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Lição 14 O ESPÍRITO SANTO Creio Creio no no Espírito Es pírito S anto an to.................................. .................................................. ................................... ..................................... ................................. .......................... ........... 3
Lição 15 O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO Creio no Espírito Es pírito S anto an to........................................ .......................................................... ................................. .................................. ...................................... ................... 7 Lição 16 A HABITAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO Creio no Espírito Es pírito S anto ...................................... ......................................................... ...................................... ..................................... ................................. ................. 11 Lição 17 A IGREJA Creio na Santa Igreja Universal...................................... ......................................................... ...................................... ...................................... ...................15 15
Lição 18 A COMUNHÃO DOS SANTOS Creio na comunhão comunhão dos dos s antos ant os ................................... ...................................................... ..................................... ................................. ....................... ........ 19
Lição 19 A REMISSÃO DOS PECADOS Creio na na remis remisss ão dos peca pe cados dos ...................................... ......................................................... ...................................... ..................................... .................. 23
Lição 20 A RESSURREIÇÃO DO CORPO Creio na na ress res s urreição do do corpo cor po...................................... ........................................................ ................................. .................................. ......................... ......27 27 Lição 21 A VIDA ETERNA Creio na vida eterna ...................................... ........................................................ ................................. .................................. ...................................... ......................... ...... 31
Lição 22 O BATISM ATISMO E A CEI CE IA DO SENHOR SENHOR ...................................... ......................................................... ...................................... ............................. .......... 35 Lição 23 O BATISMO: ALCANCE, SIGNIFICADO E APLICAÇÃO ............................... ................................................. ..................... ...3 9 Lição 24 A CE CEIA DO SENHOR SENHOR ...................................... ......................................................... ...................................... ...................................... .................................... ................. 43 Lição 25 O GOVER GOVERNO NO DA IGR EJ A........................................... A.............................................................. ...................................... ...................................... ......................... ...... 4 ~ APÊNDICE EXPANS XPANSÃO M ISS IS SIONÁRI IONÁRIA A ..................................... ........................................................ ...................................... ...................................... ........................... ........ 51 Lição 26 RECORDAÇÃO ........................................................................................................................... 5 5
LIÇÃO 14
O ESPÍRITO SANTO Creio no Espírito Santo Texto b ási co : Jo ão 16.1-15 L e i t u r a d i á r ia ia D - Êx od o 31 31.1-11 - Ch eio d o Espírito de Deus S - João 16 16.7-15 - Con solado r, Espírito Espírito da v erd ad e T - Jeremias 31.31 1.31--34 - Leis impress as na m ente O - Rom anos 8.10-16 - Gu iado s p elo Espírito Espírito O - A t os o s 2. 2.3 7 -4 -4 7 - R e c e b e r a m o d o m d o Es E s p ír í r i to to S - Atos 13 13.1-13 - Env iado s p elo Esp írito Sant o S - Gála tas 5.13 5.13--26 - An dem os no Espí Espírit rito o
Introdução
Muitas vezes somos acusados de não ter uma doutrina sobre o Espírito Santo. Mas os itens que se seguem a “Creio no Espírito Santo" são expressões dessa doutrina. A Igreja, a comunhão dos santos, a remissão dos pecados, a ressurreição do corpo e a vida eterna somente têm sentido quando explicados dentro da obra vitalizadora do Espírito Santo. No estudo da Trindade, descrevemos o Espírito Santo como o vivificador, aquele que dá sentido a todas as coisas e, especificamente, à vida humana. Faremos um breve breve estudo estudo da sua pesso pessoa a e obra, com base base na Bíblia, a fim de compreender como ele atua na vida das pessoas.
I. No Antiga Testament Testamento o
A primeira referência ao Espírito Santo se acha em Gênesis 1.2: "... o Espíri Espírito to de Deus Deus pairava por sobre as águas águas”. ”. Ele é visto visto como alguém que está está pronto para ouvir ouvir e executa executarr ordens. “Envias o teu teu Espíri Espírito, to, eles são criados e, ass assim, im, renov renovas as a face face da da terra” (SI (SI 104.3 104.30; 0; J ó 33.4 33.4). ). 0 Espírito Santo atua: A. Na esfera intelectual do ser humano 0 Espírito Santo é o espírito da sabedoria, entendimento e conhecimento, aquele que capacita os homens para o serviço (Êx 28.3; 31.1-5; Dt 34.9). B. Na esfera moral do ser humano O Espírito Santo é, antes de tudo, o espírito da santificação. O homem é um ser moral, criado para obedecer às leis estabelecidas por Deus. O Espírito Santo, agindo em nós, é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha tudo o que é mais íntimo íntimo do corpo (Pv 20.27; 0.2 7; J o 16.7 1 6.7-11). -11). C. Na esfera religiosa do ser humano O Espírito Santo entrava na vida dos profetas, capacitando-os a receber e declarar a Palavra de Deus (Ez 2.2; Mq 3.8). Uma das grandes promessas da qual a Igreja desfruta é o dom do Espírito Santo. Por ele, as pessoas são regeneradas e fortalecidas para obedecer à vontade de Curso Preparatório para a PÚBLICA PÚBLICA PROFIS ROF ISS SÃO DE DE FÉ FÉ / 3
Deus (Jr 31.31-34; Ez 36.26-28). É o Espírito Santo, operando na vida do ser humano, que lhe dá a capacidade de amar e observar a vontade de Deus (ISm 10.6; SI 119.33, 88). II. Nos três primeiros evangelhos
III. No evangelho segundo João
As primeiras referências ao Espírito Santo tratam do nascimento de Jesus Cristo e de seu batismo, quando foi ungido para exercer seu ministério público (Lc 1.35; 3.21,22; 4.18-21). 0 ministério de J esus Cristo, sua pregação, seus milagres, etc., foram manifestações do poder do Espírito Santo (Lc 10.21,22; 11.20). Logo em seguida, encontra-se o problema do pecado contra o Espírito Santo. Alguns que assistiram aos milagres de J esus, blasfemaram contra o Espírito Santo porque atribuíram as obras de Cristo ao poder do maioral dos demónios (Lc 11.15). Há sempre uma distinção entre o poder de Cristo e o poder de Satanás. Cristo liberta e santifica, enquanto Satanás escraviza e destrói. Cristo começou seu ministério afirmando: “0 Espírito do Senhor está sobre mim” (Lc 4.18,19). Por isso, foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo; agora, Cristo, o segundo Adão, cheio do Espírito Santo, sai para derrotar o nosso inimigo (Lc 4.1-13). Pela autoridade absoluta de J esus Cristo, logo tornou-se evidente que Deus estava visitando seu povo a fim de remi-lo e concederlhe a salvação (Mt 7.28,29). No Antigo Testamento e nos três primeiros evangelhos, vimos algo do Espírito Santo em ação, sempre realizando obras. No evangelho de J oão, observamos uma diferença: temos uma doutrina do Espírito Santo. No restante do Novo Testamento, encontramos textos que fornecem base para essa doutrina. Podemos destacar quatro aspectos de sua obra: A. O Espírito Santo regenera A fim de entrar no reino de Deus, cada pessoa tem de nascer de novo (Jo 3.3). A vontade ou o auxílio do homem nada pode fazer para efetuar sua própria regeneração; esta é uma obra exclusivamente sobrenatural, obra do Espírito Santo (Jo 1.13; 3.8). Não é a carne, nem a água que comunicam bênçãos espirituais; elas vêm somente pela ação do Espírito Santo. B. O Espírito Santo vivifica Ele não apenas vem para regenerar, mas para habitar a vida dos redimidos, concedendo-lhes uma verdadeira comunhão espiritual. Essa nova vida se expressa como uma fonte de águas vivas que jorram (Jo 4.14; 7.37-39). A pessoa não regenerada é como um vale árido, seco e sem vida. Mas com o Espírito Santo habitando nela, plenitudes de satisfação são experimentadas (Jo 4.10). É por ele que podemos adorar a Deus em espírito e em verdade (Lc 10.21; J o 4.23).
4 / O ESPÍRITO SANTO
C. Os nomes do Espírito Santo Cristo usou três nomes, e estes descrevem sua obra e natureza: 1) Consolador (Jo 14.16). Concentra as idéias de conselheiro e advogado, alguém que protege, sustenta, conforta e auxilia o povo redimido. 0 Espírito Santo está constantemente ao lado do crente, fortalecendo-o e dando-lhe uma vida vitoriosa. 2) Espírito da verdade (Jo 14.17). Tudo o que ele diz e ensina é a verdade. Observamos o contraste com Satanás, que é o pai da mentira (Jo 8.44). No Espírito Santo há plena segurança, porque ele é o Espírito da verdade, o autor das Escrituras Sagradas. 3) Espírito Santo (Jo 14.26). Este nome descreve a essência de sua natureza: ele é Santo. Eis a razão porque ele habita em nós, para mortificar nossas tendências pecaminosas (Rm 8.13). D. As funções do Espírito Santo na vida do ser humano 1) Inicialmente, ele convence do pecado, faz com que reconheçamos nossa culpa e condenação diante da santa lei de Deus (Jo 16.8; At 2.37,38). 2) E/e convence da justiça, abrindo o entendimento do indivíduo para compreender que todas as exigências da lei tiveram plena satisfação quando Cristo morreu na cruz em nosso lugar (Jo 16.8; ICo 15.3, 4). 3) Ele convence do juízo. Deus é justo e, no devido tempo, julgará os vivos e os mortos. O Espírito Santo vivifica esta verdade, fazendo o ouvinte da Palavra de Deus entender a realidade do juízo vindouro (Jo 16.8-11; 2Co 5.10). Logo em seguida, o Espírito Santo começa sua obra de orientação: Ele ensina o crente (Jo 16.12-15). Seu assunto principal é J esus Cristo. Por esse ministério, o crente percebe as glórias de Cristo e sua suficiência como Salvador. Através de sua presença com e no crente, a consolação nasce e produz uma vida devocional que se expressa por meio da leitura regular das Escrituras Sagradas, da oração e da participação dos cultos públicos da Igreja (Hb 10.25). IV. Na livra de Atos
Nesse livro vemos o Espírito Santo em plena atividade. 1) Observamos o efeito sobre os apóstolos, que se tornaram ousados pregadores do evangelho (At 4.31). 2) 0 Espírito Santo fez a Igreja nascer e crescer (At 2.41; 9.31). 3) O Espírito Santo deu à Igreja uma visão missionária (At 13.1-3). 4) 0 Espírito Santo fortaleceu a Igreja no meio da perseguição e, ao mesmo tempo, guardou sua unidade e pureza (At 4.24-33). 5) o Espírito Santo separou homens dotados para supervisionar a vida pública da Igreja (At 15.6-29; 20.28). Enfim, o Espírito Santo foi o outro Consolador, Advogado e Conselheiro que Cristo prometera.
V. Nas cartas paulinas
O apóstolo Paulo fala muito sobre o Espírito Santo, fornecendo-nos uma exposição detalhada de sua pessoa e obra. Por necessidade, temos de abordar apenas alguns dos aspectos desse assunto tão envolvente:
A. A Divindade do Espírito Santo Ele é a terceira pessoa da Trindade; é o Espírito de Deus e o Espírito de Cristo (Rm 8.9). Ele é identificado, com o Pai e o Filho, para abençoar a Igreja (2Co 13.13). B. O Espírito Santo na vida do crente Ele é o selo e o penhor de nossa salvação (Ef 1.13,14). Essa união entre o Espírito Santo e a salvação do crente é de tal maneira necessária que, sem ela, a pessoa não tem a salvação (Rm 8.9; Jd 19-21). C. O Espírito Santo santifica a vida do crente Ele luta contra o pecado (Gl 5.17). Por ele, mortificamos os efeitos pecaminosos do corpo (Rm 8.13). Temos de andar no Espírito, isto é, pedir que ele guie nossa vida e controle nosso comportamento (Gl 5.1618). O Espírito Santo é nosso orientador, guiando-nos de acordo com a vontade de Deus e fazendo seu fruto florescer em nossa vida (Rm 8.1426; Gl 5.22, 23). D. A sensibilidade do Espírito Santo É possível entristecê-lo e até apagar sua voz, que nos fala por meio das Escrituras Sagradas (Ef 4.30; lTs 5.19). Cristo disse: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mt 13.9). Na vida cristã é de suma importância que tenhamos ouvidos espiritualmente sensíveis, capazes de ouvir todas as orientações que o Espírito Santo nos dá por intermédio das Escrituras. Conclusão
O que dizemos quando confessamos Creio no Espírito Santo? O melhor resumo é este: “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gl 5.25). Tem de existir uma realidade prática em nossa confissão refletindo em nosso procedimento aos olhos de todos.
Aplicação
Ser cheio do Espírito Santo significa ser guiado por ele. Meu procedimento reflete sua presença em minha vida? À luz de seu ministério orientador, estejamos prontos a dizer: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.9 com Gl 5.25).
6 / O ESPÍRITO SANTO
LIÇÃO 15
O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO Creio no Espírito Santo Textos básicos: Marcos 1.7-8: Atos 1.4-11 Leitura diária D - Mateus 3.1-12 - Ele b atizará c om o Espírito Santo S - Atos 1.1-8 - Rec eb ereis p od er T - Atos 2.1-36 - Ao cumprir-se o dia d e Pen teco st es O - João 3.1-13 - Nasc er de novo O - Atos 10.34-48 - Caiu o Espírito Santo s obr e todos S - Ro m ano s 8.1-16 - O Espírito testific a S - 2 T e s s a lo n i c e n s e s 2.3-17 - P e l a s a n t i f i c a ç ã o d o E s p ír i to
Introdução
Antes de abordar esse assunto tão pertinente, algumas observações: 1. 0 termo ‘‘batismo com o Espírito Santo” é bíblico. Porém, tem causado muita confusão quanto ã sua interpretação. Seja qual for a doutrina, não convém aceitar cegamente a interpretação popular, sem antes verificar a base bíblica. Fazemos essa verificação com a maioria das verdades, tais como as doutrinas de Fé e de Arrependimento; portanto, apliquemos a mesma norma à doutrina do batismo com o Espírito Santo; 2. É muito importante atentar para a base: “A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falam mais claramente” (CFW I.IX). 3. A profecia do batismo com o Espírito Santo foi uma promessa recebida pelos ouvintes do Antigo Testamento. Ela foi anunciada também por João Batista e confirmada por Jesus Cristo (Mt 3.11,12; At 1.5). Portanto, devemos fazer uma pergunta: quando ouviram a expressão “batismo com o Espírito Santo", o que entenderam as multidões que seguiram João Batista? A resposta a essa pergunta facilitará sua interpretação. 4. João Batista foi ouvido pelas multidões por causa de sua fiel exposição das Escrituras. Embora o termo “batismo com o Espírito Santo" não se encontre no Antigo Testamento, as multidões entenderam perfeitamente a alusão do pregador. O batismo com o Espírito Santo seria seu prometido derramamento, em medidas desconhecidas até então. Não estamos negando a obra do Espírito Santo no Antigo Testamento. Tudo o que ele fez no Novo Testamento foi conhecido e experimentado no Antigo, em medidas, de certa forma, restritas aos israelitas. Pentecostes abriu as portas a todas as nações. A história da expansão missionária no livro de Atos é prova dessa verdade. É muito sugestivo o registro da admiração do apóstolo Pedro quando reconheceu que os gentios de Cesaréia receberam o Espírito Santo da mesma forma que os judeus, em Jerusalém (At 10.45; 15.8,9). Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFI55ÃO DE FÉ / 7
i. J oão Batista e Jesus
Marcos 1.7-8 estabelece contrastes entre João Batista e Jesus Cristo, A. O contraste de dignidade Cristo é mais poderoso; J oão Batista é tão pequeno diante da majestade de Cristo, que não é digno de curvar-se e desatar-lhe as correias das sandálias. B. O contraste de realizações João Batista toma água e batiza as pessoas, visando seu arrependimento e purificação (Mc 1.4; Jo 3.23-26); Jesus Cristo toma o Espírito Santo e batiza as pessoas, efetuando seu arrependimento e purificação. O contraste é percebido pelos instrumentos usados e seus respectivos resultados. João Batista, usando água, consegue apenas exortar as pessoas ao arrependimento e à purificação. J esus Cristo, usando instrumento vivo, o Espírito Santo, efetua nas pessoas o verdadeiro arrependimento e a verdadeira purificação (At 5.31). A água tem valor simbólico. Porém, o pecador precisa de algo além do mero simbolismo; ele precisa da realidade transformadora do Espírito Santo. C. O cumprimento de profecias O prometido batismo com Espírito Santo seria o cumprimento de profecias, tais como: "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça ... ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve” (Is 1.16-18). “... aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; (...) Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36.25-27). O derramamento do Espírito Santo (Is 44.3; Jl 2.28) foi o cumprimento das profecias e do anseio dos antigos.Sem dúvida alguma, o prometido batismo com o Espírito Santo se refere aos acontecimentos do dia de Pentecostes (At 1.5,8). O batismo nunca foi entendido em termos de uma imersão. Antes, foi sempre visto como uma unção (Is 61.1), uma aspersão (Ez 36.25), um derramamento (Jl 2.28). Sendo assim, o batismo com o Espírito Santo, como aconteceu no dia de Pentecostes, foi visto como algo que “desceu”, “pousou”, “caiu”, "foi derramado” (At 1.8; 2.3; 10.44, 45). 0 resultado desse derramamento foi: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2.4). Portanto, o batismo com o Espírito Santo descreve a entrada dele na vida do homem, a fim de dar início a todos os propósitos de Deus na salvação do pecador. Cristo descreveu a prometida vinda do Espírito Santo em termos de atividades, sempre executando obras na vida do homem. "Esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (Jo 14.26). Fazemos algumas considerações que descrevem a extensão do batismo com o Espírito Santo, ou seja, a finalidade de sua habitação na vida do homem. Sem necessariamente estabelecer uma seqüência rígida, veremos as primeiras três atividades inerentes a esse batismo:
8 / O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
li. Regeneração Regeneração é nascer do Espírito (Jo 3.6-8). Consiste na implantação do princípio da nova vida espiritual no homem, uma mudança radical da disposição da alma. Em princípio, afeta todo homem: o intelecto (ICo 2.14, 15; Cl 3.10); a vontade (Fp 2.13; Hb 13.21) e as emoções (Mt 5.4; IPe 1.6-9). O homem natural é espiritualmente morto em seus delitos e pecados (Ef 2.1); portanto, é incapaz de responder por si mesmo a qualquer exortação à salvação. Por isso, Cristo ensinou: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Sem essa soberana intervenção da parte do Espírito Santo, o pecador estaria irremediavelmente perdido para todo o sempre (Jo 3.8). A Confissão de Fé descreve a regeneração em termos de “vocação eficaz", e ensina: “Esta vocação eficaz provém unicamente da livre e especial graça de Deus, e não de qualquer coisa prevista no homem; nesta vocação, o homem é inteiramente passivo até que, vivificado e renovado pelo Espírito Santo, fica habilitado a corresponder a ela e a receber a graça nela oferecida e comunicada (Tt 3.4, 5; ICo 2.14; Rm 8.7-9; Jo 5.25; Ez 37.27)” (CFW, X.ll). A regeneração é parte inseparável do batismo com o Espírito Santo. Uma das primeiras obras do Espírito Santo é convencer o pecador de Arrependimento seu pecado e conduzi-lo ao arrependimento. Esse arrependimento é uma graça salvadora que o Espírito Santo opera no coração do pecador pela Palavra de Deus. É por essa graça que ele percebe e sente o perigo, a torpeza e caráter odioso dos seus pecados, vindo então a apreender a misericórdia de Deus em Cristo para com os arrependidos. O pecador, então, se entristece pelos seus pecados e os aborrece; volta-se de todos eles para Deus e propõe-se e se esforça por andar constantemente com Deus em todos os caminhos da nova obediência (At 11.18-21; Ez 36.31; Lc 22.61,62; At 26.18) (ver resposta à pergunta 76 do CM). A experiência do arrependimento é uma parte inseparável do batismo com o Espírito Santo. mi.
