suas an&lises, não incorpora a questão da divisão internacional do tra$al"o, centrando(se numa perspectiva eurocêntrica' Be oll/ra parte, os6 argumentos da diminuição dos tra$al"os no setor sXnd&rio e a tendência 4 terceiri )ação se, por um lado, descrevem efetivamente uma tendência do processo produtivo so$ uma nova $ase técnica que destr%i, cinde, cria ou recria e desloca ocupaçes, por outro lado, escondem uma compreensão da divisão social do tra$al"o que *naturali)a* a sepa ração dos níveis produtivos não evidenciando, portanto, a e!istência de uma inter(relação nec ss&ria entre o processo imediato de produção e o processo de circulação e consumo' Iomo no s mostra F' de -liveira, na an&lise do terci&rio e divisão social do tra$al"o no conte !to do capitalismo atual: recuperação da pr%pria noção de divisão social do tra$al"o torna(se possível apenas se a$andona o *naturalismo das distinçes* entre mercadorias e serviços e um certo *moXalisrno* que su$#a) por tr&s da utili)ação dos conceitos de tra$al"o produtivo e improdutivo' / -liveira, L=OL: LN0 X -He, ao 1!ar(se dominantemente na descrição fenomênica do *mundo do tra$al"o* e ao não apreender as determinaçes e mediaçes constitutivas da nova con1guração da divisão social o tra$al"o, resultante de uma perspectiva epistemol%gica neo(racionalista, aca$a,
pelo menos neste particular, construindo sua an&lise deutro da %ti ca dos fatores, cu #a crítica profunda e sintética foi feita por K' KosiS: teoria dos fatoXs asseXera que um fator privilegiado, a (economia, determina t odos os outros (como o Estado, o direito, a arte, a política, a moral (mas dei!a d e lado o pro$lema como surge e se con1gura o comple!o social, isto é, a sociedade como formação econDmica8 e pressupe a LL=
e!istência de tal formação como um fato #& dado, como forma e!terior ou como campo onde um fator privilegiado determina todos os outros' /KosiS, L=OU: LQN0' }* 5a an&lise de -He o que vai aparecer é que a formação 0X/ecXnDmica, as relaçes sociais e icas, 2e o tra$al"o, enquanto relação social e dimensão ontol%gica, se redu)em a fatores' @erante a crise das 'elaçes sociais econDmicas capitalistas e a crise do tra$al"o a$s trato, da forma mercadoria força de tra$al"o, que é profunda, e dos mecanismos utili )ados para fa)er face 4 crise, sem super&(la, por inscreverem(se na perspectiva dos fatores, $usca deslocar o ei!o da an&lise na procura de outro fator determinante: *sentido da vida*, cotidiano e *espaço vital*' @or esse camin"o, mesmo que o autor não demonstre ter sido superada, rompida a relação capital(tra$al"o, relação de alienação e, portanto, de violência /física e sim$%lica0, que funda as classes fundamentais, conclu i que a *ação comunicativa*, por afastar(se da teoria dos con?itos, d& conta mel"or'' da *dinCmica social das sociedades modernas*' 7 novamente KosiS que nos permite apreender so$ que concepção de tra$al"o -He opera s na an&lise: 5a sociologia do tra$al"o, na psicologia do tra$al"o /'''0 e nos respectivos conceitos sociol%gicos' psicol%gicos e econDmicos etc', se e!aminam e se 1!am determinados aspectos do tra$al"o8 enquanto isso, o pro$lema central (o que é o tra$al"o ] ou é compreendido em si mesmo como um pressuposto não analisado e feito acriticamente / ''' 0 ou então é conscientemente afastado da ciência como *pro$lema metafísico*'/'''0 Em$ora pareça "aver nada mais not%rio e $anal do que o tra$al"o, est& demonstrado que esta pretensa $analidade e notoriedade se $aseiam em um equívoco: na representação cotidiana e na L
sua sistemati)ação sociol%gica não se pensa no tra$al"o em sua essência e generalidade, mas so$ o termo tra$al"o se entendem os processos de tra$al"o, a operação de tra$al"o, os diversos tipos de tra$al"o e assim por diante' /KosiS, L=OU: LVV(O0 ', 2L L>Q Iontrastando com esta perspectiva de tra$al"o, KosiS resgata o sentido ontol%gico de tra$al"o, sentido este imprescindível para não es$arrar no reducionismo da concepção d os fatores: o tra$al"o' na sua essência e generalidade, não é atividade la$orativa ou, emprego que o "omem desempen"a e que de retorno, e!erce2u,ma in?uência so$re a sua psique' o seu "a$itus e o seu pensante(kto, isto é, so$re esferas parciais do ser "umano' - tra$al"o é um processo que permeia todo o ser do "omem e constitui a sua especi1 cidade' 3% o pensamento que revelou que no tra$al"o algo de essencial acontece par a o "omem e o seu ser, que desco$riu a íntima, necess&ria cone!ão entre os pro$lemas *do que é o tra$al"o* e *quem é o "omem*, pDde tam$ém iniciar a inves tigação cientí1ca do tra$al"o em todas as suas formas e manifestaçes /o ''0 e $em assim a investígação da realidade "umana em todas as suas formas e manifestaçes' /KosiS, L=OU: LVO0 Em suma, a questão crucial em relação 4 an&lise de -He, não é que ele não consiga descrever stes do cotidiano da crise do tra$al"o e da sociedade do tra$al"o, particularment e na realidade européia' - pro$lema est& no fato de que, ao a$andonar a perspectiva ontol%gica do tra$al"o, ' desenvolve uma an&lise que o leva2(a v&rios so1smas de comp osição' - mais geral destes so1smas é de que de dados relativos ao pro$lema crucial e 4 crise do tra$al"o enquanto emprego, tarefa, ocupação, dedu) a crise do tra$al"o em geral e daí, a perda de sentido do tra$al"o enquanto categoria sociol%gica para e!pl icar as relaçes sociais' an&lise de 3c"aH, mesmo que em diferentes momentos possa engendrar um reducioni smo do tipo a que -He c"ega na an&lise do tra$al"o, é e!plícita em a1rmar que a cris e e *o 1m do tra$al"o* se referem 4 dimensão do tra$al"o a$strato, o tra$al"o so$ as relaçes capitalistas, e não ao tra$al"o como atividade "umana const itutiva do pr%prio "omem' 3c"aH, ao fa)er esta referência e!plícita est& se defendendo de críticas a tecnol%gicas*, nascem, se difundem e incidem so$re o tra$al"o, os valo res, o tempo livre e a vida em seu con#unto' um tra$al"o anterior no qual tal ressalva não aparecia' +> @or isto, na o$ra a que estamos nos referindo aqui, dei!a claro que ao a1rmar o 1m do tra$al"o como e
mprego so$ o capitalismo, não est& se referindo ao 1m do tra$al"o como atividade "u mana, como processo constitutivo do pr%prio ser "umano' tensão e pro$lem&tiba da an&lise de 3c"aH e mais enfaticamente em Kur), situam(se no determinismo tecnol%gico de autodestruição do capitalismo' +sto pelo fato, como ver emos a seguir, de que am$os, cada um ao seu modo, de1nem o desaparecimento das classes fundamentais produ)idas pela relação capital(tra$al"o, sem que a relação social c apitalista ten"a desaparecido' - n% g%rdio, uma ve) mais, incide na perspectiva da * passagem*, da ruptura, ou da superação do modo de produção capitalista' +sto 1ca tão mais complicado 4 medida que as utopias de uma nova sociedade se fundam ou so$re a vir tude apologética da *revolução tecnol%gica* /3c"aH0 ou de uma *ra)ão sensível* /Kur)0' Em relação 4 an&lise de 3c"aH, parece(nos importante mostrar, mediante as contri$uiçes de JaRmond illiams, Jam%n @ena Iastro e, so$retudo, @aola anacorda, os riscos do de terminismo tecnol%gico' 0 questão central que precisamos aprofundar é de que as an&lises que se 1!am na apree nsão das diferentes *revoluçes tecnol%gicas*L no plano descritivo, em seus efeitos pos itivos ou negativos, aca$am por $orrar a pro$lem&tica central dos mecanismos, das forças so$ as quais as mudanças ou *revoluçes TrataXse, so$retudo, da crítica de @uo+a anacorda' entre outros, ao livro -cc upaone e lavoro in la rivolu)ione microeleuronica, ilano' ondatori,L=ON' illiams /L=ON0 c"ama a atenção para o fato de que o conceito de *revolução industri al*, na seqüência de primeira, segunda e terceira revolução industrial, s% pode ser tomado dentro de *um signi1cado meramente técnico* do termo' Todavia, se seguíssemos por este terreno apenas descritivo, possivelmente, teríamos que falar em muitas revoluçes industriais' X 2'
5a verdade, o que se deve di)er é outra coisa' - pleno signi1cado da revolução indust rial não se redu) 4 introdução e ao desenvolvimento de novas forças produtivas' - que começo u a mudar a partir de LVUQ foi todo o con#unto de relaçes de produção, as quais' 1nalmente, constituíram uma nova ordem sdciab' /illiams, L=ON0 W, 5a mesma perspectiva, Jam%n @ena Iastro mostra(nos o equívoco daquilo que denomina o *fetic"ismo tecnol%gico*, que consiste em tratar a ciência e a tecnologia como vari&veis independentes e determinantes, escondendo as relaçes sociais que as produ)em' o tratar da relação tra$al"o e quali1cação mostra que es te fetic"ismo se desenvolve dentro do seguinte raciocínio: a ciência determina a tec nologia, a tecnologia impe
o tipo de organi)ação de tra$al"o, o tipo de organi)ação de tra$al"o determina as qualif icaçes e, por e!tensão, as e!igências de ensinol e da fDrmação "umana' Fica evidente que este raciocínio escamoteia as determinaçes econDmico( políticas, omitind o o dado essencial: o desenvolvimento da ciência e da tecnologia depende dos podere s econD micos e políticos' /Iastro, J'@', L==>: U0 X 7, todavia, @aola anacorda /L=ON0 que, dentro da mesma perspectiva de illiams e Iastro, efetiva críticas diretas ao pensamento de 3c"aH'+N +nicialmente, a autora ressalta que em$ora 3c"aH este#a enga#ado na luta do 1m do tra$al"o alienado, a utopia que prope é pouco fundamentada e pro$lem&tica' 5um primeiro aspecto c"ama a atenção para o fato de que as an&lises das mutaçes tecnol%gica s, ao estilo de 3c"aH, LN' crítica de @aola anacorda a 3c"aH aqui incorporada resulta de uma síntese de seu pensamento no livro avoro e intelligen)a nell2et4 microeleuronica, L=ON'
têm levado a confundir como iguais questes profundamente distintas' ;& necessidade de distinguir(se a mudança efetiva do contedo do tra$al"o e as mudanças da organi)ação e di visão do tra$al"o das mudanças das relaçes sociais de produção' 3c"aH cai no erro metodol%g co de indu)ir(se das mudanças do contedo do tra$al"o, da organi)ação do tra$al"o, uma i nevit&vel mudança nas relaçes sociais de produção' @or esse camin"o, igualmente se ioldu) d a revolução cientí1co(técnica, so$ as relaçes sociais capitalistas, a revolução b-Pb courb 3o$re a posição de 3c"aH do *1m do tra$al"o*, anacorda o$serva que as concluses $o m$&sticas da superação do tra$al"o enquanto atividade para satisfa)er as necessidades "umanas materiais deriva de uma tradição econ%mica que se nega a ir além dos efeitos visív eis para estudar os mecanismos que os provocam' @or esse camin"o, confundem(se a s mudanças do contedo, organi)ação, quantidade de tra$al"o com a 1nalidade mesma do tr a$al"o' 5este sentido, vai apontar que 3c"aH, por ve)es, so$repe três 1nalidades do tra$al"o: prover a satisfação das necessidades "umanas, meio de construir a reali )ação da capacidade criativa e o papel de identidade social' @ara 3c"aH, a primeira dimensão est& incorporada pela m&quina e as duas outras, em função desta, sofre m uma profunda reorientação psicol%gica e social' 7 preciso questionar o pressuposto de que as m&quinas incorporam quase todo o tra$al "o entendido como instrumento de satisfação das necessidades "umanas' +sto, em ltima an&lise, implica supor que as necessidades, e o tra$al"o para
satisfa)ê(+as, são quant idades 1nitas' -ra, as necessidades "umanas são "ist%ricas e não 1nitas' - tra$al"o, enquanto processo de criação do "omem e de satisfação de suas necessidades, não pode ser considerado 1nito' 5ão "&, pois, um limite te%rico nem das necessidades, nem das ativ idades "umanas' @or 1m, @aola anacorda tam$ém critica a perspectiva de 3c"aH de que a automação e a nova *revolução tecnol%gica* aca$am com os tra$al"os desquali1cados, repetitivos e n ocivos, mostrando que não e!istem tra$al"os nocivos e repetitivos por L>N si' E!istem modos nocivos e desumani)adores de desenvolver um determinado tra$al"o' +sto indica que o pro$lema est& na forma de organi)ação e divisão do tra$al"o, nas relaçes de tra$al"o so$ as relaçes capitalistas e não na nature)a em si í do tra$al"o, de1nida uma ve) para sempre' utopia é, #ustamente, romper com a perspectiva utilitarista e da forma valor determinadas pelas relaçes sociais capitalistas' 5o plano empf+:ico, inmeros tra$al"os recentes, em di ferentes países, tanto liXados 4 medicina do tra$al"o quanto a dimenses sociol%gicas, psicossociais e antropol%gicas, con1r mam as an&lises de anacorda+M 5o plano epistemol%gico e te%rico, a an&lise de 3c"aH so$re a *revolução tecnol%gica* e - tra$al"o 'contrasta com suas an&lises so$re "ist%ria e linguagem' Iomo nos demonstra 0 KosiS, não e!iste uma divisão ar$itr&ria entre mundo da necessidade /plano da reprodução material do "omem (re solvido pelo tra$al"o0 e mundo da li$erdade /espaço de criação propriamente "umana (desenvolvido no plano da arte0' di visão do agir "umano em tra$al"o /esfera da necessidade0 e arte /esfera da li$erdade0 capta a pro$lem&tica do tra$al"o 0 e do não(tra$al"o apenas apro!imadamente e apenas so$ certos aspectos' Esta distinção parte de uma determinada forma "ist%rica do tra$al"o como de um pressuposto não analisado e, portanto, aceito acriticamente, so$re cu#o fundamento se petri1cou a divisão do tra$al"o surgida "istoricamente, em tra$al"o físico 8X material e tra$al"o espiritual' 5esta distinção 1ca oculta uma ulterior característica essencial da especi1cidade do tra$al"o como agir "umano que não a$andona a esfera da necessidade LM' Aer' por e!emplo, os estudos de agda de lmeida 5eves, udanças 0 tecnol%gicas e os impactos so$re o tra$al"o e a qual1cação pro1ssional /3ão @aulo' L==L, mimeografado0 e s tra$al"adoras de Iontagem: uma "ist%ria outra, uma outra "ist%ria /tese de doutorado, P3@, L==Q08 e Jo$erto oraes @essan"a, Tecnologia da in#onnação e organi)ação do tra$al"o /Jio de .aneiro, I-@@E, L==>08 trata(se de um estudo onde se analisa o emprego de alta tecnologia
no processo oH(s"ore de e!ploração do petr%leo na $acia de Iampos /J.0 e as condiçes prec&rias de tra$al"o dos tra$al"adores, muitos deles com elevada X quali1cação' L>M mas ao mesmo tempo a supera e cria nela os reais pressupostos da li$erdade' representação do tempo livre como férias organi)adas é a$solutamente est ran"a a ar!' 7 claro que a criação de um tempo .ivre como dimensão qua.itativamente nova da vida6 "umana se con#uga com a criação (de uma sociedade livre' /KosiS, L=OU: LOO0 +sto nos permite sustentar, de modo inequívoco, que a criação de *espaço vital* a'que se refere -He ou do mundo laudens a que se refere 3c"aH pressupe a ruptura das re laçes sociais de alienação que transformam o tempo livre /desemprego, su$emprego0 em to rmento e não em fruição' - mundo da li$erdade pressupe imperativamente a *rique)a* do m undo da necessidade'2U an&lise de 3c"aH so$re o papel da tecnologia na superação da forma mercadoria de tr a$al"o e, como conseqüência, o desaparecimento da classe tra$al"adora não enfrenta a qu estão da forma que assumem as classes sociais no capitalismo transnacional e sua an&l ise converge com as perspectivas da sociedade do con"ecimento e do tecno(economi cismo ou tecnocratismo' an&lise de Kur), so$ a argumentação *$em arrumada*, pr%pria do discurso estruturalista , que por não enfrentar a trama do enredo das mediaçes, con?itos e contradiçes da mater ialidade "ist%rica, sempre é $em aca$ado, nos leva a uma espécie de "ist%ria sem saída onde o *e!(su#eito e!plorado*, a/s0 LU' KosiS acrescenta uma e!plicação em nota de rodapé que me parece importante para en tender a divisão ar$itr&ria em que incorre 3c"aH, acima analisada: * relação entre nec essidade e li$erdade é uma relação "istoricamente2 condicionada e "istoricamente vari&ve l' 7, porta?,tX, perfeitamente coerente, do ponXde vista materialista, _ue ar! r edua o pro$lema da li$erdade 4 redução do]b]Xo de tra$al"o' isto é' 4 cria*çã_'''.te ten.@,' '.ivre' e neste sentido trac:"ga ((''_ro$lem&tica d]e((j'eXs'si'd.ld'((e'''d]e'((li$'erda'de''.l,a'"istU.:ia''''e'lle laçli,j]PXm@'+de'] tra$al$='((e].e]mpn]livre::'*'''0 - tempo +ívre, o tempo que est& 4 n ossa disposição, é a pr%pria rique)a /destinada0 em parte 4 fruição do produto, em* parte 4 l e manifestação de uma atividade que não é, como o
tra$al"o, determinada pela coação de uma f inalidade e!terior que deve ser cumprida e cu#o cumprimento é uma necessidade natu ral ou um dever socialb como se queira*' /ar!, T"eorien ü$er de e"rU cLasse/s0 tra$al"adora/s0 e!pia/m0 seu fracasso numa m%r$ida espera do apocalipse' Tanto Gianotti /L==0 quanto F' de -liveira /L==c0, em duas resen"as onde anali sam a o$ra aqui focali)ada (- colapso da moderni)ação (enfati)am que Kur) redu) a an&l ise "ist%rica mediante uma an&lise l%gica, constituindo(se num *dedutivista*: * Ele dedu) das cateXrias mais gerais do mar!ismo um movimento da "ist%ria' Ionfunde l%gica e política' Ele opera um desloca mento, que é uma falsi1cação de ar!, ao colocar a questão do fetic"e no Cm$ito da concorrência' / '''0 fetic"e em ar! não est& apenas na concorrência, nem apenas na produção' o fetic"e est& em todo o sistema, e st& em todo o processo' @or que ele fa) issok @orque ele precisa a$rir mão da classe oper&ria' Ele vai tomar uma te3e que est& em ;a$ermas, que é o 1m da sociedade do tra$al"o' /-liveira, Fol"a de 3' @aulo, L'QV'=$: U0 3omente ignorando os processos "ist%ricos comple!os, diferenciados e produ)idos po r su#eitos sociais concretos, mostram(nos Gianotti e -liveira, podem levar Kur) a ver no socialismo real uma espécie de fotoc%pia do capitalismo, so$retudo na sua for ma estatista' - resultado dos *arran#os l%gicos*, da teoria da crise do capitalismo e o congelam ento das classes sociais su$stituídas por uma categoria ?uida (ra)ão sensível (condu) em(no a uma visão apocalíptica da "ist%ria, que sequer pode ser incorporada *4 tradição 2pessimista2 dentro do mar!ismo /'''0 ou 4 tradição racionalista da Escola de Fr anSfurt* mas aca$a sendo o *irracionalismo mais idealista dos ltimos tempos*' /-li veira, L==c: MV0LV LV' @ara uma visão mais geral da ?uide) e dos arran#os da an&lise de Kur), da natur e)a l%gica, metafísica' escatol%gica e irracional /para 1car em alguns dos ad#etivos utili)ados pela crítica0 da mesma e de importantes indicaçes das ra)es de seu sucesso no seio da esquerda no rasil, ver as resen"as do livro de Kur), - colapso da mo derni)ação, feitas por ui) Iarlos resser @ereira, e, especialmente, por .osé rtur G ianotti e Francisco de -liveira, em 5ovos Estudos IEJk, U: NU(MV, #ul' L==c'
esmo percorrendo camin"os diferentes, e am$os se opondo ao status quo, as utopi as *alternativas* de 3c"aH e Kur) convergem para perspectivas que illiams e ;o $s$aL0 Essa perspectiva não é senão, di)(nos illiams, um magní1co truque' utopia fundamenta da, com todas as suas limitaçes, é um poderoso instrumento para romper com as relaçes so ciais dominantes' 3igni1ca, ao mesmo tempo, uma contestação 4s relaçes dominantes e um p ro#etar de novas relaçes sociais' as o tipo dominante admirado de utopia é de outra nature)a: 5ão se $aseia em um novo sistema como crítica do sistema e!istente, nem em uma alter nativa cuidadosamente detal"ada' 3eu prop%sito é, por sua ve), produ)ir dese#o' Trat a(se de um estímulo criativo para sentir e relacionar de uma maneira diferente, ou para fortalecer e con1nnar sentimentos e relaçes reais que não se encontram na orde m e!istente e não podem ser vividos dentro dela' Este tipo de utopia "eurística tem muito em comum com os movimentos que colocam em pr&tica estilos de vida alternativ os individuais ou de pequenas I-mu utopia sistem&tica funda(se a partir da crítica da ordem esta$elecida e na @ro posição de estratégias de mudança para urna nova ordem de relaçes sociais' nidades e, de modo crucial, com uma tendência importante e provavelmente crescente do pensamento religioso' /illiams, L=ON: >0 Em$ora 3c"aH insista na dimensão de "omem social formulada por ar!, e Kur) nos f ale de um *coletivo* dotado de uma consciência crítica, am$os, por camin"os diversos , têm como pressuposto que a passagem para uma nova ordem, que evitam c"amar de sDci alista, se d& sem o concurso das classes ' ' W ''' 3-I+ai3' (2,,
Bo lado de 3c"aH, como vimos, a positividade da revolução tecnol%gica levaria ao desa parecimento da classe tra$al"adora e, dependendo das circunstCncias, da classe cap italista' Em Kur), a contradição ma!imi)ada entre o avanço das forças produtivas e o engessamento das relaçes sociais, implodiria tanto a $urguesia quanto o proletariado' resistência se daria na tecnocracia, $urocracia e aparel"os de cun"o militar, policialesco ou paramilitar /um resíduo do estatismo tanto do capitalismo quanto do socialismo de caserna0' Em lugar da classe tra$al"adora, um coletivo dotado de uma *ra)ão sen sível* e, portanto, su$stitui(se a dialética da materialidade das relaçes sociais, com su#eitos sociais, por uma utopia /ir0racionalista ou por um determinismo l%gico' - car&ter mecanicista da inevita$ilidade do colapso do capitalismo, em Kur), ou çbo congelamento dos su#eitos sociais, e, portanto, da presença da ação política contra("ege mDnica, 1ca patenteada na imagem que o autor usa para fa)er entender a l%gica do co lapso' Kur) compara a l%gica ine!or&vel do colapso do capitalismo a um campeonato de fute$ol' 5o início "& muitos times, mas, 4 medida que a competição se desenvolve, vão sendo eliminados, até que num determinado momento o campeonato inevitavelmente c"ega ao em$ate 1nal' - time vencedor, ao derrotar todos 1ca sem possi$ilidade de cont inuar, pois ao liquidar todos não tem mais com quem competir' ssim estaria se dan do com o :apitalismo' L= Este e!emplo foi desenvolvido por Kur) num de$ate' em >Q'QN'=' na Pniversid ade Federal Fluminense /J.0, no qual repetia, pela quarta ou quinta ve), a confe rência síntese de seu livro para os $rasileiros' /Ionferência gravada0 L>= Q ]]((((((2 Kur) esquece, entre outras coisas, que o 2:iogo* das relaçes sociais é de outra natur e)a' as mostra ser um o$servador desatento do pr%prio fute$ol' - 1m de um campeon ato mundial, certamente, não é o 1m /da "ist%ria0 do fute$ol, mas apenas daquele camp eonato' - time vencedor, dependendo das regras, pode começar o novo campeonato com alguma vantagem, mas isto não l"e garante a nova vit%ria, pois as forças em luta poXe m ter modi1cado' 5o seu novo livro pu$licado na leman"a em L== e tradu)ido pela editora @a) e T erra com o título volta do @otemSin /L==N0, insiste em sua tese irracionalista e pessimista' Ele pr%prio e!plicita o teor deste novo de tra$al"o em entrevista 4 Fol "a de 3' @aulo, por ocasião da Feira do ivro de FranSfurt, em L==:
Pma nova crítica ao capitalismo não pode mais aproveitar as idéias de luta de classe e poder' +sto est& ultrapassado' as é necess&ria uma terceira alternativa, que não é a de Estado e de mercado' Estamos num ponto de destruição do sistema de mercado, de destruição social e econDmica' E pode ser que entremos num estado de destruição total e que não "a#a terce ira alternativa' /Fol"a de 3' @aulo, L>'LQ'=: N0 *matri)* do determinismo tecnol%gico em 3c"aH, o dedutivismo e /ir0racionalismo de Kur), as previses escatol%gicas e a falta de um detal"amento mais sistem&tico das propostas alternativas de am$os nos permitem perce$er que as suas *utopias* se d e1nem pelas de segundo tipo, analisadas por illiams' s classes sociais fundamentais não são um dado que possa se dissolver por si mesmo' gênese das classes fundamentais "o#e e!istentes se materiali)a mediante relaçes soc iais e de força que, de um lado, encontram os donos dos meios e instrumentos de pr odução cu#o interesse primordial é a $usca incessante da acumulação e do lucro e, de outro , aqueles que em relação ao capital se organi)am na defesa de seus interesses enquan to vendedores de sua força de tra$al"o' LQ s classes fundamentais ongmam(se de um processo "ist%rico, de uma relação social' 5es te sentido, não se pode confundir as mudanças das formas de socia$ilidade capitalist a, isto é, dos mecanismos "ist%ricos, dos novos atores e as diferentes formas e estr atégias de refuncionamento do capitalisnl- em face das suas crises, e das formas qu e assumem as classes sociais, com o desaparecimento efetivo das relaçes capitalista s, e, port4nto, das classes sociais' W, 7 neste sentido2que F' de -liveira /L=OV0 e .ameson /L==N0 nos mostram que o fato da crescente opacidade e, portanto, di1culdade de apreendermos as classes socia is na sociedade contemporCnea, não nos permite pura e simplesmente anunciar tranqüilam ente o 1m da sociedade de classes' opacidade da divisão e das relaçes entre as classes é contemporaneamente de tal densi dade que o tra$al"o te%rico de dar(L"es transparência camin"a no sentido inverso do mo vimento da "ist%ria do capi talismo' 5o sentido de que enquanto o sistema capitalista se a1rma sistematicamente enquanto tal' $orrando ou anu.a ndo ou ainda su$ordinando as formas que - precederam, sendo portanto mais
