UNIVERSIDADE PARA QUÊ?1 Darcy Ribeiro. [RIBEIRO, [RIBEIRO, Darcy. Darcy. Universidade para quê? Brasília: Ediora Universidade de Brasília, !"#$.%
&eu caro Reior 'ris(va) Buarque
*+o le dou o íulo de &a-níico Reior porque /a)ais o quis para )i). 0 prop(sio, recordo o dia e) que, esando e) 1oi2nia, na inau-ura3+o de u)a escola, o direor, no seu discurso, saudou o 1overnador co)o E4celeníssi)o 5enor6 saudou, depois, o Bispo co)o 7ossa Reverendíssi)a. Devia, en+o, )e saudar co)o &a-níico Reior, )as a palavra le alou. alou. Ele iubeou e, ainal, disse: Esplêndido Reior.
Esplêndido Reior 'ris(va) Buarque,
8odos dos os que que ala alara) ra) a9 a9 a-or a-ora, a, ala alara) ra) sen senid ida) a)en ene e nu) nu) diap diapas as+o +o que que nos nos e)ocionou. Eu os ouvi de cora3+o arane. 'e-uei a pensar que devia er o)ado al-u) ranqili;ane para alar )ais cal)o, para n+o )e dei4ar e)pol-ar de)ais ou para n+o icar rê)ulo de vo;.
vine e dois anos eu le dei esse no)e. E dei no dia e) que esa parede aqui de r>s desabou, enerrou, soerrou dois /ovens / ovens candan-os, be) onde esa)os senados. Era) dois obreiros u)ildes, de anos que viera) de oda a pare ediicar Brasília e aqui n+o pudera) pudera) icar. *aquele dia, seni seni que, para record>los, record>los, devía)os ca)ar esa sala de 0udi(rio dos Dois 'andan-os.
Discurso pronunciado durane a ceri)@nia de posse do Reior 'ris(va) Buarque, e) !$ de a-oso de !"#A. 1
*ese 0udi(rio dos Dois 'andan-os eu disse o discurso inau-ural da Universidade de Brasília. 0 )eus olos ineriores, olos de )eu cora3+o, aqui es+o )uias presen3as ausenes, )ais presenes que a de vocês. 0qui es>, a )eu lado, an-o, o , a)b9), o )eu )esre 0nísio, a)b9) )oro. &ais adiane ve/o Oliveira Brio, o &inisro da Educa3+o. 0nísio e Brio i;era), en+o, discursos )e)or>veis.
0 0nísio, recordarei se)pre co)o aquele que )e ensinou a li3+o )ais prounda de )ina vida. Eu, naqueles )eus rinanos, ceio de cere;as, de verdades, n+o podia enender a air)a3+o reierada de 0nísio de que ele n+o ina co)pro)issos co) suas id9ias. Eu esava ceio de co)pro)isso co) as )inas. 'usei, )uio a enender que o Cnico co)pro)isso que se pode er e) )a9ria de id9ias 9 co) a busca da verdade. 8oda id9ia 9 provis(ria, oda id9ia e) que ser posa e) causa, quesionada. 8udo 9 discuível, sobreudo nu)a universidade. Ese 9 o espírio de 0nísio. 'o) ese espírio 9 que esa Universidade oi pensada.
5enado aqui, conosco, esava a)b9) esa i-ura ad)ir>vel que al-uns de vocês conecera), e)bora aqui n+o volasse depois da ecao)be: Frei &aeus Roca, que )ais )ais ard ardee seri seriaa 7ice iceRe Rei ior or e Rei Reior or da Un UnB. B. Gu Guan ando do enr enren ene eii a a)ea a)ea3a 3a da Univ Un iver ersi sida dade de de Bras Brasíl ília ia n+o n+o ser ser cria criada da,, porq porque ue al-u al-u)a )ass poe poes sad ades es reli reli-i -ios osas as conse-uira) convencer o
L )uio i)porane ressalar que o Cnico Insiuo da UnB que oi dissolvido, proscrio e a9 )eio desruído a o-o pela diadura )iliar oi o Insiuo de 8eolo-ia 'a(lica,
a)ano era o respeio e a9 o )edo que ele inundia. 8+o undo era o (dio que ele desp desper era ava va naqu naquel eles es )ili )iliar ares es ensa ensand ndec ecid idos os:: ca( ca(lic licos os desp desper ero oss para para as suas suas responsabilidades responsabilidades sociais era), aos seus olos, piores que os co)unisas, que eles via) co)o verdadeiros de)@nios.
Esava) a)b9) presenes, ali na pri)eira ila, al-uns dos criadores da Universidade de Brasília, o/e )oros. Eu os ra-o aqui. 5+o &aurício da Roca e 5ilva e Maler OsNaldo 'ru;. Esa evoca3+o seni)enal e) proundo senido para )i) e para )uios de n(s, undadores, para vocês a)b9) o er>. 5i-niica que esa Universidade e) pais de que precisa se or-ular. &aurício oi, enre n(s, o cienisa, por sua devo3+o busca do saber, por sua curiosidade percuciene. 7iver sua vida co)o o)e)erra)ena a buscar, na proundidade da )a9ria, resposas s per-unas do seu espírio. Maler Maler era a encarna3+o )es)a do espírio cieníico, undada na pesquisa e)pírica e na or)a3+o de novos pesquisadores. Eses e )uios ouros )e)bros da 5B<', eli;)ene vivos e aivos, 9 que nos a/udara) a conceber a Universidade de Brasília.
Guero invocar, a)b9), presen3a de vocês, ouros co)paneiros )oros. e)bro)e senida)ene de =er(n 0lencar, que a/udou a escrever os esauos da Universidade de Brasília, a le-ali;ar nossas id9ias. Era u) )esre da Universidade de pouco, ali do ouro lado da pra3a. 0rur *eves, nosso edior, ouro velo co)paneiro querido, veio a)b9) co)a a)ília e oi u) dos pri)eiros )oradores daquele pr9dio.
Denre os que viera) depois e se dedicara) por ineiro Universidade de Brasília J odos eles )oros J evoco Eduardo 1alv+o, o )elor dos en(lo-os brasileiros e o )ais u)ano. Ele veio i)planar na UnB u)a anropolo-ia iel aos povos do Brasil. Evoco, a)b9), +o sorido da ausência deles, o/e, aqui, co)o or-uloso da presen3a e da a3+o deles, one), Fri; 8ei4eira 5ales,
*esa ora, de u)a era nova, que se inau-ura para o nosso povo e para nossa Universidade, quisera invocar odos os verdadeiros undadores da Universidade de Brasília. 0 vela equipe da 5B<', se) a qual n+o valeria nossa Universidade, al qual ela oi, al qual ela 9 e > de ser. Era preciso que o Brasil ivesse -erado e or)ado previa)ene, or)ado )uio be), al-u)as cenenas de cienisas e pesquisadores, pesquisadores, cobrindo odos os ca)pos do saber e das ares, para que o Brasil ousasse, co)o n(s ousa)os, pensar a universidade desde a rai;. *(s sabía)os que nossa areadesaio n+o era a;er oura universidaderuo, resulane de u) desenvolvi)eno /> cu)prido, co)o ser> a 5orbonne, por e4e)plo. va)os de u)a universidadese)ene, capa; de -erar u) desenvolvi)eno que o en+o se criicava), desconenes consi-o )es)as.
0 vela vela univer universid sidade ade esava esava e) crise. crise. *+ *+oo ina ina pad padrPe rPess esru esruur urais ais ou )odelo )odeloss operaivos a nos oerecer. Lra)os, pois, livres e es>va)os desaiados a repensar. 0 repensar a universidade co)o insiui3+o. Inu)er>veis ora) os enconros inor)ais, )uiíssi)as as reuniPes or)ais daquela equipe da 5B<'.
*(s nos recus>va)os a aceiar u)a universidade de )enira que culivava no país, +o inconsciene de si co)o conene consi-o )es)a. O que ela -osava era de a;er ceri)@nias solenes, e) que )eu a)i-o, o reior
rio )ila-re o preclaro lo con/una)ene co)o u) odo, para que o eeio inerecundane do convívio do )ae)>ico co) o anrop(lo-o, do veerin>rio co) co) o econ econo) o)is isa a,, do -e(-e(-ra rao o co) co) o asr asr@n @no) o)oo -ere -ere u) cen cenro ro naci nacion onal al de criaividade cieníica e culural. 5( avía)os conse-uido as a3ana;inas de criar anci ancila las, s, rans ranspl plan ane ess pos posos os aqui aqui e ali ali de univ univer ersi sida dade dess esr esran an-e -eira iras, s, onde onde u) pesquisador soli>rio enava criar equipes nadando conra a correne. Esa 9 u)a ques+o unda)enal.