iv. Fé em Jesus Cristo
Uma das atividades do Espírito Santo é apontar o pecador arrependido para J esus Cristo (Jo 16.13,14). “Féjustificadora é uma graça salvífica operada pelo Espírito e pela Palavra de Deus no coração do pecador, que sendo por esse meio convencido de seu pecado e miséria e da incapacidade tanto sua como das demais criaturas, para restaurar a sua condição de perdido, não só aceita a verdade da promessa do evangelho, mas recebe e descansa em Cristo e em sua justiça, que lhe são oferecidos no evangelho para o perdão dos pecados, e para que a sua pessoa seja aceita e considerada justa diante de Deus para a salvação - 2Ts 2.13; At 16.30,31; 4.12; 10.43” (resposta à pergunta 72 do CM). A experiência de exercer fé em J esus Cristo é também uma parte inseparável do batismo com o Espírito Santo.
Aplicação
Você se preocupa quanto ao caráter bíblico das doutrinas que são parte integrante de sua vida? A realidade do batismo com o Espírito Santo em você se manifestará através das experiências da regeneração, do arrependimento e de fé em J esus Cristo. Você tem certeza dessas experiências?
PARÁCLITO 0 ESPÍRITO SANTO MINISTRA AOS CRENTES Quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.
J OÃO 16.13,14 Antes da paixão de J esus, ele prometeu que o Pai e ele enviariam a seus discípulos “outro Consolador” (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7). 0 Consolador ou Paráclito (ou Paracleto, da palavra grega parak letos, que significa o que dá auxílio), é um ajudador, conselheiro, fortalecedor, encorajador, aliado e advogado. Outro indica que J esus foi o primeiro Paráclito e está prometendo um substituto, que, após sua partida, continuará o ensino e o testemunho que ele havia iniciado (Jo 16.6,7). 0 ministério do Paráclito, por sua própria natureza, é um ministério pessoal e relacional, impli cando a plena pessoalidade de quem o consuma. 0 Novo Testamento deixa claro que o Espírito é verdadeiramente uma Pessoa distinta do Pai, assim como é o Filho. Isto é evidente não somente pela promessa de “outro Consolador”, mas também pelo fato que o Espírito, entre outras coisas, fala (At 1.16; 8.29; 10.19; 11.12; 13.2; 28.25), ensina (Jo 14.26), testemunha (Jo 15.26), busca (ICo 2.10,11), determina (ICo 12.11), intercede (Rm 8.26,27), é alvo de mentira (At 5.3), e pode ser afligido (Ef 4.30). Somente de um ser pessoal podem ser ditas tais coisas. A divindade do Espírito surge da declaração de que mentir ao Espírito é mentir a Deus (At 5.3,4), e da associação do Espírito com o Pai e o Filho nas bênçãos (2Co 13.14; Ap 1.4-6) e na fórmula do batismo (Mt 28.19). Portanto, o Espírito é "Ele", não “ele”, e deve ser obedecido, amado e adorado, juntamente com o Pai e o Filho. Testemunhar a J esus Cristo, glorificá-lo, mostrando a seus discípulos quem e o que ele é (Jo 16.7-15), e fazê-los cônscios do que são nele (Rm 8.15-17; Gl 4.6) é o ministério central do Paráclito. O Espírito nos ilumina (Ef 1.17,18), regenera (J o 3.5-8), guia-nos à santidade (Rm 8.14; Gl 5.16-18), transforma-nos (2Co 3.18; Gl 5.22,23), dá-nos certeza (Rm 8.16), e dons para ministério (ICo 12.411). Todo trabalho de Deus em nós, tocando nossos corações, nosso caráter e nossa conduta, é feito pelo Espírito, embora aspectos desse trabalho sejam, às vezes, atribuídos ao Pai e ao Filho, de quem o Espírito é executivo. O pleno ministério do Espírito começa na manhã do Pentecostes, logo depois da ascensão de J esus (At 2.1-4).Os discípulos de J esus foram evidentemente crentes nascidos do Espírito antes do Pentecostes, de sorte que seu batismo no Espírito, que trouxe poder a sua vida e ministério (At 1.8), não foi o começo de sua experiência espiritual. Para todos, porém, que chegaram à fé desde a manhã do Pentescostes, começando com os convertidos naquele evento, o recebimento do Espírito na plena bênção da nova aliança tem sido um aspecto de sua conversão e novo nascimento (At 2.37; Rm 8.9; ICo 12.13). Todas as aptidões para o serviço que surgem subseqüentemente na vida de um cristão devem ser vistas como a seiva emanada desse batismo espiritual iniciai, que une vitalmente o pecador ao Cristo ressurreto. Adaptado de Teologia Conc/sa de J . I. Packer, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1999, págs. 135-137.
10 / O BATISMO COM O ESPÍRITO SAMTO
LIÇÃO 16
A HABITAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO Creio no Espírito Santo Texto básico: Gálatas 5.16-26 Leitura diária D - Atos 10.34-48 - O dom do Esp írito Santo S - G á l a t a s 4 .1-7 - D e u s en v i o u o E s p ír i to d e s e u f i l h o T - Efésios 1.3-14 - Selad o s com Santo Espírito O - Ti to 3.1-8 - L a v a r r e g e n e r a d o r e r e n o v a d o r O - Rom ano s 8.1-16 - Ele testifica com o nosso esp írito S - 1 João 3.14-24 - P elo Espírito q ue nos deu S - João 15.18-27 - Esse d ará test emu nh o d e mim
Introdução
0 batismo com o Espírito Santo é conhecido também como o recebimento do dom do Espírito Santo (At 10.45; 15.8). Quando cremos e recebemos J esus Cristo como Salvador, somos feitos filhos de Deus por adoção, e o Espírito passa a ser o selo de nossa salvação (Jo 1.12, 13; Gl 4.6; Ef 1.13,14). É o Espírito de Deus em nós que aplica eficazmente a obra redentora de Cristo para a nossa salvação (Tt 3.4-7). “Adoção é um ato da livre graça de Deus, em seu único Filho J esus Cristo e por amor dele ...” Pela adoção, “...todos os que são justificados são recebidos no número de seus filhos, trazem em si o seu nome, recebem o Espírito de seu Filho, estão sob o seu cuidado e providências paternais, são admitidos a todas as liberdades e privilégios dos filhos de Deus, são feitos herdeiros de todas as promessas e co-herdeiros com Cristo em glória - (lJ o 3.1; Ef 1.5; SI 103.13; Rm 8.17)” (resposta à pergunta 74 do CM).
I. O dom do Espírito Santo
Quando é que o Espírito Santo entra na vida de uma pessoa? Não podemos afirmar o momento com certeza. Cristo ensinou que o novo nascimento não é da “vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.13). E para ilustrara espiritualidade dessa experiência, acrescentou: “0 vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito" (Jo 3.8). Evidentemente, o Espírito Santo já está operando em nós quando percebemos os resultados do novo nascimento. Portanto, a pergunta deve ser: “Quando é que tomamos consciência da presença do Espírito Santo em nossa vida?” Agora, a resposta é fácil e segura: “Quando cremos em Jesus Cristo”. Observe a seqüência estabelecida pelo apóstolo Paulo: "... depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFI55ÃO DE FÉ / II
em louvor da sua glória" (Ef 1.13,14). Veja como a Confissão de Fé de Westminster expressa essa verdade: “Neste pacto da graça, ele livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação por meio de Jesus Cristo, exigindo deles a fé, para que sejam salvos, e prometendo o seu Santo Espírito a todos os que estão ordenados para a vida, a fim de dispô-los e habilitá-los a crer” (CFW VII.III). Como podemos saber se o Espírito Santo está realmente habitando em nossa vida? Pelo nosso apego a Jesus Cristo como Salvador (ICo 12.3); pelo anseio de agradar a Deus (Rm 8.5-8; Gl 5.22,23); pelas mudanças no procedimento moral (Jo 3.6-8); pelo testemunho que temos em nosso próprio espírito (Rm 8.16; lJ o 3.24; 4.13). Qual a razão dessa habitação do Espírito Santo? Devemos lembrar que ele está em nós não apenas para nos regenerar e testemunhar a respeito de nossa salvação; ele está em nós para nos fortalecer e capacitar a viver a vida cristã. Nesse sentido, podemos e devemos pedir maiores atuações do Espírito Santo em nossa vida, à semelhança do apóstolo Paulo em Efésios 1.15-19. O Espírito de sabedoria deve ser entendido como quem dá sabedoria (Is 11.2). Resumimos o pedido de Paulo em três idéias básicas: a) Um conhecimento maior da verdade divina; b) Uma apreciação maior da bem-aventurança que os redimidos terão na vida vindoura; c) Um entendimento maior do plano de Deus na salvação do redimido. De uma maneira maravilhosa, o Espírito Santó foi dado a fim de executar em nós todos os propósitos misericordiosos de Deus. li. A direção do Espírito Santo
A Bíblia ensina: "... todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14). “Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gl 5.16). Uma das razões dessa direção, desse andar no Espírito, é a nossa santificação. “Santificação é uma obra da graça de Deus, pela qual os que Deus escolheu antes da fundação do mundo, para serem santos, são, nesta vida, pela poderosa operação de seu Espírito e pela aplicação da morte e ressurreição de Cristo, plenamente renovados, segundo a imagem de Deus, tendo implantadas em seus corações as sementes do arrependimento que conduz à vida, e de todas as outras graças salvíficas, e tendo essas graças de tal forma dinamizadas, aumentadas e fortalecidas, assim eles morrem cada vez mais para o pecado e ressuscitam para a novidade de vida” (resposta à pergunta 75 do CM). O Espírito Santo habita em nós para que sejamos conduzidos a uma vida “santa e irrepreensível” (Ef 1.4). O Espírito Santo nos direciona os movimentos. Paulo estava percorren do a região frígio-gálata, buscando oportunidades para pregar o evange lho mas o Espírito Santo o impediu (At 16.6,7). Na mesma ocasião, por uma visão que teve, Paulo concluiu que Deus o havia chamado para pregar na Macedônia (At 16.10). É necessário cultivar a sensibilidade espiritual a fim de discernir a direção do Espírito Santo, que sempre fala pelas Escrituras Sagradas.
12/ A HABITAÇÃO DO ESPÍRITO SAMTO
Para ter a direção do Espírito Santo, seja qual for o assunto, sempre nos dirigimos às Escrituras. Na controvérsia sobre a circuncisão, o Concílio de Jerusalém não buscou uma revelação resoluta. Em vez disso, mediu o testemunho dos apóstolos com o ensino das Escrituras Sagradas (At 15.12-28). Nesse ponto, a CFW orienta: “O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo, em cuja sentença nos devemos firmar, não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura” (CFW I.X). Quando o Espírito Santo está guiando, ele exerce uma influência determinante sobre as faculdades de raciocínio, capacitando-nos a discernir e a desejar a vontade de Deus nas mais variadas circunstâncias de nossa vida (Fp 1.6; 2.13). III. O conforto do Espírito Santo
Como podemos descrever a obra do Espírito Santo como Consolador? Cristo ensinou: “Quando, porém, vier o Consolador,... esse dará testemunho de mim” (Jo 15.26). 0 Espírito Santo nos consola dirigindonos a J esus Cristo e, quando olhamos para ele, somos confortados pelo conhecimento de quatro verdades fundamentais: A. Nossos pecados são perdoados “O sangue de J esus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (lJ o 1.7). Uma bênção de grande felicidade foi pronunciada sobre os redimidos (Rm 4.7,8). B. Apesar de nossas imperfeições, somos aperfeiçoados em Cristo (Cl 2.10) Por meio dele, “todo o que crê é justificado de todas as coisas” (At 13.39). Veja a descrição daqueles que são salvos por Cristo Jesus. Somos “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27). 0 Espírito Santo nos dirige a Cristo e nele somos aperfeiçoados. C. Olhando para a vitória Nos momentos de tribulação e de desespero, em dias de nuvens e densas trevas, o Espírito Santo nos fortalece para reagir e confessar: "Eu ... olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação, o meu Deus me ouvirá (...) se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz” (Mq 7.7,8). Cristo disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33). 0 Espírito Santo nos dirige a olhar “firmemente para o Autor e Consumador da fé, J esus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz” (Hb 12.2). Temos de aprender a confessar a experiência do apóstolo Paulo: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (ICo 15.57).
Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ /13
D. Olhando para a Palavra 0 Espírito Santo sempre nos aponta para a única fonte de alimento espiritual que pode nos saciar, a fonte que o Senhor Jesus Cristo citou ao ser tentado por Satanás: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4). Conclusão
Percebemos que a doutrina do Espírito Santo está sendo tristemente deturpada em nossos dias. Em vez de moldar a vida do crente ‘‘para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que nos criou" (Cl 3.10), está sendo usada para alimentar formas de egoísmo e carnalidade. Quando o Espírito age eficazmente em nossa vida, tornamo-nos mais e mais centralizados em Cristo. "Quando, porém, vier o Consolador (...) esse dará testemunho de mim; e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde do princípio” (Jo 15.26, 27; 16.14). Fomos escolhidos para sermos conformes à imagem de Jesus Cristo (Rm 8.29).
Aplicação
0 que o Espírito Santo tem feito em minha vida? Estou mais próximo de Cristo J esus? As Escrituras Sagradas têm um lugar mais destacado na minha vida, desde meu encontro salvador com J esus Cristo?
