Os Indios e a Civilização w
Darcy Da rcy Ri R ibeiro beiro OS ÍNDIOS E A CIVILIZAÇÃ O é, é, a um um tempo, um estudo científ cie ntíf ico rigoroso e uma denúncia vigorosa do drama indígena brasileiro. Darcy Ribeiro o escreveu com base em sua experiencia de dez anos de observação direta da vida indígena, metade deles vividos em aldeias da Amazonia do Brasil Central. Outras fontes desta obra são os arquivos do antigo SPI (hoje, FUNAI); a bibliografia etnográfica pertinente; e dezenas de entrevistas com indigenistas, missionários e etnólogos etnólogos através dos dos quais reco nstitui e explica explica a história recente dos índios do Brasil. Os índios e a Civilização se abre com um painel comparativo da situação em que se encontravam as populações indígenas brasileiras no começo do século, com sua situação presente, que termina com uma avaliação numérica dos efeitos demográficos do impacto da sociedade nacional sobre elas. A seguir, Darcy Ribeiro nos dá uma visão analítica do processo de transfiguração étnica pelo qual as populações indígenas transitam da condição de índios genéricos, com suas línguas e costumes originais, à de índios específicos, aculturados e até "integrados” na sociedade envolvente, mas não assimilados. OS ÍNDIOS E A CIVILIZAÇÃO, obra básica da Antropologia sobre a questão indígena brasileira, é livro de consulta obrigatória para o especialista e manual insubstituível para o estudante de etnologia. Escrito por Darcy Ribeiro, com a preocupação de não esconder seu profundo vínculo humano com os índios, se converteu numa obra de leitura apaixonante. Isto é que explica seu êxito, expresso em três edições brasileiras e cinco mexicanas, a italiana e a francesa, além das traduções já contratadas para o inglês e o alemão.
Os Indios e a Civilização A INTEGRAÇÃO DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS NO BRASIL MODERNO
Darcy Ribeiro Ribeiro
Os Indios e a Civilização foi escrito por encargo da ÜNESCO na expectativa de que a propalada "democracia racial brasileira" estivesse assimilando mansamente todas as populações indígenas do Brasil. As pesquisas exaustivas de Darcy Ribeiro vieram a demonstrar, porém, que sucedia exatamente o contrario. Jamais se deu qualquer assimilação. A integração que efetivamente ocorre é a do trânsito da condição de indio tribal específico, com todas as suas características diferenciais, à de indio genérico, incorporado à economia regional mas que, mesmo aculturado, permanece indio tanto por sua auto-identificação frente aos brasileiros, como na visão destes. A luz desta nova compreensão teórica, o drama secular dos indios das Américas pode ser, afinal com preendid pree ndido o em toda a sua complexidade. Isto se alcança pela superação das análises meramente aculturativas ou estreitamente sociológicas, mediante o enfoque da transfiguração ética aqui proposto e analisado em suas instâncias fundamentais. Mesmo debaixo das condições da escravidão pessoal em que o índio era desgarrado de seu grupo para ser exaurido no trabalho e a índia era apresada como trabalhadora e como ventre para reproduzir filhos que não eram seus, já não havia nenhuma integração assimilativa. O que ocorria era o desgaste de milhões de índios, enquanto eles nos transmitiam sua sabedoria milenar de adaptação à natureza tropical e o próprio patrimônio genético, que nos iria plasmar como um povo mestiço de face racial predominantemente indígena. Quando a escravidão e a destribalização compulsória se tornam Impraticáveis, os índios que so-
Darcy Ribeiro
Os !ndios e a Civiliza"#o A Integra"#o das Popula"$es Ind!genas no Brasil Moderno
5- edi"#o
Petr%polis Editora Vozes Ltda.