Repio: o Brasil n+o pode passar se) u)a universidade que ena o ineiro do)ínio do saber u)ano e que o culive n+o co)o u) ao de rui3+o erudia ou de vaidade acadê) acadê)ica ica,, )as )as co) o ob/ei ob/eivo vo de, de, )onad )onadaa nesse nesse saber saber,, pen pensar sar o Brasil Brasil co)o co)o proble)a. Esa 9 a area da Universidade de Brasília. . rio, e era aquela bele;a, porque nos obri-ava a pensar, a repensar, nos or3ava a /usiicar, a unda)enar. *os a;ia suar a ca)isa da )ene, para ques quesi ion onar ar,, ve;e ve;ess se) se) con cona, a, cada cada prop propos osi3 i3+o +o.. Esa Esa pos posur uraa inda inda-a -ai iva va de auoquesiona)eno livre e ardene que oi i)planada aqui e) de ser rei)planada, para que nossa nossa UnB se reenconre reenconre consi-o )es)a )es)a e reali;e seu seu desino.
Enre os co)paneiros queridíssi)os da ora se-uine do a;i)eno da Universidade, se desaca essa i-ura an>sica que 9 Oscar *ie)eyer. Fisica)ene a Universidade nasceu nas suas )+os, co) seu carino, o seu aleno e o de sua equipe: Roca &iranda, el9, Salo, e anos )ais.
o-o viera) Robero 5al)eron, que sai do 'ER* e) 1enebra e se ranslada co) a a)ília para c>, querendo passar aqui o reso de sua vida. Ele 9 a9 o/e u) viCvo da Universidade de Brasília6 corando a dor de vêla )orrer naquilo que era seu espírio, sua la)a: o dese/o e a liberdade de pensar, de pesquisar, de ensinar. Enconrei pelo )undo aora J vocês a)b9) os er+o viso J esses viCvos ou viCvas da Universidade de Brasília. Iso e)os sido odos n(s, corando pelo que oi a rusra3+o de nosso sono )aior.
*+o se equivoque), por9), pensando que a Universidade de Brasília /> oi ou s( oi. Ela 9 e se)pre ser> nossa )aior a)bi3+o. 0 UnB 9 a a)bi3+o )ais ala da ineli-ência brasileira, ese 9 o nosso nosso sono )aior, )aior, esa 9 a uopia uopia de que) enre n(s n(s e) cabe3a para para pensar ese disse. 0-ora ela renasce e renasce porque o Brasil renasceu e) liberdade.
Dei4 De i4e) e)) )ee ra; ra;er er u)a u)a our ouraa pres presen en3a 3a que que você vocêss n+o n+o vêe) vêe).. L a pres presen en3a 3a da 'o)unidad 'o)unidadee 'ieníica 'ieníica &undial. &undial. 5i), a)i-os a)i-os queridos, queridos, co)pane co)paneiros, iros, iso e4ise. e4ise. E4ise u)a co)unidade secrea, prounda, dandose as )+os por debai4o da RCssia, dos Esados Unidos, da 'ina. 5+o cienisas que se co)unica), que se procura), que se adivin adivina) a),, que se co)pre co)preen ende) de),, buscan buscando do solu3 solu3Pes Pes por ci)a ci)a das doidur doiduras, as, da irres irrespo pons nsab abil ilida idade de das das poê poênc ncia iass )und )undia iais is.. Esa Esass poe poes sad ades es da -uer -uerra ra,, )ais )ais predisposas a corro)pere) a pr(pria vida no planea do que a se enendere). aí nos arquivos J u) ele-ra)a de Oppenei)er. Oppenei)er. 5i), nada )enos que de Oppenei)er, o
ila da co)unidade cieníica brasileira e )undial que aqui, nos desca)pados do Brasil 'enral, quer se planar co)o a 'asa do Espírio, da Ineli-ência, do 5aber.
Ese le-ado, 'ris(va) Buarque, 9 o que você e) e) )+os. 7ocê e seus co)paneiros, desaiados, o/e, co)o n(s, one), a a;er das ripas cora3+o para, a parir das raque;as decorrenes desses anos de diadura e opress+o, ir adiane, recriando a universidade necess>ria. De suas palavras dias aqui, Reior, s( n+o concordo co) u)a disseriva. *+o concordo que você você n+o possa errar. errar. Erre, co)paneiro, co)paneiro, erre e erre )ais, 'ris(va). 5( n+o erra que) n+o ena acerar. i)pe i)pe a )ene, abra o cora3+o, o)e parido e ouse. 7> adiane, aceie errar para acerar. Eu errei )uio, n(s odos erra)os de)ais, ano que ese nosso
*ese dia de sua posse, eu o saCdo, 'ris(va) Buarque, co) a e)o3+o que vocês percebe). =o/e, para )i), 9 o dia do renasci)eno no rio de passa-e). U)a universidade )orre J a que era indi-na desse no)e J, )orre co)o íbis, a ave que se quei)a. U)a Universidade nasce para ser o que ouvera sido: a nossa Universidade de Brasília.
L, enreano, )eu dever, nese dia de ale-rias, le)brar rise;as. 'o)e3o pedindo a vocês que pona) e) o-o nas suas )enes a le)bran3a do dia do avassala)eno. Dia Vergonha para que /a)ais deve repeirse. Recorde)os o/e e se)pre o errível Dia da Vergonha
odos os que u)ilara) a Universidade de Brasília. ria e aqui viera) apossarse da UnB.
Eu ina ra;ido cada u) desses )esres para c>: du;enos e de;. 7iera) co) suas a)ílias, ina) aqui )oradias )obiliadas e n+o ina) nada )ais e) lu-ar nenu) do )undo. &as eles udo lar-ara) para icare) leais Universidade de Brasília.
*o )o)eno e) que icou evidene que o Reior era u) pau)andado, pau)andado, que a Universidade n+o era )ais nossa Universidade sonada, porque isso aqui se ina converido na casa da inoler2ncia e do despois)o, eles se ora) e) di>spora pelo Brasil e pelo )undo aora. L preciso que u) dia u) )onu)eno se levane nessa Universidade co)o o )onu)eno dos bur-ueses de 'allais, para recordar e e4orci;ar aquele orror. Eu o ve/o co)o u) )onu)eno duplo que reraar> dois )o)enos cruciais. O da pris+o e u)ila3+o de de;enas de proessores que e) !"$T ora) desnudados nu)a dele-acia de Brasília e l> passara) a noie sendo aor)enados. E, o da saída, e) !"$A, daqueles du;enos e de; proessores undadores da Universidade, que daqui se ora) para icare) i9is ao espírio da UnB, que > de ser.
8rou4e odas essas presen3as aqui, o/e, porque acei indispens>vel ese rio. Era )eu papel alar diso e eu s( podia a;êlo, ao )enos co) a e)o3+o co) que o a3o. 'u)prida esa obri-a3+o de onra, cabe, a-ora, enrenar oura, )ais -raiicane, que 9 o)ena-ear os que aqui icara) e) di-nidade. 0queles que aqui, anos depois, se /unara), -uardando idelidade Universidade e ao seu espírio. Os que aqui viera) luar para rea;er a Universidade, aceiando a dura area de reali;ar o possível aqui e a-ora, debai4o do despois)o, a9 que viesse o a)anecer.
0ssi) 9 que o)ena-eio os proessores e alunos que aqui rabalara), esudara) e luara) nesses duros anos. 0os que ora) u)ilados, aos que ora) orurados, aos que ora) assassinados, aos que ora) desruídos. =o)ena-eio odos os que, de qualquer or)a, resisira) ao capi+ode)are-uerra, ao )ilico sabeudo, no)eado
inervenor que assu)iu o poder reioral da or)a )ais desp(ica para, ao lon-o das d9cadas, espar-ir san3Pes e prê)ios.
