lingual: t , 8, 0) ou líquida (X, |x, v, p), flexiona-se o fut. at. Opt. dos demais nos moldes deste paradigma, requerendo-se apenas a substituição da raiz TrurTev pela equivalente do verbo a flexionar-se, à base da segunda das partes principais; - Os demais elementos estruturantes: infixo tem poral (s), vo gal de ligação (o), infixo modal (1, na 3- p. pl. ie) e desinências (se cundárias ativas, na 1- p. s. pX em vez de v), bem como a contração ditongai e a acentuação, comuns a todbs, permanecem os mesmos. 1.7 - Futuro Médio do Optativo 1. Estrutura - A seqüência de elementos que estruturam as inflexões do fut. méd. Opt., sim ilar à do correspondente ativo, é: RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + IN FIXO MODAL + DESINÊNCIA 2. Formação a. Raiz — Como se dá com todos os integrantes do sistema, a raiz deste fut. méd. Opt. é a mesma da matriz (fut. a t Ind.), de que a deriva, porção que se antepõe ao finai ooip/qv da 1 - p. s., conforme se vê da segunda das partes principais, na maioria dos verbos a 670 , na voz ativa, governar, na média, com eçar fu n dem-se no sistema do futuro a gutural x> final do tema dpx, e o s do infixo temperai, dando em resultado a dupla £, de sorte que o radical é, em toda forma futura ativa ou média, excetuado o fut. pf., otpÇ, em lugar de à p x5, donde ser a 1- p. s. do fut. at. Ind. dp£o>, não ôípxcrw, na voz média dp£o|jiai (Lc 13.26), por oípxtrofjuxi; b. Linguais - Aos verbos em que se finda o tema por muda labial (ir, £, 9 ) ou gutural (k , 7 , x) aplica-se no sistema do futuro, como se aca ba de ver, a lei da fusão, isto é, quando seguida de ç, funde-se a muda com a sibilante, resultando-lhes em lugar a dupla \}j, no caso de labial, ou Ç, no caso de gutural; - Ou, - labial + <; = iji, - gutural + ç = £; - Em se tratando de verbos em que o tema se finaliza por lingual (t, 8, 0) outra é a lei aplicada, a da om issão, isto é, ao invés 712 lingual: t , d, 0), ou líquida (X, |x, v , p) experimen tam a raiz e/ou a sibilante do infixo temporal alterações a referir-se no final deste capítulo; - Se o verbo fô r monossilábico na raiz, a 2- p. s. desta flexão constará de apenas duas sílabas, a temática e a desinencial. Neste caso, terá de acentuar-se necessariamente a penúltima, na falta de antepenúltima. Será circunflexo o acento, se longa essa sílaba tô n i ca (já que é breve a última), agudo, se fô r breve (visto que não há circunflexo senão em sílaba longa). 2.10 - 7- Aoristo A tivo do Infinitivo 1. Estrutura - Irregular em formação, consiste a estrutura deste 19 aor. at. Inf. de apenas dois elementos, a saber: RAIZ + TERMINAÇÃO 2. Formação a. Raiz - Porção que antecede ao final a a i da form a, é a raiz neste 19 aor. at. Inf., como em todos os tempos do sistema, a matriz, 19 aor. at. Ind., na maioria dos verbos a mesma do presente; - Estampa-se, regularmente, a raiz do 1e aor. na terceira 774 lm_ gual: t , 5 ,6), ou líquida (X, |x, v, p) experimentará o tema alteração a referir-se no final do capítulo; b. Terminação - Das formas infinitivas o elemento particular mente distin tivo é a desinência, ev e v a i, ativas; a ô a t, médio-passiva; - Por outro lado, o elemento marcante por excelência das inflexões de 19 aoristo é o infixo tem poral a à , no Subj. reduzido ao ç, como nos tempos do futuro, sem a vogal integrante; - Isto posto, a form a deste 19 aor. at. Inf. deveria constar do tema (m oreu ) seguido do binôm io o a + ev ou o a + v a u Entre tanto, substitui-o na forma atual a terminação o a i, que se pode tom ar como característica especial desta form a infinitiva, inda que assim terminem também a 3- p. s. do 19 aor. at. Opt. e a 2- p. s. do 19 aor. méd. Imper.; - Portanto, a terminação própria deste 19 aor. at. Inf. não é a desinência regular, aliada ao infixo característico, mas o final substitutivo especial 3. Forma - A forma do 19 aor. at. Inf. de moTeúü) - crer - , cuja raiz é neste, como nos demais sistemas, Tnorev, será: TEMA TERMINAÇÃO 'm o rei) | o a i lingual: t , 8,0 ), ou líquida (X, p., v, p) experimen tam a raiz e/ou a sibilante da terminação alterações que adiante se referirão. em to das as inflexões do 19 goristo, fusão dessa muda term inal com a si bilante inicial da desinência, resultando naquele caso a dupla i|/, neste a dupla £; - Isto é, ir + ç = k + ç= £ - a d m ira r-, tema iniciada pela lingual aspirada 0 seguida do ditongo ocu, tem como reduplicação nas formas do sistema do perfeito a lingual branda t a preceder à vogal e , logo. T e , em vez de 0e, enquanto x&>pt£<» - se p a ra r-, raiz iniciada pela gutural aspirada x seguida da vogal o> a tem na form a da branda correspondente k acompanhada de e, daí, kc em lugar de xe; - preencher - , verbo em que o terria se inicia pela muda labial branda ir a anteceder à líquida X, form a a reduplicação a muda acompanhada de e, logo, ire (At 5.28), que se prefixa ao tema irX iipo, cuja vogal temática final, o, se alon ga, passando a o>, portanto, irXnqpo); (e) Raiz iniciada por vogal ou ditongo - Os verbos em que se inicia o tema por vogal breve ou 1005 - tomar adotado já para paradigma do sistema do 29 aoristo; - A estrutura geral é a mesma, em paralelo, assinalada para o sistema do 19 perf., residindo a diferença flexionai apenas na au sência às formas deste paradigma da gutural infixai k . Verdade é 1064 vri xct, esta, contudo, alheia ao Novo Testamento; (2) Linguais - Os verbos em que é lingual ou dental (t , 8, 0) a letra final do tema sofrem, vim o-lo, a queda desta consoante nos sistemas do futuro e do 1? aoristo, por isso antepõe à sibilante do in fi xo temporal, respectiva mente, s e trõt. Esta similar se dá, ante a gutural do infixo, no sistema do perfeito, em que, de igual maneira, cai a lingual final do tema; - Nos escritos néo-testamentários são principalmente os verbos em 8, lingual que no sistema do presente se extensifica, a resultar na dupla Ç, os em que, via de regra, se registra a queda da muda terminal; - Destarte, do verbo KotôiÇco - assentar-se cujo tema bá sico, real, é k paKÓT€Ç, de Trpoopáw, aquela form a auxiliar, esta principal; 1085 » finais do tema, e a supressão nos verbos em líquida (\, |x, v, p), segundo se viu nos tempos que integram os sistemas do futuro e do 1? aoristo; - Provém este infixo, em última análise, do fut. at. Ind., matriz do sistema do futuro, a que pertence o fut. méd. Inf. e de onde deriva ele este elemento; ( k ) r f se em o o e temático, pelo que é a raiz reduplicada e — oTÕtX, não e — oreX. Desta form a, a 1- p. s. da matriz, perf. mp. Ind., quinta das partes principais, é onr — é — o ra X — p m , não cnr — e — oreX — poa, como o indica o nom. pl. c w — e — o ra X — p,év — o i do ptc. perf. mp. onr — e — o ra X — p,ev — oç, "q, ov em A t 10.17; 1193 - tom ar - Receber, acolher, ad m itir, acatar, tom ar para si, tratar com afabilidade. 556. craPPaTOV, ou, to'. N o dat. pl., ao lado da flexão regular, ootPPctTOiç, ocorre a alternativa o á p p a o i da 3- declinação -S a b á do, repouso, descanso, pausa, cessação ; no plural: semana. 557. Sajjuxpeta, ãç, Também, Xapxxpiã, ãç, r\ - Samaria. 558. XaTotvãç, a , 6 - Satanás, adversário, oponente, inimigo, contendor. 559. cnryKodhÇco, cr\ryi lingual: t , 8,0 ), ou em líquida (X., p,, v, p), altera-se, em geral, essa letra final da raiz ante a aspirada 6 do infixo tem poral, ou o próprio tema sofre alterações, nos termos registrados especial mente em relação aos sistemas do perfeito, ativo e médio-passivo; - Nas linhas gerais deste ptc. flexionam-se também os adjeti vos consonantais triform es de radical term inado em vt antecedido de e, como x ^ P ^ is , Xa PLeaxT(*» x aPLev ~ grâcil, gracioso, cuja form a original seria nestas formas: x a p íe w s , x a Pl€VTWX»Xa PÍ>evT* a ev0" luírem em linhas ligeiramente diversas. Assim, no fem inino cai a lí quida v e a lingual t se transmuta em ç, assimilada a vogal i, auxi liar, igualmente sibilantizada, enquanto no dat. pl. masc. e neutro cai o grupo v r mas a vogal e permanece inalterada, não se alonga. - Graficamente: - x a PievTw* — ► x a Pl€Tw* —► x a Pl ), que sofre a metátese, antepondo-se1325 , v^o xrá, vijKOKa, vij/copuai, ui|ícÓ0tiv - Exaltar, dignificar, elevar, engrandecer, altear. 1340 — cl - recebi (2) Perf. At. Subj.: ire — m o re u — k — o>; cl — X i ^ — (O vaui> - gritavam - em A t 21.34; - & |x í\e i - trocava idéias - em A t 24.26; - irapTpvet - admoestava - em A t 27.9; - Tju^avev - fazia c re s c e r- em I Co 3.6; (4) Imperfeito conativo ou incoativo - Expressa o impf., neste caso, ação vista como processo intentado, curso colimado, esforço iniciado, não, porém, consuma do, tentativa inconclusa, em projeção preteritiva; - Ex. - K al owf|Á.Xaacrev aôrofoç eis e lp ^ v ^ v - E os IN DUZIA à reconciliação, ou, melhor: E com eles NEGOCIAVA a paz (At 7.26). O impf. at. Ind. owT|Á.X.cM7cr€v expressa o baldado esforço de Moisés em levar a entenderem-se os dois hebreus contendores. Tem o verbo sentido claramente conativo, a referir tentâmen que não surtiu o desejado efeito. Pode-se, pois, traduzir como: (EM VÁO) PROCURAVA INDUZIR; - Outros impfs. conativos se registram em: - M t 3.4: òieKtúXuev - tentava impedir, - M t 5.2: eôfòaoxev - buscava ensinar; - Mc 7.35: feXáXei - pôs-se a falar; - Mc 15.23: eôíôauv - procuravam dar; - Lc 1.59: eKaXauv - queriam chamar; 1364 0'rj - seja cumprida - , em cláusula télica introduzida pela conjunçãoTva - para que - ao Imper. 'irX.TtpdrôTyrtú - cumpra-se, seja cumprida, de sorte que se pode tom ar como típico Subj. télico em função imperativa; (3) Optativo - Ex. - pT|K€Tt eí«s tov otuava 4 k aau p,T]ôeí<; KapTrov cpá-yoi - Não mais, para todo o sempre, de ti coma alguém fruto (M t 11.14). Corresponde o 2^ aor. at. Opt. 901701, em cláusula introduzi da pelo advérbio composto fx^xeTi - não mais - , incrementado pelo pronome indefinido p/riôeíç - ninguém - , ao Imper. çcryeto), que, negativo, m elhor se expressaria pelo Subj. paralelo: jjltti çólttj; - É, quanto parece, este o exemplo único de inflexão opta tiva do Novo Testamento em típico uso imperativo. Outras formas optativas, porém, mormente em cláusulas volitivas ou deprecativas.
mesma do presente; - Através de toda a flexão permanece invariável a raiz, a mesma sempre em todas as formas, deste como dos demais com ponentes do sistema; b. Infixo Temporal - Distintivo mais assinalado das formas futuras, é o infixo temporal neste fut. méd. Opt., como nas demais flexões do sistema, a sibilante, o mesmo da matriz, de que o recebe de par com a raiz; c. Vogal de ligação - Também a vogal de ligação, além da raiz e do infixo te m poral, é a mesma do fut. at. Opt., própria deste m odo nos tempos em que se emprega (pres. at. e mp.; fut. at., méd. e pass.; 2- aor. at. e méd.; perf. at. e fut. pf. mp.), a mesma em toda a flexão, isto é, a vogal o (embora não a preceder a p. ou v); d. Infixo modal - O infixo modal, assim como a raiz, o infixo tem poral e a vogal de ligação, é o mesmo do fut. at. Opt., isto é, a vogal breve i, típica das formas do Opt., a fundir-se com a vogal de ligação que a precede, de que resulta o ditongo o i, característico deste modo nas flexões do pres. e do futuro nas três vozes, do 2- aor. nas vozes ativas e média, do perf. at. e do fut. pf. mp.; e. Desinências - Visto que nas flexões do O p t não se usam desinências primárias, ao contrário do Subj., que as emprega exclusivamente, neste fut. méd. Opt. são elas as SECUNDÁRIAS MÉDIAS, nos exatos moldes do pres. mp. Opt. e do im pf. mp. Ind.; - Na 2- p. s. registra-se a queda da sibilante desinencial, posta entre vogais, mas, ao contrário do que se processa no im pf. mp. Ind., não se fundem essas vogais agora contíguas. - Graficamente: o — i — ao —* o — i — o; 671
- No dual, como se viu no pres. at. e mp. e no fut. at. deste modo, já que não primárias as desinências, diferem as duas infle xões da quantidade da vogal da desinência, breve na 2- p. d., longa na 3- p. d., donde o posicionamento divergente do acento nessas formas. 3. Flexão - Do fut. méd. Opt. de m o re v tú - c re r-, raiz no sistema, como nos demais, m o re v , as formas flexionais são: RAIZ 1- p. S. m O T€V 2- p. s. irw rrev 3- p. s. m o re ú
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4. Observações m orfológicas a. Quatro dos elementos estruturais não sofrem variação, imutados, os mesmos, em todas as form as da flexão: raiz (m o re v), infixo temporal (s), vogal de ligação (o) e infixo modal (i); b. Como no fut. at. Opt., fundem -se a vogal de ligação e o in fi xo modal, de sorte que o grupo o i é ditongai; c. Terminam estas formas, embora futuras, a receberem desinenciação própria dos tempos secundários, porquanto no Opt. não se empregam desinências primárias, nos exatos moldes do pres. mp. Opt. e do im pf. mp. Ind.; d. A form a atual da 2- p. s. é m oTe-úooio em lugar da original m oTevooioo, dada a queda da sibilante desinencial; 672
e. Enquanto a 2- p. d. é m oreóoourB ov, a 3 - p. d. é m o re u — a o ía 6r|v, diferente em natureza e quantidade a vogal da desinência, em posição diversa, ademais, o acento; e f. Neste, como nos demais verbos em que a mesma raiz serve aos dois sistemas, diferem estas inflexões das paralelas do pres. mp. Opt. apenas em que as formas futuras inserem ç entre a raiz e a vogal de ligação. Os demais componentes são idênticos em am bas as flexões; g. De notar-se, ainda, é que na 2- p. d. e na 1- e 2- p. pi. as de sinências são as mesmas de todas as flexões médias, não apenas de tempos secundários mas até dos prim ários do Ind., do Subj. e do Opt., assim como do Imper., em se tratando da 2- p. d. e da 2- p. pl. Portanto, nestas três pessoas, terminarão todas as flexões médias e passivas homógrafas pela mesma form a desinencial, em paralelo. 5.Acentuação - Recessiva é a acentuação das formas deste fut. méd. Opt., porquanto é tempo de modo finito, pelo que recuará o acento o mais distante possível do final da inflexão; - São, pois, acentuadas na penúltima, duas das formas, a 1 - p. s. e a 3- p. d., porquanto a desinência é longa (o que impede acento na antepenúltima), enquanto as demais seis (2- e 39 p. s.; 2- p. d. e as três do plural), breves as desinências, têm o acento na antepe núltima; e - É agudo, pois, o acento em toda esta flexão, colocado sobre o ditongo na 1- p. s. e 3- p. d. (desinência longa), paroxítonas, e na 19 p. pl. (desinência breve, mas dissilábica), proparoxítona, TRÊS inflexões; posto sobre o ditongo do tema nas CINCO restantes (2- e 3- p. s.; 2- p. d.; 2- e 3- p. pl.), todas proparoxítonas (breve as desinências). 6. Relação - Como se observou em relação ao fut. at. Opt., poder-se-á conceber esta flexão como híbrida, a combinar, em justaposição. 673
elementos estruturais de dois outros: fut. at. Ind. e pres. mp. Opt.; - Da matriz, fut. at. Ind., de que deriva esses elementos, agre ga esta flexão a raiz ("irurrev) e o infixo tem poral (<5), DOIS com po nentes; - Do pres. mp. Opt. tem: vogal de ligação (o), infixo modal (1) e desinências (secundárias médias), TRÊS fatores, além da variação sincopai da 2- p. s. e da acentuação, também comuns a estas duas flexões; - Portanto, à base da matriz, fut. at. Ind., conform e se apre senta na segunda das partes principais do verbo, bastará tom arem se-lhe o tema e o infixo tem poral ç e acrescentar-se a form a para lela do pres. mp. Opt., excluída a raiz, para obterem-se as inflexões deste fut. méd. Opt.; - Por outro lado, nos verbos em que é em ambas as flexões comum 0 tema, determinadas as formas do pres. mp. Opt., obtêmse as equivalentes deste fut. méd. Opt. com simplesmente inserirse o infixo temporal s entre a raiz e a vogal de ligação; - Afinal, diferem estas inflexões médias das ativas correspon dentes do fut. Opt. apenas no que respeita às desinências, os mes mos os demais elementos: raiz (m oreu ), infixo tem poral (ç), vogal de ligação (o) e infixo modal (t). Daí, conhecida a flexão do fut. at. Opt., tem-se, em paralelo, a deste fut. méd. Opt. simplesmente mudando-se a desinência secundária ativa pela média correspon dente. 7. Sentido e tradução - Tem este fut. méd. Opt. a mesma Aktionsart e maneira de expressão do fut. at. Opt., de que diverge quanto à voz e à ênfase; - Futuro, ao contrário do presente e do imperfeito, é tempo de Aktionsart inextensa, não durativa, punctiliar, a expressar o fato em si, a mera ocorrência, não seu processo, duração ou extensão. O pres. e o im pf. são tempos de Aktionsart continuativa, extensa, duracional, linear, ação momentânea, costumeira, progressiva; - Voz média, o sujeito pratica a ação sobre si próprio (média 674
reflexa) ou sobre algo que de perto lhe interessa, é de vantagem ou diz respeito de modo especial (média indireta), a ênfase a incidir sobre essa relacionalidade, isto é, sobre o particular envolvimento do sujeito na ação; - Optativo, m odo subalterno e dependente, como também o Subj., é a ação expressa em term os condicionais, relativos, hipotéti cos, dada como possível, não categórica e incisiva como no Ind., ou provável, potencial, exequível como no Subj.; - Extreme é o Opt., como o Subj., o Imper. e o Inf., de precisa conotação tem poral, noção que se infere do imediato contexto e da direta estrutura clausular. Logo, não expressam estas formas eventuação necessariamente futura, podendo, de igual modo, si tuar-se no passado, na atualidade ou no porvir, inda que não haja abstrair-lhes de todo a noção de posterioridade; - Dada a imprecisão de que se reveste a ação futuritiva, pas sagens haverá em que têm as inflexões deste fut. méd. Opt. teor puramente linear, enfocada a eventuação como processo extenso, durativo ou continuado, ação específica, repetida ou progressiva; - Como nas demais flexões do Optativo e nos tempos do Subj. todos, não têm formas deste fut. méd. Opt. tradução explícita, ca racterística, estereotipada, determinada que é, em cada caso, pela modalidade de cláusula em que a inflexão aparece; - Inexistente a voz média no português, representam-se as formas desta flexão pelas ativas correspondentes, subentendidas as especificidades de sentido, ênfase e expressão; - A form a que mais se lhe aproxima do sentido é, em muitos casos, o nosso futuro do pretérito; - É de registrar-se que, em razão da simplicidade de estilo dos autores, longe de sofisticados, não ocorrem nos escritos néo-testamentários form as deste fut. méd. Opt., como não as há do fut. at. Opt., igualmente; - Em resumo, é o fut. méd. Opt.: - tem po de ação normativamente punctiliar, embora, inciden talmente, o possa ser também linear (futuro). 675
- praticada pelo sujeito, sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona de modo estreito (voz média), - destituída de precisa conotação tem poral (Optativo), - expressa em teor hipotético (Optativo), - a espelhar o fato em si, o evento apenas, embora, por vezes, o processo da ação, momentânea, costumeira ou progressivamen te; - ressaltado o sujeito e seu envolvimento (voz média), - a tradução ditada pelo tipo da cláusula (Optativo). 8. Aplicação paradigmática - Segundo este paradigma de TruTTeíxú flexiona-se o fut. méd. Opt. dos verbos regulares, por isso excetuados os de tema finaliza do em muda (labial: ir, 3 , 9; gutural: k , 7, x; lingual: t , 8, 6) ou lí quida (X, (x, v, p), bastando para tanto substituir-se a raiz m o re u pela correspondente futura do verbo a flexionar-se, conforme se apresenta na segunda das partes principais; - Em todos constantes permanecem os demais elementos da estrutura: infixo tem poral (s), vogal de ligação (o), infixo modal (í) e desinências (secundárias médias), além da variação desinencial da 2- p. s. e a acentuação, os mesmos sempre. 1.8 - Futuro A tivo do Infinitivo 1. Estrutura - A sequência estrutural da form a do fut. at. Inf. é: RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + DE SINÊNCIA 2. Formação a. Raiz - Como nos demais integrantes do sistema, a raiz neste fut. at. Inf. é a mesma da matriz (fut. at. Ind.), parte que antecede ao f i 676
nal atual creiv, conforme se estampa na segunda das partes princi pais, na maioria dos verbos a mesma do sistema do presente; b. Infixo Temporal - Também o mesmo da matriz, fut. at. Ind., é o infixo tem poral neste fut. at. In f„ isto é, a sibilante, distintivo básico de todas as formas e flexões deste sistema, aliás, de toda inflexão futura nos três sistemas em que ocorre; c. Vogal de ligação - A vogal de ligação é, de igual modo, a mesma da matriz, fut. at. Ind., ante desinências não iniciadas por p, ou v, isto é, e, nesta form a anteposta à integrante desinencial e; - Note-se que esta vogal de ligação serve, de igual sorte, a flexões do Ind., do Imper. e do Inf. nos sistemas do presente, do futuro e do 2- aoristo, além do aoristo passivo e perfeito médio (nestes, em se tratando das flexões futuras); d. Desinência - Como no pres. at. Inf., a desinência neste fut. at. Inf. é a típica destes dois infinitivos nos verbos em
4. Acentuação - De rigor, têm acento recessivo as formas flexionais dos m o dos finitos: Ind., Subj., Opt. e Imper. Já não vale o mesmo princípio quanto às inflexões dos complementares: Inf. e Ptc.; - Deste fut. at. Inf. a form a integra o conjunto de SETE in fin i tivos normativos cuja acentuação se pode conceber como recessiva (pres. at. e mp.; fut. at., méd. e pass.; 1- aor. méd. e fut. pf. mp.) em contraposição aos QUATRO acentuados sempre na penúltima, posicionalmente (1? aor. at. e pass.; perf. at. e perf. mp.), além do 2aor. at. (sempre na última) e méd. (sempre na penúltima); - Tem, pois, acento agudo este fut. at. Inf. na antepenúltima na form a original, proparoxítona, na penúltim a, dada a contração alongadora, na form a atual, paroxítona, em ambas por sobre o ditongo ev do tema.
5. Relação - Como as demais flexões do sistema, poder-se-á tom ar este fut. at. Inf. como híbrido em estrutura, a combinar elementos em sequência de dois outros tempos: fut. at. ind. e pres. at. Inf.; - Do fut. at. Ind., matriz do sistema, deriva o tema (m oreu ) e o infixo temporal (s); do pres. at. Inf. a vogal de ligação (e) e a desi nência (ev), paralelas, ademais, a contração (e + ev = eiv) e a acentuação (recessiva). Todavia, a vogal de ligação é, também, co mum ao fut. at. Ind., diferindo, pois, as formas apenas quanto à de sinência; - Destarte, conhecida a segunda das partes principais, para obter-se esta form a infinitiva bastará excindir-se-lhe o final o> e acrescentar-se a terminação etv, acentuada, com agudo, a sílaba anterior, penúltima; - Nos verbos em que a mesma raiz ocorre nos dois tempos, como se dá em mcrTevo), difere a form a do fut. at. Inf. da paralela do pres. at. Inf. apenas no fato de inserir aquela entre a raiz e a vo gal de ligação o sigma infixai; 678
6. Sentido e tradução - Futuro, em contraposição ao presente e im perfeito, flexões de teor extenso, durativo, linear, de ação vista como evento m o mentâneo, ou costumeiro, ou progressivo, é tem po de Aktionsart inextensa, não continuativa, punctiliar, a simplesmente registrar o evento em si, não seu processo, extensão ou continuidade; - Voz ativa, o sujeito implícito pratica a ação, incidindo a ênfa se na eventuação como fato, o evento em distinção de outros, não na resultatividade (voz passiva) ou no sujeito e seu direto envolvi mento (voz média); - Infinitivo, modo substantivai, não se reveste a ação de tom incisivo, ou categórico (Ind.), nem mesmo potencial (Subj.) ou hi potético (Opt.), m uito menos injuncional (Imper.), expressa nos moldes de simples substantivo, logo, mais estática do que dinâm i ca; - Carecendo o Inf., como o Subj., o Opt. e o Imper., de explí cita conotação tem poral, não situa esta form a o evento em pers pectiva necessariamente futura, podendo o fato reportar-se ao pre sente e mesmo ao passado. Do contexto fraseológico infere-se este elemento, alheio à forma em si, embora, de natureza, expresse ela posterioridade implícita; - A despeito da punctiliaridade normativa, dado o caráter in definido e impreciso da eventuação futura, há de adm itir-se a esta forma infinitiva, por vezes, conforme o exija o teor geral da frase, sentido tipicamente linear, o enfoque voltado para com o modo de ser, a eventuação em seu processo, específica, repetida, em pro gressão; - Não há no português form a sintética ou natural que traduza diretamente este infinitivo. Daí, pode-se ele representar pelo nosso infinitivo presente ativo, subentendida a especificidade e projeção da form a, abstraída noção de tempo. Quando, porém, se requer a perspectiva futura explícita, use-se a fraseologia locucional à base de haver de a reger o infinitivo puro; - Resumindo, dir-se-á que é o fut. at. Inf.: 679
- tempo de ação normativamente punctiliar, incidentalmente li near (futuro), -p ra tica d a pelo sujeito (voz ativa), - sem explícita noção de tempo (Infinitivo), - expressa em teor substantivo (Infinitivo), - enfocado o fato em si, o evento que tal, por vezes, seu pro cesso, ação momentânea, costumeira, progressiva, - acentuado o fato distinto (voz ativa), - a traduzir-se pelo infinitivo presente ativo ou, locucionalmente, com o preposto haver de ; - Isto posto, 'jru rre ú a e iv deve traduzir-se, punctiliarmente, como: - crer, haver de crer (o fato do crer, o evento, não seu proces so), ou, linearmente: - crer, haver de crer (o processo como fato específico: ação momentânea), ou, - crer, haver de crer (o processo como fato repetitivo: ação costumeira = costum ar crer, haver de costum ar crer), ou, - estar crendo, haver de estar crendo (o processo como fato em andamento, ação progressiva); - Desta sorte, estudadas, três formas infinitivas há que rece bem a mesma tradução, crer, em decorrência de não haver no po r tuguês inflexão distintiva, a saber: (1) m o re v — e iv (pres. at. Inf.), (2) m c rre ii — e — o 0a i (pres. méd. Inf.) e (3) m o re i) — o — e iv (fut. at. Inf.). 7. Aplicação paradigmática - À base desta forma paradigmática de moTexxú obtém-se a equivalente do fut. at. Inf. de outros verbos, excetuados os de tema finalizado em muda (labial: tt, 0 , cp; gutural: k , 7 , x; lingual: t , 8, 0) ou líquida (X, |x, v, p), com simplesmente substituir-se a raiz m oTev pela correspondente, conforme a segunda das partes principais do verbo a flexionar-se; 680
- Comuns a todos serão, e sempre os mesmos: infixo tem poral (s), vogal de ligação (e), desinência (ev), contração final (e + ev = eiv) e acentuação (recessiva), na penúltima da form a atual; - Logo, para qualquer verbo regular, bastará tom ar-se-lhe a raiz do futuro e acrescentar-se-lhe o final treiv, acentuando-se a última da raiz, agudo o acento; 8. Uso em o Novo Testamento - É extremamente rara esta form a infinitiva nos escritos néo-testamentários. Na verdade, uma vez única se registra: em Jo 21.25, xtopifio-eiv - haver de conter - , e, assim mesmo, em não pou cos mss., sobressaindo D (Codex Bezae, V-VI séc.) e (Codex Koridethi, IX -X I sécs.), vem substituído pelo 19 aor. at. Inf. xtoprjom ! 1.9 - Futuro Médio do Infinitivo 1. Estrutura - A sequência de elementos estruturantes neste fut. méd. Inf., a mesma do fut. at. Inf., é: RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + DE SINÊNCIA 2. Formação a. Raiz - A mesma do fut. at. Inf., comum, aliás, a todas as flexões que integram o sistema do futuro, é a raiz neste fut. méd. Inf. a que se estampa na matriz, fut. at. Ind., consoante a segunda das partes principais do verbo, porção que precede ao final crecrOou; - Na m or parte dos verbos, a raiz do fu tu ro é a mesma do presente;
b. Infixo Temporal - Distintivo por excelência das form as futuras, é o infixo 681
temporal neste fut. méd. Inf., como nas demais flexões do sistema* a sibilante, o mesmo da matriz, de que o recebem todos juntamente com a raiz; - Assim como a raiz, também este infixo é o mesmo do fut. at. Inf.; c. Vogal de ligação - Também a vogal de ligação se pode haver como derivada da matriz, fut. at. Ind., porquanto lhe é a própria das form as em que se antepõe a desinências não iniciadas por p, ou v, isto é, a breve c a preceder a ç; - Ao lado da raiz e do infixo tem poral, é também esta vogal de ligação a mesma da seqüência estrutural do fut. at. Inf., em sua forma original; - Dos tempos estudados, ocorre esta vogal de ligação € em inflexões e formas do pres., nas três vozes, do Ind., Imper. e Inf.; do im pf. at. e mp. do Ind. e do fut. at. e méd. do Ind. e Inf.; d. Desinência - É neste fut. méd. Inf. a desinência a típica dos tempos médios e passivos neste modo, isto é, cr0ou, com a exceção única do aor. pass., que a tem ativa, a alternativa v a i; - O ditongo finai a i desta desinência, como, aliás, em todas as formas e inflexões, excetuadas* as flexões do Optativo, é havida por breve para fins de acentuação. 3. Forma - De TrurTevct) - crer - , raiz neste como em todos os sistemas sempre a mesma, m o re u , a form a do fut. méd. Inf. é: TEMA IT VL DES. TTUJTev | a | e | o-0a i - crer, haver de crer. 4. Acentuação - É este fut. méd. Inf. uma das sete form as infinitivas cuja 682
acentuação se pode haver como recessiva , por isso que incide na antepenúltima, a distanciar-se, pois, da últim a, dada por breve, quanto o permitem as leis prosódicas; - Agudo é o acento nesta form a, posto sobre o ditongo ev final do tema, posição, aliás, que ocupa nos demais infinitivos até aqui estudados, a saber: - pres. at. In f .- m o r e ú — e iv (paroxítono), - pres. mp. Inf. - iru jr e ú — € — ctôou, (proparoxítono), e - fut. at. Inf. - Trurreó — or — e iv (paroxítono); - É, portanto , proparoxítono este fut. méd. Inf. 5. Relação - Para fins práticos, dir-se-á que este fut. méd. Inf., como os demais componentes do sistema, é híbrido em estrutura, por isso que, na sequência, combina elementos de dois tempos: fut. at. Ind. e pres. mp. Inf.; - Da matriz, fut. at. Ind., tem o tema (m o re u ) e o infixo tem poral (s); do pres. mp. Inf. exibe a vogal de ligação (e) e a desinên cia (ctOgéi), além da acentuação (recessiva, proparoxítona); - Além da raiz e do infixo tem poral, também a vogal de liga ção se pode adm itir como derivada da matriz, fut. at. Ind., por isso que em ambas as flexões é a mesma nas form as em que a desinên cia se inicia por 9 ou t . Nestes casos, diferente apenas a desinenciação, para ter-se a form a infinitiva deste fut. méd. bastará substituirse a desinência da inflexão original da matriz (crí, t i , tov, tc ) por crOai, mantido o acento, agudo, na sílaba de origem, sobre o diton go ev do tema; - Portanto, partindo-se da segunda das partes principais do verbo, obtém-se este fut. méd. Inf. com apenas trocar-se 0 final co pela terminação eaBcu, m antido o acento, agudo, na mesma posi ção; - Em relação à form a ativa, tem -lhe em com um este fut. méd. Inf. três dos elementos estruturantes, na formação original: raiz (m oreu), infixo tem poral (ç) e vogal de ligação (e). Logo, nessa ba683
se, conhecida a forma do fut. at. Inf. original (m o re u — ct — e — ev), ter-se-á a correspondente deste fut. méd. Inf. (mcrTeó — ct — e — CT0a t) substituindo-se a desinência ev pela paralela
elemento que deriva do imediato contexto ou da própria estrutura clausular. Logo, não se refere este fut. méd. Inf. a fato necessaria mente futuritivo, podendo situar-se no presente e mesmo no pas sado, embora, de natureza, retrate posterioridade implícita; - I ndefinida e imprecisa que é a ação futura, tem-se de adm itir que em certos casos a Aktionsart seja linear, antes que punctiliar, visualizado o processo da eventuação mais do que o fato em si, lo go, a externar o COMO se dá o evento, seu modo de acontecer, ação específica ou momentânea, costumeira ou repeticional, pro gressiva ou continuativa; - Visto que não dispõe o português de form a específica da voz média, nem própria de infinitivo futuro, tem-se de traduzir este fut. méd. Inf. em term os da inflexão ativa, isto é, pelo nosso infinitivo presente ativo, subentendidas as propriedades características e pe culiares à form a em si, abstraída a noção tem poral. Todavia, quan do se impõe acentuar-lhe o cunho futuritivo, preferível será tradu zi-lo em moldes locucionais, à base de haver de a preceder ao in fi nitivo simples; - Em suma, é o fut. méd. Inf.: - tem po de Aktionsart normativamente punctiliar, incidental mente linear (futuro), - praticada pelo sujeito, sobre si próprio ou sobre algo estrei tamente relacionado (voz média), - alheia explícita noção de tempo (Infinitivo), - expressa em teor substantivo (Infinitivo), - a ênfase a cair sobre o sujeito e seu envolvimento (voz m é dia), - enfocado o mero fato, o evento em si, por vezes o processo, a ação, momentânea, costumeira ou progressiva (futuro), - a traduzir-se pelo nosso infinitivo presente ativo simples ou locucional (com o preposto haver de); - Portanto, m o T e w e crô a i, punctiliarmente, se traduzirá co mo: - cre r (o fato do crer, o evento, não seu processo), ou, linear 685
mente: - crer, haver de crer (o processo como fato específico: ação momentânea), ou, - crer, haver de crer (o processo como fato repetitivo: ação costumeira = costum ar crer, haver de costum ar crer), ou, - estar crendo, haver de estar crendo (o processo como fato em andamento: ação progressiva); - Destarte, do verbo padrão, excluída a forma do infinitivo presente passivo, as demais quatro estudadas admitem todas a mesma tradução, crer, já que não há no português correspondentes distintos, embora às inflexões futuras, em se lhes desejando acen tuar o teor futurístico, se possa antepor o auxiliar haver de; - São eles, pois: - m crrev — e iv (pres, at. Inf.), - m o r e ú — e — a 0a i (pres. méd. Inf.), - iru r rc ií — cr — e iv (fut. at. Inf.) e - m o T ev — a — e — a 0a i (fut. méd. Inf.). 7. Aplicação paradigmática - À base desta form a paradigmática de mcrreóot) obtém-se a equivalente, fut. méd. Inf., dos demais verbos, exceção feita da queles cuja raiz termina por muda (labial: tt, 0 , 9 ; gutural: k , 7 , lingual: t , 8 , 0) ou líquida (X, jx, v, p), fazendo-se de mister apenas substituir-se o tema m o re u pelo correspondente, conforme a se gunda das partes principais do veVbo a flexionar-se; - Constantes, os mesmos em todos, serão: infixo temporal (ç), vogal de ligação (e), desinência (or0oa) e acentuação (recessiva, pro paroxítona); - Assim, para obter-se o fut. méd. Inf. de qualquer verbo sufi ciente será tom ar-se a raiz do futuro e acrescentar-se-lhe o final a c a b a i, acentuada, com agudo, a sílaba precedente; 8. Uso em o Novo Testamento - É, como a paralela ativa, assaz rara esta form a do fut. méd.
686
Inf. nos escritos néo-testamentários. Na realidade, registram-se-lhe apenas 4 ocorrências, todas a mesma inflexão: CCTeaGai, fut. méd. Inf. de e i|x i - ser, estar todas em Atos, três vezes precedida do inf. pres. at. promissivo |xé\Xeiv (At 11.28; 24.15 e 27.10), uma vez única (At 23.30) isolada, não precedida desse auxiliar futuritivo. 1.1 0- Futuro A tivo do Particípio 1. Estrutura - Do ptc. fut. at., forma de enunciado preferida de muitos, constam as inflexões da seguinte seqüência de elementos estrutu ra ntes: RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + IN FIXO MODAL + DESINÊNCIA 2. Formação a. Raiz - A raiz, porção que no caso base, nom. sing., precede aos finais genéricos oxdv, cro w á , aov, é a mesma da matriz, fut. at. Ind., conforme a registra a segunda das partes principais, na maioria dos verbos a mesma do sistema do presente; - Esta raiz não se altera, a mesma sem variação, em todas as formas desta flexão participial; b. Infixo Temporal - Elemento distintivo por excelência das inflexões futuras todas, neste e nos dois outros sistemas em que ocorre (aor. pass. e perf. méd.), é o infixo temporal ç, o mesmo da matriz, fut. at. Ind., de que o derivam, juntamente com a raiz, as inflexões deste fut. at. ptc.; c. Vogal de ligação - A preceder à líquida ou nasal v, é a vogal de ligação nas 687
formas originais desta flexão, como nos tempos que a têm, ante |x ou v, no Ind. (pres., impf., 2- aor. e fut.) e no Imper. (pres., 2- aor. e perf.), a breve o, sujeita a alterações em alguns casos, a mesma típ i ca do pres., fut., 29 aor. e perf. (at.) do Opt.; - Como a raiz e o infixo temporal, também esta vogal de li gação deriva-a o fut. at. ptc. da matriz, de que, portanto, recebe três dos elementos estruturantes; - É de notar-se que no Ptc., bem como no Opt., somente o pode aparecer como vogal de ligação, ao contrário do Inf., em que apenas e ocorre; - Esta vogal de ligação aparece, nas formas atuais, alonga da para <ú nos casos nom. e voc. sing. masc. e para ou no dat. pl. masc. e neutro e em todas as inflexões do fem inino; d. Infixo Moda! - Característico especial dos particípios ativos, bem como do ptc. aor. pass., o infixo modal é o grupo vt, sujeito a alterações em alguns dos casos; - Assim é que lhe cai a lingual, sempre que final da forma, uma vez que não termina vocábulo regular por esta consoante. Isto se produz em cinco inflexões: nom. e voc. sing. masc. e nom., acus. e voc. sing. neutro; - Por outro lado, quando a anteceder desinência iniciada por ç, caem-lhe ambas, a nasal e a lingual. Isto se passa em dezes sete formas: dat. pl. masc. e neutro e em todas as quinze inflexões do feminino; e. Desinências (1) Linhas de flexão - Tem este fut. at. ptc., como os demais ptcs. ativos (pres., aor. e perf.) e, mesmo, o aor. pass., três linhas distintas de flexão, nos moldes gerais dos adjetivos consonantais triform es; - Assim, as flexões do masculino e do neutro se proces688
sam em termos da 3- declinação, enquanto a flexão feminina se faz conforme a 3- classe da 1 - declinação; - É de observar-se que as desinências neste fut. at. ptc. são exatamente as mesmas, paralelas, do pres. at. ptc. (como tam bém do 2- aor. at. ptc., como se verá); - Segue, pois, a flexão do masculino as linhas do subs tantivo paradigma dos nomes em lingual t precedida de v, a que antecede o, isto é, 'yepcav, ^epovroç, ó, masculinos ou fem ininos da 3- declinação; - A flexão do fem inino segue a norma dos nomes fem i ninos de radical não finalizado por e, i, p da 3- classe da 1- declina ção, à base de ôo£a, ôó^rjç, Tj; - A flexão do neutro obedece ao padrão dos nomes linguais da 3- declinação, neutros, paralelamente ao masculino, se gundo o paradigma geral de bvo|xa, óvópuixTO«;, to', no que respeita à desinenciação apenas; - É a flexão deste ptc. sim ilar à do adjetivo congênere I kíúv, eKoCcrá, I kov, exceto no que respeita ao tema e à acentua ção; (2) Observações (a) Quanto ao masculino, merecem consideração, co sempre, em se tratando de flexão em moldes masculinos ou fem i ninos da 3- declinação, os cinco dos casos assinalados, a saber: - Nom. sing.: não há desinência explícita, caindo a lingual t do infixo modal, que não pode ser terminal de forma* e alongan do-se a vogal de ligação, que de o se torna w. - Graficamente: o + v t —► o + v —*• cú + v; -A c u s . sing.: tem a desinência ã (em vez de v); - Voc. sing.: como em todos os ptcs. ativos (e o aor. pass.), é igual em forma ao nom. sing.; - Dat. p i.: sofre a queda do binôm io vt do infixo modal, ante desinência iniciada pela sibilante, alongando-se, em com pen sação, a vogal de ligação o, precedente, que se transmuta no diton689
go ou. - Graficamente: o + vt + ctí —► o + v + ctl—» o + crí — ► ou ■+■ cri; e
-A c u s . pl.: recebe a desinência áç (em lugar de v
3 .fle x ã o - De merreúo) - crer - , raiz neste, como nos demais sistemas, m o re v , a flexão do fut. at. ptc., cuja form a básica, nom. sing., seria originalmente: m o re u — a — o — vt, m errev — cr — o — vt —
690
íot, mcrreí) — cr — o — vT, evoluídas, respectivamente, para ttlo—
TEMA NS. GS. DS. AS.
vs. ND. GD. DD. AD. VD.
NP. GP. DP. AP. VP.
NS. GS. DS. AS. VS.
[irurT eO
m o re i) TrurreiL» TTMTT€V [m orei» TEMA moTev mOT€V
IT cr cr cr a cr
—
—
MASCU UNO VL IM DES. 0 VT —] — merrev o VT os o L VT 0 o VT a o VT —] — merrev
—
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IT cr cr a a cr
VL 0 / 0 / o 0 o
IM VT VT VT VT VT
DES. e OlV OlV e e
TEMA mOTCV merrev [ tTLO-T€TJ merrev moTev
IT a a cr cr cr
VL 0 ✓ o o1 o o
IM VT VT VT VT VT
DES. €Ç (OV o i] — merrev | a áç eç
TTKTTeV
merrev
TEMA moTev merrev maTev Tricrrev Trurrev
IT cr or a cr cr
VL ov ov ov ou ov
—
ov 1aí
FEMININO DES. crá CTT)S enr} cráv crct
691
ND. GD. DD. AD. VD.
NP. GP. DP. AP. VP.
NS. GS. DS. AS.
vs.
ND. GD. DD. AD. VD.
692
TEMA m o re u
CT
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CT
irio re u
CT
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cr
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IT CT
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IT
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CT
-TTCCTTeU TTLCTTeU TTlCTTeÚ TUCTT6U
CT
CT CT CT CT
CT CT CT
1
VL cru 01) ÜÚ oú oú
DES. CTÖ om v craiv crã crã
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DES. croa crá»v craiç eras croa
NEUTRO VL IM DES. 1 T VT 0 —] — m crreu O VT oç 0 VT i VT O —] — m o re u O VT —] — m o re u VL o / 0 / o 0 o
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TEMA m o re u m o re u [m o re u m o re ú m o re ú
IT O O cr cr o
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IM VT VT VT VT VT
DES. a cov crí] — m o re u o a a
U cr 1 ou 1 a t
b. Observações - A raiz m o re u e o infixo temporal ç permanecem cons tantes e inalterados em toda a flexão, sempre os mesmos, como na matriz, de que procedem. Nem se alteram as desinências, as mes mas dos respectivos paradigmas; - A vogal de ligação (o) e o infixo modal (v t ) sofrem varia ções, mais ou menos pronunciadas, aquela em dezenove casos, este em vinte e dois; - A vogal de ligação altera a quantidade, convertendo-se em to nos dois casos não-desinenciados do masculino (nom. e voc. sing.) e assumindo a forma ditongai ou ém dezessete inflexões, a saber: o dat. pl. masc. e neutro e todas as quinze femininas; - O infixo modal vt perde a lingual final nas cinco inflexões não-desinenciadas (nom. e voc. sing. masc. e nom., acus. e voc. sing. neutro), pois que não pode ser terminal de fo rm a ,« todo se omite nas dezessete inflexões em que antecede à sibilante desinên cia I (dat. pl. masc. e neutro e as femininas todas); - A inflexão evoluída do dat. pl. masc. e neutro (m o re u — a — ou — crí) coincide em form a e acentuação com a 3- p. pl. atual do fut. at. Ind., embora divirjam , em certos pontos, a estrutura e os elementos componentes. 4. Acentuação - Os modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.) têm acentuação normativamente recessiva, a incidir sobre a penúltima (se longa a última) ou a antepenúltima (se a última fôr breve); 693
- Nos dois modos complementares, Inf. e Ptc., o acento não é obrigatoriamente recessivo, preferível sendo havê-lo por posiciona!’, - Assim, neste ptc. fut. at. está o acento na penúltima da forma base, nom. sing., no masculino (m o re ú - cr - w - v) e no neutro (m crreu — cr — o — v), na antepenúltima no fem inino (iru rre ú — d — ou — era), sílaba em que permanece quanto o permitam as leis prosódicas; - No masculino, e, de igual modo, no neutro, em doze das in flexões conserva-se o acento na sílaba de base, isto é, sobre o d i tongo eu do tema; apenas em três formas (gen. e dat. dual e gen. pl.), desinências longas (respectivamente otv e
- Em suma, das formas atuais são: - proparoxítonas: 24 inflexões, a saber: - Masculinas: 10 (gen., dat. e acus. sing.; nom., acus. e voc, dual; nom., dat., acus. e voc. pl.); - Femininas: 5 (nom., acus. e voc. sing.; nom. e voc. pl.); e - Neutras: 9 (gen. e dat. sing.; nom., acus. e voc. dual; nom., dat., acus. e voc. pl.); - paroxítonas: 17 formas, isto é: - Masculinas: 5 (nom. e voc. sing.; gen. e dat. dual e gen. pl.); - Femininas: 9 (gen. e dat. sing.; o dual todo; dat. e acus. pl.); e - Neutras: 3 (gen. e dat. dual e gen. pl.); - properispômenas: 3 (nom., acus. e voc. sing. neutro; também nom. e voc. sing. masc. originais). Nos verbos em que o tema é f i nalizado por breve são paroxítonas estas formas; - perispômena: 1 (gen. pl. fem.).
5. Relação - Do ponto de vista prático, pode-se tom ar este fut. at. ptc. como híbrido de estrutura, a exibir elementos, em sequência, de dois tempos: fut. at. Ind. e pres. at. ptc.; - Do fut. at. Ind., matriz do sistema, deriva este ptc., como os demais integrantes, a raiz (m o re v ) e o infixo tem poral (ç), presen tes em todos; do pres. at. ptc. exibe a vogal de ligação (o), o infixo modal (v t ) e as desinências (consonantais triform es), mesmas as alterações de formas e a acentuação; - Por outro lado, dever-se-á acentuar que da matriz, fut. at. Ind., têm as inflexões deste ptc. três elementos: raiz (t t io t € v ), infixo temporal (ç) e vogal de ligação (o), aqueles inalterados, esta sujeita a variações em não poucos casos; dos ptcs. ativos (a do ptc. aor. pass.) o infixo modal v r, passível de alterações em avultado nú mero de inflexões; dos adjetivos consonantais triform es de radical finalizado em o v t as desinências; - Portanto, à base da segunda das partes principais, pode ob 695
ter-se a flexão total deste ptc. fut. at. com substituir-se-lhe o final co pelas formas do ptc. pres. at., eliminada a raiz morTeu, mesmo os demais elementos; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos sistemas do pre sente e do futuro, como é o caso de iruTTeúü), diferem as formas do fut. at. ptc. das correspondentes do pres. at. ptc. apenas na inserção de ç (infixo temporal) entre a raiz e a vogal de ligação, elemento alheio às formas do presente; -O u : - pres. at. ptc.: m o re u —
valente de que é qualificativo, ou substituto, ou modificador; - Como é o particípio, ao lado do Indicativo, modo que possui explícita noção de tempo, inda que não absoluta, ao contrário, rela tiva, dependente do verbo dominante, dir-se-á que expressa este fut. at. ptc., não apenas COMO se realiza a ação, mas ainda Q U A N DO se dá ela, embora em perspectiva determinada ou secundária. Todavia, refere-a sempre como posterior à do verbo principal, pervindoura, futuritiva, que, entretanto, na realidade, pode situar-se no presente e mesmo no passado; - Indefinida que é, e imprecisa, a eventuação futura, pode-se adm itir a estas formas teor circunstancialmente linear, quando ex pressarão antes o processo, o m odo de acontecer, que o fato em si, sua mera ocorrência ou evento. Neste caso, a expressão poderá ser específica ou momentânea, repeticional ou costumeira, continuativa ou progressional; - Não dispõe o português de form a específica, sintética ou natural, que traduza diretamente o ptc. futuro. Daí, por vezes, terse-ihe-á de dar a tradução própria do ptc. pres. at., subentendida a especificidade e projeção da form a original. Em geral, porém, é de preferir-se a fraseologia locucional, ou perifrástica, mercê da anteposição do auxiliar havendo de ao infinitivo presente ativo simples; - Conforme a função sintática desempenhada, traduzem-selhe as inflexões ora como gerúndio ou cláusula circunstancial, ora como substantivo ou correspondente virtual, ora como particípio ou cláusula relativa; - Em síntese, é o fut. at. ptc.: - tempo de ação punctiliar, por vezes concebivelmente linear (futuro), -p ra tica d a pelo sujeito (voz ativa), - futuritiva em teor em relação ao verbo dominante (Particípio), - expressa em moldes adjetivos (Particípio), - enfocado o mero evento, o evento como tal, admissivelmente, por vezes, o processo, a ação, momentânea, costumeira ou pro gressiva (futuro), 697
- a ênfase a incidir sobre o fato, não o sujeito ou a resultacionalidade (voz ativa), - a traduzir-se, ora como gerúndio ou cláusula circunstancial, ora como particfpio ou cláusula relativa, ora como substantivo ou equivalente (Particfpio); - Portanto, m o re w to v , 'irtcrTew oixrá, m o r e w o v , em função verbal, se traduz pelo gerúndio, invariável em form a, quaisquer que lhe sejam as inflexões de gênero, número e caso, logo, punctiliarmente: - crendo, havendo de crer (o fato do crer, o evento, não o pro cesso), ou, linearmente: - crendo, havendo de crer (o fato específico: ação m om entâ nea), ou, - crendo, havendo de crer (o fato repetido: ação costumeira = costumando crer, havendo de costum ar crer), ou, - estando crendo, havendo de estar crendo (o fato em anda mento: ação progressiva); - Em função adjetiva, a qualificar a substantivo, explícito ou im plícito, variável em atenção a gênero, número e caso, equivalerá, punctiliarmente, a: - crente, que crerá, que haverá de crer (o fato do crer, o evento simplesmente, ou, linearmente: - crente, que crerá, que haverá de crer (ação momentânea: o fato específico), ou, - crente, que crerá, que haverá de crer (ação costumeira: o fato repetido = que costumará crer, que haverá de costum ar crer), ou, - que estará crendo, que haverá de estar crendo (ação progres siva: o fato em andamento); e - Em função substantiva, já que não há term o próprio para ex pressar a acepção, ou se traduz pela form a adotada para a função adjetiva ou se representa pelo substantivo crente, implícitos os três aspectos qualitativos da ação, se linear o sentido, ou a noção típica do fato apenas, se punctiliar, em projeção futuritiva. 698
7. Aplicação paradigmática - Nos moldes deste paradigma de 'irioretíco declina-se o ptc. fut. at. dos demais verbos, excetuados aqueles cuja raiz term ine em muda (labial: tt, 3 ,
a. Raiz - A raiz, parte que, no caso base, nom. sing., se antepõe ao 699
final genérico aóixevoç, T|, ov, é a mesma da matriz, fut. at. Ind., como em todos os integrantes do sistema, segundo se vê da se gunda das partes principais, a mesma, portanto, do fut. at. ptc.; - Esta raiz, que, na maioria dos verbos, é a mesma do sis tema do presente, não sofre alteração nas inflexões deste paradig ma; b. Infixo Temporal - Sinal característico das formas futuras, neste e nos siste mas do aoristo passivo e do aoristo médio, é o infixo temporal, nesta flexão a sibilante, como na matriz, fut. at. Ind., e, também, no fut. at. ptc.: c. Vogal de ligação - A preceder à líquida ou nasal p,, a vogal de ligação é, co mo na matriz, fut. at. Ind., a breve o, que não sofre alterações, a mesma, invariável, em toda a flexão; - Pode-se, pois, dizer que da matriz derivam estas inflexões três elementos da sequência estrutural: raiz, infixo temporal (ç) e vogal de ligação (o); - São, tam bém , estes três componentes os mesmos do fut. at. ptc.; - É de notar-se que esta vogal de ligação o aparece, ao lado da alternativa e, nos tem pos que a requerem no Ind. (pres., im pf. e 2e aor., além do fut.) e no Imper. (pres., 2- aor. e perf.) e, exclusiva, nas flexões do fut., 2- aor. e perf. (at.) do Opt. e pres. e fut. do Ptc. É alheia ao Inf. e no Subj. ocorre alongada (
grafa da 1? p. pl. das flexões ativas, e do aor. pass., no Ind., no Subj. e no Opt.; - Portanto, deste fut. méd, ptc. o infixo modal é ixev, que, ao contrário do ativo vt, permanece im utado em toda a flexão; e. Desinências - Três linhas de flexão, uma para cada gênero, têm os ptcs., tanto os ativos quanto os médios e passivos. Todavia, enquanto os ativos, mais o aor. pass. ptc., têm a desinenciação típica dos adjeti vos consonantais triform es, os médios e passivos, excluído o aor. pass., têm -na própria dos adjetivos triform es vocálicos; - Enquanto, pois, os ativos (mais o aor. pass. ptc.) se flexio nam em termos da 3§ declinação, o masculino e o neutro, e da 3classe da 19 declinação, o fem inino, este fut. méd. ptc., como os restantes desta voz, se declina nos moldes da 2- declinação, o mas culino e o neutro, e da 2- classe da 1- declinação, o fem inino; - As desinências neste ptc. fut. méd. são exatamente as mesmas do ptc. pres. mp., em perfeito paralelo. Aliás, a mesma re lação vale, também, para os demais particípios médios: aor., perf. e fut. pf.; - Portanto, a flexão deste fut. méd. ptc. se processa nos moldes de: - oívBptúTToç, ou, o, o masculino, - eipr|VT|, -qç, % o fem inino (radical não em e, t, p), - ep7ov, ou, to, o neutro; - Segue, pois, este ptc. fut. méd. a exata flexão do para digma do adjetivo triform e vocálico de radical não finalizado em €, i, p, isto é, de à^aOóç, r\, óv, exceto no que respeita à acentuação e ao tema, evidentemente. 3. Flexão a. Formas - De moTeúío - crer - , raiz neste, como nos demais siste701
mas, m oreu, as formas inflexionais deste fut. méd. ptc. são:
NS. GS. DS. AS. VS.
MASCULI NO TEMA IT m o re u o m o re u
ND. GD. DD. AD. VD.
NP. GP. DP. AP. VP.
702
mOTCU
IT a
m crrev
cr
m crrev
cr
'rncTTeu
cr
m cnev
cr
TEMA
IT
TTMTT€U
cr
m crrev
a
m oTeu
cr
m cnev
cr
m crrev
cr
VL 0 o o / 0 / 0
IM |X€V |xev |X^V fxev |xev
VL 0 0 0 o o
IM |xev fxev |JL6V (xev \xev
DES. (0 otv otv to (0
VL / 0 0 o 0 0
IM (xev |X€V jxév |xev |xev
DES. 01 (OV OIÇ ouç 01
DES. oç ou <9 ov e
NS. GS. DS. AS. VS.
FEMININO TEMA TTIOT6U mcrreu mcrreu mCTTeU m
ND. GD. DD. AD. VD.
TEMA mCTT€U TTICTT6V mcrreu merreu TTUXTeU
NP. GP. DP. AP. VP.
TEMA TTlCTTeU mcrreu
IT CT (X er er CT
VL 0 0 0 o 0
IM fxev |xev |X€V fxev (xev
IT er er er er
VL 0 0 0 o o
IM {X€V fxev |xev (xev |xev
DES. 5 atv aiv ã ä
VL / 0 0 o o 0
IM jxev |X€V fxev |xev fxev
DES. oa eov atç äs ai
CT
IT CT CT
mcrreu mcrreu
CT
mcrreu
CT
CT
DES. 'n ri«;
■n
NS. GS. DS. AS. VS.
NEUTRO TEMA m o re u m o re u mCTT€U m o re u moTeu
ND. GD. DD. AD. VD.
TEMA m o re u m o re u m o re u 'irurreu mOTCU
NP. GP. DP. AP. VP.
TEMA m o re u m o re i) m o r eu m o re u m o re u
IT cr cr a cr cr
VL o o
IM |xev |xev (xev
DES. ov ou
0
|A€V
o
pev
ov ov
IT cr
VL o
O
0
IM fxáv (xev
cr cr a
o o o
IT a
VL 0
o
0
cr o
o o
cr
/ 0
/ 0
|X€V
DES. ú)
otv otv
p,ev |xev
0)
IM p-ev jxev ixev (xev (xev
DES. V a
Cl)
CdV
ois à d
b. Observações m orfológicas - Através da flexão inteira conservam-se inalterados, os mesmos em todas as inflexões, a raiz (morreu), o infixo temporal («;), a vogal de ligação (o) e o infixo modal (p,ev). Apenas as desi nências variam, necessariamente; - Do fut. at. Ind., matriz do sistema, e do ptc. fut. a t„ para lelo flexionai, têm estas inflexões do ptc. fut. méd. três elementos da sequência estrutural: a raiz (m oreu ), o infixo tem poral (ç) e a vogal de ligação (o); dos ptcs. médios e passivos (excluído o aor.) o infixo modal (p,ev); e dos adjetivos triform es vocálicos de tema não finalizado em e, i, p, as desinências. 704
4. Acentuação - Embora se deva considerar, em tese, como posicionai a acentuação das formas infinitivas e participiais, na prática, entre tanto, preferível será havê-la como recessiva nas inflexões deste fut. méd. ptc., porquanto, à maneira das flexões finitas (Ind., Subj., Opt. e Imper.), se distancia o mais possível da últim a. Aliás, esta recessividade prosódica é assinalada em todos os ptcs. finalizados em |A€vos, fxevT), |xevov, excetuado o perf. mp. ptc., cujas fo rrm s são todas paroxítonas; - Desta sorte, estará o acento na form a base, nom. sing., na antepenúltima no masculino (iru rre v — cr — ó — p,ev — oç) e no neutro (m o re u — cr — ó — |xev — ov), últim a breve (finais oç e ov, respectivamente), na penúltima no fem inino (m o re u — cr — o — (xev — -q), longa a última (final t)); - Estará, pois, o acento sobre a vogal de ligação o, isto é, na antepenúltima, em todas as inflexões de final breve, sobre a vogal € do infixo modal, isto é, na penúltima, em todas as form as em que a desinência é longa; - Daí, é agudo o acento em toda a flexão, posto sempre em sí laba de vogal breve, proparoxítonas 13 das inflexões, paroxítonas 32; - Proparoxítonas são as seguintes formas (acento sobre a vogal de ligação o); - Masculinas: 5 (nom., acus. e voc. sing.; nom. e voc. pl.); - Femininas: 2 (nom. e voc. pl.); - Neutras: 6 (nom., acus e voc. sing. e pl.); - Paroxítonas as demais (acento sobre o e do infixo modal): - Masculinas: 10 (gen. e dat. sing.; todas as duais; gen., dat. e acus. pl.); - Femininas: 13 (todas do singular e dual; gen., dat. e acus. pl.); e - Neutras: 9 (gen. e dat. sing., as duais todas; gen. e dat. pl.); - É de notar-se que a acentuação do fem inino segue a norma do adjetivo, não do substantivo. Daí, acompanha a prosódia do masculino quanto a três casos: nom. e voc. pl., cujo acento não fica 705
na penúltima, posição em que está na form a base (nom. sing.), e gen. pl., não perispômeno, acentuado que passa a ser na penúltima. 5. Relação - Pode-se conceber esta flexão do ptc. fut. méd. como híbrida, junção de dois elementos do fut. at. Ind. e três do ptc. pres. mp.; - Do fut. at. Ind., matriz do sistema, deriva a raiz (irw rrcv) e o infixo temporal (ç), binôm io que aparece em todas as oito flexões que o integram; - Do pres. mp. ptc. encorpora a vogal de ligação (o), que tam bém se pode vincular à matriz, o infixo modal (p,€v) e as desinên cias (vocálicas triform es), além da acentuação (praticamente reces siva); - A base de outras flexões conhecidas, podem-se obter as formas deste fut. méd. ptc. da seguinte maneira: - Partindo-se da matriz, fut. at. Ind., uma vez que comuns lhes serão a raiz, o infixo tem poral (ç) e a vogal de ligação (o), bastará excluir-se o to final da segunda das partes principais, inserir-se a vogal de ligação o e aduzir-se o final puevoç, -q, ov, devidamente fle xionado, acentuando-se as inflexões recessivamente; - Partindo-se do fut. at. ptc., em sua forma original, comuns esses três elementos da matriz, suficiente será substituir-se-lhe às inflexões o infixo modal vt pelo correspondente jxev, próprio dos ptcs. médio-passivos, e as desinências consonantais pelas vocálicas, em paralelo, acentuando-se recessivamente; - Partindo-se do pres. mp. ptc., cujas formas diferem das pa ralelas deste fut. méd. ptc. apenas no tocante à raiz e à inserção do infixo temporal <5, de mister se fará somente antepor-lhe às infle xões o tema, conforme a segunda das partes principais, seguido de ç. A acentuação é, também, a mesma. - Nos verbos em que o tema no futuro é o mesmo do pre sente, à base das formas do pres. mp. ptc. obtêm-se as equivalen tes deste ptc. fut. méd. com simplesmente inserir-se a sibilante en tre a raiz e a vogal de ligação. 706
- Assim, - m
form a ativa e, em geral, em term os do ptc. pres., subentendidas a especificidade e projeção da flexão original. Todavia, em se dese jando salientar o cunho futuritivo, preferível será a expressão peri frástica ou locucional, anteposto ao infinitivo presente ativo o auxi liar havendo de ; - Conforme a função exercida, traduzem-se as form as deste ptc. ora como gerúndio ou adjunto adverbial, ora como ptc., sim ples ou perifrástico, ou cláusula relativa, ora como substantivo ou equivalente virtual; - Resumindo-se, dir-se-á que é o fut. méd. ptc.: - tempo de ação normativamente punctiliar, embora, inciden talmente, possa ter-se por linear (futuro), - praticada pelo sujeito, sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona estreitamente (voz média), - futuritiva, polarizada para com o verbo principal (Particípio), - expressa em teor adjetivo (Particípio), - enfocado o evento como tal, por vezes o processo de ação, momentânea, costumeira, progressiva (futuro), - a ênfase voltada para com o sujeito e seu envolvimento (voz média), - a traduzir-se, ou pelo gerúndio ou cláusula circunstancial, ou pelo ptc., simples ou locucional, ou cláusula relativa, ou por forma substantiva ou equivalente (Particípio); - Portanto, em função explicita mente verbal, traduz-se m cr— Tetxrófievoç, ij, ov pelo gerúndio, invariável em form a, quaisquer que sejam as variações de gênero, número e caso, e pessoa: - Logo, punctiliarm ente : - crendo, havendo de crer (o mero fato do crer; não o proces so), ou, linearmente: - crendo, havendo de crer (o fato específico: ação m om entâ nea), ou, - crendo, havendo de crer (o fato repetido: ação costumeira = costumando crer, havendo de costum ar crer), ou, - estando crendo, havendo de estar crendo (o fato em anda708
mento: ação progressiva); - Em função adjetiva, a qualificar a substantivo, explícito ou virtual, variável em relação a gênero, número e caso na expressão portuguesa, a assumir a feição de ptc. pres. ou cláusula relativa, a tradução será, punctiliarm ente: - crente, que crerá, que haverá de crer (o fato do crer, o mero evento), ou, linearmente: - crente, que crerá, que haverá de crer (ação momentânea: o fato específico), ou, - crente, que crerá, que haverá de crer (ação costumeira: o fato repetido = que costumará crer, que haverá de costum ar crer), ou, - crente, que estará crendo, que haverá de estar crendo (ação progressiva: o fato em andamento); e - Em função substantiva, a tom ar o lugar do term o qualificado, correspondendo a adjetivo substantivado, visto que não há form a nominal específica, traduzir-se-á pelo vocábulo crente ou pela fra seologia própria do uso adjetivo, subentendido o teor punctiliar ou linear, em acepção futuritiva; - Observe-se que, dos ptcs. estudados, a mesma tradução se pode aplicar, em moldes gerais, a quatro deles, a saber: - ptc. pres. at.: m oTeú —
- Os mesmos em todos serão: infixo tem poral (ç), vogal de li gação (o), infixo modal (|X€v), desinências (vocálicas triform es) e acentuação (praticamente recessiva); - Note-se que a sequência term inal op,€VOç, T), ov, e suas in flexões, formada pela vogal de ligação o, pelo infixo modal (xev e pelas desinências vocálicas oç, th, ov (e inflexões), aparece, integral, em cinco ptcs. (pres. mp., fut. méd., 2 - aor. méd., fut. pass. e fut. pf. mp.), dos quais dois já foram estudados, a saber: - ptc. pres. mp.: m o re u — o — |xev — oç, -q, ov, - ptc. fut. méd.: m o re u — cr — 6 — fx e v — o<;, t], ov. 1.12- Radicais alteráveis - Três modalidades há de verbos em que o tema apresenta alterações, ora mais, ora menos pronunciadas, em todas as flexões do sistema do futuro. São eles: 1. Verbos vocálicos - Verbos em que a form a base, 1- p. s. do pres. at. Ind., te rm i na em aço, eco ou oco, logo, de tema finalizado, respectivamente, em à , €, o, pelo que se conhecem como verbos vocálicos, sofrem no sistema do futuro (e nos demais, excetuado o presente) alonga mento norm ativo dessa vogal; - Este alongamento, em se tratando de a e e, é para t], no ca so de o é para co. Todavia, o à, quando precedido de e, i, p, pode alongar-se em ã em vez de -q; - Graficamente: a se torna -q, e se faz -q, o passa a co; - Alguns verbos em que o final é eco há que preservam a vogal breve, sem alongá-la. É o que se dá, entre outros, com àtveco - lou var; apK€
irà
do tema, e a sibilante infixai, donde ser a form a base (1 - p. s. do fut. Ind.), \rj(|x)v|iojxai (Mc 12.40), depoente, não XTifpjpaofJuxi; (3) De ■õirocrTpeçco - volver - , o radical futuro, que deveria constar da raiz composta vrroorpeíp, mais ç, o infixo característico, logo, •uTroaTp€
de fundirem -se a muda e a sibilante, registra-se a queda da lingual quando a defrontar-se com ç. Portanto, no sistema do futuro, t , 8 ou 0 finais do tema caem ante o infixo tem poral <;; - Ou, lingual + ç = - persuadir - , raiz fin a li zada pela lingual 0, no futuro é o radical Treiç, não 'jrei0<;, om itida a lingual ante o ç do infixo temporal. Logo, a form a base do sistema, fut. at. Ind., é, na 19 p. s., ireícrü) (I Jo 3.19), em lugar de ireíOaco, que seria a forma regular. 1 .1 3 - Usos especiais - Dois usos há especiais do futuro que merecem referidos à esta altura: 1. Imperativo - A refletir, pelo menos em parte, influência da estilística do Antigo Testamento, isto é, semitismo fraseológico, não raro é nos escritos néo-testamentários o uso de formas futuras em função t i picamente imperativa, injuntiva, jussiva; - É o que se vê, por exemplo, em: eaeaOe o w v|xeiç o TrcíTTip v |xü)v o ovpávioç TeXeioç eoTiv - Sereis, portanto, vós perfeitos como perfeito é vosso pai celestial (Mt 5.48). O fut. méd. 713
Ind. «recrOe - sereis - corresponde inteiramente à form a im perati va eoT€ - sede - , pelo que m uitos preferem assim traduzi-lo. É, pois, o uso do futuro pelo imperativo, ou, seja, da form a futura em acepção caracteristicamente imperativa; 2. Télico - Assaz abundante no clássico, bem menos frequente na fra seologia néo-testamentária, é o emprego das formas futuras, espe cialmente do infinitivo e do particípio para expressar intento, ou f i nalidade, nas chamadas cláusulas de propósito, ou télicas, ou finais; - Exemplo deste uso, tem o-lo e m w eXTrçXúOei Trpoaicuvríortôv e iV le p o w a X ru ji - O qual havia vindo a fim de cultuar em Jerusa lém (At 8.27). O ptc. fut. at. TrpoaKuvTjawv, de 'irpoCTKweoi - cultuar, adorar - , expressa o propósito ou finalidade da vinda do oficial etío pe à Cidade Santa. E, pois, o uso do ptc. fut. em função caracteristi camente final ou télica.
2. VOCABULÁRIO 330. a^aircM»), oryonrqa-a), Tyycnniaá, Tfyá-irqKá, (xca, rwcnrqOiriv - Amar, estim ar, considerar, ter afeição a. 331. omooreWíD, onroareXtd, onreoreiXá, á-TrecrraX— kcÍ, à-TrearaXixai, a ire o ró X ^ v . Composto da preposição goto de - e oreXXío - dispor - Enviar,,mandar, com issionar, liberar, despe dir. 332. ào-0€V€iá, ãç, f) - Fraqueza, debilidade, prostração, doença, enfermidade, aflição, sofrimento, amargura, provação. 333. ô ia v o ià , ãç, t| - Entendimento, mente, intelecto, cogitação, sensibilidade, afeto, pensamento, compreensão, inteligência. 334. 5oKi|xáÇú), SoKtfjiaao), èSoKifJiaaá, SeSoKÍjjuxKCt, 8eôo— K i|xaa|xai, eôoKHJLáafrqv - Testar, provar, examinar, julgar, escolher, aprovar, distinguir, discernir. 335. eKGuxToç, eKácrrq, cK aorov. Pronome indefinido - Cada, cada um, qualquer, cada qual. 714
336. €|xirpoa0ev. Advérbio de tem po ou lugar, ou preposição im própria, seguida do genitivo; composto da preposição l v - em - , da preposição Trpóç - ante - e do sufixo adverbial de procedêncià 0ev - Diante de, perante, em frente de, na presença de, antes, previa mente. 337. eTTurrpeípa), emorp€i|Ko, eireorpeifrá, ejreorpo—
346. Kavx<ío|xat, m ux^'cropm , eKotuxTicrctp/riv, , K€Kaú— X'riixai, eKotuxrjGiqv - Jactar-se, vangloriar-se, lisonjear-se, desvane cer-se, exultar, regozijar-se, orgulhar-se, alegrar-se, alardear. 347. Kavx-njjiá, kcxvxtíijuítoç, to - Jactância, vanglória, arrogân cia, exaltação, presunção, regozijo, exultação. 348. XaTpeva), XaTpewco, è X á rp e w á , XeXctTpevKa, X e X a Tpev|xai, IXaTpcifôTyy - Servir, homenagear, cultuar, adorar. 349. ixeW irov, (xeTemov, to' - Testa, fronte, frontespício. 350. fAVT)|A€iov, |xinip,eíov, tó - Sepulcro, túmulo, monumento, memorial. 351. vÍKao), víkk Í ctü), e viK ^a à , vevtK^Ka, v€vÍKT}|Aoaf èvt— ktÍO^v - Vencer, tríunfar, prevalecer, sobrepujar, conquistar, superar, derrotar, subjugar. 352. ó|xoto<5, ã, ov - Similar, semelhante, análogo 353. ófxoidci), op,oic*xrü)f wp,oúü(raf wpmajKÓí,
360. 'irá ç . A dvérbio interrogativo - Como? De que modo? De que maneira ? - Em uso interjectivo, exclam ativo: Quão! Quanto! Como! 361. púo|xai, pixro|xat, eppw ájxTjv, , "eppucr|xat, eppw 0if)v -A rre b a ta r, salvar, livrar, arrastar. 362. Xctppã, ã ç, t) - Sara. 363. (TTT|pí^o>, onqptÇa) ou cm iptcrto, ecm ípt^á, ecmrjpt— X«, e
3. EXERCÍCIO LER, FLEXIONAR, ANALISAR, TRADUZIR: 161. ^px€T°a còpa ev || v a v re s o í èv Totç |JLVTr)(xeíoiç a K o w o w iv TTjç (pcovT)S outou (Jo 5.28). 162. ev toutü) 7Vüxrop,e0a crrt € k Trjç aXT|0eíaç earfxev, Kat ep/irpocrOev ourou Trefcaopiev ttjv Kapôtav thx& v (I Jo 3.19). 163. e t 5è Toíç eKetvou 7páfAfxaatv ov m o re v e re , ttojç tolç epm<; prifxacrtv mo-TeúcreTe (Jo 5.47). 164. emryYeXta«; ^àp ó Xáyo«; ouroç, KaTÒt tov Katpòv toutov e X e w o p m K at e W a t tt | Xáppa utoç (Rm 9.9). 165. TToXXot 7«p e X e w o v ra t è iri tw ovòpxxTt p,ou X ^ovT eç. eycó e t|xt ó X ptcrroç, Kat rroXXouç TTXamrçcrowtv (M t 24.5). 166. t o 8e ep7ov eaurou ôoKtpa^eTW eKaoroç, Kat tot € ets 717
eavrov |xovov to Ka-üx^fxa e£ei Kai ouk etç tov eVepov (Gl 6.4). 167. Kai oiJ/ovTai to 'irpoaw'irov avrou, Kai to ovofxa avrou eiri twv jxeTWTrwv avrwv (Ap 22.4). 168. kqÎL KaXeaeis to ovopa avrou Iriaouv, avros "yàp awaei tov Xaôv avrou à-rro twv ajxapnajv avrwv (Mt 1.21). 169. puaeTai |xe ô Kupios onro iTavToç ep'you rrovripou Kai awaei eis tt)v (âaaiXeiav avrou rr)v erroupaviov (Il Tm 4.18). 170. Toi)«; tttwxoùç yàp iràvTOTe %Xere M-eG'eavrov, €|xe 8e ou TravTOTe exeTe (Jo 12.8). 171. Kai ttoXXoùs twv ulwv IapaT|X eTrioTpéifjet em Kvpiov tov 0eov avrwv (Le 1.16). 172. urrep tou toioutou KauxTriaopm, virep 8e eixauTou ou Koux'ïicro|jwxi et |xt| ev Tais àaGeveiais (Il Co 12.5). 173. tticttoç 8e eoTiv o Kupios, os ornptÇet ujxas Kal cpuXa^et à-irb Toi) TrovTqpob (Il Ts 3.3). 174. OUTOl |A€TOt TOU OtpVtOU 'TroXe|AT|CTOUO‘lV Kai to apvtov VLKT)CT6L avroùç OTl KUpiOS KUptWV 6CTTLV(Ap 17.14). 175. b cnretpwv etç r^v aapKa eavroû ck tt^s aapKos 0e— piaei «pGopav, o 8e aTreipwv etç to Trveup^a I k tou 7rveu|xaTOs Gepiaei £wrjv aiwviov (Gl 6.8). 176. o Gpovos tou 0eaï) koii tou apviou ev avrr| eaTai, Kai oi 8ohXoi avrou XaTpeuaouaiv avrijû (Ap 22.3). 177. eXe^ev ouv tivi op-oiâ eoriv tj paaiXeiâ tou 0eou, Kai tivi o|ioiwow avrnv (Le 13.18). 178. oryairriaeis Kupiov tov 0eov aou ev oXr| ttj KapSia aou Kai év oX^ Trj ilrux'g aou Kai êv oX-p tt) Siavoia aou (Mt
22.37).
1
L
179. t8ou a'TToareXXw tov ayyeXbv pou Trpo Trpoaw'irou aou, os KaTaaKeuaaei tt^v o8ov aou (Mc 1.2). 180. vp.eis €K toutou tou Koafiou eorre, eyca ouk eijxi eK tou Koapxyu toutou (Jo 8.23).
718
CAPÍTULO XI SISTEMA DO PRIMEIRO AORISTO 1. SISTEMA DO AORISTO 1.1 - Natureza - Sistema do Aorísto é o todo constituído do aor. at. Ind., m a triz, e seus onze derivados, num total de doze flexões distintas. 1.2 - Espécies - Duas modalidades há de aoristos, diferentes no que tange à forma (estrutura e formação), não, porém, no que respeita ao sentido e Aktionsart; - São, pois, em últim a análise, apenas expressão de diferentes processos de formação, meras alternativas flexionais, flexões para lelas, que não impõem distinções conotativas; - Designam-se, convencionalmente, estes dois tipos form acionais de 19 e 29 aoristos. 1.3 - Enumeração - Consta, portanto, este sistema das flexões do tempo aoristo, nos seis modos verbais, contudo, somente nas vozes ativa e média, não passiva; - Note-se que são paralelos os sistemas do futuro e do aoristo no que respeita à voz, por isso que em ambos as flexões são ativas ou médias; diferem, porém, quanto a modo, porquanto o futuro se restringe a quatro deles (Ind., Opt., Inf. e Ptc.), enquanto o aoristo os abrange a todos; - Daí, como no futuro, também no aoristo, diferentemente do que se viu no presente e no im perfeito (e ver-se-á no perf., mqpf. e fut. pf.), a form a passiva não é a mesma da voz média, dispostas, aliás, em sistemas distintos; - Compõem, destarte, o sistem a do aoristo as seguintes doze 719
flexões, ativas ou médias, não passivas: 1. Aor. 2. Aor. 3. Aor. 4. Aor. 5. Aor. 6. Aor.
At. Ind. Méd. Ind. At. Subj. Méd. Subj. At. Opt. Méd. Opt.
7. Aor. At. Imper. 8. Aor. Méd. Imper. 9. Aor. At. Inf. 10. Aor. Méd. Inf. 11. Aor. At. Ptc. 12. Aor. Méd. Ptc.
1.4 - Aktionsart - São o pres. e o im pf. tempos de ação linear, extensa, duracional, continuativa, vista na perspectiva de seu processo de atuali zação, como uma sucessão de pontos encadeados, uma como que linha prolongada; - O aoristo, como o futuro, é tem po de ação punctiliar, inextensa, indefinida, não durativa nem continuacional, vista na perspecti va do mero evento, o fato em si, um como que ponto isolado, à parte de seu processo e efeitos; - Graficamente: - pres. e impf.—» ....................... OU - fut. e aor.—»
2. SISTEMA DO PRIMEIRO AORISTO 2.1 - Característicos - Caracteriza-se o sistema do 19 aoristo pelos seguintes ele mentos: 1. Raiz específica, ou tema do 19 aoristo, parte que na form a ba se, 1- p. s. do 19 aor. at. Ind., antecede ao final a à , precedida de e ou alongada a vogal inicial, elemento que aparece, invariado, em todas as inflexões regulares do sistema, na maioria dos verbos em (ú a mesma do presente, em outros, porém, alterada, em maior ou menor grau, ou mesmo inteiramente outra. Aos verbos em |xí é alheio o 19 aoristo, com poucas exceções; 2. infixo tem poral, elemento mais distintivo destas formas, 720
normativamente a sílaba crá, em alguns casos ligeiramente altera da, que se insere entre a raiz e as desinências; e 3. Inexistência de vogal de ligação específica, desnecessária porquanto o infixo temporal term ina por vogal.. Apenas no Subj., em que a form a experimentará ligeira variação, o infixo a contar da só sibilante, ocorre neste sistema a vogal de ligação característica do modo. 2.2 - 19 Aoristo Ativo do Indicativo 1. Estrutura - Tem o 1? aor. at. Ind. a seguinte sequência de elementos estruturantes: AUMENTO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + DESINÊNCIAS
2. Formação a. Aumento - Sinal dos tem pos secundários ou pretéritos do Indicativo, é o aumento nesta flexão o mesmo encontrado no im perfeito, ativo ou médio-passivo; - É, pois, silábico, isto é, consiste da vogal e encimada de espí rito fraco, se o tema se iniciar por letra consoante; é vocálico ou tem poral, simples alongamento da vogal breve inicial, se começar a raiz por vogal ou ditongo;
b. Raiz - A raiz ou tema do 19 aoristo, ativo e médio, Ind., comum a esta matriz e aos tem pos dela derivados, é a parte intercalada en tre o aumento e o final crct, da 1 - p. s. desta flexão, conform e se ex põe na terceira das partes principais dos verbos em que é esta a modalidade de aoristo; - Esta raiz mantém-se inalterada, a mesma, em todas as formas da flexão e, na maioria dos verbos, é a mesma do sistema 721
do presente; c. Infixo Temporal - O infixo tem poral, distintivo desta e das demais flexões do sistema, é a sílaba (roi, que, na 3- p. s. deste 19 aor. at. Ind „ se altera em oe e no Subj. se reduz à sibilante, além de sofrer ligeira variação na 2- p. s. no Imper.; - Como acontece no sistema do futuro, em que a sibilante infixai produz alterações nos radicais dos verbos em que o tema se finaliza por muda ou líquida, assim o mesmo ocorre no sistema do 19 aoristo dessas modalidades verbais; d. Desinências - As desinências, form as evoluídas ou reduzidas dos pro nomes pessoais correspondentes, tratando-se de tem po secundário do Indicativo, como é o 19 aoristo, na voz ativa, são as DESINÊN CIAS SECUNDÁRIAS ATIVAS, como no im pf. at. Ind., observado que: 1. Na ^ p. s. já não mais subsiste a desinência v, encontra da ainda no im pf. at. Ind.; 2. Na 39 p. s., como no im pf. at. Ind., não perdura a desi nência t , uma vez que v, p, ç, £ e iji são as únicas das consoantes por que pode term inar palavra grega regular; e 3. Na 39 p. p l„ como no im pf. at. Ind., a desinência é v, não a alternativa o á v, própria do m qpf. at. Ind. e aor. pass. Ind., e nos verbos em também no im pf. e 29 aor. at. Ind.;
3. Flexão a. Formas - De mcrTevG) - c re r-, raiz no sistema do 1? aoristo m o — Teu, as inflexões deste 19 aor. at. Ind., são: 722
AU VI TEMA j l - p. s. e m o re u m o re u u - p. s. è m o re u (3- p. s. è
IT V oa oa oe
DES -c ri <; - creste (t ) - creu
2a - p. d. e 3- p. d.è
m o re u o d tov - crestes (vós dois, vós duas) m o re u o a tt]v - creram (eles dois, elas duas)
1- p. p. e 2a - p. p.è 3- p. p. è
m o re u o a |xev - cremos m o re u o a T€ - crestes / ~ creram m o re u o a v
b. Observações m orfológicas - 0 aumento (e) e a raiz (m o re u ) permanecem inalterados, os mesmos através de toda a flexão; o infixo tem poral (oà) alterase em uma das formas (3- p. s., em que se faz ore), nas demais per manece imutado; as desinências variam conform e as inflexões; - No singular apenas a 2- p. s. tem desinência explícita, a 1 e a 3 - já não a retêm clara; - Na 3- p. s. o à infixai se transmuta em e, pelo que pode esta forma receber nü móvel; - No dual, como no im pf. e mqpf. Ind. e flexões do Opt. e Imper., diferem as formas flexionais, breve a vogal desinencial da 2 p. (o), longa a da 3 (t)), o que afeta, ademais, a acentuação, pro paroxítona aquela form a, paroxítona esta; - Na 3- p. pl., embora o final seja o á v, não se trata da desi nência homógrafa, mas do infixo c á , mais a desinência regular v; -
-
- Em três das inflexões, 2- p. d., 1? p. pl. e 2- p. pl., são as desinências, respectiva mente, tov, p-ev, Te, exatamente as mesmas de todos os tempos ativos nos modos Ind. (pres., im pf., fut., aor., perf., mqpf.), Subj. (pres., aor., perf.) e Opt. (pres., fut., aor., perf.), além do Imperativo (pres., aor. e perf.), exceto que este não tem 12 p. pl. Também no aor. pass. essa similaridade se registra em todos os modos finitos; 723
- Se o verbo se iniciasse por vogal, o aumento não seria e, anteposto ao tema; consistiria do regular alongamento da vogal in i cial. Logo, não silábico, mas vocálico ou tem poral. 4. Acentuação - Tempo de modo finito, como todas as flexões do Ind., do Subj., do Opt. e do Imper., tem este 16 *9 aor. at. Ind. acentuação re cessiva, a distanciar-se da última tanto quanto permissível; - Final breve, têm as inflexões todas, menos a 3- p. d., cuja desinência (Tqv) é longa, o acento na antepenúltima. Essa forma dual, é claro, é acentuada na penúltima; - É agudo, pois, o acento em toda a flexão, paroxftona a 3? p. d. (última longa), proparoxítonas as demais sete formas (final breve). 5. Nü móvel - Uma vez que, em razão da queda da lingual desinencial t , a forma atual da 39 p. s. se finda em e, como a inflexão paralela-do im pf. at. Ind., recebe ela, quando elemento últim o da frase ou se guida de vocábulo iniciado por vogal ou ditongo, o nü móvel; 6. Relação - Do ponto de vista estrutural, há a observar-se que dois fa tores são comuns a este í 9 aor. at. Ind. e ao im pf. at. Ind., isto é: aumento (silábico ou tem poral) e desinências (secundárias ativas), os mesmos em ambas as flexões, exceto que ao 19 aor. at. Ind. fale ce na "\- p. s. a desinência v, conservada no im pf. at. Ind.; - Nos verbos em que o tema é o mesmo nos dois sistemas (do presente e do 19 aoristo), tam bém a raiz será com um aos dois tem pos (1° aor. e impf.); - Diferem sempre o 19 aor. at. Ind. e o im pf. at. Ind. em que tem o prim eiro infixo tem poral, cra (o-c na 3- p. s.), o segundo vogal de ligação, o/e; - Logo, nos verbos em que a raiz é em ambos a mesma, co nhecidas as formas do im pf. at. Ind., obter-se-ão as equivalentes do 724
I 9 aor. at. Ind. com o simples substituir-se a vogal de ligação pelo infixo temporal c á , na 39 p. s. ae, e o m itir-s e na 1§ p. s. a desinêndav, - Se a raiz for diferente, o que a comparação da 3- com a í das partes principais evidenciará, também este elemento do im pf. terá de ser substituído pelo correspondente do 19 aor.; 7. Sentido e tradução - Enquanto o pres. e o fut. são tempos prim ários, o im pf. e o aor. são-no secundários, retratando, pois, ação pretérita, evento passado, o que o aumento assinala explicitamente; - Todavia, é o im pf. (do latim tft partícula privativa, per, partí cula intensiva, e factus, mudada a vogal a em e na composição, ptc. passado de facere - fazer - , logo: não inteiram ente acabado), tem po de Aktionsart extensiva, durativa, linear, série de pontos sucessivos ou linha prolongada, enquanto o aoristo (do grego à , partícula p ri vativa, e opuTToç, adjetivo derivado de opíÇcú - lim itar - , daí, sem li mites, sem fronteiras) é-o de Aktionsart inextensa, não continuativa, punctiliar, um simples ponto, o evento em si, o acontecimento como tal, não enfocado em term os de seu processo de eventuação, nem de seus efeitos continuativos; - Portanto, o im pf. visualiza o acontecimento como um PRO CESSO extensional, o aoristo o retrata como um FATO não dim en sionado; - Como o im pf. é afim ao pres. quanto à Aktionsart (linear em ambos), é o aor. afim ao fut. (ambos punctiliares); - Voz ativa, o sujeito neste 19 aor. at. Ind. pratica a ação, a ên fase posta no evento como fato, em distinção do sujeito e seu en volvim ento (voz média) ou a eventuação em sua form a resultacional (voz passiva); - Tempo do Indicativo, a despeito de ocupar a Aktionsart a primeira plana, assiste-lhe, secundariamente, a noção de tem po. Logo, como o pres., o im pf. e o fut. e demais tempos deste modo (aor., perf., mqpf. e fut. pf.) expressam estas formas não apenas 725
COMO a ação se processa, exprim em -lhe tam bém o QUANDO se dá; - Enquanto o pres. se refere a ação atual e o fut. a eventuação pervindoura, este aor., como impf., traduz acontecimento pretérito, fato passado; - É o Indicativo modo de expressão categórica, donde reves tirem -se as inflexões deste 19 aor. at. Ind. de tom incisivo, te rm i nante, vívido, terso, definido; - Traduzem-se, regularmente, as form as deste 19 aor. at. Ind. pelas correspondentes do pretérito perfeito do português, de sorte que a tradução conveniente de e m o re tx ra é c ri, e assim por diante para as demais formas; - Resumir-se-á, pois, o sentido e expressão deste 19 aor. at. Ind. com dizer-se que é: - tem po de ação punctiliar (aoristo), -p ra tica d a pelo sujeito (voz ativa), -p re té rita ou passada (aoristo Indicativo), - categórica em teor (Indicativo), - ênfase a incidir sobre o fato em s i (voz ativa), - a traduzir-se pelo nosso pretérito simples ou perfeito. 8. Aplicação paradigmática - À base deste paradigma de m o re íxo , flexiona-se o 19 aor. at. Ind. de verbos em que o tema se inicia por letra consoante, ex cetuados os de raiz finalizada em muda (labial: ir, 3 , 9 ; gutural: k , 7 , X ou lingual: t , 8, 0) ou líquida ( \, |x, v, p), com simplesmente subs tituir-se o tema iru rre u pelo equivalente do verbo a conjugar-se, conform e se mostra na terceira das partes principais; - Em todos esses serão os mesmos: aumento (silábico), infixo tem poral (aá, na 3- p. s. ac), desinências (secundárias ativas) e acentuação (recessiva); - Nos verbos em que a raiz começa por vogal o aumento, vo cálico ou tem poral que o tem de ser, consistirá do simples alonga mento dessa vogal, em lugar do silábico, e, próprio dos verbos em 726
que é consoante a letra inicial. Z 3 - 1ÇAorísto Médio do Indicativo
1. Estrutura - Deste 19 aor. méd. Ind. a sequência estrutural, paralela à do I 9 aor. at. Ind., consiste dos seguintes elementos: AUMENTO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + DESINÊNCIAS 2. Formação a. Aumento - O aumento, característico dos tem pos secundários do In dicativo, é neste 19 aor. méd. Ind. o mesmo da matriz, 19 aor. at. Ind., silábico (e) no caso de verbos em que se inicia a raiz ou tema por letra consoante, temporal ou vocálico (alongamento da vogal in i cial), em se tratando de verbos em que é a raiz iniciada por vogal ou ditongo; - Não difere o aumento das inflexões do aoristo do corres pondente das formas do im perfeito, de sorte que é o mesmo em quatro das flexões já examinadas do Ind.: (1) Impf. At. Ind.: e — m o re u — o — v , (2) Impf. MP. Ind.: e — Trurreu — o — p/qv, (3) 19 Aor. At. Ind.: e — rncrrev — o&, (4) 19 Aor. Méd. Ind.: e — m o re u — o a — p/qv; b. Raiz - A raiz, ou tema, deste 19 aor. méd. Ind., porção que na *\p. s., form a base da flexão, vem entre o aumento e o final o-<£p/qv, é a mesma da matriz, conform e se vê na terceira das partes principais, na maioria dos verbos a mesma do sistema do presente; - Qual o aumento, assim é a raiz, invariável, a mesma em todas as formas, inalterada na flexão toda; - Nos verbos em que a final do tema é vogal breve [ã , e, o), 727
ou muda (labial: tt, (3,
c. Infixo Temporal - Também o infixo tem poral, como se viu em relação ao aumento e à raiz, é o mesmo da matriz, 1? aor. at. Ind., isto é, a sí laba a à , constante, inalterada, a mesma em todas as formas; - Este infixo é característico de todas as inflexões deste sistema, sujeito a ligeiras alterações em certas formas, em todas, porém, nos temas finalizados por labial (tt, 3 , 9 ), ou gutural (k , *y» XK ou líquida (X, |x, v , p);
d. Desinências - As desinências neste 19 aor. méd. Ind., tem po secundário do Indicativo que o é, na voz média, são as chamadas DESINÊN CIAS SECUNDÁRIAS MÉDIAS, formas evoluídas dos pronomes pessoais correspondentes; - São estas desinências as mesmas do im pf. mp. Ind. e de mais tempos secundários deste m odo (aor. méd. e mqpf. mp.)f as mesmas de todas as flexões do Opt. (pres. mp., fut. méd., fut. pass., aor. méd., fut. pf. mp.); - A 2- p. s., como em todas as flexões médias ou passivas, excetuados o aor. pass., o perf. mp. e o m qpf. mp. Ind. e perf. m p. Imper., sofre alteração, que consiste na queda da sibilante desinencialj posta entre vogais, e consequente contração das vogais contí guas, á do infixo temporal e o da desinência, resultando a longa 00. - Graficamente: era + ao —* crá + o —* crco; - Do exposto, vê-se que diferem as formas deste I 9 aor. méd. Ind. das correspondentes ativas apenas no tocante às desi nências, os mesmos em ambas as flexões os demais elementos es truturais: aumento, raiz e infixo tem poral; 728
3. Flexão a. Formas - Do 19 aor. méd. Ind. de m o re íx o - crer - , raiz neste, co mo nos demais sistemas, morreu, as inflexões são: AU M TEMA IT DES. m oT eu o a ix-nv I 9 p. S. € 3 m o re u era 2- p. s. [e oo] — e m o re u a ã to 3 p. s. e
, -m oreu
-
o
-c ri
2- p. d. € 3§ p. d. e
'TTUTTeÚ a ã o0ov - crestes (vós dois, vós duas)
1- p. pi. €
-m oreu
2- p. pl. € 3 p. pl. €
-m oreu tra o0e
-
m o re u
V
-m oreu era v ro
-c re s te s —creram
b. Observações m orfológicas - Da seqüência estrutural, constantes, inalterados, os mes mos nas inflexões todas são três dos fatores: aumento (silábico, ê), raiz (m oTeu) e infixo temporal ((rã ). Segue-se que variáveis serão somente as desinências; - Estes três elementos invariados são os mesmos também nas formas paralelas ativas. Logo, diferem estas flexões apenas em matéria desinenciai; - Comuns aumento, raiz e desinências, diferem as inflexões do 19 aor. méd. Ind. das correspondentes do im pf. mp. Ind. so mente em que nestas não há infixo tem poral, ocorrendo-lhe ao in vés vogal de ligação. Claro é que nos verbos em que tem o sistema do aoristo raiz diferente do tema do presente, divergirão também neste aspecto; - Na 2- p. s., dada a contração das vogais á infixai e o desi nenciai, ante a queda do ç da desinência, o final, cd, passou a ser 729
sim ilar ao da 1- p. s. do pres. at. Ind. ou, na form a aro, ao final da 19 p. s. do fut. at. Ind. (e 19 aor. at. Subj.), fato que im porta sempre ter-se em mente para evitarem-se confusões; - Portanto, na 2- p. s. já não mais subsiste a forma p rim iti va ou original eirioreTxracro, substituída pela atual êTrioretxTíú, contrata ou evoluída; - No dual, característica dos tempos em que são secundá rias as desinências (impf., aor. e m qpf. Ind., os tem pos todos do Opt.: pres., fut., aor., perf. e fut. pf.), bem como das flexões do lm per. (pres., aor. e perf.), diferem em form a as duas pessoas, já que na 2- p. é breve a vogal da desinência (ct0ov), longa na 3- p. (crB-qv), o que lhes causa diferença de acentuação, proparoxítona a 2- p. d., paroxítona a 3- p. d.; - Três das desinências, ct0ov (2- p. d.), |xe0á (1? p. pl.) e or0e (2- p. pl.) são as mesmas em todos os tempos, quer prim ários, quer secundários, nos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper., exceto que a este falta a 13 p. pl.); - Se o verbo se iniciasse por vogal, o aumento não seria o silábico e, anteposto à raiz; consistiria do natural alongamento des sa vogal, isto é, seria o aumento vocálico ou tem poral. 4. Acentuação - Tempo de modo finito, é o 19 aor. méd. Ind. acentuado re cessivam ente, isto é, distanciar-se-lhe-á o acento o mais possível da última; - Agudo é o acento em todas as inflexões, posto sobre o infixo tem poral a à em três (1 ^ p. s., 3- p. d. e 1 - p. pl.), sobre o ditongo ev final do tema nas demais seis; - São, pois, paroxltonas três das formas (19 p. s.; 2- p. s. atual e 3 - p. d.), cujo final é longo, proparoxítonas seis (2- p. s. original, 3- p. s., 2- p. d. e as três do plural), cujas desinências são breves.5 5. Relação - Relaciona-se diretamente o 19 aor. méd. Ind. com o 19 aor.
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at. Ind., matriz do sistema, em que lhe deriva três dos elementos formativos: aumento, raiz e infixo tem poral (crá), a diferirem ape nas as desinências; - Logo, à base do 16 *9 aor. at. Ind. obter-se-ão as inflexões deste 19 aor. méd. Ind. simplesmente substituindo-se as desinên cias ativas pelas médias correspondentes, processadas as alterações necessárias em m orfologia e prosódia; - Destarte, aos quatro tempos estudados (pres., im pf., fut. e 19 aor.) aplica-se este princípio de formação: obtêm-se as formas da voz média mercê da simples troca da desinência ativa pela corres pondente média, feitos ligeiros ajustes. Nos restantes, porém, não vigora esta relação: perf. e m qpf. procedem de temas distintos e ao fut. pf. falecem as form as ativas; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos dois sistemas, pre sente e aoristo, distinguem-se as inflexões do im pf. mp. Ind. as correspondentes deste 19 aor. méd. Ind. apenas em que, em lugar da vogal de ligação daquele, ocorre neste o infixo tem poral. As de sinências, porém, são sempre as mesmas em ambos, embora difira a alteração final da 2- p. s., a resultar em ou no im pf., em crco no aor.; - Nestes verbos, pois, à base das form as do im pf. méd. Ind. obter-se-ão as equivalentes do 19 aor. méd. Ind. com simplesmente substituir-se a vogal de ligação e/o pelo infixo tem poral 6. Sentido e tradução - Não difere este 19 aor. méd. Ind. do 19 aor. at. Ind. em rela ção a Aktionsart, tem po de ocorrência e maneira de expressão. Di vergem estes dois tempos apenas quanto à voz e à ênfase conse quente, acentuando a form a ativa o fato, a média o sujeito ; - Aoristo, como o fut., ao contrário do pres. e do im pf., é te m po de Aktionsart punctiliar, não durativa, nem extensional, indefini da, a expressar o fato em si, o simples acontecimento à parte de seu processo de eventuação ou de seus resultados continuativos; - Voz média, a ação se apresenta como praticada pelo sujeito a 731
atuar sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que se re laciona de modo especial, ou lhe seja de vantagem, ou interesse (média indireta), a ênfase a incidir no sujeito e seu envolvimento no fato; - Flexão do Indicativo, modo categórico em expressão, re vestem-se as inflexões deste 19 aor. méd. de tom incisivo, definido, vívido, terminante, não potencial (Subj.), ou hipotético (Opt.), ou injuncional (Imper.), ou substantivo (Inf.), ou adjetivo (Ptc.); - Embora seja a Aktionsart o elemento nocional prim ário dos tempos verbais, isto é, o COMO se processa o fato, inexistente ou secundária conotação tem poral, isto é, QUANDO se realiza a ação, nas flexões do Indicativo, em moldes absolutos, e do Particípio, em termos relativos, subsiste este dado de par com a Aktionsart; - Assim, expressa o I 9 aor. méd. Ind. ação pretérita, passada, anterior, de que é marca explícita o aumento (elemento exclusivo dos tempos secundários do Indicativo); - Traduzem-se, regularmente, estas form as pelo nosso preté rito perfeito, observando-se que, visto que não há no português a voz média, têm -se de representar estas formas pelas paralelas da voz ativa, subentendidas a acepção específica e a ênfase distintiva; - É, pois, o 19 aor. méd. Ind.: - tem po de ação punctiliar (aoristo), - praticada pelo sujeito, sobre si mesmo ou sobre algo in ti mamente relacionado (voz média), - pretérita ou passada (aoristo Indicativo), - expressa em term os categóricos (Indicativo), - enfocado o evento em s i, o simples fato (aoristo), - a ênfase posta no sujeito e sua relação com o fato (voz m é dia), - a tra^uzir-se pelo nosso pretérito perfeito ativo; - Portanto, em orevcrap/riv, forma base da flexão, se traduz como c ri, acentuados o crer e o envolvimento do sujeito, quem crê e porque o faz.
732
7. Aplicação paradigmática - De verbos em que se inicia o tema do aoristo por letra con soante, desde que não termine a raiz por muda (labial: ir, (3,
ou líquida ( \, p-, v, p) experimenta a raiz, nesta, como nas demais flexões do sistema, alterações que se referirão no final do capítulo; b. Infixo Temporal - O infixo tem poral, que deveria ser o mesmo da matriz, 19 aor. at. Ind., portanto, a sílaba a a , nesta flexão e na média paralela aparece reduzido à sibilante, nos term os do futuro; - Este infixo reduzido assim ocorre nestas flexões aoristas ativas e médias do Subj. em todos os tipos de verbos, excetuados os de tema finalizado por líquida ( \, |x, v, p), em que a sibilante já não mais subsiste; c. Vogal de ligação - Embora não insiram vogal de ligação as flexões deste 19 aor. nos demais modos verbais, desnecessária à vista de term inar em vogal o infixo característico, no Subj., em que se reduz à sibi lante, faz-se ela de mister; - Característica das formas subjuntivas, é a vogal de ligação neste 19 aor. at. Subj. a mesma do pres. at. e mp. Subj., isto é: - to ante desinências iniciadas por |x ou v, - r| ante desinências outras, iniciadas por ç ou t ; - E de notar-se que, paralelas a estrutura e formação do 19 aor. at. Subj. e do fut. at. Ind., diferindo apenas em matéria de v o gal de ligação, longa naquele, breve neste, distinguem-se-lhes as form as pela quantidade desta vogal; d. Desinências - No Ind. têm os quatro tempos prim ários (pres., fut., perf. e fut. pf.) as chamadas desinências prim árias, enquanto os três secun dários (impf., aor. e mqpf.) as têm secundárias. Aliás, essa distinção de tem pos e desinências só é válida no Ind., inaplicável aos outros modos; - No Subj. têm todas as flexões (pres., aor. e perf.) as mesmas desinências,prim árias sempre, ao contrário do Opt. em que nos cinco tempos de que consta (pres., fut., aor., perf. e fut. pf.) são 734
sempre secundárias. Imper., Inf. e Ptc. têm desinências próprias, diferentes; - Portanto, neste 19 aor. at. Subj. são as desinências as pri márias ativas, sujeitas como no pres. e no fut. at. In d „ embora em moldes um pouco diferentes, às alterações verificadas nas três pes soas do sing. e na 3- p. p l„ exatamente como no pres. at. Subj., aliás; - Assim, na 1? p. s. cai a desinência px, term inando a forma pela vogal de ligação to, que, por ser longa, não se altera. De notarse é que, estudadas, sete formas há terminadas em ca, a saber: - 19 p. s.: pres. at. Ind. (m o re ó — ca), pres. at. Subj. (m crreú — ca), fut. at. Ind. (m aTev — a — ca), 19 aor. at. Subj. (m o re u — cr — ca), - 2- p. s.: 19 aor. méd. Ind. (e — m o re ó — aca), - 3- p. s.: pres. at. Imper. (m ore-u — e — Tca), e pres. mp. Imper. (m o re u — € — a0ca); - Na 2- p. s. fundem-se a vogal de lig a çã o 'q e a desinência ca, resultando o grupo ditongai tj«;» terminação idêntica à da 2 - p. s. do pres. at. Subj., paralela ao Ind. eis; - Na 3- p. s. registra-se fusão sim ilar da vogal de ligação ti com a desinência t i , de que resulta o grupo ditongai rg, paralelo ao Ind. ei. Note-se que, estudadas, cinco formas há terminadas em tj, a saber: - 2- p. s . - pres. mp. Ind. alternativa (m o re ú — -q), - pres. mp. Subj. (moreiS — tj), - fut. méd. Ind. (morreu — a — tj), - 3- p. s. - pres. at. Subj. (m o re ú — tj), - 19 aor. at. Subj. (m o re u — o- — -q); - Na 3- p. pl. dissimila-se o t desinencial em ç e cai a líqui da v, passando, pois, de vti a ox a desinência, inalterada a vogal de ligação ca, longa que já o é; - Graficamente: - 1- p. s .- * ca + px - * ca - 2- p. s.-» T) + a i —► T}<; 735
3 - p. S.—►T) + T Í —» TJ - 3 § p. pl.—* (0 + V T l — ► CO + VCFl —> -
co + crí 3. Flexão a. Formas - A flexão do 19 aor. at. Subj. de moTevco - c r e r - , raiz neste, como nos demais sistemas, rricrrev, é: FORMAS ATUAIS TEMA IT VL DES. 1 - p . s. TricrTev CO cr 2- p . s . m a rT e ú cr TJ<5 3- p. s. T ru rre v or ? 2 - p. d. m c rre tf
cr
3- p. d . m c rre iS
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2- p . p l. m c r r e v 3- p . p l. T ru rre v
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b. Observações morfológicas - Tema (Trurrev) e infixo tem poral (ç) permanecem cons tantes, inalterados em toda a flexão; a vogal de ligação (ti, co) e as desinências (primárias ativas) variam em função das inflexões, Aliás, a desinência cai na 1 - p. s., funde-se com a vogal de ligação na 2- e 39 p. s., reduz-se na 3- p. pl.; - A 1? p. s., na form a atual, já não mais exibe desinência explícita, enquanto três formas a têm alterada (2- e 3? p. s. e 39 p. pl.), as quatro outras (2- e 3- p. d., 1? e 2- p. pl.) a preservam inalte rada, imutável; - Diferem, pois, as formas atuais das originais em quatro 736
das oito inflexões: as três do singular e a 3- p. pl.; - A 1 - p .s . (m o re ó —
cas; - Das formas atuais, as três do singular têm final longo, pelo que lhes estará o acento na penúltima, enquanto as demais cinco (as duas do dual e as três do plural), cujo final é breve, o terão na antepenúltima. As originais, todas com desinenciação breve, teriam o acento na antepenúltima; - É agudo o acento em toda a flexão, posto sempre na última sílaba da raiz, isto é, sobre o ditongo ev final do tema, parox/tonas três das formas (atuais, no singular), proparoxítonas treze (as atuais no dual e plural, todas as originais). 5. Nü móvel - Evoluída a desinência v t i da 3- p. p l„ a tornar-se, na forma atual, crí, poderá a inflexão receber nü móvel, quando term inal de sentença e quando seguida de vocábulo iniciado por vogal ou d i tongo. 6. Relação - Embora integrado no sistema do 19 aoristo, de que deveria derivar o tema e o infixo tem poral, é com o fut. at. Ind. que exibe esta flexão do Subj. afinidade especial; - De fato, exceto nos verbos em que se finda o tema em líqui da ( \, |x, v, p), tem o 19 aor. at. Subj. estrutura e formação em tudo paralelas às do fut. at. Ind., com uma diferença apenas; a vogal de ligação é longa neste aoristo, breve no futuro. Tema, infixo tem poral, desinências, alterações e acentuação, porém, são os mesmos em ambos; - Do ponto de vista prático, bem que se pode conceber o 1? aor. at. Subj. como simplesmente o fut. at. Ind. transposto para este modo potencial; - Logo, conhecidas as form as do fut. at. Ind., exceto no caso de verbos em que o tema é finalizado por líquida (X., p., v, p), obterse-ão as inflexões do 19 aor. at. Subj. com simplesmente alongarse-lhes a vogal de ligação, ajustados os finais da 2- e 39 p. s., em 738
moldes próprios do Subj.; - Dois dos elementos deste 19 aor. at. Subj., a vogal de ligação h | M e as desinências (primárias ativas), bem como as alterações no final das três pessoas do singular e na 3- p. p l„ são os mesmos do pres. at. Subj. Nos verbos em que tam bém a raiz do 19 aoristo é a mesma do presente, diferirão as formas destes dois tem pos ape nas em que no 19 aor. at. Subj. há a mais o infixo tem poral ç. Em tais verbos, conhecida a flexão do pres. at. Subj., para ter-se a deste I 9 aor., bastará inserir-se a sibilante entre a raiz e a vogal de ligação ou final das formas. Nos verbos em que o tema se finda em muda labial ('ir, 3 ,
em que apareça a forma; - Não expressam, pois, estas inflexões ação necessariamente pretérita ou passada, como no Ind., ou anterior, como no Ptc., podendo-se ela situar na atualidade ou no porvir, segundo o determ i nem fraseologia e contexto; - É, portanto, este 19 aor. at. Subj.: - tem po de ação punctiliar (aor.), - praticada pelo sujeito (voz ativa), - sem noção explícita de quando se dá (Subj.), - expressa em term os potenciais (Subj.), - enfocado o evento em si, o fato, não o processo ou seus efeitos e resultados (aor.), - a ênfase posta no evento, não no sujeito ou na resultatividade (voz ativa), - sem tradução explícita (Subj.), - passada, presente ou futura (contexto). 8. Aplicação paradigmática - Excetuados os verbos em que se finda o tema por letra m u da (gutural: k , 7 , x> labial: ir, 3 ,
RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + DE SINÊNCIAS 2. Formação a. Raiz - A raiz neste 19 aor. méd. Subj., porção que na 19 p. s., forma base da flexão, precede ao final o-íopoa, é a mesma do 19 aor. at. Subj. e, normativamente, da matriz, 19 aor. at. Ind., a coincidir, contudo, com a do sistema do futuro (exceto nos temas finalizados em líquida: \ , p, v, p), na maioria dos verbos a mesma do presente; - Determina-se de todo verbo qual o tema do 19 aoristo em função da terceira das partes principais; - Esta raiz permanece em todas as inflexões tal qual se apresenta na forma base, inalterada, invariável; - Nos verbos em que a letra final do tema é vogal breve (à, e, o), ou muda (labial: tt, p,
nos demais modos, desnecessária, porquanto o próprio infixo tem poral, (rã , termina por vogal. No Subj., porém, constando esse in fi xo da sibilante apenas, impõe-se a presença dessa vogal; - Tem, pois, o 19 aor. méd. Subj. a vogal de ligação carac terística de todas as flexões deste modo (pres., aor., perf.), com ex ceção do perf. mp., perifrástico, a mesma, pois, do 1? aor. at. Subj., isto é: - (o ante as desinências iniciadas por |x ou v, - t i ante as demais, iniciadas por ç ou t ; - Tem, portanto, esta flexão do 19 aor. méd. Subj. em co mum com a form a ativa, 19 aor. at. Subj., três dos quatro elementos da sequência estrutural; tema, infixo tem poral {<;) e vogal de ligação (to/nri);
d. Desinências - No Ind. são primárias as desinências nos tem pos prim á rios (pres., fut., perf., fut. pf.), secundárias nos tem pos secundários (impf., aor., mqpf.); - No Opt. têm todas (pres., fut., aor., perf. e fut. pf.), excluí da a perifrástica do perf. mp.) desinências secundárias; - No Subj., por outro lado, são primárias as desinências em todos os tempos (pres., aor. e perf.), excluído o perf. mp. perifrásti co; - Portanto, são as PRIMÁRIAS MÉDIAS as desinências deste 19 aor. méd. Subj., form as evoluídas dos pronomes pessoais correspondentes, as mesmas do pres. mp. Subj., paralela a altera ção verificada no final da 2- p. s „ em que a queda da sibilante desinencial redunda na contração das vogais contíguas de ligação e cu da desinência, de que resulta o ditongo im próprio 13. - Graficamente: q + crou—► q + o u —►
742
3. Flexão a. Formas - As formas flexionais do 19 aor. méd. Subj. de m o r e ik o c re r-, raiz neste, como nos demais sistemas, m o re u , são:
TEMA 1- p. s. m o re i) 2- p. s. m o re u 3- p. s. m o re u
a
2- p. d .m o re ó 3? p. d. -morreu 1 - p. p. -m oreu 2- p. p. m o re tí 3? p. p. m o re -6
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b. Observações m orfológicas - Dos elementos estruturais, dois, o tema (m o re u ) e o in fi xo tem poral (ç) permanecem imutados, os mesmos em toda a fle xão, enquanto os outros dois, vogal de ligação (o /^ ) e desinências (primárias médias), variam em função das inflexões, sofrendo, ademais, contração na 2- p. s.; - A 2- p. s. não subsiste na forma original (morelS — o — -q — o m ), mas evoluída (m o re ú — cr — T|); - A 2- p. s. atual (m o re u — (T — é idêntica em forma à inflexão paralela coiné do fut. méd. Ind. e à 3- p. s. do 19 aor. at. Subj.; - Nas form as originais, diferem estas inflexões das parale las ativas apenas no tocante às desinências; nas atuais a 2- e 3- p. s. exibem diferença mais extensa, dada a contração sofrida no final; - Do pres. mp. Subj. diferem estas formas, uma vez que lhes são comuns: tema, vogal de ligação, desinências, alteração da 743
2- p. s. e acentuação, apenas em que estas inflexões têm entre a raiz e a vogal de ligação o infixo tem poral cr , alheio à flexão do presente. Nos verbos em que a raiz do aoristo não é a mesma do presente, diferirão tam bém neste aspecto; - Igual paralelo há entre estas e as inflexões do fut. méd. Ind., a diferirem apenas quanto à vogal de ligação, breve no fu t„ longa neste aor. Subj. Tema, infixo tem poral, desinências, alteração da 2- p. s. e acentuação em nada diferem; - No dual, embora se trate de flexão do aoristo, são idênti cas em forma as duas inflexões, mesmas as desinências, primárias, não secundárias; - Embora o quadro desinencial seja o típico dos tempos prim ários do Ind. e das flexões do Subj. na voz média (e passiva, na m or parte dos tempos), três desinências; ctOov (2- p. d.), |xe0& (1 - p. pl.) e cr0€ (2 - p. pl.) são comuns a todas as flexões médias (e passi vas, dominantemente) dos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper., se bem que neste últim o não haja form a da 1 - p.); - Note-se que, ao contrário das flexões paralelas do Ind., não têm estas formas de aor. Subj. o aumento, distintivo de tempo pretérito, noção presente no Ind., alheia, entretanto, ao Subj. (e ao Opt., Imper. e Inf. também); - De lembrar-se é, ainda, que no caso das flexões do pres. e do Impf. (e do perf., mqpf. e fut. pf.) a mesma form a pode ser mé dia ou passiva. Não assim, porém, em se tratando do fut. e do aor.: nestes a voz passiva tem flexão distinta. Logo, estas inflexões do 19 aor. Subj. são apenas médias, não passivas. 4. Acentuação - Tempo de m odo finito, é o 1? aor. méd. Subj. acentuado re cessivam ente, o acento posto o mais longe possível da última; - Desinências todas breves, a tônica é a antepenúltima, exce tuada apenas a 2- p. s. em sua form a atual, cujo final, longo, detém o acento na penúltim a; - É agudo em todas as formas, paroxítona uma das inflexões 744
(2- p. s. atual: m crrev - cr — Tj), proparoxítonas as oito restantes; - Conserva-se o acento em todas as form as na sílaba final do tema, isto é, sobre o ditongo ev, exceção feita da 1? p. pl., em que, dissilábica a desinência, desloca-se para sobre a vogal de ligação
risto e do presente, diferem as inflexões deste 19 aor. méd. Subj. das paralelas do pres. mp. Subj. apenas em que têm aquelas o in fi xo tem poral
- Inexistente no português a voz média, representam-se estas formas do 19 aor. méd. Subj. pelas correspondentes ativas, suben tendidas a acepção específica e a ênfase peculiar; - Destarte, é o 19 aor. méd. Subj.: - tem po de ação punctiliar (aor.), -p ra tica d a pelo sujeito, agindo sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona estreitamente (voz média), - expressa em teor potencial (Subj.), - sem explícita noção de quando se dá (Subj.), - enfocado o evento em si, não seu processo ou resultados (aor.), - a ênfase dada ao sujeito e seu envolvimento, não ao evento ou sua expressão resultativa (voz média), - sem tradução específica (Subj.), - presente, passada ou futura (contexto). 7 . Aplicação paradigmática - À base deste paradigma de 'irurrevco se pode conjugar o 19 aor. méd. Subj. dos demais verbos, excetuados aqueles cujo tema se finde em muda (labial: tt, 3 ,
2. Formação a. Raiz - Porção que na 1- p. s. precede ao final crai|xi, é a raiz neste 19 aor. at. Opt. a mesma da matriz do sistema, 19 aor. at. Ind.# segundo se estampa na terceira das partes principais do verbo, na maioria dos casos a mesma do presente; - Invariável permanece esta raiz em toda a flexão, a mesma em todas as formas; - Nos verbos em que a letra final do tema é vogal breve (a, e, o), ou consoante muda (labial: ir, 3 ,
- Daí, neste 19 aor. at. Opt. contrai-se o t do infixo modal com a vogal a do infixo tem poral, resultando o ditongo a i; d. Desinências - Enquanto no Ind. ocorrem ambas as desinências, prim á rias (pres., fut., perf. e fut. pf.), secundárias (impf., aor. e mqpf.), no Subj. apenas as primárias se empregam, nas três flexões (pres., aor. e perf.) e no Opt. somente as secundárias, nos cinco tempos (pres., fut., aor., perf. e fut. pf.), menos a flexão perifrástica do perf. mp.); - Portanto, neste 19 aor. at. Opt. são as desinências as SE CUNDÁRIAS ATIVAS, conform e aplicadas já ao pres. e ao fut. ats. Opt., na 19 p. s. aparecendo, porém, não a regular v, mas a p rim iti va |xt; - Em três das inflexões, frequente é o uso em autores á ti cos, tais Tucídides, Aristófanes, Platão, Górgias, Xenofonte, das terminações éólicas da 2- p. s. (oeux
3 § p. s. m o r e ó
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2- p . d . m o r e u
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3 - p. d . m o r e u
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1- p. p . m oreó 2- p. p. -moreó
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3 - p. p. m o r e ó
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a e iá ç o e te (v )
oeiàv 749
b. Observações m orfológicas - Dos elementos estruturais, dois permanecem constantes através de toda a flexão, sempre os mesmos em todas as formas: o tema (m a re v) e o infixo tem poral (crá), enquanto o infixo modal (t), apenas em uma form a (a 3- p. pl.) varia, extensificado que é em ie. As desinências, naturalmente, variam conforme a inflexão; - A 1 - p. s. é m o re u — ora — t — |xt, não m o re ó — o a — t — v, a desinência prim itiva (tt a tom ar o lugar da normativa v; - Na 2- p. s„ e assim na 3§ p. s. e 3§ p. pl., há form a alter nativa, constituída do tema (m o re v ) e da terminação eólica especí fica: creiáç, aete, a e iá v, respectivamente; - Na 32 p. s., como em todos os tem pos secundários ativos do Ind. (impf., aor. e mqpf.) e nas demais flexões ativas do Opt. (pres., fu t„ 2- aor. e perf.), cai a lingual t, que não pode ser final de vocábulo regular, de sorte que term ina a form a pelo ditongo a t, neste m odo não havido por breve, longo sempre. Ademais, na fo r ma alternativa eólica, visto que é ela inflexão da 3- p. s. terminada por e, pode-se ajuntar o nü móvel; - No dual, secundárias as desinências, diferem as duas in flexões em relação à quantidade da vogal, breve, o, na 2- p. (tov), longa, tj, na 3- (rryv), donde divergirem quanto à acentuação, pro paroxítona aquela, paroxítona esta; - Na 3- p. pl. a desinência é v, como no im pf. e 19 aor. at. Ind., não o a v, própria do mqpf. at. Ind., do aor. pass. Ind. e, dos verbos em (At, no im pf. e 2 - aor. ats. Ind. e formas de infixo modal longo do pres. at. e 2- aor. pass. Opt.; - De três das inflexões, 2§ p. d. e 1- e 2 - p. pl., são as desi nências, respectivamente, tov, jxev, te , as mesmas nessas pessoas em todas as flexões ativas (mais o aor. pass. Ind.), dos quatro m o dos finitos, exceto que às flexões do Imper. falta a 1§ p. pl.; - Na 3- p. pl. o infixo tem poral te form a hiato, não ditongo, pelo que se distribui em duas sílabas distintas; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos dois sistemas, como é o caso de 'irtoreuG), diferem as form as normativas deste 12
750
aor. at. Opt. das paralelas do fut. at. Opt. apenas em que a vogal que precede ao i infixai é no fut. o, no 19 aor. á; - Ademais, nos verbos em que a raiz do 19 aor. é a mesma do pres., tal mcrreíxú, distinguem-se as inflexões deste 1? aor. at. Opt. das correspondentes do pres. at. Opt. em que têm aquelas a sílaba era em lugar da vogal de ligação o destas; - O quadro desinencial é, pois, nesta flexão exatamente o mesmo aplicado já ao pres. e ao fut. at. Opt.; e - Note-se, ainda, que nesta flexão não há o aumento, res trito que é às formas do Ind., de que é o sinal de preteridade, au sente às formas dos demais modos, extremes de noção temporal. Verdade é que subsiste, relativizada, porém, no Ptc., todavia, mais em sentido de posicionalidade, que de temporalidade, pelo que não recebe o aumento. 4 .Acentuação - Tempo de modo finito, a acentuação é recessiva, a afastarse da última quanto permissível; - Três das inflexões têm final longo (2 - e 3- p. s. e 3- p. d.), donde serem acentuadas na penúltim a, as demais oito (cinco regu lares e as três eólicas) têm desinências breves, portanto, vai-lhes o acento para a antepenúltima; - Agudo em todas as formas, incide sobre o final do tema, o ditongo eu, sempre, com uma ertceção: a 3- p. d., em que a desi nência longa (rt\v ) impede o acento na antepenúltima. Recua, pois, para sobre o ditongo cti da penúltima; - São, destarte, - paroxítonas: a 2- e 3- p. s. e a 3- p. d. - três formas; - proparoxítonas: a 1- p. s.,a 2- p. d., as três do plural e as três eólicas - oito formas; 5. Nü m óvel - A form a eólica da 39 p. s., iru rre ú — creie, termina em e, pelo que poderá receber nü móvel, quando no final de cláusula ou 751
seguida de vocábulo iniciado por vogal ou ditongo. 6. Relação - Para fins práticos, pode-se tom ar este 17 *9 aor. at. Opt. como híbrido, a constar de dois elementos do 19 aor. at. Ind. (tema: m o — Teu e infixo temporal: o a ) e dois do pres. at. Opt. (infixo modal: i e desinências: secundárias ativas); - Partindo-se, pois, da matriz, 19 aor. at. Ind., para obter-se a flexão deste 19 aor. at. Opt. bastará elim inar-se o aumento e substituírem-se as desinências pelo infixo modal (i) e desinências (secundárias ativas) do pres. a t Opt.; - Quanto às formas eólicas, é só acrescentar-se a desinência à raiz desse 19 aor. at. Ind., matriz do sistema, tal qual se vê na tercei ra das partes principais; - Partindo-se do pres. at. Opt., obtém-se este 19 aor. at. Opt. substituindo-se a raiz e a vogal de ligação pelo tema e infixo tem poral crà d o 19 aor. at. Ind. Se a raiz fôr a mesma nesses dois tem pos, como acontece com moreúcú, bastará substituir-se a vogal de ligação o do pres. at. Opt. pelo infixo temporal do 19 aor. at. Ind. As inflexões eólicas obedecem a formação diferente; - Quando a raiz é a mesma nos dois sistemas, diferem as fo r mas deste 19 aor. at. Opt. das paralelas do fut. at. Opt. apenas em que é no aor. a a vogal que antecede ao infixo modal i, no fut. o. Logo, conhecido este futuro, para ter-se o 19 aor. at. Opt. bastará substituir-se essa vogal o por a. 7. Sentido e tradução - Aoristo, tal qual o futuro, é tem po de Aktionsart indefinida, inextensa, não durativa, punctiliar, acentuado o simples fato, o evento em si, não seu processo (pres. e impf/), ou seus efeitos, con sequências ou resultados (perf., mqpf. e fut. pf.); - Voz ativa, o sujeito pratica a ação, a ênfase a incidir no fato em sua especificidade, não sobre o sujeito e seu envolvimento (voz média), nem sobre a ação em sua expressão resultativa; 752
- Optativo, modo que em dois aspectos se assemelha ao Subj.: no caráter dependente, relativo, ou subalterno da ação ex pressa e na ausência de conotação tem poral, não exprimem estas formas de I 9 aor. at. o fato em termos categóricos ou incisivos (Ind.), mas simplesmente condicionais ou hipotéticos, nem ta m pouco o dão como necessariamente pretérito, podendo ser atual ou pervindouro, este o mais das vezes, conforme o exija o imediato contexto; - À maneira das formas subjuntivas, não têm estas inflexões do 19 aor. at. Opt. tradução específica, definida, precisa, determ i nando-a a natureza da cláusula em que ocorra a forma; - É, assim, o 19 aor. at. Opt.: - tem po de ação punctiliar (aor.), - praticada pelo sujeito (voz ativa), - expressa em teor hipotético (Opt.), - sem explícita noção de quando se dá (Opt.), - presente, passada ou futura (contexto), - enfocado o evento, não seu processo ou expressão resultativa (aor.), - a ênfase a incidir no fato, não no sujeito ou nos resultados da ação (voz ativa), - sem tradução específica (Opt.).8 8. Aplicação paradigmática - Conjuga-se o 19 aor. at. Opt. dos demais verbos, excetuados aqueles cujo tema exiba como letra final muda (labial: tt, 0 ,
2.7 - 1çAorísto Médio do Optativo 1. Estrutura - Paralela à do 19 aor. at. Opt., a seqüência estrutural deste 19 aor. méd. Opt. consta dos seguintes elementos: RAIZ + INFIXO TEMPORAL + INFIXO MODAL + DESI NÊNCIAS 2. Formação a. Raiz - Porção que na 1ã p. s. precede ao final (Toup/rçv, é a raiz neste 19 aoristo m édio Optativo a mesma da matriz, 19 aor. a t Ind., conform e a exibe a terceira das partes principais, na maioria dos verbos a mesma do presente; - Esta raiz é a mesma do 19 aor. at. Opt., aliás, de todas as flexões do sistema do 19 aoristo; - Não se altera esta raiz, a mesma em todas as form as da flexão; - Nos verbos em que a raiz term ina por vogal breve (á, e, o), ou muda (labial: ir, 0 ,
- Nos verbos em que a final do tema é labial (tt, 3,
3. Flexão a. Formas - A flexão do 19 aor. méd. Opt. de maTeíxú - crer - , raiz neste, como nos demais sistemas, m aTeu, é: 755
TEM A 1- p. s. -maTeu 2- p. s. [m aTeu 3- p. s. -more-ú
IT \j
2- p. d. -maTeu 39 p. d. maTeu 1 - p. pl. maTeu 2- p. pl. TTtaTeé 39 p. pl. -maTeu
IM
1
DESINÊNCIAS IM)V ao] — m aTeé a à TO
V aa aà
0 1 6 1
a0ov aô-qv
aà aa aà
0/ 1 1 d t
t t
í
o
|A€0a
a0e VTO
b. Observações morfológicas - Dos elementos estruturais, três, o tema (-n-urreu), o infixo temporal (era) e o infixo modal (í), permanecem inalterados, os mesmos em todas as form as da flexão. Só as desinências variam, conforme as inflexões; - A 2- p. s. já não preserva a form a original, m erreó — a à — t —ao, evoluída, mercê da queda da sibilante desinencial, para m o re u — a à — i — o; - As desinências são as mesmas encontradas já no im pf. mp. Ind., 19 aor. méd. Ind., pres. mp. Opt. e fut. méd. Opt.; - Diferem estas form as da voz média das correspondentes ativas do 1? aor. Opt. apenas no que tange às desinências, que, em bora ambas secundárias, diferem em natureza, conforme a voz; - Em todas as formas contraem-se a vogal ct do infixo temporal
- Das formas do fut. méd. Opt., em ttutt€ixú e nos verbos em que uma e a mesma é a raiz nos dois sistemas, diferem estas inflexões apenas em que têm à em vez de o a preceder ao infixo modal, logo, o ditongo a i em vez de oi; - Das form as paralelas do pres. mp. Opt., em -moreuü) e nos verbos em que é a mesma a raiz em ambos os sistemas, dife 756
rem as inflexões deste 19 aor. méd. Opt. apenas em que têm a síla ba era (infixo temporal) no lugar da vogal de ligação o daquelas; - No dual, como em todas as flexões em que são secundá rias as desinências, e assim nos tempos do Imper., diferem as duas inflexões em que na 2- p. é breve a vogal da desinência, o, na 39, porém, longa, -q, donde divergirem também quanto à acentuação, proparoxítona aquela, paroxítona esta; - Embora flexão de 19 aor., não têm estas formas o au mento encontrado no Ind., marca dos tempos pretéritos, por isso alheia aos demais modos, destituídos de conotação temporal, mesmo ao ptc., em que a noção é relativa, não absoluta como no Ind.; - Estas formas são peculiares à voz média, diferentes as in flexões passivas, o que se dá também em relação aos tempos do futuro; - As desinências ct0ov (2- p. d.), (xeOdt (1- p. pl.) e ofle (2- p. pl.) são as mesmas em todas as flexões médias ou passivas, prim á rias ou secundárias, dos modos finitos, exceto que no Imper. não há a 1- p. pl. O aor. pass. segue as flexões ativas e o perf. mp. Subj. e Opt. são perifrásticos, de sorte que nesses tem pos não ocorrerão estas desinências. 4. Acentuação - Tempo de modo finito, é o 1? aor. méd. Opt. acentuado re cessivam ente, caindo-lhe, portanto, o acento na penúltima nas fo r mas em que é longa a última, na antepenúltima nas inflexões em que é ela breve; - Duas inflexões apenas, porquanto lhes é longa a desinência, são acentuadas na penúltima: a 19 p. s. (desinência p/qv) e a 39 p. d. (desinência ctO^v ); as sete outras (2- p. s., original e atual, 3- p. s., 2- p. d. e as três do plural) são acentuadas na antepenúltima, paroxítonas aquelas, proparoxítonas estas; - Agudo em todas as formas, põe-se por sobre o ditongo ca em três inflexões: 1- p. s., 3- p. d. e 1- p. pl., por sobre o ditongo eu 757
da sílaba final do tema nas seis restantes: 2- p. s „ original e atual, 3§ p. s., 2- p. d. e as três do plural.
5. Relação - Em perspectiva prática, bem se pode tom ar este 19 aor. méd. Opt. como tem po híbrido, a derivar da matriz, 19 aor. at. Ind., dois elementos: o tema (lu a re u ) e o infixo tem poral (aà), e do pres. mp. Opt. os outros dois: infixo modal (i) e desinências (secundárias mé dias); - Logo, à base da matriz, 19 aor. at. Ind., para obterem-se es tas formas do 19 aor. méd. Opt. bastará eliminar-se o aumento e substituir-se as desinências secundárias ativas pelo infixo modal i e as desinências secundárias médias do pres. mp. Opt., om itida a si bilante desinencial na 2- p. s.; - Partindo-se do pres. mp. Opt., obter-se-ão estas formas substituindo-se a raiz, se não fô r a mesma, e a vogal de ligação o pelo binôm io constituído pelo tema e infixo tem poral a à do 19 aor. at. Ind. Quando a raiz é a mesma nos dois sistemas (presente e 19 aoristo), como em 'irurreúa), bastará somente substituir-se a vogal de ligação o pelo infixo tem poral a à ; - Em comum com o 19 aor. at. Opt. tem esta flexão três ele mentos da seqüência estrutural: tema (TrtaTev), infixo temporal (aot) e infixo modal (t), diferindo, pois, somente no tocante às desi nências. Logo, conhecidas as inflexões do 19 aor. at. Opt., obtêm-se as equivalentes deste 19 aor. méd. Opt. com substituir-se a desi nência secundária ativa pela média correspondente, eliminado o e extensificante do infixo modal da 3ã p. pl.; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos dois sistemas (fu turo e 19 aoristo), conhecidas as formas do fut. méd. Ind., conver ter-se-ão elas nas correspondentes deste 19 aor. méd. Opt. com simplesmente substituir-se a vogal de ligação o pelo à do infixo temporal do 19 aoristo, uma vez que a sibilante é comum ao infixo temporal das duas flexões. 758
6. Sentido e tradução - Apenas quanto à voz e à ênfase especffica diferem estas formas do 1ç aor. méd. Opt. das paralelas ativas. Aktionsart, ex pressão e sentido são os mesmos; - Aoristo, qual o futuro, é tem po de Aktionsart inextensa, in definida, não durativa, punctiliar, acentuado o mero evento, o fato em si, não seu processo (pres. e impf.) ou seus efeitos e resultados (perf., mqpf., fut. pf.); - Voz média, o sujeito pratica a ação, agindo sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo que lhe interessa de perto, ou lhe é de vantagem, ou lhe diz respeito, ou o afeta (média indireta), a ênfase posta no sujeito e seu envolvim ento na ação; - Optativo, modo de cunho subalterno, dependente, relativo, e a que é alheia noção de tem po QUANDO se dá o fato, como o Subj., o Imper. e o Inf., apenas a expressar a Aktionsart, isto é, COMO se processa ele, apresentam estas formas do 1- aor. méd. Opt. o evento em termos condicionais ou hipotéticos, sem definido enfoque temporal; - Logo, embora aoristas, ao contrário do que ocorre no Ind. e no Ptc., não exprimem estas formas ação necessariamente pretéri ta, podendo ela situar-se no passado, no presente ou no futuro, conforme o indique o direto contexto. A rigor, o mais das vezes é futuritiva a dimensão temporal; - Como acontece com as flexões subjuntivas e as demais op tativas, não têm estas inflexões de 1e aor. méd. Opt. tradução espe cífica, definida, estereotipada, ditando-a sempre o tipo de cláusula em que se lhe ache a forma; - Estranha ao português a voz média, têm -se de traduzir estas formas pelas correspondentes ativas, subentendidas a acepção es pecífica e a ênfase peculiar; - Daí, dir-se-á que é o 19 aor. méd. Opt.: - tempo de ação punctiliar (aor.), -p ra tica d a pelo sujeito, agindo sobre si próprio ou sobre algo com que se relaciona estreitamente (voz média), 759
- expressa em teor condicional ou hipotético (Opt.), - sem explícita noção de quando se dá (Opt.), - presente, passada ou futura (contexto), - enfocado o fato como puro evento, não o processo de ocor rência ou os resultados continuativos (aor.), - a ênfase posta no sujeito e seu envolvimento, não no evento em sua especificidade ou em sua expressão resultativa (voz média), - a tradução determinada pela natureza da cláusula (Opt.). 7. Aplicação paradigmática - Como esta flexão paradigmática de m o reve ) se conjuga o 19 aor. méd. Opt. de outros verbos, excetuados aqueles cujo tema se finaliza em muda (labial: tt, (3,
- Esta raiz, que se espelha sempre na terceira das partes principais, é invariável, a mesma em todas as formas desta flexão; - Nos verbos em que a raiz termina por vogal breve (á, e, o), ou muda (labial: tt, P, cp; gutural: k , 7, x; lingual: t , 8, 0), ou líquida (X, jx, v, p), registra-se alteração temática a referir-se no fim deste capítulo; b. Infixo Temporal - O infixo tem poral, característico distintivo das flexões deste sistema, excetuadas as subjuntivas (em que se reduz à sibi lante), é o mesmo da matriz, 19 aor. at. Ind., isto é, a sílaba a à , a sofrer alteração na 2- p. s.; - Logo, estes dois elementos, raiz e infixo tem poral, são nesta flexão os mesmos do 19 aor. at. Ind., matriz do sistema; - Nos verbos em que se finda o tema por líquida (X, |x, v, p) reduz-se, normativamente, o infixo à vogal à, eliminada a sibilante; - Nos verbos em que a letra final da raiz é labial (ir, p,
- Graficamente: a à + 0í —► aov.
3. Flexão a. Formas - De TTurreíxú - crer - , raiz nesta, como nas demais flexões e sistemas, -maTeu, as inflexões deste I 9 aor. at. Imper* são: TEMA IT DES. 2- p. s. [irw rre ií a á 0í ] 39 p. s. m o re v a á TO) u
2- p. d. m o re u era sí 39 p. d. Trurreu a a
TOV TO)V
— iTiaTev
aov - crê tu - creia ele, ela
- crede vós (dois, duas) - creiam eles (dois), elas (duas)
\j 29 p. pl. 'irtaret) a a T € - crede vós lí' 39 p. pl. m o re v a a VTÍDV - creiam eles, elas ou m o re u a é Taxráv
b. Observações m orfológicas - Dos elementos estruturais apenas a raiz não sofre varia ções no correr da flexão, a mesma em todas as formas. O infixo temporal altera-se na 2- p. s. e as desinências variam conforme as inflexões; - A 2- p. s. é, na form a atual, divergente, especial, m oTeu — aov, não a regular, de esperar-se, T uoreú — a à — 01; - No dual, como acontece em todas as flexões imperativas (pres., aor. e perf.), bem com o nas secundárias do Ind. (impf., aor. e mqpf.) e nas Optativas (pres., fut.,, aor. perf, e fut. pf.), diferem as inflexões na quantidade da vogal desinencial. Assim, neste 1? aor. at. Imper. é breve (t o v ) na 2- p. d „ longa (t í o v ) na 3- p. d.; - Têm duas das formas, a 2- p. d. (nxurreú — crá — t o v ) e a 762
2- p. pl. {mcrreú — crã — Te), desinências que são, nessas pessoas, as mesmas de todas as flexões ativas, mais a do aor. pass., nos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.); - Estas duas inflexões, nos verbos em que é a raiz a mesma nos dois sistemas, que é o caso de m o re ix o , diferem das paralelas do 19 aor. at. Ind., respectivam ente,! — m crreu — a á — tov e è — -m oreú — era — T€, somente em que lhes falece o aumento, pecu liar ao Ind., idênticos os demais elementos todos, bem como a acentuação; - A forma m o re ú — crâ — vtídv da 3- p. pi. coincide de to do com a inflexão do gen. pl. masc. e neutro do 19 aor. at. ptc., co mo se verá. Note-se que relação paralela se observou entre a 3 - p. pl. do pres. at. Ind. e o dat. pl. masc. e neutro do pres. at. ptc. (irio re ú — ou — cri) e entre a 39 p. pl. do fut. at. Ind. e o dat. pl. masc. e neutro do fut. at. ptc., em verbos em que é a mesma a raiz nos dois sistemas (-moreú — o- — ou — crt); - Ou, graficamente: - m o re ú — ou — crí, {3- p. pl. pres. at. Ind. e dat. pl. masc. e neutro do pres. at. ptc.); - m o re ó — o — ou — crt (3- p. pl. fut. at. Ind. e dat. pl. masc. e neutro do fut. at. Ind.); - m o re ú — era — vtídv {3- p. pl. I 9 aor. at. Imper.); e - irtoTeu — o à — VT —
4. Acentuação - Tempo de modo finito, é este 19 aor. at. Imper. acentuado recessivam ente, logo, a tônica se lhe distanciará o mais possível da última; 763
- Estará, pois, na penúltima nas formas em que é longo o final, o que se dá em três das inflexões (3- p . s., 3- p . d. e 3- p. pl. clássi ca), na antepenúltima nas quatro outras, porquanto lhes é breve a última (2- p. s.; 2- p. d.; 2- p. pl. e 3- p. pl. coiné); -A gudo em todas as formas, está o acento: - na penúltima da raiz, por sobre o i de m o re u em UMA fo r ma (2- p. s., m oT ev — (jo v , proparoxítona), - na última da raiz, sobre o ditongo de m o re u , em DUAS formas (2- p . d., m o re ií — a à — t o v , e 2- p . pl., irto re v — crá — Te, proparoxítonas; e - sobre o à do infixo temporal a á nas restantes QUATRO in flexões {3- p. s., 'm o rei) — a à — tío; 3- p. d., m o re u — crá — tcov, e 3§ p. pl. clássica, m a T ev — a á — vtíúv , todas paroxítonas, mais a 3§ p. pl. coiné, m o re u — a a — Ttoaáv, proparoxítona); - Nos verbos em que é monossilábica a raiz, a 2- p. s. será paroxítona, se fôr breve a vogal temática, ou properispômena, se longo ou ditongai o tema, uma vez que será dissilábica a inflexão, breve a última. 6. Relação - Com a matriz, 19 aor. at. Ind., relaciona-se este 19 aor. at. Imper. em que lhe deriva dois dos elementos básicos da estrutura: tema (m o re v) e infixo tem poral (aá). Portanto, conhecidas as fo r mas da matriz, obter-se-ão estas,do 19 aor. at. Imper., elim inandose o aumento (restrito ao Indicativo) e substituindo-se as desinên cias (secundárias ativas) pelas imperativas correspondentes (ativas). Naturalmente, na 2- p. s. da flexão imperativa ocorre a alteração específica dessa form a, na 2 - p. d. e 2- p. pl. as desinências são as mesmas em ambos os tempos e na 3- p. s. o infixo no Ind. é ae, no Imper. aá ; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos dóis sistemas, di ferem estas inflexões, exceto a 2- p. s., das paralelas do pres. at. Imper. em que têm o infixo tem poral a á onde no pres. ocorre a vo gal de ligação e/o. Portanto, à base do pres. at. Imper., conseguem-
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se as formas deste 19 aor. at. Imper. com substituir-se a vogal de li gação pela sílaba ct<&, na 2- p. s. aov. 7. Sentido e tradução - A oristo, assim como o futuro, é tempo de Aktionsart inextensa, não durativa, punctiliar, acentuado o fato em si, o mero evento, não processo da eventuação (pres., impf.), nem os resultados continuativos (perf., mqpf., fut. pf.); - Voz ativa, o sujeito pratica a ação, a ênfase posta no fato em sua especificidade, não no sujeito e seu envolvimento (voz média), nem no evento em sua expressão resultativa (voz passiva); - Im perativo, como no Subj., no Opt., no Inf., não têm estas in flexões explícita conotação tem poral, de sorte que não expressam, embora aoristas, fato necessariamente pretérito. Pode situar-se no passado, na atualidade ou no porvir, conform e o exija o direto contexto. Normativamente, a injunção imperativa não se projeta em perspectiva passada. Não QUANDO, mas apenas COMO se dá o fato é que paira na perspectiva destas formas; - Como é próprio do Imper., apresentam estas inflexões o fato em termos injuntivos, jussivos, sentenciosos, na form a de ordem, preceito ou determinação; - Não possui o português form a de tradução específica destas inflexões aoristas imperativas. Por isso, têm-se elas de traduzir pelo pres. at. Imper., subentendido o teor punctiliar próprio de aoristo; - Destarte, uma e a mesma tradução se dá a três dos tempos imperativos já estudados: / - «moreu — e - pres. at.; - m o re i) — ov - pres. méd.; e - m crrev — c ro v - 19 aor. at., todos traduzidos, na forma base, pela inflexão do pres. at. Imper.: crê ; - Portanto, é o 19 aor. at. Imper.: - tem po de ação punctiliar (aor.), - praticada pelo sujeito (voz ativa), - expressa em form a injuncional (Imper.),
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- sem explícita noção de quando se dá (Imper.), - presente ou futura, não propriamente passada (contexto), - enfocado o evento em s i, não o processo extensional, nem os efeitos continuativos (aor.), - a ênfase posta no fato, não no sujeito (voz média), nem na expressão resultativa (voz passiva), - a traduzir-se pelo pres. at. Imper., subentendida a especifici dade da Aktionsart punctiliar. 8. Aplicação paradigmática - Segundo este paradigma de m crreixo - crer - flexiona-se o 12 aor. àt. Imper. dos demais verbos em que ocorre esta m odalida de flexionai, bastando substituir-se o tema m o re u pelo equivalente do verbo a flexionar-se, conforme se vê na terceira das partes prin cipais; - Os demais elementos: infixo temporal (ctol), desinências (im perativas ativas), alteração da 2- p. s. e acentuação (recessiva) são em todos os mesmos; - Nos verbos em que a letra final do tema é muda (labial: tt, (à, q>; gutural: k , y , x» ou lingual: t , 8, 0) ou líquida ( \, p,, v, p) experi mentam a raiz e/ou a sibilante do infixo temporal alterações que no fim do capítulo se referirão; - O acento da 2 - p. s. é passível de alteração conform e a ex tensão do tema e quantidade.da tônica.
2.9 - 1ÇA oristo Médio do im perativo 1. Estrutura - A sequência e stru tu ra l do 19 aor. méd. Im per. é a mesma do 1ç aor. at. Im per., logo, consta de: R A IZ + IN FIXO TEMPORAL + DESINÊNCIAS
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2. Formação
a. Raiz - Porção que na 2- p. s., forma base desta flexão, se ante põe ao final o m , é a raiz neste 19 aor. méd. Imper., como em todos os demais tempos deste sistema, a da matriz, 19 aor. at. Ind„ na maioria dos verbos a mesma do presente; - Esta raiz, que se patenteia na terceira das partes princi pais, mantém-se inalterada, a mesma em toda a flexão; - Nos verbos em que se finaliza em vogal breve (â, e, o), ou muda (labial: tt, 0, cp; gutural: k, 7 , x; lingual: t, 8, 0), ou líquida (X, (x, v, p), experimenta a raiz alteração a referir-se no fim do ca pítulo; - Neste 19 aor. méd. Imper. será a raiz sempre idêntica em form a à do 19 aor. at. Imper., a mesma, pois, comum aos dois tem pos; b. Infixo Temporal - O infixo tem poral, elemento distintivo por excelência das formas de 19 aoristo, é o mesmo da matriz, 19 aor. at. Ind., isto é, a sílaba o-à, no Subj. reduzido à sibilante apenas e na 2- p. s. deste 19 aor. méd. Imper., bem como na correspondente da voz ativa, a so frer alteração especial; - Da matriz, pois, exibe,esta flexão dois dos elementos formativos: a raiz (m o re u ) e o infixo tem poral (
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c. Desinências - Têm as flexões imperativas desinenciação própria, tanto para a voz ativa, quanto para a voz média e passiva; - Oaí, neste 19 aor. méd. Imper. são as desinências não as primárias ou secundárias, típicas do Ind. (ambas), do Subj. (prim á rias) e do Opt. (secundárias), mas as chamadas IMPERATIVAS MÉDIAS, as mesmas aplicadas ao pres. mp. Imper., embora a so frer alteração diferente na 2- p. s.; - Na 2- p. s. seria de esperar-se a queda da sibilante infixai, posta que está entre vogais, e conseqüente contração das vogais contíguas, resultando a longa co. Entretanto, como na 2 - p. s. da fle xão ativa, assume a alteração form a divergente, especial, não se gundo as diretrizes regulares, como se ao tema apenas se aduzisse o final o m . - Daí, em vez de: crâ + a o —► crá + o -► a co , aparece: a à + oro -♦ o m ; - É de notar-se que duas das desinências, a 2- p.d. o 0ov e a 2- p. pl. cr0e, são exatamente iguais às equivalentes primárias ou secundárias médias. Logo, estas duas inflexões têm a mesma desi nência em todos os tempos médios e passivos nos quatro modos finitos (excetuados o perf. mp. Subj. e Opt., perifrásticos, e o aor. pass., que recebe em todos estes modos desinências ativas); - Observe-se, ainda, que estas desinências se podem con siderar, em larga medida, como form as evoluídas ou reduzidas dos pronomes pessoais correspondentes.
3. Flexão a. Formas - As formas flexionais deste 19 aor. méd. Imper. de m o — Teixo - crer - , cuja raiz é nesta, como nas demais flexões do siste ma, irurTeu, são:
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TEMA
IT DES. 2- p. S. [TTUTTeíl a á a o j 35 p. s. iriaTev (T<á a 0cú Sj
— iría re v
aca - crê tu - creia ele, ela
2- p. d. TTUTTeí) a a a0ov 3- p. d. moreu a á o0íúv
- crede vós (dois, duas) - creiam eles (dois), elas (duas)
2- p. pl. -maTeu a á a0e 3- p. pl. moTeu a á o0(ov
- crede vós - creiam eles, elas
ou TrurTeu a á aOoxràv b. Observações m orfológicas - Dos elementos estruturais apenas a raiz se preserva inal terada através da flexão toda. O infixo tem poral, embora também devesse permanecer imutado em todas as formas, sofre total eversão na 2- p. s. As desinências variarão de pessoa para pessoa, na turalmente; - A 2- p. s., como na voz ativa, não só não mantém a forma original; sofre alteração que se não conforme à regularidade nor mativa, representando variação especial, o binôm io infixo temporal (a&) mais desinência (ao) substituído pelo final o m . Daí, mo-Teu — c a i em vez de irUrTev — a á —ao, ou, evoluída regular, m aT ev — a
Subj. e Opt.) e os aoristos passivos, desinenciados como as formas ativas; - Ademais, das paralelas do 19 aor. méd. Ind „ respectiva mente, 4 — iTurreó — crà — a0ov e e — irioT erf — o à — a0e, d i ferem estas inflexões imperativas apenas em que lhes falta o au mento, característico dos tempos secundários do Ind., idênticos os demais elementos estruturais, assim como a acentuação; - A forma m o re u — o m , 2- p. s., é idêntica à da 3- p. s. do 1e aor. at. Opt., irio T e v — o m , exceto no que tange ao ditongo f i nal m , dado por breve na forma imperativa, longo na optativa, e quanto à acentuação, proparoxítona aquela, paroxítona esta; - É de notar-se que das duas formas da 3- p. pl., m o re v — crà —a 0tov é a dominante no clássico, enquanto no coiné prevalece a alternativa irioT eu — a ã — a0<*xrav, daí, normativa em o Novo Testamento; - Da matriz, 19 aor. at. Ind., que a todas as flexões do sis tema propicia o binôm io raiz mais infixo temporal, tem este 19 aor. méd. Imper. estes dois elementos, se bem que na 2- p. s. haja alte ração da parte infixai e na 3- p. s. seja crà o infixo, não ac; - Como estes dois elementos são comuns às flexões ativa e média do 19 aor. Imper., diferem elas apenas em relação às desi nências, específicas de cada número; - Quanto às desinências, são as mesmas neste 19 aor. méd. Imper. como no pres. mp. Imper., exceto que na 2- p. s. a redução ou alteração se processa em linhas diferentes: - pres. mp. Imper.: iru rre u — c — ao —*■ ttiotçv — ou, - I 9 aor. méd. Imper.: TrtoTeó — a à — ao —> m o re u — a a t; - Afinal, cumpre observar que estas formas, como é pró prio dos sistemas do futuro e do aoristo, se restringem à voz média, não são passivas. No pres. e impf., e assim no perf. mqpf. e fut. pf., as mesmas formas servem às duas vozes; não assim no fut. e no aor.
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4. Acentuação - Flexão de modo finito, têm as formas deste 19 aor. méd. Imper. acentuação recessiva, posta sempre o mais distante possível da última; - Destas sete inflexões, três, 3- p. s. (m o re u — era — ct0cd) ,3p. d. (m o re u — a à — o’Bwv) e 3§ p. pl. clássica ('irioreu — a à — oBcov) têm o acento na penúltima, uma vez que é longa a última, paroxítonas; - Nas quatro formas restantes da flexão: 2- p. s. (TruxTev — crai), 2- p. d. (Trurrev — o a — o'Bov), 2- p. pl. (TrtoTev — o á — oBe) e 3- p. pl. coiné (Trurreu — a ã — aBaxrav), avança o acento até a antepenúltima, visto que a última é breve,proparoxítonas', - É, pois, agudo o acento em todas as formas, a incidir sobre o final do tema, o ditongo eu, nas três inflexões da 2- p.; sobre o ã do infixo tem poral nas quatro inflexões da 3- p.; sobre o t da penúltima do tema, na 2- p. s. atual; - Nos verbos em que é monossilábica a raiz a 2- p. s. será dissilábica, de sorte que o acento não poderá avançar até a antepenúl tima, inexistente. Ficará, portanto, na penúltima, que, se longa, re ceberá o circunflexo (já que é breve a última); se breve será agudo, impossível o circunflexo em sílaba breve. 5. Relação - Com a matriz, 19 aor. at. Ind., relaciona-se este 19 aor. méd. imper. em que lhe deriva dois dos três elementos estruturantes: raiz (m oTeul e in fix o tem poral ( tra ). Portanto, à base daquele tem po, pode-se obter este com simplesmente excindir-se-lhe o au mento e substituírem-se-lhe as desinências secundárias médias pelas imperativas correspondentes (médias). Na 2- p. s. dar-se-á a alteração específica; na 3- p. s. o e do infixo da matriz reassume a vocalização básica (à). Em duas inflexões, 2- p. d. e 2- p. pl., as de sinências são as mesmas em ambas as flexões, respectivamente, ctBo v e aBe; - Com a form a ativa desta flexão relaciona-se este 19 aor.
