Os Maias Primeiro Capítulo
Os Maias mudaram-se mudaram-se para uma casa em Lisboa no Outono de 1875. Esta casa era conhecida por todos como o Ramalhete. Passaram-se alguns anos, e o Ramalhete encontraa-se desabitado. Em 1858 o senhor !uccarini decidiu ir isitar a casa com o ob"etio de instalar l# a $unciatura, contudo, a renda %ue &oi pedida pelo procurador dos Maias, o senhor 'ila(a, era demasiado alta e por isso !uccarini desistiu. Por esta estass altu altura ras, s, &oi co comp mpra rada da outra outra ca casa sa dos dos Maias Maias)) a *o"e o"eira ira.. Poucas pessoas ainda se lembraam desta &am+lia, mas %uem se lembraa sabia %ue esta &am+lia iia na sua uinta de anta Ol#ia, nas margens do ouro. Os Maias Maias eram eram uma uma anti antiga ga &am+l &am+lia ia da !eira !eira,, nunc nunca a &ora &oram m muit muito o numerosos, sem colaterais, sem parentelas. $o entanto, a &am+lia agora estaa redu/ida a somente duas pessoas) o senhor da casa, um senhor idoso, chamado 0&onso da Maia e o seu neto arlos %ue estaa a estudar medicina em oimbra. O resultado era %ue os Maias, tendo o Ramalhete inabit#el, n2o possu+am casa em Lisboa3 e 0&onso nesta idade adoraa o sossego de anta Ol#ia, mas o seu neto, arlos, depois de &ormado n2o iria %uerer ier na %uinta. om esta situa(2o, 0&onso pediu um conselho a 'ila(a e este mesmo disse-lhe %ue deeria habitar o Ramalhete, apesar de necessitar de imensas obras, era isso %ue o senhor 0&onso tinha de &a/er. &a/er. epois das obras necess#rias, 0&onso decidiu mudar-se em 1875 para o Ramalhete en%uanto o seu neto, arlos, se encontraa numa iagem pela europa. 0&onso n2o %ueria ier mais a&astado do seu neto, e arlos com uma carreira atia deeria habitar o Ramalhete. 0&onso era bai4o, maci(o, de ombros %uadrados e &ortes, com uma cara larga, pele corada %uase ermelha, o cabelo branco, e a barba de nee aguda e longa. aetano da Maia, pai de 0&onso, era um portugus %ue tinha um 6dio imenso ao acobino, a %uem atribu+a todos os males, os do pa+s e os seus, desde a perda das col6nias at 9s crises da gota. 0&onso partiu para :nglaterra mas pouco depois tee de oltar a lisboa uma e/ %ue seu pai, aetano da Maia, morreu de s;bito.
de Maria Eduarda e da sua &am+lia, a tia
morreu de pneumonia, em Mar(o. Maria Eduarda adoraa a tia por ela ser irlandesa e cat6lica. Para a distrair deste triste acontecimento, 0&onso, seu marido, leou-a a :t#lia, mas nem assim a senhora animou, continua a %uerer ir para Lisboa. 0&onso %ueria mandar o seu =lho para oimbra, mas %uando a sua mulher soube da not+cia implorou para %ue n2o o =/esse pois n2o %ueria estar a&astada da pessoa %ue mais amaa, e naturalmente o seu esposo cedeu. O =lho de 0&onso e Maria, Pedro, era muito esperto e alente. uando a m2e morreu, o rapa/ entrou %uase em loucura. Passaram muitos meses depois da morte de Maria e 0&onso come(aa a desesperar por er o =lho em tamanha triste/a e a isitar todos os dias o corpo da &alecida m2e. ? ent2o %ue 0&onso descobre, atras de um a@ da sua &alecida esposa %ue Pedro anda a encontrar-se com uma mulher e %ue a amaa perd perdid idam amen ente te,, uma Mon& Mon&or orte te.. O pai pai da rapa raparig riga a era era dos dos 0(or 0(ores. es. Esta Esta rapari rapariga ga chamaa chamaa-se -se Maria Maria Mon&ort Mon&orte. e. Pe Pedr dro o estaa estaa t2o apai4 apai4ona onado do %ue escreia a Maria todos os dias duas cartas em seis &olhas cheios de poemas. 'ila(a 'ila(a,, admini administr strado adorr dos 'ila( 'ila(a, a, decidiu decidiu contar contar a not+ci not+cia a da pai42o pai42o da pai42o de Pedro a 0&onso, e o seu pai, odiaa a &am+lia Mon&orte e chegou a di/er %ue Maria at para amante era m#. $o er2o, Pedro partiu para intra3 0&onso soube %ue a &am+lia de Maria Mon&orte tinha comprado uma casa l#. 0lguns dias depois, 'ila(a apareceu no Ramalhete muito preocupado pouco no dia anterior Pedro tinha passado no cart6rio e pediu-lhe in&orma(Aes sobre propriedades e sobre o meio de leantar dinheiro. di nheiro. Passou o outono e chegou o inerno. Pedro &oi ter com o pai e pediu a este para casar com Maria Mon&orte, e o pai, insatis&eito disse ao =lho %ue nunca lhe tinha &alado sobre ela e %ue ela era =lha de um assassino, de um negreiro. Para 0&onso o &acto de Pedro casar com Maria era uma ergonha, mas n2o &oi isso %ue ia impedir de Pedro casar com a sua amada. ois dias depois desta situa(2o, 'ila(a &oi a correr contar o %ue se tinha passado nessa madrugada) Pedro tinha casado e ia partir para :t#lia com a noia. E a partir desta situa(2o, nunca mais se &alou & alou no Pedro da Maia. Os Maias Segundo Capitulo