&eu querido Reior, sua area 9 n+o )ais e n+o )enos do que reine-rar a Universidade de Brasília no co)ando de si )es)a, para que, co) auono)ia e e) liberdade, ela se repense. *a )ina ora, a/udei a pensar u)a uopia de universidade para Brasília. 0/udei, a)b9), v>rias universidades de ouros países a repensarse. Enquano e4ilado, vivi co)o u) sapaeiro re)end+o, a p@r )eiassolas e) universidades de oda a pare. *+o i)pora que )inas )eiassolas )eiassolas n+o ena) ena) pe-ado. *enu)a *enu)a delas pe-ou, nunca. nunca. De ao, n+o i)pora ne) )es)o que nenu)a uopia se reali;e. *+o 9 preciso. 5( 9 preciso aver uopia. uopia.
0 pri)eira obri-a3+o da co)unidade de proessores e alunos da UnB, )eu querido 'ris(va), 9 olar para a rene para prei-urar, aqui e a-ora, uopica)ene, o que denro de de;, de vine anos, a UnB > de ser. Fi4ar )eas e luar por elas, co) clare;a sobre os ob/eivos a sere) alcan3ados, sobre a uopia a ser cu)prida.
Esa Esa 9 a un3 un3+o +o da uop uopia ia:: orde ordena nar, r, conc conca aen enar ar as a3Pe a3Pes, s, para para a;e a;err ren renee ao esponaneís)o esponaneís)o aalisa e, sobreudo, para i)pedir que os oporunisas a3a) prevalecer prop(sios )esquinos. I)pedir que o proessor al, )uio co)peene s ve;es e) seu ca)po, por9), co) )ais aleno ainda para pu4ar o saco do )inisro al, para adular o senador al, a i) de que o seu pequeno reino da Universidade cres3a )ais que a Universida Universidade de co)o u) odo. odo. Esa eic>cia eic>cia danina danina desr(i a universid universidade, ade, al co)o o c2ncer desr(i u) corpo. L u) parasia que vive da carne da insiui3+o que abia.
U)a universidade que n+o e) u) plano de si )es)a, carene de sua pr(pria id9ia u(pica de co)o quer crescer, se) a liberdade e a cora-e) de se discuir a)pla)ene, se) u) ideal )ais alo, u)a desina3+o que busque co) clare;a, s( por iso es> debiliada e se orna incapa; de viver o seu desino.
0 esa alura, o desaio que se coloca diane de vocês, )eus queridos cole-as, )eus queridos esudanes da Universidade de Brasília, 9 per-unar: Universidade de Brasília, para quê? Universidade de Brasília, para que)? O Brasil precisar> de anais u)a universidade conivene?
&es)o quando do)inou os saberes 9cnicos, os do)inou )uio )ais para produ;ir, acu)ular e e4porar lucros, do que para consruir u) país abi>vel, para i)planar u)a sociedade solid>ria. O saber ou a 9cnica, por co)peenes que se/a)6 nada si-niica), se n+o se per-una) para que e para que) e4ise) e opera), se n+o se per-una) a que) serve), se n+o se per-una) se > conivência do s>bio co) o cobi3oso.
0 dura verdade 9 que n(s, universi>rios, e)os sido e so)os, a)b9) n(s, conivenes co) o araso do povo brasileiro. 5o)os conivenes co) o pro/eo que e; de n(s u) povo de se-unda classe, denro da civili;a3+o a que perence)os. 'o)o ne-ar que ive)os, co)o na3+o, u) dese)peno )edíocre? L evidene que si), )as cabe per-unar quais quais s+o os aores causais desa desa rusra3+o.
*esa area de desvenda)eno desvenda)eno das das causas oculas oculas e oculadas oculadas de nosso araso nacional 9 que e)os sido )ais conivenes. L -riane o descaso acadê)ico pela elabora3+o e dius+o de u) discurso arav9s do qual o nosso povo se e4plique e se aceie. 0s classes do)inanes di;e), co) oda alive;, que a culpa do araso n+o 9 delas. Esaria no cli)a, na )isura de ra3as: r a3as: ano calor, anos )ulaos. *ada vale) odos os saberes cieníicos
que aí es+o a di;er > anas d9cadas que nenu) aor naural, cli)>ico ou racial 9 e4plicaivo do dese)peno de u) povo. Denro da pupila de nossas classes paronais e pariciais, coninua persisene ese olar racisa6 raivoso, a;edando a convivência enre os brasileiros.
0l-uns idioas aca) que o araso se deve, alve;, a ser)os ca(licos e n+o proesanes. 0 Fran3a e I>lia es+o )uiobe)obri-ado, apesar de n+o sere) proesanes. 8a)b9) 8a)b9) se cosu)a di;er que oi u)a pena que aqui se i4asse) /usa)ene os lusianos, e) lu-ar dos olandeses ou dos ranceses. 5e n+o osse assi), odos alaría)os rancês, ería)os olos a;uis, seria u)a )aravila. Esses olos que re/eia) o poru-uês co)o coloni;ador nunca ora) ao 5urina)e ou a 'aiena. *unca vira) ouras coloni;a3Pes.
=> que) di-a que a culpa real do nosso araso es> e) ser o Brasil u) país penosa)ene pobre. Ora, oi de)onsrado, irreorquivel)ene, que 9ra)os )uio )ais ricos que qualquer país do s9culo K7I ou do s9culo K7II, pela nossa produ3+o. O que o Brasil e4porou de a3Ccar e de ouro enriqueceu o )undo. 0qui, dei4ou buraco e sepulura. Onde no )undo se aver> -asado ana -ene co)o aqui se -asou?
Ouro also aor causal do nosso araso residiria suposa)ene e) que so)os u) país /ove)6 qualquer dia alcan3are)os a )aioridade e ire)os adiane. Falase de n(s co)o se @sse)os )enores de idade, co)o os índios. O ao incones>vel, por9), 9 que o Brasil 9 ceno e anos anos )ais velo que os Esados Unidos. 5o)os, porano, u) país )aduro, a)ea3ado a9 de apodrecer de +o )aduro pelas condi3Pes de e4isência que i)pPe a seu povo.
=>, ainda, que) di-a que a rai; do nosso araso esaria no plano culural. *+o > olice )aior. Os Esados Unidos nunca ivera) u)a Ouro buas, no seu )undo de -ran/eiros livres, eles enconrara) base para consruir unia sociedade )uio )ais capa; de pro-resso -enerali;>vel, n(s n+o. s
ve;es penso que so)os, de cera or)a, o que os Esados Unidos eria) sido se, na 1uerra de 5ecess+o, vencesse) o 5ul. 0qui, o 5ul venceu. *e) ouve -uerra, ana oi a conivência. *ossos VsulinosV, que era) oda a classe do)inane, criara) aqui essa sociedade edionda, repelene, doene: ener)a de desi-ualdade.
L preciso enender be), se) dei4arse iludir, que o discurso e4plicaivo das classes do)inanes, que ressoa por oda a pare, apesar de +o absurdo 9 da )ais e4raordin>ria auali aualidad dadee e uncio uncional nalida idade. de. *ele, *ele, se assen assena) a) políi políicas cas -ov -overn erna)e a)ena nais is )uio )uio presenes. rea por coloni;ar, coloni;ar, que esaria a9 o/e o/e por civili;ar. civili;ar.
0 verdade verdadeira 9 que ese discurso das classes do)inanes consiui u) dos )ecanis)os de )anuen3+o do Brasil na )is9ria e no araso. Ele 9 u)a das causas, u) dos aores inelecuais, desse nosso país n+o er dado cero ou ainda n+o er dado cero. 'oacado que oi desde se)pre nas reali;a3Pes de suas poencialidades, denro das v>rias civili;a3Pes e) que eseve ine-rado, o Brasil cresceu deor)ado, alei/ado, ener)o.
U) e4e)plo lu)inoso de que so)os u) país ener)o de desi-ualdade nos 9 dado pela educa3+o pri)>ria J )a9ria e) que esou )eido de )+os e p9s co) Bri;ola, no Rio de /aneiro. *ese ca)po, ca)po, so)os u) caso eraol(-ico eraol(-ico de araso cala)ioso. cala)ioso. *ossos )aiores cenros culurais, co)o o Rio e 5+o
*a educa3+o pCblica so)os piores do que o
a lín-ua da escola 9 oura. 'o)o 9 que eles conse-ue) levar )ais crian3as TX s9rie pri)>ria do que n(s? 0l-u)a coisa > de errado, al-u)a coisa > de podre nessa Dina)arca nossa.