transp arente o car&ter do sistema em si mesmo, o movimento das classes vai em sentido in verso, isto é, torna(se mais comple!o6 e difícil recon"ecer, en1m, o per1l das classes sociais' enos que uma simples assimetria ou assíncrona, parado!al ou geométrica' dos dois movimentos, que permitisse suas decodi1caçes parciali)adas, trata(se do contr&rio: é dum movimento de unidade dos con tr&rios' /-liveira, L=OV: LQ0 .ameson indica que é necessano ir além das aparências e insistir em categorias mar!ist as que são tidas como anacrDnicas: modo de produção, revolução, socialismo e classe social' glo$ali)ação, que signi1cou uma crise na produção nacional, e tam$ém nas instituiçes /sic de uma força de tra$al"o nacional em diminuição, dever& causar o aparecimento de formas internacionais de produção, com as correspondentes relaçes dX classe' / ''' 0 7 necess&rio insistir tanto na inevi ta $ilidade desse novo processo de formação glo$al de classe como tam$ém nos dílemas representacionais os quais ele nos confronta atualmente' /.ameson, L==N: OL0 5as an&lises de 3c"aH, de Kur) e mesmo de -He, prefere(se o atal"o da supressão da s classes fundamentais, confundindo as formas que as classes e os grupos fundame ntais assumem no capitalismo contemporCneo com a sua desaparição' @or esta ra)ão, taml2lém, desfa)em(se apressadamente da utopia socialista e das luta s concretas que esta utopia nos indica "o#e (face 4 avassaladora ideologia neoli$e ral ] na dilatação da esfera p$lica' '' o socialismo signi1ca vida garantida: o direito 4 educação livre e ao associação8 perante as e o direito L==N:VN0 cuidado com a sade8 o direito 4 comunidade e i o direito ao tra$al"o /questão nada irrelevante + condiçes endêmicas do desemprego p%s(moderno0 ao la)er, 4 cultura e 4 aposentadoria' /.ames on, @ara que a teoria se constitua em efetiva força material, a an&lise necessita perqui rir mais fundo tanto a questão da crise do capitalismo neste 1nal de século e seus mecanismos de recomposição, quanto a crise do tra$al"o e das condiçes parado!a+3 onde o
aumento fant&stico da potenciação das forças produtivas, so$ as relaçes de e!clusão, não te permitido sociali)&(lo na quali1cação da vida "umana' o contr&rio, so$ muitos aspecto s não s% da classe tra$al"adora, mas particularmente desta, a penria e a e!clusão aument aram' ais glo$almente, o car&ter destrutivo destas relaçes pe em risco o pr%prio ecossistema' an&lise e as propostas ut%pieas que ultrapassem as perspectivas de -He, de 3c"aH e de Kur), enquanto camin"o de ruptura, são cada ve) mais nece ss&rias' crise da forma mercadoria de tra$al"o, do tra$al"o a$strato, portanto, não signi 1ca o 1m da centralidade do tra$al"o enquanto processo criador do "umano na su a dupla e insepar&vel dimensão de necessidade e li$erdade' superação da crise somente se efetivar&, pela rai), mediante um processo de em$ates concretos que concorram p ara a negação das L> relaçes sociais de produção fundas na cisão das classes sociais, pela mercantili)ação da for de tra$al"o, em suma, pela alienação' Esta travessia não se dar& quer pelo concurso, pura e simplesmente, da *revolução tecnol%g ica*, quer pela *ação comunicativa* ou pela *ra)ão sensível*' Jesultar&, concretamente, de um emXate de forças cu#a con1guração cada ve) mais opaca não elidW,sua e!istência, as cl asses e grupos sociais, mas os pressupe' radicali)ação da luta democr&tica e neste mo vimento o controle, *acesso e mane#o* do fundo p$lico na dilatação dos direitos e das conquistas das classes su$alternas, como nos mostram Francisco de -liveira, ;o$ s$aOQ em L=V> e para UM em L=ON8 o nmero de organi)açes internacionais nãoXgoverna mentais foi de O> para >'LV em L=V>, e mais que do$rou nos do)e anos que se se guiram, atingindo N'ULM em L=ON' /;o$s$aQU0 e!plosão de nacionalismos, especialmente onde o so cialismo real predominou até seu *desmoronamento*, são, em face desta realidade, como analisa nderson, *fogos de artifício*' - "ori)onte "is t%rico gravita numa outra direção:
- futuro pertence ao con#unto de forças que est& ultrapassando a 5ação(Estado' té agora e las foram capturadas ou impulsio nadas pelo capital, uma ve) que o internacionalismo, nos ltimos cinqüenta anos, mud ou de lado' Enquanto a esquerda não conseguir retomar a iniciativa nesta &rea, o atu al sistema estar& seguro' /nderson, L==>: LL0
s implicaçes dos encamin"amentos aqui e!postos para o em$ate político, político(sindical e para os processos educativos que se estruturam nos diversos Cm$itos e movimentos da sociedade e na instituição escolar, são de diferen tes ordens' 5o 'pr%!imo capítulo, discutiremos as implicaçes das formas de apreensão da crise do capi talismo dos anos VQY=Q, face aos interesses que s8 confrontam no campo especí1co das alternativas de propostas e açes educativas, atendo(nos, particularmente, ao ca so $rasileiro' uito em$ora este#amos num recanto tropical de1nido como 22Terce iro undo*, onde as relaçes de e!clusão vêm so$redeterminadas pela violência do capital t ransnacional e, portanto, os custos "umanos são potenciados geometricamente, nem t udo é negatividade' - inequívoco avanço das forças produtivas e as contradiçes que daí advêm ngendram uma positividade que deve e que pode ser dilatada pela ação política das clas ses, grupos e movimentos sociais' 5o caso $rasileiro, os su#eitos sociais coleti vos que se confrontam quer com as formas de *capitalismo selvagem* praticado pel as vel"as oligarquias, quer com as formas do capitalismo *moderno*, da participação, do tra$al"o enriquecido, da sociedade do con"ecimento e da qualidade total, não s% aumentaram em quantidade como engendram uma nova qua lidade' LN 2o, W, 2'
+A EBPIZ[- E F-JZ[- í ;P5: .P3TE 5E-I-53EJAB-J E ,
TEJ5T+A BE-IJ T+I y disputa em tomo da realidade ou irrealidade do pensamento (isolado da pr&tica (é u m pro$lema puramente escol&stico' K' ar!, Tese /=0 so$re Feuer$ac" X 5o capítulo introdut%rio $uscamos e!plicitar que o campo educativo e, mais amplament e, a formação "umana, tem se constituído, desde o pro#eto da $urguesia nascente, um ca mpo pro$lem&tico para de1nir sua nature)a e função social' -s dilemas (que assumem co ntedos "ist%ricos especí1cos decorrem, de um lado, do fato de que a forma parcial /de classe0, mediante a qual a $urguesia analisa a realidade, limita, em certa medi da, a concreti)ação de seus pr%prios interesses8 de outro, porém, decorrem da e!istência d e interesses concretos y Este capítulo, originalmente escrito para este livro, foi pu$licado' com algumas diferenças em relação a esta versão, na coletãnea organi)ada por @a$lo ' ' Gent;i e Tomas Tadeu da 3ilva /L==N: +X=>0' LM antagDnicos dos grupos sociais que constituem a classe tra$al"adora e que tomam o c ampo educativo, na escola e no con#unto das instituiçes e movimentos sociais, um es paço de luta "egemDnica' - invent&rio /$reve0 deste em$ate, no i2lano mais geral e especi1camente na reali dade $rasileira, mostra qne na teoria e na pr&tica não soment, se avançou $astante na apreensão de sua nature)a, como ele assu me uma especi1cidade no $o#o da crise do capitalismo dos anos VQY=Q que e!pe que stes desa1adoras para aqueles que entendem o espaço educativo como um locus import ante da luta e construção da democracia su$stantiva' primeira ordem de questes, com o e!plicitamos ao 1nal do Iapítulo +, liga(se a uma mudança dos "omens de neg%cio em face da educação e formação "umana e a segunda e!plicita(se pelas teses do 1m da socied ade do tra$al"o e da não centralidade do tra$al"o, "o#e, na apreensão da realidade social' @artimos do pressuposto de que estas duas ordens de questes, muito diversas e mes mo, em certo sentido, e!cludentes no Cm$ito da an&lise e de posicionamento político(id eol%gico, estruturam(se a partir da apreensão que fa)em das novas formas de socia$il idade capitalista, do papel do progresso técnico e, so$retudo, da crise do modelo de desenvolvimento que regulou os processos de acumulação nos ltimos cinqüenta anos' - Iapítulo ++ $uscou delinear a compreensão que fa)emos da crise do capitalismo no seu aspecto estrutural e a sua especi
1cidade neste 1nal de6 século e, ao mesmo tempo, demarcar a direção do em$ate te%rico e político por onde as conquistas da classe tra$al"adora podem se ampliar' dilatação d a esfera p$lica e a organi)ação para deter o controle e mane#o democr&tico do fundo p$lic o constituem(se no ei!o de luta face ao neoconservadorismo que $usca circunscrevê( los ao domínio privado do capital /tese do Estado mínimo0' 5o Iapítulo +++ $uscamos tra$al"ar a segunda ordem de questes mediante a leitura crít ica das teses so$re o 1m da LU sociedade do tra$al"o e do tra$al"o como categoria de an&lise social, e!plicitando os argumentos $&sicos, o "ori)onte te%rico("ist%rico em que se 1rmam e algumas de sua s conseqüências no plano político(pr&tico' 5este ltimo capítulo o$#etivamos e!plicitar, inicialmente, aperspectiva $&sica dos "o mens de neg%cio no campo educativo e de formação "lWmana face 4 crise do modelo fordista de organi)ação e gestãq' do tra$al"o e, portanto, face 4s novas $ases que a reconversão t ecnol%gica e a rede1nição do padrão de acumulação capitalista demandam na reprodução da forç tra$al"o' 5o plano te%rico("ist%rico, interessa(nos e!por o signi1cado das teses da formação poliv alente e educação geral a$stra+a e sua /des0articulação com a perspectiva do Estado mínimo ' Em seguida $uscaremos discutir o signi1cado e a pertinência te%rica e "ist%rica da concepção de edncação politécnica e formação "umana omnilateral, no plano da luta "egemDnica se articula aos interesses da classe tra$al"adora, e a defesa e ampliação da esfera p$lica como condição de possi$ilidade de seu efetivo desenvolvimento' L' -s apologetas da s2lciedade do con"ecimento e os "omens de neg%cio $lefam e apo stam no cinismok ntonio Gramsci nos adverte que face 4 crise, por esta manifestar(se no fato de qn e *o vel"o não morreu e o novo ainda não pode nascer*, é comum snrgirem interpretaçes e c omportamentos m%r$idos' Esta mor$ide), mormente, manifes( ta(se por previses escatol%gic as, profecias, culto ao irracionalismo e posturas cínicas' 5o conte!to da discussão que estamos fa)endo neste tra$al"o, esta mor$ide) e!plici ta(se, claramente, como assinalamos nos capítulos anteriores, nas teses conservador as do 1m da "ist%ria de FuSuRama, tese da sociedade do con"ecimento de To~er e, a partir dela, o 1m das classes e so$retudo do proletariado, sendo este su$stituído pelo eognitariado, + ou por teses como as de Kur) (que ironicamente alguns críticos
situam como o FuSuRama da esquerda (que dedu)em da crise *da sociedade do tra$al"o* a autodissolução das classes sociais' 5o mesmo rastro do 1m da sociedade do tra$al"o e com ela o 1m do con?ito, -He e 3c"aH não postulam como novo ator social a *ra)ão 'sensível* de um coletivo inde1nido /Kur)0, mas o deslocamento para questes como o sentido da vida e da preparação do "omem para o mundo do la)er' 5ão é difícil, por certo, ao confrontar os processos "ist%ricos especí1cos com estas prof ecias, surpreender traços de uma espécie de #ogo do trueo, onde o $lefe é uma t&lica sin gular, e nem perce$ermos um elevado grau de cinismo' + ais e!plícito isto pode to mar(se quando analisamos as pers+ pectivas de educação e formação "umana postuladas pelos "omens de neg%cio ou pelos seus mentoXe's intelectuais, assessores e consultores, em realidades culturais' como a $rasileira, onde a $urguesia se constituiu media nte uma metamorfose das Qligarquias'> ' 3e é sustent&vel, todavia, aquilo que ar! e Engels nos assinalam em ideologia alemã, é preciso perquirir o tecido "ist%rico(social a partir do qual se e!plicitam uma determinada consciência e determinadas categorias ou necessidades: causa não est& na consciência, mas no ser' 5ão no pensamento, mas na vida' +' To~er dedu) o 1m da divisão do tra$al"o e das pr%prias classes sociais em deco rrência das mudanças do contedo e reorgani)ação do processo de tra$al"o, motivadas pela i ntrodução, no processo produtivo, de uma nova $ase técnica constituída fundamentalmente pela microeletrDnica associada 4 informatiX )ação (que e!ige uma força de tra$al"o que se ocupa mais com a *ca$eça* do que com os $raços e força muscular /To~er, L=V, L=OQ e L=OM0' >' - ensaio de F' de -liveira intitulado Iollor ] a falsi1cação da ira /L==>0 mostr a do que é capa) a (classe ou classes dominantes $rasileiras para manter o apart"e id social e!istente, montado "istoricamente so$re a violência /econDmica, política e p olicial ou parapolicia+0' -s processos de falsi1cação, de $lefe e o cinismo aparecem claramente' LO Este pressuposto nos condu) a um 1o condutor na an&lise so$re as alternativas edu cacionais em disputa "egemDnica "o#e e pode ser formulado da seguinte forma: o em$ ate que se efetiva em torno dos processos educativos e de quali1Iação "umana parare sponder aos interesses ou 4snecessiNa3+es de rede1nição *2oe( um2noopadrãXde:reprodução2'do apital ou do atendimento das necessidades e interesses2(d& 2elas2se ou
*'''''' '',2 * ' classes tra$al"adora2W,1rma(se' so$re uma meslll '''materialidade, em profunda transformação, onde o progresso técnicoassbllllX um papel crucial, ainda que não e!clusivo' Trata(se de uma relação con?itante e antagDnica, por confrontar de um lado as necessi dades da reprodução do capital e de outro, as mltiplas necessidades "umanas' 5egativi dade e positividade, todavia, teimam em coe!istir numa mesma totalidade e num me smo processo "ist%rico e sua de1nição se d& pela correlação de força dos diferentes grupos' classes sociais' - fant&stico progresso técnico que tem o poder de dilatar o grau d e satisfação das necessidades "umanas e, portanto, da li$erdade "umana, e que tem es tado so$ a l%gica férrea do lucro privado, ampliando a e!clusão social, não é uma predesti nação natural, mas algo produ)ido "istoricamente' 5este sentido, a questão não é de se negar o progresso técnico, o avanço do con"ecimento, os processos educativos e de quali1cação ou simplesmente 1!ar( se no plano das persp ectivas da resistência, nem de se identi1car nas novas demandas dos "omens de neg%c io uma postura dominantemente maquiavélica ou, então, efetivamente uma preocupação "umani t&ria, mas de disputar concretamente o controle "egemDnico do progresso técnico, do av anço do con"ecimento e da quali1cação, arranc&(los da esfera privada e da l%gica da e!clu são e su$metê(los ao controle democr&tico da esfera p$lica para potenciar a satisfação das ecessidades "umanas' - ei!o aqui não é a supervalori)ação da competitividade, da li$erda de, da qualidade e da e1ciência para poucos e a e!clusão das maiorias, mas a da sol idariedade, da igualdade e da democracia' >' Formação e quali1cação a$strata e polivalente e a defesa do Estado mínimo: a nova /de0 limitação do campo educativo na l%gica da e!clusão o ei!o de an&lise que $uscamos es$oçar nos permite perce$er que a crescente literatu ra que desenvolve as teses do surgimento de uma sociedade *p%sIindustrial*' sem cl asses, fundada não mais so$re os ,rocessos e!cludentes característicos de um proces so produtivo transformador da nature)a e consu( midor de fontes de energia não renov&ve l, mas de uma economia glo$al onde o principal recurso é o con"ecimento, o qual não teria limites e estaria ao alcance de todos, opera dentro de um nível profundament e ideol%gico e apologético' Este nível de formulação, fortemente veiculado pelos organismo s internacionais que representam o capitalismo transnacional' inscreve(se no "ori
)onte dos *economistas 1lantropos* a que ar! se refere ao discutir a perspecti va que os mesmos têm de educação' '0 - verdadeiro signi1cado da educação, para os economistas 1lantropos, é a for mação de cada oper&rio no maior nmero possível de atividades industriais, de tal sorte qu e se é despedido de um tra$al"o pelo emprego de uma m&quina nova, ou por uma mudança n a divisão do tra$al"o, possa encontrar uma colocação o mais facilmente possível' /ar!, L=O: OL0 Em seguida, ar! vai demonstrar como esta 1lantropia + c"ocava(se, o$#etivamente, com a l%gica do processo de valo 'X ri)ação do capital' ' Xerspectivas 1lantr%picas persistem, de v&rias formas, e retomam força no interior do a#uste neoli$eral, como a tese da sociedade do con"ecimento que transforma o proletariado em *cognitariado*, elas convivem com demandas que o in X(((X ' Pma forte manifestação desta *vocação* 1lantr%pica e morali)ante das elites empresaria is, políticas' eclesi&sticas e mesmo da *intelectualidade*, no rasil, d&(se mediante a visão de que a escola é o oeus por e!celência destinado a solucionar o pro$lema da violência' dos meninos e #ovens infratores, da po$re)a, do su$emprego, do mercado informal, do desemprego e "o#e, especialmente, dos desenrai)ados meninos e meninas de rua' LNQ vent&rio da literatura internacional e nacional identi1ca como um nova *qualidade * da educação escolar e dos processos de quali1cação ou requali1cação da força de tra$al"o' - que efetivamente mo$ili)a, no caso $rasileiro, com um atraso de um século em rel ação 4s conquistas da universali)ação da'escola $&sica na Europa, empres&rios como ' E' de raes, o maior *capitão* da indstria nacional, como o apresenta a , imprensa, a $radar,Wbace ao fato de que Ioréia, ;ong Kong, .apão, é!ico, Aene,k uela têm , respectivamente =N, U=, =U, MM e NM dos seus #ovens cursando o segundo gr au e que este índice c"ega a apenas M no rasil: educação, pelo amor de Beus' /' E' de oraes, Fol"a de 3' @aulo, >Q'QU'=: >0 Este *lamento*, sem perder o car&ter moralista e 1lan tr%pico que funcio na como uma espécie de mea culpa de uma $urguesia que ainda cultiva posturas escra vocratas e olig&rquicas, revela demandas efetivas dos "omens de neg%cio de um tra$al"
ador com uma nova quali1cação que, face 4 reestruturação econDmica so$ nova' $ase técnica, l es possi$ilite efetivar a reconversão tecnol%gica que os torne competitivos no em$ate da concorrência intercapit alista' Yr'X e!plicitação de que esta demanda tem car&ter orgCnico pode ser apreendida tanX pela ação dos organismos de classe dos empres&rios nacion ais /I5+, F+E3@, +E0 e sua articulação com os organismos internacionais /F+, +B, +JB' -+T0, quanto por uma crescente literatura internacional e nacional que ana lisa a crise do modelo fordista de organi)ação e gestão do tra$al"o, a reorgani)ação mundi al da economia e do processo produtivo e as conseqüências para a educação e quali1cação Y d a' força de tra$al"o' 5eves66Wl==N0,6 ao analisar as propostas educacionais dos empres&rios no rasil, tomando o 1nal da década de OQ e início da década de =Q, mostra que a I5+ foi mudando sua es trutura organi)acional para poder situar(se no interior das mudanças que o process o produtivo internacional e!perimenta e os desdo$ramentos em termos de produtivi dade, competitividade, relaçes de tra$al"o etc' I5+ criou quatro novos consel"os téc nicos permanentes de: política econDmica, relaçes de tra$al"o e política social, política i ndustrial e desenvolvimento tecnol%gico e de integração internacional' Iomo destaca 5e ves, a partir de L==Q a questão educacional passa a fa)er parte permanente do Ions el"o de Jelaçes de Tra$al"o e Besen
volvimento 3ocial' 5uma outra pesquisa* so$re a moderni)ação industrial e a questão dos recursos "umanos, I' 3alm e ' Fogaça /L==L0 detectam que entre as maiores emprésas do comple!o indus trial $rasileiro os atri$utos mais val_ri)ados nos tra$al"adores relacionam(se a contedos desenvolvidos pela educação geral' @artindo destes estudos 3alm /l==>0ãss.nala : no intuito de estimular o de$ate, terminaria arriscando di)er que o capitalismo $rasileiro' pe#o menos na sua parte menos rude, menos cartorial, est&, pela primei ra ve) na "ist%ria deste país, interessado na promoção de transformaçes radicais em nosso sistema educacional' /3alm, L==>: LQQ0 Gentili /L==N0, num estudo empírico(analítico so$re @oder econDmico, ideologia e educação, envolvendo uma amostra de >O empresas que introdu)iram os processos de reconver são tecnol%gica e de organi)ação do processo produtivo e processo de gestão do tra$al"o na rgentina, identi1ca uma grande "omogeneidade do discurso empresarial em relação 4 d emanda de uma nova quali1cação e uma
*revalori)ação* da formação geral' Gentili vai mostrar , todavia, que por tr&s desta "omo geneidade se locali)am interesses muito delimitados que convergem para aquilo que conforma os tra$al"adores 4s novas características do processo produtivo' p%s uma ampla revisão de $i$liogra1a internacional e alguns te!tos nacionais so$re produção e quali1cação, @aiva /L=O=0 c"ega a indicaçes muito parecidas: 5ão "& dvida de que as transformaçes nas estruturas produtivas e as mudanças tecnol%gicas colocam 4 educação novos pro$le mas' as certamente algo se simpli1ca' @ela primeira ve) LN> e!iste clare)a su1ciente de que é so$re a $ase da formação geral e so$re patamares el evados de educação for2b2'2bl]''=u'e''6a discussão a re''sp'eito dapr1ssiolbllli)açi-**cmn eXlSE para o$ter tais o$#etivos o consenso político nunca pDde ser tão amplo, na medida em que uni1ca tra$al"adores' empres&rios e outros setores sociXX /@aiva, L=O=: U0N _ue transfon,.açes da $ase material são estas que con(W_Xtl du)em a romper, ni"plano das2concepçes, aquilo que parecia mostrar(se como algollatural (o adestramento do t ra$al"adork o 1nal do século +, o empres&rio Geraldo ascaren"as e!pun"a aquilo que era sens o comum para a época, decorrente da concepção taRlorista de "omem e de tra$al"ador e q ue se tradu)iu em políticas edncativas e a criação de inmeras institniçes educativas organ i)adas para tal 1m's o adestramento do "omem para o tra$al"o sempre foi e ser& uma das mais importantes tarefas da administração industrial' ela grande atenção tem sido dedicada, como uma das condiçes essenI+a+3 para a conquis ta da $oa produtividade' /Giroletti, L=OV: L0 5o rasil, a perspectiva do adestramento e do treinamento foi dominante até recent emente' legislação educacional promulgada so$ a égide d_' golpe de UN e tendo o econo micismo como sustentação te%rico(ideol%gica ainda est& vigente, em$ora profundamente quest ionada e, em parte, superada especialmente nos Estados e municípios onde a gestão ed ucacional passou a + ser controlada por forças políticas democr&ticas' +nmeros tra$al"os de todos os mati)es $uscam dar conta desta mudança' Em $oa parte destas an&lises o$serva(se uma
@aiva analisa so$retudo a realidade européia e americana' esmo assim, c"ama atenção para a comple!idade da questão e para sua "eterogeneidade, - que est& sinali)ando, de acordo com a autora, são tendências' Iomo vimos no Iapítulo +, toda a política de formas:ão lkb_fbh,wio-''ab(o ]técnica de sde os anos N1.l#n$'a vine]ada com a p2:erspectiva j(j(destramento' @ara ' uma compreensão da perspectiva ideol%gica e pedag%gica da formação pro1ssional, v er Frigotto /L=VV e L=O0' 'X
+ %tica apologética, parte desenvolve uma perspectiva que se pretende crítica, mas que opera dentro da visão conspirat%ria' Tem se ampliado, porém, o nmero de tra$al"os que $uscam apreender o intrincXamin"oXontradit%ri/0d2ls''tr,a.l:forXaçes'' t que vêm ocorrendo no mundo e o impacto so$re nossa rea"dade' 5ão $uscamos, aqui, detal"ar os meandros destas diferentes perspectivas' Fi!amo(nos neste ltimo aspecto'
5ão compactuando com a tese do quanto pior mel"or e com as perspectivas apologéticas, parece(nos importante mostrar primeiramente que os novos conceitos a$undantemente utili)ados , pelos "omens de neg%cio e seus assessores ((:' glo$ali)ação, integração, ?e!i$ilidade, competitividade, qualid&de2Total(8(@ãf::( tícipXço,pedagogia da' I.'liaLidadee:defeXadaXuêação,'gêr4:" formação polivalente e *valori)ação ' do '' tral:ll,W"l'dot:2: ]o' 2são , uma imposição das novas formas de socia$ilidade capitalista tanto para esta$elecer um novo padrão de acumulação, quanto para de1nir as formas concretas de *integração* dentro(da nova reorgani)ação da economia mundial' s$ita redesco$erta e valori)ação da dimensão "umana do tra$al"ador est& muito mais afeta a sinais de limites, ,Wiii pro$lemas e contradiçes do capital na $usca de rede1nir um novo padrão de acumulação com a crise de organi)ação e regulação fordista, do que a autonegação da forma capitalista de relação "umana' -u se#a, as inovaçes
tecnol%gicas, como analisamos no Iapítulo +++, longe de serem *vari&veis indelX pendentes*, um poder fetic"i)ado autDnomo, estão associadas 4s relaçes de poder político(econDmico e, portanto, respondem a demandas destas relaçes'U Em seguida, ca$e mostrar que o U' @arodiando agdof /L=VO0 que, ao discutir a *era do imperialismo*, mostrava que a intervenção do Estado na economia não era uma escol"a, mas L uma imposição para a crise do capitalism% dos anos Q, a mudança dos capitalistas em face do tra$al"o' 4 educação $&sica e 4 quali1cação, na crise dos anos VQY=Q' tam$ém não é uma escol"a, mas uma imposição' Ia$e, para aqueles que $uscam romper a forma capitalista de relaçes sociais, não descon"ecer os limites e as contradiçes que os •"omens de neg%cio* enfrentam, para, partindo deles, po ,it tenciali)ar os interesses dos tra$al"adores e de novas relaçes sociais' (]'''(:2Y2* LNN a#uste neoli$eral se manifesta no campo educativo e da quali1cação por um revisitar e *re#uvenescer* a teoria do capital "umano, com um rosto, agora, mais sociab'2 -s grandes mentores desta veiculação re#uvenescida são o anco undial, +B, P5E3I-, -+T e os organismos regionais e nacionais a eles v inculados' @or esta tril"a podemos perce$er que tanto a integração econDmica quanto a valori)ação da educação $&siciWweral para 6formar tra$al"adores com capacidade de a$stração* ivalentes, ?e!íveis e criativos 1cam su$ordinadas 4 l%gica do mercado, do capital e, portanto, da diferenciação, segmentação e e!clusão' 5este sentido, os dilemas da $urguesi a em face da educação e quali1cação permanecem, mesmo que efetivamente mude o seu conted o "ist%rico e que as contradiçes assumam formas mais cruciais' Em relação ao primeiro aspecto, #& mostramos no Iapítulo ++ a nature)a da crise do model o fordista de regulação econDmico(social e as implicaçes na reestruturação capitalista' Jet mos aqui, pela relação mais direta com o de$ate que esta$elecemos neste tra$al"o, al gumas dimenses relativas 4 reestruturação p%s#ordistaO no que ela impacta so$re a organi)aç produtiva, a organi)ação, contedo e divisão de tra$al"o e os processos de formação "umana' Esta reestruturaçãoXassume especi1cidades diferenciadas entre os países que puderam, por um consider&vel período "ist%rico no interior das políticas do Estado de em( Estar, Ioraggio' numa discussão so$re a Economia R educaci%n en merica atina, destaca que *discutir e. sentido de+ re#uvenecimento de la categoria capital