14 / A HABITAÇÃO DO ESPÍRITO 5AMTO
LIÇÃO 17
A IGREJA Creio na Santa Igreja Universal Texto bás ico : E fés ios 3.1-13 Leitura diária D - João 17.1-26 - Qu e os g uar des d o m al S - 1 Coríntio s 12.12-31 - Um só co rp o T - D e u t e r o n ô m i o 33.1-5 - P o v o a m a d o O - S al m o 7 4.1-23 - L e m b r a -t e d a t u a c o n g r e g a ç ã o O - Atos 2.37-41 - P ara vós é a p rom essa S - 1P edro 2.1-12 - Sois naç ão san ta S - Mateus 16.13-20 - O inferno n ão p rev alec erã
Introdução
I. A definição de Igreja
“Igreja visível é uma sociedade composta de todos quantos, em todos os tempos e lugares do mundo, professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos - ICo 1.2; 12.12,13; Rm 15.1-12; At 2.39” (resposta à pergunta 62 do CM). Temos estudado passo a passo as preciosas verdades que se referem ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Nesses estudos, o objetivo tem sido espiritual - andando nos lugares celestiais entre os propósitos eternos de Deus. Continuaremos ainda na área espiritual, mas quando confessamos Creio na santa Igreja universal, achamo-nos entre os homens aqui da terra, entre aqueles que crêem no Deus triúno. Vamos examinar alguns aspectos da Igreja. O termo "Igreja” vem de uma palavra comum e secular que significa convocado a fim de ouvir uma mensagem. Nas cidades da Grécia havia uma certa democracia, e os cidadãos podiam participar no governo da cidade. No dia de reunião, um mensageiro convocava os cidadãos. A reunião das pessoas que ouviam e atendiam à convocação era chamada de Igreja ou Assembléia. A Bíblia emprega essa mesma palavra. Portanto, podemos dizer que a Igreja consiste de pessoas que ouvem e atendem à convocação divina, pessoas que deixam os demais interesses, a fim de ouvir a mensagem de Deus e se envolver em seus propósitos. Esse mesmo quadro existe no Antigo Testamento. “Todos os teus santos estão na tua mão; eles se colocam a teus pés e aprendem das tuas palavras" (Dt 33.3). Era o que estava na mente de Comélio, quando disse ao apóstolo Pedro: “Agora, pois, estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que te foi ordenado da parte do Senhor" (At 10.33). No Antigo Testamento, a nação de Israel é uma figura da Igreja visível. Essa foi a nação que o Deus vivo e verdadeiro separou dos demais Curso Preparatório para a PÚBLICA PPOFI55ÃO DE FÉ / 15
povos, a fim de servi-lo. Ela foi chamada “congregação” e, às vezes de “assembléia”, no mesmo sentido descrito anteriormente (Êx 16.9,10; Jz 21.8; SI 74.2; 107.32). O ato de reunir-se em assembléia é o resultado de uma convocação. Houve várias convocações na vida do povo de Israel e, nessas ocasiões, as pessoas reuniam-se em congregação a fim de ouvir a mensagem de Deus ou realizar uma celebração a ele. Havia pelo menos cinco santas convocações: a Páscoa, as Primícias, o Pentecostes, o Dia da Expiação e a Festa dos Tabernáculos. De interesse especial, o sábado (dia do Senhor) era uma santa convocação. Nesse dia, o povo era convocado para reunir-se publicamente em culto solene. “Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado de descanso solene, santa convocação, nenhuma obra fareis; é sábado do Senhor em todas as vossas moradas” (Lv 23.3). Notamos aqui a necessidade de congregar-se semanalmente. E, também, a abrangência do mandamento, como uma convocação que inclui “todas as vossas moradas”. É no lar que se comprova a verdadeira espiritualidade, a família toda saindo para congregar em culto solene. No Novo Testamento, o quadro da Igreja é o mesmo. O dia do Senhor é uma santa convocação. O povo de Deus continua saindo de suas casas a fim de congregar em culto solene. O Novo Testamento acentua a idéia de separação. Deve existir uma distinção entre o povo de Deus e as demais pessoas (2Co 6.14-18). O autor de Hebreus faz uma comparação entre as restrições impostas à Igreja do Antigo Testamento e as liberdades e glórias da Igreja do Novo Testamento (Hb 12.18-29). As figuras passaram; agora experimentamos as realidades de um sangue que fala de coisas superiores. Enfatizamos a unicidade da Igreja. Houve sempre um povo redimido pela graça de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A continuidade da Igreja do Antigo Testamento é destacada pelas repetidas referências à promessa abraâmica (Gn 17.7; At 2.39; Gl 3.26-29). Uma forma administrativa não altera a espiritualidade da obra de Deus. A vida da Igreja, por causa do cumprimento das profecias messiânicas, tinha de assumir uma administração mais simples. Com a revogação dos sacrifícios e dos rituais que os acompanharam, o sacerdócio levítico foi também suprimido. A liderança da Igreja visível do Novo Testamento é realizada coletiva e representativamente por meio de seus oficiais, os presbíteros e diáconos. O verdadeiro líder, o cabeça da Igreja é o Senhor Jesus Cristo (Ef 1.22). II. A Igreja é universal
16 / A IGREJA
A Igreja não se limita a um só povo. Nela não há distinções de sexo, raça, cor, nacionalidade, região, época ou condição social. O apóstolo Paulo ensinou: “Dessarte, não pode haverjudeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo J esus” (Gl 3.28). A Igreja tem seus braços abertos para incluir
pessoas de todas as nações, povos, tribos e línguas. Cristo deu esta ordem à Igreja: "... é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações” e “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 13.10; 16.15). Trabalhamos em plena obediência. Afinal, somos testemunhas de Cristo (At 1.8). III. A Igreja é santa
Podemos pensar em várias características da verdadeira Igreja, mas sua santidade, sua vida separada das imundícies do mundo e sua pureza moral e bíblica têm de ser incontestáveis. O apóstolo Pedro descreve a singularidade da Igreja nestes termos: “Vós ... sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (IPe 2.9). Essa santidade é extremamente necessária, pois sem ela ninguém verá a Deus (Hb 12.14). O apóstolo Paulo foi igualmente claro quanto à santidade da Igreja: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.25-27). Uma comunidade que não tem as evidências claras de uma santidade bíblica não pode ser reconhecida como igreja cristã.
IV. A Igreja é missionária
Uma das primeiras expressões da Igreja primitiva foi seu zelo missionário. Quando o Sinédrio tentou silenciar o testemunho da Igreja através da perseguição, ela orou: “... agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra”. Essa oração foi respondida deste modo: "... todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (At 4.29,31). Um pouco mais tarde, quando os cristãos tiveram de abandonar seus lares em J erusalém por causa da violência da perseguição, o que o registro bíblico acrescenta a respeito dessas pessoas? "... os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.” (At 8.1,4). E quando a Igreja ficou mais organizada, nós a vemos separando dois homens para a obra missionária (At 13.1-3). Assim, sucessivamente pelos séculos, até os nossos dias, esse zelo missionário tem caracterizado a Igreja. Devemos lembrar que o “Ide” nunca foi revogado (Mc 16.15; Rm 10.9-15).
V. A Igreja e o Espírito Santo
Cristo está presente nas igrejas espalhadas pelo mundo inteiro, por meio do Espírito Santo. Ele veio em nome de Cristo, a fim de revelar e comunicar a sua obra redentora (Jo 16.13-15). O Espírito Santo nos redimiu, capacitando-nos a servir a Deus dignamente (Rm 8.9; Gl 4.6; 5.25). É o Espírito Santo quem orienta as Igrejas, sempre falando através das Escrituras Sagradas (At 13.2; 15.28; Ap 2.11). Curso Preparatório para d PÚBLICA PPOFISSÀO DE FÉ /17
Conclusão
Cristo assegurou: "... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). O processo de edificar é sempre por meio da fiel exposição das Escrituras (At 4.31; 8.4; 8.35). O resultado é uma única Igreja, quer dizer, um povo adquirido exclusivamente pelos méritos do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário (IPe 1.18,19). Essa Igreja é universal, isto é, composta “de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7.9). Essa Igreja é santa, ou seja, os membros particulares devem ter uma vida santa e irrepreensível, revestidos do Senhor Jesus Cristo (Rm 13.14; Ef 1.4).
Aplicação
O motivo de nos congregarmos é bíblico? O que nos leva a, reunidos, assentar-nos aos pés do Senhor e aprender de sua Palavra? Meu testemunho dentro e fora da Igreja contribui para que ela seja reconhecida como santa?
18 / A IGREJA
LIÇÃO 18
A COMUNHÃO DOS SANTOS Creio na com un hão dos santos Texto básico: 1João 1.1-10 Leitura diária D - A t o s 2 .4 2 -4 7 - T u d o e m c o m u m S - R o m a n o s 6.1-10 - f o m o s u n i d o s c o m e l e T - R o m a n o s 5.12-21 - P e l a g r a ç a d e u m só h o m e m O - C o l o s s e n s e s 1.13-29 - E l e é a c a b e ç a d o c o r p o O - J o ão 6 .3 5- 59 - P e r m a n e c e n d o n e l e S - Colo ssens es 3.1-17 - O vínculo d o am or S - 1Jo ão 3.1-24 - A mam os os irmãos
Introdução
“Todos os santos que, pelo Espírito de Deus e pela fé, estão unidos a Jesus Cristo, seu Cabeça, têm comunhão com ele nas suas graças, nos seus sofrimentos, na sua morte, na sua ressurreição e na sua glória, e, estando unidos uns aos outros em amor, participam dos mesmos dons e graças e estão obrigados ao cumprimento dos deveres públicos e particulares que contribuem para o seu mútuo proveito, tanto no homem interior como no exterior” (CFW XXVI.I). Em primeiro lugar, temos de esclarecer o sentido de duas palavras: 1. Comunhão: contém a idéia de um grupo de pessoas unidas pelo amor mútuo, participando todas das mesmas coisas. Um texto chave para entender isso é Atos 2.44: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum”. 2. Santos: é o nome que os escritores do Novo Testamento davam aos membros particulares de uma igreja local, e que não faz nenhuma referência a pessoas (“santos") canonizadas pela Igreja Romana. Cada crente verdadeiro é um santo por causa de sua relação com Cristo (Rm 1.7; ICo 1.1; Ef 1.1-4; Fp 1.1; Cl 1.2). Devemos lembrar que a santidade é uma das marcas essenciais do verdadeiro crente, bem como da Igreja verdadeira. No Catecismo de Nowell (1563), encontramos a seguinte pergunta: “Por que a crença da Igreja na comunhão dos santos segue imediatamente após a crença na Santa Igreja Universal?” A resposta é: "Esta frase expressa mais claramente a convivência e a fraternidade que se acham entre os membros da Igreja. É uma participação tão vital que não tem nenhuma comparação terrestre”. O que vem a ser essa comunhão da qual os santos desfrutam? Para responder, seguimos os dois aspectos ensinados pela Confissão de Fé de Westminster: comunhão com Cristo e comunhão com os irmãos em Cristo. Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 19
I. Comunhão com Cristo
Essa comunhão ou união é federal, isto é, representativa. Refere-se a quando alguém representa o outro em certas ocasiões judiciais. No princípio, Deus criou Adão e ele foi o representante de toda a sua descendência. Portanto, seu procedimento representava a atitude de toda a humanidade. Assim, quando Adão pecou, toda a humanidade pecou com ele. Semelhantemente, Jesus Cristo é o novo representante para o povo de Deus. Sua perfeita obediência à lei de Deus (especialmente à lei que se refere ao problema do pecado) é como se fosse a nossa própria obediência porque, em virtude dessa comunhão espiritual, nós estamos unidos a ele. Nesse sentido, o apóstolo Paulo esclareceu: “... se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado” (Rm 6.5-7). As Escrituras descrevem essa união com Cristo em termos da relação entre a “pedra angular’ (o alicerce) e as pedras que compõem o edifício (IPe 2.4-6); entre a videira e seus ramos (Jo 15.5); entre os membros do corpo e sua cabeça (Ef 4.15,16); entre o homem e sua mulher (Ef 5.31); entre Adão e seus descendentes (Rm 5.12-19). É uma união mística, ou seja, espiritual. Contudo, não envolve nenhuma confusão entre a personalidade de Cristo e a de seu povo. Ela também não permite uma penetração da divindade ou formas de igualdade com Cristo. É uma união na qual cada um retém sua identidade separada, e na qual o crente, embora indizivelmente exaltado e abençoado, continua totalmente subordinado a seu Senhor, e dependente dele.
II. A base dessa união com Cristo
A base judicial dessa união com Cristo encontra-se nos termos da Aliança da Graça, que foram ratificados pelo sangue de Cristo. Os passos que descrevem o plano da salvação, inclusive a união com Cristo, são expressões dessa Aliança. Tudo o que Deus faz para seus filhos é realizado em virtude dessa união com Cristo. Por isso, encontramos repetidas vezes no Novo Testamento as expressões: “em Cristo”, “por intermédio de Cristo”. Fomos escolhidos em Cristo, não segundo nossas obras, mas, sim, pela sua própria determinação e graça que nos foram dadas (Ef 1.4; 2Tm 1.9). Reconhecemos que não há salvação fora de Cristo e também devemos reconhecer que não há eleição nem redenção fora dele (Ef 1.6,7). Em virtude dessa união com Cristo, tudo o que ele fez na realização de nossa redenção pertence a nós - a vitória sobre o domínio do pecado e da morte, as bênçãos da ressurreição e a vida eterna (Rm 6.1-11; 7.4; Gl 2.20; Ef 2.5,6; Cl 3.1,2). Existem muitos textos que falam não apenas da nossa posição em Cristo, mas a posição de Cristo em nós (Rm 8.10; Gl 2.20,21; Cl 1.20-27; Jo 17.23; 6.53-56; ICo 10.16-18). A união com Cristo está em cada fase de nossa salvação, desde o início até o fim. Tudo se realiza “em Cristo”.
20 / A COMUNHÃO DOS 5ANT05
III. Implicações dessa união com Cristo
Romanos 6.1-7 ensina que nossa santificação depende dessa união com Cristo. Veja como o Catecismo Maior, em sua pergunta 75, ensina esse princípio: “Santificação é uma obra da graça de Deus, pela qual os que Deus escolheu antes da fundação do mundo, para serem santos, são, nesta vida, pela poderosa operação de seu Espírito e pela aplicação da morte e ressurreição em Cristo, plenamente renovados, segundo a imagem de Deus ... assim eles morrem cada vez mais para o pecado e ressuscitam para a novidade de vida”. 0 texto de Romanos descreve nossa união com Cristo como um batismo (não é uma referência ao Sacramento) que acontece quando o Espírito Santo nos toma e nos coloca no corpo de Cristo (ICo 12.13; 10.1-4). Em virtude desse batismo ou união com Cristo, “não sirvamos o pecado como escravos” (v.6); “está justificado do pecado” (v.7); “morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus” (v.10); “o pecado não terá domínio sobre vós” (v.12,14); “assim oferecei agora os vossos membros para servirem a justiça para a santificação” (v.13,19); “pois não estais debaixo da lei” (para serem condenados por ela), "e, sim, da graça” (pela qual recebemos o perdão e a vida eterna) (v.14); a nossa obediência é agora “de coração” (v.17); “tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (v.22). Cada um desses pontos enumerados é, não uma mera possibilidade, mas uma gloriosa realidade em virtude da nossa união com Cristo. Essa é a comunhão dos santos, uma comunhão mútua dos benefícios que se encontram em Cristo Jesus. Note bem esses pontos realçados, pois o gozo e a segurança de nossa salvação alimentam-se da realidade de nossa união com Cristo.
IV. Comunhão com os irmãos em Cristo
A comunhão dos santos é também uma comunhão com todos os que estão unidos com Cristo. Veja o que a Confissão de Fé de Westminster (XXVI.II) ensina sobre isso: "Os santos são, pela profissão de fé, obrigados a manter uma santa sociedade e comunhão no culto de Deus e na realização de outros serviços espirituais que contribuem para a sua mútua edificação, bem com a socorrer uns aos outros em coisas materiais, segundo as suas várias habilidades e necessidades; esta comunhão, conforme Deus oferecer ocasião, deve estender-se a todos aqueles que, em todo lugar, invocam o nome do Senhor”. Todos os verdadeiros santos estão unidos uns aos outros e desfrutam de uma comunhão entre si. Eles formam um só corpo; estão todos unidos com Cristo, que é o seu Cabeça comum, e todos são participantes do Espírito Santo (Ef 4.4-6). Todos têm obtido “fé igualmente preciosa” (2Pe 1.1), fundamentada sobre a mesma doutrina dos profetas e apóstolos (At 2.42). Eles estão todos unidos em amor, que é o “vínculo da perfeição” (Cl 3.14). Esse amor que existe entre os irmãos faz que eles sejam um no coração e na alma (At 4.32). O amor para com os outros é o distintivo do povo de Deus e a prova de que obedecem a Cristo. “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 21
conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34,35). Devemos sentir a força da conclusão do apóstolo J oão: “Nós sabemos que jã passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos: aquele que não ama permanece na morte” (lJ o 3.14). É o amor que faz-nos misericordiosos diante das necessidades do outro; e é a falta do amor que faz a pessoa negligente (Mt 25.31-46). Conclusão
A “comunhão dos santos” descreve os privilégios dos membros da Igreja. Eles são membros do corpo de Cristo, unidos uns aos outros e, mutuamente, participantes das mesmas bênçãos espirituais. Podemos, então, dizer: sim, eu creio na comunhão dos santos.
Aplicação
Em virtude dessa comunhão com Cristo, o autor de Hebreus nos encoraja, dizendo: “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.16). Estamos desfrutando de tais privilégios? Cristo disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15). Estamos guardando o mandamento do amor de tal forma que todos sabem que somos discípulos de J esus Cristo?
