1º TESTE DE AVALIAÇÃO | 1º PERÍODO | PORTUGUÊS PORTUGUÊS – 6.º ANO – 6.º Grupo I A
Observa o anúncio publicitário que se segue:
1. Assinala com um X, de 1.1. a 1.2., a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do anúncio. 1.1. O principal objetivo deste texto publicitário é a) despertar o interesse pelo produto anunciado. b) apelar a hábitos de vida saudável. c) anunciar uma campanha de recolha de fundos. d) divulgar uma marca.
1.2. A dar a cara por este anúncio publicitário temos um apresentador da televisão
portuguesa, João Baião. A integração de uma pessoa famosa no anúncio anúncio tem como objetivo a) promover a campanha, associando-a a alguém conhecido c onhecido do grande público. b) promover a carreira profissional do apresentador. c) divulgar que este se encontra com problemas cardíacos. d) direcionar a campanha para um público mais velho.
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1º TESTE DE AVALIAÇÃO | 1º PERÍODO | PORTUGUÊS – 6.º ANO 2. Transcreve o slogan do texto publicitário apresentado.
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3. Indica o principal argumento usado para convencer o público a comprar a pulseira publicitada.
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4. Achas que a imagem se adequa à campanha? Apresenta duas razões para fundamentar a tua
resposta. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________
B
Lê, com atenção, o texto.
Todas as coisas têm um coração por dentro. Isto pensava eu quando era pequena e tocava nos objetos e lhes sentia a pulsação. Bastava a ponta dos meus dedos sobre a mesa, e logo o coração da mesa respondia, batendo pausadamente ao ritmo do meu. Quando acordava era como se as coisas, todas as coisas, acordassem comigo. E eu pensava então que o coração descansava 5
enquanto a gente dormia. Se não, para que servia a gente adormecer? Se não, quando descansaria o nosso pobre coração? Eu tinha então uma ideia bastante estranha do coração e da vida. E quando mais tarde entendi (ou me explicaram) que não era dos objetos que vinha a pulsação, mas da ponta dos meus próprios dedos, passei a olhar as coisas de maneira diferente. Mas aqui que ninguém nos ouve, ainda não estou muito certa de que os objetos não tenham
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coração. De vez em quando ainda gosto de tocar com a ponta dos dedos na parede do aquário do Zarolho. Devagar, muito devagar, porque segundo tenho lido num livro sobre peixes, um qualquer pequenino barulho feito na parede exterior do aquário e sentido pelo peixe como um
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1º TESTE DE AVALIAÇÃO | 1º PERÍODO | PORTUGUÊS – 6.º ANO enorme estrondo – e eu não quero assustar o Zarolho, sempre ali tão pacífico, tão indiferente a tudo, nesse Atlântico que lhe coube em sorte. 15
Passava os dedos bem ao de leve na superfície lisa do vidro e deixava-os a correr de uma extremidade a outra do aquário. O Zarolho seguia-os como se estivesse hipnotizado, ou como se
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os meus dedos fossem a luz de algum farol a prometer bom porto. Ou, quem sabe, como se o meu coração passasse dos meus dedos ao vidro, do vidro
a ̀ água, e da água ao seu próprio
minúsculo coração de peixe. Mas tinha eu chegado de visitar a Maria do Céu quando reparei que 20
as folhinhas verdes e cor-de-rosa com que se alimentava estavam todas a tona da água como se
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ele nem desse por elas. Ele, que as devorava assim que a gente as deitava para dentro do aquário. Nesse dia deixou de seguir os meus dedos e o corpo estava todo cheio de pintas brancas. Tentei achar graça:
– O Zarolho est a ́ a mudar de pele. 25
– O que ele esta ́ e ́ doente – disse o meu pai do fundo do sofá. – Chama-se o Sr. Guerreiro – acudiu logo a minha av o ́ Elisa, para quem o nosso vizinho e ́ a sumidade máxima, sobretudo desde o dia em que lhe deu uma receita especial (“olhe que tem segredo, Sra. D. Elisa”) de uma açorda de coentros. – Ca ́ por mim parece-me melhor leva ́-lo ao veterinário – tornou o meu pai.
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– Qual veterinário! – protestou a minha avo ́ – , veterinário e ́ para cães e vacas. Do que um bichinho destes precisa e de muito cuidado e muito carinho. Os veterinários são uns brutos.
́
E o Sr. Guerreiro, habitualmente chamado para frigorífico empanado ou candeeiro sem ficha, la veio ver o Zarolho.
́ – Isto foi coisa que o bicho comeu e lhe fez mal – disse com ar entendido depois de largos
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minutos de meditação em frente ao aquário.