Pedr edro e Mari Maria a iam iam ia" ia"an ando do por por :t#li t#lia a de cidad idade e em cida idade. de. *encionaam *encionaam passar o inerno neste pa+s, e assim &oi. ontudo, passados alguns dias de estarem em Roma, Maria sentiu um enorme dese"o de ir para Paris, e l# &oram para
Maia n2o aceitar a rela(2o %ue Pedro e Maria tinham, e de n2o aproar o casamento, desesperaa-a. Maria odiaa o elho 0&onso, e por isso, apressou o casamento e planeou a tal partida para :t#lia. Porm, agora %ue o casal ia oltar 9 capital, era necess#rio a reconcilia(2o. Esta carta era tal como Maria tinha pedido, tinha de ser bonita3 &oi re&erido %ue se Maria desse 9 lu/ um menino %ue lhe iria por o nome do elho 0&onso e %ue Maria "# o adoraa. Pedro escreeu esta carta comoido com o &acto de ir a ter um =lho. O casal desembarcou rumo a !en=ca. Mas, o %ue n2o sabiam era %ue 0&onso tinha partido para anta Ol#ia dois dias antes, e isto magoou Pedro. E &oi com esta situa(2o %ue a rela(2o entre pai e =lho acabou. uando Maria deu 9 lu/, Bnasceu uma meninaC Pedro n2o escreeu ao seu pai a contar ao seu pai, e at chegou a di/er a 'ila(a %ue "# n2o tinha pai. om o passar do tempo, 0&onso da Maia ia caindo cada e/ mais no es%uecimento em anta Ol#ia. 0penas Pedro por e/es perguntaa a 'ila(a como %ue o seu pai ia. Mas, Maria tee outro =lho, um menino desta e/. Pedro pensou em dirigir-se para santa Ol#ia, mas Maria tinha um plano melhor) segundo as in&orma(Aes de 'ila(a, 0&onso iria oltar a !en=ca dentro de pouco tempo, e %uando ele oltasse, Maria pegaa no beb e iria ter com 0&onso, todo estida de preto, e sem mais nem menos, iria atirar-se para seus ps a pedir bn(2o para o seu neto, e Maria, tinha a certe/a de %ue este plano era %uase in&al+el. Para acalmar 0&onso da Maia, Pedro %uis dar o nome do seu pai a este beb, mas Maria n2o permitiu. 0ndaa a ler uma noela onde e4istia um arlos Eduardo, e este nome %ue %ueria dar ao pe%ueno) arlos Eduardo da Maia. 'ila(a in&orma Pedro %ue seu pai era esperado em !en=ca no dia seguinte, e Pedro, penso de imediato em aisar para Maria para &a/erem o t2o esperado espet#culo %ue tinham planeado, contudo, esta recusou. on&orme o tempo ia passando mais Pedro ia insistindo na ideia de ir ter com o seu pai, mas, Maria, recusaa sempre e di/ia para esperar mais algum tempo. $uma tarde de e/embro, 0&onso da Maia estaa a ler calmamente, %uando, de repente, a porta do escrit6rio abre iolentamente e o elho o seu =lho. Pedro n2o estaa normal, estaa todo desarran"ado e o seu olhar reDetia uma certa loucura. Mal 0&onso se leantou, o seu =lho caiu-lhe nos bra(os a chorar como se o mundo &osse acabar. ? ent2o, passado uns minutos, %ue pedro di/ o sucedido. Ele estee dois dias &ora de Lisboa, e oltei nessa manh2, mas, Maria tinha &ugido de casa com um italiano e tinha leado consigo a beb, dei4ando o seu =lho, arlos Eduardo, com a goernanta. uando Pedro chegou a casa encontrou uma carta a dar todas as in&orma(Aes %ue Pedro necessitaa de saber. om tantas desgra(as, Pedro necessitaa de espairecer. omo sempre sonhou em ir a 0mrica, acho %ue o momento era o indicado.
erta noite, 0&onso acorda assustado com o som de um tiro %ue se ouiu em toda a casa. Leantou-se de imediato e ele, com a a"uda de um criado com uma lanterna, tentaram descobrir de onde inha tal tiro, %uando, iram a porta do %uarto de Pedro, ainda entreaberto, inha um cheiro a p6lora, e perto da cama podia er-se uma po(a de sangue %ue ensopaa o tapete, &oi ent2o %ue 0&onso, encontrou o seu %uerido =lho, no ch2o, morto, com uma pistola na m2o. Em cima da secret#ria encontraa-se uma carta %ue di/ia com letras bem is+eis) Para pap#F. Passados alguns dias a casa de !en=ca &oi &echada e 0&onso e o seu neto arlos partiram para anta Ol#ia com todos os criados. 'ila(a espalhou por Lisboa %ue o pobre 0&onso n2o iria durar muito mais de um ano.