Os Indios e a Civilização foi escrito por encargo da ÜNESCO na expectativa de que a propalada "democracia racial brasileira" estivesse assimilando mansamente todas as populações indígenas do Brasil. As pesquisas exaustivas de Darcy Ribeiro vieram a demonstrar, porém, que sucedia exatamente o contrario. Jamais se deu qualquer assimilação. A integração que efetivamente ocorre é a do trânsito da condição de indio tribal específico, com todas as suas características diferenciais, à de indio genérico, incorporado à economia regional mas que, mesmo aculturado, permanece indio tanto por sua auto-identificação frente aos brasileiros, como na visão destes. A luz desta nova compreensão teórica, o drama secular dos indios das Américas pode ser, afinal com preendid pree ndido o em toda a sua complexidade. Isto se alcança pela superação das análises meramente aculturativas ou estreitamente sociológicas, mediante o enfoque da transfiguração ética aqui proposto e analisado em suas instâncias fundamentais. Mesmo debaixo das condições da escravidão pessoal em que o índio era desgarrado de seu grupo para ser exaurido no trabalho e a índia era apresada como trabalhadora e como ventre para reproduzir filhos que não eram seus, já não havia nenhuma integração assimilativa. O que ocorria era o desgaste de milhões de índios, enquanto eles nos transmitiam sua sabedoria milenar de adaptação à natureza tropical e o próprio patrimônio genético, que nos iria plasmar como um povo mestiço de face racial predominantemente indígena. Quando a escravidão e a destribalização compulsória se tornam Impraticáveis, os índios que so-
Darcy Ribeiro
Os !ndios e a Civiliza"#o A Integra"#o das Popula"$es Ind!genas no Brasil Moderno
5- edi"#o
Petr%polis Editora Vozes Ltda.
©
1977, Editora Vozes Ltda. Rua Frei Lu!s, 100
25689 Petr"polis, R] Brasil
A 1» edi#$o foi publicada pela EDITORA CIVILIZA%&O BRASILEIRA S.A.
A RONDON, o humanista
ESTUDOS DE ANTROPOLOGIA DA CIVILIZA!"O I. O PROCESSO CIVILIZAT#RIO — Eta pas da Evolu$%o S&cio-Cultural Tr's edi$(es brasileiras: Editora Civiliza$%o Brasileira, Rio, 1968/1975 4», 4», 5a e 6’ edi$(es brasileiras: E ditor a Vozes Vozes Ltda., Ltda., P etr&polis, 1978/19 1978/1981 81 1* edi$%o portuguesa: C. L. B., Lisboa, 1976 1» edi$%o inglesa: Smith sonia n Ins titut ion. Washington, 1968 1968 28 edi$%o ingle inglesa: sa: Har per ) Bow, New York, 1971 1971 Tr' s edi$(es venezuelanas: +EBUC, Caracas, 1970/1975 1970/1975 Duas edi$(es argentinas: CEAL, Buenos Aires, 1971/1974 1* edi$%o mexicana: Extempor3neos, M;xico, 1976 Edi$%o alem%: Suhrkamp Verlag, Frankfurt, 1971 Edi$%o italiana: Feltrinelli, Mil%o, 197< II.
AS AM=RIC AM=RICAS AS E A CIVILIZA!" CIVILIZA!"O O — Proces so de F orma$% o e Causas do Desenvolvimento Desigual dos Povos Americanos 1* edi$%o brasileir a: Ed itor a Civiliza$%o Brasile ira, Rio, 1970 2+, <* e 4> edi$(es brasileiras: Editora Vozes Ltda., Petr&polis, 1977/1979 Duas edi$(es inglesas: E. P. Dutton, New York, 1971/1972 1» edi$%o a rgentina: CEAL, CEAL, Bu enos Aires, 1969 ?< volumes @ 2* edi$%o argentina: CEAL, Buenos Aires, 1972 1» edi$%o mexicana: Exte mpo r3neos , M;xico, M;xico, 1977 1977 1» edi$%o italiana: Giulio EinauJ i, Torino , 197< 197< ?< volumes @
Sumario