*osso ob/eivo, o/e, no Rio de /aneiro, 9 criar a escola pCblica que o Uru-uai e) desde !#AY. 0li, co)o na 0r-enina e no 'ile, co)o no )undo ineiro, a escola pCblica 9 u)a escola de dia co)pleo. 0 crian3a crian3a enra s oio da )an+ e sai s quaro da arde. )uio e)po. Ora, a crian3ada brasileira n+o 9 eia de -ênios, devía)os saber. 0s nossas, co)o odas as de)ais, n+o pode) aprender e) escolas de rês urnos que d+o de ao duas e )eia, rês oras de aula. 09 escola de quaro urnos eu enconrei no Rio de /aneiro. 0 ques+o que esou colocando, e4e)pliicaiva)ene, n+o 9 de educa3+o. Guero 9 de)onsrar o quano essa sociedade nossa 9 perversa co) o seu povo.
*o plano ali)enar, sabida)ene, a siua3+o 9 ainda pior. 0 o)e aí es>, cr@nica, eso)eando )eade dos brasileiros. 0 prop(sio, a pri)eira coisa que ive)os de a;er no Rio de /aneiro, ao assu)ir o -overno, oi dar u)a boa )erenda nas escolas: u) pra+o de co)ida, arro;, ei/+o e carne odo aluno da escola pCblica. 0 escola n+o 9 lu-ar de dar co)ida, iso 9 assisencialis)o, diria al-u) alienado. Devería)os dar e)pre-o. 8alve; se/a verdade. Ocorre, por9), que enquano n+o se consi-a ain-ir essa )ea do pleno e)pre-o J s( alcan3>vel no plano ederal J n+o podere)os dei4ar a crian3ada do Rio )orrer de o)e ou de prosra3+o.
'o) eeio, a econo)ia brasileira n+o es> or-ani;ada para ocupar o povo, co)o ocorria no período colonial ou nas pri)eiras d9cadas de nossa vida independene. En+o, o que )ais se i)porava era -ene, era )+odeobra. &+odeobra ne-ra, escrava6 da rica arav9s de s9culos. &+odeobra branca, i)i-rane, )ais arde. =o/e, o que sobra aqui 9
-ene, 9 )+odeobra querendo ser e4plorada por al-u) par+o que n+o aparece. 5e pud9sse)os pud9sse)os e4porar os )ineiros, os cearenses, os -oianos, alve; se desse /eio, viabili;ando a9 o capialis)o dependene. 0 Europa e4porou no Cli)o s9culo uns $Y )ilPes de europeus para as 0)9ricas e ouras pares. 5obrava, en+o, branco para e4porar. 5o)ados aos que )aou e) -uerras, eles pera;e) uns !YY )ilPes. 'o) sua erradica3+o do quadro de)o-r>ico europeu, se eviou a revolu3+o inevi>vel que &ar4 vaicinava.
*ossa classe do)inane n+o e) essa saída sin-ela para nossa crise de superpopula3+o. De ao, u)a crise de sube)pre-o e de subuili;a3+o de nossos recursos6 crise, na verdade, pro-ra)ada co)o u) pro/eo pr(prio das classes do)inanes, que quere) coninuar enricando, indierenes ao povo que cresce na o)e, na i-nor2ncia.
*+o endo co)o e4porar nossa -ene J nin-u9) os requer J e)os 9 que reor-ani;ar a vida aqui e) ouras bases, a i) de que o povo possa rabalar, co)er e viver. Iso nunca oi eio. *osso povo se)pre viveu a)9lico, por )aior que osse o
*+o se esrane que eu ale ale o/e diso, aqui. Esa Universidade de Brasília e4ise para o)ar eses proble)as e) sua carnalidade, a i) de equacion>los. E4ise para enender o Brasil co) oda proundidade, e a pri)eira area que se i)pPe no e4ercício dessa )iss+o 9 er a cora-e) de lavar os olos para ver nossa realidade, 9 perscru>la, 9 e4a)in>la, 9 analis>la. O Brasil, enendido co)o seu povo e seu desino, 9 nosso e)a e nosso proble)a.
0ssinalei a9 aqui as alsas causas de nosso araso is(rico, os aores respons>veis, os supo supos sa) a)en ene e resp respon ons> s>ve veis is,, por por anda andar) r)os os na rabe rabeir iraa de an anos os povo povos, s, noss nossos os cone)por2neos. cone)por2neos. 'u)pre per-unar a-ora se aquelas causas e aores era) inundados e alsos alsos,, qua quais is s+o os verdad verdadeir eiros? os? *+o preen preendo do aprou aprounda ndar) r)ee na respos resposa a a esa esa ques ques+ +o. o. O que que se cu)p cu)pre re perper-un una arr aqui aqui e a-or a-oraa 9 que que culp culpas as cabe cabe) ) a n(s, n(s, universi>rios, nese ca)po. U)a pri)eira resposa a essa ques+o n+o 9 diícil. Gue universidade nossa discue as causas do araso e) suas c>edras, co)o u)a ques+o unda unda)en )enal al?? Gue univer universid sidade ade o)a o)a esses esses e)as e)as co)o co)o sua sua causa causa?? 8odo odo o saber saber acu)ulado nelas 9 iel ao povo que as subsidia para or)ar e )aner as cabe3as )ais brilanes?
8e)o )uio que nossos acadê)icos n+o ena) sido i9is ao povo brasileiro. 8e)o a9 que a )aioria de n(s serviu )ais a sua opress+o que a sua libera3+o.
la. =avia de)asiada)ene -ene conra. Israel vel, di;ia que duas coisas n+o devia) e4isir e) Brasília: oper>rios e esudanes. L evidene que uscelino n+o se -uiava por ese cri cri9r 9rio io,, )as )as ele ele a)b a)b9) 9) duvi duvido douu da conv conven eniê iênc ncia ia de se cria criarr aqui aqui u)a u)a livr livree universidade pCblica ou u)a universidade privada. *(s que lua)os para ver sur-ir a Universidade de Brasília, al co)o oi concebida e ainal consa-rada na lei, se)pre a pensa)os co)o a 'asa da 'onsciência 'ríica e) que o Brasil se e4plicaria e enconraria saída para seus desca)inos.
'abe assinalar a-ora que, denro do Brasil, Brasília e) paricular 9 e)a, causa e proble)a dessa nossa UnB. Brasília oi eia para ransposi3+o da burocracia do Rio de aneiro para c>. Ela rou4e consi-o, 9 cero, -rande quanidade de -ene que do)inava v>rios ca)pos do saber, )as, eles era) os poucos, denre os nu)erosos servidores que l> asse assesso ssorav rava) a) desde desde se)pr se)pree o pod poder er pCb pCblic lico. o. Feli;) Feli;)en enee Brasíl Brasília ia oi eia eia por uscelino, aquela bele;a de pessoa. I)a-ino o que seria essa nossa Brasília6 se ela osse eia por Dura. Dura que e; o &inis9rio da 1uerra, o do Rio de /aneiro, aquele despau9rio. O nosso or-ulo de er)os a cidade do )ilênio, o deve)os a H, sua cora-e) de ca)ar Oscar *ie)eyer e Ccio 'osa para aqui reinvenare) a cidade.
7ole) le)os os,, por9 por9), ), ques ques+ +oo que que colo coloc> c>va va)o )os: s: s un3 un3Pe Pess da univ univer ersi sida dade de,, necessidade de se repensar seu papel, especial)ene o que deve)os cidade de Brasília e aos (r-+os de poder aqui insalados. => que) di-a que e) Brasília o que sobra s+o asses assessor sorias ias.. 5( a '2)ar '2)araa dos Dep Depua uados dos eria eria reais reais asses assessor sores es do que odos odos os parla)enos do )undo. )undo. 5+o as )>s lín-uas. *+o *+o deve ser verdade. verdade.
*+o alo desse ipo de assessores. Falo de u)a assessoria culural, cieníica e 9cnica, que se/a independene e insuborn>vel, co)posa por s>bios, que n+o se/a) servidores de nin-u9), que n+o dependa) de parido nenu). Essa assessoria au@no)a, s( a universidade pode dar. *o Rio de /aneiro conavase co) u)a culura erudia arrai-ada que l> podia dar esclareci)eno, anes de que qualquer decis+o osse o)ada, por qualquer poesade. 0qui no paso -oiano, onde e co) que) os poderes v+o se inor)ar? 'o) as vacas )a-ras e cirudas que pasa) no cerrado? 0qui n+o averia co) que) se assessorar, se n+o se reali;asse u) ransplane culural prodi-ioso. Essa 9 a a3ana que ena)os reali;ar.