Os Maias ap+tulo G 0o contr#rio do %ue 'ila(a tinha preisto, B%ue 0&onso da Maia n2o ia durar mais %ue um anoC o elho 0&onso durou mais um ano e muitos mais. $as speras da P#scoa, em 0bril, 'ila(a chega de noo a anta Ol#ia pela manh2. E por espanto de 'ila(a, 0&onso estaa completamente di&erente, ao contr#rio de h# uns anos passados, 0&onso era &eli/. 0 erdade %ue "# tinham passado alguns anos desde a ;ltima e/ %ue 'ila(a tinha ido a anta Ol#ia e o elho 0&onso e o seu neto, arlos, n2o estaam so/inhos em casa. 0 senhora iscondessa %ue era prima da &alecida mulher de 0&onso Bera um RunaC, %uando =cou i;a e pobre, 0&onso deu-lhe teto3 um noo mordomo) o *ei4eira3 um abade) o ust6dio. 'ila(a nunca tinha isto 0&onso da Maia assim, t2o alegre, e toda esta alegria deia-se ao menino, ao seu neto, arlos, &oi esta crian(a %ue &e/ reier 0&onso da Maia e &e/ reier a casa. erto dia, o administrador insinuou %ue arlos era apenas uma crian(a mimada e %ue era ele %ue goernaa a casa, contudo, *ei4eira, tee de interir para emendar o %ue o administrador tinha dito. egundo *ei4eira, a crian(a tem so&rido bastante, a educa(2o %ue est# a ter muito r+gida e seera, em casa, at "# se chegou a pensar %ue 0&onso %ueria a crian(a morta, mas, todos sabem o amor %ue o elho sente pelo neto. Mas toda esta rigide/ prom de um sistema ingls ensinado pelo metre ingls) !roHn. Este ingls, apesar de ser boa pessoa, ser calado, asseado, e4celente m;sico e aparentemente bom ingls, n2o era, de &orma alguma, a melhor pessoa para educar um =dalgo portugus. !roHn, em e/ de ensinar coisas uteis ao rapa/, apenas ensinaa acrobacias, a remar e habilidades de palha(o. Im dia, 0&onso da Maia, o abade ust6dio e 'ila(a, chegam a casa das ileiras %ue eram bastante ricas. . 0na ileira era a mais elha e solteira3 . Eugnia tinha dois =lhos) *eresa B%ue era conhecida por ser a noiaF de arlosC e Eusbio. 0s ileiras andam sempre acompanhadas pelo seu amigo =el, um doutor delegado %ue h# 5 anos andaa a pensar em casa com . Eugnia, contudo, o casamento &oi adiado. . 0na nunca gostou de er a sua sobrinha, *eresa, perto de arlos, sempre %ue achou %ue ele &a/ia coisas indecentes, como tocar-lhe no estido e coisas desse gnero. Mas a pobre rapariga apenas gostaa de abra(#-lo no %uinta. Im &acto %ue, para a idade %ue tinha, arlos come(aa a =car atrasado, Bapesar de ser inteligenteC ele apenas sabia &alar um pouco de ingls e &a/er umas habilidades %ue n2o lhe dariam %ual%uer &uturo. Ins meses antes, houe uma prociss2o em %ue o Eusbio se estiu de an"o, e a sua m2e mais a sua tia, como boas pessoas %ue s2o, decidiram ir mostra-lo 9 iscondessa, contudo, es%ueceram-se dos rapa/es Barlos e EusbioC por uns segundos e passados uns minutos, Eusbio apareceu na sala, todo mal-arran"ado, rasgado e magoadoJ tinha sido arlos %ue lhe
tinha dado uma alente soa por %ue odiaa an"os, e a partir desse dia, sempre %ue o Eusbio aparece em casa dos Maias 0&onso treme de medo. 'ila(a conta %ue Maria Mon&orte Bmulher de PedroC, &oi ista por 0lencar em Paris, e ele chegou a estar em casa dela. # tinham passado imensos anos desde %ue o nome de Maria &ora mencionado, e no in+cio desta situa(2o, o ;nico dese"o de 0&onso era recuperar a sua neta, mas aos poucos, &oi es%uecendo o nome dessa mulher e a sua nota. egundo 0lencar Maria agora era prostituta. O seu amante morreu num duelo e o seu pai tambm morreu, dei4ando uma heran(a muito redu/ida. epois de tudo, oltou para paris Bap6s ter ia"ado um pouco por todo o mundoC com Mr. e lKEstorade. Mas apesar de saber onde Maria estaa, a ;nica coisa %ue interessaa realmente era a sua neta, porm, %uando perguntou se haia not+cias da sua neta, 'ila(a respondeu %ue descon=aa %ue ela estaa morta, caso contr#rio, Maria "# tinha indo bater 9 porta de 0&onso a pedir a"uda. $o dia a seguir, 'ila(a parte para Lisboa. E duas semanas depois desta partida, 0&onso recebe uma carta do administrador a di/er %ue no boudoir de Maria e4istia um retracto de uma crian(a, de uma menina, mas %ue em olta desse retracto estaa uma coroa de Dores, conseguia-se entender %ue a%uela menina "# tinha &alecido. 0lencar perguntou a Maria %uem era a menina do %uadro e ela responde %ue era a sua &alecida =lha, %ue haia morrido em Londres. 0p6s alguma troca de cartas entre 'ila(a e 0&onso, o administrador manda uma ;ltima carta a di/er %ue dali a uns tempos, era poss+el %ue 'ila(a necessitasse de hospitalidade por parte de 0&onso da Maia. Esta ultima carta &ora recebida a um domingo em anta Ol#ia. *odaia, dois dias depois, &oi recebido um telegrama a anunciar a morte do pai de 'ila(a. $os dias %ue se seguiram, 'ila(a estee num so&rimento constante at %ue come(ou a sentir-se muito mal, &alta de ar, tonturas, etc. at %ue cai no ch2o desamparado e ali =ca, morto. Esta morte abala por completo anta Ol#ia. $uma manh2 de "ulho, em oimbra, arlos tinha &eito o seu primeiro e4ame %ue lhe daria acesso 9 uniersidade, &oi uma e4plos2o de alegria na%uele momento. Os Maias ap+tulo :'
Bamigos mais pr64imosC de anta Ol#ia, as mulheres, principalmente, achaam um desperd+cio este rapa/ t2o bonito, charmoso, seguir para um pro=ss2o em %ue tiesse %ue me4er em cad#eres e sangue. Respondendo a esta indigna(2o das pessoas, 0&onso di/ %ue educou o seu neto para ser bem-sucedido e n2o educou um -ningum, disse at %ue educou o neto para ser ;til para o pa+s. endo esta uma poca em %ue =car doente era "# um h#bito, segundo 0&onso, o maior seri(o patri6ticoF saber curar. epois, arlos Eduardo, parte para a sua iagem pela europa. $o outono de 1875, %uando arlos regressa, o seu a@ perguntou o %ue pretendia &a/er agora %ue "# tinha o seu curso tirado e "# podia =nalmente e4ercer, o rapa/ responde %ue primeiro %ue descansar um pouco e depois, passar 9 a(2o arlos n2o %ueria unicamente &a/er clinicaF, certo %ue %ueria dar consultas, e at podia d#-las de gra(a por caridade. O rapa/ %ueria tambm e4ercer a parte de laborat6rio, e por isso, decidiu abrir uma clinica e um laborat6rio. Os Maias ap+tulo ' Em &alta Os maias ap+tulo ': arlos e Ega estaam "untos %uando um coupé chegou, dele saiu um homem %ue Ega conheceu de imediato, era o r. Nmaso alcede %ue tinha acabado de chegar de Paris. Entraram no ca& para beber um copo e passados alguns minutos entra o poetaF) *om#s de 0lencar. 0pesar de arlos n2o conhecer o tal poeta, apenas conhecia o nome dele, n2o era a primeira e/ %ue 0lencar ia arlos, na erdade, 0lencar &ora a primeira pessoa a er arlos assim %ue este nasceu, e a partir da+ desenrolou-se uma hist6ria) Pedro da Maia Bpai de PedroC %ueria chamar arlos, 0&onso, mas a m2e teimou %ue tinha de ser arlos "ustamente por causa de um romance %ue o pr6prio 0lencar lhe tinha emprestado %ue &alaa de um pr+ncipe arlos Eduardo e, 0lencar apoiou a m2e de arlos, di/endo %ue arlos Eduardo era o nome ideal. Nmaso alcede era um grande admirador de arlos e %ueria conhec-lo h# imenso tempo, e nessa tarde ia "antar com arlos, o %ue dei4ou o homem bastante neroso. 0lencar tinha uma pai42o plat6nica por Ra%uel ohen. 0lencar a=rmaa %ue "# passou por muito na sua ida. isse %ue a todos os ricosministros ele emprestou dinheiro e deu teto, porm, agora %ue eles s2o algum n2o retribuem o &aor ao poeta. empre %ue arlos e *om#s de 0lencar &alaam, o poeta eitaa a todo o custo mencionar Maria Mon&orteF, porm, arlos entendeu o %u2o di&+cil era para 0lencar n2o mencionar o nome da m2e de arlos, e por isso este disse %ue o poeta podia &alar 9 ontade da m2e %ue n2o &a/ia mal. arlos cresceu sem %ual%uer liga(2o com os pais uma e/ %ue %uando nasceu %uase n2o conheceu a sua m2e e %uanto ao pai, suicidou-se %uando era muito pe%ueno, portanto, o a@, Pedro da Maia representa para arlos, os seus pais.