"umano, ori ginariamente propuesta por el economista T"eodoro 3c"ult) en los UQ, es una tare a te%rica que "a$r& que emprender si se quiere tener una maRor comprensiUn de+ proce sso de recomposiciUn de la economia mundial*' /Ioraggio, L==: U0 e!pressão *p%s(fordismo* que sinali)a a tendência da mudança da $ase técnica do proce sso produtivo, dos métodos de gestão da produção, da força de tra$al"o, etc', que, na real idade, quer signi1car um novo paradigma, não pode ser tomada como algo "omogêneo ne m mesmo nos países de capitalismo avançado' Em realidades como a $rasileira convivem formas taR.oristas, fordistas e *pUsfordistas* de organi)ação do processo produtivo e de gestão da força de tra$al"o'
*esgotar* os gan"os do modelo fordista (elevadas ta!as de acumulação, gan"os de produtividade no emprego e consumo de massa (dos países, como o rasil, em que predominou aquilo que a literatura denomina de fordismo(periférico' 5estes países não se constituiu efetivamente um mercado com insti tuiçes e atores sociais s%lidos8 o que predominou foram relaçes taRloristas e, em casos como o $rasileiro, associadas ao clientelismo e populismc@'= ,((-s novos conceitos relacionados ao processo produtivo, organi)ação do tra$al"o e quali1cação do tra$al"ador aparecem #ustamente no processo de reestruturação econDmica, num con te!to de crise e acirrada competitiRidade intercapitalista e de o$st&culos sociais e políticos 4s trãdbIionalsformas de orga ni)ação da produção' integraX],(( ='ualidade e a?XiW0#.id*de c/0blstiXll'elllXse '' Tl/0l'elellLent/0s'c"W2e''@lXa]''babQ'>'illt/03de ' produtividade e competitividade' t 6X(([6vla$mXpaXe's'X::82lt_, dema+'cadlp'or''re.açile's''''''dç podér no plano p-lítico'::'e c'onDmic'B]'e,]portanto,((@''=uestriçes de v&rias ordens, est& inscrita no efetivo acesso 4 nova $ase cientí1co(técnica]f'_bbTl'a_'@?'8Prtlde apresentada por 3c"aH /L==Q0 e o utros autores: microeletrDnica, micro$'i#0.'_gX]'slla resultante (a engen"aria genét iG'(e novas fontes de energia' . 5este cen&rio os grandes grupos econDmicos e os orga nismos Wque os representam, *os novos sen"ores do mundo*, ou *o l/oder de fato* /F+, +JB0, empen"am(se pelo controle privado desta nova $ase cientí1co(técnica'
- quê, de especí1co, efetivamente, tra) a nova $ase cientí1co(técnica que faculta mudanças profundas na produção, Francisco de -liveira assinala os pré(requisitos para que o mercado se constitu a efetivamcnte numa categoria "ist%rica Ioncreta' *- mercado real e concreto é um co n#unto de instituiçes saturadas "istoricamente da força dos agentes sociais' Ele não é na da mais do que isto' 3e isso pode ser tradu)ido em f%rmulas e indicadores, depende da densidade "ist%rica dos agentes sociais especí1cos' Falar de mercado e de força d e tra$al"o no rasil, com UQ por cento da população no mercado infonnal, é uma piada' +sto não tem densidade "ist%rica, não corresponde 4 categoria te%rica que é manipulada nos p lanos*' /L==Q0 organi)ação e divisão do tra$al"o e fa) os "omens de neg%cio demandarem mudanças nos proce ssos educativos e de quali1 caçãok Iomo, concretamente, esta nova $ase cientí1co(técnica é incorporada no processo produtivo e quais suas implicaçes face aos con?itos e lut a de classesk 2' resposta a estas questes, no seu con#unto ou em alguns de seus aspectos, é mar cada pela controvérsia e esta tem sua origem, como apontamos acima, no confronto d as perspectivas apologéticas, conspirXrias e "ist%rico(críticas e mesmo no interior de cada uma destas perspectivas' Tomando como referência alguns tra$al"os dentro da ultima perspectiva,+podemos d epreender, em primeiro lugar, que a nova $ase cientí1co(técnica, ainda que de forma não "omogênea e no seu aspecto mais geral, permite uma mudança radical, um salto qual itativo em relação 4 l%gica da mecani)ação e automação derivadas da eletromecCnica' m&quina a vapor e, mais tarde, a desco$erta do petr%leo e da eletricidade, permiti ram potenciar e su$stituir, em grande medida, a força física do animal e do tra$al"a dor' $ase mecCnica e eletromecCnica caracteri)a(se por um con#unto de m&quinas 1!as , com rigide) de programação de seqüência e movimentos para produtos padroni)ados e em g rande escala' 3o$ esta $ase, característica do taRlorismo e fordismo, os custos de mudança são elevadíssimos e, por isso, 1cam evidentes os limites para uma automação ?e!ív el' s mudanças da tecnologia com $ase microeletrDnica, mediante a informati)ação e ro$oti)ação, permitem ampliar a capacidade intelectual associada 4 produção e mesmo su$stituir, po
r autDmatos, grande parte das tarefas do tra$al"ador' Iomo nos mostra Iastro, *as novas tecnologias /microeletrDnicas, inform&ticas, químicas e genéticas0 se diferenciam das anteriores @ara uma discussão detal"ada,2lblma perspectiva crític#l da qbbebití2#o'''acima, ver: Ioriat /L==N, L=OO, L=O=0, ;irata /L==, L==L0, FreRssenet /L==, L==>0, o Rer /L=OU0, Enguita /L=O=, L==Q, L==L0, tSinson /L=OV0, .anossR /L=V=0, 3c"mit) ` Iarval"o /L=OO0, 3alemo /l=kL, L==>0, J' @' Iastro /L==N0, ac"ado /L==>0 e ac"ado ` 3ilmar /L==N0' ' '. '*W f (r *Q Y(,' pelo predomínio da informação so$re a energia*' /Iastro, L==N: U0' informação é a *terceir a dimensão da matéria, sendo as outras duas energia e massa*' /Ju$in, L==, apud Ias tro, L==N: NQ0' -s processos microeletrDnicos, mediante o acoplamento de m&quinas a computadores e informati)ação, permitem uma alteração radical no uso, controle e transfo rmação da informação' Facultam, de outra parte, a ?e!i$ili)ação das seqüências, de integraçã i)ação do tempo e do consumo /leenergia'Xe uma profunda mudança da relação do tra$allg:_ :IXiirii a m&quina'* 7, pois, no e!ame da incorporação deste novo padrão tecnol%gico /reconversão tecnol%gica0 no rocesso de organi)ação da produção e circulação, com novos materiais e processos, e nova organi)ação, divisão e gestão do tra$al"o, que podemos identi1car o surgimento d e um nmero crescente de conceitos(ponte ou #arges (gl{'_li)ação, qualidade total, ?e!i $ilidade, integração, tra$al"o enriquecid8cicfos(:dél::iiLírole(ae(qualidade ]] que tende a se tomar senso comumentre XDs "omens de negUIl-, e seus a33e33/0re3, é que ocupam (l%rigos de$ates em semin&rios, simp%sios, nos mais diversos Cm$itos, inclusive e, de mo do crescente, nas Pniversidades' L> tradução destes conceitos em termos concretos d&(se mediante métodosqueXXX$uscam]Xoti. :lL)XtXLLLr'X,X]eXllilXçj(,]elLXrgia,matérias,X tra$al"o vivo, aumentar a produtivida de, a qualidade dos produtos e, conseqüentemente, o "íveldecompeti1Aidade LL' * mutação qualitativa consiste no seguinte: todo o progresso produtivo reali)ado até o presente assentava(se na transformação da matéria mediante emprego de fontes de energia mais e mais potentes, agora a transformação da matéria pode ser feita de fonna mais r&pida, $arata e perfeita, graças 4 utili)ação de informação codi1cada, memori)ada, através de linguagens e sinais que auto
mati)am sa$er e sa$erXfa)er "umano, com $ai!os custos de energia e de tra$al"o vivo*' /Iastro, L==N: NQ(L0 L>' 7 importante enfati)ar que, muitas ve)es, estes conceitos, em realidades cultu rais' econDmicas e educacionais tão díspares como no caso $rasileiro, quer pela e!istênc ia de um empresariado que teima em não a$rir mão de suas origens e métodos olig&rquicos, quer por ra)es de nature)a das pr%prias relaçes intercapitalistas' não re?etem, de fat o, uma realidade concreta' 5este tipo de realidade o risco das vises apologéticas s e amplia enormemente' e de ta!a de lucro' Bentre estes métodos, a literatura destaca:2 #ust in time e Ka n an, que o$#etivam, mediante a integração e ?e!i$ili)ação, a redução do tempo e dos custo s de produção e circulação, programando a produção de acordo com a demanda8 métodos ou sistem s vinculados ao processo de produção como IB e I5 e a vinculação de am"os ense#ando a integração do pro#eto com a manufatura8 ou, como mostra 3alerno /L==N0, outras estra tégias m*lnos enfati)adas mas importantes de estruturação e organi)açã" das empresas ou ent re empresas que concorrem para os o$#etivos acima' 3alerno destaca a focali)ação, que *consiste em concentrar esforços naquilo que é a vantagem competitiva da empresa*8 a descentrali)ação produtiva, que consiste em dei!ar de produ)ir certos componentes e compr&(los de terceiros8 de1nição de pro#etos especí1cos, redução dos níveis "ier&rquicos ' 5a medida em que, como vimos nos Iapítulos ++ e +++, o fant&stico progresso técnico vem demarcado pela l%gica privada da e!clusão, este con#u nto de métodos e técnicas de organi)ação e gestão do processo produtivo não s% se inscreve ne ta l%gica como é um mecanismo de ampliação da mesma' -s custos "umanos são cada ve) mais a mplos, evidenciados pelo desemprego estrutural que aumenta, atingindo so$retudo os #ovens e os vel"os, o emprego prec&rio e a produção, mesmo no @rimeiro undo, de cidadãos de segu nda classe' -s sinais do car&tek(de e!clusão da reestruturação capitalista são tão fortes que nos indu)e a procurar, para além da ênfase apologética da valori)ação do tra$al"ador e da sua formação eral e polivalente, qual é seu efetivo sentido político(pr&tico' Tomados os termos em q ue a questão é posta pelos organismos internacionais e pelos organismos de classe ou instituiçes que representam os "omens de neg%cio lem$ram(nos da imagem formulada por rec"t ao di)er que, ol"ada de longe, a sociedade capitalista parece uma t&$ua "or i)ontal onde todos são situados em condiçes de igualdade, mas que, ol"ada de perto, m anifesta ser uma gangorra'
- apelo 4 valori)ação, face 4 reestruturação econDmica, do *fator tra$al"o*, da educação gera ormação polivalente foi enfati)ado por organismos como -+T, # & em meados da
década de VQ' na aria Je)ende @into /L==>0, num tra$al"o com título sugestivo, @es soas inteligentes tra$al"ando com m&quinas ou m&quinas inteligentes su$stituindo o t ra$al"o "umano, e!amina como v&rios países desenvolvidos $uscaram a#ustar os sistema s educativos e a utili)ação de outras estratégias empresariais, para fa)er face 4s neces sidades de um sistema produtivo que incorpora crescentemente anova $ase tecnol%gic a' Beste e!ame amplo, incluiodo indicaçes do caso $rasileiro, no qual constata uma ên fase na demanda de educação geral, conclui: *Xs mudanças em curso nos sistemas de]ensi no e!aminados parecem sugerir que a produtividade da X3Z_.a improdutiva ia não é de to do funcional 4 ordem capitalista*' ' /Je)ende @into, L==>: >L0 5a mesma direção, referindo(se 4s propostas dos empres&rios, ' ' 5eves destaca: - empresariado parece estar se dando conta de que o $ai!o nível de escolaridade de amplas camadas da população começa a se constituir em o$st&culo efetivo 4 reprodução ampliada do capital' em um "ori)onte que sinali)a para o emprego, em ritmo cada ve) mais ace lerado, no rasil, de novas tecnologias de $ase microeletrDnica e da infonn&tica ass im como de métodos mais racionali)adores de organi)ação da produção e do tra$al"o, na atual década' /5eves, L ==N: LQ0 tf'80 a investida dos "omens de neg%cio, em defesa da escola 2($&sica, d&(se 3o$retudo a partir do 1nal dos anos OQ, é preciso ter presente, todavia, que isto nã_]signif ica que antes ]disto os mesmos não estivessem atentos em relação 4 educação que l"es convém' L *novidade reside e!atamente no fato ê+e a crítica incidir no puro e simples adestramento e na proposta da educação $&sica geral' L' Especialmente a partir dos anos Q, podemos perce$er que a questão da educação e, so$retudo' do treinamento e quali1cação para moldar e *fa$ricar* os tra$al"adores é a lgo que preocupa as lideranças políticas e empresariais' Em relação 4s démarc"es para a criaç do 3erviço 5acional de prendi)agem +ndustrial, ver Frigotto /L=VV0' 3e nos anos
Q, os empres&rios tiveram que ser indu)idos por Getlio Aargas para cuidarem da form ação pro1ssional, "o#e vemos que seus organismos de classe tomam a iniciativa para fa)er valer seus interesses de classe face ao Estado' LMQ identi1cação dos atores organlcos desta investida em defesa da escola $&sica e de s uas propostas nos permite perce$er que a mesma se mo've dentro de inmeras contrad içes e é marcada pela "ist%rica di1culdade e dilemas da $urguesia face 4 educação dos tra$a "adores' - moviment/0]X,a/0'llLe'Xmo tempo de crítica ao Estado, LL ine1ciência' da es,co'+a p$lica8 de co"ranç&dUEstaooll manutenção' daescola2,defesa( daprivatiiãçãU ou demecãliismos )antés'com algllmas pequenas variantes, aspreo'cllp&çes(' $&sicas relativas ao a#ustament o da educação aos interesses empresariais são e!postas em do'cumentos ''da.2lE3@,'I5t] +E, XE5lnXtilbb.j'';er$ert evR da Ga)eta ercantil, +nstituto i$e'ral,.EBl /+ nstituto de Estudos para üBesenvolvimento +ndustrial0 ou em documentos de %rgãos do go verno ou vinculado's a alguma Pniversidade' F+E3@, organismo que e!pressa as idéias mais conservadoras do empresariado, lamen ta(se so$re os riscos de investir na no'va $ase tecnol%gica face ao fato da falta de mão(de(o$ra especiali)ada e retoma a tese do capital "umano: carência de pesquisa $&sica e aplicad'a, a escasse) de mão de(o$ra especiali)ada e a r&pida o$solescência das inovaçes tornam os investimentos em setores de alta tecnologia os mais arriscados em um p Xís de industriali)ação recente como o rasil' Pma ênfase maior em tecnologia de ponta d ever& ocorrer quando o país estiver apto a investir maior parcela de recursos na formação de capital "umano e @ ` B' /F+E3@, L==Q0 I5+ dispe de um +nstituto (+E (especi1camente encarregado' de analisar as ten dências e as necessidades do setor industrial no plano da educação e formação técnico(pro1s ional' Trata(se de um instituto criado' em L=U= com o o$#etivo' precípuo de funcio nar como uma espécie de em$ai!ador para sensi$ílí)ar e envolver as Pniversidades p$lica s e privadas na defesa das necessidades da indstria nacional' 3% no ano de L==>, o +E ela$o'rou o pro#eto @edagogia da _ualidade, com o apoio do I5+, 3E5+ e 3E3+ , coordeno'u o' Encontro 5acional +ndstria(Pniversidade so$re a @edagogia da _ual idade investida para se implantarem os critérios empresariais /> e >N de março de L==>0, reali)ou mais LU encontros de e1ciência, de *qualidade total*,
de competi tividade em &reas estaduais so$re educação para a qualidade e LM cursos so$re incompatív eis com os mesmos, como educação e sade, de
qualidade /otal /relat%rio do +E de L==>0' - +EB+, que re?ete mais claramente o ide&rio dos empres&iLsde mentalidade mais a$erta e ' que se articulam com pesquisadores ligados a ins2itutos de pesquisa ou a Pn iversidades, tam$ém em L==>, produ)iu o documento udar para c-mpetir (a nova2 rdaçãíXn tr^0m.>etitlidadce.du8ç_Zlp, estratégias empresariais' 5este documento, ap%s uma an&lise - esgotamento do m--ero fordista de organi)ação da produção e do tra$al"o e de caracter i)ar a especi1cidade da nova $ase técnica vinculada, so$retudo, 4 microeletrDnica e 4 i nform&tica, apontam a questão educacional, particularmente uma s%lida educação $&sica geral, como um elemento crucial 4 nova estratégia industrial' /lEB+, L==>0 Iom uma mesma perspectiva, mas $uscando in?uenciar diretamente as políticas educa cionais do governo, o +nstituto ;er$ert evR da Ga)eta ercantil e a Fundação rades co encomendaram a .oão atista rau#o de -liveira e Il&udio de oura Iastro a coorde nação de um documento so$re Educação fundamental e competitividade empresarial ] uma pro posta para o Governo'2N 5esta proposta situam a escola $&sica como um dever fundam ental do Estado e apresentam diferentes formas mediante as quais as empresas podem cola$orar com o poder p$lico na educação $&sica e no tipo de educação demandada para as empresas' LN' .oão atista rau#o de -liveira esteve vinculado durante muitos anos 4 F+5E@ e, 4 ép oca da reali)ação do documento, servia a -+T em Gene$ra' Il&udio de oura Iastro, foi pesquisador do +@E, coordenador do @rograma EI+E /@rograma de Estudos Ion#unto s de +ntegração para a mérica atina0 nos anos VQ e, 4 época da ela$oração do documento, era difetor dos @rogramas de Fonnação Técnica da -+T' -s cola$oradores, todos eles ou estão ou tiveram passagem em %rgãos governamentais (ntDnio I' J' avier, Il&udio Gomes Iolin ' acedo, Emílio arques, Guiomar 5amo de e+.o, aria Tere)a +nfante e 3érgi o Iosta Ji$eiro' senvolve(se "o#e dentro do setor *p$lico*' - que é, sem L dvida, profundamente pro$l em&tico é a pressão da perspectiva X' neoçonservadora para que a escola p$lica e a Pniversidade em particular e a &rea da s ade se estruturem e se#am avaliadas dentro dos parCmetros da *produtividade e e1ciên cia empresarial*' ais preocupXXe ainda, quando os
pr%prios dirigentes das Pniversi dades p$licas aderem 4s idéias da *qualidade total*, sem quali1car esta qualidade'2M o depurarmos o discurso ideol%gico que envolve as teses 20 da *valori)ação "umana do tra$al"ador*, a defesa ardorosa da i educação $&sica que possi$ilita a formação do cidadão e deb , um tra$al"ador polivalente, participativo, ?e!ível, e, portanto, +# com el evada capacidade de a$stração e decisão, perce$emos W ' que isto decorre mais da pr%pria vulnera$ilidade 2+ue do nov b padrão produtivo, altamente',#utegrado' o contr&rio d o que, W8 certas perspectivas apresentavam na década de VQ, que prog(l W nosticava m a *f&$rica autom&tica*, auto(su1ciente, as novas tecnologias, ao mesmo tempo que diminuem a necessidade W quantitativa do tra$al"o vivo, aumentam a necessidade qualitativa Wdo mesmo' , Bois aspectos nos a#udam a entender por que o capital depende de tra$al"adores com capacidade de a$stração e de tra$al"o em equipe' Iomo nos mostra 3alerno, o novo padrão tecnol%gico calcado em sistemas inform&ticos pro#eta o processo LM' 5o plano mais geral são e!emplos indicativos desta estratégia os de$ates recente mente promovidos pelo I-BE@5(BF, so$re *Gestão da qualidade: tecnologia e partic ipação* /I-BE@5, L==>0 e pelo +nstituto 5acional de ltos Estudos /l5E0 e F+5E@ / L==0' 5o plano mais especí1co da educação, evidencia esta tendência a relação cada ve) mai s estreita entre o +E /+nstituto Euvaldo odi0 da I5+ e o IJP /Ionsel"= de Jei tores das Pniversidades rasileiras0' 3% em L==>, o +E promoveu mais de uma de)en a de semin&rios com diversas Pniversidades' ;& Pniversidades que #& tem seu *@rograma de qualidade total e competitividade*' @ara uma (crítica a este tipo de adesão acrític a ver I"aui /L==0, Iano /L==>0 e nderson /L==M0' de produção com modelos de representação do real e não com o real' Estes modelos, quando o peram, entre outros intervenientes, em face de uma matéria( prima que não é "omogênea, po dem apresentar pro$lemas que comprometem todo o processo' intervenção direta de um tra$al"ador com capacidade de an&lise torna(se crucial para a gestão da varia$ilidad e e dos imprevistos produtivos' /3alemo, L==>: V0 @or serem sistemas altXmente integrados, os imprevistos, os pro$lemas, não atingem apenas um setor do processo produtivo, mas o con#unto, e o tra$al"ador parcelar do taRlorismo constitui(se em entrave' 5ão $asta, pois, queo tra$al"ador do *novo tipo* se#a caga) de identi1car(e de(resolver os pro$lemas e os imprevistos, +l 0as de resolvê(los emeqllipe:
@ara enfrentar a *vulnera$ilidade* tecnol%gica, o capital redesco$riu a "umanidade do tra$al"ador assalariado que foi ignorada pelo taRlorismo' Forçado pela vulnera$ ilidade e comple!idade de sua $ase tecno(organí)aciona+ o capital passou a se interessar pela apropriação de qualidades s%cio(psicol%gicas do tra$al"ador coletivo através dos c"am ados sistemas s%cio(técnicos de tra$al"o em equipes, dos círculos de qualidade etc' Tr ata(se de novas formas de gestão da força de tra$al"o que visam a garantir a integração do tra$al"ador aos o$#etivos da empresa' /J' @' Iastro, L==N: N0 -s aspectos aqui assinalados revelam que estamos diante de um processo em que o capital não prescinde do sa$er do tra$al"ador e do sa$er em tra$al"o2U e é forçado a d emandar tra$al"adores com um nível de capacitação te%rica mais elevado, o que implica mais tempo de escolaridade e de mel"or qualidade' Jevelam, de outr a parte, que o capital, mediante diferentes mecanismos, $usca manter tanto a su$ ordinação do tra$al"ador quanto a *qualidade* de sua formação' as é tam$é'Lll.leste process o que se evidenciam os pr%prios limiteuQun$igilidades LU' @ara uma an&lise da nature)a das questes que uma série de pesquisas $uscam eviden ciar ao e!aminar como se e!plicitam contradiçes, porosidades e lacunas no processo produtivo que depende de um sa$er que se ela$ora no espaço do tra$al"o, ver ;elois a ;' 3antos /L==>0 e 5' ' Fran)oi /L==L0' ,lt/****,'. i:2 XA:***t b
f8vrp'X AX do a#uste neoconservador e, L=tLalmente, o terreno so$re o qual 4s forças que lutam por uma democracia su$stantiva ou por uma 3-Iiedade socialsta democr&tica devem tra $al"ar' 5esta luta o con"eclmenfU,(ziformação técnica e política constituem(se em material idade alvo de disputa] 66'' estratégi*''.llais(geral'(desu$ordinação p&Xse mediante, como Aim-3, o mecanismo de e! clusão social,(materíaliiado ' *' (((((((((,,X ((((((((,,(,,(((((((]]]] * no desemprego estruWbLrar crescente eno emprego prec&rio,' tam$ém crescente, na c-nt ratação de serviços e enfraquecimento do poder sindical' (((((((((( - estudo feito por um grupo de pesquisadores americanos, com a participação de pesqu isadores de de)enove outros países, para e!aminar o sistema de produção da ToRota /toR otismo0, considerado pela literatura como sendo o sistema que origina os process
os de *qualidade total*, ?e!i$ili)ação, tra$al"o participativo, do qual resultou o l ivro T"e mac"ine +"at c"anged t"e
' todo8 c0 responsa$ilidade, lealdade, criatividade, sensualismo8 d0 disposição do t ra$al"ador para colocar seu potencial cognitivo e comportamental a serviço da prod utividade da empresa' /Je)ende @into, L==>: 0 autora destaca que o conceito de poli valência é de cun"o mais operacional e mostr a as e'!igências demandadas do *novo* tra$al"ador: $oa formação geral, atento, leal, respons&vel, com capacidade de perce$er um fenDmeno em processo, não dominando, porém, os fundamentos cientí1co(int electuais su$#acentes 4s diferentes técnicas produtivas modernas' /+$idem: p' N0 Essa distinção apreende aquilo para o qual a literatura crítica tem c"amado a atenção em r elação a diferentes formas de *poli valência*, #& que "& tipos de atividades polivalentes que não demandam nen"uma maior quali1cação e se trata apenas de intensi1cação do tra$al" o' 2V Evidencia, por outro lado, a tensão real so$re a qual se d& a formação e quali1cação "umana para estar a serviço da produtividade da empresa quando esta se vê impelida, para manter(se competitiva, a entrar num processo de reconversão tecnol%gica'2O
Jo$erto oclin, um dos mais destacados dirigentes do 3E5+, que "& mais de três década s tra$al"a em sintonia 1na na adequação da força de tra$al"o aos interesses dos empre s&rios LV, 3alemo mostra que é preciso distinguir(se entre *tra$al"ador mu.tifuncional e multiquali1cado*: *enquanto o primeiro se caracteri)a por operar mais de uma m&quina com características semel"antes ] o que pouco l"e acrescenta em termos de de senvolvimento e quali1cação pro133ional, o segundo desenvolve e incorpora diferent es "a$ilidades e repert%rios pro1ssionais*, /3alerno' L==>: LO0 ucília ac"ado' nu ma mesma perspectiva e contrastando 4 concepção de poLivalência o conceito de politecnia , aponta que a po.ivalência *não signi1ca o$rigatoriamente intelectuali)ação do tra$al" o, mesmo tratando(se de equipamentos comple!os*' /ac"ado, L==L: M0 LO' 2pesquisa so$re @rocesso de tra$al"o, sindicato e con"ecimento oper&rio no c onte!to da reconversão produtiva (o caso P do Pruguai, /GaraRalde' L==>0 é paradigm&t ico para entender(se os dilemas e di1culdades do capital e a importCncia do movim ento sindical para compreender estes limites' LMU industriais e cu#a pro#eção no plano dos que fa)em da educação um neg%cio o alçou a @residen te do Ionsel"o Estadual de Educação do Estado do Jio de .aneiro, durante o governo oreira Franco, ap%s uma ampla avaliação da crise do modelo fordista, de1ne o tipo de formação necess&ria atualmente' o fa)êXlo, e!plicita, ao nosso ver, como o conceito de poli valência e poicognição, na perspectiva dos "omens de neg%cio ou de seus prepostos, e !pre2ssam misti1c8lZão apologética, necessidades efetivas do capital, am2$igüidades e c ontraposição clara com as perspectivas que situani o "omem e suas necessidades como o ei!o da produção e da formação: onge de se pensar na desquali1cação da força de tra$al"o pelo advento da informati)ação, o que se considera é a fonnação integral do técnico, que de uma certa forma vem a ser a poli valência, distinta dos princípios mar!istas e a#ust ada 4 realidade do desenvolvimento da ciência e da tecnologia' Aem a ser uma visão te%rico(pr&tica que ofereça um aprofundamento do con"ecimento, que possi$ilite a assimilação dos processos de tra$al"o e que ofereça mltiplas condiçes de acesso a emprego' polivalência na escola deve apro!imar(se da polivalência do tra$al"o' /oclin, L==>: >L0 Esta delimitação, como reiteramos ao longo deste tra$al"o, não se fa) sem contradiçes e c on?itos' s inmeras receitas dos *consultores de Jecursos ;umanos*, que anunciam