0 Un Univ iver ersi sida dade de de Bras Brasíl ília ia veio veio cu)p cu)pri rirr essa essa un3 un3+o +o.. vel 9 que ela sur-isse co)o universidade au@no)a, a i) de que ivesse condi3Pes de raar co) os represenanes r epresenanes dos
5aberes, co)o o 'enro de 'ulura e) que o proessor independene possa pensar de or)a dierene do -overno. 0ssi) oi sonada essa Universidade. Ela oi pensada, a)b9), co)o indispens>vel para que Brasília pudesse conviver co) os ouros cenros culurais culurais do
0ssi) pensa)os one), quando plane/a)os a Universidade de Brasília, al co)o ela era. =o/e s+o vocês que a ê) nas )+os, co)o u) desaio, desaio re)enda)ene diícil. Guere) u) e4e)plo? Eu sei a;er odon(lo-os e )ae)>icos, por e4e)plo, e) qualquer quanidade. Guanos advo-ados ou psic(lo-os vocês quere): !T )il? !\ )il? &9dicos, vocês quere) WY ou TY )il? En-eneiros, ]Y ou !YY )il? Eu os or)o odos. Dêe))e uns poucos anos e os or)o be) or)ados. 0-ora )e pe3a) u) Oscar *ie)eyer e eu n+o or)o nenu). de ser. 'o)o? 'o)o ne-ar, por9), que esa 9 a )iss+o da UnB? &as co)o a/udar a lorescer aqui u) cenro culural au@no)o e criaivo? 8ena)os consruir para isso, criando no nosso campus u)
a)biene propício. Foi co) esse ob/eivo que de)os casas a arisas que
aqui viera) viver6 para pinar ou ensinar a pinar, se quisesse)6 para a;er -ravuras ou ensinar -ravuras, se quisesse6 para a;er )Csica e ensinar a apreciar )Csica, se les aprouvesse6 )as, essencial)ene para conviver conosco, para a/udar a co)por u)a co)unidade universi>ria, enriquecida por -ene criaiva e) odos os planos.
O Reior 'risova) Buarque di;ia e) seu discurso que n+o 9 co) cara douoral que se co)prova co)peência. 0ssi) 9. 0qui na UnB, quando se e; a lei, ui eu que) a redi-i. *ela se escreveu que esse 9 u)a universidade e4peri)enal, livre para enar
novos ca)inos na pesquisa e no ensino. For)a)os e douora)os, por e4e)plo e) quaro anos, u) rapa; de alo aleno )ae)>ico que n+o ina ne) diplo)a pri)>rio. 0 a)ília superproe-endoo n+o avia le dado escola, )as ele ina u)a cabe3a (i)a. 0qui ce-ou, co)e3ou a reqenar aulas de )ae)>ica, co)o aluno livre, lo-o salou para o )esrado. Os )ae)>icos )e dissera) que ele era (i)o, )as n+o podia esudar oicial)ene, porque n+o ina ne) o -inasial. E) quaro anos o rapa; Fauso 0lvi) era douor, n+o douor eio por )i), ele e; seu douorado na In-laerra, brilane)ene. Esse caso e4e)pliica a responsabilidade responsabilidade que o)a)os s ve;es no livre e4ercício das re-alias de u)a universidade e4peri)enal e livre. Ouro e4e)plo nos nos d> ^ani ^anini ni,, que que a)b a)b9) 9) n+o n+o in inaa curs cursoo supe superi rior or e oi oi ei eioo pro proes esso sorr da Univer Universid sidad adee de Brasíl Brasília, ia, por sua co)pe co)peênc ência ia espec especíic íicaa e ad)ir> ad)ir>vel vel,, e4cel e4celen enee proessor.
*+o sei co)o andar> aquela lei que redi-i)os e i;e)os aprovar. Ela dava Universidade de Brasília re-alias especiais.
se)pre alando delas e o a; co) oda a ra;+o e propriedade. Guero co)en>las e acrescenar a erceira lealdade, inscria a)b9) nos nossos esauos ori-inais. Reiro)e lealdade aos padrPes inernacionais do saber, )esrado ou douorado de )enira, co)o )oeda alsa, 9 cri)e conra a culura, )ais do que iso, 9 cri)e conra <>ria. Iso 9 )uio i)porane. 7i recene)ene u)a lisa de insiui3Pes acadê)icas co) o )ais alo -rau de e4celência de nosso país. I-noro quais ora) os cri9rios e creio a9 que eles poderia) ser discuíveis. &as co) co)paraivos e a posi3+o da Universidade de Brasília e) cada ca)po se n+o era despre;ível, era )uio bai4a. *osso presí-io )in-uou )in-uou de)ais. 0 diadura que avassalou, avassalou, u)ilou nossa UnB n+o eve ne) )es)o a co)peência )era)ene 9cnica que 9 co)paível co) o despois)o. Ela rebai4ou essa Universidade.
L preciso esar aeno para isso, u)a universidade se a; 9 co) -ene, 9 co) -ene )uio co)peene. L preciso eviar, i)pedir, odo co)padris)o. L preciso e4er)inar odo o ilois)o. L preciso vedar odo o proecionis)o. Esse espírio paernalisa de acar que que) enrou, por )edíocre que se/a, pode ir icando6 que u) proessor auleiro deve ser dei4ado por aí cu)prindo o seu papel, ainda que o a3a )uio )ediocre)ene, )aa u)a universidade.
U)a universidade se a; 9 co) )uliplicadores. O pri)eiro -eso nosso, quando co)e3a co)e3a)os )os a i)plan i)planar ar a Univer Universid sidade ade de Brasíl Brasília, ia, oi abrir, abrir, si)ul si)ulane anea)e a)ene ne,, a pri)eira s9rie da -radua3+o e os cursos de )esrado. 'o)o conse-ui)os iso? Escole)os oiena /ovens de aleno e os rou4e)os co)o insruores /una)ene co) seus uuros )esres. senado ali, o co)o co)o u) desses desses insru insruor ores. es. Era u) dos dos /oven /ovenss que selec selecion iona)o a)oss inor)al)ene enre os )elores da sua -era3+o. *(s o enconra)os per-unando a seus proessores: qual o )enino )ais ineli-ene que apareceu por aqui uli)a)ene?
U) insruor de en+o era u) esudane de )esrado, co) pra;o de rês anos para conse-uir seu -rau e prosse-uir no douorado, ou n+o conse-uir e sair da Universidade. Enqua Enquano no reqe reqena nava va os curso cursoss de p(sp(s-rad radua3 ua3+o, +o, ele dav davaa aulas aulas aos aos alunos alunos de -radua3+o. Os proessores se) douorado ina) a)b9) u) pra;o )>4i)o de cinco anos para alcan3>lo e s( per)anecia) na UnB se classiicados enre os )elores que se oerecia). 0 un3+o de proessor iular n+o perencia carreira docene6 era o poso de u) )esre ca)ado a condu;ir pro-ra)as de p(s-radua3+o por sua co)peência reconecida por seus pares e de)onsrada nu)a obra copiosa e prounda.
O nosso Reior e) que sair por aí, ele a)b9), co) a l2)pada na )+o, procurando alenos, roubando alenos, onde puder, )as ra;endo para c>, al9) dos alenos /ovens, a)b9) odos os alenos )aduros que puder arair. 'elso Furado, que es> aqui a )eu lado, vai para Bru4elas, co)o E)bai4ador, 9 u)a pena. *+o seio que ele vai a;er l>.
5upono, por9), que se le osse dada pela UnB oporunidade de criar u) 'enro de Esudos Econ@)icos da 0)9rica aina, ele a9 que poderia aceiar. E4e)pliico co) 'elso u) raciocínio que 9 v>lido para )uios dos poucos inelecuais )aduros que o Brasil e). 5e les ore) dados uns poucos recursos, u) )il9si)o do que nossa Universidade -asa para ra;er )eia dC;ia de cole-as seus dos )elores, eles or)ar+o, aqui, u) novo nCcleo )uliplicador.