Os Maias ap+tulo ':: $o Ramalhete, "# era comum a presen(a de ra&t, ele e arlos tinham muitas coisas semelhantes. E gostaam bastante dele por%ue se &osse por ontade de 0&onso, ra&t "antaa sempre l# em casa. Iltimamente arlos sa+a pouco de casa, para alm de andar ocupado a escreer um liro, a sua pro=ss2o en%uanto mdico n2o deu grandes &rutos, di/ia-se %ue arlos &a/ia e4perincias mortais nos seus pacientes. Im dia, arlos conida o enhor alcede para "antar no Ramalhete, este prometeu %ue n2o iria &altar mas, para espanto de todos, &altou. *odos acharam estranho esta &alta, Nmaso daa tudo para "antar s6 mais uma e/ com o seu +dolo, arlos. 0ndou desaparecido mais de uma semana at %ue um dia arlos decide passar por casa dele, %uando l# chegou encontrou o seu criado a=rmou %ue o seu senhor estaa em 6timo estado %ue n2o era motio para preocupa(Aes, mas arlos n2o se con&ormou com a%uela resposta e decidiu ir perguntar ao seu tio 0bra2o mas ele tambm n2o o ia h# dias, e por isso decidiu passar pelo rmio mas a+ tambm ningum o tinha isto ultimamente e a+ entendeu %ue deia parar de procurar. 0&onso da Maia &e/ uma o&erta comoente a arlos) o&ereceu anta Ol#ia para passar umas pe%uenas &rias mas, in&eli/mente, arlos n2o podia aceitar. 0 europa estaa a atraessar uma &ase bastante complicada e ele n2o podia tirar simplesmente umas &rias. erto dia, arlos iu uma mulher lind+ssima no &undo da rua, ele pensou para ele mesmo %ue achaa %ue era um an"o, uma deusa, porm, ele n2o conseguiu er muito, principalmente a sua cara. epois desse acontecimento, arlos n2o dei4ou de pensar na%uele an"o %ue tinha isto e durante G dias seguidos ia sempre por olta da mesma hora ao mesmo s+tio er se encontraa a tal mulher, mas sem resultados. $essa semana, %uando arlos estaa a sair do consult6rio, chega uma mulher toda estida de preto com um u preto a tapar a cara, acompanhada de um rapa/ pe%ueno igualmente de preto. 'eio er o %ue se passaa com o seu =lho, harlie, sem nunca leantar o u. $o =m da consulta, depois de arlos assegurar %ue o pe%ueno n2o tinha %ual%uer problema, %uase %ue pareciam uma &am+lia, o mdico agarraa no pe%ueno de &orma paternal e a mulher de preto e arlos trocaam palaras e sorrisos. epois de ter sa+do do consult6rio, ia a descer a Rua $oa do 0lmada, %uando para seu espanto Nmaso, %ue por acaso reparou em arlos e estaa a chama-lo. 0ssim %ue se encontram, Nmaso muito e4altado di/ %ue a sua ida tem andado numa con&us2o, %ue agora, anda num romance. uando arlos &alou com *aeira sobre o assunto, este di/ %ue a &am+lia da mulher por %uem amaso anda doido, brasileira, s2o os astro omes.
Os Maias ap+tulo '::: Im dia, 9s 8 da manh2, arlos paraa em &rente ao port2o da casa de ruges, porm, um trintan#rio eio di/er-lhe %ue o senhor "# n2o moraa ali. 0 criada aconselhou arlos a ir 9 Rua de .
esperar algum tempo at %ue por =m, desceu o senhor ruges, bastante apressado. E assim, estaam prontos para seguir iagem a intra. 0pesar de n2o ter dito nada a ruges, o erdadeiro motio %ue tra/ia arlos a intra era o &acto de n2o er a sua deusaF h# mais de duas semanas, e por isso supunha %ue ela estaa em intra. 0lencar, o poeta, conhecia ruges desde pe%ueno, por isso para 0lencar ele era como um =lho. *inham uma grande pai42o por intra, di/endo at) tudo em intra diino.F. arlos perguntou se algum sabia se a &am+lia da sua brasileiraF tinha ido para a Pena, um dos homens %ue estaa presente a=rmou imediatamente %ue tinha ido para l# h# pouco tempo, porm, o outro, negou di/endo %ue a tal &am+lia &oi para um pal#cio n2o muito longe dali. 0=nal os astro omes n2o tinham ido para o tal pal#cio, na erdade, eles mais o r. alcede partiram para ma&ra no dia anterior. E, neste momento, intra perdeu Bpara arlosC todo o encanto. Passaam duas semanas desde %ue recebeu essa not+cia e andaa perdido pelo 0terro a procurar perdidamente a sua deusaF. hegou-lhe aos ouidos %ue a suaF senhora estaa em intra e este correu at intra mais n2o a encontrou.