22 / A COMUMHÃO DOS 5ANTOS
LIÇÂO 19
A REMISSÃO DOS PECADOS Creio na remissão dos pecados Texto bãsico: Salmo 130.1-8 Leitura diária D - R o m a n o s 8.1-9 - N ã o h á c o n d e n a ç ã o S - Salm o 51.1-13 - Co m p ad ec e-te de mim T - Salm o 130.1-8 - Contig o está o per dão O - Is a ía s 43.1 4-28 - A p a g o a s tu a s t r an s g r e s s õ e s Q - Atos 13.14-41 - A nu nc ia remissão d e p ec ad o s S - Atos 3.12-26 - Arrep endei-vos S - Isaías 53.4-12 - Po r nossas iniq ü idad es
Introdução
“Justificação é um ato da livre graça de Deus para com os pecadores, no qual ele perdoa todos os seus pecados, aceita e considera as suas pessoas justas aos seus olhos, não por qualquer coisa neles operada ou por eles feita, mas unicamente pela perfeita obediência e plena satisfação de Cristo, a eles imputadas por Deus e recebidas só pela fé” (resposta da pergunta 70 do CM). 0 elemento do nosso interesse na justificação é o perdão dos pecados, baseado na justiça de J esus Cristo, que nos é imputada. “0 perdão concedido na justificação aplica-se a todos os pecados - passados, presentes e futuros - e inclui, portanto, a remoção de toda a culpa e de toda a penalidade. Isto se conclui do fato de que a justificação não admite repetição, e de passagens tais como Romanos 5.21; 8.1,32-34; Hebreus 10.14; Salmo 103.12; Isaías 44.22 . Pode parecer contraditório pelo fato de Cristo ensinar os discípulos a pedir o perdão de pecados, e pelo fato de os santos da Bíblia serem muitas vezes achados rogando perdão e obtendo-o (Mt 6.12; SI 32.5; 51.1-4; 130.3,4)”. “A explicação para isto encontra-se no fato de que, em si mesmos os pecados dos crentes ainda constituem culpa (embora a culpa já esteja coberta), e como tal exigem confissão; que a consciência de culpa ainda permanece e naturalmente estimula o crente a confessar o seu pecado e a procurar a certeza confortadora do perdão; e que a consciência do perdão, que é repetidamente obscurecida pelo pecado, é avivada e fortalecida outra vez pela confissão e pela oração, e pelo exercício renovado de fé” (Louis Berkhof, Manual de Doutrina Cristã, Ceibel, Patrocínio, MG, págs. 232, 233).
I. O perdão entre Deus e o homem
0 perdão dos pecados é uma das promessas que o povo de Deus tem, para sua consolação. Depois de experimentar momentos de desespero, o salmista foi vivificado para confessar: “Contigo, porém, está o perdão” Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 23
(SI 130.4). A promessa do perdão é um dos aspectos da Aliança que Deus estabeleceu com seu povo. “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro” (Is 43.25; J r 31.31-33; 33.8; Ez 36.24-27). A base desse perdão se acha no fato de que o próprio Deus interveio e nos remiu. “Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi” (Is 44.22). Todo o sofrimento envolvido na morte de J esus Cristo foi o preço dessa redenção: “ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades... O Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos... Ele deu a sua alma como oferta pelo pecado... Ele justificará a muitos porque as iniqüidades deles levou sobre si” (Is 53). A Bíblia afirma que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Esse salário tem de ser pago ou pelo próprio transgressor, ou por um fiador aceito por Deus. Esse fiador foi providenciado na pessoa de seu próprio Filho. “... Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Todos os requisitos da justiça de Deus receberam plena satisfação quando Cristo morreu em nosso lugar, como o nosso fiador e substituto. Por isso, confesso: creio na remissão do pecado. Há, pelo menos, três passos que temos de dar a fim de experimentar a promessa do perdão dos pecados. li. Perdão e Logo no início, o apóstolo Pedro estabeleceu a relação entre perdão e arrependimento arrependimento, ensinando: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para
serem cancelados os vossos pecados” (At 3.19). O que é arrependimento? Vamos sentir a força do ensino da Confissão de Fé de Westminster: "Movido pelo reconhecimento e sentimento, não só do perigo, mas também da impureza e caráter odioso de seus pecados, como contrários à santa natureza e justa lei de Deus, e se conscientizando da misericórdia divina manifestada em Cristo aos que são penitentes, o pecador, pelo arrependimento, de tal maneira sente e aborrece os seus pecados que, deixando-os, se volta para Deus, tencionando e procurando andar com ele em todos os caminhos de seus mandamentos” (CFW XV.II). Arrependimento não é apenas o abandono do pecado em todas as suas formas, pensamentos, palavras e ações; trata-se de uma rendição total a Cristo Jesus, de quem recebemos o perdão de todos os pecados. João Batista e o próprio Cristo iniciaram seus ministérios pregando a necessidade do arrependimento, a fim de se receber o perdão dos pecados (Mt 3.2; 4.17). Arrependimento é uma bênção que vem pela graça de Deus e pela obra do Espírito Santo (At 11.18; Jo 16.7,8). A fim de arrepender-se, a pessoa não somente reconhece o horror do pecado mas o abandona, de coração, procurando produzir frutos dignos de arrependimento, tais como honestidade, bondade e amor para com o próximo (Mt 3.8; Lc 3.10-14; At 26.20). O arrependimento é de tal modo 24 / A REMISSÃO DOS PECADOS
necessário que, sem ele, nao há perdão. 0 arrependimento e o perdão dos pecados estão inseparavelmente unidos (Lc 24.47). III. Perdão e confissão
0 apóstolo João estabeleceu a relação entre perdão e confissão, dizendo: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (lJ o 1.9). O salmista afirmou essa mesma verdade, dizendo: "... a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado” (SI 32.4,5). Assim, a confissão dos pecados é uma necessidade bastante salientada (Mt 3.6). Pela confissão dos pecados admitimos, na presença de Deus, que somos pecadores, que temos transgredido a sua santa lei e, sentindo o peso de nossa culpa, humildemente pedimos perdão. Procedendo desse modo, a promessa das Escrituras Sagradas é que seremos perdoados (Pv 28.13; Rm 3.24-26).
IV. Perdão e fé em Jesus Cristo
Novamente, o apóstolo Pedro estabelece a relação entre perdão e fé em J esus Cristo, afirmando: “Dele [J esus Cristo] todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados” (At 10.43; 13.38,39). É necessário reconhecer que o perdão vem pela fé em J esus Cristo e pelo crer na eficácia de sua obra redentora. 0 povo de Israel ficou desesperadamente entregue à morte por causa de sua rebelião, mas Deus, em sua misericórdia, mandou que Moisés levantasse uma serpente de bronze, prometendo vida a todos que olhassem para ela (Nm 21.9). “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado [numa cruz e crucificado], para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.14,15). Do fundo do coração, é necessário crer que o perdão do pecado vem somente pela fé em J esus Cristo (Ef 1.7). 0 caráter específico da fé é receber e descansar somente em Cristo, para o perdão e a vida eterna.
V. O perdão mútuo entre os irmãos
A exortação do apóstolo Paulo é: “Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3.13). "... sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4.32). Este perdão mútuo entre as pessoas é de tal modo necessário que Cristo advertiu: "... se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.15). A falta desse espírito de perdão é tão grave que impede um culto verdadeiro a Deus (Mt 5.21-26). É importante observar o ensino da Confissão de Fé de Westminster sobre esse ponto: "... aquele que escandaliza a seu irmão ou a Igreja de Cristo Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFI55ÃO DE FÉ / 25
deve estar pronto, por meio de uma confissão particular ou pública de seu pecado e do pesar que por ele sente, a declarar o seu arrependimento aos que estão ofendidos; isto feito, estes devem reconciliar-se com o penitente e recebê-lo em amor” (CFW XV.VI). Reconhecemos que existem casos em que é extremamente difícil perdoar aquele que pecou contra nós. Ficamos isentos desse dever por causa da circunstância especial do nosso caso? De modo algum. Quando os discípulos sentiram a dificuldade desse dever, oraram ao Senhor: “Aumenta-nos a fé" (Lc 17.3-10). O nosso recurso é o mesmo: fé para receber forças necessárias para perdoar aquele que nos ofende. Assim, “... tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Conclusão
“O perdão de Deus nos é dado tão logo admitimos que temos necessi dade do mesmo, não com base em quaisquer atos que tenhamos feito para alcançá-lo, mas, exclusivamente, por causa de sua graça. O dom gratuito do perdão traz consigo a purificação de toda injustiça. Deus nos aceita como justos porque ele imputa-nos a justiça de Cristo. Em outras palavras, a própria justiça de Cristo, aquele que leva os peca dos por nós, é creditada a nosso favor” (Bíblia de Estudo de Genebra, Editora Cultura Cristã, IJ o 1.9).
Aplicação
O perdão que espero receber de Deus tem sido solicitado com arrependimento, confissão de pecado e fé em J esus Cristo? E posso dizer honestamente: assim como o Senhor tem me perdoado, também perdoarei todos aqueles que me ofenderem?
26 / A REMI55ÃO DOS PECADOS
LIÇÃO 20
A RESSURREIÇÃO DO CORPO >
Creio na ressurreição do corpo Texto básic o: 1 Coríntios 15.20-28 Leitura diária D - Já 19.8-29 - Rev estido d a m inha p ele S - Salm o 16.1-11 - Meu corp o r ep ou sar á segur o T - Ezeq u iel 37.1-14 - Ossos secos g anh am vida O - L u c a s 8 .4 0 -5 6 - M e n i n a , l ev a n t a - t e ! O - L uc as 7.11-17 - O morto p asso u a f alar S - 1 Coríntios 15.12-34 - H á ressu rreição do s mortos S - 1Tess alonic enses 4.9-18 - Ress us citarão primeiro
Introdução
“No último dia, os que estiverem vivos não morrerão, mas serão muda dos; todos os mortos serão ressuscitados com seus mesmos corpos, e não outros, embora com qualidades diferentes, e se unirão novamente às suas almas, para sempre. Os corpos dos injustos serão, pelo poder de Cristo, ressuscitados para a desonra; os corpos dos justos serão, pelo seu Espírito, ressuscitados para a honra e para serem semelhan tes ao próprio corpo glorioso de Cristo’’ (CFW XXXII.II e III). Assim como a remissão dos pecados é uma das grandes promessas da Palavra de Deus, também a promessa e a esperança da ressurreição do corpo correspondem a verdades preciosas. A Igreja cristã confessa: “Eu creio na ressurreição do corpo”. Essa verdade foi anunciada no Antigo Testamento (Jó 19.25-27; SI 16.9-11; Ez 37.1-14; Dn 12.2). No Novo Testamento, o ensino continua o mesmo (Jo 5.25-29; 11.24-25; ICo 15.1-55; lTs 4.13-16). No ministério de Jesus Cristo, ele não somente falou da ressurreição, mas demonstrou literalmente a veracidade de seu ensino, ressuscitan do vários mortos (Lc 7.11-17; 8.49-56; Jo 11.41-46). 0 caso de Lázaro foi especialmente notável, porque ele jazia no túmulo há quatro dias e a decomposição do corpo havia começado (Jo 11.39). No ofício fúnebre, o ministro diz: “Visto que o Onipotente Deus foi servido, em sua providên cia, chamar para si a alma desta pessoa, entregamos o seu corpo à terra, cinza à cinza, pó ao pó, na segura e certa segurança da ressurrei ção para a vida eterna, mediante nosso Senhor J esus Cristo, que trans formará nosso corpo, a fim de que ele seja semelhante a seu glorioso corpo, segundo a obra poderosa pela qual pode sujeitar todas as coisas a si mesmo”.
Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 27
i. A natureza da Um dicionário secular define ressurreição nestes termos: “Ato ou efeito ressurreição de ressuscitar; fazer voltar à vida; reviver”. Entendemos que reviver sig
nifica que o mesmo ser que morreu volta a viver. Se fosse diferente, não seria uma ressurreição. Cristo demonstrou a natureza da ressurreição através de seu poder sobre os mortos. Vejamos os fatos. O filho único de uma viúva (Lc 7.11-17) está num caixão, rumo ao cemitério. Mas Cristo intervém e diz: “Jovem, eu te mando: levanta-te”. E o relato acres centa: “Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe”. A filha de Jairo, uma menina de apenas 12 anos, é outro caso (Lc 8.49-56). Ela estava morta, seu espírito já saíra do corpo. Mas Cristo entrou em cena e lhe disse, em alta voz: “Menina, levantate!" E novamente a Bíblia registra: “Voltou-lhe o espírito, ela imediata mente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer”. Eis o que é uma ressurreição: o espírito da menina voltou a possuir o corpo e ela retornou à vida. Temos o caso de Lázaro, em João 11.17-46. Esse é mais difícil, pois o corpo foi sepultado e a decomposição já começara, de maneira que Marta exclamou: “Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias”. Mas o procedimento foi o mesmo. J esus veio e o morto, ao ouvir a ordem, “Lázaro, vem para fora”, que fez? A Bíblia responde: “Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com atadu ras e o rosto envolto num lenço”. Ele fora entregue ao túmulo e, voltan do a viver, saiu como entrara. Essa é a natureza de uma ressurreição. O processo será basicamente o mesmo, para cada um de nós, no dia da ressurreição geral. Ao ouvirmos a ordem de Cristo, o mesmo corpo que morreu (seja qual for a circunstância) voltará a viver. O apóstolo Paulo foi muito claro a respeito da ressurreição: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a J esus dentre os mortos, esse mes mo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8.11). E para silenciar os incrédulos que zombaram da doutrina da ressurreição literal do corpo, perguntou: “Por que se julga incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?” (At 26.8). A morte de Cris to salvou não apenas nossas almas, mas também remiu nossos cor pos (Rm 8.23). É este mesmo corpo que reconhecemos que será le vantado e transformado no dia da ressurreição (Fp 3.21). Nossa espe rança espiritual depende da ressurreição: “Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressus citou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa espe rança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" (ICo 15.16-19). Quando Paulo fala do “corpo espiritual" e diz que “carne e sangue não podem herdar o reino de Deus”, ele não está dizendo que o corpo ressurrecto deixa de ser físico e material em sua composição; ainda continuará “corpo”, algo que é distinto de “espírito”. Quando a Palavra diz: “carne e sangue não podem herdar o reino de Deus”, essa “carne” deve ser entendida como descritiva da fraqueza, corrupção e desonra 28 / A RESSURREIÇÃO DO CORPO
que caracterizam o corpo atual. 0 “corpo espiritual" é o corpo cheio do Espírito Santo, moldado e guiado por ele. A preservação da identidade do corpo não interfere na transformação que acontecerá pela ressurrei ção. Todos os defeitos causados pelo pecado serão definitivamente re movidos. A mortalidade e a corrupção causadas pelo pecado darão lu gar à incorruptibilidade, à semelhança da glória do corpo de Cristo (Fp 3.21). Enfim, será próprio àquele estado de bem-aventurança caracterís tico do céu. Cristo nos redimiu integralmente, corpo e alma. Portanto, a consumação da obra redentora de Cristo deve incluir a redenção do corpo (Rm 8.11; Ef 1.13,14). Os santos entrarão e desfrutarão eternamente de uma “he rança incorruptível, sem mácula e imarcescível”, baseados na integrida de de uma vida pessoal, reconstituída pela ressurreição (IPe 1.4-9). Pela ressurreição, a morte, o último inimigo, será destruída. Esse será o ato culminante de Cristo em sua regência de vitórias. A salvação que se encontra em Cristo é condicionada por essa esperança e, portanto, nes se estado atual, "aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23,24). Contudo, mesmo agora, existe uma gratidão e alegria indizível enquanto aguardamos a glória a ser revelada. Porque “quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “Tragada foi a morte pela vitória” (ICo 15.54). O pessimis mo contradiz a fé cristã, porque não conhece nada da esperança do verdadeiro cristão. Leia outra vez a resposta 87 do CM.
II. O tempo da ressurreição
Cremos na ressurreição do corpo. Mas quando será esse acontecimen to maravilhoso? 0 ensino da Bíblia é muito claro. A ressurreição aconte cerá na segunda vinda de Jesus Cristo, ou seja, na consumação dos séculos. As parábolas sobre o reino de Deus ensinam que, na consuma ção dos séculos, Cristo voltará. Nesse dia haverá uma ressurreição ge ral, quando todas as nações e pessoas, individualmente, tanto os justos quanto os ímpios, serão reunidos para serem julgados segundo o bem ou o mal que tiverem feito por meio do corpo (Mt 13.40,49; 24.30,31; 25.31,32; 2Co 5.10). Há uma série de outros textos que identificam a consumação dos séculos, a segunda vinda de Cristo e a ressurreição geral como acontecimentos praticamente simultâneos (J o 5.25-29; 6.39,40,44; 11.24,25; ICo 15.1-58; Fp 3.20; lTs 4.13-17; 2Ts 1.7-9; 2Tm 4.1). Em João 5.29 temos a ressurreição da vida e a ressurreição do juízo. A passagem não está falando de duas ressurreições separadas e distin tas. Há uma só ressurreição geral, quando todos, justos e ímpios, esta rão reunidos perante o trono de Cristo. Porém, para alguns, o resultado do julgamento será vida, enquanto para outros, a sentença final será condenação (Dn 12.2; Mt 25.46).
Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ /
29
Conclusão
As Escrituras Sagradas não deixam nenhuma margem de dúvida quanto à realidade da ressurreição dos justos e injustos (Jo 5.28,29; At 15.26). A ressurreição dos injustos não recebe tanta explanação quanto à dos justos, porque o interesse específico das Escrituras refere-se à ressur reição para a vida e salvação. A ressurreição de Cristo é fundamental na plena realização do plano da salvação. Os corpos dos justos serão res suscitados em poder, espirituais e incorruptíveis, e feitos semelhantes ao corpo glorioso de Cristo; os corpos dos ímpios serão ressuscitados para desonra, como por um juiz ofendido.
Aplicação
O apóstolo Paulo disse: “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, vivos para todo sempre” (ICo 15.52). Estamos cientes de que esta eternidade pode ser ou para o castigo eterno ou para a vida eterna? Durante o discurso de Paulo em Atenas, muitas pessoas o ouvi ram com boa mente. Porém, quando ele falou da ressurreição dos mor tos, alguns escarneceram. Por que essa rejeição a uma verdade tão preciosa? Será que o juízo que a segue explica alguma coisa? Muitas vezes a zombaria é uma fuga decorrente do medo.
