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Como transformamos folhas avulsas, ou qualquer outro material avulso, em um livro? Na encadernação japonesa encontramos o termo toji, que é equivalente ao termo binding em inglês, com o sentido de unir ou ligar. Quando pensamos na encadernação japonesa, não podemos nos ater apenas às costuras aparentes, pois há toda uma estrutura que forma o livro além da costura. Nesse curso, pretendemos pensar mais na encadernação japonesa como um todo, observando seus elementos essenciais. As costuras serão uma parte importante do curso, mas terão o mesmo peso das outras etapas. Quando o mestre Kojiro Ikegami em seu livro “Japanese Bookbinding” menciona os nomes das encadernações, ele sempre usa o termo toji: Yotsume toji, Yamato toji, Asa-no-ha toji. Com isso, entendemos que não se trata t rata apenas da costura mas da encadernação como um todo. Esperamos que este curso transforme o seu olhar sobre a encadernação japonesa, abrindo caminhos criativos e alimentando a vontade de praticar e de pesquisar cada vez mais sobre o assunto. As orientações apresentadas abaixo só farão sentido se houver da parte do aluno uma experiência prática. Sintam-se à vontade para experimentar, entender seus próprios métodos e necessidades de aplicação. Alguns conceitos vão se consolidando com a prática contínua e é importante que você faça, refaça, pesquise materiais e métodos. Releia as orientações deste material e assista às aulas quantas vezes quiser. Está feito o convite para que você mergulhe nesse universo cheio de sutilezas e encantos que é o da encadernação japonesa. Seja bem-vindo!
Materiais usados no curso PARA OS MIOLOS Papel sulte 75 g na cor marm, no tamanho A4 Papel para caligraa (shuji gami ou shodo) no tamanho hanshi (aproximadamente 26 cm x 35 cm) Revestimento para encadernação ou tecido empastado para preparar os cantos
CAPAS Papel Chiyogami ou Yuzen (papel japonês estampado) ou Moriki (papel japonês j aponês liso) Papel tailandês estampado Papel Canson Mi-teintes
PARA A COSTURA Linha de pipa para a costura interna Linha Anchor 8 ou linha de seda Gütermann R753 ou linha Urso número 1 (tingida manualmente) para a costura externa Cera de abelha e anela para encerar a linha, se for o caso Fio de rami ou barbante para a costura do livro contábil Cadarço de algodão de 1 cm de largura para a costura Yamato (segunda opção)
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PARA A CRIAÇÃO DE COSTURAS Cartão duplex 300 g ou papelão cinza número 30 Furador alicate de 1,5 mm ou furador agulhão ou japanese screw punch para marcar os furos Esquadro de acrílico Lápis ou lapiseira Régua milimetrada
CAIXAENVELOPE Papelão cinza de 2,2 mm Papel japonês comum (para caligraa) ou papel kraft Gabaritos de 4 mm (podem ser feitos de papelão) Revestimento para encadernação ou tecido empastado Fechos de osso ou de madeira Papel Canson Mi-teintes para o acabamento interno intern o da caixa
FERRAMENTAS E OUTROS Dobradeira de teon Vincador de osso Tesoura Régua de metal Esquadro de acrílico Gabarito de metal de 1,5 cm Estilete largo Base de corte Furador agulhão ou sovela ou Japanese Punch Agulha para costura manual número 3 ou 6 Agulha para tapeçaria número 16 ou qualquer agulha que permita a passagem do rami Formão de 7 mm de largura e martelo Cola branca PVA e pincel chato de cerdas sintéticas número 16 (para aplicar cola)
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Desenvolvimento Histórico da Encadernação Japonesa Tradução livre, por Adriana Bento, do capítulo 1 do livro Japanese Bookbinding: instructions from a master craftsman , de Kojiro Ikegami. Páginas 03 a 06. O Japão herdou da China todos os elementos essenciais para a produção de livros: um sistema de escrita para registrar a linguagem falada, papel e tinta, a tecnologia de impressão em xilogravura e ainda um estilo de encadernação. Um dos primeiros formatos de livro no Japão, feito a partir do estilo chinês, consistiu em pedaços compridos de seda ou papel transformados em rolos. Conhecido como kansubon, o livro em formato de rolo foi predominante durante aproximadamente 1000 anos após sua introdução no século V. Livros-rolo possuem algumas desvantagens por serem inconvenientes no armazenamento e porque são pouco práticos para encontrar alguma passagem especial do texto, já que precisam ser desenrolados a cada momento. Entretanto, durante o período Heian (794-1185), outros formatos de livro, também baseados nos modelos chineses, começaram a ser utilizados. O mais simples deles era o livro sanfonado. Para fazê-lo, era preciso dobrar o rolo para frente e para trás, como uma sanfona, inserindo em seguida as capas. Quando uma única capa envolvia todo o texto, o livro era conhecido como utter book (sempuyo), pois as páginas no formato concertina, por não estarem presas na lombada, poderiam facilmente se soltar e utuar numa brisa. Os “álbuns” consistem num terceiro tipo de livro sanfonado. Em vez de começarem com um longo rolo, feito a partir da junção de folhas de papel pelas extremidades, os livros no formato “álbum” eram feitos a partir de folhas de papel dobradas uma vez e unidas com cola ao longo das extremidades não dobradas, ou ao longo das extremidades dobradas e não dobradas, dependendo do estilo. Enquanto os livros sanfonados serviam como o principal veículo de impressão dos escritos budistas, os “álbuns” serviam mais como suporte para a caligraa e pintura. O livro do período Heian conhecido como buttery book (detchoso) inaugurou um processo importante na encadernação. Em vez de unidas como numa concertina, as folhas desse estilo são dobradas ao meio, com o texto na parte interna, e recebem cola ao longo da dobra, que forma a lombada do livro. Dessa maneira foi produzido o primeiro livro com o formato que mais reconhecemos hoje. A encadernação buttery foi usada até o século XVII. O nome, que originalmente deveria signicar “encadernação com cola” (pasted binding), passou a ser considerado como uma boa descrição da maneira como as páginas se abriam, já que elas permaneciam em pé e abertas como as asas de uma borboleta. A suscetibilidade das encadernações com cola aos danos provocados por insetos talvez tenha sido o principal ímpeto para o desenvolvimento de um novo estilo de livro costurado. Todas as encadernações mencionadas foram inspiradas nos exemplos chineses. Mas no século XII surge um tipo de livro costurado que é exclusivamente japonês. Conhecido como multisection book (livro em vários cadernos), esse estilo carrega uma curiosa semelhança com as encadernações ocidentais. Para produzir esse livro, um conjunto de folhas era dobrado ao meio para formar um caderno, em seguida vários desses cadernos eram costurados por meio de furos feitos nas dobras. Em contraste com outras encadernações, que eram em sua grande maioria impressos religiosos, os livros em cadernos parecem ter sido usados quase que exclusivamente para a cópia manuscrita da literatura japonesa, incluindo antologias