*o que se espera do pro1ssional do ano dois2 mil*, convergem para as seguintes características: ?e!i$ilidade,:versatilidade, +ilXrn]ça, ' prillc.pios'jXcmoral,]'orieB'çã/0(g#o"lll,'''"]jm'iXXlbXI:isij,' comunicação, "a$ilida iiscernir,]equilí$riofísico(emocional' /- Glo$o, LL'QV'=:N>0 - gerente geral de J ecursos ;umanos da tlantic vai mais longe na caracteri)ação do pro1ssional do futu ro: *Ter uma $oa $asX+XMjll"ecimentos]X.l.bllamental' cultura i:rC(( sen3i$lliai llS]para ]]gXri7 preciso con"ecer e!presses (da(cu+turC8iiist%ria, artes, grandes 1lm es*' /Fernando Guimarães, - Glo$o, LL'QV'=: NN0
Esta demanda real de mais con"ecimento, mais quali1cação geral, mais cultura geral se confronta com os limites imediatos da produção, da estreite)a do mercado e da l%gic a do lucro' 5o caso $rasileiro, o atraso de um século, pelo menos, na universali)ação da escola $&sica é um dos indicadores do per1l anacrDnico e opaco das nossas elites e um elemento cultural que potencia o descompassX do discurso da *modernidade* e defesa da educação $&sica de qualidade, da ação efetiva destas elites' o processo const.tumte e o longo período de mais de ' cinco anos /L=O=(L==M0, de de$ate na de1nição da ei de Biretri)es e ases da Edu cação 5acional evidenciam, de forma e!emplar, este atraso da fração mais numerosa da $ur guesia e os dilemas dos setores mais avançados desta mesma $urguesia' - peso dos p arlamentares de tradição olig&rquica $arrou avanços mais signi1cativos' Florestan Fernandes, um dos parlamentares que mais se empen"ou na defesa das pro postas dos educadores progressistas, representados num F%rum permanente de N inst ituiçes cientí1cas e sindicais da &rea, reiteradamente tem mostrado como 'as forças conservadoras se opun"am 4 promulgação de diretri)es e $ases que con1gurasse m um amplo reforço 4 escola p$lica, laica e unit&ria' Jeferindo(se ao processo constitu inte Fernandes conclui: educação nunca foi algo de fundamental no rasil, e muitos esperavam que isso mudasse com a convocação da ssem$léia 5acional Ionstituinte' as a constituição promulgada em L=OO, con1nnando que a educação é tida como assunto menor, não alterou a situação' /Fernandes, L==>0 ais tarde, ao e!aminar o processo de' ela$oração e de1nição da B, Fernandes, uma ve) mais, mostra como estas forças contradi)em na pr&tica o discurso da moder nidade' LMO
Eu penso que n%s "avíamos c"egado a um pro#eto de ei de Biretri)es e ases da Educação 5acional que poderia ter vigência durante LQ ou LM anos, até que surgissem discusses para reali)ar(se um pro#e to de lei mais adequado 4s e!igências da situação "ist%rica $rasileira' 5o entanto, os int eresses que se c"ocaram dentro do @arlamento são tão destrutivos que o ' pro#eto que #& "avia passado por todas as comisses, e por elas aprovado, ac X$ou, por mano$ras principalmente de partidos ultraconservadoresW,(((como @B3, @ F e outros (voltando 4 deli$eração das collisses' E aí surgiram negociaçes que tornaram o pro#eto' #& com muitas limitaçes, muito mais prec&rio' Eu comparo o que acon teceu a um con#unto de decapitaçes, pelas quais a mel"or parte de alguns dispositivos ou foi transformada ou foi eliminada' /Fernandes, L==>: >O0 s mutilaçes e su$terfgios que foram se introdu)indo no pro#eto de B colocam o cam po educacional como um dos espaços onde claramente (como analisam alguns cientista s 3-Iiai3 o Estado, enquanto sociedade política /E!ecutivo, @arlamento e .udici&rio0 , não re?ete o avanço político(organi)ativo da sociedade civil' Pm nico representante d as forças ultraconservadoras, deputado ' Tinoco, ligado ao grupo de ntDnio Iarlos agal"ães, apresentou mais de mil e du)entos destaques' - enfraquecimento da escol a p$lica e o reforço 4s6 teses privatistas e mercantilista, em $oa medida, se constitue m numa falsa vit%ria e, portanto, um limite aos pr%prios interesses de fraçes da modern a $urguesia' @elo confronto entre o te!to original do deputado -t&vio Elísio /@ro#eto de ei L'>M O de L=OO0, que transformou em forma de pro#eto de lei as teses $&sicas de longos anos de de$ate dos educadores em semin&rios nacionais e regionais, nas IEs /Ionfe rências rasileiras de Educação0, reunies anuais da 5@Ed, cu#a síntese se e!plicita na I arta de GoiCnia, /reunião da 5@Ed, L=OU0 e num te!to de 3aviani /L=OO0, com o pro#e to aprovado na ICmara dos Beputados em maio de L==, pode(se perce$er que as mutil açes a que se refere FLQrestan Fernandes deram(se tanto no plano das concepçes LM= , '2 quanto das $ases, condição material e efetiva para que os princípios não redundem em querelas escol&sticas'
5o plano conceptual e organi)ativo, opto#etoapr=vado pela ICmara desverte$ra a pro posta de escola unit&ria que compreende o ensino fundamental e médio' 5ão s% 1!a uma *2terminalidade; com cinco anos de escolaridade como mantém o dualismo entre ensino Xral prQl2edêutico e ensino técnico' 2= *(((((((((('X(']((( ]'](((((,(((((]'(( Esta decepção em relação 4 proposta de BarcR Ji$eiro, todavia, não era a ltima' - mesmo pro# to que servira de alívio ao governo Iollor est& agora servindo ao pro#eto autocr&tico n o campo educativo para o governo Fernando ;enrique Iardoso' em$rando os vel"os métodos da época da ditadura, agora com mais gravidade, os grupos de tra$al"o formad os dentro do EI su$stituem as inmeras instituiçes da sociedade civil que durante mais de U anos de$ateram e negociaram uma proposta democr&tica de B' I"egamos, em maio de L==M, com uma proposta de B sem a participação da2 maior parte das instituiçes sociedade #& que ltima síntese é composta pelas propostas do atual inistério da Educação e do pro#eto do senador BarcR Ji$eiro' Em am$os os casos foram ouvidas pessoas e ali#adas as organi)açes e instituiçes que compun"am o F%rum por uma B democr&tica' ais uma B que, por L=' 7 preciso registrar que nesta desverte$ração as forças conservadoras tiveram uma sur preendente a#uda mediante o pro#eto de B proposto no 3enado por BarcR Ji$eiro, ela$orado por ele e um pequeno grupo de assessores, como $em mostra F' Fernande s: *Eis que est&vamos prestes a sofrer uma decepção nica' 5ada menos que o senador Barc R Ji$eiro iria tomar a peito de apresentar um pro#eto de ei de Biretri)es e as es da Educação 5acional no senado' 3ua impaciência não permitiu que a ICmara dos Beputados terminasse o seu tra$al"o, ocasião em que o pro#eto tramitaria normalmente no 3en ado e sofreria transfor maçes' @or que essa precipitaçãok - senador, como representante do @BT, sentiu(se 4 vonta de para aliviar o governo Iol+or de uma tarefa ingrata' Jece$endo suas sugestes / e por essa via os anseios imperativos do ensino privado0 e aproveitando como l"e pareceu mel"or o pro#eto mencionado, mostrou aquilo que se poderia c"amar de ve rsão sincrética 2o1cial2 daquela lei'* /Fernandes, Fol"a de 3' @aulo, QU'LL'=>: L>0 LUQ
0 ]]Y não e!pressar os anseios e direitos da sociedade ter&, na pr&tica, vida curta' .& pela proposta fragment&ria e dualista da escola fundamentai podemos ver que os rep rb*sentantes((dos']"_mXnde neg%cio no Iongresso,monitorados pelos organism/0sXçlass istas, esvaaramos clamores deumãeaucaçaoTliriclamental e média nosmoldes2d$ .apãoXTigfes si*&tTcos2/referências o$ngatorias nos disc''88:sD3Ils*empres&1-3parasilialiiar a educação que necessitam dos tra$al"adores0 ou apelos e!postos em documentos de empres&rios tais como: _ueiramos ou não, estamos em plena era tecnol%gica' / '''0 evidência "ist%rica referente 4s relaçes entre educação e produtividade é incontorn&vel' @r m as altas tecnologias de produção e informação e nen"um país se arrisca entrar em competição por mercados internacionais sem "aver esta$elecido um sistema educacional onde t oda a população, e não s% a força de tra$al"o, ten"a atingido no mínimo O a LQ séries de ensino de $oa qualidade' /@enteado, L==>: M0 ,5a pr&tica, todavia, o que os representantes dos empres&rios aprovaram no Iongresso 'f=ia].erminalida0g'aqs Xcinco anos 2deéscolarrdãae:(5atuialiXa(se assim, o longo e perverso descaso com a educação p$lica p2 ara as classes populares demarcando como patamar possíveapenas'Xa' 'alfa$et#')ação.un ci/0nal' -ra, isto entra *,m' t-.alcontradiça_com a idéia de uma formação a$strata(88(po l#valente çapa) de faG+.liãf ãsfumrDftia$il1iid-tês uma capacitação para operarem'- sstem iv/0so$ a nova $ase tecnol%gica' ' ''''' X ''' X ]''''X ' as, ao e!aminarmos a proposta de educação técnica e pro1ssional veiculada pelos orga nismos ligados aos empres&rios, direta ou indiretamente, perce$emos, mais claramen te, o limite e estreite)a das elites na luta para ter o controle privado desta m odalidade de ensino, mesmo quando este é mantido pelo Estado' luta destas elites , com o apoio da maior parte das direçes das escolas técnicas e setores atrasados do pr%prio
/W , magistério e funcion&rios, ,]é de mante_]]sistem.l de ensino técnico(industrial como uXXno sistema de educaçã%(:()f
:'2(2((((''''']((((] ''''' ] - e!ame mais cuidadoso do tipo de ensino que se oferece nestas escolas, mesmo qu e se#a tido como o de mel"or qualidade, revela(nos que é demarcadQ( @'claXXX'a]dbu ]us'te(almeI.ido de tra$al"o' concepção das ciências (Física, _uímica, atem&tica, iolo gia e Iiências 3ociais (é, como mostram alguns tra$al"os, de nature)a escol&stica' s eletividade, de outra parte, é total' ;& casos em que "& uma vaga para MQ candidatos' s evidências estatísticas mostram que o argumento de que é para formarem(se técnicos de nível médio necess&rios 4 incorporação ao mercado de tra$al"o é falso para o grupo social qu freqüenta as escolas técnicas federais'>L 5o plano da formação pro1ssional evidencia(se, ainda mais claramente, o descompasso entre o discurso e a pr&tica' Burante o processo constituinte efetivou(se um gran de esforço para que aquilo que é inusitado em toda a mérica atina ] a formação pro1ssio nal estar delegada pelo Estado ao a$soluto controle dos empres&rios (tivesse uma g estão tripartite' Jeivindicava(se uma efetiva participação, do Estado e das Ientrais dos Tra$al"adores' 5ada mais daquilo que o ide&rio li$eral ensina' mo$i li)ação do empresariado e seus prepostos foi e!traordin&ria e esta proposta não passou' 5o processo da B $uscou(se criar, não no inistério do Tra$al"o (que em matéria de f ormação pro1ssional quase sempre foi um condomínio dos interesses privados ] mas no inistério da Educação, um Ionsel"o 5acional de Formação gestão das escolas técnicas' salvo raras e!ceçes, é profundamente autocr&tica' Esta e strutura se consolidou so$retudo durante a di tadura, e mesmo com o processo de r edemocrati)ação os professores encontram grande resistência para suas lutas até "o#e' @ara uma an&lise so$re a nature)a e qualidade do ensino técnico(industrial ver: raga /L==L0, opes /L==Q0 e J' .' de -liveira /L==Q0' @ara uma an&lise da po lítica de ensino técnico na ltima década, sua *mel"oria* e e!pansão, ver Frigotto ` Iiavatta Franco /==0' LU> Técnico(@ro1ssional com a formação tripartite #& assinalada' Esta proposta tam$ém foi dur amente com$atida e não aprovada' Pma outra e!empli1cação em nível mais especí1co que mostra o atraso das elites em face até de suas necessidades é a não(aprovação da proposta de li$eração dos tra$al"adores #ovens e adultos que tra$al"am e estudam, por um período de duas "oras, mantendo(l"es o m
esmo sal&rio' @or aí perce$emos qual o efetivo inteieXse dos empres&rios para com a ed ucação p$lica e, tam$ém, 4s du$iedades e con?itos que enfrentam em face dos seus interes ses' s posturas político(pr&ticas anteriormente e!empli1cadas encontram sua e!pressão mai s geral na tese do Estado mínimo e na descentrali)ação /autorit&ria0' 5a realidade, como vimos no Iapítulo ++, a idéia de Estado mínimo signi1ca o Estado, m&!imo a serviço dos i nteresses docapita+' @ostula(se que o EstãCreproauaãforçade tra$a."o::(comumníveeLe!ado q /formação /formar tra$al"a'dores polivalentes, comcapacidde de a$straçãopara tQ+rlllr dec ises comple!as e rXdil3l,]j('=bbf leva tempo e elevado investíment_8:massem çontrPmir#. ]ar % fundo g$lico'Est&(contradição decorre, por certo, da forma parcial como a $urguesia apreende a realidade social' - desmonte do Estado no rasil, na sua capacidade de 1nanciar a educação e outros s erviços, como a sade, que são incompatíveis com a l%gica do mercado e do lucro, não c"egou até o presente a níveis tão perversos como, por e!emplo, na rgentina e I"ile, porque "& forças sociais organi)adas que se contrapem'>> Iomo corol&rio do Estado mínimo este desmonte fa)(se mediante diversos mecanismos' s apologias da esfera privada, >>' -s processos de dilapidação do fundo p$lico pelos interesses privados têm sido tão $r utais no rasil e tão naturali)ados, que o @artido dos Tra$al"adores /@T0, a IPT e outras forças de esquerda' que tiveram papel decisivo no destronamento de conor e que estão revelando o tecido podre e corrupto plotado nas vísceras do Estado, são cri ticados pela imprensa (a serviço do conservadorismo (como espies criminosos, promoto res da desordem'
/ da descentrali)ação e da ?e!i$ili)ação, c/0lll/0mecani3m-/te 2aemocrati)açã(ede e1ciência,66sãüos 'mais 'freqüentes, 5a' pr&tica, a descentrali)ação e f se constituído ]] em processos ant#democr&ticos de delegaçã/0]aempresas /p$licas ou priva das0, 4 *comunidade*, aos Estados e aos'LLlP: nicípios a manutenção da educação fundamental e média, sem que se *desentul"e* os mecanismos de 1nanciafue'lL/ü::meditnte urna efe tiva e democr&tica rbforma tri$ut&ria' Tam$ém, ignora(se a tradição cliente lista que car acteri)a a pequena política do interior, fortemente controlada por forças retr%gradas' >
Bentro de urna tradição que apresenta f%rmulas m&gicas e, portanto, inorgCnicas, para reso lver a questão educacional /I+E@s, I+Is, programa de qualidade total, construtivi smo etc'0 e que 5oseWla /L==0 identi1ca como sendo resultado da megalomania e ganCncia eleitoreira e, de acordo com Iun"a /L==L0, podem advir do eleitorismo, do e!perimentalismo pedag%gico ou do voluntarismo ideol%gico, a f%rmula mais recente #unt a a idéia dos cupons de um dos papas do neoli$eralismo, ilton Friedman /L=OQ0>N c om a da escola *cooperativa*' 5a pr&tica cada escola aca$aria se tornando um micro ssistema educacional' @or esta sim$iose, os professores, agora *donos* da escola, seriam remunerados d e acordo com a *produtividade*' Esta composição vem sendo e!perimentada, desde o iníci o dos anos =Q, pela prefeitura de aring& /@J0 e tem sido apresentada corno meta s alvacionista por governos de alguns Estados e pelo pr%prio governo federal, partic ularmente através do EI' ênfase deste início do governo F' ;' Iardoso é de premiar as escolas $em(sucedidas' Pma ve) mais a idéia de urna avaliação rigorosa efetivada por instituiçes de elevada capa >' @ara uma compreensão dos entraves para a educação p$lica alo#ados nos microespaços de pod er local, ver eroR /L=OV0' >N' ' Friedman entende que a escola é uma empresa como qualquer outra e deve ser regu lada pelo mercado' 3ua tese postula que o governo deveria distri$uir *cupons* me diante os quais os pais $uscariam no mercado educacional o tipo de escola que mel"or atenda 4s suas e!pectativas' LUN cidade técnica, em todos os níveis de ensino, revela, ao mesmo tempo, urna concepção tec nocr&tica de avaliação e uma visão reducionista das diversas e comple!as determinaçes que e stão na $ase do fracasso escolar' - prefeito de aring& /@J0, o primeiro a concreti)ar esta *f%rmula*, foi alçado a urna espécie de em$ai!ador do e!perimento no país e até em congressos internacionais' Fun dação Getlio Aargas /lP0 foi convidada a dar respaldo técnico 4 idéia e, se possível, ge_era i)&(la corno modelo num dos Estados da federação'>M Prna variação desta idéia]é o estímulo que o governo vem dando 4 classe médiae mesmo 4s Ilass populares para que organi)em nas empresasp$licaZ orrde(traoilfulmX(tipo anco do rasil, @etro$r&s, '' ou ' nos$Crroh:e((c'ií#.lntos "a$i(' tacionais, escolas cooperativas' ((z (governo, por esta via, dissimula o desmonte do sistema educacional mediante a
idéia de cooperativa' cooperativa de ensino transforma(se, assim, no @rograma 5a cional de Iooperativas Escolares com um sistema operacional desen"ado, prevendo a divisão dos cooperados' por renda, pro1ssão, espaço e su$sídios dos municípios, Estados e governo federal' /Aer Iedra), L==>: >=(>0 Esta estratégia é reforçada mediante o apoio do governo federal ao sistema da ] Iampan "a 5acional de Escolas da Iomunidade /I,5EI0' Em fevereiro de L== o governo com prou, mediante convênio, MQ mil vagas da I5EI' Este apoio permite "o#e que Y I5EI c ompre espaço de televisão para divulgar seu tra$al"o' quilo que foi criado como um pro#eto emergencial >M' FGA do Jio de .aneiro, em L==Q, encarnando a era Iollor, fec"ou unilateral mente nove institutos ligados 4s Iiências 3ociais' Bentre eles o +E3E /+nstituto de Estudos vançados em Educação0, considerado pela &rea entre os mel"ores centros de p%s(gr aduação do pais' Bia ap%s dia, e!plicita(se como um escrit%rio de intermediação de recursos /grande parte deles p$licos0' ra)ão de fec"ar os nove institutos, foi econDmica' p%s seu fec"amento, todavia, instalou mais um posto $anc&rio na instituição, ocupando mai s da metade do espaço da livraria' 5este momento, sintomaticamente, entra no proce sso de acompan"amento e avaliação de pro#etos de *qualidade total* 1nanciados pelo anco undial em Cm$ito de sistemas estaduais de educação'
transforma(se numa política permanente e cada ve) mais am pliada' 5a lista in1nd&vel de mecanismos de descentrali)ação e ?e!i$ili)ação antidemocr&ticas nos deparamos com convênios mais esprios como o 1rmado entre a Pnião, as empreiteiras da construção civil e a Jede Glo$o de Televisão para uma i amplo pro#eto de alfa$etiV.lção' @elo que a sociedade est& desco$rindo, mediante as I@ls do impeac"ment e do Iongresso 5acional, as empreiteiras são especialistas na dilapidação do fundo p$lico, mas, pelo que sa$emos, não têm credenciais no campo pedag%gico(educacional'>U 5o senso comum que se vem formando so$re os pro$lemas da educação e da sade, a deslis ura tecnocr&tica tem insistido que estes pro$lemas se devem a um mau gerenciamento e 4 falta de acompan"amento e avaliação'lunto a este senso comum o ide&rio neoli$eral ou neoconservadorvPlg+íri)aa((idéia(de
que o (Estauo,a (esfera((p$lica8(é((rrm paqXrme(@ê3ruo e ine1ciente, (lncapa)( degerenciareavaliãfããequadamenie'como conseqüência8estão((sntgind-(( ftlifda*er/emptesasüu(e(888@rei] teiras de serviços0, muitas delas rede1nindo seus o$#etivos originais, que se esp eciali)am em gerenciamento e avaliação' .& mencionamos o caso da Fundação Getlio Aargas do Jio de .aneiro' @aradigm&tico, para entender(se esse tipo de intermediação, é tam$ém o caso da Fundação Iesgranrio' Fundação Iesgranrio surgiu, no período ditatorial, para reali)ar e gerenciar o vesti $ular uni1cado no Jio de .aneiro' Iom o processo de redemocrati)ação da sociedade, as Pniversidades p$licas passaram a c"amar a si a função que l"es compete: de1nir, o mais democraticamente possível, o acesso ao ensino superikr' @artindo de uma impor tante idéia de$atida >U' Pma an&lise das distorçes pedag%gicas e do viés ideol%gico desta estran"a' mas por muit os feste#ada' parceria' é feita na dissertação de mestrado de Benise aria ntunes Ior deiro Terra: @or detr&s dos tapumes ] desvelando /0 tra$al"o e a alfa$eti)ação no cant eiro de o$ras' Jio de .aneiro' Pniversidade Federal Fluminense, L==M' LUU nos meios pedag%gicos de se fa)er uma avaliação continuada, a Iesgranrio montou um pro #eto eivado de generalidades e *c"aves*, que denominou de 3apiens' ;& três anos, tent a convencer as Pniversidades p$licas e o EI a adot&(lo' .& conseguiu uma autori)ação do EI para implantar o pro#eto, e!perimentalmente, no Estado do Jio de .aneiro' 5o momento vem se oferecendo ao EI e se articulando para vender(l"e seus serviços d e avaliação e, mais especi1camente, o pro#eto 3apiens'>V W2, 5a mesma perspectiva de intermediar recursos, a Iesgranrio lançou, em L==N, o @ro#e to de Iapacitação de Jecursos ;umanos e Fortalecimento +nstitucional das Entidades + ntegrantes do @rograma de tenção a enores em IircunstCncias Bifíceis' - que importa aqu i não é o complicado título do pro#eto' @oderia ter outro nome qualquer' - que importa são os recursos que vai intermediar' primeira parcela de P3w O mil"es foi li$era da pelo +B ao @rograma, através da prefeitura do Jio de .aneiro' /Aer: .ornal do rasil, Q'LL'=: L0 @or que as Pniversidades p$licas /PFJ., PFF e PEJ.0, cu#a p resença de seus reitores foi anunciada para o lançamento do pro#eto e que na realida de vão e!ecutar parte, pelo menos, da capacitação, não podem rece$er diretamente da pref eitura os recursosk
( @ara caracteri)ar oe forma ineguívoca o rumo nacontramão que ioma( ap:olíiicXXP=çi_Bai,(pX+XXor>XXXatr(as88(de6 representantes das elites, contrariando, como dissemos,6até (mesm_'sellsinteresses8 agora no plano da organi)&çãodo processo pedaggiI-, (assinalamos o que denominamos de sín drome I"iarelli' - senador I"iarelli, como pagamento do apoio de campan"a, rece$eu do governo Ioll or de ello o inistério da Educação' Em seus primeiros pronunciamentos declarou que >V' @ara uma an&lise crítica da proposta 3apiens e dos vínculos que a mesma $usca ter com o poder p$lico, ver: *3apiens (sa$edoria ou novas armadil"as para o acesso ao ensino superiork* /Frigotto ` Iiavatta Franco, L==>0'
faria uma revolução na educação e tomaria como inspiração o que -Iorrera em Iu$a neste campo' lém dos I+Is, postulava uma total descentral i)ação, não apenas administrativa, mas tam$ém curricular' e!pressão m&gica (adaptar(se 4 realidade (foi tomada ao pé da letra' - ministro confun dia os su#eitos que con"ecem alunos e o 'seu sa$er social (que são /ou deveriam se r0 sempre o ponto de partida necess&rio do processo de construção do con"ecimento, com o su#eito do con"ecimento e sua necess&ria $usca de universalidade, tarefa inequívo ca de um pro#eto pedag%gico da escola' @ela l%gica linear do *adaptar(se 4 realidade*, a escola tende a tomar(se uma espécie de $ruaca onde tudo ca$e e da qual tudo se co$ra: resolver o pro$lema da po$re)a , da fome, do trCnsito, da violência etc' 5este período, propDs(se o aumento su$stantivo de disciplinas na escola prim&ria para atender 4s diferenças regionais' E!emplar, par a entenderem(se os desdo$ramentos desta perspectiva, é o depoimento de um su$secret&r io Estadual de Educação que se deparou com um processo cu#a solicitação era de se criar, na escola fundamental, as disciplinas de suinocultura e avicultura' #usti1ca tiva era de que se tratava de uma região onde se criava muito suíno e muitos frangos '* Todas estas medidas do poder E!ecutivo constituíam(se em mutilaçes do pro#eto de B encal"ado no 3enado' E o que temiam as organi)açes cientí1cas e sindicais ligadas 4 ed ucação, que desde o processo constituinte estruturaram(se , num F%rum permanente, est& ocorrendo' - pro#eto cai agora YX W
na *vala* comum da revisão constitucional' s forças conservadoras, so$ o argumento d e que a Ionstituição de OO foi fortemente marcada pelas teses do centralismo e do es tatismo de inspiração socialista e agora o socialismo foi liquidado, querem *depurar * o te!to constitucional das referidas in?uências' W22( * '''''((( >O' @ara uma an&lise das perspectivas da educação do governo Iollor, ver8 Frigotto, G' , Jevista Ionte!to ` Educação, +#uí, n- >N, L==L' LUO 2,i Q' í 8,(2V 5ada mais claro, nesta perspectiva, do que a *pregação* feita por Emane Galvêas (e!(mi nistro do governo militar (ao e!aminar as perspectivas da educação na economia $rasi leira na década de =Q' Tomando como seu mentor /intelectual e ideol%gico0 um dos mais competentes compiladores 6de'' idéias reacion&rias, (rnaldo 5isSier (ela é paradigm&tica e, entre outras coisas, sentencia: 2* -s defensores d4*'educação transformadora atri$uem 4 educação um car&ter essencialmente político' 5ão mais a educação in dividuali)ada, mas a educação coletiva, com politi)ação dos contedos, o de$ate das questes sociais' 5ão a união das classes, mas a luta de classes para que se c"egue 4 escola nica' Enquanto se discute essa fraseo.ogia, na pr&tica a educação se deteriora e suas p erspectivas como instrumento essencial da nossa esperada redenção econDmica, tornam(se cada ve) mais som$rias' /Galvêas, L==: LO0 Galvêas, ap%s um longo retrospecto que discute a educação desde Jui ar$osa, in?uência do positivismo e do mar!ismo, conclui: maioria dos te%ricos da educação no rasil é de formação mar!ista' @or isso mesmo, a crítica que se2 fa) 4 política educacional é que ela é in?uenciada pelo empresariado capitalista, que s% pensa2(na ed ucação do indivíduo para mel"orar a produtividade de suas empresas e aumentar seus lucros' Pm $esteirol inomin&vel' /'''0 e por isso, deve mudar' udar re volucionariamente, como se isso fosse possível ou vi&vel' I''0 Eles procuram usar a educação e a escola para dar aos tra$al"adores instrumentos par a a luta pela transformação social' Iom a queda do muro de erlim e o fracasso do mo delo comunista soviético, essa radicali)ação deve desaparecer no rasil' as ainda vai levar ano' /+$idem, p' LNQ0
5uma con#untura diversa e adversa 4s forças comprometidas com a democracia su$stantiv a, as forças conservadoras se articulam para, como mostra 3inger /.ornal do rasil , L>'LQ'=: LL0, implementar a idéia de Estado mínimo e as teses neoli$erais'