0lguns dias depois, Nmaso in&orma arlos de %ue o astro omes est# doente e de cama, e por arlos ter isto a pe%uena rosa, chamado tambm para ir er como est# o elho astro omes. $o dia a seguir arlos n2o saiu de casa 9 espera de um recado, e n2o chegou nada. ois dias depois a caminho do 0terro, iu o astro omes e a mulher Bmais a cadelinha ao coloC na aranda e &oi a+ %ue arlos decidiu pedir a Nmaso para este o apresentar a astro omes. Para a/ar de arlos, o marido da sua amada "# n2o ia para o brasil, =caa no hotel central at perto do er2o. arlos ia aproeitar para &alar com Nmaso sobre a sua apresenta(2o, mas algo &e/ com %ue este achasse %ue era mau ser apresentado por ele aos astro omes. Mais tarde surgiu uma oportunidade de arlos conhecer os brasileiros, %uando astro omes %uis o&erecer algo a arlos pelo cuidado com rosa, era 6bio %ue se iam conhecer sem a a"uda de Nmaso. O tal "antar Bnum s#bado em casa dos ouarinhoC chegou, e no =m do "antar arlos come(ou a =car bastante intimo da condensa ouarinho, acabando por darem um bei"o no =nal. Os maias ap+tulo Q urante trs semanas, arlos e a ondessa ouarinho iiam um romance3 tinham-se encontrado #rias e/es numa casa da tia, Miss ones, da condessa na Rua de anta :sabel uma e/ %ue a tia &ora para o Porto e a casa estaa lire e a condessa tinha a obriga(2o de cuidar do gato. 0pesar de todo este romance iido entre estes os dois, arlos come(aa a sentir-se &artoF da condessa deido 9s atitudes desta. 0 condessa %ueria entrar na ida de arlos a todo o custo. Ela at planeou &ugir com o mdico para ier num sonho eterno de amor l+ricoF, mas era 6bio %ue arlos n2o %ueria nada disto. $um domingo, come(aam as corridas de caalos B%ue toda a gente adoraaC e arlos tinha a certe/a absoluta de %ue elaF, a astro omes, estaria l#, =nalmente arlos ia conhece-la urante as trs semanas de romance com a ouarinho iu a sua deusaF duas e/es, e isto leou a %ue, mais do %ue nunca, arlos %uisesse ser apresentado aos astro omes, Nmaso n2o conseguia apoiar isto, relembrando a arlos o %ue o astro omes &e/ no outro dia Bastro omes disse %ue passaa pelo Ramalhete e no =m n2o passou sem aisar. arlos insistiu %ue %ueria ser apresentado a eles e no =m, ambos concordaram esperar pelo =m das corridas. Perto do rmio estaa um carro e um trintan#rio 9 porta, arlos olhou e reconheceu de imediato uma das pessoas) era a pe%uena RosaRosicler3 olhou com mais aten(2o e reconheceu a sua deusaF. $2o es%uecendo %uem tinha acabado de er, arlos tee a brilhante ideia para conhecer os brasileiros antes das corridas. Nmaso podia lear o astro omes para este obserar a cole(2o de ra&t onde estaria arlos
para o conidar para almo(ar no Ramalhete e assim, antes das corridas, "# se conheciam. Reerendo !onicio era o gato de 0&onso. 0ssim %ue arlos iu Nmaso, contou-lhe logo o brilhante plano. Nmaso concordou e apoiou arlos. En%uanto ra&t e Nmaso andam a mostrar as curiosidades e a &alar das corridas, arlos andaa a passear com a madame pela %uinta. onencido de %ue aceitaam logo, Nmaso a=rma %ue no dia seguinte ia &alar com os astro omes. $o domingo a seguir, 9s duas horas, arlos e ra&t pararam no largo de !elm. Era um dia %uente. Passou uma semana deste %ue arlos e Nmaso combinaram o tal plano, porm, desde a+, a semana estaa a ser desastrosa. Nmaso desapareceu sem ter reelado %ual era a resposta dos brasileiros, naturalmente %ue o plano n2o &oi posto em pr#tica3 ainda n2o conhecia a madame nem nunca mais a iu nem a esperaa er nas corridas. O maior dese"o de arlos neste momento, era encontrar Nmaso e saber o %ue se passou. 0o dobrar a es%uina da tribuna, iu ra&t, %ue o apresentou ao &amoso atleta liSord.
epois de ouir tudo o %ue a condessa lhe disse, arlos =cou indeciso at %ue no =m aceitou. arlos recebeu uma carta, de um doente, porm, esta carta era particularmente especial uma e/ %ue come(aa com) Madame astro omesJF e ela estaa a pedir para este ir l# a casa e4aminar uma pessoa de &am+liaF. *inha a certe/a de %ue n2o era ela ou Rosa a doente. Os maias apitulo Q: $a manh2 a seguir 9 carta, arlos acordou cedo e &oi a p at 9 Rua de .
$o s#bado, %uando arlos regressaa ao Ramalhete indo da Rua de .
aproeitou para perguntar a ra&t se lhe endia tudo a%uilo B"ardim, casa, etc.C, e o outro, sem hesitar, a=rma %ue tudo a%uilo est# 9 sua disposi(2o e ali =cou &eita a negocia(2o. 0ssim %ue saiu dos oliais, &oi a correr para a Rua de .