poéticas, romances e diários. De fato, alguns estudiosos se referem a esse estilo como encadernação Yamato, para indicar sua origem japonesa. Os livros multisection tiveram popularidade durante um tempo, mas depois do século XIV eles começaram a ser substituídos pelo estilo conhecido como encadernação-envelope (pouch binding ou fukuro toji), que é uma encadernação costurada de origem chinesa que nalmente suplantou todos os estilos e até hoje é considerada como a típica encadernação japonesa. Os livros pouch-bound são feitos com folhas impressas em apenas um dos lados, dobradas ao meio com o impresso para o lado de fora. As capas são adicionadas e o livro é costurado ao longo da lombada, na extremidade contrária a das dobras, de modo que cada página dobrada forme um envelope (pouch ou fukuro), que é aberto na cabeça e no pé do livro. Enquanto a encadernação quatro furos é de longe o tipo mais comum de encadernação-envelope, há muitas variações que recebem seus nomes pelos respectivos desenhos formados na lombada. Entre elas estão: Kangxi, formato de folha e casco de tartaruga. Texto Textoss chineses (conhecidos como tohon ou Tang) também são costurados numa versão modicada da encadernação quatro furos. Outros tipos de encadernação: Yamato (costurada com tiras de tecido ou papel) e livro-caixa, cujas páginas dobradas são unidas por cordas torcidas de cânhamo. No Japão, o desenvolvimento da imprensa esteve sempre ligado ao desenvolvimento do livro. Embora a xilogravura já fosse usada há muito tempo tem po (os mantras budistas, feitos fe itos no século VIII, estão entre os documentos impressos im pressos mais antigos do mundo), seu uso cou restrito aos propósitos religiosos até o século XVI. Até essa data, os materiais impressos não se difundiam tanto porque o papel ainda era uma u ma mercadoria cara e apenas os mosteiros – que concentravam riqueza e conhecimento – dispunham de recursos para encomendar livros. Entretanto, durante o período Edo (1603-1868), vários fatores combinados contribuíram para um tremendo crescimento
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no campo da publicação de livros. A unicação do país sob o domínio dos Tokugawa trouxe anos de paz e prosperidade, estabelecendo condições para encorajar o crescimento de cidades e da cultura letrada, além da expansão da indústria do papel. Pela primeira vez, começaram a ser impressos os clássicos da literatura japonesa, como “Os Contos de Genji” e “Contos de Ise”, que eram acessíveis apenas aos mais abastados e apenas na forma de manuscrito. Em pouco tempo, surgiram livros dos mais variados assuntos, desde livros de estudos de Geograa, Matemática e Moral até livros-imagem e romances populares. Entre estes estão os famosos livros de capa azul, vermelha, preta e amarela. Os livros-imagem (picture books), com pouquíssimo texto, traziam histórias para crianças, contos com moral, romances e relatos da vida diária, sendo as publicações mais procuradas entre os menos abastados. O Reinado Meiji de 1868 trouxe a rápida introdução da tecnologia ocidental e marcou a revolução editorial no Japão. Os livros japoneses tradicionais, escritos com pincel ou impressos em xilogravura, sempre precisaram de papel suave e absorvente (o fato de que a tinta penetra no papel, tornando o verso inútil, ajuda a explicar porque tantos estilos de encadernação usam as folhas dobradas ao meio). Os tipos de metal, em contrapartida, precisam de um papel com superfície mais resistente, que poderia ser produzido pela máquina de modo mais econômico. As novas tecnologias tornaram inevitável a substituição da encadernação-envelope pela encadernação ocidental, feita com capa dura e impressa com tipos de metal. Atualmente, a encadernação tradicional limita-se aos álbuns para caligraa, livros de artista e certas edições especiais. Além de serem apreciadas por sua beleza, as encadernações encadern ações japonesas agradam a leigos e a prossionais por sua facilidade de execução e de reparo. Embora a produção em larga escala não seja tão viável, ainda há alguns encadernadores dedicados, estudiosos, artistas e amantes do livro que certamente manterão viva a tradição da encadernação japonesa.
ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PREPARO DO MIOLO Escolha da gramatura do papel Neste curso seguiremos uma forma mais tradicional da encadernação japonesa. Não usaremos capa dura, nem papéis de gramatura alta. Recomendamos que sejam usados papéis de gramatura baixa para o miolo, dentre eles o sulte 75 g, papéis de linha Vergê ou Colorplus de 80 g ou papéis japoneses usados para caligraa (shuji gami ou shodo). Caso queiram usar as costuras que aprendemos no curso com papéis de gramatura alta (180 g a 240 g), é necessário criar um vinco em cada uma das páginas e uma compensação (como a usada nos álbuns) na área onde será feita a costura. Sem isso, a abertura do livro será muito prejudicada. Quando usamos papéis de gramatura baixa, respeitando a direção da bra paralela à lombada, a abertura do livro será facilitada.
Fukuro
Após a escolha do papel, decidimos se ele será ser á dobrado ao meio ou não. Como vimos no texto sobre o desenvolvimento histórico da encadernação japonesa, o fukuro inaugura uma um a nova forma de encadernar. Fukuro signica bolso ou saquinho e na encadernação designa cada folha que é dobrada ao meio antes da costura do miolo.
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O papel japonês é muito absorvente e por conta disso as folhas eram impressas em apenas em uma das faces. A impressão impre ssão era feita em xilogravura, ocupando as duas metades de apenas uma das faces da folha. Em seguida, essa folha impressa era dobrada ao meio, deixando a imagem para fora, gerando assim duas páginas. O miolo era furado no lado oposto ao da dobra. Com o tempo, essa forma caiu em desuso porque os papéis passaram a permitir a impressão nas duas faces. Entretanto, o fukuro pode ser explorado criativamente, como foi feito no livro “Zazie no metrô”, de Raymond Queneau, editado pela Cosac Naify, por exemplo.
Observação: Para cada um dos quatro livros que irão na caixa, usaremos vinte folhas dobradas ao meio (fukuro) ou quarenta folhas inteiras (não dobradas).
Costura interna A costura interna é uma etapa de grande utilidade na encadernação japonesa. Ela serve para manter o miolo preso, impedindo que as páginas se movimentem quando colamos os cantos, executamos os furos da costura externa e costuramos o livro. Além disso, a costura interna é muito útil para preservar o miolo se houver algum dano ou perda da capa. Se a capa for prejudicada, o miolo permanecerá permanece rá xo. Os furos da costura interna podem ser posicionados no centro do miolo, próximos à lombada e sempre acima da linha de base da costura (entenderemos melhor o termo “linha de base” no capítulo sobre a costura). Quando fazemos uma costura complexa com muitos furos, podemos pular a etapa da costura interna porque a grande quantidade de furos já ajudará a segurar o miolo.