II I. O DILEMA DILEMA DA AM=RICA AM=RICA LATINA LATINA — Es tru tur as de Poder e For$as Insurgentes Nove edi$(es- mexica nas: Siglo XXI, M;xico, 1971/1979 1» edi$%o italiana: II Sag giatore II, Mil%o, 197< 1*, 28 e <* edi$(es brasileiras: Editora Vozes Ltda., Petr&polis, 1978/1979 IV. OS BRASILEIROS ?I — Teoria do Bras il@ 1» edi$%o uruguaia: Arca, Mon tevid;u, 1969 1969 1> edi$%o argentina: CEAL, CEAL, B uenos Aires, 1976 1976 1* edi$%o francesa: Les Editio ns d u Cerf, Pari s, 1970 Duas edi$(es mexicanas: Siglo XXI, M;xico, 1975/1978 1“ edi$%o bra sileira: Paz e Ter ra, 1972 2* edi$%o bras ileira: Civiliza$%o Brasile ira, Rio, 1975 <>, 48, 5> e 6» edi$(es brasileiras: Editora Vozes Ltda., Petr&polis, 1978/1981 V. OS KNDIOS E A CIVILIZA!"O — A Integra$%o das Popula$(es IndQgenas no Brasil Moderno Civiliza$%o Brasileira, Rio, 1970 1970 1» edi$%o brasileira: Ed itora Civiliza$%o 4* edi$%o brasileir a: E dito ra Vozes Ltda., Petr&po lis, 1982 [uatro edi$(es mexicanas: Siglo XXI, M;xico, 1971/1976 1» edi$%o italiana: \ak a Boo ks, Mil%o, 197< 1* edi$%o francesa: UGE 10/78, Rio, 1978 1978
Pr e f á c i o 3 In t r o d u ç ã o 7 Pa r t e U m : A s F r o n t e ir a s
da
Civ i l i z a ç ã o
I — A Amaz]nia Extrativista Extrativista 21 1. O Vale do Rio Negro <0 2. Qndios do Tapaj&s e do Madeira <7 <. A Ocupa$%o do \uruJ-Purus 42 II — As Fronteiras da Expans%o Pastoril 49 1. Os Qndios do Nordeste 52
Os !ndios e a Civiliza"#o
Na segunda parte estudamos o papel e a fun!"o da prote !"o oficial ou mission#ria, procedendo a uma an#lise cr$tica da formula !"o e da execu!"o da pol$tica indigenista brasileira. Para isso, ana lisamos as condi!%es em que se criou o &rg"o estatal de prote!"o e avaliamos a atua!"o deste e das miss%es religiosas no exerc$cio de sua dupla fun!"o: pacificar as tribos arredias e hostis contra as quais se arremet$a a sociedade nacional; e proteger estas mesmas tribos e 'quelas que j# encontraram em convivio pac$fico. Esse estudo tem em vista lan!ar luz sobre um dos condicionantes b#sicos do destino das popula!%es ind$genas: a interven!"o racional por parte de institui!%es governamentai s e de miss%es religiosas. Ao mesmo tempo, visa a expor, em seus acertos e seus erros, uma experi(ncia extraordinariamente rica e elucidativa, para quem este ja empenhad o em ampa rar popula!%es tribais. Na terceira parte , focalizamos globalmente o processo de tran s figura!"o )tnica. Para isso utilizamos uma abordagem nova, elabora da para permitir a reconstitui!"o da “historia natural” das rela!%es entre indios e civilizados. Iniciamos com uma an#lise das seq*encias t$picas da integra!"o progressiva das popula!%es ind$genas na socie dade nacional, e com uma aprecia!"o quantitativa dos efeitos do impacto da expans"o civilizat&ria sobre os grupos tribais. Ai pro curamos fixar as etapas da integra!"o e avahar a relevancia das principais vari#veis das situa!%es de conjun!"o , ou seja, as faces com que a sociedade nacional se apresenta aos $ndios e as diferen !as )tnico-culturais peculiares aos pr&prios ind$genas. Estudamos, a seguir, as inst+ncias fundamentais da transfigura!"o )tnica, atra v)s de an#lises tem#ticas dos fatores causais que atuam neste pro cesso, tais como: as compuls%es ecol&gicas e bi&ticas, as coer!%es s&cio-econ/micas e culturais, bem como as rea!%es diferenciais das etnias tribais. No cap$tulo final, discutimos o significado da inte gra!"o alcan!ada pelos grupos ind$genas que, tendo percorrido todo o caminho da acultura!"o, se viram na condi!"o de $ndios-gen)ricos porqu e despojados de suas especificidades culturais, mas nem por isso assimilados pela sociedade nacional. Finalmente, apresentamos algumas conclus%es que n"o pretendem sintetizar nosso estudo, mas assinalar regularidades relevantes que ele permitiu determinar.