– Alguma feijoada, se calhar... – disse eu. Mas a minha avo não achou graça nenhuma. Duvidar da sabedoria do sr. Guerreiro era pior
́
do que duvidar da existência do Sol, da Lua, e de todas as coisas a face da Terra. Deitou-me um
̀
furibundo olhar, e só não disse nada porque entretanto, e para seu grande espanto, o Sr. Guerreiro 40
aconselhava:
– O melhor e ́ leva ́-lo ao veterinário. Estes bichinhos são seres muito frágeis, todo o cuidado e ́ pouco. Não consegui abafar uma risadinha, daquelas que eu sei que particularmente irritam a minha avo . ́ Alice Vieira, Chocolate à Chuva, Caminho, 2011.
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Responde às questões que se seguem, de acordo com o sentido do texto.
1. As frases a seguir apresentadas de (A) a (E) contêm informações presentes ao longo do texto. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas informações aparecem no texto. (A) A narradora afirma não estar muito convencida da explicação recebida. (B) O Sr. Guerreiro afirma que o melhor a fazer será levar o peixe ao veterinário. (C) A narradora compreendeu que os objetos não têm coração quando lho explicaram. (D) As pintas brancas, o comportamento e a falta de apetite do Zarolho fizeram a
narradora perceber que algo de errado se passava. (E) O Zarolho seguia atentamente os dedos como se es tivesse hipnotizado.
1. _____
2. _____
3. _____
4. _____
5. _____
2. Classifica o narrador quanto à presença, justificando a tua resposta com elementos textuais. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3. Assinala com um X, de 2.1. a 2.2., a única opção correta que completa a frase de acordo com o sentido do texto.
3.1. O primeiro parágrafo do texto destaca a) a descrição da casa onde vivia a menina. b) o funcionamento do coração. c) a sensibilidade como característica da menina. d) os sentimentos da menina pelos objetos.
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1º TESTE DE AVALIAÇÃO | 1º PERÍODO | PORTUGUÊS – 6.º ANO 3.2. Na expressão “nesse Atlântico que lhe coube em sorte.” (linha 14) é possível identificarmos a) uma metáfora. b) uma personificação. c) uma comparação. d) uma anáfora.
4.
“O Zarolho seguia -os como se estivesse hipnotizado (...)” (linha 16 ) Identifica o recurso expressivo presente no excerto, comentando o s entido que adquire no contexto em que se encontra. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________
5. Transcreve do terceiro parágrafo as expressões que te indicam que o Zarolho está doente. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________
6.
“Não consegui abafar uma risadinha, daquelas que eu sei que particularment e irritam a minha avó.” (linhas 42 -43) 6.1.Explica, por palavras tuas, a reação da narradora no final do excerto. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________
7. Tendo em conta o excerto transcrito, traça o perfil psicológico da personagem principal. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________
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Grupo II 1. Atenta no excerto:
“Todas as coisas têm um coração por dentro. Isto pensava eu quando era pequena e tocava nos objetos e lhes sentia a pulsação.” 1.1. Transcreve cada palavra destacada para a respetiva coluna da classe gramatical à qual
pertence:
Adjetivo
Determinante
Verbo
Nome
Preposição
Pronome
contraída
2. Completa os espaços em branco com a forma adequada do verbo apresentado entre
parênteses, usando apenas tempos simples.
a. Tu ____________ (prever – pretérito perfeito do indicativo) que o Zarolho ficaria doente. b. Eu ____________ (compor – pretérito perfeito do indicativo) o objeto partido. c. Quando visitava a Maria do Céu, ela ____________ (obter
– pretérito imperfeito do
indicativo) sempre um lanche magnífico preparado pela mãe. 3. Associa corretamente as expressões sublinhadas nas frases da coluna A à função sintática
que desempenham, na coluna B. Coluna A
Coluna B
(A) A menina foi visitar a amiga.
1. Complemento direto
(B) A menina observava o Zarolho.
2. Complemento indireto
(C) A avó telefonou ao Sr. Guerreiro.
3. Predicado
(D) A menina e a avó discordaram.
4. Sujeito composto
(E) O Zarolho foi ao Veterinário.
5. Sujeito simples
(A)_______ ; (B)_______ ; (C)_______ ; (D)_______ ; (E)_______.
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4. Reescreve as frases seguintes, substituindo os elementos sublinhados pelos pronomes
pessoais adequados.
(A) O Zarolho não comeu a comida. __________________________________________________________________
(B) A avó chamou o Sr. Guerreiro. __________________________________________________________________
(C) A menina escreveu um bilhete à avó. __________________________________________________________________ 5. Passa para o discurso indireto a frase.
- Ontem, eu fui chamar o Sr. Guerreiro porque o Zarolho est a doente. – disse a Mariana ́ preocupada. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
Grupo III
Tendo em conta o texto retirado da obra Chocolate à Chuva, escreve um texto narrativo, com um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras, onde imagines uma aventura vivida pela personagem principal na busca de uma cura para o Zarolho.
O teu texto deverá apresentar: - um momento de descrição; - um momento de diálogo; - referência a emoções; - o desenrolar dessa aventura.
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