Vista da frente da costura
Vista do nó da costura interna
Cantos
Os cantos embelezam e protegem a cabeça e o pé do livro. Na encadernação japonesa, a lombada do livro ca exposta e a capa não tem seixas, sendo rente ao corte do livro. Os cantos ajudam a cobrir as extremidades da lombada do livro, protegendo e ao mesmo tempo embelezando o trabalho. O seu papel é praticamente o mesmo dos cabeceados na encadernação ocidental. Os cantos são feitos geralmente com tecido empastado ou papel (liso ou estampado). Abaixo está um esquema de como medir os cantos em função do livro. Faça as medidas no tecido ou no papel e antes de colar os cantos, vinque e dobre todas as abas. Comece a colagem pela lombada, dobre a ponta correspondente à cabeça e ao pé e em seguida cole as abas triangulares.
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PREPARO DA CAPA Capa
A capa mais usada na encadernação japonesa tradicional não cobre a lombada do livro e é fe ita em duas partes iguais em papel de gramatura baixa. As capas são exíveis e eventualmente possuem um cartão na parte interna como um reforço. O miolo é sempre costurado diretamente com a capa, deixando a costura exposta. No curso, usamos o papel Moriki para a capa, que é liso e colorido na massa. Mas podem ser usados outros papéis de até 120 g. Tendo o papel para as capas, apoiamos o miolo em cima do papel, deixando uma aba um pouco menor do que 1 cm ao lado da lombada e três abas de 1,5 cm em toda a volta do livro (cabeça, corte frontal e pé). Veja o desenho abaixo:
O miolo pode permanecer em cima da capa enquanto você vinca e dobra as abas com o apoio de uma régua de metal. Após vincar e dobrar todas as abas, dobre um triângulo nas duas pontas da capa, como mostra o desenho. Em seguida, dobre as abas para o interior da capa. Você pode colar as guardas nesse momento, aplicando cola apenas nas laterais do papel de guarda. Ou então você pode usar a primeira primei ra página do miolo como guarda. A colagem dessa página é feita após a costura. qu iser usar as costuras aprendidas em uma encadernação encadern ação capa Observação: No curso não usaremos capa dura. Mas quem quiser dura deve montar as pastas de papelão cinza (2,2 mm) contando com uma canaleta de aproximadamente 6 milímetros. O revestimento das pastas montadas pode ser feito com tecido empastado. Se for feito com papel, é importante tomar bastante cuidado ao revestir a canaleta para que o papel não rasgue. Como já comentamos mais acima, o miolo que rece berá a capa dura deve ter todas as páginas vincadas vi ncadas ou deve ter a mesma compensação usada nos álbuns para que o livro abra bem.
Outras ideias para a capa É possível fazer uma capa apenas dobrando o papel escolhido ao meio, como a dobra feita no miolo. É uma forma muito simples e rápida. Deixe a cabeça e o pé rentes ao miolo e no corte frontal você pode deixar 2 mm a mais na capa.
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Caso queira fazer uma capa que cubra a lombada, é possível fazê-la da forma mostrada abaixo. Será necessário um papel que tenha pelo menos três vezes a largura do miolo e que tenha exatamente a mesma altura do miolo. Comece dobrando a primeira aba. Em seguida, posicione o miolo em cima da aba dobrada e marque a largura desejada. Faça um vinco e posicione novamente o miolo para marcar a largura da lombada. Após vincar a largura da lombada, marque novamente a largura do miolo. Dobre a última aba e pronto! Ao fazer esta capa, o maior cuidado deve estar na precisão do vinco. É importante que a capa não que folgada na lombada.
COMO E COM O QUE FURAR O MIOLO
Boa parte da qualidade no acabamento da costura está na maneira como o miolo foi furado. Uma furação ruim provavelmente resultará em um desenho torto da costura aparente. Para uma produção manual, em pequena escala, é possível usar uma sovela ou um agulhão de boa qualidade (de um material que não entorte facilmente) e um martelo. Para uma produção em larga escala, é melhor usar uma furadeira elétrica de bancada. Geralmente, furamos e amarramos a costura interna primeiro. Colamos os cantos e em seguida posicionamos uma das capas (já dobrada) em cima do miolo. Colocamos o gabarito da costura escolhida em cima de tudo e um cartão em baixo para amortecer a furação. Coloque um peso em e m cima do gabarito para que o livro não n ão se movimente. Faça os furos com a sovela e um martelo ou com a furadeira fur adeira elétrica. Tanto a sovela quanto a furadeira deixam uma rebarba e fazem volume no papel após a furação, na parte de baixo. Podemos diminuir essa rebarba e especialmente o volume, batendo com uma marreta de borracha em cada um dos furos. Colocamos apenas uma das capas em cima do miolo para que a capa de baixo não que com o papel estourado. A outra capa é colocada depois e os seus furos podem ser feitos com o agulhão, de fora para dentro. Essa é uma maneira de deixar um furo limpo na capa, sem rebarbas. É possível também usar uma furadeira manual (de manivela). Nesse caso, mantenha a furadeira exatamente perpendicular ao livro para que o furo não que inclinado, dicultando a costura.
IMPORTANTE: Tome muito cuidado para não furar a costura interna na capa. Marque no gabarito os furos da costura externa para não se confundir.
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MEDIDAS DOS GABARITOS PARA FURAÇÃO Quatro furos (Y ( Yotsume toji) A encadernação quatro furos é o fundamento para as demais costuras. A partir dela, podemos criar um número extenso de variações. Para um livro de tamanho médio, costumamos deixar 1,5 cm nas extremidades (cabeça e pé) e dividimos o intervalo restante por 3, obtendo dois furos, como mostra o esquema abaixo. Deixamos por volta de 1 cm da lombada para dentro. Essa linha com os quatro pontos será a base para as outras três costuras que faremos na sequência. Os pontos em vermelho indicam a costura interna.
Kangxi
A encadernação Kangxi recebeu este nome por causa de um dos primeiros imperadores da dinastia Qing (1644-1912). Essa costura é ideal para livros volumosos, servindo como um reforço para a cabeça e o pé do livro. Essa é uma variação da encadernação quatro furos. Note que apenas são acrescentados dois furos, um na cabeça e um no pé. Aqui já temos uma linha acima da linha onde estão os quatro furos.
Casco de tartaruga (kikko toji) Esta costura usa a mesma base de quatro furos. f uros. São feitos dois furos a mais acima de cada um dos quatro furos. Deixamos aqui 6 milímetros de cada lado, formando um intervalo de 1,2 cm acima de cada um dos quatro furos. É possível criar algumas variações mudando a sequência da costura, mas mantendo o mesmo número e a mesma posição dos furos.