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• medida que se consolida a ocupao, quando comeam a ser concedidos, pelo Governo Federal, ttulos de posse das terras ocupa das, a presena, dentro dos seringais, de ndios organizados em tribo, passa a ser tida como uma ameaa validade dos ttulos possessrios. E os ndios so expulsos, malgrado sua utilidade como mo-de-obra, praticamente gratuita, na lavoura de subsist!ncia, na pesca, na caa e no transporte. Em 1950/51, Haraald e Wilma Schultz encontraram, no alto Purus, restos de tribos outrora numerosas, vivendo como intrusos dentro dos seringais que se estabeleceram em seu territrio, a cujos donos entregavam, por quase nada1, sua produo de seringa e de castanha. Eram correntes as histrias de massacres de ndios, ao tempo da alta da borracha, e, “ .. . ainda em tempos atuais — dizem os autores — certas firmas comerciais mant!m seus homens em ar mas para matar ndios que se op"em pacfica ou hostilmente de vastao e ocupao de suas regi"es de caa”. (Schultz e Chiara, 1955:182).
1 Em 1954/5, o preo da borracha pago ao coletor no rio Negro atingia a 13 cruzeiros o quilo e, raramente, um ndio conseguia colher mais de duzentos quilos por safra, alcanando a renda de tr!s mil cruzeiros, quantia inferior aos aviamentos recebidos, do que resultava ficar indefinidamente preso ao seringal por dvidas. (Galvo, 1959: 19/20).
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•quela regio, sendo obrigado a adotar medidas enrgicas para sus tar a extino do grupo. Atravs de mais de vinte anos de atividades nos sertes de Mato Grosso, convivendo com remanescentes de tribos que tiveram longos contatos com civilizados e com ndios pacificados por ele pr!prio , Rondo n reun ira uma experi"nc ia preciosa sobre as rela es entre ndios e brancos. E mais que isto, forjara uma equipe igualmente consciente da complexidade e da import#ncia do pro blema indgena. Esta foi a grande escola do indigenismo brasileiro, onde se formaram aqueles que iriam criar e dirigir o Servio de Proteo aos ndios. Oficiais, cientistas, escritores, professores, to dos unidos pela mentalidade formada naqueles anos de campanha pacfica, apresentavam-se a Rond on recm-egressos das escolas mi litares e civis, ainda bisonhos, mas j$ caracterizados por haverem escolhido para servir exatamente o setor mais $rduo, aquele que exigia trabalho mais extenuante, vontade mais firme, coragem no apenas para morrer heroicamente, mas, sobretudo, para viver a dura exist"ncia de longos anos de isolamento, nos sertes mais ermos. Desses homens sairiam os primeiros indigenistas brasileiros. Haviam aprendido na escola de Rondon a no apelar para a fora ou para qualquer tipo de viol"ncia, ainda que para revidar a ata ques. Aprenderam, sobretudo, que mesmo a tribo mais aguerrida est$ sedenta de paz e confraternizar$ com a civilizao desde que se consiga convenc"-la de que no est$ tratando com a mesma espcie de brancos com que at ento se defrontara. Vale dizer, que a civilizao tem outra face alm daquela pela qual sempre lhes fora apresentada.