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méd. Imper. em que lhe tem em com um a raiz (mcrrea>) e o infixo temporal (aã), diferentes apenas as desinências, ativas naquele tempo, médias neste. Daí, partindo-se das inflexões ativas, conseguem-se as equivalentes médias, com simplesmente substituíremse as desinências ativas pelas médias correspondentes, ajustada a forma da 2- p. s., mantida, porém, a acentuação, a mesma, em paralelo, em toda a flexão; - Em se tratando de verbos em que a raiz é a mesma em am bos os sistemas, têm em comum as formas deste 1 - aor. méd. Im per. e as equivalentes do pres. mp. Imper. a raiz (m oreu ) e as desi nências (imperativas médias), diferindo somente em que, em lugar da vogal de ligação destas, ocorre naquelas o infixo tem poral típico do 1e aor. Logo, conhecida a flexão do pres. mp. Imper., obtém-se a deste 1e aor. méd. Imper. com simplesmente substituir-se a vogal de ligação elo pela sílaba a ã ajustado o final da 2- p. s., por isso que a terminação eao original, ov atual, do pres. mp. Imper. cede lugar à especial aoti, desta pessoa, nesta flexão. 6. Sentido e tradução - Diferem estas inflexões médias das paralelas ativas apenas em matéria de voz e ênfase respectiva. Aktionsart, expressão e sen tido são os mesmos em ambos os tempos; - A oristo, qual o futuro, é tem po de Aktionsart inextensa, não durativa, punctiliar, a frisar o evento em s i, o simples fato, não seu processo de atualização (pres. e ímpf.), nem os efeitos ou resulta dos continuativos (perf., m qpf. e fut. pf.); - Voz média, apresenta-se a ação como praticada pelo sujeito, agindo sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo que lhe é do interesse, ou de vantagem, ou que o afeta, ou lhe diz respeito de maneira particular (média indireta), a ênfase a incidir no sujeito e seu direto envolvimento na ação; - Im perativo, modo a que falece, como no Subj., no Opt. e no Inf., explícita noção tem poral, quando se dá o fato, não expressam estas formas, inda que aoristas, eventuação necessariamente pre
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térita. Pode-se ele situar no passado, no presente ou no futuro, se gundo o requeira o imediato contexto. Normativamente, não se projeta a injunção imperativa à perspectiva do passado; - Expressão típica do Imper., revestem-se estas formas de teor injuntivo, jussivo, preceptivo, a assumir o cunho de ordem, determinação, mandado; - Não há formas vernáculas que traduzam distintivamente as inflexões deste 19 aor. méd. Imper., mesmo porque não há no português a voz média. Por isso, têm -se elas de traduzir pelas fo r mas do pres. at. Imper., subentendidos o teor específico de punctiliaridade, a ênfase ao sujeito e a situação temporal; - De lembrar-se é que a mesma form a de tradução se dá a quatro das cinco flexões imperativas estudadas já, excluída a do pres. pass. Imper., a saber: - pres. at. Imper.: m o re u — e, - pres. mp. Imper.: m o r e tí — ou, - 19 aor. at. Imper.: m o re u — oov, - 19 aor. méd. Imper.: 'ttÉotcv — o m , todas representadas, nesta forma base, pela forma do nosso pres. at. Imper. crê; - Logo, é o 19 aor. méd. Imper.: - tem po de ação punctiliar (aor.), -p ra tica d a pelo sujeito, agindo sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona de perto (voz média), - sem explícita noção de quando se dá (Imper.), - em forma de ordem ou preceito, injuncional (Imper.), - aplicável ao presente ou ao futuro, não propriamente ao passado (contexto), - enfocado o evento em si, não dimensionado, à parte o pro cesso de ocorrência e os efeitos continuativos (aor.), - a ênfase posta no sujeito, não no fato específico, nem em sua expressão resultativa (voz média), - a traduzir-se pelo nosso pres. at. Imper., subentendidas a punctiliaridade da Aktionsart e a ênfase específica.
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7. Aplicação paradigmática - De conformidade com este paradigma de móTeúío - crer se conjuga o 19 aor. méd. Imper. dos outros verbos em que ocorre esta modalidade verbal, bastando substituir-se a raiz m aTeu pela correspondente do verbo a flexionar-se, estampada na terceira das partes principais; - Os demais elementos: infixo temporal (a&), desinências (im perativas médias), alteração da 2- p. s. (a a i em lugar de a á + ao) e acentuação (recessiva) são os mesmos em todos; - Nos verbos em que a letra final do tema é muda (labial: ir, £,
das partes principais; - Nos verbos em que se finaliza o tema por vogal breve (á, e, o), ou consoante muda (labial: ir, |3,
- crer
4. Observações morfológicas - A forma regular deste 19 aor. at. Inf. seria TrioTeú — crá —ev ou m o re ó — o a — v a i, ou, mantida a acentuação posicionai; m o re u —a à — ev ou m a T ev — a à — v a i. A form a atual, porém, é divergente em estrutura e final; - Coincide esta form a infinitiva, exceto em matéria de acen 775
tuação, com as da 3- p. s. do 19 aor. at. Opt. (iru rre ú — o m ) e da 2p. s. do 19 aor. méd. Imper. (TTWTTeu — o m ); - Tem esta inflexão infinitiva da matriz, 19 aor. at. Ind., apenas a raiz, não, contudo, o infixo tem poral oÓt, em sua form a regular, alterado, diversificado, im plícito, porém, que o é. 5. Acentuação - Das onze formas infinitivas que integram o quadro total de flexões de um verbo, não incluídas as do 2- aor., é esta uma das quatro cuja acentuação não é recessiva, devendo-se tom ar como posicionai, acentuadas sempre na penúltima; - Uma vez que o ditongo final m desta form a, assim como em todas que tenham este final, excetuadas as inflexões do Opt., é ha vido por breve para fins de acentuação, será agudo o acento, se a penúltima, acentuada, tiver vogal breve, será circunflexo, se lhe fôr a vogal longa ou contiver ditongo; - Destarte, neste 19 aor. at. Inf., como contém a penúltima o ditongo eu, sobre o qual se põe o acento, será circunflexo: m cr— reucrat, form a properispômena; - Daí, mercê da prosódia, distinguem-se estas três inflexões homógrafas de 'irurTeixo: - TTUjTeú - a a - i (paroxítona): 3- p. s. 19 aor. at. Opt.; - m c r r e v — o m (proparoxítona): 2- p. s. 19 aor. méd. Imper.; - m o r e u — o m (properispômena): 19 aor. at. Inf.; - No caso de verbos em que seja breve o final do tema o acento desta form a infinitiva do 19 aor. at. terá de ser agudo (já que não há circunflexo sobre vogal breve). Daí, de KaXéío - cha m a r-, raiz deste sistema KaXe, a form a terá de ser: KaXe — o m (paroxí tona), em vez de «aXé — o m (properispômena, como em m o rc u — o m ); - Quando a raiz fô r monossilábica, dissilábicas terão de ser estas formas, donde acentuadas todas na penúltima (não havendo antepenúltima). Se longa a raiz, será agudo o acento na form a op tativa, circunflexo na imperativa e na infinitiva; 776
- Assim de ctcúÇco - salvar - , raiz atual ct
ênfase dada ao fato em sua especificidade, em distinção de outros eventos, não ao sujeito e seu envolvimento (voz média), nem ao fato em sua expressão resultativa (voz passiva); - Infinitivo, modo que, à semelhança do Sübj., do Opt. e do lm per., carece de conotação tem poral explícita, não expressa esta forma o QUANDO, mas apenas o COMO o fato se dá. Logo, em bora aorista, não refere o acontecimento como necessariamente pretérito. Pode situar-se no passado, na atualidade ou no porvir. Do imediato contexto auferir-se-á a noção de quando se realiza a ação; - Modo complementar, de cunho substantivo, não expressam as formas infinitivas o fato em termos incisivos, tersos ou categóricos (Ind.), ou em moldes probabilistas ou potenciais (Subj.), nem con dicionais ou hipotéticos (Opt.), nem jussivos ou perceptivos (lm per.), nem qualificantes ou atribucionais (Ptc.), mas em teor pura mente nominal, estático, substantivo; - Não dispõe o português de form a explícita por que traduzirse este 19 aor. at. Inf. Terá, pois, de representar-se pelo pres. at. Inf., subentendida a especificidade punctiliar da form a e abstraída a noção presentânea da temporalidade; - É de lembrar-se que, estudadas, CINCO inflexões infinitivas há a traduzir-se pela mesma form a em português: crer. - São elas: - pres. at. Inf.: m o re u — €ivf - pres. méd. Inf.: m o r e i — € — a0cu, - fut. at. Inf.: m o r e tf — or — eiv, - fut. méd. Inf.: Trurretí — ct — c — oôca, - 19 aor. at. Inf.: m o T e v — orai; - Isto posto, dir-se-á que é o 19 aor. at. Inf.: - tem po de ação punctiliar (aor.), -p ra tica d a pelo sujeito (voz ativa), - sem expressa noção de quando se dá (Inf.), - em teor substantivo (Inf.), - não necessariamente pretérita, projetável ao presente e ao 778
futuro (contexto), - enfocado o fato em s i, não dimensional, à parte o processo de atualização e os efeitos continuativos (aor.), - a ênfase posta no fato em s i, não no sujeito ou na feição resultacionaí; - a traduzir-se pelo nosso Inf. pres. at., subentendidas a punetiliaridade específica, a intemporaiidade implícita e a ênfase distinti va. 8. Aplicação paradigmática - Forma-se o 19 aor. at. Inf. de outros verbos à base deste paradigma de 'irurrexxi), suficiente sendo apenas substituir-se a raiz m o re u pela correspondente do verbo a flexionar-se, vista na tercei ra das partes principais; - A terminação será em todos o m , exceto que nos verbos em que é o tema finalizado por líquida se reduz ao ditongo, logo, ape nas a i, o acento sempre a cair na penúltima, que, se longa, terá cir cunflexo, se breve, agudo: - Nos verbos em que a letra final do tema é muda (labial: ir , 3,
2.11 - 1ÇAoristo Médio do Infinitivo 1. Estrutura - Fugindo ao padrão norm ativo, exibe o 19 aor. at. Inf. apenas dois elementos estruturais: a raiz, regular, e a terminação, especial. O 19 aor. méd. Inf., entretanto, retorna à estruturação ordinária, constando-íhe a sequência de: RAIZ + INFIXO TEMPORAL + DESINÊNCIA 779
2. Formação a. Raiz - Porção que precede ao final aa oO a i da form a, é a raiz neste 19 aor. méd. Inf., como em todas as flexões deste sistema, a da matriz: 19 aor. at. Ind., na maioria dos verbos a mesma do pre sente; - Esta raiz se apresenta, regularmente, na terceira das par tes principais do verbo; - Nos verbos em que se finda o tema por vogal breve (d, e, o), ou consoante muda (labial: ar, 3, 9; gutural: k , 7, x; lingual: t , ô, 6) ou líquida (X, |x, v, p) sofre a raiz alterações que adiante se referem; - Em todos os modos verbais, exceção feita do Ptc., tem sempre a form a da voz média o mesmo radical da ativa correlata, em se tratando dos tempos pres., impf., fut. e aor. Daí, neste 19 aor. méd. Inf. a raiz é a mesma do 19 aor. at. Inf.; b. infixo Temporal - O infixo tem poral, elemento distintivo por excelência das inflexões de 19 aor. é nesta form a infinitiva o mesmo da matriz, 19 aor. at. In d „ a sílaba o d , no Subj. reduzida à sibilante, no Imper. (2p. s. at. e méd.) e no Inf. (at.) em form a substitutiva alterada; - Tem, pois, este 19 aor. méd. Inf. dois dos elementos fo r mativos, raiz (m o re v ) e infixo tem poral (ad), em comum com a matriz, 19 aor. at. Ind., de que os deriva; - Nos verbos em que termina a raiz por líquida (X, p , v, p), embora tecnicamente o normativo, reduz-se este infixo nesta forma infinitiva à parte vocálica, isto é, ao d; - Nos verbos em que a raiz term ina em labial (ir, (5, 9) ou gutural (k , 7, x) associa-se a muda à sibilante infixai, como se verá; - Voz média, a ação se representa como praticada pelo sujeito, c. Desinência - A desinência é a característica dos infinitivos médios e 780
passivos, excetuado o aor. pass., isto é, o sufixo crOow, aplicado ao pres. mp. e ao fut. méd. Inf., já estudados; - O ditongo final a i é neste infinitivo, como no paralelo ati vo e na 2- p. s. do 19 aor. méd. Imper., e assim nos substantivos da 1 - declinação, ao contrário da 35 p. s. do 19 aor. at. Opt., havido por breve para fins prosódicos; 3. Forma - A form a do 19 aor. méd. Inf. de m oreúco - c re r - , raiz neste, como nos demais sistemas, m o re u , é: TEMA IT DESINÊNCIA -c re r m o re v ! a ã CT0oa
4. Observações morfológicas - Ao contrário da forma ativa, tem esta inflexão da voz média deste 19 aor. Inf. estrutura e formação inteiramente regulares; - Da matriz tem esta form a os dois elementos básicos do sis tema: raiz (m o re v ) e infixo tem poral (oõt), e dos demais infinitivos médios a desinência característica (o0a i); - Nos verbos em que é a mesma a raiz nos dois sistemas, d i fere este 19 aor. méd. Inf. do fut. méd. Inf., paralelo, apenas em que, em lugar da vogal a do infixo aoristo, tem o futuro a vogal de ligação e. - Logo, - 19 aor. méd. Inf. - m o re u — crâ — cr0ai, - fut. méd. Inf. - m o re u — cr — e — a 0at; - Note-se que estas duas formas infinitivas, ao contrário da paralela m oret» — e — o0oa, prcs. mp. Inf., são apenas médias, não passivas. Nestes dois sistemas, aoristo e futuro, são sempre distintas das passivas as inflexões médias, idênticas nas flexões do pres., do impf., do perf., do mqpf. e do fut. pf.; 5. Acentuação - É esta form a de 19 aor. méd. Inf., ao lado do pres. at. e mp. 781
Inf., fut. at., méd. e pass. Inf. e fut. pf. mp. Inf., uma das sete em que se pode tom ar como recessiva a acentuação, a distar da última tanto quanto o facultam as leis prosódicas; - Como nesta form a é havido por breve, para fins de acentua ção, o ditongo terminal cu, recede o acento até a antepenúltima, a incidir sobre a última sílaba do tema, o ditongo eu; - É agudo, proparoxítona a form a. 6. Relação - Tem este 19 aor. méd. Inf. da matriz, 19 aor. at. Ind., a raiz (TTUTTev) e o infixo temporal (aã). Logo, à base da 1? p. s. da ma triz, form a que se espelha na terceira das partes principais (è — m a re u — aã ), obtém-se este infinitivo eliminando-se o aumento e aduzindo-se-lhe a desinência o 6m . O acento recuará para sobre o ditongo eu, antepenúltima agora, com o acréscimo desinencial; - Em todos os modos, menos o Ptc., normalm ente difere a form a da voz média no pres., no impf., no fut. e no aor. da ativa paralela apenas no tocante à desinência, comuns os demais ele mentos estruturais. Logo, conhecida a form a ativa, para conseguirse a média correspondente suficiente será trocar-se somente a de sinência, feitos leves ajustes. Verdade é que este princípio não se aplica no caso do 19 aor. Imper., porquanto só o tema lhes é co mum, diferente o final todo (aov, ativo; o m , médio), nem quanto ao 19 aor. Inf., uma vez que a estrutura das duas formas não é si milar. Todavia, conhecida a form a ativa deste 19 aor. Inf., conse gue-se a média, com substituir-se o final o m pelo binôm io a ã + a 0ca; - Nos verbos em que é a mesma a raiz em ambos os sistemas, difere a form a do 19 aor. méd. Inf. (m orreu — a ã — a0ca) da corg respondente do fut. méd. Inf. (m a re u — a — e — a0oa) apenas quanto à vogal que precede à desinência, d naquele, e neste. Logo, em tais verbos, dada a form a do fut. méd. Inf., obtém-se a do 19 aor. méd. Inf. mudando-se para ã a vogal e da penúltima. A acen tuação é a mesma; 782
- De igual modo, quanto tem o 12 aor. o mesmo tema do pres., diferem as formas do Inf. méd. apenas em que no I 9 aor. (irurTeií — ora — cr0a i) ocorre o infixo temporal a à em lugar da vogal de ligação e do pres. (m o re u — e — cr0ai). Portanto, à base do pres. mp. Inf., obtém-se o 1? aor. méd. Inf. com simplesmente substituir-se a vogal e que antecede à desinência pela sílaba c á . A acentuação permanece imutada: sobre o eu final do tema, agudo o acento, proparoxítonas as formas. 7. Sentido e tradução - Tem esta form a infinitiva média em comum com a ativa pa ralela Aktionsart, sentido e expressão, diferentes a voz e a ênfase respectiva; - A oristo, à semelhança das flexões do futuro, é este infinitivo tem po de Aktionsart indefinida, inextensa, não durativa, punctiliar, a acentuar o fato em s i, o evento como tal, não dimensionado, não o processo linear (pres. e impf.) ou os efeitos e consequências da ação (perf., mqpf., fut. pf.); - Voz média, a ação se representa como praticada pelo sujeito, a agir sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo que, por serlhe de interesse, vantagem ou afim o afeta de modo particular (mé dia indireta), donde projetar-se a ênfase sobre o sujeito e seu en volvim ento, não sobre o fato específico (voz ativa) ou sua expressão resultativa (voz passiva); - Infinitivo, modo que, ao lafo do Subj., do Opt. e do Imper. apenas expressa a Aktionsart, como se processa o fato, não quando se dá ele, não exprime este 1? aor. méd. evento necessariamente pretérito, podendo ser atual ou pervindouro, segundo o evidencie ou requeira o imediato contexto; - Modo complementar, de cunho substantivo, a expressão se reveste de molde estático, nominal, enunciativo, não incisivo ou categórico (Ind.), nem injuncional ou perceptivo (Imper.), nem po tencial (Subj.) ou hipotético (Opt.), nem ainda qualificativo ou a tri butivo (Ptc.);
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- Não dispõe o português de formas específicas de voz média, nem explícitas de aor. Inf. Logo, ter-se-á de traduzir este 19 aor. méd. Inf. pela form a do pres. at. Inf., subentendidos a punctiliaridade da ação e o enfoque e ênfase próprios da voz, abstraída, ade mais, a noção tem poral, alheia que é a este modo; - Destarte, é esta a sexta form a infinitiva estudada a traduzirse pelo nosso Inf. pres. at., isto é, crer. - São elas: - pres. at. Inf. (iru rre ó — eiv), - pres. méd. Inf. (m o re v — e —
verbo a flexionar-se, conform e se mostra na terceira das partes principais; - O infixo temporal (crá), a desinência infinitiva média (o-0a i) e a acentuação (recessiva, proparoxítona a form a), são os mesmos em todos, exceto que nos verbos em que é o tema finalizado por lí quida (X, (x, v, p) o infixo se reduz à vogal a, om itida a sibilante, ou por labial (tt, P, cp) ou gutural (k , 7 , x) dá-se a fusão da muda com a sibilante do infixo, ou por lingual (t , 5 ,6) perde a raiz esta muda.
2.12 - 1sA oristo A tivo do Particípio 1. Estrutura - Consta a seqCiência estrutural do ptc. 19 aor. at. dos seguin tes elementos: RAIZ + INFIXO TEMPORAL + INFIXO MODAL + DESI NÊNCIAS 2. Formação a. Raiz - Porção que precede ao final craç, o-acra, o a v de forma base, nom. sing., é a raiz neste 19 aor. at. Ptc. a mesma da matriz, 19 aor. at. In d „ de que a deriva, como o fazem as demais flexões do sistema; - Na maioria dos verbos é esta raiz, que se estampa sempre na terceira das partes principais, a mesma do presente; - Permanece esta raiz invariada, imutada, sempre a mesma em toda a flexão, nos três ‘gêneros, em todas as formas, sem exce ção; - Nos verbos, porém, em que é o tema finalizado por vogal breve (&, €, o), ou consoante muda (labial: tt, P,
b. Infixo Temporal - Característico principal das formas do 1 - aor., embora re duzido no Subj. e modificado na 2- p. s. do 19 aor. at. e méd. Imper. e no 19 aor. at. Inf., é o infixo temporal neste 19 aor. at. Ptc. o mes mo da matriz, de que o deriva este ptc., isto é, a sílaba
fut.; perf.), além do aor. pass., três linhas de flexão, uma para cada gênero, nos moldes desinenciais dos adjetivos consonantais trifo rmes; - Processa-se a flexão do m asculino de conformidade com os nomes linguais masculinos da 3§ declinação; a do feminino segundo os substantivos fem ininos da 3- classe, radical não fin a li zado por e, i, p, da 1- declinação, inserida a vogal auxiliar i entre o infixo e a desinência, e o neutro em termos dos nomes linguais neutros da 3- declinação; - São, pois, as desinências e terminações neste 19 aor. at. Ptc. as mesmas, em paralelo, dos dois ptcs. ativos já estudados, pres. e fut., menos em relação ao nom. e voc. sing. masc., que, neste 19 aor., recebe a desinência «5, caindo o grupo vt , enquanto no pres. e no fut. não há desinência explícita, caindo apenas a lingual; - Daí, enquanto seguem os ptcs. pres. e fut. ats. a exata flexão do adjetivo €K(dv, eKoíxrà, I kov, este 1e aor. at. ptc. é para lelo em flexão ao indefinido irá s , Trâcrà, -irav, aduzida a forma yocativa, igual em tudo à nominativa, e feitos os devidos ajustes pro sódicos e quantitativos;
(2) Observações (a) Quanto ao m asculino, como de regra nas flex masculinas ou femininas da 3- declinação, há a considerar-se os cinco dos casos passíveis de oferecerem problemas. Assim é que: - Nom. sing.: recebe a desinência ç, caindo, por isso, a lingual t e a líquida-nasal v, que a precedem, alongando-se, em compensação, a vogal á do infixo tem poral, que se torna ã; - Graficamente: a à + vt + ç -*■ a à + v + ç —► a à + ç —► a ã + ç; -A c u s . sing.: recebe a desinência á (em vez de v); - Voc. sing.: como em todos os ptcs. ativos (e o aor. pass.) é igual em form a ao nom. sing.; - Dat. p i: sofre a mesma alteração do nom. sing., isto é 787
queda do grupo vt ante a sibilante desinencial, alongando-se, em consequência, a vogal á do infixo tem poral. - Graficamente: aã + vt + aí —► aã + v + ai —*
aà + ai —*• aã + at; -A c u s . p l.: a desinência é á ç (em lugar de vç); (b) Quanto ao fem inino: - Registra-se uma e a mesma alteração em todas as formas, paralela à verificada no dat. pl. masc. (e também do neu tro), por isso que, convertida em s a vogal auxiliar i anteposta às desinências, caem a lingual e a dental do infixo modal vt, alongan do-se, compensatoriamente, a vogal a do infixo tem poral a à , m u dada em ã. - Graficamente: a ã + vt + íà —♦ a à + vt + a à —► a ã + v + a à - * a ã + a ã —► a à + a ã ; - Logo, distingue-se o fem inino do 19 aor. at. Ptc. pelo final a ã a à e suas variações flexionais, final esse que no pres. at. Ptc. é o w à , no fut. at. Ptc. aauaá; - Note-se que, à semelhança do que se dá nos ptcs. pres. e fut. ats., nestas formas femininas já não subsiste explícito o infixo modal vt, elemento distintivo por excelência dos ptcs. ati vos (e do aor. pass., de igual modo); (c) Quanto ao neutro: - Desinenciadas nos moldes da 3 - declinação, aproxi mam-se as inflexões do neutro das correspondentes do masculino, coincidindo inteiramente em form a em nove (gen. e dat. sing., o dual todo, mais gen. e dat. pl.) dos quinze casos; - Exibem variações, apenas:
- Nom., acus. e voc. sing.: estas três inflexões, sempre idênticas em form a, não têm desinência específica, donde cair o t final do infixo modal vt, já que não term inam form as gregas por essa muda. A vogal ã do infixo tem poral a à , a preceder ao v final, tal como se viu quanto à vogal o de ligação no ptc. pres. e fut. ati vos, não se alonga, ao contrário do que se dá no masculino. - Graficamente: a à + vt —*• a ã + v; 788
- Dat. p/„: exibe a mesma variação verificada já neste ca so na flexão do masculino: queda do grupo vt ante a sibilante desinencial, alongamento compensatório da vogal á do infixo temporal aá, a precedê-lo, que se torna ã .
3. Flexão a. Formas - De moreíkú - crer - , raiz neste, assim como nos demais sistemas, Trurrev, a flexão do 19 aor. at. Ptc., cuja form a de nom. sing. seria originalm ente 'irurreu — aá — vt — ç, mareu — aà — vt — tá, -iriOTev — aa — vt , reduzida, na expressão atual, respec tivamente, a 'nuJTev — aã — ç, — aã — aa, iTurTev — aã
— v, é:
MASCULINO
NS. GS. DS. AS. VS.
ND. GD. DD. AD. VD.
TEMA IT [irtaTev a a TTtarev aa TTtaTcóaa maTeu a a
IM
['ÍTtOTeíj cra
VT VT VT VT VT
TEMA
IM
v
TTWJTeV TuaTev TTLOT61) Trtareú Trurreu
IT aa 4 aa aa aa O aa V
o
VT VT VT VT VT
DES. s] — maTeú oç
aã
s
ç] — TTlOTeU a ã
<5
u
i
á
DES. €
otv otv e €
—
789
NP. GP. DP. AP. VP.
TEMA IT m oreu a ã -moreu a á [m oreu crd V morei!)
IM "D E 3T----------------------------VT €
NS. GS. DS. AS. VS.
FEMININO NEUTP 0 TEMA IT IM IT DES, TEMA m o re ú o ã a ã [-maTeu a ã V T m o re u a ã OT|Ç m o re ú a à V T m o re u a ã OIQ -m oreu a ã V T m oreiS a ã a ã v [-maTeu o a V T -m areó a ã a á [m aTeú a ã V T
ND. GD. DD. AD. VD.
TEMA m o re u m o re u m o re u m o re u m o re u
IT aã aá aa aã aã
DES. TEMA a ã m a re u a a tv m a re u a a iv m a re u a ã m a re u a a irta re u
NP. GP. DP. AP. VP.
TEMA m o r e ií m o re u -m oreu m o re u m o re ú
IT aã aã aã aã aã
DES. TEMA IT IM a a i m a re u a ã V T aw v -maTeu adf V T a a is [-m oreú a a V T a ã ç -m oreú a a V T f V a a t -m ä re t cra V T
V
IT IM a a VT a a VT a á VT a á VT a ã VT lo
i/
DES. —] — -moTeí) o<5 i —] — m aTeu —] — -maTeu
aá
v
aá aá
v v
DES. e O lV
o iv e e DES. 0 a G)V
a í ] — m a re ú a a
aã
áí
w
b. Observações m orfológicas - Dos elementos estruturais, o tema (m o re u ) é o único c manter-se inalterado em todas as formas, através de toda a flexão O infixo tem poral tra sofre alongamento da vogal em todo o fem i nino, além do nom. e voc. sing. masc. e do dat. pl. masc. e neutro 790
casos esses, todos, em que também se suprime o infixo modal vt, que, ademais, perde a lingual t , final, nas inflexões do nom., acus. e voc. sing. As desinências variarão conform e os diferentes casos o exigem; - Coincide inteiramente em form a a inflexão do gen. pl. masc. e neutro, -n-urreu — a a — vt — cov, com a 3- p. pl. clássica do I 4 *9 aor. at. Imper., a despeito da diferença de estrutura; - As formas femininas diferem assinaladamente das mas culinas e das neutras, m orm ente em que não exibem explícito o in fixo modal vt, característico distintivo das flexões participiais ativas (e do aor. pass., ademais), e em que seguem outro padrão declinacional; - As formas do masculino e do neutro, porém, porquanto obedecem ao mesmo padrão flexionai, coincidem de todo em nove das quinze inflexões, a saber: gen. e dat. sing., o dual todo, mais gen. e dat. pl. Verifica-se diferença, portanto, apenas em seis casos: nom., acus. e voc. sing. e pl.; - No fem inino, enquanto os outros casos do singular têm desinência em a, o gen. e o dat. a têm em ti, já que não se finda o tema por e, i, p; - Da matriz, 19 aor. at. Ind., tem este 19 aor. at. ptc. os dois elementos típicos dos tempos do sistema: raiz (m o re v ) e infixo temporal (oá), enquanto dos demais ptcs. ativos (e do aor. pass. também) tem o infixo modal VT,a dos adjetivos consonantais triformes, em geral, as desinências, as mesmas, aliás, com ligeiras diferenças, dos outros ptcs. ativos. 4 .Acentuação - Ao contrário dos tempos dos modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), não têm as flexões participiais ativas, assim como as formas infinitivas em tese, acentuação necessariamente recessiva, preferível sendo havê-la como posicionai; - Assim, neste 19 aor. at. Ptc., está o acento na penúltima da form a base, nom. sing., no masculino (Trwrreú — a ã — s) e no 791
neutro (m o re u — crá — v), na antepenúltima no fem inino (m o re ú — a ã — a ã ). Nesta sílaba da base tende o acento a permanecer nas demais inflexões, conform e o permitam as leis prosódícas; - Destarte, no masculino e no neutro conserva-se o acento sobre o ditongo eu final do tema, como na form a base, em DOZE das inflexões, apenas em três (gen. e dat. dual: iru r rc v — a a — v r — o iv e gen. pl.: m a re v — a a — v r —
perispômeno este caso em todos os ptcs. ativos (e, assim, no aor. pass.); - A form a original do nom. e voc. sing. masc. ('irurrev — a à — vt — <5) seria acentuada com circunflexo, posto sobre o ditongo eu, final do tema. Nos verbos, porém, em que é breve esta sílaba, será agudo, naturalmente, paroxítona a form a, ao invés de properispômena, como em m orevo); - Resumindo, vê-se que, das form as atuais, são: - proparoxítonas: 24 inflexões, a saber: - MASCULINAS: 10 (gen., dat. e acus. sing.; nom., acus. e voc. dual; nom., dat., acus. e voc. pl.); - FEMININAS: 5 (nom., acus. e voc. sing.; nom. e voc. pl.); e - NEUTRAS: 9 (gen. e dat. sing.; nom., acus. e voc. dual; nom., dat., acus. e voc. pl.); - paroxftonas: 17 formas, a saber: - MASCULINAS: 5 (nom. e voc. sing.; gen. dat. dual; gen. pl.); - FEMININAS: 9 (gen. e dat. sing., o dual todo; dat. e acus. pl.); e - NEUTRAS: 3 (gen. e dat. dual; gen. pl.); - properispômenas: 3 (nom., acus. e voc. sing. neutro. Também nom. e voc. sing. masc. originais. Se o tema se finalizar por vogal breve, serão paroxítonas estas formas); - períspômena: 1 (gen. pl. fem.); - E a acentuação deste 19 aor. at. ptc. sim ilar, em paralelo, à do pres. e fut. ats. ptcs. Destarte, acentua-se em moldes idênticos a flexão destes três ptcs. já estudados: - m crrei) — co — v, Trurreú — ou — era, Trurreu — o — v (pres. at. ptc.), - TTUTT€lJ — O ~ 0) - V, mOTCÒ — O — OU —
5. Relação - Relaciona-se este 19 aor. at. ptc., do ponto de vista da es trutura e da formação, em parte com o 1? aor. at. Ind., em parte, dos já estudados, com os ptcs. ats. pres. e fut., podendo-se tomar-lhes como híbrido; - Do 19 aor. at. Ind., matriz do sistema, tem este 19 aor. at. Ptc. dois dos elementos: tema (irurreu) e infixo tem poral (oct), aquele invariável, o mesmo em todas as inflexões, este a sofrer alterações em vários casos; - Dos ptcs. ats. estudados, pres. e fut., tem este 19 aor. at. ptc. os outros dois elementos: infixo modal (v t ) e desinências (consonantais triform es), ambos a sofrerem variações, umas comuns a to dos esses ptcs., outras peculiares a este; - Portanto, partindo-se da matriz, cuja form a base (19 p. s.) se espelha na terceira das partes principais, para obterem-se as infle xões deste ptc. suficiente será elim inar-se o aumento (privativo do Ind.) e substituírem-se as desinências secundárias ativas pelo bi nômio infixo modal vt e desinências consonantais triform es, nos termos próprios deste ptc.; - Por outro lado, à base das form as do ptc. pres. at., obtêm-se as equivalentes deste 19 aor. at. ptc. substituindo-se o tema e vogal de ligação pelo binôm io raiz do 19 aor. e o infixo temporal o á , ajustados os casos em que há ligeira diferença (nom. e voc. sing. masc.). Se a raiz fôr a mesma nos dois sistemas, suficiente será apenas trocar-se a vogal de ligação ôm icron pelo infixo tem poral o a , feitos os ajustes desinenciais necessários; - Partindo-se do fut. at. ptc., obtêm-se as form as deste 19 aor. at. ptc., com substituírem-se o tema, o infixo tem poral ç e a vogal de ligação o pelo binôm io raiz do 19 aor. e infixo tem poral ox&, ajustados os finais onde requerido (nom. e voc. sing. masc.). Se a raiz fôr a mesma em ambos os sistemas, na realidade a operação se reduz a substituir-se a vogal de ligação o por d (breve, em geral, alongada em certas formas), ajustado o final do nom. e voc. sing. masc.; 794
- Como seguem os ptcs. pres. at. (m o re ú — g> — v, irurTeú — ou — crà, TruTTet) — o — v) e fut. at. (m o re ú — cr — co — v, nurT eii — a — ou — ora, m crreu — cr — o — v) a flexão do adjetivo €K(úv, ekotxra, I kov, assim, em linhas gerais, é a flexão deste 19 aor. at. ptc. (m o re u — o ã —
sempre polarizado para com o tem po do verbo principal ou d o m i nante; - Destarte, expressam as inflexões deste 19 aor. at. ptc. ação anterior à do verbo de que é dependente, logo, não necessariamente pretérita, podendo ser presente e até mesmo futura, na acepção ab soluta; - Não dispõe o português de forma sintética, explícita ou es pecífica em termos de que traduzir-se este 19 aor. at. ptc. Usa-se, pois, de expressão perifrástica ou de cláusula relativa, que lhe m ar quem a função adjetiva ou adverbial e lhe assinalem a noção de anterioridade relacional; - Em sua tríplice função sintática, traduzem-se as formas deste, como dos demais particípios, ora como gerúndio ou adjunto circunstancial, ora como particípio ou cláusula relativa, ora como substantivo ou correspondente virtual; - Do exposto, vê-se que é o 19 aor. at. ptc.: - tem po de ação punctiliar (aor.), - praticada pelo sujeito (voz ativa), - ressaltado o fato em sua especificidade, não o sujeito e seu envolvimento ou a ação em sua expressão resultativa (voz ativa), -p re té rita ou anterior em relação ao verbo principal (aor.), - em teor adjetivo (ptc.), - enfocado o evento em si, não seu processo dimensional, nem seus efeitos continuativos (aor.), - a traduzir-se perifrasticamente ou na form a de cláusula rela tiva, - em função substantiva, adjetiva ou adverbial; - Logo, m o re u — crã — <5, m arei» — crà — a á , m o re i) — a à — v, em função verbal, se traduz gerundialmente, em form a peri frástica, invariável, quaisquer que lhe sejam as inflexões de gênero, número, caso e pessoa, ou, adverbialmente, como cláusula cir cunstancial de modo, causa, tempo, ou que tal, conform e o im po nha o contexto, em teor punctiliar e em perspectiva de anteriorida de; 796
-D a í: - tendo crido, havendo crido, - porque creu, depois que creu, visto que creu, è assim por diante; - Em função adjetiva, a qualificar a substantivo claro ou im plí cito, variável em atenção a gênero, número e caso, equivalerá, punctiliarm ente, a: - que creu ; - Em função substantiva, já que não há term o próprio desta acepção, ter-se-á de traduzir em moldes adjetivos, isto é, na forma de cláusula relativa ou, então, usar-se o substantivo crente, suben tendidas a punctiliaridade e a anterioridade características do tem po. 7. Aplicação paradigmática - Consoante este paradigma de m oreuo) se declina o 19 aor. at. ptc. dos demais verbos regulares, requerendo-se apenas a subs tituição do tema m o re u pelo correspondente do verbo a flexionarse, conforme se patenteia na terceira das partes principais; - O infixo temporal a à , o infixo modal v r, as desinências, consonantais triform es, as variações de casos e a acentuação (posicio nai) são idênticos em todos, com ligeiras alterações a registrar-se; - Assim, nos verbos em que o tema é finalizado por líquida (X, |x, v, p) o infixo temporal cr<£ se reduz à vogal, supressa a sibi lante, e nos verbos em que é labial (tt, 3 ,
— v e o ra — ç, o ra —era, erra — v. 2.13 - 19Aoristo Médio do Particípio
1. Estrutura - Tem o 19 aor, méd. ptc. a mesma estrutura geral do I 9 aor. at. ptc., embora diferentes certos elementos, constando, pois, de: RAIZ + INFIXO TEMPORAL + INFIXO MODAL + DESI NÊNCIAS 2. Formação a. Raiz - Porção que antecede ao final aot(xevo<», ooiixevq, a á fie — vov da form a base, nom. sing., é a raiz neste 19 aor. méd. ptc. a mesma da matriz, 19 aor. at. Ind., de que a deriva, como, aliás, o fa zem, as demais flexões do sistema; - Na maioria dos verbos é esta raiz, expressa sempre pela terceira das partes principais, a mesma do presente; - Permanece esta raiz invariável, a mesma em todas as in flexões, exceto nos verbos em que se finaliza o tema em vogal bre ve (à, e, o), ou muda (labial: tt, (3,
798
- Tem, portanto, este 19 aor. méd. ptc. dois elementos estruturantes oriundos da matriz, 19 aor. at. Ind.: a raiz (-jrtorev) e o infixo temporal tra; - Nos verbos em que se finda o tema por líquida (X, p,, v, p), embora tecnicamente o norm ativo, reduz-se este infixo à expressão vocálica, om itida a sibilante; - Também, nos verbos em que termina a raiz por labial (ir, p,
- 0 neutro flexiona-se em termos dos nomes neutros da 2declinação, segundo Ip^yov, ou, to'; - Em resumo, paralela é a flexão deste 1- aoristo at. ptc. à do adjetivo padrão dos vocálicos triform es de radical não finalizado em €, i, p, isto é, oryctOoç, ij, ov, mesmas as desinências em todos os casos, a diferirem somente o tema e a acentuação; e. Variações - Ao contrário dos ptcs. ativos (e do aor. pass. ptc.), que exibem pronunciadas alterações a afetarem desinências, infixo m o dal e mesmo vogal de ligação de certos casos é inflexões, não ex perimentam as formas deste ptc., como, aliás, as dos demais mé dios e passivos (menos o aor. pass. ptc.), qualquer variação, regu lares e constantes os elementos estruturais (tema, infixo temporal, infixo modal) todos, normativas as desinências, em função de cada caso específico.
3. Flexão a. Formas - De m oreuíú - crer - , cuja raiz é neste, como nos demais sistemas, Trurrei), as formas deste 19 aor. méd. ptc., são:
NS. GS. DS. AS. VS.
800
MASCULINÍD FE MIN INO N EUTRO TEMA IT IM DES TEMA IT IM DES TEMA IT, IM DES U m o re v o à |xev os TTlOTei) a a [xev TI TTlOTei) a a |xev ov 'TrioTev ã a |xev 01) ir u rre i) a a qs TTlOTei) o á |A€V 01) u Trurrei) o d |xe'v ú) ir u rre i) o a [ i e v Tí m o re i) o à |X€V 9 Trurrei) a a (xev ov TTlOTei) o a |xev T]V m oTei) o à p,ev ov V TTlOTei) o á p,ev ov m o re v o<$ fie v e m oTei) o a fxev q
IM DES
TEMA IT ND. maTeu a à GD. maTeu aa DD. TTlCTTeU aa v AD. -moreu a a VD. TTUTT6D a a
IM DES TEMA IT |JL€V (ú maTeu a ã pév O lV mareu a ã jxev O lV mareu a a f í d v 0) moreu a a fxev 0 ) -mareu a ã
IM DES TEMA IT TriaTeu cra {xev ã |xév aiv mareu aã fjiev aiv -maTeu a a -maTeu aa p-ev ã -moreu a à |X€V a
|xev O lV (xev O lV (xév ú ) (jiev (ú
TEMA IT ã maTCU a a -moreu ã a mareu a a maTeu aa -maTeu aa
IM DES TEMA IT |xev O l maTeu a à d p,év ü )V -maTeu a a pév O IÇ -maTeu a a (xév OUÇ -mareu a ã (JL€V O l -maTeu aã
IM DES TEMA IT -maTeu a à |X€V ai |jiév tov -moreu a à p,év aiç -moreu aa yÀ v aç -morreu aa -moreu cra |X€V a i
IM DES |xev & p,ev ÍOV ixév OIÇ |xev a pev a
v
0
u
NP. GP. DP. AP. VP.
V
6
V
0
K /
JX €V Cú
b. Observações morfológicas - Três dos elementos estruturantes: a raiz (maTeu), o infixo temporal (aã) e o infixo modal (pev) permanecem constantes, inalterados, através da flexão toda, enquanto as desinências variam em absoluta regularidade, segundo os padrões flexionais; - É, pois, este ptc. 19 aor. méd. flexão extreme de altera ções estruturais, em patente contraste com os ptcs. ativos (e o aor. pass.), em que pronunciadas e numerosas variações se registram; - Os prim eiros dois elementos, tema e infixo temporal, de riva-os este ptc. da matriz, 19 aor. at. Ind., conforme a terceira das partes principais. Os últim os dois, infixo modal e desinências, por sua vez, representam o final estereotipado e característico dos ptcs. médio-passivos, exceção feita do aor. pass., cuja flexão obedece à formação dos ptcs. ativos; - Nos verbos em que é a raiz a mesma nos dois sistemas, diferem estas inflexões do ptc. 19 aor. méd. das paralelas do fut. méd. ptc. apenas em que têm a vogal do infixo temporal ã em lugar da vogal de ligação o do futuro.
801
- Logo, 19 aor. méd. ptc.: moTev|crá||X€v|oç, t j , o v , fut. méd. ptc.: mo-Tev|cr |ó|p,ev|oç, -q, ov; - De notar-se é, ainda, que nestes dois ptcs., ao contrário do que se dá nos ptcs. presentes, perfeitos e futuro-perfeitos, são as formas destas flexões apenas médias, não passivas. Esta dico tomia se estende, aliás, a todos os tempos ou flexões destes dois sistemas, futuro e aoristo (o 29 aor. inclusive); - De igual form a, nos verbos em que têm o sistema do pre sente e o 19 aoristo a mesma raiz, diferem as inflexões dos respec tivos ptcs., apenas, em que no 19 aor. o infixo temporal crá toma o lugar da vogal de ligação o. - Daí, pres. mp. ptc.: m oreu|ol|A €v|oç, q , ov, 19 aor. méd. ptc.: irurreolCTa ||X€v|oç, q ,o v ; 4. Acentuação - Embora, em termos gerais, se deva classificar a acentuação dos ptcs. como posicionai, ou, pelo menos, não necessariamente re cessiva, poder-se-á adm itir nesta categoria o acento dos ptcs. m é dios e passivos, salvo do ptc. perf. mp., que o tem, sempre e intei ramente, na penúltima; - Destarte, no quadro inteiro da flexão deste 19 aor. méd. ptc. comporta-se a acentuação nos moldes normativos da recessividade, posto sempre o mais distante permissível da última; - Assim é que nas formaá básicas, nom. sing., situa-se o acento na antepenúltima, a sílaba infixai crct, no masculino e no neu tro, na penúltim a, sobre o € do infixo modal |xev, no fem inino; - Conserva-se o acento na posição de origem , na mesma síla ba em que aparece no caso nominativo, em todas as inflexões de final breve do masculino e do neutro e nas femininas de final longo, recuando para sobre a penúltima, a sílaba (xe, nas formas do mas culino e do neutro cujas desinências são longas, avançando, porém, para a antepenúltima, a sílaba cra, infixai, nas formas do fem inino em que é breve a desinência (nom. e voc. pl.); - Portanto, são proparoxítonas TREZE formas, assim distribuí 802
das: - MASCULINAS: 5 (nom., acus. e voc. sing.; nom. e voc. pl.); - FEMININAS: 2 (nom. e voc. pl.); e - NEUTRAS: 6 (nom., acus. e voc. sing. e pl.); - São paroxítonas as restantes TRINTA E DUAS, a saber: - MASCULINAS: 10 (gen. e dat. sing.; o dual todo; gen., dat. e acus. pl.); - FEMININAS: 13 (sing. e dual inteiros, mais gen., dat. e acus. pl.); e - NEUTRAS: 9 (gen. e dat. sing.; o dual todo; gen. e dat. pl.); - Logo, são todas acentuadas com agudo, mesmo o gen. pl. fem., como acontece nos adjetivos de cunho vocálico não-oxítonos, em contraste com os substantivos da 1? declinação todos, necessa riamente perispômenos, em razão da contração da vogal temática a com o to desinencial; - De notar-se é que três das inflexões femininas (nom., gen. e voc. pl.), como é próprio dos adjetivos triform es vocálicos de base não-oxítona, se acentuam nos moldes do masculino. Daí, não são paroxítonas como o nom. sing., fugindo, pois, à norma posicionai, o nom. e o voc. pl., enquanto é paroxítono, ao invés do perispômeno, o gen. pl., a despeito da contração original da desinência deste caso fem inino; - Têm, pois, acentuação sim ilar as flexões dos particípios mé dios e passivos até aqui estudados, cuja form a base termina em (xevoç, jjtevr), |xevov, a saber: - TricrTeuló ||xev|oç, TTUTTevIolfxév |t), m o re u l o'||x€v|ov (ptc. près, mp.); - T u ore -ula|ó||xev|oç, iTurreu|o-|o| |xev|T], mcrTeuIcrlól|xev|ov (ptc. fut. méd.); - irwxTeu |
803
como flexão híbrida, a derivar parte de sua estrutura, a raiz (m o— e o infixo temporal (aá) da matriz do sistema, 1e aor. at. Ind., parte, infixo modal (|xev) e desinências (vocálicas triform es dos ra dicais não terminados em e, i, p) do ptc. pres. mp.; - Portanto, partindo-se das formas do 1? aor. at. Ind., obtêmse as inflexões deste 1? aor. méd. ptc., com simplesmente excindirse-lhes o aumento e a desinência e acrescentar-se-lhes ao rema nescente (raiz e infixo temporal a ã ) o final jie vo ç, fiev-q, fjcevov, fle xionados os diferentes casos, em suas variações de função, gênero e número; - À base do ptc. pres. mp. obtêm-se as formas deste 1e aor. méd. ptc. com simplesmente substituir-se a raiz, quando não a mesma também neste sistema, e a vogal de ligação o pelo binômio característico do 19 aor., isto é, a raiz específica e o infixo temporal cru. Infixo modal (|xev), desinências (vocálicas triform es, radical não em e, i ou p) e acentuação permanecem os mesmos. Quando a raiz é a mesma nos dois sistemas, o processo de adaptação lim itar-se-á à substituição da vogal ligacional o do ptc. pres. pela sílaba crot in fi xai do 1? aor.; - Por outro lado, conhecidas as form as do fut. méd. ptc., con seguem-se as equivalentes deste 12 aor. méd. ptc., substituindo-se o tema, quando não o mesmo, o infixo temporal ç e a vogal de liga ção o pelo binôm io típico do 1? aoristo, isto é, a raiz específica e o infixo temporal a á , preservados, inalteráveis, o infixo modal |xev, as desinências (vocálicas triform es) e a acentuação (em moldes re cessivos). Se a raiz fôr a mesma em ambos os sistemas, a operação mutacional consistirá apenas da troca do o, vogal de ligação, por a, vogal integrante do infixo tem poral do 19 aor.; - Normativamente, diferem as formas da voz média das pa ralelas ativas apenas no tocante à desinência, de sorte que, deter minadas estas, aquelas se conseguem mediante a simples substitui ção da desinência ativa pela média correspondente. Verdade é que este princípio não se aplica às flexões do perf. e do mqpf. (e ao fut. pf. faltam as formas ativas). Os ptcs., também, fazem exceção a esta T eu)
804
norma, por isso que um é o infixo modal ativo (v t ), outro o médiopassivo (|A€v). Todavia, à base do ptc. 1- aor. at., para consegui rem-se as inflexões médias paralelas, suficiente será aduzir-se ao binômio raiz e infixo temporal a à o final p-evos, |xevnq, (xevov, na forma da inflexão ditada pelo caso, gênero e número envolvidos. 6. Sentido e tradução - Apenas em matéria de voz e ênfase respectiva difere este 19 aor. méd. ptc. do correspondente da voz ativa. Comuns lhes são Aktionsart, sentido e expressão; - Aorísto, à semelhança do futuro, é este ptc. tem po de A ktion sart não-durativa, inextensa, indefinida, punctiliar, a enfocar o fato em si, o puro evento, não dimensionado, não o processo de eventuação (pres. e impf.) ou seus efeitos e resultados continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.); - Voz média, a ação se projeta como praticada pelo sujeito, a agir sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que estrei tamente se relaciona (média indireta), a ênfase posta no sujeito e seu particular envolvimento (vantagem, interesse, conexão) no fato, não sobre o evento como tal (voz ativa), nem sobre sua expressão resultacional (voz passiva); - Particípio, a expressão não se reveste de tom incisivo, te rm i nante, categórico (Ind.), ou potencial, probabilista, possibilitário (Subj.), ou condicional, hipotético (Opt.), nem injuncional, preceptivo, jussivo (Imper.), nem substantivo, estático, nominal (Inf.), mas, decorrência da própria natureza do ptc., a assumir feição adjetiva, em cunho adjuntivo ou atributivo, modificativo ou circunstanciai, em função do substantivo ou verbo a que se reporta, qualificando, substituindo ou modificando; - De par com o Ind., expressa o ptc. não apenas COMO a ação se dá, o Aktionsart, mas ainda QUANDO se processa, aspecto de que são carecentes os demais modos verbais (Subj., Opt., Imper. e Inf.). Todavia, enquanto no Ind. ê absoluta a perspectiva temporal, no Ptc. é simplesmente relativa, subordinada ao tempo do verbo
805
principal ou dominante; - Portanto, não se refere este 19 aor. méd. ptc. a fato necessa riamente pretérito, por isso que, embora retrate circunstância ante rior à ação do verbo principal, pode esta situar-se no presente, ou mesmo no futuro, donde projetar-se o enfoque do ptc. para o tenpo exigido pelo regente, passado, atual, pervindouro; - Segundo a função exercida, traduzir-se-á este ptc., como gerúndio, extreme de variações de gênero, número, caso e pessoa, ora como cláusula relativa de cunho pretérito, ora como substanti vo ou equivalente; - Não dispõe, entretanto, a língua portuguesa de form a participial específica mercê da qual traduzir-se este ptc., pelo que ter-seá de usar locução perifrástica, o ptc. passado do verbo principal antecedido do gerúndio auxiliar tendo ou havendo. Nem possui o português form a explícita da voz média, donde traduzirem-se estas inflexões pelas correspondentes ativas, subentendidos o enfoque e ênfase próprios da voz média; - É, pois, este 19 aor. méd. ptc.: - tempo de ação punctiliar (aor.), - praticada pelo sujeito, agindo sobre si mesmo ou sobre algo com que intimamente se relaciona (voz média), - pretérita ou anterior à projeção tem poral do verbo principal ou dominante (ptc. aor.), - ressaltado o sujeito e seu relacionamento com o fato (voz média), - em teor adjetivo (ptc.), - enfocado o evento em s i, não o processo dimensional ou seus efeitos continuativos (aor.), - a traduzir-se em moldes ativos, em form a perifrástica ou como cláusula relativa, - em função gerundial, modificativa, circunstancial, uso verbal; ou adjuntiva, qualificativa, uso adjetivo; ou em teor nominal, uso substantivo; - Logo, Trwrrev — crá — p,ev — oç, ov, em função propria-
806
mente verbal, traduzir-se-á: - gerundialmente, por: tendo crido, havendo crido ; ou, - adverbialmente, como cláusula circunstancial ou adjunto ad verbial de modo, tem po, causa, ou similar, conforme o determine o imediato contexto, por: -p o rq u e creu, - desde que creu, - depois de crer, e assim por diante; - Em acepção propriamente adjetiva, a qualificar a substantivo, ou equivalente, claro ou virtual, na form a de cláusula relativa: - que creu ; - Em função propriamente substantiva, a tom ar o lugar do nome qualificado, correspondendo, pois, a adjetivo substantivado, inexistente no português form a específica, traduzir-se-á, como na função adjetiva, pela cláusula relativa: que creu; ou usar-se-á o substantivo crente, como nos demais ptcs. ativos e médios já estu dados, subentendidas a punctiliaridade e a anterioridade do senti do, bem como a expressão e ênfase típicas da voz média. 7. Aplicação paradigmática - Apropriado paradigma ao ptc. 19 aor. méd. de outros ver bos, excetuados os de tema finalizado em muda (labial: ir, (3, 9 ; gutural: k, y, x; lingual: t , 8 ,0) ou líquida (\, |a, v , p), é esta flexão de Tnoreíx*), porquanto, para obter-se-lhes as formas deste ptc. bastante é substituir-se a raiz m o re u pela correspondente do verbo a flexionar-se, conforme se exibe ela na terceira das partes princi pais, preservados os demais elementos estruturantes; - Conservam-se os mesmos, inalterados, em todos: o infixo temporal (cot), o infixo modal (p-ev), as desinências (vocálicas triformes consoante os temas não finalizados em e, t, p) e a acentua ção (praticamente recessiva); - Convém notar-se que se distinguem claramente as formas deste ptc. mercê da sequência term inal aáp,evo<5, cráp^vq,
2.14 - Radicais alteráveis - Três tipos há de verbos que exibem em todas as flexões do sistema do I 9 aoristo as mesmas alterações assinaladas quanto ao sistema do futuro, e pelas mesmas razões, a saber: 1. Verbos vocálicos - Os chamados verbos vocálicos, isto é, aqueles em que, na forma atual, termina a 1- p. s. do pres. at. Ind. em ato, ero ou oto, lo go, é a raiz finalizada em <£, e, o, exibem em todas as inflexões do sistema do 19 aoristo, e nos demais, excetuado o sistema do pre sente (em que, porém, se processa contração), o alongamento re gular dessa vogal terminal do tema. - Em alongando-se, convertem-se: - ã , normativamente, em q , salvo quando precedem a vogal no tema e, t ou p, circunstância em que a form a alongada poderá ser ã em vez de q; - e sempre em q; - o sempre em w; - Logo, á - * q ou ã,
6 —*
q,
o —» a>; - Entretanto, alguns verbos finalizados em e
tiro íe a á ; e c. De 'irXtipotó - cum prir-, raiz irXtipo, o radical neste sistema de 19 aoristo é irX-npíúaà, não TrXtipoaá, alongado e m e o o final da raiz. Daí, a 19 p. s. do 19 aor. at. Ind., matriz geral, é eirX^po)— a à (Lc 7.1), não eirXifpoaà. 2. Verbos em muda a. Labiais e Guturais - Como se deu no sistema do futuro, exibem os verbos em que é a raiz finalizada por labial (tt, p,
P + «5 = 4>e7 + ç = ^
pia ifi. Consequentemente, da matriz, 19 aor. at. Ind., a form a base, 1? p. s., é tm eorpeij/á (Gl 1,17), não tméoTpecpo-ct; (4) de ôia)Ká> - perseguir - , raiz 5 u ú k , terminada pela gutu ral k , o radical de 19 aor., que deveria ser ôuúKoá (a raiz ô w ú k -f o infixo temporal o á ), é SuoÇá, fundidas a muda k e a sibilante in fi xai. Por isso, é a 1- p. s. da matriz, 19 aor. at. Ind., eôúo^á (At 22.4), não èôúoKcrá; (5) de ávo Í7to - abrir - , deveria ser o radical de 19 aor. avoi/yo-á, a raiz ãvoi/y + o infixo tem poral o á . Fundidas a gutural final da raiz, 7 , com o <; inicial do infixo, tornar-se àvoi£a, a dupla £ a resultar. Assim, a 1- p. s. da matriz, 19 aor. at. Ind., não será Tjvoi7crá, m a s’rjvoi&ü (Ap 6.1), alongada também a vogal inicial da raiz, aumento vocálico ou temporal; (6) de Kpx&) - g o ve rn a r-, na voz média: com eçar, é o radical do 19 aor. ap£&, em vez de à p x c à (raiz âpx + infixo tem poral crot), uma vez que se funde a gutural x, final do tema, com o ç infixai, de gue resultada dupla £. Destarte, é a 1§ p. s. da matriz, 19 aor. at. Ind., ■qp£â, não ■qpxcrá, na voz média 'qpfjap/qv (Mt 26.22), não tjpxcrà— p/qv; b. Linguais - Verbos linguais, isto é, aqueles cuja raiz termina em t , ô ou 0, como no sistema do futuro, sofrem a queda da lingual ante a sibilante do infixo temporal o á em todas as inflexões do sistema do I 9 aoristo; - Esta classe consiste, em sua quase totalidade, de verbos em 5, a vasta maioria dos quais tem esta lingual extensificada em £, uns poucos em 0 , nenhum em t ; - Assim, de (peíSopm - p o u p a r-, verbo depoente cuja raiz é (pet8, é o radical do 19 aoristo ç e io à (a raiz cpeiô, apocopada, caindo o ô final, + o infixo temporal crá), não (peiôodi. Daí, a 1- p. s. da matriz, 19 aor. méd. Ind., é !
termina a raiz pela lingual 0, o radical do sistema do 15 aoristo, que deveria ser ireiG aa (raiz ttciG + infixo temporal c á ), é Treicà, m er cê da queda da muda 0 ante a sibilante infixai. Logo, a forma base, 1- p. s. do 19 aor. at. Ind., é eire u ra (Mt 27.20), não eTreiGtra; 3. Verbos em líquida a. Característica - Dos verbos em que termina a raiz por líquida (X, jx, v, p) caracteriza-se o sistema do 19 aoristo por dois elementos distinti vos, a saber:
(1) Infixo Temporal - Em razão da incompatibilidade que prevalece entre a líquida e a sibilante, observada já no sistema do futuro, reduz-se o infixo temporal nas formas de 19 aoristo à expressão vocálica, om itido o ç inicial; e (2) Vogal Temática - De regra, em compensação, alonga-se regularmente a vogal temática, sendo, porém, de observar-se que e se converte em ei, não em -q, enquanto à se faz, em geral, a, quando precedida de e, t, p, todavia, -q, se vem após outras letras que não essas; b. Relação com o futuro - Registra-se na formação do sistema do futuro dos verbos em líquida alteração de certo vulto, que afeta a inflexão de modo acentuado, a envolver três passos sucessivos: inserção da vogal e entre o tema e o infixo temporal ç, queda deste por situar-se entre vogais e, por fim , contração da vogal inserida com a vogal de liga ção ou terminação da form a. No sistema do 19 aoristo, entretanto, a alteração é bem mais simples e de menores consequências: apenas a excisão da sibilante infixai, compensada pelo alongamento da v o gal temática; 811
- 0 ponto comum, porém, entre os dois sistemas nesta modalidade verbal é a queda da sibilante do infixo temporal; c. Relação com o 1Çaoristo normativo - Embora nestes verbos não perdure o <5 do infixo tem po ral, permanece-lhe a vogal integrante, de sorte que, não levado em conta o alongamento da vogal temática, diferem as inflexões de 19 aoristo dos verbos em líquida das paralelas dos demais regulares somente neste particular. Logo, o sistema do 19 aoristo dos verbos em líquida é paralelo em flexão ao padrão norm ativo, excluído 0 ç infixai; d. Paradigma - Flexiona-se o sistema do 19 aoristo dos verbos em líqui da, diferente apenas a raiz e, conform e o tipo, também o aumento, nos moldes de aTrooTcXXo) - e n v ia r-, composto da preposição onró e do simples otc XXü), cuja raiz neste sistema é o tci X; - Assim, as form as e flexões deste paradigma dos verbos em líquida, neste sistema do 19 aoristo, serão: (1) 19A oristo A tivo do Indicativo PREP.AUM.RAIZ IT f U 1- p. S. OLTT o tci X e A OTClX a 2- p. s. &ir € € OTClX c 3§ p. S. èlTT U
2- p. d. OtTT
3- p. d. 0m p. pl.a-ir
2- p. pl.êar 3§ p. pl.ètTT
812
DES. — - enviei - enviaste ç (t ) - enviou (ele, ela)
e 6
0 OTClX a TOV - enviastes (vós dois, vós duas) OTClX a TT|V - enviaram (eles dois, elas duas)
e € e
0 CTTClX a |xev - enviamos 0 OTCÍX a TC - enviastes V - enviaram (eles, elas) OTClX a V
(2) 19 A orísto M é d io do Indicativo PREP. AUM . RAIZ IT DES.
e e
OT€lX á aBov - enviastes (vós dois, vós duas) o re iX A o 0tiv - enviaram (eles dois, elas duas)
1- p. pl. &TT 2- p. pl. ÓtTT 3- p. pl. ètTT
e e e
4 CTTeiX ot (xe 6 á - enviamos a CTTeíX a aBe - enviastes cttclX & vto - enviaram (eles, elas)
(3) 19 Aorísto A tivo do Subjuntivo
ÓtTTO OTCÍX (0 (jiev ÓtTTO aTeíX TI Te [ÓtTTO OT€tX 00
$
15 p. pl. 25 p. pl. 35 p. pl.
1 aTeíX
t»m9 b
TOV OtTTO aTeíX OtTTO aTeíX 'n TOV
3
25 p. d. 35 p. d.
1 P3 0
1§ p. s. 25 p. S. 35 p. s.
PREP.RAIZ VLDES. [ÓtTTO aTeíX (0 p l ] — Ã t t o aTeíX 00 [otTTO aTeíX T\ a i ] — otTro aTeíX TIS [dtaro aTeíX T) Tl] — ÓtTTO aTeíX D
813
(4) 1e A oristo M éd io do Subjuntivo
1- p. s. 2a - p. s. 3- p. s. 2- p. d. 3? p. d. V -p . pl. 2a - p. pl. 39 p. pl.
PREP.RAIZ VLDES. OiTTO cttcîX (0 |xai [cXTTO cttcÎX 'n Om] — GLTT 0| CTTClX |T] o ltto cttcÎX Tai " ètTTO CTTCÎX CT0OV &TTO CTTClX 'n CT0OV /
cttciX 0)
|xe0<& CXTTO CTTClX 'n ct0c CTTClX CO vtcxi o ltto OLTTO
(5) 19 Aoristo A tivo do Optativo PREP.RAIZ IT IMDES.
u 2__ cttci __ AXL. ècTro a .1 13 |Xl
1- p. s. 2? p. s. 3- p. s.
cxtto
cttciX a
mro
cttcÎX ex
p. d. 3? p. d.
mro CTTClX a 1 TOV / Ot'TTO cttciX a l TT|V
2 a -
1 ç ou a-rro CTTClX eiaç 1 ( t ) o u c x t t o CTTClX eie
D 1? p. pl. airo CTTClX a 1 | X € V 25 p. p|. OiTTO CTTClX a 1 TC 35 p. p|. mro CTTClX ex ic V O U OLTTO CTTClX eiàv
814
(6) 1ÇA oristo M éd io do O ptativo PREP.RAIZ IT IMDES. 1 - p. S.
OtTTO
CTTClX a
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2- p. S.
OtTTO
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3 - p. S.
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2- p. d.
OtTTO
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3 - p. d.
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1 3-p.pl. OtTTO 2- p. pl. OtTTO
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33 p. pl.
CTTClX ri 1 VTO
cnro
i
(7) 19A oristo A tivo do Imperativo
PREP.RAIZ IT DES. 2- p. s. 3- p. s.
OtTTO OtTTO
OV CTTClX a TCO
2§ p. d. 3 - p. d.
OtTTO
CTTClX a TOV
OtTTO
CTTClX a TCOV
> 2- p. pl. cnro 3 - p. pl. OtTTO
OTTClX
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CTTClX a TC CTTClX a
VTCOV
- envia tu - envie ele, ela - enviai vós dois, vós duas - enviem eles dois, elas duas
- enviai vós - enviem eles, elas
OU
OtTTO
CTTClX a Tcoaotv
815
(8) 1ÇA oristo M éd io do Im perativo
23-
p . S. p . S.
23-
p.
23-
PREP.RAIZ IT DES. QtTTO
p.
d. d.
p.
p l.
O LH O
p . p l.
O LH O
O LH O
- envia tu - envie ele, ela
CTT€lX a CT0ov o re iX ã a0(ov
- enviai vós dois, vós duas - enviem eles dois, elas duas
is OTTeíX a CT0e CTTetX a c t 0 ( o v
- enviai vós - enviem eles, elas
ou ano
o re iX a a0(o aàv
(9) 1ÇA oristo Ativo do Infinitivo PREP. RAIZ IT + DES. ôtTTo I crteiX I oa
- enviar
(10) 19A oristo Médio do Infinitivo PREP. olho
816
RAIZ IT ) CTTetX | á
DES. o~0a i
- enviar
(11) 19 A oristo M éd io do Particípio MASCULINO NS. GS. DS. AS. VS.
PREP. àno ano OtTTO ano àno
RAIZ____________IT ã OTCÍX à crreíX à oneíX oneíX à crreíX ã
IM — VT VT VT —
DES. S os u 1 a S
ND. GD. DD. AD. VD.
PREP. àno àno ano àno àno
RAIZ crreiX cttciX oneíX oneíX oretX
IT a ò a & a à
IM VT VT VT VT VT
DES. e OlV OlV e e
RAIZ crreiX CTTClX oneíX (TTeíX crreiX
IT v■ a w a â á a
IM VT VT —
DES.
NP. GP. DP. AP. VP.
PREP. àno àno àno ano àno
es ÍÚV cri
VT VT
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RAIZ OT61Á. oreiÁ. erreiX cttciX aTClX
IT õt ã a a õt
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vs.
FEMININO PREP. bttro OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO
ND. GD. DD. AD. VD.
PREP. OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO
RAIZ CTTeiX CTTClX o tci X aTeiX cttciX
IT ã á õt ã õt
DES. aá acav aotiv aot aã
NP. GP. DP. AP. VP.
PREP. OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO
RAIZ ax e íX OTClX CTTClX CTTeiX aTeíX
IT õt õt õt õt ã
DES. aoti <7(DV aotiç aãç aai
NS. GS. DS. AS.
818
cnr|<5 OT| s aav 1/ aot
NEUTRO PREP. NS. GS. DS. AS. VS.
OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO
PREP. ND. GD. DD. AD. VD.
OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO
PREP. NP. GP. DP. AP. VP.
OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO
RAIZ OTeiX crreíX crreíX CTTCÍX (ttcÍX
IT a V a ot v/ a a
RAIZ OT€lX crreíX o re iX CTT€tX o re iX
IT a
RAIZ (TTCÍX crreíX o re iX crreíX crreíX
IT a j/ a ã w a w a
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DES.
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(12) í - Aoristo M édio do Particípio MASCULINO
NS. GS. DS. AS.
vs. ND. GD. DD. AD. VD.
NP. GP. DP. AP. VP.
820
3 cnro OtTTO
PREP. OLTTO OLTTO OLTTO OLTTO OLTTO
CTTClX CTTClX cttciX cttciX
& a a a 4 a a
|xev fxcv (xev (xev |XCV
OÇ CTU 0) OV e
RAIZ cttciX cttciX cttciX CTTClX CTTClX
IT a a a a a
IM |xev (xev |xev |xév |xév
DES. 0) OlV OlV CO CO
RAIZ CTTClX CTTClX CTTClX CTTClX CTTClX
IT a a a a a
IM |xev (xev |xev |xev |xev
DES. Ol (OV OIÇ ouç Ol
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NS. GS. DS. AS. VS.
FEMININO PREP. RAIZ •a O L T tO cttciX OtTTO cttciX OtTTO CTTClX OtTTO cttciX OtTTO cttciX PREP.
ND. GD. DD. AD. VD.
OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO OtTTO
PREP. NP. GP. DP. AP. VP.
QLTTO OtTTO OtTTO > OtTTO OtTTO
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IM
DES.
fjiev |xev (xev |xev
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RAIZ cttciX cttciX CTTClX ÒTClX cttciX
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fxev |xév
RAIZ cttciX CTTClX CTTClX CTTClX CTTClX
IT
IM |xev (xev |xev |xév |xev
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aiv a a DES. O tl (O V
aiç õtç ai
NS. GS. DS. AS. VS.
ND. GD. DD. AD. VD.
NP. GP. DP. AP. VP.
NEUTRO PREP. onro
RAIZ OT€lX CTTClX OTeiX o re iX o re iX
IT w a a à a V a
IM |xev (xev fxev |xev |xev
DES. ov ou (0 L ov ov
IT a a %/ a a a
IM
DES. 00 o iv
ttTTO ano
RAIZ CTTeiX. o re iX o re iX o re iX o re iX
PREP. a iro CLTTO ttTTO à iro atro
RAIZ o re iX crreiX o re iX crreiX o re iX
IT é. k k & &
CM TO
a iro ottro CM TO
PREP. ttTTO CLTTO ttT T O
V
fJl€ V (X € V
ixev / |xev p,ev IM |A €V |X €V
|xév |xev (xev
O lV
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e. Aplicação paradigmática - Para conjugar-se, à base deste paradigma, qualquer das flexões do sistema ou obter-se-lhe qualquer das inflexões, sufi ciente será substituir-se o binôm io airooreiX. pela raiz própria do 1? aoristo, conforme se exibe na terceira das partes principais, con servados os demais elementos; - Nas formas do Indicativo, como é próprio dos tempos se cundários, antepor-se-á ao tema o aumento, silábico ou temporal, conforme se inicie a form a por letra consoante ou vogal; - No caso de raízes monossilábicas a acentuação requererá ajustes exigidos pela posição e natureza do acento. 822
3. USO ALTERNATIVO 3.1 - Expressão - Notória é a similaridade m orfológico-estrutural que se veri fica entre as formas do 1- aor. Subj. e as inflexões paralelas do fut. Ind. De fato, exceção feita dos verbos em líquida, dos verbos em p,t e daqueles que têm 2 -, não 19 aoristo, diferem as duas flexões ape nas quanto à vogal de ligação, longa no Subj., breve no Ind.; - Nesta perspectiva, poder-se-á dizer que não são as formas do aor. Subj. senão as equivalentes do fut. Ind. transpostas para aquele modo, alongada a vogal de ligação; - Insistem, porém, os gramáticos em que é o futuro que evo luiu do aoristo, este prim itivo, aquele derivado. Neste caso, serão as formas do futuro nada mais do que inflexões aoristas que assumi ram feição explicitamente futuritiva, numa extensão ou ampliação semasiológica, aliada a ligeira variação morfológica; - Mais de ter-se em conta, porém, em o Novo Testamento é que a similaridade dessas flexões não se limita à forma somente, estende-se-lhes à sintaxe. Assim, frequente é encontrar-se inflexão do aor. Subj. usada em lugar da correspondente do fut. Ind., e viceversa, alternadas as respectivas funções.
3.2 - Exemplos 1. t i o u v T r o iT ia o j ix e v - Que faremos, p o is l (Lc 3.10). A form a verbal ironícrcúp-ev é a 1- p. pl. do 19 aor. at. Subj. de Troteco - fazer - , usada pela paralela Troi-rjb-oixev do fut. at. Ind. É, pois, o emprego do aor. Subj. em lujgar do fut. Ind.; 2 . t o e0voç rio eav ôovXevcrowiv xpivco eyu) - a nação a que haverão de sujeitar-se eu julgarei (At 7.7). A cláusula condicional rela tiva to eav ôouXevCTowiv requer normativamente a form a verbal no Subj. Logo, deveria ser SouXeóoxtxriv, 3- p. pl. do 19 aor. at. Subj. Entretanto, no texto ocorre o fut. at. Ind. É, portanto, o fut. Ind. usado pelo aor. Subj. 823
4. VOCABULÁRIO 368. orypoç, ou, o - Campo, zona rural, agreste, lavoura, fazenda, gleba, região, vilarejo. 369. orytov, orywvo«;, o - Luta, competição, disputa, desforço, exercício físipo, embate atlético, trabalho árduo, perigo, arena, estádio. 370. &v. Partícula dubitativa, usada em cláusulas hipotéticas, potenciais e condicionadas, funcionando como simples expletivo, geralmente com Subj. ou Opt., sem tradução explícita. 371. cto-cpaXroç. Advérbio de modo, derivado do adjetivo con sonantal àaçaX rp;, eç - Seguramente, em verdade, de fato, com cer teza. 372. ôevôpov,ou, t o - Á rvore, planta. 373. SiKoadcó, ôiKataxrco, eôiKaú*xxá, ôeSiKctuúKOt, 8e8i — K auúpm , eÔiKauúô^v - Justificar, declarar justo, aprovar, vindicar, absolver, inocentar. 374. 8o£ctÇ(i), 8o£ckxü), eôo^aoá, SeSo^aKa, 8e8o£acr— p m , èôo^áoO-nv - G lorificar, honrar, dignificar, homenagear, cultuar. 375. €KkXÍV<0, CKk Xi VÜ), è^eKXtVCt, €KK€K.XlKCt, € k k € k \ i — |xai, e^eK\i0inv. Composto da preposição ck e do verbo simples k XÍ vü) - inclinar - Desviar-se, declinar, defletir, evitar. 376. evapxco, Ivap^co, Iv rjp ^ á , , iv q p ^ p m , ev^px^qv. Composto da preposição ev e do verbo simples apx<*) - reger, go vernar, na voz média: com eçar - Dominar, prevalecer, exercer mando, reger, governar, iniciar, com eçar. 377. iireponáü), emparn^o-o), en^pooTTicra, eTrnpwrn— Ka, €'irnpo)Tíifmt, e-TrqpíúTqôirçv. Composto da preposição e m e do verbo simples epíOTctw - indagar, pedir - Perguntar, interrogar, in dagar, pedir, requerer, solicitar. - Pode ter dois complementos em acusativo, um da pessoa a quem se dirige a indagação, outro do objeto ou conteúdo da solici tação. 378. emKOíXeto, emKaXeoo), eTreKaXecrct, ImKCKXTiKQÍ, e m — 824
k € k Xt)|jmxi,
e-rreKXTfíOTqv. Composto da preposição é m e do verbo simples KctXeo) - chamar - Designar, nomear, referir, invocar, apelar para, apelidar, apender título, dirigir-se a. 379. emTeXcü), emTeXéow, eireTeXeCTá, emTCTeXexcí, I ttl— T€T€Xea|xai, e-TreTeXeaOTriv. Composto da preposição ê m e do ver bo simples TeXcü) - consum ar - Terminar, acabar, completar, consu mar, le va ra cabo, realizar, executar, ir até o fim. 380. Çtjtcú), Ç-rjTríoxi), I^ T r ic r á , ê£Tynr|xa, e ^ T r jjx a i, e^q— ttq6t|v - Buscar, procurar, desejar, ir em pós de, esforçar-se por, d ili genciar, indagar, pesquisar. 381. ipÆtTiov, ou, to - Veste, roupa, vestimenta, túnica, toga, roupão, bata. 382. xa0apiÇb>, xa0apio-a> ou xa0apuo, exaOapura, xexa0a— p ixà , K€Ka0apio|xai, €Ka0apía0Tnv. Resgistram-se, também, fo r mas aoristas e perfeitas em que a vogal a após a lingual 0 se transmuta em e, em função do aumento ou reduplicação, como em verbos compostos: - e xa 0epuro em vez de exaOapura (19 aor.), - xexaOepixá em vez de xexaO ápixà (perf.). - Alimpar, expurgar, purificar, declarar limpo. 383. xapmfe, ou, o - Fruto, produto, resultado, provento, renda, lucro, recompensa. 384. xX-qpovopieco, xX-ripovop/qa-û), exXTjpovóp/qcrã, xexXrjpo'— vop/rixa, xexXr|povo|XTn|xai, exX^povop/ríOTiv - Herdar, alcançar, obter. 385. x Xiv t |, -q - Leito, cama, reclinatório. 386. xotttg), xv'vjiû), Ixovjiâ, xexocpà, x e x o p p a i, exoirqv Cortar, lancinar, ferir, lamentar, deplorar, carpir. 387. XaXeca, XoiXtÎ ctg), êXáX-qaà, XeXáXirçxá, XeXáXnrç— p a i, eXaXiríO-qv - Falar, dizer, pronunciar, mencionar, referir, contar, conversar, declarar, proclamar, anunciar. / 388. |A€i £(úv, (xeiÇov. Comparativo de p.€7ciç, p ^ a X 'q , p,€7a grande - Maior, de m aior vulto, mais extenso, de mais envergadura. 389. (xevíú, p,ev
- Permanecer, ficar, perdurar, continuar, demorar-se, postar-se, habitar, aguardar, esperar. 390. pxíXw po«;,ou, o - Poluição, contaminação, corrupção. 391. oikoç, ou, ó - Casa, residência, edifício, família, linhagem. 392. o|xo\o7ea) , ófjLoXoyTncra), wpoXoyqo"«» ajjxoXóyq— kci, wfxoX.o^Tifxai, ooixoXoyfjOqv - Sancionar, concordar, aprovar, confirmar, confessar, declarar, celebrar, louvar, prometer, anuir, homo logar. 393. ouxt. Advérbio de negação intensivo, mais enfático do que o simples ov, de que é forma extensificada. Usado particular mente em cláusulas interrogativas que esperam resposta afirmativa - Porventura não? Não é que? Não? 394. TrapaXuTiKoç, -q, òv - Paralítico, entrevado, paralisado. 395. TrappqCTiaÇco, Trappir^tao-tó, eirapp-qatacra, 'ireTrappq— oxctKà, TreTrapp^oríaaiuiat, éTrappqouxo-Oqv. Em o Novo Testa mento sempre em forma depoente - Falar ousadamente, deblaterar, denunciar, invectivar, dizer abertamente, discursar desabridamente, arengar. 396. Tro0ev. Advérbio de procedência, origem ou proveniência. Usado como interrogativo direto - De onde? De que lugar? Como? 397. iroiéíú, -rroi/qo-o), cttoitiocí, Treiroi/qKã, iTeTroíq— |xai, liro iq O q v - Fazer, engendrar, preparar, formar, constituir, efe tuar, criar, produzir, construir, estabelecer, realizar, executar. 398. 'irpoopíÇcú, irpoopwxa), Trpocapwra, -irpoíópiKa, irpocopur— puxi, irpoü>pio-0qv. Composto da preposição irpo - antes - e do ver bo simples ôpíÇot) - lim itar - Preestabelecer, predeterminar, preordenar, predestinar. 399. 7rpoo-eúxo|xai, 'rrpoo-eú^opm, 'jrpooTyu^ctp/qv, , Trpo— o-qijxqixcw, Trpoonryux^Tiv. Composto da preposição Trpdç - ante e do verbo simples evj(0(xai - suplicar. Nos aoristos e no perfeito pode permanecer sem alongar-se o e inicial do tema: 'irpoCTev^ct— p/qv, Trpocreúxiniun/ 'irpoo-€ux,q0'qv - Orar, rezar, deprecar, instar, pedir, implorar, suplicar. 400. orairpóç, á, óv - Podre, putrefacente, pútrido, impuro, cor 826
rompido, estragado, ruim. 401. (xkt|vò<ú, cTK^vdxrc«), ecTKirívcooá, eaKTÍvcoKá, ecrKTÍvw— ix a t , êcTKTrçvíúOTryi; - Tabernacular, viver em tenda, arm ar tenda, acampar, morar, habitar, residir. 402. oraupoco, CTTcajpaxrco, ecrravpcúoã, eoTorúpcoKa, èora— upco|xai, èoTavpcóíhyv - C rucificar, m ortificar, destruir, sacrificar. 403. o r ip á ç , o rip á ô o s , T). Também crroipás, o ro ip á ô o s , r) Ramo, galho, braçada de folhas, ramalhete, galhada. 404. crrp<úwv|AÍ ou CTTponnnxo, crrptíxrcú, eorpcocra, ecrTpw— Kct, eorpcoixai, lorpcoOtiv. A form a original seria OTopeWúixí Espalhar, esparzir, disseminar, dispensar. 405. TT|p€
5. EXERCÍCIO LER, FLEXIONAR, ANALISAR, TRADUZIR: 181. r o v T Ó í c t t í v to ep7ov t o v Geou, iv a mcrTevrçTe eis òv onrecrreiXev ckcivos (Jo 6.29). 182. fix e is iqKow afxev 4 k t o v vófxov Ót i ó X p io ro s p-evei eis tov au òva (Jo 12.34). 183. fcupie, ôíôafjov Tj|xaç 7rpoCTevxeo0ai, kocOcds Kai
’Icúáwqs e8í8a£ev toòs px*(hyr&s crirrou (Lc 11.1). 184. t| Troii(}CTaT€ to' ô e v ô p o v K a X ò v K a i tòv K aX òv,
tÍ
o a T rp ó v ,
K a p ir ò v outoG
ir o n rja a T e tò ô e v ô p o v o m r p ò v K a i tov K a p u ò v avTOU
4k ya p jo ò
K ap irb O tò 8 e v 8 p o v ,yivci>crK€Tai (M t 12.33).
185. KÚpie, oí>xi KaXòv cnrépfxa êícnreipas 4v tw ctco à^pw; TToQev o w exe i ÇiÇávia (M t 13.27). 186. V v a 'ytvcúcncr) Ó ko
188.
191. Kai eTTTipiOT'no’ev tis a v rb v apx
828
CAPÍTULO XII SISTEMA DO SEGUNDO AORISTO 1. SISTEMA DO SEGUNDO AORISTO 1.1 - Natureza - Paralelo ao sistema do 19 aoristo, é o chamado sistema do 2- aoristo o grupo de flexões constituído da m atriz, 2- aor. at. Ind., e seus onze derivados, que lhe conservam sempre o tema ou raiz. 1.2 - Enumeração - Como no sistema do 19 aoristo, consta este da flexão do 29 aoristo nos seis modos verbais, nas vozes ativa e média, não, po rém, na passiva, que se enquadra em sistema próprio; - Formam, pois, o sistema do 29 aoristo as seguintes doze fle xões: 1. 29 aor. at. Ind. 7 .29 aor. at. Imper. 2 .29 aor. méd. Ind. 8. 29 aor. méd. Imper. 3 .29 aor. at. Subj. 9 .29 aor. at. Inf. 4 . 29 aor. méd. Subj. 10. 29 aor. méd. Inf. 5. 29 aor. at. Opt. 11.29 aor. at. Ptc. 6. 29 aor. méd. Opt. 12. 29 aor. méd. Ptc. 1.3 - Particularidade - No pres. e no impf., bem como no perf., m qpf. e fut. pf., as formas da voz passiva são as mesmas da voz média, logo, partes de um e o mesmo sistema. Não assim, entretanto, em se tratando de fut. e aor., diferentes as formas passivas das médias, calcadas em bases diversas e, portanto, enquadradas em sistemas distintos. Daí, as form as de 29 aor. pass. não pertencem ao quadro destas flexões. 1.4 - Relação para com o 1Çaoristo - Certos verbos exibem em vez da formação normativa, ou em 829
paralelo, flexão adicional ou alternartiva, que, por isso, se designa de segunda em contraste com a regulativa, caracterizada como pri meira-, - Representa, destarte, o 2- aoristo formação paralela ou al ternativa ao 19 aoristo, mera variante m orfológica, tipo diferente de estrutura, em nada, porém, a divergir quanto à Aktionsart, ao senti do, à expressão. E simples questão de form a, não de teor ou con teúdo; - É, pois, o 2° aoristo, qual o 19 aoristo, flexão de Aktionsart punctiliar ou indefinida, a enfocar a ação como tal, o fato em si, não linear ou durativa, polarizada para com o processo extensional do evento; - Raríssimos são os verbos que possuem, ao mesmo tempo, ambos os tipos ou modalidades de aoristo. Em geral, admitem um apenas, com exclusão do outro; - Quando subsistem ambos os tipos de aoristo em um mesmo verbo, geralmente assumem sentido e expressão distintos, intran sitivo o 2- aor., transitivo o 19. E o que se vê, por exemplo, no caso do verbo ícrnijA Í, e seus compostos, em que I ctttjv, 29 aor. at. Ind., é intransitivo, significando eu me pus de pé, postei-me, enquanto c a r tiç á , 19 aor. at. Ind., é transitivo, com a acepção de: pus, colo quei, dispus, a requerer objeto direto; - Historicamente, é o 2e aoristo a forma prim ordial, quiçá a expressão mais antiga e prim itiva do verbo, o 19 aoristo forma posterior, supletiva, aditada mormente a raízes de cunho durativo ou linear, para expressar-lhes ação punctiliar ou indefinida. E bem possível que as inflexões do 29 aor. dos verbos em |a£ representem as mais antigas expressões do verbo grego; - Limita-se o 29 aoristo a número não avultado de verbos, verdade que de ocorrência assaz freqüente, de sorte que assumiu o 19 aoristo, extensivo à vasta maioria de flexões, o caráter de form a ção normativa desse sistema; - Não há, entretanto, dizer-se de antemão que modalidade de aoristo ocorrerá em um verbo. Só se pode determinar com certeza 830
se é 1? ou 2- o aoristo, mediante consulta ao léxicon, em termos da terceira das partes principais; - Não se restringe esta duplicidade de formações primeira e segunda a este sistema. Estende-se ao aor. pass„ ao fut. pass. e ao perf., mqpf. e fut. pf. nas três vozes, bem que não mais ocorram formas ativas deste últim o. Quer isto dizer que não haverá form a ção segunda no caso do pres. e do im pf. nas três vozes e do fut. nas vozes ativa e média. 1.5 - Relação com o imperfeito - Do ponto de vista m orfológico-estrutural estreita é a afini dade que lavra no Ind. entre o im pf. e o 2- aor., pois que paralela lhes é a estrutura, similar a formação, a diferirem apenas no tocante à raiz, que no impf. é a mesma do pres. (sistema em que se enqua dra), no 2- aor. específica, distintiva, própria destas formas, por ve zes inteiramente outra que aquela; - Em alguns casos a distinção entre as inflexões do im pf. e do 2- aor. reside simplesmente em uma vogal. É o que se vê, por exemplo, no depoente 7 Ív o p m - tornar-se-, em cujo im pf. a form a base é k — 71V — o — p/qv (que não ocorre em o Novo Testamen to), no 2- aor. I — "yev — ó — p/qv (Cl 1.23), a diferirem apenas em que naquele a vogal temática é 1, neste e; - Por outro lado, há verbos em que a difprença se limita a uma simples consoante. É o que se verifica em |JtiXXü> - la n ç a r-, em que o impf., € — |3etXX — o — v, tem dois lambdas, enquanto o 2- aor., e — pctX — o — v (Ap 8.5) tem um somente; - Segue-se, pois, que tem o 2° aor. no Ind. estruturação para lela à do impf., analogia que se aplicaria aos demais modos, não fosse 0 im pf. flexão exclusiva deste, isto é, do Ind. Daí, fora do Ind. segue o 2^ aor. a formação estrutural do presente, dele diferindo, em geral, apenas no tocante à raiz. 1 .6 - Características - Pode-se dizer que do pres. o elemento assinalante é a raiz; 831
do im pf. a raiz do pres. antecedida do aumento; do fut. a sibilante infi xai, do 1 - aor. a sílaba infixai orá. Do 2- aor. será a raiz peculiar; - Extensivamente, caracteriza-se o 2- aor. por: 1. Estrutura - Paralela à do im pf. no Ind.; à do pres. nos demais modos; 2. Raiz - A raiz no 2- aor., em certos verbos oriunda de formas diver gentes, em alguns a exibir ligeira variação, em outros alteração mais pronunciada, é sempre diversa da raiz do presente, com a qual, portanto, jamais coincide. Entretanto, via de regra, é ela a ver dadeira raiz do verbo, a do presente modificada, alterada, diversifi cada; - Destarte, o principal traço do 2q aor. é esta raiz peculiar, que se toma como alterada em relação à do presente, expressa na tercei ra das partes principais, patenteada no 2? aor. at. Ind., matriz do sistema, e, portanto, nas demais flexões, derivadas que lhe são; e
3. Ausência da sílaba ara. - Em vívido contraste, não exibem as inflexões deste 29 aor. a distintiva sílaba a a , traço por excelência das formas do 19 aor., au sente, pois, ao 2? aor., o infixo temporal, a que substituem as vo gais de ligação, nos term os do im pf. e do pres.; - Destarte, enquanto o distintivo fundamental do 19 aor. é a sílaba infixai
DESINÊNCIAS 2. Formação a. Aumento - Típico dos tempos secundários ou pretéritos no Ind., é o aumento neste 2- aor. at. Ind. o mesmo assinalado para o im pf. e o 19 aor.; - É, pois, silábico, I , nos verbos em que se inicia a raiz por letra consoante; vocálico ou temporal, alongamento, quando começa a raiz por vogal ou ditongo; b. Raiz - A raiz ou tema do 29 aoristo, comum à matriz e às flexões dela derivadas, ativas e médias, é a porção que se interpõe entre o aumento e a vogal de ligação ou final da inflexão, conforme se vê da forma base, *\- p. s., da terceira das partes principais dos verbos em que ocorre esta modalidade de aoristo; - Esta raiz, que não coincide jamais com o tema do pre sente, permanece a mesma, inalterada, imutada, em toda a flexão; - Comparada com a raiz do presente, pode-se dizer que varia a raiz do 29 aoristo em termos de, pelo menos, quatro proces sos distintos de formação, a saber: (1) Redução - Apresenta-se a raiz do 29 aor. reduzida, mercê da excisão de letras, com primida em form a, embora, em verdade, seja, em geral, o tema do presente que se expandiu ou sofreu acréscimo; - É o que evidencia o verbo Á.ot|x|Jáv&) - tomar - , por isso que: - a raiz do pres. é Xa|x[3av (Jo 5.41), - a raiz do 29 aor. é Xájâ (Jo 10.18); - A raiz Xa0 do 29 aor., a verdadeira raiz, a raiz pura do verbo, e grandemente reduzida em relação à do presente; 833
ocorre este elemento no Ind.; - É, pois, o ante desinências iniciadas por |x ou v, e ante as demais (iniciadas nesta flexão por ç ou t );
d. Desinências - Tempo secundário do Ind., são as desinências, formas evoluídas dos pronomes pessoais correspondentes, as mesmas do impf. at. Ind., as mesmas também do 19 aor. at. Ind., exceção feita da 1? p. s., em que já não mais subsiste desinência explícita no 1aor., logo, as chamadas DESINÊNCIAS SECUNDÁRIAS ATIVAS; - Inteiramente paralelas às do im pf. at. Ind., convém obser var-se que: - Na p. s. subsiste, ao contrário do 19 aor. at. Ind., a de sinência, v; - Na 39 p. s., como no im pf. e 19 aor., caiu a desinência, t , já que não pode palavra grega findar-se por essa muda; e - Na 3- p. pl. como no im pf. e 19 aor., a desinência é v, não a alternativa (xàv, própria do mqpf. at. Ind. e do aor. pass. Ind., e, nos verbos em |xi, também do im pf. e 2- aor. at. Ind.
3. Flexão a. Formas - De \afxpáv<ú - tom ar-, raiz neste sistema do 29 aor. X&3, a flexão do 29 aor. at. Ind. é: 835
AU M .R A IZ 15 p.s. € Xáp 25 p. s. K Xà|3 xàp 35 p.s. ê
VLDES. 0 V e «s e (t )
2a - p. d. è 35 p. d. è
Xap e t Xáp e
TOV
15 p. pl.è 25 p. pl, € 35 p. pl.ê
Xap 0 Xa 3 6 X&3 O
|X€V
TT|V
T€ V
- tomei - tomaste - tomou - tomastes (vós dois, vós duas) - tomaram (eles dois, elas duas) - tomamos - tomastes - tomaram
b. Observações morfológicas - Dos elementos estruturantes dois permanecem invariá veis, constantes, iim itados, através da flexão toda os mesmos: o aumento (I) e a raiz (X&3); variam vogal de ligação (e/o) e desinên cias, conforme as inflexões; - Coincidem em form a, porquanto são os mesmos os ele mentos, inclusive a desinência (v), a 1- p. s. e a 3- p. pl., exatamente como no im pf. at. Ind.; - A 2- p. s. já não exibe desinência explícita, de sorte que termina pela vogal de ligação, €, donde poder-se-lhe aduzir o nü móvel; - No dual, como é próprio dos tempos secundários do Ind. (impf., 19 e 2- aors. e mqpf.) e das flexões do Opt. e do Imper., d i ferem quanto ao final as inflexões, breve (o) a vogal desinencial na 2a pi, longa (-q) na 3?, donde divergir-lhes também a acentuação, proparoxítona aquela, paroxítona esta; - Três das inflexões, a saber, 2- p. d., 1a. p. pl. e 2- p. pl., têm desinências, respectivamente, t o v , (x € v , t c , que são exata mente as mesmas nessas pessoas em todos os tem pos ativos, tanto prim ários quanto secundários nos modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), e, também, do aor. pass., nesses modos e pessoas, com a ressalva de que não ocorre no Imper. a 1- p. pl.;
836
- Tema iniciado por letra consoante (X), o aumento é o si lábico (e). Fosse vogal essa letra primeira, seria vocálico ou tem poral o aumento (alongamento da vogal).
4. Acentuação - Tempo de modo finito, é este 2- aor. at. Ind. acentuado re cessivamente, a distanciar-se-lhe o acento o mais possível da ú lti ma; - Final breve em todas as inflexões, menos a 3- p. d., cuja de sinência (rr\v) é longa, avançará até a antepenúltima. Esta form a dual, obviamente, será acentuada na penúltima; - É, portanto, agudo o acento em todas as inflexões, paroxítona a 3- p. d., última longa, proparoxítonas as demais, final breve; - Estará, pois, o acento: - no I inicial, aumento, em quatro das formas (1 -, 2- e 39 p. s. e 3§ p. pl.), - no a temático em três (2- p. d., 1- e 2- p. pl.), e - na vogal de ligação e em uma (3- p. d.); - Nos verbos em que o tema é de cunho monossilábico e in i ciado por vogal ou ditongo, já que o aumento não constituirá sílaba adicional, serão dissilábicas as quatro inflexões em que é a desinên cia consoante simples (as três do sing. e a 3- p. pl.), logo, acentua das na penúltima, que, normativamente longa, breve a última, receberá o circunflexo. E o que se vê em e iô o v - v i- ou e n ro v - disse - , 1- p. s. do 2- aor. at. Ind., respectivamente, de ôpáco - ver e Xéyoi - d i z e r dissilábicas, penúltima longa, properispômenas.5
5. Nü móvel - A 3- p. s., mercê da queda da lingual final t , como no im pf. e 19 aor. at. Ind., termina atualmente em e, pelo que poderá receber nü móvel quando vocábulo últim o da cláusula ou quando seguida de palavra iniciada por vogal ou ditongo. 837
6. Relação - Em comum com o im pf. at. Ind. tem este 27 *9 aor. at. Ind. três dos quatro elementos estruturais: aumento (silábico ou temporal), vogal de ligação (e/o) e desinências (secundárias ativas), idênticos nesses dois tempos ativos; - Diferem, pois, essas duas flexões apenas quanto ao tema, sempre distinto, inda que, por vezes, a diferença se possa lim itar a uma letra ou ligeira variação de forma; - Logo, conhecidas as inflexões do im pf. at. Ind., para obte rem-se as equivalentes do 29 aor. at. Ind. bastará substituir-se a raiz dessas formas pela correspondente do 29 aor. conforme a exiba a terceira das partes principais, conservados os demais elementos e ajustada a acentuação quando se houver de mister; - Em comum com o I 9 aor. at. Ind. terá este 29 aor. at. Ind. somente DOIS dos elementos form ativos: aumento (silábico ou temporal) e desinências (secundárias ativas, no 19 aor. om itida a desinência v da 19 p. s.). Diferirão sempre no que respeita à raiz ou tema. Ademais, carece o 29 aor. do infixo tem poral
- categórica em teor (Ind.), - a traduzir-se pelo nosso pretérito perfeito; - Logo, ifXaPov (1- p. s.) traduzir-se-á por: tomei, recebi, e as sim as demais inflexões. 8. Aplicação paradigmática - Como este paradigma de \ot|x(3áv(o - tomar - se conjuga o 2- aor. at. Ind. dos demais verbos em
2- aor. at. Ind., aliás, o mesmo do im pf. e 1? aor. (e do mqpf.), ca racterístico dos tempos secundários no Ind.; - É, pois, silábico (!) nos verbos em que se inicia o tema por letra consoante; vocálico ou temporal (alongamento) nos verbos em que a inicial da raiz ê vogal, simples ou ditongai; - Uma vez que o aumento é o mesmo nas formas de impf. e de aor. no Ind., em cinco das flexões focalizadas apresenta-se idêntico, silábico, e, já que se trata de temas iniciados por letra con soante, a saber; - ! — u to re u — o — v - im pf. at. Ind., - è — TuaTev — ó — p/qv - im pf. méd. Ind., —! — irío re u — o á - 12 aor. at. Ind., - e — m o re i) — o a — p /q v - 19 aor. méd. Ind., - e — \ à p — o — v - 2- aor. at. Ind.;
b. Raiz - Como se deu com o aumento, é a raiz neste 2- aor. méd. Ind. também a mesma da matriz, 2° aor. at. Ind., de que a deriva esta flexão; - Porção que se estende entre o aumento e o final ov (opqv nos verbos depoentes) da terceira das partes principais, é esta raiz sempre distinta do tema do presente, em comparação com o qual se mostra alterada, bem que na maioria dos casos seja esta a ver dadeira raiz, não aquela; - Permanece esta raiz constante, imutada, invariável em toda esta flexão, sempre a mesma; - Os processos de formação desta raiz peculiar são os mesmos assinalados em relação à matriz: redução, mutação, reduplicação, substituição; c. Vogal de ligação - A vogal de ligação, à maneira do aumento e da raiz, a mesma do 2- aor. at. Ind., matriz do sistema, é, como no pres., im pf. e fu t„ a distintiva do modo Indicativo, isto é: 840
- o antes de desinências iniciadas por |x ou v, - e antes das demais, nestas form as iniciadas por ? ou t ;
d. Desinências - Como nos demais tempos secundários já estudados, im pf. e 19 aor., são as desinências neste 2- aor. méd. Ind. as chamadas SECUNDÁRIAS MÉDIAS, formas evoluídas dos pronomes pes soais correspondentes; - As mesmas do im pf. e do 19 aor. méd. Ind., como tam bém do mqpf. mp. Ind. e das flexões médias dos tempos do Opt., na 2- p. s. a sibilante desinencial, posta entre vogais, cai, pelo que se contraem as vogais contíguas e (de ligação) e o (desinencial), re sultando o ditongo ou (como no impf. mp. Ind.). - Graficamente: e + ao —► e + o —»• ou; - Desta exposição se vê que diferem estas formas de voz média das paralelas ativas apenas quanto às desinências, os mes mos os demais elementos formacionais: aumento, raiz e vogal de ligação.
3. Flexão a. Formas - De \a|xf3av(ú - tomar - , cuja raiz é, neste sistema, a redu zida \ à p , as formas do 29 aor. méd. Ind. são:
841
1 - p. s. 2- p. s. 3- p. s.
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RAIZ VL i xàp 0 X&P e Xap e
DES. ixrjv ao] —e
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- tomei au - tomaste - tomou
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e e
a 8ov - tomastes (vós dois, vós duas) ct0iqv - tomaram (eles dois, elas duas)
x&p x&p x&p
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|X€0á -tom am os a 0e - tomastes vto - tomaram
2 - p. d. 39 p. d.
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Xap
1 - p. pl. 2a - p. pl. 3- p. pl.
e e è
b. Observações morfológicas - Dos elementos estruturais, dois permanecem constantes, invariáveis, inalterados em toda a flexão: aumento (silábico I ) e raiz (peculiar, X&P). Variam de pessoa a pessoa os dois restantes: vogal de ligação (d o ) e desinências (secundárias médias); - Três destes elementos estruturantes do 2- aor. méd. Ind. são os mesmos, em paralelo, das formas ativas, a saber: aumento (silábico, I), raiz (Xa0) e vogai de ligação (d o ). Logo, diferem estas duas flexões apenas quanto às desinências; - De igual modo, três desses elementos deste 29 aor. méd. Ind. são os mesmos do im pf. mp. Ind.: aumento, vogal de ligação e desinências. Daí, diferem em forma o 2- aor. méd. Ind. e o im pf. mp. Ind. somente em referência à raiz, peculiar naquele, comum neste; - Das inflexões todas apenas a 2- p. s. evoluiu, mercê da queda da sibilante desinencial, posta entre vogais, de que resultou contração das vogais contíguas, e de ligação e o desinencial, pas sando a forma a term inar pelo ditongo ov em vez do final prim itivo eao, alteração que se verificou, similarmente, no impf. mp. Ind. Note-se que a 2- p. s. sofre alteração no final em todos os tempos médios ou médio-passivos até aqui estudados (pres., impf., fut., 19 e 29 aors.);
842
- Tempo secundário, as inflexões do dual diferem quanto à quantidade da vogal desinencial, breve (o) na 2- p.f longa (t|) na 3p., de sorte que, ao contrário do que se dá nas flexões em que são primárias as desinências, divergem em forma estas duas pessoas verbais, bem como em matéria de acentuação, por isso que é pro paroxítona a 2- p. d. (I — Xájâ — e — ct G o v ) , paroxítona a 3- p. d. ( i — Xàfâ — é — crG^v); - Das desinências TRÊS há que são as mesmas de todos os tempos finitos, sejam primários, sejam secundários, na voz média, a saber: orGov (2- p. d.), fxe0& (1- p. pl.), alheia aos tempos do lm per.) e cr0€ (2- p. pl.); - Nos verbos em que a raiz se não inicia por letra con soante o aumento não será este, silábico, I , mas o simples alonga mento da vogal inicial, logo, o tem poral ou vocálico;
A. Acentuação - Tempo de modo finito, é este 2- aor méd. Ind. acentuado re cessivamente, caindo-lhe o acento o mais distante possível da ú lti ma; - Final longo, têm -no três das inflexões (1? p. s.: 1 — Xáf3 — o7 — p/T^v; 2- p. s. atual: I — — ov; e 3- p. d.: I — —e — ctG^v ) na penúltima, enquanto as demais, por isso que têm desinên cias breves, são acentuadas na antepenúltima; - É, pois, agudo o acento em todas as inflexões, posto: - sobre a vogal de ligação o em duas formas (1§ p. s. e 1- p. pl.); - sobre a vogal de ligação € em uma (3- p. d.); e - sobre o & temático nas demais seis (2- p. s. original e atual, 3- p. s., 2- p. d., 2- e 3- p. pl.); - Destarte, paroxítonas são TRÊS formas (1 - p. s., 2- p. s. atual e 3- p. d.), proparoxítonas as SEIS outras (2- p. s. original, 3- p. s., 2p. d „ as três do plural).
843
5. Relação - Com o 2° aor. at. Ind.f matriz do sistema, reiaciona-se es treitamente em forma este 2- aor. méd. Ind., em qtie lhe deriva TRÊS dos elementos estruturantes, portanto, os mesmos nas duas flexões: aumento (silábico ou temporal), tema (específico do 2aor.) e vogal de ligação (e/o). Diferentes lhes são apenas as desi nências, naquele secundárias ativas, neste secundárias médias. Lo go, conhecidas as formas ativas, obtêm-se as equivalentes médias com simplesmente substituírem-se-lhes as desinências ativas pelas médias correspondentes, feitos os devidos ajustes prosódicos e operada a alteração própria do final da 2- p. s.; - Como se viu, esta relação formacional entre a flexão ativa e a média correspondente vale para os demais tempos já estudados: pres., impf., fut., 19 e 2° aors., pelo que a conversão das formas de uma voz para as equivalentes da outra é simples questão de troca de desinências; - Comuns três dos elementos estruturantes: aumento (silábico ou temporal), vogal de ligação (e/o) e desinências (secundárias m é dias), diferem em form a as inflexões do im pf. mp. Ind. das paralelas deste 29 aor. méd. Ind. apenas no tocante à raiz, uma vez que no impf. é ela a do pres., no 29 aor. própria ou peculiar, distinta da quela, conforme se estampa na terceira das partes principais; - Consequentemente, conhecidas as form as do im pf. mp. Ind. de um verbo, obter-se-lhe-ão as inflexões médias de 29 aor. equi valentes com somente substituir-se-lhe a raiz (própria da primeira tias partes principais) pela correspondente do 29 aor. (como se vê na terceira dessas partes). Os demais elementos são os mesmos em ambos. A acentuação poderá sofrer ajustes, se houver desigualdade no teor e número de sílabas; - Assim, de Xap^ávco: - o impf. mp. Ind. é: e — Xap,3av — ó — p/qv (raiz Xcqx|3av). - o 29 aor. méd. Ind. é: e — X&p — o' — p/qv (raiz X&p).
844
6. Sentido e tradução - Processo distinto de formação, não modalidade diversa da expressão aorista, não difere em sentido este 2- aor. méd. Ind. da flexão paralela de 19 aor. méd. Ind., aplicando-se-lhe, pois, todas as propriedades assinaladas em relação ao tempo primeiro; - Nem difere esta flexão de 2- aor. méd. Ind. da paralela de 2aor. at. Ind. no que respeita a Aktionsart, tem po de ocorrência e form a de expressão. Apenas quanto à voz e ênfase conseqüente diferem estas duas flexões, coincidentes os demais aspectos; - Portanto, é o 2- aor. méd. Ind.: - tempo de Aktionsart punctiliar, a focalizar o fato em si, o evento como tal, não seu processo de atualização (pres. e impf.), nem seus efeitos ou resultados continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.), - ação praticada pelo sujeito a atuar sobre si mesmo (voz mé dia reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo especial (média indireta), - a ênfase a incidir sobre o sujeito e seu particular envolvimento na ação, não sobre o fato propriamente (voz ativa) ou sua resultatividade (voz passiva), -p re té rita ou passada (visto que no Ind., embora seja principal a noção de qualidade da ação, como se processa, subsiste, entre tanto, o elemento tem poral, o QUANDO se dá a eventuação), - afirmada em moldes incisivos, categóricos, tersos, definidos, como é próprio do Ind., não em teor potencial (Subj.), ou hipotético (Opt.), ou jussivo (Imper.), ou substantivo (Inf.), ou adjetivo (Ptc.); - a traduzir-se regularmente pelo nosso pretérito perfeito, nas linhas da forma ativa, já que não há no português expressão espe cífica da voz média, subentendidas a acepção subjetiva e a ênfase especial desta voz; - Dai, IXapop/qv (1? p. s., form a base) se traduzirá como: to mei, recebi, apanhei, exatamente como eXapov, a ativa paralela, su bentendida a ênfase à pessoa do sujeito e sua implícita relação de interesse, vantagem ou propriedade na ação de receber;
845
- Logo, é o 2- aor. méd. Ind.: - tempo de A ktionsart punctiliar (aor.), - ação praticada pelo sujeito sobre si ou algo relacionado (voz média), - a ênfase posta no sujeito e seu envolvimento (voz média), -pretérita ou passada (aor. Ind.), - de teor incisivo ou categórico (Ind.), 7. Aplicação paradigmática - De outros verbos em ü> cujo tema se inicie por letra con soante, em que ocorra esta modalidade flexionai, obter-se-ão as inflexões do 2- aor. méd. Ind. com simplesmente substituir-se o tema \á(3 pelo correspondente do verbo a flexionar-se, conforme se contém ele na terceira das partes principais; - Aumento (silábico, è), vogal de ligação (e/o), desinências (se cundárias médias), alteração da 2- p. s. (e + ao -*■ € + o —► ow) e acentuação (recessiva, agudo) serão em todos os mesmos, elementos comuns; - Nos verbos em que o tema se inicia por vogal ou ditongo, embora permaneçam as mesmas a vogal de ligação e as desinên cias, e, daí, a alteração final da 2- p. s., o aumento será o temporal ou vocálico (alongamento da vogal incial), não o silábico (I). A acentuação também poderá sofrer variação, embora igualmente re cessiva; - Os verbos em ju , inda que tenham quase que exclusiva mente o 2- aoristo, apresentam formação ligeiramente diferente, a resultar do fato de falecer-lhes neste sistema a vogal de ligação característica dos verbos em cd, apenas no Subj. a persistir. 1 .8 -2 - Aoristo Ativo do Subjuntivo 1. Estrutura - Paralela à estrutura do pres. at. Subj., consta a sequência de elementos form ativos do 2- aor. at. Subj. de: RAIZ PECULIAR + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIAS 846
2. Formação a. Raiz - A raiz, porção que precede ao ca final da forma base, 1? p. s. deste 2° aor. at. Subj., é a mesma da matriz, 2- aor. at. Ind., con form e aparece na terceira das partes principais, sempre distinta da raiz do presente; - Esta raiz, em geral o genuino tema do verbo, comum às demais flexões do sistema, permanece constante, invariável, a mesma em todas as inflexões; - Os processos de formação desta raiz peculiar são os mesmos da matriz: redução, mutação, reduplicação, substituição; b. Vogal de ligação - A vogal de ligação, típica dos tempos do Subj., é a mesma das formas do Ind. em que ocorre, em form a longa, porém, isto é: - ca ante desinências iniciadas por jx ou v (1 - p. s.; 1- p. pl. e 3- p. pl.), - T| ante as demais, nesta flexão iniciadas por ç o u t (2- e 3§ p. s.; 2- e 3? p. d.; 2- p. pl.); c. Desinências - Como nas demais flexões ativas, da mesma sorte que no aor. pass., do Subj., as desinências neste 2- aor. at. Subj. serão as chamadas PRIMÁRIAS ATIVAS, form as evoluídas dos pronomes pessoais correspondentes, sujeitas às alterações verificadas no pres. e 19 aor. at. Subj.; - Assim, na 1ã p. s. cai a desinência fu , passando a forma a term inar pela vogal ca de ligação, que, longa, não se altera; - Destarte, OITO formas há estudadas que terminam pela mesma vogal final ca: - 1 - p. s.: - pres. at. Ind. (m o re ú — ca), - pres. at. Subj. (Trioreu — ca), - fut. at. Ind. (TruTTeú — cr — ca). 847
- 19 aor. at. Subj. (TrioTeii — cr —
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b. Observações morfológicas - Dos três elementos estruturantes, um apenas, a raiz Á.õt|3, permanece constante, invariável, a mesma em todas as inflexões. Os dois outros, vogal de ligação (*¥|, co) e desinências (primárias ati vas), variam conforme o exige a flexão. De fato, cai a desinência na 1- p. s., funde-se com a vogal de ligação ^ na 2- e 3- p. s., reduz-se na 3- p. pl. Nessas quatro formas, portanto, apresenta-se alterado, reduzido, o final da inflexão; - Em compensação a estas quatro form as alteradas, as ou tras quatro (2- e 3- p. d.; 19 e 2- p. pl.) não experimentam variações, imutada a desinência, de sorte que não diferem as atuais das o rig i nais; - 0 final destas formas (vogal de ligação mais desinências) é paralelo absoluto ao das inflexões do pres. e 19 aor. at. Subj., co muns estes elementos formacionais. Por outro lado, term inam em moldes similares o pres. e o fut. at. Ind., exceto que na 2- e 3- p. s. têm, respectivamente, eiç e et em vez de tj? e *n. A vogal de ligação é breve nas formas do Ind., longa, porém, nas rfexões do Subj.; - No dual, embora aoristo, já que são primárias as desinên cias, coincidem em form a as duas inflexões, ao contrário do que se dá nas flexões em que são secundárias as desinências; - Das desinências, três, t o v (2- p. d.), p,ev (19 p. pl.) e t c (2p. pl.), são as mesmas de todos os tem pos finitos nessas pessoas, quer primárias, quer secundárias, na voz ativa, mais o aor. pass., observando-se, contudo, que nas flexões do Imper. não há a form a da 12 p.; - Alheia a esta flexão explícita noção de tem po, carecemlhe as inflexões do aumento, sinal distintivo dos tempos pretéritos, por isso lim itado aos chamados tempos secundários do Ind. (impf., aor. e mqpf.), inexistente, pois, nos primários, bem como nos de mais modos, mesmo no ptc., em que a noção de tem po, embora a subsistir, é puramente relativa; - Do exposto, vê-se que são estas inflexões de 2- aor. at. Subj. similares em estrutura e formação às equivalentes do pres. at. 849
Subj., a diferirem apenas no tocante à raiz, por isso que pertencem a sistemas distintos e jamais coincidem em form a, segundo o evi dencia este próprio paradigma: - \a |x p á v — to (Xot|Ji(3áv — o> — (xt) pres. at. Subj., - Xá($ — oi ( \á p — to — |xi) 2- aor. at. Subj., as mesmas a vogal de ligação e a desinência, diferentes as raízes. 4. Acentuação - Tempo de modo finito, é este 2- aor. at. Subj. acentuado re cessivamente, o acento a cair-lhe o mais distante possível da última; - Das formas atuais, as três do singular têm final longo, pelo que serão acentuadas obrigatoriamente na penúltima, inda que te nham mais sílabas que duas. As demais formas, porém, quer atuais, quer originais, todas com desinência breve, têm o acento na antepenúltima; - É, pois, agudo o acento em todas as inflexões, a cair sempre na sílaba final da raiz, neste verbo sobre o a do tema Xct|3; - São paroxítonas as três formas atuais do singular; proparoxí tonas as demais, sem exceção, atuais ou originais. 5. Relação - Da matriz (2 - aor. at. Ind.) tem esta flexão de 2- aor. at. Subj. apenas a raiz, diferentes a vogal de ligação (Vto, não e/o) e as desi nências (primárias, não secundárias, ativas); - Do pres. at. Subj. tem esta flexão a vogal de ligação (tj/ o)) e as desinências (primárias ativas, sujeitas a alterações paralelas), d i ferente apenas a raiz, no pres. consoante a primeira das partes prin cipais, no aor. conforme a terceira ; - Logo, à base da matriz, ter-se-ão estas formas com e lim i nar-se o aumento e substituírem-se a vogal de ligação breve pela longa correspondente e as desinências secundárias ativas pelas primárias ativas paralelas, feitas as alterações próprias desta flexão; - Por outro lado, partindo-se do pres. at. Subj., bastará subs tituir-se ao tema do pres. a raiz específica do 2- aor. e ter-se-á a flexão deste 2- aor. at. Subj. em todas as suas formas; 850
- Vê-se, pois, que, enquanto no Ind. tem o 2- aor. estrutura paralela à do im pf., no Subj. (e demais modos) tem -na sim ilar à do pres.; 6. Sentido e tradução - Paralelo em sentido e expressão ao 19 aor. at. Subj., de que é formação variante ou alternativa, é este 2° aor. at. Subj.: - tempo de Aktionsart punctiliar, a expressar o fato em si, o simples evento, não o processo de atualização (pres. e impf.) ou os efeitos e resultados continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.); - ação praticada pelo sujeito, como é próprio da voz ativa (e da média, também); - a ênfase posta no evento ou fato específico em distinção do sujeito e sua participação ou envolvimento (voz média), ou da resultacionalidade ou o evento em sua form a resultativa (voz passi va); - não necessariamente pretérita, uma vez que não há no Subj. noção explícita de tem po, podendo ser presente ou futura, segundo o requeira o direto contexto; - afirmada em moldes relativos, subordinados, dependentes, em teor meramente potencial, como é próprio do Subj., não, porém, condicional ou hipotética (Opt.), nem jussiva ou preceptual (Imper.), ou substantiva (Inf.), ou adjetival (Ptc.), m uito menos incisiva ou ca tegórica (Ind.); - sem tradução esteriotipada ou específica, uma vez que as sumirá a forma o sentido imposto pelo tipo de cláusula em que apareça, passível de acepções várias, portanto; - Logo, resumir-se-á, dizendo-se que é este 2- aor. at. Subj.: - tem po de Aktionsart punctiliar (aor.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - ênfase dada ao fato como evento (voz ativa), - sem noção explícita de quando se dá, podendo ser atual, pretérita ou pervindoura (Subj.), - expressa em moldes potenciais (Subj.), 851
- sem tradução específica ou única (Subj.), - a assumir o teor exigido pelo direto contexto. 7. Aplicação paradigmática - De outros verbos em
- Esta raiz, normativamente o real tema do verbo, a apare cer em todos os tempos do sistema, é nestas inflexões do 2- aor. méd. Subj. sempre a mesma, invariável, inalterada, constante; - A formação desta raiz peculiar obedece nesta flexão aos processos assinalados em relação à matriz: redução, mutação, reduplicação, substituição. b. Vogal de ligação - A mesma das flexões do ln d „ nos tempos do Subj. a as sum ir a forma longa, característica distintiva por excelência deste modo, é a vogal de ligação nas inflexões deste 2- aor. méd. Subj.: - (o antes das desinências iniciadas por |x ou v (1- p. s.; 19 e 3- p. p.), - Tf] antes das demais, nesta flexão iniciadas por ç ou t {2- e 3- p. s.; 2- e 39 p. d.; 2- p. pl.); - Dos tempos estudados do Subj. (pres. at. e mp., 1 - aor. at. e méd. e 29 aor. at. e méd.) todos têm estas mesmas vogais de liga ção longas;
c. Desinências - Ao contrário do Ind., em que recebem as formas aoristas desinências secundárias, têm as inflexões deste 2- aor. méd. Subj., como se dá em todos os tempos deste modo, exceção feita do perf. mp. perifrástico, formação composta diversa, desinências primárias, como é de esperar-se, médias, expressão evoluída ou adaptada dos pronomes pessoais correspondentes; - As desinências desta flexão são as mesmas, pois, encon tradas já nas formas do pres. mp. e do 19 aor. méd. Subj., a exibi rem na 2- p. s. a mesma alteração registrada nestes tempos, isto é, a queda da sibilante desinencial e a fusão da vogal de ligação tj com o ditongo final a t, a resultar Tg, terminação idêntica à da 3- p. s. ati va. - Graficamente: + o m —*■ T] + a t —► -t].
853
3. F le xã o a. Formas - De \a|xpáví»> - to m a r-, raiz neste sistema a reduzida X&|3, a flexão do 2- aor. méd. Subj. é:
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b. Observações morfológicas - Dos elementos estruturais apenas um, o tema X&£, é in variável, o mesmo em todas as formas, enquanto os dois outros, a vogal de ligação ti/ cú e as desinências, variam, conforme o exige ca da inflexão; - Apenas uma form a, a 2- p. s., sofre alteração, em decor rência da queda da sibilante desinencial e fusão das vogais contí guas (t ) + a i), de sorte que a form a atual é Xcfy3 — tj em vez de X&fJ — ti — o m , a original; - O final destas inflexões (vogal de ligação mais desinên cias) é, em paralelo, absolutamente o mesmo das formas equiva lentes do pres. mp. e do 19 aor. méd. Subj., comuns aos três tem pos estes elementos formacionais. 0 mesmo se diria quanto ao f i nal do pres. mp. e fut. méd. Ind., exceto que nestes a vogal de liga ção é breve, enquanto nas flexões do Subj. é sempre longa; 854
- A 2- p. s. atual, XÃp — T), é exatamente igual em forma à 3- p. s. do 2- aor. at. Subj., de que importa sempre distinguir-se com atenção; - No dual, como acontece em todas as flexões do Subj., já que apenas desinências primárias se admitem neste modo, são iguais em forma as duas inflexões, mesma a desinência, ao contrá rio do que se dá nos tempos secundários do Ind. e nas flexões do Opt. e do Imper., em que diferem em quantidade as vogais das de sinências, portanto, sempre diferentes as duas inflexões neste parti cular, bem como na posição do acento; - Três destas desinências: a0ov, da 2- p. d., |xe0
855
- De notar-se é que estas form as são estritamente médias, como, aliás, em todas as flexões aoristas (1§s e 2-s) ou futuras, desta voz, ao contrário dos outros tempos (pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf.), em que a mesma inflexão serve a ambas as vozes, po dendo, pois, ser média ou passiva. No aor. e no fut. tem a voz pas siva sempre form a distinta, calcada em outro sistema. 4. Acentuação - Flexão de modo finito, acentua-se este 2- aor. méd. Subj. re cessivamente, o acento a distanciar-se tanto quanto possível da ú l tima; - Breves as desinências todas, avança o acento até a antepenúl tima, pairando na penúltima apenas na forma atual da 2- p. s., cujo final, tornado longo em resultado da contração ocorrida, não per mite ultrapasse o acento esta sílaba. Aiiás, neste paradigma, dissilábica a inflexão, tal seria impossível; - É, pois, agudo o acento em todas as formas, paroxítona a 2- p. s. atual, proparoxítonas as demais, posto em todas na sílaba final do tema, isto é, sobre o a da raiz \à p , salvo na 1- p. pl., em que, em razão de ser dissilábica a desinência p.e6â , a antepenúltima passa a ser a sílaba seguinte, caindo, pois, o acento sobre a vogal de ligação <*>. 5. Relação - Da matriz, 2- aor. a t Ind., têm estas form as de 2- aor. méd. Subj. apenas o tema, diferentes a vogal de ligação e as desinências, além de faltar a esta flexão o aumento, próprio dos tempos secun dários do Ind.; - À base, pois, da matriz, obter-se-ão as form as deste 2- aor. méd. Subj., eliminando-se o aumento e substituindo-se a vogal de ligação breve (elo) pela correspondente longa (t|/o>) e as desinên cias secundárias ativas pelas primárias médias, ajustado o final da 2- p. s. e reposicionado o acento; - Do pres. mp. Subj. diferem estas formas de 2- aor. méd. Subj. somente quanto à raiz, naquele conform e a primeira, neste se 856
gundo a terceira das partes principais. Logo, conhecidas as inflexões do pres. mp. Subj., para convertê-las nas correspondentes deste 2aor. méd. Subj., suficiente será apenas substituir-se a raiz do pre sente pela do 2- aoristo. Vogal de ligação, desinências e alterações serão sempre as mesmas. Também a acentuação será sim ilar em natureza (agudo) e posicionamento (recessivo, antepenúltima); - Das formas ativas {2- aor. at. Subj.) diferem estas médias somente quanto à desinenciação (primária média em vez de prim á ria ativa). Raiz e vogal de ligação são as mesmas nas duas flexões. Logo, conhecidas as formas originais ativas, obter-se-ão estas m é dias do 2- aor. Subj. com simplesmente substituir-se a desinência primária ativa pela correspondente média, feito o devido ajuste na 22 p. s.; - E evidente, do exposto, que no Ind. tem o 29 aor. estrutura ção paralela à do im pf. e no Subj. (e demais modos) sim ilar à do pres. /
6. Sentido e tradução - Tem este 29 aor. méd. Subj. Aktionsart, sentido e expressão os mesmos da flexão ativa, 2- aor. at. Subj., a diferir apenas quanto à especificidade da voz e sua ênfase particular, o que vale também em relação ao 19 aor. at. Subj. Nestes aspectos, em nada difere do 19 aor. méd. Subj., de que é simples formação variante; - Destarte, é este 29 aor. méd. Subj.: - tem po de Aktionsart punctiliar, enfocado o fato em si, como puro evento, não seu processo de atualização (pre. e impf.), nem seus efeitos ou resultados continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.); - ação praticada pelo sujeito agindo sobre si próprio ou sobre algo com que se relaciona de modo especial, de sua vantagem, ou interesse, ou afeição, que é sentido específico da voz média, reflexa no prim eiro caso, indireta no segundo; - a ênfase a incidir no sujeito e seu envolvimento na ação, co mo é próprio da voz média, em distinção do fato como tal (voz ati va) ou do fato visto em sua expressão resultacional (voz passiva); 857
- não necessariamente pretérita, uma vez que, alheio ao Subj. o aspecto temporal explícito do Ind. ou relativo do Ptc., do imediato contexto advém esse fator, podendo, pois, referir-se a eventuação presente ou mesmo futura; - expressa em teor potencial ou probabilitário, próprio do Subj., que é modo dependente, subalterno, relativo, em distinção do Ind., sempre incisivo, terso, definido, categórico, ou do Opt., meramente hipotético, vago ou condicional, ou do Imper., preceptual, mandatório, jussivo, ou do Inf., nominal, substantivo, estático, ou do Ptc., qualificante, adjuntivo, adjetivo em teor; - não passível de tradução específica, estereotipada, peculiar, determinada que é pela modalidade de cláusula em que lhe ocorra a inflexão, susceptível, por isso, de diferentes sentidos ou acepções várias; - expressa sempre em termos da voz ativa, por faltar ao por tuguês a voz média, cujo sentido específico e ênfase distintiva se subentenderão, necessariamente; - Daí, em síntese, é o 2- aor. méd. Subj.: - tem po de A ktionsart punctiiiar (aor.), - ação praticada pelo sujeito, reflexa ou indireta (voz média), - ênfase ao sujeito e seu envolvimento (voz média), - presente, passada ou futura (Subj.), -p oten cial em teor (Subj.), - sem tradução estereotipada (Subj.), - traduzida em term os da voz ativa (voz média). 7. Aplicação paradigmática - Segue a flexão de outros verbos em co que tenham esta m o dalidade aorista o exato padrão deste paradigma de \ctp.|3áv«t>, obtendo-se-lhes as form as com simplesmente substituir-se a raiz \&(3 destas inflexões pela correspondente do verbo a conjugar-se, conforme a exiba a terceira das partes principais; - Vogal de ligação ('rj/ío), desinências (primárias médias), al teração da 2- p. s. ('riem -qai tj) e acentuação (recessiva, agudo, na antepenúltima, salvo na 2- p. s. atual, que é paroxítona) 858
são as mesmas em todos; - Nos verbos em (xi, embora lhes seja marca distintiva a ine xistência de vogal de ligação nas flexões dos sistemas do presente e do aoristo, normativamente 2- aoristo, no Subj. persiste essa vogal e a formação é paralela à dos verbos em <ú, vale dizer a mesma desta flexão paradigmática. Somente a acentuação difere no caso de temas de cunho monossilábico, em virtude de contração da vo gal temática em conjunção com a vogal de ligação. 1.1 0- 2 - Aoristo Ativo do Optativo 1. Estrutura - Paralela à estrutura do pres. at. Opt., constitui-se a sequên cia de elementos formacionais do 2- aor. at. Opt. de: RAIZ PECULIAR + VOGAL DE LIGAÇÃO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS 2. Formação a. Raiz - Porção que na 1- p. s., form a base da flexão, antecede ao final ot|xi, é a raiz neste 2° aor. at. Opt. a mesma da matriz, 2- aor. at. Ind., de que a deriva, como o fazem, aliás, as demais flexões do sistema; - Esta raiz, normativamente o real tema do verbo, sempre a diferir em escala, ora mais, ora menos acentuada, da raiz do pre sente, espelha-se na terceira das partes principais; - Através da flexão toda conserva-se inalterada, invariável, esta raiz, a mesma, pois, em todas as formas; - Como nas demais flexões do sistema, obedece esta raiz aos processos de formação assinalados em relação à matriz: m uta ção, redução, reduplicação, substituição; b. Vogal de ligação - Típica dos tempos do Opt. que a requerem, é a vogal de ligação neste 2- aor. at. Opt. a mesma encontrada já nas flexões do 859
pres. at. e mp. e fut. at. e méd. deste modo, isto é, a vogal breve o, que se funde com o infixo modal í, resultando o ditongo oi, carac terístico destas formas optativas todas;
c. Infixo Modal - Elemento mais distintivo deste modo, a aparecer-lhe em todas as formas e inflexões, é o infixo modal i, que na 3- p. pl., co mo se dá em todas as flexões ativas, é extensificado em ie; - Precede-o em todas as flexões vogal explícita: temática (pres. e 2- aor. dos verbos em |xt), infixai (1? aor.), ligacional (pres. e 2- aor. dos verbos em
d. Desinências - No Ind. têm os tem pos prim ários (pres., fut., perf. e fut. pf.) desinências primárias, os secundários (impf., aor., mqpf.) têm nas secundárias. No Subj., por outro lado, recebem todos (pres., aor. e perf., menos o perf. mp., perifrástico, formação divergente) desinências primárias. Por seu turno, em inteira contraposição ao Subj., só admitem as flexões do Opt. (pres., fut., aor., perf., exce tuado o perf. mp., perifrástico, e fut. pf.) desinências secundárias, o que vem a ser outra peculiaridade do Opt.; - São, pois, as SECUNDÁRIAS ATIVAS as desinências neste 2- aor. at. Opt., observando-se que na 1- p. s. ocorre a p rim i tiva |xí em vez da própria v e na 3- p. s. cai o t desinencial, con soante que não pode ser terminal de vocábulo regular; - São estas desinências exatamente as mesmas aplicadas já ao pres., fut. e 12 aor. ats. do Opt., que assim aparecerão também no perf. at. Opt. e aor. pass. Opt. 860
3. Flexão - As inflexões do 2- aor. at. Opt. de Xaixpavco - to m a r-, raiz neste sistema a reduzida Xàp, são:
1§ p. s. 2- p. s. 3- p. s. » ! 2- p. d. 3§ p. d. 1ã p. pl. 2a - p. pl. 3- p. pl.
RAIZ XÀp xàp xàp
VL o o 0
xàp xàp Xap Xap Xap
IM 1
DESINÊNCIA J fjtl <;
t
(t )
o o
1
TOV
0 0 o
1 1 l€
1
/ 1
TTJV
|xev T€ V
b. Observações morfológicas - Dos elementos estruturais três, a raiz Xàp, a vogal de li gação o e o infixo modal t, permanecem constantes, invariáveis, os mesmos em todas as inflexões, salvo que na 3- p. pl. extensifica-se em te o infixo í. As desinências, naturalmente, variarão conforme o exigem as diversas pessoas ou formas flexionais; - A 19 p. s., que deveria ser Xàpotv, é XáPotpx, a desinên cia fxt, original primária, a tom ar o lugar da regular secundária v; - Na 3- p. s., como em todas as flexões ativas, mais o aor. pass., quando secundárias ativas as desinências, cai a lingual te rm i nal t , de sorte que se finda a form a pelo ditongo o i , no Opt. sempre havido como longo, o que afeta diretamente a acentuação; - No dual, como é próprio de todas as flexões em que são secundárias as desinências, diferem as duas inflexões quanto à quantidade da vogal da desinência, breve (o) na 2- p., longa (i]) na 3- p. Daí, diferem também quanto à acentuação, proparoxítona aquela, paroxítona esta; - Três terminações: tov da 2- p. d., (xev da 1- p. pl. e t € da 2- p. pl., são as mesmas dessas pessoas em todas as flexões finitas 861
ativas, quer primárias, quer secundárias as desinências, assim como do aor. pass., ademais, ressalvado o fato de ser estranha às flexões do Imper. a 1- p.; - Na 3- p. pl. a desinência é v, como no im pf. e 1? aor. at. Ind., não o-àv, que ocorre no im pf. e 2- aor. at. Ind. dos verbos em p l, assim como no mqpf. at. e aor. pass. Ind. e nas flexões de infixo modal longo do Opt., isto é, no pres. at., m orm ente de verbos con tratos, e no aor. pass.; - Ademais, na 3? p. pl. bifurca-se o infixo modal te em duas sílabas distintas, uma vez que constitui hiato, não ditongo; - Comuns aos dois tempos os três elementos finais: vogal de ligação o, infixo modal t/te e desinências secundárias ativas, d i ferem estas inflexões do 2- aor. at. Opt. das correspondentes do pres. at. Opt. apenas no tocante à raiz, como se vê da form a base desses tempos de XajAfSáva): - Xap-Páv — o — t — |xt (pres. at. Opt.), - Xa(3 — o — t — jai (2- aor. at. Opt.); - Esta tríade de elementos estruturais é a mesma em três flexões ativas já estudadas do Opt.: pres. ('irurreú — o — i — |a i ), fut. (m oTeú — ct — o — i — |At) e 29 aor. (A&3 — o — i — |a i ) e no 19 aor., embora em vez de o apareça a, os dois outros elementos (infixo modal t e desinências secundárias ativas) são os mesmos (irw rreú — a à — t — jaí ); - Como no Subj., não têm estas formas de 2 - aor. at. Opt. o aumento, exclusivo que o ê das flexões secundárias do Ind., em que a projeção tem poral é absoluta, alheio, porém, aos demais modos, inclusive o Ptc., por isso que neste é a conotação de tempo mera mente relacional, subordinada, nos outros de todo ausente. 4. Acentuação - Como nas flexões todas dos modos finitos, é recessiva a acentuação destas formas do 2- aor. at. Opt., a distanciar-se o mais possível da última; - Final breve, têm CINCO das formas (1ã p. s., 2- p. d. e as três 862
do plural) o acento na antepenúltima, enquanto as três restantes (2p. s.f 3- p. s. e 3- p. d.) o têm na penúltima, já que lhes é longo o f i nal; - Agudo em todas as inflexões, paroxftonas a 2- e 3- p. s. e a 3- p. d., proparoxítonas as cinco outras (1 - p. s., 2- p. d. e as três do plural), está o acento na sílaba final do tema, nesta flexão o a da raiz \&{3, em todas as formas, exceção feita da 3- p. d., em que es tará sempre sobre o ditongo o i da penúltima. 5. Relação - Da matriz, 2- aor. at. Ind., têm estas inflexões do 2- aor. at. Opt. o tema e as desinências, na 1f p. s. px em vez de v. A vogal de ligação coincide parcialmente. Falta-lhes o aumento, privativo do Ind. e inserem o infixo modal t, específico do Opt.; - Partindo-se, pois, das formas do 2° aor. at. Ind., obter-se-ão as equivalentes deste 2° aor. at. Opt. eliminando-se o aumento e substituindo-se a vogal de ligação pelo ditongo o i (vogal de ligação o + o infixo m odaf l) , na 3- p. pl. extensificado em ote, mudada na 1- p. s. a desinência v por px; - Do pres. at. Opt. difere esta flexão apenas quanto à raiz, na quele a do presente (primeira das partes principais), neste a do aoristo (terceira das partes principais). Os demais componentes (vogal de ligação o, infixo modal l, na 3§ p. pl. te, e desinências, secundá rias ativas, pX, porém, em lugar de v na 1- p. s.) são os mesmos em ambas as flexões; - Conhecidas, portanto, as inflexões do pres. at. Opt., fo rmam-se as equivalentes deste 2- aor. at. Opt. com apenas substi tuir-se-lhes a raiz do presente pela do 2- aoristo, preservados os demais elementos e mantida a mesma acentuação; - Assim, Á.ap,f>áv — o — t — px (pres. at. Opt.), — o — t — px (2- aor. Opt. at.), a raiz aorista Xct(3 toma o lugar da presente \ctp,(3av, conservados os restantes fatores; - Vê-se, pois, que no Opt., como no Subj., seguem as formas
863
do 2- aor. at. (e assim na voz média) a estrutura geral do pres., en quanto no Ind. acompanham a formação do impf.). 6. Sentido e tradução - Simples formação variante, não difere do 19 aor. at. Opt. este 29 aor. at. Opt. em sentido e expressão; - É, pois, o 29 aor. at. Opt.: - tempo de Aktionsart punctiliar, ação, como no futuro, não durativa, nem continuada ou repetida, enfocado o fato em si, o puro evento, à parte do processo de atualização (pres. e impf.) e dos efeitos ou resultados conseqüentes (perf., m qpf. e fut. pf.); - praticada pelo sujeito; - a ênfase posta no fato como tal em distinção do sujeito e seu envolvimento na ação (voz média), ou da expressão resultativa que o evento assuma (voz passiva); - sem conotação tem poral explícita, característica de quatro dos seis modos (Subj., Opt., Imper. e Inf.), portanto, passível de tom ar-se como presente ou futura, não apenas pretérita, conforme o determine o imediato contexto; - expressa em moldes hipotéticos, vagos, condicionais, ao contrário do Ind., em que é categórica em teor, ou do Subj., em que é potencial, ou do Imper., em que é jussiva ou perceptual, ou do ln f„ em que é nominal ou estática, ou do Ptc., em que é adjetiva ou adjuntiva; - não a assumir tradução estereotipada, específica, definida ou explícita, ao contrário, a receber a acepção que imponha a m odali dade de cláusula em que lhe ocorra a form a, logo, passível de d i versas e múltiplas traduções; - Conclui-se, do exposto, que é o 29 aor. at. Opt., em síntese: - tempo de Aktionsart punctiliar (aor.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - ênfase posta no fato como tal (voz ativa), - destituída de explícita conotação de quando se dá (Opt.), - presente, passada ou futura (contexto), 864
- condicional ou hipotética em teor (Opt.), - a adm itir múltiplas traduções (Opt.). 7. Aplicação paradigmática - De outros verbos em ü) conjuga-se o 2- aor. at. Opt. à base deste paradigma de Xa|xf3ávú) - tomar - com simplesmente substi tuir-se a raiz X&0 pela correspondente do verbo a flexionar-se, conforme a patenteie a terceira das partes principais; - Vogal de ligação (o), infixo modal (i/ie ), desinências (secun dárias ativas, |xi, não v, na 1- p. s.) e acentuação (recessiva, agudo na penúltima na 2- e 3- p. s. e 3? p. d., na antepenúltima nas de mais) são sempre os mesmos, em todos; - Os verbos em jjüí, uma vez que lhes é aspecto distintivo a au sência de vogal de ligação nas flexões do pres. e do 2- aor., salvo no Subj., que a retém, exibe esta flexão estrutura, formação e con jugação a diferirem em certa medida, mormente em que o infixo modal admite forma extensificada (vq), ao lado da simples (i).
1.11 - 2 e Aoristo Médio do Optativo 1. Estrutura - Estrutura paralela à do 2- aor. at. Opt., bem como do pres. at. e mp. Opt., constam as formas deste 2- aor. méd. Opt. da se guinte sequência de elementos: RAIZ PECULIAR + VOGAL DE LIGAÇÁO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS 2. Formação a. Raiz - Porção que na form a base, 1- p. s., se antepõe ao final oijxtjv, é a raiz nesta flexão a mesma da matriz, 2- aor. at. Ind., de que a deriva, aliás, a mesma do 2- aor. at. Opt. e demais formas deste sistema, sempre a diferir, em escala ora mais, ora menos avultada, da raiz do presente; 865
- Conserva-se através de toda a flexão inalterada esta raiz, em todas as formas a mesma, constante, imutada; - Expressa na terceira das partes principais, dir-se-á que obedece esta raiz, em relação ao tema do presente, aos seguintes processos de formação em diferentes verbos: redução, mutação, reduplicação, substituição;
b. Vogal de ligação - Típica das flexões do Opt., excetuadas as formas de 19 aor. e do perf. mp., perifrástico, ê a vogal de ligação neste 2- aor. méd. Opt. a mesma das formas ativas correspondentes (2- aor. at. Opt.), isto é, a breve o, que se funde com o í infixai, produzindo o ditongo ot, distintivo destas formas do Opt., todas; - No 19 aor. não há vogal de ligação, visto que o infixo temporal termina por vogal, à nas formas ativas e médias, e nas passivas, que, por sua vez, se contraem com o í do infixo modal, resultando, respectivamente, os ditongos a t e ei, ao lado de oi, dis tintivos deste modo (Opt.);
c. Infixo Modal - Elemento específico do Opt., a aparecer-lhe em todas as inflexões, é o infixo modal, í, conètante e imutável nas formas desta flexão, portanto, não extensificado em te na 3- p. pl., ao contrário da voz ativa; - Precedido que é sempre de vogal, temática no pres. e 2° aor. dos verbos em |xt, infixai no 19 aor., ligacional no pres., fut., 2aor., perf. e fut. pf., funde-se este infixo modal í com a vogal ante cedente, produzindo-se nesta flexão o ditongo ot; - Este infixo é, como o tema e a vogal de ligação, o mesmo das formas ativas, de sorte que têm em comum as inflexões médias deste 2- aor. Opt. com as ativas estes três elementos, menos o in fi xo modal na 3- p. pl., te na ativa, simplesmente t na média; 866
d. Desinências - Excetuada a flexão do perf. mp., perifrástica, formação divergente, composta, as demais (pres., fut., 19 e 2? aors. e fut. pf., assim como o perf. at.) têm no Opt. desinências secundárias, ca racterística, destarte, deste modo, ao lado do infixo modal i; - Logo, neste 2- aor. méd. Opt. são SECUNDÁRIAS M É DIAS as desinências, caindo, como se verificou já no pres. mp., no fut. méd. e no I 9 aor. méd. Opt., a sibilante desinencial, ficando, porém, imutada a seqüência vocálica destarte contígua. - Graficamente: o + t + ao —» o + t + o —* oto. 3. Flexão a. Formas - De Xa|x0cmú - tomar - , raiz no sistema do 2- aor. a redu zida X&0, a flexão do 2- aor. méd. Opt. é: RAIZ Xct0
1- p. s. 2- p. s. 3? p. s.
xáp x&p
VL 0 0 0
2a - p. d. 3- p. d.
xá0 xáp
0 0
i / 1
1§ p. pl. 2a - p. pl. 33 p. pl.
Xâp
0 0 0
/ L i i
Xa0
x&p
IM 1
DESINÊNCIAS |XT)V
i
TO
CT0OV
(a)o
aOnr^v fA€0á CT0€ VTO
b. Observações morfológicas - Três dos elementos estruturais: a raiz X&0, a vogal de li gação o e o infixo modal t, não sofrem alteração, sempre os mes mos, invariáveis, em todas as formas. Variarão as desinências, na turalmente, conforme o exigem as diferentes pessoas; - A 2- p. s., que seria originalm ente Xa0ouro, assumiu a 867
form a atual Xàpoio, mercê da queda da sibilante desinencial; - No dual, característica das flexões em que são secundá rias as desinências e, também, dos tempos do Imper., diferem as duas inflexões quanto à quantidade da vogal desinencial, breve (o) na 2- p „ longa (tj) na 39 p., o que lhes afeta, ademais, a acentuação (proparoxítona a 2- p. d., paroxítona a 3- p. d.); - 0 quadro geral de desinências desta flexão é o mesmo aplicado já a CINCO dos tempos previamente estudados: dois do Ind. (impf. mp. e 19 aor. méd.) e três do Opt. (pres. mp., fut. méd. e 19 aor. méd.), em todos os quais se processou a queda do ç desi nencial, ensejando contrações no Ind., não, porém, no Opt.; - Três das desinências são comuns a todas as flexões m é dias e passivas (excetuado o aor. pass., que prefere desinências a ti vas), sejam primárias, sejam secundárias, nos quatro modos finitos, a saber: crQov (2- p. d.), |xe0à (1ã p. pl.) e a 0e (25 p. pl.), com a res trição de que às flexões do Imper. é alheia a 1- p. e no Subj. e Opt. o perf. mp. tem formação diferente; - Das formas paralelas do pres. mp. Opt. diferem estas in flexões apenas no tocante à raiz, uma vez que lhes são os mesmos os demais integrantes, como o demonstra a form a base destes tempos de Xap-Pcmo: - Xap-Pav — o — t — p/qv (pres. mp. O pt), - X&0 — o — i — p/qv (29 aor. méd. Opt.); - Enquanto no pres. a raiz é Xap-fJav, no 2° aor. é Xã0, d i ferentes, pois; - Note-se que esta tríade de elementos do final das infle xões é exatamente a mesma em três dos tempos já examinados do Opt.: - pres. mp.: m o re v — o — i — p/qv, - fut. méd.: in o T e v — a — o — í — p/qv, - 2- aor. méd.: X&0 — o — í — p/qv; - No 1e aor. Opt. méd., iricrTev -* a a - í - p/qv, os dois últim os (infixo modal 1 e desinências secundárias médias) são tam bém estes mesmos, mas a vogal de ligação o cede lugar à infixai ct; 868
inflexões muns os vogal de
Por outro lado, das ativas correspondentes, diferem estas de 2- aor. méd. Opt. apenas quanto às desinências, co demais elementos da sequência estruturante: raiz X&(3, ligação o e infixo modal t (nas ativas extensificado em te.
na 3- p. pl.); - Em toda a flexão contraem-se a vogal de ligação o e o in fixo modal í, destarte a formarem ditongo, não hiato; - Exclusivo que é do Ind., e assim mesmo lim itado aos chamados tempos secundários (impf., aor. e mqpf.), de que é o si nal explícito do caráter pretérito, portanto, alheio aos demais m o dos, mesmo ao ptc. (em que o teor temporal é simplesmente relati vo), não ocorre nestas form as o aumento; - Estas formas, distintividade das flexões do fut. e do aor., são peculiares à voz média, ao contrário do que se viu em relação ao pres. e ao im pf. (e se verá quanto ao perf., m qpf. e fut. pf.), em que servem, a um tem po, às duas vozes: média e passiva. 4. Acentuação - Recessiva é a acentuação destas inflexões do 29 aor. méd. Opt., característica das flexões todas dos modos finitos, pelo que se distancia sempre o mais possível do final da forma; - Portanto, estará o acento na penúltima nas duas inflexões em que é a longa a desinência (1- p. s., desinência p/r)v, e 3- p. d., desi nência ctôtiv); irá para a antepenúltima nas seis restantes (2- e 3- p. s.; 2- p. d. e as três do plural), todas com final breve; - É agudo em toda a flexão, paroxítonas a 1- p. s. e a 3- p. d., proparoxítonas as demais, posto sobre o í infixai em três formas (1? p. s. e 3- p. d., penúltima acentuada, longa a últim a, e na 1- p. pl,, antepenúltima acentuada, breve a últim a, dissilábica a desinência, jxe0ã), sobre o & do tema, sílaba última da raiz, nas cinco outras (2e 3- p. s.; 2- p. d. e 2- e 3ã p. pl.). 5. Relação - Da matriz, 29 aor. at. Ind., tem esta flexão apenas a raiz, em
869
bora, parcialmente, lhes seja comum a vogal de ligação também. Carece do aumento e insere o infixo modal í, substituindo, ade mais, as desinências, secundárias ativas, pelas secundárias médias; - Daí, partindo-se das formas da matriz, ter-se-ão as equiva lentes deste 2- aor. méd. Opt. com elim inar-se o aumento, conser var-se nas inflexões todas a vogal de ligação o seguida do infixo modal t e substituir-se a desinenciação ativa pela média correspon dente, secundária em ambos os casos, na 2- p. s. supressa a sibi lante desinencial; - Do pres. mp. Opt. têm estas formas de 2- aor. méd. Opt. três dos quatro elementos estruturantes (vogal de ligação o, infixo m o dal i e desinências, secundárias médias), diferente apenas a raiz, naquele consoante a primeira das partes principais, neste conforme a terceira dessas partes; - Portanto, conhecida a flexão do pres. mp. Opt. de verbo em que seja segundo o aoristo, obter-se-ão as formas deste 2- aor, méd. Opt. com somente substituir-se a raiz do pres. pela do 2- aor., mantidos inalterados os demais elementos, mesma a supressão do ç desinencial na 2- p. s. e, de igual modo, idêntica a acentuação; - Por outro lado, em comum com as form as ativas, têm estas médias do 2- aor. Opt. todos os elementos, exceto as desinências. Logo, conhecidas as inflexões ativas, form am -se as equivalentes da voz média com simplesmente substitur-se a desinência ativa pela correspondente média. Raiz (Xâj3), vogal de ligação (o), infixo m o dal (£) e contração ditongai (ot) são os mesmos em ambas as fle xões; - Assim, Xâp — o — i — jx i (2- aor. at. Opt.), X&P — o — í — |xtjv (2- aor. méd. Opt.). Substituída a desinência ativa |xí pela média p/rjv, ajustada a acentuação, tem se a form a desta voz; - Este processo de formação da inflexão média à base da ati va, mediante simples substituição desinencial, feitos ligeiros ajustes onde de mister, é característica de QUATRO tem pos nos modos f i nitos: pres., im pf., fut. e aor., 19 ou 2°. Apenas o perf., o m qpf. e 870
o
fut. pf. (este porque não ocorre em form a ativa) fogem a esta norma; - Do que se expôs, é evidente que também nesta flexão segue o 2- aor. a estruturação geral do pres., o que se dá, aliás, em todos os modos, menos no Ind., em que a similaridade é para com o im pf. 6. Sentido e tradução - Mera formação variante, não difere em sentido e expressão este 2- aor. méd. Opt. do 19 aor. méd. Opt. e das correspondentes ativas, por outro lado, não divergem estas inflexões médias senão em matéria de voz e ênfase conseqüente; - Logo, é este 2- aor. méd. Opt.: - Tempo de Aktionsart punctiliar, como no futuro, ação inextensa, descontínua, não-durativa, visualizado o fato em si, o simples evento, não seu processo extensivo (pres. e impf.), nem seus efeitos e resultados continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.); -praticada pelo sujeito agindo sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo direto, que lhe é de vantagem, ou interesse, ou propriedade (média indireta); - a ênfase a incidir sobre o sujeito e seu particular envolvimento na ação, não sobre o fato como tal (voz ativa), nem sobre a eventuação em sua expressão realizada ou resultante (voz passiva); - sem conotação temporal explícita, logo, não necessariamente pretérita, uma vez que o Opt., como o Subj., o Imper. e o Inf., não explicita o QUANDO, mas apenas o COMO, a ação se dá, podendo, pois, referir-se ao presente ou ao futuro, conform e o determine o imediato contexto, a rigor, mais ao futuro, próxim o ou remoto; - expressa em termos condicionais, vagos, hipotéticos, como é próprio do Opt., em distinção no Ind., que a projeta em teor categó rico ou incisivo, ou do Subj. que a apresenta em moldes potenciais ou probabilitários, ou do Imper., que a enfeixa em form a jussiva ou perceptual, ou do Inf., que lhe dá cunho substantivo ou estático, ou do Ptc., que a mostra em linhas adjetivas ou adjuntivas; 871
- não passível de tradução específica, única, estereotipada, d i tada que o é sempre pela modalidade de cláusula em que lhe ocorra a forma, portanto, capaz de acepções diversas e múltiplas; - representada pela forma ativa, já que é estranha ao português a voz média, subentendidas a conotação própria desta voz e sua ênfase peculiar; - Dir-se-á, pois, em síntese, que é o 2- aor. méd. Opt.: - tem po de A ktionsart punctiliar (aor.), - ação praticada pelo sujeito, sobre si próprio ou sobre algo com que se relaciona estreitamente (voz média), - ênfase dada ao sujeito e seu envolvim ento (voz média), - sem explícita conotação tem poral (Opt.), - presente, pretérita ou futuritiva (contexto), - condicional ou hipotética em teor (Opt.), - passível de múltiplas traduções (Opt.), - representada em term os da voz ativa (inexistente a média em português).
7. Aplicação paradigmática - Flexiona-se o 2- aor. méd. Opt. de outros verbos em ío em que seja esta a modalidade de aoristo encontrada, à base deste pa radigma, requerendo-se apenas a substituição da raiz \a(3 pela equivalente do verbo a conjugar-se, conforme se espelha na terceira das partes principais; - Comuns a todos, os mesmos sempre, serão: a vogal de liga ção o, o infixo modal i, as desinências secundárias médias, a con tração ditongai o i, a queda da sibilante desinencial na 2- p. s. e a acentuação (recessiva, agudo, mesmo posicionamento); - Nos verbos em p£, a que é estranha a vogal de ligação nas flexões dos sistemas do presente e 2- aoristo, com exceção das formas do Subj., exibirão as inflexões deste 2- aor. méd. Opt. es truturação, cotrtração e acentuação algo diferentes. 872
1.12 - 2 9 Aoristo Ativo do Imperativo 1. Estrutura - A sequência estrutural neste 29 aor. at. Imper. consiste de: RAIZ PECULIAR + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIAS
2. Formação a. Raiz - Porção que, na form a base, 2- p. s., se antepõe ao final e, é a raiz neste 29 aor. at. Imper. a mesma da matriz, 2- aor. at. Ind., de que a derivam esta e as demais flexões do sistema, a diferir sempre, em moldes ora mais, ora menos acentuados, do tema do presente; - Expressa pela terceira das partes principais, conserva-se esta raiz constante, inalterada, a mesma em todas as formas desta flexão; - A mesma da matriz, exibirá esta raiz, nos diferentes ver bos, em contraposição ao tema do presénte, formação que se pode aquilatar de redução, mutação, reduplicação ou substituição;
b. Vogal de ligação - Característica das flexões do pres. at. e mp., do perf. at. e do 29 aor. at. e méd. no Imper., é a vogal de ligação a normativa da matriz (29 aor. at. Ind.), isto é: o ante a desinência iniciada pela lí quida v da 3- p. pl., e ante as demais; - É de notar-se que a vogal de ligação e/o aparece em TRÊS dos modos: ind. (pres., im pf. e fut. nas três vozes, 2° aor. at. e méd. e fut. pf. mp.), Imper. (tempos enumerados no item prévio) e Inf. (pres. e f u t nas três vozes, mais o 29 aor. at. e méd. e o fut. pf. mp.), extensiva, ademais, às flexões do Ptc., onde requerida, sem pre o; 873
c. Desinências - Enquanto em três dos modos finitos se empregam as chamadas desinências primárias (tempos prim ários do Ind.: pres., fut., perf. e fut. pf.; os três tempos do Subj.: pres., aor. e perf.) ou secundárias (tempos secundários do Ind.: impf., aor. e mqpf.; os cinco tempos do Opt.: pres., fut., aor., perf. e fut. pf.), no Imper. são próprias deste modo as desinências, as mesmas neste 2- aor. at. Imper. já aplicadas ao pres. e 19 aor. ats.; - São, pois, as IMPERATIVAS ATIVAS as desinências nesta flexão, observando-se que, à maneira do pres. at. Imper., sofre a excisão da desinência, 6b, a 2- p. s.; - Como nos demais modos finitos, estas desinências, em moldes gerais, são nada mais do que formas evoluídas dos prono mes pessoais correspondentes; - Como se viu em ralação à flexão do pres. e 19 aor., a 3- p. pl. exibe duas formas, a clássica e a coiné, esta a prevalecer em o Novo Testamento. 3. Flexão a. Formas - A flexão do 2- aor. at. Imper. de Xa|x|áávú) - to m a r-, raiz neste sistema a reduzida Xctfi, é: DESIN. —
xàp
VL t e ✓ €
TO)
- toma tu - toma ele, ela
25 p. d. 35 p. d.