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Formato de folha ou folha de cânhamo (asa-no-ha toji) Asanoha é um padrão muito usado em kimonos. É um desenho bem conhecido da estamparia japonesa. Para fazer este desenho na encadernação, precisamos da mesma base da costura quatro furos e da costura Kangxi. São acrescentados apenas três furos no centro dos intervalos do gabarito usado na costura Kangxi, como mostra o desenho abaixo.
Asa-no-ha
É importante posicionar a costura interna um pouco mais acima do furo. Desta maneira, a linha da costura interna não será furada no momento da costura externa. Nunca coloque a costura interna entre um furo da costura externa, como mostra o desenho abaixo. Se isso for feito, a linha da costura interna poderá atrapalhar a costura externa porque estará “bloqueando” o furo.
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ORIENTAÇÕES SOBRE A COSTURA Sobre a linha Podem ser usadas linhas de seda, linho e algodão. É importante escolher uma linha compatível com o tamanho do furo do miolo, pois a linha deve cobrir o furo não sendo maior nem muito menor do que ele. Com exceção da linha de seda pura (que já possui um excelente acabamento), é interessante que a linha esteja encerada. A cera de abelha pura ajuda a impermeabilizar o o, melhora o acabamento da linha e contribui para a tensão da costura (para um desenho mais preciso) e para o ajuste do nó. Como as linhas de seda e de linho não são fáceis de se encontrar no Brasil e também por serem muito caras, podemos usar uma linha 100% algodão, a mesma usada para bordado ou crochê. Não é recomendável usar a linha meada por ser muito grossa e possuir muitos os que se abrem facilmente.
Sobre o acabamento da costura É importante ter em mente que a costura de um livro deve formar um desenho regular e limpo. A costura deve ajudar no equilíbrio do miolo, não estando mais apertada ou mais frouxa em uma das partes. Enquanto costura, ajuste o miolo a cada passada de linha e observe o desenho que está sendo criado. Tome cuidado para não torcer ou sobrepor a linha. Evite trabalhar com linhas muito compridas para não formar nós. Quando a agulha entrar em um furo que já foi costurado, preste muita atenção para não furar a linha com a agulha. Se isso acontecer a linha pode travar naquele ponto, criando um nó ou arrebentando. Lembre-se de que a costura deve uir, correndo pelos furos sem que nada a impeça. Se for necessário ajustar a costura, precisamos puxar novamente a linha refazendo o caminho. Caso a agulha tenha espetado uma linha costurada, será muito difícil fazer esse movimento.
SEQUÊNCIA DAS COSTURAS Tendo o miolo já furado e a linha preparada, seguiremos agora com a costura. Usaremos uma linha reta para indicar a linha visível na frente do miolo e uma linha tracejada para indicar a linha que passa por trás. A seta indicará a direção da costura.
Quatro furos Medida da linha: quatro vezes a altura do livro. Para começar a costura, abra o livro e insira a agulha no primeiro ou no segundo furo. Deixe um pouco de linha no n o interior do livro. Se for necessário, prenda a linha com uma ta crepe para que ela não se movimente. Tenha cuidado para que a ta não machuque o papel. Comece a costura seguindo o desenho abaixo. Lembre-se de ajustar a costura a cada passada de linha, para que o desenho que limpo e rme.
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A costura terminará exatamente no mesmo furo que foi usado para iniciá-la. Quando terminar a costura, passe a agulha por baixo da linha que envolve a lombada, fazendo um laço. Passe a linha por dent ro do laço para formar um nó simples. Direcione o nó para que ele que em cima do furo. Em seguida, entre com a agulha no miolo, voltando para a página onde foi iniciada a costura. Agora temos duas linhas dentro do miolo. Dê um nó cego, direcionando-o para o interior do livro. Corte a linha, deixando uma sobra de aproximadamente 1 cm e esconda essa sobra no interior da lombada do livro. A costura estará nalizada.
Kangxi Medida da linha: cinco vezes a altura do livro. Começamos da mesma maneira que a costura anterior: iniciamos com a linha por dentro do livro; entramos no primeiro ou no segundo furo e seguimos com a costura até o nal, terminando terminan do no mesmo furo em que começamos a costura. Aqui teremos especial atenção com os cantos (cabeça e pé), que recebem um furo a mais. Veja a sequência da costura abaixo:
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Detalhe da costura dos cantos
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Casco de tartaruga Medida da linha: cinco vezes e meia a altura do livro. Começamos e terminamos da mesma maneira que nas duas costuras anteriores.
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Temos abaixo abaixo uma variação da costura casco de tartaruga. Há outros desenhos que podemos formar mudando apenas a sequência da costura. Experimente fazer outra variação!
Formato de folha ou folha de cânhamo Medida da linha: seis vezes e meia a altura do livro. Começamos esta costura repetindo exatamente o mesmo desenho da Kangxi.
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Seguimos a costura entrando nos três furos restantes. Se trocarmos a cor da linha neste momento e prosseguirmos a costura, teremos uma costura com duas cores.
CRIANDO COSTURAS A compreensão dos princípios que formam as costuras que zemos até agora já pode ajudar na criação de variações interessantes. Vimos que a encadernação quatro furos é a base para as outras três encadernações mais conhecidas (Kangxi, casco de tartaruga e formato de folha). Abaixo, vamos levantar alguns pontos importantes que precisamos ter em mente quando vamos criar uma costura nova:
- Devemos vericar o espaço que a costura ocupará no livro para que sua abertura não seja prejudicada. Esse espaço se traduz na distância da lombada até a “linha de base”. A “linha de base” é uma linha imaginária por onde passam os furos que de fato sustentam o livro. Os furos que estiverem acima dessa linha podem variar innitamente e terão um caráter geralmente mais estético do que estrutural
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- Podemos ter apenas um furo na linha de base, como mostra a gura abaixo. Com apenas um furo, podemos tanto envolver a lombada do livro quanto envolver a lombada, a cabeça e o pé. Com um só furo temos até três movimentos, como mostra a linha vermelha do desenho, sugerindo a costura
- Se tivermos um furo acima da linha de base, já teremos mais elementos para a criação de desenhos. Veja abaixo que com apenas dois furos no miolo temos também variações no desenho da costura
- Com dois furos acima da linha de base, temos mais variações ainda. O segundo desenho mostra todas as linhas que podemos traçar. Modicando a sequência da costura, já temos aqui vários desenhos
- Entendendo esse princípio da linha de base e das variações dos furos, temos já um passo importante para a criação de padrões simples. Se quisermos trabalhar com formas mais complexas, é interessante fazer um estudo prévio. Fazemos um esboço da gura e traçamos uma série de linhas e de pontos, para que tenhamos clareza de como esse desenho será distribuído ao longo do miolo. Abaixo temos um u m exemplo:
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Agora precisamos estabelecer uma sequência para a costura. Na encadernação japonesa não temos linhas duplas, nem lacunas. O desenho deve ser inteiramente preenchido de maneira limpa e proporcional. Podemos fazer estudos da sequência da costura com setas, indicando onde a linha deve passar na ida e na volta. Devemos ter em mente que a costura sempre termina no mesmo furo em que começamos. Sendo assim, a costura passa pelos furos deixando algumas lacunas, preenchidas apenas na volta. Assim, arremataremos a linha do começo com a linha do nal. Teoricamente, podemos começar a costura em qualquer um dos furos que está na linha de base. A questão é traçar uma sequência que não gere linhas duplas, nem lacunas. Geralmente, os desenhos usados na encadernação japonesa são simétricos. Isso facilita a repetição de padrões. Abaixo temos a sequência da costura. Observe que ao nal passamos apenas pela linha de base preenchendo as lacunas, enquanto todos os furos que estão acima da linha de base já foram preenchidos.