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PARTE DOIS A Interven•o Protecionista
PARTE TR•S A Transfigurao tnica
dos Guarani-, 2) o complexo socio-religioso dos Bororo; 3) a vo
ca!"o guerreira dos Kadiwu. O primeiro explic#vel, talvez, como uma rea!"o aculturativa que busca na conserva!"o de tradi!$es tri bais verdadeiras ou hipot%ticas, a preserva!"o da solidariedade gru pai e a sustenta!"o da auto-imagem %tnica. O segundo, como um complexo de fatores que tomaram vi#vel uma maior resist&ncia '
acultura!"o. O terceiro, como uma forma espec(fica de desajustamento ' situa!"o de intera!"o com a sociedade nacional decorrente da conserva!"o de ideais de vida tornados invi#veis. Em todos esses casos estamos diante de focos de integra!"o da cultura que operam como modeladores da personalidade e como orientadores da conduta, capazes de influir decisivamente no des dobramento de um processo singular de transfigura!"o %tnica. Ao contr#rio das uniformidades antes assinaladas, esses fatores tendem a particularizar-se de tal modo que dificilmente poderiam ser obje to de an#lises gerais. Seu *mbito de variabilidade % quase t"o gran de quanto o n+mero de etnias o que torna infrut(feras as tentativas de formular regularidades consistentes ' base dessas variantes. O relevante % que, apesar da exist&ncia desse res(duo de fato res aleat/rios, irredut(veis ' an#lise, o estudo comparativo das si tua!$es de conjun!"o da sociedade nacional com as popula!$es tribais permite reconstituir o processo de transfigura!"o %tnica co mo uma seq0&ncia de efeitos de certos agentes causais que corres pondem a inst*ncias de um processo natural e necess#rio que, uma vez desencadeado, conduz a resultados previs(veis. E permite tam b%m assinalar os principais desvios dessa seq0&ncia, explic#veis co mo rea!$es diferenciais dos grupos ind(genas ao impacto com a civiliza!"o.
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forma espec•fica de integrao que conduz ao engajamento ativo na economia regional, sem qualquer participao nas institui!es da so ciedade nacional. As frentes de economia pastoril so formadas por popula!es constitu•das por crescimento vegetativo, compostas de grupos familiais, que avanam atrav"s de #reas inexploradas $ procura de novas pastagens para seus rebanhos. Agem diante do •ndio movidas essencialmente pela conting%ncia de limpar os campos dos seus habitantes humanos para entreg#-los ao gado e evitar que o •ndio, desprovido de caa, a substitua pelo ataque 'a seus rebanhos. A interao, nestas circunst&ncias, assume com frequ%ncia formas de conflito sangrento e raramente d# lugar a um conv•vio direto ou a acasalamento e mestiagem como no caso anterior.
I I A L E B A T
As frentes de expanso agr•cola so geralmente constitu•das por grandes massas populacionais dotadas de um equipamento muito mais poderoso. V(em no •ndio um simples obst#culo $ sua expanso e entram em conflitos para desaloj#-los das terras que ocupam c delas se apossarem para estender as lavouras. Provocando rapidamente uma transformao dr#stica na paisa gem, as frentes de expanso agr•cola criam condi!es ecol)gicas novas em que o sistema adaptativo tribal se torna inoperante. Em poucos anos, os •ndios se v%em obrigados a adotar novas formas de provimento da subsist%ncia e envolvidos por uma populao relati vamente densa a cujos modos de vida so compelidos a se acomo dar para sobreviver. Preliminarmente, devemos convir que estas categorias no so puras variantes econ *mic as. So etapas sucessivas de penetrao civilizadora e, consequentemente, correspondem a graus diversos de intensidade da interao. Assim, as frentes extrativas so freq+entemente penetra!es explorat)rias e recentes a que se seguir# a ocupao definitiva de base agr•cola. Esta /ltima raras vezes assu miu no Brasil a forma de fronteira de expanso sobre #reas indevassadas. Via de regra, cresce sobre regi!es previamente exploradas por coletores de artigos florestais. A eco nomia pastoril, operando geralmente sobre as zonas de campos ou cerrados naturais que no oferecem atrativos para uma economia extrativista assume, sempre, forma de frente pioneira que avana sobre grupos ind•genas para lanar as bases de uma economia que se consolidar# mais tarde com o mesmo car#ter.