*o caso da econo)ia, cla)a cla)a aos c9us a necessidade necessidade ur-ene de criar nCcleos capa;es capa;es de repensar a proble)>ica nossa e da 0)9rica aina. Os econo)isas oiciais es+o odos doidos. 0 econo)ia, econo)ia, desvairada. *in-u9) rabala na busca das alernaivas v>lidas que se abra) a n(s para sair desse araso auoperpeuane. L preciso repensar oura ve; udo, 9 preciso /unar -ene nova, de cabe3a resca e les dar )eios, desaiandoos para, co) oda a liberdade, criar u)a nova econo)ia. 'ri>la, co)o s( u)a universidade pode a;er, se) que nin-u9) dê ordens e palpies e) ci)a do rabalo deles, s( co) o ob/eivo de J reconecendo que esse país nosso n+o deu cero J buscar o )odo de criar u)a econo)ia de prosperidade -enerali;>vel a oda a popula3+o, para que o Brasil dê cero.
L co) -ene assi), 9 co) pensadores )aduros que para c> vena) repensar odos os proble)as da 'ivili;a3+o, do &undo, da 0)9rica aina, que saire)os u) dia do araso. ica e ier>rquica, porque de ao eles n+o precisa) a;er -uerra nenu)a. *(s si), n(s e)os que ravar nossa -uerra conra o araso, e nela s( se vence co) co)peência.
Esse 9 o senido preciso da lealdade aos padrPes inernacionais do plano do saber a que eu aludia.
insubsiubilidade do saber cieníico. Reporo)e a u) dos )o)enos )ais r>-icos da vida u)ana. 0quele e) que os norea)ericanos lan3ara) suas bo)bas a@)icas sobre =irosi)a e *a-asai, dei4ando o )undo perple4o. 5abese, a-ora, que elas n+o era) necess>rias para vencer a -uerra, a -uerra esava -ana. Elas ora) as bo)bas da 8erceira 1uerra &undial, desinadas +os( a coa-ir a Uni+o 5ovi9ica e o )undo para udo se sub)eer e-e)onia norea)ericana. Os russos ina) perdido !\ )ilPes de abianes. 0 *a3+o debiliada seniu que as bo)bas era) lan3adas conra ela. 5alin encoleuse, inda-ando o que a;er diane da bo)ba. Frene nova e-e)onia ro)ana, a pax americana, undada no )onop(lio da bo)ba do i) do )undo, o )undo odo, apavorado, se per-unava: per-unava: que a;er conra que) ina a bo)ba? Gue) udo podia.
5alin si)ples)ene ca)ou os universi>rios, os ísicos, os )ae)>icos, os quí)icos e les disse: a UR55 precisa da bo)ba. Os russos, co) sacriícios inenarr>veis, avia) acabado de eviar o )ilênio ilerisa: a-ora via) u) novo despois)o se levanar e) no)e da liberdade e do lucro. Ouro )ilênio e-e)@nico conra o )undo ineiro se i)planaria se n+o ivesse) a bo)ba. 5( os cienisas podia) d>la. E) rês anos, 5alin eve a bo)ba a@)ica: dois anos depois eve a bo)ba de idro-ênio. &aneve, assi), o equilíbrio do poder, erríico equilíbrio do error recíproco. r ecíproco. &elor, 9 verdade, verdade, que a pax diada por Mall 5ree.
&eus queridos a)i-os, 5aber 9 iso: u)a or3a, u)a ar)a. *aquela con/unura de -uerra ou aqui na nossa con/unura do subdesenvolvi)eno, da dependência, da -uerra conra a pobre;a, conraa i-nor2ncia, o acelerador da is(ria 9 o 5aber. 0o )enos 9 esse o acelerador que a n(s, universi>rios, cu)pre do)inar e )ane/ar. Ese 9 o senido proundo do nosso principio de idelidade aos padrPes inernacionais do 5aber. 'iência alsa e )ediocridade nada s+o, nada pode). *o caso da universidade, ese desaio cieníico apona para o dever de eviar que se culive u) saber Cil, inCil. Gue se/a esse 5aber de brincadeira de anos acadê)icos universi>rios, e) que u) escreve para o ouro. s ve;es aco que a i)ensa )aioria dos cienisas vive) do presí-io da ciência se) /a)ais conribuir )ensuravel)ene para ela. 8e) 8e) que ser assi), concordo eu6 )as n+o
pode ser s( assi). O Cli)o reino da irracionalidade 9 a ciência que, e)bora sendo a província )ais racional racional do )undo, 9 a)b9) a)b9) n+o susceível susceível de ser Vracionali;adaV. Vracionali;adaV. 5eus prec>rios ê4ios se baseia) e4aa)ene e4aa)ene no ao de que que )ilares de pessoas pessoas ê) que esar procurando, s ce-as, as )es)as coisas por ca)inos dierenes, porque n+o sabe) onde vai esalar a descobera. 5( u) racionali;ador doido, -erindo as pesquisas do c2ncer, por e4e)plo, iraria WYY )il pesquisadores, por sere) de)asiados, redu;indoos redu;indoos a WY )il, para a;er cada qual rabalar no seu eio, se) nin-u9) repeir o que o ouro es> a;endo. Iso seria a loucura desvairada. 5e WYY )il nada descobre), quano )ais WY )il.
'o)o se vê, a ciência 9 por sua naure;a u)a procura, u)a busca, u)a inquiea3+o an>rquica, alea(ria que e) ser livre e a9 arbir>ria. &as essa liberdade e) de ser e4ercida denro da pasa de dois senidos de responsabilidade. 0 responsabilidade de que o 5aber n+o se/a inCil, )as sirva ao seu povo e ao seu e)po, ponderado co) a respon responsab sabilid ilidade ade de que ele se/a se/a livre, livre, vale vale di;er di;er,, se) nen nenu) u)aa id9ia id9ia uilia uiliaris risa, a, pra-)>ica de que a ciência deva se dedicar a areas pr>icas. 0prende)os 0prende)os a duras penas que nada nada > de )ais )ais ruíero do que a pesquisa pesquisa pura, no)inal)ene no)inal)ene inruíera.
Denre
as
quesPe Pes
posas
ao
saber
que
uili;a i;a)os,
cu)pre enrenar ar
pri)eirissi)a)ene esa per-una: por que esse país nosso n+o deu cero? )uios que dera) cero. U) país que deu cero pode n+o dar bola para o que se a; na universidade, pode despreocuparse co) o saber que nela se cure6 )as u) país que n+o deu cero co)o o nosso, n+o. Esa)os desaiados a per-unar ao nosso il(soo: Fil(soo, qual a sua uilidade?
*+o esou querendo que nin-u9) di-a ao il(soo o que ele vai a;er. Guero 9 di;er ao il(soo que paricipe do debae co) o )ae)>ico, co) o econo)isa, co)o -e(lo-o: o
Brasil 9 nossa causa. 0 ua conra o araso 9 nossa -uerra e nessa -uerra a universidade oda es> envolvida, a ilosoia a)b9), esa 9 a se-unda lealdade.
0 erceira lealdade J r>-ica lealdade, cu/o descu)pri)eno vocês sorera) na carne J es> inscria, ela a)b9), nos esauos da UnB, )ais ou )enos co) os se-uines er)os: nesa Universidade nin-u9), proessor ou aluno, ser> punido ou pre)iado, /a)ais, por sua ideolo-ia. L o princípio do respeio recíproco, da oler2ncia, da liberdade docene. L preciso que a esquerda, reine-rada a-ora e) seus direios, n+o a3a o que a;ia a direia6 n+o co)ece a ser inolerane. 0 oler2ncia 9 condi3+o essencial da vida universi>ria6 a prova3+o )ais dura, )ais u)ilane que vocês sorera), oi aquele reior sabeudo que aqui esava. Ele sabia pereia)ene qual proessor pensava be) e qual pensava )al, era subversivo. 0o pri)eiro dava pre)io;inos, ao ouro punia. Onde isso ocorre nu)a universidade, o espírio u)ano enece e a criaividade )orre.