30 / A PE55UPPEIÇÃO DO COPPO
LIÇÃO 21
A VIDA ETERNA Creio na vida etern a Texto básico: 1João 5.9-21 Leitura diária D - Mateus 25.31-46 - Os justos p ara a vida eter n a S - A po calip se 21.1-8 - Novos céus e terra T - A po calip se 21.9-22.5 - A nova Jerusalém Ç> - M a t eu s 19 .2 3-3 0 - H e r d a r á a v i d a e t e r n a O - João 3.1-21 - Tenha a vida et ern a S - J o ão 4.4 -2 6 - f o n t e a jo r r a r p a r a a v i d a e t e r n a S - R o m a n o s 6.1-23 - D o m g r a tu i t o d e D eu s
Introdução
0 Catecismo Maior usa as seguintes palavras para descrever o estado dos justos na eternidade: “Serão recebidos no céu, onde serão plenamente e para sempre libertados de todo pecado e miséria, cheio de alegrias inefáveis, feitos perfeitamente santos e felizes, no corpo e na alma, na companhia de inumeráveis santos e anjos, mas especialmente na imediata visão e deleite de Deus o Pai, de nosso Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo, para toda a eternidade. É esta a perfeita e plena comunhão de que os membros da Igreja invisível gozarão com Cristo em glória” (resposta à pergunta 90 do CM). Chegamos à terceira e última grande afirmação do credo: creio na vida eterna. A Bíblia não fala muito sobre as plenitudes da vida eterna. Porém, fornece o suficiente para fazer nascer em nós uma esperança que anseia pelo que há de vir. Vida eterna é vida sem fim, vida que continua pelos séculos dos séculos, a plenitude das bênçãos espirituais no lar celestial. Mas não apenas isso. Aqui na terra somos como estrangeiros aspirando a uma pátria superior, aguardando a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador (Hb 11.10,16). Diz a Bíblia que a vida eterna é J esus Cristo (lJ o 5.20). Todas as riquezas da vida eterna encontram-se plenamente em Jesus Cristo, o Filho de Deus. E aquele que tem o Filho, tem a vida eterna (lJ o 5.11,12). Há algumas verdades relacionadas à vida eterna que devemos conhecer e receber.
I. O sentido da vida atual
A vida que agora temos é como um período de prova. É durante o espaço desta vida que devemos estabelecer o nosso estado na eternidade. Com toda urgência apostólica, somos advertidos: "... eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação" (2Co 6.2). Não nos atrevamos a pensar em adiar nossa responsabilidade, nem a nutrir esperança por uma segunda oportunidade. 0 autor de Hebreus perguntou: Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 31
"... como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?" (Hb 2.3). É de suma importância que sejamos achados com a esperança da vida eterna, firmados na eficácia do sacrifício de J esus Cristo para o perdão dos nossos pecados. Antes de tomarmos posse da plenitude da vida eterna, três coisas deverão acontecer: a) teremos de morrer; b) teremos de ressuscitar dentre os mortos e c) teremos de ser julgados segundo o bem ou o mal que tivermos feito por meio do corpo (2Co 5.10; Hb 9.27). A sentença dada no dia do juízo é única e irrevogável, e será: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”; ou “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.34,41,46). I. O sentido da vida eterna
32 / A VIDA ETERMA
O que veremos nós quando começarmos a desfrutar da vida eterna? O apóstolo Paulo observou: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (ICo 2.9). Paulo foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não seria capaz de repetir (2Co 12.4). Igualmente, temos de ser cuidadosos para não ultrapassar o que está escrito a respeito da vida eterna. Contudo, podemos afirmar as seguintes verdades: A. O céu, onde desfrutaremos a vida eterna, é mais do que um lugar espiritual, é um lugar de substância, próprio para corpos ressurrectos (Ap 21.1; 22.5). Quando Cristo ressuscitou, subiu ao céu com um corpo verdadeiro e palpável, embora glorificado (Lc 24.36-43; At 1.9-11; ICo 15.35-39; Fp 3.21). A Bíblia nos ensina que no dia da ressurreição, nosso corpo de humilhação será transformado para ser igual ao corpo glorioso de Jesus Cristo (ICo 15.52; Fp 3.21). A promessa de Cristo é esta: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.2,3). Outra promessa é: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (SI 16.11). Eis o quadro da vida eterna: depois da ressurreição, teremos corpos gloriosamente transformados para serem iguais ao corpo de J esus Cristo, e habitaremos na presença dele em pleno gozo para todo sempre. B. A bênção especial que esperamos na vida eterna é a própria presença de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo "... a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória” (IPe 1.8). A vida eterna é uma realidade no presente, mas as experiências atuais, mesmo gloriosas como são, constituem apenas as primícias das maravilhas que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Nosso dever imediato é crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador J esus Cristo, porque cremos na vida eterna (2Pe 3.18).
III. A esperança Para onde vão as almas dos crentes quando seus corpos são tomados pela morte? O Catecismo Maior , em sua pergunta 86, responde: “A depois da comunhão em glória, com Cristo, da qual os membros da Igreja invisível morte
desfrutam imediatamente depois da morte, consiste em suas almas serem aperfeiçoadas em santidade e recebidas nos mais altos céus, onde contemplam a face de Deus em glória, esperando a plena redenção de seus corpos, os quais, mesmo na morte, continuam unidos a Cristo, e descansam em suas sepulturas, como em seus leitos, até que, no último dia, sejam unidos novamente às suas almas". 0 fato de as almas dos justos entrarem imediatamente no céu no momento da morte é confirmado por muitos textos bíblicos. A promessa de nosso Senhor para o ladrão penitente foi: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo do paraíso” (Lc 23.43), ou seja, antes de terminar o dia, a alma do ladrão estaria no mesmo lugar em que Jesus estaria, em plena felicidade, como infere a palavra paraíso. Quando Estevão, reunindo suas últimas forças,"... invocava e dizia: Senhor J esus, recebe o meu espírito!”, é evidente que ele entendeu que a sua alma entraria imediatamente na presença de seu Salvador (At 7.59). A mesma verdade está implícita nas palavras de Paulo: "... para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.21-23). Se ele tivesse a esperança de ser admitido na presença do Senhor somente no dia da ressurreição, não consideraria a morte como lucro. Ao contrário, em vez de desejar partir, teria desejado permanecer e desfrutar de uma existência útil, na qual seu ministério pudesse produzir frutos. 0 apóstolo justificou seu desejo de partir dizendo que estaria com Cristo, o que é incomparavelmente melhor O mesmo apóstolo afirma: "... estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Não existem palavras mais claras para descrever a transição imediata da alma desta vida para a presença de Cristo. A ausência da alma do crente de seu corpo e a presença de Cristo estão inseparavelmente unidos; é uma transição sem qualquer intervalo de espera. O apóstolo João ouviu uma voz do céu, dizendo: “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras o acompanham” (Ap 14.13). Na hora da morte, os salvos recebem uma bênção, uma bem-aventurança celestial. Visto que as almas dos crentes são admitidas imediatamente no céu, na hora da morte, é evidente que uma maravilhosa transformação acontece a fim de qualificá-las ao seu novo estado de glória. Se elas não fossem completamente purificadas de todas as contaminações do pecado, não poderiam entrar na glória e seriam incapazes de desfrutar da santidade celestial. A Confissão de Fé de Westminster ensina que as almas serão “feitas perfeitamente santas”. Assim, as pessoas que já partiram para a glória são vistas como "justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 33
Conclusão
0 apóstolo Paulo resume a vida cristã em termos de “Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1.27). 0 apóstolo João esclarece: "... o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (lJ o 5.11,12). Novamente percebemos a centralidade de Jesus Cristo no plano da salvação. Ele foi dado para ser recebido (Jo 1.11,12). “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At 16.31). O que estou fazendo para alimentar em mim a esperança da vida eterna? Estou realmente a sós com Cristo J esus? Ele é a pessoa mais importante em minha vida? Um coração dividido anula a esperança da vida eterna. Vamos ser constantes, olhando firmemente para Jesus Cristo, o Autor e Consumador da fé (Hb 12.2).
CÉU DEUS ACOLHERÁ SEU POVO COM J ÚBILO PERENE Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos prepar ar lugar, voltarei e vos rec eberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.
J OÃO 14.1-3 Céu, que tanto no hebraico como no grego é uma palavra que significa “firmamento”, é o termo
bíblico para casa ou morada de Deus (SI 33.13,14; Mt 6.9), onde está seu trono (SI 2.4); o lugar de sua presença, ao qual o Cristo glorificado retornou (At 1.11); onde a Igreja militante e triunfante agora se unem para a adoração (Hb 12.22-25); de onde um dia o povo de Cristo estará com seu Salvador para sempre (J o 17.5,24; l Ts 4.16,17). Ele é retratado como um lugar de descanso (J o 14.2), uma cidade (Hb 11.10), e um país (Hb 11.16). Em algum ponto futuro, ao tempo da volta de Cristo para o juízo, ele tomará a forma de um cosmos reconstruído (2Pe 3.13; Ap 21.1). Pensar no céu como um lugar é mais correto do que errado, embora a palavra possa iludir. 0 céu aparece na Escritura como uma realidade espacial que toca e interpenetra todo o espaço criado. Em Efésios, Paulo localiza no céu tanto o trono de Cristo à mão direita do Pai (Ef 1.20) como as bênçãos espirituais e a vida ressurreta dos cristãos em Cristo (Ef 1.3; 2.6). Os “lugares ou regiões celestiais" em Efésios 1.3,20; 2.6; 3.10; e 6.12 são uma variante literária de “céu”. Paulo alude a uma experiência no “terceiro céu” ou “paraíso” (2Co 12.2,4). De acordo com a Escritura, a constante alegria da vida no céu para os remidos será originada de (a) sua visão de Deus na face de J esus Cristo (Ap 22.4); (b) sua contínua experiência do amor de Cristo, à medida que ele lhes ministra (Ap 7.17); (c) sua comunhão com os amados e com todo o corpo dos remidos; (d) o contínuo crescimento, amadurecimento, aprendizado, enriquecimento de capacida des e expansão de poderes que Deus tem em estoque para eles. 0 remido deseja todas estas coisas, e sem elas sua felicidade não pode ser completa. Mas no céu não haverá desejos insatisfeitos. Assim, a vida na glória celestial compreende ver a Deus em e por meio de Cristo e ser amado pelo Pai e pelo Filho, descansar (Ap 14.13) e trabalhar (7.15), louvar e adorar (7.9,10; 19.1-5), e comunhão com o Cordeiro e seus santos (19.6-9). E essa vida não cessará (Ap 22.5). Sua eternidade é parte de sua glória; a continuidade infinita, podemos dizer, é a glória da glória. Adaptado de Teologia Concisa de J . I. Packer, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 1999, págs. 241-243.
34 / A VIDA ETERNA
LIÇÃO 22
O BATISMO E A CEIA DO SENHOR Texto básico: Colossenses 2.8-15 Leitura diária D - M a te u s 7.2 4 -2 9 - O u v e e p r a t i c a S - 1 J o ã o 5.10-21 - O r a n d o s e g u n d o s u a v o n t a d e T - f l e b r e u s 10.19-39 - N ã o d e ix e m o s d e c o n g r e g a r O - D e u t e r o n ô m i o 30.1-10 - C o r a ç ã o c i r c u n c i d a d o O - G ã l a t a s 3 .19 -2 9 - B a t i za d o s e m C r is t o S - Êxo do 12.1-14 - E statu to pe rp étu o S - Mateus 26.17-30 - Fazei em m emó ria de mim
Introdução
Damos início agora a um ligeiro estudo sobre o batismo e a ceia do Senhor. A Confissão de Fé de Westminster define: "Os sacramentos são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus para representar Cristo e seus benefícios, e confirmar o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o restante do mundo, e solenemente comprometêlos ao serviço de Deus em Cristo, segundo a sua Palavra” (CFW XXVII.I). Devemos lembrar que o sacramento, seja qual for, não tem vida própria. Sozinho, não pode transmitir milagrosa ou misticamente nenhuma bênção espiritual. Para ter valor, o sacramento tem de ser acompanhado pela exposição dos textos relevantes da Palavra de Deus, pela obra do Espírito Santo aplicando essa mesma Palavra ao coração do ouvinte que deve recebê-la pela fé.
I. O sustento espiritual da Igreja
Segundo a Bíblia a verdadeira Igreja é uma só e é formada por todo o povo de Deus, desde o princípio da criação até a consumação dos séculos. No decorrer desses anos, seja no Antigo ou Novo Testamento, o povo de Deus alimentou-se dos seguintes meios de graça, cada um com seu próprio valor no processo de edificação espiritual: A. A Palavra de Deus Pela Palavra de Deus, somos moldados e orientados segundo sua vontade. Nossa própria vida e felicidade dependem do que recebemos dessa fonte. Portanto, uma das primeiras lições que temos de assimilar é nossa total dependência da Palavra de Deus (Dt 8.2,3; SI 119.18, 116; Mt 7.24-27; Jo 5.24; 14.23,24). O salmista confessou: “Suspiro, Senhor, por tua salvação; a tua lei é todo o meu prazer” (SI 119.174). Esse apego à Palavra é demonstrado por meio da leitura diária das Escrituras Sagradas. Sempre damos prioridade àquilo que realmente amamos. Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 35
Convém lembrar que a eficácia divina é atribuída à Palavra de Deus (2Tm 3.16,17). A experiência salvadora de Timóteo foi atribuída à suficiência das Escrituras Sagradas (2Tm 3.14,15). O apóstolo Pedro afirmou que pecadores são regenerados mediante a Palavra de Deus (IPe 1.23). Cristo atribuiu a ela um poder purificador: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3; 17.17). Vamos desenvolver uma santa confiança na Palavra de Deus, na certeza de que ele há de honrar aquilo que ele mesmo designou para a realização de sua vontade entre os homens. B. A oração A oração entende três verdades básicas: a) aquele que ora acredita na personalidade de Deus, que ele é uma pessoa e que age com inteligência; b) aquele que ora acredita que Deus mantém contato de interesse, uma participação soberana em todas as atividades do mundo inteiro. Ele não está longe de ninguém; conhece sua criação, entende e atende às necessidades de suas criaturas; c) aquele que ora acredita que Deus mantém um controle absoluto sobre todos os acontecimentos e, por isso, pode ordená-los de acordo com as necessidades de sua santa e perfeita vontade. A oração deve ser feita por coisas lícitas, de acordo com a vontade de Deus (lJ o 5.14). “Oração é um oferecimento de nossos desejos a Deus (o Pai), em nome de Cristo e com o auxílio de seu Espírito, e com a confissão de nossos pecados e um grato reconhecimento de suas misericórdias” (resposta à pergunta 178 do CM). C. As reuniões públicas A reunião pública do povo de Deus, a fim de prestar-lhe culto, é uma ordenança perpétua. No Antigo Testamento houve as santas convocações (reuniões públicas), e uma dessas era o dia do Senhor, quando as famílias ajuntavam-se para oferecer a Deus o devido culto (Lv 23.1-4; SI 22.22; 35.18; 116.17-19). No Novo Testamento, vemos a congregação semanal nas sinagogas e temos o próprio Jesus servindo de exemplo (Lc 4.16). A Igreja primitiva continuou no mesmo costume, porque é mandamento perpétuo do Senhor, para o próprio bem do povo (Jo 2.19; At 20.7; ICo 16.2; Hb 10.25). “0 culto religioso deve ser prestado a Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo - e só a ele; não deve ser prestado nem aos anjos, nem aos santos, nem a qualquer outra criatura; nem deve, depois da queda (quando o homem caiu no pecado), ser prestado a Deus pela mediação de qualquer outro, senão unicamente a de Cristo” (CFW XXI.II). D. Os sacramentos Na Bíblia, encontramos apenas dois sacramentos permanentes: a circuncisão e a Páscoa, no Antigo Testamento, e o batismo e a ceia do Senhor, no Novo Testamento. Cremos que a circuncisão e o batismo representam o mesmo sacramento, porque a verdade espiritual é a 36 / O BATISMO E A CEIA DO SENHOR
mesma, a saber, purificação, uma obra espiritual no coração humano. Da mesma forma, a Páscoa e a ceia do Senhor representam o mesmo sacramento, porque a verdade espiritual é a mesma, isto é, comemoração, quando as providências de Deus na condução do povo pelo deserto são lembradas. Pelos sacramentos somos levados a contemplar novamente os princípios de nossa experiência espiritual. II. A unidade entre circuncisão e batismo
Reconhecemos que o ritual da circuncisão e batismo são diferentes. Contudo, afirmamos que essas ordenanças são iguais porque seu conteúdo espiritual é o mesmo. O apóstolo Paulo reconheceu esse fato quando usou circuncisão e batismo como sinônimos. Em 1 Coríntios 10.2, ele diz que os israelitas foram batizados. Na realidade, foram circuncidados de acordo com a lei de Moisés. Em Colossenses 2.11, Paulo diz que os crentes foram circuncidados. Na verdade, foram batizados de acordo com as normas estabelecidas por Jesus Cristo. Por que o apóstolo teve essa liberdade de expressão? O valor do sacramento não está em sua forma de administração, seja qual for o tipo, mas em seu conteúdo espiritual. O grande desejo do apóstolo foi o de elevar os olhos da Igreja para enxergar além do ritual, para contemplar as verdades espirituais que são representadas nas respectivas ordenanças.