Xa|J Xap
€ f €
TOV TO)V
- tomai vós (dois, duas) - tomem eles (dois), elas (duas)
25 p. p|. 35 p. pl.
xáp
€ O OU / €
T€ VTCDV
- tomai vós - tomem eles, elas
25 p. s. 35 p. s.
RAIZ Xàp
Xá|3
x&p 874
TGXTCtV
b. Observações morfológicas - Destes elementos estrutura ntes, a raiz permanece imutada, a mesma em toda a flexão, e a vogal de ligação varia ape nas na 3- p. pl. clássica, o em vez de c, enquanto as desinências se rão diferentes, conforme se faz de mister nas diversas inflexões; - A 2- p. s., que deveria assumir a form a Xlxf3e0i, sofre a apócope da desinência, term inando pela vogal de ligação e, logo, Xa|bé (acentuação peculiar). Apenas no aor. pass. Imper. (m oTeú — (hj — t i ) se preserva esta desinência, om itida também no pres. at. Imper. (m o re u — e por m crreú — e — 8t), como o será no perf. at. Imper. (ire — Trwrreu — K€ por -ire — Trurreú — kc — 0t), no 1? aor. at. Imper. transmutada, juntamente com o infixo temporal aã, em aov (Trurrev — aov em vez de m o T ev — a ã — 0Í); - No dual, característica de todas as flexões do Imper., co mo também dos tempos do Opt. e secundários do Ind., diferem as duas inflexões quanto à quantidade da vogal desinencial, breve (o) na 2- p. s., longa (to) na 3- p., o que lhes afeta a acentuação, pro paroxítona aquela, paroxítona esta; - O quadro geral de desinências desta flexão é o mesmo aplicado em relação ao pres. e a o 1 ? aor. Imper., a 2- p. s. a exibir a mesma apócope da desinência no pres. e a sofrer-lhe mutação es pecial no 19 aor. Também será o mesmo no perf. at. Imper. e no aor. pass. Imper., no perf. apocopada a desinência da 2- p. s „ no aor. pass. preservada; - Duas das desinências: t o v (2- p. d.) e tc (2- p. pl.) são as mesmas dessas formas em todos os tempos ativos dos modos fi nitos, prim ários ou secundários, mais o aor. pass., cujas desinências são sempre ativas; - Estas duas inflexões diferem das paralelas do pres. at. Ind. e Imper. apenas em que têm raízes distintas, jamais coinci dentes. A vogal de ligação e e as desinências t o v e Te, contudo, são as mesmas nos três tempos; - Assim, é a 2- p. d. \ot|x|3(xv — e — tov no pres. at. Ind. e Imper., 875
XafJ — e — tov no 2- aor. at. Imper.; e a 2- p. pl. Xa|xpáv — e — T€ no pres. at. Ind. e Imper., \ a 0 — e — T€ no 2- aor. at. Imper., naqueles a raiz \a|x(3av, neste a reduzida Xct|3; - A 3? p. pl. clássica, \ & P o v t c ú v , coincide em forma e acentuação com a inflexão do gen. pl. masc. e neutro do 29 aor. at. Ptc., como adiante se verá. A mesma relação prevalece, como fr i samos já, entre estas formas no caso do pres. at. Imper. (Trurrev — ó — v t c o v ) e gen. pl. masc. e neutro do pres. at. Ptc. (m o re v — o — v t — tov) e do 19 aor. at. Imper. (m o re u — era — v t c ú v ) e gen. pl. masc. e neutro do 19 aor. at. Ptc. (m oTev —
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4. Acentuação - Flexão de modo finito, é este 2- aor. at. Imper. acentuado re cessivamente, distanciando-se-lhe o acento o mais possível da última; - A 2- p. s. tem, entretanto, em alguns verbos, acentuação es pecial, posta no final da form a, isto é, sobre a vogal de ligação e. Tal é o caso de: - eiTré (de Xé^yo)) - dize, - eX0e (de epxojjuxt) - vem, vai, - evpe (de evpÍCTKío) - acha, - \ 8e (de opaca) - vê, - \á p € (de \a|x(àávcú) - toma; - Todavia, no coiné obedecem à norma regular de prosódia as últimas duas, portanto, acentuadas:^8e e Xàpe; - Por outro lado, nos verbos compostos o princípio de recessividade tende a exercer-se plenamente, de sorte que, em se tra tando de temas de cunho monossilábico, avançando até a antepe núltima, cairá o acento sobre a preposição integrante ao invés de estacar no lim ite da raiz verbal, como é de regra; - Destarte, estará o acento na penúltima nas três inflexões em que é longa a desinência (39 p. s., 3- p. d. e 3- p. pl. clássica), além da 2- p. s. dissilábica de penúltima breve (quando não acentuada na última); estará na antepenúltima nas três form as de final breve (2- p. d., 2- p. pl. e 3- p. pl. coiné), além da 2- p. s. dos verbos compostos e daqueles cuja raiz não seja monossilábica; na última na 2- p. s. de certos verbos simples; - Agudo em todas as formas, será: - oxftona, posto sobre a vogal de ligação e, UMA inflexão: a 2p. s. de certos verbos; - paroxftonas, posto sobre a vogal final do tema, neste para digma o ã da raiz X&(3, nos verbos monossilábicos de base, po r quanto é dissilábica a forma, UMA inflexão: a 2- p. s. de certos ver bos; posto sobre a vogal de ligação e, em TRÊS inflexões: 39 p. s.; í9 p. d. e 39 p. pl. clássica; e 877
- proparoxítonas, posto sobre a vogal final do tema, neste caso o à da raiz em TRÊS formas: 2- p. d., 2- p. pl. e 3- p. pl. coiné, a que se acrescentará mais UMA forma, a 2- p. s. de verbos com postos, em que estará o acento na vogal ou ditongo final do ele mento integrante, geralmente preposição intensiva ou reguladora; - Se monossilábica a raiz e longa ou ditongai a vocalização, receberia a 2- p. s., dissilábica e acentuada na penúltima, o circun flexo, portanto, properispômena ao invés de paroxítona a forma. 5. Relação - Da matriz, 2- aor. at. Ind., tem esta flexão apenas a raiz, que lha deriva, e a vogal de ligação, e/o, paralela, inda que parcialmente. Diferentes lhes são as desinências, exceto em duas das fo r mas: 2- p. d. e 2- p. pl. Além disso, falta a esta flexão o aumento; - Logo, à base da matriz, obtém -se esta flexão do 2- aor. at. Imper. com eliminar-se o aumento e acrescentar-se ao tema e vo gal de ligação as desinências imperativas ativas, estas em lugar das secundárias ativas, ajustada a acentuação. Naturalmente, na 2- p. s. deixar-se-á de inserir a desinência prim itiva 0i e na 2- p. d. e 2- p. pl. não se requer mudança desinencial, uma vez que coincidem em forma nessas duas flexões; - Do pres. at. Imper. têm estas formas dois dos três elementos estruturais: vogal de ligação (c/o) e desinências (imperativas ativas), mesma e excisão desinencial da 2- p. s. Diferente lhes é apenas a raiz, naquele consoante à primeira, neste conforme a terceira das partes principais; - Daí, conhecida a flexão do pres. at. Imper., obter-se-ão as formas deste 2- aor. méd. Imper. com simplesmente substituir-se a raiz do presente pela do 2- aoristo, conservados os demais ele mentos e mantida a recessividade da acentuação, exceto na 2- p. s. dos verbos que a tenham na última; - Do considerado, verifica-se que também nesta flexão segue o 2- aor. a estrutura geral do pres., o que se registra em todos os modos, aliás, menos no Ind., em que o paralelo é com o im pf., não com o pres.
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6. Sentido e tradução - Simples processo variante de formação, não difere este 29 aor. at. Imper. do 15 aor. at. Imper. em sentido e expressão; - Daí, é este 2- aor. at. Imper.: - tem po de Aktionsart punctiliar, como no futuro, ação nãodurativa ou extensa, enfocado o fato em si, o evento à parte de seu processo de atualização (pres. e impf.) ou de seus resultados, ou efeitos, ou consequências continuativas ou extensivas (perf., mqpf., fut. pf.); - praticada pelo sujeito, a ênfase a incidir sobre o fato como tal, não sobre o sujeito e seu envolvimento (voz média), nem sobre a eventuação em sua expressão resultacional (voz passiva); - sem conotação temporal explícita, logo, não necessariamente pretérita, já que no Imper., quanto no Subj., no Opt. e no Inf., sub siste somente a noção de COMO, não de QUANDO a eventuação se dá. Ademais, dada a própria natureza deste modo, não projetável ao passado a ação jussiva, expressará normalm ente fato imediato ou pervindouro, logo, presente ou futuro, conform e o determine o direto contexto; - expressa em teor injuntivo, sentencioso, preceptual ou jussivo, na form a de ordem, mandado, determinação ou preceito, como é próprio do Imper., em distinção do Ind., em que assume feição categórica ou incisiva, ou do Subj. em que se reveste de tom probabilitário ou potencial, ou do Opt., em que se apresenta vaga, dubita tiva, condicional, hipotética, ou do Inf., em que tem cunho estático ou substantivo, ou do Ptc., em que reflete linhas adjuntivas ou adje tivas; - não a receber tradução específica, direta, peculiar, uma vez que falecem ao português formas explícitas e exclusivas desta fle xão temporal. Traduzem-se-lhe, pois, as inflexões pelas correspon dentes do pres. at. Imper., subentendida a implícita noção de punctiliaridade, própria do aoristo. A tradução é a mesma atribuída já às formas do 19 aor., em paralelo; - Logo, como se viu em Trioretxú - crer - , uma e a mesma 879
tradução dada às inflexões do Imper. no pres. e n o 1 7 *9 aor. nas vo zes ativa e média, assim será no caso de Xap-Pávco - tomar - em relação ao pres. e ao 2° aor. Imper. nessas vozes; - Portanto, traduzir-se-ão pelo pres. at. Imper. recebe, toma, estas três formas básicas de Xoi|x|3ávci>, já estudadas: - Xá|x(3av — e (pres. at. Imper.), - X a p p á v — ou (pres. méd. Imper.), e - Xot(3 — € (2- aor. at. Imper.); - Em resumo, pois, dir-se-á que é o 2- aor. at. Imper.: - tempo de Aktionsart punctiliar (aor.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - ênfase posta no fato, não no sujeito (voz média), nem na ex pressão resultante (voz passiva), - sem explícita conotação temporal (Imper.), - presente, passada ou futura (contexto), -injuntiva, jussiva ou preceptual (Imper.), - traduzida pelo pres. at. Imper., subentendida a punctiliaridade da Aktionsart.
7. Aplicação paradigmática - À base deste paradigma flexiona-se o 29 aor. at. Imper. de outros verbos em ío que tenham esta modalidade aorista, fazendose de mister apenas substituir-se a raiz Xà(3 pela correspondente do verbo a flexionar-se, conforme se espelhe na terceira das partes principais; - Vogal de ligação (e/o) e desinências (imperativas ativas) são as mesmas em todos os verbos, bem como a queda do final da 2- p. s. e a acentuação (recessiva), observada a peculiaridade da 2p. s. oxítona em certas flexões; - Os verbos em |xí, embora tenham a mesma desinenciação geral, com ligeiras variantes na 2- p. s., diferem deste padrão em que lhes é ausente a vogal de ligação, desnecessária porque o tema se finda por vogal. 880
1.13 - 2 ° Aoristo M éd io do Im perativo 1. Estrutura - Sequência estrutural paralela à da voz ativa, a mesma do pres. mp. Imper., constam as inflexões deste 2° aor. méd. Imper. de: RAIZ PECULIAR + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIAS 2. Formação a. Raiz - Porção a preceder, na 2- p. s., form a base da flexão, ao f i nal contrato ou, é a raiz neste 2° aor. méd. Imper. a mesma da voz ativa, derivada, em todos os tempos do sistema, da matriz, 2- aor. at. Ind.; - Difere sempre esta, em grau ora mais, ora menos acen tuado, da raiz do presente, com a qual, portanto, jamais coincide; - A patentear-se na terceira das partes principais do verbo, é esta raiz invariável, constante, a mesma em todas as inflexões deste como dos demais tempos componentes do sistema; e - Em contraposição ao tema do presente, exibe a raiz do 2aor. formação alterada, que se pode adm itir como redução, m uta ção, reduplicação ou substituição; b. Vogal de ligação - Característica das flexões do pres. at. e mp., 2- aor. at. e méd. e perf. at. no Imper., é também a vogal de ligação a mesma da matriz (2- aor. at. Ind.), nestas formas e, uma vez que nenhuma das desinências se inicia por (x ou v, diante das quais teria de ser o; c. Desinências - Recebem as flexões do aoristo médio, 19 ou 29, no Ind. e Opt. as desinências SECUNDÁRIAS MÉDIAS, no Subj. as desinên cias PRIMÁRIAS MÉDIAS, típicas dos modos verbais finitos; 881
- No Imper., porém, embora modo finito, não são essas as desinências, por isso que tem o Imper. desinências próprias, exclu sivas. Daí, são elas neste 2- aor. méd. Imper. as chamadas DESI NÊNCIAS IMPERATIVAS MÉDIAS, as mesmas aplicadas já ao pres. mp. e ao 19 aor. méd. Imper.; - A 2- p. s., como se viu no pres. e no 1? aor. méd. Imper., sofre ligeira alteração no final, característica desta inflexão em to dos os tempos médios nos quatro modos finitos, exceção feita do perf. e mqpf.; - Como no pres. mp. Imper., cai o ç desinencial na 2- p. s., contraindo-se, a seguir, as vogais contíguas, e de ligação e o desi nencial, resultando o ditongo ou. - Graficamente: e + ao —*• e + o —♦ ov; - De notar-se é que das desinências DUAS, a0ov da 2- p. d. e crQe da 2- p. p l„ são exatamente as mesmas das inflexões corres pondentes dos modos finitos em que se usam desinências prim á rias ou secundárias médias, enquanto UMA, ao da 2- p. s., é a mesma dessa pessoa nos tempos secundários médios do Ind. (im p f„ 1? e 29 aors. e mqpf.) e nas flexões médias do Opt. (pres., fut., 19 e 2- aors., fut. pf.); - Em larga medida, são estas desinências nada mais do que formas evoluídas dos pronomes pessoais correspondentes; - Na 3- p. pl., característica das flexões imperativas, ocor rem duas formas, uma de cunho clássico, a outra de natureza mais popular, esta a prevalecer no coiné, portanto, a preferida do Novo Testamento.
3. Flexão a. Formas - De \a|Ap(ivü> - tomar - , raiz do 29 aor. a reduzida genuíno tema do verbo, a aparecer-lhe em todas as inflexões deste sistema, as formas do 29 aor. méd. Imper. são: 882
RAIZ VL DESIN. 2- p. s. [Xàp e cto] — Xáp 3- p. s. Xáp é cr0a> 2a - p. d. 3- p. d.
X&P € / Xáp e
ct0ov
o-0cov
2- p. pl. Xap e ct0€ t 3? p. pl. Xáp e CT0cov ou Xáp e cr0(üoràv
ov - toma tu - tome ele, ela
- tomai vós (dois, duas) - tomem eles (dois), elas (duas) - tomai vós - tomem eles, elas
b. Observações morfológicas - Dos elementos estruturantes DOIS permanecem invariá veis, constantes, os mesmos em todas as inflexões: a raiz Xáp e a vogal de ligação e, se bem que sofra esta vogal leve mudança na 2p. s., dada a contração que ocorre no final da form a. As desinências, como é de esperar-se, variarão de pessoa em pessoa; - A 2- p. s., que na form a original deveria ser, regularmen te, Xápeoo, mercê da queda do ç desinencial e da contração das vogais e e o agora contíguas, passou a ser Xápoú, deslocado, ade mais, o acento; - No dual, traço distintivo de todas as flexões imperativas, bem como dos tempos todos do Opt. (pres., fut., 19 e 2- aors., perf. e fut. pf.) e dos secundários (impf., 19 e 2- aors. e mqpf.) do Ind., diferem as duas inflexões em matéria da quantidade da vogal desi nencial, breve (o) na 2- p., longa (co) na 39 p., donde ser aquela pro paroxítona, esta paroxítona; - O quadro geral de desinências desta flexão é o mesmo do pres. mp. e do 19 aor. médio Imper., conjugados já, a 2- p. s. a exi bir no pres. mp. a mesma alteração registrada neste 29 aor. méd. Imper. e no 19 aor. a sofrer inteira substituição, juntamente com o infixo temporal crà. Será o mesmo também no perf. mp. Imper., 883
em que se não alterará a desinência da 2- p. s.; - Em duas destas sete inflexões, a 2- p. d. (XàfJ — e — cr0ov) e a 2- p. pl. (Xàfâ — e — a0e), é a desinência a mesma de to dos os tempos médios e passivos dos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), excetuadas as flexões perifrásticas (perf. mp. Subj. e Opt.) e as do aor. pass., desinenciadas em term os das ativas; - Das inflexões paralelas do pres. mp. Ind. e Imper. diferem estas formas apenas no que respeita à raiz, os mesmos os demais elementos: vogal de ligação (e), desinências (cr0ov, ode), acentuação (recessiva, proparoxítonas). Destarte, é: - a 2- p. d.: Xa|x@áv — e — crGov no pres. mp. Ind. e lm per., XàfJ — e — a0ov no 2- aor. méd. Imper., e - a 2- p. pl.: Xap-páv — e — a0e no pres. mp. Ind. e Imper., Xàj3 — e — ct0€ no 2- aor. méd. Imper., naquelas a raiz do presen te, Xap-Pav, nestas a reduzida de 2 - aor., Xá|3; - Por outro lado, diferem estas duas inflexões das paralelas do 2- aor. méd. Ind. apenas em que não recebem o aumento, ex clusivo que o é do Ind. - Temos, pois, ê — Xà|3 — e — o^Gov = 2- p. d. do 2- aor. méd. Ind., Xa|3 — e — a0ov = 2- p. d. do 2- aor. méd. Imper., e — Xap — e — 0-06 = 2- p. pl. do 2° aor. méd. Ind., Xa|3 — e — o-0e = 2- p. pl. do 2- aor. méd. Imper., as formas indicativas dotadas de aumento, as imperativas dele desprovidas; - A mesma relação vale também para a 2- p. s., exceto que diferem a posição e natureza do acento, paroxltona no \n d „ perispômena no Imper., por isso que é: e — Xáp — ov a 2- p. s. do 29 aor. méd. Ind., X&3 — ou a 2- p. s. do 2° aor. méd. Imper.; - Da 39 p. pl. a form a Xàjâ — e — cr0o>v é a predominante no clássico, enquanto Xàp — é — crGíoaáv é a preferida no coiné, logo, a normativa em o Novo Testamento; - Da matriz, 2- aor. at. Ind., deriva esta flexão dois dos três elementos estruturais: a raiz, XáfJ, constante, a mesma em todas as inflexões, e a vogal de ligação, nestas formas sempre e. Apenas as desinências, secundárias, ativas, na matriz, imperativas médias 884
nesta flexão, diferem, necessariamente, além de carecerem estas formas do aumento, peculiar aos tempos secundários do Ind. (im pf., 19 e 2- aors., mqpf.); - Das formas ativas, 2- aor. at. Imper., diferem estas mé dias somente em matéria desinencial, por isso que naquelas ocor rem as imperativas ativas, nestas as imperativas médias, o que re quer vogal de ligação diferente na 3- p. pl. clássica. A acentuação, porém, é paralela, feitas as ressalvas próprias da 2- p. s. ativa em muitos verbos; - São estas inflexões, propriedade distintiva dos sistemas do futuro e do aoristo, 19 ou 29, exclusivamente médias, não passi vas. Enquanto no pres. e impf., bem como no perf., m qpf. e fu t. pf. a mesma form a serve às duas vozes, média e passiva, no fut. e no aor. são sempre diferentes, enquadradas até em outro sistema. A. Acentuação - Tempo de modo finito, recessiva é a acentuação neste 29 aor. méd. Imper., posto sempre o acento o mais distante possível da última, exceção feita da 2- p. s. atual, que o tem na última, cir cunflexo; - Nas demais seis inflexões, estará o acento na antepenúltima nas três formas em que a desinência é breve {2- p. d.: X&|3 — e — orftov; 2 - p. pl.: XoiP — e — ct0€ e 39 p. pl. coiné: Xa|3 — é — a0co— o&v), na penúltima nas demais três, porquanto lhes é longa a desi nência (39 p. s.: Xᣠ— é — cr0a>; 39 p. d.: Xã|3 — é — ot0íov e 39 p. pl. clássica: XafJ — e — oDcov); -A gu do em todas as inflexões, menos a 2- p. s., serão: -perispôm ena a 2- p. s. - UMA forma; - paroxítonas a 3- p. s., a 3- p. d. e a 3- p. pl. clássica - TRÊS formas; e - proparoxítonas a 2- p. d., a 2- p. pl. e a 3- p. pl. coiné - TRÊS formas; - Logo, cairá o acento: - sobre o ditongo final ou, circunflexo, na 2- p. s. - UMA forma; - sobre a vogal de ligação e, agudo, na 39 p. s., na 39 p. d. e na
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3§ p. pl., ambas as inflexões - QUATRO formas; e - sobre a vogal temática &, final do tema, agudo, na 2- p. d. é na 2- p. p l.- DUAS formas. 5. Relação - Relaciona-se este 2- aor. méd. Imper. com a matriz, 2- aor at. Ind., em que lhe deriva dois dos três elementos formacionais a raiz, Xõ$, e a vogal de ligação, e, diferente a desinenciação; - Portanto, partindo-se das inflexões da matriz, obtêm-se as equivalentes deste 2- aor. méd. Imper. com simplesmente excindirse-lhes o aumento e substituir-se-lhes a desinência secundária ati va pela imperativa média correspondente, ajustada a acentuação e feita a alteração regular da 2- p. s., conservada sempre a vogal de ligação e; - Relaciona-se este 2- aor. méd. Imper. com a flexão do pres. mp. Imper. em que lhes são os mesmos dois dos três elementos estruturantes: a vogal de ligação e e as desinências imperativas médias, além da alteração registrada no final da 2- p. s. e da acen tuação. Diferem apenas quanto à raiz, no presente segundo a pri meira das partes principais, no aoristo conforme a terceira ; - Daí, conhecida a flexão do pres. mp. Imper., para obteremse as formas deste 2- aor. méd. Imper. requer-se apenas a substi tuição da raiz do presente pela do 2- aoristo, conservado o restante sem alteração, exceção feita da acentuação da 2- p. s., paroxítona no pres., perispômena neste 2 9 aor.; - Relacionam-se estas inflexões médias com as ativas parale las em que lhes são os mesmos dois dos elementos: a raiz, neste verbo \à |J , e a vogal de ligação, e/o nas ativas, e nas médias. Tam bém é a mesma a acentuação, em paralelo, excetuada a 2- p. s., proparoxítona, paroxítona ou oxítona na flexão ativa, perispômena nesta flexão média. Diferem, logicamente, as desinências, imperati vas ativas no 2° aor. at. Imper., imperativas médias neste 2- aor. méd. Imper.; - Logo, tom ando-se por base as form as ativas, form ar-se-ão 886
estas médias paralelas com apenas substituírem-se as desinências imperativas ativas pelas médias equivalentes, feita na 2- p. s. a al teração normativa e ajustada a acentuação; - Esta relação entre a flexão ativa e a média paralela vale para todos os tempos, menos para o perf. e mqpf., diferente a estrutura e distinto o sistema nestas vozes, e o fut. pf., a que é alheia a form a ativa, e para todos os modos, salvo o Ptc. Logo, em se tratando de pres., impf., aor. e fut., no Ind., no Subj., no O p t„ no Imper. e no Inf., conhecida a flexão ativa, obter-se-á a média correspondente mediante simples substituição das desinências ativas pelas médias paralelas, feitos os ajustes morfológicos ou prosódicos necessários; - Do exposto, vê-se que também nesta flexão, como em to das, aliás, menos no Ind., tem o 2- aor. estruturação paralela à do pres., de que difere sempre no tocante à raiz. No Ind. segue as li nhas estruturais do impf. 6. Sentido e tradução - Mera modalidade diversa de estrutura e formação, não d i fere este 2- aor. méd. Imper. do 19 aor. méd. Imper. no que tange a sentido e expressão. E do aor. at., 19 ou 2-, difere apenas quanto à voz e sua ênfase específica, mesma, porém, a Aktionsart; - Logo, é este 2- aor. méd. Imper.: - como as demais flexões aoristas, e também as futuras, tem po de Aktionsart punctiliar, ação inextensa, descontínua, única, o evento em si, à parte de seu processo operacional (pres. e impf.) e de seus efeitos, resultados ou conseqüências continuativas (perf., mqpf., fut. pf.); -praticada pelo sujeito, a atuar sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que estreitamente se relaciona, que lhe perten ce, ou lhe é de vantagem ou interesse (média indireta); - a ênfase a incidir sobre o sujeito e seu direto envolvimento, não propriamente sobre o evento como tal (voz ativa) ou sua ex pressão resultativa (voz passiva); - sem explícita conotação tem poral, logo, não necessaria 887
mente pretérita, porquanto ao Imper., como ao Subj., ao Opt. e ao Inf., é estranha a noção de QUANDO o evento se dá, subsistente apenas o COMO se realiza. Ademais, em vista do próprio teor da ação imperativa, não projetável ao passado, conceber-se-á o fato como imediato ou pervindouro, logo, presente ou futuro, conforme o determine o direto contexto; - expressa em teor sentencioso, injuntivo, perceptual oujussivo, sob a form a de ordem, mandado, preceito ou determinação, não em feição categórica (Ind.), ou potencial (Subj.), ou hipotética (Opt.), ou nominal (Inf.), ou adjetiva (Ptc.); - não traduzida em termos próprios ou específicos, já que não dispõe o português de expressão peculiar, exclusiva desta m odali dade tem poral. Nem existe em nossa língua a voz média. Portanto, traduzem-se estas inflexões peia form a ativa, subentendidos o teor específico de punctiliaridade e a ênfase ao sujeito, nos moldes do pres. at. Imper., em paralelo com estas flexões imperativas já estu dadas: pres. méd., 19 aor. at. e méd. e 2- aor. at.; - Assim, como de mcrreijü) - c re r-, quatro flexões admitem a mesma tradução, a saber: pres. at. Imper. ('iríoreu — e), pres. méd. Imper. (-moreu — ou), 19 aor. at. Imper. (m o re u — oov) e 19 aor. méd. Imper. (m o re u — ooa), todas representáveis na form a base pelo pres. at. Imper. crê, de Xap-Póvo) - to m a r-, traduzem-se, na 2p. s., pelo pres. at. Imper. recebe estas quatro flexões: - Xáfjtfâav — e (pres. at. Imper.), - Xap-fiáv — cru (pres, méd. Imper.), - \ a 3 — e (29 aor. at. Imper.), e - \à |3 — ou (29 aor. méd. Imper.); - Conclui-se, pois, em síntese, que é o 29 aor. méd. Imper.: - tem po de Aktionsart punctiliar (aor.), - ação praticada pelo sujeito, agindo sobre si mesmo ou sobre algo relacionado de modo especial (voz média), - ênfase posta no sujeito e seu envolvimento (voz média), - sem explícita noção temporal (Imper.), - presente, passada ou futura (contexto),
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- injuncional, jussiva, sentenciosa (Imper.), - traduzível em term os do pres. at. Imper., subentendida a punctiliaridade da Aktionsart.
7. Aplicação paradigmática - De outros verbos em
2. Formação a. Raiz - Porção que antecede ao final e iv da form a atual, é a raiz do 2- aor. at. Inf. a mesma de todos os tempos do sistema do 2^ aoristo, derivada da matriz, 29 aor. at. Ind., conform e se patenteia na terceira das partes principais; - Difere sempre a raiz do 2- aor., em grau ora mais, ora menos acentuado, da raiz do pres., em relação à qual se pode haver como reduzida, mudada, reduplicada ou substituída; 889
b. Vogal de ligação - Não a preceder a desinência iniciada por jx ou v, ê a vogal de ligação neste 2° aor. at. Inf. a mesma da matriz, 24 *9 aor. at. Ind., nas inflexões em que se inicia por s ou t a desinência, a mesma que aparece nos tempos do Ind. e do Imper. nessas circunstâncias, isto é, a vogal breve e; - Como no pres. e fut. at. Inf., contrai-se esta vogal de liga ção com o e inicial da desinência, resultando o ditongo €i, isto é: e + e = ei; c. Desinência - Característica das form as infinitivas ativas do pres., fut. e 2- aor., é a desinência nesta form a a distintiva ev, cuja vogal se contrai com a vogal de ligação e, que a antecede, donde o final atual eiv por e + e; - Note-se que o 19aor. at. Inf. termina pelo final divergente o m , enquanto o perf. at. e o aor. pass. Infs. recebem a desinência alternativa v a i, desinência esta que ocorre também no pres. at. e 2aor. at. Infs. dos verbos em |xí. 3. Forma - De \a|xpávci) - tom ar-, raiz no sistema do 2- aoristo a redu zida Á.àp, a forma do 29 aor. at. Inf. é: ATUAL ORIGINAL RAIZ TERMINAÇÃO RAIZ VL DESINÊNCIA Xaft l eiv____________ iX áft ]é |€v____________ - tomar, receber 4. Observações morfológicas - A forma regular deste 29 aor. at. Inf., distintos os três ele mentos estruturais, seria \ a 0 — e — ei), que se altera em Xa0 — e iv na forma atual, mercê da contração das vogais temática e desinencial (e + ev —r eiv); - O final eiv caracteriza três formas infinitivas ativas, a saber: 890
- pres. at. Inf.: m o re # — € iv (ttwtt€v — e — ev), - fut. at. Inf.: m o re v — cr — eiv (irucnev — cr — € — ev) e - 2- aor. at. Inf.: X.&P — eiv (X.&P — e — ev); - Diferem pres. e 2- aor. at. Infs. apenas quanto à raiz, jamais a coincidir, e acentuação, paroxítono o pres., perispômeno o 2ao r„ as mesmas, entretanto, a vogal de ligação (e), a desinência (a ativa ev) e a contração (e + ev —? eiv); - Deriva esta form a de 2- aor. at. Inf. da matriz, 2- aor. at. Ind., dois elementos: a raiz (\&(3) e a vogal de ligação (e), carecendo do aumento (peculiar ao Ind., marca de tem po pretérito) e diferente a desinência (na matriz as secundárias ativas, neste infinitivo a ativa ev). 5. Acentuação - Têm os tempos dos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.) acentuação recessiva, logo, a receberem o acento norm ati vamente na antepenúltima quando a última é breve, na penúltima quando longa a última. Este é o princípio básico da prosódia nessas formas, a apresentar necessárias exceções em casos especiais, em que se não pode ele rigorosamente aplicar; - Os dois modos complementares (Inf. e Ptc.), inda que exi bam não poucas formas e flexões em que a acentuação se poderia dar como recessiva, encerram inflexões várias em que se deve ela adm itir como posicionai; - Assim é que das formas infinitivas básicas, onze em número, quatro fogem ao padrão recessivo, por isso que têm o acento na penúltima, embora breve a última. São elas: - 19 aor. at. Inf.: (iriOTeu — o a i), - aor. pass. Inf.: (irto re u — 0 ^ — v a i), - perf. at. Inf.: (ire — 'Tritrrev — kc — v a i) e - perf. mp. Inf.: (-ire — m o re u — orGai); - A estas quatro há que acrescentar-se ainda mais duas: - 2 5 aor. at. Inf.: (\á(3 — eiv), sempre perispômeno, e - 2- aor. méd. Inf.: (Xà(3 — é — cr0ai), sempre paroxítono); 891
- Portanto, o 2- aor. at. Inf. é form a sempre acentuada na úl tima, circunflexo o acento, ao contrário do pres. e fut. ats. Infs., acentuados sempre na penúltima, acento agudo (porque a última é longa).
6. Relação - Relaciona-se este 2- aor. at. Inf. com a matriz do sistema, 2aor. at. Ind., em que lhe deriva dois dos elementos formativos: a raiz, X&|3, e a vogal de ligação e, diferente apenas a desinência; - Logo, partindo-se das formas da matriz, consegue-se este infinitivo com eliminar-se o aumento e substituir-se a desinência secundária ativa pela infinitiva ativa ev, efetuada a contração da v o gal de ligação com a desinencial (e + ev — etv) e ajustada a acentuação (recessiva na matriz, posicionai neste infinitivo, sempre perispômeno); - Paralela a estrutura geral, com o pres. at. Inf. relaciona-se este 2- aor. at. Inf. em que lhes são as mesmas a vogal de ligação e, a desinência ev e a contração final e iv (e + ev), diferente a raiz e a acentuação. No pres. a raiz se espelha na primeira das partes princi pais, no 2- aor. se registra na terceira, jamais a coincidir; - Daí, à base do pres. at. 1nf., para obter-se a form a deste 2aor. at. Inf. requer-se apenas a substituição da raiz do pres. pela do 2- aor. e o ajustamento do acento, deslocado para o final e circun flexo. Os demais elementos não se alteram; - Assim, de Xa|x(3áv
7. Sentido e tradução - Simples variante formacional, não difere este 2- aor. at. Inf. em sentido e expressão do 1? aor. at. Inf.; - É, portanto, este 2 aor. at. Inf.: - tem po de Aktionsart punctiliar, como as demais flexões aoristas e as futuras, ação inextensa, não-duracional, nem continuativa, a retratar o fato em si, não-dimensionado, à parte do processo de eventuação (pres. e impf.) e dos resultados ou efeitos prolongativos (perf., mqpf. e fut. pf.); -praticada pelo sujeito; - a ênfase a incidir sobre o fato como tal, em sua especificidade, em distinção de outros eventos, não sobre o sujeito e seu envolvi mento na ação (voz média), nem sobre o fato como resultante, o evento em sua expressão final (voz passiva); - sem explícita conotação tem poral, daí, não a expressar situa ção necessariamente pretérita, pois que, à maneira do Subj., do O p t e do Imper., não é o QUANDO, mas o COMO da eventuação que acentuam as formas infinitivas, a carecerem, portanto, de no ção ou colorido tem poral. Pode, destarte, referir-se ao passado, ao presente e mesmo ao futuro, conforme o exija o imediato contexto. A Aktionsart, não o tem po, é o elemento assinalado neste, como nos demais infinitivos; - expressa em moldes substantivos, estáticos, nominais, mero enunciado do fato, sem colorido verbal absoluto, não em termos incisivos, terminantes, categóricos (Ind.), ou probabilistas, possibilitários, potenciais (Subj.), ou condicionais, conjecturáveis, hipotéti cos (Opt.), ou injuncionais, sentenciosos, jussivos (Imper.), ou a tri butivos, qualificativos, adjetivos (Ptc.); - a traduzir-se, na falta de form a específica desta modalidade flexionai, pelo pres. at. Inf., ressalvado o teor punctiliar de aoristo, tradução que, do ponto de vista apenas teórico, serve a mais cinco outras inflexões infinitivas já estudadas, dando, pois, um montante de SETE (pres. at. e méd., fut. at. e méd., 19 aor. at. e méd. e 2- aor. at.), que em XafxPavú), cujo futuro é depoente, logo, sem flexão ativa, e a que ê alheio o 1? aor., se reduz às quatro seguintes: -
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- XajjLpáv — e iv - * pres. at. Inf., - X a jip á v — e — a 0 a i -» pres. méd. Inf., - X t |(|x ) — i|> — e — c r8 a t-* fut. méd. Inf., e - X&3 — e tv - * 2- aor. at. Inf., todas traduzíveis pelo pres. at. Inf. tomar, receber; - Resumindo, dir-se-á, pois, que é este 2^ aor. at. Inf.: - tem po de A ktionsart punctiliar (aor.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - a ênfase a incidir sobre o fato como tal (voz ativa), - sem explícita conotação temporal (Inf.), - presente, passada ou futura (contexto), - de teor substantivo (Inf.), - a traduzir-se pelo nosso pres. at. Inf., subentendida a punctiliaridade própria da form a, a intemporaiidade característica e a ên fase específica (aor. Inf.).
8. Aplicação paradigmática - De outros verbos em to que têm esta modalidade aorista forma-se o 2- aor. at. Inf. nos termos deste paradigma de Xct|x— jàávío - tomar - , requerendo-se apenas a substituição da raiz X&3 pela correspondente do verbo em consideração, conforme se pa tenteia na terceira das partes principais; - Vogal de ligação (e), desinência infinitiva ativa (ev), contra ção da vogal de ligação com a desinência (e + ev —*■ eiv) e acentuação (posicionai, circunflexo, perispômena a forma) são em todos as mesmas, invariáveis, constantes; - Os verbos em (xt, em que é esta a modalidade aorista nor mativa, têm neste 29 aor. at. Inf. estrutura e formação ligeiramente diversas deste padrão paradigmático em que se não requer vogal de ligação, já que o próprio tema termina em vogal, que, todavia, se faz longa, e em que a desinência é a alternativa v a i em vez da cos tumeira €V. 894
1.15 -2 ? A oristo Médio do Infinitivo 1.E strutura - Consiste a sequência de elementos estruturantes do 2- aor. méd. Inf., paralela à do 29 aor. at. Inf., de: RAIZ PECULIAR + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIA 2. Formação a. Raiz - Porção que se antepõe ao final eoOai, é a raiz neste 2aor. méd. Inf. a mesma do 2° aor. at. Inf., derivada, como em todas as demais flexões deste sistema, da matriz, 29 aor. at. Ind., confor me se estampa na terceira das partes principais do verbo; - Jamais coincide esta raiz do 29 aor. com a do pres., em relação à qual se pode dizer que se mostra ora reduzida, ora altera da, ora reduplicada, ora substituída; - Em qualquer dos modos verbais, tem a forma da voz mé dia a mesma raiz da correspondente ativa nos tempos pres., impf., fot. e aor. 19 ou 29. Apenas no perf. e mqpf. poderá diferir a raiz nas duas vozes nesses modos. O fut. pf. não ocorre na forma ativa;
b. Vogal de ligação - Também a vogal de ligação é, ao lado da raiz, neste 29 aor. méd. Inf. a mesma da form a ativa, 29 aor. at. Inf., isto é, a vogal breve e, porquanto não está a preceder a desinência iniciada por p ou v, quando deveria ser regularmente o; - Esta vogal de ligação é característica dos tempos do Ind. que a requerem (pres. im pf., fut., 29 aor. e fut. pf.), bem como das flexões imperativas (pres., 29 aor. e perf.), menos o 19 aor., e das form as infinitivas do pres., fut., 29 aor. e fut. pf.; c. Desinência - Característica dos infinitivos médios e passivos, excetua 895
do apenas o aor. pass., é a desinência neste 2- aor. méd. Inf. o sufi xo or6a i, aplicado já a três formas infinitivas estudadas: - pres. mp. Inf.: m oTeú — e — ctGoii, - fut. méd. Inf.: •nurrç.v — cr — e — cr0cu, - 19 aor. méd. Inf.: m crrev — u a — o-0ai; - De notar-se é que o ditongo final a i é, como em geral, menos nas flexões do Opt., havido por breve para fins de acentua ção, o que não influi na prosódia desta form a, de que a tônica é, posicionalmente, a penúltim a, vogal breve, logo, paroxítona a infle xão. 3. Forma - O 2- aor. méd. Inf. de Xap-Páva) - to m a r-, cuja raiz é neste sistema a reduzida X&(3, será, pois: RAIZ XàjJ
VL é
DESINÊNCIA aO ai
- tomar, receber
4. Observações m orfológicas - O final eo0ca (vogal de ligação mais desinência) é o mesmo do pres. mp. Inf. ('irwrrev — ê — cr0ai) e do fut. méd. Inf. {'irurreú — cr — € —o0ca), estas três form as infinitivas, pois, a terminarem todas pelo mesmo final; - Difere esta form a infinitiva do 29 aor. méd. da correspon dente do pres. mp. Inf. apenas no tocante à raiz, jamais a coincidir, e na posição do acento, sempre na penúltima neste 2- aor., na an tepenúltima no pres. Comuns lhes são sempre a vogal de ligação e a desinência; - Da matriz, 29 aor. at. Ind., tem esta form a infinitiva dois dos três elementos constitutivos: a raiz, \ ã 0 , e a vogal de ligação e, que lhas deriva. Carece do aumento, marca dos tempos pretéritos do Ind. (impf., 19 e 29 aors. e mqpf.) e diferente é a desinência (secun dária ativa na matriz, infinitiva média nesta forma; - Em comum com a form a infinitiva ativa paralela tem esta in-
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flexão média dois dos elementos básicos: a raiz, X&3, e a vogal de ligação 6, a diferir, pois, somente quanto à desinência, ev na ativa, crOcu nesta média; - De lembrar-se é que, à maneira do fut. méd. Inf. (iru rre ú — a — e — a 0a i) e do I 9 aor. méd. Inf. (m o re ú — a ã — a 0a i) e ao contrário do pres. mp. Inf. (m aTeú — € — a 0 a i), é esta form a in fi nitiva do 2- aor. exclusivamente média, não passiva, que esta per tence a outro sistema e tem form a inteiramente diversa: — 0f) — v a i. 5. Acentuação - Não têm as formas infinitivas todas, diferervtemente das fle xões dos modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), acentuação ne cessariamente recessiva, posta sempre o mais distante possível da última; - Neste 2- aor. méd. Inf., como na form a ativa paralela, 2- aor. at. Inf., tem-se de haver o acento como posicionai, por isso que em ambas essas inflexões não recede até onde seria de esperar-se. A forma ativa deveria ser paroxítona, mas é perispômena; esta infle xão média poderia ser proparoxítona, entretanto, é paroxítona, o acento na penúltima, embora breve a última, daí, Xà(5 — é — a 0 a i em vez de Xa3 — e — o 0a i; - Característica é, destarte, do 2- aor. méd. Inf. o ter acento agudo na penúltima; - Vê-se, portanto, que, das form as do 2- aor. até aqui estuda das, QUATRO há em que o acento não é recessivo, a saber: - 2- p. s. at. Imper. (X&3 — e), em alguns verbos oxítona : agu do na última; - 2- p. s. méd. Imper. (Xàp — ou), sempre perispômena: cir cunflexo na última; - Inf. at. (Xàp — €iv), sempre perispômena: circunflexo na úl tima; e - Inf. méd. (Xàp — e — a0at), sempre paroxítona : agudo na penúltima; 897
- Mais duas flexões do sistema exibirão acentuação não recessiva: o aor. pass. Inf. (Xin((x)i|/ — Or) — voa), sem pre properispômeno: circunflexo na penúltima, breve o ditongo a t final e o ptc. at. (Xáji - to - v, \& p - oô - crâ, \&(3 - d - v), oxftono na form a base, nom. sing., do masculino e do neutro, properispômeno nessa form a do fem inino. 6. Relação - Relaciona-se este 2- aor. méd. Inf. com a matriz, 29 aor. at. Ind., em que lhe deriva dois dos três elementos formativos: a raiz, \ã(à, e a vogal de ligação e, própria das inflexões do Ind., Imper. e Inf. em que não antecede a desinência iniciada por jx ou v. Dis tinta será sempre a desinência; - Daí, partindo-se de qualquer das formas da matriz, obterse-á este 2- aor. méd. Inf. com simplesmente excindir-se-lhe o au mento e substituir-se-lhe a desinência secundária ativa pela in fin iti va média aOca, se a vogal de ligação for e. Nas inflexões em que na matriz for o esta vogal, terá ela de converter-se em e. A acentuação, naturalmente, terá de ser devidamente ajustada, pois que neste Inf. é sempre paroxítona a forma; - Paralela a estrutura geral, com o pres. mp. Inf. se relaciona este 2- aor. méd. Inf. em que lhes são os mesmos dois dos três elementos estruturais: a vogal de ligação c e a desinência crOca, d i ferentes a raiz e a acentuação; - Logo, à base do pres. mp. Inf., obter-se-á esta form a de 2aor. méd. Inf. com simplesmente substituir-se-lhe a raiz, conforme aparece na prim eira das partes principais, pela equivalente do 2aor., vista na terceira dessas partes, e deslocar-se o acento da ante penúltima para a penúltima, agudo em ambos os casos; - Assim, de Xap-Pávío - to m a r- teríamos: - \a p .p á v — e — a 0 o a - pres. mp. Inf., e - \ ã p — é — a0ca - 2- aor. méd. Inf., a raiz \ct|x3 a v do pres. substituída pela 2- aorista e o acento recuado da sílaba (ãã, f i nal da raiz, antepenúltima, para sobre a vogal de ligação €, na pe núltima; 898
- Com o 2- aor. at. Inf., form a paralela em sentido e expressão e sim ilar em estruturação, relaciona-se este 2- aor. méd. Inf. em que lhes são as mesmas a raiz, \ã(3, e a vogal de ligação e, dife rentes a desinência e a acentuação, perispômena a forma ativa, paroxítona esta média; - Princípio normativo é o de que, em se tratando de pres., im pf., fut. e aor., obter-se-á a flexão média correspondente com sim plesmente substituir-se a desinência ativa pela média paralela e ajustar-se a acentuação, onde de mister, princípio este inaplicável às flexões participiais e aos tempos do perf. e m qpf. (estrutura d i ferente, sistemas distintos) e do fut. pf. (que não tem form as ativas atuais); - Portanto, tomada a forma do 2- aor. at. Inf., form ar-se-á esta inflexão média com substituir-se o final elv, perispômeno, pelo binôm io ecrBca, paroxítono, ou, em termos de estrutura original, desdobrar-se o final e lv em seus componentes e + ev e substituirse a desinência ativa ev pela correspondente média ctGcu, preserva do o acento. No caso de Xap,|3ávco - tom ar - seriam: - \ã(3 — etv, ativa, mudada para X&P — e — ctOcu, média, etv substituído pela paralela éoOai, ou: — e — ev, original ativa, convertida em Xãp — e — cr6a t, a desinência ctGou, média, a substituir a ativa ev, preservados os demais elementos; - Do exposto, vê-se que também nesta form a o 27 *9 aor. segue a estruturação do pres., traço, aliás, deste sistema em todos os m o dos, excetuado o Ind., em que o paralelismo é para com o im pf. 7. Sentido e tradução - Mera formação variante, não difere este 29 aor. méd. Inf. em sentido e expressão do 19 aor. méd. Inf. Por outro lado, tem em comum com a form a paralela ativa, 29 aor. at. Inf., a Aktionsart (punctiliar), sentido básico e expressão traducional, diferentes a voz e sua ênfase específica; - Daí, é este 29 aor. méd. Inf.: 899
- tem po de Aktionsart punctiliar, característica das flexões aoristas e das futuras, ação inextensa, indefinida, não dimensionada nem durativa, a expressar o fato em s i, descontínuo, o puro evento, não o processo linear de eventuação (pres. e impf.), nem os resul tados, efeitos ou conseqüências continuativas (perf., mqpf., fut. pf.); - praticada pelo sujeito a operar sobre si mesmo (voz média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona estreitamente, porque o afete diretamente, ou lhe seja de vantagem ou interesse, ou lhe pertença ou convenha de modo especial (voz média indireta); - a ênfase a incidir sobre o sujeito e seu particular envolvi mento na ação, não sobre o fato como tal, em sua especificidade, o evento em distinção de outros (voz ativa), nem sobre o fato em sua expressão resultada, a form a acabada do evento (voz passiva); - sem explícita conotação temporal, elemento alheio ao Inf., bem como ao Subj., Opt. e Imper., donde não expressar a forma situação ou fato necessariamente pretérito, mas presente e mesmo futuro, porquanto não é QUANDO, mas, antes, COMO se realiza o evento que se assinala nesta inflexão. Do contexto se infere a pers pectiva temporal em que situar-se o fato; - apresentada em teor substantivo, nominal, estático, mero enunciado destituído de colorido verbal absoluto, não em termos incisivos, tersos, categóricos (Ind.), ou possibilitários, prováveis, potenciais (Subj.), ou conjecturais, condicionais, hipotéticos (Opt.), ou perceptuais, injuntivos,/uss/Vos (Imper.), ou qualificantes, a tri butivos, adjetivos (Ptc.); - traduzida em moldes da paralela ativa, uma vez que falta ao português a voz média, a assumir a feição do pres. at. Inf., por quanto não dispõe o vernáculo de forma específica de tradução desta modalidade infinitiva, como de outras, aliás, donde, afinal, já estudadas, adm itirem a mesma expressão virtual OITO inflexões infinitivas (pres. at. e méd., fut. at. e méd., 19 aor. at. e méd., 2- aor. at. e méd.), em \ct|x3ávú> reduzidas às CINCO seguintes, já porque o fut. é depoente, logo, extreme de form a ativa, já porque não ocorre ne§te verbo o sistma do 19 aoristo:
900
- \a|Af$áv — e iv - pres. at. Inf., - Xoqxpáv — e — crGoíi - pres. méd. Inf., - Xnrf(|jt) — vji — e — a 0 c a - fut. méd. Inf., - Xá0 — etv - 29 aor. at. Inf., e - Xàf$ — é —
1.16 - 2 e Aoristo Ativo do Particípio 1. Estrutura - A sequência estrutural neste 2- aor. at. ptc., paralela à do pres. at. ptc., consta de: RAIZ PECULIAR + VOGAL DE LIGAÇÃO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS 2. Formação a. Haiz - Porção que na forma base, nom. sing., antecede ao final ü)v, o w à , ov, é a raiz neste 2- aor. at. ptc. a mesma do 2- aor. at. Ind., matriz do sistema, de onde a derivam as formas desta flexão, segundo se apresenta na terceira das partes principais do verbo; - Esta raiz de 29 aor. não é jamais a mesma do pres., apresentando-se-lhe em comparação como reduzida, ou alterada, reduplicada, ou substituída; - Permanece esta raiz constante, sem variação, a mesma em todas as formas desta flexão, masculinas, femininas ou neutras; b. Vogal de ligação - A vogal de ligação, em todas as formas a preceder, o rig i nalmente, à líquida v, inicial do infixo modal, é sempre a vogal bre ve o, susceptível de alterações em não poucas das inflexões, por is so que se alonga, - convertendo-se em to nos casos nom. e voc. sing. masc., - fazendo-se ov, ditongo, no dat. pl. masc. e neutro e em toda a flexão do fem.; - É esta vogal de ligação o distintiva dos ptcs. pres. e fut. ats., ao lado deste 2- aor. at. ptc., bem como do perf. at. ptc. e dos ptcs. médios e passivos todos, excetuados três: 19 aor. méd. ptc., perf. méd. ptc. e aor. pass. ptc., extremes de vogal de ligação. É também característica do pres., fut., 29 aor., perf. e fut. pf. no Opt., excetuados o perf. mp., perifrástico, e o aor. pass.; 902
- É, também, ao lado de e, vogal de ligação típica dos tem pos do Ind. e do Imper. que a requerem, aparecendo, pois, nas fle xões do pres. e im pf. at. e mp., do fut. e 2- aor. at. e méd. e fut. pf. mp. Ind. e do pres. mp., 2° aor. at. e méd. e perf. at. Imper.; c. Infixo Modal - É o infixo modal neste 2- aor. at. ptc. o mesmo registrado já em referência aos ptcs. pres., fut. e 19 aor. ats., isto é, o grupo v t , distintivo por excelência dos ptcs. ativos, mais o aor. pass.; - Este infixo modal sofre a queda da lingual t em certos ca sos e em outros de todo se omite; - A queda do t infixai se dá nos casos em que, não haven do desinência explícita, seria a lingual o elemento final da form a, caindo, por isso que não terminam vocábulos gregos regulares por letras consoantes outras que v, p, ç, £ e tjf. Esta queda ocorre em CINCO inflexões: nom. e voc. sing. masc., nom., acus. e voc. sing. neutro; - A total omissão do grupo v t se processa nos casos em que antecede à desinência iniciada pela sibilante, em razão da evi dente incompatibilidade que lavra entre o s e as linguais (t , 8, 6) e as líquidas nasais (p., v). Isto se verifica em DEZESSETE das infle xões: dat. pl. masc. e neutro e todo o fem inino; - Como acima se observou, exceção feita dos três casos referidos do singular do neutro, alonga-se a vogal de ligação, fazendo-se co, nas inflexões em que só a lingual cai, ou nas dezessete em que ambas, a líquida e a lingual t , se omitem; d. Desinências (1) Linhas de flexão - São todos os ptcs., ativos ou médios e passivos, fle xões triform es, isto é, abrangem três linhas de declinação, uma para cada gênero; - Quanto à desinenciação, conforma-se este 2- aor. at. 903
ptc., como, aliás, todos os ptcs. ativos, mais o aor. pass., ao padrão dos adjetivos consonantais triform es, com ligeiras variações; - Destarte, flexiona-se o masculino segundo os nomes linguais masculinos da 3- declinação; o feminino conform e os subs tantivos femininos da 3? classe, de radical não finalizado em e, i ou p da 1- declinação, inserida entre o infixo modal vt e a desinência a vogal auxiliar t, que se converte em ç; o neutro de acordo corn os nomes linguais neutros da 3- declinação; - Portanto, como nos ptcs. pres. e fut. ats., flexiona-se o m asculino deste 2- aor. at. ptc. nos moldes do padrão dos linguais de tema finalizado por vt antecedido de o, à base de 7epcov, 7 c— povToç, o; o feminino nas linhas de So£a, t]«;, o neutro em termos de ovo(xà, òvófjuxTos, t ò ; - Vê-se, pois, que, à semelhança do ptc. pres. at. (ma— T€v — co — v, mareú — ou — a à , i r i o r e v — o — v) e do fut. at. ptc. (•moreu — a — co — v, moreú — a — ou — a à , maTev — a — o — v), tem este 2 aor. at. ptc. flexão de todo paralela à do adje -
tivo 4k(Óv, eKOuaà, €kóv, paralelismo que, no caso deste ptc., se estende também à acentuação; - Do exposto, verifica-se que, também neste ptc., segue o 2 - aor. a estrutura e flexão própria do pres., o que se dá em todos os modos, menos no Ind., em que o paralelo é com o impf.;
(2) Observações (a) Quanto ao MASCULINO: - Na flexão dos substantivos masculinos ou fem ini nos da 3- declinação, tem o-lo salientado, cinco dos casos ensejam variações ou alterações de levar-se em conta; - Assim, como nos ptcs. pres. e fut. ats., teremos: - Nom. sing.: não há desinência explícita, caindo, por isso, o t final do infixo e alongando-se a vogal de ligação, que de o se faz <0; - Graficamente: o + v t o + v co + v; 904
- Acus. sing.: a desinência é & (em vez de v); - Voc. sing.: como é de regra nos ptcs. ats. (e aor. pass.), a form a ê igual à do nom. sing.; - Dat. p i: cai o grupo vt ante a sibilante desinencial e a vogal de ligação se alonga, em compensação, de o passando ao ditongo ou; - Graficamente: o + vt + crt —» o + v + crí o + o í —*■ ou + a í; - Acus. p i: a desinência é (em vez da alternativa vç); (b) Quanto ao FEMININO: - Uma alteração, única e mesma, se processa em to das as formas da flexão do fem inino, de sorte que, embora altera das, têm todas o mesmo radical, uniform e, pois; - A alteração verificada nestas formas femininas é paralela à assinalada em relação ao d a t pl. masc. (e neutro), por is so que a vogal í auxiliar, intercalada entre o infixo modal v t e a de sinência, evolui para ç, diante do qual se om item , prim eiro, a lingual t e, depois, a línguo-nasal v do infixo, alongando-se, em com pensação, a vogal de ligação o, que se converte no ditongo ou. - Graficamente: o + v T + í + ã —» o + v t + aã o + v + a& —* o + aà — ou + aá; - Do exposto, evidencia-se que o grupo infixai v t , característico mais. distintivo das formas participiais ativas (e tam bém do aor. pass. ptc.), já não mais aparece explícito nestas infle xões, bem como no dat. pl. masc. (e neutro); (c) Quanto ao NEUTRO: - Duas alterações apenas se contam na flexão do neutro deste 2- aor. at. ptc., ambas em moldes já estudados, afe tando: - Nom., Acus. e Voc. sing.: não têm estas três infle xões, no neutro sempre idênticas em form a, desinência explícita, pelo que o t final, que não pode ser term inal de vocábulo tipica 905
mente grego, se om ite, permanecendo, porém, ao contrário do que se observou no masc. em idênticas circunstâncias, imutada a vogal de ligação o, que se não faz o>.
- Graficamente: o + v t —* o -+■ v; - Dat. p l.: sofre a mesma alteração registrada neste caso no masc. e através de todo o fem., isto é, caem a lingual t e a líquida v ante o ç da desinência, alongando-se, compensatoriamente, a vogal de ligação o, que assume a form a ditongai cru; - Graficamente: o + v t + o í o + v + oí o + crí ou + o i; - Enquadradas ambas na mesma declinação, a 3-, em modalidade flexionai conexa ou afim , padrão correspondente, tem a flexão do neutro em comum com a do masculino NOVE das QUINZE formas: gen. e dat. sing., o dual todo, mais gen. e dat. pl., idênticas em toda linha, em perfeito paralelo.
3. Flexão
a. Formas - De X.ap,páv
MASCULINO TEMA VL
NS GS DS AS VS
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tvãp xáp Xàp XàP Xàp
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VL cru oú oú ov cru
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xàp Xàp
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Xõí|3 Xáp Xá@ Xáp x&p
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b. Observações m orfológicas - Dos elementos estruturais é o tema, Xa(à, o único a man ter-se constante, imutado, através da flexão inteira sempre o mes mo. A vogal de ligação se altera, alongando-se em DEZENOVE destas QUARENTA E CINCO inflexões (nom. e voc. sing. masc., dat. pl. masc. e neutro, o fem. todo), enquanto, por sua vez, perde o infixo modal vt a lingual final em CINCO dos casos (nom. e voc. sing. masc.; nom., acus. e voc. sing. neutro) e todo se elide em DE ZESSETE formas (dat. pl. masc. e neutro e todo o fem.), logo, al terado em VINTE E DUAS destas inflexões! As desinências, evi dentemente, variarão conform e o requerem os diferentes casos e segundo cada padrão flexionai; - Coincide inteiramente, em form a e acentuação, a inflexão do gen. pl. masc. e neutro, X&P — 6 — v t — ü >v com a correspon dente clássica do 2- aor. at. Imper. Xá|3 — ó — v t í o v , inda que li geiramente diversa a estrutura; - Diferem marcadamente as form as femininas das paralelas 908
masculinas ou neutras, não apenas em que já não mais exibem ex plicitamente o infixo modal v t , traço por excelência fas flexões participiais ativas (e também do ptc. aor. pass.), mas ainda em que obedecem a outro padrão declinacional; - As formas do masc. e do neutro, por outro lado, plasma das em um mesmo padrão flexionai, são exatamente iguais entre si no gen. e dat. sing., no dual todo e no gen. e dat. pl., NOVE dos QUINZE casos paralelos, assim que diferem apenas nom., acus. e voc. sing. e pl., SEIS inflexões; - No singular, enquanto as demais form as do fem inino têm desinência em à, o gen. e o dat. têm -na em -q, porque não termina o tema em e, i, p; - O final, a partir da vogal de ligação até a desinência, é o mesmo, form a a form a, em três dos ptcs. ativos já estudados, por tanto, inteiramente paralelos neste particular, a saber: - ptc. pres. at.: m oTetí —
- 0 aor. 2- at. ptc. tem acentuação de cunho inteiramente po sicionai, por isso que, na forma base, nom. sing., está na última no masc. (\à|3 — <ó — v) e no neutro (Â.&0 — ó — v), na penúltima no fem. (Xôifi — oí> — a à ), continuando em toda a flexão nesta mesma sílaba de base, com uma só exceção: o gen. pl. fem., contrato, perispômeno; - Nas inflexões do masculino e do neutro está, pois, o acento em todas sobre a vogal de ligação, normal ou alongada, AGUDO em VINTE E OITO das formas, circunflexo em apenas DUAS (dat. pl. masc. e neutro); - No fem inino, também, conserva-se o acento sobre o ditongo ou, forma alongada da vogal de ligação, em QUATORZE das fo r mas, uma só tendo-o recuado para sobre a desinência (gen. pl., forma contrata). Nesta e em mais CINCO inflexões (nom., acus. e voc. sing., nom. e voc. pl.) é circunflexo o acento, nas restantes NO VE (gen. e dat. sing., o dual todo e dat. e acus. pl.) é agudo; - Portanto, desta flexão total é agudo o acento em TRINTA E SETE formas, circunflexo em OITO, assim distribuídas: - perispômena: UMA (gen. pl. fem.); - oxiionas : CINCO: 2 masculinas (nom. e voc. sing.), 3 neutras (nom., acus. e voc. sing.); - properispômenas: SETE: 1 do masculino (dat. pl.), 5 do fem i nino (nom., acus. e voc. sing.; nom. e voc. pl.), 1 do neutro (dat. pl.); e - paroxflonas : TRINTA E DUAS: 12 do masculino (gen., dat. e acus. sing.; o dual todo; nom., gen., acus. e voc. pl.), 9 do fem inino (gen. e dat. sing.; o dual todo, dat. e acus. pl.), 11 do neutro (gen. e dat. sing.; o dual todo, mais nom., gen., acus. e voc. pl.); - Difere, pois, prosodicamente, dos ptcs. pres., fut. e 19 aor. ats., que obedecem todos a um mesmo sistema de acentuação, este 2- aor. at. ptc., não somente quanto à posição, mas ainda quanto à natureza do acento, a diferir em muitos dos casos, conform ado que é, neste aspecto, a outro padrão acentuacional. Naqueles, a base prosódica está na penúltima no masc. e no neutro, na antepenúlti910
ma no fem.; neste, situa-se na última no masc. e no neutro, na pe núltima no fem.; - Caracteriza-se, destarte, o 2- aor. at. ptc. por este posicio namento prosódico, extensivo, aliás, ao perf. at. ptc. e ao aor. pass. ptc., coincidente, ademais, com a do ptc. pres. at. de ei|xí, isto é, com o)v, oíxrá, óv e dos ptcs. pres. e 2- aor. ats. dos verbos em fxi; 5. Relação - Relaciona-se este 29 aor. at. ptc. com a matriz do sistema, 29 aor. at. Ind., em que lhe deriva dois dos elementos formativos: a raiz, X&P, e a vogal de ligação o, característica das flexões do Ind., do Imper. e do Ptc., de cuja estrutura conste este elemento, sempre que a preceder a desinência ou infixo iniciados por p, ou v, a ocor rer, além disso, nas formas do pres., fut., 29 aor., perf. e fut. pf. do Opt., em que se funde com o infixo modal í, característico desse modo; - Partindo-se, pois, das formas do 29 aor. at. Ind., ter-se-ão as inflexões deste 29 aor. at. Ptc., com eliminar-se o aumento (exclusi vo dos tempos pretéritos do Ind.: impf., aor. e mqpf.), converter-se a vogal de ligação em o, se for e, e substituir-se a desinência secun dária ativa pelo binôm io infixo modal v t mais desinência própria dos adjetivos consonantais triform es, feitas as alterações exigidas e ajustada a acentuação, conforme o padrão deste ptc.; - Com os demais ptcs. ativos e com o aor. pass. ptc. relacionase este 29 aor. at. ptc. em que todos têm em comum o infixo modal v t , explícito, alterado ou supresso em certas formas. Todavia, com dois destes ptcs., o pres. e o fut., tem o 29 aor. at. ptc. afinidades e similaridades mais acentuadas, porquanto possuem em comum três elementos da seqüência estrutural: a vogal de ligação o, o in fi xo modal v t e as desinências consonantais triform es, idênticos as alterações da vogal e do infixo. Em relação ao ptc. pres. at. a dife rença se restringe à raiz, segundo a prim eira das partes principais no pres., conforme a terceira no 29 aor. No caso do futuro, a diferença consiste não tanto na raiz, que, embora se estampe na segunda das 911
partes principais, geralmente diversa, poderá coincidir com a do 2aor., mas na presença do infixo tem poral ç, distintivo das formas futuras, alheio às inflexões do 2- aor.; - Destarte, à base das formas do pres. at. ptc. obter-se-ão as equivalentes do 2- aor. at. ptc. com simplesmente substituir-se a raiz do pres. pela do 2- aor. Os demais elementos: vogal de ligação o, infixo modal v t , desinências consonantais triform es e alterações radicais são os mesmos em ambos. A acentuação, por outro lado, se processa em moldes distintos, donde requerer-se o devido ajustamento nas formas aoristas. - Assi m, de Xa|xpávw - tom ar - serão: - Xap-Páv — o) — v, Xap-Páv — ou — crá, \a (x ^ á v — o — v (pres. at. ptc.), - Xáp — é — v, \& p — ou — a à , Xa(3 — ó — V (2- aor. at. ptc.), a diferirem apenas quanto â raiz, Xa|x3a v no pres., X&P no 2a o r„ e quanto à acentuação, posições diversas e natureza distinta em certos casos; - Igual proceder valeria para a formação do 2- aor. at. ptc. à base do fut. at. ptc., pois que suficiente será substituir-se a raiz do fut. e o infixo tem poral típico ç pela raiz do 2- aor., comuns os de mais elementos, os mesmos nos três ptcs.: pres., fut. e 2- aor. ats., e ajustar-se-lhe a acentuação, a ocupar posição diferente da em que se situa nos ptcs. pres. e fut. ats. O verbo XoqifSávoa, depoente no sistema do futuro, não exibe a form a ativa do ptc. Todavia, adm i tindo-a virtual, seria: Xi í (|a )*J/ — ü> — v , Xtí(|x )i |í — ou — crã, Xií(|x)i|/ — o — v, que se converteria na paralela do 2- aor. at. ptc., com simplesmente substituir-se X-r^pOi]/, raiz X-qípjp + o infixo temporal ç, por X&3 , raiz do 2- aor., e mudar-se a posição do acento, ajus tando-se-lhe a natureza onde necessário; - Do exposto, evidente é que também neste ptc. tem o 2- aor. estrutura paralela à do pres., similaridade esta que se verifica entre essas duas flexões em todos os modos, menos no Ind., onde o pa ralelismo é para com o impf.; - Finalmente, absoluto é o paralelo flexionai entre este ptc. e o 912
adjetivo paradignático ck có v , C K O Íx ra , c k ó v , limitada a diferença ao tema êK/X&p, os mesmos os demais elementos formacionais, inclu sive a acentuação, idêntica, form a a forma; 6. Sentido e tradução - Simples formação alternativa, não difere este 2- aor. at. ptc. do 19 aor. at. ptc. em expressão e sentido; - Dir-se-á, portanto, que é este 2? aor. at. ptc.: - tem po de Aktionsart punctiliar, característica das flexões aoristas e futuras, ação indefinida, inextensa, não-duracional, não d i mensionada, a expressar o fato em s i, descontínuo, o puro evento, não o processo linear da eventuação (pres. e impf.), nem os efeitos, consequências ou resultados continuativos da ação (perf., mqpf. e fut. pf.); -p ra tica d a pelo sujeito; - a ênfase a repousar no fato em sua especificidade, em distin ção de outros, na eventuação como tal, não no sujeito e seu envol vim ento (voz média), nem na expressão resultativa, a form a acaba da do evento (voz passiva); - pretérita em perspectiva, todavia, não em projeção absoluta, como no Ind., anterioridade relativa ao verbo principal, que, entre tanto, pode referir-se a eventuação atual, ou consumada, ou pervindoura, pelo que não se situa a ação participial necessariamente no passado. Contudo, característica das inflexões verbais, não é o QUANDO se dá o evento que retrata o ptc., mas o COMO se realiza ele, a Aktionsart, não o tempo; - a revestir-se de teor adjetivo, qualitativo, adjuntivo, m odificativo, circunstancial, em função do substantivo ou equivalente a que se reporte como adjunto, substitutivo ou m odificador, não ca tegórico em expressão (Ind.), ou potencial (Subj.), ou hipotético (Opt.), ou jussivo (Imper.), ou nominal (Inf.); - a traduzir-se, uma vez que não tem o português form a espe cífica, explícita, sintética, especial, por que representar-se este ptc., por locução perifrástica ou analítica, o gerúndio tendo ou havendo anteposto ao ptc. passado do verbo principal, ou por modalidade 913
de cláusula circunstancial conveniente ao contexto, em função adjuntiva adverbial; ou na forma de cláusula relativa, quando em fun ção adjetiva ou nominal, exatamente como se postulou em relação ao 19 aor. at. ptc.; - Daí, em síntese, é o 2- aor. at. ptc.: - tem po de Aktionsart punctiliar (aor.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - ênfase dada ao fato em sua especificidade, não ao sujeito e seu envolvimento, nem ao evento em sua expressão resultativa (voz ativa), - pretérita ou anterior em relação ao verbo principal ou dom i nante (ptc. aor.), - em teor adjetivo (ptc.), - enfocado o evento, não seu processo dimensional, nem seus resultados continuativos (aor.), - a traduzir-se perifrasticamente ou na form a de cláusula rela tiva; - em função adjetiva, substantiva ou adverbial; - Portanto, XòtfJíóv, Xòtpoíxrá, Xápòv, pressupostas a noção de punctiliaridade e a perspectiva de anterioridade, dever-se-á tradu zir: - em função estritamente verbal, correspondendo a adjunto gerundial, invariável em gênero, número, caso e pessoa, ou a cláu sula circunstanciai específica, variáveis o número e a pessoa, como: - tendo tomado, havendo recebido (gerundial), - depois que tomou, depois que recebeu (temporal), - porque recebeu, porque tomou (causal), - visto que recebeu, visto que tomou (conclusiva), e assim por diante, conforme o indique o direto contexto; - em função tipicamente adjetiva, adjunto adnominal, a qualifi car a substantivo ou equivalente, claro ou implícito, a variar em gê nero, número, caso e pessoa, a assumir a feição de cláusula relativa, por: - que tomou, que recebeu; e 914
- em função propriamente substantiva, a tom ar o lugar de nome ou equivalente, assumindo-lhe, destarte, o caráter, inexistindo no português form a explícita ou correspondente, representarse-á nos moldes adjetivos, sob a feição de cláusula relativa, ou me diante substantivos tais recipiente, recebedor, receptor, tomador, su bentendido o teor pretérito. 7. Aplicação paradigmática - Nos moldes desta flexão paradigmática de \a|x(3cmú - to mar, receber - , declina-se o 2- aor. at. ptc. de outros verbos em co que tenham esta modalidade aorista, requerendo-se apenas a substituição da raiz Xàp pela equivalente do verbo a flexionar-se, nos termos da terceira das partes principais; - Os demais elementos: vogal de ligação o, infixo modal v t , desinências consonantais triform es, alterações estruturais e acen tuação (posicionai) na última da forma base, nom. sing., no masc. e neutro, na penúltima no fem. são em todos os mesmos; - Nos verbos em p l, por isso que nos sistemas do pres. e do aor. dispensam a vogal de ligação, uma vez que se finda o tema normalmente por vogal, difere o 2- aor. at. ptc. deste padrão em w em que lhe carece a estrutura desta vogal ligativa e oferece a desinenciação variantes em certos casos.
1.17 -2 9 A oristo Médio do Particípio 1. Estrutura - Estrutura sim ilar à da form a ativa, embora não os mesmos todos os elementos, paralela, ademais, à seqüência constitutiva do pres. mp. ptc., constam as inflexões deste 2q aor. méd. ptc. de: RAIZ PECULIAR + VOGAL DÈ LIGAÇÃO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS
915
2. Formação a. Raiz - Porção que na form a base, nom. sing., precede ao final ó(xevoç, op-Év-r], ó|xevov, é a raiz neste 2- aor. méd. ptc., como em todas as flexões do sistema, a da matriz, 2- aor. at. Ind., de que a derivam, conforme se apresenta na terceira das partes principais do verbo; - Esta raiz difere sempre, em m aior ou m enor grau, do te ma do presente, em relação ao qual se mostra como reduzida, al terada, reduplicada ou inteiramente outra; - Como em todas as flexões do sistema, invariável, cons tante, a mesma, inalterada se preserva esta raiz através da flexão toda deste ptc.; e - E, pois, a raiz neste ptc. a mesma das formas ativas, 2aor. at. ptc.; b. Vogal de ligação - Em todas as formas deste ptc. a preceder à líquida nasal |A, inicial do infixo modal, é a vogal de ligação sempre a breve o, que se não altera, a mesma através da flexão inteira; - É, pois, esta vogal de ligação, presente em todos os ptcs. médios e passivos, exceção feita do 1? aor. méd., do perf. mp. e do aor. pass., que não a têm, a mesma distintiva dos ptcs. ativos em que se integra ela a sequência estrutural (pres., fut., 2- aor. e perf.), nos quais precede sempre à líquida v do infixo modal ativo v t , ex plícita ou virtual; - É também a mesma a aparecer nas flexões do Opt. que requerem vogal de ligação (pres., fut., 2- aor., perf. e fut. pf.), em que se funde com o infixo modal i, constituindo, dessa form a, o ditongo oi, característico desses tempos; - É, ainda, ao lado da breve €, vogal de ligação típica de fle xões do Ind. (pres., impf., fut., 29 aor. e fut. pf.) e do Imper. (pres., 2- aor. e perf.), diante das desinências iniciadas por p, ou v; 916
c. Infixo modal - É o infixo modal neste 2- aor. méd. ptc. o mesmo distin ti vo de todos os ptcs. médios e passivos, exceção feita do aor. pass. (que o tem de form a ativa, v t ), isto é, |xev, presente em todas as in flexões, inalterado, constante, imutado; - Destarte, é o infixo modal no ptc. um nas formas ativas, mais o aor. pass., o grupo v t , outro nas flexões médias e passivas (menos o aor. pass.) a sílaba |xev, ao contrário do Opt., em que é sempre o mesmo, í, em todas as inflexões, ativas, médias ou passi vas. Nos demais modos, Ind., Subj., Imper. e ln d „ não ocorre este elemento; d. Desinências - Como todo ptc., ativo, médio ou passivo, é este 2- aor. méd. ptc. flexão triform e, isto é, consta de três séries de inflexões, uma para cada gênero; - No que respeita às desinências, enquadra-se este 2- aor. méd. ptc., como todos os ptcs. médios e passivos, menos o aor. pass. ptc., que segue os ptcs. ats. neste particular, no padrão dos adjetivos triform es vocálicos, enquanto os ptcs. ats., por sua vez, se conformam ao estalão dos adjetivos triform es consonantais; - Assim sendo, a flexão do masculino se processa em te r mos dos substantivos masculinos ou fem ininos da 2- declinação, à base do paradigma geral avOpomoç, ov, 6; - A flexão do feminino segue os moldes dos substantivos fem ininos da 2- classe da 1§ declinação, uma vez que não term ina o radical em e, i, p, à base do paradigma elpqvq, Trçç, fj; - Do neutro a flexão obedece ao sistema típico dos nomes neutros da 2- declinação, à base do paradigma ep^ov, ov, t ó ; - Portanto, à semelhança do ptc. pres. mp. (mcrTeu — ó — p,€v — oç, ti, ov), do ptc. fut. méd. (morrei) — o- — ó — |xev — o«;, t), ov) e do 19 aor. méd. ptc. (m o re i) — o-a — p,ev — oç, iq, ov), já estudados, flexiona-se este 29 aor. méd. ptc. nos exatos moldes de èt^aGòç, tj, óv, paradigma dos adjetivos triform es vocálicos de radical não finalizado em e, i, p, a exibirem todos as mesmas desi917
nências. No caso deste ptc., o paralelismo flexionai para com o ad jetivo padrão se estende à acentuação também; - Isto posto, é evidente que neste ptc. reflete o 2 - aor. a es trutura e flexão características do pres., o que vale, ademais, para todos os modos, excetuado o Ind., em que a analogia é para com o impf.
e. Variações - Os ptcs. ats. todos, mais o aor. pass. ptc., exibem não poucas alterações que lhes afetam desinências, infixo modal e até a vogal de ligação, em certos casos e inflexões. Este 2 - aor. méd. ptc., como os demais ptcs. médios e passivos (excluído o aor. pass. ptc.), não sofre nenhuma variação estrutural, constantes, imutados o te ma, Xõtp, a vogal de ligação o e o infixo modal pev, normativas as desinências, próprias do paradigma.
3. Flexão
a. Formas - A flexão do 2- aor. méd. ptc. de Xappávco - tom ar - , raiz neste sistema a reduzida Xã($, é, regularmente:
918
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OLÇ V a &
b. Observações m orfológicas - Três dos elementos estruturais: a raiz, X&0, a vogal de li gação o e o infixo modal |xev permanecem imutados através da fle xão toda, enquanto as desinências variam, em absoluta regularida de, segundo os padrões flexionais; - Contrasta-se, pois, patentemente, esta flexão com a dos ptcs. ats. (e do aor. pass. ptc„ também), estes a sofrerem num ero sas e pronunciadas alterações, a que é de todo extreme o 2- aor. méd. ptc.; - Dos elementos estruturais, os prim eiros dois, o tema X&0 e a vogal de ligação o, podem-se tom ar como derivados da matriz, 2- aor. at. Ind., de qualquer form a comuns às duas flexões. Os dois elementos terminais, o infixo modal p-ev e as desinências, con soante os adjetivos triform es vocálicos, são o binôm io característico do final dos ptcs. médios e passivos, excetuado o aor. pass. ptc. (que este segue a estruturação dos ativos); - A tríade final de elementos (vogal de ligação o, infixo m o dal p-ev e desinências vocálicas triform es) é a mesma em CINCO 920
ptcs., três dos quais já estudados, a saber: - pres. mp. ptc.: m o re v — o' — p,ev — os, q, ov, - fut. méd. ptc.: m orreu — ct — o — |xev — os, q, ov, - 2° aor. méd. ptc.: Xáp — o" — (xev — os, q , ov; - Os outros dois ptcs. são o fut. pass. ptc. ('iru rre v — 0q —
921
- Femininas: 13 (todo o sing. e o dual todo, além do gen., dat. e acus. pl.); e - Neutras: 9 (gen. e dat. sing., o dual todo, assim como gen. e dat. pl.); - A acentuação se processa nos moldes característicos dos adjetivos triform es vocálicos de base não oxítona, de sorte que três das inflexões do fem inino, fugindo à norma de posicionalidade, se acentuam como as formas paralelas do masculino, a saber: nom. e voc. pl., proparoxítonas ao invés de paroxítonas, e o gen. pl., paroxítono em vez de perispômeno, formas estas, pois, que não seguem a acentuação típica dos substantivos dessa 2- classe da 1- declina ção, em que se enquadram; - Afora estas três inflexões, as demais todas se amoldam ao princípio de posicionalidade, porquanto no masc. e no neutro, em cuja form a base, nom. sing., está o acento na antepenúltima, aí se mantém nos casos em que a desinência é breve, deslocando-se para a penúltima nos casos em que o final é longo (quando não po de haver acento regular na antepenúltima), e no fem., na penúltima o acento na form a base, nesta sílaba se conserva em toda a flexão, exectuados dois apenas desses casos referidos, nom. e voc. pl., em que recede até a antepenúltima, enquanto no gen. pl., em que, dada a contração prim itiva das vogais temático-desinencias a e to , deve ria cair na última, recede até a penúltima; - Têm, portanto, acentuação paralela ou sim ilar os quatro ptcs. médios ou médio-passivos terminados em p,evos, ov até aqui estudados, a saber:
- irurrei; — ó — jjiev — os, m o re i; — o — p-év — -q, mcrTev — ó — jxev — ov (ptc. pres. mp.), - Trurrev — cr — ó — jxev — os, ir urrei; — cr — o — jxev — tj, tturrei; — a — ó — |xev — ov (ptc. fut. méd.), - ttu rre i; — a à — |xev — os, m o re v — a ã — jxev — t i . m o re v — a á — jxev — ov (ptc. 1? aor. méd.), e - X.&{3 — 6 — jxev — os, Xôt@ — o — jxev — ti, Xã($ — ó — jxev — ov (ptc. 2- aor. méd.). 922
5. Relação - Para fins práticos, podem-se conceber os ptcs. futuros e aoristos, tanto os ativos quanto os médios, como híbridos, a deriva rem parte dos elementos constitutivos das respectivas matrizes, parte do ptc. pres. da voz correspondente; - Assim, os ptcs. fut. at. e méd. derivam da matriz (fut. at. Ind.) três elementos em sequência: raiz, infixo tem poral s e vogal de li gação o; do ptc. pres. os dois elementos remanescentes: infixo m o dal vt e desinências triform es consonantais, tratando-se do ptc. fut. at., e infixo modal p,ev e desinências triform es vocálicas, no caso do ptc. fut. méd.; - De igual modo, os ptcs. 19 aor. at. e méd. têm da matriz (19 aor. at. Ind.) os dois elementos iniciais da form a: raiz e infixo tem poral crà, do ptc. pres. os dois restantes, nos term os acima referidos em relação ao ptc. fut.; - Também os ptcs. 2- aor. at. e méd. exibem da matriz (29 aor. at. Ind.) os dois elementos iniciais: raiz e vogal de ligação o, en quanto os dois finais, infixo modal vt ou |xev e as desinências, con sonantais triform es ou vocálicas triform es, são-lhes exatamente como nos respectivos ptcs. pres., at. ou méd. em paralelo; - Partindo-se, pois, da matriz (29 aor. at. Ind.), obtêm-se as formas desta flexão, eliminando-se o aumento e substituindo-se a desinência secundária ativa pelo binôm io infixo modal p-ev, mais a desinência característica dos adjetivos triform es vocálicos de tema findado por letra outra que e, i ou p. Nas formas da matriz em que é e a vogal de ligação, mudar-se-á em o esta vogal no ptc. A acen tuação, a processar-se em termos recessivos, obedece ao mesmo critério, todavia, ocorre no ptc. em posição outra que no 29 aor. at. Ind.; - Uma vez que aos quatro ptcs. médios até aqui estudados: - pres.: m o re u — ó — p,ev — os, iru rre u — o p.€v — T|, iT ip re v — b — fi€ v — ov; - fut.: m o re u — a — b — |xev — os, m o T ev — a — o — |xev — T), TruTTeu — ct — ó — |xcv — ov; 923
- 19 aor.: m o r eu — v á — pev — oç, tuctt€v — v ã — pev — 'iruTTeu — a ã — pev — ov; e - 2- aor.: XA|J — ó — pev — oç, XA|3 — o — pe v — iq, X àp — ó — pev — ov, é comum o fina! pevoç, pevq, pevov, poder-se-á obter este últim o com substituir-se àqueles a parte que precede ao binôm io final pela raiz do sistema do 29 aor., X&P neste verbo. Em relação aos ptcs. pres. e fut. a similaridade se estende tam bém à vogal de ligação o, de sorte que, partindo-se do pres. mp. ptc. (Xap|3av — 6 — |X€v — oç, \a p [3 a v — o — pev — nq, Xap|3av — d — pev — ov), obter-se-á este 29 aor. méd. ptc. com simplesmente substituir-se a raiz do pres. (XapfJav), constante da prim eira das partes principais, pela equivalente do 29 aor., expressa na terceira dessas partes. Os demais elementos, inclusive a acentuação, são os mesmos nos dois ptcs. O mesmo princípio se aplicará em referência ao ptc. fut. méd., pois que, à base de suas formas, conseguem-se as equivalentes deste 29 aor. méd. ptc. com trocar-se, apenas, a raiz do fut., consoante a segunda das partes principais, mais o infixo temporal típico do fut., a consoante ç, pela raiz do 29 aor., dada na terceira das partes principais, conservados os mesmos os demais elementos incluída a acentuação. No caso de Xap(&vb>, teríamos: X*n(|ju) — \|» — 6 — pev — os, Xt)(|uc) — i|i — o — pev — i\, Xiqíp) — 4» — c> — pev — ov, forma base do ptc. fut. méd., que, substituídos a raiz Xt](|x )(3 e o infixo temporal ç (este a fundir-se com a labial |3, de que resulta a dupla r]i) pela raiz X&(3 do 29 aor., se converte na inflexão paralela deste ptc.: Xôij3 — ó — fxev — oç, Xã(J — o — (xév — *q, X&P — 6 — |xev — ov; t],
- Normativamente, diferem as flexões médias das correspon dentes ativas apenas em matéria desinencial. Assim sendo, tom a das as form as ativas, conseguem-se as inflexões médias paralelas com simplesmente trocar-se a desinência ativa pela média equiva lente. Fogem a esta regra somente as flexões do perf. e mqpf., não calcadas as duas vozes na mesma estrutura, podendo ser diferente, ademais, a raiz, e do fut. pf. (que não aparece na voz ativa), além dos ptcs., que têm infixo modal distinto, vt para os ativos, pev nos 924
médios. Todavia, à luz do 29 aor. at. ptc., form a-se este 29 aor. méd. ptc. com simplesmente substituir-se o binôm io infixo modal vt mais desinências consonantais triform es pelo infixo modal |xev mais as desinências vocálicas triform es, ajustada a acentuação; - Do exposto, evidencia-se que também neste ptc. segue o 2aor. a estrutura e flexão do presente, o que se verifica em todos os modos, aliás, menos no Ind., em que este paralelo é com o im pf. 6. Sentido e tradução - Mera formação variante ou alternativa, apenas em estrutura difere este 29 aor. méd. ptc. do 19 aor. méd. ptc., em ambos mes mos a Aktionsart, o sentido e a expressão; - De igual modo, somente em matéria de voz e ênfase respec tiva difere este 29 aor. méd. ptc. do correspondente da voz ativa, comuns a ambos a Aktionsart, o sentido básico e a expressão traducional; - Logo, é o 29 aor. méd. ptc.: - tem po de Aktionsart punctiliar, característica das flexões fu turas e aoristas, ação não dimensionada, indefinida, inextensa, nãodurativa, a expressar o fato em s i, o puro evento, descontínuo, não o processo linear de eventuação (pres. e impf.) ou os efeitos, resulta dos ou consequências continuativos da ação (perf., m qpf. e fut. pf.); - praticada pelo sujeito, a agir sobre si mesmo (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo direto, porque lhe pertence, ou é de vantagem ou interesse, ou o afeta de form a espe cial (média indireta); - a ênfase posta no sujeito e seu relacionamento com a ação ou evento, não sobre o fato em sua especificidade distintiva (voz ativa), nem sobre a expressão resultativa, a form a acabada da ação (voz passiva); - pretérita em perspectiva, não, porém, em projeção absoluta como no Ind., uma vez que expressa a anterioridade em relação ao verbo principal que se pode referir a eventuação corrente, consu mada ou pervindoura, donde não ser a ação participial necessaria 925
mente passada. Todavia, mesmo nas flexões em que subsiste a no ção de tempo (Ind. e Ptc.), não é o QUANDO se dá o fato que se realça, e ocupa a primeira plana, mas o COMO se processa ele, a qualidade da ação; - a revestir-se de teor adjetivo, adjuntivo, qualitativo, circuns tancial, modificativo, em função do substantivo ou equivalente a que se reporta como adjunto, substitutivo ou m odificador, não ca tegórico em expressão (Ind.), nem potencial (Subj.), ou hipotético (Opt.), injuntivo (Imper.), ou nominal (Inf.); - a traduzir-se, conforme a função desempenhada no contex to, ora como gerúndio, extreme de variações de gênero, número, ca so e pessoa, ora como cláusula relativa de cunho pretérito, a variar nas referências de gênero, número, caso e pessoa, ora como forma substantiva ou equivalente; - Entretanto, uma vez que falece ao português form a sintética, explícita, direta, própria por que expressar-se este ptc., recorre-se a locução perifrástica ou analítica, usado o gerúndio auxiliar fendo ou havendo a preceder ao ptc. passado do verbo, quando o uso é cir cunstancial ou adverbial, ou a cláusula relativa passada, se a função é adjetiva ou nominal, como já se observou em relação aos ptcs. 19 e 2- aors. ats. e 1e aor. méd.; - Ademais, como não há no vernáculo a voz média, a tradução se fará sempre em term os da voz ativa, subentendidos o enfoque e ênfase próprios daquela voz; - Logo, resumir-se-á a matéria, dizendo-se que é o 2- aor. méd. ptc.: - tem po de A ktionsart punctiliàr (aor.), -p ra tica d a pelo sujeito, agindo sobre si mesmo (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona ele de modo especial (média indireta); - a ênfase a incidir sobre o sujeito e seu relacionamento com a ação (voz média); - pretérita em perspectiva, anterioridade relativa ao tem po do verbo principal (ptc. aor.); - em teor adjetivo (ptc.); 926
- enfocado o evento em si, não seu processo dimensional, nem seus efeitos ou resultados continuativos (aor.); - a traduzir-se por locução perifrástica de cunho gerundial ou cláusula relativa, ou adverbial, de cunho pretérito; - em função verbal (circunstanciai, ou adverbial, o teor), ou adjetiva (atributiva, ou qualificativa, ou adjuntiva em sentido), ou substantiva (nominal em forma); - em termos da voz ativa, subentendidos o enfoque e a ênfase próprias da voz média; - Assim sendo, A.à|3 — 6 — pev — oç, \ á p — o — |xáv — T], — ó — p,ev — ov, subentendida a noção de punctiliaridade e a perspectiva da voz média em enfoque e ênfase peculiares, se traduzirá: - em função propriamente verbal, ou como adjunto gerundial - tendo tomado, havendo recebido, ou como cláusula circunstancial ou adjunto adverbial de modo, tem po, causa, ou similar, conform e o indique o direto contexto: - como tomou (modal), ou, depois que tomou (tem poral), porque tomou (causal), e que tais; - em função realmente adjetiva, adjlm to adnominal, a qualifi car a substantivo ou equivalente, claro ou im plícito, na form a de cláusula relativa: - (o) (a) que tomou; (os) (as) que tomaram (no plu ral); e - em acepção puramente substantiva, a valer por um nome qualificado, ou equivalente, correspondendo a adjetivo substanti vado, de que assume o caráter e a expressão, na falta de form a es pecífica no português, representar-se-á ou nos moldes adjetivos, sob a feição de cláusula relativa, ou mediante substantivos tais reci piente, recebedor, receptor, tomador.
7. Aplicação paradigmática - Segundo este paradigma de Áap,pái*> - tomar, re ce b e r- de clina-se o 2- aor. méd. ptc. dos demais verbos em o) em que seja esta a modalidade aorista, fazendo-se de mister apenas a substitui ção da raiz \à(3 pela correspondente do verbo de que declinar-se a 927
form a, segundo se mostra ela na terceira das partes principais; - Os demais elementos: vogal de ligação o, infixo modal p-ev, desinências vocálicas triform es (próprias dos nomes não finalizados por e, i ou p no tema do fem inino) e acentuação (praticamente re cessiva) são em todos os mesmos; - Nos verbos em p í, consoante a peculiaridade destes verbos nos sistemas flexionais do presente e do aoristo, geralmente se gundo, difere deste paradigma a flexão do 2- aor. méd. ptc. em que lhe carece a estrutura da vogal de ligação, já que o próprio tema se finda normativamente em vogal.
2. AORISTO HÍBRIDO - Ocorre através do Novo Testamento, notadamente com formas de T)X0ov (M t 25.36), 2° aor. de £pxo|xai - ir, v ir - , de € i— ttov (At 16.31), 2- aor. de Á.éya> - dizer, de 'qve-yKov (Mc 9.17), 2aor. de çepco - levar, trazer; de etôov (Mc 2.12), 2- aor. de ôpáw ver - , o que se pode chamar de aoristo híbrido, isto é, inflexões do 2aor. em que em lugar da vogal de ligação e/o aparece a vogal & do infixo tem poral do 19 aor. (como se dá nos verbos em líquida); - Esta hibridização se verifica, de preferência, nas form as e in flexões do Ind. e do Imper., mas pode estender-se às flexões dos demais modos, excetuado o Subj., em cuja estrutura não aparece este elemento do infixo temporal; - Na 3- p. s. do 29 aor. at. Ind., já que, seja a vogal de ligação, seja a infixai, sempre assumirá a form a de e, não há distinguirem se essas modalidades aoristas; - Destarte, é este aoristo híbrido, na realidade, a form a do 29 aor. com a vogal remanescente do infixo tem poral de 19 aor. a subtitu ir-lh e a vogal de ligação. Daí, estruturalmente, ter-se-ão sempre a raiz de 29 aor., o infixo tem poral do 19 aor. sem a sibilante inicial, comum a desinenciação, se bem que no Ind. reflita esta a feição do 19 aor., não do 29, uma vez que a form a híbrida não tem desinência explícita na 1- p. s.; - Exemplo deste aoristo híbrido vem o-lo nesta cláusula: kou 928
c íirá Tots p-aôqTaíç aou - E falei aos teus discípulos (Mc 9.18). A form a eí-irct - faiei - é de 29 aor., como o evidencia a raiz aumenta da eT/ir, de Xe-yrú - dizer. Nos moldes regulares de formação do 2° aor. teria esta inflexão da 1§ p. s. do 29 aor. at. Ind. de ser eíor — o — v. Entretanto, em lugar da vogal de ligação o aparece a vogal a, própria do infixo tem poral crá do 19 aor., om itida, ademais, a desi nência secundária ativa v, própria desta pessoa no 2 - aor. at. Ind., alheia porém, ao 19 aor. at. Ind. Logo, é etirct típica expressão de aoristo híbrido.
3. IMPERATIVO NEGATIVO 3.1 - Natureza - Apresenta-se o im perativo, mais generalizadamente, em fe i ção positiva, na form a de injunção, mandado, preceito, ordem, de terminação, afirmativos em teor. Aparece, também, em cunho ne gativo, a assumir o caráter de proibição ou prescrição restritiva, quando se denomina de IMPERATIVO NEGATIVO ou PROIBITI VO. 3.2 - Formação - Expressa-se, regularmente, o im perativo negativo ora pelo pres. Imper., ora pelo aor. Subj., modificados pelo advérbio p/q, ou correlatos e compostos, não ou, restrito que é este advérbio quase que exclusivamente aos tem pos do Ind.; - É verdade que, nesta função, ocorre, por vezes, também, na 3 - p. s., o aor. Imper., a refletir o processo de assimilação que lavra na sintaxe menos requintada do coiné; - Em term os gráficos: - p/q + pres. Imper., ou, - p/q + aor. Subj.; - Em o Novo Testamento registram-se 134 ocorrências do im perativo expresso pelo pres. Imper., 84 pelo aor. Subj., enquanto a 3 - p. s. do aor. Imper., nesta função, se mostra nas seguintes fo r mas: p/q 'yvtÓTCú - não saiba (M t 6.3), p/q5è eio-eXôcmo - nem en 929
tre (Mc 13.15), p/q èmoTpei]xxTü> - não volte (M t 24.18; Mc 13.16; Lc 17.31), p/q KaTaPaTCi) - não desça (Mt 24.17; Mc 13.15; Lc 17.31).
3.3 - Distinção - No tocante ao sentido, diferem estas modalidades de ex pressão imperativa negativa em que: - o pres. Imper. postula a descontinuação de ação já em curso, a cessação de processo em andamento, a sustação de operação, medida ou ato em fase de execução, algo já iniciado; - o aor. Subj., por sua vez, prescreve a não-iniciação de eventuação contemplada, a desistência de intento projetado, a re núncia de propósito firm ado, algo por iniciar-se; - Assim, o pres. Imper. impõe a suspensão do que está a pro cessar-se; o aor. Subj. estabelece a proibição do que está para ocorrer. Aquele é term inativo, este preventivo; 3.4 - Exemplos 1. p q KíúXóeTe a v r á - Não as im peçais (Lc 18.16). - Trata-se de cláusula imperativa negativa constituída do ad vérbio p/q - não - e do pres. at. Imper. kú) \ v €T6 - im peçais. Aos discípulos, que estavam opondo embaraço à aproximação das crianças cujos pais as desejavam abençoasse Jesus, determina Ele descontinuassem esse proceder, cessassem a oposição, sustassem esse curso de ação em andamento, deixassem de im pedir-lhes o acesso como estavam a fazer; 2. p/q OTropáXTiTe airv r q v ira p p q a ía v vpxSv - Não deis de mão, portanto, à vossa confiança (Hb 10.35). - O advérbio inicial p/q - não - e a inflexão de 2- p. pl. do 2aor. at. Subj. aTrofJáXqTe - deis de mão, lanceis fora - constituem cláusula imperativa negativa, mercê da qual o autor da epístola exorta aos destinatários, a pique de capitularem, cedendo em sua firmeza na fé em Cristo, a que não consumem essa im inente pros tração, situação ainda não atualizada, que, todavia, importava evitar se viesse de fato a concretizar. 930
4. VOCABULÁRIO 406. ay(ú, &£
410. ottrépxopm , aTreXeúcropxxi, cnrrjXOov, o m e \r\\v & â , . Composto da preposição owró - de, da parte de, e do verbo de poente simples epxofuxi - ir, vir - Ir-se de, retirar-se, partir, sair, afastar-se, apartar-se. 411. aTroôoxTÍ, tis, *q. Forma substantiva derivada de airoôé— X o p m - receber - Acolhida, aceitação, recepção, apreciação, favor, aprovação. 412. onToXixú, ÓíttoXw í i ), oíTréXwòt, dTToXeXuKá, d-rroXeXu— pxn, otTreXúG^v. Composto da preposição ot-rro' - de - e do verbo simples Xòa> - soltar - Desprender, desatar, soltar, livrar, destacar, li berar, solver, deixar ir, perdoar, divorciar, repudiar. 413. PaoxXevo), Pao-iXeúatú, epacríXeixm, PePaoíXeu— kíx, ^ePaaíXevpoa, ip a a iX e & h iv - Ser rei, reinar, imperar, reger, ascenderão trono. 414. fVfjixá, PtÍ ijuxtos, to. Derivado de Potívco - ir - Estrado, escabeb, degrau, escadaria, assento, plataforma, trono, tribunal. 415. p ip x ío v , ou, to. Forma dim inutiva de pípXos, ou, i f - livro -L iv re to , bilhete, bula, escrito, documento, volume, rolo, livro. 416. 7€<*)p7oç, oô, 6. Derivado de yx\, yrjç, y\ - terra - e €p— 7ov, ou, to - trabalho - Trabalhador da terra, lavrador, agricultor, vi931
nhateiro. 417. 8(3|xa, ôwfxÃToç, to" - Construção, edificação, beiral, forro, tecto, telhado, eirado, edifício, casa, prédio. 418. èyyvs. Advérbio ou preposição im própria, norm ativa mente complementada por form a em genitivo - Perto, junto, próxi mo, contínuo, imediato. 419. eXeeco ou iXeá
932
428. KpÉvío, Kpivci), CKplvã, KeKpÍKà, xeK ptpm , €KpÍ0T)v - Jul gar, decidir, sentenciar, sancionar, decretar, resolver, opinar, dar pare cer, pensar, refletir, distinguir, vindicar. 429. \a|xpávot), X-rílfxliJiopxxi, eXa^ou, eiXr|
convocar.
441. ouvéôpiov, ou, to. Composto da preposição cnúv - com e da form a tópica de cunho neutro, afim a eôpá, ãç, xj - cadeira, as sento - Concílio, assembléia, convenção, audiência, tribunal, corpora ção, conjunto. Em o Novo Testamento o supremo tribunal judaico de outrora. / ( a 442. (xppctyLÇíú, CTçporyúno, io çp ó ryu ra , êacppá^LKã, ecrippá— 7 wx|xai, 6cr
5. EXERCÍCIO LER, FLEXIONAR, ANALISAR, TRADUZIR: 201. Kcà lô ó vre s o í i p a p i o a í o i !X e 70v to is |xa0T|Taís ourou ô tà t i (ui€TÒt Tcòv tc Xcovcov K a i áfjtapTcoXôv êcrOíei ó ôiSáoxaXos vpÁúv (M t 9.11). 202. w v airoXueis tov ôouXóv oou, ôecnrórá, KaTÒt to pripa
CTOU €V €LpTf]VT|.OTl ClSoV OI Ó
208. cíttcv cíuv auToiç o IIi\aTO
vóp,ov avaTreíOei
outoç tovç
avOpw-rraus aeßeaöai
tov
0eóv (A t 18.12-13). 210. TTwrrò«; o Xáyoç Kal Traars a-TroôoxíÍç a^ioç oti XpuTTÒç ’ I tjoouç T)\0ev e tç tòv KÓapov àpxxpTcoXaix; a o x ra i (I Tm 1.15). 211. ò ôè rie rp o s c I ttcv, KÚpie, e t cru cl, KcXevaov p,e èXOeiv npoç ac cttí tÒí uôaTa.ô 8è cittcu éX0é (M t 14.28). 212. aXXòt 6 0eòç riXéiQaev avróv, ouk aírróv ôc (xóvov aXXà Kal ejxe, iva p-tf Xi3th]v I tti Xvtttiv axw (Fp 2.27). 213. K aí t(k o w & aXXriv (pcav^v ck tou ovpavaú Xéyauoav IÇéX0aTC Ò Xaóç p-au c£ orurriç, iv a p/rj air/KOivcovriariTe Tat«; ap-apTÍatç a írriy ; (Ap 18.4).
214. Xc'yci aoi o ôiôáaKa\oç,irau ccrriv to KaTaXupxx airau to TTotcrxa p,CTÔt t<3v paO^TíúV pxw 90170) (Lc 22.11). 215. Kal eíjeXôóvTeç 01 ôoOXoi I k c iv o i elç tckç bôoùç ou— v rfa ry o v TrávTaç oôç eupov, Trovripotôç tc Kaí ayaOou«; (M t 22. 10). 216. Tivèç ôè c £ avTwv aTrrjXGov TTpos to u «; ç a p ia a ío u ç K a i cW a v a u r o iç a iT ro iT jo cv ^ lT ia o u ç (Jo 11.46).
217. KcXewavTCS ôc avrouç e£co tou cruveôpíov otTre— X0CIV, cruvcßaXXov Trpoç aXXr|Xovs Xc^ovtcç . ti TroiT|ao)p,ev TOIÇ àv0pa>TTOl<5 TOÓTOIS (At 4.15). 218. p/r| Tapaaaea0o> úpxov nq Kapôía, moTcvcTC clç tov 0eóv, K a l elç cp,è moTciicTe (Jo 14.1). 219. p/rj oí>v ßaaiXevcTO) t) à p a p u a ev tw OvtjtÓ) vp,a>v a(óp,aTi elç tò urraK oveiv Taíç CTTi0up,íaiç auTou (Rm 6.12). 220. K a l Xéyci poi, p/rí acppa7 Ía p ç t o u ç Xáyauç t t |ç Trpo— (priTcíaç t o u ß iß X iov t o ú t o u , ó Kvpioç 70p êyyvç c a u v (Ap
22.10).
935
CAPÍTULO XIII TERCEIRA DECLINAÇÃO: NOMES EM LÍQUIDA P. CLÁUSULAS INTERROGATIVAS NEGATIVAS. COMPLEMENTOS CIRCUNSTANCIAIS DE TEMPO NÃO PREPOSICIONADOS. CLÁUSULAS CONJUNCIONAIS FINAIS. CLÁUSULAS COMPLEMENTARES DE VERBOS DE TEMOR. CLÁUSULAS OBJETIVAS APÓS VERBOS PARACLÉTICOS. SENTENÇAS CONDICIONAIS PURAS E RELATIVAS. 1. NOMES DA TERCEIRA DECLINAÇÃO DE TEMA FI NALIZADO PELA LÍQUIDA P 1.1 - Característica - Caracterizam-se os substantivos desta classe por: (1) Falta de desinência explicita na form a base, nom. sing.; (2) Tema finalizado pela líquida p, antecedida de vogal que, mesmo se breve, será sempre longa na form a do nom, sing.; e (3) Desinência oç no gen. sing. 1.2 - Nomes abrangidos - Enquadram-se nesta classe de substantivos da 3- declinação aqueles nomes em que o nom. sing. term ina peia líquida p e o gen. sing. pela desinência oç; 1.3 -G ê n e ro - Os substantivos de tema finalizado pela líquida p são, na maioria, masculinos ou femininos, reduzido o número de neutros. 1.4 - Flexão - Consonantais, flexionam -se os nomes de tema finalizado pela líquida p nas linhas gerais da 3- declinação, embora substanti vos haja que se não conformam integralmente ao padrão básico, 937
exibindo irregularidades ou peculiaridades ora mais, ora menos pronunciadas; - Não há e.sta.belecer-se, pois, um padrão único, uniforme, que abranja a todos os nomes desta classe; - Destarte, preferível será apresentar-se-lhes o paradigma geral e focalizar-se-lhes à parte os tipos divergentes. 1.5 - Tipo geral 1. Observações flexionais - A flexáo básica desta classe de substantivos enseja as se guintes observações quanto aos cinco dos casos que, norm ativa mente, dão margem a variações: - 1- Nom. sing.: não recebe desinência, alongando-se, em compensação, a vogal que precede à líquida final do tema, quando breve; - 2 § Acus. sing.: ê a a desinência, não a alternativa v,elem ento este de que carecem os neutros; - 3- Voc. sing.: nos oxítonos é, em geral, form a paralela à do nom. sing., nos demais consta do mero tema; - 4- Dat. p i.: não se processa alteração, porquanto não sofre queda nem fusão a líquida p final do tema a anteceder à sibilante da desinência, embora a vogal que a precede se possa alongar em certas flexões; e - 5§ Acus. p i.: é à ç a desinência, não a alternativa v
938
em que a vogal do final do tema é bnga, além disso, oxftona de ba se, fnryrwp, ^TjTopoç, o expressa o tipo em que essa vogal é breve, bem como os substantivos de base paroxítona;
b. Estrutura - Constam estas flexões do tema acorqp/pT|Top, o prim eiro constante, imutável, sempre o mesmo; o segundo a variar na form a do nom. sing.; e das desinências da 3 - declinação próprias desta classe, as mesmas em paralelo dos nomes de tema finalizado pela líquida-nasal v; - Como os substantivos labiais, guturais e linguais consi derados já, são também estes de tema finalizado pela líquida p fle xões imparissilábicas, TREZE dos casos a receberem desinência que implica em sílaba adicional, apenas a form a do voc. sing. pre servando a paridade silábica da base (nom. sing.);
c. Flexão - A flexão, paralela, destes dois paradigmas é, pois: TEMA
DES NS. ctcottÍp — GS. crcúTrjp oç V DS. OÍOTTjp 1 AS. CTWTÍjp Oi VS. CTCOTTÍP — -
salvador de salvador para salvador salvador ó salvador
TEMA DES ND. crcorqp e GD. CTCOTT|p otv DD. CTíorqp o iv AD. ctcottÍp e VD. CTCOTTÍP e
salvadores (dois) de salvadores (dois) para salvadores (dois) salvadores (dois) ó salvadores (dois)
-
939
NP. GP. DP. AP. VP.
NS. GS. DS. AS. VS.
TEMA DES. A - salvadores atornp €S oxorqp CúV - de salvadores V -p a ra salvadores trtoTTjp cri o CTÍOTrjp as - salvadores - ó salvadores trcoTqp es TEMA pTÍynop
DES.
fW jT o p
os V
- orador - de orador - para orador
^ f|T O p
a
- orador
p f|T O p
—
-
fy fjT o p
1 o
DES. ND. pT|TO p r e GD. p q T Ó p O lV DD. p rrjT o p O lV AD. p rjT o p € VD. p q T o p €
ó orador
TEMA
TEMA NP. f)T|TO p GP. fftyróp DP. jyrjT O p AP. p irjT o p VP. p r|T O p
DES. es tov 4 (X I o
as es
-
-
oradores (dois) de oradores (dois) para oradores (dois) oradores (dois) ó oradores (dois)
oradores de oradores para oradores oradores ó oradores
d. Particularidades morfológicas - De oxottÍp o tema permanece inalterado através da flexão toda, o mesmo em todas as formas, longa que é a vogal {t\) ante posta à líquida temática final p; em p^Ttop, já que é breve a vogal (o), alonga-se, fazendo-se to em um caso, nom. sing., conservandose inalterado o tema frqTop nas demais inflexões; 940
- O nom. sing. não tem desinência específica, devendo-se alongar a vogal que precede à líquida p final do tema, quando bre ve. É o que se dá em pqTup, alongando e m to o ôm icron temático, enquanto em aoyrrip não se processa tal alongamento, porque já é longa de origem essa vogal; - A form a do voc. sing. é em cromip a mesma do nom. sing., por tratar-se de substantivo de base oxítona, diferente, po rém, em pT|T
- na última em dois casos: nom. e voc. sing „agudo: - na penúltima nos demais treze, agudo em 3 inflexões: gen. e dat. dual e gen. pl. (longa a desinência, pelo que não poderá ser circunflexo, embora longa esta penúltima sobre que repousa o acento), circunflexo nas dez restantes: gen., dat. e acus. sing.; nom., acus. e voc. dual; nom., dat., acus. e voc. pl. (penúltima longa acentuada, breve a última), isto é: - oxftonos: 2 (nom. e voc. sing.); - paroxítonos: 3 (gen. e dat. dual, gen. pl.), e - properispômenos: 10 (os demais); - Já em pTyrúip achar-se-á o acento: - na penúltima em CINCO formas, quatro das quais terão agudo: nom. sing., gen. e dat. dual e gen. pl. (longa, a últim a requer agudo na penúltima acentuada) e uma o circunflexo: voc. sing. (úl tima breve, pelo que será circunflexo o acento posto na penúltima, sílaba longa); - na antepenúltima nas demais DEZ: gen., dat. e acus. sing., nom., acus. e voc. dual, nom., d a t, acus. e voc. pl. (desinência bre ve, permite conserve-se o acento na antepenúltima, agudo, neces sariamente, logo: - perispômena: 1 (voc. sing.), - paroxítonas: 4 (nom. sing., gen. e dat. dual, gen. pl.), - proparoxítonas: 10 (as restantes); - Nos substantivos de base monossilábica, em que se to r nam dissilábicas as inflexões desinenciadas, deslocar-se-á o acento para a última nas formas genitivas e dativas, AGUDO no gen. e dat. sing. e dat. pl. (final breve), CIRCUNFLEXO no gen. e dat. dual e gen. pl. (final longo). Os demais casos obedecem às normas co muns de acentuação; f . Aplicação paradigm ática - Consoante crwrqp e pnfjTwp, observadas as especificidades de tema e prosódia, flexiona-se a generalidade dos substantivos da 3? declinação em que o radical term ina pela líquida p, a mesma de-
942
sinenciação a ocorrer em todos, exceção feita em parte dos neutros, porquanto nestes não tem desinência explicita o acus. sing. e os três casos similares do plural: nom., acus. e voc., recebem a desi nência própria, &, em lugar de €ç, peculiar aos substantivos mascu linos ou femininos; - Há alguns nomes, todavia, cuja flexão apresenta particu laridades e variações, a distanciar-se, pois, do padrão destes para digmas em escala ora mais, ora menos acentuada. São tipos espe ciais. 1.6 - Tipos especiais 1. Trarqp, TTOtTpóç, 6 - pai; |xt)tt)p , p/qTpóç, -q - mãe; (hryct— rq p , (hryctTpòç, r| - filha. a. Relação - São paralelos em flexão estes três substantivos, mesma a desinenciação e sim ilar a acentuação, esta a sofrer ligeira diferença nos casos nom. e voc. sing.; b. Estrutura e formação - Constam estgs flexões, como é de regra, do binôm io estruturante raiz ou tema e desinências; - O tema ê nestes substantivos, respectivemente, ir a — Tep, p/iyrep e (hryaTep, em todos a exibir ligeiras alterações em quatro dos casos: nom., gen. e dat. sing. e dat. pl.; - As desinências, típicas desta classe de masculinos ou fe mininos da 3- declinação, tema finalizado pela líquida p, são as as sinaladas em relação aos paradigmas normativos crcornp, aom jpoç, ó e piqTwp, prryropoç, ô;
c. Observações flexionais (1) Nom. sing.: como no tipo geral desta classe, não receb desinência, alongando-se, compensatoriamente, o e que antecede à 943
líquida p final do tema, transmutado em tj; (2) Gen. e Dat. s in g sofrem síncope do € temático, reduzin do-se-lhes, pois, a extensão silábica, donde avançar-lhes o acento para a última, pelo que são sempre oxítonas estas duas formas; (3) Acus. sing.: recebe a mesma desinência que se aplica no tipo geral, isto é, a vogal &, impossível que seria a aposição da al ternativa v, por isso que resultaria em sequência consonantal (pv) estranha ao final de inflexão; (4) Voc. sing.: não recebe desinência, mas a vogal temática e, ao contrário do que se dá na form a do nom. sing., não se alonga, pelo que diferem estes dois casos neste particular. Também o acento recede até a sílaba inicial, agudo em 'ircm íp e Ovyárqp, cir cunflexo em p/qTiqp; (5) Dat. p i: sofre a mesma síncope da vogal temática €, re gistrada no gen. e d a t sing., mas insere-se-lhe entre o final do te ma e a desinência a vogal eufônica &, sobre que recai o acento, form a, portanto, sempre paroxítona; (6) Acus. p i: à maneira do tipo geral, tem a desinência nor mativa otç, mesmo porque a alternativa vs não se poderia aplicar, uma vez que resultaria sequência final (pvç) impronunciável;
d. Flexão - A flexão geral destes substantivos, todos a receberem a mesma desinenciação em peralelo, inda que a diferirem um tanto em acentuação, é: TEMA IMS. Trarqp GS. -irotT p DS. -iraT p AS. Trorrép VS. -iráTep 944
DES. — -p a i óç - de pai t - para pai ã -p a i — - ó pai
ND. GD. DD. AD. VD.
TEMA DES. TTOiTep e - pais (dois) TTOtTCp OLV - de pais (dois) TT(XT€p OLV -p a ra p a is (dois) irotTep e - pais (dois) TTOtTep e - ó pais (dois)
TEMA DES. NP. TraTep es - pais GP. -iraTep G)V - de pais DP. TTOíT pí : aí - para pais AP. TraTep 6 t ç - pais VP. TraTep €<; - ó pais
NS. GS. DS. AS. VS.
TEMA DES. p,T)TTflp — - mãe - de mãe P/rlT P ó ç 6 t - para mãe P^T P p/qT€p a - mãe — p,TjT€p - ó mãe
ND. GD. DD. AD. VD.
TEMA |XT|T€p p/rçTép p/ryrep |ATlT€p p/ryrép
NP. GP. DP. AP. VP.
TEMA DES. IA7]T€p € Ç -m ã e s p,T]T€p («)V - de mães O |AT|T po a i - para mães |XTQT€p & ç -m ã e s p/rjTep eç - ó mães
DES. e - mães (duas) OLV - de mães (duas) OLV - para mães (duas) e - mães (duas) e - ó mães (duas)
- na última, AGUDO, em dois : gen. e dat. sing.; - na penúltima, AGUDO, em onze: acus. sing., dual todo e plural inteiro; - Por outro lado, varia, de flexão para flexão, nos DOIS restantes: - nom. sing.: na última, AGUDO, em ir
precede à líquida final p é longa em toda a flexão geral, breve, po rém, nestas especiais, excetuado o nom. sing.; - Quanto aos paradigmas dos nomes de tema finalizado pela líquida v, catóv, auovoç, 6 e 'yeÍTWv, -yeiTOvoç, o , têm estas fle xões especiais em comum as desinências, as mesmas em todos. Diferem quanto ao tema e suas variações* nos moldes assinalados em referência a pr|Tcop, prjTopoç, ô e crrúTqp, otoTÍjpoç, ô. 2. avTp, ètvôpóç, Ó - homem, varão a. Especificidade - Este substantivo exibe alterações mais acentuadas do te ma, que afetam a quase todas as inflexões, e a acentuação se m os tra ainda mais caprichosa, todavia, a desinenciação em nada difere dos padrões da classe;
b. Estrutura e formação - Constam as form as desta flexão de: raiz ou tema e desi nências, como se dá nos substantivos em geral; - O tema é, de origem , avep, modificado para á v 8p em quase toda a flexão; - As desinências, típicas dos substantivos masculinos ou fem ininos da 3- declinação em que é o tema finalizado pela líquida p, são as mesmas aplicadas já aos paradigmas gerais o xtm p , (no— rqpos, o e pryrcop, píyropoç, ó e os especiais TraTTjp, ir a — rpdç, ó, p/ryrqp, p/iyrpóç, e 0\ryáTqp, (hryaTpóç, rj, sem ne nhuma variação; c. Observações flexionais (1) Tema: em dois casos, nom. e voc» sing., conserva-se o tema na form a de origem; nos restantes treze sofre ele a queda do e, inserindo-se-lhe em lugar a lingual ô, se sorte que, em vez de &vep, será av8p; (2) Nom. sing.: como nos demais nomes desta classe, não há 949
nom. sing., flutua amplamente, com portando-se mais em harmonia com os substantivos monossilábicos; - Assim é que nas formas genitivas e dativas, excetuado o dat. pl., estará o acento na última, logo, em CINCO inflexões, em DUAS das quais, gen. e dat. sing., desinências breves, é agudo, en quanto em TRÊS, gen. e dat. dual e gen. p l„ desinências longas, é circunflexo ; - Paira na penúltima nos outros NOVE casos, acus. e voc. sing., nom., acus. e voc. dual, nom., dat., acus. e voc. pl., agudo sempre, uma vez que se acha em sílaba breve em UM caso, voc. sing., longa apenas por posição nos OITO restantes; - Logo, no que tange à posição do acento estará: - sobre a vogal inicial a em OITO casos (acus. e voc. sing., nom., acus. e voc. dual; nom., acus. e voc. pl.); - sobre o t] temático em UM caso (nom. sing.); - sobre o a auxiliar em UM caso (dat. pl.); e - sobre a desinência em CINCO dos casos (gen. e dat. sing., gen. e dat. dual; gen. pl.); - Portanto, são: - OXÍTONOS: nom., gen. e dat. sing.: três inflexões; - PAROXÍTONOS: acus. e voc. sing.; nom., acus. e voc. dual; nom., dat., acus. e voc. pl.: nove inflexões; e - PERISPÔMENOS: gen. e dat. dual, mais gen. pl.: três in flexões.g. Relação - Em nada difere a flexão de avqp, avôpóç, 6 dos paradig mas gerais cromíp, ctüjttjpoç, ó e piryrcop, p-qTopoç, ó e dos tipos es peciais iTOCTqp, 'traTpóç, Ò, li/ryr-qp, p/qTpóç, rj e (hryáTTjp, Qvy
19 Na peculiar variação do tema, a sofrer a queda da vogal temática e em todos os casos desinenciados, que lhe recebem em substituição à lingual 8, bem como a inserção da vogal a , auxiliar, entre o final do tema e a desinência no dat. pl.; e 2- Na flutuação posicionai do acento, a seguir linhas pró prias, daí, a divergirem das normas prosódicas aplicadas às demais flexões desta classe de substantivos.
1.7 - Acepção característica a. Finais rq p e Toop - Oriundos de tema verbal ou substantivo, os nomes desta classe cujo nom. sing. term ine pelo sufixo Tqp, geralmente oxítono, ou T(op, forma alongada de Top, designam, normativamente, A U TOR ou AGENTE. b. Exemplos (1) Substantivo com o final rq p : - carròç cFCDTT|p Tou owpxxToç —Ele (C risto) o salvador do corpo (Ef 5.23). O substantivo ctcdttjp - sa lva d o r- deriva-se do tema verbal ctwô, de oxóÇco - salvar, curar, re sta u ra r-, e termina pelo final sufixado rq p , oxítono: expressa o agente do processo de salvação, o autor do livram ento do corpo; e (2) Substantivo com o final Ttop: - pqTopoç TepTÚXXou tlvóç - de um orador, um certo Tertulo (At 24.1). O gen. sing. pryropoç - de um o ra d o r- é inflexão do substantivo pr|T<*>p, derivado do tema verbal pe, obsoleto, de p e o)falar - que expressa aquele que faia, o autor do discurso, o agente da oração, no texto, advogado de acusação, que iria falar contra Paulo. 953
verenciado patriarca. Para garantir-se este efeito, doutra sorte ex presso pela intonação da voz, m elhor é deixar-se de traduzir o ad vérbio introdutório; 4. (XX|Tli - (xTjTi cruXXe7mxjLv à-rrò axavôcov oroupuXàs - Colhem-se, porventura (por acaso) uvas de espinheiros? (M t 7.16). Cláusula in terrogativa negativa, introduzida pelo advérbio p/fjTi (composto do simples p/q - não - e do pronome indefinido t i - algo, certo , enclítico, donde o acento agudo na penúltima longa), enfático, a form a verbal no Ind. (cruXXe^mxxiv), 3- p. pl. pres. at.), a resposta implícita é NEGATIVA: DE MODO ALGUM , DE MANEIRA NENHUMA, EVIDENTEMENTE, NÃO, o que, aliás, compele o próprio contraste dos elementos referidos. Para fugir-se a ambigüidade para com a incisiva oukow , preferível é traduzir-se p/fyri, om itido o elemento negativante, simplesmente pelo advérbio PORVENTURA, ou locu ção tal POR ACASO, que de si propriciarão a form a interrogativa desejada, sem confusão com a correspondente oukouv.
3. COMPLEMENTOS CIRCUNSTANCIAIS DE TEMPO NÃO PREPOSICIONADOS 3.1 - Modalidades 1.D urativo - Expressa-se, normativamente, pelo ACUSATIVO PURO, isto é, não preposicionado, o adjunto adverbial de extensão, quantidade ou duração de tem po delim ita um estado, ação ou fato, embora também o DATIVO se possa empregar nesta função. É o chamado complemento circunstancial de tem po QUANTO; - Exemplo, vem o-lo em k o Ti ejxetvev I kcÍ ôvo Tj|xépa<;- E a li permaneceu DOIS DIAS (Jo 4.40). Intransitivo que é o 1ç aor. at. Ind. êjxeivev - permaneceu - , o acusativo plural não-preposicionado 'qixépaç - dias - não lhe poderá ser objeto direto. Expressa por 956
quanto tempo se dem orou Jesus na cidade samaritana de Sicar, a duração de Sua permanência, a extensão de Sua estada , a quanti dade de dias ali passados, definida pelo cardinal ôvo - dois; - Está, destarte, o acusativo não-preposicionado ^ixepaç dias - a exercer a função típica de complemento circunstancial de duração de tempo e é o acusativo o caso por que se expressa esta modalidade adjuntiva adverbial;
2. Alocativo - Pelo DATIVO PURO, não-preposicionado, expressa-se o adjunto adverbial de momento, ocasião ou tempo QUANDO se dá o fato, realiza a ação, ocorre o estado ou situação. É o chamado complemento circunstancial de tem po QUANDO; - Exemplo deste complemento alocativo tem o-lo em kcíi r r ] T p írq rjfjiépa - E AO TERCEIRO DIA ressuscitará (M t 20.19). Fixa o dativo puro, 'np^p^f, definido pelo artigo r f\, e deter minado pelo ordinal Tpí/ng, igualmente em dativo, a concordar com o substantivo em gênero, número e caso, o ponto preciso, o mo mento quando se daria o glorioso evento da ressurreição de Cristo; - Logo, o dativo não-preposicionado r j j T p írrj fip é p ^ - ao terceiro dia - está em função desta modalidade adjuntiva de teor aiocacional, a expressar o TEMPO QUANDO o fato se dá; 3. Lim itativo - Na form a do GENITIVO PURO, não-preposicionado, apare ce o adjunto adverbial referente ao espaço de tempo dentro de cu jos limites a ação se realiza, processa-se o fato, situa-se o estado, dá-se o evento. Fixa, pois, este genitivo o período no decurso de que, a faixa em cujos extremos, o segmento de tem po em cujo transcurso ocorre o evento focalizado. E, pois, o chamado com ple mento circunstancial de tem po DENTRO DE QUE; í * - / - Exemplo desta modalidade será: 'Trap€Â.a(3ev to Trcaoiov Kctl ttjv p/qTepa orurau vuktoç — Tomou o menino e a mãe dele DE NOITE (M t 2.14). O genitivo puro, não-preposicionado, vuktóç, não 957
nas seguintes passagens do Novo Testamento: Lc 14.10 (Ip ci), 20.10 (S ü x x o w i v ); Jo 7.3 (Oecopricroixriv); A t 21.24 (Íjupiíaovrai e Tvoxrovrai); I Co 9.18 {Oiícrtú); I Pe 3.1 (KepSriOiío-ovTai); Ap 3.9 (¥)£ow iv e irpoffKw rícraixnv), 6.4 (crçá ^o w iv), 8.3 (SaxTei), 22.14 ( « r r a i) . O pres. In d., porém, se encontra em I Co 4.6 (
- oí (papuraioi crupPaéXiov tíXapov omeq avrèv iroryi— 960
ôetxnoCTiv I v X07Ü) - Os fariseus concertaram planos com vistas a apanhá-lo em palavra (Mt 22.15). Introduzida pela conjunção otoúç, o verbo, Tra^iôeíxjoxriv, no Subj. (19 aor. at.), a cláusula frirox; a v fó v Tra^iôeTJcrcoCTLV I v Xáyco - com vistas a apanhá-lo em palavra - ê evidente cláusula télica. Em vez de oiroo«; poderiam ter sido usadas iv a ou wç, conjunções similares em sentido e função. No clássico, uma vez que na principal é de tem po secundário, 29 aor. at. Ind., a forma verbal, eXajtov, associada ao complemento aupPaúXiov, pelo que se traduz pela frase concertaram planos, de rigor seria o emprego do Opt. na dependente, logo, 'wa^iôeúom ev ou Troryt— Seixreiav em vez do Subj. 'noryiSewüxriv. - Principal: Tem po secu ndá rio: ’IX a ^o v - Dependente (Final): afirm ativa: Conjunção omoç + Subj.: ir a — 7 iôe,òcrctxriv; Conjunção Iwrcoç + Opt.: 'ira7 iô e w a ie v ou T ta y i— ô e w e ia v ; 3. Final negativa - 7rpoaevxeCT0e 8è iv a |xt] 7€vqTai xeiM-wvoç - Orai, então, para que não ocorra durante inverno (Mc 13.18). A cláusula iv a p/q 7€vqTai x€ip>càvos - para que não ocorra durante inverno - é télica ou final negativa, por isso que a im troduz a locução conjuntivo-ad verbial Iv a p/q, que poderia também ser ama«; (xtj ou a><; p/q ou , mesmo, simplesmente p/q, om itida a parte conjuncional, e a form a verbal é inflexão do Subj., 7 ev,qT ai (29 aor. méd., 3? p. s.). Na prin cipal ocorre o pres. méd. Imper., TrpocreúxecrOe - o ra i-, não infle xão de tem po secundário, pelo que, mesmo no clássico, é próprio o Subj. na cláusula dependente. - Principal: Pres. Imper.: irp o a c^e a O e - Dependente (Final): negativa: Locução iv a p/q + Subj.: 7 É— vryrai;
4. Final posta no Fut. Ind. - ^mccye elç t ^ v ’ lou ôaía v, Vva K a\ o í pa0T|Taí crou 0e— wpriCTaixriv Tct ep7a crou - Vai para a Judéia, para que também os 961
teus discípulos vejam os teus feitos (Jo 7.3). A extensa cláusula iv a xa'i o i |xa0TiToá crov Qewp^CTowiv Ta Ip y a aov - para que tam bém os teus discípulos vejam os teus feitos ê cláusula de propósito, porquanto introduzida pela conjunção iv a , como o poderia ser pe las correlatas Íotcoç ou a>ç, seguida de inflexão do fut. Ind., OecopTjaowiv - verão - , traduzida pelo Subj. vejam, conform e o re quer a natureza da cláusula, em lugar da form a regular, que o seria tem po do Subj. Mesmo o pres. Ind. poderia ocorrer nesta cláusula, embora menos comumente. - Principal: Pres. Imper.: w a ^ e - Dependente (Final): em Ind.: Conjunção ív a + Fut. Ind.: 0e—
copTioowiv.
5. CLÁUSULAS COMPLEMENTARES DE VERBOS DE TEMOR 5.1 - Natureza - Requerem, normativamente, os verbos que expressam a no ção de perigo, cuidado ou temor complementação na form a de cláu sula objetiva, substantiva em natureza, dependente direta, que lhe completa o sentido. 5.2 - Formação - Caracterizam-se estas cláusulas pelo advérbio p/q, que me lhor fica se não traduzido explicitamente, exercer, porém, a função de real conectivo conjuncional, em o Novo Testamento seguido ge neralizadamente de inflexão do Subj., enquanto no clássico so mente após principal em tem po prim ário era de rigor este modo. Após principal em tem po secundário, norm ativo era o uso de infle xão do Opt., embora mesmo neste caso o Subj. se pudesse em pre gar. Todavia, se na complementar ocorria form a de tem po pretéri to, vale dizer a expressar ação anterior à do verbo regente, prévia à inflexão da principal, usava-se do Ind. de preferência ao Subj.; - À maneira do que se observou nas cláusulas interrogativas
962
negativas em que se espera resposta igualmente negativa, é tam bém nestas complementares de verbo de temor, perigo ou cuidado mero expletivo o advérbio p q , por isso deixado sem tradução d i reta. Quando, porém, se reveste de teor negativo esta cláusula, re cebe ela, regularmente, o advérbio ou, ou seus compostos, coloca do em sequência ao expletivo p q e traduzido explicitamente como não. Neste caso, importa não confundir-se este binôm io p q ou com o redundante ou p q das cláusulas negativas enfáticas; - Nem sempre é explícito o verbo principal, regente. Do con texto, porém, se aufere a noção típica desta modalidade de cláusu las, implícita a idéia de tem or, cuidado ou perigo. 5.3 - Exemplos 1. Dependente de ação não anterior à principal - cpo(3oúp.evoí Te pq eis rqv Xúpnv eKTreacxrtv - E temen do fossem, porventura, arremessados à Sirte (At 27.17). Na form a do nom. pl. masc., ocorre o ptc. pres. méd.
o Ind., perf. at., o modo assumido na inflexão da cláusula com ple mentar. Conectivo típico, liga-a à principal o advérbio p/rj, expletivo, não traduzido explicitamente. - Logo, Verbo de Temor + Conectivo + Ind. (ação anterior)
6. CLÁUSULAS OBJETIVAS APÓS VERBOS PARACLÉTICOS 6.1 - Natureza - Requerem cláusula complementar objetiva também os ver bos que expressam exortação, apelo, desejo, pedido, instância, o r dem, persuasão, atenção, interesse, cuidado, em geral. 6.2 - Formação - No clássico era esta modalidade de cláusula complementar objetiva introduzida pela conjunção o iro s , o verbo de preferência no fut. Ind., menos frequentemente em tem po do Subj.; - Em o Novo Testamento, entretanto, o elemento conectivo é não apenas a conjunção o iro s, mas ainda, e mais comumente, a conjunção Xva, enquanto a inflexão verbal é sempre forma do Subj.; - Contudo, tanto no clássico antes, quanto no coiné ao depois, expressão alternativa desta modalidade complementar era-o atra vés do infinitivo assindético, direto, sem elemento conectivo. Em o Novo Testamento esta construção infinitiva assindética supera em m uito a sindética finita, representando-lhe o dobro em frequência. 6.3 - Exemplos 1. Finita sindética: o iro s seguida do Subj. - irotpeKcíXeaav o iro s |xeTa(3r| à iro t o v o p io v o u t o v - ins taram a que se retirasse de seu território (M t 8.34). Complemento ao 19 aor. at. Ind. irapeKaXeaav - instaram - , verbo hortatório, a cláu 964
sula objetiva oucoç ixeTapTj à irò tíov opúov outídv - (a) que se reti rasse de seu território - , introduzida pela conjunção orrox;, que po deria ser ív a , a inflexão verbal, (X€Ta0T|, form a do Subj. (2 - aor. at., 3- p, s.), no clássico, preferencialmente, o fut. Ind., logo, |A€Ta|3tj— CTexai. É, pois, cláusula complementar objetiva após verbo paraclético, introduzida pela conjunção ottíoç, seguida de tempo do Subj. - Portanto, Verbo paraclético + Conectivo + Subj. 'TrapeKáÂ.eoav arrcoç p-eTa^rj. 2. Infinitiva assindética: infinitivo sem oirw ç ou Iv a - KeXewov fxe eX0eiv irpòç ct€ e m tcí vôaTa - Ordena que eu vá ter contigo por sobre as águas (M t 14.28). À form a imperativa KeXewov (1 - aor. at., 2- p. s.) - ordena - , expressão de verbo jussivo, complementa a cláusula dependente objetiva jxe eX0eiv -irpòs ac e m to vôaTa - que eu vá ter contigo por sobre as águas - , des tituída de conectivo específico, iv a ou ômoç, o verbo no Inf. (2- aor. at.), em vez do Subj. ou do fut. Ind., este preferido no clássico. Nestas formações sindéticas seria a form a infinitiva e \0 e iv e o pro? nome sujeito |xe substituídos pela conjunção oirioç, ou sua alterna tiva iv a , seguida do Subj., correspondente eX0a> (29 aor. at), fra seologia própria do coiné, ou pela conjunção ornos acompanhada do fut. Ind. e X e w o p a i, construção característica do clássico. Tratase, pois, de cláusula complementar objetiva infinitiva assindética, a seguir-se a form a de verbo jussivo, cuja preferência é por esta m o dalidade de cláusula ao invés da sindética no Subj. ou fut. Ind. - Portanto, Verbo jussivo + Inf. KeXewov eX0€iv.
7. SENTENÇAS CONDICIONAIS PURAS 7.1 -N atureza - Condicionais puras são as sentenças que expressam o fato em função de suposição condicionante, marcada pela conjunção condicional específica, e de sua necessária conclusão pendente. 965
7.2 - Estrutura - Constituem, normativamente, a sentença condicional duas cláusulas correlatas: uma, que contém a CONDIÇÃO, denominada prótase (de 'irpÓTotcriç, etoç, *q - anteposição - , form a substantiva composta da preposição irpó - antes de, em frente de - e do nome simples t Ó c t i s , etoç, f| - extensão-, do tema do verbo t c i v í ú - es tender-se), subordinada, e outra, que encerra a CONCLUSÃO, prin cipal, chamada apódose (de onroôooxç, ecos, t] - devolução, restitui ção - , substantivo derivado de ètiroõiScopX - devolver, restituir - , composto da preposição disjuntiva cmto - de, de volta - e do verbo simples ôíôcojxí - dar).
7.3 - Particularidades - Merecem observadas, em relação a esta modalidade de sentenças, estas particularidades: 1. Caracteriza-se a prótase pela conjunção et - se - , ou suas formas correlatas ou compostas; 2. Quando negativas, têm , normativamente, a prótase, mais relativa ou potencial, o advérbio jx-q, a apódose, mais absoluta ou categórica, o advérbio ou. Todavia, m orm ente se a verbal lhe fo r inflexão do Ind., poderá aparecer na prótase ou em vez de p/q; 3. Logicamente, a prótase se deveria antepor à apódose, já que encerra a condição, de cuja procedência ou improcedência de pende a conclusão. Entretanto, há ampla flexibilidade nesta maté ria, de sorte que ora a prótase precede, ora sucede à apódose, sem alteração da relação ou do sentido; 4. A noção básica das condicionais não é propriamente dúvida, ou incerteza, ou contingência, o fato visualizado como hipotético, dubitativo, aleatório, a circunstancialidade da ação. E-o, antes, a estreita correlação da condição e da conclusão, a estrita dependên cia desta para com aquela, a impossibilidade de alcançar-se o re sultado, se não satisfeitos os prerrequisitos condicionantes. É questão de condicionalidade, não de dubitabilidade, a rigor. 966
7.4 - Extensão - Pode-se a sentença condicional referir a fato ou situação es pecífica, individualizada, singular, circunstância em que recebe o designativo de condicional particular. Pode, também, reportar-se a fato ou situação generalizada, global, m últipla, série ou sequência de elementos não precisados quanto ao tempo e ocorrência, pelo que se conhece como condicional geral. 7.5 - Modalidades - Vistas na perspectiva da estrutura distintiva e do sentido pe culiar, podem-se adm itir SEIS modalidades de sentenças condicio nais, que assim se podem denominar: 1. Condicionais factíveis; 2. Condicionais infactíveis; 3. Condicionais potenciais; 4. Condicionais possibilitárias; 5. Condicionais generalizantes presentativas; e 6. Condicionais generalizantes preteritivas; - Destas seis modalidades, quatro, a saber, factíveis, infactí veis, potenciais e possibilitárias, dizem respeito a fatos ou situações específicas, definidas, individualizadas, logo, são PARTICULARES, enquanto as duas generalizantes, por isso que referentes a fatos ou situações múltiplas, seriais, generalizados, são GERAIS; - Por outro lado, factíveis e irreais assumem teor mais preciso, terso, direto, incisivo, pelo que fazem jus ao título de DEFINIDAS ou CATEGÓRICAS, ao passo que potenciais, possibilitárias e ge neralizantes se revestem de cunho mais vago, impreciso, indireto, donde merecerem a qualificação de INDEFINIDAS ou A TE N U A DAS. 7.6 - Condicionais factíveis 1. Natureza - Estas condicionais, tradicionalmente conhecidas como parti 967
culares sim ples, são as sentenças cuja prótase exibe condição de viabilidade pressupota, de admitida exequibilidade, em linguagem direta e inqualificada, inda que não explicitada a procedência ou improcedência do fato, que, portanto, não é nem afirmado nem ne gado em termos peremptórios, apenas visto como atualizável, rea lizável,* capaz de levar-se a cabo. Não se estatui se a condição se cumpre ou não, logo, se a eventuação vem ou não a ocorrer. O en foque se polariza, primariamente, na factibilidade da condição, que, se atendida, levará necessariamente a atualizar-se a conclusão. 2. Estruturação - Exibem estas condicionais simples ou factíveis, que se po dem referir a eventos e situações passadas, presentes ou futuras, na prótase a conjunção simples et - se - , ou compostas e correlatas, o verbo no tem po apropriado do Ind., na apódose qualquer form a f i nita reclamada pelo sentido. - Logo, Prótase Apódose et + Ind. Qualquer form a finita - Ocorre, ocasionalmente, em lugar da conjunção simples factual et, a potenciativa composta ectv, ou suas formas reduzidas ou &v, mais consentâneas com inflexões do Subj. Por outro la do, na apódose aparecem form as do Ind., do Subj. e do Imper., não, porém, do O p t, dado o teor hipotetizante deste modo; - Ao contrário do clássico, em que é a form a normativa, apa rece o advérbio ix-q em prótases negativas desta modalidade de condicionais em o Novo Testamento apenas umas CINCO vezes (Mc 6.5; I Co 15.2; II Co 13.5 - |Aiyrt; Gl 1.7; I Tm 6.3), nas primeiras quatro das quais se ajusta à conjunção simples et em moldes a constituirem real locução restritiva, na acepção de exceto se, a me nos que, a não ser que, enquanto o advérbio oí> se lhe emprega 31 vezes no lugar. 3. Exemplos
a. Factível ou Simples Passada
- vjxetç ôe oux oímoç IfjtáôeTe 968
tòv
Xpioróv, et "ye aírròv
T|K(nxroT€ Kat êv a v rw ê õ iô á x ^ T e - Vós, entretanto, não dessa forma aprendestes a C risto, se, de fato, O ouvistes e fostes nEle ensi nados (Ef 4.20-21). - É uma sentença condicional, a apódose a preceder à prótase, exibindo naquela o 2- aor. at. Ind. lfJtá0éTe (2- p. p \.)-a p re n destes - , modificado do advérbio negativante ovx - não nesta a conjunção simples e i seguida, igualmente, de inflexões do aor. Ind., TjKoixraTe - ouvistes - , ativo, e eôiôoíxQTHTe - fostes ensinados - , passivo. Trata-se, pois, de condicional factível ou simples de proje ção pretérita, assim estruturada: - Prótase Apódose et + aor. Ind. Aor. Ind.; - Destarte, Paulo está, na prótase, a aventar uma pressupo sição referente ao passado, de cunho inteiramente factível, que, provada procedente, cumprida, torna a conclusão matéria com pul sória: adm itindo-se que os destinatários houvessem dado ouvidos ao ensino de Cristo, recebendo-o de fato, não havia contestar que o presente curso indigitado não se coadunava com esse aprendizado. b. Factível ou Simples Presente - € t cruv |x€ e x e t ç
k o i v w v Óv ,
ir p o a X a P o u c a rrò v w s e|xe -
Portanto, se me tens como companheiro, recebe-o como a mim (Fl 17); - É condicional a exibir na prótase, anteposta à apódose, a conjunção simples et, seguida de inflexão do pres. at. Ind., exeis - tens - , na apódose o 2- aor. méd. Imper. irpoaXaPov - recebe. É, pois, factível ou simples presente, assim constituída: - Prótase Apódose e i + Pres. Ind. 2- aor. Imper.; - Em perspectiva presentânea, afirma Paulo na prótase re lacionamento de cunho continuativo, consoante a linearidade da Aktionsart do tem po verbal, presente, que, inteiramente factível, em cumprindo-se, levaria, necessariamente, à acolhida solicitada: pre valecendo a estima e consideração que julgava o apóstolo merecer da parte de Filemóm, não deixaria este de aceitar ao escravo reen-
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caminhado, nos moldes propostos; - É de notar-se que o 2- aor. méd. Im per.TrpoorXafiau-re cebe - não se reveste de teor pretérito, pois que é alheia ao Imper. a noção explícita de quando a ação se dá. Ressalta apenas o fato em si, a acolhida, sob o prisma do vívido interesse de Paulo na matéria, dado expresso pela voz verbal, a média, em perspectiva do m o mento. Contrastam-se os verbos da prótase e da apódose, em que naquela se frisa a continuidade do m útuo afeto (Aktionsart linear: presente), nesta a prontidão da acolhida (Aktionsart punctiliar: aoristo); c. Factível ou Simples Futura - eí ápv-qCTÓiJieOa, KctKeivoç ctpvrícxeTQU rjp-âç - Se negar mos, também aquele nos negará (II Tm 2.12); - E condicional que tem em ambas, a prótase e a apódose, o mesmo tempo verbal, fut. méd. In d „ aliás, o mesmo verbo em pessoas diferentes, a prótase, introduzida pela conjunção simples et, anteposta à apódose; - A estrutura geral é, pois, a seguinte: - Prótase Apódose et + Fut. Ind. Fut. Ind.; - Trata-se, evidentemente, de condicional factível ou sim ples de projeção futura, como o atesta a estrutura básica, inda que relutem certos gramáticos em adm itir esta modalidade futuritiva; - Pressupõe o apóstolo na prótase uma atitude possível, capaz de vir a atualizar-se, inteiramente factível, que, em aconte cendo, tornará a divina reação estatuída na apódose fato logica mente incontornável: se acontecer que venhamos a negar a Deus, o negar-nos Ele será conseqüência natural. t
7.7 - Condicionais infactíveis 1. Natureza - Estas condicionais, geralmente designadas de particulares ir970
reais , são as sentenças em cuja prótase se estatui condição de m a nifesta inviabilidade, de evidente inexequibilidade, por isso que da da como não cumprida, irrealizada, insatisfeita, donde ser inviável, improcedente, inatualizável a conclusão; - O enfoque, nesta modalidade condicional, se polariza na infactibilidade da condição, que torna inviável a conclusão. É uma afirmaçãò contrária à realidade, impossível nas circuntâncias, pelo que se conhecem ainda estas condicionais pela designação de CONTRÁRIAS AO FATO; - Logo, enquanto nas factíveis ou simples a condição é alea tória, embora viável, a conclusão pendente, nestas infactíveis ou irreais é a condição terminante, por isso inviável, a conclusão im possível. Portanto, podem-se conceber as factíveis como condicio nais de SUPOSIÇÃO AMBIVALENTE, as infactíveis como condi cionais de SUPOSIÇÃO IMPROCEDENTE;
2. Estruturação - Consistem estas condicionais infactíveis ou irreais, que se podem relacionar com fatos e situações preteritivas ou atuais, de prótase em que aparece a conjunção e i - se - , ou compostas e correlatas, seguida de tempo secundário do Ind., e apódose em que se emprega também form a secundária do Ind., regularmente o mesmo tem po da prótase, precedido ou sucedido da partícula du bitativa ó l v , que se não traduz explicitamente; - Ou, Prótase et + Tempo secundário do Ind. Apódose 9 ' o* Tempo secundário do Ind. + ãv, ou, &v + Tempo se cundário do Ind.; - A partícula a v omite-se, não raro, mormente com verbos que exprimem propriedade, obrigação, dever; - Normativamente, as infactíveis referentes à atualidade, as chamadas irreais presentes, têm tanto na prótase como na apódose inflexão do IMPF. IND., enquanto as infactíveis relativas ao preté971
rito, as chamadas irreais passadas, exibem em ambas essas partes forma do AOR. ou MQPF. HMD.; - Graficamente: - Infactível Presente: - Prótase: et + Impf. Ind. - Apódose: Impf. Ind. + &v, ou, otv + Impf. Ind.; - Infactível Passada: - Prótase: et + Aor./M qpf. Ind. - Apódose: A or./M qpf. Ind. + &v, ou, otv + Aor./M qpf. Ind.; - Todavia, nos escritos néo-testamentários exemplos ocorrem em que não aparece na prótase e na apódose o mesmo tempo ver bal, mas formas de tempos secunários diferentes, logo, disposição ou combinação mixta de inflexões. Assim se dá em Jo 14.28, em que na prótase se registra o impf. at. Ind. T^a-irciTe, na apódose o 2 - aor. pass. Ind. exap'ryre ou em Hb 4.8, na prótase o 19 aor. at. Ind. KotTeTTotwev, na apódose o im pf. at. Ind. IXdXet, ou, ainda, em I Jo 2.19, na prótase o impf. at. Ind. tiotxv (o verbo €tp,t não tem formas subsistentes de aor. ou mqpf.), na apódose o mqpf. at. Ind. (xefxevrÍKCiaav; - Como nas demais condicionais, a noção de tem po em que se situa o fato decorre antes do contexto que da projeção explicita da própria form a verbal. Ainda aqui o aspecto em evidência é a Ak tionsart, isto é, a maneira como se processa o fato, sua qualidade de ação. Destarte, expressa o im pf, ação contínua, repetida, exten sa, linear; o aor. ação circunscrita, inextensa, punctiliar, o mqpf. ação vista em termos de seus efeitos continuativos, dos resultados con sequentes, não o evento ou situação que tal, vale dizer, ação punctílh-linear. Daí, a tradução obedece ao sentido imposto pela natureza da sentença e sua estrutura especifica, não propriamente à acepção isolada do tem po verbal, a form a tomada à parte da relação fraseológica; - Quando negativa esta condicional infactível, o advérbio que aparece na prótase, ao contrário da generalidade das factíveis em o Novo Testamento, é o regular p/í|, excetuadas apenas duas passa972
gens, aliás, paralelas (Mt 26.24 e Mc 14.21), em que se emprega o categórico av, assaz enfático. Na apódose, naturalmente, será sem pre oi) o elemento negativante, não |x t j . 3. Exemplos a. Infactível ou Irreal Passada
- el 'yotp eyvcoorav, oòk av
tóv
Kvpiov rrjç Só£q<5 eara—
úpctxmv - Pois que, se houvessem conhecido, não teriam crucificado ao senhor da glória (I Co 2.8); - Sentença condicional evidente, na prótase aparecem a conjunção simples e í e, a segui-la, o 29 aor. at. Ind. eyvíooav, de 'Yivoktkíi) - conhecer - , enquanto na apódose, posposta à prótase, aparecem a partícula &v e, no final, o 1? aor. at. Ind. eoTctúpwcrav, de OTOupów - crucificar; - Ou, graficamente: Prótase Apódose et + 29 A or. Ind. &v + 19 aor. Ind.; - Tempo secundário do Ind. em ambas as cláusulas, aliás, o mesmo tempo, na prótase a conjunção et, na apódose a partícula av, trata-se de condicional infactível, ou irreal, e, como as inflexões verbais são form as de aoristo, infactível passada; - A tradução, ajustadas as form as verbais ao teor específico da modalidade condicional, a situar-se o fato totalmente em pers pectiva pretérita, requer a transpolação do term o da prótase para o m qpf. Subj., daí, eTVüxrav representado por: houvessem conhecido, e da inflexão da apódose para o futuro anterior do pretérito, donde eoravpaxTav vertido como teriam crucificado; - A condição expressa na prótase é irrealizável, pois que, fosse cumprida, não se teria dado o fato negado na conclusão. Ora, a realidade é contrária à pressuposição aventada: o Senhor da gló ria foi crucificado! Logo, é que não existiu o conhecimento invoca do na prótase, condição, por isso, contrária aos fatos; b. Infactível ou Irreal Presente - e i o 0 eÒ9 iraTTip vfxtòv T|v, ri^airctTe a v ejxé - Se Deus 973
vos fosse pai, amar-me-íeis (Jo 8.42). - Condicional óbvia, tem na prótase, que antecede à apódose, a conjunção simples €Í e, no final, o im pf. Ind. rjv, de et|jú ser - , na apódose o mesmo tempo verbal, o im pf. at. Ind. r^a-naTe, de ayaTrcMo - a m a r-, seguido da partícula dubitativa expletiva av, deixada sem tradução. - G raficamente: Prótase Apódose et + Impf. Ind. Im pf. Ind. + av; - Em ambas as cláusulas o mesmo tem po verbal, im pf. Ind., tem po secundário, na prótase a conjunção et, na apódose a partícula av, é indiscutível condicional infactível ou irreal e, como as inflexões são as do impf., irreal presente; - Como na infactível passada, também nesta modalidade presente im porta proceder-se à transpolação do sentido das formas verbais, ajustando-o ao teor específico da sentença, não só para distingui-la da infactível passada, mas ainda para expressara pers pectiva presentânea em que o fato se projeta. Assim, o term o ver bal da prótase assume a feição de im pf. Subj., donde o im pf. Ind. 'qv traduzido por fosse, enquanto a inflexão da apódose se retrata pelo futuro simples do pretérito, assim que o im pf. Ind. vfyaT tàre assume a tradução: amaríeis; - Logo, a tradução das form as verbais destas duas varieda des de condicionais infactíveis ou irreais assim se esquematiza: - Passada: Verbo da prótase Verbo da apódose Mqpf. Subj. Fut. anterior do pretérito. - Presente: Verbo da prótase Verbo da apódose Im pf. Subj. Fut. simples do pretérito; - A condição contida na prótase é inexequível, pois que, fosse procedente, não seria real o fato afirmado na conclusão: co nhecessem a Deus, não deixariam de amar a Jesus com todas as veras da alma (sentido que o verbo cryaTráco impõe). Ora, a reali dade é que os judeus indigitados longe estavam de nutrir esse am or para com Cristo. Logo, a pressuposição da prótase é contrária ao fato, adversa à realidade, impossível de atualizar-se: Deus não
974
lhes poderia ser pai! 7.8 - Condicionais potenciais e possibilitárias 1. Natureza - Condicionais potenciais e condicionais possibilitárias são sentenças particulares, de cunho sempre futuritivo, cuja prótase en cerra dondição que se tem de previamente cum prir, se é que a con clusão venha a alcançar-se. Isto é, enquanto nas simples ou factí veis a condição PODE ou NÃO CUMPRIR-SE e nas irreais ou infactíveis NÃO SE PODE CUMPRIR, nestas, mais incisivas e tersas, TEM DE SER CUMPRIDA. É, pois, PRIORITÁRIA a condição, a conclusão CAUDATÁRIA; - O enfoque, nesta modalidade condicional, se polariza na im periosidade da condição, seu determ inism o absoluto, de cuja efeti vação depende inteiramente a conclusão. Daí, dada esta estrita de pendência da conclusão para com a condição, poder-se-á designar estas sentenças como condicionais de SUPOSIÇÃO IRREDUTÍVEL; 2. Modalidades - Estás condicionais particulares futuritivas de cunho te rm i nante, incisivo, são de dois tipos: um intenso, vívido, categórico em teor, o outro atenuado, descolorido, hipotético, aquele potencial em sentido, este possibilitário; - Em ambos, entretanto, a idéia subjacente é que não se ob tém a conclusão, a menos que se cumpra a condição; - Dada essa distinção de teor, essa diversidade de tom , essa diferença de expressão, àquela se costuma dar o título de CONDI CIONAL DE FUTURO MAIS VÍVIDO, a esta o nome de CONDI CIONAL DE FUTURO MENOS VÍVIDO. 3. Estruturação a. Potencial ou Futuro Mais Vívido - Exibem estas sentenças condicionais particulares fu tu riti975
vas, de expressão mais incisiva, e vívida, na prótase a conjunção composta ectv (forma reduzida da junção da conjunção simples et mais a partícula dubitativa ctv), quepo de também aparecer na fo r ma ainda mais condensada tjv ou õ tv , na acepção de se, e qualquer inflexão do Subj. conveniente ao sentido; na apódose, norm ativa mente form a do Fut. Ind. ou equivalente. - O u, Prótase Apódose eàv (^v,Ôtv) + Subj. Fut. Ind. - Em o Novo Testamento emprega-se o pres. Subj. nestas prótases 30 vezes, o aor. Subj. 81. Todavia, e não apenas nos auto res néo-testamentários, encontra-se o Ind. em lugar do Subj. nesta modalidade de prótase e a própria conjunção se pode m ostrar na form a simples, et em vez de eãv; - Quando negativas, terão estas condicionais, regularmen te, na prótase o advébio |xi), ou compostos seus, na apódose oô, ou forma conexa; b. P ossibilitária ou Futuro Menos Vívido - Apresentam estas condicionais particulares futuritivas de expressão menos tersa e incisiva, menos vivaz, na prótase a con junção simples et, seguida de inflexão do Opt., na apódose, de igual modo, form a do Opt., precedida ou acompanhada da partícula du bitativa oív, expletiva, que se não traduz explicitamente. - Ou, Prótase Apódose et + Opt. Opt. + av, ou, &v + Opt.; - Tanto na Septuaginta como em o Novo Testamento não se encontra esta modalidade condicional em form a integral, pura, completa, própria que era do estilo mais burilado e peregrino dos literatos de nomeada. Em o Novo Testamento DEZ casos se regis tram (At 17.27; 20.16; 24.19; 25.20; 27.12,39; I Co 14.10; 15.37; I Pe 3.14,17) de prótases desta modalidade desacompanhadas da apó dose respectiva, enquanto em Lc e A t avultam as apódoses sem a prótase correlata; - Não há na literatura néo-testamentária condicionais desta 976
modalidade em form a negativa. Todavia, houvesse-as, na prótase ocorreria, regularmente, o advérbio luuxf, na apódose ov; - Observar-se-á que, estruturalmente, diferem estascondicionais possibilitárias das infactíveis ou irreais apenas quanto ao modo verbal das respectivas inflexões, Ind. nas infactíveis, Opt. nestas possibilitárias.