en%uanto arlos estaa em anta Ol#ia. epois destes G meses, planeaam &ugir para :t#lia. uando arlos chegou a casa da madame, ela n2o estaa e apenas dei4ou um bilhete a di/er %ue tinha ido a !elm com Rosa e pedia-lhe para ir 9 noite. 0o sair de casa, encontrou 0lencar, o poeta, %ue n2o ia desde as corridas. Mais uma e/, surgiu a tal conersa de Nmaso e do romance de arlos e Maria, tendo Nmaso repetido todas as mentiras a 0lencar, o %ue o preocupo. Mas, para espanto de arlos, Nmaso mesmo do outro lado do passeio, e a+ n2o conseguiu controlar-se e tee mesmo %ue di/er a Nmaso para parar com todas as mentiras ou ent2o arlos teria de tomar medidas mais graes Brecorrer 9 iolnciaC. $o dia a seguir, de manh2, era o dia em %ue Maria Eduarda =nalmente inha conhecer a casa de er2o, deeria chegar perto das 1T horas. uando =nalmente chegou, e depois de uma pe%uena isita pela casa, ela apenas disse %ue era um erdadeiro para+so. Era per&eita, mas &altaa-lhe um nome, ap6s uma pe%uena pondera(2o, arlos surge com uma possibilidade) *oca, e Maria Eduarda adorou. uando arlos iu a ouarinho, n2o resistiu e &oi bruto, e assim acabou tudo com ela. Os Maias ap+tulo Q:' Era s#bado e 0&onso da Maia partia para anta Ol#ia. $esse mesmo dia, Maria, instalara-se nos Oliais. $o domingo, %uando arlos regressaa ao Ramalhete ao anoitecer, !atista anunciou %ue Ega tinha partido para intra e tinha dei4ado uma carta. 0 carta era um pouco estranha. Ega oltaria dentro de trs ou %uatro dias. O Ramalhete para arlos agora era algo triste, e ent2o decidiu dar uma olta, e %uando d# por si est# perto da R. de 2o
mulher casada e com uma =lha, arlos iria destruir uma &am+lia, arlos iria ser semelhante 9 sua m2e %ue &ugiu com um homem dei4ando o seu pai, Pedro, a so&rer, causando assim o seu suic+dio. 0&onso n2o iria mesmo aceitar isto. *odas as manh2s, arlos ia para os Oliais. # era rotina. Ele, Maria e Rosa, =caam a &alar at 9s duas, %ue era %uando a pe%uena rosa tinha aulas de piano. $os primeiros tempos, arlos e Maria eram &eli/es, mas 9 medida %ue o tempo ia passando, come(aam a sentir necessidade de mais intimidade. Precisaam de uma noite a s6s. E assim &oi, tieram a tal noite. Maria %ueria &ugir "# para :t#lia, a=nal de contas, se era para irem embora, por%ue n2o iam "#U Podiam ir, claro, mas primeiro arlos tinha de &alar com 0&onso. uando estaa a regressar ao Ramalhete estaa a choer. erto dia, %uando Maria e arlos estaam a passear nos "ardins da *oca, arlos reparou numa casinha, muito pe%uena, do outro lado da estrada, mesmo em &rente da *oca. Esta casa era per&eita para arlos e pensou em aluga-la imediatamente. :a-lhe dar muito "eito na%ueles dias em %ue sa+a da *oca a meio da madrugada. 0lugou-a logo. 0 partir da+, os encontros noturnos entre eles os dois tornaram-se mais &re%uentes. $o in+cio de etembro, 0&onso mandou uma carta a arlos a aisar de %ue ra&t chegaa no pr64imo #bado ao Votel entral, e por isso, de manh2, arlos &oi logo para o Votel para ouir as noidades %ue o seu amigo tra/ia de anta Ol#ia. epois de ra&t mostrar o seu encanto por anta Ol#ia, tee %ue &alar de uma maneira mais sria com arlos. 0&onso estaa com um enorme desgosto deido ao &acto de arlos n2o ter ido isitar anta Ol#ia, o elhote estaa muito magoado com o neto. arlos, sentindo remorsos por n2o ter ido, a=rmou %ue tale/ &osse com Ega dali a uma semana. Logo nesse dia, 9 noite, arlos &alou com Maria sobre a tal isita %ue deeria &a/er ao a@, era por pouco tempo B%uatro dias no m#4imoC. $esse momento, Maria a=rmou %ue tinha um grande dese"o) isitar o Ramalhete. *al s6 era poss+el en%uanto o elho 0&onso estiesse em anta Ol#ia, por isso, chegaram a um acordo) Maria iria "antar ao Ramalhete no dia em %ue arlos estiesse de partida para anta Ol#ia. E assim &oi. Maria adorou o Ramalhete especialmente o "ardim e o escrit6rio de 0&onso. Mesmo sem conhecer 0&onso, Maria tinha medo dele, di/ia %ue ele tinha um ar assustador. 0o "antar, Maria reparou no retracto do pai de arlos BPedro da MaiaC,o %ue lhe interessou muito, depois de e4aminar melhor o retracto, a=rmou %ue arlos e Pedro n2o tinham muitas parecen(as, porm, e por muito estranho %ue &osse, Maria achaa %ue arlos era bastante parecido com a m2e dela e, ao di/er isto, arlos achou curioso Maria nunca ter &alado da sua m2e e por isso, Maria come(ou a &alar da m2e. Era uma senhora da ilha da Madeira e n2o tinha muitas posses, por isso casou na Madeira com um austr+aco. Maria nunca conhecera o pai e tee uma irm2 %ue morreu em pe%uena.