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ESTUDO Abaixo segue uma costura criada por Isabelle Ting, da Owl and Lion Bindery, que recebe o nome de Tiany. http://www. owlandliongallery.com/ Veja como seguimos o mesmo esquema anterior: encontrar uma forma modular, estabelecer uma sequência de linhas e pontos, distribuir o desenho no miolo e denir uma sequência para a costura.
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YAMATO TOJI As quatro encadernações principais que vimos no começo deste material têm origem chinesa. Há notícias sobre uma encadernação desenvolvida no Japão durante o período Heian (794-1185) que passou a ser conhecida como Yamato. Essa encadernação recebeu este nome para marcar sua origem, já que Yamato era o nome do Japão antigo. A encadernação Yamato era muito usada para o registro manuscrito de poesia e literatura japonesas. Diferentemente das demais encadernações que vimos até agora, a Yamato não é feita em folhas soltas ou no estilo fukuro toji, é feita em cadernos. As capas abraçam o primeiro e o último cadernos e recebem um cartão na parte interna, coberto com as guardas. A costura ca exposta na lombada e a abertura do livro é total (180 graus). Curiosidade: No livro “Non-Adhesive Binding: exposed spine sewing”, Keith Smith r efere-se a essa costura como buttery, nome dado por Betsy Palmer Eldridge.
Preparação do miolo No curso faremos uma encadernação com cinco cadernos de seis folhas, de 75 g cada. Tendo os cadernos dobrados, fazemos os furos com um agulhão aado. As medidas para a furação são as indicadas abaixo. As medidas são dadas em centímetros. Se o caderno aumentar ou diminuir muito de tamanho, é possível alterar as medidas proporcionalmente.
Preparação da capa A capa pode ser feita com um papel de até 120 g. Marcamos as abas laterais da capa a partir do miolo, da mesma maneira que zemos com a primeira primei ra capa sugerida para as encadernações anteriores. anteriore s. Corte a área indicada com as linhas tracejadas. Vinque e dobre as abas. A aba correspondente à lombada será colada no festo (dobra) do primeiro e do últim o caderno. Posicione o primeiro caderno na parte interna de uma das capas e cole a aba da lombada em cima da dobra do caderno. Faça o mesmo com a outra capa e o último caderno. A aba pontilhada mostra a parte estampada do papel que cobre a dobra do caderno. Dobre as abas maiores (cabeça, corte frontal e pé). Coloque um cartão de até 300 g na parte interna da capa e cole as guardas. O miolo já estará pronto então para a costura.
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Costura Nosso miolo terá quatro furos por caderno. A costura pode ser feita com uma, duas ou com quatro agulhas. Mostramos abaixo uma maneira de fazer a costura com duas agulhas, costurando uma leira de furos de cada vez. Com quatro agulhas, as duas leiras são costuradas ao mesmo tempo. Comece com a agulha de fora para dentro, passando passando pelo primeiro furo e saindo pelo segundo. Coloque o próximo caderno. Se estivermos costurando com duas agulhas, cada uma delas entrará no furo imediatamente acima do próximo caderno e sairá no furo ao lado, cruzando as agulhas por dentro do caderno, como mostram as linhas tracejadas da imagem. Siga fazendo o mesmo movimento até o nal. Quando che gar no último caderno, dê um nó para cada um dos furos.
YAMATO Há outro estilo de encadernação Yamato, mais usada atualmente como papelaria e livro de registros em casamentos e outras celebrações. Nessa encadernação, podem ser usadas u sadas folhas soltas (inteiras ou dobradas como fukuro) e a mesma capa com as abas dobradas que já zemos mais acima. Esta encadernação não é costurada com linha, mas sim com um cadarço ou com uma tira larga de tecido ou de papel. Deixamos uma distância de 1 cm da lombada para o miolo. Marcamos os furos com um formão de largura compatível com a largura do cadarço cadarço ou da tira que será usada para amarrar o livro. Veja abaixo uma indicação de medida:
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Faça primeiro a costura interna, como já vimos neste material. Em seguida, meça os cantos e cole-os. Nesse caso, os cantos são maiores porque a distância da cabeça e do pé até o primeiro furo é de 4 cm. Nas quatro encadernações que zemos, essa distância era de 1,5 cm. Considere isso ao medir os cantos. Posicione a capa em cima do miolo, coloque o gabarito com as medidas indicadas em cima da capa e use um formão para abrir os furos. Tome o mesmo cuidado que tivemos anteriormente com a capa, para que o papel não estoure na capa de baixo.
Tendo o miolo furado já com os acabamentos e a capa, insira o cadarço em uma das aberturas e passe-o até a outra abertura. Dê um nó quadrado bem desenhado em bata um pouco com a marreta em cima do nó. No nal teremos dois laços visíveis na capa. Cole o título no centro da capa.
LIVRO CONTÁBIL O livro-contábil foi muito usado no Japão durante o período Edo (1603-1868) em h ospedarias e no comércio. É um tipo de encadernação de folhas em branco, mais pensada para papelaria do que para o livro impresso. Quando a encadernação era usada por comerciantes, era comum caligrafar na capa caracteres para boa fortuna. A capa geralmente era feita com papel de gramatura mais alta (o que podia ser feito colando-se vários papéis nos), mas não chegava a ser uma um a capa tão rígida como a das encadernações ocidentais. Seu formato alongado permite que as páginas abram muito bem e a costura rápida nalizada com nós comuns condiz com a praticidade de uma caderneta, que precisamos ter sempre à mão.
FURAÇÃO DO MIOLO São feitos apenas dois furos no miolo. O desenho abaixo dá uma indicação de proporção, mas outras medidas podem ser tomadas em função do tamanho da sua caderneta. Para esta encadernação, podem ser usadas mais folhas, por volta de 60. A costura pode ser feita com um cordão ou o de bra natural (rami, juta ou linho). É recomendável usar um o mais grosso.