4. Exemplos a. Potencial ou Futuro Mais Vívido - Kd^cb l à v
vv]>ú)6 ú)
I
k
t t )Ç
y f iç , 'rrá v T a ç eXiaxrot) -irpoç
€ | x a v ro v - E eu, se for alçado da terra, a todos atrairei para comigo (Jo
12.32); - Sentença condicional, em cuja prótase se alinham a con junção composta ectv, que poderia assumir a form á ainda mais re duzida Tjv o u àv, e o aor. pass. Subj. íw|kú0ü>, de inj/áü) - a lç a r-, e na apódose o fut. at. Ind. IX k w w , de èXioxo - atrair - , é evidente po tencial ou futuro mais vívido, como o atesta a estrutura, típica desta modalidade condicional: - Graficamente, Prótase Apódose eãv + Subj. (\nj;(ú6ci)) Fut. Ind. (eXiaxno); - A tradução obedece à natureza da cláusula, de sorte qué 0 aor. Subj. vv|/a)0ío se representa pelo fut. Subj. for alçado, em acep ção punctiliar, enquanto o fut. ind. eXidxro) preserva o sentido na tural do tem po e sua Aktionsart punctiliar, donde vertido como: atrairei; - O fato é representado em perspectiva futura, em teor potencial, em moldes vívidos e incisivos. Não é dúvida ou incerteza o serftido básico da sentença, que acentua apenas a estrita depen dência da conclusão para com a condição. Está Jesus a afirm ar que a humana redenção só se realizaria desde que se consumasse a ex piação na cruz, ou, em outros termos, que não haveria salvação à parte do sacrifício do Calvário; 977
b. Possibilitária ou Futuro Menos Vívido - àXÂ/eí K oi TrácrxoLTe ôux ôiK acoow qv, jxaK apioi [a v ei/ryre ou e k e ] - Ao contrário, se até viésseis a padecer em razão de justiça (retidão), bem-aventurados seríeis (I Pe 3.14). - É condicional truncada, por isso que, embora a constar de prótase completa, em que aparecem a conjunção simples e l mais o pres. at. Opt. iráo-xoife, a apódose se reduz ao mero predicativo IxaKápioi - bem-aventurados; - Todavia, subentendem-se os elgmentos distintivos da apódose regular, o pres. a t O p t ^ q T € ou eiTe e a partfcula av, an teposta ou posposta â form a verbal. - Graficamente: Prótase Apódose et + Opt. Opt. + ôtv ou: a v + O p t; - Forma do Opt. em ambas, a prótase e a apódose, naquela a conjunção simples et, nesta ainda a partícula dubitativa av, tratase, visivelmente, de possibilitária ou futuro menos vívido; - Não tem o português form a de expressão futura típica desta modalidade condicional. A tradução é, pois, simplesmente aproximativa. Estabelecida a estrutura característica, identificada a natureza específica, dá-se ao verbo da prótase a acepção de im pf. Subj. (TrÓMJXoiTe = viésseis a padecer), ao da apódose a feição de futuro do pretérito (elírçTe ou eiTe = seríeis). Logo, a maneira de traduzir-se esta condicional assim se esquematiza: - Verbo da prótase Verbo da apódose Impf. Subj. Fut. simples do pretérito; - Coincide, literalmente, a tradução desta possibilitária ou futuro menos vívido com a da infactível ou irreal presente. Contu do, contexto e estrutura patenteiam a clara distinção de sentido. A infactível refere o fato como im possível, contrário à realidade, ação que se não pode realizar, focalizada na perspectiva do pre sente, enquanto a possibilitária o focaliza como possível, evento que se pode concretizar, na perspectiva do futuro. A tradução é paralela, o sentido diferente; - Como na potencial, o fato é visto em projeção futuritiva. 978
em teor possibilitário, em moldes não vívidos nem incisivos, ate nuados, abrandados, como que pendentes. Não é, ademais, nem incerteza, nem dúvida o sentido básico da sentença, a frisar apenas a estrita dependência da conclusão para com a exequibüidade da condição: se esta se não cum prir, não há conseguir-se aquela. No caso, o apóstolo antevê a possibilidade de provação séria a sobrevir aos crentes no futuro previsível e, daí, para fortalecer-lhes o ânimo, declara que seriam bem-aventurados, se, inquebrantados, se dei xassem acrisolar pelo sofrimento, fato expresso em termos bran dos, suavizados, em vez de projetado em palavras incisivas, te rm i nantes, vívidas, que é o característico das potenciais. 7.9 - Condicionais generalizantes 1. Natureza - Generalizantes ou, como também se designam, gerais, são as sentenças condicionais que se não referem a fatos, estados ou situações particulares, definidos quanto a ocasião e lugar, ind ivi dualizados, pois, mas a eventos e condições generalizados, repeti dos, seriais, não precisos quanto a ocorrência e localização específi cas, de cunho global, portanto; - O enfoque, nesta modalidade condicional, se polariza no caráter, a um tempo, normativo e coletivo da condição, não dada como atualizada mas paradigmática. Exequível, procedente, atuali zável, tantas vezes quantas se cum prir, efetivar-se-á a conclusão. A atenção não se fixa tanto na condicionalidade quanto na generali dade do fato, nem é tanto a conclusão, quanto o é a condição, que se destaca no enfoque; - Condição procedente, passível de atualização, capaz de cum prir-se, correspondem estas condicionais generalizantes às factíveis projetadas em dimensões amplas, gerais, coletivas. A d i ferença entre estas duas modalidades condicionais reside não pro priamente na condicionalidade, paralela que o é, quanto na com preensão, ou alcance; ou extensão. Quantas vezes prevalecer a 979
condição, tantas prevalecerá a conclusão. Destarte, bem se podem caracterizar estas sentenças como condicionais de SUPOSIÇÃO VIRTUAL. 2. Modalidades - Podem-se estas condicionais generalizantes referir a fatos, estados, eventuações ou condições projetadas na atualidade ou voltadas para o passado. Daí, distinguem-se duas modalidades destas sentenças: generalizantes presentativas, também chamadas gerais presentes, que se vêem em perspectiva atual, e generalizantes preteritivas, designadas ainda como gerais passadas, a projetar-se no passado.
3. Estruturação a. Generalizante presentativa ou G eral presente - A sentença condicional geral referente à atualidade, pre sente em perspectiva, tem na prótase a conjunção composta edv, ou sua forma ainda mais reduzida, íyv ou ãv, seguida de inflexão do Subj., em geral o pres., tem po de Aktionsart linear, a expressar o fato em moldes extensos, durativos, continuativos, repeticionais, e na apódose o pres, do Ind., ou equivalente, de igual modo, tempo de ação contínua, prolongada, serial ou repetida, na perspectiva do presente. - Ou, seja: Prótase Apódose iá v (fjv, ãv) + SUBJ. (pres.) Pres. IND. - Se negativas, na prótase ocorrerá regularmente o advér bio |XT), ou compostos, na apódose ov, ou cognatos; - Coincide a prótase desta modalidade generalizante pre sentativa com a da condicional potencial ou futuro mais vívido, mesmos os elementos estruturantes, conectivo, eotv, e inflexão ver bal, Subj., embora a generalizante prefira o pres., enquanto a po tencial admite o aor., ou o perf., conforme convenha ao tipo de ação expressa, linear (pres.), punctiliar (aor.) ou punctilio-linear 980
(perf.). Como pode o pres. Ind. ou Imper. usar-se na apódose das potenciais, casos haverá em que a distinção entre potencial e generalizante presentativa só se pode estabelecer pelo contexto, se gundo o teor da fraseologia, não pela estruturação, coincidente; bj Generalizante preteritiva ou Geral passada - A sentença condicional geral referente ao passado, preté rita em perspectiva, tem na prótase a conjunção simples eí a prece der a inflexão do Opt., na apódose form a verbal do Ind. que ex presse fato ou eventuação pretérita, geralmente o impf., tem po de Aktionsart linear, continuativa, duracional, repetitiva ou costumeira, na perspectiva do passado. - O u , Prótase Apódose e i + Opt. Ind. (impf.); - Como se observou em relação à possibilitária ou futuro menos vívido, não se registra através do Novo Testamento exem plo integral ou explícito desta modalidade condicional; - Quando negativas, terão estas condicionais na prótase o advérbio p/rj, ou seus compostos, na apódose ov, ou conexos e cognatos; - Como no caso da generalizante presentativa, em que a prótase coincide com a da potencial, assim nesta generalizante preteritiva é a prótase sim ilar em estruturação à da possibilitária ou futuro menos vívido, mesmos os elementos form ativos, conectivo, et, e inflexão verbal, Opt., embora prefira esta generalizante infle xão linear, pres., não punctiliar (aor. ou fut.) ou punctílio-linear (perf. ou fut. pf.), que admite a possibilitária, segundo o requeira a qualidade da ação; - Difere, pois, em form a esta condicional geral preteritiva da particular possibiíitária quanto à apódose, uma vez que nesta se! emprega o Opt., presente a partícula dubitativa av, enquanto na quela é o Ind. que se usa, ausente, ademais, esta partícula expletivà; Na generalizante presentativa traduz-se a inflexão verbal da prótase, normalmenté, pelo pres. ind., embõra se pòssâ fázer
também pelo fut. simples do pres., e a form a verbal da apódose por sua acepção regular, pres. Ind., ou Subj., ou Imper., ou Inf., con form e o caso. Nesta generalizante preteritiva, a inflexão da prótase se traduz como a da apódose, isto é, regularmente como pretérito imperfeito do Indicativo, ou: Prótase Apódose - Presentativa: Pres./Fut. Ind. Pres. lnd./Subj./lm per./lnf. - Preteritiva: Im pf.lnd. Im pf.lnd. 4. Exemplos a. Generalizante presentativa ou G eral presente - là v a^aircòiiev aW ^X aus, o 0eòs i v rjpxv p iv e i - Se nos amamos uns aos outros, Deus em nós permanece (I Jo 4.12). - Prótase em que se tem a conjunção composta i d v , que se poderia reduzir a tfv ou &v, seguida do pres. Subj. o^cnroiiJiev amamos - , e a apódose cuja inflexão verbal é form a do pres. Ind. - |i/€V€i - permanece - é evidente condicional geral presente ou generalizante presentativa, como o atesta a estruturação específica: - Prótase Apódose eáv + pres. Subj. Pres. Ind.; - A tradução, ditada pela natureza da sentença, requer se dê ao pres. Subj. à^a-ircop^v a acepção de pres. Ind., - amamos - , conservado na apódose o sentido natural do pres. Ind. p-évet permanece; - Geral presente, visualiza-se o fato como serial, repetido, continuativo, duracional, costumeiro, generalizado, o que, aliás, se coaduna com o caráter linear dos tempos verbais, tanto da prótase, como da apódose, em perspectiva atual. Não se retrata, portanto, evento único, definido, individualizado, preciso no tem po e no es paço, mas eventuação geral, fato constante, ação generalizada, compreensiva, constante; - Logo, afirma o apóstolo nesta condicional o princípio geral de que enquanto e onde quer que se amem os crentes, aí, 982
neles, está a divina presença; - Importa, a despeito da similaridade da tradução, não confundir esta generalizante com a factível ou simples presente, esta a referir-se a um fato ou situação específicos, aquela a eventuação ou estado múltiplos; - Não menos importante é distinguir esta modalidade geral presentativa da particular potencial ou futuro mais vívido, uma vez que é ou pode ser análoga a prótase de ambas, quando a inflexão verbal lhes for expressão do pres. Subj.; b . Generalizante preteritiva ou Geral passada - aX X 'ei kou TrácrxoiTe ô ià S iK aioow ryi/, ixaicápioi 'qTC - Ao contrário, se até sofríeis em razão de justiça (retidão), bem-aventu rados éreis-, - Se, ao invés de inflexão do Opt., precedida ou seguida da partícula ctv, atribuir-se à apódose da sentença referida de I Pe 3.14 a forma correspondente do im pf. Ind., ter-se-á não mais exemplo de possibilitária ou futuro menos vívido, mas desta modalidade de generalizante pretérita, conform e o evidencia a estruturação assu mida, agora assim esquematizada: -P ró ta se Apódose ^ c i + Opt. (Tráo^oiTc, pres.) Impf. Ind. (t^tc ); - A apropriada tradução desta modalidade condicional re quer se represente a inflexão optativa da prótase, o pres. at. m io — X o i t c , de mio-xto - sofrer - pela form a correspondente do pretérito imperfeito do Indicativo, em paralelo com a inflexão da apódose, 'H t c , que preserva sua acepção natural de im pf. at. Ind., pelo que assim se traduz: éreis. Portanto, a justa e conveniente maneira de traduzir-se esta modalidade generalizante preteritiva assim se sin tetiza: - Verbo da prótase Verbo da apódose Impf. Ind. Impf. Ind. - Como coincidem entre si no tocante à tradução, as semtenças condicionais infactíveis presentes com as possibilitárias ou 983
futuro menos vívido e as generalizantes presentativá com as factí veis presentes, também se traduzem em termos similares estas ge neralizantes preteritivas e as factíveis passadas expressas pelo im perfeito, diferentes a perspectiva e a compreensão, individual ou singular o evento na factível, global ou múltipla a eventuação na generalizante; - Geral passada, o fato é visto como em série, sucessão contínua, eventuação múltipla em aplicação, repetitiva, duracional, costumeira, generalizada, conforme o teor linear dos tempos ver bais, no caso, o pres. Opt. na prótase, o im pf. Ind. na apódose, em perspectiva preteritiva; - Nestes termos, referiria o apóstolo o sofrim ento dos des tinatários da epístola como fato continuativo do passado, experiên cia repetida em tempos prévios, em que não é o elemento dúvida o ponto básico, nem a condicionalidade tampouco, mas a generalida de da relação, assim que em prevalecendo a condição, a conclusão teria sido corolário lógico vezes tantas no passado; - A despeito da similaridade da prótase, não há confundirse esta generalizante com a possibilitária ou futuro menos vívido, porquanto diferente será sempre a apódose, explícita ou implícita, donde ter-lhes também de ser diversa a tradução, jamais a mesma para ambas essas modalidades. 7.10 - Paralelos ou pontos comuns - Similaridades há na estruturação destas modalidades condi cionais que podem induzir a possíveis lapsos e confusões, que afe tarão a boa compreensão e expressão destas condicionais, se não levadas na devida conta; - Destarte, são de salientar-se os seguintes pontos comuns: 1. A conjunção composta 4õv se emprega, seguida de inflexão do Subj., normativamente, nas prótases tanto das potenciais ou futuro mais vívido como das generalizantes presentativas ou gerais presentes; 2. Inflexão do Opt. caracteriza não só a prótase, mas ainda a 984
apódose, das possibilitárias ou futuro menos vívido, bem como a prótase das generalizantes preteritivas ou gerais passadas; 3. A partícula dubitativa 3tv emprega-se nas apódoses das infactíveis e, também, das possibilitárias ou futuro menos vívido; 4. Têm, pois, a mesma estrutura básica, os mesmos o ele mento conectivo e a forma verbal, de um lado, as prótases das po tenciais ou futuro mais vívido, e das generalizantes presentativas ou gerais presentes (eáv + Subj.) e, do outro, as prótases das possibi litárias ou futuro menos vívido e das generalizantes preteritivas ou gerais passadas (ei + Opt.). Logo, tem -se de distinguir estas condi cionais paralelas mediante a apódose, diferente em cada m odalida de; e 5. Assumem, ou podem assumir, a mesma tradução, via de regra ou circunstancialmente: a. Factível ou simples presente e generalizante presentativa; b. Factível ou simples passada e generalizante preteritiva; c. Factível futura e potencial ou futuro mais vívido; e d. Infactível presente e possibilitária ou futuro menos vívido. 7.11 - Sentido - Em teoria, mercê da especificidade de sentido envolvida, ca da modalidade condicional im portaria em tradução própria, distin ta, peculiar, capaz de expressar a particularidade da acepção carac terizada. Determinada a estrutura, verificada a constituição fraseológica, natural, espontânea, direta seria a precisa e conveniente tra dução em cada caso; - Em o Novo Testamento, porém, não subsiste esta precisão rigorosa, esta correspondência exata, esta relação absoluta. O mais das vezes determina-se-lhes o sentido e, daí, também a tradução, mais em função do contexto em que se situam do que da estrutura ção geral ou dos moldes em que se vasam; - Portanto, a boa compreensão e a tradução correta depen dem, em larga medida, da atenção ao sentido ditado pelo contexto, mais do que da rigorosa consideração da form a estrutural. 985
7.12 - Variações - Aberrando das normas padronizadas, não poucas variações em estrutura e formação patenteiam estas condicionais através do Novo Testamento; - De salientar-se, em natureza e frequência, seriam: - omissão da partícula otv; - emprego da conjunção simples e i pela composta êdtv, e v i ce-versa; - uso algo indiscriminado do Ind. e do Subj., um pelo outro ou em vez do Opt.; - prótase de um tipo com apódose de outro; - supressão de um dos termos ou substituição por form a es tranha, mormente inflexões imperativas ou participiais. 7.13 - Sentido especial 1. Especificação - Teoricamente, poder-se-ia categorizar que toda claúsula em que ocorra et - se - , conjunção condicional típica, se deveria tom ar como tal, recebendo, por isso, tradução própria da respectiva m o dalidade condicional; - Dois tipos há de cláusulas, todavia, algo especiosas, em que não há traduzir-se esta conjunção em form a explicitamente condi cional, afeiçoando-a, ao contrário, a moldes de relativa, num caso, de negativa enfática, no outro. 2. Relativa a. Natureza - Conectivo de cláusula complementar objetiva de verbos que expressam ADMIRAÇÃO, SURPRESA, DESLUMBRAMENTO, equivale € i à conjunção causal ou relativa o t i , pelo que se deve as sim traduzir; t - Portanto, nesta modalidade de cláusulas e l não se traduz 986
como SE, mas, antes, por QUE, DE QUE, POR QUE, segundo o re queira o direto contexto fraseológico; b. Exemplo - 6 8e ITiXàToç eôottJixaaev et ^ 8^ TeÔvirjKev - E Pilatos se admirou DE QUE já estivesse morto (Mc 15.44). Refletindo, quiçá, fraseologia hebraico-aramaica, semitismo de expressão, em que corresponderia a = K , partícula condicional-relativa, a conjun ção et introduz a cláusula et Tjôirç TeWqKev, complementar à infle xão aorista €0orú|jtao-€v - admirou-se - , forma de verbo de A D M I RAÇÃO. Embora admissível a tradução condicional se, de preferirse, mais espontânea, é a relativa QUE ou DE QUE, equivalendo et em função à relativa otu 3. Negativa a. Natureza - Conectivo de cláusula protática de que a inflexão verbal é sempre form a do fut. Ind., sem apódose explícita, aparece a con junção condicional et com a força de expressão própria de negativa enfática, donde dever-se traduzir por: DE MODO NENHUM, DE MANEIRA ALG UM A, ABSOLUTAMENTE NÃO, ou equivalentes; b. Exemplo - ws tó|xocra ev T-q òpyf| |xou et etcreXewovTat ets tt)v Ka T c tira w tv fxou - Como ju re i em minha indignação: DE MODO NE NHUM entrarão em meu repouso (Hb 3.11); - Citação direta do Salmo 95, versículo 11, conforme o tra duziu a Septuaginta, a espelhar a própria estrutura e formação do original hebraico, está a conjunção et a preceder à inflexão do fut. méd. Ind. etcreXewovTat - entrarão - , em cláusula correspondente à prótase não acompanhada da apódose correlata, em função não própria de condicional típica, mas de negativa enfática, donde as sim traduzir-se; 987
- A tradução condicional SE não se ajustaria à fraseologia do contexto, nem faria justiça à form a do original, equiva lente à relativa negativa QUE NÃO, dada a ênfase de que se reves te, m elhor representada pela locução adverbial categórica: DE MO DO NENHUM.
7.14 - Condicionais relativas 1. Natureza - Condicionais há, e bastante frequentes, em cuja prótase aparece, em lugar da conjunção típica el, elemento relativo: pro nome, advérbio ou conjunção. Tais sentenças, por esta razão, se denominam condicionais relativas; 2. Formação - Encontradiças nos escritos néo-testamentários com relativa frequência, sujeitas, por vezes, a acentuadas variações, particular mente as infactíveis ou irreais e as chamadas possibilitárias ou fu turo menos vívido, que se não encontram jamais em form a com pleta através do Novo Testamento, diferem estas condicionais rela tivas das condicionais puras apenas em que têm, em vez da conjun ção condicional típica, ei, elemento relativo a tom ar-lhe o lugar; - Assim sendo, converte-se qualquer condicional pura em re lativa com simplesmente substituir-se a conjunção et pelo ele mento relativo; - Em se tratando das formas compostas ou reduzidas, Ictv, -rjv ou áv, desdobram-se elas em seus componentes, o relativo tom an do o lugar da conjunção, permanecendo, porém, a partícula expletiva; - Entretanto, através do Novo Testamento, não são raros os Casos em que, ao lado do relativo, persiste integral a forma conjuncional composta eãv em locução um tanto estranha e redundante, a partícula condicional et inteiramente expletiva; 988
3. Elementos relativos - São os elementos que aparecem nas prótases destas condi cionais ora relativos genuínos, ora meramente funcionais, estes, em geral, advérbios, individuais ou em locuções integradas por ele mento pronominal relativo; - Os principais destes elementos seriam: a. Genuínos: 10 (1) Pronomes: 5 - os, o - quem, qual, que; Õcttis , t |t is , o t i - quem quer que, qualquer que, o que quer que; ^ w ^ - otos, o ià , otov - tal que, de tal sorte que; - Scros,
(2) Advérbios-conjunções: 5 - are ou a ra v - quando, quando quer que, em qualquer tempo que, sempre que; - o0ev - de onde, de onde quer que; - oi) - onde, onde quer que; - tos - como, assim que; - f\vÍK .a - quando, quando quer que; b. Funcionais: 5 - a x p i ou a x p is , individual ou seguida de ou - até, até que, enquanto; - fxéxpi ou fxéxpis, individual ou seguida de ov -a té , até que, enquanto; - eoTe, que não ocorre através do Novo Testamento - até, até que; 989
- «úç, frequentemente complementada de oê ou orou até, até que; - 'irpív, quando em cláusula dependente de principal ne gativa, uma vez que, após principal afirmativa é sempre seguida de forma infinitiva - antes, até. 4. Exemplos a. Condicional relativa pronominal - I-ydi) ÒWuç eàv cpiXüi IXe'yx<«> k o i Traiôeúco - Eu a quantos amo repreendo e castigo (Ap 3.19). - Disposta em ordem direta, suprido o elemento correlato complementar too^outou«; - tantos - e reduzida a conjunção com posta lá v à partícula simples áv, passaria a sentença a ser: k y ò
ekéyx® K al Traiôetko toowtouç ocrauç á v cpiXô - eu repreendo e castigo a tantos quantos amo, em que se podem distinguir os dois termos específicos de condicional: a prótase, ocrouç a v
texto. Na apódose suprime-se o antecedente de ocrouç, o pronnome correlativo toctoutouç, fato assaz comum em cláusulas desta natureza; - E, pois, sentença condicional relativa, generalizante presentativa, como se vê da estrutura básica, a expressar o princípio geral, de aplicação constante, costumeira, repetida, linear, de que Deus a quantos estende Seu am or também disciplina; - Difere, pois, esta condicional relativa da condicional pura correspondente apenas na inserção do pronome relativo na prótase, que deveria tom ar o lugar da conjunção simples et, integrante da composta eáv; 9
b. Condicional relativa conjuntivo-adverbial - Kcu OTotv 7rpoo-eV)xr,a0€, ouk eoreaSe cí>ç oí throKpiTaí E quando orardes, nâo sereis como os aparentadores (farsantes, hipó critas) (Mc 6.5). - A cláusula Kcà otov Trpoaevxn0^6 corresponde a ex pressa prótase relativa em que o advérbio relativo composto o ra v, form ado de ore - quando - , mais a partícula dubitativa av, toma o lugar da conjunção composta lá v , formada da conjunção simples el, mais a partícula av, seguido de form a do Subj., no caso o pres. méd. A apódose exibe inflexão do fut. Ind.; - A estrutura geral é, pois, a seguinte: - Prótase Apódose Relativo + a v + Subj. (pres.) Fut. Ind. OTav Trpoo-evxTiCTÔe ecrecrSe; - Da estrutura esquematizada evidencia-se tratar-se de condicional relativa particular potencial ou futuro mais vívido, em que, em moldes incisivos, projetados para o futuro, o Senhor Jesus circunstancia o verdadeiro espírito de quem se dispuser a orar; - Difere, após tudo, esta relativa da condicional pura cor respondente apenas em que o advérbio relativo o t g , absorvida a vogal final, substituiu na prótase a conjunção el, fundida à partícula av, ou, seja, ar — a v por e — áv. 991
8. APOSTO 8.1 - Natureza e expressão - O aposto, palavra ou frase em função adjuntiva, cognominativa ou qualificativa, que se apende a substantivo ou equivalente, aparecerá normativamente no mesmo caso do term o qualificado. Gênero e número, entretanto, podem ser diferentes. 8.2 - Exemplo - ire p i Tcoctvvou t o u p c n rT u x T O V el-irev c c íjt o íç - A respeito de João Batista lhes falou (M t 17.13). O binôm io t o u f$ o L T rrw rro v - o ba tista - , apelido ou designativo de João, o pregador do deserto da Judéia que se distinguia pelo rito batismal, é aposto deaIo)cívvau João - , aparecendo-lhe no mesmo caso, genitivo, na passagem, ademais, a assumir-lhe o mesmo gênero (masculino) e número (singular), embora nestes dois aspectos não seja obrigatória a con cordância.
8.3 - Colocação - Vem o aposto, via de regra, após o term o ou elemento qua lificado, além disso, normalmente regido de artigo, quando apenso a nome próprio, mesmo que este seja anartro; - Mormente em títulos, porém, pode vir anteposto. Assim é que, em Mc 6.14, se encontra a expressão Ô patnX evçT ipcgô-qç-o rei Herodes - em que o aposto ô BacriXev«; - rei - , título oficial, pre cede ao nome próprio qualificado4Hpcóôxi«; - Herodes.
9. VOCABULÁRIO 445. àX-qOcoç. Advérbio de modo - Verdadeiramente, realmente, de fato, por certo, em verdade, verazmente. 446. ap/nv. Interjeição expletiva, form a helenizada do hebraico W (forma adjetiva em teor adverbial - Firme, real, fiel, ver dadeiro) - Amém, assim seja, certo, em verdade, realmente. 992
447. àvá0epxx, áva0€|xáToçf t o . Forma substantiva, paralela a ôtvá0^|xa , á v a 6rí|xãTO<5, t ó , de que é variante, derivada de à v a — Tt0T|jjit, verbo composto da preposição a v á - para cima - e tl 0t]|x i - colocar, postar - Anátema, execração, maldição, coisa votada a fun ção religiosa (em sentido abominável), tabu. 448. a v a m m o , òtva-nmxrco, ave T ra w à, ávairé-iravKCí, á v a — TréTrav(a)|xoa, àve-iravOTiv. Composto da preposição á v á e do sim ples Traúo) - sustar, cessar - Repousar, descansar, aliviar, amenizar, dar refrigério, restaurar, alentar. 449. àvT)p, av&póç, ó. Correspondente ao latim vir, viri, que de signa a individualidade, sua acepção pessoal, em distinção dehomo, hominis, a que corresponde avOpoiroç, ou, o, term o genérico - ser humano, humanidade - Homem, varão, pessoa, cavalheiro, esposo, marido. 450. a p ve o p m (contrato à p vo u p m ), à p vria o p m , •qpvqaáp/qv, , TQpvT||jLcxL, 'qpvT|0'nv - Negar, declinar, recusar, contraditar, renun ciar, repudiar. 451. iá v . Conjunção condicional, composta da conjunção sim ples e l - se - , mais a partícula dubitativa av, expletiva, que se não traduz. Pode aparecer, ainda mais reduzida, nas formas r\v ou av. Usada, primacialmente com o Subj. - Se. 452. èXeu0epóío, %Xeu0epá>cr(o, ^XeuOepoxrá, ^XevOepto— Ka, tiXev0€p(O|xai, TfiXev0epá>0T|v - Libertar, livrar, soltar, tornar li vre. 453. e va vrto v. Forma do acus. sing. neutro do adjetivo ê va v— Ttoç, ã , ov, composto das preposições èv - em - e a v T Í - oposto, contrário, em oposição a, usada em função de advérbio ou preposi ção im própria, complemento em genitivo - Diante de, ante, em frente de, na presença de, aos olhos de, em contraposição a. 454. eveicev. Aparece também nas formas eveicâ e eíveicev. Advérbio ou preposição im própria, seguida de genitivo - Por causa de, em razão de, em vista de. 455. evtúmov. Advérbio ou preposição im própria, com ple mentada por term o no genitivo. E a forma do acus. sing. neutro do 993
adjetivo evünrioç, ã , ov - fronteiro, anteposto, à vista, à face, com posto da preposição 6 - em - e do tema do substantivo (úttòç, f| - olho, vista, face - À vista de, aos olhos de, diante de, em frente de, na presença de, perante. 456. €'ua77eXí£a>, evc^eXícrco, etnqYyéXurâ, evT)77€Xi— K&, e v r ^ é X u r p m , evr^eX úrG iriv. Composto do advérbio et) bem - e do tema de orjryeXXto - anunciar - Proclam ar boas novas, anunciar (a) mensagem (de C risto), pregar o Evangelho.
457. evXxyynTÓç, r\, óv - Digno de louvor, bendito, abençoado, louvável, dignificâvel, prestigiâvel, recomendável. 458. forycm p, GtryaTpó«;, t f - Filha, descendente feminina. 459. KTiçáç.S, b. Forma helenizada do aramaico - rocha, pedra, penedo - Céfas, Pedro. 460. Xáp/rrco, Xáfxvjico, eXa|xv]ia, XéXap/irà, XéXá|X|xai, eXá|x— (p0T)v ou eXáp/mryi; - Brilhar, resplender, luzir, ilum inar. 461. Xouróç, tf, óv - Adjetivo, do tema de Xeítrco - deixar Restante, remanescente, sobejante, demais, final, derradeiro. 462. ixaKpóç, éi, óv - Grande, longo, extenso, volumoso, durável, distante, remoto, prolixo. - A form a do acus. fem . sing. |xaKpáv se usa em função ad verbial, subentendido o substantivo oôov - caminho - , na acepção de longe, à distância, remotamente. 463. p/qrrip, p/r|Tpóç, -rç - Mãe, genitora, m atriz. 464. jAomrj, tjs , i^. Do tema de p-evca - permanecer, residir - Mo rada, residência, habitação, vivenda, alojamento, prédio, mansão. 465. NaÇaptjvóç, tj, óv - Nazareno, de Nazaré. 466. vú£, v u k t ó s , t i - Noite, trevas, ignorância. 467. óveiôí£a>, óveiSurto, ò v e tô ia á , àve iôtK â, tovetôto— jjuxt, (õvet8ía0tiv - Repreender, censurar, exprobrar, apostrofar, invectivar, insultar, apodar. 468. ottío«;. Conjunção final ou conclusiva - A fim de, para que, de sorte que, de modo que, assim que. - Advérbio de modo - Como, de que forma, de que maneira. 469.8ao<;, t), ov. Pronome relativo e indefinido ou interrogati994
vo, correlativo de toooutoç, TOCTaúrq, tocfouto - Tanto, quão gran de, quanto, quão longo, tanto quanto. 470. oTctv. Advérbio ou conjunção tem poral, composto de ot€ - quando - e a partícula dubitativa &v, expletiva, sem tradução ex plícita - Quando, quando quer que, em qualquer tempo que, toda vez que, sempre que, por ocasião de . 471. ovTCúç. Advérbio de modo, derivado do demonstrativo ouro«;, a v rq , touto - Assim, desta maneira, destarte, desta forma, deste modo. - Diante de palavra iniciada por letra consoante pode perder o ç final, reduzindo-se, pois, a oímo. 472. 'iravTOKpctTíúp, TravTOKpáTopoç, Ô - Todo-poderoso, oni potente. 473. 'irapayyéX.Xü), Traporf/eXó, T ra p r^ e iX á , TrapTiyyeX— Kct, TTap-rÍYYèXpm, iTapT^eXS-qv ou T ra p r^ e X iiv . Composto da preposição modal ira p á -ju n to a, ao lado - e do verbo simples ory— 7eXXco - anunciar - Dar ordens, determinar, mandar, ordenar, incumbir, instar com, notificar, anunciar. 474. -iraTirjp, ircn-poç, d Pai, genitor, ancestral masculino, autor, originador. 475. 'Trepwrya), 'irepuxÇco, TrepnyyorYov, TrepirjxcXf -r re p i^ — |xoa, /ire p n íx^rlv ' Composto da preposição ire p i - em torno de - e do verbo simples cfytD - levar, conduzir - Levar em redor, circunvolver, cruzar, jornadear, ir acima e abaixo, conduzir em companhia. 476. irpoaKotXéto, TrpoaKaXecra), TrpocreKaXecró, irpooxe— k Xtjkoi, ,irpoo’K€KXTfi|xai, 'rrpocr€KX'q0'qv. Composto da preposição personalizante irpó«; - à presença de - e do verbo simples KaXéco chamar - Chamar a si, convocar à própria presença, mandar chamar, intimar, convidar, indicar, apontar. 477. oru£á<*), o D ^ a o ), ow é^qorã, auve^qKa, o irv é ^q p m , cru— ve^qB-qv. Composto da preposição integrante ovv - com de que se elide a nasal ante a dupla do tema verbal, e do verbo simples £oíü> - viver - Conviver, habitar junto, coexistir, morar em companhia de, residir no mesmo ambiente. 995
478. cru|x(3acriXetxt>, OTj|xPaCTtKe\xr(j), owePacríXeu— o ã , cru(x{3€PaaíXevKCÍ, oruixPepaa-íXevfJuxi, orjvePaoxXeúGriv. Composto da preposição associativa ot5v - com o v mudado em |x diante de p, e do verbo simples PaaiXeoxo - ser re i - Reinar jun tamente, participar da dignidade real, associar-se à regência de, ser rei em associação com. 479. cruvairoôv^aKü), CTwaiTO0avoí)|xai, auva-rréGavov, au— vairoT60vriKa, auvaoTOTeOv^ixai, ouvaTreGavGiQv. Composto da preposição consorciativa crvv - com - e do integralizado êtiroO— vtÍ o-kío - m orrer - M orrer juntamente, m orrer com, m orrer em compa nhia de. 480. o w re X e ià , á
10. EXERCÍCIO LER, FLEXIONAR, ANALISAR, TRADUZIR: 221. to vto u ó 0eò<5 a n o t o u cnreppaTOç KaT,eu a 7 7 eX íav lyyaryev T ^ ’ IapaT)X CTwrqpa’ Iria o u v (At 13.23). 222. <úv o í TraT€peç içai w v ô X pw rros to K a ra a áp ica o 996
cov èm 'itccvtcov Geòs euXoypTÒs eis tous alcovas, ap/pv (Rm 9.5). 223. a m s 'yàp av Trovpcrp to OéX^pa tou TraTpós pou tou ev oupavoís, aòros |xou aSeXcpòs Kal aSeXcp-p Kal |xt)tt|P ecr— T ÍV (Mt 12.50). 224. Kai eoofxaL uplv eis iraTcpa Kal vfxets ecreorGe (jlol ets ulaus Ka'i OtryaTepas, Xé^ci Kupios iravroKpaTcop (II Co 6.18). 225. ot 8e et-Trav auTco, tÒ irepi ’ Ipoou tou NaÇap-pvou, ós €7€V€to àvT|p TrpocprÍTps SuvaTÒs ev ep7<*> Kaí XÓ7 Ç 0 evavríov
Geou Kal -navros tou Xaou (Le 24.19). 226. X€7 €i aurp onerous,ouk eiiróv croi oti eàv moreu— erps bi|rp Tpv 8o£av tou Gecri) (Jo 11.40). 227. (xV| ouK è'xo|xev è^ouenav aSeXcp-pv yuvalKa Trepi^eiv, cos Kai ot Xonrol aiTOCTToXot Kal oii aSeXcpol tou Kuptou Kai Rpcpâs (I Co 9.5). 228. Kai l 8ov ey<ù |xe0'u(xíov et|xi iráaas Tas Tj|xepas écos rps ouvreXeias tou aicovos (Mt 28.20). 229. 8ià Touro elotv êveomov tou Opovou tou Geoû Kai XaTpeuouaiv airrco rjixépas Ka'i wktos ev tco vaœ auToô (Ap tou
7.15).
230. Kal ImorTpévpas tco TrveujxaTi eiirev. 'irapaTyéXXco aoi ev òvópxxTi3l/poou Xpioroû i(jeX0€iv aVaurps Kal e£r|X0ev aürrr) tt] óípa (At 16.18). 231. 8ià Touro iravTa vrropiévco 8ià tous eKXeKTous, iva Kai a lrro l acorppías ruxcooiv Tps ev XpiarcoThrçcTou p,€Tot 8o£ps auoviou (Il Tm 2.10). 232. ouTcos Xapuf/aTco tò epeos u |xcov ep/irpocrGev tcov av0p— cottcov, orreos ’íScooxv u(xcòv Ta KaXá ep7 a Kal So^acrcoaiv tov TraTepa ùpwov tov I v tois oupavoîs (Mt 5.16). 233. el Ôvet8t£ecr0e ev bvopuxTi Xpurroû, (xarápioi, oti to rps Sortis Kai to tou Geou irveupia ecp'ufjuis avairaueTat (I Pe 4.14). 234. ev Tp oiKia tou -rraTpós |xou jxovaí -iroXXaí elcnv et 8è jx-p, ei-irov av u|xiv (Jo 14.2). 997
235. e i 7cíp cruvaTreöotvofxev, K ai cru^croixev* eí vrrofjievo— (jiev, K ai crup,ßaCTiXeuarop.€v, et àpvT)
998
CAPÍTULO XIV SISTEMA DO PERFEITO 1. NATUREZA - É o chamado sistema do perfeito o todo de flexões form ado pelo perf. at. Ind., m atriz, e os demais seis tempos que lhe derivam a raiz ou tema, logo, um conjunto de SETE flexões distintas.
2. ENUMERAÇÃO - Ao contrário do im pf. e do mqpf., que se restringem a um dos modos, o Ind., ou do fut. e fut. pf., que aparecem em somente quatro dos modos (Ind., Opt., Inf. e Ptc.), ausentes ao Subj. e ao Imper., o perf., como o pres. e o aor., ocorre em todos os seis m o dos; - Consta, destarte, este sistema da flexão do perf. nos seis modos, mais a do mqpf., lim itado este ao Ind., ao contrário, porém, dos tempos focalizados já (pres., impf., fut., 19 e 2 - aors.), restritas à voz ativa somente. As form as da voz média e passiva do perf. e m qpf. enquadram-se em sistema distinto, calcado mesmo em tema por vezes diferente, de qualquer form a com estrutura diversa; - Constituem, pois, este chamado SISTEMA DO PERFEITO as seguintes SETE flexões, ativas somente, não médias ou passivas; 1. Perf. At. Ind. 5. Perf. At. Inf. 2. Perf. At. Subj. 6. Perf. At. Ptc. 3. Perf. At. Opt. 7. Mqpf. A t. Ind. 4. Perf. At. Imper.
3. MODALIDADES - Em se tratando do pres. e do im pf., é de acentuar-se que a estrutura básica da flexão é constante, sempre a mesma a seqüên999
cia de elementos form ativos no caso dos verbos em o>, enquanto nos verbos em fxi não só inexiste a vogal de ligação, mas ainda ex perimenta a raiz ou tema incrementação ou reduplicação. De igual modo, é na flexão do fut., em todos os verbos, constante a sequên cia de elementos formacionais, mesma a estrutura básica, a des peito de variações em termos vocálicos, labiais, guturais e dentais, conjugados a alterações infixais nos verbos em líquida. No aor., entretanto, distinguem-se dois sistemas de flexão, diferentes em estruturação básica e formação geral; - Como no aor., inda que nenhuma diferença haja de sentido ou acepção, ou de Aktionsart, ou de expressão, em teor e conteúdo, distinguem-se na flexão do perf. e do mqpf. ativos duas formações ou modalidades básicas de estruturação, bem que, ao final, se li mite essa duplicidade a variantes da reduplicação, a mudanças te máticas e a alteração de infixo tem poral, a mesma, entretanto, a se quência de elementos básicos; - Daí, à maneira do que se viu em relação às flexões do aoristo, adm itir-se-ão duas modalidades de perf. e mqpf., designadas de prim eiro e segundo perfeitos e mais-que-perfeitos, aquela norm a tiva, esta variacional ou alternativa; - Processos paralelos de formação estrutural, em bem poucos verbos ocorrem, a um tem po, essas duas modalidades de perf. e mqpf., a generalidade exibindo um sistema apenas, não ambos.
4. AKTIONSART - Pres. e im pf. são tempos de Aktionsart linear, estensa, durativa, continuativa, a expressarem a ação do ponto de vista do pro cesso de eventuação, uma como que série de pontos em sucessão ou linha prolongada. Aor. e fut., por sua vez, são tempos de A ktion sart punctiliar, inextensa, não-durativa, nem continuativa, a expres sarem o evento em si, o fato como tal, o mero acontecimento, não seu processo de atualização, um como que ponto descontínuo. Ver dade é que não é o fut. extreme de todo de linearidade, implícita 1000
em não poucos textos, conforme o evidencia o direto contexto; - O perf. e o mqpf., e assim o fut. pf., alheio à voz ativa, são tempos que não retratam nem o processo da ação, nem o fato em si, mas seus resultados, efeitos ou conseqüências, a estenderem-se até a atualidade no caso do perf., até determinado ponto no passa do em se tratando do mqpf., a projetarem-se ao futuro, se em jogo o fut. pf.; - Destarte, dir-se-á que perf., mqpf. e fut. pf. são tem pos de Aktionsart punctilio-linear, inextensa a ação, extensos os resultados defluentes; - Graficamente: - Pres, e Im p f.:............. - o processo, ou, - Aor. e Fut.: - Perf., Mqpf. e - Fut. pf.:
- o fato, - a ação +
■ ________ - os efeitos.
5. DIFERENCIAÇÃO - Quatro dos tempos verbais, nos modos em que subsiste a noção, isto é, o im pf., o aor., o perf. e o m qpf. no Ind;, o aor. e o perf. no Ptc., são flexões de eventuação pretérita, a referir-se ao passado, logo, a ação vista como realizada ou anterior; - Todavia, a despeito da similaridade de perspectiva tem poral, diferem, de maneira acentuada, estas quatro flexões no tocante à Aktionsart, à qualidade da ação, ao modo como se processa o fato ou eventuação; - Assim, o im pf. expressa o pretérito linear ou continuativo; o aor. o passado inextenso ou punctiliar; o perf. e o m qpf. anteriori dade projetativa, isto é, ação ou estado pretérito visto em termos dos efeitos consequentes, logo, o passado punctilio-linear. O perf., de um lado, focaliza esses efeitos como OPERATIVOS ATÉ A ATUALIDADE, até o momento presente do contexto fraseológico; o mqpf., por outro lado, dá-os como OPERATIVOS ATÉ DETER1001
MINADO PONTO NO PASSADO, até somente fase ou período prévio. Vale dizer que é o mqpf., após tudo, nada mais do que o perf. projetado ao passado; - Ou, graficamente: - Im p f.-* pretérito linear, - A o r.-* pretérito punctiliar, - P e rf.-* pretérito punctílio-linear projetado ao presente, - M qpf.-* pretérito punctílio-linear restrito ao passado.
6. CARACTERÍSTICOS - Caracterizam o sistema do perfeito os seguintes elementos distintivos: a. Raiz especifica, na maioria dos verbos a mesma do pres., em alguns alterada em moldes ora mais, ora menos assinalados, em outros inteiramente distinta, a mesma, porém, em todas as fle xões do sistema, expressa na quarta das partes principais; b. Reduplicação, elemento peculiar ao perf., m qpf. e fut. p f„ por isso a marca ou sinal mais distintivo destas flexões, que ora consiste (1) da anteposição ao tema de sílaba formada pela con soante inicial, ou variante sua, seguida da vogal e; ora (2) do alon gamento regular da vogal, se inicial do tema, nos termos enuncia dos em relação ao aumento vocálico ou tempotal; ora (3) da prefi xação da vogal e (com espírito fraco), exatamente como o aumento silábico, inda que em função e circunstâncias diferentes, ou (4) da prótese da sílaba e i ou da vogal e consoante imediata por que se inicia a raiz no caso de certos temas; c. Infixo temporal, no 19 perf. a gutural k , ora desacompanhada de vogal, ora vocalizada, a fazer-se x á ou xe, e mesmo xei, inserida entre o tema ou raiz e a vogal de ligação ou desinência, susceptível de variações em algumas formas; no 2- perf. repuzidâ à expressão vocálica, de sorte que a diferença fundamental, básica, entre os dois tipos ou modalidades de perfeito se resume na ausência da gutural x nas inflexões do 29 perf. 1002
7. SISTEMA DO PRIMEIRO PERFEITO 7.1 - 19 Perfeito A tivo do Indicativo a. Estrutura - A estrutura básica deste 19 perf. at. Ind. consta da seguinte sequência de elementps: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + DESI NÊNCIAS b. Formação (1) fíeduplicação - A reduplicação, porção prefixada ao tema ou alonga mento de sua vogal inicial, forma-se neste sistema segundo os se guintes cinco processos regulares: (a) Raiz iniciada por letra consoante simples - No caso de verbos em que o tema se inicia por UMA letra consoante, que não seja dupla (£, £, <|»), nem aspirada (
ir, k , t , acompanhada da vogal e, donde: ire, K€, Te; - Graficamente: Tema iniciado por: Reduplicação
(c) Raiz iniciada por grupo consonantal, dupla ou p - Nos verbos em que se inicia o tema por duas ou mais consoantes (exceto quando se trata de muda seguida de líquida), ou por dupla (£, £, v|/)r ou pela semivogal p, consiste a reduplicação simplesmente da vogal e (com espírito fraco) anteposta à raiz, nos exatos termos do aumento silábico; - Assim, de ororupoca - crucificar - , verbo em que se ini cia o tema pelo grupo consonantal crr, que não é constituído de muda seguida de líquida, classe não exemplificada através do Novo Testamento neste sistema, a reduplicação é simplesmente e, que se antepõe regularmente à raiz orocupo, cuja vogal temática final, o, se alonga, passando a <•), logo, orocupo; 1004
- De igual modo, no caso de £cío>- v iv e r-, ou £irçpaívQ>secar - , ou ifnjXoKpáo) - tactear - , verbos em que se inicia o tema por dupla seguida de vogal, ciasse também não exemplificada neste sistema nos escritos néo-testamentários, consta a reduplicação apenas de I , préposto à raiz, à maneira do aumento silábico; e - Ainda, de pavTÍÇco - purificar - , cujo tema é p a v n ô , no sistema do presente extensificado em pctvTiÇ, raiz iniciada pela semivogal líquida p, é a reduplicação apenas o prefixo e, que se ante põe ao tema potvTiô, geminada a líquida inicial e cortada a lingual 8 final; - Graficamente: Tema iniciado por: Reduplicação Grupos consonantais e
U .*
€
P
€
C
5>
(d) Raiz iniciada por muda seguida de líquida - Nos verbos em que se inicia o tema por muda (labial: ir, (3,
ditongo têm a reduplicação nos mesmos termos do aumento vocá lico, isto é, alonga-se, regularmente, a vogal inicial, como se viu na formação do im pf. e do 19 e 29 aors.; - Graficamente: - Tema iniciado por: Reduplicação Vogal breve ou ditongo Alongamento da vogal inicial; - Portanto, de €T0ip,á£a) - aprontar - , verbo em que o tema se inicia pela vogal breve k, a reduplicação consistirá no alon gamento regular desta vogal, que passará à forma (Mt 22.4) em todas as flexões do sistema do perfeito, de sorte que a raiz do pre sente êToijjiaõ, extensificada em eToi|maÇ, cuja lingual final cai nestas flexões, se torna T)Toi|xa; (2) Raiz - A raiz ou tema deste 1 - perf. at. Ind., comum a esta matriz e às demais flexões do sistema, dela derivadas, é a porção que fica entre a reduplicação e o final k & da form a base, 1 - p. s. desta fle xão, conforme se apresenta na quarta das partes principais do verbo que tenha esta modalidade de perfeito ativo; - Não sofre ulteriores variações esta raiz, a manter-se constante, invariável, através de toda a flexão a mesma da form a base, 1- p. s.; - Na maioria dos verbos é a raiz neste sistema do perfeito a mesma do sistema do presente; em certo número difere-lhe em es cala m aior ou menor; em uns poucos representa raiz inteiramente outra em form a e origem. (3) Infixo Temporal - O infixo tem poral distintivo do I 9 perf. é a gutural k , nesta flexão acompanhada da vogal à em todas as inflexões, menos na 3- p. s „ em que, à maneira do que se dá com o infixo temporal do 19 aor., é e essa vogal integrante. Aliás, é de observar-se que este infixo temporal de 19 perf. at., k & / k €, é paralelo ao do 19 aor. at. e méd., aà/cre; 1006
- Nos verbos em |xí, através do Novo Testamento, tem o 19 aor. at. Ind. alternativo como infixo temporal este próprio do 19 perf., Kcx/Ke, em vez do característico aã/ae; - Na 3- p. pl., compensação à redução da desinência, é alongada a vogal deste infixo, portanto, kcx em lugar do original k &; - De notar-se é que, dos tempos até aqui estudados, ape nas o fut. e o l 9 aor. ats. e méds. e este 19 perf. at. têm este ele mento, infixo temporal, enquanto os demais três, pres., im pf. e 2° aor., têm -lhe ao invés vogal de ligação. (4) Desinências - Tempo prim ário ativo do Ind., são-lhe as desinências, formas evoluídas dos pronomes pessoais correspondentes, em geral, as PRIMÁRIAS ATIVAS, observando-se que: 1. Como na 19 p. s. do pres., fut. e 19 aor. ats., já não sub siste a desinência típica desta pessoa, a term inar pelo infixo tem poral; 2. Na 2- p. s. assumiu a desinência a form a ç, como nas se cundárias ativas, logo, sim ilar à desta pessoa no im pf., 19 e 29 aors. ats. Ind.; 3. Na 3- p. s., à semelhança dos tempos secundários ats. do Ind., im pf., 19 e 29 aors. (e mqpf., como se verá), já não subsiste a desinência; 4. Na 3- p. pl., como se observou no pres. e fut. ats. Ind., reduz-se a desinência v t i , que se faz a í, mercê da sibilantização da lingual e sequente supressão da líquida, pelo que se alonga, compensatoriamente, a vogal & do infixo tem poral, mudada em a; - Ou, graficam ente: icã + v t í —► icá + v a í - * k
- Dada essa similaridade term inal, há quem prefira consi derar estas desinências como secundárias, o que não só atenderia à forma atual delas assumida em sua quase totalidade, mas ainda se conformaria ao caráter preteritivo do tem po perfeito, em que lhe pese o teor punctílio-linear, a reconhecer-se-lhe projeção presentativa. Tanto assim que em não poucos mss. de livros do Novo Testamento e mesmo no texto reconstituído, não são raras as fo r mas da 3§ p. pl. deste 1- perf. at. Ind. desinenciadas com a secun dária v em vez da primária cri; c. Flexão (1) Formas - De m o re ix o - crer - , cuja raiz reduplicada é no sistema do perfeito ire m o re i), as formas deste 19 perf. at. Ind. são:
ire ire
m o re i) KCt TOV m o re i) KC* TOV
- crestes (vós dois, vós duas) - creram (eles dois, elas duas)
1 - p. pl. ire
urrei) KCt |X€V m o re i) K & T€ m o re i) KCt cri
- cremos - crestes - creram (eles, elas)
•
•
2a - p. d. 3- p. d.
Q. a rai CM
1- p. s. 2a - p. s. 3a - p. s.
RED. RAIZ TTC ir urrei) -ire m o re i) 1T€ m o re v
TT€
3a - p. pl. ire
IT
DES — Ka Ka s K€
tt
V
- cri - creste - creu (ele, ela)
(2) Observações m orfológicas - Dos quatro elementos estruturantes, dois, reduplicação (ttc ) e raiz (m orei)), permanecem constantes, invariáveis, os mes mos em todas as formas, e o infixo tem poral ( kc*) somente em uma forma (3- p. s.) se altera (mudado em k c ), enquanto as desinências variam de pessoa para pessoa, como é natural;
1008
- No singular apenas a 2- p. tem desinência explícita e, as sim mesmo, em form a própria dos tempos secundários, enquanto a 1§ e a 39 já não a têm , term inando, pois, pelo infixo temporal; - Na 3- p. s. é o á integrante do infixo temporal alterado para e, de sorte que é kc o infixo, não xá, variação paralela à regis trada na form a equivalente do 19 aor. at. Ind., cujo infixo temporal a à se tránsmutou em ctje; - Terminada pelo final e, como no im pf., 19 e 25 aors. ats., pode a form a da 3- p. s. deste perf. at. Ind. receber o nü móvel, elemento, aliás, que, de igual modo e nas mesmas circunstâncias, pode aparecer com a 3- p. pl., por isso que term ina pela sílaba a í; - No dual, como é próprio dos tem pos em que são prim á rias as desinências, são iguais em form a as duas inflexões, acentua das também nos mesmos termos; - Na 1 - e 2 - p. pl. são as desinências, respectivamente, |xcv e T c, as mesmas de todas as flexões ativas, quer primárias, quer se cundárias, no Ind., Subj. e Opt., o que vale também para a 2- p. d., visto que em todas as flexões ativas nesses três modos é tov a de sinência desta form a. Note-se que esta e a desinência tc da 2- p. pl. servem ainda às flexões ativas do Imper. e do aor. pass. nos quatro modos finitos; - Na 39 p. pl. a vogai do infixo tem poral, breve nas demais inflexões, aparece compensatoriamente alongada, logo, ct em vez de&; - Na 39 p. pl. exibem certos verbos a desinência secundária v em lugar da primária cri (vt Í). Exemplos, extensiva que é esta al teração também às formas de 2- perf., se podem ver em: - Lc 9.36 (e — copa — x à — v por e — wpá — x á — at); - Jo 17.6 (tc — TrjpT) — x à — v em vez de tc — T-qp^ — x ã — aí); - Jo 17.7 (e — *yvcú — x à — v em lugar de e — y v á — xá
- aí); - A t 16.36 (cnr — e — aTcxX — x á — v ao invés de ct-rr — e — oTciX — x á — at);
1009
/
y
/
- Rm 16.7 (ye — yov — a — v por ye — 70V — ã — a í), form a a aparecer também em Ap 21.6; - Cl 2.1 (e — opa — k
— nXuB — â — a í); - Ap 18.3 (ire — mo — kcl — v em vez de içe — mo — icã — a l); e - Ap 19.3 (et — pr| — Ka — v por e í — pV| — k ú — a t); - A reduplicação, tratando-se de verbo iniciado por letra consoante, simples, não dupla, nem p, nem aspirada ou grupai, consiste da consoante mais a vogal e, ou, seja: ire;
d. Acentuação - Tempo de modo finito, como em todas as flexões do Ind., Subj., Opt. e Imper., é recessiva a acentuação destas formas do 19 perf. at. In d „ a distanciar-se o mais possível da última; - Final breve em todas as inflexões, o acento avança em todas as formas até a antepenúltima, proparoxítona, portanto, a flexão inteira; - É, pois, sempre agudo o acento, a cair sobre a vogal 1 da pe núltima do tema nas três form as do singular, não desinenciadas (1e 3-) ou em que a desinência não constitui sílaba própria (2-), sobre o ditongo eu da última do tema nas duas form as do dual e nas três do plural, cujas desinências form am sílaba adicional; - Nos verbos em que é monossilábico o tema e a reduplicação mero alongamento vocálico serão dissilábicas as formas do singu lar, pelo que lhes estará o acento na penúltima. Como será longa esta penúltima acentuada e breve a última, a constar da sílaba Kct/Ke, ter-lhes-á de ser circunflexo 0 acento. As demais inflexões, dual e plural, serão trissilábicas, donde aplicar-se-lhes plenamente o princípio de recessividade, por isso proparoxítonas, acentuada a antepenúltima (que só o agudo pode acolher);
1010
e. Nü móvel - Duas das formas deste 19 perf. at. Ind. podem receber nü móvel, se finais de cláusula ou a preceder a vocábulo iniciado por vogal ou ditongo: a 3- p. s. (ire — iru rre v — k c ) , por tratar-se de form a verbal da 3- p. s. terminada em e, e a 3- p. pl. (ire — ttutt€v — Kã — a t), por ser palavra finalizada pela sílaba a t; *
0
f. Relação - Estrutura peculiar, formação em bases diferentes em quase todos os elementos constitutivos, não tem este 19 perf. at. Ind., do ponto de vista m orfológico, m uito em comum com os tempos já estudados (pres., impf., fut., 19 e 29 aors.); - Todavia, além da raiz, que é, na maioria dos verbos, a mes ma em todos os sistemas, também o final deste 19 perf. at. Ind. é no singular análogo ao dos tempos secundários ativos, mormente o 19 aor., observada ligeira alteração na p., sim ilar ao dos primários ativos no dual e no plural; g. Sentido e tradução - Perfeito (do latim per, partícula intensiva, e factus, a, um, ptc. passado de facere - fa z e r-, mudada em e a vogal a da sílaba inicial, logo, inteiramente acabado, completamente feito), ao contrário do pres. e impf., tempos de ação linear, e do aor. e fut., tempos de ação punctiliar, expressam as formas desta flexão, tem po de Aktionsart punctílio-linear, não o fato em si, o puro evento (aor. e fut.), nem o processo de eventuação, a mecânica do acontecimento (pres. e impf.), mas os efeitos continuativos, os resultados ou conseqüências do fato, que se projetam até o presente do contexto fraseológico; - Voz ativa, o sujeito efetua a ação, a ênfase posta no evento como tal, em distinção do sujeito è seu envolvimento (voz média) ou da eventuação em sua expressão resultativa (voz passiva); - Indicativo, modo em que, ao lado da Aktionsart, subsiste, embora subsidiariamente, a noção de tem po quando o fato se dá, 1011
expressam estas formas ação pretérita, vista, entretanto, em termos de seus resultados ou consequências a estenderem-se até a atuali dade. Daí, fato passado, efeitos presentes; - Formas do Ind., revestem-se de teor incisivo, terso, categó rico, em contraste com as inflexões do Subj. (potencial), ou do Opt. (hipotético), ou do Imper. (injuncional), ou do Inf. (nominal), ou do Ptc. (adjetivo); - Não há no português forma de tradução específica desta modalidade flexionai, tal que lhe expresse, a um tempo, a preteridade do fato e a atualidade dos efeitos. Daí, traduzem-se-lhe as in flexões, tal como se fez com as equivalentes do 19 e 2- aors. ats. Ind., pelo nosso pretérito perfeito, subentendida a diferença de sentido ditada pela natureza peculiar destes dois tempos; - Assim, TremcrrevKct, 1- p. s. deste perf. at. Ind., se traduzirá como CRI, a mesma tradução dada também a è m a T e w á , form a correspondente do 19 aor. at. Ind. No caso de 'ireiTÍoTeuKá, o enfo que não incide no fato de crer como tal, que é a precisa acepção do aoristo e m c T e w á , mas nos efeitos do crer, nos resultados que o crer produz até o presente contextuai; - Resumindo-se o sentido e expressão deste 19 perf. at. Ind., dir-se-á que é: - tempo de Aktionsart punctílio-linear (perfeito), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - a ênfase a incidir sobre o fato em si (voz ativa), -p re té rita como fa to , presente nos resultados (perf. Ind.), - categórica em teor (Ind.), - a traduzir-se pelo nosso pretérito perfeito; h. Aplicação paradigmática - A flexão do 19 perf. at. Ind. de.outros verbos em que seja esta modalidade flexionai se processa nos moldes deste paradigma, bastando substituir-se a porção inicial Trem orcv pela raiz reduplicada do verbo a conjugar-se, conforme se mostra na quarta das partes principais; 1012
- O infixo temporal (xã/ice), desinências (primárias ativas), al terações finais e acentuação (proparoxítonas todas as formas), são os mesmos em todos, exceto que nos verbos em que é monossilá bica a raiz e iniciada por vogal ou ditongo são properispômenas as inflexões do singular. 7.2 - 1g Perfeito A tivo do Subjuntivo a. Estrutura - A sequência de elementos estruturantes deste 19 perf. at. Subj. éesta: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIAS b. Formação (1) Reduplicação - A reduplicação é neste 19 perf. at. Subj., aliás, em todas as flexões deste sistema, exatamente a mesma que se estampa no 19 perf. at. Ind., matriz de que derivam este elemento as inflexões to das do perf. e mqpf. ativos, como a raiz, expressa na quarta das partes principais; (2) Raiz - A raiz, porção que na 1- p. s. deste 19 perf. at. Subj. em sua form a atual se interpõe entre a reduplicação e o final k
duplicação e raiz, também este infixo tem poral característico; - Deveria, pois, ele ser a sílaba k c í, na 3- p. s. k c ; todavia, como nò 19 aor. at. e méd. Subj., em que o infixo a ã perde a vogal, limitando-sie à sibilante, neste 19 perf. at. Subj. a sílaba k o / k c se re duz à gutural, om itida a vogal acompanhante, logo, é k simples mente, não Kct/Ke próprio do 19 perf. at. Ind.;
(4) Vogal de ligação - Elemento característico do Subj., por isso que lhe aparece em todos os templos e flexões (pres., aor. e perf.), é a vogal de liga ção neste 19 perf. at. Subj. a mesma encontrada já nas flexões do pres. at. e,mp. e 19 e 29 aors. ats. e méds. deste modo, a mesma do Ind. em feição longa, portanto: - o antes de desinências iniciadas por p, ou v, - 'q nos demais casos, isto é, antes de desinências iniciadas por ç ou t ;
(5) Desinências - Em todas as flexões ativas no Subj. (pres., 12 e 29 aors. e perf.), mais o aor. pass. neste modo, são sempre as desinências, formas evoluídas ou reduzidas dos pronomes pessoais correspon dentes, as mesmas, isto é, as PRIMÁRIAS ATIVAS; - Ocorrem, também, nesta flexão as alterações finais regis tradas já em relação ao pres., 19 e 29 aors. ats. Subj., a saber: - Na 1- p. s. cai a desinência original p£, de sorte que a forma termina agora pela vogal de ligação o>; - Na 2- p. s. fundem-se vogal de ligação (t|) e desinência (at), resultando o final ditongai -qç; - Na 35 p. s., de igual modo, contraem-se vogal de ligação (t j ) e desinência (t i ), dando em resultado o ditongo im próprio ig; e - Na 3- p. pl. reduz-se a desinência v t í, mercê da sibilantização da lingual e queda da líquida, a assumir, por isso, a forma ox; 1014
- Graficamente: 1 - p. s.: co + |xi —♦ co, 2- p. s.: T| + cri —► -qç, y
t.
3- p. S.: T| + T l —»> T|, 35 p. pi.: co + vt Í —►
c. Flexão (1 ) Formas - Do verbo maTeiÍKO - crer - , cuja raiz, reduplicada, é neste sistema do 19 perfeito i r e m a T e v , as formas do 19 perf. at. Subj. são: 1015
12 p.s. CM
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p. s. 32 p. s.
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(2) Observações m orfológicas - Constantes, os mesmos sempre em todas as inflexões, são três dos elementos em seqüência: reduplicação (ire ), raiz (iru rT ev ) e infixo tem poral ( k ); mutáveis, a variar segundo os re clamos das formas, dois: vogal de ligação e desinências (pri márias ativas); - Das oito inflexões, quatro se mantiveram inalteradas (22 e 3ã p. d., 12 e 2§ p. pl.), as formas atuais as mesmas originais; quatro, porém, sofreram alterações, de sorte que a form a atual lhes é algo diversa da original correspondente (12 p. s.: queda ou apócope da desinência; 22 e 32 p. s.: fusão de vogal de ligação e desinência; e 32 p. pl.: redução da desinência); - O final desta flexão é paralelo absoluto ao do pres., 1? e 29 aors. ats. Subj., já que lhes são as mesmas a vogal de ligação e as desinências e suas alterações; - Das formas correspondentes do 19 perf. at. Ind. diferem estas inflexões apenas em que têm, em lugar da vogal &/e do infixo temporal, a vogal de ligação longa 11/(0 e no singular, na 22 e 3 2 p „ sofrem fusão da desinência com a vogal de ligação, resultando final diferente; - No dual, já que são primárias as desinências, têm a mes1016
ma form a as duas inflexões, mesma, ademais, a acentuação, pro paroxítonas ambas; - De três destas inflexões são as desinências ( 2 - p. d.: tov, 1- p. pl.: |xev e 2- p. pl.: tc ) as mesmas de todos os tempos ativos, mais o aor. pass., no Ind., Subj. e Opt., além do Imper., a que, po rém, é alheia a 1- p. pl.; e - O infiko tem poral, que, nas formas do Ind., aparece asso ciado à vogal ã, nesta flexão do Subj., ante a vogal de ligação T|/co, se reduz à gutural; e - A reduplicação, uma vez que se inicia o tema por letra consoante simples, não dupla, nem aspirada ou parte de grupo consonantal, nem p, consiste dessa mesma letra, seguida da vogal típica e, logo, ire; d. Acentuação - Tempo de modo finito, é esta flexão acentuada recessiva mente, distanciando-se-lhe da última o acento quanto o permitem as normas prosódicas; - Desinências todas breves, são proparoxítonas as inflexões originais todas e, assim, as atuais no dual e plural, apenas as três do singular passando a paroxítonas, mercê da redução do final, agora longo; - É, pois, agudo o acento em toda esta flexão de 1- perf. at. Subj., posto sempre na sílaba final do tema, isto é, sobre o ditongo ev neste paradigma;
e. Relação - Tem este 19 perf. at. Subj. da matriz, 19 perf. at. Ind., a tríade de elementos iniciais da sequência estrutural: reduplicação ('ire), raiz (m o re u ) e infixo tem poral (reduzido à gutural k ), enquanto do pres. at. Subj. tem os dois finais: vogal de ligação () e desinên cias (primárias ativas, alteradas nas três pessoas do singular e na 3p. pl.); - Pode-se, pois, conceber esta flexão como híbrida, as infle 1017
xões formadas pela junção desses elementos estruturais de ambos esses tem pos básicos; - Destarte, partindo-se das form as do 19 perf. at. Ind., obterse-ão as equivalentes deste I 9 perf. at. Subj. com simplesmente substituir-se-lhes a vogal infixai a (na 35 p. s. e) e as desinências pelo binôm io final das form as do pres. at. Subj.; - Por outro lado, tom ando-se as form as do p/es. at. Subj., para terem-se as equivalentes deste I 9 perf. at. Subj., far-se-á de m ister somente substituir-se a raiz pelo trinôm io de elementos in i ciais do 19 perf. at. Ind., om itida a vogal infixai, conform e se estam pa na quarta das partes principais; f. Sentido e tradução - Perfeito, é tem po de Aktionsart punctflio-linear, a expressar não o fato em s i (fut. e aor.), nem o processo de atualização (pres. e impf.), mas os efeitos, resultados e consequências que defluem do fato, continuativos, extensivos* prolongativos (como no mqpf. e fut. pf.); - Voz ativa, o sujeito pratica a ação, a ênfase incidindo no fato como tal, não no sujeito e seu envolvimento na ação (voz média), nem na expressão resultual do fato, sua forma acabada ou condição final; - Subjuntivo, modo subalterno, dependente, relativo, a que, ademais, é alheia a noção tem poral, QUANDO o fato se dá, expri mem estas formas o evento não em termos categóricos ou incisivos (Ind.), nem mesmo injuntivos (Imper.), ou hipotéticos (Opt.), subs tantivos (Inf.) ou adjetivos (Ptc.), mas potenciais, possíveis, prová veis, sem implícita projeção preteritiva. Do contexto se infere a perspectiva tem poral, que se pode, indiferentemente, situar na atualidade, no futuro ou no passado, conforme o indique o teor fraseológico, à parte da form a em si; - Em função da própria natureza deste modo, pendente a tra dução do tipo de cláusula em que ocorra a form a, não há repre sentar-se o 19 perf. at. Subj. por expressão precisa, definida, explí 1018
cita, específica, estereotipada. Assumirá sempre o teor ditado pelo caráter da cláusula em que se enquadre. Todavia, subentendida estará, de qualquer maneira, a punctílio-linearidade própria desta modalidade verbal, assim como a ação do sujeito e a ênfase ao fato; - Em síntese, dir-se-á que é este 1 - perf. at. Subj.: - tem po de A ktionsart punctílio-linear (perf.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - sem noção patente de quando se dá (Subj.), - situável no passado, no presente ou no futuro, segundo o evidencie o direto contexto (Subj.), - expressa em moldes potenciais (Subj.), - enfocado não o evento em si mas seus efeitos continuativos (perf.), - a ênfase a incidir no fato como tal, em distinção de sua ex pressão resultativa ou do sujeito e seu envolvimento (voz ativa), - sem tradução específica ou única (Subj.); g. Aplicação paradigmática - À base desta flexão de h u xt €txú, para conjugar-se o 1 ? perf. at. Subj. de outros verbos em que seja' esta a modalidade de per feito empregada, bastará substituir-se o binôm io inicial 'ireTrurreu pela raiz reduplicada do verbo a flexionar-se, conform e se mostra na quarta das partes principais, conservados os demais elementos estruturais; - São em todos ps mesmos: infixo tem poral (k ), vogal de liga ção ('q/o), desinências (primárias ativas), alterações e acentuação (recesiva). 7.3 - 19 Perfeito Ativo do Optativo a. Estrutura - Têm as formas deste 19 perf. at. Opt. a seguinte seqüência de elementos estruturantes: REDUPLICAÇÃO + RAIZ 4 INFIXO TEMPORAL 4 VOGAL DE LIGAÇÃO 4 INFIXO MODAL 4 DESINÊNCIAS 1019
b. F o rm ação (1) fíeduplicação - É a reduplicação neste 19 perf. at. Opt., como em todas as flexões deste sistema, a da matriz, 19 perf, at. In d „ de que a deri vam estas formas; (2) Raiz - Porção que na 1s p. s. deste 19 perf. at. Opt. se intercala entre a reduplicação e o final Koipx, é também a raiz desta flexão a mesma encontrada na matriz, 1? perf. at. Ind., de que a derivam, aliás, as inflexões todas deste sistema, expressa na quarta das partes principais, na maioria dos verbos a mesma do presente; - Como a reduplicação, é esta raiz constante, invariável, a mesma em todas as inflexões; (3) Infixo Temporal - É o infixo tem poral neste 19 perf. at. Opt. o mesmo do 19 perf. at. Subj., isto é , a gutural k , elemento este que, ao lado da re duplicação e da raiz, se deriva da matriz, 19 perf. at. Ind., excindida a vogal integrante & (na 3- p. s. e); (4) Vogal de ligação - A vogal de ligação neste 19 perf. at. Opt. é a típica das formas deste modo que requerem este elemento, a mesma, pois, do pres. at. e mp., do fut. at. e méd. e do 29 aor. at. e méd., isto é, a vogal breve o; - Em todas essas flexões optativas funde-se esta vogal de ligação com o infixo modal t, resultando o ditongo o i, o mais dis tintivo traço das formas deste modo;5 (5) Infixo Modal - O infixo modal, elemento presente às inflexões do Opt., quaisquer que lhes sejam tem po e voz, é neste 19 perf. at. Opt. a 1020
vogal fechada i, que na 3- p. pl., como em todas as flexões ativas, mais o aor. pass., neste modo, é sempre extensificada pela junção da vogal €, tornando-se, pois, ie; - É este infixo modal precedido sempre, em todas as fo r mas, de vogal, ora temática (pres. e 2- aor. dos verbos em p i), ora infixai (16 *9 aor.), ora ligacional (pres. e 29 aor. dos verbos em co, bem como fut., perf. e fut. ,pf. em geral), com a qual se contrai, produ zindo-se, destarte, os ditongos a i, ei, oi; - Portanto, neste 19 perf. at. Opt. ocorre em todas as fo r mas o ditongo o i, característico destas sete flexões já estudadas: - Pres. At. Opt. (m o re u — o — t — px), - Pres. Mp. Opt. (m o re u — o — í — pTjv), - Fut. A l Opt. (TrioTeú — a — o — t — px), - Fut. Méd. Opt. ('iruTTev — a — o — i — p/qv), - 29 Aor. At. Opt. (A.á[i — o — i — px), - 29 Aor. Méd. Opt. (Xa|3 — o — í — p*qv) e - 1 9 Perf. At. Opt. (ire — m o re ú — k — o — t — px); - Na 39 p. pl. o infixo básico ie, hiato, não ditongo, sempre se bisseta em duas sílabas distintas;
(6) Desinências - Característico das flexões do Opt., m odo em que não ocorrem desinências primárias, aspecto em que se contrasta abso lutamente oom o Subj., que este não as tem secundárias, e mesmo com o Ind., a empregá-las cada nos tem pos respectivos, são as de sinências neste 19 perf. at. Opt. as SECUNDÁRIAS ATIVAS, as mesmas aplicadas já no pres., fut. e 19 e 29 aors. ats. Opt.; - Na 1 -p . s., como nas demais flexões referidas, subsiste em lugar da secundária típica, v, a original px, na 3 ?p. é. cai a desi nência t , final da form a, e na 3- p. pl. a desinência é v ao invés da alternativa aãv; 1021
c. F le xã o (1) Formas - As formas do 1 - perf. at. Opt. de m o re ú tú - cre r - , cuja raiz reduplicada é nestas, como em todas as inflexões do sistema. Trem o re v, são:
Red. p. s. 2 - p. s. 33 p. s.
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(2) Observações morfológicas - Dos seis elementos estruturantes destas formas, CINCO permanecem constantes, invariáveis, os mesmos em todas as infle xões, a saber: a reduplicação (-ire), a raiz (m o re v ), o infixo temporal a vogal de ligação (o) e o infixo modal (í), exceto que este as sume na 3- p. pl. a form a extensificada te. As desinências, como é natural, variam de form a a forma; - A 1 - p. s. deveria ser ire — 'irio re ú — k — o — i — v, usada a desinência regular v; entretanto, a form a atual é -rre — m o re ú — k — o — t — px, a desinência prim itiva |xt a substituir a normativa v; - Também, a 3- p. s., não alterada, seria -ire — m o re ú — k — o — i — t ; todavia, como a lingual t não pode ser final regular de vocábulo, caindo, pois, a form a atual é -rre — m o re ú — k — o — i, apócope registrada nos tempos secundários ativos do Ind. já es(k ),
1022
tudados (impf.: I — ir urrei) — e; 19 aor.: e — m o re ú — cre; 29 aor. %. — A.a0 — e), bem como nas flexões ativas do Opt. todas (pres.: m o re ú — o — i; fut.: m o re ú — o- — o — i ; 1 9 aor.: m o re ú — ora — t; 29 aor.: Xáp — o — i; 19 perf.: ire — m o re i) — k — o — i); - No dual, uma vez que são secundárias as desinências, d i ferem as inflexões no tocante à quantidade e natureza da vogal desinencial, o na 2- p. d „ -q na 3- p. d., o que lhes causa diferença na acentuação, proparoxítona aquela, paroxftona esta; - Na 39 p. pl. a forma é ttc — 'moreú — k — o — ie — v,
extensificado o infixo modal, que se faz ie, e usada a desinência v em vez de oãv, própria do mqpf. at. Ind. e do aor. pass. Ind. e, nos verbos em ju, também do impf. e 29 aor. ats. Ind. e das formas de infixo longo do pres. at. e 29 aor. pass. Opt Em v terminam sem pre, nesta pessoa, dos verbos em « , o impf. e os aors. 19 e 29 ats. Ind. e, de todos, os tempos ativos do Opt. em que não seja longo o infixo modal; - Das desinências, três, a saber, da 2- p. d. (tov), da 1- p. pl. (|xev) e da 2- p. pl. (Te), são as mesmas de todas as flexões ativas, quer primárias, quer secundárias, do Ind., do Subj., do Opt e do Imper., observando-se, porém, que a este último falta a 1- p. e que o aor. pass., já que lhe são ativas as desinências, as têm como nes tas flexões; - O infixo modal na 3- p. pl., ie, é hiato, não ditongo, logo, se bisseta em duas sílabas distintas, o que torna a forma proparo xítona ao invés de paroxftona; - O quadro desinencial desta flexão é exatamente o mesmo aplicado já a três outros tempos ativos do Opt. estudados (pres., fut. e 19 e 29 aors.), todos a terminar pelo mesmo final. Aliás, o trinômio de elementos que encerram estas formas, a sequência cons tituída da vogal de ligação o, do infixo modal t (na 3- p. pl. te) e das desinências específicas é o mesmo em QUATRO das flexões optati vas ativas dos verbos em o>, a saber: - pres. - irurreú — o — t — |xí, - fut. - TTUTTeÚ — a — o — l — |XÍ, 1023
-
aor. - \(St{3 — o — t — (it, - 1? perf. - 1T€ — TTMTT€U — K — o — i — |iX; e - A reduplicação, iniciado que é o tema pela muda simples ir, não dupla, nem aspirada, nem p, nem integrante de grupo de consoantes associadas, consiste desta muda seguida da vogal ca racterística £, logo, ire; 2-
*
d .Acentuação
- Flexão de modo finito, é recessivo o acento em todas as formas deste 19 perf. at. Opt. de iriorcuo) - c r e r -, a distanciar-se da última tanto quanto o permitem as normas prosódicas; - É longo o final em três das formas (2- e 3- p. s. e 3 - p. d.), pelo que lhes cai o acento na penúltima; breve nas cinco restantes (1- p. s., 2- p. d. e as três do plural), por isso acentuadas na antepe núltima;
- É, pois, agudo o acento destas inflexões todas, posto no di tongo eu final do tema, exceto na 3- p. d., em que se desloca até o ditongo oi da penúltima, por ser longa a última; - São paroxftonas a 2- e 3 - p. s. e a 3- p. d., proparoxítonas as demais (1 - p. s., 2- p. d., todas as formas do plural); e - De notar-se é que o ditongo final oi, não seguido de con soante na mesma sílaba, conserva seu valor de longo, característica das flexões do Opt. e dos advérbios assim terminados, ao contrário do que se registra fora destes casos, em que é ele sempre havido por breve para fins de acentuação; e.
Relação - Da matriz, 1? perf. at. In d „ tem esta flexão do 19 perf. at. Opt., que lha deriva, a tríade de elementos iniciais das formas, isto é, a reduplicação (ire), a raiz (irurreu) e o infixo tem poral (reduzido à gutural k ), exatamente os mesmos do 19 perf. at. Subj.; e do pres. at. Opt., a tríade de elementos finais: a vogal de ligação o, o infixo modal í/fe e as desinências secundárias ativas específicas;
- Destarte, pode-se tomar esta flexão como híbrida, a derivar* 1024
o primeiro trinômio de elementos da matriz, 19 perf. at. Ind., e o segundo do pres. at. Opt.; - Logo, partindo-se das formas do 19 perf. at. Ind., obter-seão estas com substituir-se-lhes o ã/e do infixo temporal k&/k€ e as desinências primárias ativas peias inflexões do pres. at. Opt., supressa a raiz ou tema, inalterada, em posição e natureza, a acentua ção; - Por outro lado, partindo-se da flexão do pres. at Opt., para obterem-se as inflexões deste 19 perf. at. Opt. suficiente será subs tituir-se a raiz pelo trinômio de elementos iniciais típicos do 19 perf. (reduplicação, raiz e infixo temporal k, supressa a vogal a), confor me se exibe na quarta das partes principais do verbo; f.
Sentido e tradução - Perfeito, é tempo de Aktionsart punct/lio-linear, a expressar não propriamente o fato em si (fut. e aor.) ou o processo de eventuação (pres. e impf.), mas os efeitos continuativos, os resultados
subsequentes, as defluentes consequências do fato, o que se dá, de igual modo, no mqpf. e fut. pf.; - Voz ativa, o sujeito pratica a ação, a ênfase a incidir no fato como tal, não propriamente no sujeito e sua especial envolvência na eventuação (voz média), nem na expressão resultual que assuma o evento em sua forma acabada ou condição final (voz passiva); - Optativo, modo a que não somente falece explícita noção de QUANDO o evento se processa, subsistente apenas o COMO se dá ele, a Aktionsart, mas ainda é de todo vago, subalterno, dependen te, relativo, não expressam estas inflexões do 19 perf. at Opt. ação explicitamente pretérita, podendo ser presentativa ou futuritiva, conforme o evidencie o direto contexto. Ademais, não a represen tam em teor categórico (Ind.), nem mesmo potencial (Subj.), ou injuntivo (Imper.), ou substantivo (Inf.), ou adjetivo (Ptc.), mas em moldes condicionais, hipotéticos, possibilitários, visualizados os efeitos ou resultados continuativos, extensivos, prolongativos do fato, relação ou estado; 1025
- Dada a natureza subordinatfcia e aleatória deste modo, tal qual o Subj., não têm estas inflexões do 1? perf. at. Opt. tradução precisa, explícita, própria, assumindo, por isso, o teor ditado pela modalidade de cláusula em que apareça a form a, logo, susceptível de múltiplas e variadas traduções, subentendida, em todo caso, a punctílio-linearidade específica desta flexão, bem como a atuação do sujeito e a ênfase ao fato; - Isto posto, dir-se-á que é este 1 - perf. at. Opt.: - tem po de A ktionsart punctílio-linear (perf.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - ênfase posta no fato como ta l (voz ativa), - enfocado não o evento em si, mas os resultados ou efeitos continuativos (perf.), - expressa em teor condicional ou hipotético (Opt.), - sem explícita noção de quando se dá (Opt.), - presentativa, pretérita ou futura (contexto), - sem tradução estereotipada ou específica (Opt.), - passível de múltiplas traduções (tipo de cláusula); - De notar-se é que não ocorrem inflexões deste 19 perf. at. O p t através do Novo Testamento;
g. Aplicação paradigmática - Conjuga-se o 19 perf. at. Opt. dos demais verbos em que ê esta a modalidade de perfeito empregada, tomando-se estas fo r mas de mcrreúcú - crer - e substituindo-se-lhes a raiz reduplicada Trem orev pelo binômio correspondente do verbo a flexionar-se, conform e se estampa na quarta das partes principais; - Os demais elementos: infixo temporal reduzido (k ), vogal de ligação (o), infixo modal (t/ie), desinências (secundárias ativas), al terações (|xi na 19 p. s. em vez de v e queda do t na 3- p. s.) e acentuação (recessiva), não sofrem variação, permanecem cons tantes, os mesmos em todos. 1026
7 .4 - 1ÇPerfeito Ativo do im perativo a. Estrutura - Do 13 *9 perf. at. Imper., tempo cujas inflexões não ocorrem através do Novo Testamento e mesmo no clássico eram de raro uso, consta a sequência de elementos estruturantes de: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO 4 DESINÊNCIAS b. Formação (1) Reduplicação - É a reduplicação neste 19 perf. a t Imper., como nas de mais flexões deste sistema, a da matriz, 19 perf. at. Ind., de que a derivam estas formas, patenteada, juntamente com a raiz, na quarta das partes principais; (2) Raiz - Porção que na 2- p. s., form a base deste 19 perf. a t Jmper., se insere entre a reduplicação e o final atual k € , é nesta flexão a raiz, como a reduplicação, a mesma da matriz, 19 perf. a t Ind., de que a derivam este e os demais tempos do sistema; - Esta raiz, a espelhar-se na quarta das partes principais do verbo, é na maioria dos casos a mesma do presente; - Permanece invariável, a mesma, esta raiz em todas as in flexões; (3) Infixo Temporal - É também o infixo tem poral nesta flexão, como nas pa ralelas do Subj. e O p t, o mesmo da matriz, 19 perf. a t Ind., de que o derivam todos, excindida a vogal integrante, logo, a gutural k em lugar da sílaba k & (na 3- p. s. k c ); - Têm, pois, as inflexões deste 19 perf. a t Imper. da matriz, 19 perf. a t Ind., o trio de elementos iniciais do radical: reduplicação, raiz e infixo tem poral k ; 1027
(A) Vogal de ligação - É a vogal de ligação, elemento integrante das formas do pres. at. e mp., do 2- aor. at. e méd. e do perf. at. neste modo, a mesma das flexões do Ind. e do Inf., onde requerida, extensiva, ademais, às flexões que a têm do Ptc.; - É, pois, neste 19 perf. at. Imper.: *- e ante as desinências iniciadas por t , ' ,
- o ante a desinência vtcúv da 3 - p. pl., iniciada pela líquida v;
(5) Desinências - Nos outros modos finitos (Ind., Subj. e O p t) empregamse as chamadas desinências prim árias (pres., fut., perf. e fu t. pf. Ind. e os três tempos do Subj.: pres., aor. e perf.) ou secundárias (impf., aor. e mqpf. Ind. e todas as flexões do Opt.: pres., fut., aor., perf. e fut. pf.); - O Imper., porém, tem desinências próprias, específicas, embora em duas das inflexões (2- p. d. e 2- p. pl.) coincidam em forma com as equivalentes ou paralelas, primárias ou secundárias; - São, pois, as IMPERATIVAS ATIVAS as desinências neste 19 perf. at. Imper., aplicadas nos exatos termos verificados em rela ção ao presè e 29 aor. ats. Imper., isto é, - na 2- p. s. cai a desinência (0t) e - na 3- p. pl. ocorre form a alternativa, em que a desinência é TCtxrav, inflexão que no helenístico suplantou a clássica ou regu lar, desinenciada com a terminação vrcov; - Como nos demais casos, podem-se conceber estas desi nências como formas evoluídas, reduzidas ou adaptadas dos pro nomes pessoais correspondentes; c. Flexão (1) Formas - De moreix«) - c re r-, cuja raiz reduplicada é em todas as 1028
flexões deste sistema ire irio re u , as formas deste 19 perf. at. Imper. são: Red. Raiz 2-
p. s. -ire
3- p. s. ITC
IT moreu K moreu K «
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2-
p. d. ire 3- p. d. ire
irioreú K e TOV / moreu K e TCOV
p. pl. ire 3- p. pl. ire
- crede vós moreu K e T€ / moreu K 0 VTCDV - creiam eles, elas ou moreu K e Toxrav
2-
ire
- crede vós (dois, duas) - creiam eles (dois), elas (duas)
(2) Observações m orfológicas - Dos Cinco elementos estrutürantes desta flexão, os pri meiros três: reduplicação (ire), raiz (m oreu ) e infixo temporal (k ) não sofrem variação, permanecem constantes, os mesmos em to das as inflexões; os dois finais: vogal de ligação e desinências va riam conforme a inflexão, bem que aquela apenas em uma forma, a 3- p. pl. clássica, deixe de ser e; - A 2- p. s., em sua form a regular, deveria ser ire — m o re u — k — e — 8u Todavia, como se observou na flexão do pres. e 29 aor. ats. Imper., não subsiste na forma atual esta desinência, que, também, não se mantém na 2- p. s. do 19 aor. at. Imper., inflexão alterada no final. Destarte, esta 2- p. s. do 19 perf. at. Imper. é exa tamente igual em forma à 3- p. s. do I 9 perf. at. Ind „ observandose apenas que, ao contrário desta, não receberá nü móvel, privativo que é das formas verbais da 3- p. s. finalizadas em e e dos vocábu los terminados pela sílaba ox; - No dual, observação extensiva a todas as flexões do lm per., bem como do Opt. e tempos secundários do Ind. (im pf., aor. e mqpf.), diferem as desinências no tocante à quantidade da vogal 1029
desinencial, breve (o) na 2- p. d.f longa (o>) na 3 - p. d., donde dife rirem quanto à posição do acento, paroxítona esta, proparoxítona aquela; - Em duas das inflexões, a 2- p. d. (ire — m o re v — k — e — tov ) e a 2- p. pl. (ire — iru rre v — k — e — T e ), é a desinência a mesma, nessas pessoas, em todas as flexões ativas, mais o aor. pass., nos modos finitos, sejam tempos primários, spjam secundá rios; - A 2- p. p l„ ire — m o re v — k — e — Te, difere da forma paralela do 1s perf. at. Ind., ire — iru rre v — KÒt — T e , apenas no tocante à vogal da penúltima, e no Imper., & no Ind.; - Da sequência estruturante, os prim eiros três componen tes (reduplicação: ire; raiz: m o re v ; infixo temporal: k ) são os mes mos da matriz, 19 perf. at. Ind.; os últimos dois (vogal de ligação e/o e desinências: imperativas ativas) são os mesmos do pres. e 2- aor. ats. Imper.; - O quadro desinencial é o mesmo aplicado já ao pres. e 2aor. ats. Imper., a diferir da seriação empregada no 19 aor. at. Im per. apenas em relação à 2- p. s., que exibe nesta flexão o final di vergente oov; - A reduplicação, tema iniciado pela muda labial branda ir, não dupla, nem aspirada, não p, nem parte de grupo consonantal, consiste desta consoante seguida de vogal característica f , portan to, ire; d. Acentuação - Flexão de modo finito, é este 19 perf. a t Imper. acentuado recessivamente, donde a tônica distanciar-se-lhe o mais possível da última; - Estará, pois, na penúltima nas três formas em que é longa a desinência (39 p. s., 3- p. d. e 3 - p. pl. clássica), na antepenúltima nas quatro inflexões em que é breve o final (2- p. s., 2- p. d., 2- p. pl. e 3? p. pl. coiné); - Agudo em todas as formas, está o acento: 1030
- sobre a penúltima da raiz, no t do tema, em UM A inflexão (2- p. s „ ire — iru rre u — k — e, uma vez que a desinência apocopada 0í não influi na prosódia), proparoxítona; - sobre a última da raiz, posto no ditongo eu do tema m crreu, em DUAS inflexões (2- p. d.: ire — m oTeú — k — e — tov e 2- p. pl,: ire — irio r e u — k — e — tc), proparoxítonas; e - sobre a Vogal de ligação e nas demais QUATRO inflexões (3p. s,; ire — irioT eu — k — e — tcd; 3- p. d.: ire — m orreu — k — e — t(ov; 3- p, pl.: ire — irw rreu — k — o — vrcov e ire — irw rre u — k “ e — roxrôtv, paroxítonas aquelas, proparoxítona esta); - Nos verbos em que é monossilábica a raiz, cairá o acento sobre a reduplicaçâo nas formas em que o final é breve, se iniciada por letra consoante a raiz, sobre o próprio tema, se iniciado por v o gal ou ditongo, caso em que será circunflexo nas inflexões de final breve, pois que a tônica será penúltima longa; e. Relação - Da matriz, 19 perf. at. Ind., derivam estas formas a tríade de componentes iniciais da estrutura, isto é, a reduplicaçâo ire, o tema iricrreu e o infixo temporal reduzido k, enquanto em comum com as formas do pres. at. Imper. têm o binômio final constituído da vogal de ligação e/o e das desinências imperativas ativas; - Pode-se, pois, conceber esta flexão como híbrida, a resultar da junção dessas partes integrantes destes dois tempos básicos; - Daí, partindo-se das formas da matriz, I 9 perf. at. Ind., ob ter-se-ão as inflexões deste 1? perf. a t Imper. com simplesmente substituir-se-lhes a vogal do infixo e as desinências primárias ativas pela form a paralela do pres. a t Imper., excluída a raiz; - Por outro lado, partindo-se da flexão do pres. at. Imper., obter-se-ão as formas deste 19 perf. a t Imper. com simplesmente substituir-se-lhes a raiz pelo trinôm io inicial do 19 perf. at. Ind., es tampado na quarta das partes principais, supressa a vogal a/e do infixo temporal e a desinência subsequente; - Das flexões consideradas do sistema, comum lhes é a três, 1031
isto é, ao 19 perf. at. Subj., Opt. e Imper., o trinôm io inicial consti tuído da reduplicação, do tema e do infixo tem poral reduzido k, se gundo se encontram na quarta das partes principais. Daí, conhecida esta seaüência de elementos, obter-se-ão as inflexões do 19 perf. a t Opt. com aduzir-se-lhe a seriação formada pela vogai de ligação o, o infixo modal i (na 35 p. pl. ie) e as desinências secundárias ati vas (na 1§ p. s. (xt em vez de v ), as inflexões'do 19,perf. a t Subj. e Imper. com acrescentar-se-lhe a vogal de ligação (ti/ ú) no Subj., e/o no Imper.) e as desinências respectivas (primárias ativas no Subj., imperativas ativas no Imper.), feitos os ajustes de regra; f. Sentido e tradução - Perfeito, tal quais o mqpf. e f u t pf., é tem po de Aktionsart punctílio-linear, a expressar não o fato em s i (fut. e aor.), nem o pro cesso extensivo da eventuação (pres. e impf.), mas seus resultados continuativos, os efeitos subseqiientes, as extensionais consequên cias da ação; - V oz ativa, o sujeito pratica a ação, incidindo a ênfase no fato como tal, não no sujeito e seu particular envolvimento na ação (voz média), nem na expressão resultacional do evento, sua form a aca bada ou condição final (voz passiva); - Imperativo, m odo a que é de todo alheia a noção de tem po, isto é, QUANDO o fato se dá, aspecto em que se conforma ao Subj., ao O p t e ao Inf., subsistindo-lhe nas flexões apenas a Ak tionsart, COMO se realiza o evento, não expressam estas inflexões do 1? perf. a t Imper. ação necessariamente pretérita. Aliás, de na tureza é estranha ao Imper. esta perspectiva passadista. Logo, a ação pode-se referir à atualidade ou ao porvir. E só do contexto se determina a projeção temporal destas formas; - Ademais, consoante a própria natureza específica deste m o do, revestem-se estas form as de 19 perf. at. Imper. de teor expres samente injuntivo, sentencioso, preceptual, jussivo, a assumir a fe i ção de ordem, preceito, mandado, determinação, acentuados os efeitos continuativos, os resultados e consequências prolongativos 1032
antes que a ação mesma; - Como se observou em relação às formas irhporativas do pres. méd., do 19 aor. at. e méd. e do 2- aor. at. e méd., não há no português form a específica mercê da qual traduzirem-se-lhe as in flexões, o que vale, de igual modo, para este 19 perf. at. Imper. As sim, tem -se-lhes de atribuir a tradução dada ao pres. at. Imper., subentendidas as especificidades dos tempos e vozes assim repre sentados; - Desta sorte, uma e a mesma tradução se confere a CINCO flexões imperativas de moTeúo) já estudadas, todas traduzidas co mo crê na form a base (2- p. s.), a saber: - m oT ev — € (pres. a t Imper.), - m o re ú — ou (pres. méd. Imper.), - m crreu — oov ( I 9 aor. at. Imper.), - m trre u — o m (19 aor. méd. Imper.), e - ire — 'irío re v — kc (19 perf. at. Imper.); - Paralelo é, ademais, o 2- aor. at. e méd. Imper., cuja tradu ção é a mesma do pres. at. Imper., donde poder-se dizer que, res peitada a diferença de sentido, também neste sistema prevalece es sa identidade traducional. É o que se vè em Xafxpótvo) - receber - , por isso que nos termos de Xá|x(5ave - recebe - , 2- p. s. do pres. at. Imper., se traduzem: - \a |3 — e (2- aor. at. Imper.) e - Xàp — ou (29 aor. méd. Imper.); - A luz do exposto, resumir-se-á a matéria do sentido e tradu ção do 19 perf. a t Imper. com dizer-se que é ele: o fato -
tem po de Aktionsart punctílio-linear (perf.), ação praticada pelo sujeito (voz ativa), expressa em form a injuncional (Imper.), ênfase posta no feto como tal (voz ativa), enfocados os resultados ou efeitos continuativos antes que próprio (perf.), sem explícita conotação de quando se dá (Imper.), não necessariamente pretérita, antes em projeção presenta1033
tiva ou futuritiva (contexto), - sem tradução específica, daí, representada em term os do pres. at. Imper., subentendida a punctílio-linearidade da Aktionsart; g. Aplicação paradigmática - Nos term os deste paradigma de m trre vto - crer - conjugase o 19 perf. at. Imper. de outros verbos em qúe é e§ta a modalida de de perfeito empregada, fazendo-se de mister apenas substituirse a raiz reduplicada 'Tremorev pelo binôm io equivalente do verbo a flexionar-se, conforme se apresenta na quarta das partes princi pais; - Quanto aos restantes elementos da sequência estrutural: in fixo temporal k , vogal de ligação e/o e desinências, imperativas ati vas, bem como a acentuação e a alteração da 2- p. s., são sempre os mesmos em todos os verbos que têm 1- perfeito. 7 .5 - 1° Perfeito A tivo do Infinitivo a. Estrutura - Do 19 perf. at. Inf. a sequência de elementos estruturantes é a seguinte: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + DESI NÊNCIA b. Formação
(1) Reduplicação - Como nas demais flexões deste sistema, é a reduplicação neste l 5 perf. at. Inf. a mesma da matriz, 19 perf. at. Ind., a patentear-se, como a raiz, na quarta das partes principais;
(2) Raiz - Parte que se pospõe à reduplicação e se antepõe ao final Kevai desta form a, é também a raiz neste 12 perf. at. Inf. a mesma
1034
da matriz, 19 perf. at. Ind., de que a derivam todas as demais fle xões deste sistema; - É, na maioria dos verbos, a mesma do pres. a t Ind., di ferente, porém, em não poucos, inteiramente outra em alguns, configurada sempre na quarta das partes principais; (3) Infixa Temporal - O infixo temporal é também o mesmo de todas as flexões deste sistema, isto é, a gutural k , vocalizada com e, logo, a sílaba k c , a diferir da form a do infixo da matriz, 19 perf. at. Ind., quanto à natureza da vogal (e em vez de &), e da form a do infixo como se mostra no Subj., no Opt. e no Imper., quanto à adição da vogal, inda que o Imper. a tenha, havida, porém, como ligacional, não in fi xai; (4) Desinência - Das formas até aqui estudadas, ocorreu a desinência ativa infinitiva ev, a contrair-se com a vogal de ligação €, donde resultar o final €iv, em três, a saber: - pres. at. Inf. (m o re ú — eiv), - fut. at. Inf. (morreu — a — eiv), e - 2- aor. at. Inf. (XafJ — eiv); - No 19 aor. at. Inf. o final assumiu form a alterada, diver gente, em que não mais se mostra a desinência em sua expressão regular, substituída que é pela terminação o m ; - Neste 19 perf. at. Inf. a desinência é a alternativa vou, ex tensiva ao aor. pass. Inf., bem como ao pres. e 2- aor. ats. Infs. dos verbos em ju ; c. Forma - De 'irtoreuG) - crer - , cuja raiz reduplicada é 'irem ore v, a form a do 19 perf. at. Inf. é:* Red. ire
Raiz m o re v
IT K€
Desinência vou
- crer, haver crido 1035
d. Observações m orfológicas - Do 1s perf. at. Ind., matriz do sistema, exibe esta form a do 19 perf. at. inf. os prim eiros três elementos da sequência estrutural: reduplicação (ire), raiz (m o re v) e infixo temporal ( k c , vocalizado com e em vez de cl); - A desinência não é a comum ev, aplicada às formas in fin iti vas ativas do pres., füt. e 2- aor., nem a terminal típica do 19 aor. at. Inf. a m , mas a alternativa voa, característica desta form a e das correspondentes do pres, e 29 aor. ats. Infs. dos verbos em |xt, as sim como do aor. pass. Inf. de todos; e - A reduplicação, uma vez que não se inicia o tema por vogal ou ditongo, ou por dupla, aspirada ou p, nem por grupo conso nantal, consiste da consoante inicial seguida da vogal típica e, logo, ttc;
e. Acentuação - Ao lado das formas infinitivas do 19 aor. at., do aor. pass. e do perf. mp., a que se podem aduzir ainda as inflexões do 29 aor. at. e méd., é este 19 perf. at. Inf. um dos quatro, ou com o 29 aor. in cluído, dos seis infinitivos cuja acentuação é posicionai, o acento posto sempre, menos no 29 aor. at. Inf., perispômeno, na penúltima; - E, pois, paroxítona esta form a de 1? perf. at. Inf., uma vez que está o acento na penúltima, e esta breve, portanto, necessaria mente agudo; f. Relação - Como os demais integrantes do sistema, relaciona-se este 19 perf. at. Inf. com a matriz, I 9 perf. at. Ind., em que lhe deriva a tría de inicial de elementos da sequência estruturai, isto é, a reduplica ção (ire), a raiz (irto re v ) e o infixo temporal k c (na matriz k c t); - Logo, partindo-se das inflexões da matriz, cuja form a base dá-a sempre a quarta das partes principais do verbo, para obter-se este 19 perf. a t Inf. bastará substituir-se a vogal a do infixo e a de sinência pelo final e va i. No caso da 3- p. s., em que o infixo é k c 1036
e já não subsiste desinência, apenas aduzir-se a terminação v a i. Ajustar-se-á a acentuação, uma vez que é sempre paroxítona esta form a infinitiva; g. Sentido e tradução - Perfeito, à maneira do m q p f. e do fut. pf., é tem po de Aktionsart punctflio-lineàr, a expressar não propriamente o fato em si (fut. e aor.), ou seu aspecto processual, a eventuação linearmente concebi da (pres. e impf.), mas os efeitos continuativos, os resultados se quentes, as extensivas consequências da ação, estado ou relação; - Voz ativa, o sujeito pratica a ação, incidindo a ênfase no evento como tal, não propriamente no sujeito e seu envolvimento (voz média) ou na expressão final, resultacional, consumativa (voz passiva);
-
Infinitivo, modo em que, à semelhança do Subj., do O p t e do Imper., não é explícita a noção tem poral, a expressar, pois, não QUANDO, mas apenas COMO a ação se dá, não se reveste esta form a de teor definidamente preteritivo. Pode-se ela referir, de igual modo, ao presente e ao futuro quanto ao passado. Na reali dade, o fato é pressuposto como prévio, os efeitos enfocados se admitem como a estender-se até a atualidade da perspectiva interlocutória. Daí, poder-se-lhe atribuir tradução tanto de cunho presentâneo, quanto de preteritivo. Todavia, essa projeção provém do contexto, não da form a infinitiva em si; - Modo complementar, de cunho substantivo, não expressa este infinitivo a ação ou estado em teor incisivo ou categórico (Ind.), ou em moldes potenciais ou probabilistas (Subj.), ou em termos condicionais ou hipotéticos (Opt.), ou em form a injuntiva ou preceptual (imper.), ou mesmo em função qualificante ou atributiva (Ptc.), mas em sentido estático, vago, nominal; - Carece o português de form a específica, explícita, por que traduzir-se este 19 perf. at. Inf. Representa-se, por isso, pela acep ção atribuída ao pres. at. Inf., subentendida a punctflio-linearidade específica desta form a de perfeito; 1037
- Esta limitação não se restringe a esta form a infinitiva de 1perf. at., ao contrário, como se viu em flexões prévias, estende-se a todos os infinitivos ativos e médios estudados e alcança, de igual form a, o perf. méd. Inf., a estudar-se ainda; - Destarte, nada menos de DEZ formas infinitivas terão a mesma tradução geral, a do pres. at. Inf., subentendidas as especifi cidades de Aktionsart, voz e ênfase: - pres. at. Inf.: iru rre v — eiv,
- pres. méd. Inf.: m orev — e — cr0ai, - fut. at. Inf.: iru rre ú — a — eiv, / - fut. méd. Inf. m o re v — a — e — a 0 a i, - 19 aor. at. inf.: m o re v — o a i, - 19 aor. méd. Inf.: m o re v — o á — o 0a t, - 29 aor. at. Inf.: X.&P — eiv, - 29 aor. méd. Inf.: — e — o 0 a i, - 1° perf. at. Inf.: ire — m o re v — Ke' — v a t, e - 19 perf. méd. Inf.: ire — m o re v — o0at; - Portanto, ire — m o re v — xé — v a i, form a do 19 perf. at. Inf., traduzir-se-á, normativamente, como CRER, tal qual o pres. a t Inf., ou, para ressaltar a preteridade do fato, subentendida a conti nuidade dos efeitos até o presente, HAVER CRIDO, TER CRIDO; - Sintetizar-se-á esta matéria, com dizer-se que é o 19 perf. at. Inf.: - tem po de Aktionsart punctílio-linear (perf.), -p ra tica d a pelo sujeito (voz ativa), - ressaltados os efeitos continuativos antes que a ação em s i (perf.), - a ênfase posta no fato como tai, não no sujeito, nem na resultualidade consumacional (voz ativa), - expressa em teor substantivo (Inf.), - sem explícita conotação temporal (lnf.), - não necessariamente pretérita (Inf.), - presente, passada ou futura (contexto), - traduzida em term os do pres. at. Inf., subentendidas a ante1038
rioridade do fato e a atualidade dos efeitos (perf. Inf.); h. Aplicação paradigmática - À base deste paradigma de 'irioreíx«) - c r e r - , obter-se-á o 19 perf. at. Inf. dos demais verbos em que é esta a modalidade de perfeito empregada, com simplesmente substituir-se o binôm io Trem oreu pela ‘raiz rpduplicada do verbo em consideração, con form e se apresenta ela na quarta das partes principais; - Infixo temporal kc, desinência v a i e acentuação (posicionai, paroxítona a forma) na penúltima sempre, serão em todos os mesmos. 7.6 - 19 Perfeito Ativo do Particfpio a. Estrutura - Consta a estruturação geral deste ptc. da seguinte sucessão de elementos formacionais: REDUPLÍCAÇÃO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS b. Formação
(1) Reduplicação - Como nos demais integrantes do sistema, é a reduplica ção neste 19 perf. at. Ptc. a mesma da matriz, 19 perf. at. Ind., de que a derivam todos; (2) Raiz
-
Porção intercalada entre a reduplicação e o final kcÓç, k v íá , kóç da form a base, nom. sing., é a raiz neste 19 perf. at. Ptc., como a reduplicação, a mesma da matriz, 19 perf. at. Ind., de onde a derivam esta e as demais flexões do sistema, estampada na quarta das partes principais do verbo; - Na maioria dos verbos é esta a mesma raiz encontrada no 1039
sistema do presente e até nos outros todos, em alguns alterada de modo ora mais, ora menos pronunciado, em uns poucos inteira mente outra; - Esta raiz não sofre variações, constante, a mesma em to da a flexão, nos três gêneros, nas inflexões todas, sem exceção;
•(3) Infixo Temporal - O infixo tem poral, como a reduplicação e a raiz, também derivado do 19 perf. at, Ind,, matriz de todo o sistema, é, neste ptc., o mesmo em form a aplicado às flexões paralelas do Subj., do Opt. e do Imper., isto é, a gutural k , desacompanhada de vogal inte grante; - Tem, pois, este 19 perf. at. Ptc. da matriz a tríade inicial da sequência de elementos formacionais, isto é, a reduplicação (ire), a raiz (m oreu ) e o infixo temporal k (sem a vogal integrante á/e do 19 perf. at. Ind,);
(4)
Vogal de ligação - Real ou virtualmente a preceder à líquida-nasal v, inicial do infixo modal vt , é a vogal de ligação neste como nos demais ptcs. ats. em que ocorre (pres.: m o re ú — <*> — v, m o re i) — cru — — oot, m o re i) — cr — o — v e 29 aor. at.: Â.&P —
- 2- aor. méd. Ptc.: \ a 0 - ó - |xev - os, ti, ov, - fut. pass. Ptc.: Tricrrev — 0ry — cr — o — |xev — oç, ti, ov e -
fut. pf. mp. PtC.: TT€ —
T T W T T 61Í
—
~
Ó
—
|X € V
—
OÇ, Ti, ov; (5) Infixo Modal - É o infixo modal neste, como em todos os demais ptcs. ativos, mais o ptc. aor. pass., o distintivo grupo consonantal vt , em nenhuma form a a preservar a líquida inicial e em muitos a sofrer total queda, desaparecendo de todo; - Registra-se a completa excisão deste infixo modal nas formas em que antecede à sibilante (nom. e voc. sing. e dat. pl. masc. e neutro, mais o acus. sing. neutro, e em todas as formas fe mininas, logo, em VINTE E DUAS das quarenta e cinco inflexões; (6) Desinências (a) Unhas de flexão - Tem este, como todos os ptcs. ativos ou médios e pas sivos, três linhas específicas de flexão, uma para cada gênero; - Como os demais ptcs. ats. (pres., fut., 1? e 2? aors.), mais o ptc. aor. pass., segue este 19 perf. at. Ptc. a flexão dos adjeti vos consonantais triform es, desinenciados o masculino e o neutro conforme os substantivos de raiz terminada em lingual (t , 8, 0) des ses gêneros da 3- declinação, o fem inino segundo os nomes fem i ninos da 39 classe da 1- declinação, de tema finalizado em i, vogal auxiliar inserida entre a lingual t do infixo e a desinência regular; - São, pois, as desinências e terminações neste 19 perf. at. Ptc. as mesmas, em paralelo, dos demais ptcs. ats. já flexionados (pres., fut., 19 e 29 aors.), com as seguintes exceções: - Nom. e voc. sing. masc. (neste, como no 19 aor., a rece ber a desinência ç; no pres., fut. e 29 aor. não desinenciados); - Nom., acus. e voc. sing. neutro (neste, providos de desi1041
nência, ç; nos demais, não desinenciados); e - Todo o feminino (a vogal auxiliar t permanece inalterada neste ptc., transforma-se em ç nos demais; também o final do gen. e dat. sing. é neste, respectivamente, ã s e a , nos demais -qç e Tj); (b) Observações: 1. Quanto ao MASCULINO: - Como nos substantivos masculinos ou fem ininos da 3- declinação, CINCO dos casos merecem consideração direta, por quanto se prestam a confusões ou ensejam alterações, a saber: - Nom. sing.: recebe a desinência ç, pelo que a lingual t do infixo modal cai, juntamente com a líquida v que a precede, alongando-se, por isso, a vogal de ligação o, que se torna w; - Graficamente: o + vt + + ?; - Acus. sing.: tem como desinência á (em vez de v); - Voc. sing.: como em todos os ptcs. ativos, e o aor. pass. também, é igual em forma ao nom. sing.; - Dat. pl.: o grupo vt cai ante a sibilante desinencial, mas, ao contrário do nom. sing., não se alonga a vogal de ligação; - Graficamente: kovtcti —*■ kóvctÍ —► kòox; -A cu s. p i: a desinência é õtç (em vez de vç); - Em três dos casos, pois (nom. e voc. sing. e dat. pl.), de todo se excinde o infixo modal vt e nos demais se reduz à lin gual t, elidida a líquida v, que, destarte, em nenhuma flexão apare ce; 2. Quanto ao FEMININO: - Um e o mesmo radical se mostra na flexão toda, uniforme, constante, resultado, porém, de alteração que afeta a v o gal de ligação e o infixo modal, aquela alongada em ou, que se re duz à vogal fechada, este de todo a om itir-se ante o í auxiliar que se antepõe à desinência. Esta vogal, ao contrário do que se verifica 1042
nos outros ptcs. ativos, e no aor. pass. também, não se converte em s, contraindo-se, porém, com a vogal v que a antecede, produzin do-se o ditongo vt; - Graficamente: o + vt + tá —► o + t + í ã —► o ta —♦ ou + ta —► v + ta; - Como se ponderou em relação aos demais ptcs. ats. já estudados (pres., fqt., 19 e 2- aors.), não subsiste nestas formas femininas o característico infixo modal vt , sinal mais assinalado dos ptcs. desta voz, mais o aor. pass. Ptc.; 3. Quanto ao NEUTRO : - Flexão desinenciada em termos dos nomes de tema finalizado em lingual, neutros, da 3- declinação, coincidem-lhe em form a com os casos paralelos do masculino NOVE das inflexões (gen. e dat. sing., o dual todo, mais o gen. e o dat. pl.); - Diante disso, vale dizer que apenas em seis casos diferem as flexões do neutro e do masculino (nom., acus. e voc. sing. e pl.); - Oferecem alterações apenas os seguintes casos: - Nom sing. (e, consequentemente, acus. e voc. sing): ao contrário do que se verifica nos demais ptcs. ativos já estudados: - pres.: m crrev — o — v, - fu t.: m orreu — o- — o — v , - 19 aor.: m o -re ô — cr& — v , e - 29 aor.: \&|J — t> — v , recebe a mesma desinência do masculino, isto é, a sibilante, pelo que se excindem, a seguir, a lingual t e a líquida-nasal v do infixo modal, mas a vogal de liga ção, diferentemente do que se passa no masculino, permanece imutada, conserva-se breve; e - D a t p l.: sofre a mesma alteração registrada no caso paralelo do masculino, isto é, a simples queda do grupo infixai v t , inafetada a vogal de ligação que o precede; - Como nas flexões do masculino, em que de todo se om ite em três dos casos (nom. e voc. sing. e dat. pl.), e do fem inino, 1043
em que se suprime em todas as formas, no neutro se excinde to talmente o grupo infixai v t em QUATRO formas (nom., acus. e voc. sing. e dat. pl.) e se reduz apenas à lingual t , como no masculino, nos demais casos; c. Flexão (1) Formas - De morevco - c re r-, cuja raiz reduplicada é ire m o re v , as inflexões deste 19 perf. at. Ptc., que na form a base, nom. sing., eram originalmente: ire — m o re i) — k — ó — vt — ç, ire — m o — Teu — k — b — vt — ta , r e — m o re i) — k — b — vt — ç, evoluí das, respectivamente, para ire — m o re v — k — co — ç, ire — m o re i) — k — v — ia , ire — 'm o re v — k . — ó — s, são as seguin tes: MASCULINO IM IT VL Red. Raiz Des. — <0 NS. -ire m o re v K ç S [ire m o re v K 0 VT s] GS. ire m o re v K 0 T oç / 0 T 1 DS. ire m o re v K T a AS. 0 ire iru rre v K — CO vs. ire m o T e v K s / VT [ire m o re v K 0 S]
NAV/D. ire GD/D. ire
m o re v K
NP. GP. DP. AP. VP.
1044
ire ire ire [ire ire ire
m o re v K
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m o re v m o re v m o re v m oTev m oTev m o re v
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(2) Observações m orfológicas - Dos seis elementos estruturantes, os primeiros três, reduplicação (ire), raiz (m o re v) e infixo temporal (k ), permanecem constantes, inalterados, imutados, através da flexão toda sempre os mesmos. Os três finais, vogal de ligação ( o ) , infixo modal (v t ) e de sinências (consonantais triform es) experimentam assinaladas varia ções; - A vogal de ligação, que só no neutro se conserva inafetada, alonga-se, passando a ser to, em DUAS das inflexões do mas culino (nom. e voc. sing.) e evolui para v nas QUINZE formas fe m i ninas; - O infixo modal v t em nenhuma inflexão se conserva imutado, caindo todo em VINTE E DUAS das formas (nom. e voc. 1046
sing. e dat. pl. masc., o fem inino inteiro, mais nom., acus. e voc. sing. e dat. pl. neutros) e reduzindo-se à lingual t , mercê da queda da líquida-nasal v, nos restantes VINTE E TRÊS casos (gen. e dat. sing., o dual todo, mais nom., gen., acus. e voc. pl. masc. e neutro, além do acus. sing. masc.); - As desinências variarão, necessariamente, segundo o exi gem os diversos casos e conforme os padrões flexionais; - As formas femininas diferem assinaladamente das mas culinas e neutras paralelas, não somente em que não exibem explí cito o infixo modal vt, distintivo por excelência dos ptcs. ativos (e do aor. pass. também), mas ainda em que a vogal de ligação lhes assume forma inteiramente diversa (v em vez de o) e se flexionam em termos de padrão declinatório diferente; - Por outro lado, as inflexões masculinas e neutras, por quanto seguem o mesmo padrão flexionai, coincidem em form a em NOVE dos casos (gen. e dat. sing., o dual todo e gen. e dat. pl.). Di ferem, pois, apenas em SEIS formas (nom., acus e voc. sing. e pl.) e dessas, em duas (nom. e voc. sing.) a diferença se resume na quan tidade da vogal de ligação: co no masc. e o no neutro; - 0 neutro, diferentemente do que se registra nos demais ptcs. ativos (e do aor. pass., ademais), tem nos casos nom., acus. e voc. sing. desinência explícita, a sibilante, e o fem inino, por sua vez, diverge dos demais ptcs. acima referidos em que o gen. e o dat. sing. têm a vogal a, não irç, já que é i a letra a preceder a essas desi nências; - Do 19 perf. at. Ind., matriz de que o derivam, têm estas formas o trinôm io inicial da seqüência estruturante: a reduplicação ire, a raiz TrwjTev e o infixo temporal k (excluída a vogal a/e da matriz), elementos, aliás, presentes, e na mesma ordem, em todas as flexões do sistema, enquanto dos demais ptcs. ats. têm o infixo modal característico v r, inda que sujeito a redução e queda em tantas das formas, e dos adjetivos consonantais triform es a desinenciação geral, com leves diferenças e alterações; - A reduplicação, tema que se não inicia nem por dupla, 1047
nem por aspirada, ou p, ou vogal, nem por grupo consonantal, con siste da consoante simples inicial ir, seguida de e, logo, "ire; d. Acentuação - Não necessariamente recessiva a acentuação dos ptcs. ati vos, neste 1 - perf. at. Ptc. é-o inteiramente posicionai; - 'Enquanto dos ptcs. ativos TRÊS, o pres. (moTeu — w — v , TTiOTeú — ou — cra, m o re u — o — v), o fut. ('irurrev — a —
bora longa, precede a última também longa; - É circunflexo o acento em SEIS das inflexões, todas fem ini nas, em CINCO (n om „ acus. e voc. sing.; nom. e voc. pl.), por achar-se em penúltima longa, a anteceder a última breve, em UMA (gen. pl.) porque está em última longa, contrata; - São, portanto, em suma: - oxltonas: 5 inflexões, a saber: MASCULINAS: 2 (nom. e voc. sing.), NEUTRAS: 3 (nom., acus. e voc. sing.); - paroxltonas: 34 inflexões, isto é: MASCULINAS: 13 (gen., dat. e acus. sing., todas as do dual e do plural), FEMININAS: 9 (gen. e dat. sing., o dual todo, mais dat. e acus. P
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NEUTRAS: 12 (gen. e dat. sing., dual e plural inteiros); - perispômena: 1 (gen. pl. fem.); e - properispômenas: 5 (nom., acus. e voc. sing. e nom. e voc. pl., femininas todas); e. Relação - Com a matriz, 19 perf. at. Ind., de que os deriva, e com as demais flexões deste sistema, relaciona-se este 19 perf. at. Ptc. em que lhes tem em comum a tríade inicial de elementos formativos, isto é, a reduplicação (tt€), a raiz (m oreu ) e o infixo temporal redu zido k ; elementos estes que permanecem imutados em toda a fle xão deste ptc.; - Logo, partindo-se da matriz, expressa na quarta das partes principais do verbo, obter-se-ão as formas nominativas deste ptc. com simplesmente acrescentar-se-lhe a este trinôm io o final ü>ç,vLà, óç; - Com os demais ptcs. ativos, mais o aor. pass. Ptc., relacionase este 19 perf. at. Ptc. em que lhes tem em comum o binôm io final das formas, isto é, o infixo modal v r, nesta flexão em nenhuma forma conservado integralmente, porquanto ou sofre perda da lí 1049
quida-nasal ou de todo se suprime, e as desinências, as típicas dos adjetivos consonantais triform es, com variações específicas deste ptc. Com os ptcs. ats. pres., fut. e 2- aor. tem este l 9 perf. at. Ptc. um elemento a mais em comum: a vogal de ligação o, neste alon gada em to em dois casos (nom. e voc. sing. masc.) e alterada em moldes a transmutar-se em v em todo o feminino; f. Sentido e tradução - Perfeito, é, juntamente com o mqpf. e o fut. pf., tempo de Aktionsart punctflio-linear, a expressar não propriamente o fato em s i (fut. e aor.) ou seu processo de eventuação (pres. e impf.), mas os efeitos, resultados ou conseqüências continuativos da ação, estado ou relação; - Voz ativa, o sujeito pratica a ação, a ênfase incidindo sobre o fato em sua distintividade, específico, em diferenciação de outros, não sobre o sujeito e seu envolvimento (voz média), nem sobre a form a final do evento, sua expressão resultante, seu aspecto consumacional (voz passiva); - Particípio, modo em que, ao lado da Aktionsart, como no Ind., subsiste a noção de tempo quando a ação se dá, embora su bordinada à projeção temporal do verbo com que se relaciona, de que é modificador ou complemento, exprimem estas formas even tuação pretérita ou anterior ao fato principal, todavia, vista em fu n ção de seus efeitos, conseqüências e resultados extensivos ou con tinuativos, a estenderem-se até a atualidade, logo, não necessaria mente passada, podendo assumir te o r presentativo ou mesmo futuritivo, conforme a perspectiva do verbo regente; - Ademais, consoante com a natureza específica dos ptcs., não expressam estas formas o evento em moldes incisivos, ou tersos, ou categóricos (Ind.), nem mesmo probabilitários ou potenciais (Subj.), ou possibilitários, hipotéticos ou condicionais (Opt.), ou injuctivos ou preceptuais (Imper.), ou estáticos, nominais (Inf.), mas adjuntivos, atributivos, circunstanciais, gerundiais, em função do substantivo ou equivalente, de que são qualificativo, modificador 1050
ou substituto; - Falta ao português form a explícita, direta, sintética em te r mos de que traduzir-se este 19 perf. at. Ptc. Recorre-se, pois, a lo cução perifrástica, especial, constituída do gerúndio tendo ou ha vendo, complementado pelo ptc. passado do verbo principal, quan do funciona como adjunto gerundial, invariável quanto a gênero, número, caso ê pessoa, ou a cláusula circunstancial apropriada, quando o exige o imediato contexto. Se a função é a de adjunto adnominal, atributivo direto, correspondendo a um adjetivo, representa-o, fraseologicamente, cláusula relativa apropriada, que serve também ao uso substantivo, na falta de forma nominal convenien te; - A tradução destas formas do particípio perfeito ativo é a mesma atribuída às inflexões paralelas do 1? e 29 aors. ats. ptcs., subentendida sempre a especificidade de sentido implícita na re presentação similar destes ptcs., punctiliar o ao r„ punctilio-linear o perf.; - Destarte, Tie — m crrev — k — <ó — ç, ire — Trurrev — tc — u — ía , i r e — T T u r r e u — k — d — ç, pressupostas a noção de punctílio-linearidade e a perspectiva de anterioridade específicas deste ptc., traduzir-se-á: - em função propriamente verbal, corresponedndo a locução gerundial ou a cláusula circunstancial de tempo, causa, modo, ou que tal, segundo o dite o direto contexto, como: - tendo crido, havendo crido (invariáveis gênero, número, caso e pessoa), ou, -porque creu (causal), - depois de ter crido (temporal), - visto que creu (conclusiva), e assim por diante; - em função tipicamente adjetiva, a qualificar a substantivo claro ou implícito, ou seu equivalente, variável quanto a gênero, número, caso e mesmo pessoa, em explícita forma de cláusula re lativa, como: - (o, a) que creu; (os, as) que creram; 1051
- em função reconhecidamente substantiva, circunstância em que deveria assumir a feição de um nome ou equivalente, já que ao português falece form a específica, dar-se-lhe-á a mesma tradução emprestada ao uso adjetivo, isto é, representar-se-á nos moldes de cláusula relativa, ou, então, usar-se-á o term o crente, implícitas as distintividades desta modalidade participial; - fo r ta n to , em síntese, dir-se-á que é o 19 perf. at. Ptc.: - tem po de Aktionsart punctíJio-linear (perf.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - ressaltados os efeitos continuativos antes que o evento pro priamente (perf.), - a ênfase posta no fato em distinção do sujeito e seu envolvi mento ou da expressão consumacional (voz ativa), - pretérita ou anterior em relação ao verbo principal (ptc. perf.), - presente, passada ou futura, em termos absolutos (ptc.), - em teor adjetivo (ptc.), - a assumir função gerundial, adjetiva ou nominal, - de traduzir-se como locução participial, cláusula circunstan cial ou relativa, ou substantivo ou equivalente, - subentendidas a noção de punctflio-tinearidade e a projeção de anterioridade implícitas nas formas; g. Aplicação paradigmática - Nos moldes deste particípio paradigmático de morevot) de clina-se o 19 perf. at. Ptc. dos demais verbos em que é esta a m o dalidade de perfeito empregada, requerendo-se apenas a substitui ção do binôm io irem oTeu pela raiz reduplicada do verbo a flexio nar-se, conform e consta ela da quarta das partes principais; - Os demais componentes: infixo temporal reduzido k , vogal de ligação o, infixo modal v r, desinências consonantais triform es, alterações ou variações estruturais e acentuação (posicionai, posto na últim a na forma base do masc. e do neutro, na penúltima do fem.) permanecem constantes, em todos os mesmos deste para digma. 1052
7.7 - 1ç Mais-Que-Perfeito Ativo do Indicativo a. Estrutura - A estrutura geral do 12 mqpf. at. Ind. consiste da seguinte seqüência de elementos: AUMENTO + REDUPLICAÇÃO + RAIZ + INFIXO TEMPO RAL + DESINÊNCIAS. b. Formação
(1) Aumento - Extensificação peculiar ao Indicativo, sinal de preteridade, logo, marca de tempos secundários deste modo, isto é, do impf., dos aors. e do mqpf., é o aumento nesta flexão o mesmo assinalado já em relação aos tempos estudados que o requerem (impf. at. e mp.; 19 aor. at. e méd. e 2- aor. at. e méd. Ind.); - É, pois, silábico, isto é, e anteposto à reduplicação, nos verbos em què é consoante a letra inicial; vocálico ou temporal, alongamento regular da vogal inicial do tema, quando começa ele por vogal breve ou ditongo; - Neste segundo caso, uma vez que é a reduplicação fo r mada em moldes similares, seria o aumento ulterior alongamento da vogal já extensificada, o que é infactível. Logo, dir-se-á que au mento e reduplicação coalescem, ou se toma o aumento como im plícito ou virtual; - De igual modo, será implícito ou virtual o aumento nos verbos em que a reduplicação assume a forma do aumento silábico, isto é, consiste de e, logo, nos verbos em que é o tema iniciado por duas ou mais letras consoantes (exceto se forem muda seguida de líquida), ou por dupla (£, £ ij/), ou pela semiconsoante p; - Entretanto, através do Novo Testamento, mesmo em verbos em que ocorreria o aumento regular é-lhe freqüente a omissão;
1053
(2) Reduplicação - A reduplicação, já que é o mqpf. at. Ind. integrante deste sistema verbal, é a mesma da matriz, 19 perf. at. Ind., de que a deri vam este mqpf. e as demais flexões conexas; (3) Raiz - Porção que, na form a base, 1- p. s., neste*mqpf. at. Ind., se pospõe ao aumento e reduplicação e precede ao final Keiv ou kt |, é a raiz também a mesma da matriz, 19 perf. at. Ind., comum, como a reduplicação, a todos os integrantes deste sistema verbal, elementos estes expressos na quarta das partes principais dos ver bos em que é esta a modalidade de perfeito; - Como a reduplicação, mantém-se esta raiz invariável, constante, a mesma em todas as inflexões, na maioria dos verbos a mesma do presente e demais sistemas, em certo número a diferir em moldes ora mais, ora menos acentuados, em alguns inteira mente outra em form a e origem; «
(4) Infixo Temporal - O infixo temporal característico deste mqpf. at. Ind. é a gutural k vocalizada originalmente com €, isto é, a sílaba kc, a mesma do 19 perf. at. Imper. (menos a 39 p. pl. clássica, em que é o) e do 19 perf. at. Inf.; - No clássico alongava-se esta vogal integrante nas formas do singular, fazendo-se T| na 1 - e 2- p., e i na 3-. Logo, seria este in fixo nessas inflexões, respectivamente, icq e k c i ; - No coiné esse alongamento é uniform e, nas três pessoas a assumir a form a ei, que, aliás, não se restringe ao singular, mas se estende às demais inflexões, no dual e no plural. Logo, pode-se dizer que no coiné este infixo é, generalizadamente, k c i ; (5) Desinências - Tempo secundário do Ind., à semelhança do im pf. e dos aors., 19 e 29, tem este m qpf. as desinências próprias dos tempos 1054
pretéritos deste modo, formas reduzidas ou evolufdas dos prono mes pessoais correspondentes. Ativo que é, as desinências lhe se rão as típicas desta voz. Logo, DESINÊNCIAS SECUNDÁRIAS ATIVAS, a ensejarem as seguintes observações: (a) Na 1- p. s. a forma clássica sofria a omissão da desinên cia v, que, porém, se conserva no coiné; (b) Na 3ã p. s., como se dá nas flexões em que seria t a letra final da form a, uma vez que não, pode vocábulo regular term inar por letra consoante outra que v, p, s, £ e v|>, cai essa lingual; (c) Na 3- p. pl., ao contrário do que se observou no im pf. e 1- e 2- aors. ats. Ind., a desinência é a alternativa crãv, em vez da simples v; c. Flexão
(1) Formas - De m oreúo) - crer - , cuja raiz reduplicada é em todo este sistema do perfeito -irem orei), as formas do 19 m qpf. at. Ind. são: Ç-Q1NÉ Aum. Red. Raiz IT Des. 15 p. S. € Tre irio r e v K € l v -e u crera, tinha crido 2a - p. s. 1 ire m o re u K € l ç - tu creras, tinhas crido 39 p. s. è ore m o re u K € l (t ) - ele/ela crera, tinha crido 2a - p. d. €
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CLÁSSICO Aum. Red. Raiz IT Des. - eu crera, tinha crido 1T€ 1- p. s. 1 i r u r r e v K l] - tu creras, tinhas crido 2a - p. S . € 1T€ ITLCTTeiJ K l] ç - ele/ela crera, tinha crido ir e 3- p. s. è i r w T T e v K€l ( t ) •
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d. Observações m orfológicas - Da seqüência estrutural, permanecem constantes, invariá veis, inalterados em forma nas inflexões coinés todas quatro dos elementos formativos: aumento (e), reduplicação (ire), raiz (m oreu) e infixo temporal (alongado, Kei). Nas formas clássicas não sofrem alteração os primeiros três, aumento, reduplicação a raiz, mas o in fixo temporal (breve, Ke) exibe variações nas três pessoas do sin gular. As desinências, como é natural, variam de inflexão a inflexão; - E, pois, K € t o infixo temporal na flexão coiné inteira, forma que na conjugação clássica apenas em uma inflexão aparece, a 3- p. s., enquanto nas outras duas do singular é k t j e no dual e no plural kc;
- No singular, a 1 ? p. tem na flexão coiné desinência explícita, a líquida v, não a tem, contudo, na forma clássica, destarte finaliza da pelo infixo tem poral, enquanto, em ambas as flexões, se supri me a desinência t na 3- p.; - No dual, como se dá em todos os tempos em que são se cundárias as desinências (impf., 19 e 29 aors., m qpf. Ind. e as fle xões todas do Opt.), fato sim ilar ao que, de igual modo, se processa 1056
nas inflexões do Imper., diferem quanto à vogal desinencial as fo r mas da 2- e 3? p., breve, o, naquela, longa, -q, nesta. Assim, também diverge em posicionamento a acentuação destas inflexões, propa roxítona a 2- p. d., paroxítona a 3Ê p. d.; - Três das desinências, tov (2- p. d.), |xev (1- p. pl.) e T€ (2- p. pl.), são as mesmas das formas paralelas em todos os tempos ati vos, quer primários, quer secundários, além do aor. pass., nos qua tro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), com a ressalva única de que falece ao Imper. a 1- p. pl.; - A 3- p. pl. é é — -rre — m o re u — K€{i) — crav, não e — ire — m o re u — Ke(i) — v, usada a desinência crav em vez de v, pelo que, ao contrário do que se verificou no im pf. e 2- aor. ats. Ind., não são homógrafas a 15 p. s. e a 3- p. pl.; - Verbo em que o tema se inicia por letra consoante simples, não dupla, nem aspirada, nem a semiconsoante p, nem parte de grupo consonantal, a reduplicação consiste desta consoante segui da da vogal integrante e, logo, 'ire; - O aumento, verbo não iniciado por vogal ou ditongo, é o si lábico I , que, entretanto, comumente se om ite nas formas do mqpf. através do Novo Testamento; - O final da 1 - p. s. coiné, eiv, é análogo ao das formas in fin i tivas ativas do pres., fut. e 2- aor., de que importa distinguir-se cui dadosamente; e. Acentuação - Tempo de modo finito , é este 19 mqpf. at. Ind. acentuado em moldes recessivos, o acento a afastar-se da última tanto quanto o permitem as leis da prosódia; - Final longo, estará o acento na penúltima nas três formas do singular, mais a 3- p. d „ enquanto na 2- p. d. e nas três do plural, porquanto são breves as desinências dessas inflexões, recederá até a antepenúltima; - É, pois, agudo em todas as formas, paroxftonas quatro das inflexões (1 -, 2- e 3- p. s. e 3- p. d.),proparoxítonas as outras quatro 1057
(2- p. d., 1-, 2- e 3- p. pl.), a cair sobre o u do ditongo final da raiz em todas, menos na 3- p. d., em que estará sobre a vogal ou diton
go do infixo temporal (kc
ou k c i );
f. Relação - Do 19 perf. at. Ind. têm estas formas de 19 mqpf. at. Ind., de que os derivam, três dos componentes da seqüênciçi estrutural: reduplicação (ire), raiz (iru rT e u ) e infixo temporal (diferente a vocali zação, a no perf., exceto na 3- p. s., em que é e, no mqpf. e i ou rj/e); - Portanto, à base da matriz, form am -se as inflexões deste 19 mqpf. at. Ind. com apenas antepor-se-lhe à form a da 1? p. s „ se gundo se mostra na quarta das partes principais, o aumento (silábi co ou tem poral, conform e a inicial do tema) e substituir-se-lhe a vogal oc do infixo tem poral pela vogal ou ditongo próprio desta fle xão, mais as desinências secundárias ativas nos moldes apropria dos; - Diferem, pois, as formas paralelas do 19 perf. at. Ind. e do 19 m qpf. apenas em matéria de aumento (ausente àquelas) e quanto à vogal infixai e desinências, em geral. Quando se om ite o aumento, a diferença se restringe apenas ao final, desinência e/ou vogal in fi xai; - Com os demais tempos secundários ativos, mais o aor. pass., do Ind., têm estas form as do 19 m qpf. at. Ind. em comum os dois elementos extremos da seqüência formacional: aumento e de sinências, se bem que estas sujeitas a leve variação, em que na 1 - p. s . o 1 9 aor. já não tem desinência e na 3- p. pl. o im pf. e o 19 e 29 aors. têm a desinência v, o mqpf. e o aor. pass. crctv);
g. Sentido e tradução - M ais-que-perfeito, como o perf. e o fut. pf., é tem po de Aktionsart punctllio-linear, ação vista não em termos do evento em si (fut. e 19 e 29 aors.), nem de seu processo de eventuação (pres. e impf.), mas dos efeitos, resultados ou conseqüências do fato, a es 1058
tenderem-se até determinado ponto no passado. Nisto difere do perf., em que os efeitos deste se prolongam até a atualidade con textuai; - Voz ativa, o sujeito pratica a ação, a ênfase posta no evento como tal, em distinção de outros, não sobre o sujeito e seu envolvi mento na ação (voz média), nem sobre o fato em sua expressão consumacional/resultativa, final (voz passiva); - Indicativo, modo em que subsiste, ao lado da Aktionsart (COMO o evento se realiza), a noção de tempo real (QUANDO o fato ocorre), retrata este 19 mqpf. at. Ind. a ação, estado ou relação como pretérita, passada, aspecto explicitamente assinalado, como no im pf. e 19 e 2- aors., pelo aumento, marca específica de preteridade, todavia, enfocados os resultados continuativos da ação, não o fato propriamente, em perspectiva pretérita. Logo, ambos, o fato e os efeitos, se localizam no passado; - E o Ind. modo de expressão tersa, incisiva, categórica, logo, revestem-se as inflexões deste 19 mqpf. at. Ind. de tom vívido, te r minante, decisivo, não meramente probabilitário ou potencial (Subj.), nem condicional ou hipotético (Opt.), ou injuncional ou jussivo (Imper), ou substantivo ou estático (Inf.), ou adjetivo ou quali fica nte (Ptc.); - Traduzem-se-lhe, regularmente, as formas pelo nosso pre térito mais-que-perfeito, observando-se que a referência é aos re sultados continuativos da ação antes que ao fato mesmo; - Logo, e'7rem oreÚKeiv, coiné, ou eTremoreuicq, clássico, se traduzirá como: eu crera, ou havia crido, ou tinha crido; - Em síntese, dir-se-á que é o 19 mqpf. at. Ind.: - tem po de Aktionsart punctílio-linear (mqpf.), - ação praticada pelo sujeito (voz ativa), - ressaltados os efeitos continuativos da ação, antes que o fato mesmo (mqpf.), - a ênfase posta no fato como ta l antes que no sujeito e seu en volvim ento ou na expressão consumativa do processo (voz ativa), -p re té rita ou passada de perspectiva (mqpf.). 1059
- categórica em teor (Ind.)f - a traduzir-se pelo nosso pretérito mais-que-perfeito; h. Aplicação paradigmática - Em termos deste paradigma de mo-Teixo - c re r- flexiona-se o 15 m qpf. at. Ind. de outros verbos em que é esta a modalidade de perfeito empregada, bastando apenas substituir-se o binômio reduplicação-raiz pela raiz reduplicada do verbo a conjugar-se, con form e aparece na quarta das partes principais; - Em se tratando de verbos em que o tema se inicia por vogal ou ditongo, caso em que a reduplicação corresponde a mero alon gamento da vogal inicial, ou por dupla, ou por muda aspirada, ou pela semiconsoante p, ou por grupo consonantal, quando a redupli cação coincide em forma com o aumento silábico, e, o aumento coalesce com a reduplicação, a vogal valendo para ambos, o au mento e a reduplicação; - Os demais elementos: infixo temporal (kc i ou k ^ / kc ) e desi nências (secundárias ativas), alterações finais e acentuação (recessi va) são em todos os mesmos; i. Uso - Como o impf., é o mqpf. tem po privativo do Ind., não apare cendo, portanto, nos demais modos. No período do coiné estava já a sofrer franco declínio. Através do Novo Testamento, ocorrem -lhe as formas 94 vezes, 81 simples ou sintéticas, 13 perifrásticas ou analíticas.
8. SISTEMA DO SEGUNDO PERFEITO 8.1 - Natureza - É o sistema do 2- Perfeito, paralelo ao do 1 - Perfeito, o todo constituído pelo 2- perf. at. Ind., matriz, e seus SEIS derivados, que lhe têm o binômio reduplicação e raiz específica, num total de SE TE flexões; 1060
8.2 - Enumeração - Consta este sistema das flexões do 29 perf. nos seis modos, mais a do 29 mqpf., limitada esta ao Ind., restritas à voz ativa, já que as formas da voz média e passiva se enquadram em sistema dis tinto, calcado, por vezes, em tema diferente, de qualquer maneira com estruturação algo diversa; - Formam*, pois,, o sistema do 2- perfeito as seguintes SETE flexões: 1 .29 Perf. At. Ind. 5 .29 Perf. At. Inf. 6. 29 Perf. At. Ptc. 2 .29 Perf. At. Subj. 7 .29 Mqpf. At. Ind, 3 .29 Perf. At. Opt. 4 . 2- Perf. At. Imper. 8.3 - Relação com o 19perfeito - Como se observou quanto à relação entre 19 e 2- aors. e se observará acerca dos aors. passivos 19 e 2s, em nada diverge o 2Perf. do 19 Perf. quanto à Aktionsart, ao sentido, à expressão, por isso que é mera formação alternativa, pura variante morfológica, simples tipo diferente de estruturação. É, assim, apenas questão de forma, de modo algum matéria de teor ou conteúdo; - A diferernça básica entre as formas de 19 e 2- perf. está em que nestas não subsiste a gutural k característica do infixo temporal do 19 perf. Logo, enquanto do 19 perf. é distintiva a gutural k , com plementada ou não de vogal integrante, do 29 perf. é-lhe, exata mente, a ausência, bem que lhe persista a vogal sequente nas fo r mas em que ocorre no 19 perf.; - Daí, nas inflexões em que há vogal integrante no 19 perf. (perf. e mqpf. at. Ind. e perf. at. Inf.) permanece esta vogal nas fo r mas do 29 perf., correspondendo, destarte, ao infixo temporal; nas inflexões em que a gutural k ocorre desacompanhada dessa vogal (perf. at. Subj., Opt., Imper. e Ptc.), supressa a gutural, não têm as formas do 29 perf. infixo temporal explícito, tendo, pois, um ele mento a menos na estruturação; - Não há predeterminar-se, em termos absolutos, qual a m o1061
dalidade de perfeito que ocorrerá em qualquer verbo. Tem-se, para tanto, de recorrer às partes principais, cuja quarta matriz dará a form a base, em que se patenteia o tema do perfeito, a estrutura dessa form a indicando se é 1? ou 29.
8.4 - Característicos - Quatro elementos, que ocorrem ora no todo, ora apenas em parte, conforme a flexão, distinguem particularmente o 29 perf. como sistema, a saber: a. Infixo Temporal - Caracteriza-se especialmente o 2- perf. pelo infixo temporal reduzido à vogal integrante, ou, melhor, pela ausência da gutural k , distintiva do sistema do 19 perf.; - Portanto, - no perf. at. Ind. aparecerá cr, na 3? p. s. e, em lugar de kct (3p. s. kc ); - no mqpf. at. Ind. et, -q ou e em vez de k c i , K-q, kc; - no perf. at. Inf. e em substituição a kc; - Nos demais tempos do sistema (perf. at. Subj., Opt., Imper. e Ptc.) simplesmente se suprime a gutural, subsistindo a vogal de ligação imediata; b. Vogal temática - Em não poucos verbos a vogal breve do tema sofre alonga mento ou mutação, assim que: - õt se transforma em õt ou nrç, - e evolui para o, - ‘í. (na flexão do pres. extensificado em et) se converte em oi; c. Muda temática - Nos verbos em que a raiz termina por muda labial branda (ir) ou média (0 ) ou gutural branda (k ) ou média (7 ) comumente 1062
assume esta muda a form a aspirada correspondente,
1063
(3) Ditongai - Uns poucos verbos exibem reduplicação especial, não direta projeção da raiz, prefixo constituído do ditongo et, que se antepõe às formas deste sistema; - É o que se vê no verbo \a |x 0áva> - tomar em que a form a base da matriz, 1§ p. s. do 2- perf. at. Ind., é el' — X/qcp — õt (Ap 2|28), a reduplicação especial et, prefixadé à raiz conver tida em X.x|cp, mercê do alongamento da vogal temática &, que se transmuta em 'q, e da translação da labial média (3, a assumir a form a aspirada coordenada
que nas inflexões em que não há vogal infixai, supressa como é a gutural k, não mais subsiste explícito este elemento, diferindo, pois, neste ponto a estrutura final dos dois sistemas; - Porção basilar, constante, fundamental neste sistema é o bi nômio constituído pela reduplicação et e a raiz específica Xrqç, fo r ma evoluída de \a(3, elementos estes presentes a todas as inflexões deste paradigma. c. Formas (1) 2- Perfeito Ativo do Indicativo (a) Flexão - As formas, pois, do 2- perf. at. Ind. de Xct|xpávo> - to mar - , et a reduplicação, Xqcp o tema específico do sistema, assim se estadeiam: Red. Raiz IT Des. 1- p. s. et a — - tomei 2a - p. s. et a s tomaste 3a p. s. et \r \( p e — - tomou (ele, ela) V
i/
A r i< p
«ta
-
3/
2- p. d. et 3- p. d. et 15 p. p l.e t 2 - p. pl. et 3- p. p l.e t
V
M
to v
-
to v
-
V
tomastes (vós dois, vós duas) tomaram (eles dois, elas duas)
V
\ ií< p
a [xev tomamos a Te tomastes a crt - tomaram (eles, elas) -
V
X - fjíp
\r\< p
-
V
(b) Comparação - Comparando-se esta flexão do 2- perf. at. Ind. de Xajjtfkxvo) com a inflexão paralela do 19 perf. at. Inf. de m o re ikú , verifica-se que é a mesma a estrutura geral em ambos, seqüência paralela de elementos, com uma diferença única: a omissão da gu1065
tural infixai k nas formas do 2- perf., como se vê do seguinte qua dro formacional:
IT RED. RAIZ 19 perf. -ire m o re u k
DESINÊNCIA
— —
- Paralelas lhes são, ademais, a desinenciação, as altera ções do final (mudança da vogal a para e na 3- p. s., queda da desi nência na 1 - e 3- p. s „ redução da desinência v r t da 3- p. pl., que se faz a í, e conseqüente alongamento, para á, da vogal infixai õt) e a acentuação (recessiva, proparoxítonas as formas, sem exceção); - Nem há qualquer diferença de sentido, ambas flexões de Aktionsart punctilio-linear, ressaltados os efeitos continuativos da ação até o presente da contextualidade; - Naturalmente, a form a da 3? p. s., eiX^cpe, como -rre— mcrrevKe, finalizada em e que é, receberá regularmente o nü móvel nas circunstâncias normativas (final de sentença ou quando seguida de palavra iniciada por vogal ou ditongo);
(2) 2ÇPerfeito A tivo do Subjuntivo (a) Flexão - Do 2- perf. at. Subj. de Xafx(3ctv(ú - tomar em que a reduplicação é t í e o tema Xqç, evoluído de \
ATUAL
ORIGINAL RED. RAIZ €1 Xii
1§ p. s. 2a - p. s. 3a - p. s.
RED. €1 ei 61
RAIZ IT X-rícp O) Xt|
DES. —
2a - p. d. 3a - p. d.
61 ei
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TOV TOV
€1 61
15 p. pl. 2a p. pl. 3a - p. pl.
61 61 61
Xii
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a
a
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CO
JJL.6V T6 VTl
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V
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(b) Comparação - Comparadas estas formas do 2- perf. at. Subj. de Xafxßavco com as equivalentes do 19 perf. at. Subj. de m a reíxo , observa-se que há em ambos a mesma sequência de elementos estruturantes, com uma restrição: falta às inflexões do 2- perf. a gutural infixai k do 19 perf., e, como no Subj., não é esta consoante conjugada a vogal integrante, terá a estrutura do 2- perf. este ele mento a menos. É o que evidencia a seguinte tabela comparativa:
19 perf. 2- perf.
FORMA ATUAL RED. RAIZ IT -ire m crrev K — et Xr|cp
FORMA ORIGINAL VL DES. RED. RAIZ IT VL — m o re i) K CO CO TT6 9 — — CO XT|
- Paralelas lhes são, como se viu no Ind., a desinenciação, as alterações do final, a acentuação (recessiva, posto o acento na penúltima, porquanto é longa a última, nas formas atuais do singular, na antepenúltima nas restantes, atuais ou originais, uma vez que lhes são breves as desinências, agudo sempre); - Nenhuma diferença há quanto à Aktionsart, ambos os perfeitos tempos de ação punctilio-linear, visualizado não o fato 1067
como tal mas seus efeitos continuativos, a estenderem-se até o presente contextuai, sem perspectiva temporal precisa, nem tradu ção estereotipada, já que é o Subj. modo subalterno ou dependen te, destituído de perspectiva cronológica explícita; (3) 2ÇPerfeito Ativo do Optativo (a) Flexão - As inflexões do 2- perf. at. Opt. de Xap,(üáv(D - tomar - , e i a reduplicação, Á/qcp a forma atual da raiz, evoluída de X&3, são:
1? p. s. 2 - p. s. 32 p. s.
RED. RAIZ €1 ^
p. d. Za - p. d.
61
Xifcp
61
Xki9
19 p. pl. 2 a- p. pl. 3- p. pl.
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V
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(b) Comparação - Como se observou em relação ao Ind. e ao Subj., observar-se-á que também no Opt. deste 2° perf. é a estrutura geral constituída da mesma seqüência de elementos encontrados no 19 perf., com uma ressalva: carecem as formas do 29 perf. da gutural k do infixo temporal distintivo do 19 perf.; - Uma vez que, no Opt., como no Subj., não é jungida a essa gutural vogal integrante, supressa que lhe é a gutural, tem este 29 perf. at. Opt. esse elemento a menos na estruturação geral, como o patenteia o seguinte quadro comparativo:
1068
19 perf. 2o- perf.
RED. ne eí
RAIZ
IT
THCTTeÚ K \T|
—
VL 0 0
IM i i
DESINÊNCIA (JLC
U
|Xl
- Paralelos são nestas duas modalidades de perfeito os demais elementos estruturantes: vogal de ligação o, infixo modal i (na 3- p. pl. extensificado, te), as desinências (secundárias ativas, na 1- p. s. a prim itiva |xt, na 3§ p. s. t , que se apocopa, na 3- p. pl. v, em vez de orotv), bem como a acentuação (recessiva, na 2- e 3- p. s., e 3- p. d., posto na penúltima o acento, por ser longa a última, nas demais na antepenúltima, porquanto em todas essas é a última breve, sempre agudo); - Como se frisou em relação às flexões deste 2- perf. no Ind. e no Subj., nenhuma diferença há para com as formas do 19 perf. em acepção ou sentido, ambos estes perfeitos expressando ação punctilio-linear, enfocada em termos de seus efeitos continuativos, a estenderem-se até a atualidade contextuai, sem pers pectiva temporal absoluta, nem tradução estereotipada, porquanto, como o Subj., é o Opt. modo de cunho subalterno ou dependente, extreme de projeção temporal definida ou explícita;
(4) 2r Perfeito Ativo do Imperativo (a) Flexão - Do 2- perf. at. Imper. de X.appáv(o - to m a r-, em que a reduplicação é e íe a raiz Á/q
RED. RAIZ VL DES. 2- p. s. ei' X/q
- toma (tu) - tome (ele, ela)
2- p. d. et 3- p. d. et
XtÍ
TOV
- toma/ (vós dois, vós duas) - tomem (eles dois, elas duas)
2- p. pl. et 3- p. pl. eí
Xirí
Te
et
TCt)V
VTCOV
- tomai (vós) - tomem (eles, elas)
TOMràv
(b) Comparação - Como se salientou quanto ao Ind., ao Subj. e ao Opt., comparadas as formas do 29 perf. com as equivalentes do 19 perf. também neste modo, na voz ativa, verifica-se que a sequência de elementos estruturantes ê a mesma em ambos os tipos de perfeito, com esta restrição: falece às formas do 29 perf. a gutural infixai k , distintiva das inflexões do 19 perf.; - Visto que a vogal e/o que acompanha a gutural k não se concebe como infixai, mas, antes, como ligacional, om itida a gutural, ter-se-á de adm itir que a sequência estrutural do 29 perf. tem esse elemento a menos que a seriação do 19 perf.; - É o que demonstra este quadro comparativo da form a base, 2- p. s „ destes perfeitos, em que já não subsiste a desinência, que, por isso, não lhes influi na acentuação:
19 perf. 29 perf.