III. A verdade espiritual do batismo
Pergunta-se: qual é a verdade espiritual da circuncisão ou batismo? Ela consiste na purificação, separação do pecado e união espiritual com o Salvador. No Antigo Testamento, as pessoas foram exortadas a circuncidar o coração, deixar o pecado e entrar numa santa comunhão com o Senhor (Dt 10.16; Jr 4.4). O homem é responsável; porém, a verdadeira circuncisão é obra da graça de Deus (Dt 30.6). Semelhantemente, no Novo Testamento, as pessoas são exortadas a buscar o verdadeiro batismo, deixar o pecado e entrar numa santa comunhão com o Senhor (Mc 1.8; At 2.38; Gl 3.27; Cl 2.12). Mais uma vez é importante observar que o verdadeiro batismo é obra da graça de Deus, realizada pelo Espírito Santo (ICo 12.13). Às vezes, esse verdadeiro batismo é chamado de batismo com o Espírito Santo, isto é, quando somos regenerados pelo poder do Espírito Santo e feitos filhos de Deus (Jo 1.11-13; 3.7,8; Rm 6.4; Tt 3.4-7). Ou, se desejarmos a linguagem do Antigo Testamento: “O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas” (Dt 30.6). “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36.25-27). Como o Novo Testamento revela, essa água pura e eficaz é o sangue de Jesus Cristo Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 37
(lJ o 1.7). Tanto na circuncisão quanto no batismo, a verdade é a mesma: ambos falam de uma obra espiritual e de um coração transformado pelo poder do Espfrito Santo, numa verdadeira regeneração.
IV. A mudança na farma de administração
Cremos que há uma só aliança da graça, pela qual pecadores são salvos. Existem dois modos diferentes para administrar esta única aliança, conhecidos como o Antigo e o Novo Testamentos. Visto que a aliança é uma só, os selos dela devem ser essencialmente os mesmos. No Antigo Testamento, os selos apontaram para o futuro, enquanto no Novo, são comemorativos. Antes de Cristo, eles significaram uma graça a ser revelada, enquanto no presente, revelam esta graça como já revelada. No início, esses selos foram físicos e dramáticos; no presente, são suaves e espirituais. Assim, o batismo assumiu o lugar da circuncisão como ritual de iniciação. Ambos apontam para a necessidade de uma regeneração espiritual (Dt 10.16; 30.6; J o 1.12,13; 3.5-8). A circuncisão foi o batismo judaico; e o batismo é a circuncisão cristã (Gl 3.27,29; Cl 2.10-12). A ceia do Senhor foi instituída dentro do contexto da celebração da Páscoa. Cristo tomou os antigos pão e cálice e lhes deu uma nova consagração e um novo sentido (Mt 26.26-29). “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado" (ICo 5.7).
Conclusão
O batismo e a ceia do Senhor foram instituídos por Jesus e sua prática ordenadas aos seus discípulos. Por isso os crentes devem valorizá-los e honrá-los. A sua observância nos edifica e nos liga ao povo de Deus de todos os tempos. Por eles a nossa fé é fortalecida, mas também proclamada. Assim jamais se tornarão prática vazia e nem tampouco supersticiosa, mas um ato vivo e sincero de culto a Deus.
Aplicação
A combinação da Palavra de Deus com a oração e o culto público dão maior sentido aos sacramentos. Quando a ceia do Senhor ou o batismo têm pouco sentido, o problema não está nos sacramentos, mas na falta do devido preparo por meio das Escrituras, oração e no culto prestado a Deus. Quando participamos da ceia do Senhor, nos preparamos para participar dignamente desse sacramento? Quando testemunhamos um batismo na Igreja, somos estimulados a discernir espiritualmente sobre o ato e sobre o que foi feito em nós?
38 / O BATISMO E A CEIA DO SEMliOD
LIÇÃO 23
O BATISMO: ALCANCE, SIGNIFICADO E APLICAÇÃO Textos básicos: Génesis 17.1-14; Atos 2.37-39 Leitura diária D - M a t eu s 2 8.1 6-2 0 - B a t i za n d o - o s S - Heb reus 9.1-14 - Diversas ab lu çõ es T - Gênesis 17.7-14 - Esta é a m inha al ian ç a O _ Atos 2.1-41 - B atiza d o em no m e de Jesus O - C o l o s s e n s e s 2.1-12 - S e p u l t a d o s n o b a t is m o S - A t o s 16 .2 5-3 4 - B a t i z a d o c o m o s s eu s S - A t o s 1 0.3 4-4 8 - P o d e a lg u é m r e c u s a r á g u a ?
Introdução
“0 batismo é um sacramento do Novo Testamento, instituído por Jesus Cristo, não só para solenemente admitir na Igreja visível a pessoa batizada, mas também para servir-lhe de sinal e selo do pacto da graça, de sua união com Cristo, da regeneração, da remissão dos pecados e também da sua consagração a Deus, por meio de Jesus Cristo, a fim de andar em novidade de vida. Este sacramento, segundo a ordenação do próprio Cristo, há de continuar em sua Igreja até ao final do mundo” (CFW XXVIII.I). 0 batismo foi instituído por Cristo depois de sua morte e ressurreição, e antes de sua ascensão (Mt 28.18-20). No tempo de Cristo existiam diversos batismos (abluções - Hb 9.10). Entre eles, o mais conhecido foi o de João Batista, um “batismo de arrependimento para a remissão dos pecados". Esse não foi o batismo cristão e nem o seu precursor (que não fora ainda instituído). Os que foram batizados por João Batista foram batizados outra vez, quando tornaram-se cristãos de fato (At 19.3-5).
I. Pelo batismo entramos na igreja
No Antigo Testamento, o caminho para tornar-se membro da Igreja era sempre por meio da circuncisão; no Novo Testamento, o meio é o batismo. Visto que a Igreja (o povo salvo pela graça de Deus) é um só e que o sacramento para entrar tem a mesma verdade espiritual, as mesmas condições de entrada são observadas em ambos os Testamentos. No Antigo Testamento, os adultos confessos, juntamente com seus filhos menores, eram circuncidados (Gn 17.9-14; J s 5.1-9). No Novo Testamento, a mesma norma é observada: os adultos confessos e suas famílias são batizados (At 2.37-39; 10.24,47,48; 16.14,15,33). Notamos que Deus sempre inclui as famílias de seu povo em seus propósitos gerais (Gn 17.12 com Lc 1.57-64 e Mc 10.13-16). Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 39
Abraão foi o primeiro a ser circuncidado, em virtude de sua fé nas promessas de Deus. Ele creu, foi justificado e recebeu o sinal da circuncisão (Gn 15.6; 17.24). No Novo Testamento, os que creram e confessaram a sua fé em Cristo foram batizados (At 2.41). Em ambos os casos, a mesma norma, (fé nas promessas de Deus), capacitou o candidato ao sacramento, bem como suas respectivas famílias.
11.0 sentido dessa entrada formal
No caso dos adultos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, foi feita uma aliança que incluía todo tipo de bênção espiritual e material. Ao ouvir essas promessas de Deus, o indivíduo que cria recebia o sinal da aliança, a saber, a circuncisão ou o batismo, segundo o ensino do período testamentário respectivo (Gn 15.6; At 2.41). Essa aliança, indicada por um sinal, fala das promessas divinas e é uma aliança perpétua. Ela começou no Antigo Testamento e continua no Novo, ininterruptamente. Se não fosse assim, não seria uma aliança perpétua. Tendo essa continuidade, a observância do sinal da aliança (circuncisão ou batismo) obedece às mesmas normas, ou seja: os adultos confessos, com suas famílias, recebem o sacramento. 0 mandamento é este: “Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações” (Gn 17.9; At 2.39).
III. As promessas indicadas pelo batismo
Alianças bíblicas foram sempre ratificadas por sinais ou selos. 0 primeiro exemplo encontra-se em Gênesis 9.11-17. Deus fez uma aliança com o homem, dando-lhe promessas e selando-as com o sinal do arco (vs.12,13). Quando Deus revelou a aliança da graça, o plano da salvação, as promessas foram confirmadas por um sinal: a circuncisão do Antigo Testamento e o batismo, do Novo. Quais são as principais promessas seladas pelo batismo? A. Regeneração Jesus disse duas verdades que nos obrigam a reconhecer a absoluta necessidade da regeneração: "... do coração procedem...” as corrupções humanas (Mt 15.19,20). Mas apesar deste impedimento moral, enfatizou a necessidade de uma justiça elevadíssima para se entrar no reino de Deus (Mt 5.20). Diante dessas duas realidades, o homem natural não tem a mínima possibilidade de entrar no céu. Então, como pode entrar? Somente o novo nascimento (regeneração) pode resolver esse problema. Deus mesmo prometeu realizar em nõs a regeneração necessária (Ez 36.25-27; Jo 3.6-8). B. União com Cristo Pelo simbolismo do batismo, "... fomos unidos com ele na semelhança da sua morte”, e "... quem morreu, justificado está do pecado". Assim, “andemos em novidade de vida” (Rm 6.3-7; Gl 3.27, 28; Cl 2.11,12).
40 / O BATISMO: ALCAMCE, SIGMIFICADO E APLICAÇÃO
C. Remissão dos pecados Unidos com Cristo, nossa posição aos olhos do juiz é mudada. Nele, temos o perdão e a vida eterna (Ef 1.7; Cl 1.12,13; lJ o 5.10-12). 0 batismo, como sinal, aponta para a fonte desse perdão e vida eterna. O batismo faz-nos sentir a acessibilidade dessas promessas. D. Consagração Pelo batismo, somos consagrados a Deus. No caso do adulto, é um sinal perpétuo das promessas divinas e uma lembrança constante da provisão de Deus: regeneração, união com Cristo, remissão dos pecados e consagração a Deus. No caso do filhos dos crentes é um convite, um apelo para aceitar e confessar publicamente os termos da aliança. Deus promete fazer uma obra espiritual. Porém, o homem tem de revelar e evidenciar seu interesse, crendo nas promessas oferecidas. 0 sacramento puro e simples é apenas um sinal exterior. 0 que tem de segui-lo é uma vida nova, uma experiência espiritual que Deus opera no coração: “... e não mais endureçais a vossa cerviz” (Dt 10.16). “Convertei-vos, e desviai-vos de todas as vossas transgressões; ... pois, por que morreríeis, ó casa de Israel? ... Portanto, convertei-vos e vivei” (Ez 18.30-32). “Crê no Senhor J esus, e serás salvo, tu e tua casa” (At 3.19; 16.31). IV. O batismo de filhos dos crentes
Os filhos dos crentes, segundo as normas da aliança, devem ser batizados na infância, não como garantia de salvação, mas a fim de que pese sobre eles a obrigação de tomar pleno conhecimento da necessidade da uma experiência pessoal do verdadeiro batismo: a regeneração, união com Cristo, o perdão dos pecados e uma vida consagrada a Deus. Isso sem esquecer que a criança batizada é membro do povo da aliança, vivendo na atmosfera das leis e promessas do Senhor para os seus.
V. O modo de administrar o batismo
A palavra "batizar”, na língua original, tem vários sentidos, tais como: lavar, molhar, umedecer, mergulhar e purificar. Essa variedade de sentidos manifesta-se na Bíblia inteira e, portanto, é impossível limitar a tradução da palavra batizar a uma só palavra em português. Quando o Novo Testamento afirma que um crente foi batizado, está apenas dizendo que ele recebeu o sacramento do batismo, mas não descreve o modo de administração. As purificações feitas com água no tempo do Antigo Testamento eram feitas por aspersão. Geralmente empregavase o hissopo para borrifar água (Nm 19.18). 0 batismo é um ritual de purificação, e as passagens do Novo Testamento que registram batismos favorecem mais naturalmente a aspersão. Damos pleno assento à conclusão da Confissão de Fé de Westminster: “Não é necessário imergir o candidato na água, mas o batismo é corretamente administrado derramando-se ou aspergindo água sobre a pessoa” (CFW XXVIII.111).
Curso Preparatório para a PÚBLICA PBOFISSÃO DE FÉ / 41
vi. Como tirar
O dever necessário - mas muito negligenciado - de tirar proveito de nosso batismo deve ser cumprido por nós durante nossa vida, proveito de nosso batismo especialmente no tempo de tentação e quando assistimos à administração desse sacramento a outros, por meio de séria e grata consideração da natureza e dos fins para os quais Cristo o instituiu. Quando nos lembramos do sentido do batismo, devemos sentir-nos movidos e encorajados a entrar mais e mais na plenitude da experiência espiritual que Deus nos oferece. A lembrança do batismo e das promessas da aliança é chave para uma vida vitoriosa. “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do Espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (2Co 7.1).
Conclusão
A salvação de alguém não depende do batismo, seja qual for a forma de sua administração. Batismo é um sinal exterior, que tem de ser confirmado por uma experiência interior. Nosso Salvador é J esus Cristo, que faz a sua obra de salvação mediante o Espírito Santo habitando em nós. O batismo é importante, por ser uma ordenança divina. Por ele, tanto os pais quanto os filhos assumem uma responsabilidade impagável diante de Deus, o juiz de todos. Veja a confiança que Deus tinha no pai Abraão quanto à criação de seus filhos (Gn 18.19).
Aplicação
Resta fazer as perguntas: tenho me apropriado das promessas oferecidas no batismo? Tenho assumido as responsabilidades inerentes a meu batismo?
42 / O BATISMO: ALCANCE, SIGNIFICADO E APLICAÇÃO
LIÇÃO 24
A CEIA DO SENHOR Texto básico: 1Coríntios 11.17-32 Leitura diária D - Ê x o d o 12.1-28 - P á s c o a a o S e n h o r S - L u c a s 22 .7 -2 0 - C á l i c e d a n o v a a l i a n ç a T - 1 C o r ín t i o s 10.1-22 - C o m u n h ã o d o s a n g u e O - J o s ué 5.1-12 - P r e p a r a d o s p a r a a P ã s c o a O - N ú m e ro s 9.1-14 - P u r i f i c a ç ã o p a r a a P ã s c o a S - 1Coríntios 11.23-34 - Exam ine-se o hom em S - Marcos 14.12-26 - Tendo da d o g raças
Introdução
Temos afirmado que os dois sacramentos do Antigo Testamento, a circuncisão e a Páscoa, são essencialmente iguais aos do Novo Testamento, batismo e ceia do Senhor, pois o conteúdo espiritual é o mesmo. Tanto a circuncisão quanto o batismo falam da aliança que Deus estabeleceu com seu povo, uma aliança que consiste de promessas espirituais tais como regeneração, união com Cristo, remissão dos pecados e consagração a Deus. A ceia do Senhor, à semelhança da Páscoa, é essencialmente um sacramento comemorativo. A Páscoa fez o povo lembrar-se de como haviam sido salvos do anjo destruidor por meio do derramamento do sangue do cordeiro pascal (Êx 12.1-28). A observância dessa festa não era apenas comemorativa, mas também servia de testemunho, dando ao povo oportunidade para falar das obras salvíficas de Deus (Êx 12.26,27). A ceia do Senhor faz a Igreja lembrar-se do sacrifício de Jesus Cristo e de que, por meio de seu corpo oferecido e de seu sangue derramado, somos libertos da condenação que o pecado traz (Lc 22.19,20). Semelhante à Páscoa, a ceia do Senhor não é apenas comemorativa, mas serve também de testemunho, dando à Igreja oportunidade para falar do evangelho, de Jesus Cristo crucificado e da confiança de que ele há de voltar uma segunda vez, a fim de julgar os vivos e os mortos (ICo 10.16; 11.26). Novamente, afirmamos que a Páscoa e a ceia do Senhor são o mesmo sacramento, porque a verdade espiritual de ambos é essencialmente a mesma.
I. A relação entre a Páscoa e a ceia do Senhor
Os evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas registram que J esus celebrou a Páscoa com seus discípulos. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e o cálice e, com eles, instituiu a ceia do Senhor (Mt 26.26). Logo após essa última festa, J esus saiu e foi ao Getsêmani, onde foi traído por Judas Iscariotes. 0 apóstolo Paulo descreve a relação com a festa Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 43
da Páscoa, dizendo: “Que o Senhor J esus, na noite em que foi traído, tomou o pão" (ICo 11.23). A traição aconteceu na noite da Páscoa. Essa identificação com a Páscoa é confirmada ainda mais quando Jesus é chamado de nosso Cordeiro Pascal que foi imolado (ICo 5.7). Como um cordeiro sacrificado a fim de livrar os israelitas do anjo destruidor, assim o próprio Filho de Deus foi imolado, a fim de nos libertar de uma destruição maior do que aquela do Egito, a saber, a morte espiritual, um banimento eterno da presença abençoadora de Deus, que é o salário do pecado (Rm 6.23). II. Condições de participação
Antes de participar da Páscoa, a pessoa tinha de ser circuncidada e tornar-se cerimonialmente limpa, ou seja, tinha de ter uma vida reta de acordo com as normas da aliança, segundo a Palavra de Deus (Js 5.112; Nm 9.1-14). De acordo com a Lei, a pessoa que não participava da Páscoa tornava-se passível do condenação (Nm 9.13). Entendemos que o participante da ceia do Senhor tem de observar (dentro das normas neo-testamentárias) as mesmas condições, porque o sacramento é essencialmente o mesmo. Tem de ser convertido e identificado com Cristo por meio do batismo, vivendo em plena comunhão com a sua Igreja. Além disso, tem de ter capacidade espiritual para discernir, ou seja, entender a razão do sacrifício de Jesus Cristo (At 2.38; ICo 10.18-22; 11.29). Uma criança que não tenha idade para fazer a sua pública profissão ou declaração de fé, não tem idade para discernir o corpo de Cristo e, portanto, não pode receber os elementos da ceia do Senhor. Por outro lado, o crente não pode negligenciar de participar dela, porque essa é uma ordem do próprio Jesus Cristo, e o mandamento é: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22.19,20). Se uma pessoa participar da ceia do Senhor sem o devido preparo, chama sobre si o juízo de Deus. O desrespeito às coisas sagradas é um desrespeito à própria Divindade. O apóstolo Paulo descreve o tipo de juízo que pode cair sobre a pessoa que não observa as normas de reverência em termos de enfraquecimento, doença e até a sentença máxima, a morte (ICo 11.30). Portanto, é de suma importância que observemos a advertência bíblica: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão e beba do cálice”; “Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (ICo 11.28,31).