$o s#bado seguinte, 9s duas horas, arlos e Ega ainda estaam 9 mesa. arlos chegara de anta Ol#ia de madrugada so/inho. 0&onso %uis =car por l# at ao =m do outono. arlos iu o seu a@ alegre e &orte. O &acto de 0&onso estar 6timo de sa;de era um al+io para arlos, pois agora era mais cil a sua partida para :t#lia com Maria em Outubro, para alm disso, arlos encontrou um plano simples para ier a sua ida tal como imaginaa e sem magoar o a@, o plano era) arlos ia para Madrid para come(ar uma suposta iagem de estudo e Maria =ca na *oca durante um ms, depois encontraam-se ambos em !ordus e a+ come(aam a sua ida em con"unto. $a primaera, arlos oltaa para Lisboa dei4ando maria instalada no seu lar, e ent2o, aos poucos, ia reelando toda esta hist6ria. Entretanto, chega !aptista com o correio, mas na erdade n2o era correio, era apenas um bilhete do pr6prio !aptista para arlos a=rmando %ue estaa um homem 9 espera de arlos na sala, arlos =cou p#lido e pensou logo %ue era astro omes. Era realmente astro omes, o marido de Maria O assunto %ue tra/ia oa%uim Wlares de astro omes ali, era muito urgente, e na%uele mesmo dia, 9 noite, %ueria partir para Madrid. astro omes tirou uma carta do bolso %ue tinha recebido no Rio de aneiro antes de partir, era an6nima. 0 tal carta, di/ia %ue arlos e Maria eram amantes. arlos esperaa %ue astro omes tiesse ido ali para lhe dar uma soa, mas, na erdade, astro omes a=rmou %ue n2o %ueria iolncia, apenas %ueria contar algo, pois estaa &arto de ser conhecido por o marido in&eli/F ou o marido %ue tem sido tra+doF, por isso, %ueria dei4ar de ser humilhado, haia uma coisa %ue s6 astro omes e Maria sabiam) eles n2o eram casados. :sto &oi um cho%ue para arlos obiamente. astro omes contou a hist6ria toda. Ele ie h# trs anos com Maria, %uando estee no !rasil o inerno anterior trou4e Maria a Lisboa para lhe &a/er companhia, &oram para o Votel entral e toda a gente ia Maria com astro omes, e dormiam "untos, por isso, para todos os e&eitos Maria era mulher dele, =cou conhecida por ser a mulher do astro omes. 0 pe%uena rosa n2o =lha dele, %uando eles se conheceram B9 G trs anosC ela "# inha com a pe%uena. Maria era apenas a mulher paga por astro omes. E, para chocar mais ainda arlos, ela chamaa-se Mac ren. astro omes &oi embora. E arlos tee %ue contar tudo isto a Ega. 0inda chocado e sem pensar corretamente, arlos %ueria escreer uma carta a Maria a perguntar %uanto %ue ela ia cobrar pelos dois meses %ue ele dormiu com ela. Ega a=rmou %ue astro omes ia para os Oliais para ir ter com Maria, o %ue arlos achou no"ento. Pouco a pouco, arlos come(aa a dese"ar ir aos oliais e con&rontar Maria com o sucedido, por muito insens+el %ue &osse, arlos %ueria -la chorar. Mas para ir l#, arlos tinha de ter a certe/a de %ue astro omes "# tinha sa+do de l#, e por isso mandou !aptista, o criado, inestigar, %uando este oltou, tra/ia certe/as %ue era seguro arlos ir 9 *oca. 0ntes de sair &e/ um che%ue de du/entas libras para pagar os dois meses, e ele mesmo o iria entregar a Maria.
Ega tinha a certe/a de %uem %ue tinha sido o autor da carta an6nima) Nmaso. E arlos =nalmente entendeu %ue era necess#rio ingan(a. uando ia a caminho dos oliais, tee um momento em %ue pensaa %ue o melhor seria oltar ao Ramalhete e escreer uma carta, mas rapidamente essa ideia lhe passou. 0o sair do carro, estaa Melanie, a con=dente Be criadaC de Maria, %ue a=rmou %ue Maria estaa muito mal, &oi deitar-se sem "antar e %ue n2o parou ainda de chorar desde %ue astro omes estee a%ui. arlos perguntou a Melanie se Maria sabia %ue astro omes estee no Ramalhete a contar toda a erdade, e a criada a=rmou %ue sim e por isso %ue Maria choraa desesperadamente. uando arlos entrou no %uarto de Maria, apenas conseguiu di/er %ue n2o haia motio para chorar. Maria imploraa para %ue arlos a perdoasse. Maria contou tudo o %ue sabia a seu respeito laada em l#grimas, e no =m, disse %ue ela %ueria contar-lhe. $a%uele dia em %ue ele chegou tarde e ela &alou na casa do campo, onde arlos se declarou, ela %ueria contar, mas %uando arlos &alou em &ugir ela sentiu uma enorme tenta(2o. E n2o contou nos oliais pois tinha medo %ue ele =casse muito magoado e %ue acabasse com tudo o %ue eles tinham. arlos a=rmou %ue di=cilmente iria acreditar em algo %ue Maria dissesse, pois tudoF o %ue ele sabia sobre ela, era mentira. Maria disse %ue continuaa a mesma pessoa por %uem arlos se tinha apai4onado, n2o era o passado dela %ue iria alterar a sua pessoa, ela continuaa a ser 0F Maria. uando arlos irou costas, e iu Maria, deitada no ch2o a chorar mais %ue tudo, s6 lhe ocorreu uma coisa) Maria, %ueres casar comigoUF e ela, surpreendida, claro %ue aceitou. Os Maias apitulo Q' Maria e arlos estaam a acabar de almo(ar %uando arlos pergunta se Maria "# sabia %uando %ueria partir, ela n2o %ueria alterar os planos para :t#lia, mas agora, "# n2o tinham de esconder uma &elicidade culpadaF. arlos gostaria de partir no dia a seguir, mas maria n2o respondeu. Rosa apareceu, e Maria, muito sria, perguntou 9 pe%uena se gostaria %ue arlos passasse a ier com elas o tempo todo, e Rosa, saltou radiante, e antes %ue ela acabasse de mostrar o seu entusiasmo, Maria perguntou se aceitaa %ue arlos &osse o seu noo pap#F, e mi;da, claro %ue aceitou. E desta maneira tieram o consentimento de Rosa. uando maria &oi ter com arlos ao "ardim, tra/ia um co&re e obrigou arlos a sentar-se ao p dela. Ele entendeu %ue Maria iria contar-lhe tudo sobre a ida dela. Ela nasceu em 'iena, mas n2o se recordaa de nada desses tempos e %uase nada sabia sobre o pai. *inha uma irm2, %ue morreu aos X anos e chamaa-se Velo+sa. 0 m2e nunca tolerou %ue lhe perguntassem coisas sobre o passado.