W:. fa)er valer seus interesses' F+E3@, no am$lto geral, mediante * um documen to que e!pressa suas demandas, monitora os de o:l putados e senadores conservadores' -s organismos ligados 4 : I5+ /+E, 3E5+, 3E5I0 encamin"aram, igualmente, um documento especí1co ao camp-da formação técnico(pro1ssioX nal' @or esta proposta radi cali)am(se o dualismo, a fragmentação e o controle privado nesta Xrea' ='(=ue queremos realçar do e!posto nesta seçlío é que''a' defesa ' da educaç'ã'n''''''$lsic' para umuo++bb'ação a$strat]X' (polivalente' pelos "_m.2'LL]dcneg%cio (condição para uma estratégia de qualidade total , ?e!i$ili)ação e tra$al"o integrado em equipe ('é uma demanda efe'tiaimposta''pela n-Aa' $lise '' tecnol%gico(material d'_.roceh'so]le.Lf-dlbção' Esta perspectiva sinali)a o "ori)on te e os limites de classe, os dilemas e con?itos em face da educação e formação "umana que, "istoricamente, a $urguesia enfrenta' Este "ori)onte e limites, no caso $ra sileiro, vêm reforçados por uma so$redeterminação do atraso e do car&ter olig&rquico, parasi t&rio e perversamente e!cludente das elites econDmicas e políticas' @or outrp#ie', a nature)a da materialidade "ist%rica das relaçes capital(tra$al"o em face da nova $ase cientí1co(técnica, situa o em$ate contra( "egemDni,eo no campo da educação e frmãção "umana perspectiva] democr&tica e socialista, num patamar com uma nova qualidade' - con"e cimento e sua democrati)ação é uma demanda inequívoca dos grupos sociais que constituem a classe tra$al"adora' ' formação "umana unit&ria e politécnica: o "ori)onte dos processos educativos que se articulam aos interesses da classe t ra$al"adora an&lise até aqui e!posta nos indica que bl luta contra"egemDnica tem, concomitantemen te, v&rias tarefas de car&ter te%rico e político(pr&tico' 5'_''pla+llte'%tiç'_''''_ em$atX'2 #ble na crítica aos postulados nXoli$eril'is e neoconservadores que, no campo da e ducação, rev#sitam as perspectivas da teoria do capital "umano e, portanto, do 2econ omicismo, dos anos VQ, agora com novos conceitos' educação e o con"ecimento são LVQ
poder'>= inda no plano te%rico impe(se a tarefa de superar posiçes qne se presumem crít icas radicais e de esquerda, mas que por sofrerem de uma espécie de *infantilismo te%rico(po2lític-* aca$am reforçando pr&ticas conservadoras' 5este plano, as posturas esc atol%gicas, irracionalistas, neo( an&rquicas ou mesmo a pura e 23imples perspectiva d a resistência não nos levam longeo W, ', 5este ltimo t%pico, primeiramente mostraremos que o resgate dos conceitos de escola unit&ria, formação omnilateral eYou politécnica, tecnol%gica(industrial produ)idas no int erior da concepção de "omem e do processo de *emancipação 2. "umana* em ar! e Engels e posteriormente em Gramsci,b i que surge na déc ada de OQ no pensamento educacional $rasileiro, + sustenta(se na mesma materiali dade "ist%rico(social das relaçes + sociais de produção e relaçes políticas de onde emergem conceitos de, polivalêncibl,]pjlicognXj, ]]m'ultiX"($mtçíio, forVL mação '($strata, tão c "omens de neg%cio, e, ao' mesmob >=' an&lise atenta do que se est& postulando, em face da reconstrução econ%mica e da rec onversão tecnol%gica a ela articulada' nos mostra que a questão da qualidade total' da ?e!i$ilidade e da competência $ali)a(se' uma ve) mais, so$re o vel"o de$ate de * atri$utUs* cognitivos /formação geral, capacidade a$strata, policognição0 e atitudinais /identi1cação com a empresa, capacidade de relacioX namento grupal etc'0, cu#o o$#e tivo fundamental é o aumento da produtividade e de sua apropriação privada' Aer' a est e respeito' os te!tos mencionados de Ioraggio /L==>0, FinSel /L==Q0' Q' elevada aceitação e 1!ação, por parte de grande nmero de #ovens militantes de esquerda , 4 *teoria da resistência* ou o apego a perspectivas neo(anarquistas revelam um lim ite de apreensão te%rica que tem como conseqüência posturas e açes político( pr&ticas pro$lem s' - tra$al"o de 5unes /L==Q0, na &rea da educação, ressalvadas as legítimas $oas intençes, e!empli1ca estas perspectivas' @ara uma an&lise das tendências da resistência no pla no político mais amplo, ver ;er$ert .' de 3ou)a (:(Iomo se fa) an&lise de con#untura e, no plano educacional, ver o te!to *Jevendo os vínculos2 entre tra$al"o e educação: elementos materiais da formação "umana*, de iguel rroRo' L==L' L' @arece(nos crucial alargar a concepção de escola, como é posta por 5oselLa ao "istoric i)ar o pensamento gramsciano: * noção de 2escola2/ ''' 0 refere(se a todo o tipo de organi)ação cultural para a formação de intelectuais8
tempo,' de'marcam uma perspectiva ético(política de formação "uma,n'a numa' direçã/0(que l"e s6 éllntagDolca,eque((interessa Csclasses tnillli+liaCoras:Aez8oenvX(ilrcaiIe moderno, no plano "ist%rico, coe!istem contraditoriamente' - segundo aspecto, no plano político, $usca assinalar que, no mesmo período em que f raçes da $urguesia $rasileira, como indicamos anteriormeXte, atentas 4s transformaçes mu ndiais e preocupadas com seu destino, rede1nem seus organismos de classe e criam novos, no Cm$ito das classes tra$al"adoras emergem um partido de massa /e de clas se0, um sindicalismo de *novo tipo*, movimentos sociais ur$anos e movimentos soc iais no campo que estão rede1nindo as relaçes' entre Estado e sociedade em $ases div ersas da tradição olig&rquica, 1siol%gica e paternalista' 5esta rede1nição aparece clarame nte o em$ate pelo controle democr&tico do fundo p$lico e por uma nova função social da educação' -utra característica destas lutas é que não se redu)em ao momento econDmico(corpor ativo, mas contêm elementos ético(políticos' Tomando(se os em$ates em torno das questes, so$retudo econDmicas e sociais no proce sso constituinte e, para o campo especí1co da educação, os de$ates em torno da de1nição da B, o confronto destas forças sociais parece(nos nítido' @or estes em$ates concr etos as perspectivas apologéticas do 1m das classes sociais mediante a revolução cien ti1ca e o surgimento da sociedade do con"ecimento não encontram sustentação "ist%rico(em pírica' o contr&rio, reiterando o que discutimos especialmente no Iapítulo ++, na %tica de an&lise desenvolvida por F' de -liveira, as classes sociais quanto mais parecem desaparecer do campo da visi$ilidade do confronto privado, t anto mais são requeridas como atores de regulação p$lica' +sto não é um parado!o, mas contradição essas organi)açes são criadas e sustentadas "istoricamente pelas diferentes pr&ticas ou forças produtivas da sociedade*' /5osella, L==>: LQO0 Be outra parte, tam$ém nos pa rece fundamental o alargamento que, num outro te!to, o mesmo autor d& 4 concepção de for mação politécnica ao circunscrevê(la no Cm$ito da tecnologia e do industrialismo' /5osella , L==: LMV(OU0 LV> das classes 3-I+ai3 "odiernas, que é, tam$ém, a mesma do fundo p$lico' /-liveira, L== : LNQ0 'L' Escola unit&ria e politécnica: a formação na %tica da emlncipação "umana
3e a luta "egXmDnica se6 desenvolve so$ uma mesma materialidade "ist%rica, comple!a, c on?itante e antagDnica, as alternativas em #ogo no campo dos processos educativos se diferenciam tanto pelo processo quanto pelo contedo "umano e técnico( cientí1co' educação ou mais amplamente a formação "umana ou mesmo os processos de quali1cação específ cos para fa)er face 4s tarefas econDmicas, numa perspectiva socialista democr&tica, têm como "ori)onte permanente dimenses éticopolíticas inequívocas: *os socialistas estão aqui para lem$rar ao mundo que em primeiro lugar devem vir as pessoas e não a produ ão*' /;o$s$a$: >UO0 LQi con#untos de categorias (1los%1ca, pedag%gica e polit amente articulados (forma ram, na década de OQ, o ei!o conceptual em tomo do qual se $uscou organi)ar os pro cessos educativos no con#unto da sociedade $rasileira: a concepção de escola unit&ria e de educação'{ formação "umana omnilate2E$'(p(o.itécnica(ou tecnol%gica' E importante perce $er comoestas categorias efetivamente sinali)am um contedo "ist%rico em devenir e não são meras elucu$raçes de vision&rios'> Ia$eria aqui, talve), lem$rar o que ar! sinal i)a em face das tarefas "ist%ricas' >' .& mencionamos, anteriormente, o tra$al"o de .osé dos 3antos Jodrigues /L==0, q ue analisou com e!trema perspic&cia a $ase "ist%rica, no rasil, do processo de cons trução da concepção de formação politécnica' Todavia, o modismo ou por ve)es o oportunismo, a iados 4, po$re)a de cultura política, têm redu)ido estas categorias a disputa em itens da legislação ou palavras(pontes, #arges de platafonna de palanque de *pregadores* i luministas' Este infantilismo de esquerda necessitamos com$ater' - que estamos d iscutindo aqui é outra coisa, 7 tentar mostrar como, no tecido das relaçes sociais, est es conceitos e!plicitam elementos concretos e possi$ilidadés de avanço político(pr&tico' 7 por isso que a "umanidade s% levanta os pro$lemas que é capa) de resolver e assim, numa o$servação atenta, desco$rir(se(& que o pr%prio pro$lema s% surgiu qu4ndo as condiçes materiais para o resolver #& e!istem, ou estavam, pelo menos, em vias de aparecer' /ar!, L=O: >M0 -s elementos analisados anteriormente so$re a nature)a da nova $ase técnica moslca m(nos que esta, mesmo so$ as relaçes sociais de e!clusão vigentes, detêm a virtualidade de efetiva mel"oria da qualidade de vida para todos os seres "umanos' Esta nova realidade técnico(produtiva, como vimos, não s% demanda para aquele con#unto de tra$a l"adores e!igidos no processo produtivo $ases de con"ecimento cientí1co /unit&rias0, cu#a universalidade l"es permita
resolver pro$lemas e situaçes diversas, como tam$ém visa a um tra$al"ador capa) de consumir $ens culturais mais amplos' -s princípios cientí1cos da nova $ase técnica são unit&rios e universais' 3o$ este ponto de vista a distinção entre setor prim&rio, secund&rio e terci&rio da economia não fa) muito sentido' esmo em realidades como a $rasileira, marcadamente defasada na produção de con"ecim entos $&sicos e cu#a velocidade e intensidade da reconversão tecnol%gica são $em menores q ue nos centros "egemnicos do capitalismo, até mesmo pelo car&ter transnacional assumi do pela produção capitalista, estão dadas condiçes virtuais claras' - que é necess&rio des$loquear são os mecanismos de e!clusão que dei!am 4 margem das condiçe mínimas de vida, em nosso caso, mais da metade da população, e, ao mesmo tempo, conge lam ou retardam o pr%prio progresso técnico' -u se#a, o des$loqueio das condiçes o$#eti vas e su$#etivas para o desenvolvimento da omnilateralidade "umana, particularme nte para as classes tra$al"adoras, entendida como: o c"egar "ist%rico do "omem a uma totalidade de capacidades e, ao mesmo tempo, a u ma totalidade de capacidades de consumo e go)o, em que se deve considerar so$retudo o usufruir dos $ens espirituais /plano cultural e intelectual0, além dos materiais' /anacorda, L==La0 LVN possi$ilidade de dilatar a capacidade de consumo não se deve, fundamentalmente, 4 escasse) de produção mas, so$retudo, aos mecanismos sociais que impedem a sociali)ação de sta produção' tomada de consciência, da forma mais ampla p-33vel, ' desta realidade "ist%rica de tal sorte que a mesma se constitua num elemento dX ação política, é um fato crucial' 5este processo, sem dviqa, desempen"a um papel fundamen tal o tra$al"o educativo qe se d&, na perspectiva gramsciana, nos diferentes aparel "os de "egemonia' 5o caso $rasileiro, como destacamos no Iapítulo +, desenvolvemos nos anos NQ uma rede de radiodifusão ampla e, a partir dos anos VQ, um dos sistem as de televisão mais so1sticados e monopoli)ados e, inversamente, foi(se desquali 1cando a escola p$lica, particularmente seus pro1ssionais' - resgate ou a construção da escola p$lica unit&ria, quiç& com quase um século de atraso, é dos pro$lemas $&sicos a serem enfrentados pela sociedade $rasileira, para que a de mocracia ten"a condiçes o$#etivas de se efelivar' qui, a questão $&sica permanece na s ua anatomia geral, aquela que "& mais de UQ anos colocava Gramsci em relação 4 ruptura d a vel"a escola italiana:
X luta contra a vel"a escola era #usta, mas2 a reforma não era uma coisa simples c omo parecia' não se tratava de esquemas program&ticos' m4s de "omens, e não imediatament e dos "omens que são professores, mas de todo o comple!o soeial do qual os "omens são e!pressão' /- ramsei, L=VOa0N ' @ara uma visão sintética do processo de proletari)ação do magistério, ver Florestan Fernan des /L==L0' N' concepção de escola unit&ria desenvolv#da por Gramsci tem sido, no rasil, tra$al"ad a e apropriada de forma dominantemente a("ist%rica' an&lise que, ao mesmo tempo, e videncia este viés e resgata esta categoria $&sica numa perspectiva fecunda é e!posta por @aolo 5ose.anos te!tos: escola de Gramsci /L==>0 e moderni)ação dg produção e da escola no rasil o e'stigma(da relação escravocrata /L==0'
analisar a escola no rasil dos anos OQ e os desa1os dos anos =Q, que a construção da escola unit&ria pressupe como materialidade o$#etiva e su$#etiva o desenvolvimen to de um *pro#eto de política industrial, moderno, 2original2' 3omente nessa persp ectiva pode ser encamin"ada a questão educacional e o tema da 2escola unit&ria*2' /5 osella, L==: LV=0 Esta forma de apreender a relação da escola com a materialidade social na qual ela s e produ) nos permite perce$er que a forma e o contedo que assume no seu desenvolv imento não é algo ar$itr&rio' 5este sentido, na escola, os processos WX educativos não p odem ser inventados e, portanto, não dependem de idéias mira$olantes, megalDmanas de gên ios que dispem de planos ou de f%rmulas m&gicas' Bepende de uma construção molecular, orgCn ica, pari passu com a construção da pr%pria sociedade no con#unto das pr&ticas sociais' Iomo nos indica Gramsci: Iriar uma nova cultura não signi1ca apenas fa)er individualmente desco$ertas *orig inais*, signi1ca tam$ém, e so$retudo, difundir criticamente verdades #& desco$ertas , *sociali)&(las* por assim di)er8 transform&(+as' portanto, em $ase de açes vitais, em elemento de coordenação e de ordem intelectual e moral'(- fato de que uma multidão de "omens se#a condu)ida
a pensar coerentemente coerentemente e de maneira unit&ria a realidade presente é um fato •1los%1co* , $em mais importante e *original* do que a desco$erta por parte de um *gênio 1los%1co*, de uma verdade que pennaneça como patrimDnio de pequenos grupos de intelectuais' /Gramsci, L=VOa: L0 5o conte!to dos em$ates que se travam "o#e na sociedade $rasileira na $usca de r omper com todas as formas de e!clusão e!clusão social e, nos interstícios das possi$ilidades concretas de construir(se construir(se um industrialismo de novo tipo e processos educativos não imediatistas que concorram para a formação omnilateral e, portanto, para os process os de emancipação "umana, a $usca do sentido *radical* de escola unit&ria, no plano do con"ecimento e no plano político(organi)ativo, é fundamental' LVU colocam aos setores capitalistas que queiram ser competitivos a necessidade de u m con"ecimento no processo de tra$al"o que não se redu)a a f%rmulas, técnicas, mas 4 cap acidade de analisar, interpretar, resolver resolver situaçes novas' 5ão se trata, ' pois, de um con"ecimento restrit_bl+ restrit_bl+ Ll'clestramelLto ]para uma taXefa ou f unção' 5este processo ampliam(se, tam$ém, as ctemã'iidas(clilturaiil(:(de86 iril"ãi"(ador' iril"ãi"(ador' E stas demandas8(lodav+a, tendem a seX(a@risi\X(883(iíoliXite ' uantitativo e ualitati vo das necessidad'es ]] d-'*(2b@ital' d-'*(2b@ital' ' ]]]]Xest&, so$ a $ase contradit%ria do capiti lXm dila.a.l3 possi$illlades]d'e(((('bb. possi$illlades]d'e(((('bb.llil llil formação tecnol%gica *unit&ria* para tod os' Bo ponto de vista epistemol%gico, ou se#a, dos processos de apreensão e construção do co n"ecimento na realidade "ist%rica, o conceito de escola unit&ria nos indica que o esf orço é no sentido de identi1car os ei!os $&sicos de cada &rea de con"ecimento que em su a unidade deten"am a virtualidade do diverso' princípio da ciência é, neste sentido, por e!celência unit&rio, isto é, síntese do diverso e do mltiplo' 5o plano pr&tico do processo de construção do con"ecimento, a concepção de escola unit&ria, m nossa realidade, implica, ao mesmo tempo, v&rios desdo$ramentos' - primeiro dele s é o de distinguir(se distinguir(se entre - processo te%rico(pr&tico mediante o qual o "omem, enqua nto um ser social, constr%i o con"ecimento da realidade, da nature)a, do con"ecimento em 3+' +ndependentemente +ndependentemente ou não da escola, os seres "umanos acumulam con"ecimento' con"ecimento' real idade na sua dimensão social, cultural, estética, valorativa etc', "istoricamente si tuada, é o espaço onde os su#eitos "umanos produ)em seu con"ecimento' Trata(se de um a realidade *singular e particular*' 7 a partir desta realidade concreta concreta que2 se p ode organicamente de1nir o *su#eito do con"ecimento* e os métodos, as formas de s eu desenvolvimento' desenvolvimento' Este, para ser democr&tico, deve tender 4 universalidade'
b LVV l(X lb&, pois, um duplo]equívoco a 3P+Xa+Kllano],c+a 3P+Xa+Kllano],c+a construção de uma*sX=L.Ll0il&riaX/demo uma*sX=L.Ll0il&riaX/de mo cr&tica0' @rimeiramente é preciso ter claro que, ao de1nir(se o con"ecimento a ser X tra$al"ado /contedos, processos, métodos, técnicas etc'0, 'parXgill0Su'(de 'par Xgill0Su'(de've 've t er como @jllto(('il@XX]dada dos su#eitos sociais concretos' con3IlenI+a da crianka não é algo *individual* /e muito menos individuali)adol, é o re?e!o re?e!o da fração da sociedade civil da qual participa, da s relaçes tais como elas se concentram /' X'rWVna família, na vi)in"ança, na aldeia, et c' /Gramsci, L=VOa: LL0M ,' W#2,,0 2,2,2Y +2 Ii Esta realidade é, a um tempo, $iol%gica, social, econDmica, política, cultural, valor ativa etc' 5ão podemos, pois, redu)ir este ponto de partida 4s dimenses cognitivas, m esmo quando o pro$lema a ser enfrentado se#a de ordem cognitiva e, muito menos, a uma perspe ctiva psicologista' Esse equívoco, ainda que fortemente presente, presente, talve) não se#a "o#e, no campo educaci onal, o mais ardiloso' 5um conte!to, conte!to, de um lado, l ado, do e!acer$amento do individuali smo alimentado pela ideologia neoli$eral /fetic"ismo do mercado0 e, de outro, pe la misti1cação do particular, do individual, do su$#etivo *narcísico dese#ante* /cris e da ra)ão instalada pelo p%s(modernismo0, como nos mostra I"aui /L==0, o risco mais presente é a1rmarem(se as condiçes particulares ponto de partida num inorgCnico ponto de c"egada' síndrome I"iarelli, I"iarelli, a que' nos referimos, referimos, comumente é reforçada reforçada pelo esquerdismo esquerdismo ou por muitos pro1ssionais pro1ssionais que ad erem acriticamente a pedagogias que seguem o ide&rio do laisse)(faire ou ao populi smo peda M' compreensão de "omem *como uma sene de relaçes ativas, um processo* e a nature) a "umana de cada ser, *o con#unto de relaçes sociais* construídas no $airro, na aldei a, cidade e, em suma, de todas as *sociedades das quais o indivíduo pode participa r*, nos permite precisar precisar que não se trata da realidade de cada indivíduo singular, m as do con#unto de relaçes sociais dentro das quais cada indivíduo produ) sua realidad e "umana' /Gramsci: L=VOa: O(NN0 LVO X . + XX , + + + (X i W
g%gicQU Pma forma sutil e antidemocr&tica de relaçes educativas é, sem dvida, a rei1caçã nso comum,do folcl%rico,da realidade dad&dos desenrai)ados e e!clllídos' realidade socialmente dada necessita ser ela$orada desenvolvida no "ori)onte de maior universalidade' Bemocr&tica *, éa escola que é capa) de construir, a partir d o dialeto di aleto /+ingüístico, gnoseol%gico, vaborativo, estético, cultural, em suma0 uma ordem il+lb:is avançada e, portanto, mais universal'V 222XXEstãforma de conce$er a relação da escola com a real+dade social, ao contr&rio de d ilatar o currículo escolar na l%gica da particularidade de cada pro$lema que aparece criando novas matérias sem $ase disciplinar orgCnica, e portanto, uma forma ar$itr&ri a, coloca o desa1o de Xidenti1car]osMLcleo3NLnit&rios* Xidenti1car]osMLcleo3NLnit&r ios* "istoricamente necess&rios d os camlos de con"ecimento gue tratam da societas rerul+e]sacietas("omil.lbbb rerul+e]sacietas("omil.lbbb. . 2(2luX']uma ve) construídos e apropriados ap ropriados concretamente, concretamente, permitea ao aluno, ele me smo, analisar e interpretar(as interpretar(as in1nd&veis](2+llellite's'''XeX pro$lemas que a rea lida--('(apresenta8E l%gica de se $uscar criar para cada novo pro$lema uma nova disciplina ou deter(se deter(se U' o esva)iamento das licenciaturas e da Faculdade de Educação, de um lado, produ)ido p ela reforma Pniversit&ria Pniversit&ria do regime militar $aseada na fragmentação e no tecnicismo e, de outro, pela desvalori)ação do professor, constituem(se em limites o$#etivos na co nstrução da escola unit&ria' V' - car&ter democr&tico da escola não consiste na visão de que todas as crianças e #ovens de vam ter o mesmo mesmo atendimento, #& que que as condiçes "istoricamente "istoricamente dadas são de uma $rutal d esigualdade' Bemocr&tica é a sociedade e a escola que instauram um processo de relaçes cu#o "ori)onte "istUrico se#a a equali)ação no plano do con#unto de condiçes necess&rias 4 emancipação "umana' E, como nos mostra Gramsci, *se se quiser criar uma nova camada de intelectuais c"egando 4s mais altas especiali)açes' pr%pria pr%pria de um grupo social que t radicionalmente não desenvolveu as aptides adequadas' ser& preciso superar di1culdades inauditas*' /Gramsci: L=VOa: q=0 O' 7 comum "o#e atri$uir(se - pouco efeito das campan"as de proteção 4 sade /sarampo, desidr atação, ids etc'0 4s de1ciências técnicas destas campan"as' +sso pode ocorrer' Todavia, numa população semi(analfa$eta ou instruída por processos de car&ter metafísico ou fragmen t&rio, o pro$lema crucial é a incapacidade desta população de decodi1car o signi1cado das mensagens'
tk :YL,
na particularidade de cada situação, de cada dialeto, é instaurar um processo de dispersão e de indisciplina intelectual' perspectiva da escola unit&ria, na pr&tica da identi1cação e organi)ação dos con"ecimento s /necess&rios e não ar$itr&rios0, tem inmeras outras implicaçes' Bentr'estas, destaca(se a superação das 'polarid'des:]con"e/8imXnt/0]XeralX'XspXcbf2ico: L8Y tXcnic:oX''_olíti co,]"umallX(*] técniIo, te%rico e pr&tico' , ri2 Trata(se de dimenses que, no plano 2re al, se desenvolvem i2* '((('((((('X(',,XX'(((('' 2 L dentro de uma mesma totalidade c-+icreta'= Tanto a idenri1Iãção 2' do ncleo necess&rio de confedosX2 quanto os processos, os métodos, as técnicas não podem ser determinados nem pela unilateralidade da teoria /teorismo0, nem pela unilateralidade da técnica e da pr&tica /tecnicismo, ativismo0, mas na unidade dialética de am$as, ou se#a, na e pela pr&!is'NQ organi)ação e identi1cação de ncleos necess&rios de L c/#n'"ecimento a serem s+Xl:bl(_X(bdos*,bê'lb. como e!igXlLcia'um' tra$al"o de nature)a interdisciplinar' -s recortes da realidade delimitados, por serem unidade do diverso, engendram na sua especi1cidade as *qualidades* ou a materialidade da totalidade' interdisciplinaridade é, pois, uma característica da realidade' 5as condiçes "ist%ricas o$#etivas da sociedade capitalista, por ser a realidade "umana cindida, fragmentada e alienada, o tra$al"o interdisciplinar padece de limites materiais o$#etivos e limites políticos, ideol%gicos e valorativos'NL =' Karel KosiS, por certo, é um dos autores que mUl"or nos a#udam a entender esta dimensão da dialética do real' Aer KosiS, L=OW NQ' Esta é uma questão crucial' Ela se coloca diametr?mente oposta 4s perspectivas messiCni cas que de tempos em tempos elegem deXrminados méto,d-3 como salvacionistas' 5o mo mento, o construtivismo é umaYespécie de *totem* eleito para e!tirpar as ma)elas do analfa$etismo e do fracasso escolar' 5a perspectiva em que nos situamos neste de $ate, vendido dXmo $e)erro de ouro, na forma como é misti1cado, não passa de uma si mulacX%2, um $e)erro de $arro' NL' forma mais freqüente de como os te!tos2 pedag%gicos tratam da questão interdisciplin ar inscreve(se numa perspectiva vulgar' parece como uma
espécie de sopa metodol%gica, como técnica de relacionar contedos ou processos educacio nais' @ara uma apreensão da questão do tra$al"o interdisciplinar como *necessidade e como pro$lema* no plano epistemol%gico, ver Frigotto /L==L e L==0, ]X -],car&ter unitlrio ili) respeito, tam$ém, 4 ruptura com **2(* (2((((((((,X toda a espécie de dualismo na organi)ação do sistema educacional' *_ualidade total*, pe dagogia da qualidade, etc', na perspectiva da emancipação "umana, pressupem a ruptura do vel"o industrialismo e da modernidade fundados na e!acer$ação 6da e!clusão social, portanto, nada *original*, e a emergência de* um industrialismo d e novo tipo' 3o$ o industrialismo marcado pela e!clusão, o campo educativo 1ca $l oqueado quer pelas perspectivas Xitistas, quer pelo parCmetro imediatista8 utilita rista, *interesseiio* e e!cludente do mercado' Tomando(se a formação quali1cação, /mesmo na %tica restrita da produção material0 na perspec iva do desenvolvimento "umano nas suas mltilllb h**:2dM+-.80P3'Q'e' como e+gências das 2diferentes necessid88de8(do ser "umano, ver(se(& queXoespaç rríasadequadoe6préAízpaWbllerl senvolvimento é efe2tivamente a democrati)aç'ão]da'escola'$&sic'a''unit&ria.'e'ç,ll=l%gica e politécnica de primeiro e segundo graus' perspectiva unit&ria e politécnica2dernarc a a lLecessidade de romper(se, como #& assinalamos, com as dicotomi)açes dtlformaçãogeral e especí1ca, "umanista e técn(ic48(ie1ca(e pr&tica eté:N*8 2' ssim perce$ida, a formação "umana nos e!plicita que o efetivo acesso 4 escola $&sica unit&ria, tecnol%gica ou politécnica, constitui(se nPl.la e!igência para a quali1cação da força de tra$al"o para o processo social em todas as su as dimenses, ao mesmo tempo pré(requisito do "ori)onte te%rico e político dos processos de formação técnica e pro1ssional mais especí1cos N @ara uma ampla an&lise destas questes no de$ate da educação $rasileira na ltima década , ver 5ereide 3aviani (3a$er escolar, currículo e did&tica: pro$lemas da unidade con tedoYmétodo no ensino' Tese de doutorado, pue(sp, L==, 5osella sinali)a(nos que se "& um crescente consenso entre aqueles que analisa m a relação tra$al"o(educação so$re a importCncia dos elementos su$#etivos e o$#etivos da tecnologia na formação "umana' tal consenso ainda se e!pressa com timide): * tecnol ogia não apenas apresenta as marcas da su$#etividade "umana, individual e coletiva 8 ela pr%pria nada mais é que a 1l"a dum "omem L2(YL + 2