III. Como fazer o au to-exame
“Os que recebem o sacramento da ceia do Senhor devem preparar-se para o receber, examinando-se a si mesmos, se estão em Cristo, a respeito de seus pecados e necessidades, da verdade e medida de seu conhecimento, fé, arrependimento e amor para com Deus e para com os irmãos; da caridade para com todos os homens, perdoando aos que lhes têm feito mal; de seus desejos de ter Cristo e de sua nova obediência, renovando o exercício destas graças pela meditação séria e pela oração fervorosa” (resposta à pergunta 171 do CM).
4 4 / A CEIA DO SEMHOR
0 apóstolo Paulo orienta com respeito à nossa participação da ceia do Senhor: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo e, assim, coma do pão, e beba do cálice” (ICo 11.28). O auto-exame que fazemos quando a ceia do Senhor é celebrada, necessita de duas circunstâncias básicas: a) tempo à parte: antes de sairmos de casa, quando preparamos em silêncio nosso coração, para podermos receber dignamente os valores espirituais inerentes ao culto público; objetivos específicos, por exemplo, o nosso amor para com Deus e para com os irmãos. Existe algo em minha vida que impede a plena comunhão com Deus, especificamente com um irmão particular? Com respeito ao irmão ofendido, Cristo descreve um caso específico em sua exposição do sexto mandamento (Mt 5.21-26): a) Houve uma contenda entre dois homens, palavras inconvenientes foram ditas e os dois se separaram em hostilidade (vs.21,22). b) Um desses homens resolveu ir ao templo levar uma oferta a Deus e prestar-lhe culto. c) A caminho do templo, ele se lembrou daquela contenda e da hostilidade que ainda permanecia entre os dois. Qual o caminho que se deve seguir? d) O ensino de Cristo é claro. Enquanto permanecer essa hostilidade entre os dois (não importa quem é o mais culpado), é impossível prestar um culto aceitável a Deus. A resposta é única: “Vai primeiro reconciliarte com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. Reconciliar-se significa remover a causa da hostilidade ou separação (v.24). e) Além da impossibilidade de se prestar um culto aceitável a Deus quando “teu irmão tem alguma coisa contra ti”, Cristo acrescentou outra razão para enfatizar a necessidade de se tomar a iniciativa para uma reconciliação: ele falou do perigo de ser julgado e lançado na prisão até que a justiça se cumpra (vs.25,26). Além do auto-exame e, quando necessário, efetuar uma reconciliação com o irmão ressentido, é obrigatório participar da ceia do Senhor. É pecado viver em hostilidade contra um irmão e agrava-se a culpa quando não se procura a necessária reconciliação. A pessoa que tem algo contra seu irmão, mas mesmo assim, participa da ceia do Senhor, peca porque participa indignamente. Aquele que deixa de participar da ceia do Senhor por causa de uma hostilidade contra o irmão é réu de dois pecados graves: o pecado da hostilidade contra um irmão e o pecado da desobediência, porque recusou buscar reconciliação com ele e rejeitou o sentido da ceia do Senhor. Sem dúvida alguma, a única solução é: “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão” (v.24). O apóstolo Paulo acrescenta: “Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seriamos julgados” (ICo 11.31).
IV. O valor da participação
Os elementos da ceia do Senhor não têm vida própria e, portanto, não podem comunicar milagrosa ou misticamente nenhum benefício espiritual. O comungante deve acreditar que Cristo morreu por seus pecados, e Curso Preparatório para a PÚBLICA PPOFI55ÃO DE FÉ / 45
que foi dado como propiciação (satisfação) pelo pecado. A fé não se limita a Cristo e a seu sacrifício em favor de pecadores; inclui, também, confiança no propósito espiritual da comemoração. Ela não é um mero ritual, vazio de sentido. Foi instituído por Cristo para indicar, selar e comunicar aos comungantes os benefícios de sua redenção. Assim orientados, a ceia do Senhor alimenta nossa fé, conduzindo-nos a uma vida cada vez mais firmada na suficiência de Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Conclusão
“O dever dos crentes, depois de receberem o sacramento da ceia do Senhor, é o de seriamente considerar como se portaram nele, e com que proveito; se foram vivificados e confortados, devem bendizer a Deus por isto, pedir a continuação do mesmo, vigiar contra a reincidência, cumprir seus votos e animar-se a atender sempre a esta ordenança; se não acharem, porém, nenhum benefício, deverão refletir novamente, e com mais cuidado, na sua preparação para este sacramento e no comportamento que tiverem na ocasião, podendo, em uma e outra coisa, aprovar-se diante de Deus e de suas próprias consciências, esperando com o tempo o fruto de sua participação; se perceberem, porém, que nessas coisas foram remissos, deverão humilhar-se, e para o futuro participar desta ordenança com mais cuidado e diligência" (resposta à pergunta 175 do CM).
Aplicação
Como devemos nos preparar espiritualmente, antes de participar da ceia do Senhor? Temos o costume de separar um tempo antes dos cultos para participar deles convenientemente? A ceia do Senhor tem aumentado a minha comunhão com ele?
46 / A CEIA DO 5EMHOR
LIÇÃO 25
O GOVERNO DA IGREJA Textos básicos: Atos 14.23: 15.2-6,22,23: 16.4: 20.17,28: 21.8: 1Timóteo 5.17; Tito 1.5; 1Pedro 5.1-4 Leitura diária D - Efésios 1.1-23 - Tudo deb aix o de seus pés S - Colos senses 1.1-20 - C ab eç a da Igreja T - 1 T i m ó t e o 3.1-7 - E x c e l e n t e o b r a a l m e j a O - 1 T i m ó t e o 3.8-13 - Q u e s e j a m r e s p e i t áv e i s O - Atos 6.1-6 - Impu seram as mãos S - Tito 1.1-16 - Con stit uísses p resb íteros S - 1 P e d r o 5.1-4 - P a s t o r e a i o r e b a n h o d e D e u s
Introdução
"Para melhor governo e maior edificação da Igreja, deverá haver as assembléias chamadas sínodos ou concílios. Em virtude de seu cargo e do poder que Cristo lhes deu para edificação e não para destruição, pertence aos pastores e aos outros presbíteros das igrejas particulares criar tais assembléias e reunir-se nelas quantas vezes julgarem útil para o bem da Igreja” (CFW XXXI.I). Aquele que se apresenta para declarar formalmente diante da igreja a sua fé deve responder de modo afirmativo a esta pergunta: "... promete ... como membro desta Igreja, sujeitar-se sempre à sua disciplina, e às autoridades nela constituídas para seu ensino e governo, enquanto forem fiéis às Sagradas Escrituras?” (Manual de Culto, página 18). É, portanto, necessário que cada aspirante tenha uma noção do governo e sistema e ação da igreja, antes de fazer sua promessa de obediência.
I. O único cabeça da Igreja
A Igreja não tem cabeça visível. Essa posição pertence exclusivamente a J esus Cristo (Ef 1.22; Cl 1.18). Contudo, reconhecemos que a Igreja precisa de uma forma visível de ordem e governo, cujos elementos fundamentais sejam bíblicos. Essa autoridade não pertence a um só homem, mas se expressa por meio de assembléias, conselhos, juntas e concílios. A forma de governo que adotamos é representativa. Temos uma escala ascendente de autoridade, começando com o Conselho e Assembléia Geral da Igreja local, subindo para o Presbitério, o Sínodo e o Supremo Concílio (Assembléia geral), que é a autoridade máxima na vida da Igreja nacional. O crente que deseja declarar publicamente a sua fé reconhece, respeita e promete sujeitar-se a essas autoridades enquanto forem fiéis às Sagradas Escrituras. Quanto à frase: “Enquanto forem fiéis às Sagradas Escrituras”, a autoridade da Igreja é declarativa, isto é, ela declara o que está escrito na Bíblia. Na Igreja primitiva, um certo grupo tentou impor sobre a Igreja a .circuncisão segundo o costumes de Moisés, como sendo parte do plano da salvação. As igrejas reuniram-se em concílio e rejeitaram essa Curso Preparatório para a PÚBLICA PBOFIS5ÀO DE FÉ / 47
imposição, fazendo este apelo: “Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito”. As Igrejas aceitaram a determinação final do concílio, porque aceitaram a autoridade absoluta das Escrituras Sagradas. É assim nas igrejas de hoje: existem grupos que querem introduzir novidades na igreja. Porém, aceitamos somente aquelas que correspondam ao claro ensino da Bíblia. II. O governo da igreja local
O governo e a administração de uma Igreja local competem ao Conselho, que se compõe de pastor ou pastores e dos presbíteros.1 Para atuar na área da beneficência e para zelar pela boa ordem nos locais reservados para o culto, a igreja conta com os diáconos, que trabalham sob a supervisão do Conselho. O poder da igreja é espiritual e administrativo, residindo na corporação, isto é, nos que governam e nos que são governados. A autoridade dos que são governados é exercida pelos crentes reunidos em assembléia, à qual compete eleger os seus oficiais. A. O Conselho da Igreja Existem duas palavras gregas que descrevem o presbiterato. O presbítero (ancião) nem sempre exerce essa função por causa da sua idade, mas, muito mais, por causa de sua experiência, maturidade e firmeza cristã. É um homem irrepreensível em todo o seu comportamento. O presbítero é também um bispo, alguém que rege e sabe como governar a casa de Deus (lTm 3.1-7). As duas palavras, ancião e bispo, descrevem a mesma função: uma, fala de seu caráter e a outra, de seu trabalho. Reconhecemos duas funções no presbiterato: uma, é o do presbítero docente, que é o pastor, cuja função privativa é: “Administrar os sacramentos; invocar a bênção apostólica sobre o povo de Deus; celebrar o casamento religioso com efeito civil; orientar e supervisionar a liturgia da Igreja de que é pastor” (Manual Presbiteriano, pág. 19). Outra é a do presbítero regente, que “é o representante imediato do povo, por este eleito e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com o pastor, exercer o governo e a disciplina e zelar pelos interesses da igreja a que pertencer, bem como pelos de toda a comunidade, quando para isso eleito e designado” (Manual Presbiteriano, pág. 23). O presbítero docente e o presbítero regente têm paridade na autoridade da igreja. Todos os aspectos administrativos da Igreja local, patrimônio, expressão cristã, o recebimento de novos membros e disciplina dos membros comungantes, são da responsabilidade do Conselho.2 1 De acordo com 1 Timóteo 5.17, todos os membros do Conselho são pres bíteros . De acordo com Atos 20.17,28 e 1 Pedro 5.1-4, todos os presbíteros são pastores. Alguns presbíteros são presbíteros regentes. Outros são pres bíteros docentes. Mas todos têm de pastorear o rebanho. 2Por causa dessa paridade, e seguindo o claro ensinamento dos apóstolos Paulo e Pedro, os presbíteros regentes devem também compartilhar com o presbítero docente o trabalho de pastoreio do rebanho. Moisés aprendeu essa dura lição há muito tempo (Êx 18.13-27).
48 / O âOVEQMO DA IGPEJA
B. A Junta Diaconal “0 diácono é o oficial eleito pela Igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob a supervisão desse, dedicar-se especialmente à arrecadação de ofertas para fins piedosos; ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; exercer a fiscalização para que haja ordem na casa de Deus e suas dependências” (Manual Presbiteriano, pág. 25). Semelhantemente ao presbítero, o diácono deve ter uma vida irrepreensível e ser experiente na fé cristã (lTm 3.8-10). 0 cargo de diácono, além de consistir de serviços práticos, é também altamente espiritual, pois está sempre no meio do povo, velando pelas suas necessidades (Manual Presbiteriano, págs. 201-203). C. A assembléia geral É quando se reúne em assembléia que os crentes exercem a sua autoridade na igreja, podendo então eleger seus oficiais ou pedir a sua exoneração. Além disso, a assembléia se pronuncia a respeito de outras questões administrativas e espirituais (Manual Presbiteriano, págs. 195,196). III. O governo da Igreja em âmbito nacional
Este tem três níveis: a) O Presbitério: composto pelos pastores (presbíteros docentes) de todas as igrejas sob sua jurisdição e pelos presbíteros regentes representantes dessas igrejas (um de cada); b) O Sínodo: composto por pastores e presbíteros, representantes de cada Presbitério sob a sua jurisdição; c) O Supremo Concílio: composto por pastores e presbíteros representantes de cada presbitério em todo o território nacional. Os presidentes da cada Sínodo formam a Comissão Executiva do Supremo Concílio e, portanto, não representam qualquer concílio subordinado. Observemos que em todos os concílios são os presbíteros docentes e regentes que representam as igrejas. A vida eclesiástica é representada pelos presbíteros da igreja. Nota-se, pois, que não existe nesse sistema hierarquia de indivíduos (individualmente, a autoridade reside no presbítero, sempre, como representante da comunidade local). A hierarquia é de concílio: Conselho, Presbitério, Síno'do e o Supremo Concílio, que eqüivale a uma assembléia nacional de presbíteros (docentes e regentes). Podemos resumir o governo e os concílios da igreja nacional como uma estrutura de coordenação, o total resultando numa atividade eclesiástica e fraternal pela melhor expansão do evangelho sobre a face da terra.
Conclusão
1. A Igreja visível é uma instituição divina. Em certo sentido, ela é uma sociedade voluntária. Ninguém é coagido ou obrigado a tornar-se membro dela. Se alguém resolver tornar-se membro, deve ser por expressão de sua própria vontade. Contudo, é da vontade de Deus que a Igreja visível, Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 49
como uma instituição organizada, exista, e que cada pessoa que confesse fé em em J es esus us Cristo Cristo torne-se membro membro dela dela e submeta-se à sua autoridade. autoridade. 2. Toda a autoridade da Igreja é de Deus, e todos os oficiais legítimos da Igreja são seus ministros. Eles agem em nome de Deus e de acordo com sua vontade vontade revelada revelada nas Esc Escri rituras turas Sagradas Sagradas.. “De modo modo que aquele aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmo condenação” (Rm 13.2). Todas as prerrogativas da Igreja e toda a autoridade de seus oficiais estão prescritas na Palavra de Deus. 3. As prerrogativas da Igreja são: a) Ensinar. Sua comissão específica é ensinar a todas as nações as verdades das Escrituras Sagradas; b) Prestar culto a Deus. A Igreja tem o direito e o dever de organizar e prestar culto público Deus e de realizar a vontade de Deus para sua devida perpetuação; c) Exercer disciplina sobre seus próprios membros e recebe-los ou rejeitá-los de acordo com a direção das Escrituras. A Bíblia orienta os mem membros bros da Igreja: Igreja: “Obedecei “Obedecei aos voss vos sos guias uias e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas, como quem deve prestar contas” (Hb 13.17). Aplicação
Oferecemos o devido respeito aos oficiais da igreja, presbíteros e diáconos? Medimos todos os ensinos da igreja moderna, inclusive as decisões de seus concílios, com o claro ensino das Escrituras Sagradas?