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Usamosdoispedaçosdecordãoouo.Um dospedaçosentra pelo furo e envolve a cabeça, deixando uma um a sobra para os dois lados. O outro pedaço entra pelo outro furo e envolve o pé, também deixando uma sobra de o para os dois lados Damos um nó com as duas linhas que sobraram, posicionando-o no centro da lombada. Levamos as quatro linhas em direção ao centro e torcemos todas juntas, deixando duas pontas para cada lado. Depois damos mais um nó e está pronta a costura.
BUTTERFLY A encadernação buttery é uma das mais antigas. É de origem chinesa e antecede as encadernações com costura que vimos aqui no formato fukuro. A encadernação buttery inaugura um formato importante na história do livro, pois não possui semelhança com o livro de rolo e dá margem para o posterior desenvolvimento do fukuro. Recomenda-se a leitura da pesquisa feita pelo Projeto Dunhuang, que resgata formatos antigos de encadernação chinesa a partir de uma coleção da British Library. Para essa encadernação, devemos primeiro dobrar a folha ao meio e aplicar cola em uma parte da dobra. Pegue a próxima folha, também dobrada ao meio, e cole dobra com dobra. Aplique cola na dobra da última folha colocada e cole a terceira folha dobrada ao meio, sempre dobra com dobra. Siga assim até atingir o número n úmero de folhas que desejar. Como vimos no texto sobre o desenvolvimento histórico da encadernação japonesa, o nome buttery se deve ao fato de que as folhas abertas do livro se assemelham a asas de borboleta. Mas o nome original em chinês talvez também possa signicar encadernação com cola, traduzido para o inglês por pasted binding.
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Tendo o miolo pronto, cole uma tira de papel ou de tecido no na lombada, deixando uma aba para dentro que tenha mais ou menos 7 mm. Cole a capa bem rente à lombada. A capa usada para essa encadernação é a mesma feita anteriormente com as abas de 1,5 cm em toda a volta (cabeça, corte frontal e pé) e com a aba da lombada menor do que 1 cm.
Tendo o miolo com a tira de papel colada, posicione e cole a capa em cima da tira de papel, representada pelas linhas tracejadas na imagem.
SOBRE A POSIÇÃO DO TÍTULO
Quando temos um livro impresso ou uma caderneta que precise de título, podemos colar uma tira de papel (liso ou ocado) na parte superior do livro, mais ao centro ou do lado oposto ao da costura. Para as encadernações Yamato e Folha de Cânhamo, o título geralmente é colocado no centro da capa. Para as encadernações quatro furos, casco de tartaruga e Kangxi, o título é posicionado no lado oposto ao da costura. A altura da tira de papel deve ter ⅔ da altura da capa e a largura deve ser de aproximadamente 3 cm. A tira de título é colada bem próxima dos limites da capa, deixando por volta de 3 milímetros de margem. Veja as imagens abaixo:
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CAIXAENVELOPE Corte do papelão (medidas) Entre as caixas japonesas mais comuns, a caixa-envelope é uma das mais básicas. Embora ela não proteja os cortes superior e inferior do livro, a caixa-envelope atua mais como uma reforçada e sosticada sobrecapa, preservando o bloco de texto, a capa e a costura, por exemplo. É importante ter em mente que as medidas da caixa serão dadas em função do livro. Devemos ter todos os livros em mãos para determinarmos as medidas da caixa. A caixa-envelope é dividida em três partes: tampa, fundo e tampa interna. Veja abaixo como medir cada uma das partes. Lembre-se de deixar a direção da bra na orientação indicada.
Montagem das partes Tendo as partes de papelão cortadas, devemos uni-las com uma tira de papel kraft ou de papel japonês. Deixe 4 mm entre uma peça e outra ou o correspondente a 2 vezes a espessura do papelão. Cole as tiras de papel com cola branca e passe bem a dobradeira para tirar qualquer bolha. Corte o excesso de papel nas partes superior ou inferior da caixa, se houver.
Revestimento O tecido empastado ou o revestimento pronto para encadernação são os melhores materiais para revestir a caixa. Embora um bom papel japonês de bra longa possa ser usado. Meça o revestimento considerando 1,5 cm a mais em toda a volta das partes montadas, como mostra a gura abaixo. A cola (PVA) deve ser aplicada no papelão cinza com um pincel ou rolinho de espuma. Certique-se de que a cola foi bem esticada e posicione as partes montadas de papelão em cima do revestimento. Usando uma dobradeira de teon, trabalhe primeiro primeiro o revestimento nas canaletas. Com cuidado, leve o revestimento para o interior das canaletas e pressione a dobradeira até que o revestimento entre nas canaletas e não movimente mais. Em seguida, use a dobradeira deitada e pressione o revestimento contra as partes maiores m aiores do papelão. Marque bem a tira de papelão colada na tampa. Depois dessa etapa, igualamos o revestimento que servirá para o que chamamos de revirado. As bordas devem medir aproximadamente 1,5 cm. Use um gabarito de metal para deixar todas as partes iguais. Tenha especial cuidado no revirado que cobrirá a tampa que possui a tira de papelão de 6 mm. Tome cuidado para que o revirado revi rado dessa parte não que menor, men or, pois há o dobro de papelão para revestir nessa área. áre a.
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Alças As alças suportam os fechos e deixam a caixa justa, evitando que os livros caiam. Elas devem ser feitas de preferência com tecido empastado. Veja no desenho abaixo como medir a alça. As alças que são inseridas no fecho podem ser mais estreitas ou da mesma largura das alças que saem da parte correspondente ao corte frontal. Para fazer a alça, precisamos vincar uma tira de tecido em três partes. A parte central deve ser maior do que as abas laterais, como mostra o desenho. Usando uma régua de metal, faça um vinco no tecido na largura desejada para levantar a primeira aba. Em seguida, faça um vinco para a parte central da alça, que deve ter 1 milímetro a mais. Por último, marque a terceira parte da alça, que deve ter a mesma medida da primeira aba, e corte. Cole as abas como mostra a imagem, passe bem a dobradeira e deixe a alça em um peso por um tempo.
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Acabamento interno da caixa O acabamento interno da caixa deve ser feito com tanto cuidado cui dado quanto o acabamento externo. Na parte correspondente às canaletas, colocamos uma tira do mesmo material que usamos no revestimento externo. Em cima desse revestimento, r evestimento, colamos um pedaço de papel correspondente às três partes da caixa: tampa interna, fundo e tampa. Tome cuidado para que o papel não chegue ou cubra a canaleta.