RED. RAIZ Tre TTtCTTeV et Xt|
IT K
—
VL e e
DESINÊNCIA (0t) (0t)
- Paralelos são nas duas modalidades de perfeito os demais elementos: vogal de ligação e/o, desinências (imperativas ativas), alteração (queda de desinência, 0t, na 2- p. s.) e a acentua
1070
ção (recessiva, paroxftonas três das formas: 3- p. s., 3- p. d. e 3 - p. pl. clássica, porquanto, longa a última, não pode o acento avançar até a antepenúltima, proparoxítonas as demais, 2- p. s., 2- p. à .,2 p. pl. e 3- p. pl. coiné, cujo final é breve, donde receder o acento até a antepenúltima, agudo sempre); - Como se acentuou em referência às flexões já exami nadas (Ind., Subj., Opt,.), nenhuma diferença há de sentido ou acep ção entre 19 e 2- perfeitos, tempos ambos de ação punctílio-linear, salientados os efeitos continuativos da ação, havidos como a pro longar-se até a atualidade contextuai, todavia, sem explícita proje ção temporal, uma vez que o Imper., como o Subj. e o O p t„ carece desta conotação; - A tradução é, em ambos, injuncional, jussiva, preceptual, nos moldes do nosso próprio imperativo; (5) 2ÇPerfeito Ativo do Infinitivo (a) Flexão - A forma do 2- perf. at. Inf. de Xa|x($ávG> - tom ar - em que a reduplicação é e i e a raiz X/q
RAIZ
IT DES. ✓ - tomar, haver tomado e vai
(b) Comparação - Comparando-se esta forma do 2- perf. at. Inf. de \a|xpávco com a inflexão paralela do 19 perf. at. Inf. de irurrevcú, constata-se, como se salientou já em relação aos demais perfeitos ativos estudados (Ind., Subj., Opt. e Imper.), que a seqüência es trutural é a mesma nestas duas modalidades perfectuais, com uma simples e ligeira diferença: característico das formas de 2- perf., não lhe aparece na seqüência a gutural k do infixo temporal, reduzido, assim, à expressão vocálica, e, integrante do infixo nesta form a in finitiva, como em inflexões do perf. e mqpf. at. Ind.; 1071
- É o que evidencia o quadro comparativo das duas formas, a saber: RED. 12 perf. 22 perf.
tt€
RAIZ TTUTTeV
K€
IT /
ei
\Tl
€
DESINÊNCIA vai vai
- Têm em paralelo as duas formas infinitivas a desinên cia v a i e a acentuação posicionai, sempre paroxftonas as inflexões, breve a penúltima acentuada; - Tal qual se ponderou quanto aos demais perfeitos considerados, não há diferença de sentido ou acepção entre 12 e 2perfeitos, de sorte que expressam ambos ação punctílio-linear, fo calizados os efeitos e consequências continuativas da ação, havidos como a estender-se até a atualidade contextuai, sem explícita co notação temporal, uma vez que, à semelhança do Subj., do Opt. e do Imper., carece o Inf. desta perspectiva subsistente no Ind., em modo absoluto, e no Ptc., de maneira relativa; - Inexistente no português forma explícita por que tra duzir-se esta modalidade infinitiva, pode-se ela expressar pelo pres. at. Inf., subentendida a noção básica de punctílio-linearidade não-temporalizada, - tomar - , ou pelo pretérito anterior ou com posto infinitivo, acentuado o teor de fato passado a desdobrar-se para com o presente, - haver tomado.
(6) 20 Perfeito Ativo do Particfpio (a) Flexão - A declinação geral do 26 *9 perf. at. Ptc. de Xap,pávco tom ar - , e i a reduplicação e Á/n
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(b) Comparação - Comparadas estas inflexões do 2- perf. at. Ptc. de Á.ct|x(3ávo) com as equivalentes do 19 perf. at. Ptc. de morevc«>, visí vel se faz que diferem, quanto à seqüência estrutural, apenas no to cante à ausência nas formas do 2- perf. da gutural k , distintiva do infixo tem poral do 19 perf.; - Como no Ptc., à maneira do que se observou no Subj., no Opt. e no Imper., o infixo temporal consta da mera gutural k , dissociada de vogal integrante, as inflexões do 2- perf., em que não ocorre esta consoante, na realidade têm este elemento a menos na seqüência formacional, além da total supressão do infixo modal vt nas formas femininas todas, o que se evidencia à luz deste quadro comparativo das formas bases, nom. sing,: 1075
Originais
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Red. Raiz
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- Comuns âs duas espécies ou modalidades participiais serão: a vogal de ligação (originalmente o, mudada em <ú no mas culino nos casos nom. e voc. sing. e evoluída para v em todo o fe minino), o infixo modal vt (reduzido a t ou de todo a suprimir-se), as desinências (consonantais triform es), além das variações m o r fológicas e a acentuação (posicionai, oxítonas as formas bases do masc. e neutro, properispômena a do fem.); - Paralelo é nos dois ptcs. o sentido, mesma a acepção, a denotar ação punctílio-linear, como nos demais modos todos, foca lizados os resultados ou efeitos continuativos da ação, vistos como a estender-se até a atualidade contextuai, anterior, porém, à ação do verbo a que modifica ou com que se relaciona em perspectiva. Logo, a situação cronológica da ação deste particfpio, em enfoque absoluto, não será necessariamente pretérita, podendo referir-se à atualidade e mesmo ao porvir; - Tradução paralela à do 19 perf. at. Ptc., segundo a fu n ção exercida, eíXricpwç, elXqcpvíct, elXqtpóç, se representará, 1076
- em caráter tipicamente verbal, invariável em pessoa, gênero, número e caso, por: tendo tomado, havendo recebido; - em teor caracteristicamente adjetivo, variável quanto a pessoa, gênero, número e caso, na falta de adjetivo apropriado, por equivalente cláusula relativa: (o, a) que tomou; (os, as) que tomaram; e - em cunho explicitamente substantivo, já que não há no português form a equivalente, ou se usa da locução própria para a função adjetiva ou se recorre a nomes, tais tomador, tomadora; re ceptor, receptora; ou equivalente, susceptíveis de variações de gê nero, número e caso. (7) 29 M ais-Que-Perfeito Ativo do Indicativo (a) Flexão - De \ot|jt,póívití - tom ar - , et a reduplicação, X/qcp a raiz no sistema, evoluída de Xãfâ, as inflexões do 2- mqpf. at. Ind. são: COINÉ
CLÁSSICO
Aum. . 1Trv Aum. 0 . Raiz IT Des. e Red. d 19 p. s. et et fc*w> et V » 2- p. s. et \rj
2- p. d. e l
Xií
3 - p. d. et
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19 p. p l.e t 2- p. pl. et 3- p. p l.e t
XÁ
i
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Raiz IT Des. ^n
XtÍ9 e ixev - tomáramos (nós) XtÍ9 e Te - tomáreis (vós) X'if|9 e (tÒlv - tomaram (eles, elas.
1077
(b) Comparação - Comparadas estas formas do 2- mqpf. at. Ind. de X.a|x(Sávcú com as equivalentes do 1? mqpf. at. Ind. de morevci), patenteia-se que têm a mesma sequência de elementos estruturantes, com estas diferenças: carecem as formas do 2- perf. da gu tural k distintiva do infixo temporal do 1 - perf. e, porque a reduplicação consiste de ditongo, não sendo, pois, iniôiada por letra con soante, não é explícito o aumento, a coalescer com a própria reduplicação; - Desinências (secundárias ativas), variações do final, que afetam a vogal infixai e desinências, e acentuação (recessiva, paroxítonas as formas do singular e a 3- p. d., longa a últim a, pelo que o acento tem de estar na penúltima e ser agudo; proparoxíto nas as demais, 2- p. d. e as três do plural, cuja última, por ser breve, permite réceda o acento até a antepenúltima, agudo, necessaria mente) são as mesmas, paralelamente, nas duas modalidades participiais; - Nem há qualquer diferença de sentido ou acepção, ambas essas modalidades de m qpf. a expressarem ação punctUio-linear, enfocado não o fato propriamente, mas os efeitos ou conse quências prolongativos do estado, evento ou relação, havidos como a estender-se até determinado ponto no passado; - Como o Ind., ao contrário do Subj., do Opt., do Imper. e do Inf., é modo em que a noção de tempo QUANDO o fato se dá é explícita, em perspectiva absoluta, enquanto no Ptc. o é apenas relativa, situam-se o evento e seus efeitos inteiramente no passado; - Traduzem-se, regularmente, as form as deste 2- m qpf. at. Ind. pelo nosso pretérito mais-que-perfeito, subentendida a punctílio-linearidade própria do tem po. Logo, et — X ifo — et — v ou et — X-fjíp — ti, 1 - p. s. desta flexão, se representa por: eu toma ra , form a sintética, ou: havia tomado ou tinha tomado, form a analítica ou perifrástica; - De notar-se é que, também neste 29 mqpf., a form a coiné da 1- p. s., cujo final é etv, termina em moldes análogos ao 1078
do pres., fut. e 2- aor. ats. Infs., de que se deve distinguir cuidado samente.
9. RADICAIS ALTERÁVEIS - Três espécies há de verbos em que se verificam alterações da raiz, tema ou* radical nas flexões deste sistema, em moldes que, embora não limitados ao 1? perfeito, são mais típicos desta m odali dade flexionai. São eles: a. Verbos vocálicos - Alteração já assinalada em relação aos sistemas do futuro e do 1 - aoristo, sofrem os chamados verbos vocálicos, isto é, aqueles cujo tema termina em vogal breve, ã , e ou o, na 1 - p. s. do pres. at. Ind. a exibirem a seqüência cmo, eto, ow, o alongamento dessa vogal final da raiz, alteração que se processa, aliás, em todas as flexões, menos as do pres. e do im pf. (em que, porém, experimenta contra ção); - Nestes verbos, pois, no sistema do perfeito, essa vogal do fi nal do tema assim se transmuta: - a se faz y\ (exceto se precedida de e, i, p, quando se torna, regularmente, á), - e se converte em “q, - o passa a ser ca; - Certos verbos em e
(1) oryoiTTáw - am ar - Verbo vocálico da 1- classe, isto é, verbo em que o tema se finaliza em a, a raiz no sistema do 19 perfeito, reduplicada, é Trycnrq, não r^ fa irã , alongada a vogal final, que, não precedida de e, i ou p, passou de a a q . Logo, a 1- p. s. do 15 perf. at. Ind. deste verbo é qTewrqKct (I Jo 4.10), não Tftm raKa; <
*
(2) Troiéío - fazer - Verbo vocálico da 2- classe, isto é, verbo em que o tema é finalizado por €, a raiz reduplicada é, no sistema do 1- perfeito, TTeTToiT), não tt€1toi€, alongada a vogal final e, que, destarte, assu me a form a de q . Daí, a 19 p. s. do 19 perf. at. Ind. de Troiere será TreTroíqKã (Jo 13.12), não 'ireiroteKÕi; (3) TrXqpóco - cum prir - Verbo vocálico da 3* classe, isto é, verbo em que é o a le tra final do tema, a raiz reduplicada, no sistema do 19 perfeito, é 'ireTrXqpíú, ao invés de TreTrXqpo, uma vez que se alongou a vogal term inal, passando de o a to. Portanto, a 1® p. s. do 19 perf. at. Ind., matriz do sistema, é ireTrXqptúKÒt (At 5.28), não 'Tre-rrXqpoicá; b. Verbos em muda (1) Labiais e guturais - Nos verbos em que o tema se finda em muda labial (tt, p,
asserção quanto ao teor da inscrição da cruz de Cristo, que se recu sava a alterar (Jo 19.22). A labial é já de origem aspirada. Fosse a branda i r ou a média P, tenderia a transmutar-se na form a aspirada correspondente
de sim plificar a matéria, podemos codificar a questão do tema do perfeito e suas alterações em termos dos seguintes tipos, classes ou categorias: (1) Raiz imutada - Tem o sistema do perfeito de certos verbos a raiz pura ou simples, inalterada, sem mudanças reais. Verdàde é gue poderá d i vergir do tema do presente, se este houver sofrido extensificação ou outra form a de variação; - E o que se observa no caso de a ip o - elevar - , cuja raiz pura é ap, no sistema do presente extensificada, mercê da aposição da vogal i, que alfim se antepõe à líquida, pelo que passa a ser atp; - Em todo o sistema do perfeito, reduplicada, é a raiz Tp, de sorte que a 19 p. s. do 19 perf. at. Ind. deste verbo é ripKct (Co 2.14); (2) Raiz apocopada - Os verbos em que a raiz termina pela líquida v ora retêm no sistema do perfeito esta consoante, que, todavia, assume a fo r ma de 7 -nasal ante a gutural k do infixo, ora lhe sofrem a queda; - No prim eiro caso, tem-se, na realidade, raiz imutada, a passagem do v a 7 -nasal nada mais sendo que simples ajuste o rto gráfico; no segundo, supressa a líquida final, tem-se raiz apocopa da; - Exemplo da raiz finalizada pela líquida v que se preserva nas flexões do sistema do perfeito tem o-lo no verbo (poavw - mos trar, cujo tema real é cpav, no sistema do presente extensificado, graças à inserção e transposição da vogal t em cpoav; - Tem este verbo, np clássico, ambas as formações de per feito, preservada a líquida final do tema, tanto em uma, quanto na outra; - Do 19 perfeito a forma base (19 p. s. do 19 perf. at. Ind.) é ire
que se estadeará em todas as inflexões do sistema; nesta o v se mantém inalterado, porquanto o infixo se reduz à expressão vocáli ca, eliminada a gutural. Mas, a vogai temática, cx, se alonga, con vertida em 'q, o que também aparece em todas as formas do siste ma. Estas modalidades de perfeito de (paívto não ocorrem nos es critos do Novo Testamento; - Por outro lado, no verbo Kptva>-ju lg a r-, cuja raiz é Kptv, registra-se a queda da' liquida final em todas as inflexões do per feito e, como se verá, também dos sistemas do perfeito médio e do aoristo passivo; - Daí, a 1- p. s. deste 1e perf. at. Ind. de xpívo) será kc — Kpt — Ktt (Tt 3.12), om itido o v final do tema, ao invés de kc — Kpiv — Kot, em que se conservaria, ou xe — icpi-y — k
(4) Raiz transposta - Em certos verbos, em que precede à líquida final da raiz vogal breve, tema normalmente monossilábico, processa-se metátese da vogal e da líquida, alongando-se, ademais, a vogal, altera ção que se estende a todas as formas do sistema do perfeito; - E o que se verifica no verbo Gvtjctkco- m o rre r-, cuja raiz básica ô Octv, a líquida final precedida pela vogal breve ã . No siste
1083
ma do presente é extensificada esta raiz, a assumir a form a Ovtjctk. No sistema do perfeito, porém, conserva-se a raiz básica, a vogai e a líquida trocando de posição e alongando-se, além disso, a vogal, que passa de a a “q. Logo, o tema do perfeito, não-reduplicado, é 8v q . Portanto, a 1 - p. s. da matriz, 19 perf. at. Ind., será T€ — 0vq — KÕt (I Tm 5.6), ao invés de o ser tc — 0áv — kòí.
10. FORMAÇÃO PERIFRÁSTICA 10.1 -Im portância - Acentuado é, através do Novo Testamento, tanto para o perfeito, quanto para o m ais-que-perfeito, o uso de form a com posta ou perifrástica em lugar da flexão ordinária, simples ou sinté tica; - Reveste-se esta modalidade perifrástica de formação de sentido mais enfático e incisivo que a forma comum ou regular; - Em dois terços de sua ocorrência através do Novo Testa mento assume esta expressão locucíonal cunho intensivo ou cumu lativo, no terço restante a acepção é consumativa ou term inativa ; - Naquele caso, destaca-se, em se tratando do perfeito, a atua lidade dos resultados continuativos e cumulativos da ação, em se tratando do mais-que-perfeito a extensividade ou alcance desses efeitos projetados até determinado ponto no passado; - No segundo destes sentidos, a ênfase é ao complemento da ação, à finalização ou term o do evento, implicitado nas consequên cias continuativas do fato, tempos punctílio-lineares que são o perf. e o mqpf.; 10.2 -Form ação - Expressa-se esta formação perifrástica ou locucíonal pelo binômio: ptc. perf. at. do verbo principal seguido ou precedido pela inflexão conveniente do pres. at. Ind. de eifxi, no caso do perfeito, oü da form a adequada do im pf. at. Ind. de €tp,i, em se tratando do mqpf.; 1084
- Graficamente: - perf. at. Ind. = Ptc. Perf. At. do verbo principal + Pres. At. Ind. deelp-í; - mqpf. at. Ind. = Ptc. Perf. At. do verbo principal + Impf. At. Ind. de elp-í. 10.3 - Exemplos • t
a. ot |xèv yá p x wPL<5 ópKo>|jioaíaç ewriv Cepeiç ‘■yeyovÓTeç E eles, pois, sem juram ento se hão tornado sacerdotes (Hb 1.20). - Ocorre nesta sentença o perf. at. Ind. composto ou perifrás tico de 'yívo p m - tornar-se - , constituído do nom. pl. masc. do 2perf. at. ptc. 'ye^ovoTeç, precedido da forma auxiliar da 3- p. pl. do pres. at. Ind. de eí|xí, isto é, eu rtv - são; - A form a sintética, regular, seria yeyovãox, substituída pela perifrástica ou enclítica e lo iv 7 €7ovÓTe<;, mais enfática e incisiva, a expressão não apenas que se tornaram sacerdotes (o fato pretérito) ou exerceram o múnus sacerdotal (o fato visto em seus efeitos continuativos), mas gozaram do título, destacada a atualidade dessa hon rosa condição, culminância de dignidade e expressão plena ou total dos efeitos daí procedentes; - Não abundante nos escritos néo-testamentários, ocorre, ainda, este perf. a t perifrástico em A t 5.25 (etçriv . . . eoTones, lo cução que, porém, se pode conceber como disjungida, o ptc. perf. em função adverbial, não uso perifrástico); 21.33 ( lo r t v Tre— 'iroi/qKcáç); 25.10 ( € o t
b. 'qcràv 7«p TTpoeaipaKÓTeç Tpócpi|xov tòv ’ E
- A inflexão regular, sintética ou simples, seria 'irpoewpaice— crãv, clássica, ou TrpoetopctKewjav, coiné, a dar lugar à perifrástica •qo-áv '7rpo€<úpaKÓT€ç, de cunho mais veemente ou enfático, a ex pressar não apenas o fato de haverem visto ou seus efeitos extensi vos, mas ainda a natureza consumativa, final, absoluta dessa feb ri citante visão que lhes incendiou a mente arrebatada. «
11. PECULIARIDADE - É o mqpf., como o im pf., flexão que só no Ind. ocorre, alheia, pois, aos outros modos verbais; - Destarte, não há formas nem do impf., nem do mqpf., no Subj., ou no Opt., ou no Imper., ou no Inf., ou no Ptc.; - Logo, é o Ind. o único dos seis modos em que ocorrem to das as SETE variações ou tempos verbais.
12. VOCABULÁRIO 485. onrotYyéWü), airayyeXQ ), ainyYYeiXã, â irq y y c X — Kct, áTnÍYYe\|xai, airqYYcXO-qv ou dnrqYyéX-qv. Composto da preposição cnro e do verbo ayyeXXo) - anunciar - Referir, relatar, anunciar, declarar, dar a conhecer. 486. aiTOKpXjjux, ôtiroKptix&Toç, tò - Resposta, parecer, senten ça judicial, acórdão, decisão, condenação. 487. ra X iÁ rn à , às, "q - G aliléia. 488. TaX-iÂmos, cl, ov - Galileu, natural ou habitante da Galiléia. 489. 7€w á(ú, 'YevvqCTW, e^eWqcrcí, ^e ^eW qxã , -ve^evirq— p a i, ^ e w q O -q v - Gerar, produzir, originar, dar à luz. 490. Se^iós, ã, óv - Direito, da direita, dextro. 491. ôexopai, ôé^opai, eôe&xp/qv, , SéSe^ixat, eSexO^v. Verbo depoente - Receber, acolher, aceitar, acatar, admitir, assentir. 492. ôuxcpopos, ov. No comparativo: ôtacpopcÓTepos, ã, ov Diferente, diverso, superior, excelente, magnifico. 493. eiaepxo pat, e ú re X e w o p a t, eícrqXOov, etaeXr|Xv0a, 1086
. Verbo defectivo; composto da preposição eis, diretivo-introdutiva, e do simples epxo|xai - ir, vir - Entrar, penetrar, adentrar, intro duzir-se, ir para dentro. 494. eÁ/iríÇü), eX/irurcú ou eXmo), TjX-THcrã, TÍXmKOi, TiXTrurpm, tiXttÍ ctôtiv - Esperar, aguardar, ficar na expectativa, ter esperança, confiar. t , 495. efXípvtrcMj), epcpikrqcrto, evetpwrqcjá, e(jnTecpvcrr|Ka, ep,— 'Tvecpixnrip-ai, évecp\itrin0T]v. Composto da preposição ev e do sim ples
de qualidade superior. 504. Xo^iÇopm , Xo^wyofJiai, eXo^urop/rçv, XeXáyiKa, XeXo— 7 wxpm, lX(yyío-0Tf|v - Imputar, atribuir, considerar, reputar, presumir, concluir, inferir, supor, calcular, pesar, ponderar, contar, enumerar, ar razoar, decidir, determ inar. 505. Xuxvíá, ã<;, r\ - Candelabro, lampadário, castiçal. 506. (xe^aXcoowo, ^<5, T) - Grandeza, majestade, magnificência, dignidade, esplendor. 507. ixeTavoeü), ixeTcmyqoxo, (xeTevó^crá, [xeTavevor|— kcí, fjL€Taveván|xai, (jueTevoTfi0r)v. Composto da preposição inten siva, cambiante, peTa e do simples voéco - cogitar - Arrepender-se, mudar de pensar, transform ar-se a mentalidade, ver de ângulo diferente. 508. (JLVT|fju>v€TXi), (xvriixovewcú, IjjLv^p-óvewa, p,e|xv^(xo— veuKoí, |xe|xmi|xóv6V|xai, ép/wijioveúíhiv - Lembrar-se de, recordarse, ter em mente, levar em conta, recapitular, fazer menção. 509. OT6. Advérbio de tempo ou conjunção temporal - Quando, então, naquele tempo. 510. -iraXiv. Advérbio - Outra vez, de novo, novamente, de volta, ademais, por outro lado. 511.
1088
517. cníixepov. Advérbio de tempo - H o je, a go ra , n a atualidade, presen tem en te, n e ste d ia .
518. t t ]Xik o u t o s , TTjXiKotvTTi, rqXtKOUTO. Pronom e correlativo demonstrativo indefinido, composto do quantitativo intensivo rqXtKos, Tf], ov - tão g ra n d e - e do demonstrativo próxim o oô— t o s , o u t t ], to u to - este, esta, isto - D e tal m onta, d e tal ordem , d e tal vulto, tão g ra n d e , q u ã o v y lto s o .
519. t Óttos , ou , ó - L u g a r, ponto, estágio, b a se , reca nto, p o s iç ã o . 520. t o o o u t o s , TooauTT], toctouto . Pronom e correlativo de monstrativo indefinido, composto de t o o o s , tj, ov, quantitativo in tensivo - tão g ra n d e , tanto - e do demonstrativo próxim o oú— t o s , ctÜTTf], t o u t o - esfe, e sta , isto - T ã o gra n d e , tanto, d e tal im por tância, d e tanto vu lto .
521. wJnriXóç, t], óv - A lto, e le va d o , g ra n d io so , so b e rb o , altivo, al taneiro.
522. ô í X itpttos , ou, ô - F ilip e . 523. xpovoç, ou, ó - Tem p o , d u ra çã o , p e río d o , e ra . - Distingue-se de Kaipós, ou, ô - tem po determ inado, oportuni da de, data fixada - e de cacóv, aiw vos, o - d isp e n sa ç ã o , é p o ca , etapa, Xpóvoç é o termo em acepção lata, geral, compreensiva. 524. ^ev6oTrpocpTÍTT]ç, ou, Ó - F a ls o profeta, p ro feta e n ga n a d o r, im p o sto r ou e m b u ste iro .
13. EXERCÍCIO LER, FLEXIONAR, ANALISAR, TRADUZIR: 241. êv t o Út íú è o riv -q a-Ycnrr], oux o t i Tifxeis T]'ya'irt]Kap,ev t Óv 0€Óv, d X X 'ó ri ou ros Tfyonrqo-ev rjp u a g k o I á-rrécrTeiXev t o v v iò v ccuto u tXao-pòv Trepi t ío v àpapT tw v Tqpuov (I Jo 4.10). ^ 242. Xeyei o tu rw .v a í, KÚpi€*e &) 'rreTvwrTeuKa oro oà) e i ó X p ia rb s ò uiòs t o u Geou o eis t ò v k o o jjio v Ipxojxevos (Jo
7
H.27). 243. eyiú (pa>s eis tov kÓct(xov 4Xir]Xu0à, iv a -iras o m o— tcÚcúv eis efxè ev tt] a xo T ia p/q (xetvrj (Jo 12.46). 1089
244. et Ti«; TreiroiOev eauTw X p io ro u e tv a i, touto Xo7i£e— ct0û> ira X iv ecp'eauTou, o ti Kaécos aù roç XpiCTToû, otutojç K ai tîixet«; (Il Co 10.7). 245. aXXà a ù ro i ev e a v ro iç to a i r o K p i f x a t o u 0avaTou èaxT|Kap,ev, ‘iv a |rrj TreiroiOoTes a>|xev ècp'eauroiç a X X 'lm t
7
e W e V -iroTe t c d v a 77 eXtov, u ioç |xou et où, iy îù
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T epa, K a i a u r o ç e b r a i |xoi eiç u l o v ( H b 1.5).
251. Ta príp-aTa a eyòi XeXáX^Ka upiîv irveûp-à ecm v K ai ecm v. aX X 'eicriv è£ uficov Tiveç 01 ou ttictteùoucr 1v (Jo 6.63). 252. fxvirçfxóveve ouv TTÓ0ev 'rreTTTWKaç, K a i ixeTavÓTjcrov K ai Ta TrpcoTa èp7a ttoitictov eí 8è pní, epxofxaí a o i K a i K ivrfcra tiqv Xu x v ia v CTou € k tou TOirou^auTT)«;, eáv p/r) pieTavaricrr]? (Ap 2.5). 253. UT7a7€ e is tov oikov ctou irpoç toùç ctouç, Kai aTruy— 7eiXov a û ro îç ocra b Kupioç ctoi TreironqKev K a i TjXeiqCTev ce (Mc 5.19). 254. ot€ ouv T)X0ev e iç tt]v F a X iX a ia v, eôe^avTO auTÔv 01 T a X iX a îo i, -navTa ecopaKÓTeç ocra eTrovqcrev ev ’ IepoaoXúpiois ev TT] eopTT) (Jo 4.45). 255.5A 7 a ,mr]Toi/ |x ii TravTi TrveúpiaTi mcrreueTe, aXXà ôo— Ki|xa£eT€ Tà TTveùpiaTa e t 4 k to u 6eoû ecm v, o t i ttoXXoI ijjeu— ôo-irpocpÙTai e^eXiqXúOaCTiv ei
2 5 6 .
K€KpiKotT€ |xe 'ttiott|v tw icupío) e iv a i, eícreXõovxes eis xòv oikov |xau p-évexe.Kai 'irapeßiaCTaxo x)p,âs (At 16.15).
257. X.e'yei auxw o ’I^craOs*xooovrov xpóvov p,e0'vpÂ>v eip,i Kai auK eywôKás pe, ôíXvrnre; ó ewpaKíbs ep,é eúpaKev xòv xraxepa (Jo 14.9).^ 258. eíirev ovv avroís ó ’I-qaovs xráXiv, eíp^vr] vp-ív, Ka6(i>s aTreaxaXKev p-e o TT.axrjp, K
1091
CAPÍTULO X V SISTEMA DO PERFEITO MÉDIO 1. NATUREZA <
- Consiste o chamado sistema do perfeito médio do conjunto de flexões form ado pelo perf. mp. Ind., matriz do sistema, e dos demais DEZ tempos que se lhe derivam, todos a exibirem -lhe a reduplicação e a raiz ou tema, logo, um todo de ONZE flexões dis tintas.
2. ENUMERAÇÃO - Consta este sistema das flexões médias e passivas do perf. nos seis modos, do m qpf. no Ind., modo a que se restringe, e do fut. pf., que não ocorre na voz ativa, no Ind., Opt., Inf. e Ptc., alheio ao Subj. e ao Imper.; - Do enunciado vê-se que, à maneira do que se observou quanto ao pres. e impf., ao contrário do fut. e aor., as formas passi vas nestes três tempos do sistema do perfeito são as mesmas da voz média; - Portanto, os tempos ou flexões deste sistema, distintamente enumerados, serão: (1) Perf. Mp. Ind. (7) Mqpf. Mp. Ind. (2) Perf. Mp. Subj. (8) Fut. pf. Mp. Ind. (3) Perf. Mp. Opt. (9) Fut. pf. Mp. Opt. (4) Perf. Mp. Imper. (10) Fut. pf. Mp. Inf. (5) Perf. Mp. Inf. (11) Fut. pf. Mp. Ptc. (6) Perf. Mp. Ptc.
3. ESTRUTURAÇÃO - Quanto à estruturação das flexões deste sistema há a obser1093
var-se: a. Homografia - Nos sistemas do futuro e do aoristo, 19 ou 2 -, a form a passiva é diferente, distinta da média. Nos demais sistemas uma e a mesma forma serve a ambas as vozes. Quer isto dizer que em se tratando do pres., do im pf., do perf., do mqpf.' e do fut. pf. a forma passiva coincide com a média em estrutura e formação, ou, melhor, é uma só inflexão que, ao mesmo tempo, pode ser média ou passi va, conforme a fraseologia ou o sentido; b. Heterogenia - Em se tratando do pres., do im pf., do fut. e do aor. (1 - e 2 -), a form a da voz média difere da paralela ativa apenas no tocante à desinência, menos no ptc., em que também o infixo modal é dife rente ( v t no ptc. at., p,ev no ptc. médio). Daí, conhecida a form a ati va, obter-se-á a média correspondente com apenas substituir-se a desinência (no ptc. também o infixo modal) ativa pela média para lela; - Este princípio não se aplica em relação ao perf., ao m qpf. e ao fut. pf., uma vez que nestes três tempos não é a form a da voz média paralela à ativa, nem dela necessariamente se origina. Aliás, a raiz do perf. médio é específica, diferente da correspondente do perf. at. em não reduzida cifra de verbos. Além disso, não têm as flexões do sistema do perf. méd. o infixo tem poral k , distintivo das formas ativas, inda que ausente às inflexões do 29 perf. at. De no tar-se, ademais, é que ao fut. pf. falecem as formas ativas.
4. EXPRESSÃO - Quanto à Aktionsart, não diferem perf. e mqpf. mp. dos correspondentes ativos, por isso que são tem pos de ação puncti lio-linear, isto é, que expressam não propriamente o evento em si, mas seus efeitos continuativos; 1094
- Diferem estas flexões ou tempos quanto à expressão da voz, uma vez que a ativa acentua o fato como tal, a média o sujeito e seu envolvimento na ação, a passiva a eventuação em sua resultatividade ou aspecto consumacional; - No que tange à projeção tem poral, expressa o perf. eventua ção pretérita cujos efeitos se estendem até a atualidade contextuai, enquanto o m qpf. implica em fato passado cujos resultados continuativos se prolongam até determinado ponto pretérito e o fut. pf. se refere a evento visto em termos de suas consequências, pervindouras, posteriores ao presente, ainda por acontecer; - Em conclusão, se o m qpf. se pode conceber como o perf. projetado ao passado, dir-se-á que o fut. pf. é-o na perspectiva do porvir.
5. CARACTERÍSTICOS - Caracterizam ao sistema do perfeito médio: a. Raiz específica - Porção que, na matriz, perf. mp. Ind., vem entre a reduplicação e a desinência, é a raiz no sistema do perf. médio, na maioria dos verbos, a mesma do pres., em outros, porém, alterada ou até diferente ou diversa, expressa na quinta das partes principais, con form e se registram no glossário; b. Reduplicação - Marca ou sinal mais distintivo das flexões do sistema do perfeito é a reduplicação, extensão da raiz que se lhe prefixa ou alongamento vocálico no caso dos temas iniciados por vogal ou ditongo; - A reduplicação no sistema do perfeito médio obedece às mesmas normas e processos assinalados em relação às flexões ati vas; 1095
c. Ligação - Pres., impf., fut. e 2- aor. exibem vogal de ligação inserida entre o radical e as desinências; 19 aor. e 19 perf. at. têm infixo tem poral; o 29 perf. at. e o perf. e mqpf. mp. não apresentam nem vo gal de ligação, nem infixo temporal; - Diferem, característica mente, os sistemas do perf. at. e do perf. mp. neste ponto: carece este do infixo temporal distintivo da quele; - O fut. pf., híbrido que o é, tem vogai de ligação própria do futuro; - Por outro lado, Subj., Opt. e Ptc., que em todos os outros sistemas requerem infixo ou vogal, carecem inteiramente destes elementos neste, com exclusão do fut. pf.
6. PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO INDICATIVO a. Estrutura - Das inflexões deste perf. mp. Ind. a sequência de elementos estruturantes, diferente da paralela do perf. at. Ind., consiste da tríade seguinte: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + DESINÊNCIA b. Formação (1) fíeduplicação - A reduplicação, repetição de porção da raiz, que se lhe antepõe na flexão, ou alongamento de vogal inicial do tema, fo r mada nos moldes referidos em relação ao sistema do perfeito ativo, é a que se espelha na quinta das partes principais; (2) Raiz - Porção que sucede à reduplicação mas precede à desi nência, é a raiz neste sistema do perf. médio, na maioria dos verbos a mesma do presente e demais sistemas, em não poucos alterada
1096
de modo mais ou menos pronunciado, em alguns distinta ou inteiramente outra; - Não há predizer-se qual a raiz deste sistema em termos absolutos, bem que, em muitos casos, se enquadra em moldes pre determináveis. Todavia, como a reduplicação, só se estabelecerá com segurança à base da quinta das partes principais; - Esta faiz, como a reduplicação, permanece a mesma, in variável, em todas as inflexões, exceção feita dos verbos em muda (labiais, guturais ou linguais) ou líquida (X, p, v, p), em que o en contro da consoante final da raiz com a inicial da desinência produz, em geral, necessárias alterações; (3) Desinências - Tempo prim ário médio que o é, em que, ademais, são as formas passivas as mesmas da voz média, tem este perf. mp. Ind. as chamadas DESINÊNCIAS PRIMÁRIAS MÉDIAS, aplicadas já aos tempos primários do Ind. (pres. e fut.) e às flexões do Subj. (pres., 1 - e 2- aors.), já estudadas, desta voz; - Estas desinências aplicam-se diretamente à raiz, sem v o gal de ligação, nem infixo tem poral, caracterizando-se, pois, estas formas pela reduplicação e raiz específica, seguidas da desinência, portanto, bastante simples em estrutura e formação; - No pres. e fut. Ind., bem como no pres. e 12 e 2- aors. Subj., experimentou alteração a desinência da 2- p. s .,o m , já que a sibilante desinencial cai nessas formas, contraindo-se, a seguir, as vogais contíguas. Isto não se dá, porém, nesta flexão, de sorte que, nos tempos médios e passivos em que se aplicam desinências p ri márias, apenas neste não se registra variação do final. Em outras flexões, esta invariabilidade da terminação ou desinência sibilantal só não se encontra, nesta pessoa, no mqpf. mp. Ind. e perf. mp. Imper. (desinência ao); - De lembrar-se é que estas desinências se podem tom ar como nada mais do que formas reduzidas, evoluídas ou adaptadas dos respectivos pronomes pessoais em função sufixai subjetiva; 1097
- Do exposto, vê-se que, ao contrário do pres., im pf., fut., 19 e 2- aors., não são estas formas do perf. mp. Ind. as mesmas da voz ativa apenas substituída a desinência ativa pela média corres pondente. Diferente é a estrutura geral e nem é a raiz necessaria mente a mesma. c. Flexão (1) Formas - De 'irtoTeixo - c re r-, cuja raiz reduplicada neste sistema é TTe-rrujTeu, as formas deste perf. mp. Ind. são:
1- p. s. -ire 2- p. s. -ire 3- p. S. TT6
mOT€1>p m iruxTeu crai irio r e v Toa
2- p. d. ire
iriaTeu ctBov - crestes (vós dois, vós duas); fostes cri dos (vós dois), fostes cridas (vós duas) iru rre v orOov - creram (eles dois, elas duas); foram cri dos (eies dois), foram cridas (elas duas)
3- p. d. ire
1- p. pl. ire 2- p. p l.ire 3- p. pl. ire
- cri; fui crido(a) - creste; foste crido(a) - creu (ele, ela); foi ele(a) crido(a)
Ttvcrrev fjt€0a - cremos; fomos cridos(as) m o re u ( j0e - crestes; fostes cridos(as) - creram (eles, elas); foram (eles) cridos, m o re u vto foram (elas) cridas
(2) Observações morfológicas - Da tríade de elementos constitutivos da sequência estruturante, o binômio inicial, reduplicação (ire) e raiz (irurrev), perma nece constante, inalterado, o mesmo em todas as inflexões. Variam, naturalmente, as desinências em função de pessoa e número; - Aplicam-se as desinências diretamente à raiz, sem vogal de ligação ou infixo temporal interpostos;
1098
- Na 2- p. s. retém a desinência, tra i, a sibilante inicial, em bora posta entre vogais. Nisto difere dos demais tem pos médios estudados já; - No dual, característico das flexões em que são primárias as desinências, têm a mesma form a as duas inflexões, mesma a de sinência (o-0ov) em ambas; - Das desinências, três, a saber, a da 2- p. d. (crOov), da 1- p. pl. (|A€0ct) e da 2- p. pl. fcrOe), são as mesmas, nessas inflexões em todos os tempos médios dos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), com apenas a observação de que o Imper. carece da fo r ma da 1 - p.; - A reduplicação, tema iniciado por letra consoante sim ples, não dupla, nem aspirada, nem p ou grupo consonantal (que não seja muda seguida de líquida), consiste da consoante inicial tt mais a vogal integrante regular e, logo, 'ire; - Diferem, pois, estas formas das paralelas ativas, embora seja em ambas a mesma a raiz, em que falece a estas o infixo tem poral kõ / kc e são outras as desinências, próprias da voz média. d. Acentuação - Flexão de modo finito, é este perf. mp. Ind. acentuado re cessivam ente, distanciando-se-lhe, pois, o acento o mais possível da última; - Desinências breves, avança o acento até a antepenúltima em todas as formas, proparoxítonas, portanto, as inflexões todas; - É, pois, agudo em toda a flexão, posto sobre o i da penúltima do tema, exceção feita apenas da 1- p. pl., em que, por ser dissilábica a desinência, recua o acento para sobre o ditongo eu da última sílaba da raiz; - Nos verbos em que é monossilábica a raiz e iniciada por v o gal ou ditongo, uma vez que a reduplicação, mero alongamento da vogal inicial, não constitui sílaba distinta, dissilábica, destarte, as in flexões todas, menos a 1- p. pl., será circunflexo o acento, posto em penúltima longa, breve a última; 1099
- Nos verbos compostos, o prim eiro elemento preposição in tegrante, não avançará, normativamente, o acento para sobre a preposição, devendo manter-se na raiz ou tema. Logo, nas formas de cunho dissilábico no verbo simples, tornadas trissilábicas ao prefixar-se-lhes a preposição, não se deslocará o acento para a an tepenúltima, inda que breve a última: ficará na penúltima, circunfle-
e. Relação - A rigor, o único elemento comum aos perf. at. Ind. e perf. mp. Ind. é a reduplicação, uma vez que obedece em ambos aos mesmos processos formacionais; - Verdade é que na maioria dos verbos também a raiz ê a mesma. Neste caso, o mesmo em ambos este binôm io básico, de terminadas as formas ativas, obter-se-lhes-ão as equivalentes mé dio-passivas com apenas eliminar-se o infixo temporal k & (na 3- p. s. kc) e substituirem-se as desinências ativas pelas médio-passivas correspondentes, ajustada a acentuação; - Todavia, no significativo contingente de verbos em que a raiz ou é alterada ou é diversa, outra, tal proceder se não poderá aplicar; - De qualquer form a, ter-se-á de conceber os dois sistemas como distintos em estrutura e formação, a raiz específica em cada sistema, a ativa expressa na quarta das partes principais, a médiopassiva na quinta dessas partes; - Não tem, pois, esta flexão do perf. mp. Ind. m uito em co mum com os demais tempos estudados, a não ser a raiz, nos ver bos em que é ela a mesma em todos os sistemas, e as desinências, nos tempos primários médios do Ind. pres., fut. e fut. pf.) e nas fle xões desta voz no Subj. (pres., 19 e 29 aors.). f. Sentido e tradução - Não difere este perf. mp. Ind. do tem po ativo correspon dente, o 1 ? ou o 2 5 perf. a t Ind., em matéria de Aktionsart (punctí1100
lio-linear), tempo de ocorrência (fato pretérito, efeitos continuados até a atualidade) e maneira de expressão (ação categórica ou incisi va). Divergem apenas no que respeita à voz e à ênfase correspon dente, a forma ativa salientando o fato, a média o sujeito e seu en volvim ento, a flexão passiva a resultacionalidade ou expressão final do fato; - Perfeito, còmo no mqpf. e fut. pf., a Aktionsart é punctílb-linear, ação vista em função de seus efeitos ou consequências continuativas, a projetar-se até a atualidade contextuai; - Voz média, o sujeito pratica a ação, a ênfase posta no sujeito e seu particular envolvimento no processo operacional, em termos do interesse no fato, ou vantagem dele a fruir, ou da relação espe cial no caso. 0 sujeito agirá sobre si mesmo (média reflexa) ou so bre algo que o afeta ou com que se vincula acentuadamente (média indireta); - Voz passiva, o sujeito sofre a ação, a ênfase a recair no fato em sua resultatividade final, em sua expressão consumacional, não ao fato como tal (voz ativa), nem ao sujeito e seu envolvimento (voz média); - Flexão do Indicativo, modo em que é categórica a expressão, revestem-se estas formas de teor incisivo, vívido, terso, terminante, não meramente potencial ou probabilitário (Subj.), nem condicional ou hipotético (Opt.), nem injuncional ou preceptivo (Imper.), muito menos estático ou nominal (Inf.), ou atribucional ou adjetivo (Ptc.); - Uma vez que no Ind. é explícita a noção tem poral, e isto, ao contrário do Ptc., em teor absoluto, situa-se o fato no passado, mas seus efeitos, continuativos e prolongativos, aspecto que neste sis tema é que se realça, se vêem como a estender-se até a atualidade contextuai; - Alheia ao português a voz média, traduzem-se-lhe as fo r mas pelas equivalentes da voz ativa, subentendida a ênfase ao su jeito e seu envolvimento, interesse ou vantagem na ação, em te r mos do nosso pretérito perfeito ativo. Logo, TremoTevfjiat, em acepção média, se representa pela forma crí, tenho crido, hei crido, e. 1101
assim, as demais; - Em sentido passivo, a tradução é a própria desta voz, iogo, segundo o nosso pretérito perfeito passivo. Daf, 'iremoTevixcu, em acepção passiva, se representa por: fui crido(a), tenho sido crído(a), hei sido crido(a), e, forma similar, as restantes; - Isto posto, vê-se que a tradução atribuída às formas da voz média é não apenas a mesma das inflexões ativas do perfeito, mas ainda das flexões do 19 e 2- aors. ats. e méds. Ind.; - Logo, pelos mesmos termos, no caso da 1 - p. s., cri, tenho crido, hei crido, pretérito perfeito, se traduzem as seguintes formas de moreú<*> - crer: - e — m o re u — a á (1? aor. at. Ind.), - e — TrtoTev — a à — jjltjv (19 aor. méd. Ind.), - ire — m o re u — k & (19 perf. a t Ind.) e - 1re — irío re u — |xcn (perf. méd. Ind.); - Sintetizando-se a matéria de sentido e expressão do perf. mp. Ind., dir-se-á que é ele: - tem po de A kúonsart punctílio-linear (perfeito), - ação praticada pelo sujeito agindo sobre si mesmo ou sobre algo com que particularmente se relaciona, se na voz média, ou dele sofrida, se na voz passiva, - a ênfase posta no sujeito e seu relacionamento, se média a form a, ou na expressão final ou resultacionai, se passiva, - pretérita ou passada (perfeito), - vista em função dos efeitos ou conseqüências continuativas a estender-se até a atualidade (perfeito), - apresentada em termos categóricos (Indicativo), - a traduzir-se, regularmente, pelo nosso pretérito perfeito, ativo ou passivo; g. Aplicação paradigmática - Conjuga-se o perf. mp. Ind. dos demais verbos à base deste paradigma de 'moTevco, sendo de mister simplesmente substituirse o binôm io tye — m o re u pela raiz reduplicada do verbo a fiexio1102
nar-se, conforme se estampa na quinta das partes principais; - Desinenciação e acentuação em nada variam, as mesmas em todos. Todavia, nas raízes monossilábicas iniciadas por vogal ou ditongo, dissilábicas as form as do singular, receberão acento na penúltima, visto que lhes falta antepenúltima, circunflexo, po r quanto é breve a última e a tônica é penúltima longa; - Nos verbos em que o tema é finalizado em muda (labial: tt, P#
7. PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO SU B JU N TIVO a. Estrutura - Deste perf. mp. Subj., como também do perf. mp. Opt., fo r mação perifrástica, flexão analítica, tem po composto, constam as inflexões do seguinte binôm io de elementos distintivamente asso ciados, em seqüência reversível: PARTICÍPIO + FORMA AUXILIAR b. Formação (1) Particfpio - O ptc., elemento básico da flexão, é o perf. mp. ptc. do verbo principal, posto no caso nominativo, variável em gênero e número, conforme o sujeito, com que terá de concordar nesses as pectos; (2) Verbo auxiliar - As formas auxiliares serão as inflexões do pres. at. Subj., variáveis quanto a número e pessoa, conforme o exija o sujeito, com que terão de concordar nestes aspectos; 1103
(3) Síntese - Isto posto, vê-se que é o perf. mp. Subj. um tempo com posto em que se associam dois elementos distintos, nesta flexão adjungidos em unidade peculiar: Ptc. perf. mp. do verbo principal + pres. at. Subj. de e t f jií ser; t
c. Flexão (1) Formas - De m o re ix o - crer - , verbo em que o ptc. perf. mp. é -ire — m o re i) — |xév — oç, ire — m o re i) — jxev — -q, ire — -m orei) — |xev — ov, as formas do perf. mp. Subj. são: Particípio
Verbo auxiliar /\9 CO
1 - p. s. 2a - p. s. 3? p. s.
TTC 776 7T€
moTei) TriOT€U morei)
fxev |xe'v jjtev
oç, -q, ov os, -q, ov o ç/^o v
2a - p. d. 3- p. d.
ire -ire
morei) m oreu
(xév |xév
co, ã, co co, â, co
XíTOV í TJTOV
-ire ire
m orev morrei) morei)
|xév fjiév p,ev
oi, oa, a oi, at, â oi, at, à
coixev í ivre y axrt
V- p. pl. •
Q. • Q. 01 M
3- p. pl.
❖
(2) Observações morfológicas - O ptc. segue, sem desvios, a flexão característica dos ad jetivos triform es vocálicos de tema finalizado por letra outra que e, i, p, assumindo a form a nominativa, todavia, a sofrer variação de gênero e número, conform e o requeira o sujeito; - O verbo auxiliar varia em função da pessoa e do número, cada inflexão assumindo form a própria, distinta, salvo no dual, em que são uma e a mesma no tocante à estrutura e feição final; 1104
acentuação i ridas, são plural, singular, na Daí, é guiar, p r e. Re - Com at i perf. m p. St mentos - Com o i prega, integi - Com o | como segur - Com o i o mesmo, da locução, prias estas do« - Logo^i form a do ptc.
- O ptc. será específico ou próprio para cada verbo, en quanto as formas auxiliares permanecem as mesmas para todos os verbos nesta flexão; d. Acentuação - A acentuação se processa em term os de cada m em bro do binôm io estruturante, ,nos moldes típicos de cada elemento ou componente; - Assim, as formas participiais, cujo acento é posicionai, posto caracteristicamente na penúltima, nesta sílaba se mantém em todas as inflexões. Breve esta penúltima, é agudo o acento em toda a fle xão, todas form as paroxítonas, portanto; - As form as auxiliares, expressão de m odo finito (Subj.), têm acentuação recessiva, todavia, dadas as alterações e redução ocor ridas, são monossilábicas no singular, dissilábicas no dual e no plural. Conserva-se-lhes, pois, o acento na última, aliás, única, no singular, na penúltima (longa, breve a última) no dual e no plural. Daí, é circunflexo em todas as formas, perispômenas as três do sin gular, properispômenas as demais (dual e plural); e. Relação - Com a matriz, perf. mp. Ind., relaciona-se esta flexão do perf. mp. Subj. em que o ptc. integrante lhe deriva dois dos ele mentos básicos da estrutura: a reduplicação e a raiz; - Com o ptc. perf. mp. relaciona-se esta flexão em que o em prega, integralmente, como um de seus componentes flexionais; - Com o pres. at. Subj. de €Í|xt relaciona-se em que o abrange como segundo elemento da locução formacional; - Com o perf. mp. Opt. relaciona-se esta flexão em que lhes é o mesmo, comum a ambos os tempos, o ptc. perf. mp. integrante da locução, embora diferentes as formas auxiliares de e ifn , pró prias estas do modo respectivo; - Logo, para obter-se esta flexão, ter-se-á de determ inar a form a do ptc. perf. mp., à base da matriz, quinta das partes princi 1105
pais, e apor-lhe às inflexões nominativas as form as apropriadas do pres. at. Subj. de ei|xí, auxiliares; f. Sentido e tradução - Perfeito, ê tem po de Aktionsart punctflio-linear, a expressar não propriamente o evento quanto os efeitos, conseqüências ou re sultados continuativos, a estenderem-se até a atualidade contex tuai. Não é, pois, o fato como tal que se destaca (fuf. e aor.), nem o processo de eventuação (pres. e im pf.), mas os efeitos (perf., mqpf. e fut. pf.); “ Voz média, o sujeito pratica a ação, agindo sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo direto, porque lhe é do interesse, traz vantagem ou lhe diz respeito, a ênfa se posta no sujeito e seu envolvimento na ação, estado ou relação; - Voz passiva, o sujeito sofre a ação, recebe-lhe o impacto, a ênfase voltando-se para a form a final ou expressão consumada, da ação, sua resultacionalidade; - Subjuntivo, modo subordinatfcio, dependente, relativo, o fato se expressa em moldes potenciais, não em term os categóricos (Ind.), ou hipotéticos (Qpt.), ou injuncionais (Imper.), ou estáticos (Inf.), ou adjuntivos (Ptc.), alheia, ademais, noção tem poral explíci ta, elemento que falece ao Subj., ao Opt., ao Imper. e ao Inf. Logo, não se situa o fato necessariamente na preteridade, podendo, con form e o evidencie o direto contexto, referir-se ao presente ou ao futuro; - Em distinção do Ind. e do Ptc., modos em que a noção tem poral subsiste, inda que lhes seja a Aktionsart o elemento prim or dial de referência, não expressam estas formas QUANDO o fato se dá, mas apenas COMO se processa ele; - Como se dá com as demais flexões do Subj., fato que de corre da própria natureza pendencial deste modo, não têm estas formas tradução específica, definida, estereotipada, ditada que o será pelo tipo de cláusula em que lhe apareça a inflexão. Importará ter-se em mente que a voz média se traduzirá pela ativa correspon1106
dente, subentendidas a noção específica e a ênfase próprias da voz média, enquanto a voz passiva receberá a tradução passiva regular; - Não diferem estas inflexões médio-passivas das ativas pa ralelas no que respeita a A ktionsart (punctílio-linear em ambas), tempo de ocorrência (determinado pela perspectiva contextuai), en foque (não a ação em si, mas seus efeitos continuativos), e teor (ex pressão em moldes meramente potenciais, não incisivos ou cate góricos). Divergem apenas quanto à voz e ênfase correspondente, a form a ativa acentuando o fato, a média o sujeito e seu envolvi mento, ação pratica em ambos os casos pelo sujeito, enquanto a voz passiva ressalta a resultatividade, isto é, a expressão consumacional, a form a final da ação, o sujeito a recebê-la, não a praticá-la; - Dir-se-á, pois, em síntese, que é o perf. mp. Subj.: - tem po de Aktionsart punctílio-linear (perfeito), - ação praticada pelo sujeito, agindo sobre si próprio ou sobre algo com que se relaciona de maneira especial (voz média) ou dele sofrida (voz passiva), - a ênfase posta no sujeito e seu envolvim ento (voz média) ou na expressão consumacionai (voz passiva), - sem noção explícita de quando se dá (Subj.), - presente, passada ou futura (contexto), - vista em função dos efeitos ou conseqüências continuativas que se estendem até a atualidade contextuai (perfeito), - expressa em termos potenciais (Subj.), - sem tradução específica, definida, estereotipada (Subj.); g. Aplicação paradigmática - À base deste paradigma de 'jrurreúcú - crer - flexiona-se o perf. mp. Subj. de outros verbos, requerendo-se apenas a substitui ção do ptc. ire — m o re u — fxév — oç, nq, ov pelo correspondente do verbo a ser conjugado; - As formas auxiliares serão sempre as mesmas em todos os verbos, isto é, as inflexões do pres. at. Subj. de e í jx t - ser. Nem va ria a acentuação, seja destas form as auxiliares, seja do ptc.
1107
8. PERFEITO MÉDIO PASSIVO DO OPTATIVO a. Estrutura - Tem o perf. mp. Opt. estruturação paralela à do perf. mp. Subj., sendo, portanto, flexão perifrástica, tem po composto, form a ção analítica; - Constituem-se-lhe, pois, as inflexões do binôm io típico de elementos distintivos desta modalidade formacional, em sequência reversível, a saber: PARTICÍPIO + FORMA AUXILIAR b. Formação (1 )P articípio - Como no perf. mp. Subj., formação paralela, é o ptc., peça básica da flexão, o ptc. perf. mp. do verbo a conjugar-se, na forma nominativa, a variar em gênero e número em concordância com o sujeito; (2) Forma auxiliar - É também nesta flexão o verbo e i|x í o auxiliar perifrásti co. Somente que, enquanto no perf. mp. Subj. são usadas as fo r mas do pres. at. Subj., neste perf. mp. Opt. são-no as do pres. at. Opt.; - Variam estas inflexões auxiliares em função da pessoa e do número, conforme o requeira o sujeito, com que têm de concor dar nestes dois aspectos; - Logo, as form as auxiliares serão sempre as do próprio modo, Subj. naquele caso, Opt. neste, em termos do pres.; (3) Síntese - É, pois, o perf. mp. Opt. tem po composto em que se as sociam estes dois elementos típicos, em seqüência reversível: - Ptc. perf. mp. do verbo principal + Pres. at. Opt. de et|xt 1108
ser;
c. Flexão (1) Formas - De m o r eixo - crer - , verbo em que é o perf. mp. ptc. ire — m orreu — jxev — o
1T€
m o reu
ire
m o re u
ire
m o re u
____________ |xev OÇ, T), ov 1xev 0*5,11, OV fxév 0<5,1], OV
2a - p. d.
ire
m o reu
|xev
3a - p. d.
ire
m o re u
fxev
V- p. pl. 2- p. pl. 3 - p. pl.
ire
m o reu
fiev
ire
m o re u
ire
m o reu
Verbo auxiliar eííriv eiTis
5/ €111 >t
'a
(0, à , co cú, ã , co
ei/rjTov ou
eiiifxev ouei|xev
|i,ev
o i, oa, ã oi, a i, à
|xev
oi, a i, ã
e iija a v ou etev
cltov
etiiTiiv ou eiTiiv
3/
í
etiiTe ou e íre
(2) Observações morfológicas - O ptc. segue a flexão dos adjetivos triform es vocálicos de tema ou raiz não finalizada em e, i, p, a assumir, em todas as infle xões, a form a nominativa, contudo, a variar em gênero e número em função do sujeito, com que terá de concordar nestes aspectos; - As formas auxiliares de eifxí, por sua vez, variarão em número e pessoa, cada inflexão tendo sua feição própria, mesmo no dual, em que, ao contrário dc Subj., desinências a diferirem quanto à vogal integrante, serão distintas, não idênticas; - O ptc., que encerra a noção fundamental do tempo, va riará de verbo para verbo, necessariamente, enquanto as formas auxiliares são sempre estas, as mesmas para todos os verbos nesta flexão optativa; - O ptc. é o mesmo nesta flexão e na paralela do Subj., as 1109
duas formações perifrásticas regulares ou n o rm a tivasjajcen juga ção verbal; d. Acentuação - A acentuação destas formas, perifrásticas ou compostas que são, se processa em termos de cada componente do binôm io inte grante; - Destarte, as formas participiais, cujo acento é posicionai, posto na penúltima na forma base, nesta sflaba continuará em to das as inflexões. Breve esta penúltima sobre que incide o acento, será agudo em toda a flexão, paroxftonas as inflexões todas; - As formas auxiliares, por sua vez, são expressão de modo fi nito (Opt.), pelo que têm acento recessivo, a distanciar-se, pois, o mais possível da última; - Estará, portanto, sempre na penúltima nas formas dissilábicas, sílaba ditongai (et), pelo que será agudo nas inflexões em que é longa a desinência (as três do singular, mais a 3- p. d.), circunflexo nas inflexões em que é breve a últim a (2- p. d. e as três do plural); - Nas formas trissilábicas, por sua vez, estará na penúltima na 3- p. d., desinência longa, na antepenúltima nas demais (2- p. d. e as três do plural), breve a desinência; - São, destarte: - paroxftonas: - cinco form as (as três do singular e a 3? p. d., ambas as formas), - proparoxítonas: - quatro inflexões [2 - p. d. e as três do plural de infixo longo), e - properispômenas: - quatro (2- p. d. e as três do plural de in fi xo breve);
- Com o esta flexão per nos três gênerc com o sujeito; - Com o em que lhe ternn ciadas complenrçg - Com o mp. Opt. em paralelas, perH perf. mp. básico^ etfxí - ser - , Subj., corresf - Logo, form a do ptc. pais, e aporpres. at. O p t de< f. Sentido t - Não dif
dentes ativas tem poral (deter
efeitos conúnt ouNpoté - P erfeito,
tionsart pur processo d consequências < -
e. Relação - Com a matriz do sistema, perf. mp. Ind., relaciona-se esta flexão do perf. mp. Opt. em que o ptc. integrante lhe deriva dois dos elementos básicos da estrutura: reduplicação e raiz, expressas na quinta das partes principais; 1110
V o z
- Com o ptc. perf. mp. do verbo a conjugar-se reiaciona-se esta flexão perifrástica, em que o emprega na form a nominativa nos três gêneros e em todos os números, em estrita concordância com o sujeito; - Com o pres. at. Opt. de ei|xí - ser - relaciona-se esta flexão em que lhe tem as formas ou inflexões todas por auxiliares, asso ciadas complementares do ptc., a que podem seguir ou anteceder; - Com o perf. mp. Subj. compara-se, obviamente, este perf. mp. Opt. em que têm ambos a mesma formação geral, estruturas paralelas, perifrásticas em natureza, comum a um e outro o ptc. perf. mp. básico e paralelo o tem po auxiliar, flexão do pres. at. de c í f ií - ser - , inda que nos moldes próprios de cada modo: Opt. e Subj., correspondentemente; - Logo, para obter-se esta flexão, ter-se-á de determ inar a form a do ptc. perf. mp., à base da matriz, quinta das partes princi pais, e apor-lhe às formas nominativas a inflexão apropriada do pres. at. Opt. de eC|xí - s e r-, auxiliar; f. Sentido e tradução - Não diferem estas form as do perf. mp. Opt. das correspon dentes ativas em matéria de A ktionsart (punctílio-linear), projeção tem poral (determinada pelo contexto), enfoque (não o fato mas seus efeitos continuativos) ou teor (expressão em moldes condicionais ou hipotéticos). Distingue-os apenas a voz e sua ênfase peculiar; - Perfeito, como também o mqpf. e o fut. pf., é tem po de Ak tionsart punctílio-linear, a enfocar não o fato em si (fut. e aor.), nem o processo desdobracional da ação (pres. e impf.), mas os efeitos e consequências que a estendem até a atualidade contextuai; - Voz média, o sujeito pratica a ação, agindo sobre si mesmo (voz média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo particular, porque lhe é do interesse, ou de vantagem, ou o afeta, ou lhe diz respeito (média indireta), a ênfase a incidir no sujeito e seu envolvimento na ação, estado ou relação; - Voz passiva, o sujeito sofre a ação, a ênfase a cair sobre a
1111
expressão final, a form a consumacional, a resultatividade da ação; - O ptativo, como o Subj., modo subalterno, relativo, depen dente, expressam estas formas o fato em moldes condicionais, ou hipotéticos, ou possibilitários, não incisivos ou categóricos (Ind.), ou potenciais ou probabilitários (Subj.), ou injuntivos ou preceptuais (Imper.), ou substantivos ou estáticos (Inf.), ou adjuntivosou adjetivos (Ptc.), visualizados os resultados, efeitos,ou consequên cias da ação, antes que o evento em si; - Modo a que, à semelhança do que se dá com o Subj., o lm per. e o Inf., é alheia a noção explícita de tem po QUANDO o evento ocorre, não retratam estas form as do perf. mp. Opt. ação necessa riamente pretérita. Pode-se ela projetar à atulidade e mesmo ao futuro, conforme o evidencie o imediato contexto; - Como nas demais flexões deste modo e nos tempos do Subj., já que ambos estes modos são de natureza pendenciais, subordinatícios, aleatórios, não têm as inflexões do perf. mp. O p t tradução específica, estereotipada, exclusiva. Determina-a a m oda lidade de cláusula em que ocorra a form a, passível, pois, de m ú lti plas e variadas traduções, subentendida sempre a punctílio-linearidade característica desta flexão; - inexistente no português a voz média, traduzem-se-lhe as formas pela correspondente ativa, subentendidas a noção própria da voz e sua ênfase distintiva. Na acepção passiva, a tradução farse-á nos moldes regulares desta voz, assumindo, portanto, definida feição passiva; - Em suma, é o perf. mp. Opt.: - tem po de Aktionsart punctílio-linear (Perf.), - ação praticada pelo sujeito a atuar sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona de modo especial (voz média) ou dele sofrida (voz passiva), - ênfase dada ao sujeito e seu envolvimento na ação (voz mé dia) ou à expressão consumacional ou resultacional do fato (voz passiva), - sem explícita noção de QUANDO se dá (Opt.), 1112
- presente, passada ou futura (contexto), - vista em termos dos efeitos, resultados ou conseqüências continuativos da ação, a estenderem-se até a atualidade contextuai (Perf.), - expressa em termos condicionais ou hipotéticos (Opt.), - sem tradução específica, definida, estereotipada (Opt.). <
g. Aplicação paradigmática - Nos moldes desta flexão paradigmática de m o r e ô íú - c re rconjuga-se o perf. mp. Opt. de outros verbos, fazendo-se de mister apenas substituir-se o ptc. perf. mp. ire — m o re u — |X€V — oç, T|, ov pela form a correspondente do verbo a flexionar-se; - As formas auxiliares, as inflexões do pres. at. Opt. de e i|x í ser - , continuarão sempre as mesmas, invariadas, em todos os ver bos. Nem se altera, em posição e natureza, a acentuação destas formas.9
9. PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO IMPERATIVO a. Estrutura - Têm as form as do perf. m p. Imper., flexão extremamente rara através do Novo Testamento, a seguinte seqüência de ele mentos estrutura ntes: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + DESINÊNCIA b. Formação (1) Reduplicação - A reduplicação, neste como nos demais tem pos do siste ma, é a mesma da matriz, perf. mp. Ind., extensão da raiz ou alon gamento da vogal inicial, vista na quinta das partes principais; (2) Raiz - Porção central das formas, interposta entre a reduplica-
ção e as desinências, é o tema ou raiz nesta flexão do perf. mp. Im per., como a reduplicação, a mesma da^riatriz, perf. mp. Ind., es tampada na quinta das partes principais, na maioria dos verbos a mesma do presente; - Como a reduplicação, permanece imutada, invariável, esta raiz, a mesma em form a através da flexão toda, exceto em ver bos em que term ina por muda (labial, gutural ou lingual) ou líqui da-nasal (|x, v), porquanto o encontro dessas letras consoantescom as iniciais das desinências produzirá necessárias alterações e m u danças; (3) Desinências - Próprias deste modo, nesta voz, tem o perf. mp. Imper. desinências específicas, as chamadas DESINÊNCIAS IMPERATI VAS MÉDIAS, ligadas diretamente ao tema, sem vogal de ligação, por isso susceptíveis a alterações da comsoante inicial nos verbos em que a raiz term ina em muda ou líquida-nasal; - Estas desinências são exatamente as mesmas aplicadas já aos tem pos imperativos médio-passivos estudados: pres., I 9 e 2aors.; - Ao contrário do que se observou nos demais sistemas, em que a sibilante desinencial da 2- p. s. cai, determinando contra ção das vogais, ou sofre alteração substitucional, neste preserva-se ela, ficando, pois, inalterada a form a, no perf. e no m qpf. mp. Ind. e neste perf. mp. Imper. Alterar-se-á no fut. pf. (no Ind. e no Opt.); - Duas das desinências (2- p. d.: crdov e 2- p. pl.
c. Flexão (1) Formas - De moreiS
2- p. d. ire
TrícTTeu ct0ov
3- p. d. ire
moTeu O-0OJV
- crê; sê crido(a) - creia (ele, ela); seja (ele, ela) crido(a) - crede (vós dois, vós duas); sede (vós dois, vós duas) cridos(as) - creiam (eles dois, elas duas); sejam (eles dois, elas duas) cndos(as)
/ m o re u 0-06 - crede; sede cridos(as) TTurrev ct0(úv - creiam (eles, elas); sejam (eles, elas) cridos(as) ou -ire m o re u CT0ÍOCTCtV
2- p. pl.-ire 3- p. pl.-rre
(2) Observações morfológicas - Desta tríade de elementos estruturantes dois permane cem constantes e imutados através de toda a flexão: a reduplicação ('ire) e a raiz ('n im e v ). Apenas as desinências variarão em função da pessoa e número das inflexões; - As desinências se apõem ao radical diretamente, sem v o gal de ligação, nem infixo temporal; - Na 2- p. s., com o no perf. mp. Ind. ('ire — m o re u — o m ), o que se verá também no mqpf. mp. Ind. (e — ire — m o re u — oro), não se registra a queda da sibilante desinencial, verificada em todas as demais flexões médias e passivas até aqui estudadas; - Característica não só das flexões imperativas, mas ainda das demais em que se apliquem desinências secundárias, diferem em forma as inflexões do dual, por isso que na 2- p. é breve a vogal 1115
M to v), na 3- longa (a0
1116
d. Acentuação - Flexão de modo finito, tem este perf. mp. Imper. acentuação recessiva, o acento a afastar-se quanto possível da última; - Das inflexões, três, 3- p. s. (ttc — m crrev — cr0ct>), 3§ p. d. (ttc — -m oreu — crQcov) e 3- p. pl. clássica (-ire — irw rreú — trOcov), têm desinências longas, pelo que são acentuadas na penúltima; as restante*s quatro,<2- p. s. (ire — m o re u — cto), 2 - p. d. (ire — irío — T6V — o-0ov), 2- p. pl.'(ire — m o re u — cr0€) e 3- p. pl. coiné (ire — m oTeú — a 0(oaav), têm desinências breves, donde serem acen tuadas na antepenúltima; - É, portanto, agudo nas sete formas, a incidir sobre a vogal da penúltima do tema, o t da sílaba i r i nas três inflexões da 2- p., so bre o ditongo ev da última da raiz nas quatro inflexões da 3- p.; - São, destarte, paroxitonas três das formas (3- p. s.; 3§ p. d. e 3- p. pl. clássica), proparoxítonas quatro (2- p. s.; 2- p. d.; 2 - p. pl. e 3- p. pl. coiné); - Nos verbos em que é monossilábica a raiz e iniciada por v o gal ou ditongo, uma vez que a reduplicação, mero alongamento da vogal inicial, não implica em sílaba adicional, serão dissilábicas as formas ou inflexões todas, menos a 1- p. pl. e, conform e o tipo de verbo, perifrástica a 3- p. pl. Neste caso, serão tais inflexões dissilá bicas necessariamente acentuadas na penúltima, que, longa, rece berá circunflexo nas form as em que é breve a desinência (2- p. s., 2p. d. e 2- p. pl.), agudo nas demais (3- p. s. e 3- p. d., raramente a 3p. pl., clássica, trissilábica a 3 - p. pl. coiné); - Em se tratando de verbos compostos em que o prim eiro componente seja preposição integrante, uma vez que de regra não avançará o acento para sobre a preposição, embora trissilábicas as formas, permanecerá a tônica no tema verbal, em posição e nature za como no parágrafo precendente; - Os verbos em que o tema é finalizado por muda (labial, gu tural ou lingual) ou líquida nasal (|x, v), dado o encontro dessas le tras com a inicial da desinência, igualmente consoante, sofrem, em geral, alterações próprias destas formas, como se especificará no 1117
final do capítulo; e. Relação - Da matriz, perf. mp. Ind., têm estas formas do perf. mp. Im per. o binôm io inicial, reduplicação (ire) e raiz (irurreu), dela deri vados. Apenas as desinências são diferentes e, assim mesmo, nem em todas as formas, pois que na 2- p. d. e 2- f>. pl. coincidem intei ramente; - Logo, partindo-se da matriz, cuja form a base se estampa na quinta das partes principais, obtêm-se as inflexões deste perf. mp. Imper. com simplesmente substituir-se-lhes a desinência pela cor respondente desta flexão na 2- e 3- p. s., 3- p. d. e 3- p. pl., clássica ou coiné. A 2- p. d. e a 2- p. pl., entretanto, são formas idênticas nas duas flexões. A acentuação terá de ser ajustada em algumas das in flexões; - Dos demais tem pos médios e passivos do Imper. (pres. e aors.), excetuado o aor. pass., que sempre as exibe ativas, têm estas formas as desinências, as mesmas em todas essas flexões. Verdade ê que em todos esses tempos sofre alteração a 2- p. s., queda da si bilante desinencial e contração de vogais, ou substituição de final (2- aor.), enquanto neste perf. mp. Imper. permanece inalterada; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos dois sistemas, e isto significa a vasta maioria dos verbos, exibirão estas formas em comum com as equivalentes da voz ativa o binôm io reduplicação-raiz. Neste caso, para obterem-se estas inflexões médio-passi vas à base das paralelas ativas, suficiente será excindir-se-lhes o f i nal constituído do infixo tem poral k , vogal de ligação e/o e desinên cia ativa pela desinência média equivalente, ajustada a acentuação. f. Sentido e tradução - Das paralelas ativas diferem estas inflexões do perf. mp. Im per. apenas no tocante à voz e à ênfase respectiva. Aktionsart, ex pressão e sentido são os mesmos em ambos os tempos; - Perfeito, assim o mqpf. e o fut. pf., tem po de Aktionsart pune1118
túio-linear, o enfoque não se volta para com o fato em si (fut. e aor.), nem para com o processo de desenvolvimento da ação (pres. e im pf.), mas, propriamente, para com os efeitos, resultados ou conseqCiências continuativos do evento, a estenderem-se até a atualidade contextuai; - Voz média, o sujeito apresenta-se como a praticar a ação, operando sobre
não QUANDO, mas simplesmente COMO se projeta o fato, não se revestem as inflexões deste perf. mp. Imper. de perspectiva neces sariamente pretérita. Do contexto se infere a projeção tem poral, de natureza presente, imediata ou futura, não logicamente passada, acepção que se não coaduna com a injuntividade imperativa; - Distintividade deste modo, revestem-sé estas inflexões de teor puramente preceptual, injuntivo, jussivo, na form a de ordem, mandado ou determinação, não propriamente declarativo (Ind.), ou potencial (Subj.), nem hipotético (Opt.), substantivo (Inf.) ou adjuntivo (Ptc.), visualizados os resultados prolongativos antes que a ação mesma; - Estranha ao português a voz média, ter-se-á de traduzir a inflexão desta voz pela correspondente da voz ativa. Entretanto, não dispõe nossa língua de form a específica mercê da qual expres sar-se a idéia imperativa no perfeito. Dai, usar-se-â a equivalente do pres. at. Imper., subentendidas as peculiaridades da Aktionsart, 1119
voz e ênfase do perf. méd. Imper.; - Nem só a esta flexão se restringe a limitação de form a de tradução do português supra assinalada. Como se viu, estende-se ele às demais flexões imperativas, ativas e médias, todas a traduzirse pela mesma form a básica: a do pres. at. Imper.; - Destarte, em termos da form a base, 2- p. s., terão tradução sim ilar seis flexões regulares, todas expressas pelo paradigmático crê, a saber: - m o re u — e (pres. at. Imper.), - -irurTeú — ou (pres. méd. Imper.), - irío-Tcv — aov (12 aor. at. Imper.), - TTUTTev — a a i (1 - aor. méd. Imper.), - ttc — m o re u — k — e (1? perf. a t Imper.) e - ire — m o re u — ao (perf. méd. Im per.); - Paralelas, ademais, seriam as flexões do 2- perf. at, e do 2aor. at. e méd. Imper., todos a traduzir-se nos moldes do pres. at. Imper. do verbo correspondente. Pode-se, pois, dizer que, suben tendida a diferença de sentido, também nestes dois sistemas alter nativos ou colaterais prevalece essa identidade traducional; - É o que se vê em A.a|x(3áv(ú - to m a r-, porquanto, em termos do pres. at. Imper. Xáp-^av — e - toma, recebe - se traduzirão: - e t'— Xnqcp — € (2- perf. a t Imper.), - Xctf3 — e (29 aor. at. Imper.) e - \a(3 — ou (2- aor. méd. Imper.); - Logo, globalmente, concluir-se-á que nada menos de NOVE formas distintas do Imper., dada a limitação expressional do portu guês, se expressam pela mesma tradução básica, subentendidas as diferenças de sentido, voz e Aktionsart; - Em acepção passiva, a diferir da média e da ativa apenas quanto ao fato de o sujeito sofrer a ação ao invés de praticá-la e de a ênfase voltar-se para com a expressão final do evento, visto em seus efeitos continuativos, em vez de ao fato como tal (ativa) ou ao sujeito e seu relacionamento com a ação (média), a tradução será a típica desta voz, também em termos do pres. pass. Imper., já que 1120
falece ao português form a própria desta flexão (como também do aor. pass. Imper., como se verá); - Destarte, ire — irtcrrev — ao, tom ado em acepção passiva, embora esse uso pareça mais hipotético ou teórico do que real, traduzir-se-á como o pres. pass. Imper. m o re u — ou, isto é; sê tu cri do, sê tu crida ; - P ortanto,em síntese, é o perf. mp. Imper.: - tempo de A ktionsart punctilio-linear (perf.), - praticada pelo sujeito (voz média), agindo sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona de modo especial, ou dela sofri da (voz passiva), - visualizados os efeitos ou resultados, continuados até a atualidade contextuai (perf.), - ênfase posta no sujeito e seu relacionamento (voz média) ou no aspecto consumacional, a expressão final do fato (voz passiva), - sem explícita noção de quando se dá (Imper.), - aplicável ao passado, ao presente e ao futuro (contexto), - sob a form a de ordem , mandado, preceito ou injunção (lm per.), - a traduzir-se pela form a do pres. at. Imper. (se média) ou do pres. pass. Imper. (se passiva), subentendidas as peculiaridades perfectivas de sentido, voz e Aktionsart e sua ênfase distintiva. g. Aplicação paradigmática - Conforme este paradigma de moTeúcú - crer - se flexiona o perf. mp. Imper. de outros verbos, requerendo-se apenas a substi tuição do binôm io reduplicação (ire) e raiz (-moTeu) pelo equiva lente do verbo a conjugar-se, em term os da quinta das partes prin cipais; - A desinenciação e a acentuação não variam, constantes, as mesmas em todos os verbos nesta flexão; - Verdade é que nos verbos em que o tema é monossilábico e iniciado por vogal ou ditongo, uma vez que não é a reduplicação extensão adicional de sílaba mas simples alongamento não-silábico 1121
da vogal inicial, serão dissilábicas as inflexões todas, exceção feita da 3- p. pl. coiné, logo, acentuadas na penúltima, properispômenas as inflexões em que é breve a desinência (2- p. s., 2- p. d. e 2- p. pl.), paroxftonas as form as em que a desinência é longa (3- p. s., 3p. d. e 3- p. pl. clássica). A 3- p. pl. coiné será, é claro, proparoxíto na, acentuada a antepenúltima; - Os verbos em que o tema é finalizado-por letra muda (labial: tt , (3, cp; gutural: k , y , x e lingual: t , 5, 6) ou por líquida-nasal (|x, v) exibem variações devidas ao encontro destas consoantes finais com as iniciais da desinência, reguladas por princípios que se enunciarão no final deste capítulo; h. Uso em o Novo Testamento - Enquanto do perf. at. Imper. nenhuma ocorrência se registra nos escritos néo-testamentários, deste perf. mp. Imper. duas infle xões sintéticas se lhe encontram: uma em Mc 4.39 (a 3- p. s. -rre—
10. PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO INFINITIVO a. Estrutura - Do perf. mp. Inf. a estrutura geral, diferente da seqüência da form a paralela ativa, da qual não procede esta inflexão média, consta dos seguintes elementos: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + DESINÊNCIA b. Formação (1) Reduplicação - A reduplicação, extensão prefixai da raiz ou alongamento
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da vogal inicial do tema, é neste perf. mp. Inf. a mesma da matriz, perf. mp. Ind., de que a deriva, expressa, juntamente com a raiz, na quinta das partes principais; (2) Raiz - Porção interposta entre a reduplicação e o final desinencial CX0OU, é a raiz neste perf. mp. Inf., como a reduplicação, a mes ma da matriz, perf. mp. Ind., logo, vista na quinta das partes princi pais, na maioria dos verbos a mesma do presente e demais siste mas; - Nos verbos em que a letra final do tema é labial branda (tt) ou média (fã) ou gutural branda (k ) ou média (7) ou qualquer das linguais (t , 5, 0), experimentará a raiz a alteração dessa letra terminal que assumirá a form a aspirada respectiva (cp, x) naquelas, transformar-se-á em <; nestas; - Nos verbos em que o final do tema é ã , € ou o, os chama dos verbos vocálicos, alonga-se, regularmente, esta vogal, como nos demais sistemas, em geral, exceção feita do presente (em que se processa contração); (3) Desinência - Característica das form as infinitivas médias e passivas, com exceção do aor. pass. Inf., que recebe a terminação ativa vcu, é a desinência neste perf. mp. Inf. a distintiva o0cu; - Sofre esta desinência a queda da sibilante inicial nos ver bos em que o tema se finda em consoante, em geral; c. Forma - De iru rre ixo - cre r - , cuja rais reduplicada é Tre-rricrTev, a form a deste perf. mp. Inf. será: Red. TTC
Raiz TTU TTeU
Desinência aOca - crer; te r crido; ser crido(a), ter sido crido(a) 1123
d. Observações m orfológicas - 0 binôm io inicial, reduplicação (ttc) e raiz (m oreu ), é o mesmo da matriz, perf. mp. !nd., de que o deriva, aliás, esta infle xão; - Coincide, pois, este perf. mp. Inf. com as formas do perf. mp. Ind., e também do Imper., exceto no tocante à desinência e, na maioria das inflexões, também quanto à acentuação; - A desinência, a 0 a i, se apõe diretamente à raiz, sem vogal de ligação, nem infixo tem poral, bem que, nos verbos em que a letra final do tema é consoante, se produzem alterações causadas pelo encontro dessa letra com a inicial da desinência, consoante, de igual modo; - A reduplicação, uma vez que é m o re ix ú verbo em que o te ma se inicia por letra consoante simples, não dupla (£, £, i|/), nem aspirada (
1124
Inf. (ire — irto re u —
kc
— v a i), 12 aor. at. Inf. (m crrev — o a i) e
aor. pass. Inf. (Trio-Teu — 0t] — v a i), além do 2- aor. at. Inf. (Xäß — etv) e do 2- aor. méd. Inf. (\a ß — e — a 0 a i); - É, pois, sempre acentuado na penúltima este perf. mp. Inf., em TruxTevo), visto que a penúltima é longa e a última é havida por breve, properispômeno, necessariamente. Quando breve a penúl tima, será paroxftona a form a, já que não haverá circunflexo em sí laba não longa de natureza;
f. Relação - Relaciona-se este perf. mp. Inf. com as formas da matriz, perf. mp. Ind., em que lhes são os mesmos dois dos elementos es truturais, o binôm io inicial, reduplicação (ore) e raiz (m oreu ), dife rindo apenas as desinências; - Logo, conhecidas as inflexões do perf. mp. Ind., cuja form a base, 1- p. s., dá-a a quinta das partes principais do verbo, para ob ter-se este Inf. requer-se apenas a substituição da desinência p ri mária média pela média infinitiva cr0a i, ajustada a acentuação onde de mister; - Idêntica relação e, conseqüentemente, o mesmo processo de formação substitucional valem para com as formas do perf. mp. Imper., já que reduplicação e raiz são as mesmas do Inf. Substituase a desinência imperativa média pela infinitiva cr0a i, ajuste-se a acentuação onde necessário, e ter-se-á este perf. mp. Inf.; - Com os demais infinitivos médios e passivos, excetuado o aor. pass., que este prefere a desinência ativa v a i, relaciona-se o perf. mp. Inf. em que lhes tem a mesma desinência, or0ai, quatro dos quais já foram focalizados: - m o r e v — e — a 0 a i (pres. mp. Inf.), - irto re ú — cr — € — cr0a i (fut. méd. Inf.), - TTMJTev —
g. Sentido e tradução - Da form a ativa paralela não difere este perf. mp. Inf. no que respeita à Aktionsart, ao sentido básico e à expressão têm poromodal. Diferem estas form as apenas quanto à voz e sua ênfase es pecífica; - Perfeito, assim o m qpf. e o fut. pf.f tem po de Aktionsart punctüio-iinear, não é o fato em s i (fut. e aor.), nem* o processo de eventuação (pres. e impf.), que se enfocam ou visualizam, mas os efeitos ou resultados continuativos da ação, havidos como a estender-se até a atualidade contextuai; - Voz média, a ação se mostra como praticada pelo sujeito, atuando ele ora sobre si mesmo (voz média reflexa), ora sobre algo com que se relaciona de forma especial, que lhe pertence, ou é de vantagem, ou lhe interessa (voz média indireta), a ênfase posta no sujeito e seu envolvimento, não no fato como tal (voz ativa) ou na ex pressão consumativa ou resultacional do evento, estado ou relação (voz passiva); - Voz passiva, o sujeito é o paciente da ação, a sofrê-la, outro o agente, a ênfase a pairar sobre a expressão final do evento, a ação vista em sua form a consumada, o fato em sua resultacionalidade; - Infinitivo, m odo que, à maneira do Subj., do Opt. e do Imper., somente ressalta o COMO o fato se processa, a Aktionsart, não o QUANDO, o tem po em que ocorre, não se reveste esta form a, em bora perfectiva, de teor explicitamente pretérito. O fato se visualiza como anterior, mas os efeitos ou resultados continuativos, que é o que se focaliza, são havidos como a estender-se até a atualidade contextuai. E esta se pode situar tanto no passado, quanto no pre sente, como no futuro; - Dada a natureza estática ou indefinida deste m odo com ple mentar, o fato se expressa em moldes substantivos ou nominais, meramente enunciativos, não incisivos ou categóricos (Ind.), toda via, não potenciais ou probabilitários (Subj.), nem mesmo condi cionais ou hipotéticos (Opt.), ou injuncionais ou jussivos (Imper.), m uito menos adjuntivos ou adjetivos (Ptc.); 1126
- Não tem o português form a específica, direta, precisa por que traduzir-se este perf. mp. Inf. Por isso, ter-se-á de representar, pelo pres., subentendidas a Aktionsart punctilio-linear e a expres são atualística do perf. Ademais, inexistente que é a voz média em nossa língua, ter-se-á de traduzir este Inf. em acepção média pela form a paralela da voz ativa; - Logo, ire* — m o re v — aOai, tom ado como form a da voz média, traduzir-se-á nos termos de m o re ú — e iv - c re r-, suben tendidas a punctflio-linearidade, a expressão da voz média e a ênfa se subjetivística do perf. méd. Inf.; - Entretanto, como se tem observado, esta limitação traducional não se restringe a esta form a. Estende-se, realmente, a todos os demais infinitivos ativos e médios já estudados, de sorte que nada menos de OITO formas infinitivas adm itirão a mesma tradução comum, e isto sem contar-se o 29 aor.; - Assim, poder-se-ão traduzir pelo pres. at. Inf. crer os se guintes infinitivos regulares: - ttmttcÓ — e iv (pres. at. Inf.), - irw rreú — e — O-0OH (pres. méd. Inf.), - m o te ó — a — e iv (fut. at. Inf.), - m o re i) — a — e — o-0a i (fut. méd. Inf.), - m ore-u — orai (19 aor. at. Inf.), -m o T e v — a à — a 0 a i O 9 aor. méd. Inf.), --ire — m crre v — kc — v a i (19 perf. at. Inf.), - tt€ — m o re v — a 0 a i (perf. méd. Inf.); - Todavia, uma vez que o fato cujos efeitos se visualizam de ve de necessidade, antecedê-los e como se estendem até a atuali dade contextual, lógico é projetar-se a ação no passado. Em tal ca so, a despeito de carecer o infinitivo de noção tem poral, traduzirse-á este perf. méd. Inf. preteritivamente por HAVER CRIDO, TER CRIDO; - Em sentido passivo, ire — TruxTeô — cr0ai receberá tradu ção própria desta voz, contudo, em termos do pres. pass. Inf., m ore-ú — e — o-0a i, já que falece ao português form a expressa ou 1127
específica de perf. pass. Inf. Logo, a tradução normativa será: SER CRIDO, SER CRIDA; - Entretanto, em se atentando para o posicionamento preteritivo do fato, inda que sejam concebidos como presentâneos os efeitos, adm itir-se-á a tradução passadista: TER SIDO CRIDO, TER SIDO CRIDA, HAVER SIDO CRIDO, HAVER SIDO CRIDA; - Como na voz média, também na passiva, não apenas este perf. pass. Inf. sofre esta limitação traducional. O mesmo se dá com os demais, de sorte que nada menos de CINCO infinitivos passivos adm itiriam esta expressão presentânea, se bem que, contextualmente, o aor., o fut. e o fut. pf. se representem sempre com defini da projeção temporal; - Em suma, é o perf. mp. Inf.: - tem po de A ktionsart punctílio-linear (Perf.), - praticada pelo sujeito (voz média), agindo sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona de maneira peculiar, ou dele sofri da (voz passiva), - enfocados os efeitos da ação, continuativos até a atualidade contextuai (perf.), - ênfase dada ao sujeito e seu envolvimento (voz média) ou ao aspecto consumacional, à expressão final do fato (voz passiva), - sem explícita noção de quando se dá (Inf.), - projetável ao passado, ao presente ou ao futuro (contexto), - em teor substantivo ou estático (Inf.), - a traduzir-se pela form a do près. at. Inf., se média, ou do près. pass. Inf., se passiva, subentendidas as particularidades perfectivas de sentido, voz, Aktionsart e ênfase distintiva; h. Aplicação paradigmática - À base deste infinitivo paradigmático de TrurTevo) - crer - , obtém-se o perf. mp. Inf. de outros verbos, fazendo-se de mister apenas a substituição do binôm io reduplicação (ttc) e raiz (mcrrev) pelo tema reduplicado do verbo de que se deseja esta form a, se gundo se espelha ele na quinta das partes principais; 1128
- A desinência aO ai e a acentuação posicionai na penúltima, circunflexo, se longa esta sílaba, agudo, se breve, são em todos as mesmas; - Raízes terminadas por vogal breve, á, €, o, sofrem o alon gamento dessa vogal nesta form a e nas demais em todos os siste mas, menos no pres. e no im pf., enquanto os temas finalizados em muda labial branda (tt) ou média (0) ou em gutural branda (k ) ou média (y), ou em lingual (t , 5 , 6) ou pela líquida-nasal v, sofrem al terações do final, que também afetam a sibilante da desinência a 6a i, conform e se enunciará no final do capítulo.
11. PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO PARTICÍPIO a. Estrutura - A estrutura geral do perf. mp. Ptc., a que são alheios o infixo temporal k e a vogal de ligação o, características do ptc. perf. a t„ é a seguinte: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + INFIXO MODAL + DESINÊN CIAS b. Formação (1) fíeduplicação - A reduplicação, extensão prefixai do tema ou alonga mento da vogal inicial da raiz, é neste perf. mp. Ptc. a mesma da matriz, perf. mp. Ind., de que a deriva, como, aliás, o fazem todos os tempos constitutivos deste sistema, à base da quinta das partes principais. (2) Raiz - Porção que se interpõe entre a reduplicação e o final p-é— voç, t|, ov da forma base, nom. sing., é a raiz neste perf. mp. Ptc. a mesma da matriz, perf. mp. Ind., como a reduplicação, expressa na quinta das partes principais; 1129
- Na maioria dos verbos é esta raiz a mesma do presentè e dos demais sistemas verbais; - Permanece constante, invariável, a mesma, a raiz em toda a flexão, ainda nos verbos em que sofreu prévia alteração, tais os verbos finalizados por vogal et, e, o, ou por muda labial, gutural ou lingual, uma vez que em todas as inflexões se repetirá a variação registrada na forma base. (3) Infixo Modal - Característico distintivo dos ptcs. médios e passivos, com uma exceção apenas, o aor. pass. Ptc., é o infixo modal neste perf. mp. Ptc. a sílaba (xev, que se mantém invariável, a mesma, cons tante, na flexão toda; ■•-JSC:- Logo, três dos elementos estruturantes deste ptc. perma necem fixos, imutados, os mesmos sempre em todas as inflexões: a reduplicação (ire), a raiz (moTeu) e o infixo modal p,ev, o trinôm io inicial das formas; - De notar-se é que, ao contrário do Opt., em que o infixo modal, inexistente nos demais modos (Ind., Subj., Imper. e Inf.), é o mesmo em todaà as flexões, ativas, médias ou passivas, a vogal fe chada í, nos Ptcs. tem form a diferente, nos ativos, mais o aor. pass., o grupo vt , nos médios e passivos, menos o aor. pass., a sílaba (JL€V. (4) Desinências - Como em todos os ptcs. médios ou passivos, excetuado apenas o aor. pass. Ptc., que as tem nos moldes dos ptcs. ativos, são as desinências neste perf. mp. Ptc. as típicas dos adjetivos tríformes vocálicos , de radical não finalizado em e, i, p; - Tem, pois, três linhas de flexão, uma para cada gênero, o masculino nos moldes dos substantivos masculinos ou fem ininos da 2- declinação, à base de Xxryoç, ou, o; o fem inino segundo os nomes femininos da 2- classe da 1- declinação, nos termos de ^ c n r q , ifiç, 'q; o neutro consoante os nomes neutros da 2- declina1130
ção, conforme ep7ov, ou, tò; - Logo, paralela é a flexão deste perf. mp. ptc. à do adjetivo padrão dos vocálicos triform es de radical não finalizado em e, i ou p, isto é, de crya0ó
c. Flexão (1) Formas - De m oreuü) - c re r - , cuja raiz reduplicada é neste sistema
'Tremcrrei), as formas flexionais deste perf. mp. ptc. serão:
1131
MASCULINO
NS. GS. DS. AS. VS.
Red. TT€ Tre TT€ TT€ TT€
Raiz TTlOTeU ttutt€v TTUTTCV TriaTev TTiaTev
IM (xév |xev jxev (xév (xev
NAV/D. GD/D.
Tre TT€
TTlCTTeD TTiaTev
fxév (xev
CO OlV
NP. GP. DP. AP. VP.
TTC Tre Tre TTC Tre
TriaTev TriaTev TTiaTev TriaTev Triarev
(xev |xev
Ol (OV ois OVS 01
NS. GS. DS. AS. VS.
FEMI MINO Red. Raiz -rre TriaTev Tre TriaTev Tre TTiaTev Tre TriaTev Tre TTiaTev
(xév jxev imev
NAV/D. GD/D.
Tre Tre
TTiaTev TTiaTev
(xev |xev
NP. GP. DP. AP. VP.
Tre TT€ Tre Tre Tre
TTiaTev TTiaTev TTiaTev TTiaTev TTiaTev
|xev
1132
|X € V
jxev |xev
Desinências os ou CO
L ov e
IM (xev
Desinências
|X € V
TIS ? T)V
CL
a iv ai (OV
f
ixev |xev |xév
a is ás ai
NEUTRO Raiz Red.
IM
Desinências
ov ou
NS. GS. DS. AS. VS.
ire TT€ ire ire ire
irwTTev morreu irurreu moreu mprreu
(xev |xev (xév jjiev fxév
NAV/D. GD/D.
TT€
moreu moTeu
|xev |xév
(l)
NP. GP. DP. AP. VP.
ire ire ire ire ire
ir u rre u
|xév |xev jxev
a
|X€V
a v a
ire
moreu morreu irtorei) irurreu
|xév
<0 c
ov ov
OlV Kf
CDV OIÇ
(2) Observações morfológicas - Três dos elementos estruturantes, o trinôm io incial da se quência, constituído da reduplicação (ire), da raiz (mcrrev) e do in fixo modal | A € V , permanecem constantes, invariados, os mesmos através da flexão toda, apenas as desinências a variarem, em per feita regularidade, aliás, segundo os padrões flexionais e as exigên cias distincionais de cada caso; - É, pois, este ptc. perf. mp. flexão isenta de alterações es truturais, em vívido contraste com os ptcs. ativos (e o aor. pass. ptc., ademais), em que não poucas e pronunciadas variações se contam; - O binôm io inicial: reduplicação (ire) e raiz (irurreu) deri vam estas formas da matriz, perf. mp. Ind., como o fazem os de mais tempos do sistema, segundo a quinta das partes principais; - A díade final, formada pelo infixo modal (xev e as desi nências vocálicas triform es, estas em termos dos radicais não te r minados em e, i, p, representa o binôm io terminal característico de 1133
todos os ptcs. médios ou passivos, excetuado o aor. pass., que se gue a formação dos ptcs. ativos; - A reduplicação, uma vez que se inicia em consoante branda tt, não aspirada, nem dupla, não p nem parte de grupo consonantal, consiste dessa muda seguida de e, logo, ire; - A raiz nos verbos em que a letra final do tema é muda (labial, gutural ou lingual), ou líquida-nasal, oü vogal breve (a, e, o), experimentará alterações específicas a serem enfocadas mais adiante; - 0 fem inino segue no singular a flexão dos nomes da 2classe da 1 - declinação, porquanto não se finda o radical por e, i, p, donde a vogal t] em todas as formas. Terminasse por essas letras, a flexão se faria nos moldes da 1- classe e a vogal final seria á. Por outro lado, não é a 3- classe, caracterizada por a nos três casos dis tintivos do singular (nom., acus. e voc.), que esta se aplica à flexão dos adjetivos consonantais triformes; logo, nos ptcs. ativos todos, mais o ptc. aor. pass.; - Estas formas, assim como nas flexões do pres., impf., mqpf. e fut. pf., servem a ambas as vozes, sendo, pois, a um tempo, médias e passivas, ao contrário do que se passa nas flexões do fut. e do aor., sempre distintas; - Por outro lado, ao contrário do que se observa nas fle xões do pres., im pf., fut. e aors., característica dos tempos perfectivos (perf., mqpf. e fut. pf.), não têm as flexões médias estrutura paralela à das ativas, nem delas procedem, baseadas que são, em geral, em raiz própria, não necessariamente a mesma das ativas. d. Acentuação - Poder-se-á dizer que, do ponto de vista prosódico, os ptcs. terminados na form a base, nom. sing., pelo binôm io pievos, iq, ov se caracterizam pela recessividade do acento, com uma única exce ção: este perf. mp. ptc.; - Com efeito, são as inflexões todas do perf. mp. ptc. acentua das, posicionalmente, na penúltima e, como esta sílaba é breve, 1134
é agudo o acento em todas as formas; - Nos demais, estará o acento, sempre agudo, na antepenúlti ma nos casos em que é breve a desinência, na penúltima nas infle xões desinenciadas com final longo; - São estes os ptcs. recessivos em acentuação: - Trurrev — o — pev — oç, T), ov (pres. mp. Ptc.), - m oTeu — cr — o — pev — oç, T|, ov (fut. méd. Ptc.), - m o re i) — cra — pev — oç, nq, ov (19 aor. méd. Ptc.), - Xàp — o — |xev — oç, T), ov (2- aor. méd. Ptc.), - mCTT€V — 0T| — CT — Ó — |A€V — OS, 7), OV (fut. paSS. PtC.), ~Tre — TTUTTev — o — ó — pev — os, t), ov (fut. pf. mp. Ptc.); - De notar-se é que, ao contrário do que se dá nos ptcs. ativos (e no aor. pass. Ptc., ademais), em que o gen. pl. fem. é sempre perispômeno, conforme os substantivos da 1- declinação, neste perf. mp. Ptc. e nos demais finalizados em pevoç, 7], ov, será sempre paroxítono, segundo a prosódia dos adjetivos de cunho vocálico; - E, pois, marca distintiva deste ptc. esta acentuação peculiar, diferente da prosódia dos congêneres, servindo, por isso, para identificá-lo com adicional segurança; - Destarte, conclui-se que neste ptc. a posicionalidade do acento é absoluta, pois que se conserva ele em todas as inflexões na sílaba em que ocorre na forma base, nom. sing.;
e. Relação - Relaciona-se este perf. mp. Ptc. com a matriz, perf. mp. Ind., em que, à semelhança dos demais tempos do sistema, lhe deriva o binômio inicial da sequência estruturante: reduplicação (ttc) e raiz (m oreu), elementos básicos da flexão; - Logo, à base da quinta das partes principais, 19 p. s. do perf. mp. Ind., para obterem-se estas inflexões bastante será substituirse-lhe a desinência p m pelo final pevoç, t), ov, declinando-o regu larmente e acentuando sempre na penúltima. Como é esta sílaba breve em todas as formas, é AGUDO o acento na flexão inteira; - Por outro lado, com os demais ptcs. médios e passivos, ex 1135
ceção feita do aor. pass., flexionado nos moldes dos ativos, relacio na-se este perf. mp. Ptc. em que lhes tem em comum o binômio f i nal, infixo modal |xev e desinências vocálicas triform es, estas con form e os radicais não terminados em e, i, p. Contrasta-se-lhes no tocante à acentuação, posicionai neste, paroxítonas as inflexões to das, nos demais praticamente recessiva, paroxítonas as formas em que é longa a desinência, proparoxítonas aquelas em que a desi nência é breve; - Os tempos médios relacionam-se, geralmente, com os ati vos correspondentes em que, mesmas a estrutura e a formação, diferente apenas a desinenciação, se obtêm as inflexões médias com simplesmente substituir-se a desinência ativa pela equivalente média, ajustada a acentuação, onde de mister; - É o que se viu em relação ao pres., ao impf., ao fut. e aos aors., excetuadas as flexões participiais, pois que nestas não apenas as desinências são diferentes. É-o também o infixo modal, v t nos ptcs. ativos, |xev nos médios e/ou passivos; - Em se tratando, porém, dos tempos perfectivos (perf., mqpf. e fut. pf.) as flexões médias são em todos os modos diversas em estrutura das ativas e o próprio tema nem sempre coincide, pois que a raiz na voz média não é necessariamente a mesma da ativa, em muitos verbos sensivelmente alterada, em alguns inteiramente outra; - Destarte, não coincide o perf. mp. Ptc. com o perf. at. Ptc. em estrutura, já que àquele são alheios o infixo temporal k (alheio, de igual modo, ao 2° perf.) e a vogal de ligação o, além de divergi rem em formação, pois que diferentes lhes são o infixo modal e as desinências, também. Logo, não há form ar-se o ptc. perf. mp. à ba se do ptc. perf. at.; f. Sentido e tradução - Não difere este perf. mp. Ptc. do correspondente da voz ati va senão em relação à voz e sua ênfase distintiva. Quanto à Aktionsart, à projeção temporal, ao sentido e teor expressional, coincidem
1136
de todo; - Perfeito, assim o mqpf. e o fut. p f„ tem po de Aktionsart punctílio-linear, não é o fato em si (fut. e aor.) ou o processo eventuacional (pres. e impf.) que se focalizam, mas os efeitos, resultados ou consequências do fato a estenderem-se até a atualidade contextuai; - Voz média, a ação pratica-a o sujeito, agindo sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo parti cular, que lhe pertence, ou interessa, ou lhe é de vantagem (média indireta), a ênfase a cair no sujeito e seu envolvimento, não no fato como tal (voz ativa) ou na expressão consumacional ou resultacional do evento, estado ou relação (voz passiva); - Voz passiva, o sujeito é o paciente, não o agente do fato, so frendo a ação ao invés de praticá-la, a ênfase posta na expressão f i nal do evento, sua resultacionalidade ou form a consumada; - Particípio, não se apresenta o fato em term os categóricos ou incisivos (Ind.), nem em moldes potenciais ou possibilitários (Subj.), nem condicionais ou hipotéticos (Opt.), ou jussivos ou preceptuais (Imper.), ou estáticos ou substantivos (Inf.), mas em form a atributi va ou adjuntiva, modificativa ou circunstancial, na função de adjeti vo, substantivo ou verbo, qualificando, substituindo ou m odifican do; - De par com o Ind., expressa o Ptc. não apenas COMO a ação se dá, a Aktionsart, elemento primacial de toda form a verbal, mas ainda o QUANDO o evento se processa, aspecto de que são extre mes o Subj., o Opt., o Imper. e o Inf. Enquanto, porém, é no Ind. absoluta a perspectiva tem poral, no Ptc. é-o simplesmente relativa, subordinada ao tem po do verbo principal; - Portanto, expressa este perf. mp. Ptc. ação pretérita, anterior à do verbo principal, vista, porém, em seus efeitos continuativos a estenderem-se até a atualidade contextuai, de sorte que, na pers pectiva real, pode ser não apenas pretérita, mas presente e mesmo futura; - Segundo a função exercida, traduzir-se-á este ptc., ora como cláusula relativa, ora como locução perifrástica de cunho gerundial 1137
ou como cláusula adjuntiva circunstancial, ora como substantivo de sentido aproximativo; - Já que é estranha ao português a voz média, traduzem-selhe as formas pelas correspondentes ativas, subentendidos o enfo que e ênfase próprios destas inflexões. Quanto às formas tomadas em acepção passiva, a tradução será regular, nos moldes conve nientes a esta voz;' * - Uma vez que não há forma específica de tradução do per feito em distinção do aoristo, a representação é a mesma para os dois tempos, assim que esta flexão do perf. mp. Ptc. será traduzida pelos mesmos termos por que se traduziu o 19 ou o 2- aor. méd. ptc. ou o será o aor. pass. Ptc., subentendidas as especificidades de Aktionsart, voz e ênfase; - Destarte, já estudados, QUATRO particípios terão a mesma tradução, a saber: - maTev — a ã — s, maTev — a ã — a ã , m orei — a ã — v (19aor. at. ptc.), v
v
'
- maTev ^— era — jxev — os, m orev — cra — p,ev — *n, morei; — a ã — p,ev — ov (19 aor. méd. ptc.), - ire — m o re u — k — <ó — s, ire — m o re v — k — v — tã , ire — m o re v ' — k — ó — s (perf. at. ptc.) e - ire — m aT ev — |xev — os, -rre — m aT ev — |xev — t], r e — m o r e v '— p,ev — ov (perf. méd. ptc.); - De igual modo, r e — m aTev — |xev — os, t], ov, em acep ção passiva, traduzir-se-á em moldes paralelos a m aTev — 0 e i — s, m aTev — 0eí — a ã , m aTev — 0e" — v, aor. pass. ptc., como se verá; - Isto posto, r e — m o re v — jxev — os, "q, ov, em função pro priamente verbal, traduzir-se-á: - gerundialmente, sem variação de pessoa, gênero, número e caso, pela formação perifrástica integrada pelo gerúndio auxiliar de ter ou haver, mais o particípio passado do verbo principal, tratandose da voz média; pela locução auxiliar invariável constituída do ge rúndio de ter ou haver seguido do ptc. passado de ser, mais o ptc. 1138
passado do verbo principal, este a variar em gênero e número, tra tando-se da voz passiva; - Logo, - havendo crido, tendo crido (voz média); - havendo sido crido(a), tendo sido crido(a) (voz passiva); ou - adverbialmente, com cláusula circunstancial ou adjuntiva ad verbial de tempo, m çdo, causa, ou que tais, conform e o indique o imediato contexto, expressa pela conjunção conveniente, mais o pretérito perfeito do verbo principal, ativo ou passivo, este a variar em número, caso e pessoa. Logo, - depois que creu, - visto que creu, -p o rq u e creu, e assim por diante; - Em função tipicamente adjetiva, a qualificar substantivo ôu equivalente, claro ou virtual, na forma de cláusula relativa, já que não há equivalente adjetivo, constituída do pronome relativo que, invariável, acompanhado da form a do pretérito perfeito ativo do verbo principal, variável em número e pessoa, quando em acepção média, ou do pronome relativo seguido de locução verbal corres pondente ao pretérito perfeito passivo do verbo principal, variável em gênero e número, a form a participial, logo: - que creu, que creram (voz média), ou, - que foi crido(a), que foram cridos(as) (voz passiva); e - Em função diretamente substantiva, a tom ar o lugar de nome qualificado, correspondendo, assim, a adjetivo substantivado, alheia ao português form a específica desta categoria, a tradução será a mesma do uso adjetivo, isto é, assumirá a feição de cláusula relativa, se bem que, em acepção média, se pode usar o substantivo crente, tradução atribuída a todos os ptcs. ativos e médios já estu dados, subentendidas, neste caso, a punctílio-linearidade da ação, a anterioridade de sentido, assim como a expressão e ênfase próprias de cada voz; - Em síntese, pois, é o perf. mp. Ptc.: - tem po de Aktionsart punctílio-linear (Perf.),
1139
- ação praticada pelo sujeito agindo sobre si próprio ou sobre algo com que se relaciona estreitamente (voz média) ou dele sofrida (voz passiva), - pretérita ou anterior à projeção temporal do verbo principal ou dominante (Ptc. perf.), - ressaltado o sujeito e seu envolvimento no fato (voz média) ou o fato em sua expressão resultacional, a forma final consumada (voz passiva), - focalizados os efeitos continuativos ou resultados extensivos do fato, vistos como a estender-se até a atualidade contextuai (perf.), - projetável ao passado, ao presente ou ao futuro (Ptc.), - em teor adjuntivo ou qualificativo (perf.), - a traduzir-se nos moldes de cláusula relativa ou circunstan cial, gerundial ou perifrástica, ou mesmo como substantivo, - nas vozes ativa, em caráter da média, ou passiva, - em função adjetiva, ou substantiva, ou verbal; g. Aplicação paradigmática - Obtêm-se de outros verbos as formas do perf. mp. Ptc., à base deste paradigma de Trurreuct), com simplesmente substituirse-lhe o binôm io -ire — m o re v pela raiz reduplicada do verbo a fiexionar-se, conforme se encontra ela na quinta das partes principais; - Constantes, os mesmos sempre, invariáveis nesta flexão em todos os verbos, serão: o infixo modal p.ev, as desinências triform es vocálicas de temas não finalizados em e, i, p, e a acentuação, paroxítonas as inflexões todas; - Nos verbos em que a letra final do tema é a, e ou o, os cha mados verbos vocálicos, alonga-se esta vogal neste ptc. perf. mp., como, aliás, em todas as flexões, em todos os modos, excetuados os tempos presente e imperfeito; - Nos verbos em que o term inal da raiz é qualquer das labiais ( i r , (3, 9 ), ou gutural branda ( k ) o u aspirada (x), ou lingual ( t , 8, 0 ) ou mesmo a sibilante (ç), registrar-se-á alteração desta consoante 1140
final ante a líquida-nasal |x do infixo modal, conforme se assinalará no final do capítulo;
12. MAIS-QUE-PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO INDI CATIVO a. Estrutura - Sequência diferente da paralela ativa, constam as formas deste mqpf. mp. Ind. dos seguintes elementos estruturantes: AUMENTO + REDUPLICAÇÃO + RAIZ + DESINÊNCIA b. Formação (1) Aumento - Sinal específico de preteridade, extensão prefixional ao tema nos tempos secundários do Indicativo, é o aumento neste mqpf. mp. Ind. o mesmo assinalado já em relação às demais fle xões estudadas que o requerem (impf. at. e mp. Ind.; 19 e 2- aors. ats. e méds. Ind.); - E, pois, silábico, a vogal e com espírito fraco (e) anteposta à reduplicação, em se tratando de verbos em que a raiz se inicia por letra consoante; - É vocálico ou tem poral, mero alongamento da vogal in i cial, no caso de verbos em que a raiz começa por vogal breve ou ditongo; - Neste segundo tipo, já que é a reduplicação formada em moldes similares, isto é, consiste de idêntico alongamento, seria o aumento ulterior extensão da vogal já alongada, o que é infactível; - Dir-se-á, portanto, que, neste caso, coalescem aumento e reduplicação, tomando-se o aumento como im plícito ou virtual; - De igual sorte, será implícito ou virtual o aumento nos verbos em que a reduplicação tem a form a do aumento silábico, isto é, consiste de e, logo, nos temas iniciados por duas ou mais consoantes (salvo se muda seguida de líquida) ou por dupla (£, £,i|/) 1141
ou pela semiconsoante p; - Através do Novo Testamento, porém, mesmo nos verbos em que seria regular o aumento, comum lhe é a omissão;
(2) Reduplicação - Repetição prefixional de porção do tema, nos verbos iniciados por letra consoante, ou alongamento regular da vogal inicial, nos verbos em que tem a raiz como prim eiro elemento vogal breve ou ditongo, é a reduplicação neste m qpf. mp. Ind. a mesma da ma triz, perf. mp. Ind., conforme se mostra na quinta das partes princi pais; - Esta reduplicação obedece neste sistema aos processos de formação normativos para com o sistema do perfeito ativo, 19 ou 29;
(3) Raiz - Porção que se interpõe entre a reduplicação e a desinên cia, é a raiz neste m qpf. mp. Ind. também a mesma da matriz, perf. mp. Ind., de que a derivam, juntamente com a reduplicação, as fle xões todas deste sistema, expressa na quinta das partes principais; - Na maioria dos verbos é a raiz a mesma do presente e mesmo dos demais sistemas. Em alguns é, porém, alterada em maior ou menor escala, em outros inteiramente diversa; - Nos verbos em que o final do tema consiste de vogal bre ve a, e ou o sofrerá alongamento regular esta vogal neste mqpf. mp. Ind., como, aliás, em todas as flexões que não sejam forma do pres. ou impf.; - Ademais, nos verbos em que o tema se finda por muda labial ( tt, 3 , cp), gutural ( k , 7 , x ) ou lingual ( t , 8 , 0 ) , ou líquida (X, fx, v, p), ocorrem alterações temáticas similares às que se regis tram no perf. mp. Ind., conforme se enunciarão no final deste ca pítulo;
1142
(4) Desinências - É este mqpf. mp. Ind., ao lado do im pf. e dos aors. 19 e 29, tempo secundário, pelo que receberá as chamadas DESINÊN CIAS SECUNDÁRIAS MÉDIAS, próprias destes tempos do Ind., bem como de todas as flexões médias do Opt. (pres., fut., aors. 19 e 29, perf. e fut. pf.); - Característica deste sistema, aplicam-se as desinências diretamente à raiz, sem vogal de ligação ou infixo tem poral ou m o dal intermédio, princípio que apenas no Ptc. encontra exceção, já que neste se interpõe o infixo modal p,ev; - Nem experimentam estas desinências qualquer alteração de forma, nem mesmo na 2- p. s., que exibe normativamente a queda da sibilante desinencial e consequente contração das vogais contíguas em todas as flexões médias e passivas, dos modos fin i tos, excetuados o perf. e mqpf. Ind. e o perf. Imper., em que se mantém a sibilante, e o aor. pass. Ind., Opt. e Imper., em que a de sinência é ativa; - Podem-se conceber as desinências como formas reduzi das, evoluídas ou adaptadas dos pronomes pessoais correspon dentes, apostas em função sufixai subjetiva; - Do exposto, vê-se que não diferem estas formas das correspondentes ativas apenas no tocante à desinenciação, uma vez que não coincide em número de elementos e formação a estrutura elementar, nem será necessariamente a mesma a raiz em ambas as flexões;
c. Flexão (1) Formas - De m o - T e i x o - crer - , em aue a raiz reduplicada é ire — -m oreu, a flexão deste mqpf. mp. Ind. será: 1143
Aum. Red. Raiz Des. TT€ TTUTTeV |jlt |v - crera (eu), fora (eu) crido(a) 1- p. s. e / TT€ TTlCTTeU ao - creras (tu), foras (tu) crido(a) 2- p. s. e / TT€ TTlCTTei) t o - crera (ele, ela), fora (ele, ela) cri3a- p. s. e do(a) 2a - p. d. e 3a - p. d. e
1§ p. pl.e 2- p. pl.e 3- p. pl.e
TT€ TriaTev a0ov - crêreis (vós dois, yós duas), fôreis (vós dois, vós duas) cridos(as) tte maTeiJ a 0T]v - creram (eles dois, elas duas), fo ram (eles dois, elas duas) cridos(as) TT€ Trurrev |xe0á - crêramos (nós), fôramos (nós) cridos(as) Tre m aTev a 0e - crêreis (vós), fôreis (vós) cridos(as) Tre TuaTeo vto - creram (eles, elas), foram (eles, elas) cridos(as)
(2) Observações morfológicas - Da seqüência estrutural constantes, invariáveis, os mes mos através da flexão toda, permanecem o aumento (silábico, e), a reduplicação (-rre) e a raiz (m aT eu), a tríade inicial de elementos; - Apenas as desinências variam de form a a form a, segundo as exigências de pessoa e número; - Todavia, nos verbos em que o tema se finda por muda (labial: ir, (3,
1144
- 0 aumento, raiz iniciada por letra consoante, é o silábico, C que não raro se om ite no uso néo-testamentário; - A reduplicação, verbo em que a raiz se inicia por letra consoante simples, não aspirada (
c
( i
)
1145
ativas. Em certos verbos a raiz e, daí, a reduplicação podem ser in teiramente outras, diferentes, pois; - De notar-se é que, diferentemente do fut. e do aor., as mesmas formas servem às duas vozes, média e passiva, o que, aliás, vale também para o pres., o impf., o perf. e o fut. p f„ além deste mqpf.; «
ti. Acentuação - Flexão de modo finito, é este mqpf. mp. Ind. acentuado re cessivam ente, o acento a distanciar-se-lhe o mais possível da ú lti ma; - Em duas das formas é longa a desinência, na 1§ p. s. (e — ire — m o re v — (xnqv) e na 3- p. d. ( I — ire — -moTeu — ctOtjv), pelo que lhes cairá o acento nã penúltima. Nas demais, desinências bre ves, estará na antepenúltima; - É, pois, AGUDO o acento em todas as inflexões, posto sobre o ditongo eu, final do tema, em três das formas (19 p. s. e 3- p. d., paroxítonas, e 1- p. pl., proparoxítona), sobre o i da penúltima da raiz em cinco das inflexões (2- e 3- p. s., 2- p. d., 2- e 3- p. pl., todas proparoxítonas; - Nos verbos em que é monossilábica a raiz e iniciada por vo gal ou ditongo, uma vez que aumento e reduplicação representarão mero alongamento da vogal inicial, que não constituirá sílaba dis tinta, serão dissilábicas as inflexões todas, menos a 1- p. pl., trissilábica. Daí, serão todas essas formas dissilábicas acentuadas na pe núltima. Longa que o terá de ser esta penúltima, será circunflexo o acento nas CINCO formas em que é breve a desinência (2- e 3? p. s., 2- p. d., 2- e 3- p. pl.), agudo nas DUAS em que é longa a última (1ã p. s. e 3- p. d.). Todavia, a 3 - p. pl., dado o encontro e sucessão impronunciáveis de consoantes, quando o tema ê consonantal, as sume formação perifrástica. Somente a 1- p. pl., cuja desinência é breve e dissilábica, receberá acento na antepenúltima, proparoxíto na; - Tratando-se de verbos compostos, em que o prim eiro ele
1146
mento é preposição integrante, embora trissilábicas as formas, o acento não avançará para a antepenúltima, uma vez que, norm ati vamente, terá de permanecer na raiz verbal, logo, na penúltima; e. Relação - Com a matriz, perf. mp. Ind., relaciona-se este m qpf. mp. Ind. em que lhe tem em comum o binôm io reduplicação (ire) e raiz (m oreu ), que, à semelhança das demais flexões do sistema, lhos deriva diretamente; - Destarte, partindo-se do perf. mp. Ind. cuja form a base dá-a a quinta das partes principais, para obterem-se estas formas bas tante será antepor-se-lhe o aumento (quando não im plícito ou v ir tual) e substituir-se-lhe a desinência prim ária média p m pela se cundária p/qv, e assim nas demais pessoas, ajustando-se a acentua ção onde necessário; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos dois sistemas, exi birá este m qpf. mp. Ind. em comum com o correspondente ativo o trin ôm io inicial: aumento, reduplicação e raiz. As desinências se rão diferentes, secundárias ativas em um, secundárias médias no outro. Ademais, às inflexões médio-passivas é alheio o infixo te m poral K € ( i ) . Logo, em tais verbos, partindo-se do m qpf. at. Ind., obter-se-ão estas inflexões médio-passivas com elim inar-se-lhes o infixo tem poral e substituir-se-lhes as desinências secundárias ativas pelas médias correspondentes, ajustada a acentuação onde de mister; - Em comum com os demais tempos secundários médios ou passivos do Ind., excetuado o aor. pass., que segue a desinenciação ativa, tem esta flexão do m qpf. mp. Ind. os dois elementos extre mos da sequência estrutural: aumento e desinências. E quando a raiz é a mesma em todos os sistemas, tam bém este elemento lhes é comum a todos, como o evidencia o seguinte quadro: - e — m o re v — 6 — p/qv (im pf. mp. Ind.), - e — m o re u — era — p/qv (1e aor. méd. Ind.), - 1 — X.ct(3 — 6 — p q v (2- aor. méd. Ind.), k
c
( i
)
1147
- 1 — tt€ — TTurreí) — jjvqv (m qpf. mp. Ind.); f. Sentido e tradução - Não difere este mqpf. mp. Ind. do mqpf. at. Ind. em matéria de Aktionsart (punctílio-linear), tempo de ocorrência (fato pretérito, efeitos continuativos até determinado ponto no passado contextuai) e maneira de expressão (incisiva ou categóricã). Divergem apenas no tocante à voz e sua ênfase distintiva, já que a ativa salienta o fato, a média o sujeito, a passiva a resultacionalidade; - M ais-que-perfeito, como o perf. e o fut. pf., é tem po de Ak tionsart punctílio-linear, ação visualizada em seus efeitos, resultados ou conseqüências continuativos que se não estendem até a atuali dade contextuai mas se lim itam ao passado, projetados, pois, a al gum ponto da perspectiva pretérita; - Voz média, o sujeito pratica a ação, atuando sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo espe cial, ou porque lhe pertence, ou lhe convém, ou lhe interessa, ou lhe diz respeito (média indireta), a ênfasè voltada para com o sujeito e seu envolvimento no fato, estado ou relação, não no evento como tal (voz ativa), nem na expressão resultual do fato (voz passiva); - Voz passiva, o sujeito sofre a ação, sendo-lhe, pois, não o agente (vozes ativa e média), mas o paciente, a ênfase situada na expressão consumacional, na form a resultacional, na feição final do evento; - Indicativo, modo de expressão categórica, revestem-se estas formas de teor incisivo, terminante, vívido, não simplesmente po tencial ou probabilitário (Subj.), ou condicional ou hipotético (Opt.), ou jussivo ou injuncional (Imper.), m uito menos estático ou nom i nal (Inf.), ou qualitativo ou adjuntivo (Ptc.); - O elemento nocional prim ário dos tempos e modos gregos é a Aktionsart ou qualidade da ação, isto é, COMO se processa o fato, inexistente ou secundária a conotação temporal, QUANDO se dá o evento. Quatro dos modos (Subj., Opt., Imper. e Inf.) são inteira mente destituídos deste aspecto, a subsistir, pois, apenas em dois 1148
(Ind. e Ptc.). No Ptc. a noção de tem po é meramente relativa, sem pre voltada para com o verbo principal ou dominante, enquanto no Ind. é real ou absoluta, a expressar a situação temporal em termos definidos, precisos, exatos; - Dáf, expressam as inflexões deste mqpf. mp. Ind. ação pre térita, passada, anterior, vista, entretanto, não èm termos do fato em si, mas de seüs resultados ou efeitos conti nu ativos, que, por sua vez, se concebem como extensivos até determinado ponto no pas sado contextuai, não, como no perfeito, prolongados até o presen te. Logo, tanto o fato quanto os efeitos visualizados se situam no passado. Aliás, esta perspectiva pretérita assinala-a o aumento, como se dá, igualmente, no im pf. e nos aors. deste modo, o Indica tivo; - Traduzem-se, regularmente, estas formas pelas correspon dentes do nosso pretérito m ais-que-perfeito, observadas as especi ficidades de voz e ênfase próprias desta flexão. Como não dispõe o português de formas expressas da voz média, traduzir-se-ão, quando nesta voz, pelas correspondentes ativas, subentendidas a acepção específica e a ênfase distintiva. Em acepção passiva, a tra dução será a normativa desta voz, perifrástica; - Portanto, ^TremoTevjji/Tiv, form a da voz média, traduzir-se-á como; eu crera, eu tinha crido, eu havia crido, enfatizado o sujeito em seu envolvimento na ação; form a da voz passiva, representar-se-á como: eu fora crido(a), eu tinha sido crido(a), eu havia sido crido(a), acentuada a expressão final e seus resultados no crer; - Resumindo-se a matéria, dir-se-á que é o m qpf. mp. Ind.: - tem po de Aktionsart punctílio-linear (Mqpf.), - ação praticada pelo sujeito a agir sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona de maneira íntima (voz média), ou dele sofrida (voz passiva), - a ênfase posta no sujeito e seu envolvimento (voz média) ou na forma resultual da ação (voz passiva), - vista em função dos efeitos ou resultados continuativos, a estenderem-se até determinado ponto no passado (mqpf.), 1149
-p re té rita ou anterior (m qpf. Ind.), - expressa em termos categóricos ou incisivos (Ind.), - a traduzir-se pelo nosso pretérito anterior ou mais-queperfeito, em forma ativa (média) ou passiva, analítica ou sintética;
g. Aplicação paradigmática - À base deste paradigma de -mo-Teixo - crer - conjuga-se o mqpf. mp. Ind. de outros verbos em que se não inicia o tema por vogal ou ditongo, nem por dupla, p ou grupo consonantal (que não seja muda seguida de líquida), bastando apenas substituir-se o bi nômio reduplicação (ttc) e raiz (m oreu ) pela raiz reduplicada do verbo a flexionar-se, conforme se patenteie ela na quinta das partes principais; - Aum ento (e), desinências (secundárias médias) e acentuação (recessiva) são os mesmos, invariáveis, constantes, em todos, ex ceto que nos verbos em que a raiz se inicia em p ou dupla (£, £, v|í ) ou grupo consonantal que não sejam muda seguida de líquida, o aumento se não distinguirá da reduplicação, implícito ou virtual que o será; - Nos verbos em que a term inal do tema é vogal breve (à, e, o) ou muda labial (tt, 3 ,
13. FUTURO-PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO INDICA TIVO a. Estrutura - Consta a estrutura geral do fut. pf. mp. Ind. dos seguintes elementos em sequência regular: REDUPLICAÇÃQ + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIAS b. Formação (1) Reduplicação - Alongamento de vogal inicial do tema, anteposição de extensão vocálica ou repetição de porção da raiz, é a reduplicação neste fut. pf. mp. Ind. a mesma da matriz, perf. mp. Ind., conforme se apresenta na quinta das partes principais; - Obedece esta reduplicação aos processos formacionais assinalados em relação ao sistema do perfeito ativo, 12 *9 e 2-; (2) Raiz - Porção que nesta flexão do fut. pf. mp. Ind. sucede à re duplicação e antecede ao final a o ixa i da 1- p. s„, é a raiz, à seme lhança da reduplicação, a mesma da matriz, perf. mp. Ind., de que as derivam estas e as demais formas do sistema, vista sempre na quinta das partes principais; - É a raiz na maioria dos verbos a mesma do presente e demais sistemas, em alguns é alterada em maior ou menor escala, em uns poucos inteiramente outra; - Mantém-se constante, invariável, a mesma em todas as formas, esta raiz, se bem que nos temas vocálicos, finalizados por &, € ou o, se registre o regular alongamento desta vogal e nas raízes finalizadas por muda labial (ir, (5, cp), ou gutural (k , y , x), ou lingual (t , ô, 0), ou líquida (X, p,, v, p) se registrem alterações prévias, na quelas similares às assinaladas nos sistemas do futuro e do 19 ao1151
risto ante o sigma infixai, nestas próprias deste e, por vezes, de ou tros sistemas, mormente o perfeito ativo e o aoristo passivo; (3) Infixo Temporal - Característico distintivo por excelência das inflexões fu turas, é o infixo temporal nestas formas do fut. pf. mp. Ind. o mes mo do fut. méd. Ind., de que o derivam, isto é, a sibilante, sujeita às alterações assinaladas em relação ao sistema do futuro (e do 19 ao risto); (4) Vogal de ligação - Também a vogal de ligação nestas inflexões do fut. pf. mp. Ind. é a mesma do fut. méd. Ind., de onde as derivam, a típica das flexões do Ind., Imper., Inf. e Ptc. em que ocorra, isto é: - o antes de desinências iniciadas por p, ou v, - e ante as demais, isto é, desinências iniciadas por s ou t (5) Desinências - Tempo prim ário do Ind., cujas form as servem, a um tem po, às vozes média e passiva, tem este fut. pf. mp. Ind. as chamadas DESINÊNCIAS PRIMÁRIAS MÉDIAS, em term os do fut. méd. Ind., de que, juntamente com o infixo tem poral (ç) e a vogal de ligação (e/o), as deriva esta flexão; - Na 2- p. s., como em todas as flexões em que ocorra a desinência regular crai, excetuado o perf. mp. Ind., altera-se o final, mercê da queda da sibilante desinencial e a subsequente contração das vogais contíguas, de que resulta o ditongo e i ou -q. - Graficamente: e + o m e + ca e i ou -rj; - Como se tem observado, estas desinências se podem to mar como expressão reduzida, ou evoluída, ou adaptada dos pro nomes pessoais correspondentes; - Do exposto, vê-se que da matriz, perf. mp. Ind., têm estas inflexões o binôm io inicial de elementos (reduplicação e raiz) e do fut. méd. Ind. o trin ôm io final (infixo tem poral ç, vogal de ligação
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e/o e desinências primárias médias); c. Flexão (1) Formas - De ttu ttc Íkú - crer - , cuja raiz reduplicada é nas formas deste sistema TreiUoTeu, as inflexões deste fut. pf. mp. Ind. serão:
b
Red. Raiz IT VL Des. 1 - p. S. TTC TTLcnev 0 p m - haverei de ter crido; haverei de ter sido crido(a) 2- p. s. [ ttc m o re i) € o m ] - haverás de ter crido; haverás de ter ei sido crido(a) ire TTICTT€Ú ire m o re v ■g 3ã p. S. TTC m o re u € T a i - haverá (ele, ela) de ter crido; have rá (ele, ela) de ter sido crido(a) b b b b j
t 2- p. d. ire m o re u (T e
- havereis (vós dois, vós duas) de ter crido; havereis (vós dois, vós duas) de ter sido cridos(as) 3? p. d. -ire TTLCTT61Jcr € cr0ov - haverão (eles dois, elas duas) de ter crido; haverão (eles dois, elas duas) de ter sido cridos(as) ct0ov
/ 1 - p. pl. TT€ Trurreu or 0 |A €0á- haveremos de ter crido; haveremos de ter sido cridos(as) 2- p. pl. -ire TTUJTfU cr e
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Teu) e infixo temporal o trinôm io inicial, permanecem constantes, invariáveis, os mesmos, inalterados, em toda a flexão, enquanto dois, o binôm io final, vogal de ligação e/o e desinências primárias médias variam, aquela conform e as desinências, estas segundo o número e pessoa; - Pode-se conceber como híbrida esta flexão, a anexar elementos do perf. mp. Ind. e do fut. méd. Irld., daçiuele o binôm io inicial (reduplicação ttc e raiz irurTev), deste o trinôm io final (infixo temporal
e aOe (2- p. pl.) são as mesmas, nessas pessoas, em todas as fle xões médias e passivas dos modos finitos, excetuado o aor. pass., que este as tem ativas, enquanto às flexões do Imper. falta a 1- p. pl.; - Não há comparar-se esta flexão com a ativa paralela, que se limita o fut. pf. às vozes média e passiva, não aparecendo, pois, na ativa, senão em casos raros e esporádicos; d. Acentuação - Flexão de modo finito, é este fut. pf. mp. Ind. acentuado em moldes recessivos, o acento posto o mais distante possível da ú lti ma; - Desinências todas breves, estará o acento na antepenúltima em todas as formas, salvo que a 2- p. s. atual, dada a contração so frida, passou a ter final longo, ditongai, pelo que a tônica lhe é a penúltima; - AGUDO em toda a flexão, sobrepõe-se à vogal v do ditongo final do tema nas inflexões todas, menos a 1- p. pl., em que, dissilábica a desinência |xeôa, pairará por sobre a vogal de ligação o; - Paroxítona a 2- p. s., em sua form a evoluída, proparoxítonas as demais, são estas inflexões acentuadas nos exatos termos do fut. méd. Ind., de sorte que se pode dizer que lhe preservam a tonicida de em toda linha; e. Relação - Como se observou, relaciona-se este fut. pf. mp. Ind., a um tempo, com o perf. mp. Ind., em que lhe deriva o binôm io inicial (reduplicação: 'ire e raiz: iru rte v ), e com o fut. méd. Ind., em que lhe tem o trinôm io final (infixo tem poral ç, vogal de ligação e/o e desi nências primárias médias), com a mesma variação na 2- p. s. e acentuação idêntica. Daí, pode-se haver por flexão híbrida, formada pela junção dessas porções de ambos esses tempos básicos; - Logo, partindo-se das inflexões do perf. mp. Ind., cuja form a base, 19 p. s., dá-a a quinta das partes principais, obter-se-ão as 1155
equivalentes deste fut. pf. mp. Ind. com simplesmente substituir* se-lhes a desinência pela form a paralela do fut. méd. Ind., excindida a raiz e transferido o acento para sobre a última da raiz; - Por outro lado, partindo-se das formas do fut. méd. Ind., obter-se-ão as equivalentes deste fut. pf. méd. pass. Ind.com sim plesmente excindir-se-lhes a raiz do futuro è antepor-se-lhes ao trinôm io final a form a correspondente do perf. mp. Ind., supressa a desinência. 0 acento, m antido na mesma posição, estará na sílaba final da raiz do perfeito, substitutiva, exceto na 1- p. pl., deslocado que o será para sobre a vogal de ligação o; - Nos verbos em que, à semelhança de m o reve ), tem o fut. méd. Ind. a mesma raiz do perf. mp. Ind., o processo de conversão da form a do fut. méd. Ind. à equivalente do fut. pf. mp. Ind. se re duz à mera anteposição da reduplicação, os mesmos os demais elementos, como o evidencia a seguinte comparação: - fut. méd. Ind.: m o re u — cr — o — p m - fut. pf. mp. Ind.: ire — m crreu — a — o — poa; - Em quatro dos tempos, a saber: pres., im pf., fut. e aor. (19 e 29), as formas da voz média diferem das ativas correspondentes apenas quanto à desinência, própria de cada voz. Portanto, à base da ativa obtém-se a média paralela com simplesmente substituir-se a desinência ativa pela equivalente média. Esta relação não vigora em relação a dois tempos: perf. e mqpf., por isso que têm estrutu ração diversa e o infixo tem poral da form a ativa não ocorre na in flexão média. 0 fut. pf. mp. Ind. seguiria a norma da maioria, d i vergindo da flexão ativa apenas quanto à desinência. Todavia, tal não aparece em o Novo Testamento, em que uma vez somente se registra a forma ativa, até na literatura helénica extremamente rara. De lembrar-se é que nos ptcs. não apenas as desinências diferem nas duas vozes, pois que também são distintos os infixos modais, vt nos ptcs. ativos (e no aor. pass.) e pev nos ptcs. médios e passi vos (menos o aor. pass.); 1156
f. Sentido e tradução - Tivessem estas formas equivalentes ativas, delas não dife ri ríam quanto à punctílio-linearidade da ação, a futuridade da proje ção, o enfoque polarizado para com os efeitos continuativos ao in vés de para com o evento, a incisividade ou categoricidade da ex pressão. Diferentes ihes seriam a voz e a ênfase distintiva; - Futuro Perfeito, tem po de Aktionsart punctílio-iinear, como no perf. e mqpf., focaliza-se não propriamente o fato em s i (fut. e aor.), nem tampouco o processo desdobracional da ação (pres. e impf.), mas os efeitos continuativos, os resultados prolongacionais, que se estendem até o porvir, no mqpf. lim itados ao passado, no perf. projetados até o presente; - Voz média, o sujeito efetua a ação, operando sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo íntim o (média indireta), porque lhe é do interesse, ou lhe convém, ou lhe pertence, ou lhe diz respeito, a ênfase posta no sujeito e seu envol vim ento na ação, não no fato como tal (voz ativa), nem na expressão consumacional do evento (voz passiva); - Voz passiva, o sujeito, não mais agente, mas paciente da ação, sofre-a ele, recebe-lhe o impacto, é-lhe o objeto, a ênfase re caindo sobre a expressão resultual do fato, sua form a final ou con sumada; - Indicativo, modo em que é categórica a expressão, revestemse estas inflexões de teor incisivo, terminante, vívido, não de cunho meramente potencial ou probabilitário (Subj.), nem condicional ou possibilitário (Opt.), nem preceptual ou injuntivo (Imper.), ou estáti co, nominal (Inf.), ou atributivo ou adjuntivo (Ptc.); - Embora seja de todos os modos verbais elemento nocional básico a Aktionsart, isto é, COMO o fato se processa, a quatro deles (Subj., Opt., Imper. e Inf.) alheia conotação tem poral, QUANDO se realiza a ação, dois possuem, embora secundariamente, a idéia de tempo, o Ind., em que é absoluta, o Ptc., em que é relativa; - Portanto, expressam estas inflexões ação, como no perf. e mqpf., de cunho pretérito, vista, porém, na continuidade de seus 1157
efeitos ou resultados, nesta flexão havidos como a estender-se até a futuridade. Não é, propriamente, o evento em si, mas a projeção das consequências dele oriundas que se focalizam nestas formas, logo, não tanto a anterioridade do fato, quanto a futuridade dos efeitos; - Traduzem-se estas formas, em moldes que englobem a preteridade do fato e a futuridade do alcance da ação, pelo nosso futuro composto ou anterior, constituído do futuro promissivo ativo de haver, mais o infinitivo pretérito do verbo principal, locução fo r mada do pres. at. Ind. de ter, mais o ptc. passado do verbo do m i nante, em se tratando da voz média, ou desse infinitivo deter, mais os ptcs. passados de ser e do verbo regente, no caso da voz passiva; - Como não tem o português form a específica da voz média, nesta acepção traduzem-se as inflexões pela ativa correspondente, subentendidas a noção típica da voz média e sua ênfase distintiva ao sujeito. Em acepção passiva, a tradução se processa nos termos regulares desta voz; - Logo, 'ire m o T e w o p m , tom ado como form a da voz média, traduzir-se-á por: haverei de ter crido ; visto como inflexão passiva se-lo-á por: haverei de ter sido crido(a), e assim as demais inflexões. Comumente, porém, a tradução é a do futuro promissivo simples: haverei de crer (médio), haverei de ser crido(a) (passivo); - Em suma, portanto, é o fut. pf. mp. Ind,: - tempo de A ktionsart punctíiio-linear (fut. pf.), - ação praticada pelo sujeito, agindo sobre si mesmo ou sobre algo que lhe diz respeito de modo especial (voz média) ou delesofrida (voz passiva), - a ênfase posta no sujeito e seu envolvimento com a ação (voz média) ou na expressão resultual do fato (voz passiva), - vista em termos dos efeitos continuativos a projetarem-se na futuridade (fut. pf.), - pretérita como fato, futura em alcance (fut. pf.), - afirmada em termos categóricos ou incisivos (Ind.), - a traduzir-se pelo nosso futuro composto ou anterior em
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teor ativo (média) ou passivo, conforme a acepção; g. Aplicação paradigmática - Segundo este paradigma d e m o re ix * )- c r e r - conjugar-se-á o fut. pf. mp. Ind. de outros verbos, requerendo-se apenas a subs tituição do binôm io inicial, reduplicação ore e raiz m o re u , pelo te ma reduplicado*do verbo a flexionar-se, expresso na quinta das partes principais; - Infixo tem poral ç, vogal de ligação e/o, desinências primárias médias, alteração da 2- p. s. e acentuação permanecem constantes, os mesmos sempre, em todos; - Nos verbos em que o tema do perf. mp. term ina em muda produz-se nesta flexão, como se viu já nos sistemas do futuro e do 19 aoristo, alteração devida ao encontro da muda com a sibilante infixai, assim que: - labial (ir, (3,
cinco inflexões há de cunho perifrástico: M t 16.19 (cerrai ôe8e|xc— vov - haverá de ter sido ligado - e corai XeXvixcvov - haverá de ter sido desligado ); Mt 18.18 (corai ôeôc|xeva - haverão de ter sido liga das - e corai XeXujxcva - haverão de ter sido desligadas) e Lc 12.52 (êoovTai ôia|xe|xepio(xévoi - haverão de ter sido divididos ); - De observar-se é que no grego m oderno já não subsiste o fut. pf. e que ao sânscrito outrora era ele de todo estranho.
14. FUTURO-PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO OPTATI VO a. Estrutura - Deste fut. pf. mp. Opt. consta a seqüência estrutural dos se guintes elementos: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS b. Formação (1) Reduplicação - Alongamento de vogal inicial do tema, extensão vocálica ou repetição de parte da raiz, é a reduplicação neste fut. pf. mp. Opt. a mesma da matriz, perf. mp. Ind., de que a derivam este e os demais componentes do sistema, à base da quinta das partes princi pais; - Forma-se a reduplicação nos moldes assinalados em re lação ao sistema do perfeito ativo, 19 ou 29; - Não varia a reduplicação, constante, inalterada, a mesma em todas as formas desta flexão; (2) Raiz - Porção que se interpõe entre a reduplicação e o final
- Na maioria dos verbos é esta raiz a mesma do presente e demais sistemas, em alguns alterada em maior ou menor escala, em outros inteiramente outra; - Como a reduplicação, não varia esta raiz, a mesma, inafetada em toda a flexão, se bem que nos temas finalizados por m u da ou líquida-nasal sofra esta consoante alteração normativa em tais circunstâncPas: fusão ou supressão ante o s infixai; (3) Infixo Temporal - 0 infixo temporal é o mesmo do fut. méd. Opt., isto é, a sibilante, elemento caracterizante inconfundível das inflexões fu tu ras, sujeito a fusão com labiais e guturais y , \ ) finais do tema, como se observou nos tempos dos sistemas do futuro e do 19 aoristo; - Em última instância, provém este infixo do fut. at. Ind., matriz do sistema em que se enquadra o fut. méd. Opt. Todavia, dada a afinidade, relacionamo-lo primariamente com o fut. méd. Opt.; ( t t ,
3
,
( p )
( k
,
(4) Vogal de ligação - A vogal de ligação neste fut. pf. mp. Opt. é, também, a tí pica deste modo nos tempos que a têm, a mesma, pois, do fut. méd. Opt., isto é, o (embora não a preceder a p ou v), que se con trai com o infixo modal t, subsequente, a mesma, invariada, em to da esta flexão;5 (5) Infixo Modal - O infixo modal é neste fut. pf. mp. Opt. o mesmo do fut. méd. Opt., isto é, a vogal breve fechada í, característica de toda in flexão deste modo; - É este infixo em todas as formas e flexões precedido de vogal, ora temática (pres. e 2- aor. dos verbos em p i), ou infixai (19 aor.), ora ligacional (pres. e 29 aor. dos verbos em o>, assim como do fut., perf. e fut. pf., em geral);
- Contrai-se este infixo modal i com a vogal que o antece de, em todas as formas e flexões, resultando os ditongos a i, ei, oi; - Neste fut. pf. mp. Opt. contrai-se o infixo modal í com a vogal de ligação o, que o precede, produzindo-se, destarte, o dito n go oi, distintivo de todas as flexões do Opt. nos verbos em
Fut. At. Opt. (m o re u — cr — o — i — |xt), Fut. Méd. Opt. (Trurrev — a — o — í — p/qv), 26 *9 Aor. At. Opt. (\a|3 — o — t — p,í), 2° Aor. Méd. Opt. (Xã0 — o — í — p/qv), Perf. At. Opt. (ire — m o re v — k — o — t — px) e Fut. pf. MP. Opt. (ire — irto re v — a — o — t — p/qv);
(6) Desinências - Como o infixo temporal ç, a vogal de ligação o e o infixo modal i, são as desinências neste fut. pf. mp. Opt. as mesmas do fut. méd. O p t, e nos mesmos termos, inclusive a alteração que se processa no final da 2- p. s.; - Característica é das flexões do Opt. todas o receberem somente desinências secundárias^ em exato contraste com os tem pos do Subj., que as têm sempre e apenas primárias. Logo, neste fut. pf. mp. Opt. são as desinências as SECUNDÁRIAS MÉDIAS, aplicadas já às seguintes flexões deste modo: pres. mp. (irio re i) — o — i — p/qv), fut. méd. (irto re v — a — o — i — p/qv), 19 aor. méd. (mcrreu — a ã — i — p/qv) e 29 aor. méd. (Á.á(S — o — t — p/qv); - Na 2- p. s., fenômeno típico desta forma em todas as fle xões em que a desinência é a i, acu ou ao, com exceção do perf. mp. Ind. e Imper. e do mqpf. mp. Ind., registra-se a queda da sibi-
1162
lante inicial da desinência, não sofrendo, porém, contração as v o gais contíguas: ouro — » ou>; c. Flexão (1) Formas - De moTeúíD - crer - , cuja raiz reduplicada é Ttem oreu, as formas deste fut. pf. níp. Opt. serão:2
1 - p. s. 2- p. s. 3§ p. s.
Red. -ire TTC ire
Raiz TTwrrev TTurreu TTWTTCU
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22 p. d. 32 p. d.
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IxeOct o 6e VTO
Desinências
(2) Observações m orfológicas - Dos SEIS elementos que form am a sequência estrutural desta flexão, CINCO, a saber: reduplicação (ire), raiz (m oreu ), in fi xo temporal (ç), vogal de ligação (o) e infixo modal (í), permanecem inalterados, constantes, os mesmos em todas as inflexões. Apenas as desinências variam, conforme os reclamos de pessoa e número; - Como o fut. pf. mp. Ind., pode-se tom ar este fut. pf. mp. Opt. como flexão híbrida, a combinar elementos do perf. mp. Ind. e do fut. méd. Opt.; daquele o binômio inicial (reduplicação -ire e raiz mcrreu), deste o quadrinôm io final (infixo temporal ç, vogal de li gação o, infixo modal í e desinências secundárias médias); - Neste paradigma, como nos demais verbos em que a raiz é a mesma nos sistemas do perfeito médio e do futuro, diferem, 1163
após tudo, estas formas do fut. pf. mp. Opt. das correspondentes do fut. méd. Opt. em que têm reduplicação, alheia às inflexões deste últim o. Comuns lhes são os cinco elementos restantes; - Nos verbos em que o tema é finalizado por muda {labial: ir, 3 ,
mente às vozes média e passiva, esta relação deixa de proceder; d. Acentuação - Como nas demais flexões dos modos finitos, a acentuação neste fut. pf. mp. Opt. é recessiva, portanto, a distanciar-se o mais possfvel da última; - DUAS das desinências: p/qu da 1 - p. s. e da 39 p. d. são longas, pelo que terá o acento de ficar na penúltima, enquanto as demais SEIS (2- e 3- p. s., 2- p. d. e as três do plural) são breves, permitindo ao acento avançar até a antepenúltima; - É, pois, agudo em toda a flexão, posto no í infixai em TRÊS das formas, 1§ p. s. e 3- p. d., paroxítonas, e 1- p. pl., proparoxíto na; colocado por sobre o v do ditongo eu, final do tema, nas res tantes CINCO inflexões (2- e 3- p. s., 2- p. d. e 2- e 3- p. pl.), todas proparoxítonas; - De notar-se é que esta acentuação é exatamente a mesma do fut. méd. Opt., aliás, a mesma também do pres. mp. Opt. e dos aors. méds. Opt., 19 e 2-; e. Relação - Relaciona-se esta flexão, a um tempo, com a matriz, perf. mp. Ind., em que lhe deriva o binôm io inicial das formas: reduplicação (ire) e raiz (Tnoreu), e com o fut. méd. Opt., em que lhe tem em comum o quadrinôm io final de elementos: o infixo temporal ç, a vogal de ligação o, o infixo modal i e as desinências secundárias médias, além de que lhes são paralelas a alteração (queda da sibi lante desinencial) da 2- p. s. e a acentuação (mesmo posiciona mento e natureza similar); - Partindo-se, pois, da matriz, perf. mp. Ind., conforme se lhe estampa a forma base, 1- p. s., na quinta das partes principais, ob ter-se-ão as inflexões deste fut. pf. mp. Opt. com apenas substituirse-lhe a desinência pelas formas do fut. méd. Opt., eliminada a raiz, preservadas a posição e natureza do acento; - Por outro lado, à base do fut. méd. Opt., podem-se form ar 1165
estas inflexões do fut. pf. mp. Opt. com simplesmente excindirse-lhes a raiz e antepor-se-lhes as equivalentes do perf. mp. Ind., om itida a desinência; - Quando a rafe é a mesma nestes dois tempos combinados, conseguem-se, na realidade, as formas do fut. pf. mp. Opt. com simplesmente antepor-se a reduplicação às formas paralelas do fut. méd. Opt. Assim, temos do verbo Trurreixo; - fut. méd. Opt.: TrtcrTev — cr — o — í — p/qv, - fut. pf. mp. Opt.: ire — m o re v — a — o — i — p/rjv; - Diferentemente do perf. e do mqpf., em que as formas da voz média não procedem das paralelas ativas, diversas em estru tura e formação, enquadra-se, virtualmente, este fut. pf. no grupo de tempos em que se distinguem das ativas as inflexões médias apenas no que respeita à desinência, comuns os demais elementos (pres., im pf., fut. e aors. 19 e 29); f . Sentido e tradução - Ocorressem-lhe as formas ativas, delas não difeririam estas inflexões do fut. pf. mp. Opt. em Aktionsart (punctflio-linear), na condicionalidade da expressão, na projeção do fato em seus efeitos. Difeririam apenas quanto à voz e sua ênfase distintiva; - Futuro-Perfeito, tem po de Aktionsart punctflio-linear, como no perf. e mqpf., não é o fato em s i que se focaliza, o que se dá no fut. e no aor., nem o processo desdobracional da ação, que expressam o pres. e o impf., mas os efeitos ou resultados continuativos do even to, estado ou relação, projetados futuritivam ente nestas formas, enquanto no perf. se estendem até a atualidade contextuai e no m qpf. se lim itam a algum ponto no passado; - Voz média, o sujeito realiza a ação, agindo sobre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo espe cial (média indireta), porque lhe é do interesse, ou lhe oferece van tagem, ou lhe apraz particularmente, ou lhe pertence, ou o afeta, a ênfase voltada para com o sujeito e seu relacionamento com a ação, não para com o fato como tal (voz ativa), nem para com a expres1166
são resultual ou a eventuação em sua form a final (voz passiva); - Voz passiva , o sujeito, não mais agente, mas paciente da ação, sofre-lhe o impacto, é-lhe o objeto, a ênfase posta na resultacionalidade do evento, sua form a consumancional; - O ptativo, como o Subj., modo subalterno, dependente, rela tivo, expressam estas formas o fato em moldes condicionais, hipo téticos ou possibilitárips, não potenciais ou probabilitários (Subj.), nem mesmo estáticos ou nominais (Inf.), ou atributivos ou adjuntivos (Ptc.), m uito menos preceptuais ou jussivos (Imper.) ou te rm i nantes ou categóricos (Ind.), visualizados os efeitos ou consequên cias antes que o fato mesmo; - Modo a que, ao lado do Subj., do Imper. e do Inf., é alheia a noção de tem po QUANDO se realiza o fato, não expressam estas formas eventuação necessariamente futurfstica, podendo situar-se ainda no presente e até no passado, conforme o determine o im e diato contexto e a direta estrutura clausular; - Dada a natureza pendencial, aleatória, subordinatfcia deste modo, nisto similar ao Subj., não têm as formas do fut. pf. mp. Opt. tradução específica, estereotipada, explícita, ditada que o será pela natureza e teor da cláusula em que apareçam. São, pois, passíveis de múltiplas e variadas traduções, subentendida sempre a punctílio-linearidade característica das flexões perfectivas; - Como falta ao português tradução direta da voz média, quando nesta acepção expressar-se-ão as formas pela correspon dente da voz ativa, implicitada a subjetividade típica, a ênfase ao sujeito e seu envolvimento no fato. Em sentido passivo, a tradução será a regular ou normativa desta voz; - Em síntese, é o fut. pf. mp. Opt.: - tem po de Aktionsa rt punctílio-linear (fut. pf.), - ação praticada pelo sujeito, agindo sobre si mesmo ou sobre algo que lhe é de especial relação (voz média) ou dele sofrida (voz passiva), - a ênfase voltada para com o sujeito e seu envolvimento (voz média) ou para com a eventuação em sua expressão resultual ou 1167
consumativa (voz passiva), - vista em função de seus efeitos, consequências ou resultados continuativos (fut. pf.), - pretérita como fato, futura em projeção (fut. pf.), - sem definido posicionamento no tempo (Opt.), - daí, pretérita, presentânea ou futuritiva (contexto), - expressa em termos condicionais ou hipotétiços (Opt.), - sem tradução específica, determinada que o é pelo tipo da cláusula em que ocorra (Opt.), em teor ativo (média) ou passivo, segundo a acepção;
g. Aplicação paradigmática - De outros verbos obtém-se a flexão do fut. pf. mp. Opt., à base deste paradigma de Trurreixo - crer - , com simplesmente substituir-se-lhe o binôm io inicial, reduplicação (,ire) e raiz (m o— Teu), pela raiz reduplicada, conforme conste da quinta das partes principais; - Os demais elementos estruturais: infixo temporal ç, vogal de ligação o, infixo modal í e desinências secundárias médias, bem como a supressão do ç desinencial na 2- p. s. e a acentuação, em seu posicionamento e natureza, permanecem constantes, os mes mos em todos; - Nos verbos em que o tema do perf. méd. se finda em muda, paralelamente ao que se verificou nos sistemas do futuro e do 1? aoristo, registra-se alteração produzida pelo encontro desta muda com a sibilante infixai, de sorte que: - labial (ir, J5, q>) se funde com a sibilante, resultando a dupla - gutural - lingual
1168
(k ,
7 , x) se funde com a sibilante, resultando a dupla
( t , ô, 0 )
simplesmente cai.