'>' dilatação da esfera p$lica: da reslstenGa 4 alternativa política ao neoconservadorismo na educação discussão até aqui empreendida na sua perspectiva te%rica e política nos indica que, tanto no plano economlIo social, quanto educacional, o avanço democr&tico no rasil engendra, ao mesmo tempo, a necessidade de superação do plano da resistência e a pXssi$ilidade de construção de uma alternativa ao pro#eto neoli$eral' direção do em$ate, na forma poética e!pressa por ao Tsé Tung /L=V=0, implica a capacidade de se entrar na #aula dos tigres para apan"ar(l"es as crias' -u, como nos ensina Gramsci, esta luta contra( "egem%nica demanda aguçar a inte ligência para analisar mel"or a realidade, ter vontade política e, so$retudo, organi)ação' Trata(se, pois, de um em$ate que se d& no terreno te%rico e político(pr&tico, ou se#a, no plano da pr&!is' 5a realidade $rasileira, não o$stante a gravidade da crise do Estado e da sociedad e em seu con#unto, /crise econ%micosocial, política e ético(valorativa0 diferente dos e m$ates pelas reformas de $ase do 1nal da década de MQ e início da década de UQ, e!ist em "o#e forças políticas de *novo tipo*' +sto pode(se evidenciar, pelo menos, em três níveis' @artidos ideol%gicos não são novidade em nossa "ist%ria' - invent&rio de seu papel e seus equívocos, em $oa parte, est& feito'NN novidade reside na emergência de um partido i deol%gico de massa (@artido dos Tra$al"adores /@T0 ] vinculado organicamente aos i nteresses das classes tra$al"adoras' 3eus pro$lemas internos, e até seus equívocos q ue diferentes "istoricamente determinada' tecnologia é a cara do "omem* /5osella, L==: LOL0' 5esta mesma perspectiva, ottomore a1rma: *3eria possível di)er que o mar!ismo é a teoria e pr&tica socialistas de sociedades especi1camente tecnol%gicas' -u se#a' se o tra$al"o "umano que transforma a nature)a e tcm em vista o$#etivos coletivos "umanos é de importCncia fundamental para a concepção mar!ista de pr&!is, a tecn ologia é o produto*' /ottomore, L=OO0 0 an&lise e!plicitam, não l"es elide sua importCncia na construção de uma efetiva alternativ a democr&tica'
- sindicalismo tam$ém não é novidade' 3eu invent&rio "ist%rico foi reali)ado de forma $ast ante e!austiva' novidade est& na emergência de um sindicalismo de *novo tipo* 'NM - *de$ate so$re as cCmaras setoriais nos a#uda a entender os sinais desta novidade ' Francisco de -liveira, neste de$ate, quali1ca a nature)24W,do novo sindicalismo , $em como a1rma a positividade da dimensão político(corporativa, quali1cando(a no plano "ist%rico concreto'NU as não se trata mais do corporativismo intransparente e $urocr&tico de "erança fascis ta que reina no país desde Aargas, onde ninguém representa ninguém' Trata(se é de corpor ativismo assentado em entidades representativas reais e num Es2tado costurado na transparência da competição entre as partes' _ue 1que claro: são transparentes as regr as de luta política /pois é disto que se trata0, seus contedos e o poder de $argan"a de cada parte' @or outra s palavras, o acordo das montadoras inaugura as cCmaras setoriais como mecanismo capa) de politi)ar em sentido forte a s relaçes entre as Ilasses sociais e grupos de interesse, pois pu$lici)a a luta eco nDrnica' /Francisco de -liveira, Fol"a de 3' @aulo, L==0 @or 1m, mas não 2com menor importCncia, tomam uma nova dimensão os movimentos sociais ur$anos e do campo' qui tam$ém, v&rios tra$al"os e!pem as características, nature)a e di1culdades destes movimentos: 3ader /L=OO0, -liveira /L=OV e L=OOa0, .aco$i /L =OU,L=OV0, Ko, L==L0, entre outros' 5a &rea especi1camente educacional v&rios tra$al"os @ara uma visão da nature)a, di1culdades e impasses do *novo* sindi calismo, ver anctti /L==0' ntonio Gramsci, em aquiavel, política e o Estado moderno, ao analisar o plano de correlação de força numa determinada con#untura, mostra(nos que a luta econ%m ico(corporativa é uma primeira dimensão da consciência de classe NN' Aer, a este respeito, Konder, derrota da dialética /L=OO0' /Gramsci, L=VO$0' Aer tam$ém o$$io ` 2@asquino, L==>' LO> LO indicam(nos o papel destes novos atores sociais: 3p%sito /L=ON e L==0, anfredi / L=OU0 e Iampos /L=O=, L==>0' Estas diferentes formas de organi)ação e de ação política de imediato sinali)4m numa direção oposta do ide&rio dos apologetas da sociedade do con"ecimento e das teses do 1m da sociedade do tra$al"o, que eliminam a priori as classes e
con?itos sociais' Tam$ém m-itram o car&ier imo$ilista, e neste sentido reacion&rio, das perspectivas irracionalistas, ao estilo de Kur), que oferecem como su$stitutivo das classes e grupos sociais enquanto su#eitos "ist%ricos coletivos que lutam pela dilatação da esfera p$lica e da democracia representativa, a possi$ilidade da união dos "omens e mul"eres de $em, movidos pela ra)ão sensível para lutar contra a $urocracia e aparatos militares e policiais' 5o plano do em$ate concreto "& desa1os que não podem ser su$estimados e que, no cas o $rasileiro, tomam proporçes maiores, de um lado pelo car&ter opaco das açes das elites econmicas e políticas, "istoricamente e!cludentes e violentas e, de outro, a e!ígua cultura política de grande parte da esquerda' tradição escravocrata, olig&rquica, paternalista e clientelista da elite econDmico(políti ca e, em grande parte, da elite intelectual do rasil, fa) com que a alternativa da direita de países como +nglaterra e EP, de atacar os gastos sociais p$licos e propor no lugar do eifare 3tate, o Estado caritativo e assistencialista (com a possi$ilidade pior de se mesclar assistencialismo e repressão, como nos mostra -li veira /l=OO$: >U0 (se apresente aqui com mais virulênciaNV - monop%lio dam 3c"aH, np tra$al"o que fa) para o Ilu$e de Joma /3ociedade inform&tica, L==Q, anteXomente mencionado0, alerta para o fato de que se não for adotada a estratégia de sociali)ar o produto do tra$al"o social, a alternativa é a e!clusão da maRfria e a manutenção do privilégio de poucos pela violência' caso argen tino ge a#uste neoli$eral, retratado por tílio ' oron /L==L0, tra) cada dia mai s Mrare)a de que este modelo que é para poucos, pressupe a e!clusão, a violência e repr essão da maioria como estratégias de manutenção da *ordem*' Y :,L LON f2 glo$al /L0 da mídia encarrega(se de ma!imi)ar o arrastão dos #ovens infeli)es de que nos fala @asolini, produtos da e!clusão social e apin"ados nos su$r$ios dos grande s centros ur$anos ou utili)ar o massacre de crianças da Iandel&ria /Jio de .aneiro, L==0 para incentivar os processos de intervenção autorit&ria e ignorar o arrastão dos g olpes do mercado 1nanceiro, do assalto ao patrimDnio p$lico mediante a venda de em presas estatais de forma fr,,:udulenta, e' de quadril"as instaladas no e!ecutivo , legislativo W2e #udici&rio que transformam o fundo p$lico num condomíni2o privado' @elo lado das forças da esquerda, a falta de um aprofundamento te%rico e, conseqüenteme nte, de compreensão "ist%rica da comple!a relação entre estrutura e con#untura, leva gran de parte dessas forças a su$stituir a an&lise dialética capa) de apreender os con?ito
s e contradiçes e as armadil"as e possi$ilidades da travessia, por posturas moralis tas, escatol%gicas e dogm&ticas' @or este terreno desenvolve(se as teses do quanto p ior mel"or ou as estratégias voluntaristas e arrogantes'NO Pm dos equívocos mais freqüentes e sérios pelas suas conseqüências políticas é a postura que mplos setores da esquerda têm ante o Estado e a relação sociedade e Estado' Ielso Furt ado de$ita esta confusão, em grande parte, ao golpe militar de UN: *-s militares t omaram espaço demais para o Estado em tarefas que nao eram dele' @or outro lado a luta contra a ditadura colocou a sociedade contra o Estado' Governo e Estado se confundiram* /.ornal do rasil, Q'LQ'=: L0' Em recente ciclo de de$ates ;ugo emelman, soci%logo c"ileno que, por força do e !ílio, ap%s - golpe e o assassinato de llende, foi pam o é!ico onde tra$al"a até "o#e, lem$ra que sem o invent&rio crítico do passado recente dos intelectuais da esquerda so$re suas estratégias políticas, os erros podem voltar a se repetir' em$ra, de ou tra parte, que muitos intelectuais latino(americanos que se alin"avam 4s forças de e squerda, negam(se a este invent&rio e preferem formar o grupo dos *neoli$erais de esquerda*, que rapidamente são cooptados pelos organismos que representam o capita l internacional como consultores do *a#uste*, nas diferentes &reas' /;ugo emelman , palestra PFF, >>'Q='=0 Aer, do mesmo autor, a democracia latinoamericana: un orden #usto R li$re, é!ico, L==N' r R2''l 6 Y**2 r +I- ,:' Y2, f:r i Esta confusão, no plano do de$ate e da an&lise, se e!plicita que trafegam recursos p$licos são su$terfgios e, portanto, pelo erro de 1!ar(se na perspectiva metafísica do dever ser e estratégias antidemocr&ticas' ancos, emissoras de r&dio e TA na polari)ação Estado ou não Estado' +sto funciona como um e empresas devem pagar os impostos que l"es ca$em' o X $loqueio para que a questão, politicamente correta ] qual Estadok (se#a formulada e de$atida' 5o plano pr&tico, isto se tradu) na defesa de políticas localistas que r eforçam formas a$ertas ou disfarçadas de privatismo em 6campos que o mercado não pode democraticamentX regular' direção te%rica e política que assumimos neste tra$al"o, na perspectiva das an&lises, es pecialmente, de E' ;o$s$a
t6 Wo/2 # a construção de formas sociais efetivamente democr&ticas /e, /8fXWW portanto, socialistas0 têm como e!igência que os su#eitos sociais coletivos /classes , grupos e movimentos sociais0 ten"am capacidade efetiva de ampliar a esfera p$lic a e de ter *acesso e mane#o do fundo p$lico*' +sto signi1ca dar transparência 4 ação polít ica e tornar efetivamente p$lico aquilo que "istoricamente foi mane#ado pelo estre ito interesse privado do capital' primeira idéia fundamental a 1!ar em decorrência dessa perspectiva é a de que o *me rcado*, mesmo onde e!iste uma 2/2 materialidade de instituiçes que l"e dão densidade concreta, W ç* 2 , ' W é incaXa) de, democXatic]amente atender direitos XomX os da0 educaçao, saude , "a$ltaçao e emprego' B+re+tos nao sao ,/2 cantili)&veis' *Em cada uma destas &reas não "& nen"uma 2L2L possi$ilidade que o mercado possa prover, nem sequer o mínimo requisito de acesso aos $ens imprescindíveis em q uestão* /nderson, L==M: L==0' - desmonte do Estado nestas &reas signi1ca desmonte de direitos'-s*eteito3(dXXdo Estado no campo da sade e educação $&sica nos oferecem um quadro perverso' Trata(se de uma violência, incomensuravelmente maior que a dos arr astes' ;&, pois, que se ampliar o papel do Estado nestas &reas' s políticas em curso de delegar a empresas privadas, $ancos etc', a tarefa de sal var a escola $&sica e as propostas de escolas cooperativas a cargo dos $airros, ce ntros "a$itacionais ou de empresas /fundaçes0 prestadoras de serviços educacionais LOU Estado, ca$e gerir democraticamente os recursos' - volume fant&stico de recursos p$ licos repassados a empresas como a TA Glo$o, acrescidos das isençes, em nome de pro gramas educativos que são passados em "or&rios pouco comerci&veis, são uma pr&tica p2erver sa de dilapidar o fundo p$lico sem avaliação e controle *pela sociedade organi)ada' , ' as aumentar pura e simplesmente o taman"odo Estado na educaçãoe sadésigni1capjucose não se alteraremos processos de gestã%do2fundo p$lico' 5este particular a idéia central é a que e!pomos no Iapítulo +++, formulada por Francisco de -liveira e @' 3inger, entr e outros, de que o Estado /sociedade política0 deve ser permeado pela ação da soç#edade civil organi)ada' -s proêessos de gestão necessitam ser
democr&ticos82êmoTi,aíca Francisco de -liveira, no método, no ZjlbbXlcl/0 ]e na form,a' s teses $&sicas, em termos de educação, postas no processo constituinte e no processo de formulação da B, so$re gestão democr&tica, a1rmam esta direção' s idéias que orientam as mudanças dos critérios de composição e de função dos Ionsel"os /nacional, estadual e muni cipal0 de Educação são as que tiveram maior resistência do aparato $urocr&tico e das forças reacion&rias e privatistas' Pma segunda estratégia, que tem sido utili)ada para esmaecer ocar&ter p$lico da educação, deriva dos processos de descentrali)ação e municipali)ação do ensino' 5a(f/0rma* que ' se2tem(2proéessaaoã*dê+egaçãoXae2responsa$llidade aos Estados e municípios e, por ve)es, art iculada 4 iniciativa privada, como é o caso da e!pansão do ensino técnico agrícola e indus trial, a descentrali)ação e municipali)ação constituem(se em formas autorit&riaseantídéínoêf& stãUXduéaçi_cial' 5ão se tratC2i'iiiT2de2defend% centralismo $urocr&tico e tllmpouco2d'8s Xi8: na oposíZãoLa#saen2tre ofederal, estCCuaT e municipal' questão é de oiranature)a'Trat e de art+cular estas esferas
dentro de um pro#eto unit&rio e orgCnico de educação'N= Pm terceiro aspecto, mais dissimulado de privati)ação e de estreitamento do car&ter p$l ico da educação, locali)a(se no cerco empreendido pelos "omens de neg%cio (através de se us2orgamsmosdeclasse e setores do aparel"o $urocr&tico do EI e do inistério do qa$ al"o (::: s/0*reo ellbii,n_'té'cnico]' e a formação pro1ssional' Este cerco se prolon ga por dentro destas instituiçes por uma tradição autocr&tica de gestão que se arrasta desd e a era Aargas até "o#e' Tradicionalmente o sistema de ensino técnico industrial e agrícola tem se paut4dDpelo3(I rítériDsdelr(miíXd=8:a_ mercado e, não raro, estas escolas e centros que são mais$Xmãota:dos e recursos p$licos neste nível de ensin-, transformam seus espaços numa continuidade das empresas privadas2(2qtiê8 de diferentes formas,delas se $ene1Iiam'''((((((((( 5o processo de de1nição da B, o lo$$R do ensino técnico prope uma radicali)ação do dualismo, mediante a formação de ,um su$sistema de ensino *tecnologico* que2vai da escola $&sica 4 p%s(graduação' $ase da argumentação passa pelo ide&rio da teoria do capital "umano, atuali)ada pelas *teses* da sociedade do con"ecimento e da *qualidade total*' direção da luta democr&tica não esterndesmantelar o, ensino técnico, mas em transform&(lo na perspectiRa] da educação tecnol%gica ou politécnica, /de( novo'tipo0, e dentro do sis tema unit&rio de ensino' 5ão "& ra)es de Drdem(eco2 nDmica e menos ainda políticas e éticas a manter(se o dualismo atual ou, o que é pior, ampli&(lo'
N=' Esta articulação implica a luta contra todas as formas de propostas educativas i norgCnicas fundadas na megalomania, no imediatismo eleitoreiro, no e!perimentalism o e voluntarismo que' por não tomarem a escola e os processos educativos como e!pr esses orgCnicas da sociedade, criamXnos idealista e imaX ginariamente e l"es atri$u em papéis salvacionistas' tarefa a implementar não passa pela pirotecnia, mas pelo camin"o do $om senso, da construtividade e da intervenção orgCnica' LOO Finalmente, dentro do em$ate de ampliação da esfera p$lica e o controle democr&tico na gestão da formação "umana, "& uma longa travessia no Cm$ito do ensino técnico pro1ssional' Trata(se de um campo muito articulado a interesses imediatos da classe tra$al"ad ora e em torno do qual mantêm2se grandes ' e!pectativas, muitas ve)es falsas' 5o campo da formação pro1ssional, como assinal amos anteriormente, as forç2aX preocupadas com a efetiva emancipação "umana dos tra$al "adM,es, comprometidas com as mudanças estruturais da sociedade 2$rasileira, por entenderem a 'nature)a e características da produção e das relaçes sociais e políticas dest e 1nal de século, devem defender como a mais adequada para a quali1cação "umana, e, em conseqüência, para a formação pro1ssional, a universali)ação da escola unit&ria que envol e o ensino $&sico e médio /atual segundo grau0 como um direito de toda criança e todo #o vem e um dever do Estado' Esta é uma luta na qual est& implicada a pr%pria via$ilidade2 de uma efetiva democraci a' Pma tarefa política urgente é para que os recursos do fundo p$lico que são desviados , em forma de mltiplos incentivos a empresas lucrativas ou diretamente so$ a form a de concesses e convênios /$ancos, emissoras de televisão, empresas mercantili)adora s de serviços como Iesgranrio ou uma multiplicidade de -5-s etc'0, se#am concentrado s para o 1nanciame+llo da escola $&sica2 unit&ria' Ioncomitante a esta luta, "& uma gama de demandas reais e de instituiçes que se ocupa m da formação técnicopro1ssional e necessitam ser su$metidas ao mais amplo controle de mocr&tico' Be forma geral, "istoricamente, o controle da nature)a desta formação tem f icado nas mãos unilateralmente do capital, através de instituiçes pr%prias ou instituiçes q e o representam' 7 da legislação de cun"o fascista da era Aargas que se montou no rasil um sistema unilateralmente privado de formação pro1ssional' Trata*se de uma situação ni ca na mérica atina'
luta imediata da sociedade organi)ada, dos partidos e dos sindicatos progressi stas e dos movimentos sociais é para uma transparência so$re o volume de recursos in vesticlQ32 incluídas todas as f%ntes em instituiçes como 3E5+, 3E5I, etc#''uta que im plica apa.iSipa:çLi%XdoEstailQ2IXuiifEsra:d% efetivamentedemocr&tico0 e dos tra$al"ador es, alémaos(em, pres&rios na gestão dos recursos e na condução poltica: 1los%1ca e pedag%g da formaçãopto1,8sionãl:*$m:::Isí-tese, ]]ti.empo ] de democrati)ar estasinstituiçes,(2u itos pro1ssionais que nelas atuam encampam esta *erspecti va' -utro espaço onde a formação pro1ssional se efetiva é no interior das pr%prias empresas' qui tam$ém "& incentivos que devem ser democraticamente controlados' @or isso, é deve r do Estado e pauta de luta democr&tica dos tra$al"adores e!ercer um controle tam$ém neste espaço' s empresas podem, espertamente, conta$ili)ar, como gastos em formação p ro1ssional, inmeras atividades que efetivamente não o são' -s tra$al"adores, através de suas organi)açes políticas e sindicais, tam$ém devem lutar pela orientação político(técnica da formação' controle da nature)a da formação pro1ssional dada no c"ão da empresa, a e!emplo do que ocorre "o#e na +t&lia, deve ser pauta de negociação'MQ sociedade e os tra$al"adores, através de suas organi)açes políticas esiildiI&is, devem ter informaçes claras, por e!emplo, so$re o,tip]o*de formação que se efetiva em instituiç_eseducaiiva3da:Eundação radesco, anco do rasiI 2ou em programas(educativos(da Jede Glo$o' _uem de1ne a 1loso1a destes programask _ual o custok Be onde são tirados estes recursosk _uem presta conta a quemk _uem é atendido e quantosk MQ' - ltimo contrato co.etivo orientado pela Ientral +taliana IGb /# ==0 inclui na pauta de negociação a participação efetiva dos tra$al"adores na de1nição do tipo de for mação especí1ca que se fa) no c"ão da f&$rica' Trata(se de disputar o *espaço* que sempre foi domínio do capital e dar(l"es maior transparência' Iomo su$l in"ava G' Giovaninni, um dos dirigentes da IG+, num col%quio de que participei em ologna /L==L0, o esforço situa(se no sentido de transformar a competência técnico(pr o1ssional, em elemento de negociação política' 5ão se trata de o$scurecer o con?ito, c omo $usca a estratégia de gestão #aponesa' Trata(se de tra$al"ar transparentemente o con?ito' L=Q 5o plano das lutas dos sindicatos, organi)açes e partidos progressistas deve estar
em pauta, tam$ém, a reivindicação da criação de centros p$licos de formação pro1ssional, al $uscar(se desco$rir espaços ociosos que podem ser potencia( li)ados para esta 1nali dade' tradição política conservadora 2$rasileira tem um vínculo ainda não su1cientement e esclarecido com as grandes empreiteiras da construção civil'ML ;& inmeros *elefantes $rancos* c#ll preocupação aca$a com a inauguração' Pm e!emplo claro c"ega ao con"ecimento da sociedade $rasileira ap%s o massacre dê quase uma de)ena de menores num nico ato $ rutal no Jio de .aneiro (massacre con"ecido como c"acina da Iandel&ria' Ionstruiu( se, em _uintino /J.0, um moderno centro de formação concluído "& cinco anos que pode ate nder até M mil #ovens e nunca foi utili)ado' Be quem é a responsa$ilidadek 5ão "& crime nesta displicênciak Em suma, a educação e mais amplamente a formação "umana enquanto pr&ticas constituídas pelas e constituintes das relaçes sociais não avançam de forma ar$itr&ria, mas de forma necess&r ia e orgCnica com o con#unto das pr&ticas sociais fundamentais' 5este sentido, a lut a pela ampliação da esfera p$lica no campo educacional pressupe a ampliação do p$lico em t das as esferas da sociedade, principalmente no plano das relaçes econDmicas e políticas' s vel"as questes das mudanças estruturais como as da refo rma agr&ria, redistri$uição de renda, etc', necessitam ser alçadas ao de$ate político tran sparente' 5este sentido, como indica 3inger ao referir(se ao em$ate so$re a refo rma constitucional, não $asta 1!ar(se na resistência: 5uma situação de crise como a nossa, não d& para se opor a propostas de mudança sem propor outras mudanças' s forças ML' - con"ecido esquema @aulo Iés2ar Farias /caso @I0, no início dos anos =Q, e, em seguida, o escCndalo da Iomissão de -rçamento do Iongresso 5acional, revelado pelo e!(assessor .osé Iarlos lves dos 3antos, começam a e!plicitar o taman"o do pCntano e a nature)a do lodo na relação empreiteiras e políticos /ministros , senadores, governadores, prefeitos0' que representam os interesses da maioria po$re têm de ela$orar um pro#eto consiste nte da saída da crise e derivar dele as mudanças constitucionais necess&rias'2 / ''' 0 Ia$e agora reinventar um Estado mais perme&vel 4 sociedade civil, que se Xoordene c om as grandes classes sociais para dar ca$o da in?ação e inaugurar nova etapa de de senvolvimento com distri$uição de renda' /3inger, .ornal do rasil, L>'Q'=: ++0 _uanto mais as forças progressistas comprometiclascom a democrati)ação da sociedade vi slum$ram a(possi$ilidade de assumir a direção do Estado $rasileirg,' tanto mais urge
nte se coloca a' tareflle adquirire e!ercbtr X(competêndC/política e técnica0 de traXsc ender a pedagogi8(daresisfêii2:8(2e passar a alternativas demarcadas pela transparênc ia' edXortantoXpXL=' e!ercício efetivo da democi(acia:+sto6signí1ca di)er6 que a direção da s propostas e ]pníticasX/ti'íé:ativas devem germinar no interior dos movimentos e orga ni)açesdacassé(irn$iiL+iiidorue de suas lütascollcretas:s ltTmas6qi:atrodéêãilas(ae(but , como assinalamos anteriormente, em todos os Cm$itos da sociedade e, em particula r, na educação, permitiram e!perimentar concretamente a pr&tica de alternativas' vançar criticamente no que se fe) e vem fa)endo nas prefeituras de @orto legre, 3ão @au lo, na gestão Erundina, Ait%ria, Jio ranco, raca#u e o que vem sendo especialmente reali)ado na prefeitura de elo ;ori)onte com o que denominaram de escola *plural*, entre outras e!periências positivas no campo educativo gerido por forças democr&ticas, é a tarefa que se impe como "ori)onte permanente' 5esta perspectiva, nem a "ist%ria aca$ou e, menos ainda, a luta para a construção da u topia socialista' 5esta luta a efetiva democrati)ação da escolapuMlic& unitaria, de to dos os processos de formação técnico2pto?ssidllal(* (dd6s(meios (de6 comunicação social6 não aísserXposf*rgada:TrataXsede uma' condiçii= ''' necessiriaparllI+Ne 'ci_c+Xnia I-nIbf tamente possa desenvolver(se(e constituir(se para a gr&iídemaioria da população $rasilei ra' @ara qu'f']o direito 4 educação e outros direitos como o da sadíZmoradiã,( ifansporte eem regose*#a L=> garantidos, o taman"o do Estado tem que, pelo menos, doi:.rar' 5ão se trata, todav ia, de umEstadoaut/0cr'&tico8privatista e centrali)ador, mas de um Estado'essencia lmente]d'emoci&co' +sto pres]sl+peforças democX&ticas organi)adas e com capacidade6 efet iva de gerir e controlar estefundoampl#alQ: 'X crise do capitalismo real deste 1m de século, glo$ali)ado e tni"snacionali)ado, uma ve) mais e de forma mais perversa, ainda que mais di3simulada, $usca resolver sua crise pela e!clusão e pela violência' qestão das guerras espal"adas pelo mundo, o pro$lem4 ecol%gico, a concentração da rique)a e do capital, do con"ecimento e do desemprego estrutural são provas inequívocas de que a saída não est& no capitalismo' @or mais q_e as 'uotapias pareçam estar riscadas do "ori)>Lltb2' da "ist%ria, de um lado pe.o6 neolloerã'llsmo e,de(((oPtr-, pelo p%s(modernismo, a construção de?L_crtii::Xa dosoc'ii++XiiLo Xt& em pauta como o modo depf/0diçX/0]esb?ltub illmXnle]çapa)'de
pDr 1m ao que ar! denominou de pré("ist%ria da "umanidade, as sociedades regidas pela cisão das Ilasses sociais6 quéIilLdem 6Q "umano' 2
2* * *,
