PSICOPATOLOGIA I
1.NOÇÕES INICIAIS
Prof. Dr. Alfredo Lhullier
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Sinais comportamentais objetivos (observáveis) Sintomas (vivências subjetivas relatadas pelo paciente)
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Estuda especificamente os sinais e sintomas produzidos pelos transtornos mentais
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Refere-se aos procedimentos específicos de observação e coleta dos sinais e sintomas, assim como de sua interpretação
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No caso dos transtornos mentais, o instrumento fundamental é a entrevista, entrevista, com o paciente, os familiares e demais pessoas que com ele convivem. A relação entre examinador examinador e examinando é fundamental fundamental para para a coleta de dados. dados.
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É fundam fundament ental al o “como” “como” e o “quando “quando” ” fazer as perguntas, assim como o modo de interpretar as respostas e a decorrente formulação de novas perguntas.
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Síndromes são agrupamentos
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Entidades nosológicas , doenças , ou transtornos específicos são fenômenos mórbidos nos quais
se podem identificar (ou pelo menos presumir) determinados fatores causais (etiologia), um curso relativamente homogêneo, estados terminais típicos, mecanismos psicológicos e psicopatológicos psicopatológicos característicos, antecedentes antecedentes genético-familiares genético-familiares algo específicos e respostas a tratamentos mais ou menos previsíveis.
relativamente constantes e estáveis de determinados sinais e sintomas A síndrome é puramente puramente uma uma definição definição descritiva de um conjunto momentâneo e recorrente de sinais e sintomas. A noção de síndrome e em psicopatologia clínica tem sido menos utilizada por não ser adotada pela CID e pelo DSM.
É importante sobretudo a “observação” “observação” minuciosa, atenta e perspicaz do comportamento do paciente, o conteúdo de seu discurso e seu modo de falar, sua mímica, postura, vestimenta, a forma como reage, seu estilo de relacionamento com o entrevistador, com outros pacientes e com seus familiares
Pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano Conhecimento que se esforça por ser sistemáti sistemático, co, elucidaditivo elucidaditivo e desmistificante. Não há julgamento julgamento moral moral do objeto, objeto, se busca apenas observar, identificar, e compreender os diversos elementos da doença mental.
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Critérios: – Normalidade como ausência de doença – Normalidade ideal – Normalidade estatística – Normalidade como bem-estar – Normalidade funcional – Normalidade como processo – Normalidade subjetiva – Normalidade como liberdade – Normalidade operacional
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A psicopatologia é, por natureza e destino histórico, um campo de conhecimento que requer o debate constante e aprofundado.
Psicopatologia Descritiva X Psicopatologia dinâmica Psicopatologia médica X Psicopatologia existencial Psicopatologia Comportamental-cognitivista X Psicopatologia Psicanalítica Psicopatologia Categorial X Psicopatologia Dimensional Psicopatologia Biológica X Psicopatologia sociocultural Psicopatologia Operacional-pragmática X Psicopatologia fundamental
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Apesar de ser absolutamente absolutamente imprescindível considerar os aspectos mais pessoais, singulares de cada indivíduo, sem um diagnóstico psicopatológico aprofundado não se pode nem compreender adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo de estratégia terapêutica mais adequado.
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Os limites da ciência psicopatológica consistem precisamente em que nunca se pode reduzir inteiramente o ser humano a conceitos psicopatológicos A ciência psicopatológica psicopatológica é tida como uma das abordagens possíveis do homem mentalmente doente, mas não a única e exclusiva.
Há no processo diagnóstico uma relação relação dialética permanente entre o particular, individual (paciente específico, pessoa em particular), e o geral e universal (categoria diagnóstica). Portanto, não nos esqueçamos: os diagnósticos são “idéias” (construtos), fundamentais para o trabalho científico, para o conhecimento do mundo, mas não objetos reais e concretos.
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A psicopatologia sempre sempre perde aspectos essenciais do homem, principalmente nas dimensões existenciais, estéticas, éticas e metafísicas. Não se pode compreender ou explicar tudo o que existe em um homem por meio de conceitos psicopatológicos
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Deve-se manter-se em duas linhas paralelas de raciocínio clínico; uma linha diagnóstica, baseada fundamentalmente no cuidadosa descrição evolutiva e atual dos sintomas que, de fato, o paciente apresenta, e uma linha etiológica, que busca na totalidade de dados biológicos, psicológicos e sociais uma formulação hipotética plausível sobre os possíveis fatores etiológicos envolvidos no caso.
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Eixo I – Transtorno Transtorno mental mental Eixo II – Diagnósti Diagnóstico co de Personalidad Personalidadee e Nível intelectual Eixo III – Diagnóstic Diagnósticoo de transtornos transtornos somáticos associados Eixo IV – Problemas Problemas psicoss psicossociai ociaiss e eventos da vida desencadeantes ou associados Eixo V – Avaliação Global do Nível de Funcionamento Psicossocial
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Referências bibliográficas
Formulação Psicodinâmica do Caso Formulação Sociocultural do Caso
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2. EXAME DO ESTADO MENTAL
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DALGALARRONDO, DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Caps. 1 a 5. Porto Alegre:ArtMed, 2008.
Conjunto de recursos observacionais observacionais para a detecção de sinais e sintomas clínicos, assim como alterações nas funções psíquicas. Compõe-se da anamnese, do exame das funções psíquicas (mentais, “do Ego”) e de testes, exames clínicos, e outros instrumentos, como escalas diagnósticas. 24
A observação da aparência geral do paciente paciente é o primeiro primeiro tópico do exame. exame. Nele incluimos:
– Impressão geral do examinador (incluindo sentimentos que o paciente provocou durante o exame)
– A aparência propriamente dita (marcha, postura, vestimentas e adornos, higiene pessoal, cabelos, atitude, deformidades físicas) – A atitude em relação ao examinador (amigável, cooperativa, hostil, defensiva, não colaboradora)
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Exame das Funções Psíquicas
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alucinações durante as intoxicações não são iguais às do esquizofrênico, esquizofrênico, do histérico, ou as que aparecem no extremo cansaço. Se, no estudo das alucinações, alucinações, prescindimos das das diferenças entre entre umas e outras, seria inútil todo nosso trabalho psicopatológico. Por isso isso torna-se necessária a contínua referência aos quadros nosográficos, que são estruturas totalizantes, nos quais adquirem sentido os fenômenos práticos.
São construtos aproximativos da psicologia e da psipatologia, que permitem uma comunicação mais fácil e um melhor entendimento dos fatos. Deve-se ter o cuidado de não considerálas como elementos autônomos ou isolados da personalidade. Na realidade, elas estão imbricadas e são separadas artificialmente segundo estes construtos. 27
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Em um ato psíquico apenas pode ocorrer uma separação teórica, não uma separação real, entre as distintas qualidades psíquicas psíquicas de que se trata. Da mesma forma que em qualquer sensação luminosa, inclusive a mais simples podemos diferenciar diferenciar entre qualidade qualidade (cor, matiz), intensidade e saturação, podemos falar em processos de conhecimento conhecimento (inteligência), (inteligência), de sentimento e de vontade, mesmo que saibamos que não existe nenhum processo psíquico ao qual não correspondam as três qualidades… (Eugen (Eugen Bleuler) Bleuler) 30
Há uma dialética dialética fundamen fundamental tal entre o elementar e o global, da inserção de estruturas elementares em estruturas totalizantes que redimensionam constantemente o sentido de tais estruturas básicas.
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Monedero Monedero (apud Dalgalarrondo Dalgalarrondo): ): as