15. FUTURO-PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO INFINITI VO a. Estrutura - Do fut. pf. mp. Inf. a estrutura consiste da seguinte seqüência de elementos: REDUPLICÁÇÃO, + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIA
b. Formação (1) Reduplicação - Alongamento de vogal inicial do tema, prefixação vocálica ou repetição de parte da raiz, é a reduplicação neste fut. pf. mp. Inf. a mesma da matriz, perf. mp. Ind., de que a deriva, como o fazem, aliás, todos os integrantes do sistema, conforme se exibe na quinta das partes principais; - Esta reduplicação se form a em termos dos processos as sinalados em relação ao sistema do perfeito ativo, 19 e 2 -; (2) Raiz - Porção basilar da form a, intercalada entre a reduplicação e o final aeaOai da inflexão, é também a raiz neste fut. pf. mp. Inf. a mesma da matriz, perf. mp. Ind., de onde a deriva, explicitada na quinta das partes principais do verbo; - Na maioria dos verbos é esta raiz a mesma do presente e demais sistemas; em outros é alterada, em escala ora mais, ora menos, acentuada; em alguns inteiramente outra; - Nos verbos em que a final do tema seja muda ou líquidanasal experimentará esta consoante alteração normativa ante o s infixai, fusão ou queda, conforme o caso; (3) Infixo Temporal - O infixo temporal é o mesmo do fut. méd. Inf., isto é, a
1169
sibilante, marca distintiva de todas as inflexões futuras, sujeita a fu são com as labiais (tt, P,
,
(4) Vogal de ligação - Como 0 infixo temporal, é também a vogal de ligação neste fut. pf. mp. Inf. a mesma do fut. méd. Inf., logo, a breve c, característica dos infinitivos presentes, futuros e 2- aoristos, co muns, ao lado de o, às flexões que a requerem no Ind. e no Imper.; (5) Desinência - Embora própria de todos os infinitivos médios e passivos, exceção feita do aor. pass., que a tem nos moldes ativos, é também a desinência neste fut. pf. mp. Inf. a mesma do fut. méd. Inf., logo, a distintiva
IT VL Desinência cr0ca - haver de ter crido; ha a € ver de ter sido crido(a);
d. Observações morfológicas - Pode-se conceber esta form a de fut. pf. mp. Inf., à seme
1170
Ihança das demais flexões do fut. pf., conforme se viu também no Ind. e no Opt., como híbrida, a reunir elementos do perf. mp. Ind. (reduplicação e raiz) e do fut. méd. Inf. (infixo tem poral, vogal de li gação e desinência); - Como em todos os verbos em que tenham os sistemas do perfeito médio e do futuro simples a mesma raiz, difere esta forma de fut. pf. mp. Inf. da correspondente do fut. méd. Inf. apenas em que lhe antepõe a reduplicação. Os demais quatro elementos estruturantes são os mesmos, e na mesma sequência; - Nos verbos em que o final do tema seja consoante muda (labial: tt, (3,
dencia o quadro infra: - pres. at.: m o re ú — etv (original: iru rre v — e — ev), - pres. mp.: m o re v — e — cr0a i, - fut. at.: m o re v — cr — eiv (original: m o re v — cr — e — ev), - fut. méd.: m o re v — a — e — cr0a i, - fut. pass.: m o re v — — cr — e — cr0a i, - 1° aor. méd.: m o re v — o ã —
1172
futuro e o do perfeito médio, já que os demais quatro elementos coincidem, obter-se-á a forma deste fut. pf. mp. Inf. com simples mente antepor-se a reduplicação à inflexão do fut. méd. Inf., como o evidencia a seguinte comparação: - fut. méd. Inf.: m o re é — cr — e — cr6a i, - fut. pf. mp. Inf.: ire — iTtcrrev — cr — e — CT0ai; - Exceção feita do perf. e mqpf., os demais tempos médios se podem tom ar como provindos diretamente dos ativos correspon dentes, já que diferem apenas no tocante às desinências. Assim, pois, deveria esta form a infinitiva provir do fut. pf. at. Inf., substi tuída a desinência .ativa ev (ou v a i) pela média oOai. Como, porém, não subsiste essa forma ativa, não há estabelecer-se, de fato, esta correlação; g. Sentido e tradução - Houvesse a forma do fut. pf. at. Inf., apenas em relação a voz e sua ênfase distintiva dela diferiria este fut. pf. mp. Inf. Comuns lhes seriam a Aktionsart (punctflio-linear), a substantividade da ex pressão, a projeção dos efeitos; - Futuro Perfeito, como o perf. e o mqpf., tem po de Aktionsart punctflio-linear, não é o fato em s i (fut. e aor.) que sobressai nestas formas, nem mesmo o processo desdobracional do fato (pres. e impf.), mas os resultados, efeitos ou consequências continuativas da ação, projetadas no perf. até a atualidade contextuai, no mqpf. contidas em determinado ponto do passado, no fut. pf. extensivas ao futuro; - Voz média, a ação se atribui ao sujeito, a agir sobre si mesmo (voz média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de maneira íntima (voz média indireta), porque lhe é do interesse, ou lhe con vém, ou lhe traz vantagem, ou lhe pertence, ou o afeta, a ênfase a projetar-se sobre o sujeito e seu envolvimento na eventuação, não sobre o fato como tal (voz ativa) ou sua expressão resultual, sua form a final ou consumativa (voz passiva); - Voz passiva, o sujeito, não agente, mas paciente, recebe o 1173
impacto da ação, sofre-a, a ênfase caindo na resultabilidade do fato, na expressão consumada, na feição final dela assumida; - Infinitivo, o chamado modo substantivo, expressa o fato em termos estáticos ou nominais, não em teor adjetivo ou adjuntivo (Ptc.), nem mesmo em moldes hipotéticos ou possibilitários (Opt.), ou, então, potenciais ou probabilitários (Subj.), m uito menos jussivos ou preceptuais (Imper.) ou incisivos e categóricos (Ind.), salientando-lhe os efeitos continuativos antes que a eventuação mesma; - Um dos quatro modos (Subj., Opt., Imper. e Inf.) em que apenas a qualidade da ação subsiste, a expressar, pois, somente o COMO o fato se dá, alheia toda noção de tempo, isto é, o QUANDO a ação se realiza, não se reveste o fut. pf. mp. Inf. de teor necessa riamente futuritivo, podendo, de igual modo, referir-se ao passado e ao presente, conforme o evidencie o imediato contexto. Entre tanto, a projeção é preteritiva quanto ao fato, futuritiva quanto aos efeitos, dicotomia da essência dos tempos perfectivos; - Carece o português de forma sintética, única e exclusiva, por que traduzir-se este Inf. Daí, serve-se de locução que, perifrasticamente, expresse, a um tempo, a anterioridade do fato e a posterioridade dos efeitos. Consiste-lhe a formação do pres. at. Inf. de ha ver, em teor promissivo, seguido, pois, da preposição de a reger o infinitivo pretérito, constituído do pres. at. Inf. de ter, mais o ptc. passado do verbo principal, na voz média, ou do mesmo auxiliar ter, mais o ptc. passado de ser, seguido do ptc. passado do verbo principal, o auxiliar haver e este últim o ptc., variáveis em gênero e número; - Como não dispõe o português de form a de expressão da voz média, traduzir-se-á este fut. pf. Inf. nesta acepção pela voz ativa correspondente. Na acepção passiva a tradução será a própria desta voz; - Portanto, ire — iru rre v — cr — e — o-0ai se deve traduzir como: - Haver de ter crido (voz média), ou.
1174
- Haver de ter sido crido (voz passiva). Verdade é que, geral mente, se prefere a form a simples, mais futuritiva, não preservada a noção preteritiva do fato em si: - Haver de crer (voz média), e - Haver de ser crido (voz passiva); - Conclui-se, à vista do exposto, que é o fut. pf. mp. Inf.: - tempo de Aktionsart punctflio-linear (fut. pf.), - ação Praticada pelo sujeito, agindo sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona de modo especial (voz média) ou dele sofrida (voz passiva); - a ênfase posta no sujeito e seu relacionamento (voz média) ou na expressão resultual (voz passiva), - vista em termos dos efeitos ou resultados continuativos (fut. pf.), - pretérita como fato, futura em projeção (fut. pf.), - sem específica situação temporal, daí, presente, pretérita ou pervindoura (contexto), - expressa em moldes substantivos ou estáticos (Inf.), - a traduzir-se perifrasticamente, nos moldes do futuro com posto promissivo ativo (voz média) ou passivo (voz passiva); h. Aplicação paradigmática - Obtém-se a form a do fut. pf. mp. Inf. de outros verbos, à luz deste paradigma de 'iricrrevcD - cre r - , com simplesmente substi tuir-se-lhe o binôm io inicial tt€ — irioT eu (reduplicação e raiz) pela raiz reduplicada do verbo a flexionar-se, conforme se expressa ela na quinta das partes principais; - Os mesmos, permanentes, fixos, serão os demais elementos: infixo temporal ç, vogal de ligação e e desinência média infinitiva o-0cn, bem como a acentuação (recessiva, proparoxítona a form a, dado como breve o a i final); - Fenômeno paralelo ao assinalado nas flexões dos sistemas do futuro e do 19 aoristo, e pela mesma razão, nos verbos em que o tema do perf. méd. se finda em muda, ante a sibilante infixai, so1175
frerá alteração essa raiz, por isso que: - labial (tt, (3,
( k
,
7 , x ) se funde com a sibilante, resultando a dupla
ie - lingual (t , 8,0) cai, simplesmente; - As raízes terminadas por vogal breve (á, e, o) alongarão essa vogal temática e os temas finalizados por líquida-nasal (p., v), em geral, sofrerão a queda destas consoantes ou alterações de outro molde, como adiante se verá; - Em conclusão, para ter-se esta forma do fut. pf. mp. Inf. de qualquer verbo suficiente será acrescentar-se-lhe o final a — e — cr0a i ao tema reduplicado do perf. mp., conforme consta da quinta das partes principais, acentuando-se a antepenúltima, isto é, a síla ba final do tema.
16. FUTURO PERFEITO MÉDIO-PASSIVO DO PARTICÍPIO a. Estrutura - Do fut. pf. mp. Ptc. a seqüência estrutural consiste dos se guintes elementos: REDUPLICAÇÃO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL + VOGAL DE LIGAÇÃO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS b. Formação (1) Reduplicação - Repetição de porção da raiz a antepor-se-lhe, prefixação vocálica ou alongamento de vogal inicial do tema, é a reduplicação neste fut. pf. mp. Ptc. a mesma da matriz, perf. mp. Ind., de que a derivam este ptc. e as demais flexões do sistema, expressa na quinta das partes principais do verbo; - Forma-se esta reduplicação conforme os processos assi1176
nalados para o sistema do perfeito ativo, 19 ou 2-; (2) Raiz - Porção que na form a base, nom. sing., se interpõe entre a reduplicação e o final crop-evoç, t|, ov, é também a raiz neste fut. pf. mp. Ptc. a mesma do perf. mp. Ind., matriz de que a derivam este ptc. e as demais flexões do sistema, igualmente estampada na quinta das partes principais; - É esta raiz na maioria dos verbos a mesma do presente e demais sistemas, alterada, em maior ou menor grau, em outros, inteiramente diferente em alguns; - Não se altera esta raiz, constante, a mesma através da fle xão inteira, nos três gêneros, em todos os números; - A raiz, nos verbos em que lhe é muda ou líquida-nasal a terminal do tema, experimentará alteração devida ao encontro desta consoante com a sibilante infixai, fusão ou queda, normativa nas flexões do fut. pf., como nos sistemas do futuro e do 19 aoristo, em geral;
(3) Infixo Temporal - E o infixo temporal neste fut. pf. mp. Ptc. o mesmo da flexão paralela do fut. méd., isto é, a sibilante, característica distinti va das formas futuras, nos verbos em que o tema se finda em labial (ir, ft,
co: - pres. mp. ptc.: iru rre v — ó — pev — oç, nr|, ov, - fut. méd. ptc.: m orreu — a — o — pev — oç, t), ov, - 2- aor. méd. ptc.: \ôtp — ó — pev — oç, t), ov, - fut. pf. mp. Ptc.: rre — TrwjTev — ct — ó — p-ev — o«;, tj, ov, e - fut. pass. Ptc.: m orreu — O-q — ct — ó — pev — oç, ti, ov; - De lembrar-se é que esta vogal de ligação é a mesma, diante das desinências iniciadas por p ou v, dos tempos do Ind. e do Imper., que a requerem, bem como das formas do Opt. todas, excetuadas as aoristas, e dos ptcs. médios e passivos referidos no item supra, além dos ativos que a empregam (pres., fut., 2- aor. e perf.); (5) Infixo Modal - Como o infixo temporal <; e a vogal de ligação o, é o infixo modal neste fut. pf. mp. Ptc. o mesmo do fut. méd. Ptc., isto é, pev, distintivo de todos os ptcs. médios e passivos, excetuado apenas o aor. pass. Ptc., que o tem ativo (v t ); - Como se observou em todos os ptcs. médios e passivos já estudados, não sofre alteração este infixo em nenhuma das flexões, o mesmo sempre em todas as formas, ao contrário dos ptcs. ativos, em que o infixo modal v t experimenta variações, e até excisão to tal, em não poucas das inflexões; (6) Desinências - Assim como no infixo temporal ç, a vogal de ligação o e o infixo modal pev, são as desinências neste fut. pf. mp. Ptc. as mes mas do fut. méd. Ptc., aliás, as mesmas de todos os ptcs. médios e passivos, excetuado o aor. pass. (que as tem em termos dos ativos, logo, consonantais, não vocálicas); - São, pois, as vocálicas triform es, próprias dos adjetivos em que o tema não se finda por e, i ou p, logo, TRÊS linhas distin tas de flexão, uma para cada gênero;
1178
- Oaí, enquanto os ptcs. ativos, mais o aor. pass., se flexio nam em termos da 3- declinação (masc. e neutro) e da 3- classe da 1? declinação, nomes em que é breve a vogal característica nos ca sos nom., acus. e voc. sing. (fem.), este e os demais ptcs. médios e passivos, menos o aor. pass., se declinam conforme a 2- declinação (masc. e neutro) e a 2- classe da 1- declinação, nomes em que a vo gal longa ti aparece em todo o singular (fem.); - Logo, a flexão do masculino se processa nos moldes de avGpowroç, ou, o, a do fem inino segundo orya-irq, tqs* ti e a do neu tro de acordo com ep7ov, ou, to; - É, portanto, este fut. pf. mp. Ptc. flexionado nos exatos moldes do paradigma dos adjetivos triform es vocálicos de tema fi nalizado por letra outra que e, i, p, isto é, como a 7a 0Ó«;, 0708^ , oryaOóv, exceto quanto à acentuação e, natu ralmente, o tema; - Do exposto, vê-se que seguem a mesma flexão, paralelos o final ficvoç, \x£ v t \, (xevov e suas inflexões todas, já estudados, na da menos de SEIS ptcs., a que se aduzirá mais um, o fut. pass. Ptc., como o evidencia a seguinte relação: - m oT cu — 6 — |xev — o«;, tj, ov (pres. mp. Ptc.), - TruTTeu — cr — d — puev — oç, ti, ov (fut. méd. Ptc.), - TrurTeu — o d — |xev — oç, tj, ov (19 aor. méd. Ptc.), - \d(5 — ó — |xev — oç, ov (27 *9 aor. méd. Ptc.), - -ire — m o re u — |xév — oç, ti, ov (perf. mp. Ptc.) e - ire — mcrrev — cr — ó — |xev — oç, irç, ov (fut. pf. mp. Ptc.); t j
,
(7) Variações - Enquanto nos ptcs. ativos, mais o aor. pass., se proces sam alterações múltiplas que lhes afetam o infixo modal ( v t ) , a v o gal de ligação (o) e certas desinências, a flexão deste fut. pf. mp. Ptc., como dos demais ptcs. médios e passivos, excetuado 0 aor. pass., paralela que é a deste, é de regularidade absoluta, nenhuma variação ocorrendo em nenhuma das inflexões, todos os elementos 1179
constantes, imutados, os mesmos na flexão toda, menos as desi~ nências, que estas variar.ão de caso a caso, conforme os reclamosde gênero, e número, e função.
c. Flexão (1) Formas - De TrioTevcD - c re r-, cuja raiz reduplicada é neste sistema Trem orev, a flexão deste fut. pf. mp. Ptc. é:
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1181
(2) Observações morfológicas - Dos seis elementos estruturantes, os primeiros CINCO (reduplicação ire, raiz m crrev, infixo temporal ç, vogal de ligação o e infixo modal |X 6v) permanecem constantes, os mesmos, invariá veis, nas inflexões todas. Apenas as desinências variam, necessa riamente, em função de gênero, número e caso, todavia, em com pleta regularidade, em absoluta consonância com os padrões fle xionais; - Como os demais ptcs. médios e passivos, excetuado o aor. pass. (pres, mp., fut. méd. e pass., 19 e 2- aors. méds., perf. mp.), é este fut. pf. mp. Ptc. flexão extreme de variações e altera ções, ao contrário dos ptcs. ats. e do aor. pass., em que m últiplas e assinaladas variações se registram; - Como as demais flexões de fut. pf. (Ind., Opt. e inf.), po de-se tom ar este fut. pf. mp. Ptc. como estrutura híbrida, a agregar, de um lado, porção do perf. mp. (reduplicação: ttc e raiz: irurreu ), de outro, parte do fut. méd. Ptc. (infixo temporal ç, vogal de ligação o, infixo modal p-ev e desinências: vocálicas triform es, radical não em e, i, p); - Assim, nos demais verbos em que é a mesma a raiz nos sistemas do perf. médio e do futuro simples, diferem as formas deste fut. pf. mp. Ptc. das paralelas do fut. méd. Ptc. apenas em que se lhes antepõe a reduplicação. Os demais CINCO elementos são os mesmos, comuns a ambas as flexões; - Nos verbos em que o tema se finaliza em muda (labial: tt, 3,
1182
- Têm estas formas o final |xevoç, q, o v , comum a mais CINCO ptcs. já estudados, devidamente flexionado, e nos mesmos termos em todos, o que se verá ainda no fut. pass. Ptc.; - Conforme se observou nos demais fut. pfs., à maneira do que se verifica no pres., no impf., no fut. e nos aors. 19 e 2 -, dife ri riam as formas da voz média das ativas paralelas apenas em rela ção à desinência. Entretanto, dado que não ocorre este fut. pf. Ptc. na voz ativa, não há estabelecer-se esta correlação também neste caso; - Por outro lado, como no pres., im pf., perf. e mqpf., dife rentemente do fut. e do aor., servem estas formas às duas vozes, média e passiva; - Observe-se que a flexão feminina, já que o final do radical não é e, i ou p, tem a vogal q em todo o singular. Seria ct, se esse final o fosse em €, i, p. Tratando-se dos ptcs. ats. e do aor. pass., seria a nos casos nom., acus. e voc. sing., ã ou q no gen. e dat. sing., conforme antecedessem à vogal €, i, p ou outras letras, pois que estes seguem a flexão dos adjetivos consonantais. d. Acentuação - Como em todos os ptcs. finalizados por p^voç, q , ov e suas inflexões, exceção feita do ptc. perf. mp. (que é, posicionalmente, acentuado na penúltima em todas as formas), pode-se conceber a acentuação como recessiva, por isso que, em toda a flexão, estará o acento sempre o mais longe da última; - Desta sorte, nas TREZE inflexões em que a última é breve estará o acento na antepenúltima, nas TRINTA E DUAS em que é longa a última, estará na penúltima (que não se permite acento na antepenúltima, se a últim a é longa); - Agudo em todas as formas, põe-se por sobre a vogal de liga ção 0 , proparoxítonas estas inflexões, nos seguintes casos: - MASCULINO: 5 (nom., acus. e voc. sing.; nom. e voc. pi.), - FEMININO: 2 (nom. e voc. pl.), e - NEUTRO: 6 (nom., acus. e voc. sing. e pl.); 1183
- põe-se no € do infixo modal, paroxftonas estas inflexões, nos seguimtes casos: - MASCULINO: 10 (gen. e dat. sing., o dual todo, mais gen. e dat. e acus. pl.), - FEMININO: 13 (todas do singular e dual, mais gen., dat. e acus. pl.), e - NEUTRO: 9 (gen. e dat. sing., dual inteiro, mais gen. e dat. pl.); - De notar-se é que foge a prosódia do fem inino do princípio de posicionalidade, em que, no plural, as formas do nom., gen. e voc. se acentuam em termos das equivalentes masculinas ao invés de terem o acento na penúltima (nom. e voc.) ou na última (gen.), naqueles casos, a posição da form a base, neste a posição regular da 1- declinação, em conseqüência de contração prévia. É que este ptc., e os demais afins em prosódia, segue, nestes casos do fem ini no, a acentuação típica dos adjetivos não-oxítonos vocálicos, não a normativa dos substantivos. e. Relação - Relaciona-se este fut. pf. mp. Ptc., diretamente, com a matriz do sistema do perfeito médio, o perf. mp. Ind., em que lhe deriva o binômto inicial das formas: reduplicação Lire) e raiz (m oreu ), e com o fut. méd. P tc., em que lhe tem em comum o quadrinôm b final de elementos: infixo temporal ç, vogal de ligação o, infixo modal (jlcv e desinências vocálicas triform es, próprias dos radicais não terminados em e, i, p, além da acentuação, a mesma em posição e natureza (recessiva, proparoxítonas ou paroxftonas as formas); - Logo, partindo-se do perf. mp. Ind., cuja forma básica, 1.9 p. s., se apresenta na quinta das partes principais, obter-se-á a flexão deste fut. pf. mp. Ptc. com simplesmente substituir-se-lhe a desi nência pela forma desejada do fut. méd. Ptc., excluído o tema, isto é, acrescentando-se-lhe o final cr — ó — |xev — o«;, a — o — (xév — -q, cr — ó — |A€v — ov, e suas inflexões; - Por outro lado, partindo-se do fut. méd. ptc., para obterem-
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se estas formas de fut. pf. mp. Ptc., bastante será substituir-se a raiz de futuro pelo tema reduplicado, segundo conste da quinta das partes principais, ou, seja, a inflexão do perf. mp. Ind., excindida a desinência; - Nos verbos em que a raiz, como em m o re ix o , é a mesma nos sistemas do perfeito médio e do futuro, o processo de form a ção se limitaria à anteposição da reduplicação à forma do fut. méd. Ptc., uma vez que os demais elementos são os mesmos em sequên cia e natureza, como se vê da seguinte comparação: - fut. méd. Ptc.: -rrurrev — cr — 6 — |xev — oç, q, ov - fut. pf. mp. Ptc.: -rre — TrtoTeu — a — o — fxev — oç, q , ov; - Nos demais modos (Ind., Subj., Opt., Imper. e Inf.), menos em se tratando do perf. e do mqpf., é, normativamente, a form a da voz média a mesma da voz ativa, exceto no tocante à desinência, sempre diferente. Destarte, pode-se conceber a flexão média como derivada da ativa, mudando-se apenas a desinência. No Ptc., po rém, este princípio não se aplica de todo, uma vez que são diferen tes não apenas as desinências, mas ainda o infixo modal ( v t ativo, |xev médio-passivo). Logo, mesmo que se tivessem as formas ati vas, não coincidiriam os infixos modais, nem as desinências; - Ademais, relaciona-se este fut. pf. mp. Ptc. com todos os outros ptcs. médios e/ou passivos, menos o aor. pass. (que segue a flexão dos ptcs. ativos), em que lhes tem em comum o binômio fi nal (infixo modal p-ev e as desinências vocálicas triform es), além de que, na maioria, mais um elemento há similar: a vogal de ligação o; - Destarte, já estudados, contam-se nada menos de SEIS ptcs. médios e/ou passivos terminados pelo final p^voç, fievq, jxevov e suas inflexões, declináveis nos mesmos termos, a saber: - 'irwTTev — ó — (xev — oç, q , o v (pres. mp. Ptc.), - TrujTev — a — 6 — fxev — oç, q , ov (fut. méd. Ptc.), - iru rre v — a â — |xev — oç, q , o v (1? aor. méd. Ptc.), - A.&P — ó — fxev — oç, tt), ov (2- aor. méd. Ptc.), - ire — 'irurreu — p,ev — oç, q , ov (perf. mp. Ptc.) e - tt€ — m o re v — cr — o — fxev — oç, q , ov (fut. pf. mp. Ptc.). 1185
f. Sentido e tradução - Subsistissem as formas do fut. pf. at. Ptc. delas difeririam as deste fut. pf. mp. Ptc. apenas em relação à voz e sua ênfase especí fica. A todas comuns seriam a Aktionsart (punctílio-linear), a adjetividade da expressão, a projeção dos efeitos continuativos, a pers pectiva temporal; - Futuro Perfeito, é, como o perf. e o mqpf., tempo de Aktion sart punctílio-linear, a destacar não propriamente o fato em si (fut. e aor.) ou o processo de atualização do evento (pres. e impf.), mas os efeitos, resultados ou consequências continuativos da eventuação, estado ou relação; - Voz média, a ação é praticada pelo sujeito, que pode agir so bre si próprio (média reflexa) ou sobre algo com que se relaciona de modo especial, porque lhe pertence, ou o afeta, ou lhe convém ou interessa (média indireta), a ênfase voltada para com o sujeito e seu envolvimento no fato, não para com o evento como tal (voz ati va) ou sua expressão resultual, a form a final ou consumada (voz passiva); - Voz passiva, o sujeito sofre a ação, sendo-lhe, pois, o pa ciente, não o agente, incidindo a ênfase na feição resultante, na ex pressão consumacional do fato; - Particípio, o chamado modo adjetivo, expressa-se o fato não em termos incisivos ou categóricos (Ind.), ou preceptivos ou injuncionais (Imper.), nem mesmo potenciais ou probabilitários (Subj.) ou hipotéticos ou possibilitários (O p t), nem substantivos ou estáti cos (Inf.), mas adjuntivos, atributivos ou modificativos, a ação v i sualizada em seus efeitos, em funções adjetivas, substantivas ou verbais, qualificando, substituindo ou modificando; - Como o Ind., tem o Ptc., ao lado da Aktionsart, aspecto p ri macial do sentido das flexões verbais, explícita noção de tem po, de sorte que expressa este fut. pf. mp. Ptc. não apenas COMO a ação se processa mas ainda QUANDO se realiza. Verdade é que a acep ção tem poral não é absoluta como no Ind., mas apenas relativa, já que se polariza para com o tem po do verbo principal, a que se su 1186
bordina; - De natureza, refere-se o fut. pf. a ação preteritiva ou ante rior, visualizada, porém, em seus efeitos continuativos, que se pro jetam até o futuro contextuai, logo, posterior à do verbo principal. Portanto, em perspectiva real, segundo a conotação temporal do verbo dominante ou regente, pode-se este ptc. referir a fato preté rito, atual ou pervindouro; - Não dispõe o português de form a única, sintética, exclusiva, por que traduzir-se este ptc. Daí, tem-se de recorrer a locução pe rifrástica, em moldes a expressar, ao mesmo tempo, a anteriorida de do fato e a futuridade dos efeitos; - Consistir-lhe-á, portanto, a locução da form a gerundial de haver, auxiliar, seguida da preposição de, mais o pretérito infinitivo do verbo principal, nos moldes de uma e outra das vozes repre sentadas; - Ou, graficamente: - gerúndio de haver + de + te r + ptc. pass. do verbo principal (voz média), ou, - gerúndio de haver + de + ter + ptc. pass. auxiliar de ser + ptc. pass. do verbo principal (voz passiva); - Como carece o português de formas específicas da voz m é dia, traduzir-se-ão as inflexões deste ptc. nesta acepção pelas equi valentes da voz ativa, subentendidas a especificidade e ênfase pró prias da voz. Em sentido passivo, a tradução será a normativa desta voz, em moldes regulares; - Entretanto, a maneira final de tradução destas formas participiais ajustar-se-á ao tipo de função exercida na frase. Assim, em função explicitamente verbal, a tradução será a supra referida, ge rundial, ou, conforme a modalidade de circunstârícia modificativa, assumirá a feição de cláusula adjuntiva adverbial de causa, de m o do, de tem po, ou o que seja. Em função claramente adjetiva, po rém, a tradução própria seria a de adjetivo ou equivalente. Entre tanto, já que não há form a apropriada, a expressão indicada é a de cláusula relativa. No uso propriamente substantivo, a tradução será 1187
a de um nome aproximativo ou, então, como no uso adjetivo, a de cláusula relativa; - Destarte, em função expressamente verbal, ire — iru rre u — a — 6 — ju^v — oç, T), ov traduzir-se-á: - gerundialmente, pela locução perifrástica, invariáveis os ele mentos, salvo o ptc. passado do verbo principal, a variar em gênero e número na voz passiva; - Logo, - voz média = havendo de ter crido, - voz passiva = havendo de ter sido crido(a), ou, - adverbialmente, como cláusula adjuntiva adverbiai, introduzi da pela conjunção conveniente e o ptc. substituído por form a verbal finita, ditada pela natureza da sentença, de teor futuritivo: - temporal: - voz média: quando haverá de ter crido, - voz passiva: quando haverá de ter sido crido(a); - causal: - voz média: porque haverá de ter crido, - voz passiva: porque haverá de ter sido crido(a)-, - modal: - voz média: como haverá de ter crido, - voz passiva: como haverá de ter sido crido(a); e assim por diante; - Em função obviamente adjetiva, a qualificar a substantivo ou equivalente, expresso ou virtual, assumirá a forma de cláusula rela tiva, já que não há correspondente adjetivo, o gerúndio auxiliar substituído pelo pronome relativo que e a inflexão apropriada do fut. do pres., ativo ou passivo, conforme a acepção, logo: - voz média: que haverá de te r crido, - voz passiva: que haverá de te r sido crido(a); - Em função diretamente substantiva, correspondendo ao ptc. substantivado, já que ao português falece forma específica desta modalidade, traduzir-se-á, como no uso adjetivo, mediante cláu sula relativa, embora, em acepção média, se possa usar o term o crente, tradução atribuída a todos os ptcs. ats. méds. nesta função, subentendendo-se, como nos demais usos e traduções, a punctílioiinearidade deste ptc., a futuridade da projeção temporal, a ênfase e expressão distintivas da voz;
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- Logo, - v oz média: que haverá de ter crido, ou, crente; - voz passiva: que haverá de ter sido crido(a); - De observar-se é que, em geral, não levada em consideração a projeção preteritiva do fato, visualizada apenas a futuridade continuativa dos efeitos, traduz-se este fut. pf. mp. Ptc. nos termos, respectivos, do fut. méd. Ptc. e do fut. pass. Ptc. em forma locucional, ou seja: - havendo de crer (voz média), - havendo de ser crido(a) (voz passiva), ou, - que haverá de crer (voz média), - que haverá de ser crido(a) (voz passiva), - quando haverá de crer (voz média), - quando haverá de ser crido(a) (voz passiva); conforme o uso e função; - Consequentemente, é o fut. pf. mp. Ptc.: - tem po de Aktionsart punctíiio-iinear (fut. pf.), - ação praticada pelo sujeito, agindo sobre si mesmo ou sobre algo com que se relaciona de modo íntim o (voz média) ou dele so frida (voz passiva), - a ênfase a pairar sobre o sujeito e seu envolvimento na ação (voz média) ou sobre a expressão final, resultual, do fato (voz passi va), - visualizada em termos dos resultados ou efeitos prolongativos (fu t pf.), - pretérita como fato, futuritíva em projeção efectual (fut. pf.), - polarizada para com o verbo principal (Ptc.), - logo, presente, passada ou futura em posicionamento real ou absoluto (fut. pf. ptc.), - expressa em teor adjetivo (ptc.), - a assumir feição gerundial, adjetiva ou nominal, traduzida mediante cláusula relativa ou adverbial ou locução gerundial, nos moldes do futuro promissivo, simples ou anterior, ativo (voz média) ou passivo (voz passiva); 1189
g. Aplicação paradigmática - De outros verbos obter-se-á a flexão do fut. pf. mp. Ptc., à base deste paradigma de TriareucD, com simplesmente substituirse-lhe o binômio inicial (redupiicação ire e raiz mcrTev) pela raiz reduplicada do verbo a flexionar-se, conforme se antolhe na quinta das partes principais; - Os demais componentes: infixo temporal ç, vogal de ligação o, infixo modal |xev e desinências vocálicas triform es de nom. sing. em oç, t |, ov, assim como a acentuação (funcionalmente recessiva), não variam, são sempre os mesmos em todos; - Quando a raiz se finda por vogal breve (ot, e, o), ou por muda (labial: tt, (J,
17. RADICAIS ALTERÁVEIS - Exibem alteração temática neste sistema, como em outros, as seguintes modalidades de verbos: a. Verbos vocálicos - Os chamados verbos vocálicos, isto é, aqueles cujo tema se finda pelas vogais breves &, e, o, logo, verbos em que a form a base (1- p. s. do pres. at. Ind.) termina pelo final okú, €
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alongada, o que se viu já nos sistemas do futuro e do 19 aoristo e do perfeito ativo. Neste sistema, contam-se entre esses os verbos otlveoo - louvar apxeoo - bastar TeXeco - consumar cpopeo) carregar - , e seus compostos, que preservam breve a vogal e final do tema; - Já o verbo xaXew - chamar e seus compostos, que nos sistemas do futuro e 1e aoristo conserva breve a vogal final da raiz, sofre neste sistema do perfeito médio-passivo a alteração verificada no sistema do perfeito ativo: supressão do e final, metátese do á e consequente alongamento desta vogal, assim que a forma atual do tema é xXt), não xaXirç, que o será também no sistema do aoristo passivo; - Exemplos de verbos vocálicos em que se processa o alon gamento da vogal breve final do tema nas flexões do perf., mqpf. e fut. pf. mp. dão-nos: (1) x o ip á o p m - adorm ecer - , verbo depoente, vocálico da 1classe (terminado em otto na forma base ativa), cuja raiz é xoipiâ, tema finalizado em á, que se alonga e torna 7) nas flexões deste sistema. Daí, a raiz reduplicada, que deveria ser xexoip^x, é xe— xoíp/q e a form a base, 1- p. s. do perf. mp. Ind., quinta das partes principais, é xe — xoíp/q — p-ou (Jo 11.11) em vez de xe — xoípux — pm ; (2) XaXeo) - falar - , verbo vocálico da 2- classe (a form a base termina em cío), cuja raiz geral é XaXe, finalizada pela vogal breve e, aparece, reduplicada, neste sistema na forma Xe — XaX^, alon gada a vogal final do tema, que de e se passa a nri, donde ser-lhe a form a base da matriz, perf. mp. Ind., Xe — X
ser; b. Verbos em líquida - Também os verbos em que o tema se finda em líquida ( \, p., v, p) exibem, neste sistema do perfeito médio, as mesmas alterações assinaladas já em relação ao sistema do perfeito ativo, válidas, de igual modo, para o sistema do aoristo passivo; - Simplificando-se a matéria, dir-se-á que se podem reduzir os processos de formação da raiz neste sistema aos quatro tipos seguintes: (1) Raiz imutada - Certos verbos em líquida preservam imutada nas formas do perf., mqpf. e fut. pf. mp. a raiz pura ou simples, que, entretanto, pode diferir do tema do presente, quando este houver sofrido extensificação ou qualquer outra forma de variação; - Assim, no verbo oapo> 7 elevar - , como se viu no sistema do perfeito ativo, a raiz pura é áp, que no presente se extensifica em a p i, mercê da aposição da vogal fechada 1, ao depois a sofrer metátese, donde a forma final cap. É esta raiz pura, àp, que ocorre nos sistemas do perfeito, ativo e médio-passivo, naturalmente reduplicada, na forma T^p; - Destarte, a 1§ p. s. do perf. mp. Ind., matriz do sistema, seria -qp — p m , que não ocorre através do Novo Testamento, atestada, porém, pela forma participial -qp — p,ev — ov, em Jo 20.1; (2) Raiz apocopada - Verbos em que é a líquida-nasal v o elemento final do tema, ora a preservam no sistema do perfeito médio, sujeita a li geiras variações em certos casos (o v se converte em ç ante desi nências ou infixos iniciados por p,, cai, se a anteceder ç), ora lhe so frem a queda em todas as formas; - Assim é que o verbo cpaivco - m o stra r- tem como raiz bá sica tpctv, terminada pela líquida-nasal v, raiz que no sistema do
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presente se extensifica, inserida a vogal fechada l após a líquida, donde deverá ser tpcívuo. Mercê da metátese desta vogal extensificante, veio a tornar-se (pcav. No sistema do perfeito médio aparece, reduplicada, a raiz pura, na forma ttc —
(4) Raiz transposta - Outros verbos, em que o tema é monossilábico e finaliza do em liquida precedida de vogal breve, apresentam, no sistema do perfeito médio, a transposição da líquida e da vogal, que mudam de posição, alongando-se, ademais, a vogal, o que se verificou tam bém no sistema do perfeito ativo; - É o que se registra no verbo Ovtjo-kíú - m o rre r-, cuja raiz é Oàv, monossilábica, finalizada pela líquida v precedida da vogal a , breve, no presente extensificada pela aposição da vogal i e do gru po o x, afinal, transposta e alongada, convertida em (hnrjox, se bem que, em geral, se deixe de grafar o iota subscrito. No sistema do perfeito médio, simplificada, transposta e alongada, se torna Bvq, pelo que, reduplicada, será t c — Ovq em vez de Te — 0a v ou re — 8v á e a 1§ p. s. da matriz, perf. mp. Ind., quinta das partes principais, t c — 9 v t | — p m ao invés de Te — Bãv — p m ou t c — 0vá — p m , alheias, porém, ao Novo Testamento as inflexões deste verbo no sistema em consideração; c. Verbos em muda (1) Particularidade - Em todas as formas e inflexões do perf. e mqpf. mp. de fronta-se a raiz diretamente com as desinências ou, no caso do ptc., com o infixo modal, elementos que se iniciam todos por letra con soante (fx, <5, t ), enquanto nas flexões do fut. pf. mp. esse encontro é com a sibilante infixai; - Nos verbos em que o tema se finda por muda, haverá a necessária conjunção desta consoante com o p,, ou ç, ou t iniciais das desinências, ou infixo modal (perf. ptc.), ou infixo temporal (fut. pf.), dando lugar às alterações que se referirão ao focalizar-se, adiante, cada uma das modalidades desses verbos; (2) Forma perifrástica - Na 3- p. pl. do perf. e mqpf. mp. Ind. esse encontro de
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consoante final do tema com as desinências respectivas acarretaria impronunciável sucessão de nada menos de três consoantes dís pares, até mesmo quatro, conforme o tipo de raiz, o que tornaria a forma impossível; - Para contornar-se esta dificuldade, apela-se para form a ção perifrástica em que se articulam dois elementos específicos: o ptc. perf. mp. do verbo a flexionar-se, na forma do nom. pl. do gê nero do sujeito, seguido ou antecedido da 3- p. pl. do pres. at. Ind. de ci|xí, isto é, etCTi, auxiliar, err^se tratando do perf., ou na 3- p. pl. do im pf. at. Ind. de etpx, isto é, 'qoáv, no caso do mqpf.; - Graficamente: - perf. = ptc. perf. mp. nom. pl. masc., ou fe m „ ou neutro + j / euTi; - m qpf. = ptc. perf. mp. nom. pl. masc., ou fem., ou neutro "5 '■» + Tjcrav; - Tratando-se de sujeito neutro plural, poderá o auxiliar aparecer em form a singular, ia r í em vez de ewrt e *qv em lugar de 'qcrav. O ptc., contudo, manterá a forma plural; - De lembrar-se é que o perf. mp., tanto no Subj., quanto no Opt., é perifrástico, não apenas na 3- p. pl., mas em toda a fle xão, alinhando, como nestas inflexões, o ptc. perf. m p. do verbo a flexionar-se, completamentado pelas form as auxiliares do pres. at. de e tju nesses modos verbais; (3) Aplicação (a) Verbos labiais (aa) Quadro - Nos verbos em que termina o tema por ir, P ou
em |x, ou: Labial + |x = jxp,; - 2- Labial a anteceder à sibilante, com ela se funde» resultando a dupla i|j, ou: Labial + <; = »]/; ; - 3- Labial anteposta à branda lingual t assume a forma branda correspondente, tt, o u : Labial + t = ir r ; - 4- Labial a defrontar-se com a aspirada lingual 0 tom a a form a aspirada correspondente,
(bb) Flexão - A flexão total dos tempos do sistema do perfeito médio de Trep/rro) - enviar - , verbo em que é o tema finalizado por labial, ir, a raiz reduplicada Treirep/Tr, é, pois: 1196
1. Pert. M P . Ind. Forma original Forma atual e regra aplicada TT€ tt€|a |xat (1 - e 6-) - enviei; fui envia1 - p. S. TTC TT6JXTI |xai do(a) - enviaste; foste TTC Trep, v[)ai (2-) 2- p. S. TTC irep/ir o m enviado(a) / - enviou; fo i enviaire Trep/ri T o a (3-) 3 9 p. S. TTé ire|xir tqw do(a) 2- p. d . TT€ TTCp-TT a 0 o v
Tré ire |X (f 0 o v
(59 e A-)
3- p. d . ire TT€p/TT a 0 o v
-ire Trep-tp 0 o v
(59 e 4 - )
- enviastes (vós dois, vós duas); fostes (vós dois, vós duas) enviados(as) - enviaram (eles dois, elas duas); foram (eles dois, elas duas) enviados(as)
fxeOa {1 - e 6-) —enviamos; fomos enviados(as) - enviastes; fostes TT€ Trepxp 0 e (59 e 4 -) 2- p. pl. TTC TreixTT CT0e enviados(as) 3- p. pl. TTC TrefiTT fxév o i -TTC ire fx (xev oi, ai, á - enviaram; foram elaí (19 e 6 9) enviados(as) ai, dt 1 - p. pl. TT€ TrefJLTT |X€0OC
ire Trép,
eícn
1197
2. Péri. MP. Subj. Forma original 1 - p. s. 2- p. s. 3- p. s.
j
ir e
ir e p ir
pév
OÇ, 1], OV tó OÇ, T), OV Ijç
TT6
ir e p ir
|A€V
OÇ, 1], OV ^
2a - p. d. 3a - p. d.
ir e
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pev
(0, a, (0 T|TOV Û), Ót, CÙ T|TOV
V- p. pl. 2a - p. pl. 3a - p. pl.
ir e
ir e p ir
pev
OL, OU,
ir e
ire|xir
pev
oi, a i, á iQTe
ir e
ir e p ir
pev
ou, a i, à 'ncxotv
-ire
ir e p ir
pev
/
<
o1
A Oi
(0|X€V
Forma atual e regra aplicada A
7-p. s.
ire ire
irep irep
pev pev
ire
irep
pév
OÇ, 1), OV IJÇ OÇ, 11, ov ^
2- p. d. 3- p. d.
ire
irep
pev
CÙ, a,
ire
irep,
pev
co, a, co rjTOV
1§p. pl. 2 2 p .p l. 32 p.pl.
ire
irep.
pév
oi, ou, à â p e v
ire
irep,
pév
ire
irep,
pev
oi, ou, á i)Te U ^ ü O L, a i, a Tjaav
2 §p. s. 3ëp. s.
OÇ, 11, ov &
CO
T|TOV
(1ã e 6§ em to das as infle xões, já que à maneira da 3§ p. pl. do perf. e mqpf. Ind., só o ptc. é afetado)
Nota: De lembrar-se é que não têm estas formas tra dução explícita ou estereotipada, uma vez que é o Subj., como o Opt., modo dependente ou subalterno, potencial em teor, contudo;
1198
V- p. s. 2- p. s. 3- p. s.
3. Perf. M P . O p t Forma original TT€ Trep-rr pev TT€ Trep-rr pév TT€ TrepTr pév
2a - p. d. 3a - p. d.
TT€
T repT r
Tre
TTCpTT
1 - p. pl. 2a - p. pl. 3- p. pl.
TTC
TTCp TT
ir e
T re p -ir
Tre
'Trep'iT
o<5, T], ov ei/qv oç, -q, ov ecnr|s o<», q , ov evq
pev pév
o>, a , o enrjTOV ou e iro v
pev pév pév
o i, a i, á eí/qpev o u ^ tp e 01, a t, á €tT|T€ OU etTC ot, a i, a etqcráv ou etev
1? p. s. 2a - p. s. 3- p. s.
Forma atual e regra aplicada ire Trep pév o<5, q , ov etq v TT€ Trep pév oç, q , ov etq ç Tre Trep pév oç, t|, ov e lq
2a - p. d. 3? p. d.
-ire Trep iTe Trep
pév pév
1? p. pl. ire Trep pév 2a - p. pl, Tre Trep pév 3a - p. pl. Tre Trep pév
(1 - e 69 em todas as formas, porquanto, como o), e, co etírjTov ou etTov no Subj. e na to, ã, to e íq rq v ou elVqv 3- p. pl. do paru 6 m qpi. 01, a i, á e iq p e v ou etp ev mp. Ind., só 0 ot, a t, ã étTyre ou eÍTe ptc. é afetado) ot, a i, à e lq o a v ou etev
Nota: Como se observou em relação ao Subj., não têm estas inflexões form a de tradução específica ou estereotipada, dependendo do tipo de cláusula em que apareçam, porquanto é o Opt. modo subalterno ou pendente, de sentido condicional ou hi potético;
1199
4. Perf. MP. Imper. Forma original 2- p. s. n rí 'TTep-H ao 3- p. s. ire irep/rr a 0ío
2- p. d. 1T€ irep/rr a 0ov
Forma atual e regra aplicada --- r ire irep, i|/o (2-) - envia; sê enviado(a) véfjup ire 0 ü > (5- e 4-) - envie; seja enviado(a)
3- p. d. TTCirép-ir a 0<ôv
iré irep-cp 0ov (5§ e 4-) - enviai (vós dois, vós duas); sede enviados(as) (vós dois, vós duas) ire irepup 0(ov (5- e 4-) - enviem (eles dois, elas duas); sejam enviados(as) (eles dois, elas duas)
2- p. pl.-iré irep/rr a 0e
/ !T€ TT€p.íp 0e (5- e 4 -)
- enviai; sede enviados(as) ire rrepxp 0cov (5- e 4-) - enviem; sejam 3- p. p l.ire rrep/rr a 0(ov ou ou enviados(as) TT€ irep/rr a 0íoaâv ire rrepcp 0OXXÒtV
5. Perf. MP. Inf. Forma original Forma atual e regra aplicada I ire j irep/ir a 0 a i |ire | irepxp j 0ott (5? e 4-) - enviar, ter enviado; ser enviado(a); ter sido enviado(a)
6. Perf. MP. Ptc. Forma original Forma atual e regra aplicada ire | Trep-ir | p-ev | os, t\, ov | ire | irep- | jxév | os, T), ov (1 - e 6§) - tendo enviado; que enviou; tendo sido enviado(a); que foi enviado(a) 1200
Nota: É na flexão toda uma e a mesma a alteração, a resultar do encontro da labial -rr com o jx inicial do infixo modal ixev. Logo, o resultado será idêntico em todas as inflexões na forma atual;
7. Mqpf. MP. Ind. Forma original Forma atual e regra aplicada 1- p. s. e Tre
3
'ire|X 'Tr
VW
€ tre o ré p ,
jjLT|v (1 ^
-
3
p. s. e Tré T re p /ir (TO
e TT€ TTCfX vj/o ( 2 - )
3- p. s. e -rre TrejxTT TO
€ 1T€ TrcfJLTr t o (3-)
2-
e 6 -)
-
?
3
2 a-
p.
d. e
2-
p.
d . e Tre TT€|XTr ff0T)V
ttc
ire fiT T
ct0 o v
-
(5- e 4 - )
-
e TTC Tréixíp 0Tjv (5- e 4 - )
-
e
TTC TT€fX(p 0ov
enviara; fora enviado(a) (eu) enviaras; fo ras enviado(a) enviam; fora enviado(a) (ele, ela) enviáreis; fô reis envia dos (as) (vós dois, vós duas) enviaram; fo ram enviados(as) (eles dois, elas duas)
1201
8. Futuro Perfeito - Não só é o fut. pf. tem po assaz raro, infreqüente nos escritos remanescentes do passado, assim que se pode o m itir no quadro flexionai geral deste e de, praticamente, os demais ver bos, sem prejuízo de fato; - Ademais, dada a estrutura híbrida de que se reves te, em todas as formas defrontar-se-ia a labial final do tema ou raiz com a sibilante do infixo temporal futuritivo, de modo que a altera ção é em todas as inflexões a mesma: fusão da labial com a sibi lante, nos termos da regra n9 2, daí resultando, a dupla ij/; - Destarte, em moldes das form as bases, assim será o fut. pf. mp.: 2 - p .s . e TT€
Trep/rr CTO
✓ «a 9 3- p. S. € 7T€ 776fX77 TO
/ 9 € TT6 776JX
ijio
/ 9 € Tre 776|X77
to
- enviaras, foras enviado - enviara, fora enviado
/
/
p. d. I 7TC 7761X77 CT0OV € 776 776(X£p 0o v - enviareis, fôreis enviados 0 3 - p. d. e 776 776|X77 CT0T1V € 776 776|Xtp 0T|V - enviaram, fôram enviados 2-
d
e 776 776JX p,e0a (1- e 6- ) - enviáramos; fôramos enviados(as) t - enviáreis; fô € 'ire 776|XCp 0e (5 - e 4 - ) 2- p. pl.e 776 776JX77 0-06 reis enviados(as) 3- p. pl. 776 776|X77 (X6V Ok, 776 776|X |xev ot, a i, à - enviaram ; fo-qo-ãv (1 - e 6-) ram enviaa i, ã dos(as) 'qaãv 1- p. pl. 6 776 7761X77 (X 60a
Nota: Na 39 p. pl. não tem aumento a form a participial, pois que é elemento peculiar ao Ind.
1202
Forma original
Forma atual
- Ind. TrelTrejxTiialoliMxi i-rrel-rréix |v}j |o ||xoa
—haverei de ter en viado; haverei de ter sido enviado(a)
- Opt. '7re|'irep,'Tr CT 0 C p/rjv -ire TT€[A * O l |1/Í]V- Inf. -Trej 'irep.TT a € CT0ai TV€ TT€|A * € o-0a i - haver de ter envia do; haver de ter si do enviado(a) - Ptc. Trej arejjLTr| o j ój |A€V irej TT€|xj v(ij o} |xev - havendo de ter en os, q, ov OS, r\, ov viado, que haverá de ter enviado; ha vendo de te r sido enviado(a); que ha verá de ter sido enviado(a) (b) Verbos guturais (aa) Quadro - Nos verbos em que é k, 7 ou x, guturais, a letra final da raiz, processam-se no sistema do perfeito médio, logo, nas fle xões do perf., m qpf. e fut. pf., alterações compreendidas nas se guintes Cl NCG regras ou normas: - 1- Gutural ante a líquida-nasal |x assumirá a form a de 7 , ou: Gutural + p- = 7 |x; - 2- Gutural a preceder à sibilante, com ela se funde, produzindo-se a dupla £, ou: Gutural + s = - 3- Gutural anteposta à branda lingual t tomará a form a branda correspondente, k, ou : Gutural + t = kt; - A- Gutural a anteceder à aspirada lingual 0 conver ter-se-á na paralela aspirada, x , ou: Gutural + 0 = x ^ e - 5- A sibilante inicial das desinências multiconsonantais, quando posta entre duas consoantes, nesta modalidade de verbos a gutural final do tema e o 0 desinencial seqüente, cai, e a gutural, em direto contacto com a aspirada, de acordo com a 4- re1203
9fa, se converte em aspirada tam bém , logo, x# ou: G utural + o0 = X6; - Graficamente: 1S regra: k + |x l 7 + |x > = -y|x X + 3- regra: k + t j 7 + t /= 5- regra:
2- regra:
k
+
ç\
y + Ç >= i X + s 1 4 regra: k + 0 j -
KT
X + t ) ko0 = k0 1
7 + 0 >= X0 X + 0)
700 = 70 >= x0 XO0 = X0 )
(bb ) Flexão - De ay(ú - conduzir - , verbo em que o tema term ina por muda gutural, 7, a raiz reduplicada 'fyy, 0 quadro de flexões do sistema do perfeito m édio (perf., m qpf. e fu t. pf. mp.) é:
1. Perf. MP. Ind. Forma original Forma atual e regra aplicada 1- P. S. fry (xai 2- p. s. ^7 o a i
ix a i (1-) £ca (25)
_a "â 3- p. s. TT|7Tai
Í\K T a i (35)
2^ p. d. í )7 O0OV
^X 0ov (55 e 45) - conduzistes (vós dois, vós duas); fostes conduzidos (vós dois), fostes conduzidas (vós duas) /N 0ov (55 e 45) conduziram (eles dois, •nx elas duas); foram conduzidos (eles dois); foram conduzidas (elas duas)
S\ 35 p. d. "H7 O0OV
1204
- conduzi; fui conduzido(a) - conduziste; foste conduzido(a) - conduziu; foi conduzido(a)
- conduzim os; fomos conduzidos(as) 0e (53e4§) - conduzistes; fostes con2- p. pi.in7 cr0e duzidos(as) 3- p. pl.T)7 jxév 01, ou, tit *17 pev 01, cu. - conduziram; foram condu0 * zidos(as) & c ia i (1 -) eiox 1- p. pl.T!7 p,e0a
|xe0a (1-)
2. Perf. MP. Subj. For ma cjriginal 1- p. S. T)7 |xev os, r\, ov (O 2- p. s. tj7 fxev OS, T), ov ^S 39 p. s. T|7 |xev OS, Tf), OV T|
Forma atual e regra aplicada A forma atual é a mesma da o rig i nal, porquanto, nos termos da 1 regra, a gutural a preceder à nasal Mdeve ser a média 7, a gutural por z ? (D, a, 0) T|TOV que termina a raiz, por isso inalte 2- p. d. rpy 3- p. d. T|7 (xév CD, ã, 0) TJTOV rado o ptc. em todas as formas. fJ l€ V
ot, ou, a ci)(X€v i9p.pi.T hr 2? p. pl.T|7 |A€V ot, at, a ^Te 39 p. pl.T|7 (X€V ot, at, a coai |X
€ V
Nota : Cabe ter-se em mente que estas formas, uma vez que 0 Subj. é modo subalterno, dependente, potencial em teor, não têm tradução específica, estereotipada, explícita, determinada que o é sempre pela natureza da cláusula em que apareçam.
1205
3. Perf. MP. Opt. Forma original 1 - P. S. T|7 2- p. s. ^ 7 3- p. s. ^ 7 2- p. d. T|7 39 p. d. T)7
I 9 p. pl.Tyy
2 ? p. pl.Ti7 3§ p. pl. TJ7
Forma atual e regra aplicada Como no Subj., a forma fjiev o«;, ti, ov ei/qv atual destas inflexões é a |xév oç, ti, ov d/qç mesma das originais, fxév o<5, T), ov el'-q porquanto, segundo a 1p,ev 0), ã, to evqTov ou etTov regra, a gutural que se fiév o), á, a) evqrqv ou elrqv antepõe à nasal |x tem de ser 7 , muda por que (xev ot, ai, a eiiqixev oueb|X€i se finda o tema deste verbo. Logo, não sofre (xév oi, ab, à eí/ryre ou ebT€ |xév ob, ab, a eíi/qcrav ou etev alteração o ptc., o mes mo em toda a flexão.
Nota: Como no Subj., não têm estas formas tradução explícita, exclusiva, porque é o Opt., igualmente, modo dependente, subordinado, de teor hipotético, aliás, determinada sempre pela natureza da cláusula em que ocorra a inflexão.
4. Perf. MP, imper. Forma original Forma atual e regra aplicada 0 £0 (2-) - conduze; sê conduzido(a) 2- p. s. ^ 7 (TO 3- p. s. rfy cr0ü) T)X 00) (5- e 4§) - conduza; seja conduzido(a) (ele, ela) 2- p. d. i n CT0OV
3? p. d. TJ7
1206
íx
0ov (5- e 4ã) - conduzi (vós dois, vós duas); sede conduzidos(as) (vós dois, vós duas) 0o)v (5- e 4-) - conduzam (eles dois, elas duas); sejam conduzidos(as) (eles dois, elas duas)
2a - p.pl.7Í7 crOe
3^ p. pl.T|7 a 0í«)v ou V 717 crôüxráv
VX 0e (b- e 45) - conduzi; sede conduzidos(as) T)X 0wv (55 e 45) - conduzam; sejam conduou zidos(as) (eles, elas) 0oxráv TÍX
Nota : Visto que nesta modalidade de verbos coincide o aumento com a reduplicação, que já é em si alongamento da v o gal inicial do tema, três das inflexões deste perf. mp. Imper. são idênticas em forma às equivalentes do mqpf. mp. Ind. e, em certos casos, a inflexões do próprio perf. mp. Ind., a saber: yv
- tÍ£g): 2- p. s. deste perf. mp. Imper. é igual à 2- p. s. do mqpf. mp. Ind.; - rjx 0 °1,: 2- p. d. deste perf. mp. Imper. é igual à 2- p. d. do mqpf. m p J n d . e à 2- e 3- p. d. do perf. mp. Ind.; e - T|X®e: 22 P* Pl* deste perf. mp. Imper. é igual à 2- p. pl. do mqpf. e do perf. mp. Ind. 5. Perf. MP. Inf. Forma original Forma atual e regra aplicada t |7 J crO o a t |x | ®a i (52 e 4§) ~ conduzir, te r conduzido; ser conduzido(a), te r sido conduzido(a) 6. Perf. MP. Ptc. Forma original Forma atual e regra aplicada T)7 j |A€V |0<5, TJ, o v 717 I P-ev | os, ti, ov (1 -) - tendo conduzido; que conduziu; tendo sido conduzido(a), que foi conduzido(a)
1207
Nota: Não sofrem alteração temática as inflexões deste ptc. perf. mp., uma vez que a gutural final do tema, a defron tar-se com o |x inicial do infixo modal, já é a requerida pela regra 1 -, isto é, a média 7 .
ák 1-
23-
7. Mqpf. MP. Ind. Forma original Forma atual e regra aplicada 5/ 117 li/qv (1 -) - conduzira; fora conduzip. s. lyy p/qv do(a) (eu) -A - conduziras; foras condup. s T|7 cro 'n £0 (2-) zido(a) f]K t o (3a) - conduzira; fora conduzip. s. r |7 TO do(a) (ele, ela)
2a - p. d. 117 CT0OV
"nx 0ov (59e 45) - conduzíreis; fôreis condu*-
3- p. d. T|7 crihjv
zidos(as) (vós dois, vós duas) 'nx 0 iiv (55 e 4?) - conduziram; foram conduzidos(as) (eles dois, elas duas)
15 p. p L rfy |xe0a
vfy |xe0a (1 -)
- conduzíramos; fôramos conduzidos(as) A 2a - p. pl.iTY
1208
- Dadas a natureza alongatória da reduplicação e a indistinguibilidade do aumento nestas formas de mqpf., de assina lar-se é que de suas inflexões QUATRO são homógrafas a corres pondentes do f>erf. Ind. e/ou Imper. deste sistema, a saber: 2- p. s. deste m qpf. é sim ilar à 2- p. s. do perf. mp. Imper.; - 'nx0°v: 2- p. d. deste mqpf. é análoga à 2- e 3- p. d. do perf. mp. Ind. e à 2- p. d. do perf. mp. Imper.; - 'tyYiAcGa: 1- p. pl. deste mqpf. é igual em forma à 1p. pl. do perf. mja. Ind.; e - TjxOe: 2- p. pl. deste mqpf. é idêntica em forma à 2p. pl. do perf. mp. Ind. e Imper.
8. Futuro Perfeito - Como se frisou em relação aos verbos labiais, dada a raridade das formas do fut. pf. em uso, poder-se-á deixar de in cluir-lhe as flexões nesta resenha, sem real prejuízo de fato; - Ainda mais, como se ponderou ao tratar-se do sis tema do perfeito médio dos verbos em labial (ir, cp), em todas as formas um só é o encontro a registrar-se, e, por isso, a alteração a assinalar-se: a gutural defronta-se com a sibilante infixai, resultan do, pois, em termos da 2 - regra, a fusão das duas consoantes, don de substituí-las a dupla Ç; - Portanto, em termos das formas bases, assim será o fut. pf. mp. deste paradigma: 1209
Forma original - Ind. Tpy cr o ixat
Forma atual q 6 0 ixai
- Opt. r\y cr o í p/qv - Inf. rv> a e a 0a i
q 0 í |xqv q € e cr0oa - haver de ter conduzido; ha-
-h a verei de ter conduzido; haverei de ter sido conduzido(a)
ver de ter sido conduzido(a) - Ptc. Tn a O |xev os, q 6 o |A€v os, - havendo de ter conduzido; tj, ov q, ov que haverá de ter conduzido; havendo de ter sido conduzi do; conduzido(a); que haverá de te r sido conduzido(a) 4
y
(c) Verbos linguais (aa) Quadro - Nos verbos em que é t , 5 , 6 , linguais, a letra final da raiz, registram-se no sistema do perfeito médio, logo, nas flexões do perf., mqpf. e fut, p f„ alterações enquadradas nas CINCO regras seguintes: - 1- Lingual a preceder à nasal |x se fará s, ou: Lingual + |A = o-|x; - 2- Lingual anteposta à sibilante, simplesmente cai, ou: Lingual + s = s; - 3- Lingual a anteceder à branda lingual t , como acontece com toda lingual quando seguida de outra lingual, se con verte em s, ou: Lingual + t =
- Graficamente: n a
-
2? reg ra: t +
M=
M-
OT|X
8 +
s]
0 +
s !
4§ re g ra : t +
0|
MT T T
5- regra:
> = crr
I
+ cr0
=
T 0)
8 + a0
=
T0 > =
t
0 + CT0 =
=
8 +
0 , =
0 +
0
<5
CT0
ct0
T0 \
- Observação: A lingual, pois, em todas estas fiexôes cairá quando a preceder <;, converter-se-á em*«; quando a anteceder à nasal (x ou a outra lingual ( t , 0 ) .
(bb) Flexão - Do verbo ire Í0<ú - persuadir que na voz média pode ter a acepção useira de obedecer, raiz terminada em lingual, 0, a raiz redupiicada ireTrei0, o quadro normativo de flexões do siste ma do perfeito médio (perf., m qpf. e fut. pf. mp.) é: 1211
1.P e r t. M P . Ind. Forma original Forma atual e regra aplicada - persuadi; fui perire TTetcr [|x a t(l5 ) 1 - p. s. ire ire t0 fxai suadido(a) - persuadiste; foste ire' i r e t a a t ( 22) 2- p. s. ire 1T€I0 croa persuadido(a) - persuadiu; fo i perire Treta Tat (3-) 3- p. s. ire ir e i0 Tat suadido(a) 29 p. d. ire' ire i0 CT0OV
3- p. d. ire' ire t0 CT0OV
ire' ireux 0OV (5^ e 45) - persuadistes; fostes persuadidos(as) (vós dois, vós duas) ire' ire to 0OV (55 e 45) - persuadiram; foram persuadidos(as) (eles dois, elas duas)
- persuadim os; fomos persuadidos(as) 2- p. pi. ire ire 10 cr0e ire ire ta 0e (55 e 45) - persuadistes; fostes persuadidos(as) - persuadiram; foram 3- p. pi. IT€ ire t0 |A€V Ol ire ire ta |A€V ot, a i, a e la i persuadidos(as) a t, à etort (19)
1- p. pi. ire ire t0 |xe0a
1212
ire ire ú r p-€0á d 9)
2. Perf. M P . Subj. Forma atual e regra Forma original 776 17761(71(X6V 0<5, 1- p. s. irei 7rei01|xev| os, 71, OV ü> 77e|776icr| fxev oç, 2- p. s. TrelTreiOl pev os, 71, ov 7)<; -q, ov fjç 7761T761(t| pev 0<5, 3- p. s. 776177610 |A6V 0<5, 71, OV 7) T | ,
O
V
( 0
7 ) ,
2- p. d. 77€l 77610] |Aev| (ú, CL, 0) 7|TOV 3- p. d. 7761776101 |X€V| (ú, C t,
0 )
t
\ t o
v
1- p. pl.776| 7T610] |A6v| Ol, a i, cl (ô|xev 2- p. pl.776| 77610I (X6v| Ol, a i, cl rjTe 3- p. pl.Trel 77610) fiévj oi, a i, a (oai
O
V
7 j
aplicada (is , em todas as formas, por quanto, como na 3§ p. pl. do perf. e mqpf. mp. Ind. só o ptc. é afeta do)
1 (ú, Ct, 0) TqTOV 7761776lo| |X6V (D, ã,
7 7 6
7 7 6 1 0 ]
a )
t
^ t o
|A
6 V
v
7761776lo] fJlév Ol, a i, a (0|xev 776| 776ia] (X€V Ol, a i, à fjTe Tre) Treiaj |xév oi, a i, á coai
Nota : Naturalmente, relãtivo, subalterno, dependente que é o Subj., potencial em sentido, não têm estas formas tradução explícita, única, estereotipada, determinada sempre que o terá de ser pela natureza da cláusula em que ocorram.
1213
3. P erf. M P . Opt. Forma original 1 - p. s. ire i ireiO 1|xev| oç, tj, ov eí/qv 2- p. s. ire i TT€i01p,év| o«s, T|, ov eí/qç 39 p. s. Tre| -rreiG 1|xév| oç, T), ov e iq
23-
12-
3-
Forma atual e regra ap licada 'ire|'jreuT||xev|oç, (1 em to das as fo r q , ov e iq ç iT€jTreiCT|p,€v|o«;, mas, pois que somente T|, ov eíqç o ptc. é afe Tre|TreiCT|p-ev|oç, tado, a lin T|, ov e iq gual 0 da p. d. orei TTei0| ixevl ca, raiz passan 'n,e|TTeur]|x€vjca, ã , ca eí/qTov ou cíto v ã , Ca €LT|TOV O U 61TOV do a ç ante a p. d. 'Tre|'TT€L0|p<évl ca, líquida do 'Tre|'ir€WJ’|fJtev|ca, ã , ca e liy rq v ou e \rq v ã , ca evqrqv ou e lrq v infixo , como no Subj. e na 3- p. pl. p. pl. Trel irei© I fxevl o i, ^ iTe|Tr€url(X€v|ot, a i, ã eííqjjiev ou el|xev a i, á eiqp-ev ou elfxev do perf. e m qpf. Ind.) p. pl. Tre| 'iretOl |xev| o t,
Nota: Como se observou em relação ao Subj., tam bém o Opt. é modo dependente e condicionado, hipotético em sen tido, de sorte que não têm estas inflexões tradução específica, ex plícita, única, o tipo de cláusula em que apareçam determinando-a sempre.
1214
4. Perf. MP. imper. Foi rma o riginal For ma at uai e regra aplicada - persuade; sê perTret|ono (2-) 2- p. s. Tré TT€t0 ao suadido(a) Treta (5- e 4-) - persuada; seja 3- p. S. TTC TT€t0 a 0(o persuadidofa) (ele, ela) T T €
T T €
2- p. d. Tré TT€t0
O
0 O
V
3- p. d. ue Tret0 a 0(ov
2- p. pl.Tre Tret0 a 0e
0 0 )
Tré Treta 0ov (5- e 49) - persuadi; sede persuadidos(as) (vós dois, vós duas) Tre Trewr 0o)v (5- e 4 -) - persuadam; se jam persuadidos(as) (eles dois, elas duas) Tre' Treta 0e (5- e 4-)
- persuadi; sede persuadidos(as) Tre Treta 0cúv (5- e 4 - ) - persuadam; se3- p. pl.Tre Tret0 a 0(ov ou jam persuadiou Tre Tret0 a 0oxrav ire Treta 0oxrav dos(as)
Nota: Ao contrário do que se verificou na flexão de ayo>, em que, mercê da coincidência de aumento e reduplicação, três das inflexões (2- p. s.; 2- p. d. e 2- p. pl.) são similares às equivalentes do mqpf., neste, como em Trep/rro), as homógrafas são apenas formas do perf. mp. Ind. Assim é que: - Tré — Treta — 0ov, 2- p. d. deste perf. mp. Imper. é ig al em forma à 2- e à 32 p. d. do perf. mp. Ind.; e - Tre — Treta — 0e, 2- p. pl. deste perf. mp. Imper. é análoga em forma à 2- p. pl. do perf. mp. Ind.
1215
5. Perf. MP. Inf. Forma original Forma atual e regra aplicada Treta | 0 a t (5- e 4-) - persuadir, te r persua dido; ser persuadido(a), te r sido persuadido(a)
Nota: Uma vez que, através de toda a flexão, é o en contro consonantal um e o mesmo, a lingual aspirada 6, final do tema, com a liquida-nasal |x, inicial do infixo modal, em todas as inflexões se produzirá a mesma alteração: a lingual 6 converte-se em s.
6. Perf. MP. Ptc. Forma atual e regra aplicada Forma original Tie Treta p,ev os, tj, ov (1 -) I TT€t0 j - tendo persuadido, que persuadiu; tendo sido persuadido(a), que foi persuadido(a) T T €
1216
|X
€ V
O
S ,
f | r
O
V
7. Mqpf. MP. Ind.
Forma original 1- p. s. e TT6 71610 M/nv
2- p. s. e ire Tret0 cro 3? p. s. e ire TTC10 TO
2§ p. d. e TT€ u e i0 CT0OV
39 p. d. € TT6Treí0 ct0tjv
1- p. pl. e Tte Treí0 pie0a
2- p. pl.e TT6 Tret0 cr0€
3- p. pl.
TT€ ireu0[|xev o i
a i, à a
T^crav
Forma atual e regra aplicada - persuadira; fora Tre Treicr |xxjv (1 -) persuadido(a) (eu) - persuadiras; fo -rre ire i cto (2-) ras persuadido(a) persuadira; fora to (3§) TTC 7T6UX persuadido(a) (ele, ela) TT6 Trewr 0ov (5- e 4-) - persuadíreis; fô reis persuadidos(as) (vós dois, vós duas) TT€ TTCUT 0T|v (5§ e 4-) - persuadiram; fo ram persuadidos(as) (eles dois, elas duas) ue TT6UT |xe0á (1 -)
- persuadíramos; fôramos persuadidos(as) Tre TT6UT 0e (b- e 49) - persuadíreis; fô reis persuadidos(as) ire Treia |xév ot, ai# - persuadiram; foa •rçcrav (1 -) ram persuadidos(as)
Nota: Como é o aumento acréscimo preteritivo pecu liar ao Ind., não ocorre ele na form a participial integrante da 3- p. pl.
1217
8. Futuro Perfeito - Como se ponderou em relação aos dois paradigmas anteriores, em vista da paucidade de ocorrência das formas do fut. pf., pode-se om itir-lhe as flexões neste quadro sem perda real; - Além disso, tal qual acontece nos verbos labiais e guturais, nas formas do fut. pf. mp. deste paradigma lingual todas o encontro consonantal é um e o mesmo: a lingual 6 com a sibilante constitutiva do infixo temporal, donde uma e só alteração em todas as inflexões: a lingual 6 excindida, conforme preceitua a 2- regra; - Logo, em term os das formas bases, seria o fut. pf. mp. de^eíOo): Forma original Ind. Tre|TTeí0 |o -|o ||ia i
Forma atual ir€|irci|cr|o | |juxt
- haverei de ter per suadido; haverei de ter sido persuadido(a)
- Opt. ire iretO cr o íjfrn v ire tre i cr o ijjx-riv- Inf. ire TT610 cr e cr0a t TT€ ire i cr e or0ca - haver de ter persua dido; haver de ter sido persuadido(a) Ptc. T r e jT r € l0 | O -| o | | A € V irei'ireilcrlol |xev - havendo de ter per suadido, que haverá O Ç , T ] , ov o<5, r\, ov de ter persuadido; havendo de ter sido persuadido(a); que haverá de ter sido persuadido(a)
(d) Diagrama - Conveniente diagrama ou gráfico a resumir as altera ções que se processam nos temas em muda no sistema do perfeito médio será o seguinte: 1218
T ,s,e
ftp. 7|x cp.
a
T
CT0
* É a
'ITT KT
18. VOCABULÁRIO 525. c/fici. A dvérbio -A o mesmo tempo, juntamente, ao longo de, com.
526. avançava), avatffríaopoa, àvéfhyy, â v a p é ^ K C t, à v a — pé pafxat, àvepáôrjv. Composto da preposição a v á - para cima - e de (Jaívü) - ir-S u b ir, ascender, escalar, montar, trepar, ir para cim a. 527. ctvoi/yw, âvoí£
tificar, increm entar. 533. 7a|xoç, ou, o - Matrimônio, casamento, núpcias, esponsais, bodas. 534. 'yevmyros, r\, óv - Nascido, gerado. 535. 'YpácpM, 7páiJ/
euOuç, euOeía, eu0ú - reto, direito, terso - Imediatamente, pronta mente, subitamente, de repente, sem demora. 543. euXxryeü), euXoyTjao), euXòyqo-â, eú\c^nriKct, euXoTq— |xat, euXoTqôqv. Verbo composto do advérbio eu - bem - e do simples \ o7€ú) - falar, em que as form as do aor. Ind. e dos sistemas do perfeito podem ter alongada a vogal inicial do ditongo, logo, mudada para - Bendizer, abençoar, louvar, elogiar, aplaudir, apro var, falar bem de, sancionar. 544. Oepaireúco, Bepaireúaa), èôepcnreucrá, TeOepcnreu— TeõepcnreufAoa, lOepaTreúÔTjv - Servir, m inistrar, tratar, cuidar de, curar, sanar, cultuar. 545. 6upã, ãç, tj - Porta,-portal, vestíbulo, entrada, acesso, oca sião, oportunidade. K
a
,
1220
546.9Ioú8ct<;, a , o - Judas, Judâ. 547. KaTctXiOaÇü), KaTaXiOaaü), KaTeXiBaaà, KaTaXeXi0aKCt, KaTaXeXi0ao-|jLai, KaTeXi0áo-0rr]v. Composto da preposição inten siva koitcÍ e do simples XiOáÇco - apedrejar - Apedrejar, m atar com pedradas, executar. 548. k Xtjtos, r\, ov. A djetivo verbal de KaXeco - ch a m a r-C h a mado, designado, convocado, convidado, indicado. 549. KpáfJaToç, ou KpáppaTOÇ, ou Kpáponroç, ou, o - Leito, enxerga, esteira, cama, divã, sofá, poltrona. 550. Xí0oç, ou, Ó - Pedra, lápide, marco. 551. fJuxpTupéco, |xapTupT]crco, €°(xapTup^oà, fxeixapTupnr]— x á , (jLepLapTÚpT}fxai, eixapTup^B^v - S er testemunha, testemunhar, testificar, atestar, recomendar, depor, evidenciar, demonstrar. 552. ttcuç, 'iraiôoç, o, Tf]. O gen. pl. geralm ente Troaôíov, não ircaÔGJv - Criança, filho, servo, escravo, empregado, auxiliar, rapaz, moço, agregado. 553. 'rrapaTTTCO|xa, TrapaTTT(ó|xaToç, to . Do verbo 'rrotpcnrnTTCo, com posto da preposição intensiva -irapá e de irnTTü) - c a ir- Trans gressão, ofensa, queda, deslize, falta, delito, pecado, desvio. 554. w ife , 'iroôóç, ò - Pé, pata, garra. 555. TrpooXojjtfJávw, 'irpoaX'r|(p,)i|fo|xat, irpooeXápov, Trpo— aetXTf]
560. o w . Preposição, com dativo apenas - Com, em companhia de, juntam ente com, mediante, em acordo com, em associação a. 561. owe-yeipo), ow e ^ep w , o w iy y e ip a , cnn/eyiryepKá, ou— veyíyyepjjiai, awTyyepOirjv. Composto da preposição associativa o vv - com - e de eyeípo) - levantar - Elevar-se com, levantar-se jun tamente com, erguer-se na companhia de, ressuscitar com. 562. ou(v)^cooTroi€íú, oiXvlÇcwirot^crci), oweÇcooTroúi— tra , cruvíeJ^cooTreTTOt^Ka, ouv(e)£(ooTreTroÍTi|xai, ouveÇaxnroí,— TÍOilv. Composto da preposição associativa crw - com - e do verbo Troieío - fazer - , com o radical £ox> - vivo - prefixado - V ivificarjun tamente, vitalizar ao mesmo tempo, avivar em conjunto, reviver em companhia de. 563. x^tp , x^c-pós, ^ - Mão. 564. óxroíw á. Forma interjectiva, helenização do hebraicoaramaico K r n jr jp in - salva, socorre, expressão de júbilo e lo u v o r -~Hosana.
19. EXERCÍCIO LER, FLEXIONAR, ANALISAR, TRADUZIR: 261. ttoXXgi p,èv oúv K ai aXXâ cr^pueict CTrotTiaev ô ÍTrçcrauç èvdXTTLOV TtúV |Xa0TlTCÍ)V, CL OVK €O TlV 7 € 7 p a p | X € V a l v Típ P lf& lC i)
Tovro) (Jo 20.30).
262. tccGtoi Se 7 e7 paTrrai ‘iva TrurreúoriTe o t i’lacraus ea— tiv ó XpwrToç ó uu5<5 tou 060V, Kai iva 'TTtcrreúovTeç Çüyqv êx~ T]T€ èv TCj) óvojxaTt outou (Jo 20.31). 263. Kai Xéyet p o i ,7 pái|jov. pxxKaptoi o í eiç to Ôei7rvov tou yáfjuxv tou apviou k € k Xt] p,€vo i Kai Xc7et p o i oútoi o i X0701 a X t|0 ivo i tou Oeou e ia iv (Ap 19.9). 264.3E7ev€To JxvOpoyiroç, airecrraXp^voç Trapa Oeou, ovo pua oarrco ’ Iooávmns outos T|X0ev elç pxxpTuptav. ‘iv a ixapTUptíoT) Trepi tou cpovróç, iv a ttclvt€<; TrwTTewoxriv 8i'ocvrov (Jo 1.6). 265. eáv Se eiTrcoptev, e£ áv0pcimo)v, o Xaòs arra s KOtTp^— XiOaoei T||xaç.Tre7reuTpLevoç 7txp e o T iv ’ Iw avv7]v Trpocprjrrjv e i— 1222
vai (Le 20.6). 266. ôiò TrpocrXapßavecr0e aXXr|Xovs, Ka0cos Kai o Xpicrròs TrpocreXaßeTo T)pas eis ôo£av t o v 9eoú kéycú yáp Xpioròv ô u x k o vo v ye ye in yrd a i irepiTop/rjs vrrèy aX-rçOeias Geou, eis t o ßeßaiwcrai Tas e-rraTreXías t ü >v TraTe^iôv (Rm 15.7-8). 267. áp/f)v Xíyoi ú p ív , ouk €7^ 7 * prai ev Tew iqTois tu — vaiKcov p,eÍ£cov ’Iooáwov tov ßairTi(TTai| ó ôè piKpbrepos ev tt) ßaaaXeia twv aupavwv p,eí£tov outov ècm v (Mt 11.11). 268. o u t o i ôè eicriv 01 Trapa t t j v bôbv, brrov cnreipeTai o X0 70 Ç, Kai orav aKowiocriv, ev0vs epxeTai b craTavâs Kai a*í—
pei
X0 70 V t o v eairappievov eis avToús (Mc 4.15). 269. icvpie, o Traís fiou ßeßXiqTai iv ttj oiKia TrapaXvTiKos, ôeivws ßaoavi^0|xevos«X€7ei avrw.eTw eXOwv OepaTrevcno av— t o v (Mt 8.6). 270. ’ Iovôas ’ lacrou Xpwrroú ÔouXos, aôeXcpòs ôè 3IaKcó— ßou, tois êv 0ew TraTpí T|7aTrT|pèvois Ka'i’I^oou Xpicrrco re— rqpnqp.èvois kXtitois (Jd 1). 271. Kai bvTas rjpâs veKpovs tois TrapaTrrcóptacriv, cru— veÇcúorroí^aev Tco Xpicrrco — xápiTÍ lore crecrcucrpevoi — Kai auvTVYeipev Kai cruveKaOicrev ev tois eiroupavóois ev Xpurrcò ’ Itjoov (Ef 2.5-6). 272. b 7 < i p à - T T o O a v c ò v ô e ô i K a í c i r r a i a - r r o t t ) s a p - a p r i a s , e i ô e a T r e 0 á v o ( x e v c r ú v XpioTcò, T r u r r e v o p , e v o t i K a i c r u ^ r f a o p . e v ourai (Rm 6.7-8). 273. eípov ô è t o v XÍ0ov aTTOKéKvXio-pèvov airb t o v p,vT|— p-eiov, eícreXOauaai ô è aux evpov t ò crcopia t o v Kvpíov^ IrjcroG ( L c 24.2-3). 274. Kai èiTrev avroís t i T€Tapa7pèvoi èare, Kai ôia t i ôiaXo7 «rpx>i avaßaivovaiv ev rrj Kapôia upxov; lôeTe Tas Xeípas |xov Kai t o u s Tróôas |xou, o t i €700 eipx carros (Lc 24.38-39). t
Òv
275. vuv T) vjnjxtí p w TeTctpaKTai, K ai t i eirrw; TrctTep, a w — abv p,e I k rr js aipas Tavrrçs, aXXà ôià t o u t o f|X0ov eis t t ^v íópav TavTT|v (Jo 12.27). 1223
276.
eis t o u t o eXr)Xu0a eis t o v k o o t j x o v , iv a ( j u x p r u p r i a c o t t j aX'qOeia ira s ò cov ek t t ^s àXiqOeías ê t K a ó e i | x o u t í ) s (poovfis (Jo 18.37). \ 277. ’A K o w a v re s 8e o i ev 1epoooXu|xois cm tooto Xo i V ri SéôeKTai Tí S a jxa p e ia t o v Xáyov t o u 0eou, aTrecrreiXav T r p ^ S auTOUs IleTpov K al ’Iw a w r^v (At 8.14). eyû> e l s
t o v t o
^ e ^ e W r^ x a i K a i
278. 'irpoaevxo|X€voi apa K a l T r e p l nq|juov, 'iva o 0 e ò s ávoí^rj nqpív 0upav t o u Xcr/ou, XaX^aai t o puorripiov t o u XpicTTOU, Si'o Kal SeSepai (Cl 4.3). 279. euXoynixevos o e’pxoixevos ev õvo/|xaTi K u p i o u euXo— yqixevr) "q épxofxévr] ß a o iX e ia t o u iraTpòs tifjiw v À a ü i8 ó c ra w à êv T o í s u i |/Íc t t o i s (Mc 11.9-10). A
280. ’Hv 8è oaßßaTov év eKeivri rí} Tjp^pa eXe'yov ouv 01 ‘louSaioi t c ü TeOepaTrevixeva) craßßaTov ecrriv Kai oúK e£eortv croí apai t o v KpaßaTOV (Jo 5.9-10).
1224
CAPÍTULO XVI SISTEMA DO AORISTO PASSIVO 1.
e s p e c if ic id a d l \
- Tem a voz passiVa a mesma forma da voz média, isto é, a mesma inflexão se presta a ambas essas vozes em CINCO dos te m pos: pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf.; - Isto, entretanto, não vale para o futuro simples e o aoristo, por isso que nestes dois tempos uma é a forma passiva, outra a média, calcadas em matrizes diferentes, a integrarem sistemas dis tintos.
2. MODALIDADES - Em dois dos sistemas verbais estudados, aoristo e perfeito, aquele a abranger as formas ativas e médias desse tempo, este apenas as ativas do perf. e mqpf., registraram-se duas modalidades distintas de flexão, donde falar-se em I 9 e 2? aoristos e 19 e 2? perfeitos e mais-que-perfeitos; - Não representam essas duas linhas paralelas de flexão acep ções diferentes, sentido diverso, expressão distinta, ou teor diver gente. São apenas maneiras alternativas ou processos colaterais de formação; - O aor. pass., de igual modo, exibe duas formações flexio nais, se bem que somente difiram quanto à presença ou ausência da lingual aspirada infixai 0 nas inflexões. Destarte, preferível será dispor-lhe as formas em dois sistemas correlatos ou paralelos: 19 aoristo passivo e 2- aoristo passivo.
3. SISTEMA DO PRIMEIRO AORISTO PASSIVO 3.1 - Natureza - Consiste o chamado sistema do 19 aoristo passivo do con 1225
junto de flexões constituído pela matriz, 1 9 aor. .pass. Ind., e os de mais NOVE tempos que se lhe derivam, por isso a exibir-lhe a raiz específica e o infixo temporal distintivo, portanto, todo de DEZ flexões.
3.2 - Enumeração - Consta este sistema das formas passivas do aofisto nos seis modos verbais, mais as inflexões passivas do futurc\ nos quatro modos em que ocorre (Ind., Opt., Inf. e Ptc.); - Vê-se, pois, que, ao contrário dos demais tempos (pres., im pf., perf., mqpf. e fut. pf.), as formas passivas são diferentes das médias paralelas nestes dois: aor. e fut.; - Mais, o fut. pass. não se enquadra em sistema expressa mente futuro, mas no sistema do aoristo, como o impf. integra o do presente e o mqpf. e o fut. pf. o do perfeito, ativo ou médio-passivo; - Compõe-se, portanto, este sistema do 19 aor. pass. das se guintes flexões, todas passivas: (1) 19 aor. pass. Ind. (6) 19 aor. pass. Ptc, (7) Fut. pass. Ind. (2) 19 aor. pass. Subj. (8) Fut. pass. Opt. (3) 19 aor. pass. Opt. (4) 19 aor. pass. Imper. (9) Fut. pass. Inf. (10) Fut. pass. Ptc. (5) 19 aor. pass. Inf.
3.3 - Característicos - Distingue-se o sistema do aor. pass. pelos seguintes ele mentos caracterizantes: a. Raiz específica - Têm as flexões deste sistema raiz específica do aor. pass., expressa na sexta das partes principais, na maioria dos verbos a mesma do presente e demais sistemas, em outros alterada ou d i versificada em maior ou menor grau, em alguns inteiramente outra; 1226
b. Infixo temporal passivo - No fut. at. e méd. ocorre o infixo temporal ç, distintivo por excelência de todas as formas futuras; no 19 aor. at. e méd. este in fixo é a sílaba aá, dé igual modo, característica das inflexões de 19 aoristo; no perf. e mc\pf. ativos é a gutural k (a assumir, quando v o calizada, a forma xã, kc ou k c i , conforme o tempo), presente em tcd as as flexões do sis tema; - Neste sistema (lo 19 aor. pass. ocorre, em todas as inflexões, o chamado infixo temporal passivo, característico básico destas fo r mas, a sílaba 06, cuja vogal se alonga, passando, por isso, a (hj sempre que não seja seguida de vogal ou duas consoantes contí guas. Em outras palavras, será 0e este infixo se anteposto a vogal ou duas consoantes sucessivas, será 0nr| quando seguido de uma consoante única ou singular (não acompanhada de outra consoante imediata); c. Ausência de vogal de ligação - Observou-se quanto ao sistema do 19 aoristo, flexões ativas e médias, que, tendo infixo temporal term inado em vogal, a sílaba a a , não requerem vogal de ligação, exceto no Subj. (em que o in fi xo se reduz à sibilante); - Verificou-se, por outro lado, que no sistema do futuro, fle xões ativas e médias, em que o infixo temporal não termina em v o gal, consistindo da sibilante apenas, insere-se vogal de ligação em todas as inflexões; - Já o 2- aoristo, porquanto acompanha a estrutura e form a ção do im pf. (no Ind.) e do pres. (demais modos), extreme que é de infixo temporal, conta com vogal de ligação em todas as formas; - Este sistema do 19 aor. pass. se amolda às normas do 19 aor., não tendo vogal de ligação, salvo no Subj., nas flexões aoristas; afeiçoa-se às diretrizes do futuro, tendo-a sempre, nas flexões futuritivas; - Isto posto, conclui-se que, exceção do Subj., estranha é a vogal de ligação a todas as inflexões cfe 19 aoristo, enquanto, por 1227
outro lado, a têm, sem exceção, todas as formas de futuro. 3.4 - 1sA oristo Passivo do Indicativo a. Estrutura - A seqüência de elementos estruturais que it \formam as in flexões deste 19 aor. pass. Ind. é a seguinte: AUMENTO + RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + DE SINÊNCIAS b. Formação (1) Aumento - Marca distintiva de preteridade, elemento restrito aos tempos secundários do Ind., é o aumento neste 19 aor. pass. Ind. o mesmo encontrado já no impf. at. e mp., nos aors. 19 e 29 ats. e méds. e no mqpf. at. e mp. Ind.; - É, pois, o silábico, è, nos verbos em que se inicia o tema por letra consoante, temporal ou vocálico, mero alongamento da v o gal inicial, nos verbos em que a raiz começa por vogal breve ou d i tongo real; (2) Raiz - Porção intermédia entre o aumento e o infixo temporal passivo 0nr|, a preceder, pois, ao final 0tjv da forma base, 1- p. s., excindido o aumento, é a raiz neste 19 aor. pass. Ind. específica deste sistema, expressa na sexta das partes principais; - Não há predizer-se, com segurança, à parte da referência glossária, da enumeração das partes principais, qual haja de ser a form a da raiz neste sistema. Na maioria dos verbos é a mesma do presente e demais sistemas; em não poucos se mostra alterada em grau, ora mais, ora menos acentuado; em alguns é inteiramente outra ou distinta; - Qual o aumento, permanece inalterada, a mesma em toda 1228
a flexão, esta raiz, se bem que nos verbos vocálicos, ou em muda, ou em líquida, ocorrem variações prévias, nas linhas assinaladas, mormente para os sistemas do perfeito, ativo e médio; \,
(3) Infixo Temporal Passivo - Característial distintivo das formas deste sistema, é o in fixo temporal passivo, la sílaba 0€, que, a preceder a desinências uniconsonantais ou erli que se não aglutinam duas consoantes imediatas, sofre, em totlas as inflexões, o alongamento da vogal, tornando-se, assim, 0t]; (4) Desinências - Tempo secundário do Ind., as desinências, a haver-se por expressões reduzidas, evoluídas ou adaptadas dos pronomes pes soais correspondentes, serão, como de espearar-se, as secundárias; - Todavia, não são as típicas dos tempos médio-passivos, pois, que é peculiaridade das flexões aoristas passivas o terem desinenciação de cunho ativo; - Logo, têm estas formas do 19 aor. pass. Ind. DESINÊN CIAS SECUNDÁRIAS ATIVAS, nos exatos termos do mqpf. at. ind., vale dizer que: (1) na 1- p. s. ocorre a desinência v (como no impf. e 2aor., também, diferentemente do 19 aor., que não a tem); (2) na 3- p. s., como no impf. e 19 e 29 aors., cai a desinên cia t ; e (3) na 3- p. pl., diferentemente do impf., 19 e 29 aors., a de sinência é tra v em vez de v; - Do exposto, vê-se que, ao contrário do que se dá no pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf., não são as inflexões passivas as mesmas da voz média, observação esta que vale também para as formas do futuro simples, por isso que pertencem a sistema dis tinto e se derivam de matriz diversa, outra a formação, nem sempre a mesma a raiz, diferentes os infixos temporais (19 aor. méd. crâ; 2aor. méd. não o tem; 19 aor. pass. 0^);
1229
c. Flexão (1) Formas i - As formas deste 19 aor. pass. Ind. em m ofreixo - crer - , cuja raiz é em todos os sistemas m o re u , serão: Aum. 1- p. s. 1 2a - p. s. e 3- p. s. I
RAIZ ITP Des. TTixnev 0T| v - fu i crido(a) TTKTTeÚ 0^ <; - foste crido(a) m o re u 0T] (t ) - foi crido(a) (ele, ela)
2a - p. d. e
m oTeú 0t) tov - fostes cridos (as) (vós dois, vós duas) m oTeu Brj tt |v - foram cridos(as) (eles dois, elas duas)
3-
p. d.
i
1- p. pl. e 2- p. pl.e 3- p. pl.ê
m oTeú 0TJ jxev - fomos cridos(as) m oTeú 0TJ Te - fostes cridos(as) TTlOTeV Btl o á v - foram cridos(as) (eles, elas)
(2) Observações morfológicas - Dos quatro componentes da seqüência estrutural, os p ri meiros três, aumento (e), raiz (m o re u ) e infixo tem poral passivo (8^ ), permanecem constantes e invariáveis, os mesmos em toda a flexão. Apenas as desinências, como é natural, variam em função de pessoa e de número; - Tema iniciado por letra consoante ( tt ) , o aumento é o si lábico e. Fosse vogal ou ditongo, o aumento seria o tem poral ou vocálico, simples alongamento da vogal inicial; - A raiz (m o re v), como na maioria dos verbos, é a mesma do presente e demais sistemas, embora em outros seja alterada, vária ou distinta; - O infixo tem poral passivo é 6tj, alongada a vogal, não Be, porquanto não antecede a vogal ou duas consoantes sucessivas; 1230
- Embora passiva a flexão, as desinências não são as pró prias desta voz, mas as ativas, secundárias, no entanto; - Na 3- p. s., copio em todos os tempos em que a desinên cia é t , cai esta lingual, que não pode ser terminal regular de pala vra tipicamente grega; ! - No dual difer sm quanto à quantidade da vogal, como é próprio de todas as flexões em que são secundárias as desinências ou imperativas, as dua:i inflexões, breve (o) na 2- p., longa (t\) na 3p., pelo que lhes é diferente a acentuação, proparoxítona aquela forma, paroxítona esta; - Três das desinências, tov (2- p. d.), jxev (1- p. pl.) e tc (2p. pl.), são as mesmas nessas pessoas de todas as flexões ativas, primárias ou secundárias, nos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), se bem que ao Imper. seja alheia a 19 p. pl.; - Na 39 p. pl. a desinência é a á v , como no mqpf. e, nos verbos em |xt, no im pf. e 2- aor. at. Ind.
d. Acentuação - Flexão de modo finito, é este 19 aor. pass. Ind. acentuado re cessivam ente, distanciando-se-lhe da últim a o acento quanto o permitem as diretrizes prosódicas; - No singular, desinências uniconsonantais, que não consti tuem sílaba adicional, longa a última, estará o acento na penúltim a, o que também se dá na 3- p. d., porquanto lhe é pluriliteral a desi nência, a constituir sílaba distinta, longa, enquanto na 2- p. d. e nas três do plural, embora m ultiliterais, são breves as desinências, pelo que o acento recede até a antepenúltima; - Agudo em todas as formas, paira sobre o v do ditongo final do tema, exceto na 3- p. d., em que está sobre o tq do infixo, sendo, portanto: - paroxítonas: QUATRO inflexões (1 -, 2- e 3- sing. e 39 p. d.), - proparoxítonas: QUATRO inflexões (39 p. d. e 19, 29 e 3- p. pl.); 1231
e. Relação - Com as demais flexões de tempos secundários do Ind. (impf. at. e mp., 19 e 2- aors. ats. e méds. e m qpf. at. e mp.) relaciona-se esta em que lhes é a todas comum o aumento e em todas são se cundárias as desinências, particularmente com as ativas é estreito o relacionamento, em que são as mesmas as desinências, no geral; - Com as demais flexões do sistema relaciona-se esta em que a todas lhes propicia dois dos elementos básicos da estrutura: raiz e infixo temporal passivo, que desta matriz os derivam. f. Sentido e tradução - Não difere esta flexão passiva das correspondentes ativa e média do 19 e 29 aors. do Ind., no que tange à Aktionsart (punctiliar), tem po de ocorrência (passado) e maneira de expressão (incisi va ou categórica). Divergem em formação e quanto ao sentido es pecífico da voz e sua ênfase peculiar, salientando a ativa o fato, a média o sujeito, a flexão passiva a forma resultacional; - A oristo, como no futuro, a Aktionsart é punctiliar, inextensa, não durativa, vista em si mesma, a enfocar o fato apenas, não o processo desdobrativo (pres. e impf.) ou os efeitos continuativos (perf., m qpf. e f u t pf.); - Voz passiva, o sujeito sofre a ação ao invés de praticá-la, a ênfase projetando-se sobre a resultatividade ou expressão final do fato, não sobre o evento como tal (voz ativa), nem sobre o sujeito e seu especial envolvimento na ação (voz média); - Indicativo, modo em que é categórica a expressão, assumem estas form as teor incisivo, terminante, vívido, não meramente probabilitário ou potencial, como no Subj., ou possibilitário ou condi cional, como no Opt., ou preceptual ou injuntivo, como no Imper., m uito menos estático ou nominal, como no Inf., ou atributivo ou adjuntivo, como no Ptc.; - Ademais, uma vez que, ao lado do Ptc., tem o Ind. explícita noção temporal, e esta em moldes absolutos, a expressar, portanto, não apenas o COMO da ação, mas ainda o QUANDO, referem estas 1232
formas o fato, como é próprio dos tempos secundários do Ind. e o assinala o aumento, ao passado, ação pretérita, portanto; - Visto que não dispõe o português de formas distintas mercê das quais traduzirem-se as flexões aoristas diferentemente das perfectivas, têm estas inflexões a mesma tradução atribuída já às equivalentes do perf. pass. Ind., isto é, representam-se pelo nosso pretérito perfeito passivo, subentendida a punctiliaridade específica do fato; - Logo, €'n,MTT€'ú0'qv, 1- p. s., form a base deste 19 aor. pass. Ind., traduzir-se-á, regularmente, por: fui crido, fui crida, e assim com as demais inflexões; - Em suma, dir-se-á que é este 19 aor. pass. Ind.: - tem po de A ktionsart punctiliar (aoristo), - ação a enfocar o fato em s i, não seu processo de eventuação (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos (perf., m qpf. e fut. pf.), - sofrida peio sujeito (voz passiva), - ênfase dada não ao fato como tal (voz ativa), ou ao sujeito e seu relacionamento (voz média), mas à expressão resultual ou con sumada do fato (voz passiva), - afirmada em tom categórico (Ind.), - pretérita em perspectiva (aor. Ind.), - a traduzir-se pelo nosso pretérito perfeito passivo. g. Aplicação paradigmática - À base deste paradigma de m o re íx o - c r e r - , conjugar-se-á o 19 aor. pass. Ind. de outros verbos iniciados por letra consoante com simplesmente substituir-se a raiz m o re u pela correspondente do verbo a flexionar-se, expressa na sexta das partes principais; - Aum ento (e), infixo tem poral passivo (0^), desinenciação (secundária ativa) e acentuação (recessiva) são-lhes os mesmos em todos; - Nos verbos em que o tema se inicia por vogal ou ditongo será o aumento não e, silábico, anteposto, mas o tem poral ou vocáli co, simples alongamento não-silábico da vogal inicial da raiz; 1233
- Também, nos verbos em que o tema se finda por vogal bre ve (ã, e, o), ou muda {labial: tt, (3,
trai com a vogal de ligação sequente, desaparecendo em todas as inflexões; (3) Vogal de ligação - É a vogal de ligação neste I 5 aor. pass. Subj. a típica dos tempos deste modo, encontrada em todas as flexões já estudadas (pres. at. e m p.; 1- e 2- aors. ats. e méds.; perf. at.), excetuado o perf. mp., que, por ser perifrástico, não a tem explícita; - É, pois, o) ante desinências iniciadas por |x ou v, nr] ante as demais, iniciadas por s ou t ; (4) Desinências - Como não se empregam nas flexões do Subj. as desinên cias secundárias, tem este 1- aor. pass. Subj., a despeito de ser aoristo, destituído, porém, que é de expressa noção tem poral, DESI NÊNCIAS PRIMÁRIAS; - Ademais, como o aoristo passivo foge à normatividade das flexões desta voz, seguindo a linha dos tempos ativos, são A T I VAS, não médio-passivas, as desinências nestas formas; - Tem, portanto, o 19 aor. pass. Subj. DESINÊNCIAS PRI MÁRIAS ATIVAS, sujeitas às mesmas variações assinaladas já em relação às flexões ativas deste modo, a saber: - pres. at. Subj.: m o re u — o , - 1? aor. at. Subj.: m o re ij — cr — co, - 2- aor. at. Subj.: \a(3 — o , e - perf. at. Subj.: ttc — TrurTev — k — to; - Logo, nesta, como nessas flexões, quatro das formas ex perimentam alterações, do seguinte quilate; - Na 19 p. s. cai a desinência |xi, pelo que a forma terminará pela vogal de ligação, co, alongada já; - Na 2- p. s. fundem-se vogal de ligação 'q e desinência cri, resultando a sílaba ditongai Tjç; - Na 39 p. s. ocorre idêntica alteração, fundindo-se vogal de ligação ti e desinência t í , a resultar o ditongo tq; e 1235
- Na 3- p. pl. a desinência v t i evolui para ox. - Graficamente: - 1 - p. s. -» Cd + |Xl = 0)
- 2- p. s.-> -t] + a t = Tjç - 3- p. S.—► T| + t i = TJ - 3- p. pl.—* a) + v t i —► cd + v a i —► cd + a i; - Do exposto, vê-se que têm estas formas da matriz, 1e aor. pass. Ind., dois elementos, raiz e infixo tem poral, e do pres. at. Subj. os dois restantes, vogal de ligação e desinências, sujeitas es tas a variações paralelas; c. Flexão (1) Formas - De moTeúíú - crer - , cuja raiz neste, como nos demais sistemas, é m crreu, as formas de 19 aor. pass. Subj. são:
3§ p. s.
FORMA RAIZ m crreu m o re u m crrev
2? p. d. 35 p. d.
m crrev 'Trwrrev
0 0
T\ A 'n
TOV TOV
TTUTTeV 06 TTLOTeV 06
TI
TOV TOV
19 p. pl. 25 p. p|. 35 p. pl.
Trurreu m a re v m crreu
0 0 0
Cd
|xev T6 at
iruTTeu m aTev iriaTeu
Cd
|X6V T6 VTI
1- p. s. • CO • Q. (SI CN
ATUAL ITP VL Cd 0 0 0
À Cd
TIS Jr D
FORMA RAIZ 'TTtaTev m aTev TTiaTev
DES. —
ORIGINAL ITP VL Cd 06 06 •n 06 'n
06 06 06
Cd
DES. (XI U cr1 V Tl
(2) Observações morfológicas - Dos quatro elementos estruturantes, não sofre alteração, invariável, a mesma em todas as formas, a raiz apenas. O infixo temporal perde a vogal integrante e em todas as inflexões. A vogal 1236
de ligação mantém-se praticamente a mesma, exceto que na 2- e 3p. s. se converte no ditongo im próprio As desinências variam em forma, segundo a pessoa e o número, caindo na 1- p. s., fundindose na 2- e 3§ p. s., reduzindo-se na 3§ p. pl.; - Diferem as formas atuais das originais paralelas em três aspectos: 1- A supressão da vogal € do infixo tem poral passivo; 2- A alteração das três pessoas do singular e da terceira do plural; e 32 A posição e natureza do acento; - Embora formas de aoristo, não têm aumento estas infle xões, e nem o terão as demais flexões do sistema a considerar-se, porquanto se lim ita ao Ind., em seus tempos secundários; - Nas três pessoas do singular reduzem-se a uma sílaba única, embora de origem constituam três sílabas distintas, o infixo tem poral passivo (6e), a vogal de ligação (ti/ ío) e as desinências (u í, ox, t i ), ou, - Graficamente: 1- p. s. 0€ — to — |xi —► 0to
2- p. s. 0€ — T| — cri — ►0tj<; 3 p. s. 0€ — T| — t i — ►0-iq; -
- A 1 - p. s., mercê da queda ou excisão da desinência |xi, term ina em to, vogal por que se findam nada menos de DEZES SEIS form as até aqui estudadas, sete inflexões da 1- p. s., uma da 2- p. s. e oito da 3§ p. s., a saber: - 1 - p. s. - Trurreú — to (pres. at. Ind.), - mcrTeú — co (pres. at. Subj.), - m o re ú — tr — to (fut. at. Ind.), - m crrev — a — to (15 aor. at. Subj.), - Á.á0 — to (2- aor. at. Subj.), - ire — m crre v — — to (perf. at. Subj.), - in t r r e v — 0 — üj (12 aor. pass. Subj.); - 2- p. s. - ê — m oTeú — a — to (19 aor. méd. Ind.); - 39 p. s. - m trre v — e — Tto (pres. at. Imper.), -TrwTTeu — e — tj0to (pres. mp. Imper.), k
1237
- m o re u — tm — tü> (1? aor. at. Imper.), - m o r e u — a á — ct0cd (1- aor. méd. Imper.), - Xot0 — € — Tco (29 aor. at. Imper.), - X&3 — é — ct0cd (2- aor. méd. Imper.), - 'ire — in o re i) — — e — too (perf. at. Imper.), e - ire — irto re v — cr0o) (perf. mp. Imper.); - Destarte, sofrem alteração todas estas formas, quatro apenas a redução do infixo em contração (2- e 3- p. d. e 1- e 2- p. pl.), quatro a queda (1§ p. s.), fusão (2- e 3- p. s.) ou redução (3- p. pl.) da desinência; - Neste, e na maioria dos verbos, é a raiz a mesma do pres. e demais sistemas; em outros alterada, em alguns vária ou dife rente, outra até; - Embora passiva esta flexão, tem desinenciação ativa, prim ária, ademais; - Quer na form a original, quer na atual, term inam estas in flexões exatamente como nas demais flexões ativas do Subj., a sa ber: - pres. at. Subj.: irwrTev —
k
d. Acentuação - Respeitada a aparência em contrário dada pelas formas atuais, registrar-se-á que, em term os das originais, são estas infle 1238
xões todas acentuadas recessivam ente, como é próprio de todos os tempos dos modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.); - Assim, breves as desinências todas, cair-lhes-á o acento na antepenútlima, sobre a vogal infixai e, agudo sempre, proparoxíto nas sem exceção; - Já nas formas atuais, em razão da contração que reduziu o número de sílabas, duas no singular, uma no dual e no plural, con tinua o acento na posição de origem, posto sobre a vogal ou dito n go im próprio resultantes da contração, sílaba necessariamente lon ga; - E, pois, circunflexo o acento nas form as atuais todas, já po r que está em última longa, posto previamente na prim eira das v o gais que se contraíram, já porque está em penúltima longa, quando é breve a última; - Desta sorte, são perispômenas as três formas do singular, o acento sobre a vogal w na 1- p. s., sobre o ditongo im próprio t) na 2- e 3- p. s.; são properispômenas as duas formas do dual e as três do plural, posto sobre a vogal da penúltima, remanescente da contração; e. Relação - Pode-se, para fins práticos, adm itir esta flexão como híbrida, a derivar parte da estrutura (raiz e infixo temporal passivo) da m a triz, 1- aor. pass. Ind., e parte do pres. at. Subj. (vogal de ligação e desinências, sujeitas a alterações paralelas, ademais); - Logo, partindo-se das inflexões da matriz, 19 aor. pass. Ind., cuja form a base, 1- p. s., dá-a a sexta das partes principais, obterse-ão as equivalentes deste 19 aor. pass. Subj. com simplesmente excindir-se-lhes o aumento e a vogai do infixo e substituir-se-lhes as desinências secundárias ativas pela form a correspondente do pres. at. Subj., supressa a raiz e ajustada a acentuação; - Por outro lado, partindo-se das formas do pres. at. Subj., obter-se-ão as equivalentes deste 19 aor. pass. Subj., substituindose-lhes a raiz pelo tema expresso na sexta das partes principais,
1239
acompanhado da lingual aspirada do infixo tem poral passivo, acentuando-se a última no singular, a penúltima no dual e no plu ral, circunflexo em todas; - Nos verbos em que é a mesma a raiz nos dois sistemas, o do presente e este do aor. pass., a diferença entre as formas do pres. at. Subj. e estas do 19 aor. pass., consistirá apenas na inserção da aspirada 6 após o tema e no posicionamento e natureza da acen tuação; - Com as flexões ativas (pres., 19 e 29 aors. e perf.) do Subj. relaciona-se este 19 aor. pass. Subj. em que lhes é o mesmo o bi nôm io final da estrutura (vogal de ligação e desinências), idênticas, de igual modo, as alterações desses elementos; - Com as demais flexões do sistema relacionam-se estas fo r mas em que é a todas comum o binôm io estrutural básico: raiz e infixo tem poral passivo, embora exiba este flutuação quanto à v o gal integrante, ora breve (de), ora longa (d-q); f. Sentido e tradução - Não divergem estas form as de 19 aor. pass. Subj. das cor respondentes ou paralelas ativas ou médias quanto à Aktionsart (punctiliar), expressão potencial e ausência de projeção temporal explícita. Diferirão apenas no que respeita à voz e sua ênfase espe cífica, além da estrutura e formação; - A oristo, como o futuro, é tem po de Aktionsart punctiliar, inextensa, não durativa, a acentuar o fato em s i, o puro evento, não seu processo de eventuação (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos da ação (perf., mqpf. e fut. pf.); - Voz passiva, o sujeito não é o agente da ação; é-lhe o pa ciente, a sofrê-la, pois, a ênfase posta não no fato como tal (voz ati va), nem no sujeito e seu envolvimento especial (voz média), mas na expressão resultual, na form a consumacional, na feição final as sumida pelo fato, situação ou relação; - Subjuntivo, m odo subalterno, dependente, relativo, o fato é expresso em teor potencial ou probabilitário, não incisivo ou cate1240
górico (Ind.), nem condicional ou hipotético (Opt.), nem jussivo ou preceptuai (Imper.), ou estático ou nominal (Inf.), ou adjuntivo ou adjetival (Ptc.); - Como ao Subj.f da mesma form a que ao Opt., e ao Imper., e ao Inf., falece a noção de QUANDO o fato se dá, subsistente apenas a idéia de COMO se realiza, não expressam estas inflexões evento necessariamente pretérito. Pode-se ele referir ao passado, ao pre sente, ao futuro, projeção que se infere do imediato contexto; - Da própria natureza deste modo, não independente, nem absoluto, a aparecer em variada gama de cláusulas diferentes em teor e expressão, é de pressupor-se que não se pode atribuir a es tas form as sentido específico, explícito, único, pendente que tem de ser do tipo de cláusula e da fraseologia em que apareçam. De qual quer form a, revestir-se-ão de acepção passiva, subentendendo-se o cunho punctiliar próprio do tempo; - Logo, em resumo, pode-se dizer que é o 19 aor. pass. Subj.: - tem po de Aktionsart punctiliar (aoristo), - ação a enfocar o fato em s i, não o processo eventuacional (pres. e impf.), ou os resultados continuativos do fato (perf., m qpf. e fut. pf.); - sofrida pelo sujeito (voz passiva), - a ênfase a voltar-se para com a form a resultual, a expressão consumacional do fato, não ao sujeito em seu relacionamento (voz média) ou ao evento como tal (voz ativa), - expressa em teor - expressa em teor potencial (Subj.), - sem noção intrínseca de tem po quando se dá (Subj.), - presente, passada ou futura (contexto), - sem tradução estereotipada, ditada que o será pela m odali dade e fraseologia da cláusula em que apareça a inflexão (Subj.); g. Aplicação paradigmática - Conjuga-se o I 5 aor. pass. Subj. de outros verbos, à base deste paradigma de m oT eúca- c re r-, simplesmente substituir-se o 1241
tema iru rre v pelo correspondente do verbo a flexionar-se, nos moldes em que se patenteia na sexta das partes principais; - Infixo temporal passivo (6e), vogal de ligação (t)/ú>), desinên cias (primárias ativas), alterações radicais e desinenciais e acentua ção (recessiva, ajustada às formas contraídas) permanecem cons tantes, os mesmos em todos; - Nos verbos em que o tema básico se finda por vogal breve (a, €, o), ou muda (labial, gutural, lingual), ou líquida ocorre, geral mente, alteração da letra final da raiz ante a aspirada 6 do infixo passivo nas linhas registradas em relação especialmente à flexão do perf. e mqpf., ativos ou médio-passivos. 3.6 - 1gAoristo Passivo do Optativo a. Estrutura - Das formas deste 19 aor. pass. Opt. a sequência de elemen tos estrutura ntes é: RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS b. Formação (1) Raiz - Porção que na forma base, 1- p. s „ se antepõe ao infixo tem poral passivo 0e, vale dizer, antecede ao final é a raiz neste 19 aor. pass. Opt. a mesma do 19 aor. pass. Ind., matriz de que a derivam as flexões todas deste sistema, expressa na sexta das partes principais entre o aumento e o final d^v; - É esta raiz, na maioria dos verbos, a mesma do presente e demais sistemas, em outros alterada em m aior ou menor grau, em alguns distinta e até inteiramente outra; - Permanece constante, inalterada, sem variações, esta raiz em todas as inflexões a mesma, se bem que nos verbos vocálicos, ou em muda, ou em líquida, experimente, na formação, alteração 1242
da term inal temática, alteração que se processará em todas as fo r mas da flexão;
(2) Infixo Temporal Passivo - Elemento que, ao lado do tema, deriva este 19 aor. pass. Opt. da matriz, 1- aor. pass. Ind., como o fazem, aliás, todas as fle xões deste sistema, é o infixo tem poral passivo a distintiva sílaba 0e, que se não altera, ao contrário do que se deu no Ind. e no Subj., por isso que está a preceder a vogal;
(3) Infixo Modal - Elemento distintivo deste modo, presente a todas as fle xões optativas, é o infixo modal neste 19 aor. pass. Opt. a vogal fe chada i; - Nesta flexão assume este infixo duas formas distintas, en sejando duas linhas de flexões paralelas, a saber: a simples, i, lim i tada ao dual e ao plural, na 3- p. pl. extensificada, mercê da inser ção da vogal e, logo, ie, como se registrou nos tempos todos do Opt., a saber: - pres. TTUTT6V — o — 16 — V, - fut. m o re v — (7 — o — ie — v, - 19 aor. Trurreu — era — ie — v, - 29 aor. Xáp — o — ie — v, e - perf. -rre — m o reu — k — o — ie — v, e a composta i/q, que aparece nos três números; - Contrai-se este i modal com a vogal 6 do infixo tem poral, resultando o ditongo ei, característico das formas do aor. pass. neste modo, como é o ditongo a i das formas do 19 aor. at. e méd. e o ditongo o i das demais (pres., fut., 29 aor., perf. e fut. pf.); - De observar-se é que tanto o grupo vocálico 16 (3- p. pl. simples) quanto a dupla i/q (flexão complexa) se bissectam em duas sílabas distintas, embora sejam um só elemento estrutural; t
1243
(4) Desinências - Como, ao contrário do Subj., que, mesmo no aoristo, só as tem primárias, somente admite o Opt. desinências secundárias, têm as form as deste 15 aor. pass. Opt. as chamadas DESINÊNCIAS SECUNDÁRIAS e, como se viu no Ind. e no Subj., característica deste sistema nos modos finitos, ATIVAS, não médio-passivas; - Nas form as de infixo longo (vq) são estas desinências tais quais no mqpf. at. Ind., logo: - na 1- p. s. será v (não p i como nas demais flexões do Opt. desinenciadas ativamente); - na 39 p. s. cai o T (lingual, que não pode ser term inal re gular), e - na 3- p. pl. será cráv (não v); - As formas de infixo breve (í) diferem desinencialmente em que não ocorrem no singular e na 3- p. pl. têm v (não aáv); c. Flexão (1) Formas - Deste 19 aor. pass. Opt. de iru rre ix ú - crer - , cuja raiz é neste, como nos demais sistemas, m o re u , as form as da flexão ge ral são: LONGA BREVE RAIZ ITP IM DES. RAIZ ITP IM DES. — — — — 19 p. s. irtcrreu 0€ IT) V — — — — TTWTTeV 6e 2 a - p. s. vr\ «5 — — — — Tuorev 0€ í/q (t ) 39 p. s. 25 p. d. 35 p. d.
Trioreu TTiorev
06 06
19 p. pl. 25 p. pl. 35 p. pl.
Trurreu 'irurreu Trioreu
0€ 06 0€
1244
ít\ íf\
TOV TT]V
Trioreu TTUTTeV
ít\
|X€V T€ CTOÍV
TTUTT6V 06 TTLCTT6V 0€ -trwTTe-u 06
06 0€
«A
t
l A. 1 1 A
te
TOV rqv
pev Te V
(2) Observações morfológicas - Deste quaterno de elementos componentes, a despeito da contração do i do infixo modal com a vogal e do infixo tem poral e da inserção de e após o t da 3- p. pl. breve, permanecem constan tes, imutados, os mesmos em todas as formas, os prim eiros três: raiz (/irurT€v), infixo temporal passivo (ôe) e infixo modal (i, i/q). Apenas as desinências, como é natural, variarão conforme a pessoa e o número; - Diferem as inflexões breves das longas paralelas em qua tro aspectos: 19 Não há breves explícitas para as três pessoas do singu lar; 2- Nas breves não tem o infixo modal a vogal longa seqüente q , inda que haja e na 3- p. pl. breve; 3? Na 3- p. pl. a breve tem a desinência v, a longa
ditongo c i, caracterfstico do aor. pass. no Opt.; - O infixo modal ir \ em todas as formas se bifurca em síla bas distintas; - Embora flexão passiva, as desinências são ativas, o que é, aliás, característico do aor. pass. nos quatro modos finitos; - A 1- p. s. tem a desinência tipicamente secundária v em vez da prim itiva |xi, usual nas flexões ativas do Opt., que apareceria na form a de infixo breve, se usada; - Na 3- p. s. não subsiste a desinência ordinária t , por quanto não pode esta lingual ser term inal da palavra regular, traço, aliás, desta pessoa, em todos os tempos secundários ativos do Ind.: - impf.: e — m o re u — c (por e — Trúrreu — e — t ), - 19 aor.: ê — 'jrú rre v — ae (por c — rría re v — cre — t ), - 2- aor.: e — Xá|3 — c (por i — Xà(3 — e — t ) e - mqpf.: e — ire — Tnarev — kc i (por c — -rre — m o re v — K€i — t ), assim como no: - perf. at. Ind.: -ire — irú rre u — kc (por -ire — m o re u — kc — t ), e em todas as flexões ativas do Opt.: - pres.: m o T cv — o — t (por m o rc u — o — t — t ), - fut.: Tnarev — a — o — i (por m o rc u — a — o — i — t ), - 19 aor.: m o re è — crct — i (por TrioTeu — c a — l — t ), - 2- aor.: XaP — o — i (por X&P — o — i — t ), e - perf.: ire — Tnarev — k — o — i (por-rrc — m o re u — k — o - t - t ); - No dual, como em todas as flexões em que são secundá rias as desinências, mais as form as imperativas, divergem as duas inflexões na quantidade da vogal desinencial, breve (o) na 2- p. d., longa (r\) na 3- p. d., pelo que lhes difere tam bém , em term os ge rais, a acentuação; - Como se tem observado em todas as flexões considera das, três das desinências, tov da 2- p. d., p,ev da 1- p. pl. e tc da 2p. pl., são as mesmas dessas pessoas em todas as flexões, primárias ou secundárias, nos modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), ex1246
ceto que ao Imper. é alheia a 1- p. pl.; - Na 3- p. pl., a form a de infixo modal breve tem a desinên cia própria do im pf. e dos aors., 19 e 29, ats. do Ind., bem como das flexões ativas do Opt. (pres., fut., aors. 19 e 29, perf.), isto é, v , en quanto na inflexão de infixo modal longo é ela (tclv, própria do m qpf. at. Ind. e do aor. pass. Ind., e, nos verbos em fu , também no im pf. e 29 aor. ats. Ind., mais as formas de infixo longo do pres. at. e 2- aor. pass. Opt.; - De observar-se é que estas form as são exatamente iguais às equivalentes ou paralelas do pres. at. Opt. de e i|x i - ser - , no que respeita ao infixo modal e às desinências, ou, por outro lado, a essas inflexões prefixadas do binôm io raiz mais lingual 6 do infixo temporal passivo, excluído o espírito; - Finalmente, de acentuar-se é que, tal qual se dá no fut., ao contrário do que se observa no pres., im pf., perf., m qpf. e fut. pf., não são estas formas passivas as mesmas da voz média, per tencentes, aliás, a sistemas diferentes e dissimilares em estrutura e formação; d. Acentuação - Tempo de modo finito , é recessiva a acentuação neste 19 aor. pass. Opt., distanciando-se o mais possível da última; - Nas formas de infixo modal longo está na penúltima o acento, posto sobre o t infixai nas três pessoas do singular e sobre o ti infixai na 39 p. d., formas em que é longa a última, enquanto está na antepenúltima, sobre o t infixai, nas demais quatro infle xões {2- p. d. e as três do plural), desinências breves; - Nas formas de infixo modal breve, já que têm todas as infle xões desinência breve, menos a 3- p. d., estaria o acento na antepe núltima, sobre o e do infixo tem poral. Todavia, em razão da contra ção, as vogais infixais, e e i, passam a constituir ditongo, ficando o acento na sílaba daí resultante, logo, sobre o i infixai, agora na pe núltim a da form a, posição em que estava já na 3§ p. d. Daí, é esta acentuada com agudo (longa a últim a, impede o circunflexo na pe 1247
núltima), as demais são-no com circunflexo (longa a penúltima acentuada, última breve); - Portanto, destas inflexões são: - proparoxítonas: QUATRO (2- p. d. e as três do plural de infixo longo); - paroxítonas: CINCO (as três do singular e a 3- p. d. de infixo longo e a 39 p. d. de infixo breve); e - properispômenas'. QUATRO (2- p. d. e as três do plural de in fixo breve);
e. Relação - Relaciona-se esta flexão de 1- aor. pass. Opt. com a matriz, 19 aor. pass. Ind., em que lhe tem a raiz (m o re v ) e o infixo tem po ral passivo (0e) e com os tempos ativos do Opt. (pres., fut., 19 e 2aors. e perf.) em que lhes são comuns o infixo modal t e as desi nências secundárias ativas, na 1- p. s. a regular v e m vez da p rim iti va p i; - Contudo, é com o pres. at. Opt. de el|xí - ser - , que mais direta é a coincidência nesta parte, pois que o final das formas a partir da vogal infixai e é o mesmo nas duas flexões em perfeito paralelo; - Logo, de modo mais prático, obter-se-ão estas inflexões do 19 aor. pass. Opt., partindo-se da matriz, 19 aor. pass. Ind., com excindir-se-lhe às formas o aumento e substituir-se-lhe a vogal longa t) do infixo passivo e a desinência pelas formas correspondentes do pres. at. Opt. de eí|xí, supresso o espírito, mantida, porém, a acen tuação; - Por outro lado, partindo-se das formas do pres. at. Opt. de e i|xi, conseguem-se estas inflexões do 19 aor. pass. Opt. com eli minar-se-lhes o espírito e antepor-se-lhes o binôm io tema e infixo temporal passivo deste sistema, conforme se exibem na sexta das partes principais, revertida a breve a vogal do infixo (6e, não 0x|); 1248
f. Sentido e tradução - Das formas ativas e médias paralelas não diferem estas in flexões do 19 aor. pass. Opt. quanto à Aktionsart (punctiliar), à ex pressão condicional ou hipotética e à ausência de projeção tem po ral explícita, aspectos comuns a todas as formas aoristas neste m o do. Diferem, necessariamente, quanto à peculiaridade da voz e sua ênfase específica, além da estrutura e formação; - Aorísto, como o futuro, é tem po de Aktionsart punctiliar, isto é, de ação não durativa, inextensa, não continuativa, a focalizar o evento em s i, não o processo desdobrativo da eventuação (pres. e impf.), nem os efeitos prolongativos do fato (perf., m qpf. e fut. pf.); - Voz passiva, a ação tem no sujeito o paciente, não o agente, de sorte que o sujeito a sofre, a recebe, ao invés de praticá-la, a ên fase dada à expressão final, resultual ou consumacional do fato, an tes que ao sujeito e seu envolvimento na ação (voz média) ou ao fatocomo tal, o evento em sua especificidade (voz ativa); - O ptativo, como o Subj., modo subalterno, dependente, rela tivo, a expressão assume teor condicional, possibilitário, hipotético, logo, não se apresenta em tom incisivo, categórico (Ind.), ou poten cial, probabilitário (Subj.), ou injuncional ou preceptivo (Imper.), ou estático, substantivo (Inf.), ou adjetival, adjuntivo (Ptc.); - Modo em que, à maneira do Subj., Imper. e Inf., subsiste somente a Aktionsart ou qualidade da ação, COMO se efetua ela, ausente expressa noção tem poral, QUANDO o fato se realiza, não se revestem estas formas de sentido necessariamente preteritivo, podendo o fato, estado ou relação, em perspectiva absoluta, situarse no passado, no presente ou no futuro, segundo o determine o imediato contexto ou o im piicite a modalidade clausular; - Dado o teor vago, aleatório, dependente de que se reveste o Opt., tal qual o Subj., passível de uso em variada gama de cláusu las, não há forma específica de tradução das inflexões deste 19 aor. pass. Opt. Determina-a sempre a modalidade clausular, o tipo de fraseologia em que lhe apareça a form a. Todavia, assumirá sempre
1249
feição passiva, im plícito o cunho punctiliar próprio do tempo; - É, pois, este 1- aor. pass. Opt.: - tem po de Aktionsart punctiliar (aoristo), - a focalizar o fato em si, o mero evento, não o processo desdobrativo (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.), - ação sofrida pelo sujeito (voz passiva), - ênfase posta na expressão final, consumativa, do fato, não sobre o sujeito e seu envolvimento (voz média), nem sobre o fato em sua distintividade (voz ativa), - expressa em moldes hipotéticos ou condicionais (Opt.), - sem explícita noção de tempo (Opt.), - presente, passada ou futura (contexto), - sem tradução única ou estereotipada, pendente que o será sempre da modalidade clausular ou da fraseologia em que ocorra a inflexão;
g. Aplicação paradigmática - De outros verbos flexionar-se-á este 19 aor. pass. Opt., à ba se deste paradigma de m oTeixo - c re r-, simplesmente substituirse-lhe o tema m o re u pela raiz correspondente, segundo se mostra na s&xta das partes principais; - Infixo temporal passivo (0e), infixo modal (t, i/q), desinências (secundárias ativas), contração infixai (e + e = et) e acentuação (recessiva e ajustada) não variam, são os mesmos em todos os ver bos em que é esta a modalidade aorista; - Nos verbos em que a raiz termina por vogal breve (á, e, o), ou muda (labial: ir, |3, (p; gutural: k , 7 , x ; lingual: t , 8, 0 ) , ou líquida (X, (x, v, p) verificar-se-á, geralmente, alteração dessa terminal ante a aspirada 0 do infixo tem poral, nos moldes assinalados mormente em relação aos sistemas do perfeito, ativo ou médio-passivo. 1250
3.7 - 1ÇAoristo Passivo do Imperativo a. Estrutura - Têm as inflexões deste 12 *9 aor. pass. Imper. a seguinte se quência estrutural: RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + DESINÊNCIAS b. Formação ('\)R a iz - Porção que antecede ao infixo temporal passivo (hi/8e, ou, na 2- p. s„ base da flexão, ao final ôtyrt, é a raiz neste 19 aor. pass. Imper., como nas demais flexões do sistema, a da matriz, 19 aor. pass. Ind., de que todas a derivam; - Esta raiz, encontrada sempre na sexta das partes princi pais, excindidos o aumento e o final 0Tryi\ permanece constante, inalterada, a mesma na flexão toda; - Nos verbos em que se finaliza o tema por vogal breve (a, e, o), ou muda, ou líquida, experimenta, em geral, alteração ora simples, ora mais complexa, esta raiz; - Todavia, é esta raiz do aor. pass. a mesma do pres. e de mais sistemas na maioria dos verbos, em alguns alterada de modo ora mais, ora menos pronunciado, em outros inteiramente distinta, diversa, diferente;
(2) Infixo Temporal Passivo - Também o infixo temporal passivo é o mesmo da matriz, 19 aor. pass. Ind., isto é, a sílaba 6e, cuja vogal apenas na 3- p. pl. clássica se mantém breve, posta que está antes de duas consoantes sucessivas, alongando-se, como na matriz, nas demais inflexões, porquanto seguida sempre por desinências que, embora biliterais, triliterais, m ultiliteral uma, não lhe apõem duas consoantes im e diatas; - Logo, da matriz, 19 aor. pass. Ind., têm estas inflexões do 1251
19 aor. pass. Imper. estes dois elementos: raiz e infixo temporal passivo, este o elemento caracterizante por excelência das formas deste sistema;
(3) Desinências - Recebem as inflexões deste I 9 aor. pass. Imper. a desinenciação específica deste modo, como é característico do aor. pass. nos modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), desinências a ti vas, não médio-passivas, que estas seriam de esperar-se em se tratando de flexão passiva; - Finais que se podem conceber como formas reduzidas, evoluídas ou adaptadas dos pronomes pessoais correspondentes, duas destas desinências, da 2- p. d. e da p. pl., são as mesmas de todas as flexões ativas nessas pessoas nos modos fin i tos, sem exceção; - Diferentemente dos demais tempos em que se aplicam estas desinências imperativas, conserva-se na 2- p. s. desta flexão a desinência, inda que dissimilada: t i em vez de 0t; t
o
v
t
c
2
-
c. Flexão1
(1) Formas - De 'TTWTTeixú - crer - , cuja raiz neste, como nos demais sistemas, é iru rre u , o quadro flexionai do 19 aor. pass. Imper. é: 1252
RAIZ ITP DES. 2- p. s. m crrev 0T) T t 3- p. s. m o re u 0T, Tco
- sê crido(a) - seja crido(a) (ele, ela)
2- p. d. irio re ú 0TI tov 3? p. d. m o re u 0*q Tü>v
- sede cridos(as) (vós dois, vós duas) - sejam cndos(as) (eles dois, elas duas)
2- p. pl. m o re u 0T! Te - sede cridos(as) 3- p. pl. m o re u Ôe vtíov - sejam cridos(as) (eles, elas) ou m o re u 0T] Ttooav
(2) Observações morfológicas - Da tríade de elementos estruturantes permanece invariá vel, constante, o mesmo nas inflexões todas o binôm io inicial, constituído do tema m o re u e do infixo passivo ©tj, exceto que este, na 3§ p. pl. clássica retém breve a vogal (0e). As desinências variam, em função de pessoa e número; - Como no Subj. e Opt., não têm estas formas aoristas do Imper. o aumento, peculiar que o é ao Ind.; - A raiz (m o re v) é a mesma do presente e demais siste mas, embora em certos verbos sofra alterações, leves ou significati vas, e em alguns seja distinta, outra até; - O infixo temporal, a preceder a duas consoantes sucessi vas, preserva a form a breve da vogal (0e), em UMA inflexão, a 3- p. pl. clássica, sofre-lhe alongamento, convertido em 0i], nas SEIS restantes, já que é seguido de consoante não grupai; - A 2- p. s., em sua form a regular, deveria ser: m o re u — 0T) — 0 i. Todavia, para evitar-se a sequência das duas aspiradas, dissimila-se ela na desinência, passando a ser t i em vez de 0 i; - Destarte, no quadro geral das flexões do verbo em
seguinte rol: - pres. at. Imper.: m o re v — e (p o rm o re v — € — Oi),
- 19 aor. at. Imper.: Tríorev —
ctov
(por m o re v — c á —
Oi), - 2° aor. at. Imper.: \a |3 — e (por Á.a|3 — e — Oi), - perf. at. Imper.: ttc — m o re v — k — e (por -jre — iru rre v — k — e — Oi), - 19 aor. pass. Imper.: Trtorev — 0*q — t i (por iru rre ú — ôtj — 0í); - No dual, como em todas as flexões imperativas (pres., aor. e perf.) e nas secundárias do Ind. (impf., aor. e mqpf.) e nas Optativas todas (pres., fut., aor., perf. e fut. pf.), diferem as inflexões em que na 2- p. é breve a vogal desinencial, na 3 9 p. longa. Neste 1aor. pass. Imper. é o naquela, (o nesta, o que lhes afeta a acentua ção, proparoxítona a 2- p. d., paroxítona a 3- p. d.; - A 2- p. d. (m o re u — O-q — t o v ) e a 2- p. pl. (m o re v — Otj — Te) têm desinências que são as mesmas nessas pessoas em todas as flexões ativas, mais as do aor. pass., nos quatro modos finitos; - Na 3- p. pl. é breve o infixo temporal (0e) na forma clássi ca, uma vez que precede a desinência iniciada por duas consoantes, o grupo vt ; é, porém, longo (0-q) na inflexão coiné, porquanto se gue-o a desinência Toxrav, iniciada por uma, não duas consoantes; - Ademais, morevOeVrcav, 3- p. pl. clássica, é exatamente igual em form a à inflexão do gen. pl. masc. e neutro do 19 aor. pass. ptc. de m orevto, como se verá; - Também, diferem em forma a 2- p. d. irto re ú — O-q — to v e a 2- p. pl. m o re ií — 0-q — tc desta flexão das paralelas do 19 aor. pass. Ind., respectivamente, e — m o re v — ô*q — tov e I — m xrrev — 0-q — tc , em que estas recebem aumento, fator estranho àquelas; - Apesar de flexão passiva, particularidade do aor. pass. nos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), as desinências, contudo, são ativas; - São estas formas, como se verá, ademais, no fut. pass., 1254
exclusivamente passivas, distintas das médias, enquadradas, aliás, em sistemas diferentes, com estrutura e formação dissimilares, as pecto em que discrepam do pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf., em que as mesmas formas servem a estas duas vozes indistintamente; - Da matriz, 19 aor. pass. Ind., têm estas inflexões dois ele mentos: raiz (m oreu ) e infixo temporal passivo Ot) (menos na 3- p. pl. clássica, em que é 6e); d. Acentuação - Flexão de modo finito, recessiva é a acentuação destas infle xões do 19 aor. pass. Imper., o acento a distanciar-se o mais possí vel da última; - Logo, incidirá sobre a antepenúltima nas formas da 2- p. s „ 2 p. d., 2 - p. pl. e 3§ p. pl. coiné, todas de final breve, sobre a penúltima nas inflexões de final longo (3- p. s., 3- p. d. e 3- p. pl. clássica); - É, pois, agudo em toda a flexão, posto sobre o v do ditongo final do tema nas TRÊS formas de 2- p. (2- p. s., 2- p. d. e 2 - p. pl.), sobre a vogal do infixo nas QUATRO inflexões da 3§ p. (t\ na 3§ p. s., 3§ p. d. e 3- p. pl. coiné, e na 3§ p. pl. clássica); - São, destarte, paroxítonas três das inflexões (todas da 3§ p.), proparoxítonas quatro (as formas da 2- p., mais a 3- p. pl. coiné); e. Relação - Com a matriz, 19 aor. pass. Ind., relaciona-se esta flexão do 19 aor. pass. Imper. em que lhe deriva dois de seus três elementos estruturantes: raiz e infixo temporal passivo, se bem que na 3- p. pl. coiné tenha este breve a vogal, e, na matriz sempre longa, ti; - Logo, partindo-se da matriz, cuja forma base, 1- p. s., se es tampa na sexta das partes principais, para obterem-se as inflexões deste 19 aor. pass. Imper. requer-se apenas a excisão do aumento e a substituição da desinência secundária ativa pela correspondente imperativa ativa. Em duas das formas, 2- p. d. e 2- p. pl., já que as desinências são idênticas nas duas flexões, a questão se reduz à su pressão do aumento, comuns os demais componentes. Na 3- p. pl. 1255
clássica a vogal do infixo reverte à form a breve original, e, não t}; - Com as flexões ativas do Imper. (pres., 1- e 2 - aors. e perf.) relaciona-se este 12 aor. pass. Imper. quanto às desinências, as mesmas em todos, embora nas formas atuais já não persista a desinência (9i) na 2 - p. s. daquelas e nesta se dissimile em t i ; f. Sentido e tradução - Das formas ativas e médias paralelas não diferem estas in flexões do 1? aor. pass. Imper. no que tange à punctiliaridade da Aktionsart, à injunctividade da expressão, à relatividade da pers pectiva temporal. Divergirão apenas em relação ao teor da voz e sua ênfase específica, assim como no tocante à estrutura e form a ção; - Aoristo, qual o futuro, é tem po de Aktionsart punctiliar, a fo calizar o fato em si, o evento puro, não o processo desdobrativo da eventuação (pres. e impf.), nem os resultados e efeitos continuativos da ação, relação ou estado (perf., m qpf. e fut. pf.); - Voz passiva, a ação não é praticada pelo sujeito, que, por tanto, a sofre ou recebe, outro o agente, a ênfase polarizada na ex pressão final, no aspecto resultual do fato, não no sujeito e seu en volvim ento (voz média), nem no evento em sua especificidade, a ação em sua distintividade (voz ativa); - Imperativo, o modo injuncional, que, a rigor, não deveria as sum ir feição passiva, a ação é expressa em tom de ordem, manda do, preceito, intimação, não em moldes declarativos, inda que inci sivos e categóricos (Ind.), m uito menos em moldes potenciais ou probabiiitários (Subj.), ou condicionais e hipotéticos (Opt.), ou no minais e estáticos (Inf.), ou adjetivais ou adjuntivos (Ptc.); - Modo a que, à semelhança do Subj., Opt. e Inf., é estranha a noção temporal, QUANDO o fato se dá, subsistente apenas a Ak tionsart, COMO se realiza o evento, esta a conotação básica ou fu n damental dos tempos e modos gregos, não expressam estas infle xões ação necessariamente pretérita. A projeção temporal determ i na-a o imediato contexto. Podem, pois, referir-se a eventuação 1256
passada, presente ou futura. De fato, não parece lógico projetar-se a ação imperativa à dimensão pretérita. Logo, situar-se-á, mais apropriadamente, na atualidade ou na futuridade, esta acima de to das; - Não há no português forma de tradução específica desta fle xão. Daí, emprestar-se-lhe-á a mesma expressão atribuída já ao pres. e até ao perf. pass. Imper., subentendida a diferença de acep ção de cada um desses tempos; - Portanto, traduzir-se-á m o re u — 0*q — t i pela mesma ex pressão por que se representaram -irtoTev — ou (pres. pass. Imper.) e ire — irú rre u — ao (perf. pass. Imper.), todos traduzidos como: sê tu crido(a). E assim as demais inflexões: - Em resumo, pois, dir-se-á que é o 19 aor. pass. Imper.: - tempo de Aktionsart punctiliar (aoristo), - a contemplar o fato em si, o puro evento, não o processo de atualização (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.), - ação sofrida pelo sujeito, paciente, não agente (voz passiva), - ênfase voltada para com o evento em sua form a consumacional, a expressão resultada, não ao sujeito (voz média), nem ao fato específico (voz ativa), -fo rm u la d a em teor injuncional ou preceptual (Imper.), - sem explícita projeção temporal (Imper.), - localizável no passado, no presente ou no futuro, bem que aquela dimensão não se afigure tão lógica e procedente (contexto), - a traduzir-se nos termos do pres. pass. Imper.; g. Aplicação paradigmática - Conjuga-se o 19 aor. pass. Imper. dos demais verbos, à base deste paradigma de moreÚG) - c r e r -, com simplesmente substituir-se-lhe a raiz m o re u pela correspondente do verbo a flexionarse, expressa na sexta das partes principais; - Infixo temporal passivo (0^, na 3 5 p. pl. clássica 0e), desinên cias (imperativas ativas, na 2- p. s. t i ) e acentuação (recessiva) são 1257
em todos os mesmos; - Nos verbos em que o tema se finda em vogal breve (á, e, o), ou muda (labial: tt, (3,
-
1QAoristo Passivo do Infinitivo
a. Estrutura - A sequência de elementos que estruturam este 19 aor. pass. Inf. é a seguinte: RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + DESINÊNCIA b. Formação
(1) Raiz - Porção que antecede ao final B-qvou, é a raiz neste 1? aor. pass. Inf. a mesma da matriz, 19 aor. pass. Ind., conforme se exibe na sexta das partes principais, a mesma em todas as flexões deste sistema; - É, na maioria dos verbos, esta raiz a mesma do presente e demais sistemas, em alguns, mormente verbos em que o tema se finda em vogal breve (á, e, o), ou muda, ou líquida, a sofrer altera ção ora mais, ora menos pronunciada, em outros inteiramente dis tinta ou diversa;
(2 ) Infixo Temporal Passivo - É também o infixo temporal passivo nesta inflexão o mesmo da matriz, 19 aor. pass. Ind., isto é, a sílaba Oe, cuja vogal se alonga, portanto, a assumir a form a 6t), já que não a segue grupo consonantal (nem vogal imediata); - Deâta sorte, como em todas as flexões deste sistema, este 19 pass. Inf. tem da matriz o binôm io raiz (m oreu ) e o infixo tem 1258
poral passivo (0-q), alongada a vogal, este o elemento distintivo por excelência das form as de 19 aor. pass.; (3) Desinência - Nos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.) o b servou-se que têm as flexões do aor. pass. ativa a desinenciação, o que lhe é característica distintiva; - Também nesta form a infinitiva passiva isto se dá, de sorte que, ao invés da típica desinência passiva, crOai, tem este 19 aor. pass. Inf. desinenciação ativa; - Enquanto o pres., o fut., e o 2s aor. ats. Infs. têm a vocáli ca ev e o 19 aor. at. Inf. a divergente crai, este 19 aor. pass. Inf. re cebe a desinência aplicada já ao perf. at. Inf., isto é, a consonantal v a i, que aparecerá ainda no pres. e no 29 aor. ats. Infs. dos verbos em p i; c. Forma - Isto posto, a form a do 19 aor. pass. Inf. de m o re ix o - crer cuja raiz é neste, como nos demais sistemas, ttujT eu, será: RAIZ m o re i)
ITP 0t|
DESINÊNCIA vai
- ser crido(a)
d. Observações morfológicas - Como no Subj., O p t e Im per., não tem esta inflexão do 19 aor. pass. Inf. o aumento, marca distintiva dos tem pos preteritivos, isto é, das flexões secundárias do Ind., modo único em que é a no ção de tem po absoluta, não qualificada; - A raiz ('irioreu) é a mesma do presente e demais sistemas, embora em certos verbos lhes difira em m aior ou m enor escala, conform e a variação sofrida, em alguns inteiramente distinta, mesmo outra; - O infixo tem poral tem longa a vogal, porquanto não está a preceder a vogal ou duas consoantes sucessivas; 1259
- A desinência é ativa (vai), a despeito de ser passiva esta forma, disparidade que se constitui traço distintivo desta flexão (aor. pass.) em todos os modos; - De notar-se é que esta inflexão, ao contrário do que se ob servou nas paralelas do pres., do perf. e do fut. pf., é forma exclusi vamente passiva, o que também se registra no fut., diferente da média correlata, enquadradas que são em sistemas distintos, diver sas a estrutura e a formação; - Da matriz, 19 aor. pass. Ind., deriva este Inf. o binôm io in i cial, raiz (Trurreu) e infixo temporal passivo (O-q); - Do exposto, vê-se que das DOZE formas infinitivas para digmáticas estudadas: - SEIS têm a desinência a 0 a i, todas médias ou médio-passi vas: - Trurreú — e — crOai (pres. mp. Inf.), - Trurreú — cr — e — cr0ai (fut. méd. Inf.), - Trurreú — crá — cr0ai (19 aor. méd. Inf.), - Xã|3 — é — cr0ai (29 aor. méd. Inf.), - Tre — Trurreu — a 0a i (perf. mp. Inf.) e - tt€ — Trurreu — o- — e — cr0ai (fut. pf. mp. Inf.); - TRÊS têm a desinência cv, todas ativas: - Trurreú — eiv (pres. at. Inf.), - Trurreu — o- — e iv (fut. at. Inf.), - Xáp — eiv (29 aor. at. Inf.), - DUAS têm a desinência v a i, uma ativa, outra passiva: - Tre — Trurreu — kc — v a i (perf. at. Inf.) e - Trurreu — 0TÍj — v a i ( 19 aor. pass. Inf.), - UMA a tem divergente: - Trurreú — o m (19 aor. at. Inf.); e. Acentuação - Das onze formas infinitivas que integram o quadro de fle xões do verbo em 6), não computadas as referentes ao 29 aor., sete se acentuam em moldes recessivos, quatro em linhas posicionais; 1260
- É o 19 aor. pass. Inf. um destes quatro infinitivos de acentua ção posicionai, ao lado das formas do 2- aor. at. e méd.; - Tem este 19 aor. pass. Inf. acento circunflexo, uma vez que incide em penúltima longa, breve a última (o ditongo a t final da de sinência é havido por breve no Inf.); - Destarte, acentuam-se posicionalmente: - 19 aor. at. Inf.: iru rre v — crai, - 2- aor. at. Inf.: Xàj3 — eív, - 2- aor. méd. Inf.: Âãp — é — aOai, - perf. at. Inf.: ire — m o re v — kc — v a i, - perf. mp. Inf.: ire — ir io r e v — aOai, e - 19 aor. pass. Inf.: iru rre u — 0rj — v a i; - De notar-se é, em qualquer verbo, que a form a do 2- aor. at. Inf. será sempre perispômena (posto o acento em última contrata), enquanto as inflexões do 2 - aor. méd. e perf. at. Infs, serão paroxftonas (penúltima acentuada sempre breve) e a do l 9 aor. pass. Inf. sempre properispômena (penúltima longa acentuada, breve a ú lti ma), mas o 19 aor. at. e o perf. mp. Infs. serãoproperispômenos (nos verbos em que a penúltima, acentuada, fo r longa) ou paroxilonos (nos verbos em que fo r breve a penúltima, onde incide o acento); f. Relação - Relaciona-se diretamente este 19 aor. pass. Inf. com a ma triz, 19 aor. pass. Ind., em que lhe deriva o binôm io inicial de ele mentos: a raiz (m o re u ) e o infixo temporal passivo (Oi)), como o fa zem, aliás, os demais componentes deste sistema; - Portanto, partindo-se da matriz, 19 aor. pass. Ind., cuja fo r ma base, 1- p. s., exibe-a a sexta das partes principais, para obterse esta inflexão infinitiva bastará elim inar-se-lhe o aumento (pecu liar ao Ind.) e substituir-se-lhe a desinência secundária ativa pela infinitiva v a i, ajustada a acentuação, por isso que será sempre properispômeno este infinitivo; - Com o perf. at. Inf. relaciona-se este 19 aor. pass. Inf. em que têm ambos a mesma desinência v a i, elemento que os torna 1261
afins aos infs. pres. e 2- aor. ats. dos verbos em jjli, similarmente desinenciados; g. Sentido e tradução - Das formas ativa ('irurreu — o m ) e média ('irurrev — orá — CT0a i) não difere este 19 aor. pass. Inf. (Trurreu — (Kj — v a i) quanto à punctiliaridade da Aktionsart, à substantividade da expressão e à relatividade da projeção temporal, pontos comuns a todos. Dife rentes lhes são a acepção da voz e a ênfase respectiva, além da es trutura e formação; - Aoristo, qual o futuro, é tempo de Aktionsart punctiliar, a en focar o evento em si, o fato puro, não o processo de eventuação (pres. e impf.), nem os efeitos extensificantes da ação (perf., m qpf. e fut. pf.); - Voz passiva, o sujeito, que não é o agente mas o paciente da ação, sofre-a, recebe-a, a ênfase voltada para com a eventuação em sua expressão resultual, a form a final, consumativa, não para com o sujeito e seu envolvimento (voz média), nem para com o fato como tal, em sua especificidade (voz ativa); - Infinitivo, modo a que, à semelhança do Subj., do Opt. e do Imper., é alheia explícita noção tem poral, QUANDO o fato se pro cessa, subsistindo apenas a conotação qualitativa, COMO a ação se realiza, embora aorista, não se reveste esta inflexão de teor neces sariamente preteritivo. Pode-se a projeção tem poral situar no pas sado, no presente ou no futuro, segundo o determine o imediato contexto; - Modo complementar, de cunho substantivo, não expressa esta form a infinitiva a ação em term os incisivos ou categóricos (Ind.), ou potenciais, probabilitários (Subj.), condicionais, hipotéti cos (Opt.), injuntivos, preceptuais (Imper.), adjetivais, adjuntivos (Ptc.), mas estáticos, nominais (Inf.); - Carece o português de forma específica, explícita, precisa, por que traduzir-se esta inflexão infinitiva. Representa-se, norm ati vamente, pela maneira de tradução emprestada ao pres. pass. Inf., 1262
aplicada, ademais, ao perf. pass. Inf., subentendida a acepção pró pria de cada um desses tempos; - Logo, por: sercrido(a) traduzir-se-ão estes três infinitivos: - TTUTTeú — e —
- Nos verbos em que o tema se finda por vogal breve (et, e, o)f consoante muda (labial: tt, (3,
3.9 - 19Aorísto Passivo do Particípio a. Estrutura - Têm as inflexões do I 9 aor. pass. Ptc., em sua estrutura bási ca ou original, a seguinte sequência de elementos: RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS b. Formação (1 )R a iz - Porção que antecede ao infixo temporal passivo 0€, na forma base, nom. sing., a preceder ao final atual 0eí<;, 6eurã, 0ev, é a raiz neste 19 aor. pass. Ptc., como nas demais flexões do sistema, a da matriz, 19 aor. pass. Ind., conform e se exibe na sexta das par tes principais, entre o aumento e o final 6t)v ; - E esta raiz, que se preserva inalterada em toda a flexão, na maioria dos verbos a mesma do presente e demais sistemas, embora em certos verbos apresente alteração ora mais, ora menos acentuada, em alguns distinta, outra até; (2) Infixo Temporal Passivo - Elemento distintivo por excelência das formas aoristas passivas, é também o infixo temporal passivo nesta flexão o mes mo da matriz, 19 aor. pass. Ind., isto é, a sílaba de, que, a preceder a duas consoantes, o grupo v r do infixo modal, se não alongaria, permanecendo breve. Todavia, em decorrência da excisão da lin-
1264
gual t ou de ambas, a líquida v e a lingual t , extensifica-se em 19 das 45 inflexões a vogal deste infixo, assumindo a form a ditongai eu Temos, pois: - 0€ em 26 formas, - 0e i em 19 inflexões; - Tem, pois, da matriz, 1 - aor. pass. Ind., este 19 aor. pass. Ptc., como os demais componentes do sistema, dois dos quatro elementos estruturantes: raiz e infixo temporal passivo, o binôm io inicial das formas; (3) Infixo Modal - O elemento que, acima de tudo, caracteriza as formas participiais é o infixo modal, vt nos ptcs. ativos, |xev nos médios e passivos; - Embora passiva, tem esta flexão o infixo modal vt , típico das formas ativas, particularidade esta que assinala o quadro todo de flexões deste aor., sempre a preferir desinências ou, neste caso, também o infixo, ativos; - Experimenta este infixo modal alterações em 22 das 45 inflexões, excisão da lingual t , quando final de forma: 3 casos (nom., acus. e voc. sing. neutro), queda de todo o grupo vt , quando a preceder a desinência constituída ou iniciada pela sibilante: 19 ca sos (nom. e voc. sing. masc., todas as formas femininas, mais o dat. pl. masc. e neutro); (4) Desinências (a) Natureza - Têm os ptcs. médios e passivos a desinenciação típica dos adjetivos triform es vocálicos de radical não terminado em 6, i, p, precedida do infixo modal p-ev, logo, caracterizados pelo final (X€vo<5, fieví}, pevov e suas inflexões regulares; - A flexão deste aor. pass, como se viu, tem nos demais modos sempre desinenciação ativa, o que se dá também neste ptc., 1265
por isso que é a própria dos ptcs. ats., isto é, dos adjetivos consonantais triformes; (b) Linhas de flexão - Como nos demais ptcs., ocorrem três linhas de flexão, uma para cada gênero; - A flexão do masculino se processa de conformidade com o paradigma dos substantivos masculinos de tema em lingual da 3 - declinação; a do feminino segundo o padrão dos nomes fem i ninos da 3 - classe da 1- declinação de radical não finalizado por e, i, p, inserida, antes das desinências, a vogal auxiliar i, que se transmuta em ç; a do neutro de acordo com os nomes neutros linguais da 3- declinação; (c) Observações - Quanto àJlexão do M ASCU LIN O , uma vez que obedece às normas dos substantivos masculinos e femininos da 3- declina ção, de lembrar-se é que CINCO dos casos ensejam variações, a saber: - Nom. sing.: como nos ptcs. 19 aor. at. (irio re ú —
precede, vogal que se converte no ditongo et; - Graficamente: 0e + vt + crt —► 0e + v + a í—►
0e + a í — ► 0et + a t; - Acus. p l.: como em todos os ptcs. ativos (pres.: m o re v — o — vt — ás; fut.: Trurreú — a — o — vt — aç; 19 aor,: m aTev - crá - vt - à
1267
nos seguintes casos: - Nom., acus. e voc. s i n g inflexões sempre idênticas em form a neste gênero, como em todos os ptcs. ats., menos o perf. at. Ptc., não explicitamente desinenciadas, cai-lhes o t final do infixo modal, que não pode ser terminal de palavra grega regular, mas a vogal e do infixo temporal permanece inalterada, não se alonga. - Graficamente: 0e + vt —► 0e + v; - Dat. pl.: experimenta a mesma variação assinalada para o masculino: queda do grupo vt e alongamento compensatório da vogal e do infixo temporal, que o precede, a assumir a forma diton gai ei; - Graficamente: 0e + vt + cri —► 0e + v + a í —►
0e + aí —► 0ei + aí; - No masculino de todo se excinde o infixo modal vt em TRÊS casos (nom. e voc. sing. e dat. pl.), no fem inino em TODAS as formas, no neutro em apenas UMA (d a t pl.), sofrendo, porém, ablação do t final em TRÊS inflexões, neutras (nom., acus. e voc. sing.);
c. Flexão ( 1) Formas - De maTeúo) - crer - , verbo em que a raiz é neste, como nos demais sistemas, m o re u , a flexão do 19 aor. pass. Ptc., cuja form a base, nom. sing., era de origem maTeu — 0e — vt — ç, m o re u — 0e — vt — u i, m o re u — 0e — vt , evoluída para m aTeu — 0eí — s, "moreu — 0et — a ã , m o re u — 0e" — v, é: 1268
NS. GS. DS. AS.