'o)o se vê, essa lealdade, al co)o as ouras duas, 9 unda)enal, e a UnB deve er or-ulo dela. 7ocês precisa) o)ar aquele velo esauo para ler e pensar. L a9 prov>vel que n+o sirva )ais para a UnB de o/e, )as nele se incorpora) valores per)anenes que se e) de recuperar. recuperar. 7alores oriundos do a)plo debae co) base no qual se esruurou a UnB. 0queles debaes ivera) u)a i)por2ncia crucial na is(ria da ineli-ência brasileira. Foi a parir deles que se elaborara) os docu)enos basilares da Universidade de Brasília, docu)enos relevaníssi)os e) dois planos: pela críica das insiui3Pes universi>rias que ína)os e que pela pri)eira ve; e) nossa is(ria era) e4a)inadas co) ob/eividade e descrias na )ediocridade que encarnava) e pela proposi3+o de u)a universidade de uopia. 09 en+o, odos esava) )uio conenes co) a universidade que ína)os, ne) se sabia que ela era proble)a. Foi o pro/eo da Universidade de Brasília que serviu de >bua de conrases para a reor)a universi>ria. Di;endo o que nossas universidades era) e) co)para3+o co) o que a UnB ia ser J e)bora nunca ena sido J elas o)ara) consciência de si )es)as e, enver-onadas, raara) de )elorar. 0ssi) se desencadeou a reor)a rusrada por ra;Pes e4ernas iníquas.
0 Universidade de Brasília e) de volar a e4ercer essa lideran3a inelecual, pensando co) proundidade a Universidade e a *a3+o. icas que aí se vêe), deplor>veis, de u)a universidade e) que os proessores a;e) de cona que ensina), e os alunos a;e) de cona que aprende). U)a arsa r>-ica.
7olando lando ao nosso nosso princípio princípio das responsab responsabilidad ilidades es sociais sociais da Universida Universidade, de, quero quero assinalar )ais prounda)ene, ainda, o papel da universidade co)o a 'asa e) que a *a3+o brasileira se pensa a si )es)a co)o proble)a e co)o pro/eo. *+o pode)os dei4ar isso e) )+os dos políicos: )enos ainda, e) )+os dos )iliares ou de seus sequa;es ecnocraas: eles n+o ê) ne) idenidade nacional eeiva, ne) -rande;a )enal suiciene para pensar no Brasil e) odas as suas poencialidades, vendo nosso povo co)o proa-onisa proa-onisa da is(ria universal. universal.
L preciso que essa Universidade de Brasília aprounde a id9ia de que so)os u)a parcela )uio i)porane desse )undo, u) peda3o ponder>vel ponder>vel e belo da u)anidade, u)anidade, se n+o o )aior, diria eu, o )elor. 7a)os ser WYY )ilPes pero do ano WYYY. 7ale di;er, u) dos blocos nacionais )aiores e o )ais o)o-êneo da erra no plano culural e lin-í lin-ísi sico. co. uno uno co) os ouros ouros laino lainoa) a)eri erican canos, os, so)are so)are)os )os $YY )ilPe )ilPes. s. 5( sere)os co)par>veis, en+o, aos eslavos, aos cineses, e aos neobri2nicos. Esa )ola u)ana, u)a nova ro)anidade )esi3ada de san-ues ne-ros e índios 9 o quadro is(rico da 0)9rica aina que consiui o ca)po e) que o nosso desino vai se /o-ar.
8e)os obvia)ene u) papel relevane a represenar no )undo. Fico perple4o, vendo 'uba co) seus parcos !Y )ilPes de abianes ser vial para a independência independência da rica e n(s n+o serenos nada. Ese nosso ia)arai;+o de -orduras l>cidas 9 ridículo rene a 'uba que, a;endo das ripas cora3+o, -arane a independência independência de 0n-ola.
&eus a)i-os, )eus co)paneiros, )eus cole-as, 9 preciso aproundar esse raciocínio, 9 preciso deinir nosso papel na 0)9rica e no )undo. 8e)os 8e)os que enconrar u) ca)ino nosso de reali;a3+o de nossas poencialidades, de e4ercício pleno de nossos poderes para reali;a3+o de nosso desino. 0quele 0quele desino que n(s )es)os deinire)os para n(s e n+o o que nos 9 indu;ido, o/e, pelos que a;e) de n(s a conraparida necess>ria e subalerna sua pr(pria -rande;a.
*osso ca)ino n+o ser> o sovi9ico, ne) o /aponês, ne) o canadense. *in-u9) revive a is(ria aleia. 'ada roeiro rilado por u) povo no esor3o para reali;ar, na civili;a3+o a que perence, o seu desino, 9 u) ca)ino pr(prio e Cnico. 0ssi) ser> o nosso, precisa)os 9 de claridade para enconr>lo. 5abendo be) que, esponanea)ene, esponanea)ene, pelo enrecoque de ineresses a parir da siua3+o de dependência e) que vive)os, nosso araso relaivo ser> crescene. Iso porque ouros cresce) a u) ri)o )ais acelerado que o nosso, inclusive porque nos e4plora), co)endo nossa carne, bebendo nosso san-ue.
L i)peraivo e ur-ene que se ro)pa a esruura le-al que esran-ula o Brasil. Esruura urdida secular)ene pela vela lideran3a paricial brasileira, se)pre vaidosa de er)os al-u)a lei )ais e4plícia que a in-lesa e) al-u) ca)po de deesa das liberdades, enre os pares6 se)pre indierene sore do povo. 5( nos reali;are)os pelo ca)ino inverso de reescrever suas leis, de passar a li)po a insiucionalidade vi-ene, proscrevendo o laiCndio que ela consa-ra, coacando a espolia3+o esran-eira que ela le-ali;a. L ce-ada a ora, u)a ve; )ais, de rever esa insiucionalidade perverida e perversa. E) ouras ins2ncias, quando iso ocorreu, a oporunidade se perdeu. E) odos os casos, porque a reaberura do debae sobre as bases consiucionais da vida nacional se deu )ais para le-ii)ar as rique;as e os poderes idos e re-idos do que para aler>los. 0ssi) oi co) a 'onsiui3+o que nos e; independenes, u)a is(ria r>-icoc@)ica. 0ssi) oi co) a pri)eira 'onsiui3+o republicana, urna is(ria c@)icor>-ica. 0ssi) 0ssi) oi, oi, ainda, ainda, e) !"] !"]T. T. 0ssi) 0ssi) oi no p(s-u p(s-uerr erra, a, quand quandoo u)a 'on 'onsi siui ui3+ 3+oo libera liberal l reacion>ria deu nossos unda)enos de le-ii)idade ao laiCndio, ao enre-uis)o e espolia3+o.
Guando ve)os sur-ir u)a co)iss+o consiucional bi@nica, ine-rada, principal)ene, por neos, ilos e sobrinos de velos consiuines, o que deve)os pensar? de)ais? 0l-u) )alvado poderia a9 acar que os )ais )ais veus veusos os deles deles dev devia) ia) ser ser proibi proibidos dos de enrar enrar nessa nessa discus discuss+ s+oo porque porque ê) -enealo-ia de)ais. 5e quere)os u)a *ova RepCblica, co)o pedir)os suas leis aos pais e padrinos e ailados da RepCblica 7ela? 7ela? O que eles pode) ra;er de )elor, e)o eu, 9 o espírio de Rui Barbosa, a sa-acidade /urídica, a )ana re)endíssi)a6 que n+o oi roubada, )as erdada, da vela classe do)inane lusiana, nu)a coninuidade is(rica +o ad)ir>vel co)o dees>vel.
Dei4e))e dar u) e4e)plo )ais. 'o) de; anos de dieren3a a lei brasileira e a nore a)eric a)ericana ana insi insiuci uciona onali; li;ara ara) ) o )odo )odo de apropr apropria3 ia3+o +o das erras erras pCb pCblic licas. as. > se esabeleceu na lei a posse co)o or)a de propriedade. 0qui, a co)pra. O Esado d> erras a você e) ouor-a ou você as co)pra de al-u9), no Brasil. Iso si-niica que o caboclo que l> es> no Brasil 'enral, na 0)a;@nia, lavrando a erra, co) o padre o ben;endo e o conessando, conessando, 9 u) invasor quando ce-a a 7olsNa-en co) o íulo re-isrado no car(rio, provando que a proprie>ria 9 ela. *os Esados Unidos 9 o conr>rio, l>, a lei abriu o Oese coloni;a3+o do vaqueiro. Gue) ce-ue e a3a u)a casa e u)a ro3a e) -aranida a posse de u)a -ran/a que n+o pode e4ceder a ]Y ecares. 7ale di;er, l> prevaleceu a lei da posse, que deu le-alidade cria3+o de )ilPes de -ran/as, onde o povo livre, capa; de prosperidade -enerali;ada, se e4pandiu. 0qui, a lei le-ii)a, > quase du;enos anos, o laiCndio. O que se e4pande 9 a propriedade i)ensa e inecunda. L o )onop(lio da erra, )enos para usar J porque n+o usa J do que para co)pelir oda )+odeobra a servir aos a;endeiros. O lavrador que sai de u)a a;enda, cai n_oura i-ual.