50 / O GOVERNO DA IGREJA
APÊMDICE
EXPANSÃO MISSIONÁRIA A t o s 8.1b 8. 1b -8
Introduçõo
Desde o Antigo Testamento, uma exigência para o povo de Deus é o zelo missionário, a necessidade de testemunhar das virtudes de Deus. Israel foi levantado para ser uma nação de sacerdotes, pessoas incum incumbidas de se servir rvir a Deus Deus de de corpo e alma. “Sereis “Sereis a minha minha propriedade propriedade peculiar dentre todos os povos ... vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa” (Êx 19.5,6). Isaías chama esse povo de testemunhas. “Vós sois as minhas testemunhas, testemunhas, diz o Senhor, Senhor, o meu meu servo a quem es esco colh lhi” i” (Is 43.1 43.10). 0). E qual é a missão específica? “Eles anunciarão entre as nações a minha glória” (Is 66.19). O problema do esquecimento é resolvido por meio do anúncio das virtudes de Deus. Pregamos para que o povo não se esqueça do Senhor e de suas misericórdias. No Novo Testamento, a Igreja tem a mesma missão: testemunhar, pregar e anunciar anunciar as virtudes virtudes de Deus. Deus. “Vós, porém, porém, sois sois raça raça eleita, sacerdóci sacerdócio o real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (IPe 2.9,10). Além de dar uma ordem específica: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15), Cristo deu à Igreja uma designação específica: “... sereis minhas testemunhas” (At 1.8). No livro dos Atos dos Apóstolos, podemos discernir dois tipos de expansão missionária: a) A expansão pelo testemunho espontâneo, quando todos os crentes, individualmente, aproveitam oportunidades para testificar a respeito de Jes J esus us Cri Crist sto o (At (At 8.4, 8.4,5) 5).. b) A expansão pelo testemunho eclesiástico, quando a igreja age formalmente para enviar missionários aos povos carentes do evangelho (At 13.1-3). Ambos os testemunhos são de suma importância na evangelização dos povos. O grande número de igrejas no livro de Atos é a prova da bênção de Deus sobre os dois métodos. Afinal, é importante que o evangelho seja anunciado. Vamos examinar alguns aspectos da história da expansão missionária no livro dos Atos dos Apóstolos. Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 51
I. A motivação dos cristãos
II. A metodologia dos cristãos
Como Como podemos expli explicar car o zelo missionár missionário io que tem tem caracterizado caracterizado a Igreja? Por que que o apóst apóstol olo o Paulo Paulo excl exclamou: amou: “(...) “(...) ai de mim mim se não pregar o evangelho!" (ICo 9.16)? 0 que motivou os missionários cristãos de todos os tempos? Certamente, todos confessaram: confessaram: o amor amor de Cristo Cristo nos constrange" (2Co 5.14). Mas o que mais podemos dizer para explicar essa consagração? O que lhes dava essa motivação? Cada Cada um tinha tido tido seu encontro pessoal com J esus esus Cristo. À semelhança do apóstolo Paulo, ouvimos a voz de Cristo sussurrando as palavras do perdão, dando-nos dando-nos a esperança esperança da vida vida eterna. Esse Esse encontro deix deixou o coração ardendo em novas disposições e novas prioridades. No Antigo Te Testam stame ento, o profet feta Je J eremias ias de desc scrreveu a experiên iência nest nestes es termo rmos: (A tua palavra) "... foi no coração como fogo ardente, encerrado nos meus os ossos os”” (Jr (J r 20.9). 20.9). O apóstolo apóstolo Pedro Pedro resumiu resumiu o compromis compromisso so co com m estas palavras: "... nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4.20). No ato de crer em Cristo, cada cristão recebe o dom do Espírito Santo (Ef 1.13). Após a conv conversão e o encontro encontro pessoal com J esus esus Cristo, recebemos o prometido prometido batismo batismo com com o Espírito Espírito Santo. Esse Esse batismo batismo é o ato de de sermos unidos unidos a Cristo Cristo J es esus us de tal forma que que a nossa noss a espiritua espiritualilidade dade depende do Espírito Santo. Santo. Ele não foi dado apenas para nos regenerar, mas também para habitar em nós e dirigir nossa vida. Quando lemos na Bíblia que certas pessoas ficaram cheias do Espírito Santo, significa que passaram a ser dirigidas por ele. Muitas vezes, essa es sa plenitude do Espírito Espírito é vista ista em termos de ação: “Então, Pedro, cheio do Espírito Espírito Santo, lhes disse disse (.. (...) .)”” (At (At 4.8), 4.8), e: "... "... cheios do Espírito Santo Santo e, com com intrepidez, intrepidez, anunciavam a palavra palavra de Deus Deus’’’ (At 4.3 4.31). Há a necessidade de cumprir o que Deus ordena nas Escrituras Sagradas. Uma dessas ordens é a pregação do evangelho. O Antigo Te Testam stame ento nto prometeu bên bênção ãoss es espi piri ritu tuai aiss para as naçõ nações es gentí entílilica cass (At 15.14,18). Cristo enfatizou todas as nações (Mt 28.19,20). O Espírito Santo foi dado a cada cristão para que eles evangelizassem o mundo inteiro. Testemunhar Testemunhar é uma uma questão questão de obediênci obediência. a. É o Espírito Espírito Santo que nos dá a necessária motivação. Somos sensíveis ao que ele indica? “... todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14).
O grande problema é: como falar? Se nao sabemos o que dizer, podemos buscar algumas respostas no livro de Atos. a) Oração. Cercados por por ameaças e perig perigos, os, os apóstolos apóstolos oraram oraram:: "... agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com com toda a intrepidez intrepidez a tua pala palavra” vra” (At 4.29 .29). E qual foi a resposta? “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e com intrepidez, anunciaram a palavra de Deus” (At 3.31).
52 / EXPAMSÃO MI55IOMÁQIA
b) Respondendo perguntas. Quando Pedro e Estevão foram
interrogados pelo sinédrio, eles testemunharam por meio de respostas (At 5,7). Em nossa vivência do dia a dia, recebemos uma porção de oportunidades para responder perguntas. Às vezes os motivos das perguntas não são muito nobres. Contudo, são perguntas que podem receber uma resposta nobre. Em tempos de perseguição ou de calamidade nacional novas oportunidades para testemunhar se apresentam. Na primeira grande perseguição, a Bíblia registra: "... os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra” (At 8.4). Em tempos difíceis, o povo está sempre pronto para opinar sobre tais assuntos. Podemos imaginar as perguntas que surgiram nos tempos difíceis da Igreja primitiva. O cristão pode fugir da perseguição? Por que Deus permite acontecimentos negativos? Perguntas apresentam oportunidades para responder. Portanto, temos de discernir e aproveitar as oportunidades. c) Sensibilidade espiritual. Filipe manifestou essa sensibilidade quando
ouviu o Espírito Santo sussurrando sobre a necessidade do eunuco. E quando ele atendeu a orientação recebida, viu uma porta aberta, um homem lendo, mas não entendendo o que lia nas Escrituras Sagradas. Filipe aproveitou a oportunidade e evangelizou o eunuco (At 8.26-40). d) Disponibilidade. No decorrer de nossas atividades seculares ou
recreacionais, passamos por uma porção de lugares, como praças, sinagogas, ou atendendo a convites, à semelhança dos primeiros cristãos. Muitas vezes, essas circunstâncias são portas abertas para testemunhar de Cristo (At 17-19). 0 que mais precisamos é de disponibilidade e coragem para aproveitar as oportunidades. Agir como os primeiros cristãos facilita nossa missão.
li. A mensagem dos cristãos
Repetidamente, encontramos expressões semelhantes a esta: "... anunciaram a palavra de Deus” (At 4.31; 8.4,5). Nóssa mensagem não são fábulas, histórias engraçadas, nem invenções da imaginação humana. a) Nossa mensagem consiste na fiel exposição das Escrituras Sagradas.
Quando Pedro teve de explicar o fenômeno de Pentecostes, ele recorreu às Escrituras (At 2.15,16). Para justificar a crença na ressurreição de Cristo, o recurso foi o mesmo: as profecias dos escritos (At 2.25-28). E quando os apóstolos tinham de provar que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus, novamente, a resposta estava nas Escrituras (At 17.2,3; 26.23). b) Nossa mensagem inclui a doutrina do arrependimento como pré-requisito para perdão dos pecados. 0 pecado tem de ser exposto e reconhecido, a
fim de preparar o caminho para a salvação. Sem o reconhecimento do pecado e do juízo vindouro, ninguém sentirá a necessidade da salvação. Em sua primeira mensagem evangelística, Pedro culpou as multidões pela crucificação de Cristo, acusando-as de incredulidade por não terem Curso Preparatório para a PÚBLICA PPOFI55ÃO DE FÉ / 53
reconhecido o Cristo de Deus em Jesus de Nazaré. Num dado momento, durante a pregação, o povo caiu em si e reconheceu seu pecado, com clamor: “Que faremos irmãos?” (At 2.37). A resposta de Pedro foi imediata: “Arrependei-vos” (At 2.38). Nesse caso, arrependimento significava o abandono da incredulidade, a fim de receber a Jesus como Cristo e Salvador vindo da parte de Deus. O arrependimento é de tal modo necessário que, sem ele, não há perdão. c) Fé em Jesus Cristo foi parte integrante da mensagem apostólica; fé em
sua pessoa como Filho de Deus; fé em sua obra redentora na cruz como a resposta de Deus para tirar o pecador da condenação eterna, e fé na unicidade da sua pessoa como Salvador (At 5.30-32; 4.12). Também, anunciaram o resultado do crer em Jesus Cristo: paz com Deus e alegria no coração (At 10.36; 16.34). Essa ênfase produziu edificação e o conforto do Espírito Santo (At 9.31). A mensagem dos cristãos tem de ser bíblica, expondo a necessidade de arrependimento e fé em Jesus Cristo.
Conclusão
O testemunho verbal e prático de cada cristão é um dever inevitável. É uma das provas de nossa experiência com Jesus Cristo. Cristo insistiu que seríamos testemunhas dele (At 1.8). A motivação para testemunhar é imediatamente relacionada a nosso encontro com Jesus Cristo e a habitação do Espírito Santo em nossa vida. É o Espírito Santo que abre as portas e nos concede oportunidades. É ele quem nos capacita a falar com toda intrepidez. 0 testemunho dos cristãos era simples e eficaz. Eles cultivaram sensibilidade espiritual para reconhecer as oportunidades. Assim, iam por toda parte, pregando a Palavra. A mensagem para testemunhar foi uma fiel exposição das Escrituras Sagradas, sempre enfatizando a necessidade do arrependimento e fé em Jesus Cristo. Somos testemunhas fiéis? Convém lembrar do ensino da Bíblia, pois ela diz: “Se, com a tua boca, confessares a Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido” (Rm 10.9-11).
54 / EXPANSÃO MISSIONÁRIA
LIÇÃO 26
RECORDAÇÃO Lição 14
O ESPÍRITO SANTO Creio no Espírito Santo 1. Qual é a primeira referência bíblica ao Espfrito Santo? 2. Como atua o Espírito nas esferas intelectual, moral e religiosa? 3. Como os três primeiros evangelhos apresentam o Espírito? 4. 0 que o evangelho de João ensina sobre a obra e os nomes do Espírito? 5. De que modo Atos dos Apóstolos descreve a açao do Espírito Santo? 6. Como a deidade do Espírito Santo e a sua ação na vida do crente são apresentadas pelo apóstolo Paulo?............................................................... 7. Como você resume a afirmação Creio no Espírito Santo?
Lição 15
O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO Creio no Espírito Santo 1. Quais contrastes Marcos 1.7,8 estabelece entre João Batista e Jesus Cristo?................................................................................................................... 2. 0 batismo com Espírito Santo seria o cumprimento de quais profecias? 3. Qual é a finalidade da habitação do Espírito na vida do crente? 4. Você pode descrever a sua experiência de regeneraçao, do arrependimento e de fé em Jesus Cristo?...................................................................................
Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 55
Lição 16
A HABITAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO Creio no Espírito Santo 1. Quando é que tomamos consciência da presença do Espírito Santo em nossa vida?..................................................................................................
2. Como podemos saber se o Espírito Santo está realmente habitando em nós? ...............................................................................................................
3. 0 que a sua presença em nós faz por nossa vida crista?
4. 0 que é santificaçao? Qual é a sua relação com a Espírito Santo?
5. Qual é o papel das Escrituras nesse processo?
6.Quais sao as quatro verdades fundamentais que o Espírito nos faz ver dirigindo o nosso olhar para J esus?.............................................................
7. Como a doutrina do Espírito tem sido deturpada atualmente? Como devemos reagir a isso? ....................................................................................
8. O que o Espírito Santo tem feito em sua vida? Você está mais próximo de Cristo J esus? As Escrituras Sagradas têm um lugar mais destacado em sua vida, desde seu encontro salvador com J esus Cristo?
56 / RECORDAÇÃO
Lição 17
A IGREJA Creio na Santa Igreja Universal 1. 0 que significa “igreja”? Como a Bíblia usa essa palavra?
2. Qual é a relação entre Israel e igreja?
3. O que o Novo Testamento acrescenta com respeito à igreja?
4.A Igreja e Israel são dois povos de Deus ou um só em dois tempos? Por quê?...............................................................................................................
5. O que queremos dizer ao afirmar que a Igreja é universal?
6. Por que a Igreja é santa? O que isso significa?
7. Qual é a responsabilidade missionária da Igreja?
8. Qual é o papel do Espírito Santo em relação à Igreja?
Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 57
Lição 18
A COMUNHÃO DOS SANTOS Creio na com un hão dos santos 1. 0 que significa “comunhão”? E “santos”?
2. 0 que vem a ser essa comunhão da qual os santos desfrutam?
3.Qual é o papel de Adao e de Cristo em relaçao aos seres humanos?
4. Como as Escrituras descrevem nossa união com Cristo?
5. Qual é a base dessa uniao?
6. Quais são as implicações dessa união?
7. Como essa comunhão se estende aos irmãos na fé?
8. Resumindo, por que você pode declarar: eu creio na comunhão dos santos? .................................................................................................................
56 / PECOPDAÇÂO
Liç ão 19
A REMISSÃO DOS PECADOS Creio na remissão dos p ecad os 1. 0 que é justificação? ...................................................
2. Qual é a base para o perdão divino em nosso favor?
3. Quais passos temos de dar a fim de experimentar o perdão dos pecados? ..............................................................................................................
4. Como o perdão divino que recebemos se relaciona com o perdão devido aos nossos irmãos?.............................................................................
5. O perdão que você espera receber de Deus tem sido solicitado com arrependimento, confissão de pecado e fé em Jesus Cristo?...............
6. E assim como o Senhor o tem perdoado, você perdoa todos aqueles que o ofenderam?..............................................................................................
Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 59
uçõo20
A RESSURREIÇÃO
do c o r po
Creio na ressurreição do corp o 1. Onde o Antigo Testamento menciona a ressurreição? 2. Como Jesus tratou desse assunto? 3. Qual é a natureza da ressurreição? ........................................................ 4. Como podemos esperar que se dará a nossa ressurreição futura? 5. Podemos ter certeza disso? Por quê? 6. O que podemos saber sobre o nosso corpo na ressurreição? 7. Por que a ressurreição é importante? 8. Quando ela ocorrerá?
Lição 21
A VIDA ETERNA Creio no vido eterna
1. O que é vida eterna? É apenas vida sem fim? 2. Qual é o sentido da vida atual? 3. Qual é o sentido da vida eterna? 4. O que é o céu? 5. Qual é a grande bênçao que aguardamos ali? 6. Para onde vao desde já as almas dos crentes que morrem? ........... 7.0 que você está fazendo para alimentar a esperança da vida eterna?
60 / RECORDAÇÃO
Lição 22
O Batismo e a Ceia do Senhor 1. De quais meios de graça o povo de Deus alimentou-se desde os tempos do Antigo Testamento?......................................................................
2. 0 que a Palavra de Deus faz em nós e por nós?
3. Qual é o papel da oraçao na alimentaçao do crente?
4. Quais verdades a oraçao subentende?
5.Qual é o lugar das reuniões públicas na edificação do povo de Deus?
6.Como somos levados a contemplar novamente os princípios de nossa experiência espiritual?.....................................................................................
7. Qual é a relaçao entre batismo e circuncisão?
8. Qual é a verdade espiritual do batismo?
9. Quais são as diferenças nas formas de aplicar a circuncisão e o batismo? E quanto à Páscoa e ceia?............................................................
Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 61
Liç ão 23
O BATISMO: ALCA NCE, SIGNIFICA DO E APL ICAÇÃO 1. 0 que é o batismo, por quem foi instituído e por que?
2. Mencione alguns exemplos de entrada de pessoas ou grupos na comunidade do povo de Deus, pelo batismo ou pela circuncisão.
3. Qual é o sentido dessa entrada formal?
4. Quais são as principais promessas seladas pelo batismo?
5. Uma vez que crianças de oito dias de idade não têm discernimento espiritual. Por que eram consagradas a Deus pela circuncisão? Como isso se relaciona com a igreja hoje? .............................................................
6. O que significa na Bíblia a palavra "batizar"? 7. Como eram os modos de purificaçao entre o povo de Deus?
8. Como se conclui que deva ser o modo de administrar o batismo?
9. De que modo a lembrança do batismo nos ajuda em nossa vida espiritual?
62 / RECORDAÇÃO
Licão 24
A CEIA DO SENHOR 1. Qual é a relação entre a ceia do Senhor e a Páscoa judaica?
2. Quais sao as condições para participaçao da ceia do Senhor?
3. Por que as crianças nao podem participar da ceia do Senhor?
4. Por que nao podemos deixar de participar da ceia?
5. Qual é o efeito de participarmos indevidamente da ceia?
6. A igreja pode oferecer a ceia a pessoas sabidamente descrentes?
7. Como podemos fazer o nosso auto-exame?
8. Como isso se relaciona com o perdão entre irmãos?
9. Qual é o valor de nossa participação na ceia do Senhor?
Curso Preparatório para a PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ / 63
Lição 25
O GOVERNO DA IGREJA 1. Quem é o único cabeça da Igreja? ........... 2. Como o governo da igreja se faz de forma visível?
3. Qual é o papel da Assembléia local, do Conselho e dos Concílios no governo da igreja? .............................................................................................
4. Qual é a base bíblica para isso?
5. Qual é a relação entre as autoridades da igreja e as Escrituras?
6. Explique o governo da igreja local
7. Como o Conselho pastoreia a igreja?
8. Qual é a função da Junta Diaconal?
9. Como os crentes exercem a sua autoridade na igreja? 10.
64 /
RECORDAÇÃO
Explique o funcionamento da igreja em âmbito nacional.