MASCU LIN(D FEMIN NO RAIZ ITP IM DES. RAIZ ITP DES. -moreu 0ei oã moreu 0eí — [moreu 6e «] os -moreu 0eí moreu 0€ moreu 0et 1 -moreu 0e u a -moreu 0ei oáv moreu 0e S
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NEUTRID ITP IM DES. RAIZ — -moreu 0e [-moreu eé -] os -moreu 0é 1 -moreu eé — -moreu 0€ [-moreu eé -] -moreu 0€ [moreu eé -] V
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moreu eé moreu eé moreu 0€ -moreu eé moreu eé
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oã oatv oaiv aa õa
moreu 0€ -moreu eé moreu 0é moreu 0 é moreu eé
-moreu 0ei oai moreu 0é moreu eé -moreu 0ei moTeu 0eí oais moreu 0eC [moreu eé moTeu 0ei oâs moreu 0é moreu 0ei oai moreu eé O
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(2 ) Observações morfológicas - Dos quatro elementos que integram as formas desta fle xão um somente, a raiz m oTeu, permanece constante, imutado, o mesmo através da flexão toda. Os outros três, infixo temporal 0e, infixo modal e desinências (consonantais triform es) variam, em função de encontros com a sibilante ou da falta de desinência aqueles, de reclamos de pessoa e número estas; - Embora lhes subsista noção de tempo, contudo, em m ol des puramente relativos que o é, não recebem estas inflexões participiais o aumento, marca de preteridade, que só às flexões secunv
t
1269
dârias do Ind. se limita, alheio aos demais modos; - A raiz, Trio-Tcv, é a mesma do presente e demais sistemas, em certos verbos a sofrer alterações de maior ou menor importe, em outros inteiramente distinta; - O infixo temporal passivo retém a forma regular 0e em 26 das inflexões: nas 23 em que se preserva intacto o grupo vt seqüente (gen., dat. e acus. sing. masc., gen. e dat. sing. neutro, o dual todo, mais nom., gen., acus. e voc. pl. neutro) e nas 3 em que sofre ele a queda da lingual t apenas (nom., acus. e voc. sing. neu tro); - Alonga-se a vogal do infixo temporal, assumindo a forma ditongai ei, nas 19 inflexões em que se processa integral excisão do grupo vt , anteposto à sibilahte desinencial (nom. e voc. sing. masc., o fem inino todo, mais o dat. pl. masc. e neutro); - Por seu turno, o infixo modal vt conserva-se inalterado nas 23 formas referidas acima, em que não é nem final, nem se de fronta com desinência constituída ou iniciada pela sibilante, sofre perda da lingual t nas 3 inflexões em que é final da forma (nom., acus. e voc. sing. neutro), de todo se excinde nos 19 casos em que precede à sibilante desinencial, também citados na porção prévia; - As desinências, consonantais triform es, não as triform es vocálicas distintivas dos ptcs. médios e passivos, são exatamente como no 1? aor. at. Ptc.; - No fem inino, as inflexões do gen. e dat. sing. têm as desi nências ^<5 e Tj, respectivamente, não ãs e a, porque não são pre cedidas de e, i, p; - A inflexão Ti-urreu — 0é — vt — cov do gen. pl. masc. e neutro coincide em forma com a 3§ p. pl. clássica (m o re v — 0e — vtíov) do 19 aor. pass. Imper.; - Da matriz, 19 aor. pass. Ind., têm estas formas o binômio inicial: raiz (anoTeu) e infixo temporal passivo (0e, 0ei), enquanto o binôm io final: infixo modal (v t ) e desinências (consonantais trifo r mes) são, com ligeiras diferenças, os mesmos de todos os ptcs. ati vos; 1270
d. Acentuação - Enquanto dos modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.) é característica a acentuação recessiva, não há dizer-se o mesmo dos modos complementares (Inf. e Ptc.); - De fato, das ONZE formas infinitivas padronizadas que inte gram o elenco paradigmático deste modo, QUATRO (19 aor. at. e pass. e perf. at. e mp.) têm acentuação definitivamente posicionai. A estas podem-se aduzir as formas ativa e média do 2 - aor., igual mente dotadas de acento posicionair perispômena aquela, paroxítona esta; - Quanto ao ptc., as flexões médias e passivas, com exceção do perf. mp. e do aor. pass., têm todas acentuação que se pode ha ver como recessiva. Por outro lado, as flexões ativas, sem exceção, podem-se considerar no todo como acentuadasposicionalmente-, - Destarte, postular-se-á que tem este 19 aor. pass. Ptc. acen tuação claramente posicionai, a incidir, na forma base, nom. sing., na última no masc. e no neutro, na penúltima do fem., paralela, pois, à acentuação do perf. at. Ptc. e do 2- aor. at. Ptc.; - São, pois, acentuadas nos mesmos termos, em posição e natureza, as inflexões destes três ptcs.: - Xãp — co — v, Xã{3 — ou — cru, XáfJ — o — v (2- aor. at. Ptc.), - ire — iru rre v — k — ío — q, ire — m o re u — k — v — u i, tt€ — tt coreu — k — o — <5(perf. at. Ptc.), e - ir correu — 0eí — s, r coreu — 0ec — crct, ttcoreu — 0e — v (1e aor. pass. Ptc.); - Posicionai que o é, mantém-se o acento na sílaba infixai 0e ou 0ec, em que se acha na forma base, através de toda a flexão, em todos os casos, menos um: o gen. pl. fem., acentuado nos moldes do substantivo da 1- declinação, isto é, na última, dada a contração prévia, por isso perispômena; - Estará, pois, na última em SEIS dos casos, a saber: - 2 do masculino (nom. e voc. sing.), - 1 do fem inino (gen. pl.) e 1271
- 3 do neutro (nom., acus. e voc. sing.); segue-se que estará na penúltima das demais 39 inflexões; - É agudo nas formas do masculino todas e do neutro, menos no dat. pl., e nas inflexões femininas em que é longa a desinência, excetuado o gen. pl., logo, em 37 casos; - E circunflexo em todas as inflexões do fem inino em que é breve a desinência, mais o gen. pl., forma contrata, além do dat. pl. masc. e neutro, portanto, em 8 casos; - Em resumo, são nesta flexão: - Oxftonas'. 5 inflexões, a saber: - Masculinas: 2 (nom. e voc. sing.), - Neutras: 3 (nom., acus. e voc. sing.); - Paroxítonas: 32 formas, a saber: - Masculinas: 12 (gen., dat. e acus. sing.; o dual todo; mais nom., gen., acus. e voc. pl.); - Femininas: 9 (gen. e dat. sing.; o dual todo, mais dat. e acus. pl.); - Neutras: 11 (gen. e dat. sing.; o dual inteiro, mais nom., gen., acus. e voc. pl.); - Perispômena: 1 (gen. pl. fem.); - Properispômenas: 7 casos, os seguintes: - Masculino: 1 (dat. pl.), - Femininos: 5 (nom., acus. e voc. sing.; nom. e voc. pl.), - Neutro: 1 (dat. pl.); e. Relação - Como os demais integrantes do sistema, relaciona-se este 1? aor. pass. Ptc. com a matriz, 1- aor. pass. Ind., em que lhe deriva dois de seus quatro elementos estruturantes, o binômio inicial: raiz ('irtcTTev) e infixo temporal passivo (0e, 0et, ligeiramente diversifi cado); - Portanto, partindo-se da matriz, cuja forma base, 1- p. s., apresenta-a a sexta das partes principais (e — m o re v — 0^ — v), para obterem-se as inflexões deste 19 aor. pass. Ptc. suficiente será 1272
excindir-se-lhe o aumento (privativo das formas do Ind.), reverterse a breve a vogal do infixo tem poral e substituir-se-lhe a desinên cia secundária ativa pelo binômio infixo modal vt e desinências consonantais triform es, feitos os devidos ajustes e alterações. Em termos práticos, tomada a form a eiriaTeúOqv, form ar-se-á o nom. sing. atual deste ptc. eliminando-se o aumento e e substituindo-se o final q v pelo correspondente eíq, eurá, ev, ajustada a acentuação; - Relaciona-se esta flexão do 19 aor. pass. Ptc. com os ptcs. ativos todos em que lhes tem em comum, embora com ligeiras d i ferenças morfológicas, o binômio final: infixo modal vt e desinên cias consonantais triform es. Todavia, apenas com o 19 aor. at. Ptc. coincide de todo a desinenciação; - Do ponto de vista prosódico, relaciona-se este 19 aor. pass. Ptc. com os ptcs. ativos do 2- aor. (Xàp — <ó — v, Xàp — ou — aà, Xà0 — o — v) e do perf. (ttc — TTWTTev — k — (ó — s, "ire — m a re u — k — v — íá , ttc — m o re u — k — ó — ç) em que lhes é paralela a acentuação, quer em posição, quer em natureza do acento, ressalvado o dat. pl „paroxitono, agudo o acento no perf,,perispômeno, circunflexo o acento nos aors.; - Princípio até aqui aplicado é que a flexão passiva é a mesma da voz média em se tratando do pres., do impf., do perf., do mqpf. e do fut. pf. Logo, é o ptc. passivo o mesmo em form a da voz média nesses tempos, exceto que o im pf. e o mqpf. não o têm, peculiares que são esses dois tempos ao Ind.; - Em se tratando, porém, do aor. e do fut., esse princípio não vigora, por isso que uma lhes é a form a da voz média, outra a da passiva, diferentes em estrutura e formação e enquadradas em sis temas distintos, como o evidenciam as formas bases, no caso do aor.: , - 'TTioTeu — a à — fxev — oç, q , ov (19 aor. méd. Ptc.), - Trioreu — 0et — ç, ttutt€v — 0e í — a à , m a re u — 0€ — v (aor. pass. Ptc.); - \ à 0 — ò — |xev — o<5,q , ov (29 aor. méd. Ptc.), - X.q(|x)cp — 0eí — ç, Xq(p.)
v (aor. pass. Ptc.); f. Sentido e tradução - Das correspondentes ativas (-rrurTev — a ã — ç, m aTeú — a ã — a ã , m o re u — a à — v) e médias (Trurreu — a ã — jxev — oç, ti, ov) não diferem estas formas do 19 aor. pass. Ptc. no que res peita a punctiliaridade da Aktionsart, adjetividade de expressão e preteridade de projeção temporal, pontos que lhes são comuns. Di vergem em matéria de estrutura e formação, de especificidade de voz e ênfase respectiva; - Aoristo, assim o fut., é tempo de Aktionsart inextensa, indefi nida, não durativa, punctiliar, focalizado o fato em si, o puro evento, não dimensionado, antes que o processo da eventuação, a lineari dade da ação, relação ou estado (pres. e impf.) ou os efeitos e re sultados continuativos do fato (perf., mqpf. e fut. pf.); - Voz passiva, o sujeito se há como paciente, não agente da ação, sofrendo-a, pois, ao invés de praticá-la, a ênfase posta na ex pressão consumacional, na form a final assumida pelo fato em sua eventuação, não no sujeito e seu envolvimento (voz média), nem no fato como tal em sua especificidade distintiva (voz ativa); - Particípio, modo em que, à semelhança do Ind., embora em moldes meramente relativos, subsiste ao lado da Aktionsart, COMO se opera o fato, a noção de tempo, QUANDO se realiza o evento, exprimem estas formas aoristas do ptc. ação anterior à do verbo principal, de que é ele pendente. Como este verbo dominante pode referir-se a ação pretérita, atual ou pervindoura, em aspecto abso luto a anterioridade do ptc. pode-se situar não apenas no passado, mas ainda no presente e mesmo no futuro; - Modo essencialmente adjetival em expressão, não se revstem estas inflexões de teor incisivo, terminante, categórico (Ind.), nem injuntivo, perceptual ou jussivo (Imper.), nem potencial ou probabilitário (Subj.), nem condicional ou possibilitário (Opt.), nem estático ou substantivo (Inf.), mas atributivo ou adjuntivo, m odificativo ou circunstancial, substitutivo ou representacional, a desem1274
penhar as típicas funções do adjetivo, do gerúndio, do nome, quali ficando, modificando, substituindo; - Falta ao português form a sintética, única, específica em te r mos de que traduzirem-se as inflexões deste 19 aor. pass. Ptc., tal que lhes expresse a punctiliaridade de ação, a anterioridade de tem po e a variedade de funções representadas; - Segundo a função desempenhada, traduz-se a form a participial, ora nos moldes de locução perifrástica de cunho gerundial (o gerúndio tendo ou havendo, seguido do ptc. passado sido, invariá veis ambos, mais o ptc. passado do verbo principal, variável em gê nero e número, em concordância com o sujeito) ou de cláusula adjuntiva circunstancial (formada da conjunção causal, final, temporal, ou o que seja, segundo o teor da circunstância, mais forma verbal pretérita, exigida pela modalidade clausular), ora nas linhas de cláusula relativa, ora na forma de substantivo aproximativo; - A forma de tradução a emprestar-se a estas inflexões de 1? aor. pass. Ptc. é a mesma atribuída às equivalentes do ptc. perf. pass., subentendidas as especificidades da Aktionsart, punctiliar no aor., punctílio-linear no perf.; - Logo, TTicTTeu — 0€i — ç, m o re u — 0eí — a á , m o re u — 0e — v, e suas inflexões, traduzir-se-á exatamente como -rre — m o re v — |xév — oç, *q, ov, em acepção passiva; - Daí, em função tipicamente verbal, traduzir-se-á: - gerundialmertte, pela formação perifrástica: tendo sido crido(a), havendo sido crido(a), ou,
-adverbialm ente, por apropriada cláusula circunstancial: - porque foi crido(a) (causal), ou, - depois que foi crido(a) (temporal), ou, - visto que foi crido(a) (conclusiva), e assim por diante; - Em função diretamente adjetiva, correspondendo a adjunto adnominal de substantivo claro ou virtual, inexistente forma adjeti va explícita, traduzir-se-á mediante cláusula relativa, logo: - (o, a) que foi crido(a) (sing.), - (os, as) que foram cridos(as) (plural); 1275
- Em função propriamente substantiva, a tom ar o lugar de nome qualificado, correspondendo, assim, a adjetivo substantivado, dever-se-ia traduzir pelo nome equivalente. Como tal não há no português, a tradução será a mesma do uso adjetivo, isto é, me diante cláusula relativa apenas a substantivo conexo, tal objeto, coi sa, pessoa, e que tais; - Do considerado, dir-se-á que, em síntese, é o 1 ? aor. pass. Ptc.: - tem po de Aktionsart punctiliar (aoristo), - a enfocar o fato em si, não o processo de eventuação (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.); - ação sofrida pelo sujeito (voz passiva), - a ênfase posta na expressão resultual, a forma consumada da ação, não no sujeito e seu envolvimento (voz média), nem no fato como tal, o evento em sua distintividade (voz ativa), - expressa em teor adjetivai (Ptc.), - pretérita ou anterior em relação ao tempo do verbo dom i nante, logo, em projeção absoluta, presente, passada ou futura (aoristo), - a assumir função gerundial, adjetiva ou substantiva (Ptc.), - a traduzir-se nos mesmos termos do perf. pass. Ptc., como locução perifrástica ou adjunto adverbial, cláusula circunstancial (função verbal), ou adjetivo apropriado ou cláusula relativa (função adjetiva), ou substantivo ou cláusula relativa (função substantiva); g. Aplicação paradigmática - De outros verbos obter-se-ão as formas do 19 aor. pass. Ptc. tomando-se por base este paradigma de TrtoTeixo, com simples mente substituir-se-lhe às inflexões o tema m o re u pelo equiva lente do verbo a flexionar-se, conforme se encontra entre o au mento e o final (hrçv na sexta das partes principais; - Os demais elementos da estrutura: infixo temporal passivo (6e, 6ei), infixo modal (v t ) e desinências (consonantais triform es), bem como as alterações registradas no final e a acentuação (posi1276
cional, na última ou penúltima) são os mesmos em todos; - Nos verbos em que a raiz se finda em vogal breve, os cha mados verbos em guú, k<ú,
3.10 - Futuro Passivo do Indicativo a. Estrutura - Consiste a sequência estrutural das formas deste fut. pass. Ind. dos seguintes cinco elementos:
RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + INFIXO TEM PO RAL FUTURITIVO + VO GAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIAS. b. Formação (1 )R a iz - Porção que precede ao infixo temporal passivo Or) na form a basq 1§ p. s. deste fut. pass. Ind., ao final 0nr)ot>pLai, é a raiz a 1277
mesma do 1- aor. pass. Ind., expressa entre o aumento e o final 6t)v na sexta das partes principais, peio que se enquadra esta flexão fu tura no sistema do aor. pass.; - Na maioria dos verbos é esta raiz a mesma do presente e demais sistemas, se bem que em alguns sofra alterações, ora mais, ora menos acentuadas, e em outros seja inteiramente distinta, d i ferente, outra até; - Tem esta raiz sempre a mesma form a através de toda a flexão alterada, embora, nos verbos em que o tema se finda em vo gal breve (&, e, o), ou muda, ou líquidq variação prévia, nos m ol des, em geral, das estabelecidas em relação aos sistemas do per feito, ativo e médio-passivo;
(2) Infixo Temporal Passivo - Também o infixo temporal passivo é nesta flexão de fut. pass. Ind. o mesmo da matriz, 19 aor. pass. Ind., e nos mesmos termos, a sílaba (fr], alongada a vogal, como no Inf. e quase todo o Imper., uma vez que nestas formas futuras está a preceder a uma consoante única, ç, não duas, nem diretamente a vogal; - De lembrar-se é que este infixo temporal passivo: - conserva a form a original 0e apenas no aor. Opt., em que, todavia, se contrai com o infixo modal i, passando a form ar o d i tongo ei, e na 3- p. pl. clássica do Imper.; - reduz-se à lingual 0, supressa a vogal e, no aor. Subj.; - apresenta-se na forma original 0e em certos casos, na form a alongada 0€i em outros no aor. Ptc.; - assume a feição alongada 0ri no aor. do Ind., Inf., Imper. (menos a 3- p. pl. clássica) e nas quatro flexões do fut. pass. (Ind., O p t, Inf. e Ptc.); (3) Infixo Temporal Futuritivo - Distintivo básico das formas passivas, embora lim itado às flexões do aor. e do fut., já que nos demais tempos (pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf.) as inflexões da voz média servem também à 1278
cional, na última ou penúltima) são os mesmos em todos; - Nos verbos em que a raiz se finda em vogal breve, os cha mados verbos em cm , ktú,
- Graficamente: -
x a PievTw* — *■ x a Pt€Tw* —► Xa PteTCTa —► x otPteo'crõt
(feminino), - x a PLevTcri —r neutro). 3.10
-
x aPievcr*' —► x a P*€0''- (d a t pl. masc. e
Futuro Passivo do Indicativo
a. Estrutura - Consiste
a sequência estrutural das formas deste fut. pass. Ind. dos seguintes cinco elementos: RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + INFIXO TEMPO RAL FUTURITIVO + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIAS. b. Formação (1 )R a iz - Porção que precede ao infixo temporal passivo Oi) na form a basq 1§ p. s. deste f u t pass. Ind., ao final Orjoopxxi, é a raiz a 1277
passiva, é o infixo 0e, alongando, em não poucos dos casos, em 0-q ou 0ei, ou, no Subj., reduzido a 0; - Distintivo de toda forma futura, explícita ou virtual, é a si bilante, infixo temporal simples a ocorrer nesta flexão do fut. pass. Ind., exatamente como no f u t méd. Ind. e demais componentes do sistema, assim como no fut. pf.;
- Ao contrário do que se deu nas demais flexões futuras, em que poderia seguir-se a consoantes, mormente mudas e líqui das nasais, não experimenta nenhuma alteração esta sibilante nas formas do fut. pass., precedida que o será sempre da vogal 'q; (4) Vogal de ligação - Também a vogal de ligação nestas inflexões todas do fut. pass. Ind. é a mesma, em paralelo, do fut. méd. Ind., típica das fle xões do Ind., do Imper., Inf. e Ptc., que a requerem:
- o ante desinências iniciadas por |xou v, - e ante as demais, nesta flexão iniciadas por ç ou t ; (5) Desinências - Tempo prim ário que o é, tem o fut. pass. Ind. as chama das DESINÊNCIAS PRIMÁRIAS MÉDIAS, que, formas reduzidas, evoluídas ou adaptadas dos pronomes pessoais correspondentes, servem também às flexões passivas; - São estas desinências, como o infixo temporal futuro simples e a vogal de ligação, as mesmas encontradas no fut. méd. Ind. e demais flexões primárias médias do Ind. (pres., fut., perf. e fut. pf.), bem como em todas do Subj. nessa voz (pres., aor. e perf.); - Na 2- p. s., fato observado em todas as flexões em que ocorre a desinência regular o m , excetuados o perf. mp. Ind., em que permanece imutada, e o perf. mp. Subj., forma perifrástica, a sibilante desinencial cai e as vogais contíguas (e + cu) se fundem, resultando o ditongo e i ou tj. - Graficamente: e + o r a i —► e + a i —► -rj ou ei; - Destarte, opera-se esta redução em nada menos de sete 1279
formas, a saber: - TruTTev — et ou irtareó — ij (por irurrev — e — cm) pres. mp. Ind.; - m o re i) — a — et ou m o re i) — a — q (por m o re i) — a — e — orat) fut. méd. Ind.; - ire — m o re i) — a — et ou ire — irtcrrev — cr — q (por ire — m o re i) — a — e — a a t) fut. pf. mp. Ind.; - m oTei) — x\ (por m o re i) — q — a a t) pres. mp. Subj.; - -m orei) — a — rj (por m a re v — a — q — a a t) 1? aor. méd. Subj.; - \ à p — i j (por \ á 3 — 1^ — a a t) 2 - aor. méd. Subj.; e - -m orei) — 0q — a — q ou m o re i) — 8rj — a — et (por irtaTe-u — 0ií — a — e — a a t) fut. pass. Ind.; - Do exposto, vê-se que, à maneira do aoristo. diferente mente do que se observa no pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf., não são estas formas passivas as mesmas da voz média, pertencentes que são a sistemas distintos e derivados de matrizes diferentes, não as mesmas a estrutura e a formação; - E bem verdade que se podem tom ar estas formas do fut. pass. Ind. como híbridas, formadas em parte do aor. pass. Ind. e em parte do fut. méd. Ind.; - De fato, têm elas do aor. pass. o binômio inicial: raiz (irta re v) e infixo temporal passivo (O-q), do fut. méd. Ind. o trinômio final: infixo temporal futuritivo (ç), vogal de ligação (e/o) e de sinências (primárias médias); - Por outro lado, nos verbos em que a raiz é a mesma nos dois sistemas, o do futuro e o do aoristo passivo, diferirão as infle xões deste fut. pass. Ind. das correspondentes médias apenas em que inserem entre a raiz e o infixo temporal futuritivo a sílaba 0q (infixo tem poral passivo); c. Flexão ( 1) Formas - A flexão do fut. pass. Ind. de maTeów, cuja raiz é neste, 1280
como nos demais sistemas, moTeu, é, pois: RAIZ 1 - p.
s. m o r e u 2- p. s. [ m o r e u moTeu moreu
3- p. s.
moTeu
ITPITFVLDES. 0rj o 0 jjuxi - serei crido(a) 07| o e oou] - serás crido(a) 6^1 o e L o u 0T| o T) 071 o e T o a - será crido(a)
2- p. d. m o r e u 07Í o 3- p. d.
m o r e u 07!
1 - p. pl. m o r e u 07]
o
o 2- p. pl. m o r e u 071 o 3- p. pl. m o r e u 0*n o
- sereis cridos(as) (vós dois, vós duas) e o 0 o v - serão cridos(as) (eles dois, elas duas)
e
o0ov
/
pie0 a - seremos cridos(as) e o 0 e - sereis cridos(as) o v r a i - serão cridos(as)
o
(2) Observações morfológicas - Dos cinco elementos estruturantes, TRÊS, o trinôm io in i cial: raiz (m oreu), infixo temporal passivo (0tj) e infixo temporal futuritivo (s), permanecem constantes, invariados, os mesmos em todas as formas, enquanto dois, o binômio final: vogal de ligação (e/o) e desinências (primárias médias), sofrem variações em função de pessoa e número; - A raiz (m oreu) é, como na maioria dos verbos, a mesma do presente e demais sistemas. Varia, em grau ora mais, ora menos avultado em alguns, é inteiramente outra em uns poucos; - O infixo temporal passivo, não seguido de vogal ou duas consoantes imediatas, é (fr) (não 0e), e assim o será nas demais fle xões do fut. pass. (Opt., Inf. e Ptc.); - O infixo temporal futuritivo, o mesmo de todas as formas futuras, é a sibilante, nesta e nas demais flexões do fut. pass. a preservar-se invariável; 1281
- A vogal de ligação e/o é a mesma, em paralelo, dos de mais tempos do Ind., do Imper., do Inf. e do Ptc., que a requerem; - As desinências, tratando-se de tempo prim ário como é o fut. pass. Ind., são as primárias, médias, naturalmente, que ser vem à voz passiva; - Destes CINCO fatores, os primeiros DOIS se derivam da matriz, comuns, pois, a estas formas e ao 19 aor. pass. Ind. e de mais flexões do sistema, enquanto os últimos TRÊS se podem con ceber como oriundos do fut. méd. Ind.; - A 2- p. s. seria originalmente 7 r ta r e v — 07] — cr
—
€ —
o m , reduzida, mercê da queda da sibilante desinencial e contração da seqüência vocálica e a i a m o r e u — 07] — cr — 7] ou i r i o r e u — 07] — cr — e i;
- No dual, primárias as desinências, coincidem em forma as duas inflexões, similaridade que se verifica em todas as flexões primárias do Ind. (pres., fut., perf. e fut. pf.) em todas as vozes, bem como nas flexões todas do Subj. (pres., aor. e perf.); - Três das desinências, cr0ov da 2- p. d., |xe0á da 1- p. pl. e CT0e da 2- p. pl. são as mesmas de todas as flexões médio-passi vas, primárias ou secundárias do Ind., do Subj., do Opt. e do lm per., excetuados o aor. pass. (que as tem ativas) e o perf. mp. Subj. e Opt. (que têm formação perifrástica), além de que o Imper. carece da 1? p.; - Como no aor., não são estas inflexões as mesmas das médias paralelas, enquadradas em sistemas distintos e obedecendo a estrutura e formação diferentes, se bem que, nos verbos em que a raiz é a mesma, a diferença se reduza à inserção nestas formas do infixo temporal 07], entre a raiz e a sibilante infixai; - Do fut. pf. mp. Ind., por sua vez, nos verbos em que é a raiz a mesma nos dois tempos, diferem as formas deste fut. pass. Ind. em que não têm estas a reduplicação e em que àquelas falece o infixo temporal passivo 07]; 1282
d. Acentuação Flexão de modo finito, é este fut. pass. Ind. acentuado reces sivamente, distanciando-se-lhe, pois, o acento o mais possível da última; - Desinências todas breves, recede o acento até a antepenúlti ma, exceto na 2- p. s. em sua form a atual, evoluída, que, mercê da queda da sibilante desinencial e fusão das vogais contíguas, passou a ter final longo, ditongai, compelindo o acento a ficar na penúlti ma, que, entretanto, era a antepenúltima acentuada na forma o rig i nal; - É, pois, agudo em todas as formas, proparoxítonas todas, me nos a 2- p. s. atual, contrata, que se tornou paroxítona, uma vez que, alongada a última, não pode o acento receder até a antepenúltima, nem a penúltima, em tal caso, inda que longa, como é, O-rj, receber circunflexo; - Cai, destarte, o acento sobre a vogal t i do infixo temporal passivo 0T| através de toda a flexão, com uma exceção única, a 1- p. pl., em que a desinência dissilábica, fjiedá, compele o acento para sobre a vogal de ligação o, pois que, doutra sorte, estaria na anteantepenúltima, o que não permitem as normas prosódicas; -
e. Relação - Relaciona-se esta flexão do fut. pass. Ind., diretamente, com a matriz do sistema, 19 aor. pass. Ind., em que lhe deriva o binômio inicial de elementos, isto é, a raiz (m oreu ) e o infixo temporal pas sivo (0-ti), e com o fut. méd. Ind., em que lhe tem em comum o trihômio final de componentes: infixo temporal futuro (ç), vogal de li gação (e/o) e desinências (primárias médias, sujeitas à mesma va riação na 2- p. s.), a acentuação, também, a mesma do fut. méd. Ind.; - Logo, partindo-se das inflexões do 1- aor. pass. ind., matriz cuja forma base se expressa na sexta das partes principais, para obterem-se as equivalentes deste fut. pass. Ind. requer-se apenas a excisão do aumento e a substituição da desinência secundária ativa 1283
pelo final c — o — p,ai e suas formas de flexão, isto é, pelas infle xões do fut. méd. Ind., supressa a raiz, recessiva a acentuação; - Por outro lado, partindo-se da flexão do fut. méd. Ind., con seguem-se estas formas paralelas deste fut. pass. Ind., com apenas substituir-se a raiz pelo binômio raiz e infixo temporal passivo O-q das inflexões do 19 aor. pass. Ind., supressos o aumento e a desi nência secundária ativa, e acentuadas recessivamente as formas; - Comparar-se podem o fut. méd. Ind., o fut. pf. mp. Ind. e o fut. pass. Ind., dadas as afinidades estruturais que lavram entre eles, não só em que lhes é o mesmo o trinôm io final de elementos: infixo temporal futuritivo (s), a vogal de ligação (e/o) e as desinên cias (primárias médias), além da acentuação paralela. Nos verbos em que a raiz é a mesma nessas três flexões, como acontece em TuerTeTXD, diferirão apenas em que tem o fut. pf. reduplicação prefi xada à raiz e o fut. pass. intercala o infixo passivo 0q entre a raiz e o infixo temporal futuro, como o demonstram as formas bases (15 p. s.): - fut. méd. Ind.: -*• m o re u — — cr — o — p,ou, - fut. pf. mp. Ind.: —► ire — m o re ú — — a — o — |xai, - fut. pass. In d .:_» m crrev — G-q — ct — o — |xai; f. Sentido e tradução - Não diferem estas inflexões do fut. pass. Ind. das paralelas ativas ou médias quanto à punctiliaridade da Aktionsart, a futuridade da projeção temporal, à categoricidade da expressão. Diferem somente em matéria de voz e da relação específica, bem como da ênfase respectiva; - Futuro, como o aoristo, é tempo de ação inextensa, não durativa, indefinida, não dimensionada, punctiliar, a enfocar o fato em si, o puro evento, não o processo desdobracional, a extensão linear (pres. e impf.), nem os efeitos prolongativos ou continuados (perf., mqpf. e fut. pf.); - Voz passiva, o sujeito não realiza ou pratica a ação, paciente que o é, a sofrê-la, recebê-la, senti-la, a ênfase a lançar-se sobre a re1284
sultatividade do evento, a forma final ou resultante assumida pelo fato, não sobre o sujeito e seu envolvimento (voz média), nem so bre o fato como tal, distintivo, específico (voz ativa); - Indicativo, modo de expressão categórico, revestem-se estas formas de teor incisivo e terminante, não meramente potencial ou probabilitário (Subj.), m uito menos condicional ou hipotético (Opt.), nem tampouco injuncional ou preceptivo (Imper.), ou estático e substantivo (Inf.), ou adjetival ou adnominativo (Ptc.); - Único dos modos a possuir conotação temporal absoluta, já que o Ptc. a tem apenas em moldes relativos e os demais (Subj., Opt., Imper. e Inf.) não a têm de todo, a expressar, pois, somente o COMO o evento se processa, a Aktionsart ou qualidade de ação, não o QUANDO o fato ocorre, expressam estas formas do fut. pass. Ind. ação pervindoura, por acontecer, futura; - Dado o caráter impreciso, indefinido, aleatório da ação fu tura, incerta em natureza e expressão, adm itir-se-á que, em certas passagens, se lhe pode reconhecer teor claramente linear, focalizado o processo da eventuação, à maneira do pres. e impf., em acepções momentânea, costumeira ou progressiva, representando a dim en são futuritiva da linearidade; - Traduzem-se, regularmente, estas inflexões pelas corres pondentes passivas do nosso futuro do presente, locucional em forma, simples (futuro ativo Indicativo auxiliar de ser, mais o ptc. passado do verbo principal, a variarem em pessoa e número aque le, em gênero e número este) ou complexo (futuro ativo Indicativo auxiliar, promissivo de haver, mais os ptcs. passados de ser e do verbo principal, variáveis o fut. de haver em pessoa e número e o últim o ptc. em gênero e número), ou, por expressões correspon dentes, conforme o sentido e a aplicação; - Destarte, punctiliarmente, traduzir-se-ão estas inflexões do fut. pass. Ind., em termos da form a base, 19 p. s. m o re v — (frf — u — o — |xm, por: - serei crido(a); haverei de ser crido(a), o fato de ser crido, a pura ocorrência, vista em sua expressão resultante; ou, 1285
- linearmente, enfocado o processo da eventuação, por: - serei crido(a), haverei de ser crido(a), ação momentânea: o fato como processo atual; ou: - serei crido(a), haverei de ser crido(a), ação costumeira: o fato como processo repeticional: costumarei ser crido(a), haverei de costu mar ser crido(a), ou: - estarei sendo crido(a), haverei de estar sendo crido(a)\ ação progressiva: o fato como processo em andamento; - Destarte, pode-se sintetizar a matéria com dizer-se que é o fut. pass. Ind.: - tempo de Aktionsart punctiliar, embora não se lhe exclua de todo acepção linear (futuro), - a enfocar o fato em si, o evento simplesmente, não o proces so de eventuação (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.), - ação de que o sujeito é paciente, não agente (voz passiva), - a ênfase dada à expressão resuitual, à form a consumada do fato, não ao sujeito e seu relacionamento (voz média), nem ao fato como tal, o evento em sua distintividade (voz ativa), - expressa em tom categórico (Indicativo), - futuritiva em projeção (fut. Ind.), - a traduzir-se nos moldes do futuro do presente passivo, simples ou complexo, factual ou promissivo; g. Aplicação paradigmática - Conjugar-se-á o fut. pass. Ind. de outros verbos, à base deste paradigma de m o r e v to - c r e r - com simplesmente substituirse-lhe a raiz básica, isto é, m o re u , pela equivalente do verbo a fle xionar-se, expressa na sexta das partes principais entre o aumento e o final (hjv; - Os demais componentes da estruturação: infixo temporal passivo (O-q), infixo temporal futuritivo (ç), vogal de ligação (€/o) e desinências (primárias médias), bem como a alteração da 2- p. s. e a acentuação (recessiva) são os mesmos, invariáveis, em todos, 1286
igualmente; - Nos verbos em que se finda a raiz em õt, €, o, os chamados verbos em á
(2) Infixo Temporal Passivo - Também o infixo temporal passivo é, como no fut. pass. Ind., o mesmo da matriz, 15 *9 aor. pass. Ind., de que o deriva, junta mente com a raiz, este fut. pass Opt., isto é, a sílaba 0^, alongada a vogal, porquanto sempre a preceder à sibilante não seguida de consoante imediata; (3) Infixo Temporal Futuritivo - Característico distintivo de toda forma futura, é o infixo temporal futuritivo nesta flexão o mesmo do fut. pass. Ind., isto é, a sibilante, a tom ar-se como a proceder do fut. méd. Opt., junta mente com os demais elementos do final das inflexões; - Embora no sistema do futuro, após mudas labiais ('rr, p, cp) ou guturais (k , 7 , x)> finais do tema, sofra esta sibilante fu são com a muda, a resultarem, respectivamente, as duplas 4» e fj, e nos verbos em líquida sofra final supressão, nesta flexão optativa, e nas demais, do fut. pass., precedido que é de vogal, não padece al teração este <; infixai, o mesmo, invariável, em todas as formas; (4) Vogal de ligação - Embora não a preceder a |x ou v, é a vogal de ligação em todas as formas desta flexão do fut. pass. Opt. a distintiva dos tem pos que a têm neste modo (pres. at. e mp.; fut. at. e méd.; 2- aor. at. e méd.; perf. at. e fut. pf. mp., além deste fut. pass.), a vogal breve o, que se funde com o infixo modal sequente, também a tomar-se, como o infixo temporal futuritivo, como procedente do fut. méd. Opt.; (5) Infixo Modal - Marca fundamental de toda forma do Opt., é o infixo m o dal nestas inflexões todas do fut. pass. Opt. a vogal fechada t, que se contrai com a vogal de ligação precedente, resultando o ditongo oi, distintivo de nada menos de NOVE flexões deste modo, todas, aliás, excetuadas as aoristas, de que são característicos os ditongos 1288
oti nas formas ativas e médias, € i nas passivas, além do perf. mp., formação perifrástica; - Como o infixo temporal futuritivo (<5) e a vogal de ligação (o), e assim as desinências, pode-se tom ar este infixo modal como procedente do fut. méd. Opt.; - As aludidas NOVE flexões do O p t em que, distintiva mente, ocorre o ditongo o t são, em termos da form a base, 12 p. s.: - m o re ú — o — 1 — p i (pres. at. O pt), - TTUTTev — o — í — p/qv (pres. mp. Opt.), - iru rre ú — cr — o — i — p.í (fut. at. O p t), - m o re u — cr — o — 1 — p/qv (fut. méd. O p t), -
'mcrreu — 0-q — cr — o — 1 — p/qv (fut. pass. Opt.), X.ãp — o — 1 — p i (29 aor. at. O pt), \òt|3 — o — í — pT)V (29 aor. méd. O p t), Tre — TruTTe-u — k — o — t — p i (perf. at. O p t), e 7T€ — m o re v — cr — o — 1 — p/qv (fut. pf. mp. Opt.);
(6 ) Desinências - No Ind. ocorrem as desinências primárias nos QUATRO tempos primários (pres., fut., perf. e fut. pf.), as secundárias nos TRÊS tempos secundários (impf., aor. e mqpf.); - No Subj. os TRÊS tempos (pres., aor. e perf.), mesmo o aoristo, empregam as desinências primárias; - No Opt., ao contrário do Subj., têm os cinco tempos (pres. fut., aor., perf. e fut. pf.) desinências secundárias de sorte que neste fut. pass. Opt. são SECUNDÁRIAS MÉDIO-PASSIVAS as de sinências, nos moldes do fut. méd. Opt., inclusive a queda da sibi lante desinencial na 2- p. s., cujas vogais, contíguas, não sofrem contração, logo: 0 + 1 + cto 0 + 1 + o; c.Flexão ( 1) Formas - De Trurreixú - crer - , raiz neste, como nos demais siste1289
mas, m o rev, as formas do fut. pass. Opt. são: RAIZ m o re v irujT ev m oTeu
3? p. d.
1- p. pl. 25 p. pl. 35 p. pl.
1- p. s. 2- p. s. 3- p. s.
ITP e-n 0rí 0tÍ
ITF 0 0 0
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IM / 1 1 1
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0 0 0
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DESINÊNCIAS [U]V
I ~Ó d. IDI CM
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(2) Observações morfológicas - Destes seis elementos estruturais, os prim eiros CINCO: raiz (m o re v), infixo tem poral passivo (0T)), infixo temporal fu tu ritivo (ç), vogal de ligação (o) e infixo modal (í), apesar da contração destes últim os dois, permanecem constantes, imutados, os mesmos através da flexão inteira. Somente as desinências variam, em fu n ção de pessoa e número; - Como o fut. pass. Ind., e os demais a considerar-se (Inf. e Ptc.), pode-se tom ar este fut. pass. Opt. como híbrido, a derivar da matriz, 19 aor. pass. Ind., o binôm io inicial: raiz (morreu) e infixo temporal passivo (O-q), e do fut. méd. Opt. o quaterno final: infixo temporal futuritivo (<;), a vogal de ligação (o), o infixo modal (t) e as desinências (secundárias médias); - Nos verbos em que a raiz é a mesma no sistema do fu turo e no aoristo passivo, diferem, afinal, estas inflexões do fut. pass. Opt. das paralelas do fut. méd. O p t apenas em que inserem aquelas entre a raiz e o infixo temporal futuritivo s o infixo passivo H comuns os cinco outros componentes; - A raiz é na maioria dos verbos a mesma do presente e demais sistemas, embora se altere, ora mais, ora menos pronun1290
ciadamente, em alguns e seja em uns poucos inteiramente outra; - 0 infixo temporal passivo, como nas demais flexões do fut. pass. (Ind., Inf. e Ptc.), não é a original 0€, breve a vogal, mas a alongada (h), porquanto seguida sempre de uma consoante im e diata, a sibilante, não de vogal ou duas consoantes sucessivas; - O infixo temporal futuritivo ç, ao contrário do que se ve rificou em todo o sistema do futuro e no fut. perf., não precedido de consoante, mormente mudas guturais e labiais, ou líquidas, mas de vogal (xi) não experimenta nenhuma alteração; - Como nas demais flexões do Opt. em que se justapõem a vogal de ligação o e o infixo modal í, contraem-se estas vogais, de sorte que o grupo ot é ditongai; - Embora flexão futura, as desinências são secundárias, característico de todos os tempos do Opt.; - A 2- p. s. seria, originalmente, morev — 0r) — a — o — i — ao. Todavia, o que se verifica em DOZE das quatorze formas em que aparece a desinência ao, a sibilante, posta entre vogais, cai, donde a forma atual maTcv — 0nq — a — o — i — o. É esta a única das inflexões a sofrer alteração neste fut. pass. Opt.; - As DOZE inflexões paradigmáticas em que é ao a desi nência nesta 2- p. s. e se lhe registra a queda da sibilante inicial são: - e — moreu — ou (por e — 'marev — e — ao) impf. mp. Ind., - € — TTLoreu — a — co (por e — -irtarev — a a — ao) 19 aor. méd. Ind., 3 J, * , - e — X.aj5 — ou (por e — \ct(J — e — ao) 29 aor. méd Ind.; / é - m o re u — o — i — o (por m o re u — o — i — ao) pres. mp. Opt.,
- moTeu — a — o — t — o (por moTeú + a — o — i — ao)
fut. méd. Opt.,
- moreu — 0T) — a — o — i — o (por moreu — 0T| — a ~ o — i — ao) fut. pass. Opt.; - 'Trurreú — aà — i — o (por TriaTeú — aà — i — ao) 1291
19 aor. méd. Opt.; - Á.c*3 “ o — i — o (por Xáp — o — i — ao) méd. Opt.,
2- aor.
- ire — TrioTeu — cr — o — i — o (por ire — Trurrev — a - o - i — ao) fut. pf. mp. Opt., - m o r eu — au (por iru rre u — e — ao)
pres. mp. Im-
per., - m a re u — a a t (por Tricrrcv — a a — ao) Imper., e
1° aor. méd.
- Xa0 — ou (por X.áp — e — ao) 2- aor. méd. Imper.; - As duas formas únicas em que esta desinência se mantém inalterada são: > / - e — ire — m o re u — ao mqpf. mp. Ind. e -7T€ — ‘iru rre u — ao perf. mp. Imper.; - No dual, como acontece em todas as flexões em que são secundárias ou imperativas as desinências, diferem as duas infle xões, pois que é a 2- p. d. m o re u — (h f — a — o — i — aOov, bre ve, o, a vogal desinencial, enquanto a 3- p. d. é m o re u — 0n — a — o — i — o 0T)v, longa, i), essa vogal, daí a divergirem quanto à posição do acento, proparoxítona aquela, esta paroxítona; - De três das i nflexões são as desinências as mesmas de todos os tempos médios e passivos, excetuado o aor. pass., nos quatro modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), observado, ape nas, que ao Imper. falece a 1- p. e no Subj. e Opt. o perf. mp. é pe rifrástico, não flexão ordinária. São elas: o 6ov (2- p. d.), p,e0á ( 19 p. pl.) e o 0e (2 - p. pl.); - Não as mesmas a estrutura e a formação, enquadradas em sistemas distintos e derivadas de matrizes diferentes, como no aor., bão são estas formas do fut. pass. as mesmas da voz média, ao contrário do que se observa nas flexões do pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf., em que as mesmas inflexões servem às duas vozes, média e passiva; - Nos verbos, como xd, em que a mesma raiz apare ce nas três flexões, diferem estas formas de fut. pass. Opt. das pa 1292
ralelas do fut. méd. Opt., em que inserem o infixo 0-q entre a raiz e a sibilante infixai, e das equivalentes do fut. pf. mp. Opt., em que não lhes têm a reduplicação mas aduzem o infixo passivo 6t); d. Acentuação - Como em todos os demais tempos dos modos finitos, é re cessiva a acentuação neste fut. pass. Opt., a distanciar-se da última tanto quanto o permitem as normas prosódicas; - Duas das desinências, pnrçv da 1- p. s. e
e com o fut. méd. Opt., em que lhe tem em comum o quadrinôm io final de elementos: infixo tem poral futuritivo (ç), vogal de ligação (o), infixo modal (i) e desinências (secundárias médias; inclusive a alteração na 2 - p. s.: queda da sibilante desinencial), além da acen tuação (recessiva: mesmo posicionamento e natureza); - Portanto, pode-se tom ar como tem po híbrido, a resultar da junção desses elementos de ambas essas matrizes básicas; - Partindo-se, pois, das inflexões do 19 aor. pass. Ind., cuja form a base se mostra na sexta das partes principais, para obterem se as equivalentes deste fut. pass. Opt. suficiente será suprim irse-lhes o aumento e substituir-se-lhes a desinência secundária ati va pelo final a — o — i — p/qv e inflexões, isto é, pelas formas do fut. méd. Opt., excindida a raiz e mantida a acentuação recessiva; - Se, porém, partir-se das form as do fut. méd. Opt., conse guir-se-ão as equivalentes deste fut. pass. Opt. com simplesmente substituir-se-lhes a raiz pelo binôm io raiz e infixo temporal passivo 0T| do sistema do aor. pass., acentuando-se recessiva mente as in flexões; - Se a raiz é a mesma em ambos, o fut. méd. Opt. e o l 2 aor. pass. Ind., ainda mais simples será o processo: intercalar-se-á entre a raiz e a sibilante infixai o infixo tem poral passivo Q-q, acentuandose recessivamente as inflexões; - Ademais, nesses verbos em que é a mesma a raiz nos três sistemas (futuro, perfeito médio e aoristo passivo), mínima é a d i ferença no Opt. entre as inflexões do fut. méd., do fut. pass. e do fut. pf. mp., por isso que o segundo apenas insere, após a raiz, o in fixo tem poral passivo 6^ e o terceiro simplesmente antepõe à fo r ma a reduplicação, como o evidenciam as formas bases: — TTUTTeu — — a — o — i — |at|v —► fut. méd. Opt., — m crrev — Otq — cr — o — i — p/qv —► fut. pass. Opt., e t
- -rre — m o re u — Opt.; 1294
— a — o — i — p/qv -♦ fut. pf. mp.
f. Sentido e tradução - Não diferem estas formas do fut. pass. Opt. das paralelas ativas ou médias no que tange à punctiliaridade da Aktionsart, à expressão condicionalizada ou hipotética, à indefinitude de pers pectiva tem poral, elementos comuns a todas essas flexões futuras. Divergem apenas em matéria de voz e sua relação específica, bem como da ênfase respectiva, além da estrutura e formação; - Futuro, como o aoristo, é tem po de Aktionsart inextensa, não dimensionada, não durativa, punctiliar, a expressar o fato em si, o mero evento, não seu processo desdobracional, a duratividade, a extensão ou linearidade (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos ou prolongativos da ação (perf., m qpf. e fut. pf.). Verdade é que, indefinida e imprecisa que é a eventuação futuritiva, podem estas formas assumir, em certas passagens, teor marcadamente li near, a expressarem fato duracional de caráter momentâneo, cos tum eiro ou progressivo; - Voz passiva, o sujeito, paciente da ação, sofre-a, recebe-lhe o impacto, a ênfase a incidir sobre a form a final, a expressão resultual ou consumativa do fato, não sobre o sujeito e seu relacionamento (voz média), ou o evento distintivo (voz ativa); - Optativo, modo dependente, subalterno, relacional, como o Subj., expressam estas formas o fato em moldes condicionais, hi potéticos, possibilitários, não potenciais ou probabilitários (Subj.), nem estáticos ou substantivos (Inf.), ou adjetivais e adjuntivos (Ptc.), m uito menos injuntivos ou preceptuais (Imper.), ou incisivos, terminantes, categóricos (Ind.); - Visto que é o Opt., ao lado do Subj., do Imper. e do Inf., m o do a carecer de explícita conotação tem poral, a expressar, portanto, apenas o COMO se processa o evento, não QUANDO se dá ele, não retratam estas formas de fut. pass. Opt. ação necessariamente pervindoura, futuritiva. A projeção tem poral ditam -na a modalidade clausular e o imediato contexto. Portanto, em perspectiva real, po de o fato situar-se tanto no futuro, como no passado ou no pre sente, embora, de natureza, lhe seja implícita a noção de posteriori1295
dade; - Decorrência do teor vago, pendencial, aleatório deste modo, nisto similar ao Subj., passível de uso èm variada gama de cláusu las, não têm as inflexões deste fut. pass. Opt. form a de tradução es pecífica, única, estereotipada, determinada que o será sempre pela natureza da cláusula em que ocorram. Representar-se-ão por fo r ma passiva, subentendidas sempre a punctiliaridade da ação, a pas sividade do sujeito, a ênfase à resultabilidade do evento. Em muitos casos, o nosso futuro do pretérito será a expressão que mais se lhe aproximará do sentido. Em certas circunstâncias, é verdade, pode rão revestir-se de acepção linear, ação momentânea, costumeira ou progressiva; - Isto posto, dir-se-á que é o fut. pass. Opt.: - tem po de Aktionsart basicamente punctiliar, inda que não se possa de todo exculir acepção linear (futuro), - ação recebida ou sofrida pelo sujeito (voz passiva), - destituída de precisa conotação tem poral (Opt.), - presente, passada ou futura, implícita a noção de posterioridade (natureza da cláusula ou contexto), - expressa em teor condicional ou hipotético (Opt.), - a espelhar o fato em si, a ação própria, não o processo desdobrativo (pres. e impf.), senão eventualmente, nem os efeitos continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.), - ressaltada a expressão final da eventuação, não o sujeito e seu relacionamento (voz média) ou o fato em sua especificidade (voz ativa), - sem tradução específica ou estereotipada, ditada pela m oda lidade clausular que o será, em sua fraseologia circunstancial; g. Aplicação paradigmática - De outros verbos flexionar-se-á o fut. pass. Opt., à base deste paradigma de TnaTe-óo) - crer - , com simplesmente substituir-se-lhe a raiz m o re u pela equivalente do verbo a ser conjuga do, conforme se mostre na sexta das partes principais, entre o au1296
mento e o final 0-riv; - Infixo temporal passivo (0t]), infixo temporal futuritivo (s), vogal de ligação (o), infixo modal (í), desinências (secundárias m é dias), alteração da 2 - p. s. (queda da sibilante desinencial) e acen tuação (recessiva), não variarão, são os mesmos em todos; - Nos verbos em que se finaliza o tema por vogal breve (ã, e, o), os chamados verbos vocálicos, ou por muda (labial: tt. 3 ,
3.12 - Futuro Passivo do Infinitivo a. Estrutura - A estrutura básica desta form a infinitiva consta da seguinte seqüência de elementos: RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + INFIXO TEMPO RAL FUTURITIVO + VOGAL DE LIGAÇÃO + DESINÊNCIA b. Formação
(1 )fía iz - Como nas outras flexões do fut. pass. (Ind., Opt. e Ptc.) e demais integrantes deste sistema, é a raiz nesta form a do fut. pass. Inf. a mesma do 19 aor. pass. Ind., matriz de que a derivam todos; - Porção que antecede ao final 0T)a€a0ai, é esta raiz na maioria dos verbos a mesma do presente e demais sistemas, em alguns alterada em m aior ou menor grau, em uns poucos inteira mente outra, distinta, diferente; - Encontrada sempre na sexta das partes principais, em que se interpõe entre o aumento e o final 0-qv, sofre altaração pré via nos verbos vocálicos, ou em muda, ou em líquida, como é pró prio do sistema; 1297
(2 ) Infixo Temporal Passivo - Também este infixo é nesta form a do fut. pass. Inf. o mesmo da matriz, 15 aor. pass. Ind., de que, juntamente com a raiz, o derivam este e os demais integrantes do sistema, isto é, os aors. e futs. passivos todos; - Não a preceder a vogal ou duas consoantes sucessivas, seguido que é da sibilante não acompanhada de consoante im e diata, assume a forma alongada (h), como nos demais futs. passivos (Ind., Opt. e Ptc.) e nos 1? aors. pass. Ind., Imper. (menos a 3 2 p. pl. clássica) e Inf.; - Logo, da matriz, 19 aor. pass. Ind., deriva esta form a do fut. pass. Inf. o binôm io inicial de componentes: raiz e infixo tem poral passivo, este o elemento caracterizante por excelência das fle xões deste sistema; (3) Infixo Temporal Futuritivo - O mesmo do fut. pass. Ind. e Opt., elemento característico de toda form a futuritiva, é este infixo tem poral constituído da sibi lante, a tom ar-se, como os restantes componentes desta inflexão, por procedente do fut. méd. Inf.; - No sistema do futuro, mormente nos verbos em que o tema se finde por labial (tt, 3 ,
ve e, que aparece ainda em três dos cinco infs. ats. (prés,, fut. e 2aor.); - As cinco formas infinitivas médias e/ou passivas em que ocorre esta vogal de ligação e são estas: - m o r e u — e — o 0a t — pres. mp. Inf., - -moTeu — o — e — o 0 a i - * fut. méd. inf., - m o re u — O-rj — o — e — o 0 a i—* fut. pass. Inf., - Xá0 — e — o 0 a t—*2° aor. méd. Inf., - ire — -m oreu — o — e — o 0 a i—► fut. pf. mp. Inf.; - As três formas infinitivas médias e/ou passivas a que a vogal de ligação é alheia, são: - -m oreu — o á — o0oa -► 1e aor. méd. Inf.; - -moTeu — O-q — voa-+ 1 - aor. pass. Inf. e - -rre — -m oreu — o 0a i -► perf. mp. Inf.; (5) Desinência - Como a sibilante infixai e a vogal de ligação e, também esta desinência se pode haver por procedente do fut. méd. Inf., de sorte que desta matriz se dirá provir o trinôm io final de elementos desta form a infinitiva; - E, pois, neste fut. pass. Inf. o 0 a t a desinência, característi ca de todos os infs. médios e passivos, que aparece em SETE das oito formas, conforme se vê do quadro do final do parágrafo ante rior, apenas em uma, o aor. pass. Inf., a ceder lugar à ativa v a i; - Como em todos esses infs., aliás, em todas as formas em que é final, exceção feita da 2 - p. s. das flexões ativas do Opt., é ha vido por breve para fins de acentuação o ditongo a i terminal da de sinência o 0a i; *
c. Forma - De - m o T e ú c a - crer - , cuja raiz é neste, como nos demais sistemas, - m o r e u , a form a do fut. pass. Inf. é:
RAIZ |ITP -moreu I 0tÍ
ITF o
VL e
DESINÊNCIA
o0ai
- ser crido(a); haver de ser crido(a) 1299
d. Observações morfológicas - Híbrida que se pode considerar esta forma do fut. pass. Inf., tem ela do 19 aor. pass. Ind. o binôm io inicial de componentes: raiz (Trurrev) e infixo tem poral passivo (0T|), do fut. méd. Inf. o trinôm io final: infixo tem poral fu turitivo {<;), vogal de ligação (e) e desinência (infinitiva médio-passiva ctGou); - Nos verbos em que é a mesma a raiz nos dois sistemas, aoristo passivo e futuro, após tudo, difere a form a do fut. méd. Inf. desta do fut. pass. Inf. apenas em que nesta se intercala, após a raiz, o infixo passivo Gtj, como se vê em irio-Tevo): - fut. méd. Inf.: ir io r e v — — o- — € — aGai, - fut. pass. Inf.: m crreu — 0-q — ct — e — aGoa; - A raiz é na maioria dos verbos a mesma do presente e de mais sistemas; em alguns alterada em m aior ou menor escala; em uns poucos outra, diferente, distinta; - O infixo temporal passivo, não seguido de vogal ou duas consoantes sucessivas, tem a forma alongada G-q, em vez da breve Ge. Esta form a longa Gt} aparece nas seguintes inflexões: - fut. pass. Ind., Opt., Inf. e Ptc.; - 19 aor. pass. Ind., Imper. (menos 3- p. pl. clássica) e Inf.; - O infixo tem poral futuritivo ç, embora posto entre vogais, como nas demais flexões de fut. pass. (Ind., Opt. e Ptc.), conservase inalterado, ao contrário do que lhe acontece nos sistemas do fu turo e no fut. pf. de verbos finalizados por labial (tt, (3,9 ) ou gutural (k , 7 , x)» em que se funde com essa muda, resultando, respectiva mente, a dupla vp ou £, ou por líquida (X., p,, v, p), em que sofre, ge ralmente, supressão; - A vogal de ligação, e, única a empregar-se nas formas in fi nitivas, ocorre em SEIS das ONZE inflexões normativas desse m o do no quadro regular do verbo, ou, quando é 2 - o aoristo, em O lTO, explícita ou contraída, a saber: - pres. at. Inf.: TricrTeu — eiv (por -m oreu — e — ev), - pres. mp. Inf.: m a T ev — e — crGai, - fut. at. Inf.: ir io r e v — a — etv (por -m oreu — a — e — ev), 1300
-
fut. méd. Inf.: m o re i; — cr — e — crGat, fut. pass. Inf.: m o re i; — 0r{ — cr — e — oGat, fut. pf. mp. Inf.: ttc — m o re i; — a — e — crGat, 2- aor. at. Inf.: Áãp — eív (por Xàp — e — ev) e - 2- aor. méd. Inf.: \á|3 — e — crGat; - As cinco formas infinitivas dos verbos em co em cuja estru tura e formação a vogal de ligação não se inclui são: - 19 aor. at. Inf.: m o re v — o m , - 19 aor. méd. Inf.: m o re u — era — crGat, e - aor. pass. Inf.: m o re i; — G-q — v a t (o 2- aor. pass. Inf. nada tem a ver, em formação, com o 29 aor. at. e méd., mera variante que é do 19 aor. pass. Inf.), - perf. at. Inf.: ire — m o re i; — kc — v a t, e
- perf. mp. Inf.: ire — m orei; — crGat; - A desinência, oGat, é a regular de todo inf. médio e/ou pas sivo, menos o aor. pass. Inf., que tem a ativa vat; - Como no aoristo, não é esta forma de Inf. pass. a mesma da voz média, diferentes a estrutura e a formação, enquadradas em sistemas distintos, derivadas de matrizes diversas. Logo, uma é a inflexão do fut. méd. Inf., outra a do fut. pass. Inf., a saber: - fut. méd. Inf.: m o re i; — o — e — crGat, - fut. pass. Inf.: m o re i; — Oi} — a — e — oGat; - Verdade é que, dadas as afinidades estruturais e coincidên cias de elementos, nos verbos em que é a mesma a raiz nos três sistemas: futuro, aoristo passivo e perfeito médio, difere esta forma do fut. pass. Inf. da paralela do fut. méd. Inf. apenas em que insere, entre a raiz e a sibilante infixai, a sílaba Gij, e da correspondente do fut. pf. mp. Inf. em que não lhe tem a reduplicação, além de encorporar o infixo passivo Gij, como em moreiw*) se vê: - m aT ev — Gtq — cr — e — crGat fut. pass. Inf., - m o re i; — a — e — crGat fut. méd. Inf., - ire — m o re i; — a — e — crGai fut. pf. mp. Inf.; 1301
e. Acentuação - Do quadro regular de flexão verbal QUATRO dos infinitivos têm acentuação claramente posicionai, por isso que, embora breve a última, têm estas formas o acento na penúltima, a que se podem acrescentar o 2- aor., at. e méd., daí, SEIS, a saber: - 1Ç aor. at. Inf.: m o r e i — o m (será paroxítono, agudo o acento, quando breve o final do tema, a penúltima da forma), - 19 aor. pass. Inf.: m o r eu — G-rj — v a i (sempre properispômeno, mesmo no 2? aor. pass. Inf., mera variante, a que falta o infixai, - perf. at. Inf.: r e — m o re v — kc — v a i (sempre paroxítono, breve a penúltima, tônica), - perf. mp. Inf.: ire — m oT ev — o 6a i (agudo o acento, paroxítona a form a, nos verbos em que é breve o final do tema, penúl tima da inflexão), - 2r aor. at. Inf.: Xáp — e iv (sempre perispômena, contrato o final), e - 2 e aor. méd. Inf.: Xãp — e — o 0 a i (sempre paroxítono, breve a penúltima acentuada); - Segue-se que dos SETE infinitivos restantes é recessiva, ou assim se pode considerar, a acentuação, porquanto, breve a última (o ditongo a i, final, que aparece em cinco das inflexões, é havido por breve para fins prosódicos), lhes recede o acento até a antepe núltima, se bem que, em duas formas, dada a contração verificada, se ache agora na penúltima, por isso paroxítonas, ao invés de pro paroxítonas, que são as cinco outras, não contratas; - E este fut. pass. Inf. uma destas SETE inflexões de acentua ção recessiva, forma proparoxítona, acentuada na antepenúltima, sobre a vogal ti do infixo passivo, logo: m o re u — — o- — e — or0a i; - O quadro total de tais inflexões é o seguinte: - pres. at. Inf.: m oTev — eiv (p o rm o T e ú — e — ev), - pres. mp. Inf.: m o re v — e — o 0a i, - fut. at. Inf.: m oTeú — a — eiv (por m o re i) — cr — e — ev), 1302
-
fut. méd. Inf.: m o re u — a — e —
f. Relação - Relaciona-se, a um tempo, este fut. pass. Inf. com a matriz do sistema, 19 aor. pass. Ind., em que lhe deriva o binôm io inicial de elementos estruturantes: raiz (m o re v ) e infixo tem poral passivo (0T|), e com o fut. méd. Inf., em que lhe tem em comum o trinôm io final de componentes: infixo temporal futuritivo (<;), vogal de liga ção (e) e desinência (cr0a i, infinitiva médio-passiva), além da acen tuação (recessiva); - Destarte, pode-se considerar híbrida esta form a, resultante da anexação dessas porções das matrizes referidas; - Logo, partindo-se do 19 aor. pass. Ind., cuja form a base, 19 p. s., se expressa na sexta das partes principais, para obter-se esta inflexão do fut. pass. Inf. suficiente será eliminar-se o aumento e substituir-se a desinência secundária ativa v pelo trinôm io cr — e — a0ow, do fut. méd. Inf., mantida recessiva a acentuação (proparoxí tona a forma); - Por outro lado, partindo-se do fut. méd. Inf., form ar-se-á este fut. pass. Inf. com apenas substituir-se-lhe a raiz pelo binômio raiz e infixo passivo 0T) do 19 aor. pass. Ind., posto entre o aumento e a desinência v na sexta das partes principais; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos dois sistemas (aoristo passivo e futuro), como em mo-Tevco, a formação é ainda mais simples: bastará inserir-se após a raiz, antes da sibilante infixai, o infixo passivo alongado, 0T), sobre o qual incidirá o acento, agudo, proparoxítona a forma; - Já se referiu a estreita afinidade das três form as futuras in fi nitivas médias e/ou passivas, a diferirem apenas quanto à presença do infixo temporal 0ri no fut. pass. Inf. e da reduplicação no fut. pf. mp., comuns aos três os demais elementos: 1303
— TUCTTev — — a — e — o 0a i —►fut. méd. Inf., — Trurrev — OtÍ — a — e — crBai —► fut. pass. Inf., - 7re — Trurrev — — cr — e — ctBcu - * fut. pf. mp. Inf.; - Também, comum o binôm io inicial, difere este fut. pass. Inf. do 19 aor. pass. Inf. apenas em que, em lugar da desinência v a i, tem o trinôm ioo- — e — crOai a substitui-la; g. Sentido e tradução - Das paralelas ativa e média difere esta inflexão do fut. pass. Inf. em estrutura e formação, em voz e sua relação específica, assim como na ênfase respectiva. Tem-lhes, porém, a mesma Aktionsart (punctiliar), a mesma expressão (substantiva ou estática), a mesma relatividade temporal (indefinida, contextuai); - Futuro, como o aoristo, é tem po de ação inextensa, não duracional, não dimensionada, punctiliar, a enfocar o fato em si, o evento simplesmente, não o processo desdobrativo (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos (perf., mqpf. e fut. pf.). Indefinida, porém, que é a eventuação futura, não se lhe pode negar, em certas pasagens, visível teor linear, extensificante, durativo, a expressar ação momentânea, ou costumeira, ou progressiva; - Voz passiva, o pressuposto sujeito é mero paciente, não agente, da ação, sofrendo-a, recebendo-a, a ênfase a incidir sobre a expressão resultual, a forma final do evento, não sobre o sujeito em seu envolvimento (voz média), nem sobre o fato como tal, em sua especificidade (voz ativa); - Infinitivo, o chamado modo substantivo, já que toda forma infinitiva é, de fato, simples nome verbal, não expressa o evento em termos incisivos e categóricos (Ind.), nem potenciais ou probabilitários (Subj.), ou condicionais e possibilitários (Opt.), ou jussivos e preceptuais (Imper.), nem mesmo apenas adjetival e adnom inalmente (Ptc.), mas puramente nominais ou estáticos; - Um dos quatro modos (Subj., Opt., Imper. e Inf.) em que somente a Aktionsart se expressa, alheia, pois, explicita noção tem poral, logo, a exprim ir apenas o COMO, não o QUANDO o fato se 1304
processa, este fut. pass. Inf. não se refere a eventuação, relação ou situação necessariamente futuritiva, se bem que lhe assista sempre conotação de posterioridade projecional. A perspectiva tem poral f i xa-a o imediato contexto. Daí, em caráter absoluto, pode-se o fato situar tanto no futuro, como no presente e mesmo no passado; - Como se observou em relação aos demais infinitivos passi vos, não tem o português form a explícita, sintética, única, especial, mercê da qual traduzir-se este fut. pass. Inf.; - Recebe, pois, a tradução dada a essas formas infinitivas pas sivas, isto é, a locução perifrástica assim constituída: pres. at. Inf. de ser, auxiliar, e ptc. passado do verbo principal, variáveis segundo os reclamos de gênero e número, embora, em acepção linear progres siva, a forma composta, pres. at. Inf. de estar e gerúndio de ser, to me o lugar do pres. at. Inf. ser, - Quando a noção de futuridade, entretanto, se fizer prepon derante, afeiçoar-se-á a locução perifrástica em que o prim eiro term o seja a form a infinitiva composta promissiva HAVER DE SER e o segundo o ptc. passado do verbo principal, exatamente como se ponderou em relação ao fut. pf. pass. Inf.; - Logo, TrwTTeu — 0 ^ — ct — e — aOai, fut. pass. Inf., assim, geralmente, se traduz: - punctiliarmente: SER CRIDO(A); HAVER DE SER CRIDO(A); - linearmente: - SER CRIDO(A); HAVER DE SER ÇRIDO(A) - ação momentâ nea: o singelo fato de ser crido; ou, - SER CRIDO(A); HAVER DE SER CRIDO(A) - ação costumei ra: o fato repetido de ser crido; ou, - ESTAR SENDO CRIDO(A), HAVENDO DE SER CRIDO(A)ação progressiva: o fato de ser crido em andamento ou em proces so; - Portanto, estas CINCO form as infinitivas, passivas todas, admitem a mesma tradução geral, subentendida a especificidade de cada tem po: ser crido(a): - pres. pass. Inf.: Trurreu — e — crôoa, 1305
- fut. pass. Inf.: Ttwrrev — 0i i — cr — e —
infixo passivo, que não ocorre quando é 2 -, não 1?, o aor. pasSr Ind., ou matriz básica); - Nos verbos em que a term inal do tema é vogal breve (ct, e, o), os chamados verbos vocálicos, ou consoante muda (labial: t t , (3, 9 ; gutural: k , 7, x ; lingual: t , ô , 0), ou líquida (X, p , v, p), ocor rerão variações temáticas, típicas do aor. pass. 3.13 - Futuro Passivo do Particípio a. Estrutura - Deste fut. pass. Ptc., que uma única vez se encontra através do Novo Testamento, em Hb 3.5 (XocXij — Otj — a — o — pcv — cov), consiste a seqüência de elementos estruturantes dos seguintes SEIS componentes: RAIZ + INFIXO TEMPORAL PASSIVO + INFIXO TEMPO RAL FUTURITIVO + VOGAL DE LIGAÇÃO + INFIXO MODAL + DESINÊNCIAS b. Formação (1) Raiz - Porção que na form a base, nom. sing., precede ao final O^CTopevoç, T|, ov, é a raiz neste fut. pass. Ptc. a mesma das demais flexões do fut. pass. (Ind., Opt. e Inf.), derivada, como acontece em todas as flexões integrantes deste sistema, do 12 aor. pass. Ind.; - Encontrada sempre na sexta das partes principais, inter posta entre o aumento e o final 0-qv, é esta raiz, na maioria dos ver bos, a mesma do presente e demais sistemas, em alguns alterada em m aior ou menor proporção, em uns poucos diferente, distinta, outra até; - Nos verbos chamados vocálicos, ou em muda, ou em lí quida, sofre a raiz prévias mudanças, próprias do sistema do aoristo passivo, todavia, através da flexão inteira conservará sempre a mesma form a, constante, imutada; 1307
(2 ) Infixo Temporal Passivo - Como a raiz, é este infixo tem poral nas inflexões deste fut. pass. Ptc. o mesmo do 19 aor. pass. Ind., matriz de que o deri vam não só esta flexão mas as demais que integram o sistema do aor. pass.; - A preceder à sibilante não seguida de consoante imediata, tem este infixo temporal passivo neste fut. pass. Ptc. não a forma breve 6e (restrita às inflexões do aor. pass. no Subj., reduzida à lingual; do Opt., fundida com o infixo modal i; da 3- p. pl. clássica do Imper.; e do Ptc., neste, ora inalterada, ora alongada para 0ei), mas a longa 07}, característica de todas as flexões do fut. pass. (Ind., Opt. Inf. e Ptc.), além do aor. pass. no Ind., no Imper. (menos a 3- p. pl. clássica) e no Inf.; - Portanto, da matriz do sistema têm este Ptc. e as demais flexões do fut. pass. (Ind., Opt. e Inf.) o binôm io inicial de com po nentes: raiz e infixo tem poral passivo 07}, este o elemento caracterizante por excelência das formas de aor. e fut. passivos; (3) Infixo Temporal Futuritivo - Elemento distintivo de toda form a futura, não explícito apenas nos verbos em que é o tema finalizado em líquida, é o infixo temporal, invariável, nestas inflexões todas a sibilante, que se pode haver como a proceder do fut. méd. Ptc.; - Não sofre alteração este infixo nesta flexão, nem mesmo nos verbos em que se finda a raiz em muda ou líquida, porquanto nestas formas participiais, como, aliás, em todas do fut. pass. (Ind., Opt., Inf. e Ptc.), estará sempre precedido de vogal, 7) do infixo pas sivo; (4) Vogal de ligação - Anteposta à líquida nasal |x, como nos demais ptcs. m é dios e/ou passivos que a requerem (pres. mp., fut. méd. e pass., fut. pf. mp. e 2- aor. méd.), é esta vogal de ligação a breve o, própria, ademais, dos tempos do Ind. e Imper., em que preceda a |x ou v; 1308
- Invariável, constante, a mesma em todas as inflexões deste, como dos demais ptcs. em que aparece, é esta a vogal de li gação de CINCO dos OITO particípios médios e/ou passivos, real mente, a vogal de ligação dos ptcs. destas vozes, já que os três res tantes (1? aor. méd., aor. pass. e perf. mp.) não incluem este ele mento na estrutura; - Logo, têm -na os seguintes CINCO ptcs. paradigmáticos: - pres. mp. Ptc.: m orreu — 6 — jxev — oç, q, ov, - fut. méd. Ptc.: m o re u — cr — o — |xev — o ç ,q ,o v , - fut. pass. Ptc.: m oTeu — 0q — a — o — |xev — oç, q , ov, - 2° aor. méd. Ptc.: \à(3 — ó — |xev — o ç ,q , ov, e - fut. pf. mp. Ptc.: TT€ — TTMTTeU — (T — ó — fxev — oç, q , ov; - Não têm vogal de ligação estes TRÊS: vi - 15 *9 aor. méd. Ptc.: m o re u — aot — p,ev — oç, q, ov, - 19 aor. pass. Ptc.: mcrTeu — 0ei — ç, m a re u — 0eí — a à , TriaTeu — 0e — v, e - perf. mp. Ptc.: rre — -maTeu — |xev — oç, q, ov; - Como o infixo futuritivo ç, pode-se tom ar esta vogal de ligação como a provir do fut. méd. Ptc., e assim os outros elemen tos ainda a considerar-se;
(5) Infixo Modal - Característico distintivo dos ptcs. médios e/ou passivos, a integrar a estrutura de SETE dos GiTO ptcs. destas vozes, como o evidencia a relação do item anterior, é o infixo modal, invariável, constante, o mesmo nestas inflexões (como nos outros ptcs., ade mais), o grupo (jLcv, alheio apenas ao aor. pass. Ptc., que prefere o infixo ativo v t ; - Como o infixo futuritivo ç e a vogal de ligação o, haver-se pode este infixo modal como procedente do fut. méd. Ptc.; 1309
(6) Desinências (a) Natureza - Como o infixo tem poral futuritivo ç, a vogal de ligação o e o infixo modal p,ev, são as desinências nesta flexão do fut. pass. Ptc. as mesmas do fut. méd. Ptc., típicas de todos os ptcs. médios e/ou passivos, com a exceção única do aor. pass. Ptc., - São, pois, as próprias dos adjetivos triform es vocálicos de radical não terminado por e, i, p, que, associadas ao infixo m o dal precedente, form am o sufixo distintivo p-evoç, jxevq, p,evov, e suas inflexões regulares; - Destarte, um único particípio foge a esta sufixação ca racterística, o aor. pass. Ptc., cujas desinências são as típicas dos adjetivos consonantais triform es e o infixo modal o ativo vt , que, ao contrário de jxev, sofre múltiplas e assinaladas variações na fle xão; (b) Linhas de flexão - Três linhas de flexão, pois, se processam neste ptc., como nos demais, uma para cada gênero; - Seguem o masculino e o neutro a flexão geral dos substantivos desses gêneros da 2 - declinação, que nos ptcs. ativos, mais o aor. pass., seriam os linguais de tema finalizado em vt da 3declinação, enquanto o fem inino acompanha a 2- classe da 1- de clinação, ao contrário dos consonantais, em que é a 3- classe, no mes em ix, em ambos, entretanto, segundo os radicais terminados não em e, t, p, com uma exceção: o ptc. perf. at.; - Destarte, o masculino deste ptc. flexiona-se como avOptoTToç, au, 6, o fem inino como elpqvq, qç, q e o neutro como ep-yov, ov, to', mesma também a acentuação, exceto neste último; - Portanto, a flexão deste ptc. fut. pass. se amolda intei ramente à do adjetivo paradigmático dos vocálicos triform es de ra dical não finalizado em e, i, p, isto é, a óryaBóç, a ^a ô q , oryaOóv, menos quanto ao tema e à acentuação, diferentes, mesma a desi1310
nenciação; - Consequentemente, são paralelos em flexão estes SE TE particfpios médios e/ou passivos, vale dizer, todos os destas v o zes, menos o aor. pass. Ptc.: - pres. mp. Ptc.: TrioTev — o — |xev — oç, q , ov, - fut, méd. Ptc.: m a re u — ar — o — |xev — oç, q , ov, - fut. pass. Ptc.: m o re u — 0q — o- — ó — |X€V oç, q , ov, - 19 aor. méd. Ptc.: TrurTev — tra — |xev — oç, q , ov, - 2- aor. méd. Ptc.: X.àp — ó — |xev — oç, q , ov, - perf. mp. Ptc.: ire — Trurrev — |xev — oç, q, ov, e - fut. pf. mp. Ptc.: -ire — Trurrev — cr — ó — |xev — oç, q , ov;
(c) Variações - Uma vez que invariáveis, os mesmos em todas as in flexões, permanecem os CINCO elementos iniciais da sequência estrutural, apenas as desinências a mutarem, conforme as exigên cias de gênero, número e caso, não experimentam estas formas as alterações normativas nos ptcs. ativos e no aor. pass. Ptc., que lhes afetam o infixo modal v t , a vogal de ligação o e certas desinências;
c. Flexão (1) Formas - De TruTTeixD - crer - , cuja raiz neste e demais sistemas é Trurreu, as formas flexionais deste fut. pass. Ptc. são: 1311
NS. GS. DS. AS.
vs.
MASCULINO FEMININO RAIZ IT P IT F V L IM DES. RAIZ IT P IT F V L --IM7- DES. “ iz — m/ T" rr ?n------m o re v 0T) CT 0 |X€V 'n m o re i) 01} (T 0 |xev oç m o re v 0T| cr 0 (xev 1}Ç m o re i) 01} cr o |xév ov 'TTLCTTei) 01] cr 0 IxeS) ITlCTTei) 01} CT 0 fxev (0 u TTICTT€V 011 CT 0 |X€V 1}V m o re i) 01} or 0 1xev ov / 'TTLCTTei) 01] CT O fxev m o re i) 0TT| CT 0 |xev €
NAV/D. TTICTT€l) 01} CT GD/D. TTLCTT€1) 0T) cr
/ 0 (X€V (0 o \iÁV OlV
NP. GP. DP. AP. VP.
/ 0 (xev 01 0 [xev (OV 0 (xev OLÇ 0 |xev ovs / 0 |xev Ol
NS. GS. DS. AS. VS.
TTLCTTei) 01} TTLCTT£1) 01} TTlCTTei) 0T) m o re i) 0TT| m o re v 01}
o cr cr o
cr
NEUTRO RAIZ IT P IT F V L IM DES. / ITLCTTei) 01} CT 0 fjuev o v ITLCTTei) 01} CT 0 jx e v 01) ITLCTTeV 01} CT TTLCTTeV 01} CT irLCTTei) 01} CT
0 |xev O |JL€Vo v 6 |X€V o v
NAV/D. TTLCTTei) 01} CT GD/D. TTLCTTei) 01} CT
0 |xev (0 0 \xÀv OlV
NP. GP. DP. AP. VP.
irLCTTei) 01} CT
O
|xev a
TTLCTTei) 01} CT
0 0 0 ✓ 0
fxe'v (OV
1312
/
TTLCTTei) 01} CT TTLCTTei) 01} CT TTLCTTei) 01} CT
V
[xév o iç
a |xev a (xev
'TTLCTTei) 01] CT 1TICTT€V01} CT m o re v 0T| CT /TTLCTT€V011 CT 'TTLCTTei) 01} CT 'TTLCTTei) 01} CT 'TTLCTTei) 01} CT
0 |xev ã 0 (JL€Va iv / O |X€V a i o }xev (OV 0 \iáv OtlÇ 0 (xev ã<5 o |xev a i
(2 ) Observações morfológicas - Dos SEIS elementos que form am a seqüência estruturante destas inflexões derivam-se do 1? aor. pass. Ind. os prim eiros dois (raiz e infixo tem poral passivo 0^), procedem do fut. méd. Ptc. os últim os quatro (infixo tem poral fu turitivo ç, vogal de ligação o, infixo modal |xev e desinências vocálicas triform es; - Invariáveis, inalterados, os mesmos através da flexão to da, permanecem os CINCO elementos que antecedem às desinên cias, só estas a variarem, em função de gênero, número e caso; - A raiz (mo-reu) é a mesma do pres. e demais sistemas, em certos verbos a sofrer alteração, ora mais extensiva, ora menos avultada, em alguns, não muito, distinta, diferente, outra; - Nos verbos em que a raiz é a mesma nos sistemas do fu turo e do aor. pass., diferirão estas formas das paralelas do fut. méd. Ptc., apenas em que inserem, entre a raiz e o infixo futuritivo s, o infixo temporal passivo 0T|, comuns a ambos os demais ele mentos; - Nos verbos em que se finda o tema por vogal breve (
sivos, a sofrer variações em QUATRO, ativos todos, a saber: - INALTERADA: - pres. mp. Ptc.—► m o re u — 6 — |xev — oç, iq, ov, - fut. méd. Ptc. —- m orreu — a — 6 — (xev — oç, -r|, ov, - fut. pass. Ptc.—» m o re u — 0^ — ct — õ — jxev — oç, ti, ov, - 2- aor. méd. Ptc. —»Xãp — ó — p,ev — oç, nr|, ov, - fut. pf. mp. Ptc. —* -rre — mcrTeu — a — o — |xev — os, T|, ov, -A LT E R A D A : - pres. at. Ptc. —*■ m o re u — to — v, m aTeu — ou — a ã , m aTeu — o — v, - fut. at. Ptc. moTeú — a — oo — v, m o T e ú — a — o u — a á , m a T e u — a — o — v, - 2 - aor. at. Ptc.—► X ã f ü — oó — v, X ã p — ou — a à , X á f $ — 6 - v, - perf. at. Ptc. * -ire — mcrTeu — k — w — s, r e — m o — T€U — K — U — íã , TT€ — TUCTTeU — K — O — ;
- Segue-se que deixa de aparecer esta vogal de ligação em apenas QUATRO ptcs., a cuja estrutura é alheio este elemento: - 12 aor. at. Ptc. - * m oTeú — o ã — s, m o re u — a ã — a á , m aTeu — crá — v, - 12 aor. méd. Ptc. —► m o re u — ora — |xev — os, rj, ov, e - 12 aor. pass. Ptc. —»m oTeu — 0ei — s, m aTeu — 0ei — o ã , m oTeu — 0e — v, e - perf. mp. Ptc. -♦ ire — m a re u — |xév — os, tj, ov; - O infixo modal |xev e as desinências vocálicas triform es associam-se no binômio fxevos, jxevri, jxevov, e suas inflexões re gulares, destarte, final característicos de SETE ptcs., todos os mé dios e/ou passivos (incluindo-se o 22 aor. méd. Ptc.), menos o aor. pass. Ptc., como o evidencia a seriação do item precedente; - Característica de todos os tempos que integram este sis tema, não é esta forma passiva a mesma da voz média, enquadra das, aliás, em sistemas distintos, oriundas de matrizes diferentes, 1314
não as mesmas a estrutura e a formação; - Todavia, dadas as afinidades estruturais e coincidências de elementos, nos verbos em que é a mesma a raiz nos três siste mas: futuro, perfeito médio e aoristo passivo, paralelamente ao que se verificou nas outras flexões do fut. pass. (Ind., Opt. e Inf.), dife rem entre si as inflexões correspondentes dos ptcs. fut. méd., fut. pass. e fut. pf. mp. apenas em que o segundo insere o infixo tem poral passivo entre a raiz e a sibilante infixai e o últim o antepõe à raiz a reduplicação característica, assim a evidenciar-se: - fut. méd. Ptc.: —» -moTeu — — cr — o — p,ev — os, Tf], ov, - fut. pass. Ptc.: —► m o re v — 0-q —
(perf. mp. Ptc.)f na última no masc. e neutro, na penúltima no fem i nino nos TRÊS restantes (29 aor. at. Ptc., perf. at. Ptc. e aor. pass. Ptc.), como o demonstra a seriação infra: (1) - - m a T e u — (o — v, - m a T e u — o u — a ã , m aTeu — o — v (pres. at. Ptc.), - -m a T e u —
a
—
co —
v , -m a T e u —
a
—
ou —
a ã , -m a T e u —
a
— o — v (fut. méd. Ptc.) e - m aTeú — a ã — <5, -maTeu — a ã — a ã , -maTeu — a a — v (19 aor. méd. Ptc.), ou: (2) —ué -maTeu — p,ev — os, -rre — -maTeu — |xev — T], -ire — -maTeu — |xev — ov (perf. mp. Ptc.), e (3) - Xáp — có — v, Xãp — oú — a ã , \ ã p — 6 — v (2- aor. at. Ptc.), - -rre — -maTeu — k — co — -ire — -maTeu — k — u — t a , -rre — -maTeu — k — ó — s (per. at. Ptc.) e - -maTeu — 6eí — <5, -maTeu — 0ei — a ã , -maTeu — Qe — v (19 aor. pass. Ptc.); - Segue-se que os restantes SEIS ptcs., todos médios e/ou passivos, ademais, terminados pelo final |xevos, -q, ov (pres. mp. Ptc., fut. méd. Ptc., I 9 e 2- aors. méds. Ptcs., fut. pass. Ptc. e fut. pf. mp. Ptc.) são acentuados recessivamente, na form a base posto o acento na antepenúltima no masc. e neutro, na penúltima no fem i nino, a saber: - -maTeu — o — jxev — os, -q, ov (pres. mp. Ptc.), - - m a T e u — a — o — fxev — os, -q, ov (fut. méd. Ptc.), - -maTeu — 0-q — a — d — p,ev — os, -q, ov (fut. pass. Ptc.), - -maTeu — a ã — |xev — os, -q, ov (19 aor. méd. Ptc.), — ó — fjiev — os, -q, ov (29 aor. méd. Ptc.), e - -ire — -maTeu — a — 6 — fxev — os, -q, ov (fut. pf. mp. Ptc.); - Logo, neste fut. pass. Ptc. estará 0 acento, agudo em todas as formas, até mesmo no gen. pl. fem., que este caso e o nom. e voc. pl. deste gênero seguem a acentuação dos correlatos masculinos, na antepenúltima nas 13 formas em que é breve a desinência, napenúltima nas 32 em que é longo 0 final; 1316
- Estará, pois, o acento sobre a vogal de ligação o, formas proparoxítonas, nos seguintes casos: - Masculinos: 5 (nom., acus. e voc. sing.; nom. e voc. pl.), - Femininos: 2 (nom. e voc. pl.), - Neutros: 6 (nom., acus. e voc. sing. e pl.); - Estará sobre o e do infixo modal p-ev, formas paroxítonas, nas seguintes inflexões: - Masculinas: 10 (gen. e dat. sing., o dual todo, mais gen., dat. e acus. pl.), - Femininas: 13 (singular e dual inteiros, mais gen., dat. e acus. pl.), e - Neutras: 9 (gen. e dat. sing., o dual todo, mais gen. e dat. pl.); - De notar-se é que nom. e voc. pl. fem. deveriam ser iru rre u 0*q ct o |x€v — a i, posicionalmente acentuados na pe núltima, e o gen. pl. — 0t| — cr — o — p,ev — <3v, conform e a prosódia normativa dos nomes da 1§ declinação, dada a contra ção implicitada no final da inflexão. Todavia, como é característico dos adjetivos de cunho vocálico, seguem essas formas a prosódia das masculinas paralelas, donde passarem a acentuar-se, respecti vamente, m o re u — 0T) — cr — ó — p,ev — a i e mcTTeu — 0t | — cr — o — jxev — a)v; e. Relação - Tríplice círculo de relacionamento há a destacar-se deste fut. pass. Ptc.: - 19 Com a matriz do sistema, 19 aor. pass. Ind., relaciona-se em que lhe deriva o binôm io inicial de elementos: raiz -n-urreu e in fixo tem poral passivo, alongado, 6^ . Naturalmente, esta relação se estende a todas as flexões que integram o sistema, visto que em todas aparece este binôm io distintivo, se bem que o infixo passivo assu ma formas várias, tais 0, 0€ e 0€t; - 29 Com as demais flexões do fut. pass. (Ind., Opt. e Inf.) rela ciona-se em que lhes tem em comum não somente o binôm io raiz 1317
e infixo tem poral passivo mas ainda o infixo tem poral futuritivo ç, trinôm io, pois, característico de todas as formas futuras passivas; e - 39 Com o fut. méd. Ptc. em que é o mesmo em ambos o quadrinôm io final de elementos: infixo tem poral futuritivo ç, a vo gal de ligação o, o infixo modal (xcv e as desinências vocálicas triformes oç, rj, ov e suas inflexões, além da acentuação (recessiva); - Pode-se, à vista disso, considerar híbrida esta flexão, como se disse das demais flexões do fut. pass., a resultar da justaposição de porção do 19 aor. pass. Ind. e porção do fut. méd. Ptc.; - Logo, à base do I 9 aor. pass. Ind., cuja 1- p. s. se espelha sempre na sexta das partes principais, para obterem-se estas infle xões do fut. pass. Ptc. bastará excindir-se-lhe o aumento e substi tuir-se-lhe a desinência secundária ativa v pela form a conveniente do fut. méd. Ptc., supressa a raiz, ou, em outros termos, acrescentar-se-lhe o quadrinôm io a — 6 — p-ev — o«;, -q, ov, e suas infle xões, mantida a acentuação recessiva; - Verdade é que nos verbos em que é a mesma a raiz nestes dois sistemas, futuro e aoristo passivo, dada a coincidência dos demais elementos, esta conversão se reduzirá à inserção do infixo tem poral passivo 6?} entre a raiz e a sibilante infixai das formas do fut. méd. Ptc.; - Nos verbos em que tal não é o caso, obter-se-ão estas fo r mas do fut. pass. Ptc., à base das inflexões do fut. méd. Ptc., com simplesmente sübstituir-se-lhes a raiz pelo binôm io raiz e infixo tem poral passivo 6^ , do 19 aor. pass. Ind., porção que, na sexta das partes principais, fica entre o aumento inicial e a desinência v, bi nôm io este presente a todas as flexões do sistema; - Particularidade das flexões do futuro e do aoristo, em con traposição às do pres., im pf., perf., m qpf. e fut. pf., em que uma e a mesma form a serve às duas vozes, média e passiva, são distintas, alocadas em sistemas diferentes, oriundas de matrizes diversas, não as mesmas a estrutura e a formação, as inflexões deste fut. pass. Ptc. das paralelas do fut. méd. Ptc.; 1318
- Contudo, nos verbos em que é a mesma a raiz nos três ptcs. futuros médios e/ou passivos, a saber: fut. méd. Ptc., fut. pass. Ptc. e fut. pf. mp. Ptc., como se viu, comuns os demais elementos, dife rem apenas em que o fut. pass. recebe o infixo 0-q, após a raiz, e o fut. pf. tem reduplicação; - Finalmente, com os demais ptcs. médios e/ou passivos, ex clusão feita do aor. pass. Ptc., que tem outra formação, terminação diferente, relaciona-se este fut. pass. Ptc. em que têm todos o mesmo final: p-evoç, p-eviq, p-evov, flexionados em moldes idênti cos; f. Sentido e tradução - Não diferem estas form as do fut. pass. Ptc. das correspon dentes ativas ou médias no que respeita à punctiliaridade da Ak tionsart, à adjetivalidade de expressão, à futuridade relativa da projeção temporal. Divergem somente em matéria de voz, relação específica e ênfase respectiva, bem como em estrutura e formação; - Futuro, como o aoristo, é tempo de Aktionsart não dim ensio nada, inextensa, não durativa, punctiliar, focalizado o puro evento, o fato em s i, não o processo de eventuação, sua linearidade (pres. e impf.), nem os efeitos continuativos da ação (perf., m qpf. e fut. pf.); - Indefinida, porém, que é a eventuação futura, imprecisa em form a e aleatória em natureza, passagens há em que se lhe tem de reconhecer acepção tipicamente linear, durativa, dimensionada, ex tensa, a expressar ação momentânea, costumeira ou progressiva em que se vislumbra antes o processo que o fato; - Voz passiva, o sujeito é o paciente, não o agente da ação, a sofrê-la em vez de praticá-la, a ênfase voltada para com a form a resultual ou consumada, a expressão final do evento, relação ou situação, não para com o sujeito e seu envolvimento (voz média), nem para com o fato como tal, em sua distintividade (voz ativa); - Particípio, o chamado modo adjetivo, a ação se não expressa em termos incisivos ou terminantes (Ind.), ou jussivos e preceptuais 1319
(Imper.), nem potenciais ou probabilitários (Subj.), ou condicionais e possibilitários (Opt.), nem ainda substantivos ou estáticos (Inf.), mas adjuntivos ou qualificativos, modificativos ou circunstanciais, substitutivos ou representacionais, em funções propriamente adje tivas, gerundiais ou nominais, a qualificar, ou modificar, ou substi tuir; - Um dos únicos dois modos em que é explícita a noção de tem po QUANDO o fato se dá, que em todos básica é a idéia quali tativa, COMO o evento se processa, retratam as formas do fut. pass. Ptc. a ação como posterior, futuritiva, pervindoura, subseqüente à do verbo principal, de que são adjuntivas, modificativas ou com plementares, logo, em perspectiva real, não necessariamente futura a projeção, que o pode ser presente e mesmo passada. É, portanto, puramente relativa a expressão tem poral destas inflexões, caracte rística dos ptcs., enquanto o é absoluta no Ind., modo único em que a noção de tempo é precisa, definida, real; - Não há no português, como se observou em relação aos demais ptcs. passivos e a quase todos os restantes, form a específi ca, única, sintética, exclusiva, por que traduzir-se este fut. pass. Ptc., tal que lhe expresse, a um tem po, a punctiliaridade da ação, a futuridade da projeção tem poral, a ênfase específica e a variedade de funções desempenhadas; - Em termos gerais, a tradução será a mesma emprestada aos ptcs. fut. at. e méd., em feição passiva, é claro; - Destarte, em função propriamente verbal, traduzir-seá -irurTeu — Gtq — ct — d — |xev — oç, -q, ov por locução perifrásti ca de teor futuritivo e promissivo integrada pelo gerúndio d e haver, seguido da preposição de a preceder ao pres. at. Inf. de ser, fin a li zada pelo ptc. passado do verbo principal, no caso Tnoreixú, variá veis em número o inf. e em gênero e número o ptc., na acepção li near progressiva substituído o inf. simples pelo composto estar sendo (pres. at. Inf. de estar, mais gerúndio de ser, variável aquele, invariável este). Logo, - punctiliarm ente: havendo de ser crido(a) - o fato do ser crido, o 1320
evento simplesmente; ou, - linearmente, enfocado o processo: - havendo de ser crido(a) - ação momentânea, a eventuação como tal, ou: - havendo de sercrido(a) - ação costumeira, a repetitividade do fato; ou: - havendo de estar sendo crido(a) - ação progressiva, o fato visto como em andamento, processo a desdobrar-se; - Quando, porém, sobressai a noção modificatriz em sua circunstancialidade específica, assumirá a tradução a form a de cláu sula adjuntiva adverbial de tem po, causa, m odo, conform e o exigir o imediato contexto, o gerúndio havendo cedendo lugar à conjun ção conveniente seguida do fut. do pres. ou do fut. Subj., ou a fo r ma verbal requerida pela fraseologia da cláusula. Daí, - quando haverá (houver) de sercrido(a), - porque haverá de ser crido(a), - visto que haverá de ser crido(á), e assim por diante, seja em sentido punctiliar, seja em acepção linear, se bem que na form a progressiva melhor se dirá: - quando haverá (houver) de estar sendo crido(a), - porque haverá de estar sendo crido(a), - visto que haverá de estar sendo crido(a), em paralelo; - Em função distintivamente adjetiva, não a m odificar o verbo a que se polarize, daí, a assumir a feição gerundial ou adjuntiva cir cunstancial, mas a qualificar a substantivo ou equivalente a que se reporta como um adjetivo, exigirá tradução típica de adjunto adnominal, isto é, ou na form a de adjetivo correspondente, ou em termos de cláusula relativa, em que o gerúndio havendo cederá lu gar ao relativo que mais o fut. do pres. de haver, ou flexão outra que o próprio contexto determine. Na ausência de inflexão adjetiva apropriada, a tradução deste fut. pass. Ptc. em uso adjetivo será: - punctiliarm ente: que haverá de ser crido(a) - o fato específico, o ser crido simplesmente, ou; - linearm ente : 1321
- que haverá de sercrido(a) - ação momentânea: o fato singelo, a eventuação como tal; - que haverá de ser crido(a) - ação costumeira: o fato repetido ou seriado; ou: - que haverá de estar sendo crido(a) - ação progressiva; o fato como processo em andamento; - Em função realmente substantiva, a tom ar o lugar do term o qualificado, correspondendo, assim, a ptc. substantivado, a tradu ção deveria ser a de substantivo correspondente. Como não há, normativamente, form a nominal específica, apelar-se-á para a mesma form a de tradução atribuída ao uso adjetivo, isto é, far-se-á em termos de conveniente cláusula relativa, como acima, ou usarse-ão vocábulos, tais COISA, OBJETO, SER, PESSOA, qualificados pelo ptc. passado crido(a), adjuntivo; - Neste caso, a tradução é a mesma que se deu às form as do fut. pf. pass. Ptc., subentendida a particularidade de sentido e Aktionsart desses dois tempos; - Resumindo-se a matéria, dir-se-á que é o fut. pass. Ptc.: - tem po de Aktionsart inextensa, punctiliar, se bem que se não lhe exclua, em absoluto, a acepção linear (futuro), - ação recebida ou sofrida pelo sujeito (voz passiva); - em projeção de posterioridade, futuritiva, todavia, em rela ção ao verbo principal, não absoluta (fut. Ptc.), - adjetival em expressão, em função verbal, adjetiva ou subs tantiva; - a retratar, em teor normativo, o fato em s i, inda que, cir cunstancialmente, o processo de eventuação (pres. e impf.), não, porém, os efeitos continuativos (perf., m qpf. e fut. pf.), - a ênfase a incidir na expressão resultual ou form a final do fato, não ao evento como tal (voz ativa), ou ao sujeito e seu relacio namento (voz média), - a traduzir-se por locução perifrástica gerundial ou cláusula adjuntiva adverbial, em função verbal; ou form a adjetiva ou cláu sula relativa, em função adjetiva; ou por substantivo conveniente, 1322
ou cláusula relativa, ou nome seguido do ptc. adnominal, em fu n ção substantiva; g. Aplicação paradigmática - Obter-se podem as formas do fut. pass. Ptc. de outros ver bos, à base deste ptc. paradigmático de moTevci) - c re r-, com sim plesmente substituir-se a este a raiz TrujTev pela correspondente do verbo a flexionar-se, expressa na sexta das partes principais en tre o aumento e o final ôtjv; - Os mesmos em todos serão os dèmais componentes estru turais: infixo temporal passivo 0nr|, infixo tem poral fu turitivo ç, vo gal de ligação o, infixo modal |xev e desinências vocálicas triform es em termos de oç, ti, ov e suas flexões, e, bem assim, a acentuação (recessiva); - Nos verbos em que se finda o tema por vogal breve (á, e, o), ou por muda (labial, gutural, lingual), ou por líquida, registra-se alteração dessa letra terminal ou do tema, típica do aor. pass. 3.14 - Radicais alteráveis - Como se verificou nos demais sistemas, TRÊS modalidades há de verbos em que se patenteiam alterações temáticas, ora mais, ora menos pronunciadas, também neste sistema do aor. pass., ge ralmente paralelas às registradas em relação aos sistemas do per feito, ativo e médio-passivo. São eles: a. Verbos vocálicos - Os chamados verbos vocálicos, isto é, aqueles em que o te ma se finda em á , e, o, donde serem também designados de verbos em ou», eco, óo>, porque assim lhes term ina a form a base, 19 p. s. do pres. at. Ind., sofrem neste, como nos demais sistemas, excetuado o do presente (em que se produz contração), o regular alongamento dessa vogal final da raiz; - Daí, esse a final se torna (se precedido de e, i, p, geral mente, se converte em á). 1323
- e se faz T), - o se muda em ca; - Os verbos aiveca - louvar apiceca - bastar TeXeca - con sum ar - e (popeca - ca rre g a r-, e seus compostos, preservam breve o e final do tema, que, pois, não se alonga, enquanto KaXeca - chamar - , e seus compostos, tem a raiz transposta KÂ/rj, em lugar de KaXe, exatamente como se deu nos sistemas do perfeito ativo e médiopassivo; - Exemplos de verbos vocálicos em que se processa o alon gamento da vogal breve final do tema nas flexões do aor. e fut. passivos dão-nos: (1) K o ip á o p a i - dorm ir - Verbo vocálico da 1 - classe, depoente, que na form a ativa term inaria em áca, tem como raiz Koi|xã, finalizada em ã, vogal que, nas formas do aor. e fut. passivos, se alonga, convertida em (não ã , já que não é precedida de e, i, p). Logo, a matriz, 13 *9 aor. pass. In d „ seria na form a base, e — Koip/q — Otj — v, não e — K o ip a — 0T] — v; (2) XaXeca - falar - Verbo vocálico da 2- classe, 1- p. s. do pres. at. Ind. a term inar em eca, em que a raiz é XaXe, o tema nas form as do aor. e do f u t pass. se apresenta alongado, o e final convertido em -q, po r tanto, XaX-q em vez de XaXe. Daí, a form a base do sistema do aor. pass., 19 p. s. do 19 aor. pass. Ind., será e — XaXtí — Otj — v (Lc 2.20), não e — XaXe — 0t) — v; (3) TrX-qpóca - encher - Verbo vocálico da 3- classe, 1? p. s. do pres. at. Ind., fo r ma base, a term inar em oca, a raiz, que é nXTjpo, finalizada em o, se mostra em todas as flexões do aor. e fut. passivos alongada, logo, na form a TrX-rípca. Desta sorte, a 1- p. s. do 19 aor. pass. Ind., matriz do sistema, será k — TrX^pcá — Gt] — v (Jo 12.3), não e — 'irX,npo/ — 0Tfl - v; 1324
b. Verbos em líquida - Amo!da-se, nas flexões do aor. e fut. passivos, o tema dos chamados verbos em líquida, raiz terminada em \ , |x, v, p, aos mesmos processos assinalados já em relação aos sistemas do per feito ativo e médio-passivo. Isto é, uma e a mesma raiz aparece, normativamente, nestes três sistemas. Logo, são os seguintes os t i pos de radical encontrados nestes verbos nas flexões do aor. e fut. passivos: (1) Raiz imutada - Em certos verbos ocorre, nestes sistemas, a raiz pura, ou simples, inda que, por vezes, no presente extensificada ou passível de variação; - Assim é que em a ip o - erguer - , cuja raiz final é àp, no sistema do presente extensificada, mercê da inserção de t após a lí quida, a sofrer ulteiror metátese desta vogal, tornando-se à p í, de pois a ip , a raiz nestas flexões do aor. e fut. passivos, como no perf., mqpf. e fut. pf. at. e/ou mp., é àp, que, aumentada ou reduplicada, aparece na forma r|p; - Daí, destes três sistemas serão as form as bases (1 - p. s.): - perf. at. Ind.: f|p — kcí, - perf. mp. Ind.: r|p — p m , - 1? aor. pass. Ind.: 4jp — (hj — v (At 20.9);2 (2) Raiz apocopada - Já nos verbos em que a term inal da raiz é a líquida nasal v, neste, como nos sistemas do perfeito ativo e médio-passivo, em paralelo, ora se preserva esta consoante, inda que se faça 'y-nasai ante a gutural k infixai do perf. at. e se transmute em ç diante da lí quida | i no perf. mp., ora se suprime. Isto é, no prim eito tipo, a raiz é realmente imutada, no segundo de fato apocopada; - Assim, o verbo (paívo) - m ostrar - , cuja raiz real é
lhe, então (cpotív — a>), preserva a raiz original,
nossilábica, finalizada pela líquida X, precedida da vogal e. Transmuta-se em ã, esta vogal temática em todas as inflexões do aor. e fut. passivos, assim como do perf., mqpf. e fut. pf., ats. e mps.: - Tem este verbo o 2- aor. pass. em vez do 19, o que não altera a situação, pois que a raiz é a mesma, em uma e outra dessas modalidades flexionais: otcíX; - Logo, destes três sistemas é a form a base, 1s p. s. das matrizes: - perf. at. Ind.: cnr — e — oroiX —kcí (em vez de cnr — e — oxeX — kcí); - perf. mp. Ind.: anx — k — cttqlX — jx a i (por ànx — e — o r e \ — |xai); - 2- aor. pass. Ind.: àxr — € — o r a \ — -q — v (M t 15.24) (em lugar de cnr — e — crxéX — *q — v); (4) Raiz transposta - Outros verbos, em que o tema, de cunho monossilábico, se finda por líquida antecedida de vogal breve, sofrem a metátese destas duas letras, alongando-se a vogal agora term inal, tanto nas flexões do aor. e fut. passivos quanto no perf., m qpf. e fut. pf. ativos ou médios e/ou passivos; - É o caso do verbo xepvoo - cortar - , cuja raiz simples é T€|x, monossilábica, extensificado no presente, em que assume a form a xep,v. Nas flexões todas do f u t e aor. passivos e do perf., m qpf. e fut. pf. ats. e mps., aparece como xp/q, o e e o p. a trocar de posição, alongado, afinal, o c; - Nestes três sistemas, portanto, será a form a base, 1? p. s., das matrizes: - perf. at. Ind.: re — Tp/q — Ka (em vez de tc — Tep. — kcí), - perf. mp. Ind.: xc — xp/q — p m (por xe — xep, — p m ), e - 19 aor. pass. Ind.: e — xp/q — Oxj — v (não I — xep< — 0*q — v); - Este verbo não ocorre através do Novo Testamento em 1327
form a simples; c. Verbos em muda (1) Particularidade - Como nos verbos em líquida, nos temas finalizados por muda antepor-se-á esta consoante diretamente à lingual aspirada 6 do infixo temporal ©'q em todas as inflexões do sistema do 19 aor. pass., o que ensejará alterações características dessa term inal da raiz; (2) Aplicação (a) Verbos labiais e guturais - Exige a lei de correlação de eufonia que seja da mesma ordem a muda labial ou gutural que, nas flexões, se antepuser a outra muda; - Portanto, nas flexões do 19 aor. e fut. passivos, uma vez que se defrontará diretamente com a aspirada 6 do infixo passi vo (h), terá de ser
9 + 0 x + 6 - Assim, de Trep/rro) - enviar - , a 1 - p. s. do 1 - aor. pass. Ind., matriz do sistema, deveria ser I — Trep/n- — 0-q — v. Entre tanto, como tem de assumir a form a aspirada, converte-se o ir final do tema em 9 , de sorte que a form a atual é I — iréjjup — 0-q — v (Lc 4.26), a raiz alterada de it € |a it para ire|X9 , que o será em todas as inflexões do 19 aor. e fut. passivos. Fosse irep P , sofreria a mes ma alteração, a média £ transformada em 9 . Fosse tt€|A9 , não ex perimentaria mudança, pois que já terminaria pela requerida aspi rada; 1328
- De igual m odo, o verbo icqpúacrü) (icqprÚTTtú no ático) proclam ar - , cuja raiz é laipvK, a term inar pela gutural branda k , no presente alterada para KTipucro- (ático icqpuTT), sofre, através das flexões todas do 15 aor. e fut. passivos, a aspiralização da branda k, que se fará x* Logo, a raiz será Kijpüx, em lugar de icqpÚK, na forma base da matriz, 19 aor. pass. Ind., daí, I — icqpúx — 0T] — v (I Tm 3.16) por e — icqpiiK - 01] - v, e em todas as inflexões do sistema. Essa mesma alteração se processaria, se a raiz fosse Ktipiry, pois que também essa média final se teria de fazer aspirada, x- Somente se já fosse o tema icqpux» finalizado pela aspirada, deixar-se-ia de verificar a alteração da gutural;
(b) Verbos linguais - Lei da eufonia é também que lingual (t , 8,0) que, nas flexões, fo r seguida de outra lingual, sibilantizar-se-á, isto é, trans form ar-se-á em ç; - Logo, nas flexões todas do 19 aor. e fut. passivos, sempre que se findar o tema em t, 8 ou 0, converter-se-á essa te r minal em ç ante a aspirada 0 do infixo tem poral passivo; - Graficamente: t + 0
8+ 0 0+ 0
CT0
- Assim, do verbo áprráÇío - arrebatar - , cuja raiz sim ples é ótpTraS, finalizada pela média lingual 8, no presente extensificada, o 8 a assumir a form a da dupla £, o tema nas flexões todas do 19 aor. e fut. passivos é ap-rrao-, de sorte que a *\- p. s. do 19 aor. pass. Ind., matriz do sistema, é fjpTrao- — O-q — v (Ap 12.5), ao in vés de 'qpTráS — 0-q — v ou 'qpiráÇ — 0T] — v. A mesma alteração se faria se a raiz fosse apiraT ou àp-iraO, a term inar em t ou 0, pois que também estas linguais se sibilantizam ante a lingual 0 imediata. 1329
4. SISTEMA DO SEGUNDO AORISTO PASSIVO
4.1 - Natureza - Ocorre, na voz ativa, ao lado das flexões normativas dos sistemas do aor. e do perf., seriação paralela de formas, designa das, respectivamente, de sistema do 2- aoristo e sistema do 2perfeito; - Não diferem em sentido e acepção, mesmas a Aktionsart e a expressão, estas formas segundas, representando mera formação alternativa ou paralela, simples processo diferencial de flexão, va riante colateral das formas paradigmáticas dos tempos chamados primeiros; - Assim, ao lado do sistema do 19 aor. pass., há outro, conhe cido como 2- aor. pass., que lhe é pura formação alternativa, va riante flexionai, em nada a divergir-lhe em sentido e expressão; 4.2 - Característica - Diferem as flexões de 19 e 2- aors. passivos apenas em um ponto: o infixo tem poral passivo, que no 19 aor. pass. é 0e (6, 6e i ou 0T|, conforme as circunstâncias), no 29 aor. pass. se reduz à expres são vocálica, supressa a lingual 6; - Logo, a característica distintiva das form as do 29 aor. pass. é a ausência da aspirada 6 do infixo tem poral. A estrutura é paralela e a formação idêntica, feita esta excisão distintiva. 4.3 - Enumeração - Isto posto, vê-se que abrange o sistema do 29 aor. pass. os mesmos tempos e flexões de que se constitui o sistema do 19 aor. pass., isto é, do aor. pass. nos SEIS modos e do fut. pass. nos QUATRO modos em que se flexiona (ln d „ Opt., Inf. e Ptc.), logo, um total de DEZ flexões, seis aoristas e quatro futuras, a matriz e suas nove derivadas, que lhe têm sempre o binôm io típico: raiz e infixo temporal passivo (e, e i.iti). 1330
4.4 - Paradigma geral - Apropriado paradigma do sistema do 2- aoristo passivo oferece-o 7pácp<ú - escrever - , cuja raiz não se altera, nem sofre ir regularidades quaisquer a flexão; - Em última instância, diferirão estas form as das paralelas do sistema do 19 aor. pass. apenas em que se lhes om ite o 6 do infixo tem poral passivo, os mesmos os demais elementos. Claro é que o tema é próprio de cada verbo; - Logo, a flexão geral do sistema do 2- aor. pass. de 7 pacpa> escrever-será:
a. 2? A oristo Passivo do Indicativo
Aum . Raiz ITPDes. - fui escrito(a) 7 pácp 'n v 1 - p. S. € - foste escrito(a) 2- p. s. i 7 pcup ti ç (t ) - foi escrito(a) 3? p.s. € 7 pácp 2- p. d. e
'ypcúp 'H
32 p. d. €
/ 7pá
1? p. pl.e 2a - p. pl.e 3? p. pl.è
'ypácp 7pá
- fostes escritos(as) (vós dois, vós duas) ttjv - foram escrítos(as) (eles dois, elas duas) tov
|A€v - fomos escritos(as) Te - fostes escritos(as) a a v - foram escritos(as)
1331
b, 2 g Aoristo P a s s iv o do Subjuntivo
1? p. s. 2 a- p. s. 3 a- p. s.
2 a- p. d.
FORMA ATUAL RAIZ ITP VL A — (0 'Ypowp 7pacp -0 7pacp — 1)
35 p. d.
7pa
15 p. p|. 2 a- p. pl. 3 - p. pl.
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c. 2ÇAoristo Passivo do Optativo
1- p. S. p. s. 35 p. s.
FORMA LONGA RAIZ ITP IM 7 pacp e ir \ 7 pacp e 171 7 pacp e Í71
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FORMA BREVE RAIZ ITP IM — — —
25 p. d. 35 p. d.
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d. 2 ç A o risto P a s s iv o do Im perativo RAIZ ITP DES. 2- p. s. 7 pá
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- sê tu escrito(a)
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- seja ele escrito, seja ela escrita
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- sede vós dois escritos, sede vós duas es critas - sejam eles dois escritos, sejam elas duas escritas
2 - p. pl.7 pá
7 pacp TI Tüioav
NOTA: Na 2- p. s., uma vez que o infixo tem poral passivo já não ostenta a aspirada 0, lim itado à mera expressão vocálica,-q, não mais se impõe a dissimilação do 0 desinencial, que se não tem de abrandar em t ;
e. 2e Aoristo Passivo do Infinitivo RAIZ 7pa
ITP -q
DESINÊNCIA vai
- ser escrito(a); te r sido escrito(a) 1333
f. 2 9 Aoristo P a s s iv o do Particípio
NS. GS. DS. AS. VS.
MASCULINO RAIZ ITP IM DES t 7pa
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FEMININO NEUTRO RAIZ ITP DES RAiZ ITP IM DES. 7pa
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g. Futuro P a s s iv o do Indicativo RAIZ IT P IT F V LD E S . 1- p. s. 7 pc«p T| cr o p ia i - serei escrito(a) / cr € cra i] - serás escrito(a) 2- p. s. [7poup n «ypacp r\ cr “S t 3- p. s. 7pa
cr
/ 3- p. d. 7 pa
cr
1a - p. pl. 7 pa
cr cr cr
e crOov - sereis escritos(as) (vós dois, vós duas) e crOov - serão escritos(as) (eles dois, elas duas) / 0 jjieôá - seremos escritos(as) e cr0€ - sereis escritos(as) o vT a i - serão escritos(as)
h. Futuro Passivo do Optativo
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i. Futuro P a s s iv o do Infinitivo RAIZ 7pot
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DESINÊNCIA o-0a t - ser escrito(a); haver de ser escrito(a)
j. Futuro Passivo do Particípio
N S. GS. DS. AS. VS.
MASCULINO RAIZ ITP ITF VL ~7 O 7pa
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FEMININO IM DES. RAIZ ITP ITF 7pa
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NS. GS. DS. AS. VS.
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V
5. VOCABULÁRIO 565. crytáÇto, a y iá o iú , T|7 Úxcrá, 'rçywxKcí, T|7 iacr|Aai, ^ lá a O -q v - Santificar, reservar para uso sacro, consagrar, purificar, separar, considerar santo. 566. avaorpocpií, T|<;, t). Substantivo composto da preposição reiterativa á v á e do tema de orpecpo) - volver - Comportamento, pro cedimento, conduta, modo de viver, atuação. 567. âftreKÒexoixai, aTreKÔeíjofxat, otTre^eôe^áp/riv, , a'TreKÔéÔ€7 poti, ênre^eôexOTiv. Composto das preposições clttó e €K, intensivas, e do simples depoente 8exopucxi - receber - Aguar dar, ansiar por, esperar ansiosamente. 568. àTTOKaXvTTTco, õtTTOKa\viJ;co, aTTeKaXvijiá, áiroKeKáXv—
569. áiroKpívofJim , àiroKpivcrû|Aou, á-rreKptváp/qv, àiroK e— KpiKa, aTTOKéKpifxaL, aTreKpíOiqv. Verbo depoente, com posto da preposição araó, intensiva, e do sim ples Kpívto -ju lg a r-R e s p o n d e r, replicar, retrucar, professar, adm itir, anuir. 570. a-iroXoúü), onroXoixrco, œ iréXowa, âiroXeXauKà, cnroXe— X ovpm , ònreXaúÔ-qv. Composto da preposição à iró , disjuntiva, e do simples Xovío - banhar - Abluir, lavar, limpar, purificar, expurgar. 571. õpç, apvòç, o. A forma do nom. sing. não é usada. Há quem prefira a variante âp-qv ou ap-qv, igualmente obsoleta. Subs tituem -no na prática à|xvóç e apvíbv. As demais inflexões são re gulares, segundo os nomes em líquida, nos moldes de Tra— rq p , TTcn-pó«;, 6, a prosódia inteiramente nas linhas deste para digma - Cordeiro, cam eirinho. 572. a
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577. ÊKpáXXío, 6KftaXb), e£épaXov, eKPepXqKcí, €Kpe|3Xq|Aai, e£e|àXq0qv. Composto da preposição disjuntiva I k - fora de - e do simples páXXco - atirar, lançar - Expulsar, lançar fora, expelir, banir, rejeitar, retirar, despedir, enviar, destinar. 578. èrôo^ctÇú), ev&oÇáctío, eveòo^otcrá, evôeôó^etKa, êvSeSo'— 1338
£a
|xéom>, e is p-ecrov e e is to jxeo-ov, ck fxecrov, ev |x é ro e iv tg> |X6ctci), KaTÒt jxéaov; - Em função adjetiva é complementado pelo genitivo. Assim, no uso adverbial, como se vê em Fp2.15: (xecrov ^eveas - em meio a uma geração. 591. ixoixeuco, p,oixevb-<ú, e ix o íx e w á , (Jiep,otxevKa, ixepiot— Xeujxcu, efxoixev0Tfiv - Adulterar, fornicar, dar-se a práticas sexuais ir regulares ou ilícitas. 592.0X170S, t|, ov - Pouco, reduzido, diminuto, escasso, conciso, breve, curto, pequeno, leve, apoucado. 593. TráÔTifxá, iraOifíixaTos, to - Sofrimento, provação, aflição, angústia, tormento, paixão, experiência penosa ou amarga. 594. TrepiTràTea), TTepiTráTrfaco, TrepieTráT^crá, irepiTrem i— rr^Ka, TrepiTreircmiixai, TrepieTraTijOiriv. Composto da preposição locativa Trepi - em derredor - e do simples ttcít€0) - trilhar - Andar, vaguear, divagar, perambular, caminhar, seguir, acompanhar, viver, conduzir. 595. XiXouctvos, ou, o - Silvano. - Possivelmente, form a extensa de que X iX a s seria abrevia tura ou dim inutivo. 596. Xípuúv, XipxovoS/ o - Simão. 597. croçíã, âs, rj - Sabedoria, saber, conhecimento, entendi mento, visão, capacidade, perícia, habilidade, discernimento, prudência, piedade, ilum inação. 598. ouvOcomo, ow0ai|Kú, oweOonJwx, ow T eTa—
602. (p€pto, ourei), rjve^Kov ou qve7 Ka, evqvoxa, evqv€7— p a i, qve'x0qv - Levar, conduzir, carregar, transportar, mover, man ter, conservar, suportar, agüentar, sustentar, suster, produzir, expor, oferecer, avançar, trazer. 603. axrjTÊp. Conjunção comparativo-conclusiva, composta da simples co<5 - como - e da partícula intensiva Trep, aquela proclítica, esta enclítica. Note-se que o acento, posto na proclítica, é agudo, embora em penúltima longa, breve a última - Como, assim como, tal que, de sorte que, em moides tais que, de maneira que. 6.
EXERCÍCIO
LER, FLEXIONAR, ANALISAR, TRADUZIR 281. o 8e peíÇwv uprav e o ra i upa>v Suxkovoç. O cttiç 8e vijKÓcret eoarròv TaTT€iv
œ ytot ecreoOe, O T t kyó> crytos (I Pe 1.15). 288. au y á p OeXrjpaTt àv0pa>Trou 'rjvexö'H irpotp^Teta tto— Te, aXXa ínrò rrveupaTos cryíou (pepóp-evot eXaXirçoav a iro Beau avOpcoTTOi (II Pe 1.21). 289. Kat el p,T| eKoXoß(i)0'naav aí ^pepat eKetvat, o u k av eCTíüOnq Tráaa aáp£, 8tà 8e t o u s CKXeKTOÚs KoXoßiöOrjaovTat a i Tjp,épai eKetvat (Mt. 24.22). 290. eXe'yev 8è -rrpos auTous.ó pèv Oeptopos ttoXus , o í 8è eprenrn 0XÍ70 L Serjõ^Te o u v t o u K u p i o u t o u Beptcrpau omus e p 7 ( Í T a ç eKßaXri ets t o v 0epurpí)v auTou, í n r c r y e T e íôoú ámxr— TeXXca u p a s cos apvas ev peotú Xukojv (L c 10.2-3). 291. ev o ) K a í u p ^ ts , aKoúoavTes t o v ^.ayov rí^s aXTjOetas, t o euayveXiov r íjs aconqpías upxSv, ev í o k o Í t t u t — TeixravTes ecappaTwrOTyre t c o m e u p a T t t t |S énayyeX tas t w ayta) (Ef 1.13). 292. ÁoTtÇopat 70 p o rt o u k a£ta tcl TraOlripaTa t o u v u v
Katpou Trpibs
tt^v
p^XXouoav Sóijav arroKaXu
(Rm 8.18). 293. T T ) Tap eX m ôt eowOnrip^v, êXm s ôè ßXeirop.evTy o u k e o rtv eX m s.o Tctp ßXeTrei t i s , t i K a i eXm £et; e t 8é o ou ßXe— TTop-ev eXm£op.ev.8t'w ro p,ovq s aTr€K8exop<€0a (Rm 8.24-25). 294. à'ireKpiO'q auToa Xípuuv IleTpoç. Kupte, arpòs Ttva
a-TTeXeuaópieOa; {ônrçpaTa ^anjs atíôvtau^exets Kat T)p,eiç ire— 'i r w r T e Ú K a p L e v Kat e T v o o K a p e v o t i où et 6 crytos t o u 0eou (Jo 6.68-69). 295. K aí tout Ó Ttves Tyre, âXXá a-rreXouoacrôe, aXXà TyYtáa0Tyre, aXXà eôtKauí>0Tyre ev T(p ovópaTt tou Kupiou’Iricrau XptCTTOu K at ev tw TrveúpaTt tou 0eou iQpxöv (I Co 6.11 ). 296. oTav eX0Tj ev8o£ao-0Tjvat ev t o i s òtTtbts ourou Kaí
0aupaCT0rjvat ev t t & c t l v t o i s TrtOTeuoaoxv, ort ImoreuOri to papTuptov T|p-(ôv eip'ûpâs, ev r r j T^pepa eKetVr) (II Ts 1.10). 297. Ou k eTpcwprç 8e S t'a u ro v póvov OTt eXo7 tcr0T] aúno, aXXa K at S tu p a s , oís péXXet Xo7 t£eo 0a t, Tots m o re — úauoxv e m 1342
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1343
CAPITULO XVII SINOPSES VERBAIS. USOS E FUNÇÕES DE TEMPOS E MODOS. PREPOSIÇÕES INTEGRANTES. 1. SINOPSES VERBAIS 1 .1 - Natureza - Sinopse (da preposição o vv - com - e de oijns, oij/ecoç, ^ vista) é a enumeração conjunta das formas bases dos tempos de um modo, sistema ou flexão verbal. 1.2 - Relacionamento - Não menos de 62 flexões ou tempos distintos se contam no verbo grego, embora no coiné, e mesmo no clássico, algumas já fossem de raro uso e outras nem mais se empreguem; - Nítidas afinidades de estrutura e formação lavram entre es sas flexões, de sorte que se podem umas conceber como fontes, matrizes ou bases, formas primitivas, de que procedem outras, por isso havidas por derivadas; - Destarte, podem-se as flexões gregas distribuir em SEIS sistemas definidos, cada constituído da competente matriz e dos derivados, que lhe têm sempre o tema ou raiz específica e, confor me o caso, algum outro elemento característico; - Duas flexões apenas, o perf. mp. no Subj. e no Opt., form a ções perifrásticas, deixam de seguir o processo derivacional no r mativo, filiando-se ao ptc. antes que à matriz básica, perf. mp. Ind.; 1.3 - Matrizes - As SEIS matrizes são formas do Ind., ativas quatro, uma de cunho médio-passivo, outra passiva, todas a formarem o ponto de partida às demais flexões componentes do sistema. Nos verbos de poentes, é claro, são essas matrizes todas médias e/ou passivas. Daí, os verbos deste jaez carecem, naturalmente, do sistema do 1345
perfeito ativo; - Estas matrizes são as chamadas partes principais do verbo, regularmente enumeradas nos vocabulários, com vistas a propi ciarem, de partida, ao estudioso a chave da formação de todos os sistemas, fixando-lhes a form a explícita do radical (raiz e demais integrantes básicos da estrutura) para cada flexão; - Logo, estas matrizes são, regularmente: a. Pres. At. Ind.: m crreú — <ú - creio, b. Fut. At. Ind.: m crreú — cr — <ú - crerei, c. 19 (ou 2°) Aor. Ind.: e — m crreú — era - cri, d. Perf. At. Ind.: rre — m crreú — kcc- cri, e. Perf. MP. Ind.: ttc — m crreú — p m - cri, fui crido(a), f. Aor. Pass. Ind.: e — m orreu — 0t] — v - fui crido(a) 1.4 - Sistemas a. Enumeração - A base dessas matrizes, dividem-se as flexões verbais nos SEIS sistemas seguintes: (1) Sistema do Presente, (2) Sistema do Futuro, (3) Sistema do Aoristo (19 ou 29), (4) Sistema do Perfeito (19 ou 29), (5) Sistema do Perfeito Médio, e (6) Sistema do Aoristo Passivo (19 ou 29); b. Composição (1) Sistema do Presente (a) Característica - Caracteriza-se o sistem a do presente, constituído que é do pres. em todos os modos e vozes, mais o impf., que, embora nas vozes todas, só no Ind. aparece, logo, um conjunto de QUATORZE 1346
flexões, pela raiz básica, vista na prim eira das partes principais, pres. at. Ind., e pela vogal de ligação, que no Ind. e Imper. é e ou o, no Subj. -q ou <0, no Opt. e Ptc. o, no Inf. e; (b) Sinopse - Daí, a sinopse do sistema do presente em m areúo) — crer - é:
1. Pres. At. Ind.: m o re v —
d istin tivo expresso ou virtual de toda form a futura, aposto em se guida à raiz, e peia vogal de ligação, e ou o no Ind., o no Opt. e Ptc., e no Inf.; - Ante a sibilante infixai, abnga-se a letra final da raiz nos verbos vocálicos, funde-se, resultando, respectivamente, as du plas v|i e £, nos temas finalizados por labial (tt, (5, (p) ou gutural (k , *y, X), suprime-se nos verbos em que é lingual (t , 8, 0) essa terminal temática. Por outro lado, não mais subsiste explícito o infixo sigmático nas flexões dos verbos em que se finda em líquida (X., |x, v, p) o tema; (b) Sinopse - Daí, a sinopse do sistema do futuro em termos de TTuxTeix») - crer - será: 1. Fut. At. Ind.: m crrev — cr — ú) - crerei 2. Fut. Méd. Ind.: m o re u — o — o — p m - crerei 3. Fut. At. Opt.: Trurreú — o- — o — t — p i 4. Fut. Méd. Opt.: m o re u — o — o — í — p/rjv 5. Fut. At. Inf.: m o re u — cr — etv - crer, haver de crer 6. Fut. Méd. Inf.: m o re u — cr — e — ctBgu - crer, haver de crer 7. Fut. At. Ptc.: m o re u — o — co — v, m o re ú — o — ou —
portanto, DOZE flexões, pela raiz específica, vista na terceira das partes principais, 19 aor. at. Ind., e pelo infixo tem poral crà, no Subj. reduzido à sibilante, distintivo por excelência das form as de 19 aoristo; - Nos verbos em que se finda a raiz por líquida ( \, jx, v, p), como no futuro, não aparece explícita a sibilante do infixo, embora lhe subsista a vogal; - Ademais, na 39 p. s. do 19 aor. at. Ind. é ae este in fi xo em vez de a à e em QUATRO das flexões, além do Subj., (19 aor. méd. Ind. e Opt. e Imper. at. e méd.), sofre alteração a 2- p. s.; - Também nos verbos vocálicos e naqueles em que se finda o tema por muda (labial, gutural e lingual) verifica-se, neste sistema, a alteração da terminal da raiz referida em relação ao sistema do futuro. 2.2- Aoristo - Caracteriza-se o sistema do 2- aoristo, constituído que é das formas do 29 aoristo, nas vozes ativa e média, não na passiva, nos SEIS modos verbais, daí, DOZE flexões integradas, em paralelo ao sistema do 19 aoristo, pela raiz especifica, ou peculiar, ou alterada, sempre diferente da raiz do presente, mesmo outra, ex pressa na terceira das partes principais, e pela estrutura sim ilar à do im pf. no Ind., à do pres. nos demais modos; - Logo, em última instância, só diferem as inflexões do 29 aor. das paralelas do im pf. no Ind. e do pres. nos demais m o dos no tocante à raiz (em certas formas também em prosódia), os mesmos os outros componentes; - Esta raiz de 29 aor., geratriz de teor explicitamente punctiliar, representa, por certo, a parte mais antiga, original, da flexão desses verbos e, por isso, é-lhes, geralmente, a genuina raiz, o tema real, ao invés de sê-lo a raiz do presente; (b) Sinopse - As sinopses paralelas dos sistemas do 19 aoristo, re1349
presentado por 'm oreico - crer - , e do 29 aoristo, expresso porXa|x0avco, em que a raiz é XÕ0 - re ce b e r-, são, pois: (1) Aor. At. Ind. e — m o re u — cm - cri; € — Xã0 — o — v - recebi (2) Aor. Méd. Ind. e — m o re v — crâ — p,T)v - cri; e — X ã0 — 6 — p/qv - recebi (3) Aor. At. Subj. m o r e i — cr — w; Xà(3 — íd (4) Aor. Méd. Subj. m o r e i — cr —
—pai (5) Aor. At. Opt. m o r e i — cm — £ — p i; Xãp — o — t
— p,l (6) Aor. Méd. Opt. m oT ev — cm —
/
t — p/qv; Xáf$ — o —
l — |XT|V (7) Aor. At. Imper, ixícrrev — o o v - crê; Xa0 — e - recebe (8) Aor. Méd. Imper. -iríoreu — aoa - crê; Xà(3 — a u recebe (9) Aor. At. Inf. -m o re i — crca - crer; Xa0 — eív - receber (10) Aor. Méd. Inf. m o r e i — tra — o0ea - crer; Xã0 — é — crôai - receber (11) Aor. At. Ptc. m o r e i — a á —
em todos os SEIS modos, mais o mqpf., nesta voz, restrito ao Ind., logo, SETE flexões, pela raiz específica, segundo se mostra na quarta das partes principais, perf. at. Ind., pela reduplicação, que se antepõe ao tema, e pelo infixo tem poralperfectivo, aposto em segui da à raiz; - No sistema do 19 perf. é este infixo a gutural k , que no Ind. se faz kqí (na 3- p. s. kc ), no Inf. K€ e no mqpf. kc ou k c i; - No 2- perf. reduz-se este infixo à expressão vocálica, isto é, suprime-se-lhe a gutural. Logo, nas flexões em que o k não é complementado de vogal integrante, após tudo, não subsiste este elemento; - Portanto, a diferença fundamental na formação das flexões destes dois sistemas é a ausência desta gutural k, infixai, nas inflexões d o -2- perf.; - Verdade é que o 2- perf. admite, em geral, processos adicionais de formação reduplicacional, alongamento da vogal te mática e conversão de muda final do tema à forma aspirada: ç , x# 0/ não comum no I 9 perf., - Contudo, nos verbos vocálicos (râiz terminada em cl, c, o), nos verbos em líquida (tema finalizado em X, p,, v, p) ou muda (labial: ir, (3, cp; gutural: k, y , x; ou lingual: t , ô, 0) ocorrem variações que afetam ora apenas a terminal, ora o tema como um todo. (b) Sinopses - As sinopses paralelas dos sistemas do 19 e 29 perfeitos, em termos destes verbos paradigmáticos, iru rre ixo - crer - , 19 perf. e Xap,(3ctvú> - receber - , 29 perf., em que a raiz pura Xã|3 se altera em \T|
(3)Perf. A t Opt.: ire — iru rre v — k — o — t — p,i; cí — Xnrícp — o - I — |XL 1351
(4) Perf. At. Imper.: ire — m o re v — k — e - crê; e i' — X“q
(b) Sinopse - A sinopse geral do sistema do perfeito médio em 'irurreixú - crer - é: (1) Perf. MP. Ind.: ire — m o re u — p a i - cri, fui crido(a) (2) Perf. MP. Subj.: ire — m o re v — pev — 09,*n,ov to (3) Perf. MP. Opt.: ire — irw rre v — pev — o9,'H ,ov et-qv (4) Perf. MP. Imper.: ire — iru rre u — a o - crê, sê crido(a) (5) Perf. MP. Inf.: ire — iru rre v — o 6a i - crer, haver cri do; ser crido(a), haver sido crido(a) (6) Perf. MP. Ptc.: ire — 'irto re v — pev — os, n , ov ” tendo crido; tendo sido crido(a) (7) Mqpf. MP. Ind.: e — ire — m o re v — p q v - crera, fora crido(a) (8) Fut. pf. MP. Ind.: -ire — iru rre v — o — o — p a i crerei, haverei de ter crido; serei crido(a), haverei de ter sido crido(a) (9) Fut. pf. MP. Opt.: ire — irto re v — o — o — i — p ^ v (10) Fut. pf. MP. Inf.: ire — iru rre v — o — e — o 0 a i crer, haver de ter crido; ser crido; haver de ter sido crido(a) (11) Fut. pf. MP. Ptc.: ire — m o re v — a — o — pev — o<5, -t], ov - crendo, havendo de ter crido; crido(a); havendo de ter si do crido(a) (6) Sistemas do 1ee 2 s Aoristos Passivos (a) Característica - Caracterizam-se ambos, os sistemas do 19 e do 2? ao ristos passivos, constituídos que são das flexões do aor. pass. nos SEIS modos, mais o fut. pass. nos modos em que ocorre (Ind., Opt., Inf. e Ptc.), DEZ flexões, pois, pela raiz especifica, a exibir-se na sexta das partes principais, aor. pass. Ind., e pelo infixo tem poral passivo Êe. cuja vogal se alonga, convertendo-se em 0-q, sempre que não anteceda a vogal ou duas consoantes sucessivas, infixo 1353
este que se apõe imediatamente após a raiz; - Notar-se deve que as flexões futuras passivas se afi guram híbridas, consistindo desse binômio típico do aor. pass. se guido das inflexões do fut. méd. Ind., supressa a raiz; - Convém não olvidar-se que estas formas de aor. e fut. pass., ao contrário do que se registra no pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf., são distintas das médias correspondentes, aliás, enqua dradas em sistemas diferentes, a divergirem em matéria de estru tura e formação; - Neste sistema também apresentam os verbos vocáli cos e os de tema finalizado em líquida ou muda alterações que lhes afetam ora a terminal da raiz apenas, ora o tema no seu todo. Nos vocálicos e nos temas líquidos estas variações são, geralmente, as mesmas verificadas já nos sistemas do perfeito ativo e médio, logo, comuns a estes três sistemas; - Difere do sistema do 19 aor. pass. o sistema do 2- aor. pass. apenas em que neste se reduz o infixo temporal passivo à ex pressão vocálica, supressa a lingual aspirada 0. Logo, a diferença fundamental na formação das flexões destes dois sistemas é a au sência da lingual 6 infixai nas inflexões do 29 aor. pass. e fut. pass.; - Daí, se presente a lingual 0, trata-se de formas do sis tema do 19 aor. pass.; se ausente, inflexão do 29 aor. pass.; (b) Sinopses - As sinopses paralelas dos sistemas do 19 e 29 aoristos passivos, em função destes dois paradigmas, m o re Ú D - c re r-, 19 aor., e 7 pctcpto - e s c re v e r-, 2- aor., serão: (1) Aor. pass. Ind.: e — m o re v — 0t| — v - fui crido(a); — 'ypcKp — *q — v - fui escrito(a) (2) Aor. pass. Subj.: m a re u — 0 — w; 'ypcup — w (3) Aor. pass. Opt.: m o re u — 0e — i/q — v; 7 poup — e — i-q — v
(4) Aor. pass. Imper.: m o re ú — 0q — t i - sê crido(á); 7pácp — -q — 0t - sê escrito(a) 1354
(5) Aor. pass. Inf.: m o te u — 0*q — v a t - ser crido(a); ter sido crido(a); 7pa
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2. TEMPOS 2.1 - Presente (o eveoTcas xpów ç) a. Uso - O presente é, ao lado do aoristo e do perfeito, flexão ou tem po que aparece nos SEIS modos verbais. São-lhe as mesmas as inflexões médias e passivas, a mesma forma servindo a ambas es sas vozes. Por outro lado, diferem estas das ativas paralelas apenas em relação às desinências, de tal sorte que se podem tom ar como procedentes das correspondentes ativas; b. Expressão - É o pres., assim como o impf., flexão de Aktionsart linear, isto é, expressa eventuação continuativa, prolongada, extensa, re1355
petida, habitual, costumeira, progressiva, processo a distender-se como série de pontos sucessivos ou linha contínua. - Graficamente:. . . ou___. c. Acepções - Ao lado desta acepção prim ária básica, fundamental, varia das cambiantes de sentido admite o pres., a expressarem conota ções especiais ou particulares da ação e seu processo; - Assim sendo, as seguintes modalidades ou variedades de presente se podem distinguir: (1) Presente durativo ou progressivo - Expressa o presente a ação prolongada, processo em de senvolvimento, fato continuado, eventuação de que sobressai a duração ou extensão, ou se vê como progressão em andamento; - Ex. - ISoi) Tpta e rq â
- Ex. - 6au|xaÇ
(5) Presente iterativo - Expressa o. pres. ação que se processa em intervalos, ou ocorre em fases intermitentes, ou se efetua em espaços recorrentes; - Ex. - 0avotToi$|jie0a oXtjv r q v 'qixepav - estamos sendo mortos o dia todo (Rm 8.36). O pres. pass. Ind. 0avaToúp,e0a reporta a ação como fato a acontecer em sucessivas ocorrências, a desdo brar-se em reiteradas ocasiões, no decurso de cada dia; (6) Presente aorístico - Expressa o pres. ação em que o aspecto linear se reduz ao mínimo, destacando-se, à maneira do aoristo, mais o fato em s i que o processo desdobracional, a eventuação em sua extensão ou duratividade; - Ex. - TVítípíÇcú 7Òtp v |iiv - Faço-vos, pois, conhecido (Gl 1.11). 0 pres. at. Ind. TvtúpíÇo) assinala não propriamente o modo, a extensão, o processo da proclamação paulina, mas, antes, o fato, o evento, a ação mesma, como se fosse o aoristo eyvá p u ra - fiz co nhecido - a form a usada; - Presentes aorísticos seriam, ainda: - a ç ie v ro a - perdoados estão - em Mc 2.5; - epxau - vem - em Lc 7.8; - ópo) - vejo - em A t 8.23; - iâ / r a i - cura - em A t 9.34; - emTpeTTCToa - perm ite-se - em A t 26.1; (7) Presente futuritivo - Expressa o pres. eventuação por ocorrer, fato pervindouro, previsto, entretanto, como certo, como se fora atual, já a processar-se; - Ex. - ttcíX iv èpxopm — volto novamente (Jo 14.3). O pres. méd. Ind. êpxopxxi - volto - expressa evento ainda não a ocorrer, fato claramente futuro, prom etido e afirmado, porém, como defini do, a certeza da segunda vinda do Senhor Jesus, em termos do pres., como se já se estivesse a efetivar. As versões, em geral, tra1358
duzem a form a como futura: voltarei, virei; - Escrito de cunho acentuadamente popular que é o Novo Testamento, assaz comum lhe é nos escritos o uso deste pres. futuritivo, mormente nos Evangelhos. Particularmente de referir-se é o uso do ptc. Ipxop.evoç, visível tradução do correspondente hebraico-aramaico, designativo típico do Messias a vir; - Presentes futuritivos são, entre outros: - 7€w aToti - nascerá - em M t 2.4; - ,irpoo,8oKG>|A€v - esperaremos - em M t 11.3; - epx€T
Apocalipse; - Ex. - K ai Xeyei ouk e ifxi - E diz: não sou (Jo 1.21). Mos tra-o o imediato contexto, pois que os demais verbos se acham em forma pretérita, que a ação é passada, donde, em vez do pres. Xe— •yd, deveria ser o 2- aor. lu re v - disse - a forma verbal usada. É, pois, o pres. usado pelo aoristo, pelo que preferem as versões tra duzí-lo pelo pretérito; (9) Presente conativo ou incoativo - Expressa o pres. nesta acepção fato continuativo que se visualiza como algo intentado, contemplado, premeditado, ainda em seus estágios iniciais, em curso de ação, concebido como tenta tiva antes que atualização; - Ex. - o m v e ç ev vo|xü) diKauríkrOe - tais que vos tentais ju stifica r pela le i (Gl 5.4). O pres. méd. Ind. SiKoaowOe - vos tentais ju stifica r - registra o curso adotado pelos gálatas, que Paulo não re conhece como fato consumado mas simples tentativa, longe de atualizada; - Outros presentes conativos que se podem referir seriam: - XaXèí - haverá de falar - em Mc 11.23; - Xi0ᣀT€ - tendes a intenção de apedrejar- em Jo 10.32; - vt/rrret«; - pretendes la v a r- em Jo 13.6; - iro te tç - tens o propósito de fazer - em Jo 13.27; - TretOeiç - queres persuadir - em A t 26.28; - cwryKáÇeiç - buscas co m p e lir- em Gl 2.14; - àvcr/KctÇ ow iv —desejam com pelir - em Gl 6.12; (10) Presente gnômico - Expressa o pres., nesta acepção, afirmação sentenciosa, máxima proverbial, dito parêmico, verdade universal, princípio ge neralizado, à maneira de aforismas e anexins; - Ex. - ck TTjç T a X iX a ia ç Trpoíprjrqç ouk 67€tp€Tai - Da Galiléia não se levanta profeta (Jo 7.52). O pres. méd. Ind. l^ e íp e T a i expressa a opinião estabelecida, a tese confirmada de que não ha1360
veria esperar-se surgisse profeta da região gaiiiaica; - Gnômicos, também, são os seguintes presentes: - à T rexo w tv - recebem - em M t 6.2,5; - iro ie l - produz - em Mt 7.17; - oTreipeToa - sem eia-se - e ^ e ip e T a i - colhe-se - em I Co 15.42-44a. 2.2 - im perfeito (6 TrapcmmKb«; xpovoç) a. Uso - É o impf., como também o mqpf., tem po que se restringe a um dos modos apenas, o Ind., alheio, portanto, aos cinco outros (Subj., Opt., Imper., Inf. e Ptc.); - Como se disse do presente, são-lhe as form as passivas as mesmas da voz média, comuns, pois, a ambas essas vozes. T am bém, das ativas paralelas diferem apenas no que respeita à desinenciação, de sorte que se podem conceber as inflexões médias e passivas como procedentes das ativas, mudadas as desinências; b. Expressão - É o impf., ao lado do pres., flexão de Aktionsart linear, a ex pressar eventuação continuativa, extensa, repetida, costumeira, ha bitual ou progressiva, a distender-se como série contínua de pontos ou linha prolongativa. - Graficamente:... .ou___________________ - Difere a linearidade do pres. e do impf. em que naquele tempo o processo se desdobra na atualidade, é contemporâneo, enquanto neste se situa no passado, é pretérito; c. Acepções - Embora, fundamentalmente, seja esta linearidade da ação a acepção básica do impf., a visualizar o fato em termos do processo como se realiza a eventuação, momentânea, costumeira ou pro gressiva, adm itir-se-ão as seguintes conotações particulares ou 1361
destaques de sentido, a constituírem modalidades variadas de im pf.: (1) Im perfeito descritivo - Expressa o impf., nesta acepção, a natureza ou caráter desdobracional do fato, a sucessão de pontos que o assinalam, a seriação de componentes que se lhe encadeiam no processo de realização, em perspectiva pretérita; - Ex. - ortfrrç K0tTaKoX.ou6oÍHjà t & I1ccuX.ü) kch Í|| aiv ekpaÇev - Esta, pondo-se a seguir a Paulo e a nós, BRADAVA (At 16.17). O impf. at. Ind. eKpaÇev - bradava - retrata descritivamente a constante importunação da jovem em Filipos, a prolongar-se em continuidade que enfadava e constrangia; - Outros impfs. descritivos tem o-los em: - Mt 3.4: etxev - tinha - e —era ; - Mt 3.5: e^CTTopeveTo - saia a ter; - Mt 3.6: IpcnrríÇovTo —eram batizados', - M t 4.11: ôtTjKÓvoxn; - serviam; - Mt 25.5: eKc&euôov - estavam a dorm ir profundamente; - Mt 26.63: eox&yrrã - mantinha-se em silêncio; - Mc 9.20: èicuX.L€To c«ppí£(úv - contorcia-se a espumejar, - Mc 14.35: êim rTev - prostrava-se - e 'irpocrryiíxeTO - ora va; -
Jo 19.3: rjpxovTo - iam - e^íkeyov - diziam; A t 5.26: -fyyev - conduzia; A t 5.41: eiropeuovTo - retiravam -se; A t 15.3: ôi/qpxovTo - cruzavam - e e-rroíouv - produziam; A t 21.3: eTrXio|A€v - navegávamos; A t 21.20: èôó£a£ov - glorificavam ; I Co 10.4: ^ ttivov —bebiam;
(2) Imperfeito durativo ou progressivo - Expressa o impf., neste sentido, a extensão do evento, visto como processo que se prolonga ou está em andamento, ação 1362
durativa focalizada na perspectiva do passado; - Ex. - Tovro ôè e W te i e m ttoW ol^ "qfxepaç - E isto FAZlA-o ela por muitos dias (At 16.18). O impf. at. Ind. erroíei - fazia - retrata a duratividade, a extensão da importuna atuação de jovem de Filipos, aliás, salientada pelo adjunto I m TroXXaç ^(xépaç - por muitos dias ; - Outros impfs. durativos ou progressivos seriam: - IÇtyreÍTe - estáveis a procurar - em Lc 2.49; - IveKOTTToV^v - vinha sendo impedido - em Rm 15.22; - eíxeTe - vindes tendo - em I Jo 2.7; (3) Imperfeito interativo - Expressa o impf., neste uso, o caráter repetitivo ou perió dico do fato, acentuando os momentos ou pontos em que o evento se secciona em sua extensão passada; - Ex. - KCtrà ôè eoprqv énreXuev oojtolç eva ôéa-p-tov - E durante a festa SOLTAVA-lhes um preso (Mc 15.6). O im pf. at. Ind. airèXvev - soltava - exprime o fato costumeiro, o evento que se re petia, a tradição que se observava de dar-se liberdade a um detento por ocasião da páscoa, acentuada a repetitividade desse proceder em relação ao passado. Pode-se, pois, traduzir cwreXuev pela locu ção COSTUMAVA SOLTAR; - Aparece este impf. iterativo com notável freqüência atra vés do Novo Testamento, sendo de assinalar-se, ainda, os seguin tes: - è-rruvSaveTo - indagava - em M t 2.4; - eTWTTOV - batiam - em Mt 27.30; - T|KOfuov - ouviam - em Mc 6.55; - rípcoTà - instava - em Mc 7.26, ou - pedia - em A t 3.3; - eOeíópei - contemplava - e ejâaXXov - atiravam - em Mc 12.41; - iTapTjTowTo - tinham o costume de pedir - em Mc 15.6; - Iveveuov - acenavam - em Lc 1.62; - eiropeóovTo - costumavam ir - em Lc 2.41; 1363
- e^efiaorcrev - enxugava - , KaTecplXei - osculava fervente mente - e TiXeupev - ungia - em Lc 7.38; - 8t€Tpi0€v - demorava-se - e ip á -im Ç e v - batizava - em Jo 3.32; - Im-npaorKov - vendiam Sie|ÀepiÇov - repartiam - e e t— Xev - tinha - em A t 2.45; - eTi0cruv - dispunham - em A t 3.2; - eçepov - traziam - em A t 4.34; - ^PavXeTO - queria - em A t 15.37; - tinha por válido - em A t 15.38; - Im o T evo v - criam - e IP omttiÇovto - eram baptizados em At 18.8; - KaTCíptXow - beijavam afetuosamente - em A t 20.37; - €Tre
- Lc 5.6: ôiepprjoxreTo - estavam ao ponto de rom per-se; - Lc 6.11: SieXáXow - discutiam ; - Lc 8.23: ovveTTXripauvTo - estavam fazendo água e e K tvô w e w v - corriam perigo; - Lc 9.34: lirecriaaÇev - cobria de sombra; - Lc 9.49: eKtoX^ofxev - tentávamos impedir; - Lc 23.54: l'Tre
totalidade, o processo da ação em seu desenvolvimento inteiro, a duratividade do fato global, mas apenas o início, os prim órdios, a fase preliminar, a porção ingressiva, em projeção pretérita; - Ex. - Kcxi TTepteiráTet - E ele ANDAVA (At 3.8). O impf. at. Ind. irepiemxTei, posto entre dois aoristos (eorq - pôs-se de pé - e € Í< ríi\0ev - entrou), inda que linear em teor, exprime o início do processo de andar do paralítico recém-curado por Jesus, os p ri meiros passos, o princípio dessa nova condição. Logo, bem se pode parafrasear por: DAVA OS PRIMEIROS PASSOS, COMEÇAVA A ANDAR, PUNHA-SE A CAMINHAR;
d. Tradução - No impf., como em todos os demais tempos verbais, a idéia fundamental, o elemento básico da expressão, é a Aktionsart, isto é, COMO se processa o fato, o modo ou maneira de acontecer; - É o impf. flexão restrita ao Ind., modo único em que, ao lado da Aktionsart, subsiste, em perspectiva absoluta, a noção temporal, isto é, QUANDO o evento se dá. O Ptc., embora retenha conotação temporal, tem -na em projeção relativa apenas; - Logo, a reunir ambos esses aspectos semânticos, expressa o impf. a continuidade, a extensão, o desenvolvimento da ação, sua linearidade, em projeção pretérita, no que difere do pres., cuja pro jeção é atual, contemporânea; - A tradução natural, óbvia, regular, a emprestar-se-lhe é a do nosso pretérito imperfeito, que exprime fato passado continuativo. Entretanto, conforme o ditam o imediato contexto e a fraseologia direta, não poucas são as circunstâncias em que peculiaridades e matizes de sentido impõem tradução em termos do pretérito per feito e até do m ais-que-perfeito; - Portanto, a exata e conveniente forma de tradução depende da circunstancialidade contextuai e do sentido que mais se ajuste à fraseologia de cada passagem. Implícito, porém, estará sempre o teor básico do tempo: AÇÃO LINEAR PASSADA. 1366
2.3 - Futuro (ò ijÃKK íúv xpóvoç) a. Uso - É o futuro, juntamente com o fut. pf., flexão ou tempo que apenas em quatro dos seis modos verbais aparece (Ind., Opt., Inf. e Ptc.). Quer isto dizer que ao Subj. e ao Imper. são alheias formas futuras; - À semelhança do que se observa no aoristo, diferentemente do que se passa nos demais cinco tempos (pres., impf., perf., mqpf. e fut. pf.), não têm a mesma forma as inflexões médias e passivas no futuro, procedentes de matrizes distintas, não coincidentes em estrutura e formação, enquadradas em sistemas diversos. Nem se ihe calcam as formas passivas nas correspondentes ativas, inda que o façam as inflexões da voz média; Expressão - É o fut., assim como o aor., de cuja forma subjuntiva se pa rece haver originado, tem po de A ktionsart punctiliar, isto é, expressa o fato em s i, o evento simplesmente, ação inextensa, não durativa, sem projeção processual, como um ponto apenas, não linha continuativa ou seriação de pontos em sucessão. -G raficam ente: ( .} - Enquanto o aor. projeta o fato em situação pretérita, o fut. o situa nas raias do pervindouro. Daí, dois tempos há de Aktionsart punctiliar, a divergirem quanto à projeção temporal, a saber: - Aor. - perspectiva do passado, - Fut. - perspectiva do porvir; - Não há, pois, tem po de ação punctiliar situada na atualidade, donde ter-se de adm itir que a expressa o pres. em certas circuns tâncias, segundo o imponha o imediato contexto; - Por outro lado, a ação linear só no passado (impf.) e na atualidade (pres.) se projeta, carecendo de forma que a situe no futuro; - Diante disso, embora seja o tempo futuro flexão de ação b.