CONSIDERAÇÕES Observações sobre o uso da cola Uma das grandes virtudes da encadernação japonesa é o pouco uso de cola. Nos trabalhos que zemos ao longo do curso, a peça que mais m ais exige cola é a caixa-envelope. As encadernações encadern ações precisam de cola apenas nos cantos e nas bordas da capa, para a colagem das guardas. Já no caso do livro-contábil, não há nada de cola. O miolo é furado e a costura une todas as folhas. Quando precisamos passar cola em algo, é útil sempre fazer um movimento com o pincel do centro para as extremidades. Isso evita que o material a ser colado que sujo ou manchado de cola. Uma prática dos encadernadores, mencionada pelo mestre Kojiro Ikegami em seu livro “Japanese “Japanese Bookbinding”, orienta a passar a cola com a peça voltada para fora da mesa. Quando colamos a borda da capa na primeira página do livro, por exemplo, podemos apoiar o livro rente à borda da mesa, levantar a capa e passar cola na primeira página do livro, movimentando o pincel para fora da mesa. Em seguida, descemos a capa e passamos a dobradeira. Desta forma, a mesa de trabalho não ca suja e não é necessário usar várias folhas de rascunho para proteger o livro da cola.
Sobre a direção da bra Em todos os trabalhos executados no curso, consideramos a correta orientação da bra. O miolo, a capa, as guardas de todos os livros tiveram a direção da bra colocada paralelamente à lombada do livro. No caso da caixa-envelope, a bra do papelão cinza e do tecido empastado e mpastado também mantiveram sua direção paralela ao lombo dos livros. Nos papéis industriais, a direção da bra é determinada no momento em que a polpa de papel caminha pela esteira. O movimento da esteira tende a direcionar a bra em determinado sentido. Quando dobramos um papel ao meio, sentimos que um dos lados apresenta maior resistência à dobra, quebrando as bras (craquelando o papel), enquanto que se a dobra for feita no lado contrário, a resistência será menor e o papel cederá facilmente. Isso é mais perceptível quando usamos um papel de gramatura mais alta. É importante respeitar a direção da bra paralela à lombada para que o livro abra melhor e para que ele contraia e expanda naturalmente quando houver interferência da umidade. Como usamos pouca cola na encadernação japonesa, a absorção de umidade será mais por conta de fatores externos do que por causa da cola.
O suminagashi
O suminagashi é uma técnica muito antiga de marmorização de papéis. Usa-se basicamente sumi (tinta para caligraa), água e um agente dispersante que quebre a tensão supercial da água (óleo ou fel de boi, por exemplo). O nanquim é depositado na água, abrindo um círculo negro. Em seguida, coloca-se o dispersante no centro do círculo de nanquim e imediatamente é aberto outro círculo, agora sem tinta. Segue-se assim, fazendo círculos concêntricos e, quando achar interessante, movimente a água usando um leque ou assoprando em cima do desenho. Assim, a água será a responsável por guiar a tinta e formar linhas onduladas. Quando considerar que o desenho formado está bom, coloque um papel em cima do desenho. Levante o papel pelas extremidades e nesse momento já verá o suminagashi no papel.
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Sobre a abertura do livro A encadernação japonesa é muito usada para livros, cadernos e álbuns de folhas soltas. É considerada uma desvantagem da encadernação japonesa o fato de ela não ter uma boa abertura. Entretanto, alguns fatores podem contribuir para que o livro abra bem, como: usar a direção da bra paralela à lombada, vincar a capa na linha de base da costura, usar papéis de gramatura baixa e evitar que a largura do livro seja muito menor do que a sua altura. Estamos aqui pensando em livros com a capa exível. No caso de uma capa dura, como já tivemos a oportunidade de mencionar, temos que considerar a canaleta na capa e a compensação no miolo.
Sobre o papel washi A palavra washi denomina o papel artesanal japonês. As bras utilizadas são kozo, gampi ou mitsumata. Grosso modo, a polpa feita a partir do cozimento destas bras é depositada em uma tela de bambu ou metal. São produzidas nas camadas de polpa, as quais depois de prensadas e secas gerarão a folha de papel. As folhas de papel, ainda úmidas, são esticadas em uma tábua com um pincel largo e levadas para secar ao sol. A superfície em contato com a tábua será lisa enquanto que o outro lado, por onde passou o pincel, será áspero. Geralmente, o lado liso é considerado a frente (omote) e o lado áspero é a parte de trás (ura ou uragawa) do papel japonês.
Indicação de Lojas de Materiais ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “ENCADERNAÇÃO JAPONESA” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR) CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
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PAPÉIS PAP ÉIS ESPECIAIS Kamori Papel Kozo. Kozo. O senhor Kamori ensina a fazer fazer papel artesanal artesanal japonês e também pratica o suminagashi. Rua Fidelino de de Figueiredo, 119 – perto do metrô Saúde - 5585 3523 / 8558 6404 www.kamoriarte.com.br
World Paper Loja especializada especializada em papel japonês. Vendem Yuzen washi (papel artesanal japonês estampado), Moriki color (papel japonês colorido), Tairei (papel ocado), dentre muitos outros. Rua Belmiro Braga, 49 - Vila Madalena - 3815 5622 www.worldpaper.com.br
Livraria Sol Vendem papel japonês japonês estampado Chiyogami (Yuzen) (Yuzen) e papel para shodo (hanshi) Praça da Liberdade, 153 (em frente ao metrô Liberdade) - 3208 6588 Abre também aos domingos, das 11h00 às 17h00
Daiso Brasil Vendem papel para caligraa e papel papel artesanal tailandês. Todos os produtos produtos da loja custam R$ 6,90. 6,90. Rua Direita, 247 – Sé - Segunda a sábado, sábado, das 9h30 às 19h / Domingo, das 9h30 9h30 às 15h Há mais endereços: https://pt-br https://pt-br.facebook.com/daisojapanbrasil .facebook.com/daisojapanbrasil
ENDEREÇOS INTERNACION INTERNACIONAIS AIS
Rossi (papéis italianos) O papel de libélulas é desta empresa Via della Tintoria, 3 - Firenze http://www.rossi1931.com/
El Rejón Encuadernación
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Calle Zurbarán, 8 – Madrid http://elrejonencuadernacion.es/
Mon Univers Papier http://www.monuniverspapier.fr/
Japanese Paper Place 77 Brock Avenue, Toronto http://www.japanesepaperplace.com/