I-5IP3[o pressuposto implícito que orientou a an&lise deste te!to no plano te%rico é de que o d esa1o para se quali1car a nature)a e especi1cidade "ist%rica da crise do capita lismo e das e!periências do socialismo /real0 implica a capacidade de se distingui r e, ao mesmo tempo, tra$al"ar unitariamente as determinaçes estruturais e o movime nto con#untural, $em como as mediaçes necess&rias e orgCnicas, e 'as mediaçes secund&rias, pro$lema est&, pois, na capacidade do pensamento, pela pesquisa e an&lise, de a$stra ir o movimento da realidade "ist%rico(social, apreend*ndo as forças e determinaçes que o produ), reiteração de aspectos te%ricos que #ulgamos fundamentais do tra$al"o tem uma intenci onalidade para além da formalidade do tra$al"o acadêmico' Fa) sentido na medida em q ue nela estão implicadas questes de ordem política e ética' ssim como a teoria quando consegue e!por, no plano do con"ecimento, a *rai)* das determinaçes dos fatos "ist%ri cos, se constitui em força material e elemento crucial de consciência crítica e de tra nsformação, as vises apologéticas, irracionalistas e reducionistas da realidade produ)e m alienação e rei1cação do status quo' 7, então, na relação entre a atividade te%rica e polí ica que se e!plicita e quali1ca a nature)a da pr&!is "umana' @artindo deste "ori)onte te%rico e político o esforço que empreendemos nesta an&lise centra(se, so$retudo, na relação entre tra$al"o e educação num conte!to de crise' pro?l+ldi do capitalismo, no conte!to dos anos VQY=Q' Tal escol"a resulta do fato de que especialmente n's'ltiilLasXCecadas8 como mostramos no Iapítulo +, a re?e!ão no campo educacional $rasileiro deteve(se, so$ difereXtes concepçoes, no de$ate desta relação' +nicialmente na crítica ao economicismo, e!plicitado na educXção pela teoria do
capital "umano, que esta$elece um reducionismo da concepção de tra$al"o, "omem e sociedade e que $ali)ou as políticas educacionais tecnicistas do relMime militar' Besta crítica emerge a compreensão de que2 o*tni$a"o enquanto atividade vital, valor de uso, forma do "omem pro du)ir(se "istoricamente, transcende a determinação da forma ' alienada de tra$al"o so$ o capitalismo e é a vida da espécie' 7 vida criando vida' E é como condição de criação do "umano 2,' (((']((2*X(((((((((,(((((,(((2(((((((((((( nas 3Pil3 dimenses'do mundo danecessidadeeXX,+iXerd(l'e], que o tra$al"o é princípio educativo' esmo so$ a forma capitalista, neste sentido, o tra$al"o não é @llra riel Matlvidade' 7 neste movimento que, em face da crise do capitalismo, esta concepção de tra$al"o e sua relação com os processos educativos se defronta, de um lado, com um re#uvenescimento da teoria do capital "umXno, lLLeCiiiriteas2perspediv2ls2da sociedade do con"ecimento, e pedagogia da qualidade total, veiculadas pelos "omens deneg%cio2e2instituiçUes6irailsn4ci%iíCis que os representam e, dX outro, pelasperspectiviís6 d&4i3é2da sociedade do tra$al"o' Pm primeiro ponto a r,Walçar como síntese, por conter sinali)açes te%ricas e políticas impo rtantes para aqueles que ética e politicamente estão comprometidos com uma alternati va ao neoli$eralismo e 4' forma capitalista de produção da vida "umana, é que as duas pe rspectivas anteriores, mesmo partindo de tradiçes te%ricas e ideol%gicas diversas e con ?itantes, ao eliminarem os su#eitos sociais coletivos, grupos e classes sociais fundamentais, aca$am por de1nir ou reforçar a idéia da e!is L=U tência de uma nica possi$ilidade de produção da vida "umana: as relaçes sociais capitalistas' tese do 1m da "ist%ria resulta de uma concepção que naturali)a as relaçes capitalistas onde, portanto, as crises do 2capitalismo são apenas disfunçes momentCneas e con#untur ais' - colapso do socialismo real é tomado como prova de1nitiva de que a "umanida det8,ncerrou seu devenir no modo de produção ' social capitalista' te3X da sociedade p%s(industrial e p%s(mo dema, e!presses de um nevo paradigma cientí1co e tecnol%gico, (sociedade dp con"ecimento (representaria a superação das desigualdades pelas formas de regulação social do mercado capitalista' 7 n este sentido que a *nova* sociedade do con"ecimento (por ser este um $em disponível
, supostamente atingível por todos tem a capacidade de eliminar as diferenças e desi gualdades' - proletariado se transforma em cognitariado ' -s con?itos, as relaçes de poder e de força 1cam )erados malgrado a e!acer$ação da concentração e centrali)ação de c pital e con"ecimento e dos mecanismos de e!clusão' @ela perspectiva da crise da *sociedade do tra$al"o* ou do *1m do tra$al"o*, em $ora os autores pertençam a uma tradição crítica ao capitalismo, os con?itos e antagoni smos de classe tam$ém são eliminados sem que a relação capitalista F este#a superada' X @ela perspectiva de 3c"aH esta superação se efetiva pelas virtud es da revolução tecnol%gica' nova $ase cientí1co(técnica permitiria 4 "umanidade prescind ir do tra$al"o relativo ao mundo da necessidade e li$erada para a $usca do senti do da vida transitando do "omo studiosus para o "omo universalis e para um novo estilo de vida mediante a superação do "omo la$orans pelo "omo ludens' +ndependentemente da relevCncia das re?e!es mais amplas de 3c"aH, neste particula r transforma a revolução tecnol%gica na revolução tout court' Esta$elece uma separação ar$itr a entre mundo da necessidade e mundo da li$erdade e, como conseqüência, de1ne as ne cessidades "umanas, que são "ist% ricas, como quantidades 1nitas' L=V 5a perspectiva de -He, não descon"ecendo suas contri$uiçes signi1cativas, inclusive para entender a nature)a da crise do Estado de em(Estar, ao deslocar sua an&lise do plano da materialidade das relaçes sociais de produção, no pressuposto da crise da s ociedade do tra$al"o, para a concepção de interação social, relação intercomunicativa e mund o da linguagem do pro#eto te%rico de ;a$ermas, tam$ém elimina os su#eitos sociais cl&s sicos fundantes da relaçãtcapitalista e com eles a perspectiva do con?ito, das relaçes de poder e de força' perspectiva que aponta é de cun"o individualista, demarcada pela categoria modo d e vida, onde a preocupação pelo tra$al"o é marginal e su$stituída por temas como a família , o sel2:- e o meio am$iente' ênfase da tese da perda da centralidade do tra$al"o como categoria de compreensão da vida social e!plica(se, ao nosso ver, em conseqüência da in?e!ão te%rica que -He op era em direção 4 perspectiva estruturalista como nos aponta
@' nderson, e como resultado do a$andono da perspecti va ontol%gica do tra$al"o' Esta in?e!ão 1rma(se, então, na apreensão do tra$al"o como um fator entre outros' @or esta via, as an&lises empíricas de -He so$re o tra$al"o sustentam(se so$re uma perspectiva est&tica de divisão social do tra$al"o que, como analisa Francisco de -l iveira, aca$a naturali)ando distinçes entre mercadorias e serviços, tra$al"o produtiv o e improdutivo' 5esta rota perde(se, tam$ém, a compreensão da divisão internacional do tra$al"o e o peso recai so$re uma %tica eurocêntrica' 2 as mesmo na perspectiva eurocêntrica e tomando o tra$al"o na sua forma *mercadori a* ou serviço, as concluses a que -He c"egou ao 1nal da década de VQ , mediante as q uais argumenta que o tra$al"o #& não fa) parte das preocupaçes vitais do tra$al"ador, p arecem não encontrar "o#e sustentação empírica' Face ao desemprego de >>,>M do @E na Espan"a e índices crescentes em toda a Euro pa, a tese do @artido 3ocialista Espan"ol (repartir o tra$al"o, que se converteu num $em L=O especialmente escasso (vem sendo adotada como diretri) política da maior parte dos governos' - governo alemão est& propondo, 4 semel"ança da Espan"a, um plano de redução dos dias de tra$al"o e da #ornada de tra$al"o com uma proporcional redução dos sal&rios qu e seria compensada, em parte, por uma 4#uda do Estado' /.ornal do rasil, QU'LL'= : LN0 Bos autores com os quais de$atemos a crise da sociedade do tra$al"o, Kur) é, sX*l dvida, o2 que positivamente e!plicita mais claramente a naturXa estrutural da cri se do capitalismo e, negativamente, o viés mecanicista e l%gico( estruturalista de an&lise da mesma' dedução l%gica ocupa o lugar da an&lise "ist%rica em diversas das *suas concluses' -s su#eitos sociais, grupos e classes são su$stituídos pela ra)ão sensível' Io mo resultado de uma postura irracionalista e pessimista, a alternativa futura pa ra a "umanidade é apocalíptica' - "ori)onte da travessia, eliminados os su#eitos "ist%ricos ou secundari)ados, 1c a adscrito ao que illiams e ;o$s$a
tecnol%gica e pelo deslocamento do Cm$ito prim&rio e se cund&rio para o campo dos serviços, em -He8 instrumento para desenvolver a *ra)ão sen sível*, em Kur)' - que queremos demarcar é que a ordem de questes í levantadas pelas an&lises so$re crise do capitalismo e do socialismo real e so$re 1m da sociedade do tra$al"o, tanto no plano das alternativas da crise do capita lismo neste 1nal de século, quanto nas questes especí1cas da educação, mesmo sendo dive rsas, se relaciona com e ref_rça a tese do ;1rru::la L== ''](2 "ist%ia* e o surgimento da sociedade p%s(industrial (a sociedade do con"ecimento'6 as a "ist%ria, talve) 4 semel"ança dos deuses, prega suas peças' 5a lenda so$re quem ga n"aria o amor de ;elena, a mul"er mais $ela do mundo, a "ist%ria não aca$ou em enel au, o eleito como resultado da esperte)a de seu pai Tíndaro' -s deuses se encarreg aram, movidos por disputas, %dios e vinganças, de devo"er a @&ris, menino a$andonado p or @ríamo e ;ércula, reis da poderosa e rica Tr%ia, sua verdadeira origem' E, pelos ca min"os que s% os deuses desco$rem, @&ris arre$ata o amor de ;elena' qui, o enredo é de outra nature)a' -s deuses descansam e divertem(seb -s su#eitos são os "omens e a tarefa da "ist%ria ''' é esta$elecer a verdade deste mundo' 5esta tarefa, as contri$uiçes analíticas de E' ;o$s$a
via$ili)ação de um prolongado padrão de acumulação capitalista e de regulação social, mas tam como a1rmação e conquista de direitos sociais, garantias >QQ ao tra$al"ador' o tra)er ao plano da esfera p$lica, em grande parte, os processos de reprodução da força de tra$al"o e da negociação e a1rmação de direitos sociais, 'o(Estado]'de''.em Estar instaura um processo dedehmercantili)ação''da.o'rZ'de tra$all<' 3ua reprodção 1ca menos unilateralmente determ nada pelos critérios imediatos do capital' s classes e' os grupos sociais tam$ém padecem desta contradição, todavia2WJão desaparecem, pois seu fundamento material e "ist%rico perr2lWanece estruturalmente, ainda que diverso no plano "ist%rico empírico' crise do Estado(5ação, enquanto forma de]regulação econDmico(si.'ciãlXre'su.tanteda'tra+Tsnacio26 nali)ação da economia que internacona'+i)oI2(lp.'t2(leadasse dominante tam$ém coloca a qPt,'2líão da classe tra$al"adoíino ' plano transnacional' crise e!pressa um *empate* de alternativas em disputa' ais do que nunca os su #eitos sociais fundamentais têm um papel crucial' s alternativas estão em curso' - retrocesso neoli$eral ou neoconservador, que se sustenta pela e!acer$ação da e!clusão e da violência, est& clara e avassaladoramente em marc"a' 3eus limites e contradiçes, m esmo no plano da $urguesia internacional, todavia, se apresentam cada ve) mais c ontundentes' alternativa de uma sociedade socialista democr&tica, cu#o em$ate nas condiçes o$#et ivas presentes tem na radicali)ação da ampliação da esfera p$lica um elemento crucial, na con#untura da crise e do colapso do socialismo real, enfrenta desa1os de v&rias o rdens' falta de utopia da esquerda neste conte!to sinali)a a precariedade de s ua cultura política' Esta precariedade se e!pressa na incapacidade de invent&rio "is t%rico(crítico' @or aí surgem as saídas fatalistas, messiCnicas e voluntaristas ou vincadas por atitudes de individualismo narcísico, apologia da diferença e do provis%rio p%s(mode rnista' umentam, tam$ém, os intelectuais que, na década de UQ, estavam enga#ados nu ma luta revolucion&ria e "o#e se transformaram em governantes, ministros e assessor es friamente técnicos e su$servientes aos desígnios do capital 1nanceiro internacio nal' >Qb ''']((2 Este encamin"amento de compreensão da crise que não )era a "ist%ria nem os su#eitos sociais, por dei!ar no plano da disputa "egem%nica o "ori)onte do socialismo, tem impli caçes pontuais para as alternativas no campo dos processos educativos que discutimos, especialmente em relação ao rasil, no ltimocapítulo' Fi!emo(nos em alguns'
- contedo das demaildas dos "omens de neg%cio no campo educativo, estrutural e ideologicamente, não mudou de nature)a, mas o contedo da demanda mudouprofundamente e com ele as contradiçes assumem nova qualidade' - re#u X venescimento da teoria do capital "umano é e!pressão desta , mudança de contedo "ist%rico' 5o plano te%rico(ideol%gico a %tica economicista e sociologista daquela teoria é alargada pela tese da sociedade do con"ecimento' 'R . s categorias de qualidade tor8i, formação a$strata, for mação polivalente derivadas daquela2tese e ela$oradas por soci%logos, economistas, psic%logos, engen"eiros, pedagogos e 1l%sofos sinali)anLYdemandas de um *novo tra$al"ador* com uma nova quali1cação, com capacidade de elevada a$stração, ?e!ível e participativo' Esta demanda e!plicita, por sua ve), X a nature)a da tendência do processo de produção so$ a nova $ase tecnol%gica e no plano da competitividade dentro da reorgani)ação econ%mica e do novo padrão de valori)ação' Y - que muda qualitativamente, como tendência para aqueles i 2W que o processo produtivo necessita, é a passagem de um tra$al"ador adestrado para um tra$al"ador com capacidade de a$stração mais elevada e polivalente' as muda so$ a l%gica da e!clusão' - limite, o "ori)onte de1nidor é o processo produtivo demarcado pela naturali)ação da e!clusão' 5o plano + ideol%gico, a sutile)a d& íese((%&(so/8iedaaeao c%il"ecimento , * esconde, ao mesmo tempo, a desigualdade entre grupos e classes sociais, o monop%li o crescente do con"ecimento e, , portanto, a profunda apropriação desigual do mesmo' 2('YY W* as esta mudança e!pressa tam$ém um nível mais elevado de contradição e, portanto, de' pos si$ilidade de dilatar os >Q> *2' WY X interesses de uma alternativa que se articule aos interesses da classe tra$al"ad ora' s propostas neoli$erais como alternativa no campo educativo e!pe os limites do "o ri)onte da $urguesia e, em casos como o $rasileiro, so$redeterminados por
uma $u rguesia atra2sada, elitista e desp%tica' +sto, como vimos, se materiali)a de forma e!emplar nX em$ate em torno da educação no processo constituinte /L=OO0 W,2 mais esp eci1camente, no processo em curso "& mais de M 4nos da B /L=O=(L==M0' - discurso da modernidade, na pr&tica, esconde o profundo atraso "ist%rico' - que vem ocorrendo por inmeros disfarces, convênios, cooperativa etc', é a privati)ação crescente e o desmon te da escola p$lica' alternativa da educação numa perspectiva socialista democr&tica não pode inventar uma realidade supra("ist%rica' Ela se gesta no em$ate contra( "egem%nico de dentro desta materialidade' 5o plano te%rico, político, 1los%1co e ético, a perspectiva é de não redu)i r os processos educativos a uma concepção unidimensional, mas alarg&(los na perspectiv a omnilateral eYou politécnica que e!pressa as mltiplas necessidades do "umano' @rocessos educativos de novo tipo implicam necessariamente o desenvolvimenro de r elaçes sociais de novo tipo e um industrialismo de novo tipo' - *desempate* não compo rta alternativas anacr%nicas, pois estas #& têm nome (neoli$eralismo ou neoconservadori smo' -s novos movimentos sociais, partidos e sindicalismo de novo tipo e as políticas e ducacionais que se desenvolvem em v&rias capitais e inmeros municípios por estas forças políticas, mesmo com imensos limites e pro$lemas, sinali)am que a alternativa est& em curso no plano político(ideol%gico, ético e te%rico(pr&tico' - processo constituinte e de de1nição da B, neste sentido, são pr%digos em indicaçes so$re as possi$ilidades e os limites a superar' pr%pria derrota eminente das organi)açes democr&ticas na aprovação da ova B, que em seus relat%rios originais do pro#eto da ICmara incorporava + ]] b :'b * *]'((((L enormes avanços em relação a anteriores, mas que pela #unção e alquimia autocr&tica das prop ostas do inistério da Educação do governo Fernando ;enrique Iardoso e da proposta per sonalista do senador BarcR Ji$eiro, reedita( se o vel"o, o dualista e fragment&rio, não ser& o 1m de tudo, mas apenas mais um entrave' - ponto crucial para prildu)ir a alternativa ao neoli$eralismo no desenlace da cr ise em todos os Cm$itos reside, como :'* * vimos, na capacidade de mone#/.ec_LL'tmLe'do''#'ul.'d>]@+L$lico * e naampliação(da'e sfefa ]]plL$liç,a''-' camp'. educacional, como odasade, por serem direitos não llLeX canti#f)&vers,((demandam m&!imo, socialmente possível, d_'E,M+í:Co'''''dXnLocratlc%X tradição de um Estado lientelista, paternalista e auto6 rit&rio, no caso $rasileiro, o$nu$ila, no presente
, amplos setores progressistas e di1culta a superação de uma visão moralista e reduci onista de Estado' +sto se manifesta nas perspectivas maniqueísta do contra ou a fa vor do Estado' - pro$lema é de outra ordem' possi$ilidade de avanço alternativo ao neoli$eralismo na educação im plica tra)er o em$ate, a disputa, con?ito, no plano da esfera p$lica' +mplica mais su#eitos coletivos com densid ade analítica e organi)ativo(política para dar densidade ao em$ate' Pm e!emplo, entre outros, de visão equivocada no campo educacional é a perspectiva d e aca$ar com a formação pro1ssional especí1ca e os organismos que a coordenam, por se rem de e!é+usivo controle dos empres&rios' - pro$lema não é aca$ar, pois isto agrava um campo pro$lem&tico e de interesse dos tra$al"adores' luta primeira efundam'ental é garantir a escola $&sica unit&ria e p$lica /primeiro e segRru+ogiílilsr((de'nto:::,ae uma perspeItívapolític%( pedag%giciPlue'@orliL da diversida de cultural e s/0ci&l '' da36crüiiíçase.oveils'a:iikj2_s'':_:iLlo a mais adequada formaçã/0 co( pr2-frssional' +sto, todavia, llão elimina a necessidade deformaçãotêcriic%(b irj1XsioXa l mais especí1ca' Pm primeiro passo8íioplãií(das condiçes /#ada3, é fa)er valer /o que per os na constituinte e B0 a gestão tripartite (Estado, centrais de tra$al"adores e empresaP=s ' Este parece(nos ser o camin"o que permite tra)er a disputa pe0o(cont roleda'qualidade da'formação e dos recursos investidos a'uf+bp#ano mais democr&tico' E ste ((eíll$ate*pUCeserlevado t ' até o c"i2io*da((2i&$ric2a,(ma ve) que somas gigantescas de recursos dei!am de ser recol"idas ao fundo p$lico como incentivo 4 educação e formação pro1ssional' -s sindicatos , neste particular, maW não s% eles, têm uma luta pontual' W' - mesmo ocorre2 2Iom a questão da educação técnica de nível médio, mantida como um enclave n um conluio entre feudos no interior do Estado, no nível do poder central e da direção das escolas e dos empres&rios' qui tam$ém não se trata de destruir a educação técnica, mesm o nos limites em que é desenvolvida' Trata(se, com mais ra)ão, de mudar sua W perspectivadlbg*stãoX de concepção(políticopedag%gica'A&rias6 escolas2 técnicas e!perimentam déns de$2ate* e 2em$ate interno com enormes avanços na direção de sua democrati)ação' pers ectiva da escola unit&rial2ressupe uma educação tecnolgica como e!pressão mais avançada e o gCnica(a um industrialismodenovolip%'2 (''2'2''''('('
luta pela construção de uma alternativa socialista democr&tica não pode 1!ar( se na esp era de condiçes ideais futuras' "ist%ria #& nos ]ensinou algo' 7 em$ate que se trava *na #aula onde os tigres cuidam de suas crias*' 5o presente, t a luta por dilatar a esfera p$lica, em todos os campos sociais, é uma luta concreta na dilatação das possi$ilidades, não su1cientes mas necess&rias, de um salto qu alitativo' - socialismo, como nos lem$ra ;o$s$a
Pm ponto fundamental a reiterar e a ser demarcado nesta conclusão é que o processo de recomposição do capitalismo em face da crise deste 1nal de século engendra, ao mesmo . tempo, um crescente grau de violência, destruição e e!clusão e uma e!plicitação da necessidade de sua superação' o contr&rio do que a ideologia neoli$eral tenta passar,o capiblilisbP/0,] +^- é o 1m da "ist%ria ou a forma dese#&vel 2e perene ]dX'' relaçes2 sociiiis'7 apenas of/rri::c+iIpre:"isf%ría'"umana8ada socieda'de ele classes' ,( _E3lado''de'Jem:E,s'ta3=Iial como sistema de acumulação e regulação social concentrou riq8:8e)aX miserla e e!c+Psãn::ãs8 no plano das lutas e contradiçes,2 tam$ériifíiinoudireitos sociais para além dos políticos' 3ã/nX2stes 2Cifeífossociii+s que o neoli$eralismo procura2 )entr comoforma(de(restCPfa?a!ah '' , de lucro do capital transnacional ''Xo$abXi/léXao'Iii#0iiafi8(XX >QU ceiro' construção democr&tica dosocialislLlo tem como ponto de partida a necessidade de garantir e dilatar,nã e3fef&(p$lica, os direitos #& alcançados pe+a luta das classest ra$alliadoras dentrodo,Estadode em(Estar 3ocial' @ara além desteXpatamar, como no s lem$rX(Frariciscü2de -liveira /L=OO$0, pulsam as novas formas sociais do futuro' Formas estas cu#a via$ilidade implica a ação "umana organi)ada' Feli)mente, os sere s "umanos continuam construindo a "ist%riab W' 2' X '((2 X * 2* * Jeferências $i$liogr&1cas + +E, K Estil"aços do capita ln: +E, K ` FE;EJ, , Iontratempo (Ensaio so$r e algumas metamorfoses do capital, Jio de .aneiro, @a) e Terra, L=OO, 5BEJ3-5, p, Ionsideraçes so$re o mar!ismo ocidental, @orto, frontamento, L=VU, ]]]o crise da crise do mar!ismo' 3ão @aulo, rasiliense, L=OM' ]]]o
- 1m da "ist%ria (de ;egel a FuSuRama' Jio de .aneiro, .orge almr, L==> ]]]2 lém do neoli$erialismo, ln: 3BEJ, E' ` GE5T++, @' @%s(neoli$erialismo (s políticas sociais e o Estado democr&tico, 3ão @aulo, @a) e Te rra, L==M, J@+JI, .' -' P3lB e a educação $rasileira' 3ão @aulo, Iorte)lutores ssociados, L=O>' JJ--, , - direito do tra$al"ador 4 educação' ln: FJ+(l G-TT-, G, /org'0, Tra$al"o e con"ecimento: Bilemas na educação do tra$al"ador' 3ão @aulo, Iorte), L=OV, >' ed', L=O= ]]]o 3ociedade, tra$al"o e escola de segundo grau (@erspectivas, nais do 3emin&rio de Ensino de 3egundo Grau' 3ão @aulo, P3@, L=OO' >Q=
JJ--, ' xprincípio educativo: o tra$al"o ou a resistência ao tra$al"ok Teoria ` Edu cação' @orto legre, n- +, L==Q' ]]]o Jevendo os vínculos entre tra$al"o e educação: elementos materiais da formação "umana' ln: 3+A, T' T' da /org'0' Tra$al"o, educação e pr&tica social' @orto legre, rtes édicas, 'L==L' ' JJPB, ' ercosul ou integração dos povos do Ione 3ulk Jio de .aneiro, @I3+F 3E, L==>' TK+53-5, .' a ?e!i$ilidad la$oral' adrid, ona $ierta, L=OV' 3++, ' I' @rocesso e relaçes de tra$al"o no anco Aerde' Tese de Boutorado, P5+I@, L==' PBE-T, I' ` E3TET, J' 2école capitaliste en France' @aris, aspero, L =VL' EIKEJ, ' F' ;uman capital: a teorical and empirical analisis ' E, B' - advento da sociedade p%s(industrial' Jio de .aneiro, Iultri!, L=V' ]]]o - 1m da ideologia' rasília, EBP5, L=OQ' EP-, ' G' Aalor e capitalismo' Pm ensaio so$re economia política' 3ão @aulo, rasiliense, L=OQ' +5I;ETT+, J' G' s r aí)es do modelo neoli$eral e as políticas educacionais no interior das políticas p$lica s' Bissertação de estrado' PFF(J., L==>' IKPJ5, J' Bepois da queda' fracasso do comunismo e o futuro do socialismo' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L==>' PG, ' +ntrodução 4 economia da educação' @orto legre, Glo$o, L=V>' -+-, 5' Fil%sofo adverte p ara o perigo do sa$er tecnol%gico' .ornal do rasil, LM'QV'=L, Iaderno +, p' U'
>LQ -+-, 5' et alii' Bicion&rio de política' rasília, EBP5, L==>' -I+5, J' G' Educação e tra$al"o' ln: Tecnologia educacional' Jio de .aneiro, v' >L, n- LQV, #ul'Yago' L==>' -J-5, ' ' emorias de+ capitalismo salva#e (rgentina, 2' de lfonsin a enen ' uenos ires, +mago, L==L' ]]]o Estado, ca@)ralismo e democracia na mérica atina' Jio de .aneiro, *+ka) e Terra, L==N' -3+, ' Bialética da coloni)ação' 3ão @aulo, Iompan"ia das etras, L==>' -TT--JE, T' /org'0' Bicion&rio do pensamento mar!ista' Jio de .aneiro, .orge a" ar, L=OO' -PJB+EP, @' ` @33EJ-5, .' I' reprodução' Jio de .aneiro, Francisco lves, L=VM' -E3, 3' Pnequal education and reproductíon of social division of la$or' ln: IJ 5-, ' 3c"ooling in a corporate societR: T"e politicai economR of education in merica' 5e< orS, L=V>' -EJ, J' 5e< tec"nologies and emploRment in t"e L=OQ: From sciences an tec"nolo gR to macroeconomic, odelling' @aris, IE@JEJ' L=OU' JG, ' ' ' Educação, ciência, tecnologia e produção: educação cientí1ca como ideologi a formação dos tra$al"adores técnicos' Bissertação de estrado, @PI(J., L==L' J AEJ5, ;' Tra$al"o e capital monopolista: degradação do tra$al"o no século ' J io de .aneiro, a"ar, L=VV' I+5+I-3, ' vingança da "ist%ria' - mar!ismo e as revoluçes do este Europeu' Jio de .aneiro, .orge a"ar, L==>' I@-3, J' I' de' luta dos tra$al"adores pela e scola' 3ão @aulo, oRola, L=O=' *]((((+ I@-3, J' I' de' Educaçãoe participação política (5otas so$re educação no espaço ur$ano nos s OQ' Aeracidade (Jevista do Ientro do @lane#amento unicipal' 3alvador, ano >, de)' L==>' I5B+B-, ' revolução de L=Q e a cultura' 5ovos Estudos IEJ@' 3ão @aulo, n- N, a$ r' L=ON' I5-, B' Pniversidades, coLnpetitividadR "om$res de neg%cio' cerca de la "istoria 2 de un modelo universitario 2en mérica atina' rasília, FI3-, L==>' IJ5-, ' ` EA+5, ;' Escola e tra$al"o no Estado capitalista' 3ão @aulo, Iorte), L=OV' IJA;-, ' s novas técnicas de organi)ação do tra$al"o e o papel dos sindicatos' Je vista Be$ate 3indical' 3ão @aulo, n- LN, #ul'Yset' L=='