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punctiliar, forçoso é reconhecer-lhe, em determinadas circunstân cias, acepção tipicamente linear, mesmo porque, indefinida que o é a ação pervindoura, não realizada ainda, nem em processo de atua lização, não se lhe pode excluir a expressão continuativa, extensa, duracional, repetitiva, habitual, costumeira, progressiva, própria do pres. e do impf., em que se focaliza o processo antes que o fato em si;
c. Acepções - Embora seja esta punctiliarídade de ação o elemento funda mental no sentido do fut., no Ind. e no Ptc. a revestir-se de projeção temporal explícita, naquele em teor absoluto, neste meramente re lativo, inda que mesmo no Opt. e no Inf. expresse real posterioridade, logo, futuridade, adm itir-se-lhe podem cambiantes que per mitem distinguir-se as seguintes modalidades futuritivas particula riza ntes: ■(1) Futuro continuativo - Expressa o fut., nesta acepção, fato pervindouro visto em perspectiva linearizada, como sequência prolongativa, ação cons tante ou repetitiva, processual ou extensiva; - Ex. - oiTiveç aTreôávofxev r q áfjuapTÍçt, Trtoç e n £q— oro|xev i v ocutti - nós que morremos para o pecado, como ainda nele VIVEREMOS? (Rm 6.2). 0 fut. at. Ind. Ç-qcroiAev - viveremos - , em acentuado contraste com o 2- aor. onreGávojxev - morremos - , que expressa o fato de m orrer, único, inextenso, punctiliar, se reveste de teor claramente continuativo, duracional, reiterativo, a retratar li nearmente a extensividade do viver. Daí, pode-se traduzir como: CONTINUAREMOS A VIVER; - Este sentido ou teor continuativo, duracional, progressi vo, se destaca sobremodo na formação perifrástica ou analítica, lo cução formada das inflexões do fut. méd. Ind. de e ifjit - ser - , em função auxiliar, e do ptc. pres. do verbo principal, fraseologia cujo uso se acentua nos escritos néo-testamentários; 1368
- Exemplo deste fut. continuativo perifrástico é: -yàp eis otepa XaXauvTes - Pois estareis falando ao ar (l Co 14.9). Constituído da 2- p. pl. do fut. méd. Ind. ^aeaQe - estareis - , auxi liar, e do nom. pl. masc. do ptc. pres. at. XotXotòvres - falando - , esta formação futuritiva perifrástica se reveste de sentido claramente durativo, extenso, linear; - Outros futuros perifrásticos seriam: - ecrecOe |xicroú|x€voi - sereis odiados - , em M t 10.22; 24.29; Mc 13.13; Lc 21.17; - lir o v r a i mTTTOvres - estarão a cair - , em Mc 13.25; - ¥ ctt| (tuo-ttwv k c u |xí) ôwájjLevos - ficarás mudo e não po derás - , em Lc 1.20; Çor/pàv - estarás a p e s c a r-, em Lc 5.10; - }e crovrai aX^Ooucrai - estarão a m o e r-, em Lc 17.35; - c o r a i 'TraTaufjLevri - estará sendo pisada - , em Lc 21.24; - í-crrai Kci0T||xevoç - estará assentado - , em Lc 22.69; (2) Futuro aorístico - Expressa o fut., neste sentido, o evento como puro fato, não-dimensionado, inextenso, abstraídos os aspectos de continui dade, progressão ou desenvolvimento embasantes, o ato em si, não o processo de ação, a punctiliaridade característica; - Ex. - ofôe eáv t is ck vexptov a v a o rri ireurOrjaovTca nem mesmo se algum dentre os mortos ressuscitar, convencer-se-ão eles (Lc 16.31). O fut. pass. Ind. TreurQTÍcrovTai - convencer-se-âo - tem sentido puramente punctiliar, frisando o fato em s i de não ha verem de ceder à persuasão os obdurados irmãos da parábola, a atitude obstinada, a recalcitrância empedernida dessas almas insen síveis; (3) Futuro preditivo - Neste uso, a dimensão temporal se afirma evidente, a re vestir-se a forma futura de teor promissivo, preditivo, vaticinativo, a afirmar não tanto o fato em si, m uito menos a processualidade da 1369
ocorrência, mas a realidade prevista, a certeza da eventuação, que se pode evidenciar como aorística ou continuativa; - Ex. - ajJuxpTÍot yètp 6|alv ou Kupieixret - pois o pecado não se assenhoreará de vós (Rm 6.14), O fut. at. Ind. K v p te w e i - se assenhoreará - , modificado pelo advérbio negativante, vaticina, ca tegórico, a situação vitoriosa do crente, sobre quem o pecado não exercerá domínio, situação que advirá seguramente. Não é tanto o fato, nem o processo dessa ineficácia do pecado que se evidencia, quanto a certeza desse futuro prometido; - Dado o teor vaticinativo de tantas porções do Novo Tes tamento, este uso preditivo do futuro se assinala em muitas passa gens, por vezes em avultado número. É o que se vê em: - Mt 1.21: T ^cT oa - dará à luz; - M t 3.11: paTTTwrei - batizará; - Mt 12.18: ôtíoxd - porei - e ám xyyeXeí - anunciará; - Mt 12.19: oòk epterei - nâo contenderá aôôe Kpcnryáo-èi - nem vociferará oòòk aKouaet - nem ouvirá; - Mt 12.20: oú « a re c ^ e i - não despedaçará - e ou a^eerei não abafará; - Mt 12.21: IXm oucrtv - esperarão; - Mt 24.29: oKOTwrOifaeToa - escurecer-se-á ou 8<út€ i não dará 'ire a o w ra t - cairão CTa\eu0T|CTovTai - serão sacudi dos; - Mt 24.30: (paWjaeTat - aparecerá KovJjovroa - prantea rão - e òtyovrat - verão; - Mt 24.31: a n o o re X e i - enviará - e emouvaÇoucTiv - con gregarão; - J o 13.32: So^cwret - glorificará; (4) Futuro gnômico ou ético - Expressa o fut., neste caso, o resultado costumeiro, o efeito normativo, o proceder próprio, a esperar-se em determinada situação ou ocasião definida. É, pois, o fut. usado em máximas e provérbios, proclamações e vaticínios, ordens e determinações, in1370
junções e preceitos; - Ex. - k q i L 'TrpoaKo\X.'n0'T^<7€Toa -irpòs rq v TUvaiKa o í v t o u - e unir-se-á à esposa (Ef 5.31). O fut. pass. Ind. irp o o koW ti9r|cre— Tai - unir-se-á - prescreve o natural corolário da situação conjugal, o princípio norm ativo do novo estado, o que será justo esperar-se; - Outros futs. gnômicos ou éticos se vêem em: - Rm 3.20: ou SiKauúOiicreTai - não será justificada; - Gl 6.5: (3acrraoei - carregará; - I Tm 6.8: apKeoB^cróp.eOa - contentar-nos-emos;
(5) Futuro im perativo - A refletir a linguagem do Antigo Testamento, não menos que da Septuaginta, comum é o uso pelos autores néo-testamentários da 2- p. do fut. em lugar da correspondente do Imper., seja afirmativa, seja negativamente. Equivale, pois, este fut. a forma im perativa e se pode assim traduzir, em geral; - Exs.: {a) Afirm ativo - K a i KOtXeoeis t o ovo|xa ccuTou^Iqomh' - e chamarás o nome dele Jesus (Mt 1.21). O fut. at. Ind. KaXecreis - chamarás tem sentido claramente imperativo, a expressar determinação, o r dem, preceito, em teor futuritivo. Corresponde ao imper. K
(b) Negativo €KTT€tpáaei<; icupiov t ò v 0eov oou - Não tentarás ao Senhor teu Deus (Lc 4.12). O fut. at. Ind. eKireipao-et,«; - tenta rás -, precedido do advérbio o u k - não - , representa proibição te r minante, determinação explícita, injunção categórica de teor nega tivo, correspondendo, futuritivam ente, ao imperativo negativo aorístico |xt) ÍKTT€ipáoT|<; ou presentativo p,rj iicireipaÇe - não tentes. - ouk
1371
(6) Futuro deliberativo - Expressa o fut., nesta acepção, deliberação a tomar-se, resolução a adotar-se, decisão a fazer-se, em teor futuritivo, de cu nho meramente retórico ou realmente factual; - Ex. - KÚpie, irpòç T tva Òt/ireX.ewó(xeOa - Senhor, para quem nos irem os? (Jo 6.68). O fut. méd. Ind. m reX ew óp^O a - nos iremos - exprime a indagação de Pedro na forma de resolução, de cisão, deliberação impendente, ressaltado, pois, antes esse aspecto que a punctiliaridade e futuridade do fato; - Como futs. deliberativos se podem apontar ainda: - St
pois, o fut. participial em uso télico; (b) P erifrástico - t i piXXeTe -irpáaaeiv - Que pretendeis fazer? - ou - que estais para fazer? (At 5.35). A forma perifrástica p,eX\€T6 'irpaocreiv, composta do pres. at. Ind. do auxiliar futuritivo ixéXXcoe do pres. at. Inf. 'irpctotrciv - fa z e r-, ressalta, enfaticamente, a in tenção prevista ou a iminência pronta da medida que o prudente Gamaliel antevê haveriam de tom ar os afoitos sinedristas; - Outros exemplos deste futuro iminencial composto, a traduzir-se ora pelo fut. do presente, ora pelo fut. do pretérito, serão: - |xéW ei ÇqTciv - está para b u s c a r- em M t 2.13; - ixeXXei Tráoxeiv - irá sofrer - em M t 17.12; - ixeXXei Trapaôí8oo-0ai - haverá de ser entregue - em M t 17.22; - T^fJieXXev TeXewáv - estava a e x p ira r- em Lc 7.2; - €|xeXXev iro ie iv - haveria de fa z e r-e m Jo 6.6; - peXXeiç l|jupaví£eiv - haverás de m anifestar - em Jo 14.22; - T[|xeXXev cnroOvríoxeiv - haveria de m orrer - em Jo 18.32; - peXXeTe èt-rroGvigerkc iv - havereis de m orrer - em Rm 8.13; - T^|xeXXev X aix^á veiv - haveria de receber - em Hb 11.8. 2.4 - Aoristo (o àopio-TOÇ xpóvos) a. Uso - É o aoristo, ao lado do pres. e do perf., tempo ou flexão que aparece em todos os seis modos verbais; - À semelhança do que se ponderou em relação ao futuro, d i ferentemente dos demais cinco tempos (pres., impf., perf., mqpf. 1373
e fut. pf.), diferem as formas passivas das médias paralelas, não as mesmas a estrutura e a formação, procedentes de matrizes diver sas, enquadradas em sistemas distintos; - As inflexões passivas não procedem das ativas correspon dentes, embora, como no pres., impf. e fut., ao contrário do perf., mqpf. e fut. pf., as formas da voz média difiram as ativas apenas em desinenciação, podendo-se, pois, tom ar como destas a provirem;
b. Expressão - É o aor., como o fut., tem po de Aktionsart punctiliar, a ex pressar o fato em si, pura e simplesmente, ação não durativa, inextensa, não-dimensionada, à parte do processo de eventuação, que o retratam o pres. e o impf., tempos lineares, ou dos efeitos continuativos, que os implicam o perf., o mqpf. e o fut. pf., flexões punctílio-lineares. -G raficam ente:
c. Acepções - O sentido básico ou fundamental do aoristo é o da ação úni ca, visualizada como não facetada, nem anatomizada, sem parcelas nem seqüelas; - No Ind. e no Ptc., modos que associam à Aktionsart conota ção tem poral, absoluta naquele, relativa neste, expressa o aor. ação anterior, prévia, pretérita, passada; - No Subj., no Opt., no Imper. e no Inf., modos a que é de to do alheia a noção de QUANDO acontece o evento, a expressão se limita a COMO o fato se produz. Todavia, do contexto se infere a projeção temporal da ação, por isso passível de configurar-se como atual ou pervindoura, não apenas preteritiva; - Entretanto, podem-se as formas revestir de cambiantes de sentido tais que justificam a admissão das seguintes modalidades de aoristo: 1374
(1) Aorísto holístico, sumário ou constativo - A mais generalizada acepção do aoristo, expressa ele neste uso o evento como um todo, o fato global, a ação total, a to talidade da eventuação como unidade não parcelada, nem dim en sionada, apenas o acontecimento integral; - Ex. - 'Trape0TiK€v TpcnreÇav - dispôs a mesa (At 16.34). O 1? aor. at. Ind. irapeO^KCV - dispôs - refere-se ao repasto oferecido pelo carcereiró como um todo, o fato em sua plenitude, sem desta que de componentes e resultados, uma unidade integral, em pers pectiva pretérita; - Da numerosa cifra de ocorrências desta modalidade aorista nos escritos néo-testamentários podem-se destacar; - ecrxov - possuiram - em M t 22.28; - efJaXov - lançaram - e efiaXev - lançou - em Mc 12.44; - oI koSop/í ÍOt) - fo i construído - em Jo 2.20; - 8 it |X0€v - passou - em A t 10.38; - 8i€Tpw|iav - demoraram-se - em A t 14.3; - KotTéjrauoav - contiveram - em A t 14.18; - eKOtOurei; - abancou-se - em A t 18.11; - êvep,eivev - permaneceu - em A t 28.30; - ePaaiXeuaev - reinou - em Rm 5.4; - eKpúffr) - fo i ocultado - em H b 11.23; -% P a o íX e w a v - reinaram - em Ap 20.4; (2) A oristo ingressivo ou inceptivo - Retrata o aor., nesta acepção, a fase inicial, a porção p ri meira, a parte prelim inar da ação, antes que o todo, a eventuação em sua plenitude. É esta modalidade aorista mais freqüente em verbos indicativos de ação ou estado; - Ex. - moreoxTov e m tov K upiov^I^trow - crê no Senhor Jesus (At 16.31). O 12 *9 aor. at. Imper. 'irúrTew ov - crê - , a referir-se a situação imediata, não pretérita, expressa o crer inicial, os passos iniciais na união com Cristo, a fé em seus prim órdios na experiência do carcereiro filipense; 1375
- Ingressivos são também os seguintes aoristos: - vp/yurev - aproximou-se - e CKXcnxrev - chorou - em Lc 19.41; -
lyvco - conheceu - em Jo 1.10; eSctKpixxev - chorou - em J o 11.35; €KoifXT|0T| - adormeceu - em A t 7.60; eoxyqcrev - calou-se - em A t 15.12; €?£t)ct€V - viveu - em Rm 14.9; 1'irXauT'naaTe - enriquecestes - e è0aaiXeúcraT€ - rei nastes - em I Co 4.8; - èirT w xcw ev - fez-se pobre - em II Co 8.9; (3) Aoristo culminativo, efetivo ou perfectivo - O oposto do ingressivo, denota o aor. nesta acepção evento focalizado em função de seu final, do clímax ou consuma ção, do térm ino ou realização. É uso apropriado a verbos indicati vos de esforço, busca, tentâmen ou empreendimento, assinalan do-lhes o êxito ou coroamento da ação; - Ex. - eupov Koti ^cú|xóv - achei também um altar (At 17.23). O 2- aor. at. Ind. eòpov - achei - ê consumativo em teor, a expres sar o final da ação perquiritiva do apóstolo em Atenas, o clímax do evento como um todo; - Menos frequente que o aoristo constativo, talvez até mesmo que o ingressivo, exemplos adicionais deste culminativo se encontram em: - Mt 3.8:7ToiTjaaT€ - produzi; - M t 6.6: KXefcrãç - após fechar - e Trpóaeu^at - ora; - M t 7.28: iTeXco-ev - encerrou ; - M t 13.24: irapeO-qKev - apresentou - e upouóth) - assemelhou-se; - M t 23.2: eiccíOurãv - assentaram -se; - M t 26.54: TrX-qpwôaxnv - foram cumpridas, cum prir-se-ão; - J o 1.42: TYyoryev - conduziu; - A t 20.9: eireo-ev - caiu; 1376
- A t 21.32: eTTonxravTo - cessaram ; - Fp 4.11 /é|Aa0ov - aprendi; - A p 5.5: evLKTjCTev - venceu; (4 YAoristo epistolar - Neste uso, expressa o aor. como pretérito fato, estado ou relação a processar-se na atualidade ou mesmo ainda por aconte cer. Comum em cartas e mensagens, donde o designativo, ajusta o escritor a situação temporal à perspectiva do leitor ou ouvinte, an tecipando como passado o que, ao escrever, ainda estava em an damento, ou nem mesmo começara; - Ex. - í>v ^rrepAjia Tipos TJixctç eiç axrrb touto - a quem ENVIEI até vós para isto mesmo (Cl 4.8). O 19 aor. at. Ind. ^Tre|xi|/a enviei - é típico aoristo epistolar, por isso que refere como pretérito o envio de Tíquico, na ocasião em que escrevia Paulo ainda por processar-se. Na perspectiva dos colossenses ao receberem a epístola, a iniciativa do apóstolo situar-se-ia já no passado, pers pectiva em que a projeta, antecipada, o autor; - Epistolares são, ainda, os seguintes aoristos: - eir€|ju|t a - e n v ie i- em A t 23.30; II Co 9.3; Ef 6.22 e Fp 2.28; - ^ypoujra - escrevi - em Rm 15.15; I Co 9.15; Gl 6.11; Fm 19; I Pe5.12; IJ o 2.14,21,26 e 5.13; - b 'YpoujKXÇ - que escrevi - em Rm 16.22; - l£fjÂ.0€v - partiu - em 11 Co 8.17; - crw€TT€|AiJ;a|X€v - enviamos juntamente - em II Co 8.18 e 22; - ‘qYtioTxp/qv - julguei - em 11 Co 9.5 e Fp 2.25; - Trpoe7poHj/a - escrevi antes - em Ef 3.3; - av€TT€|juÍKX - enviei de volta - em Fm 12; (5) A oristo dramático - Recurso que empresta assinalada vividez à expressão é retràtar-se em forma aorista, em termos pretéritos, ação que se está ainda a realizar ou acaba de consumar-se, vista, destarte, como 1377
fato plenamente concluído, inteiramente executado, integralmente efetuado; ^ - Ex. - outoç Ó moç |xou veKpoç T|v K ai ã v e ^ a e v - este meu filho estava morto e TORNOU A VIVER (Lc 15.24). 0 1 - aor. at. Ind. tW í^ c re v - tornou a viver - é um aoristo dramático, a realçar, com vividez que o pres. a va ^q não patentearia, a presente condi ção do pródigo aos olhos do genitor, dada como fato consumado em sua plenitude, em perspectiva pretérita; - Dramáticos serão ainda de haver-se os seguintes aoristos: - €|Aoixe\xrei - cometeu adultério - em Mt 5.28; - iTeX evrncev - morreu - em Mt 9.18; - eòôoKTio-a - agradei-me - em M t 17.5; Mc 1.11 e Lc 3.22; - ipXaatpTffjx^aev - blasfemou - em Mt 26.65; - e(JLvr)CT0TifX€v - lembramo-nos - em M t 27.63; - â/TTOV - eu disse - em M t 28.7; - ^'yvtúv - eu soube - em Lc 16.4; - I ôo^ ckxOt) - foi glorificado - em Jo 13.31 e 15.8; (6) A oristo gnômico - Vívido e enfático é o aoristo usado para expressar fatos generalizados, princípios normativos, ditos e provérbios havidos por axiomáticos, verdades incontestes, afirmações cabais, projeta das em perspectiva pretérita, inda que situadas na atualidade ou mesmo no porvir; - Ex. - eòtv |i/q t iç p-evri l v e|xoí, ¥£ íú é)ç to k Xt)|jux kcu Í£qpav0Ti - se alguém não permanece em mim, É LAN ÇADO FORA como o ramo e SECA-SE (Jo 15.6). Os aors. pass. Ind. epX/rjOiri - fo i lançado fora - e e£qpáv6Ti - secou-se - revelam-se in discutíveis aoristos gnômicos, uma vez que se referem a fato para digmático, de teor geral, melhor representado pelo presente (no ca so, a tradução preferível), expresso em termos mais vívidos como pretérito, ressaibo da linguagem contextuai hebraico-aramaica; - Este aoristo gnômico avulta nas vivazes narrativas das parábolas de Cristo, a assinalar os passos paradigmáticos inculca1378
dos, como se pode ver em: - M t 13.44:^xpinjiev - escondeu; - Mt 13.46: Tj^ópaaev - comprou; - M t 13.48: ow éX eíjav - ajuntaram - eepaXov - lançaram; - Mc 4.3-8: nada menos de 15 formas aoristas; - Lc 10.30-35: no mínimo, 19 aoristos gnômicos; - Destacam-se, ainda, aoristos gnômicos sentenciosos, tais: - rjIxotpTov - pecaram - em Rm 3.23; - Trpoíúpurev - predestinou licaXecrev - chamou eôi— Kawúcrev -ju s tific o u eôo^acrev - glorificou - em Rm 8.30; - êívcTetXev - elevou-se ^Çfjpavev - crestou eléireaev - caiu - e onrcoXeTo - desfez-se - em Tg 1.11; - KotTevóricrev - contemplou - e WeXáOeTo - esqueceu-se em Tg 1.24; - e^ripavOnr] - secou-se - e e^eTreaev - caiu - em I Pe 1.24; 2.5 - Perfeito (o TeXeioç xpóvoç) a. Uso - E o perf., juntamente com o pres. e o aor., um dos três tem pos que ocorrem em todos os seis modos verbais; - Com o pres., o impf., o mqpf. e o fut. pf., é o perf. um dos CINCO tempos em que é a mesma a form a inflexional para as vo zes média e passiva, ao contrário do fut. e do aor. em que tal não se dá, distintas as flexões passivas das médias correspondentes; - Todavia, enquanto em quatro tempos (pres., impf., fut. e aor.) diferem as inflexões médias das ativas somente quanto à desinenciação, podendo-se-lhes tom ar como derivadas, no perf., bem como no mqpf. e fut. pf., têm as flexões médias estrutura e form a ção diferentes das ativas paralelas, oriundas de matrizes diversas e enquadradas não em um mesmo sistema; - Ocorrem as inflexões do perf. Ind. 868 vezes através do No vo Testamento, preponderantemente em dois dos escritos joaninos (205 vezes no Evangelho, 60 na 1- Epístola), 208 das quais são fo r1379
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mas do 2- perf. 01801 - saber - (74 vezes em João: 61 no Evangelho, 13 na 1§ Epístola); - Por outro lado, o perf. Subj. apenas 22 vezes se encontra, em 10 desses casos sendo formas de otôa (e\8â>), em 12 locuções perifrásticas (10 passivas, 2 ativas); - Já o perf. Opt. não aparece através do Novo Testamento, o perf. Imper. somente nas inflexões médias ou passivas, o perf. Inf. nada menos de 47 vezes, o perf. Ptc. com relativa parsimônia; b. Expressão - E o perf., è assim o mqpf. e o fut. pf., flexão ou tem po de Aktionsart punctflio-linear, a expressar não propriamente o fato em si (fut. e aor.) ou o processo da eventuação (pres. e impf.), mas os efeitos, resultados ou consequências continuativos da ação, relação ou estado, vistos como a prolongar-se até o presente do interlocu tor; - Têm em comum impf., aor. e perf. a perspectiva temporal, os três tempos preteritivos, referentes, pois, a ação passada, prévia, anterior. Contudo, enquanto o impf. lhe focaliza a duratividade, a extensão, a linearidade, e o aoristo a globalidade, a factualidade, a punctiliaridade, visualiza o perf. a continuidade dos efeitos, a exten são em termos dos resultados, a duratividade em função das con sequências prolongativas do fato; - Pode-se, pois, dizer que o perf. combina as duas linhas es pecíficas de Aktionsart do aor. e do impf., somando a punctiliarida de daquele, quanto ao fato, e a linearidade deste, quanto aos efei tos; - Daí, dir-se-á que: - o aor. se refere a ação punctiliar ou inextensa, - o im pf. a ação linear ou extensa, - o perf. a ação punctflio-linear, inextenso o fato, extensos os resultados; - Graficamente: - aor.: - im p f.:. ..ou___, 1380
- perf.: ._ou__ ; - De observar-se é que das três linhas gerais de expressão verbal, somente a perfectiva se apresenta nas três dimensões projecionais. A linear falta a dimensão do futuro, já que o pres. se refere à atualidade e o impf. ao passado. À punctiliar falece a dimensão da atualidade, uma vez que o aor. se volta para com o passado e o fut. para com o porvir. À punctílio-línear, se bem que o fato em si seja sempre anterior aos efeitos focalizados assistem as três dimensionalidades, sendo: \
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- o perf. extensivo ao presente, - o mqpf. limitado ao passado, - o fut. pf. projetado à futuridade;
c. Acepções - O sentido básico ou fundamental do perf. é o da ação vista não em termos da ocorrência do fato mas em função dos efeitos que o prolongam, distendem ou continuam, admitidos como a projetar-se até a atualidade, o presente; - No Ind. e no Ptc., associada que lhes é à Aktionsart (COMO se processa o fato), a noção de tempo (QUANDO o evento se dá), absoluta no Ind., relativa no Ptc., expressa o perf. ação anterior, preteritiva, passada, atuais ou presentâneos, porém, os efeitos; - Nos demais modos (Subj., Opt., Imper. e Inf.), extremes que são de conotação temporal explícita, não há situar-se a ação espe cificamente no passado, ditando-lhe o imediato contexto a real projeção no tempo. De qualquer forma, porém, sempre se conce berá o fato como anterior, precedente, prévio aos efeitos enfoca dos, que se podem projetar no passado, no presente ou no futuro, em termos absolutos; - A despeftorílesta punctílio-linearidade distintiva, certas cam biantes se sobrelevam na expressão, perm itindo admitirem -se as seguintes modalidades de perfeito: 1381
(1) Perfeito atualístico - Em certas passagens de tal maneira se acentua a realida de da situação presente, a atualidade dos efeitos, a projeção dos re sultados continuativos que, praticamente, se oblitera a preteridade implícita de perfeito. Corresponde o perf., neste caso, a um pre sente enfático, donde conhecer-se como PERFEITO INTENSIVO, ou PERFEITO ENFÁTICO, ou PERFEITO DE ESTADO EXISTEN TE, talvez, melhor, PERFEITO ATUALÍSTICO; - Ex. - 'Y€'YpaTrrca ouk 1'ir'ôtpTO) |xovú) ÇrjcreToa ô av0p— cottoç - escrito está: não de pão somente viverá o homem (Mt 4.4). O perf. pass. Ind. literalmente: fo i escrito, nesta, como na quase totalidade de passagens do Novo Testamento em que ocor re, de tal modo realça a atualidade dos efeitos contemplados que o teor pretérito da ação se obnubila, preferível sendo traduzir-se a forma como presente, não passada;2
(2) Perfeito consumativo ou cumulativo - Nesta acepção, antípoda da anterior, inda que não abs traída a noção dos efeitos presentativos, acentua o perf. o processo consumado, o evento realizado, a ação acabada, o fato pretérito como um todo integralizado. Difere do impf., em que este descorti na o evento como extenso, prolongado, continuativo, sem a noção de consumação, inacabado, e do aor., em que este se restringe ao fato, à parte dos efeitos extensivos ou duracionais, linearizantes; - Ex. - t Òv KOtXòv or/o>voí Tfyíóvtaixai, tov Spofxov t €T6— XeKa, tt)v ttwttiv te rríp ^ K a - a boa peleja pelejei, a carreira levei a termo, a fé conservei (II Tm 4.7). Estas três inflexões de perf. inten sivo Ind., Ti^tóvurpm , T€T€Á.eKot e TeTíp^K a, são claramente consumativas ou cumulativas, a expressarem não tanto os efeitos acompanhantes da ação do apóstolo, quanto a integralidade da carreira paulina, a plenitude dessa atuação, o completamento final dessa jornada, levada a cabo em toda a extensão; 1382
(3) Perfeito iterativo - Neste uso, expressa o perf. a ação não como uma se quência contínua, progressiva, ininterrupta, um todo coeso e u n itá -» rio, mas antes como um processo plurifásico, um agregado de momentos recorrentes, progresão de periodicidade intervalar, re petitiva em caráter, parcelada em natureza. Não é freqüente nos es critos néo-testamentários; - Ex. - exeívoç |xepxxpTwpT]Kev -rrepY i|xou - aquele testifi cou a meu respeito (Jo 5.37). O perf. at. Ind. p,e|xaprúp^K€v - testifi cou - registra as múltiplas e repetidas evidências da divina confir mação para com Cristo, vistas como seriadas, reiteradas, repetidas, não uma progressão contínua, ininterrupta;
(4) Perfeito dramático - Como o aor. dramático, este perf. retrata eventuação atual pfojetada em perspçctiva pretérita, para efeitos de vividez e intensidade de expressão. Destarte, para os mesmos fins, pinta o pres. histórico fato passado em termos atuais, enquanto o aor. e o perf. dramáticos, invertida a ordem, representam fato presente em projeção pretérita. O perf. é até mais incisivo que o aor.; - Ex. - a>ç licXexToi tow Geou orytoi kou Tf/aTrnixevot como eleitos de Deus, santos e amados (Cl 3.12). O ptc. perf. pass. ^vyaTnnixevoi - amados - , pretérito em teor, é dramático de nature za, a expressar, em moldes vívidos, a privilegiada condição atual dos colossehses, mediante a perspectiva punctilio-linear do perf.; (5) Perfeito translato - Ocorrem nos escritos néo-testamentários certos verbos em que o perf. passou a ter sentido normativo de pres., abstraída a noção de preteridade e insubsistente a punctílio-linearidade carac terística; A - O mais generalizado destes verbos é, certamente, ot8ot saber - , que, a despeito de ser em natureza 25 *9 perf., funciona, para todos os efeitos, nos modos todos, como pres. O mqpf., logica1383
mente, assume o teor de impf.; - Também os verbos em jxi propendem a este uso, desta cando-se Iwm riixi - postar-se - , cujo perf. é tW q K a , em acepção de pres., a originar a form a regular de pres. at. Ind. ott )kü); - O oposto se verifica em relação ao verbo t|kq) - ch e g a r-, forma de pres. com sentido de perf.; - Ex. - ôiòctoKaXe, o^iôafxev ô r i a\rj0T)ç et - Mestre, SA BEMOS que és verdadeiro (Mc 12.14). O 2- perf. at. Ind. otSap,ev, m ostra-o o texto de si, tem sentido presentâneo, não perfectivo, referindo-se a condição atual, não anterior. Logo, a form a é de perf., o sentido de pres., donde traduzir-se como sabemos, não soubemos: - Outras formas translatas de perfeito merecem referidas em relação ao Novo Testamento. Tais seriam: - lo iK a - perf. at. Ind. do obsoleto Í íko ) - ser semelhante, parecer, que apenas em Tg 1.6,23 aparece, na 3- p. s/eoiKe - pare ce, é semelhante a, assemelha-se a: - ^í(o0a - 2° perf. at. Ind. o obsoleto - costum ar-, nos escritos do Novo Testamento limitado à forma elátâçi - 3- p. s. do mqpf. at. Ind., em função de impf., registrada em Mt 27.15 e Mc 10.1, e ao ptc., na locução preposicional Kcrra tò Í uúQÓs - segundo o costumeiro, conforme o costume - , no acus. sing. neutro substanti vado, visto em Lc4.16 e A t 17.2; - rjy y iK a - perf. at. Ind. de €771 £
c e r-, que se encontra em Jo 11.11,12, na 3- p. s. KeKoífj/qToa -ja z adormecido - e em Mt 27.52 e I Co 15.20, na forma KeKoip/qiJtévoov dos que dormem - , gen. pl. masc. do ptc.; - K€Kpcrya - perf. at. Ind. de Kpá£o> - b ra d a r-, limitado a Jo 1.15, em que está na 3- p. s. KeKporye, em paralelo com o pres. at. Ind. ixaprupei - testifica; - K€KTT|pLotL - perf. mp. Ind. de KTaopoa - adquirir- , com o sentido presente de possuir, alheio ao Novo Testamento; - |xé|Avq|xoa - perf. mp. Ind. de |Ai|xvpcrKCú - lem brar-se de - , a ver-se, através do Novo Testamento, apenas em I Co 11.2 (|x^fxvT|crOe - vos lembrais) e II Tm 1.4 (o ptc. jxep.vqiAevoç - lem brado); - Tre-iroiOa - perf. at. Ind. de ireiOü) - persuadir - , que apa rece, na acepção do presente de confiar, em 17 passagens do Novo Testamento, nas seguintes formas: - 6 inflexões do perf. Ind. (M t 27.43; Rm 2.19; II Co 10.7; Gl 5.10; Fp 2.24 e II Ts 3.4); - 1 do mqpf. Ind. (Lc 11.22); - 1 do fut. pf. at. Ind. perifrástico (Hb 2.13); - 1 do perf. Subj. perifrástico (II Co 1.9); - 1 do perf. Inf. (Fp 3.4) e - 7 do perf. Ptc. (Lc 18.9; II Co 2.3; Fp 1.6,14,25; 3.3 e Fm 21); - T€(hn)K& - perf. at. Ind. de (hnfcrKü) - m orrer - , que, na acepção de estar morto, aparece 9 vezes nos escritos néo-testamentários, as únicas passagens em que se usa o verbo simples em todo o Novo Testamento, assim distribuídas: - 4 inflexões do perf. (Mt 2.20; Mc 15.44; Lc 8.49 e I Tm 5.6); - 1 do Inf. (At 14.19) e - 4 do Ptc. (Lc 7.12; Jo 11.44 e 19.33; e A t 25.19). Por outro lado, através do Novo Testamento, o composto atto0vrjcri«ú se emprega nada menos de 131 vezes, nenhuma das quais é inflexão perfectiva. Logo, restringe-se o verbo simples às formas do perf., mqpf. e fut. pf., às do composto às demais flexões.
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2.6 - M a is -Q u e -P e rfe ito (S ínrcpowreXtKÒ«; xP^vos) a. Uso - É o mqpf., ao lado do impf., flexão restrita ao Ind., logo, es tranha aos demais cinco modos. Portanto, não há formas de mqpf. no Subj., no Opt., no Imper., no Inf. e no Ptc.; apenas no Ind.; - Como o pres., o impf., o perf. e o fut. pf., é o mqpf. um dos cinco tempos em que têm a mesma form a as inflexões da voz mé dia e da voz passiva, ao contrário do fut. e do aor., em que são dis tintas; - Por outro lado, enquanto no pres., no impf., no fut. e no aor., quatro tempos, divergem as inflexões médias das paralelas ativas apenas quanto à desinenciação, pelo que se podem tom ar como a proceder destas, à maneira do perf., diferem neste mqpf. as inflexões médias das ativas correspondentes em estrutura e form a ção, matrizes diferentes, enquadradas em sistemas diversos. 0 fut. pf. não ocorre, senão esporadicamente, em forma ativa; - Registram-se através do Novo Testamento 142 ocorrências do mqpf., assim distribuídas: 11 em Mt, 14 em Mc, 31 em Lc, 46 em Jo, 33 em At, 1 em Rm, 2 em Gl, 1 em I Jo e 3 no Ap. Destas, 88 são formas sintéticas ou simples (81 ativas, 7 passivas), 54 são analíticas ou perifrásticas (13 ativas, 41 passivas); b. Expressão - É o mqpf., assim como o perf. e o fut. pf., flexão ou tempo de Aktionsart punctílio-linear, a expressar, pois, não propriamente o evento, mas seus efeitos, ou resultados, ou conseqüências, dados como a estender-se até determinado ponto no passado; - Não focaliza, portanto, o mqpf. o processo ou desdobra mento do evento (pres. e impf.), nem o fato em si, a globalidade do acontecimento (fut. e aor.); - Em comum com o impf., o aor. e o perf. tem este mqpf. a perspectiva temporal, todos tempos de ação pretérita, referentes a eventuação anterior, situada no passado; 1386
- Entretanto, não há confundir-se estas flexões em seu senti do básico, uma vez que: o im pf. retrata o fato em sua linearidade, o processo durativo ou extenso da ação; o aor. lhe contempla a punctiliaridade, o fato em si, inextenso, não-dimensionado; o perf. os resultados continuativos a estenderem-se até a atualidade, en quanto o mqpf., embora de igual enfoque, concebe esses efeitos em sua projeção até um ponto no passado; - Graficamente: - impf.: — o u .. . , - aor.: -p e rf.: ou__ ..(presente), - m q p f.:__ ou___ (passado); c. Acepções - Basicamente, é o mqpf. nada mais do que o perf. projetado ao passado, como é o fut. pf. o perf. visto na perspectiva do futuro; - É, pois, natural adm itir-se-lhe as mesmas acepções e cam biantes verificadas no perf., mantida a distinção de perspectiva temporal. Limitado que é ao ln d „ modo em que a noção temporal é explícita, absoluta em natureza, alia o mqpf. os dois elementos: a Aktionsart punctilio-linear e a preteridade da eventuação, expres sando, portanto, a ação em termos de seus efeitos continuativos projetados até determinado lim ite no passado. Todavia, seis vezes menos abundante que o perf. nos escritos néo-testamentários, não lhe exibe a gama de acepções reconhecidas; - De fato, podem-se reduzir as acepções do mqpf. no uso néo-testamentário às seguintes duas variedades: (1 ) Mais-que-perfeito intensivo - Acentua o mqpf., nesta acepção, a realidade dos efeitos, a projeção dos resultados continuativos da ação, a relevância das conseqüências extensivas, em quase total obliteração do fato em si, relegado a segunda plana, praticamente fora de consideração; - Ex. - et erreKeKXTjTo Kaúrocpa - se não houvesse apelado para César (At 26.32). O mqpf. méd. Ind. iTreKeKKTyro frisa |x
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1387
não propriamente o fato do apelo interposto pelo apóstolo, mas os efeitos jurídicos, a situação resultante desse recurso: em perspecti va passada. É, destarte, um mqpf. intensivo ou conseqüençial; (2) M ais-que-perfeito consumativo - Nesta acepção, prende-se o mqpf. à consideração do fato antes que dos resultados prolongativos, acentuando-lhe a real con sumação, o integral completamento, a plena finalização, secundá rios os efeitos continuativos em relação à importância do evento; - Ex. - K€KpiK€i 7ctp ó ricn»X.oç 'irapa-rrX.ewoa r fjv E
há posicionar-se no fut. pf. a flexão média com a ativa, já que esta é praticamente inexistente; - De fato, no Ind. apenas sete ocorrências se registram do fut. pf. através! de todo o Novo Testamento, 2 ativas, 5 passivas, todas perifrásticas, menos uma, a saber: - ecrroí 8e8e|xevov - terá sido ligado - e <=OToa XeXvjxevov terá sido desligado - em Mt 16.19; - berrou 8e8e(xéva - terão sido ligados - e \c \v fx é v a - terão sido desligadas - em M t 18.18, as mesmas formas supra, no plural, porém, o ptc.; - eoovTca ôiafxejxepuj(xevoi - ter-se-ão fracionado - em Lc 12.52; - ecropm TreTroiôtóç - haverei de confiar - , ativo perifrástico de TreíQío, no perf. confiar, em Hb 3.13, e - ctôVjowxri - conhecerão - , ativo sintético de oiôa, perf. com sentido de presente, em Hb 8.11; c
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b. Expressão - E o fut. pf., como o perf. e o mqpf., flexão ou tem po de Aktionsart punctílio-linear, a frisar o fato em term os de seus efeitos, re sultados ou consequências continuativos, projetados em perspecti va futuritiva, referentes a situação de posterioridade, inda que só no Ind., de m odo absoluto, e no Ptc., de form a relativa, seja explícito o posicionamento temporal; - Desta sorte, não se contemplam no fut. pf. propriamente o fato, o evento em si (fut. simples e aor.), ou o processo desdobrativo, duracional, sequencial da eventuação (pres. e impf.); - Consequentemente, diferem em sentido o fut. simples e este fut. pf., já que aquele frisa o evento como fato, punctiliarmente, in da que, em certas passagens, se ressalte a linearidade, o processo de eventuação, enquanto este se lhe reporta aos efeitos continuati vos; 1389
c. Acepção - Basicamente, é o fut. pf. o perf. projetado em perspectiva futura, como o é o mqpf. em configuração do passado. Destarte, dever-se-lhe-ia revestir o sentido das mesmas cambiantes que caracetrizam o perf. Em razão, porém, de sua raridade através do No vo Testamento, não há distinguirem -se-lhe acepções múltiplas. A ênfase se lhe porá sempre na continuidade dos efeitos.
3. MODOS 3.1 - Indicativo (Xtxyoç airotpavriKÓç ou r| opiorucry Í 7 k Xuxiç ) a. Uso - Por certo de todos os modos verbais o mais antigo na histó ria da Ifngua, é o Ind. o de uso mais generalizado, m ultiform e em expressão e compreensivo em sentido, apropriado à vasta maioria das form as fraseológicas e sintáticas, o m odo básico e fundamental do grego; - Categórico em expressão, é o Ind. o modo da ação afirmada como REAL, DEFINIDA, ABSOLUTA, INDUBITÁVEL, a enunciá-la em termos vívidos, diretos, precisos; - Compreensivo em acepção, é o único dos seis modos em que ocorrem todas as SETE flexões ou tempos, em sua dupla linha de conteúdo: a Aktionsart, a dizer da maneira como o fato se pro cessa, e a noção tem poral, a assinalar a estância em que se situa o evento, isto é, COMO e QUANDO a ação se realiza; - Destarte, assim se lhe distribuem os tempos: (1) Ação extensa ou LINEAR, situada na atualidade ou no pas sado: (a) P res.-processo atual, (b) Impf. - processo pretérito; (2) Ação inextensa ou PUNCTILIAR, em perspectiva passada ou futura: (a) Aor. - fato pretérito, (b) Fut. - fato pervindouro; e 1390
(3) Ação inextensa-extensa ou PUNCTÍLIO-LINEAR, continuativa, inextenso o fato, extensos os efeitos, nas três dimensões: (a) P e rf.- resultados atuais, (b) M q p f.- resultados pretéritos, (c) Fut. p f . - resultados pervindouros; b. Expressão - Expressam as form as verbais todas, primária ou exclusiva mente, a maneira como o fato se dá, a chamada Aktionsart ou qua lidade de ação, vista em termos lineares ou extensos {o processo), punctiliares ou inextensos (o fato), ou punctílio-lineares ou exten sos-inextensos (os resultados), afirmados ou negados em moldes incisivos, terminantes, categóricos; - O Ind., porém, ao lado do Ptc., retém conotação temporal explícita, aspecto secundário mas relevante, que assim se predica dos diversos tempos: - Ação atual: - pres., - Ação pretérita: - im pf, e aor., - Ação pretérita de efeitos atuais: - perf., - Ação pretérita de efeitos pretéritos: - mqpf., e - Ação pervindoura: - fut. simples e fut. pf., se bem que este se possa tom ar como tem po preteritivo de efeitos futuritivos; c.Acepções - Em sua característica versatilidade e flexibilidade m ultiva lente, presta-se o Ind. a toda sorte de cláusulas, independentes, principais ou dependentes; - Nas independentes e principais preserva-se-lhe, em geral, o teor categórico, absoluto, não qualificado. Nas dependentes, po rém, assumirá feição subalterna, condicionada, relativa, atenuado o tom categórico, segundo a fraseologia peculiar e o imediato con texto; - Esta refração expressional se faz notória em cláusulas em que é a form a verbal modificada por certos advérbios relativizantes 1391
ou correlacionada por certas conjunções subordinantes; - De especial destaque serão cláusulas em que ocorre a dubi tativa èív, partícula que se não traduz em term os explícitos, equiva lentes às hipotéticas ou condicionais, em que o Ind. corresponde ao nosso futuro do pretérito; - Simplificadamente, dir-se-á que aparece o Ind., ora em tom categórico, ora em feição subalterna, ora em sentido claramente hi potético; - Exemplos destas cambiantes de sentido seriam: (1) Indicativo categórico - ^yytK e v l(p'é|xaç f j PaoxXeia tou Geou - Chegado vos é o reino de Deus (Lc 10.9). O perf. at. Ind. VjyyiKev - é chegado, aproximado está - se reveste de tom indiscutivelmente categórico, em peremptória declaração de Jesus quanto à atualidade do reino que implantava; (2) Indicativo subalterno - eí nxpXoi rjT6, ouk otv etxeTe cqjuxpTÍav - se fôsseis ce gos, não estaríeis incorrendo em pecado (Jo 9.41). O im pf. at. Ind. Y|T€, cujo sentido norm ativo é éreis, estáveis, fostes, estivestes, acha-se em prótase de sentença irreal presente, como o evidencia a estrutura em seu todo, correspondendo a form a do Opt., subalter na, condicionada, dependente, longe de categórica, em moldes de nosso im pf. Subj., em termos do qual se traduz: fôsseis, estivésseis;3 (3) Indicativo hipotético - No exemplo supra, está o im pf. at. Ind. €Íx€T€, que, em sua expressão categórica, se traduz como tínheis, na apódose de condicional irreal presente, cláusula principal em que se emprega a partícula av, pelo que assume teor nitidamente hipotético. Equiva lente a forma dubitativa do Opt., traduzir-se-á pelo nosso futuro do pretérito, logo: teríeis, em vez do incisivo, factual: tínheis; 1392
3.2 - Subjuntivo (rj ■ uttotoí.ktikt ) eyKX.icri«;)
a. Observações m orfológicas (1) Característica - A característica marcante das flexões do Subj. são as v o gais de ligação longas 'q/co, presentes, de form a explícita ou virtual, em todas as inflexões deste modo; (2) Raiz - Calcam-se as inflexões do Subj. nas respectivas matrizes, de^que derivam sempre a raiz, inda que o aor. at. e méd. a tenha nos moldes do futuro, menos nos verbos em líquida ou quando seja expressão de 2-, não de 14 5 aor.; (3) Desinências - Característica é tam bém do Subj. o uso absoluto e exclu sivo em todas as flexões das desinências prim árias, de sorte que, neste modo, mesmo o aor. será assim desinenciado. O Opt., por outro lado, exclui totalmente, em suas cinco flexões, estas desinên cias, aplicando em todos indiferentemente as secundárias; (4) Final - As mesmas a vogal de ligação e as desinências (primárias ativas), sujeitas, ademais, a alterações idênticas, têm o mesmo final as três flexões (pres., aor. e perf.) ativas, mais o aor. pass.; - Na voz média dá-se o mesmo em relação ao pres. e ao aor., não, porém, com o perf., que este é formação perfifrástica, locucional, composta, divergente; - Na voz passiva, flexão sim ilar à média paralela em se tratando do pres. e do perf., em termos das ativas no caso do aor., são os finais diferentes nestes três tempos; e 1393
(5) Confusão - Resultado de contração sofrida, têm, na form a atual, final idêntico ao da 3- p. s. ativa a 2- p. s. do pres. mp. e a 2- p. s. do aor. méd.; b. Uso - Modo relativo, pendente, subordinatfcio, potencial em sentido, probabilitário em teor, embora apareça em cláusulas independen tes e principais, é o Subj. m odo típico das cláusulas dependentes, o que se coaduna com a natureza subalterna desta modalidade fle xionai; - Nos escritos néo-testamentários absorve o Subj. não poucas das funções próprias do Opt., o que lhe enriquece o sentido mas enfraquece a expressão. A tendência se acentuou de obum brar o Subj. ao Opt., acabando por marginalizá-lo de todo; - Subsistem no Subj., embora integrado por apenas três das sete flexões ou tempos, as três modalidades de expressão qualitati va da ação ou Aktionsart, assim representadas: (1) Ação extensa ou LINEAR - Pres. - a enfocar o processo da ação; (2) Ação inextensa ou PUNCTILIAR - Aor. - a exprim ir o fato em s i, o evento simplesmente, não mencionado; e (3) Ação inextensa, efeitos extensos ou PUNCTÍLIO-LINEAR - Perf. - a frisar os resultados continuativos da ação, em bora de raro uso através do Novo Testamento; c. Expressão - É o Subj., por excelência, o m odo da EXPRESSÃO POTEN CIAL, a apresentar o fato, ou seu processo, ou seus resultados, em teor puramente relativo, possível ou atualizável, pendente ou pro1394
vávei, conforme o determinem o imediato contexto e o tipo de cláusula em que lhe ocorra a forma; - Ao contrário do Ind. e do Ptc.f semelhantemente, porém, ao Opt., Imper. e Inf., carece o Subj. inteiramente de conotação tem poral, expressando, pois, apenas COMO, não QUANDO, o fato se dá. Destarte, não lhe situa o pres. a ação necessariamente na atuali dade, nem o aor. e o perf. no passado. A noção de tem po dão-na o direto contexto, a modalidade clausular, o teor fraseológico; - Consequentemente, expressam: - o pres. - ação extensa, momentânea, costumeira ou pro gressiva; - o aor. - ação única, inextensa, inatomizada; - o perf. - ação implicitada, global, vista em seus efeitos continuativos, resultados prolongátivos, consequências extensivas; - Constrasta-se vividamente com o Ind., o Subj., por isso que é aquele o modo da ação afirmada como REAL, DEFINIDA, FAC TUAL, enquanto o é Subj. da ação dada como POSSÍVEL, CON TINGENTE, FACTÍVEL, simples probabilidade, circunstancial, in definida, imprecisa; - Isto posto, vê-se que é o Subj. o modo por que expressa rem-se a dúvida e a incerteza, a hesitação e a expectação, o desejo e a aspiração, a probabilidade e a volição, a propositura e a delibe ração, a previsão e a esperança, o vaticínio e a sugestão, o apelo e a proibição. O modo volitivo, deliberativo, contingente, futuritivo, em form a e teor. d .Acepções - É o Ind. o modo predominante das cláusulas independentes e principais; o Subj., por sua vez, é-o das cláusulas dependentes, pelo que se presta a vasta gama de usos e acepções; - De mencionar-se, desde logo, serão: (1) Próteses de condicionais - Ocorre, normativamente, o Subj. na prótase regular das 1395
condicionais gerais presentes e das particulares de futuro mais v iv i do, introduzidas pela conjunção condicional composta eáv, ou suas variantes a v ou tyv, ou por elemento relativo, pronome ou advérbio desta natureza; - Não raro, porém, é, nos escritos néo-testamentários, o uso do Ind. em lugar do Subj. nestas cláusulas introduzidas por eáv ou relativos; - Exs.: (a) eav re a 7ro0inr)CTKíü(X€v, t &> icupuo airoÔvtjfaKoixev - £ se morremos, para o Senhor morremos (Rm 14.8), Condicional pura geral presente, ocorre-lhe na prótase, introduzida pela conjunção eáv, o Subj. pres. at., aTroOvpCTKtop-ev; (b) eOTOLv 8è e\0Trj to TeXeiov, to I k pepauç KaTapyr}0TÍ—
chamadas porque expressam finalidade, propósito, intenção ou fim coiimado, regularmente introduzidas nos escritos néo-testamentários pelas conjunções\va (a mais usada), ou oirtoç (menos comum), ou
(4) Cláusulas complementares após verbos de tem or - A cláusula que complementa a verbos que expressam perigo, cuidado ou tem or é normativamente introduzida pelo ad vérbio p/rj, expletivo, que se não traduz, seguido de form a verbal do Subj.; - Como nas télicas ou finais, se da principal fô r inflexão de tem po secundário a form a verbal, usar-se-á no clássico, norm ati vamente, o Opt. em vez do Subj. nesta complementar; - Ex. - (poPaôjxai 8e p/rf ttídç ...
complementar; (5) Imperativo negativo - É o aor. Subj. a form a verbal usada para expressarem-se as ordens negativas, as injunções proibitivas, as determinações coibitivas, ainda não processado, nem em andamento, o curso vetado, empregando-se, porém, o pres. Imper. quando se tratar de matéria já em progressão. Isto é, o aor. Subj. proibe a incepção, o iniciá-la, pô-la em ação; o pres. Imper. im põe-lhe a sustação, o cessá-la, descontinuar-lhe a operação; - 0 advérbio negativo será, nestas cláusulas, o atenuativodubitativo p/fj ou composto seu, como seria de esperar-se; - Ex. - p/íj aifnj, p/qÔe 'Y€WT|, p/q8è 0í/yT|
9.54). Expressa-se a animosa indagação dos discípulos a Jesus pela form a subjuntiva evirtúp.ev - peçamos - , 1- p. pl. do 2- aor. at., pre cedida, assindeticamente, pelo pres. at. Ind. auxiliar BeXeiç - dese ja s; (7) Futuro normativo - Comum é nos escritos néo-testamentários o uso do aor. Subj. em lugar do fut. Ind. em cláusulas em que este é que se de veria, normativamente, empregar. Na maioria dos casos, é simples alternação sugerida ou facilitada pela própria similaridade de forma destes dois tempos; - Particularmente em se tratando do futuro enfático, m o r mente quando negativado pelo binôm io cum ulativo ou p/q, parece im por-se o uso alternante do aor. Subj.; - Ex. - %<4v 7cxp |at| arreXôo, 6 irapaKX-qToç ou p/rj «ÍXOtj irpoç fyxaç - Pois, se eu não fôr, não vos virá o adjutor (Jo 16.7), Cláusula condicional de futuro mais vívido, a apódose deveria ter normativamente o fut. Ind., logo, iX ew eT oa - virá. Entretanto, m orm ente porque negativada pelo binôm io enfático ou p/q, ocorrelhe em lugar o aor. Subj. eXfh]. É, portanto, o aor. Subj. usado pelo fut. Ind.; (8) Cláusulas indefinidas - Empregam-se, ainda, as formas subjuntivas em larga va riedade de cláusulas de cunho relativo, locativo, tem poral, conclusi vo, modal, complementar, especialmente se introduzidas por prónome ou advérbio relativos, conjunções e advérbios simples ou in tegrados pela partícula dubitativa av, de teor futuritivo e gerais ou indefinidas em natureza; - Em cláusulas desta espécie referentes ao passado empre ga-se comumente o Ind.; - Exs.: (a) uT0i I k €Í eo)<; a v ei/mo o m - Permanece a li até que eu te fale (Mt 2.13). Cláusula temporal futuritiva/ew ç av ciitco crot é 1399
introduzida pela conjunção ewç - até que - , a que se associa a partí cula dubitativa &v, e tem a form a verbal no Subj.: iíiro í, 2- aor. at. Subj. fale, diga; (b) içai cnctv 6i|/€ èyevero - E quando se fazia tarde (Mc 11.19). Cláusula temporal preteritiva, de cunho iterativo ou repeticional, donde preferível traduzir-se o aor. e^evcTO pelo pretérito imperfeito, o modo empregado é o Ind., não o Subj. próprio das futuritivas. Daí, €7€V€to, 2- aor. méd. Ind., em vez da correspon dente subjuntiva ^evriTai.
3.3 - Optativo ('q euKTticri €7kXuti<5) a. Uso - Embora de amplo uso no clássico, em que servia a larga va riedade de formas de expressão, mormente em Xenofonte e Platão, é o Opt., modo quase superado nos autores néo-testamentários, transferidas para o Subj. suas funções principais; - De fato, respeitadas flutuações aleatórias de variantes discu tíveis, a cifra das ocorrências do Opt. através do Novo Testamento se limita a 67 casos, formas do près, ou do aor. apenas. Destas, 31 aparecem na literatura paulina, 28 na lucana, 4 na petrina, nenhu ma, porém, na joanina, nem no Evangelho de Mateus ou na Epís tola de Tiago. Em Judas ocorre 2 vezes, em Marcos e Hebreus 1. Ademais, em 15 vezes trata-se da locução interjectiva p/q 7€voito, em que a expressão modal se há quase de todo obliterado!; - Inda que, à semelhança do Subj., seja o Opt. modo relativo, subalterno, circunstancial, próprio de cláusulas dependentes, no próprio Novo Testamento aparece também em principais e inde pendentes, sem o teor incisivo, terminante, categórico do Ind., é claro; - Como no Inf. e no Ptc., ocorrem no Opt. CINCO dos tempos, faltando-lhe somente o impf. e o mqpf., privativos do Ind., em fu n ção das três modalidades de Aktionsart, assim distribuídos: 1400
(1) Ação extensa ou LINEAR - Pres. - a enfocar o processo da ação; (2) Ação inextensa ou PUNCTILIAR - Aor. - a expressar o fato em s i (antecedente), - Fut. - a expressar o fato em s i (posterior); (3) Ação inextensa, efeitos extensos ou PUNCTILIO-LINEAR - Perf. - a frisar os resultados (atuais) continuativos da ação, - Fut. pf. - a frisar os resultados (posteriores) continuativos da ação; - No grego moderno já não mais subsiste o Opt. real, em bora haja, supletiva, modalidade condicional, dubitativa (viroôeTi— k-iÍ);
b. Expressão - É o Opt. o modo da EXPRESSÃO HIPOTÉTICA, a enunciar o fato, ou seu processo, ou seus resultados, incertos, duvidosos ou pendentes em teor, como resultante possível de condicionamentos a dirim ir-se; - Exceção feita do uso em cláusulas de discurso indireto, não tem o Opt. conotação explícita de QUANDO o fato se dá, caracte rística do Subj., Imper. e Inf., ademais; - Destarte, do Opt. não exprime o pres. ação necessariamente contemporânea ou atual, nem se revestem o aor. e o perf. de preteridade expressa, nem o fut. e o fut. pf. retratam eventuação pu ramente pervindoura; - O teor geral da cláusula em que apareça a forma optativa e o imediato contexto situam, em cada caso, a projeção cronológica da inflexão; - Portanto, nas formas optativas o elemento a salientar-se é a Aktionsart, COMO se processa o fato, não a temporalidade, QUANDO se dá ele; - Assim, exprimirão: 1401
- o pres. - ação extensa, momentânea, costumeira ou pro gressiva, o desdobramento processual do fato; - o aor. e o fut. - ação inextensa, vista em si, embora seja na quele implícita a noção de anterioridade, neste a de posterioridade; e - o perf. e o fut. pf. - ação pressuposta, contemplada nos seus efeitos ou resultados continuativos, naquele em prisma de contemporaneidade, neste em perspectiva de posterioridade; - Enquanto se pode caracterizar o Ind. como taxativo, o modo FACTUAL, e o Subj. como probabilitário, o modo POTENCIAL, ter-se-á de distinguir o Opt. como possibilitário, o modo VIRTUAL, da ação concebível, supositícia, imaginável; - No Subj. a potencialidade se reveste do caráter de possibili dade objetiva (pendente de circunstâncias e condições), no Opt. a virtualidade assume o teor de possibilidade subjetiva (construto mental, elaboração conceptual, volição nocional); - Em conclusão, é o Opt. o modo hipotético, subjetivo, aleató rio, virtual, por excelência, todavia, como o Subj., prestante à idea ção futuritiva, deliberativa, volitiva, afinal; c.M orfologia - Consideração merecem do ponto de vista m orfológico os seguintes pontos:1
(1) Característica - O elemento mais assinalado e marcante das form as opta tivas é o infixo modal í , que na 39 p. pl. ativa se mostra na forma extensa ie e nas inflexões do aor. pass. se pode apresentar também em forma longa, i/q, o que se verifica, ainda, nas flexões ativas do pres. e 2- aor. dos verbos em ju ; - Em todas as formas optativas contrai-se este t infixai com a vogal que o precede, resultando: - o ditongo o i no pres., fut., perf. (não, porém, no perf. mp., perifrástico, em que somente as formas auxiliares são optativas), 1402
fut. pf. e 2- aor. at. e méd.; - o ditongo a t no 1? aor. a t; e - o ditongo et no aor. pass.; - Nos verbos em fjtt a contração conservará a vogal tem áti ca, daí, no pres. e 2- aor. lhe aparecerão, conforme o tema, os d i tongos a t, et e o i no pres. e 2- aor., ats. e méds.; (2) Raiz - Embasam-se as inflexões do Opt. nas respectivas m atri zes, de que têm sempre a raiz distintiva, na maioria dos verbos a mesma em todos os tempos e sistemas, às vezes com leves altera ções, em outros ajustada, em alguns inteiramente distinta; (3) Desinências - Ao contrário do Subj., em cujas flexões todas são prim á rias sempre as desinências, têm -nas o Opt. somente SECUNDÁ RIAS, de sorte que não apenas o aor. recebe esta modalidade desinencial, mas ainda o pres., o fut., o perf. e o fut. pf., a despeito de serem estes primários de natureza; - De observar-se é que a 15* p. s. tem nas flexões ativas a desinência prim itiva |xí, ao invés da secundária v, esta a aparecer apenas no aor. pass. (que prefere desinências ativas); (4) Final - Terminam, pois, pelo mesmo final, em cada voz, as fle xões todas do Opt., exceção feita em que no 19 aor. at. há alternati vas áticas na 2- e 3- p. s. e na 3§ p. pl., o perf. mp. é perifrástico em forma e o aor. pass. têm desinências ativas; (5) Ditongos a i e o t finais - Nos tempos ativos, em que ocorrem na 3- p. s., os dito n gos a t (12 aor.) e o t (pres., fut., 29 aor. e perf.) finais, não seguidos de consoante imediata na form a, ao contrário do que se verifica nas demais flexões em que aparecem, preservam, para fins prosódicos. 1403
o valor prim itivo, sendo, pois, havidos como longos, não breves, nas flexões todas do Opt.; d. Acepções - A despeito de serem tão reduzidas as ocorrências das fo r mas optativas através do Novo Testamento, substituídas por infle xões do Subj. nas cláusulas télicas e nas complementares de verbos de tem or dependentes de principais em tempo secundário, já não mais a aparecerem, como seria normativo, em discurso indireto, senão em raras citações nos escritos lucanos, distinguir-se-lhe po dem as seguintes modalidades: (1) Optativo deprecativo - É o Opt. usado em cláusulas ejaculativas, apostrofativas ou interjectivas, particularmente de teor negativo, para expressar enfaticamente a improcedência ou rejeição da conclusão, curso ou ação referida; - Típica deste uso é a expressão iat) y iv o v ro , enfática, te r minante, incisiva, em que o aor. méd. Opt. de 'yívofjtcn, modificado pelo advérbio negativante p/rj, passou a correspondera locução interjectiva, passível de traduções múltiplas, tais: nunca, longe disso, de modo nenhum, muito ao contrário, de forma alguma, e que tais; - Esta expressão é, na literatura néo-testamentária, carac terística dos escritos paulinos, pois que neles se encontra nada m e nos de 14 vezes, 10 das quais em Romanos, uma única vez em ou tro autor (Lc 20.16); - Exs.: (a) p/í| avToiç Â-o^ioOeí/r] — não lhes seja imputado (II Tm 4.16). O aor. pass. Opt. Xo^taSeCq, modificado pelo advérbio de negação jxrj, tem sentido claramente deprecativo, a traduzir o an seio do apóstolo a que não sofram consequências aqueles que em hora crítica o desertaram; (b) oípaç ofev Tct fjL€X*r| Taíi X purraô Troi^ato mípvqç peÂ/q; (xt“i 'yevoiTo - Tomarei, então, os membros de Cristo e (os) farei 1404
membros de uma prostituta? De forma alguma (I Co 6.15). O binômio interjectivo |x,?| tcvoito traduz, com superlativa ênfase, a veemente reação negativa do apóstolo à revoltante indagação, daí, a acepção deprecativa de que se reveste;
(2) Optativo peticbnal - É o Opt. usado em cláusulas que expressam desejo, as piração, opção, interesse, na forma explícita de pedido, rogativa, prece, ou em moldes que lhes correspondem ao sentido; - Ex. - vjxaç 8e o tcuptos irXeováaoa koii Trepuxreócroa tt | w ya irri - E o Senhor vos faça crescer e abundar no am or (I Ts 3.12). Traduzem as formas 'irXeovaom e Trepuraeucrai, 3? p. s. do 13 *9 aor. at. Opt., em tom peticional, o arroubado desejo de Paulo quanto ao progresso espiritual dos Tessalonicenses. É o uso peti cional do Opt.;
(3) Optativo condicional - No clássico usava-se, de rigor, o Opt. na prótase e na apódose das condicionais de futuro menos vívido e na prótase das condicionais gerais passadas. Já nos escritos néo-testamentários não perdurava esse uso do Opt. senão de form a esporádica e mes mo parcial; - Aparecem, todavia, inflexões do Opt. em cláusulas in tro duzidas pela conjunção et, própria das condicionais, com ou sem a partícula átv, em sentido assinaladamente hipotético, vago, indefi nido, condicionado, a corresponder-lhes à função; - Ex. - ctXX'et Koà ,7raorxoi,T€ ô ià ô iK a io a w q v , fiaKoíptoi - Ao contrárb, se até sofrêsseis pela justiça, bem-aventurados (I Pe 3.14). Típica estrutura de cláusula condicional de futuro menos vívi do, elíptica a apódose, é verdade, na prótase ocorre a conjunção et seguida do pres. at. Opt. 'iráoxotTe - sofrêsseis - , expresso uso condicional do Opt., portanto; 1405
(4) Optativo potencial - Modificado pela partícula dubitativa av, aparece o Opt. nos escritos lucanos em discurso direto e indireto, em acepção vaga ou indefinida, em sentido e função puramente potenciais, ação realizável, passível de ocorrer, atendidas circunstânciais condicionan tes; - Ex. - to t i av 0 e \o t KaXeíaÔai outo - quanto a quê de sejaria fosse ele chamado (Lc 1.62). 0 pres. at. Opt. OeXoi, m odifica do pela partícula av, em discurso indireto, expressa no texto ação potencial, o esperado pronunciamento de Zacarias a d irim ir a deli cada questão do nome a ser dado ao recém-nascido João. É o Opt. em uso potencial.
3.4 - Im perativo (•q TrpooraKTucq eyicXiaiç) a. Uso - Modo das injunções prescritivas, das determinações jussivas, das ordens taxativas, é o Imper. relativamente abundante nos es critos néo-testamentários; - Como o Subj., e nos mesmos tempos, apenas três dos sete, e o perf., particularmente na voz ativa, bastante raro, expressa o Imper. as três modalidades de Aktionsart, assim representadas; {1) Ação extensa ou LINEAR - Pres. - a exprim ir o processo da ação; (2) Ação inextensa ou PUNCTILIAR - Aor. - a visualizar o fato em si, o puro evento, não-dimensionado, nem atomizado; e3 (3) Ação inextensa, efeitos extensivos, ou PUNCTÍLIO-LINEAR - Perf. - a enfocar os resultados continuativos da ação;
1406
b. Expressão - É o Imper. o modo de EXPRESSÃO JUSSIVA, a enunciar o fato, ou seu processo, ou seus resultados, na form a de ordem, pre ceito, determinação ou injunção definida, explícita, inequívoca; - Ao contrário do Ind. e do Ptc., à semelhança, porém, do Subj., do Opt. e do Inf., não tem o Imper. noção patente de tempo, o QUANDO a ação se deva dar resultando do imediato contexto e do teor geral da expressão; - Daí, não se refere o pres. Imper. a evento de cunho necessa riamente contemporâneo ou atual, nem retratam o aor. e o perf. ocorrência naturalmente pretérita; - Em termos reais, a projeção das formas imperativas, em qualquer dos três tempos, será futuritiva, pervindoura, posteritiva, quando menos presentânea, próxima, a seguir-se de imediato, im procedente, senão ilógica, a situação pretérita, a perspectiva passa da, a ordem retrocessiva; - O aspecto saliente nas inflexões do Imper. é a Aktionsart, isto é, COMO se realiza a eventuação, à parte do QUANDO, de sorte que expressarão: - o pres. - ação extensa ou prolongada, momentânea, costu meira ou progressiva, o fato linearmente concebido; - o aor. - ação fechada, inextensa, não-dimensionada, o fato punctiliarmente concebido; e - o perf. - a ação implícita, global, basilar, vista, porém, em seus resultados continuativos, ou efeitos extensificantes, ou conse quências prolongativas, o fato punctílio-linearmente concebido; c. Morfologia - Observados merecem os seguintes elementos: (1) Característica - Enquanto se distinguem o Subj. pela vogal de ligação longa 'q/to, presente de form a expressa ou virtual em todas âs infle xões, e o Opt. pelo infixo modal í, associado à vogal precedente de
sorte a constituírem, caracteristicamente, os ditongos ou., e i e ot, do Imper. o elemento marcante é a desinenciação, específica deste m o do; (2) Raiz - Estribam-se as flexões do Imper. nas matrizes dos res pectivos sistemas, de que auferem a raiz, na maioria dos verbos a mesma nos três tempos, em outros alterada em m aior ou menor escala, em alguns diferente, outra mesmo; (3) Desinências - Embora modo finito, não tem o Imper. as mesmas desi nências encontradas no Ind., Subj. e Opt., tendo-as próprias, espe cíficas, distintivas, por isso denominadas IMPERATIVAS ATIVAS ou MÉDIAS, conforme a voz a que se apliquem; (4) Final - Como no Subj. e no Opt., têm as flexões todas, em cada voz, os mesmos finais, já que são as mesmas as desinências, menos na 2- p. s., sujeita a variações múltiplas, e no aor. pass., cuja desi nenciação é ativa, não médio-passiva; (5) 2 sp. s. - Em todas as flexões do Imper. só no perf. mp. («ire — morTev —
(6) 2 - p. d. e 2 sp. pl. - Desinências comuns, são estas duas inflexões imperativas idênticas em forma às equivalentes do Ind. no pres. at. e mp., e no perf. mp., diferem no aor., em que não têm aumento, e no perf. at., em que a vogal (de ligação) a preceder às desinências é e, não ã (do infixo temporal cã); - Daí, teremos, destas formas, o seguinte quadro compara tivo: IND. - pres. at.: - pres. mp.: - 19 aor. at.: - 19 aor. méd.: - 2- aor. at.: - 2- aor. méd.: - aor. pass.: - perf. at.: - perf. mp.:
- 2§ p. d. - 2- p. pl. - 2? p. d. - 2 - p. pl. -2 § p. d. - 2? p. pl. -2 5 p. d. -2 5 p. pl. - 25 p. d. - 25 p. pl. - 25 p. d. - 25 p. pl. -2 5 p. d. - 2 5 p. pl. - 25 p. d. - 25 p. pl. - 25 p. d. -2 5 p. pl.
m o re v — € — to v Trurreú — e — tc Tocnev — e — c0ov m cneú — e — a0e e — moreu — cot — tov e — iricTev — cá — tc e — moreó — crâ — a0ov e — mcTeiJ — cá — c0e e — Xãíjâ — e — tov e - X & p - e - tc I — XotfJ — e — a0ov ê — Xàp — e — cr0e e — TriaTeiJ — 0t| — tov e — Triarev — 0T] — tc TT€ — TriaTCV — KOt — TOV *
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19 aor. méd.: 2- aor. at.: 2- aor. méd.:
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- 2- p. pl. -2 a - p. d. -2 a - p. pl. - 2a - p. d. -2 a - p. pl. - 2a - p. d. - 2a p. pl. - 2a - p. d. - 2a - p. pl. - 2a - p. d. -2 a - p. pl. - 2a - p. d. -2 ? p- pl.
TTUTTeti — aã — tc TruTTev — aã — a0ov 'irtarev — aà — a0e Aa3 — e — tov \ãp — e — T€ A.á(3 — € — a0ov X ãp — e — a0e
'irurreú — 0ti — TOV moTeii — 0-q — tc -rre -m a re u —e TTC TriaTCV ire — iría T e v — a0ov i r e — TTiaTev — a0e —
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(7) 3 - p. pl. - Através do Novo Testamento a forma clássica, normativa, terminada pela desinência v t ü jv , cede lugar à alternativa desinenciada pelo final T&xráv; d. Acepções - 0 Imper., de natureza, exprime toda a gama de expressões jussivas, injuncionais, hortatórias e determinativas por que se enuncianh ordens, rogativas, prescrições, conselhos e exortações normativos da linguagem, em distinção dos demais modos, se bem que o Opt., em grau mais acentuado, e o Subj., em termos do coortativo, sejam, a rigor, modalidades funcionais imperativas. Con tudo, a form a de expressão do Imper. é peculiar e sua acepção in confundível; - Em form a negativa, porém, apenas o pres. se usa regular mente, não o aor., nem o perf., e assim mesmo somente em cláu sulas em que a noção seja de ação a sustar-se, a descontinuar-se, empregando-se o aor. Subj. quando se trata de proibição de curso a ser encetado. Este, entretanto, não é m uito comum nos escritos do Novo Testamento; 1410
- Exs.: (1) Afirm ativo - TTOTep oryie, TripT^crov avTouç ev tcj> óvopcm aau - Pai santo, guarda-os em teu nome (Jo 17.11). A form a imperativa TqprjCTov - guarda - , 2- p. s. do 19 aor. at., expressa a rogativa de Jesus em favor dos discípulos, em moldes afirmativos, a enfocar o fato em si (aoristo), no teor próprio deste modo injuncional, por excelência; (2) Negativo - jjLTj
- É bem comum através do Novo Testamento este uso do fut. Ind. em acepção imperativa, em muitos casos a refletir influên cia do contexto semita, aramaico, dos autores e ambiência, como se vê do Evangelho de Mateus, em que aparece, pelo menos, nestas passagens: - 5.43: a ^ a m ía e iç - amarás - por a^cnrrtcrov - ama e fxicníaeLÇ - aborrecerás - por fxurqcrov - aborrece; - 5.48: 4aea0e - sereis - por e ore - sede; - 6.5: oÚk ecrecrôe - nâo sereis - por p/q €OT€ - não sejais; - 16.22: ou [XT) lorrca - de modo algum será - por au (xí] eCTTO) - de modo algum seja; - 21.3: €peiT€ - direis - por etireTe - dizei; - 27.4: ai) SvJít | - tu verás - por aí) Xôe (ou lôé) - vê tu; - 27.24: u|xeíç ÕipeaOe - vós vereis - porupeiçTÔeTe - ve de vós; (2) Subjuntivo télico - Ex. - 'iv a T| 7 pa
1412
não deixam de refletir tom imperativo, ora mais, ora menos pro nunciado; (4) Infinitivo - Ex. - xcttpeiv (A€Tct x aLPÓvTtov, «Xcaeiv |x€tcí kXoiiov— t - detestando o mal, apegando-vos ao bem (Rm 12.9). Os ptcs. pres. aTroCTTxryowTe«?, ativo, - detestando - e KoXXcójxevoi, médio, - ape gando-vos - , funcionam, neste contexto, como se fossem os im pe rativos correspondentes cnrooTvyeÍTe - detestai - e koW ccctOc apegai-vos - , a que equivalem e por que se devem traduzir; - E de notar-se que, na porção compreendida entre os ver sículos 10 e 19 deste capítulo XII de Romanos, nada menos de o u tros 15 ptcs. se encontram, em típica função imperativa; - Também concentrada sucessão de ptcs. deste jaez se ve rifica em I Pedro, tais: - €xovt € ç - tendo = €X€T€ - tende - em 2.12 e 4.8; - vjroTCMxcro'|ji€Voi - sujeitando-vos = viroTáaaeo-Ôe - su jeitai-vos- em 2.18; - VTroTaoxxójjLevca - sendo sujeitas = virorárraecrde - sede sujeitas - em 3.1; 1413
-
(ruvoiKoOreç -
coabitando =
e aiTOvefxovTeç - conferindo = aiTovep.eTe - conferi - em 3.7; - |XT) airoôiôóvTeç - não retribuindo = fi/rj
o fato, ou seu processo, ou seus resultados, em form a estática, flu í da, nominal, em moldes de verdadeiro substantivo verbal; - Como em todos os modos, o aspecto que se lhe destaca na expressão é COMO o fato se processa, desdobra, acontece, a cha mada qualidade da ação ou A ktionsart, carecendo inteiramente, co mo também o Subj., o Opt. e o Imper., de conotação temporal, QUANDO se dá o fato, dado este que se infere do imediato con texto ou do teor da própria cláusula; - Daí, no Inf. não se refere o pres. a eventuação necessaria mente contemporânea ou atual, nem indicam o aòr. e o perf. fato realmente pretérito, ou o fut. e o f u t pf. ação expressamente pervindoura, bem que o perf. e o fut. pf. se reportem a perspectiva de posterioridade ao evento na continuidade presentativa ou futuritiva dos efeitos e admitissem, na origem , situação tem poral definida o fut. (porvir) e o aor. (passado); - Logo, expressarão: - o pres. Inf. ação linear ou extensa, pronta ou momentânea, costumeira ou repeticional, progressiva ou em andamento, salien tado o processo ; - o aor. e o fut. simples ação punctiliar ou inextensa, o fato visto em si, em distinção de outros, naquele implícita a noção de anterioridade, neste a de posterioridade; - o perf. e o fut. pf. ação punctílio-linear, ação pressuposta, contemplada nos seus efeitos ou resultados eontinuativos, no perf. em prisma de contemporaneidade, neste em perspectiva de poste rioridade;
c. Morfologia (1) Característica - Como o Imper., caracterizam-se as form as infinitivas principalmente pelas DESINÊNCIAS, específicas, distintivas, pró prias deste modo; 1415
(2) Raiz - Fundamentam-se as form as infinitivas nas respectivas matrizes, de que derivam sempre a raiz, na maior parte dos verbos a mesma em todas as inflexões, em outros alterada em proporção ora mais, ora menos avultada, em alguns completamente outra; (3 ) Desinência - Nas form as ativas aparecem ora uma, ora outra desinên cia, a saber: - ev, que, dada a contração experimentada com a vogal de ligação antecedente e, se converte no final €iv, a ocorrer no pres., fut. e 2- aor., ou: - o a i, form a substitutiva, final especioso, próprio do 19 aor., ou: - v a i, peculiar nos verbos em co ao perf., todavia, a ocorrer ainda no aor. pass. (que prefere desinência ativa) e nos verbos em |xi também no pres. e 2- aor.; - Nas formas das vozes média e passiva, excetuado o aor. pass., a desinência é a mesma em todas, a característica o 0 a i, po r tanto, a ocorrer ho pres. mp., no fut. méd. e no fut. pass., no aor. méd., no perf. mp. e no fut. pf. mp.; (4) Final - Terminam, pois, as formas infinitivas regulares, não con tratas, nem alteradas, por: eiv, v a i, crai ou cr0ai, coincidindo, pa ralelas, nos seguintes casos: (a) e iv - pres. at. Inf.: m o rc ú — € iv - fut. at. Inf.: m oTeí) — a — eiv - 2- aor. at. Inf.: X.&P — eiv (b) v a i - perf. at. Inf.: -ire — m o re v — kc — v a i - aor. pass. Inf.: m oT ev — 0ti — v a i (c) c r0 a i- pres. mp. Inf.: m orrei) — e — a 0 a i - fut. méd. Inf.: m o r e ií — cr — e — o 0 a i - fut. pass. Inf.: m o re i) — 0rj — o — e — o 0 a i 1416
-
19 aor. méd. Inf.: m o re u — a ã — a 0 a i 2- aor. méd. Inf.: Xá|3 — e — a 0 a i perf. mp. Inf.: rre — m aTeí) — a 0 a i fut. pf. mp. Inf.: rre — m a re u — a — e — a 0 a i
(5) Forma - Na origem, substantivo de cunho verbal na form a do da tivo ou locativo, é agora o infinitivo indeclinável, inalterável, inva riável, sem flexão de gênero, número, caso ou pessoa, valendo por substantivo neutro do singular, podendo v ir definido pelo artigo em qualquer dos casos; - Embora nos escritos do Novo Testamento, como no coiné em geral, estivesse a ceder terreno a cláusulas conjuncionais, mormente prospectivas introduzidas p o rciv a e declarativas ju n g i das por oTi, é o infinitivo a modalidade verbal mais amplamente usada nos documentos néo-testamentários, neles aparecendo umas 2.276 vezes, 1.957 das quais anartras, 319 articuladas; d. Prosódia - Exibem, regularmente, os modos finitos (Ind., Subj., Opt. e Imper.) acentuação recessiva, posta sempre o mais distante pos sível da última, enquanto os dois modos complementares (Inf. e Ptc.), admitem em várias de suas inflexões acentuação posicionai (o acento locado não sob critério recessivo); - Assim é que das ONZE formas infinitivas que integram o quadro norm ativo do verbo regular, QUATRO se acentuam o b ri gatoriamente na penúltima, a saber: - 19 aor. at. Inf.: maTeO — a a i - aor. pass. Inf.: rrwrreu — 0t | — v a i - perf. at. Inf.: ore — m aTeu — ice — v a i - perf. mp. Inf.: rre — m crreu — a 0 a i - De observar-se é que o 29 aor., alternativa flexionai de cu nho supletivo a substituir ao 19 aor. nas vozes ativas e média, tem acentuação posicionai em ambas as inflexões:
1417
- o 2- aor. at. Inf. - X<4|3 — eiv - sem pre perispômeno, circun flexo na última, e - o 2- aor. méd. Inf. - X afi — e — cr0ai - sempre paroxítono, agudo na penúltima; - De notar-se, ainda, é que os pres. ats. Infs. dos verbos para digmáticos em |xt, formas trissilábicas, acentuados são todos posicionalmente na penúltima, paroxítonos (ío ra v a i, Ti0évai, ôiôó— v a i, Seiicvúvai), posição em que, de igual modo, se posta nas formas do 2- aor. Inf. desses verbos, dissilábicas, properispômenas (oTT|vai, 0 e iva i, ôoí)vai; inexistente a form a paralela a ôeiKvúvai), inflexões todas terminadas pela mesma desinência v a i, breve para fins prosódicos o ditongo term inal a i; - Isto posto, vê-se que são acentuados sempre na penúltima os infinitivos finalizados em v a i; e. Acepções - Decorrência de sua natureza propriamente substantiva, so mada à cifra vultosa de ocorrências através do Novo Testamento, presta-se o Inf. a múltiplas funções e usos, aparecendo ora como sujeito, ora como objeto, ora como complemento, em vasto acervo de cláusulas, tais: (1) Cláusulas complementares de substantivos - É o Inf. usado nas cláusulas que complementam a subs tantivos que expressam NECESSIDADE, DESEJO, EXPECTAÇÃO, DEPENDÊNCIA,RAPACIDADE, DIGNIDADE, AUTORIDADE; - Ex. - owTOi exoixriv tt|v ê^oxxríav KXéíoai tov aôpavov - Têm estes a autoridade de fechar o céu (Ap 11.6). Complementa x X e io a i, 19 aor. at. Inf., diretamente, ao substantivo e ^ o w í a v autoridade - , sendo portanto, infinitivo a complementar a substanti vo que indica autoridade, capacidade, dignidade; (2) Cláusulas complementares de adjetivos - É, de igual modo, o Inf. empregado após adjetivos que 1418
expressam SUFICIÊNCIA, QUALIFICAÇÃO, CAPACIDADE, A P LI CAÇÃO, UTILIDADE, DECISÃO, complementando-lhes o sentido; - Entre outros, tais seriam, destacadamente: - ot£ioç, ã , ov - digno (de); - ôeivóç, óv - hábil (em), que não ocorre nos escritos do Novo Testamento; - €mTT|Ô€io<;, a , ov - apto (a), próprio (de); - fiôv«;, 'fiôclót, -íjSv - agradável (de), alheio ao Novo Testa mento; - iKavóç, óv - capaz (de), suficiente (para); - KctXóç, r\, óv - belo (de), nobre (de); - paòtoç, ct, ov - pronto (a); - E, assim, seus opostos ou antônimos; - Ex. - oí) oÔk e i|x i ixavo ç Tct 'UTroÔT)|xaT
| ,
(3) Cláusulas complementares de verbos - Ocorre o Inf., ainda, em função complementar de verbos: -ju s s iv o s (mandar, ordenar, exigir, impor), -o p ta tivo s (desejar, querer, aspirar a), - hortativos (exortar, avisar, aconselhar), ou, -in ju n tivo s (dever, necessitar, carecer); - O sujeito, ou elemento que a esta função corresponda, estará no acusativo, om itido, contudo, quando é o mesmo do verbo principal; - Através do Novo Testamento, os mais importantes destes verbos seriam: - 0oÚÁ.opm - querer, desejar, - ô w a p m - poder, ser capaz de, - ^Tyrécù - buscar, procurar, - 6eX(o ou e6eXú> - querer, desejar (mais frequente que ^ovXofxai), 1419
- fxeXXo)- estar para, estar prestes a, ter a intenção de, - bçetXtú - dever, ter a obrigação de; - Ex. - eXmÇú) 7
cláusulas télicas ou finais, por isso que nesta função ocorre através do Novo Testamento nada menos de 211 vezes, em que aparece: - assindeticamente, o Inf. puro não assistido de conectivo ou elemento associativo, ou,
- precedido do gen. sing. neutro do artigo, isto é, de to v , que se não traduz; ou, - articulado, regido da preposição ctç ou irpoç; ou, - antecedido da conjunção ou gxjtc; ou, - como simples inflexão do futuro, alheia, porém, ao Novo Testamento, já que nos CINCO únicos textos em que lhe ocorre o fut. Inf. (Jo 21.25: xw p ^a e iv; A t 23.30^ eaeaSai, e A t 11.28; 24.15 e.27.10: caeaGai a complementar ao futuritivo ixéXXío) não tem ele sentido télico; - Exs.: (aj^vSpíúTTot ôtjo &ve0Y]aav eiç to icpòv irpoa€u£aa0oa - Subiram dois homens ao templo PARA ORAR (Lc 18.10). Requer avé^Ticrav - subiram - , 2- aor. at. Ind. de otvapouvco - s u b ir-, cláu sula complementar indicativa do propósito dos dois homens referi dos, expresso pelo 19 aor. méd. Inf. Trpoaeú£aa0ai, em evidente uso télico, sem conectivo, a traduzir-se como: a fim de orar, com a fi nalidade de orar, para orar. É o Inf. usado assindeticamente para ex pressar finalidade; (b) K ai ovSeiç emO^creToá o o i tou KaKwaaí a c - E nin guém te porá a mão A FIM DE FAZER-TE MAL (At 18.10). Está o 19 aòr. at. Inf. Kou«Saai em cláusula evidentemente final, precedido da form a articular tou, gen. sing. neutro, a traduzir-se por: a fim de fa ze r mal, para fazer mal, com o intento de fazer mal. É claro uso do Inf. precedido de tou em cláusula télica; (c) cíç to c iv a t ocuTouç avaTroXayrjTauç - a fim de que se jam eles indesculpáveis (Rm 1.20). O pres. at. Inf. etvoa, articulado e regido da preposição eis, está em visível função télica, ambos, o sujeito avToús - eles - e o predicativo â v a ,7roXo7'tÍTcyuç - indescul páveis - , em acusativo, donde a tradução supra. Contam-se, através do Novo Testamento, cerca de 72 ocorrências desta modalidade té1421
lica ou final em que é o inf. articulado precedido da preposição eis, enquanto chegam a 12 os exemplos em que se emprega a preposi ção irpós; (d) eiOT|\0ov eis KWfi/qv 2a|xapiTw v, w ore €Toi|xaom avTto - Entraram em um povoado de sam aritanos com vistas a fazerlhe preparativos (Lc 9.52). Indica o 19 aor. at. Inf. eTOi|xctom - fazer preparativos - , em cláusula iniciada pela conjunção final wcttc, em certos mss. ws, o intento dos discípulos em entrarem no vilarejo samaritano. É, pois, típico uso do Inf. em acepção télica, em cláu sula final introduzida pela conjunção wctt€, ou ws, que a têm nesta passagem os importantíssimos mss. papiro 45 e os Códices Vaticanus (B) e Sinaiticus ( ). A única outra passagem em que ws se encontra em o Novo Testamento nesta função de conectivo de form a infinitiva télica é Hb 7.9, na especiosa expressão: ws eiros etrreív - para assim falar, literalmente, a fim de dizer palavraV íU rre, porém, se registra em seis outras passagens; (7) Cláusulas conclusivas - Frequente é o uso do Inf., anartro ou articulado, em cláu sulas conclusivas, isto é, que expressam o resultado ou conclusão da ação, introduzidas pela conjunção w ore, por vezes ws, na acep ção de: de sorte que; - Ex. - WCTT6 KÁ/qô-rjvai to x<«>piov exeívo - DE SORTE QUE SE CHAMOU aquele lugar (At 1.19). Está o Inf. aor. pass. K Â /r ^ v a i - ser chamado - em cláusula conclusiva, introduzida pela conjunção w ore - de sorte que - , a expressar o resultado da nefária transação do Iscariotes;
(8) Cláusulas im perativo-coortativas - Encontradiça no clássico desde Homero, rara, porém, nos escritos do Novo Testamento, é a cláusula infinitiva em que esta form a verbal equivale a implícito imperativo, modalidade clausular única a exibir o inf. na principal; - Ex. - ttXtjv eís o e
davia, ao que alcançamos, pelo mesmo PROCEDERMOS (Fp 3.16). 0 pres. at. Inf. o-roixeív - proceder - corresponde ao coortativo oroixcSp-ev - procedamos - , e assim se pode e deve traduzir, em função propriamente imperativa, o apóstolo a preceituar o andar-se na medida do progresso ético-espiritual alcançado. E, pois, o uso do Inf. em função obviamente im perativo-coortativa;
(9) Cláusulas introduzidas por -irpív - Após principal afirm ativa, ocorre o Inf. nos escritos do N o vo Testamento em cláusulas introduzidas por -irpív (8 vezes) ou -rrpiv -í) (3 vezes), em função conjuncional, com a acepção de A N TES DE; - Se a principal for negativa, em tem po prim ário, o modo da dependente será não o Inf., mas o Subj.; se tem po secundário, usar-se-á o Opt. Esta modalidade fraseológica registra-se duas ve zes somente nos escritos néo-testamentários: em Lc 2.26, onde, após a principal negativa pAj tSeív - não v e r-, vem o Subj. Uô-qvisse e em A t 25.16, em que, após a principal negativa em tem po prim ário, ovk ecrriv - não é - , aparece o Opt. exoi - tenha - e \o t— (3oi - receba; - Ex. - vuv eíptiKa vp.iv irp lv ^eveaB ai - Agora vos hei dito ANTES DE acontecer (Jo 14.29). Está o 2° aor. at. Inf. 'yeveoDai - acontecer - após -Trpív, na acepção de antes de, em cláusula de pendente de principal afirm ativa: vuv eíp-qKot vp,ív - agora vos hei dito - , não modificada de advérbio de negação; (10) D iscurso indireto - Introduzem os chamados verbos declarativos, que expri mem a noção de PENSAR, DIZER, DECLARAR, SUPOR, e que tais, cláusula referente a citação original agora em form a dependente o denominado discurso indireto ou oratio obliqua; - Não é raro vir esse discurso indireto em form a infinitiva, convertido o tempo finito original a inflexão infinitiva correspon dente; 1423
- Em se tratando de cláusulas originais negativas, pode*se manter no discurso indireto, ante a form a infinitiva, a negativa o ri ginal ou, ou correlatas, ou mudá-la para a equivalente |i/rf, ou cor relatas, mais apropriada aos modos outros que o Ind.; - Ex. - k iy(ú v p/q TT€piT€flV€liV (XUTOUÇ TOt TCKVOt, p/q8è Totç eQeoxv TrepiTraTetv - Dizendo que não circuncidem eles os fi lhos, nem andem nos costumes (At 21.21). Introduz o ptc. pres. at. Xeycov - dizendo - , inflexão de verbo declarativo, a cláusula depen dente composta p/q -irepiTep-veiv o i u t o u s ... p/q8è ... irepiirorreív, discurso indireto expresso em form a infinitiva, correspondendo à injunção direta original do imperativo discontinuativo p/q ire p i— T€p,v€T€ - não circuncideis - e p/q8e Trepi/rraTeÍTe - não andeis; (11) Cláusulas articuladas preposicionais - Através do Novo Testamento abundante é o uso do Inf. articulado em cláusulas preposicionais, isto é, cláusulas constituídas de preposição a reger o inf., este precedido do artigo, nos moldes diretos de substantivo verbal, em lata variedade de funções. - Graficamente: Preposição + A rtigo + Infinitivo; - Assim se podem referir: (a) Com o genitivo articular t o u : - õtvTi t o u - em vez de - + Inf., em Tg 4.15 (Xe7 eiv - di zer), cláusula concessiva; - 8iòt t o u - por, durante, através de - + Inf., em Hb 2.15 (í/qv - viver), cláusula temporal de duratividade; - ex t o u - de, conforme, à base de, segundo - + Inf., em II Co 8.11 (exeiv - ter), cláusula causal ou modal; - cév€Kev t o u - em razão de, a fim de que, para que - + Inf., em II Co 7.12 (cpavepíúQqvoa - ser m anifesta), cláusula final, prospectiva ou causal; - €<ôç t o u - até - + Inf., em A t 8.40 (e\0etv - chegar), cláusula temporal de duratividade; - irpò t o u - antes de - + Inf., 9 vezes através do Novo 1424
Testamento, em cláusulas temporais de anterioridade; (b) Com o dativo articular tç>: - èv t <3 - enquanto, durante, quando, em - + Inf., 55 vezes nos escritos do Novo Testamento, m uito freqüente em Lc, influên cia da Septuaginta, em cláusulas temporais de contemporaneidade ou duratividade; (c) Com o acusativo articular - ôtòt to - em razão de, pelo fato de, por causa de - + Inf., 32 vezes através do Novo Testamento, em cláusulas causais; - eis to - para, a fim de, com vistas a - + Inf., 72 vezes nos escritos néo-testamentários, em cláusulas finais ou conclusivas; - |X€toi to - após, depois de - + Inf., 15 vezes nos auto res do Novo Testamento, em Lc mais acentuadamente, em cláusu las temporais de posterioridade; e - irpòs to - para, a fim de, com o propósito de - + Inf., 12 vezes através do Novo Testamento, em cláusulas finais ou conclu sivas; - Exs.: (a) irpb toO 7 «p eXOetv Tivas caro ’IaKíópov - Pois an tes de virem alguns da parte de Tiago (Gl 2.12). Está o 2- aor. at. Inf. eXOelv - virem - , precedido de artigo (tov ) e regido da preposição -irpó - antes de - em cláusula caracteristicamente infinitiva articula t
o
:
da preposicional, temporal de natureza, a expressar anterioridade; (b) l v Tco -yàp tm orá^oa oçuto) t
temporal em natureza, a expressar posterioridade; (12) Infinitivo epexegético - Embora passível de análise como télica ou final, concessi va ou consecutiva, em certas passagens exerce a forma infinitiva função dominantemente explicativa, constituindo-se num como que aposto ou adjunto a explanar, a esclarecer, a precisar o teor, o sentido, a idéia expressos na porção prévia. A esta modalidade in fi nitiva explicativa dá-se o designativo de epexegética: aposição explanacional imediata; - Ex. - 'TrapéôíOKev avrouç 6 0eò<; eiç aÔ0Kipx)v vauv, TToietv TÔt p q KaOqKovTa - Entregou-os Deus a mentalidade execrada: o fazer o que não é recomendável (Rm 1.28). O pres. a t Inf. iro ie ív - fazer - vale por direto aposto a caracterizar o em que con siste a mentalidade reprovada referida na porção que o precede. Lo go, constitui Troieiv real infinitivo epexegético em função; - Sim ilar postura se pode atribuir a: - pvqo-0qvou - lem brar-se (Lc 1.54) com que Maria sintetiza a ação de Deus em relação a Seu povo; - TTOiqom —fazer - e pvqaOqvcu —lembrar-se (Lc 1.72) e - emcpávai - ilum inar (Lc 1.79), com que Zacarias, em seu celebrado cântico, ressalta 0 teor do ato divino referido nas partes prévias; - KOTOiKeív - habitar - e ÇqTeív - buscar (At 17.26,27), que destacam a dupla sequela a esperar-se da cremação assinalada na porção anterior do trecho; - eivou - ser (II Co 9.5), o infinitivo, acolitado do qualificati vo predicacional, a definir o espírito em que a programada coleta se deveria realizar. 3.6 - Particípio (q jxeTOxq) a. Uso - Forma verbal que, ao lado do Inf., foge ao conceito norm ati1426
vo dos reais modos (Ind., Subj., Opt. e Imper.), é o Ptc. categoria gramatical a revestir-se de características mais próprias do adjetivo. Destarte, poder-se-á dizer que é o Inf. o modo substantivo, o Ptc. o modo adjetivo-, - É o Ptc. peça fundamental da fraseologia grega, na m ultifariedade de suas funções, na expressividade de sua form a, na polivalência mesma de sua natureza peculiar, na riqueza de suas acep ções, na importância capital do papel que desempenha na estrutura sintática, acentuadas pelo próprio caráter dual desta categoria, por isso que participa, a um tempo, da dinamicidade do verbo e da qualitatividade do adjetivo; - Como seria de esperar-se, encontra o Ptc. vasta aplicação através do Novo Testamento, espelhando as três modalidades bási cas de ação, em termos de CINCO dos tempos, como no Opt. e no Inf., a carecer apenas do im pf. e do mqpf., tempos estes peculiares ao Ind., portanto, alheios aos outros modos; - Logo, assim se distribuem os Ptcs. em seus tempos em m a téria de Aktionsart: (1) Ação extensa ou LINEAR - Pres. - a focalizar o processo (contemporâneo) da ação; (2) Ação inextensa ou PUNCTiLiAR - Aor. - a enfocar o fato em s i (anterior), - Fut. - a enfocar o fato em s i (posterior); e (3) Ação inextensa, efeitos extensos, ou PUNCTÍUO-UNEAR : - P e rf.- a frisar os resultados (atuais) continuativos da ação; - Fut. pf. - a frisar os resultados (posteriores) continuativos da ação; b. Expressão - É o Ptc. o modo da EXPRESSÁO ADJETIVA, a enunciar o fato, ou seu processo, os seus resultados, em forma atributiva ou 1427
adnominal, modificativa ou circunstancial, substitutiva ou representacional, na tríplice função de adjetivo, verbo ou substantivo, qualificando, modificando, substituindo; - Como nos outros modos, o aspecto que lhe sobressai na ex pressão é a maneira COMO o evento se realiza, a Aktionsart ou qualidade de ação, embora, à semelhança do Ind., conserve o Ptc. a noção temporal, QUANDO o evento se dá, contudo, em teor relati vo, isto é, em termos do verbo dominante a cuja projeção se refere e ajusta, ao contrário do Ind., em que a perspectiva é absoluta; - Destarte, expressa o Ptc. pres. eventuação linear, continuada, extensa, de teor momentâneo, costumeiro ou progressivo, a desta car o processo da ação, em projeção contemporânea à do verbo principal, de que é acessório o ptc., enquanto o ptc. aor. e o ptc. fut. se referem a fato punctiliar, inextenso, não-dimensionado, a enfocar o evento em si, em distinção de outros, aquele em projeção depreterídade, este de posteridade em relação ao verbo principal, e os ptcs. perf. e fut. pf., punctflio-lineares que são, visualizam os efeitos da ação, continuados, extensos, prolongados, naquele projetados até a atualidade do verbo principal, neste a estender-se no porvir, - Isto posto, vê-se que, ao contrário dos tempos do Ind., não retratam o ptc. pres. evento a ocorrer necessariamente na atualida de, nem os ptcs. aor. e perf. fato realmente pretérito, nem os ptcs. fut. e fut. pf. ação puramente pervindoura, situados que serão na perspectiva do verbo a que se referem ou modificam; c. Morfologia (1) Característica - Dos ptcs. é a principal característica o infixo modal, v t para os ptcs. ativos, mais o aor. pass., e |xev para os ptcs. médios e/ou passivos, menos o aor. pass.; (2) Raiz - Têm os ptcs. todos a raiz própria do sistema em que se 1428
enquadram, derivando-a da matriz respectiva, na maioria dos ver bos a mesma em todos os sistemas, em outros alterada em propor ção variável, em alguns distinta, diferente, outra até; (3) Desinências - Os ptcs. ativos, mais o aor. pass., têm as desinências típ i cas dos adjetivos consonantais triform es, sujeitos a alterações que afetam, em certos casos, a vogal de ligação ou infixai, o infixo m o dal v t e as próprias desinências, o masculino e o neutro flexionados nas linhas dos nomes linguais desses gêneros da 3- declinação, o fem inino nos termos dos substantivos da 3- classe da 1 - declinação; - Os ptcs. médios eiou passivos, excetuado o aor. pass., re cebem a desinenciação própria dos adjetivos triform es vocálicos de radical não finalizado em e, t, p, variáveis apenas as desinências, flexionados o masculino e o neutro em moldes dbs nomes desses gêneros da 2- declinação, o fem inino consoante os substantivos da 2 - classe da 1§ declinação; (4) Final - Diante disso, de assinalar-se é que se caracterizam os ptcs., em termos do nom. sing., form a básica da flexão, pelos se guintes finais: (a) íov, o w á , ov - 3 ptcs.: 1. Pres. At. Ptc.: m o re ú — co — v, m o re u — ov — a ã , irta re v — o — v; 2. Fut. At. Ptc.: TTWTTev — a — co — v, mcneu — cr — ov — a á , TTUTTeu — a — o — v; 3. 2- Aor. At. Ptc.: Xãp -r <ó — v, \ ã p — ov — a ã , Xãp — ó — v; (b) fxevoç, (icv-q, |xevov - 7 ptcs.: 1. Pres. MP. Ptc.: m aTeu — o — |xev — os» T|, ov; 2. Fut. Méd. Ptc.: m aTeu — a - o — p,ev — os, t], ov; 3. Fut. Pass. Ptc.: m aTeu — 0T) — a — o — (xev — os, ti, ov; 1429
4.1 - Aor. Méd. Ptc.: Trurreu - a a - |X € v — oç, i], ov; 5. 2? Aor. Méd. Ptc.: Â.á0 — o — |xev — o<5, tj, ov; 6. Perf. MP. Ptc.:-rre — m crreu — p,ev — os, 7], ov; 7. Fut. pf. MP. Ptc.: -ire — TrurTev — a — o — jxev — os, Ti, ov; (c) o-ãç, aãcra, cràv - 1 ptc.: 1. 19 Aor. At. Ptc.: 'rrurrev — crã — ç, TricrTev — o-ã — a á , 'iria T e í — a à — v; (d) (k )í Óç, (Kh)tà, (k )óç - 1 ptc.: 1. Perf. At. Ptc.: ire — iru rre u — k — w — ç, ire — m crrev A V K v ta, Tre mcTTev — k — o — ç; (e) (0)eí«5, (0)eto-á, (0 )e v- 1 ptc.: 1. Aor. Pass. Ptc.: ttuttcv — 0ei — ç, irurT cv — 0€t — *
crct, TTwrrev — 0e — v; - Do exposto, evidencia-se que apenas três dos ptcs., a sa ber: 19 aor. at., aor. pass, e perf. a t, têm finais peculiares, distintos, próprios; os demais os têm comuns a outras flexões participiais, paralelas; d. Prosódia - Enquanto os chamadios modos finitos (Ind., Subj., Imper. e Opt.) têm acentuação regularmente recessiva , a distanciar-se o mais possível da última, os dois complementares, Inf. e Ptc., adm i tem em não poucas de suas formas acentuação realmente posicionai (não locado o acento sob critério recessivo); - Verdade é que dos sete ptcs. finalizados em |X€vos, |xe— vt|, jievov, em SEIS estará sempre o acento o mais possível da última, valendo, pois, como recessivo. A exceção única é o ptc. perf. mp., cujas inflexões são todas paroxítonas, agudo em penúltima breve, logo, realmente posicionai o acento; - Acentuam-s e, posicionalm ente, na penúltima da forma base, nom. sing., no masc. e no neutro, na antepenúltima no fem inino, TRÊS ptcs., ativos todos, a saber: (1) Pres. At. Ptc.: -maTev — co — v, ttuttcv — au — crct, m a 1430
Teu — o — v; (2) Fut. At. Ptc.: TTiaTev — a — o> — v, m aT ev — a — ou — era, TTioTev — a — o — v; (3) 19 Aor. At. Ptc.: iriOTev — a ã — ç, T ru rte v — aá —
aã, iriaTev — a ã — v; - Acentuam-se, posicionalm ente, na últim a da form a base, nom. sing., no masc. e no neutro, na penúltima no fem inino, TRÊS ptes., dois ativos, um passivo, a saber: (1) 2- Aor. At. Ptc.: \ ã p —
1431
(3) Complementação - Tratando-se de formas transitivas, tem o ptc. objeto d i reto regular, expressão verbal característica; - Do adjetivo, por outro lado, tem o Ptc. as seguintes pro priedades: (a) Flexão - Obedece a flexão do ptc. às normas exatas do adjetivo, processando-se em termos de gênero, número e caso, nos moldes típicos das duas classes adjetivas, declinado, não conjugado, pois; (b) Concordância - A qualificar a substantivo ou equivalente, expresso ou virtual, com ele concorda o ptc. nestes três aspectos: gênero, nú mero e caso, como o típico adjetivo; e (c) Acentuação - Não tem o ptc. acentuação rigorosamente recessiva; ao contrário, é-lhe, em muitos casos, posicionai o acento, nos moldes exatos do adjetivo; f. Acepções - Dada sua natureza dúplice, a um tem po adjetiva e verbal, profusas são as funções a que se presta, aparecendo através do Novo Testamento em variada gama de acepções, ora como atribu tivo ou predicativo, ora como adjunto ou aposto, ora como com plemento ou supletivo, explicativo, restritivo ou circunstancial; - Limitando-se a matéria, resum ir-se-lhe-ão as funções a: (1 ) Adjetiva - É o Ptc., em função adjetiva, atributivo ou predicativo, adjunto ou aposto, em moldes próprios do adjetivo, a qualificar a substantivo ou equivalente, com que concorda em gênero, número e caso, caracterizado por: 1432
(a) Posição - Em função adjetiva, estará o ptc. sempre em posição atributiva, aparecendo, pois, nas cláusulas definidas, sempre ante cedido de artigo; (b) Relação - Em função adjetiva, relaciona-se o ptc. diretamente com substantivo ou equivalente, qualificando-o, expressando-lhe propriedade ou atributo, definindo-o ou caracterizando-o; e (c) Tradução - Dever-se-ia traduzir em forma participial ou adjetiva correspondente o ptc. em função adjetiva. Carecendo o português dessas formas, em geral, a tradução normativa é expressá-lo nos moldes de cláusula adjuntiva relativa; - Ex. - (UXe-rreTe caro tíúv 7 pa|AfxaT€(úv tíúv GeXóvTíov ev crroXaís Trepnrcaeiv - Guardai-vos dos escribas QUE APRE CIAM o andar com longas vestes (Mc 12.38). 0 ptc. pres. at. GeXóv— tíúv, gen. pl. masc., está em evidente uso adjetivo, por isso que, em bora posposto ao substantivo 7 papip,aT€íúv - escribas - , o artigo (t <úv) o precede, estando, pois, em clara posição atributiva; qualifica ao substantivo 7 pap,p,aT€íúv, de que é adjunto adnominal explicati vo, indicando-lhe traço distintivo; e recebe a tradução própria de cláusula relativa: que apreciam. A expressão literal da frase seria: dos escribas os apreciantes, o ptc., como típico adjetivo, a enunciar a qualificação dos escribas em foco; - Em suma: - Posição atributiva, - Relação com o substantivo ou equivalente, - Função de adjunto adnominal, - Tradução como cláusula relativa; (2) Substantiva - Em função substantiva, simples variante da adjetiva, 1433
substitui o ptc. ao nome ou equivalente, tom ando-lhe o lugar. É, pois, apenas a substantivação do ptc., a funcionar como adjetivo substantivado; - Nos demais aspectos, é a cláusula a mesma, estrutural e funcionalmente, como no uso adjetivo. Conforme o caso, poderá o ptc. traduzir-se na forma de substantivo, ao invés de o ser m e diante cláusuia relativa; - Ex. - o õtKOVíov ,u|xü)v efxov otKoúei - Aquele que vos ou ve, a mim me ouve (Lc 10.16). Não ocorre na cláusula substantivo explícito de que seja o ptc. pres. at. cxkoixdv, nom. sing. masc., direto adjunto ou qualificativo. Precedido de artigo (o), está em posi ção atributiva, substituindo, pois, ao substantivo implícito ou virtual de que indicaria atributo ou qualidade. É, destarte, ptc. em evidente uso substantivo. Completa, a frase seria: o ÓíkoÚíúv avOpoyiroç, a traduzir-se, literalmente, por: o homem ouvinte, melhor, o homem que ouve, donde, elíptico ou subentendido o substantivo: o ouvinte, o ouvidor, o que ouve; (3) Adverbial - É o Ptc., em função adverbial, direto modificador ou ad junto adverbial de verbo ou equivalente na sentença, assumindo feição especificamente gerundial e prestando-se à expressão de to da sorte de complementos circunstanciais. Caracetriza-se este uso por: (a) Posição - Em função adverbial, mesmo em cláusulas definidas, não vem o ptc. precedido de artigo, de sorte que estará sempre em posição tipicamente predicativa, particular em que se distingue de pronto do ptc. em função adjetiva, posto que é este sempre em po sição atributiva, antecedendo-o o artigo; (b) Relação - Ao contrário do uso adjetivo, o ptc. em função adver1434
bial se relaciona diretamente com o verbo predicado, indicando cir cunstância que lhe modifica a ação, não com o substantivo, de que expressaria atributo ou qualidade. Refere-se, pois, ao verbo, não ao substantivo; é modificador, não qualificativo; gerundial, não adjeti vo; (c) Tradução - Em contraposição ao uso adjetivo, em que o ptc. se traduz na form a de adjetivo, substantivo ou cláusula relativa adjuntiva, em função adverbial expressar-se-á ou pelo gerúndio, in£yariável e inqualificado, ou, conforme o exija o próprio contexto, por adequada cláusula circunstancial, adverbial adjuntiva de modo, causa, tempo, finalidade, e que tais; - Ex. - os eXTrçXuôei Trpooxwricrwv eis ’IepawaX/qp. O qual havia vindo A FIM DE adorar em Jerusalém (At 8.27). O ptc. fut. at. TrpoCTKwrjoxúv, nom. sing. masc., não antecedido de artigo, em bora a concordar com o relativo os - o q u a l-e m gênero, número e caso, não o qualifica, nem lhe indica atributo ou adjunto, referindose, antes, ao mqpf. at. Ind. eX-qXvOei - havia vindo - , a que modifica, expressando o propósito da vinda do eunuco de Candace à Cidade Santa. É, pois, uso evidentemente adverbial, traduzido o ptc. na forma de cláusula circunstancial télica ou final, a referir não o tipo de adorador, mas o propósito dele visado; - Em síntese: - Posição predicativa, - Relação com o verbo, - Função de adjunto adverbial, - Tradução em forma gerundial ou cláusula circunstan cial; (4) Perifrástica - Ao lado da formação sintética ou simples, e a substitui-la, intensifica-se através do Novo Testamento o uso da construção composta, perifrástica ou analítica, acentuadamente para expressar 1435
ação progressiva, continuativa, em andamento; - Na formação perifrástica normativa, regular, comum, aparece o ptc. do verbo principal, assistido de form a apropriada do auxiliar eíp,i - ser, estar, ou, embora muito menos freqüentemente, de tm ápxto -.s u b s is tir - ou de 'ytvo|xai - tornar-se, vir a ser. É, des tarte, o uso do ptc. em tem po composto, variação da form a simples ou sintética; - Do quadro total das flexões paradigmáticas duas se incluem que são puras formações perifrásticas, tempos compostos a que já não correspondem inflexões sintéticas: o perf. mp. no Subj. e no Opt.; - Além disso, dos verbos em que se finda o tema em muda lingual: t , 8,0), dada a sucessão im (labial: tt,
- Lc 6.43: ècrrív ... 'iroiovv - produz; - A t 2.29 e II Co 12.4:*e£óv e o rtv (subentendido este auxi liar) - é perm issível; - A t 5.25: é u n v ... ôiòácrKOVTeç - estão a ensinar; - A t 19.36: ôeov êaTiv - é necessário; - II Co 2.17: €cr|xev ... KcnrriXeúovTeç - estamos mercade jando; - II Co 9.12: eoTtv TrpoaavaTrX^powã ... TrepuTCTetxnxrasup re... transborda; / 9 / - I I Co 12.1: o-upupepov e o r i (subentendido este auxiliar) - é proveitoso; - Cl 2.23: e b riv ... e\ovT a - têm; - Ap 1.18: £
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do ptc. pres. mp. do verbo principal): - Lc 9.18 e 11.1: e i v a i ... irpoaevxoixevov —estando a orar. f. Impf. At. Ind. (inflexão do impf. at. Ind. de eí|xí + form a do ptc. pres. at. do verbo principal): - M t 7.29; Mc 1.22; Lc 4.31; 5.17; 13.10; 19.47: 21.37: -qv ... ôiôáaK w v - estava ensinando-, - M t 12.4: e£òv t|v - era permitido; - M t 19.22; Mc 10.22; Lc 4.33; Jo 5.5: ”qv ... ex<*>v —tinha, es tava tendo; A - Mt 24.38: -rjcav ... Tpw^ovTeç k o i m vovTeç, 7a|xauvT€<; Ka'i 7ap,í^ovT€<5 - comiam e bebiam, casavam e se davam em casa mento; - Mt 27.55; Mc 15.40:’Hcrav ... Becopoíom - contemplavam; - Mc 1.6: Tiv ... ecrOoov - comia; - Mc 2.18: VjCTav ... v-qorew vTeç — estavam jejuando; - Mc 4.38:jqv ... KaOevôwv - estava dormindo; - Mc 5.5: -qv KpáÇwv K at KaTaKOTrrcov - gritava e feria-se; - Mc 9.4: rjo a v cruXXaXauvTeç - conversavam; - Mc 10.32:’ H a a v ... âvafkavovT eç - estavam subindo e T|v Trpoáyuiv - ia adiante; A
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- Mc 14.4: •qcrov... a^avaKTouvTeç - indignavam-se; - Mc 14.49: Tjp/qv ... ôiôáoxcov - eu estava ensinando; - Lc 1.21; A t 10.24: r jv ... TrpoaôoKwv - estava aguardando; - Lc 1.22: T|v ôiaveixúv - fazia acenos; - Lc 2.8: -qcrav ... òrypavXawTe«; K ai cpuXacraovTeç - esta vam no campo e montavam guarda; - Lc 2.33: ... 0a-u|xá£ovTeç - enchiam-se de admiraçãç; - Lc 4.20: -qaav ótTevíÇovreç e A t 1.10: aTevíÇovTcs “qo av - estavam a mirá-lo; $ ' - Lc 4.44: -qv «cqpwCTwv - ia pregando; - Lc 5.16: -qv im oxojpw v - costumava retirar-se; - Lc 6.12: SiavuKTepevojv - passava a noite; - Lc 8.40: Tjoav ... TTpoaôoKcbvTeç - estavam aguardando; - Lc 11.14: -qv eKpáXXoov - estava expelindo; 1438
- Lc 13.11: T|v ovyKVTTTowa - era encurvada; - Lc 15.1 :*Hcrav... eyYiÇovreç - estavam a aproximar-se; - Lc 23.8: ... GeXoov - estava desejando; - Lc 24.53: T|croí.v ... eõXo-yauvTeç - estavam bendizendo; - Jo 1.28; 3.23; 10.40: i^v ... 0aTTTi£oov - estava batizando; - Jo 18.30: T iv... ttoiolív - estivesse fazendo; ' - A t 1.13: T|CTav KaTajxevovTeç - deixavam-se ficar; - A t 1.14; 2.42: 'qcrav TrpoCTKapTepovvTes - estavam perse verando; - A t 2.5: r p a v ... koítoikoGvtcç - estavam residindo; - A t 8.1: r\v ouv€u 8ok
-A
- 11 Co 5.19: r\v ... KaTaXXáaocov - estava reconciliando; - Gl 1.23: oiKauovTeç T)aav - estavam ouvindo; - Fp 2.26: emTroGoijv t|v ... K ai âÔT]|xov(ov - estava sausosô e angustiava-se. g. Impf. MP. Ind. (inflexão do impf. at. Ind. de eip x + forma do ptc. pres. mp. do verbo principal); - Mc 1.13: T |v... 'ireipa£ó|Aevoç - estava sendo tentado; - Mc 2.6: r|CTav ... KaGTjp-evoi K a i SiaXo^yiÇofxevoi - esta vam assentados e arrazoando; - M c 5.11; L c 8.32: t|v ... (Boctkopà vr\—pascia; - Mc 14.40: TjCTav ... KaTafJapú|X€voi —estavam sobrecarre1439
gados; - Mc 14.54: T)v cnryKaOriixevoç ... kcu Gep|xaivo|xevoç estava assentado... e aquecendo-se; - Mc 15.43; t)v TrpoCTÔexóp^vos - aguardava; - Lc 1.10: r j v ... Trpoo-euxópevov - estava orando; - Lc 2.51: tmoTaaaó(xevoç - era submisso; - Lc 4.38: r|v ouvexo|xévTq - estava acometida; - Lc 5.16: tjv ... TrpoCTeuxófxevos - estava orando; - Lc 5.17; A t 2.2: 'pcrotv KaGrfjxevoi - estavam assentados; - Lc 5.29: T|crav... KaTotKeífxevoi - estavam reclinados; - Lc 9.53: tjv irop€W|xevov - estava indo; ^ - Lc 13.11: rjv ... p/rj ôw apev-ri - não podia; - Lc 14.1: -rço-av Traparripovpevoi - estavam observando; - Lc 23.53: T|V ... «eípevoç - fora deitado; - Lc 24.13: tjctcxv Tropevópevot - estavam indo; - Lc 24.32: K aiopevri f)v - abrasava-se; - Jo 2.6: T)(rav ... K eípevat - estavam postas; - Jo 13.23: âvotKeípevoç - estava reclinado; - Jo 18.18,25: tqv ... Geppmvópevoç - estava aquecendo-se; - A t 8.28: -rçv ... mG-ríp-evo«; - estava assentado; - A t 9.28: t|v ... eumropeTJOfxevoç eKTTopeixípevoç ... Trapptioria^ópevoç - entrava e saia ... pregava ousadamente; - A t 10.30; 11.5: T|pT|v ... 'rrpocreuxóp-evoç - eu estava orando; •? - A t 12.5: tjv ... 'yivop.evri - estava sendo realizada; - At 12.6: r\v ... Koípcópevoç - estava dormindo; - A t 12.12: T|CTav ... 'irpocrevxopevoi - estavam orando; - A t 14.7: evory7€Á.i£ó|A€voi fja a v - proclamavam as boas novas; - A t 21.3: t|v ôttrocpopTiÇójAevov - descarregaria; - Gl 1.22: T|p/rçv ... oryvooxípevoç - era desconhecido; - I Pe 2.25: T)Te ... TtXavtópevoi - estáveis desgarrados. h. Fut. At. Ind. O fut. perifrástico de Aktionsart linear se ex pressa, geralmente, por forma de GéXw - querer - e péXXco - estar a
f
k
1440
c
u
para - em locução com o Inf. do verbo principal. Aparece, todavia', na formação regular: inflexão do fut. méd. Ind. d e e ip i + ptc. pres. at. do verbo principal, nas seguintes passagens: - Mc 13.25: e a o v T a i... m irT o vre ç - estarão caindo; - Lc 1.20: aionrcòv p/f| ôw ájxevos - estarás mudo e sem poder; - Lc 5.10: ecng £tú7 p<í)v - estarás pescando; - Lc 17.35: ecrovTca ... á \T |0 o w a i - estarão moendo; - I Co 14.9: ècr€CT0e ... XaXovvre«; - estareis falando. i. Fut. Pass. Ind. (inflexão do fut. méd. Ind. de elpx + forma do ptc. pres. pass. do verbo principal): - M t 10.22; 24.9; Mc 13.13; Lc 21.17: &jetr0e fxujoú|xevoi sereis odiados; - Lc 21.24: Í otou TraTotijxévr] - será pisoteada; - Lc 22.69: e a r a i ... Ka0V)p,evoç - estará assentado. € c t t |
k
c
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j. Perf. At. Ind. (inflexão do pres. at. Ind. de e t|xi + form a do ptc. perf. at. do verbo principal): - A t 5.25: elcrív ... eoróneç - estão postados; - A t 21.33: eoTiv ... ,rr€'iroLT|KO)ç - havia feito; - A t 25.10: laTÒ)«;... €t|xt - estou posto; - I Co 15.19: tiXttlkÓtcç ecr(xev - hemos esperado; - Hb 7.20: e la iv ... yeyovómes e 7.23: e ia iv 7670 votc«; - se hão tornado. k. Perf. MP. Ind. (inflexão do pres. at. Ind. de e ljx í + forma do ptc. perf. mp. do verbo principal): - Mt 10.30: r|pi,0fjuri}A€voa eicrtv - estão contados; - M t 18.20: eíoxv ... ouviyyixevoi - estão congregados; - Lc 12.2: oru7 K€KaXv(X|xevov ê o rtv - está escondido; - Lc 20.6: TreTreuTixévos ... êoTtv - está persuadido; - Lc 23.15; A t 26.26: eoTiv TreTTpct7 |xevov - foi praticado; - Lc 24.38: TeTaptryixévoi km é - estais perturbado; - Jo 2.17: 767pa|x|xévov ecrrív; Jo 6.31,45; 10.34; 12.14: e a riv 7€7pàp,p,évov - escrito está; - Jo 3.21: e o riv eíp7otap,eva - foram operadas; 1441
-
Jo 3.28: cnreoTaXfAévoç ei|xt - fui enviado; Jo 20.30: eoTiv 7e7 pa|x|xeva - foram escritos; A t 2.13: |xefA€o-Tú)fA€Voi e lo ív - estão cheios de mosto; A t 25.14: e a riv KotTaXeXe ifAfievo«; - fo i deixado; Rm 13.1: TeTorYfjievoa euxív - foram ordenadas; I Co 5.2: 'TrecpwiíO|xévoi ecrre - estais inflados; I Co 7.29: (nn>eoT
zido;
- II Co 4.3: eoTiv K€KaXu|A|xévov e e o rtv KCKaXvfXfxévov está encoberto; - Ef 2.6,8: co re CTeawaixévot - fostes salvos; - Cl 2.10: eo rè ... TreTrXtipcoixévoi - estais plenificados; - Hb 4.2: êa(xev etnqyyeX iapivoi - foram-nos proclamadas as boas novas; - Hb 10.10: Ti^iaCTfievoi eorfxev - fomos santificados; - II Pe 3.7: TeQTfiaavpicrp-évoi ewrív - foram entesourados; - I Jo 4.12: TeTeXeuúfxeVin ... I cttiv - se há consumado. l. Perf. A t Subj. (inflexão do pres. at. Subj. de el|xí + forma do ptc. perf. at. do verbo principal): - 11 Co 1.9: ircTroiBÓTeç cofxev - confiemos; - Tg 5.15: ?j 'n,eTTOLT|Kc»)ç - houver cometido. m. Perf. MP. Subj. (inflexão do pres. at. Subj. de e l|xí + form a do ptc. perf. mp. do verbo principal): - Lc 14.8: r\ KexXiQixévoç - seja convidado; - Jo 3.27; 6.65: rj SeSojxevov - for dado; - Jo 16.24; I Jo 1.4: f j /TT€'irX'ripco|xévTi - seja levado à pleni tude; - Jo 17.19: (úcrtv ... ^ 7 taa|X€vot - sejam santificados ; - Jo 17.23: woxv T€T€X€i(ú(xevoi - sejam plenamente con sumados; - I Co 1.10: T|Te ... KotTT|pTUT(jLevoi^—sejais integrados; - II Co 9.3: TrapeaKevacjpuevoi rjT€ - estivésseis prepara dos. n. Perf. MP. Imper. (inflexão do pres. at. Imper. de elp x + 1442
forma do ptc. perf. mp. do verbo principal): - Lc 12.35:3'Ecttüxtov ... 'TrepieÇwapiévoa - estejam cingidas. o. Perf. MP. Ptc. (inflexão do ptc. pres. at. de etpií + form a do ptc. perf. mp. do verbo principal): - Ef 4.18: eaKOTíú|xevot... ovtcç - estando entenebrecidos; - Cl 1.21: õvTaç QnrqXXorpiaíp^vauç - estando alheados. p. Mqpf. At. Ind. (inflexão do impf. at. Ind. de eípií + forma do ptc. perf. at. do verbo principal):^ - Lc 1.7: TrpopePqKÓTes — 'qo-oiy - eram avançados; - Lc 5.1; Jo 18.18,25; A t 16.9: y\v ... êo-tíoç - achava-se pos tado; - Lc 5.17: -rjicrav éX^XtiBÓTe«; - eram vindos; - A t 8.16: -qv... i'imr€'irrí*)KÓ<; - havia caído sobre; - A t 21.29: T|(Totv... 'irpoecopaicoTcç - haviam visto antes; - A t 22.20: TÍpu-qv €
são;
^ , 4 Lc 15.24,32: r\v ctTToXwXroç - havia-se perdido; Lc 18.34: i p ... K€Kpup,|X€vov - era oculta; Lc 23.51: ovyKaTaTe0et|xevo<5 - havia assentado; Lc 24.55: irçcrotv crweX-irçXuOmoii - haviam vindo junto; Jo 1.24: a-TrecTTaXixévoi 'rçcrav - haviam sido enviados; J o 3.24: rjv PefUX^p-evoç - tinha sido lançado; Jo M A 6 :r\v ... 7€7 pafx(jieva- havia sido escrito; Jo 13.5: 'qv 8ie£(jxrfxévo
- A t 20.8: 'Hp.ev owryy|X€voi^- havíamo-nos congregado; - A t 20.13:8wxT€Ta7 |X€vo
ria de esperar-se-lhe expressão perifrástica. Entretanto, dois casos se positivam em o Novo Testamento em que assume o aor. esta formação. De lembrar-se é que, aliada a inflexão do im pf. at. Ind. de elp x à forma do ptc. aor. méd. ou pass. do verbo principal, aquela retém a idéia tem poral, este somente a noção qualitativa de ação. Referem-se, pois, a fato punctiliar em perspectiva de anterio ridade, correspondendo na tradução ao im pf. o prim eiro, ao mqpf. o segundo, aquele na voz média, este na passiva. - São eles: A - II Co 5.19: ■qv... 0€|X€voç - estava colocando, colocoir, e - Lc 23.19: rjv ... px-qôeíç - havia sido lançado; - Variante ou modalidade perifrástica ainda mais especiosa, se bem que assaz expressiva e apropriada em teor, constitui-a a lo cução em que se associa a inflexão do verbo eíp-i a adjetivo de cu nho verbal, predicativo, em perfeita correspondência à form a finita da flexão passiva regular. Exemplos desta construção perifrástica oferecem: - Lc 4.24: ôeicroç e o riv = SexcTcn - é recebido; - Jo 6.45: eaovToa ... ôiôgíktoi = ôiôaxOTfarovToa - serão ensinados; - Jo 18.15: nrçv yw oaróç = ê-yivcácKeTO - era conhecido; - A t 11.17: Tip/qv ôuvoítÓç = eôw á|xr|v - eu podia, podería; - A t 28.22: 'yvtooròv ... I o t iv = 7 iv(í)cn
a integridade do restante da sentença; - Do exposto, vê-se que é o genitivo absoluto, assim cha mado em razão do caso em que se põe o ptc. e da natureza autô noma da cláusula, puro m odificador circunstancial, simples adjunto adverbial, mero apêndice fraseológico a acrescentar pormenor, m i núcia ou particularidade não essencial à expressão, todavia, ele mento que a colore, enriquece, aprofunda; - Ex. - €Ti otmoTJ XaXowTOÇ, tôcru vecpeXq (paneuní) e'ireo,KÍaaev outoúç - Estando ele ainda a falar, eis uma nuvem lumi nosa lhes sobrepairou (Mt 17.5). A cláusula e r i ourou X oX ow ros é evidente genitivo absoluto, póis que tem o verbo em form a participial (Xo XoGvtoç, pres. at. ptc.), ambos, o sujeito outou e o predica do XaXowToç, estão no genitivo e a cláusula se pode toda remover sem prejuízo da integridade gramatical da porção restante, repre sentando simples adjunto adverbial têm poro-m odal; - De natureza, não tem nenhum dos componentes do geni tivo absoluto vinculação direta com elementos da cláusula principal, representando adjunto circunstancial extrínseco, modificador apen so, cláusula distinta, destacada, gramaticalmente independente; - Todavia, exibe o Novo Testamento exemplos de senten ças em que subsiste implícita vinculação de termos da cláusula ge nitiva com elementos da principal; - É o que se vê em A t 21.34, em que o genitivo absoluto p/q 8w ap,evou 8è a vro v yvcovca - não podendo, porém, ele saber - se vincula expressamente ao sujeito de IxeXeuCTev - ordenou - , o substantivo implícito -xiXuxpxos — comandante - , pelo que mais própria seria assumirem form a nominativa os termos básicos do genitivo absoluto, logo: p/q 8uváp.evo<; 8è oturòç ywúvoti. Como é, o que devera ser simples ptc. adjuntivo em função adverbial, em nominativo, se transpolou em genitivo, passando a constituir cláu sula distinta, gramaticalmente desconexa, sintaticamente, porém, vinculada. É, pois, genitivo absoluto em que os termos específicos se relacionam diretamente com elemento da principal; 1446
(6) D iscurso Indireto - Como se frisou em relação ao Inf., também o Ptc. pode aparecer no chamado discurso indireto, isto é, em cláusulas refe rentes a citação ou interrogativa originais agora dependentes de principais de verbos declarativos ou perceptivos, ou que significam DIZER, PENSAR, DECLARAR, SABER, SENTIR, OUVIR, PERCE BER, e similares; - Ex. - iv a clkowú Ta ê|xa tckvql I v r í j ôtXr|0eía Trept— ira T o w ra - Que ouça que meus filhos estão andando na verdade (III Jo 4). 0 ptc. pres. at. 'irepiiraTOWTa, acus. pl. neutro, está em dis curso indireto em cláusula dependente de verbo perceptivo, aKoúw - ouça. A expressão direta, original, seria: Ta e p á TCKva ev r q 9 f /S A ^ aXTrjSeia TrepnraTcnxriv (ou iTepnraTei, que o sujeito neutro plural pode ter o verbo no singular) - Os meus filhos estão andando na ver dade. Após verbo perceptivo, a citação sofre a conversão do Ind. 'TrepnrttToíxTiv (ou TTepuraTeí) em Ptc., TrepiiraTouvra, destarte, ptc. em discurso indireto; (7) Relação reversa - Não apenas em discurso indireto, mas em locuções e fra ses complementacionais pode o ptc. aparecer após form a verbal, seja na função de cláusula paralela ou extensional, seja na posição de simples apêndice ou adjunto complementar; - Particular atenção merece a seqüência em que vem o ptc. após inflexões regulares de XavOávío - m anterem segredo, ocultar, desconhecer, de nryxávcú - acontecer, sobrevir - e de
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- Dada esta especiosidade funcional, im porta não apenas processar-se a reversão dos term os na tradução mas ainda cam biar-lhes o tempo, de sorte que ao ptc. se atribuirá a projeção te m poral em que se acha a inflexão finita, e vice-versa; - Não poucas vezes, m elhor ficará traduzir-se a inflexão re gente original, feita a reversão, por advérbio ou locução equivalen te; - Esta modalidade fraseológica se assinala duas vezes em o Novo Testamento; em M t 17.25 e Hb 13.2; - Em M t 17.25, a expressão é: Trpoe(p0aaev onrròv ó ° Iq — ctouç Xe^íúv, o ptc. pres. at. de - d iz e r- a complementar ao 19 aor. at. Ind. de TrpotpQáv(ú - preceder, antecipar-se. A tradução literal seria: Antecipou-se-lhe Jesus, dizendo. Revertidas as formas verbais, em função e sentido, o ptc. a assumir o teor aoristo de Trpoétpôa— oev, este a perspectiva do presente \ e 7c0v, ficará sendo: Disse-lhe Jesus, antecipando-se-lhe, ou, antes que ele falasse, disse-lhe Jesus, em acepção mais livre, observada a reversão dos tempos; - Em Hb 13.2, a expressão é: eXaOóv Tives ^evuravreç cryyéXauç, o 19 aor. at. ptc. de - hospedar - a complementar o 29 aor. at. Ind. de Xav6cívct> - desconhecer. Traduzida literalm en te, seria: desconheceram alguns, havendo hospedado anjos, que, re vertidas as formas, equalizados os tempos, melhor ficará: hospeda ram anjos alguns, não tendo disso consciência, isto é, sem o haverem sabido.
3.7 - Síntese a. Tempos - Assim se distribuem os tempos pelos vários modos: - TRÊS (pres., aor. e perf.) ocorrem em TODOS os modos; - DOIS (fut. e fut. pf.) aparecem apenas em QUATRO (Ind., Opt., Inf. e Ptc.); - DOIS (impf. e mqpf.) lim itam -se a UM (Ind.); 1448
b. Modos - Em relação ao número de tempos em cada modo, a distri buição é: - UM modo (Ind.) tem TODOS os tempos; - TRÊS (Opt., Inf. e Ptc.) têm CINCO tempos (pres., fut., aor., perf. e fut. pf.); e - DOIS (Subj. e Imper.) têm TRÊS tempos apenas (pres., aor. e perf.); 3.8 - Sinopse - Em termos da form a básica, assim se mostraria a sinopse de irwrreúa) nos diversos modos: a. Indicativo: 15 formas: (1) Pres. At.: m orreu — <ú (2) Pres. MP.: iru rre ú — o — fjicu (3) Impf. At.: e — iría re u — o — v (4) Impf. MP.: e — m o re u — o — jxt|v (5) Fut. At.: m o re u — cr — co (6) Fut. Méd.: m oTeu — a — o — jx a i (7) Fut. Pass.: m o re u — 0-q — a — o — jx a i (8) 1- Aor. At.: e — ir io r e u — a ã (9) 1- Aor. Méd.: e - irio T e u — a a — jj/qv (10) Aor. Pass.: e — ttutt€v — 0r) — v (11) Perf. At.: ire — iríaTeu — Ka (12) Perf. Méd.: ire — irío re u — p,ai (13) Mqpf. At.: e — ire — irurTeú — Ket - v ou e iru rre ú — ktj (14) Mqpf. MP.: e ~ ire ~ m aTeú — p r|v (15) Fut. pf. MP.: ire — m o re u — a — o — |xa i b. Subjuntivo: 7 formas: (1) Pres. A t: m o re u — o» (2) Pres. MP.: iru rre ú — co — jx a i (3) 15 Aor. At.: m o re u — a — co
ire —
(4) (5) (6) (7)
19 Aor. Méd.: -mcrreú — cr — oo — (juxi 19 Aor. Pass.: Trurreu — 0 — w Perf. At.: ttc — m crreú — k — co Perf. MP.: ttc — Trurreu — (xev — oç, tj, ov go
c. Optativo: 11 formas: (1) Pres. At.: m crreú — o — i — jxt (2) Pres. MP.: Trurreu — o — t — p/qv (3) Fut. At.: m crreú — cr — o — i — p i (4) Fut. Méd.: m crreu — er — o — i — pT]v (5) Fut. Pass.: Trurreu — 0-q — cr — o — i — p*qv (6) 19 Aor. At.: m crreú — era — i — p i (7) 19 Aor. Méd.: mcrreu — act — i — p^v (8) 19 Aor. Pass.: Trurreu — 0e — vq — v (9) Perf.At.:-ire — TrurTeú — k — o — i — p i (10) Perf. MP.: -ire — m crreu — pev — o ç ,^ , ov etiqv (11) Fut. pf. MP.: ne — m crreu — cr — o — i — p/qv d. Im perativo: 7 formas: (1 ) Pres. At.: m crreu — e (2) Pres. MP.: m crreu — ou (3) 19 Aor. At.: Tricrreu — crov (4) 19 Aor. Méd.: m crreu — o m (5) 19 Aor. Pass.: TrurTeú — 0Tq — t i (6) Perf. At.: Tre — m crreu — k — e (7) Perf. MP.: ire — Tríerreu — cto e. Infinitivo: 11 formas: (1) Pres. At.: TrurTeú — eiv (2) Pres. MP.: m crreu — e — cr0ai (3) Fut. At.: m crreu — ct — eiv (4) Fut. Méd.: Trurreú — cr — e — cr0ai (5) Fut. Pass.: TrurTeú — 0*q — or — e — cr0ai (6) 19 Aor. At.: Trurreu — tra t (7) 19 Aor. Méd.: TrurTeú — trot — cr0ai 1450
(8) 1- Aor. Pass.: iru rre u — 0-q — v a i (9) Perf. At.: ttc — m aTeu — K€ — v a i (10) Perf. MP.: ire — m o r e v — aG ai (11) Fut. pf. MP.: ire — TriOTeú — a — e — a 0 a i f. Particfpio: 11 formas: (1) Pres. At.: m oreu — ío — v, maTeú — ou — crá, -mareu — o —v (2) Pres. MP.: m o re u — ó — p,ev — os, tj, ov (3) Fut. At.: m aTeú — a — ío — v, rnaTev —
Teu — a à — v (7) 19 Aor. Méd.: m aTeu — a ã — jjiev — os, i\, ov (8 ) I 9 Aor. Pass.: -m oreu — 0eí — s, m aT eu — 0eí — a á , m aT eu — 0e — v (9) Pprf. At.: -tre — m aTeu — k — o> —
4. VERBOS COMPOSTOS 4.1 - Natureza - Elevada cifra há, através do Novo Testamento, de verbos compostos, isto é, form as em que ao verbo simples se antepõe elemento integrante, na maioria dos casos preposições, com po nente esse que afeta o sentido final em moldes ora mais, ora menos sensíveis; 1451
4.2 - Preposições a. Noção - Complexa é esta matéria, uma vez que a mesma preposição se pode prestar a múltiplas conotações, por vezes representa sim ples agente intensificador do sentido, em certos casos já de todo perdeu a força prim itiva de expressão. E cabe ao bom hermeneuta ou exegeta deslindar em cada texto qual o real impacto semântico da preposição;
b. Aplicação - Reduzida a questão a form a extremamente simplificada, dirse-á que o sentido básico das preposições e a noção específica de que podem revestir as inflexões que integram assim se resumem: (1) á|jupt - em redor de, em torno de, em volta de. - Noção: envolvimento, globalidade, alcance, extensão; - Ex. - fJáXXto (Ap 12.4) - lançar, atirar, - ã(jupi0óXXü> (Mc 1.16) - lançar em volta, atirar em tor no;
(2) otvá - acima, de novo, de volta. - Noção: repetição, incrementação, prolongamento, exten são, ascensão, retorno; - Exs.: (a) - ay<ú (Lc 10.34) - levar, conduzir, - avoryo) (At 9.34) - levar para cima, fazer subir, (b) - fiXemo (Rm 7.23) - ver, - a v a p x é irw (M t 20.34) - tornar a ver, recobrar a visão; (3) avTt - contra, frente a, em oposição a, em vez de, em troco de, por, sobre. - Noção: oposição, contraposição, contrariedade, contraste, comparação, reciprocidade, substituição, troca, reversão; 1452
- Ex. - Xéyoi (Mc 1.24) - dizer, - avTi\éyü> (Lc 20.27) - falar contra, contradizer, pro nunciar-se em lugar de; (4) â iro - de, longe de, da parte de, fora de, de volta. - Noção: procedência, separação, distanciação, afastamen to, privação, negação, derivação, incrementação, consumação, te r mo, limitação, diferenciação, causa, ocasião; - Ex. - KaXvnrto (II Co 4.3) - cobrir, ocultar, - cnroKaXvTrro) (G11.16) - descobrir, revelar, (5) ô iá - através de, mediante, por m eb de, entre, em razão de, de todo, além. - Noção: amplitude, intensidade, totalidade, completamento, divisão, distributividade, parcelaridade, trajetória, disposi ção, reciprocação, separação, delongamento, mediação, favorecimento; - Ex. - CTTreípw (Tg 3.18) - semear, - Suunreípo) (At 11.19) - sem ear por entre, espalhar, dispersar, difundir; (6) eis - dentro, para dentro, em, no interior de. - Noção: penetração, interiorização, infiltração, avanço, m ovim ento, referência, finalidade, resultado; - Ex. - e p x o fia i (Rm 9.9) - ir, vir, - €i
(7) €K - fora de, para fora, de dentro, inteiram ente, de todo (a típoda de eiç). - Noção: distanciação, separação, procedência, origem, exteriorização, projeção, intensidade, consumação, totalização; - Ex. - 'iropeúopm (I Tm 1.3) - andar, caminhar, ir, partir, - CKiropevopxxi (Ap 16.14) - sair, retirar-se, evadir-se; 1453
(8) Iv - em, sobre, junto, dentro de, com, por. - Noção: posição, localização, integração, entrosamento, decurso, envolvimento, ambiência, instumentalidade; - Ex. - eí|xí (M t 22.32) - ser, - ev€i|juL (Lc 11.41) - estar dentro, existir em; (9) e m - sobre, em, junto, contra, em direção de, perante. - Noção: intensidade, adição, acréscimo, completamento, sucessão, reciprocação, posicionamento, relação; - Ex. - 7 tv(úo-K(i) (Jo 15.18) - saber, conhecer, - € m 7 iv(úOK&> (At 12.14) - perceber, reconhecer, co nhecer plenamente, concluir; (10) KctTcí - abaixo, contra, em direção a, para com, de con formidade com. - Noção: subordinação, inferioridade, detrimento, intensi dade, oposição, conformidade; - Ex. - 7 €\á(D (Lc 6.21) - rir, aiegrar-se, - KotTcryeXáo) (M t 9.24) - escarnecer, zombar, ridicula rizar; (11) jxeTct - com, junto, em companhia de. - Noção: mudança, transformação, translação, participação, reciprocidade, companhia; - Ex. - voecü (Mc 7.18) - te r em mente, cogitar, - |xeTavoé(d (Lc 10.13) - mudar de pensar, arrependerse, passara te r nova mentalidade; (12) irotpá - de, da parte de, junto a, ao iongo de, para, diante de, além de, ao lado de. - Noção: colateralidade, justaposição, conexão, paralelis mo, procedência, adição, excesso; - Ex. - hyyéXKoi (Jo 20.18) - anunciar, referir, proclam ar, - Trapa77É\Á.a) (At 15.5) - determinar, ordenar, precei tuar; 1454
(13) ire p í - em redor de, acerca de, sobre, a respeito de. - Noção: contorno, extensão, incrementação, adição, exces so, envolvimento, divagação, referência; - Ex. - 'iraTéú) (Ap 19.15) - pisar, trilhar, andar por sobre, - TrepwraTeü) (M t 14.25) - andar em derredor, vaguear, perambular, passear, (14) arpo - antes, à frente de, em favor de, em lugar de. - Noção: anterioridade, preferência, substituição, intensi dade, avanço, promoção; - Ex. - 7 páço) (Mc 9.12) - escrever, grafar, - 'irpo-ypcKfxo (Rm 15.4) - escrever antes, antegrafar, escrever em favor ou lugar de; (15) TTpóç - para com, diante de, na presença de, junto a, pe rante, além de. - Noção: adição, acréscimo, escesso, avanço, contiguidade, junção, posicionamento, presença; - Ex. - ep xopm (I Co 15.35) - ir, vir, - irpocrépxop.ai (I Tm 6.3) - acercar-se de, ir ter com, aproxim ar-se, com parecer perante; (16) crúv - com, juntamente, na companhia de. - Noção: companhia, associação, junção, simultaneidade, participação, colaboração, solidariedade; - Ex. - cryo (Hb 2.10) - levar, conduzir, -
(18) v n ó -s o b , debaixo, aquém (antípoda d e w e p ). - Noção: carência, deficiência, inferioridade, subordinação, diminuição, limitação, sotoposição; - Ex. - TctocroD (Mt 28.16) - dispor, alinhar, viroTácro-co (Lc 10.17) - sujeitar, submeter, subordinar. -
4.3 - Outros - Outros elementos, especialmente partículas adverbiais, to davia, mesmo adjetivos e nomes, se associam a formas verbais simples na formação de compostos, facultando à língua riqueza de expressão e variedade de sentido aos termos; - Exs.: a. evôoK€0) - haver p o r bem, aprazer-se, agradar-se (Rm 15.26): é composto do advérbio eu - bem - e do simples 8ok€(ú - pensar, considerar; b. opTo0o|xéo) - cortar retamente, m anipular com destreza, expor de forma precisa (II Tm 2.15): é com posto do adjetivo op0bç, *r\, ov reto, direito - e de TO|xect), derivativo de t €|xvü) - cortar.
4.4 - Regência a. Variedade - A rigor, deveria o term o ou frase complementar destes ver bos assumir o caso correspondente à regência da preposição inte grante, o que se observa, em larga escala, no clássico. Entretanto, nos escritos néo-testamentários registra-se ampla variedade neste ponto; b. Modalidades - Assim é que a complementação destes verbos enseja, atra vés do Novo Testamento, as seguintes modalidades distintivas de regência: 1456
(1) Repetição da preposição - Repete-se com o term o complementar, posto no caso re querido, a preposição integrante, que, destarte, aparece duplicada, na form a verbal e antecedendo ao complemento; - Ex. - Kai eícrrj\0€v etç yqv ’IoponfjX - E entrou na terra de israel (M t 2.21). A preposição ei«;, que integra o 2- aor. at. Ind. eitrqXOev - entrou - , aparece também a preceder ao substantivo complementar yx\v - terra - , no acusativo, caso associado à prepo sição eiç. Desta sorte, está a preposição repetida, no verbo e ante o term o complementar, fato que no clássico indicaria ênfase destaca da, não assim, porém, no coiné; (2) Omissão da preposição - Aparece a parte complementar no caso requerido pela preposição integrante da form a verbal composta, que se não repe te, limitada, pois, ao verbo, om itida ante o term o ou frase com ple mentar; - Ex. - avTeXápeTO ’IopaT|X Traiôòs a v ra u - Rendeu ajuda a Israel, seu filho (Lc 1.54). Está a parte com plem entar,’ IoporqX TraiSò? a vro u em genitivo, caso requerido pela preposição âvTt, integrante, elidida, do 2- aor. méd. Ind. composto avTeXcí0€To rendeu ajuda - , não repetida a preposição diante da porção com plementar. É, pois, regência em que se om ite a preposição diante do complemento, restrita, destarte, à form a verbal; (3) Caso diferente - Complemento não preposicionado, todavia, em casa dife rente do normativamente associado à preposição integrante da forma verbal, discrepa a regência, a preposição a ditar um caso e a porção complementar a assumir outro; - Ex. - K at ôieX0óvT€<; r q v Ilic riô ía v - £, tenao atravessa do a Pisídia (At 14.24). Deveria a parte complementar rr)v IlurtS íctv - a Pisídia - aparecer no genitivo, riv» Ilu n & ia ç , que é o caso asso ciado à preposição 8 iá , elidida, integrante do ptc. 2- aor. at. 8ie— 1457
\0òvT€ç. Acha-se, entretanto, em acusativo, a discrepar da regência normativa, assumindo caso diferente do esperado; (4) Preposição diferente - Regência ainda mais variada, ocorre na form a verbal uma preposição a integrá-la e ante a porção complementar outra, dife rente. Isto é, a preposição que integra a inflexão verbal não tem projeção sobre a parte complementar, substituída que é por outra em função da qual se constrói ela; - Ex. - I kk A ivcítú) ôe cmto kcikov - Afaste-se, porém, do mal (I Pe 3.11). A form a verbal, o 19 aor. méd. Imper. eKicXivctTO), 39* p. s., - afaste-se - , integra-o a preposição ! k , mas o term o com plementar Kotxov —m al embora genitivo, está regido da preposi ção cnro'. Logo, uma é a preposição que integra a inflexão verbal, outra a que assiste à porção complementar, diferentes, portanto.
5. VOCABULÁRIO 604. aXaç, aXaToç, to. Também aXa, aXotToç, to ou aX— ç, aXóç, b - Sal. 605. áXíÇo), aXíaco, t^Xicto, T|XiKa, VjXwj(xai, 'qXÚT0,ryi> - Sal gar, 606. aváXoç, ov. Composto da privativa ôt - sem, não - e de aXç, aXos, 6 - sal - Sem sal, insípido, insosso, desenxabido, sem sa bor. 607. àvacpepco, avoúrw , â v^ve ^K a ou oanríve^Kov, avevrjvoxá, otvevqve^jxat, âvTjvexOriv. Composto da preposição òtvá —acima e
611. fktoráÇ ü), Potcrráo-ü), efJcxTaara, |3ePctoTaK<&, (Je|3áo— Takr)|M u, €Paora(a)0iriv - Carregar, transportar, levar, conduzir, reti rar, levantar, suspender, suportar, sustentar, agüentar, arrostar com. 612. ôevrepoç, ã , ov. Ordinal - Segundo. 613. 6u |kxú>, ônJnÍCTü), eôwpTjooi, 5e8ú|nr)KÒt, ôeSúfnrçixoa, e 8 i— vlrf|6ijv - Ter sede, estar sedento. 6 1 4 . eyypóupo), eve7pav];ã, eyye^p atp á, eyyé— 7pat|t|uu» cvc7pá(p^v. Composto da prepòsição £v - em - e de 'ip ó u p t^ — e s c r e v e r - Inscrever, grafarem , gravar, im prim ir. 61& eqpipieúú», eip-rpeúcrco, eipT ]vew à ou ^p irfv e w a , eípT]— vewca ou ^p ijvE uca , eLprjveu|xoa ou ^p^v€V |xai, etp-rçveúÔTiv ou Tjprypeúíhiv - E star em paz, te r paz, m anter a paz, prom over a paz, pa cificar. 616. erraivoç, ou, o. Composto da preposição enx - sobre - e de a ivo ç, ou, õ - louvor - Aplauso, elogio, louvor, loa, recomendação. 617. £ckú, Ç^ctío, 0é^T)crá, e^K tx, e ^ jx a t, IÇ tiO^v - Viver, ter vida, estar vivo, subsistir. 618. tKavóç, r\, óv - Capaz, suficiente, competente, bastante, digno, adequado, qualificado, habilitado. 619. urxupóç, ã, óv - Forte, robusto, vigoroso, poderoso, vee mente, enérgico, severo, firme, seguro, resistente. 620. KaOcarep. Advérbio, composto da preposição KotTot conforme - , do relativo oí. - (coisas) que - e da partícula intensiva Trep - Assim como, justo como, exatamente como. 621. KctTevOuvct), KotTevOuvw, KaTeúOOvà, KaTeúOuKci, kcxtcúOujiat, KaTeu6ú0T]v. Composto da preposição kcxtcx - conforme - e do verbo euOúvw - retificar - Orientar bem, dirigir apropriadamente, guiar com êxito, endireitar, fazer reto, retificar. 622. KpuTTTÓç, r\, óv - Oculto, secreto, escondido, absconso, ig noto, clandestino. 623. pteTÓvoiá, ãs, ti - Mudança da mentalidade, transformação do modo de pensar, arrependimento, reforma, renovação, reversão da personalidade. 624. õmoxo. Advérbio ou preposição im própria a reger com
1459
plemento em genitivo -A p ó s, depois, por trás, atrás, detrás. 625. òijjóvtov, ou, to - Paga, ordenado, salário, estipêndio, soldo, recompensa, ração, provisão, taxa, rendimento. 626. -rravco, m nxno, eT raw á , TréjravKa, 'ireTroruixai, e-irocúO^v. Mais frequentemente na voz média - Cessar, pausar, sustar, parar, conter, restringir, proibir, desistir, dar de mão. 627. Tretváo), Treivãao) ou 'ireivqCTG), eTreívãaá, TreTreívdt— Ka, TreTreívãixai, eTreivãO-riv. O á temático, visto que não o pre cedem e, i, p, em alongando-se, dever-se-ia to rn a r^ ; todavia, fazse, normativamente, õt - Ter fome, estar faminto, apetecer, desejar intensamente, carecer, necessitar. 628. Trepioxreixú, Trepicrcrewa), eTrepÍCToevcrá, 'ireTrepúraema, TTCTrepLaaevpuai, eTrepiotrevB-nv - Avultar, superabundar, transbor dar, exceder, sobrar, superfetar, incrementar, possuir em abundância, ser abastado, superar. 629. 'TrÁ.ávnrç, qs, r\ -> Andança, vaguear, transviamento, desvio, engano, ludíbrio, logro, fraude, impostura, falsidade, perversão, sedu ção, impiedade, pecado, erro. 630. TTÁ.eová£co, irXeovácra), e^Xeóvacra, ireirXeóvaKá, ire — irXeóvaCTpxxt, eTrXeovácrGqv - Exceder, ultrapassar, regorgitar, avul tar, superabundar, aumentar, te r mais. 631. -n-Xtív. Advérbio, conjünção ou preposição im própria, se guida de genitivo - Mas, porém, contudo, todavia, não obstante, en tretanto, ademais, somente, salvo, exceto, à parte de, além de, de qual quer modo. 632. -irpoá^o), Trpoá^co, irp o r^ a ^ o v , 'irpoqxci, Trporpy— p m , Trpoqxôqv. Composto da preposição arpo - antes, à frente de - e de a^íú - levar, conduzir - C onduzirá frente, ir além, avançar, pre ceder, antepor-se, deparar, por diante, encaminhar. 633. 'npoCTçepcú, irpoaoCáco, TrpoCTqveyKov ou irpotrqve^— Kot, ^poaevrfvoxã, TrpoCTevqve7 p a i, irpocrqvexGqv. Composto da preposição irpóç - diante de - e
descência. 635. iríOTTOTC. Advérbio usado sempre após negativas, com posto da partícula enclítica adverbial irco - d ê ce rto m o d o - e do ad vérbio de tem po iro re - en tã o - Ja m a is , n u n ca , e m tem po a lg u m . 636. oóvSeopoç, ou, o. Composto da preposição ouv - c o m - e òeopdç, ou, ó - p re n d e d o r - , de 8éo) - lig a r - L ig a d u ra , ligam ento, vín cu lo , elo, e n ga ste, atadura, la ço , p re n d e d o r.
637. TeXeurnis, TeXetórriTos, ti -
P e rfe iç ã o , c o n su m a ç ã o ,
com plem ento, a p o g e u , p o n to m á xim o .
638. •UTróS^p,«, wro&iíixãToç, to'. Composto da preposição v iro - e m b a ixo - e da forma substantiva S-fjixá - c o is a ata da - , de ôea> lig a r - S a n d á lia , alparcata, c a lç a d o .
639. vjroTotooG), 'íhroTÓ^ío, w reTa^ã, vrroTCTaxd: ou v jt o t c — TotKct, •ÚTroT€Ta7 |xai., vtt€tcíx0t)v o u vn-€Tcrfr]v. Composto da pre posição x m ó - s o b - e de t Ó octío (t Ó ttcú no ático) - d is p o r - Sujeitar, su b o rd in a r, su b m e te r.
- Na voz média: o b e d e c e r, acatar, s e r s u b m is s o a . 640.
641. xaípot), xaipT)aco ou x a P^ío-opai, éxabpTjaá, KexápTq— Kot, K cxá p rip m , exap^iv - A le g ra r-s e , re g o zija r-s e , ju b ila r. 642. x<*PbÇo|icu, xopboojxoL, exotpboáp/riv, , Kexápwx— p m , Ixapíoô-riv. Verbo depoente: S e r grato, a g ra d e c e r, a gra cia r, m ostrar fa vo r, u s a r d e b o n d a d e p a ra com , p e rd o a r, rem itir, outorgar, doar, co n ferir, c o n c e d e r, entregar, sa c rific a r. 643. xá p u j|xã , xapwrp-ctToç, t o - D o m , d á d iva , fa vo r, c o n c e s s ã o g ra c io s a , outorga, a b o n a çã o , gra tu id a d e .
& EXERCÍCIO LER, FLEXIONAR, ANALISAR, TRADUZIR 'f 301 .CH x á p is tou Kvpíou sI t|oou XpiOTou k o i r\ tou â tü S k o i T) KOivwvia tou a^íou Trveó|xaToç |X€TÒt 'TrávTtóv vfxáv
(B Co 13.13). 1461
302. E\)X.oynTÔç 6 0eô<; Kai TraT^p tou Kupiou 'rjpxov’rrçaau XpioTou, 6 euX-oynaas T|paç Iv Tràcrr] euXcryia irvevp,aTiKTi ev TOIÇ €TrOUpaVtOl<5 èv XpiCTTCù (Ef 1.3). 303. KaOcoç Kai o KUpios èxotpiaaTO uplv ovtîoç Kal v|xet«5. em irâoiv ôè toutoiç tt^v ayamiv, o eoriv oûvôeapx>ç tt)«; TeXeumyroç (Cl 3.13-14). 304. u|xâ
K a l €7evovTo cpcoval |X€7aXai ev tco oupavw, X ^ovT eç* eyeveTO T| P a o iX e ia to u koojxou to u Kvpiou T|pcov K a i to u XpiOTOU auTOu, K a i P a a iX e w e i e iç to uç a ic o v a ç tcov atcovcov (Ap 11.15). 310. e y o i p,ev up,aç p a T m Ç c o I v u ô a T i eiç p Æ T a v o i a v o ô è OTTiorco p.ou e p xop,evoç Î o x u p o T e p o ç p-ou I o t iv , ou ouk eip,i iKavôç
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P a o T a a a i . auTÔs
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TTveup,aTi a y i œ K a l Trupi ( M t 3 . 1 1 ) . 311.
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Composição de texto e arte-final: C O M P T E X T O Editora e Consultoria Ltda. Rua Conceição de Monte Alegre, 663 - Tel.: 533-4553
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