Paper place (papel japonês e papel marmorizado) 887 Queen St. West, Toronto www.thepaperplace.ca
Paper mojo 2014 South Main St, Suite 604 Wake Forest, North Carolina 27587 www.papermojo.com
PAPÉIS NACIONAIS
VSP Vendem papéis variados (folha gráca) gráca) e revestimentos especiais, incluindo o Saphir. Rua José Gomes Gomes Falcão, Falcão, 221- Barra Funda – 2714 2222 Av. Presidente Juscelino Kubitschek, Kubitschek, 982 - Itaim Bibi - 3071 0005 0005 Ver mais no site: www.vsppapeis.com.br
Papelaria Universitária Vendem Vergê, Colorplus, Marrakech, Canson Mi-teintes, papelão cinza, entre outros. Rua Maria Antônia, 263 Consolação 3257 1844 Rua Humberto I, 1012 Vila Mariana 5571 9015 www.pu.com.br
Casa do Artista
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Vendem papéis da Canson (Mi-teintes) e Fabriano Fabriano (Murillo). Al. Itu, 1012
3088 4191
R. Major Sertório, 447
3258 6711
www.acasadoartista.com.br
Pintar! Rua Cotoxó, 110 Pompéia 3873 0099 www.pintar.com.br
PAPELÃO PAP ELÃO CINZA CINZ A
Vitamina de Papel Vendem e cortam cortam papelão papelão cinza. Também Também vendem vendem miolos prontos para agendas e ans. Rua Faisão, 63 – Vila Madalena – 3811 9779 www.vitaminadepapel.com.br
Papelaria Universitária Rua Maria Antônia, 263 Consolação 3257 1844 Rua Humberto I, 1012 Vila Mariana 5571 9015 www.pu.com.br
Vivox Rua Pedro Taques, 145 Cj.2 – Vila Maria – São Paulo www.vivox.com.br (11)3259 2255
Forpal Rua Euclides Pacheco, 483 – São Paulo ww.forpal.com.br - (11) 29424266 / 22943233
TECIDOS
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Retalharte Vendem conjuntos de tecidos tecidos japoneses. japoneses. A loja sempre participa participa de eventos em São Paulo. www.retalharte.com w ww.retalharte.com / Rua Coronel Dulcídio, 2043 – Curitiba
Mittus Tecidos Finos Vendem linho dupla face Ladeira Porto Porto Geral, 68 (3062 5193) e Rua Augusta, 2483 (3064 0832) http://www.mittustecidos.com.br
Zoopress Vendem linho estampado http://www.zoopress.com.br/
Fernando Maluhy Vendem tecidos estampados (tricoline) Rua Cavalheiro Basílio Jafet, 38 – 8º andar (atacado) e 9º andar (varejo) www.fernandomaluhy.com.br 3325 2015
Cassia Nahas Rua 25 de março, março, 904 – Centro / www.cassianahas.com.br www.cassianahas.com.br - 3315 5555/ 2121 9555
Niazi Cho Vendem tecidos variados, entre eles o algodão cru. São vários endereços na região da da 25 de março. março. Consultar o site: www.niazi.com.br
Aviamentos Aviament os Metrópole Rua Comendador Adbo Schahin, 52 – 3313 1410 http://www.metropoletecidos.com.br/
REVESTIMENTOS BOOK CLOTH
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O Velho Livreiro Vendem revestimento Creativo Rua Harmonia, 783 – Vila Madalena – 2478 8849 http://www.ovelholivreiro.com/
VSP Vendem Saphir e revestimo VTex (fabricação própria) http://www.vsppapeis.com.br/
Ocina Finisterre Urupês Vendem revestimento Franko Frankonia nia Rua 1o de janeiro, 229 – 5083 2772 - www.ocinafu.com.br
Amillo Loja de materiais materiais para para encadernação de Madrid. Vendem linho empastado. empastado. Calle de las Fuentes, 10 – Madrid - http://www.amillo.com/
DOBRADEIRAS
“Dobradeira” de bambu (adaptada a partir de colher) São encontradas na feirinha da Liberdade ou em mercados japoneses.
Marcelo Bioni Fabrica dobradeiras de teon. Vende Vende também ferramentas para encadernação (réguas e gabaritos de metal) com ótimo preço.
[email protected] / 3484 7374 / 98729 9339 (tim) / 99863 6438 (vivo) (vivo)
Encadernadora Entre Livros Vendem dobradeira de osso e diversos materiais para encadernação ocidental. Rua Machado de Assis, 216, perto do metrô Ana Rosa - 5579 3382 / 5539 0414 www.entrelivros.com.br
Maqtinpel
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BIBLIOGRAFIA ASUNCIÓN, Josep. O papel: técnicas e métodos tradicionais de fabrico. Lisboa: Editorial Estampa, Lda., 2002. BROMER, Anne C. Miniature books: 4.000 years of tiny treasures. New York: Harry N. Abrams, 2007. CELEMÍN, Antonio Velez. El marmoleado – del papel de guardas a la obra de arte. Madrid: Ollero & Ramos, 2012. GUYOT,, Don. Suminagashi: an introduction GUYOT i ntroduction to japanese marbling. Brass Galley Press, 1988. IKEGAMI, Kojiro. Japanese Bookbinding – instructions from a master craftsman. Boston: Weatherhill, 2007. FAHR-BECKER, Gabriele. Japanese Prints. Munich: Taschen, 2007. GRÜNEBAUM, Gabriele. Techniques for marbleizing paper. New York: Dover Publications Inc., 1992. LAFERLA, Jane e GUNTER, Veronika Alice. The Penland Book of Handmade Books. New York: Lark Books, 2008. LYONS, Martyn. Livro: uma história viva. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2011. MATSUDA, MATSUD A, Koichi. Washi: o papel artesanal japonês. São Paulo: Aliança Cultural Brasil-Japão Brasil-Japão,, 1994. QUENEAU, Raymond. Zazie no metrô. met rô. São Paulo: Cosac Naify, 2009. SMITH, Keith. Non-adhesive binding: books without paste or glue. Keith Smith Books. SMITH, Keith. Non-adhesive binding: exposed spine spin e sewing.Vol. sewing.Vol. III. Keith Smith Books, 2014. TOURTILLOTT, TOURTILLO TT, Suzanne. 500 Handmade Books: inspiring interpretations of a timeless form. New York: Lark Books, 2008.
LINKS The International Dunhuang Project – textos importantes importantes sobre encadernação chinesa. http://web.archive.org/web/20000526082021/http://idp.bl.uk/IDP/bookbinding/THREAD-FRAMESET.html
Becca Hirsbrunner – costuras inspiradoras http://beccamakingfaces.com/
Owl and Lion Bindery – lindo trabalho da encadernadora e ncadernadora Isabelle Ting http://www.owlandliongallery.com/
Vídeo sobre a fabricação do papel artesanal japonês http://www.youtube.com/watch?v=p2WXBZQ3S18
Awagami Factory Factory – fabricação de papel em Tokushima http://www.awagami.com/ ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “ENCADERNAÇÃO JAPONESA” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR) ONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
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Vídeo sobre suminagashi http://www.youtube.com/watch?v=auHfy3OcDuA
Vídeo sobre impressão de xilogravura Ukiyo-e com o mestre Keizaburo Matsuzaki Matsuzaki http://www.youtube.com/watch?v=t8uF3PZ3KGQ
Trabalho Tr abalho da artista Carolee C arolee Campbell www.ninjapressbooks.com
Curiosidade: vídeo sobre como são feitos os kimonos (desenho, pintura, bordado) http://www.youtube.com/watch?v=MKG13KDqKj8&feature=endscreen&NR=1
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