Uli)a)ene, eno alado )uio, no Rio, de 5índro)e de 'alcu>. a er !\ )ilPes de abianes. 0 iso 9 que ca)o 5índro)e de 'alcu>. 5+o lculo, er> WT )ilPes, ser> a )aior cidade do )undo e a )ais a)ina e ineli;. 'o)o
e) 'alcu>, na Sndia, a )aioria da popula3+o vai nascer e )orrer na rua, se) nunca er ido casa. Os ricos viver+o e) ca)pos de concenra3+o ara)ados e eleriicados, co) )edo dos pobres.
Iso Iso 9 o que que e; e; a dia iadura dura )ili iliaar para para i)pe i)peddir que a le-i le-issla3+ la3+oo a-r> -r>ria ria e ani)u ani)uli linac nacion ional al do rios, i4ando )eade )eade da popula3+o popula3+o brasileira na erra erra para i)por u) novo novo paco s )ulinacionais, proibindo que o capial que cresceu aqui, e) cru;eiro, se )uliplique e) d(lares. Era criar universidades co)o essa nossa UnB co)o casas da críica e da conscieni;a3+o, conscieni;a3+o, que a/udasse) o povo brasileiro a deinir e a reali;ar seu desino.
&eus queridos a)i-os, udo que disse +o lon-a)ene quer apenas si-niicar que as ques quesP Pes es cruc crucia iais is que que es+ es+oo pos posas as para para a *a *a3+ 3+oo es+ es+oo pos posas as a)b a)b9) 9) para para a Universidade. 0 causa da universidade brasileira 9 o Brasil. O Brasil 9 nossa area. sica vai ser nova)ene reescria, ere)os u)a u)a nova nova 'o 'ons nsi iui ui3+ 3+o. o.
*+o nos esque3a)os de que a 'onsiui3+o ;era udo, co)o no dia da cria3+o. Dos que nada ê), ;era o nada que ê). Dos que )uio ê), a)ea3a )in-uar pare do que ê). Iso orna crucial o proble)a da 'onsiuine. 0í es+o, odos o ve)os, por odo o rios, a )ídia, odos pronos e )anco)unados para a;er a 'onsiui3+o deles, aquela que les dê )ais -aranias e )ais lucros. Gue) se perila do lado oposo vê co)o os donos das erras es+o co) os rabucos nas )+os, e seus capa capann-as as,, co)o co)o os e)pr e)pres es>r >rio ioss urba urbano noss e seus seus pora porav vo; o;es es polí políi ico coss es+ es+oo se )anco) )anco)una unando ndo,, es+o es+o a;end a;endoo cai4in cai4inas as e cai4on cai4onas, as, es+o es+o consp conspira irando ndo.. E n(s, n(s,
inelecuais, co) poder precaríssi)o, )as precioso, de )obili;a3+o da 'onsciência *acional, esa)os esa)os a;endo o quê? quê?
*ossas universidades, esa Universidade de Brasília e) paricular, n+o pode) u-ir do debae consiucional6 ê) que discuir aproundada)ene cada op3+o. 0 alernaiva n+o pode ser a a3ana, suposa)ene revolucion>ria, de e4puls+o de odas as )ulinacionais. *+o ser> a)b9) a de enorcar os a;endeiros. *+o ser>, do )es)o )odo, la)enavel)ene, a de a;er dos bancos, das inanceiras e das se-uradoras u) servi3o pCblico, co)o de >-uas e es-oos. &as qual ser>?
Ouras ve;es, aqui no Brasil e l> ora, no )eu lon-o e4ílio, paricipei de debaes e) con/ con/un unu ura rass se)e se)el lan ane es, s, e) busc buscaa de saíd saídas as.. va)os enando i)por ao capial esran-eiro, aos bancos e aos laiCndios alera3Pes +o proundas que criaria) u)a )odalidade nova de econo)ia, )odalidade que a 0)9rica aina oda copiaria, anulando, e) conseqência, a e-e)onia norea)ericana. Es>va)os, se) saber, ocando no ei4o do )undo. 0-ora 0-ora sabe)os que n+o se pode cuucar co) vara cura. 5abe)os o/e quano precisa)os de alia aliado dos, s, de apoi apoios os,, sobr sobre eud udoo dos dos soci social alis isa ass euro europe peus us,, dos dos de)o de)ocr cra aas as nor nore e a)ericano a)ericanos, s, das i-re/as i-re/as de oda a pare, pare, para viabili;ar viabili;ar u)a roa que abra a sociedade sociedade brasileira paricipa3+o, criando urna esruura social )ais volada para a saisa3+o saisa3+o das necessidades do povo do que para a oi)i;a3+o dos lucros. 'o)o alcan3>la? *(s n+o esa)os condenados ao acero, ao conr>rio, a endência is(rica, se coninuare) )andando os que a9 a-ora )andara), 9 sub)eer o Brasil a u)a )era )oderni;a3+o, )anendoo na )es)a condi3+o. O *ordese en+o ser> )ais a)ino e odo o Brasil ser> u) *ordese.
Guero dar )eu ese)uno, a)i-os queridos: andei pela erra, cone3o o )undo, vi co) )eus olos que n+o > província )ais bonia que o Brasil. 'one3o be) o povo brasileiro, a9 co)o anrop(lo-o posso di;er a vocês que n+o s( a erra 9 boa co)o o povo 9 (i)o. O rui) aqui s+o os ricos, os bonios, os educados. 5ino na pona dos
dedos, se esico as )+os, que e) e)pos previsíveis e breves se pode criar aqui u) país pr(spero e solid>rio. 8e)os 8e)os odas as possibilidades de a;er co) que o Brasil dê cero. 0 condi3+o 9 proibir o passado de se i)pri)ir no uuro. L inerro)per a do)ina3+o e-e)@nica e perverida de nossa classe do)inane inecunda. Inu)er>veis s+o os e4e)plos de que ela e seus ecnocraas s( plane/a) conra o povo. 0í es> ese orror que 9 o s. &ee) l> odo o dineiro do Brasil, para produ;ir o )in9rio que os esran-eiros quere) consu)ir. 7+o produ;ir no Brasil u) buraco )aior que o )aior buraco do )undo J que 9 o de Iabira, e) &inas 1erais J dei4ando os brasileiros +o pobres co)o os )ineiros.
Ouro e4e)plo nos 9 dado pelos que quere) )ais capiais esran-eiros, )ais indCsrias e )ulinacionais, )ais )oderni;a3+o )odernosa. Eles se esquece) que 5+o rio da in-lesa, n+o 9 nossa. 0qui i)planada, cu)pre a un3+o de u)a bo)ba de suc3+o do san-ue brasileiro, de coloni;a3+o inerna do Brasil. Frene a esas quesPes, as universidades brasileiras ê) que se )obili;ar. E nelas, e )uio espec especial ial)en )ene e nesa nesa )ina )ina,, nossa, nossa, Univer Universid sidade ade de Brasíl Brasília, ia, que pon pono o )inas )inas esperan3as )aiores, de ver u) pensa)eno u(pico concreo se or)ular, concla)ando os brasileiros a deinir aqui e a-ora o Brasil que > de ser.
8er)ino essa lon-uíssi)a ala )ina ila querida, desviada, que vola a ser )ina na)orada. Di;e) que alei )al dela, n+o 9 verdade. 0penas 0penas la)enei a dor que )e doía de vêla avassalada. =o/e, )eu seni)eno 9 de euoria. Eu )e sino u) reudiano ena)orado da )ina ila querida que 9 a UnB.
I)ensa 9 )ina ale-ria de saudar o renasci)eno da UnB. 5( )e resa assinalar que nossa querida UnB renasce J e renasce be) e e) boas )+os J porque renasce no Brasil a liberdade. 0 ques+o unda)enal 9 a liberdade. Reiero: nossa area 9 o Brasil, )as nossa )iss+o unda)enal para que o Brasil se ediique para seu povo 9 a liberdade.