IJA;-, K' _' ` 3I;++T, ;' - fordismo est& vivo no rasil' 5ovos Estudos IEJ @, nx >V, L==Q' I3TJ-, I' ' +nvestimento em educação no rasil: Iomparação de três estudos' Jevista de @e squisa e @lane#amento EconDmico' Jio de .aneiro, L /L0 LNL(M=, #un'Ynov' L=VL' ]]]o Educação, educa$ilidade e desenvolvimento econDmico' rasília, EI, L=VU' I3TJ-, 5' ' -rgani)ação do tra$al"o, quali1cação e controle na indstria modema' ln: A|J+ -3 PT-JE3' Tra$al"o(educação' 3ão @aulo, @apirnsY5@EdY5BE, L==>' I3TJ-, J' @' Tecnologia, tra$al"o e educação /interdeterminaçes0' Iadernos 5@Ed' elo ;ori)onte, nx U, out' L==N' ]](,(' s questes da quali1cação e da educação e a nova :L $ase técnica do capitalismo' 3ão Iarlos, PF3car, L==>' imeo' IEBJ, ' Iooperativismo educacional' Aeracidade (Jevista do Ientro do @lane#ame nto unicipal' 3alvador, ano >, de)' L==>' >L> IE@' Equidad R transform4ci%n productiva (un enfoque integrado' 3antiago do I"ile, IE@ , L==>' IE@lP5E3I-' Educaci%n R conocimiento: e#e de la transformaci%n productiva con calid ad' 3antiago do I"ile, L==>' I;P+, ' universidade diante da vocação cientí1ca e da vocação pofíti,ca' oletim da E ' Jio de .aneiro, a$r' L==' W, * I;-3K, 5' no MQL (a conquista continua' 3ão @aulo, @&gina $erta, L==' ]]]o -s novos sen"ores do mundo' Fol"a de 3' @aulo' >M'QN'=, Iaderno U, p' LO' I-JGG+-, .' ' as dos corrientes de descentralí)aci%n en mérica atina' Ionte!to ` Educação' l#uí, nx >M, #an'Ymar' L==>' ]]]o Economía R educaci%n en mérica atina: 5otas para una agenda de los =Q' s' L, IE, L==' I-J+T, ' 2atelier et le c"ronometre: essai sur le taRlorisme, le fordisme et la prodution de masse' @aris, Iristian ourgois Editeur, L=V=' ]]]o utomação program&vel, novas formas e conceitos de produção' ln: 3I;+T, ;' ` IJA ;-, J' _' /orgs'0' utomação competitividade e tra$al"o: a e!periência internacional' 3ão @aulo, ;ucitec, L=OO' ]]]o revolução dos ro$Ds: - impacto s%cio(econ%mico da automação' 3ão @aulo, usca Aida, L=
]](,((' @ensar pelo avesso: - modelo #aponês de tra$al"o e de organi)ação' Jio de .ane iro, PFJ., L==N' I-PT+5;-, I' 5' democracia como valor universal e outros ensaios' Jio de #anei ro, 3alamandra, L=ON' ]]]o Bemocracia e socialismo no raslil "o#e' ln: b3E /org'0' democracia como pro posta' Jio de .aneiro, +$ase, L ==L'
I-PT+5;-, I' 5' ar!ismo e política' dualidade de poderes e outros ensaios' 3ão @a ulo, Iorte), L==N' IP5;, ' ' J' da' Educação e desenvolvimento social no rasil' Jio de .aneiro, Francisco lves, L=VM' ]]]o política educacional no rasil e a pro1ssionali)ação no ensino médio' Jio de .an eiro, Eldorado, L=VV' ]]]o Educação, Estado e (democracia no rasil' 3ão @aulo, Iorte)lEBPF+FI3-, L==L' >' ed' , L==M IPJ, .' Educação e contradição: Elementos metodol%gicos para uma teoria crítica da educação' @aulo, Iorte), L=OL' BEJP5, ' conciliação e outras estratégias' 3ão @aulo, rasiliense, L=O' BE3TTPT de T' 7léments d2idéologie' @aris, Ioutcier +mprimeurs i$raire, L=QO, v' +' BJ EE5, J' -n <"at is learning in sc"ool' assac"usetts, L=UO' BJPIKEJ, @' ;acia l a economia dei futuro R otros ensaRos' uenos ires, Ironista, L=O>' ]]]o as nuevas realidades' uenos ires, 3udamericana, L==Q' E5GP+T, ' F' face o culta da escola: Educação e tra$al"o no capitalismo' @orto legre, rtes édicas, L=O= ' ]]]o Educaci%n, formaci%n R empleo en el um$ral de los =Q' adrid, I+BE, L==Q' ]]]o Tecnologia e sociedade: a ideologia da racionalidade técnica do tra$al"o e educação' l n: 3l A , T' T' da /org'0' Tra$al"o, educação e pr&tica social: @or uma teoria da fo rmação "umana' @orto legre, rtes édicas, L==L' ]]]o Tra$al"o, escola e ideologia: ar! ea crítica da educação' @orto legre, rtes édicas, L==L' E3TET, J' 2 école est(elle unta$lek @aris, @resses Pni( versitaires de Fran ce, L=OV' >LN
FP3T-, ' ` IEJA+5L, J' /org'0' - tra$al"o e a rua: crianças e adolescentes no r asil ur$ano dos anos OQ' 3ão @aulo, Iorte), L==>' FE+, ' de F' dministração escolar: @ro$lema educativo ou empresarialk 3ão @aulo, I orte), L=ON' FEJ55BE3, F' Ionferências' ln: formação do educador na construçã4Wda democracia' Jio de . aneiro, PFF, L==L' ]]]o Ionservadoréb8 mutilam o pro#eto de educação nacional' Jevista @lural' Florian%polis, an o >, nx >, #an'Y#un' L==>' * FEJJETT+, I' .' /org'0' 5ovas tecnologias, tra$al"o e educação: Pm de$ate multidisci plinar' @etr%polis, Ao)es, L==N' ]] '','' oderni)ação tecnol%gica, quali1cação pro1ssional e sistema p$lico de ensin o' 3ão @aulo em @erspectiva' 3ão @aulo, 3EBE, p' ON(=L, nx +, #an'Ymar' L==' F+5KE, 3' ' de' El capital "umano: concepto ideol%gico' ln: JI, G' /org'0' a educaci%n $urguesa' é!ico, 5ueva +magen, L=VV' ]]]o Irisis de acumulaci%n R respuesta educativa de la *nueva derec"a*' Jevista rgenti na de Educaci%n' uenos ires, L==Q' F-GZ, ' ` 3:, c' _uali1cação e competitividade' Jio de .aneiro, +A F%rum 5acional , a$r' L==N' FJ5-+, 5' ' - modelo #aponês e o con"ecimento informal do tra$al"ador no c"ão de f&$rica' @orto legre, Bissertação de estrado, PFJ3, L==L' FJE33E5ET, ' Formas sociais de automati)ação e e!periências #aponesas' ln: ;+JT, ;' 3' /org'0' 3o$re o modelo #aponês' 3ão @aulo, EBP3@, L==' ]]]o @rodutividade e formas sociais de automação' @aris, I5J3YP5E3I-, L==>' FJ+EB5, ' Iapitalismo e li$erdade' Jio de .aneiro, rte 5ova, L=VV' ]]]o i$erdade de escol"er' Jio de .aneiro, Jecord, L=OQ' >LM '. FJ+G-T+-, G' Efeitos cognitivos da escolaridade do 3E5b e da escola acadêmica con vencional: Pma escola para cada classe socialk Bissertação de estrado, +E3E+FGA, L =VV' ]]]'' produtividade da escola improdutiva' 3ão @aulo, Iorte), L=ON'
]]]'' Tra$al"o e con"ecimento, dilemas na educação do tra$al"ador' 3ão @aulo, Iorte), L=OV' ]]]'' xenfoque da dialética materialista "ist%rica na pesquisa educacional' ln: FE5B , etodologia da pesquisa educacional' 3ão @aulo, Iorte), L=O=' >' ed' ampl', L==L ]]]o Tecnologia, relaçes sociais e educação' Jevista Tempo(rasileiro' Jio de .aneiro, n- LQM , p' LL(NO, a$r'Y#un' L==La' ]]]o Ionte!to s%cio(político $rasileiro e a educação nas décadas de VQY=Q' Jevista Ionte!to ` E ducação' +#uí, n- >N, L==L$' ]]]o Fa)endo pelas mãos a ca$eça do tra$al"ador: xtra$al"o como elemento pedag%gico na formação p ro1ssional' Iadernos de @esquisa' 3ão @aulo, Fundação Iarlos I"agasYIorte), nx NV, p' O(NM, L=O' ]]]o interdisciplinaridade como necessidade e como pro$lema nas ciências sociais' Jevista Educação e Jealidade' @orto legre, LO />0:U(V>, #ul'Yde)' L==' FJ+G-T+-, G' ` I+AT+ FJ5I-, ' ' n&lise da e!pansão e mel"oria do ensino técnico industrial no rasil /L=ON(L==Q0' Jio de .aneiro, PFFY+5E@, L==L' ]]]o 3apiens (3a$edoria ou novas armadil"as para o acesso ao ensino superiork Jevista Tecnologia Educacional' Jio de .aneiro, T, ano +, nx LQO, set'Yout' L==>' ]]]o Tra$al"o e educação: Fontes alternativas de "ist%ria da educação' Jio de .aneiro, PFFY+5E@ , L==' Jelat%rio de @esquisa' >.U 0 l , FPKP , F' El fín de la "istoria R el ltimo "om$re' arcelona, @laneta, L==>' FP JTB-, I' rasil: construção interrompida' 3ão @aulo, @a) e Terra, L==>' ]]]o *7 preciso crescer para dentro*' .ornal do rasil, Q'LQ'=, p' L' G A 5, G'*'7 possível' uma economia da educaçãok Jevista EducaZrro ` 3ociedade' 3ão @aulo, n- > L=V=' * G AE3, E' Educação no rasil' ln: Ediçes 5@EI ( economia $rasileira e suas perspec tivas' Jio de .aneiro, 5@EI, L==, ano ++'
GJBE, E' .' ' @rocesso de tra$al"o, sindicato e con"ecimento oper&rio no con te!to da reconversão produtiva: o caso da P do Pruguai' Tese de doutorado, P5+I @, L==>' GE5T+b, @' @oder econ%mico, ideología R educaci%n' uenos ires, io R B2vilaYFI3-, L==N' GE5T+b, @' ` 3+A, T' T' da' /org'0' 5eoli$eralismo, qualidade total e educação: A ises críticas' Jio de .aneiro, Ao)es, L==N' G+5-T++, .' ' Formas de socia$ilidade capitalista' ln: Tra$al"o e re?e!aD' 3ão @a ulo, rasiliense, L=O' ]]]o s dia$ruras metafísicas de Jo$ert Kur)' 5ovos Estudos 'IEJ@' 3ão @aulo, nx >, NO(M >, #ul' L==' G+5T+3, ;' Education, tec"nologR and c"aracteristics of ' ]]]o ovimentos sociais e luta pela moradia' 3ão @aulo, oRola, L==L'
X G-;5, ' da G '' ovimentos sociais e educação' 3ão @aulo, Iorte), L==>' G-E3, .' ' ordem mundial li$eral emergente e os desa1os da mérica atina' Ji o de .aneiro, @PI, , L==>' G-J, ' deus ao proletariado' @ara além do socialismo' Jio de .aneiro, Forense, L=OQ ' GJ3I+, ' Ioncepção dialética da "ist%ria' Jio de .aneiro, Iivili)ação rasileira, + =VOa' ]((::(2 aquiavel, política e o Estado moderno' Jio de .aneiro, Iivili)ação rasileira , + =VO$' GJ-3K+, I' et alii' Es$oço de uma alternativa para pensar a educação no meio rural ' Jevista Ionte!to ` Educação' +#uí, L/N0: NV(M=, out'Yde)' L=OU' ;EJ3, .' udança estrutural na esfera p$lica' Jio de .aneiro, Tempo rasileiro, L=ON' ]((::(2 nova intransparência' 5ovos Estudos IEJ@' 3ão @aulo, n- LO, L=OVa' ]]]o
Iiência e técnica como ideologia' is$oa, Ediçes VQ, L=OV$' ]]]o @assado como futuro' Jio de .aneiro, Tempo rasileiro, L==' ;J+53-5, F' ;' ` EJ3, I' ' Education, manpoa' ]]]2o Jenascendo das cin)as' ln: IKPJ5, J', Bepois da queda' - fracasso do comunis mo e o futuro do socialismo' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L==>$' ]]]o Irise da ideologia: li$eralismo socialismo' Jevista Iarta, rasília, Gr&1ca do 3e nado, n- +, p' LN>(LMQ, + ==>c' 2
+53T+TPT- ;EJEJT EA' Ensino fundamental ` competitividade empresarial: uma pro posta para a ação do governo' 3ão @aulo, +;, L==>' .I-+, @' E!clusão ur$ana e luta pelo direito 4 moradia' Jevista Espaço ` Be$ate' 3ão @ aulo, Iorte), ano >, nx V, L=OU' ]]]o ovimentos sociais ur$anos no rasil: Je?e!es so$re a literatura' 5@-I3, n>, oul' L=OV' .E3-5, F' Espaço e imagem' Teorias do p%s(moderno e outros ensaios' Jio de .aneiro , PFJ., L==N' .5-33, F' a fuer)a de tra$a#o R el progreso ante los cam$ios permanentes de l a cali1caci%n de los tra$a#adores' ln: JI, G' Economía política de la educaci%n' é! ico, 5ueva +magen, L=OV' KGJ+T3K, ' desintegração do monolito' 3ão @aulo, P5E3@, L==' K-5BEJ, ' derrota da dialética' Jio de .aneiro, Iampus, L=OO' ]]]'' - futuro da 1loso1a da pr&!is' Jio de .aneiro, Ao)es, L==>' K-3+K, K' Bialética do concreto' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L=OU' K- J+K, ' Tra$al"o e vadiagem: origem do tra$al"o livre no rasil' 3ão @aulo, rasiliense, L=OV' KPE5EJ, ' Educação e tra$al"o no rasil: - estado da questão' r asília, +5E@+EI, L=OV' ]]]o Ensino de segundo grau: - tra$al"o como princípio educativo' 3ão @aulo, Iorte), L=OO ' >' ed', L==> ]]]o @edagogia da f&$rica' s relaçes de produção e a educação do tra$al"ador' 3ão @aulo, Iorte)l tores ssociados, L=OM' ' ed', L=O= ]](,(,' Ensino médio: Pma concepção uni1cadora da ciência, técnica e ensino' ln: 3E5E' @ olitecnia no ensino médio' 3ão @aulo, Iorte)Y3E5E+EI, L==L' ]]]o questão do ensino médio no rasil: a difícil superação da dualidade estrutural' ln: Iole tCnea IE' 3érie tra$al"o e educação' 3ão @aulo, @apirus, L==>' >>Q KPJ, J' - colapso da moderni)ação' Ba derrocada do socialismo de caserna 4 crise da e conomia mundial' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L==>' ]]]o volta do @otemSin' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L==N' JI, G' /org'0' a educaci%n $urguesa' é!ico, 5ueva +magen, L=VV:', ]]]o Economía Xítica de la educaci%n' é!ico, 5ueva +magen, L=OV' +5+, 3' -ligop%lio e progresso técnico' 3ão @aulo, Forense, L=V>'
5G-5+, I' G' Bistri$uição de renda e desenvolvimento ti econDmico no rasil' Estudos econDmicos' 3' +, v' >, nx M, L=V>' ]]]o s causas do crescimento econDmico no rasil' Jio de .aneiro, ;ucitec, L=VN' EJ-, 5' @' - gatopardismo na educação' Jio de .aneiro, Bois @ontos, L=OV' +@+ET, ' et alii' irages et miracles: pro$lemes de l2industrialisation dans l e tiers monde' @aris, Editions de la Bécouverte, L=OU' , ]]]o 2apres(fordisme et san espace' @aris, es Temps odernes, L=OO' -JB+, .' I' - mar!ismo e a "ist%ria da educação: lgumas re?e!es so$re a "istoriog ra1a educacional $rasileira' Tese de Boutoramento, P5+I@, Iampinas, L==' -@E3, ' J' I' ivros did&ticos: -$st&culos ao aprendi)ado da ciência química' Bissertação de estrado, +E3E+FGA, L==Q' -, ' s aventuras de Karl ar! contra o arão de ünc""ausen' 3ão @aulo, usca Aid a, L==Q' PK|I3, G' -ntologia do ser social' 3ão @aulo, Iiências ;umanas, L=VQ' PK|I3, G' ;ist%ria e consciência de classe' @orto, Escorpião, L=VN' ]]]o s $ases ontol%gicas do pensamento e da atividade do "omem' Temas de Iiências ;umana s' 3ão @aulo, n- N, L=VO, p' L(LO' ]]]o E!istencialismo ou mar!ismok 3ão @aulo, Iiências ;umanas, L=V=' PPJ+G, ' ;ist%ria da educação e da pedagogia' 3ão @aulo, 5acional, L=VL' I;B-, ' @olitecnia, escola unit&ria e tra$al"o' 3ão @aulo, Iorte), L=O=' >' ed' , L==L ]]]o @olitecnia no ensino de >x grau' ln: 3E5E' @olitecnia no ensino médio' 3ão @aulo, Ior te)Y3E5E+EI, L==L' ]]]o udanças tecnol%gicas e a educação da classe tra$al"adora' ln: A|J+-3 PT-JE3' Tra$al"o(edu cação' Iampinas, @apiros, L==>' I;B-, ' ` 3+J, F' Iontrole de qualidade total: Pma nova pedagogia do capi tal' elo ;ori)onte, ovimento de cultura mar!ista, L==N' GB-F, ;' era do imperialismo' 3ão @aulo, ;ucitec, L=VO' 5I-JB, ' ;ist%ria da educação: da antigüidade aos nossos dias' 3ão @aulo, Iorte), L=O =' ' ed', L==> ]]]o - princípio educativo em Gramsci' @orto legre, rtes, édicas, L==Q'
]]]o ;umanismo em ar! e industrialismo em Gramsci' ln: 3+A, T' T' da' Tra$al" o, educação e pr&tica social' @orto legre, rtes édicas, L==L a' ]]]o ar! e a pedagogia moderna' 3ão @aulo, Iorte), L==L$' 5I-JB, @' avoro e intelligen)a nell2et4 microelettronica' iYano, @resen)elFel trineli, L=ON' 5FJEB+, 3' ' Educação sindical entre o conformismo e a crítica' 3ão @a ulo, oRola, L=OU' >>> JKET, ' 5ão estamos formando os vencedores, mas os perdedores de aman"ã' ln: 5ova Escola' 3ão @aulo, seb' L==>' JT+53, .' de 3ou)a' nova cultura dos po$res no campo' Jevista Tempo e @resença ' IEB+, n- >>Q, #un' L=OV' J, K' anuscritos econDmico(1los%1cos' is$oa, Ed' V Q, L=UN' , ]]]o Iapítulo inédi/o de - Iapital' @orto, Escorpião, L=VM' ]]]o - capital' Jio de .aneiro, Iivili)ação rasileira, L=VO' ]]]o Iontri$uição 4 crítica da economia política' 3ão @aulo, artins Fontes, L=O' J, K' ` E5GE3, F' Te!tos so$re educação e ensino' 3ão @aulo, oraes, L=O' +-5E, ' I' Educação de menos e comunicação de massa Escola, industrial, cultural e " egemonia $urguesa no rasil' Bissertação de estrado, PFF, Jio de .aneiro, L==>' 73|J-3, +' ar!: teoria da alienação' Jio de .aneiro, a"ar, L=OL' +IE+, 3' noite da madrin"a' 3ão @aulo,' @erspectiva, L=V>' -EJ, +' ;' Bif'erentiation and marginali)ation in t"e Banis"+5ort"en Europea n conte!to Jio de .aneiro, PFF, Ionferência, LO'LQ'=' PP5GP, .' e #our ou la France li$éra ses esclaves' 3ommenaire Glo$e' nx >=, >M au L aout L==' 5EAE3, ' ' Educação e política no rasil de "o#e' 3ão @aulo, Iorte), L==N' 5EAE3, ' s tra$al"adoras de Iontagem: Pma $ist%ria outra, uma outra "ist%ria' Tese de Boutorado, P3@, 3ão @aulo, L==Q' ]]]'' udanças tecnol%gicas e organi)acionais e os impactos so$re o tra$al"o "umano e a quali1cação pro1ssional' ln: A|J+-3 PT-JE3' Tra$al"o(educação' 3ão @aulo, @apirusY5@ dY5BE, L==>' 5-GPE+J, ' ' Educação, sa$er, produção em ar! e Engels' 3ão @aulo, Iorte), L==Q' >' e d', L==> 5-3E, @' Tra$al"o e educação' Bo tripalium da escravatura ao la$or da $urguesia' Bo la$or da $urguesia 4 poiésis socialista' ln: FJ+G-TT-, G' /org'0' Tra$al"o e con" ecimento, dilemas na educação do tra$al"ador' 3ão @aulo, Iorte), L=VV'
](:cc' - tra$al"o como princípio educativo em Gramsci' ln: 3+A, T' T' da /org'0' Tra$al"o, educação e pr&tica social: por uma teoria da formação "umana' @orto legre, rt e édicas, L==L' ]]]o escola de Gramsci' @orto legre, rtes édicas, L==>' ]]]o moderni)ação da produção e da escola no rasil (- estigma da relação escravocrata' ln: Iad ernos 5@Ed' @orto legre, n- M, set' L==' 5P5E3' ' instituição escolar p$lica capitalista: Iampo de pr&ticas sociais distintas e produçes individuais diferentes' Bissertação de estrado, PFJ3, @orto legre, L==Q' -2I-55-J, .' a crise 1scale dei 3tato' Torino, Einaudi, L=VVa' ]]]o P3: Irise do Estado capitalista' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L=VV$' -2B-55E, G' notaçes para uma teoria do Estado ++' Jevista Iultura e @olítica' Jio de .aneiro, IEBEIl@a) e Terra, nx N, fev'ba$r' L=OL' -FFE, I' @ro$lemas estruturais do Estado capitalista' Jio de .aneiro, Tempo ras ileiro, L=ON' ]]]o Iapitalismo desorgani)ado' 3ão @aulo, rasiliense, L=O=a' ]]]o Tra$al"o: a categoria c"ave da sociologiak Jevista rasileira de Iiências 3ociais' Jio de .aneiro, 5@-I3 /LQ0: M(>Q, #un' L=O=$' -FFE, I' 3istema educacional, sistema ocupacional e política da educação (Iontri$uição 4 det erminação das funçes sociais do sistema educacional' Jevista Educação ` 3ociedade' 3ão @aul n- M, L==Q' -+AE+J, F' de' - terci&rio e a divisão social do tra$al"o' QQQ Estudos IEJ@' 3ão @aulo, n- >N, L=OL' ]]]o - elo perdido' 3ão @aulo, rasiliense, L=OV' ]]]o o edusa ou WX classes médias e a consolidação da democracia' ln: JE+3, F' A' ` -2B-55E , G' /org'0' democracia no rasil (dilemas e perspectivas' 3ão @aulo, A érticeYJe vista dos Tri$unais, L=OOa' ]]]o - surgimento do antivalor: capital, força de tra$al"o e fundo p$lico' Jevista 5ovos Estudos IEJ@' 3ão @aulo, n- >>, p' O(>O, out' L=OO$' ]]o armadil"a neoli$eral e as perspectivas da educação' oletim da 5@Ed' @orto legre , v' L>, nx L>, L==Q' ]]]o
Pma alternativa democr&tica ao li$eralismo' ln: +3E /org'0' democracia como pr oposta' Jio de .aneiro, +$ase, L==L' ]]]o Iollor ( falsi1cação da ira' Jio de .aneiro, +mago, L==>' X ]]]o economia política da social(democracia' Jevista da P3@' 3ão @aulo, p' LU(N, fev' l#ul' L==a' ]]]o Iarta a$erta a "ereges e cristãos(novos' Fol"a de 3' @aulo, #ul' L==$' ]]]'' Be novo o apocalipse ou a inutilidade de /o0 ser "umano' Jevista 5ovos Est udos IEJ@' 3ão @aulo, n- U, #ul' L==c' -+AE+J, Jenato .' de' Ensino: o elo mais fraco da cadeia cienti1ca' Bissertação d e estrado, +E3E+FGA, L==Q' -JEIYP5E3I-' 3atisfacci%n de las necesidades $&sicas i+ de aprendi)a#e: una visi%n para el decenio =Q' 3antiago do I"ile, -JEIYP5E3I- , L==Q' @+A, A' Educação popular e educação de adultos' 3ão @aulo, oRola, L=V' ]]]o Educação e quali1cação para o tra$al"o: uma revisão da $i$liogra1a internacional' Jio de .aneiro, +E+, .=O=' @-+, I' - processo de tra$al"o: Bo fordismo ao neo fordismo' ln: @rocesso de tra$al"o e estratégia de classe' Jio de .aneiro, a"ar, L=O>' @J-, A' dministração escolar: introdução crítica' 3ão @aulo, Iorte), L=OU' U' ed', L== ]]]o nature)a do tra$al"o pedag%gico' 3ão @aulo, P3@, L==>' imeo' @J3-53, T' T"e sc"ool cLass as a social sRstem: some functions in merican soci etR' ln: ;E3E, J' ;' et alii' Education, economR and societR' 5e< orS, L=UL' @3-+5+, @' @' -s #ovens infeli)es: antologia de ensaios cors&rios' 3ão @aulo, ras iliense, L==Q' @E335;, J' ' Tecnologia da informação e organi)ação do tra$al"o' Jio de .aneiro, I-@@ E, L==>' imeo' JEE5BE @+5T-, ' ' @essoas inteligentes tra$al"ando t com m&quinas ou m&quinas inteligentes su$stituindo o tra$al"o "umano' ln: A|J+-3 PT-JE3' Tra$al"o e Educação, Iampinas, @apirus, L==>' J-BJ+GPE3, .' 3' educação politécnica no rasil: Ioncepção em construção /L=ON(+ ==>0' Bis tação de estrado, PFF, Jio de .aneiro, L=='
J-5E+, -' ;ist%ria da educação no rasil' @etr%polis, Ao)es, L==Q' J-5I;E, ' + limite de capitalismo tra la 1ne dei comunismo e la Guerra dei Go lfo' ilano, Ji))oli, L==L' J-33+, ' Iapitalismo e educação' 3ão @aulo, Iorte)+oraes, L=VO' J-P_P+7, ' - Estado militar na mérica atina' 3ão @aulo, lfa(-mega, L=ON' >>U J-P_P+7, ' Iomo renascem as democracias' 3ão @aulo, rasiliense, L=OM' 3BEJ, E' _uando novos personagens entram em cena' E!periências e lutas dos tra$al "adores da Grande 3ão @aulo (L=VQ(L=OQ' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L=OO' ]]]o @resente imperfeito' .ornal do rasil, >Q'Q>'=, Iaderno +déias, p' ' 2' 3EJ5-, ' 3' 2FlX!i$ilidade, organi)ação e tra$al"o operat%rio (Elementos para uma an&lise da p rodução na indstria' Tese de doutorado, P3@, 3ão @aulo, L==L' ]]]o Jeestruturação industrial e novos paradigmas de produção: Tecnologia, organi)ação e tra$al"o 3ão @aulo, P3@YB+EE3E, L==>' imeo' ]]]' Tra$al"o e organi)ação na empresa industrial integrada e ?e!ível' ln: FEJJETT+' I' .' /org'0' 5ovas tecnologias, tra$al"o e educação: Pm de$ate multidisciplinar' @e tr% polis, Ao)es, L==N' 3, I' Escola e tra$al"o' 3ão @aulo, rasiliense, L=OQ' ]]]o Ien&rios da indstria $rasileira e da formação pro1ssional' Jio de .aneiro, +E++PFJ., L= O=' ]]]o -s sindicatos, as transformaçes tecnol%gicas e a educação' ln: A|J+-3 PT-JE3' Tra$al"o(edu cação' 3ão @aulo, @apirusY5@EdY5BE, L==>' 3, I' ` F-GZ, ' moderni)ação industrial e a questão dos recursos "umanos' Jio de .aneiro, +El+PFJ., L==L' 35T-3, ;' e savoir en travaib (2e!périence de déve loppement tec"nologique pour les travailleurs d2une in dustrie $résilienne' Tese de Boutorado' @aris, Pni v ' @aris A+++, L==>' 3 A+5+, B' Educação: do senso comum 4 consciência 1lo s%1ca' 3ão @aulo, Iorte), L=OQ' ]]]o Escola e democracia' 3ão @aulo, Iorte), L=OU' >>V ''''d
3 A+5+, B' Iontri$uição 4 ela$oração da nova ei de Biretri)es e ases para a Educação 5aci nal: Pm início de conversa' @orto legre, + Jeunião nual da 5@Ed, L=OOa' imeo' ]]]o @olítica e educação no rasil' 3ão @aulo, Iorte), L=OO$' ]]]o 3o$re a concepção 'de politecnia' Jio de .aneiro, F+-IJP, L=O=' 3I;FF, ' inguagem e con"ecimento' Ioim$ra, lmedina, L=U=' ]]]o ;ist%ria e verdade' 3ão @aulo, artins Fontes, L=O' ]]]o -ccupa)ione e lavora in la rivolu)ione microelettronica, ilano, ondatori, L=ON' ]]]o 3ociedade inform&tica' 3ão @aulo, rasiliense, L==Q' 3I;+T, ;' ` IJA;-, K' _' utomação, competitividade e tra$al"o: e!periência inte rnacional' 3ão @aulo, ;ucitec, L=OO' 3I;PT, T' - valor econDmico da educação' Jio de .aneiro, a"ar, L=U>' ]]]o Iapital "umano' Jio de .aneiro, a"ar, L=V' 3EGJ7, ' et alii' Pna nueva ideologia de la educaci%n' ln: JI, G', Economia po lítica de la educaci%n' é!ico, 5ueva +magen, L=OV, p' L(VN' 3+A, T' T' da /org'0' Tra$al"o, educação e pr&tica social: @or uma teoria da formação "u mana' @orto legre, rtes édicas, L==L' ]]]o Teoria educacional crítica em tempos p%s(modernos' @orto legre, rtes édicas, L==' 3+-53E5, ' ;' rasil >QQL' Jio de .aneiro, 5@EI, L=U=' 3l5GEJ, @' ` J5T /orgs'0' 3ão @aulo: - povo em movimento' Jio de .aneiro, Ao)esYI EJ@, L=OQ' >>O . 3+5GEJ, @' ` J5T /orgs'0' Je?e!es so$re in?ação, con?ito social e democracia' ln : JE+3, F' A' ` -2B-55E, G' /orgs'0' democracia no rasil (Bilemas e perspect ivas' 3ão @aulo, A érticeYJevista dos Tri$unais, L=OO' 3-JE3, ' I' @olíticas de a#uste agravam a po$re)a' @olíticas governamentaiX' Jio d e .aneiro, +3E, n- = /=Q0, a$r'lmai' L==' W8
3-BJ7, ' - rasi2 simulado e o real: Ensaio so$re o cotidiano nacional' Jio de .an eiro, Jio Fundo, L==L' ]]]'' m&quina de 5arciso: televisão, individuo e poder no rasil' 3ão @aulo, Iorte), L==Q' 3@3+T-, ' - povo vai 4 escola' luta popular pela e!pansão do ensino p$lico' 3ão @aulo, oRola, L=ON' ]]]o ilusão fecundada ( luta por educação nos movimentos populares' 3ão @aulo, ;ucite c, L==' 3PI;-B-3K+, ' pedagogia e as grandes correntes 1los%1cas: @edagogia da essênci a e pedagogia da e!istência' ' ed', is$oa, ivro ;ori)onte, L=ON' T K+I;+, T' s origens e os efeitos do toRotismo entre os tra$al"adores do .apão' Jevista Be$ate 3indical' 3ão @aulo, nx L, #an'lmai' L==' T;EJ-J5, G' @eripecias de la modernidad (El porvenir de ' las clases R el socia lismo en2 la 2era postindustrial' uenos ires, Ediciones El Iielo por salto, L ==>' ]]]o @or que en algunos paises "aR m&s paro que en otrosk Aalência, Ed' lfons el agnani m, L=OO' T;-@3-5, E' @' formação da classe oper&ria inglesa' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L=O=' ]]]o - tempo, a disciplina do tra$al"o e o capitalismo' ln: 3+A, T' T' da /org'0' T ra$al"o, educação e pr&tica social: @or uma teoria da formação "umana' @orto legre, rtes édicas, L==L' (N . T-FFEJ' ' o c"oque do futuro' Jio de .aneiro, rte 5ova, L=V' ]]]o - espaço da economia' Jio de .aneiro, Iivili)ação 't rasileira, L=VV' X ]]]o terceira onda' Jio de .aneiro, Jecord, L=OQ' ]]]o empresa ?e!ível' ,Jio de .aneiro, Jecord, L=OM' ]]]o E+ cam$io dei poder' Ionocimientos, $ienestar R violencia en el um$ral dei siglo +' arcelona, @ ` ., L==Q' T-PJ+5E' _ue es la democraciak uenos ires, Fondo de Iultura, L==M' A|J+-3 PT-JE3' Temps et société' Futuri$les' @aris, n- LUM(LUU, mai'l#un' L==>' A |_PE, 3' 1loso1a da pr&!is' Jio de .aneiro, @a) e Terra, L=VV' AEE5, T' T"e "ig"er learning in merica ( memorandum on t"e conduct of univer sites $R $usiness men' 5e< orS,
' ;' ;ue$sc", L=LO' A+55, ' I' Escola técnica e a formação do técnico industrial' rasília, EI, L=UV' A+JE, J' a contrarrevoluci%n monetarista' é!ico, Fondo de Iultura Econ%mica, L= VO' A+3, I' ' Bemocrati)aci%n para algunos, miseria para muc"os: 5otas so$re democ racia e neoli$eralismo en mérica atina' Jevista Ionte!to ` Educação' +#uí, nx >N, p' V(>L, L==L' JBE, ' .' Educação e estrutura social: pro1ssionali)ação em questão' 3ão @aulo, Iorte , L=V=' ]]]o ;ist%ria e modernidade ou de como tudo parece em construção e #& é ruína' Iadernos 5@Ed' @o rto legre, nx M, se+', L==' EFF-JT, F' _ual democraciak 3ão @aulo, Iompan"ia das etras, L==>' >Q ++3, J' ;acia los anos >'QQQ' arcelona, Gri#al$o, L=ON' --B, E' ' Iapita lismo R emancipaci%n "umana' Jevista E+ Gelo por salto' uenos ires, n- N, p' >N (=, L==>' J+G;T, E' -' Ilase, L=O' 5ETT+, ' - *novo* rísticas, impasses e +E3E+FGA, L=_' crisis R Estado' adrid, 3iglo +, no sindicalismo $rasileiro: caractedesa1os' Bissertação de estrado, EE5, ;' os "ori)ontes de la ra)%n ++ (;istoria R necesidad de utopía' arcelon a, nt"ropos, L==L' , X(' -J+GE ,20>Yi2/*2(2 (''XX,' ]' Fmnpn"o audêncio Frigotto nasceu em ntDnio @rado, J3, em L=NV e reside na cidade do Jio de .aneiro desde L=VN' 7 formado 2'W: em Filoso1a /L=VQ0 e @edagogia /L=VL0 pela F+BE5E, atual Pniversidade de +#uí* /P 5+.P+(J30 mestre em Educação /L=VV0 pela Fundação Getlio Aargas, professor titular da dis ciplina Economia @olítica da Educação da Pniversidade Federal Fluminense (PFFYJ., mini strando, tam$ém, as disciplinas de Epistemologia da Educação e Teoria da Educação no @rogra ma do @%s(Graduação /mestrado e doutorado0 em Educação' Ioordena, desde L=OV, a lin"a de p