a@. Passado algum tempo a m2e colocou-a num conento perto de *ours. 0 princ+pio, a m2e ia isit#-la todos os meses, =cando em *ours XG dias. epois a isitas &oram =cando menos &re%uentes assim como as cartas e estee %uase um ano sem aparecer, ia"ou pela 0lemanha e oltou um dia, magra, gelada, de luto, e =cou agarrada a maria a manh2 inteira a chorar. Mas na isita a seguir "# inha bem melhor. Maria ent2o tinha %uase 1 anos. Im dia, contra a ontade de Maria, aparecer uma mulher BMadame de haign>C %ue a ia lear para ao p da sua m2e em paris. 0 casa da m2e, no par%ue Monceau4, era uma casa de "ogo. 0 m2e, mais tarde, caiu nas m2os de um homem muito perigoso, o Mr. e *reernnes. 0 casa descaiu rapidamente. $uma noite, acordou com gritos, &oi er as escadas e estaa l# a m2e desmaiada, mais tarde, %uando acordou, disse 9 =lha %ue tinha haido uma desgra(a. Mudaram-se outra e/ para um terceiro andar da hausse-K0ntin. 0+ come(aram a aparecer homens estranhos, mas 9s e/es, entre eles inha um caalheiro, um deles, era um irlands chamado Mac ren. Este irlands prometeu casar com a m2e no entanto, %ueria %ue a m2e dela &ugisse com ele. $este tempo, a m2e estaa a dar em maluca. Por =m houe a penhora. entro do tal co&re %ue maria tra/ia para ao p de arlos estaam as cartas do irlands onde pedia para ir com ele para
esperar %ue 0&onso morresse e a+, come(ar a sua ida com Maria, o a@ "# tinha 8T e tal anos, mais tarde ou mais cedo iria morrer. E arlos concordou com este plano, era mesmo isto %ue iria ser &eito. esde Outubro %ue 0&onso &ala na sua chegada de anta Ol#ia, mas umas obras em casa retardaam a tal chegada. arlos e Maria, pensaam em abandonar os Oliais, e arlos deeria estar instalado no Ramalhete antes da chegada do a@. $uma manh2, ao receber o correio, arlos repara numa carta de Ega %ue di/ia para arlos n2o se assustar, mas Ega tinha descoberto algo terr+el, estaa 9 sua espera 9s X horas. :n%uieto com o bilhete de Ega, arlos decide abrir o "ornal %ue inha com a carta, chamaa-se a orneta do iaboF. Logo na primeira p#gina, arlos reparou em duas cru/es %ue marcaam artigo sobre arlos e, depois de ler o artigo =cou estupe&acto) estaa a contar toda a hist6ria de amor de arlos e Maria e, para alm disso, go/aa com eles arlos s6 conseguiu pensar %ue %ueria apanhar o autor desta calamidade e mata-lo. Mas, por muito chateado %ue arlos estiesse com toda situa(2o, tinha de admitir %ue nada disto era mentira ou inentadoJ tudo era erdade
em si, inicialmente a carta &oi escrita por Ega, mas depois %uando &oi para passar a limpoF o pr6prio Nmaso &-lo. 0gora arlos e Ega tinham um documento em m2os e4tremamente poderosoJ Nmaso, n2o %ueria de modo algum %ue a carta para arlos &osse publicada num "ornal por isso, %uando %uisessem chantagear Nmaso, bastaa amea(a-lo com a tal carta, deste modo, Nmaso estaa sempre controladoF. $o dia a seguir, depois do almo(o, Ega relia a carta e nesse momento pensaa no impacto %ue teria se ele publicasse a tal carta, assim ingaa-se de Nmaso %uando ele estee com Ra%uel ohen, o amorF de Ega, mas arlos n2o %ueria publicar a carta, por isso, Ega n2o o iria &a/er. $essa noite, arlos regressa para casa e abandona de=nitiamente os Oliais, assim como maria %ue se iria instalar em Lisboa, na Rua de 2o
tempo regressaria a casa, mas %uando l# oltou, o homem ainda n2o tinha oltado, mas 9 GY &oi de e/, encontrou 'ila(a, mas este estaa com muita pressa mas, um pouco 9 pressa, Ega conseguiu contar o desastre. 'ila(a tentou escapar a essa responsabilidade de contar tudo a arlos, e come(ou a di/er %ue ningum tinha certe/as de %ue o %ue uimar2es estaa a di/er era totalmente erdade, e ent2o decidiram abrir o co&re e tentar encontrar algo %ue o comproasse, e encontraram uma carta onde a=rmaa %ue maria era realmente irm2 de arlos. 'ila(a contou tudo a arlos. arlos n2o %uis acreditar em nada e a=rmou %ue nada o iria conencer de %ue maria e ele eram irm2os, mas %uando iu a tal carta, =cou mais ou menos conencido mas nunca iria dei4ar de gostar de Maria. uando Ega e 0&onso estaam a &alar, o elho a=rmou %ue "# sabia de toda esta hist6ria de arlos e Maria. arlos decidiu ir &alar com Maria. Mas achou melhor contar tudo atras de cartas e iria ter com Maria nessa altura e inentaa %ue estaa com muita pressa. $a noite a seguir ia para anta Ol#ia com Ega e a+ contaa tudo a Maria. $essa noite, 9s G da manh2, Ega ouiu uma porta a bater e &oi er %uem era, era arlos E nesse dia, com o medo de encontrar arlos ou 0&onso, decidiu passar o dia &ora do Ramalhete, %uando regressou eram duas da manh2 e %uando se estaa a preparar para se deitar, ouiu passos e &oi er %uem era. Era 0&onso da Maia e &oi perguntar a Ega se arlos estaa em casa e Ega n2o sabia e 0&onso =cou p#lido, com medo de %ue arlos estiesse com a sua irm2 E &oi nesse momento %ue Ega entendeu %ue 0&onso estaa a morrer por causa dessa hist6ria toda. epois de mais uma noite com Maria, arlos entrou em casa e 0&onso apanhou-o e =cou p#lido. $o dia a seguir, ieram-lhe di/er %ue 0&onso estaa no "ardim a sentir-se muito mal, arlos tentou &a/er alguma coisa, mas nada &eito, o seu a@ "# estaa morto. om a morte do a@, arlos =cou a pensar %ue este morrera por causa de saber de tudo sobre maria e ele, e por isso, a morte do seu a@ era como um castigo para arlos. arlos precisaa de consolo, precisaa de sair dali e por isso Ega &oi com ele.