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•
( Canoeiros ) cujas condi•es de vida sofreram, por isto, profundas transforma•es nos ltimos dez anos. Em reas de economia extrativa existiam quarenta e sete gru pos, dos quais restam seis apenas; dos demais, vinte e sete passaram a outras etapas de integra•o e quatorze desapareceram . Estes lti mos compreendiam, principalmente, tribos da regio do Juru-Purus que haviam enfrentado nos ltimos anos do sculo passado o mais potente movimento de expanso j experimentado pela indstria extrativa no Brasil. Referimo-nos ! onda de extratores de caucho, batata e borracha que subiu aqueles rios at o Acre nos anos de mais alta cota•o comercial daqueles produtos, avan•ando sobre os grupos tribais como uma avalanche de destrui•o. A rapidez e a viol"ncia dessa invaso se reflete no fato de que essa rea, to re centemente ocupada, constitui uma das menos conhecidas tanto etnol#gica quanto ling$%sticamente. Nas reas inexploradas o nmero de tribos em conv%vio inter mitente ascendeu de cinco, em 1900, para dezenove em nossos dias, indicando que, dentro de poucos anos, se completar o devassa mento do Pa%s, retirando os ltimos grupos ind%genas da condi•o de isolamento e completa autonomia de que ainda gozam. Na coluna de grupos em conv%vio permanente da mesma Ta bela II, merece aten•o o ascenso de vinte e tr"s, em 1900 , para trinta e seis, em 1957, dos grupos que vivem em reas de economia extrativa. Tal ascenso sc deve ! passagem para esta categoria de tribos que estavam antes nas etapas anteriores e sobreviveram. O fen&meno resulta ainda mais flagrante na coluna dos integrados (vinte e nove para trinta e oito), confirmando nossa observa•o anterior de que as chances de sobreviv"ncia parecem crescer ! me dida que os grupos progridem da condi•o de conv%vio permanente ! de integrados, porquanto so muito maiores os riscos de desapa recimentos nas primeiras etapas.
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Atrav•s do procedimento referido, conseguimos levantar dados para cento c nove dos cento e quarenta e dois grupos existentes cm 1957; os trinta e trs restantes foram registrados como de populao ignorada. Como entre estes ltimos sobrelevam os grupos isolados (vinte e um em trinta e trs) que apresentam m•dia superior a mil pessoas por grupo, julgamos que, para o computo geral da popula o, poderiamos, sem qualquer exagero, atribuir-lhes uma m•dia de quinhentas pessoas por grupo. A soma dos cento e nove grupos dc populao estimada, com a m•dia dos trinta e trs na base referi da, d um m!nimo de sessenta e oito mil e cem e um mximo de noventa e nove mil e setecentos para a populao ind!gena atual do Bras il. Entre estes dois nmeros, ou deles discrepa ndo num mximo de 10% para mais ou para menos, deve situar-se o montante real. " provvel que se adiante muito pouco ao substituir as avalia #es anteriores, altamente discordantes, ou mesmo a simples e mais segura confisso de nossa ignor$ncia a respeito, por estimativas to desencontradas. Entretanto, isto • tudo o que se pode fazer & base da documentao dispon!vel, razo por que nos animamos a ir adian te, num esforo para determinar, ainda que frouxamente, a distri buio regional, por troncos lingu!sticos e por graus de integrao da populao ind!gena brasileira atual. Voltando & apreciao dos cento e nove grupos cuja populao pode scr estimada diretamente, observa-se que cinq'enta e um gru pos tm menos de 25 0 pessoas, vinte e um tem de 25 0 a 500; de zoito, de 500 a 1.000; dezenove, mais de 1.000. Destes ltimos, seis apenas excedem 2.000 pessoas e somente um talvez alcance 5.000. Assim se constata como caracter!stica do estado presente da populao ind!gena brasileira, tanto a multiplicidade de grupos, como a escassez de seus contingentes demogrficos. Enquanto os grupos de menos dc 25 0 pessoas, que perfazem 36% dos grupos, representam 6 a 9% da populao, os que excedem 1.000, perfa zendo apenas 13% dos grupos, englobam de 53 a 63% da po pulao. Pela tabela IV, que retrata os mximos e m!nimos admiss!veis para a populao ind!gena, por classes de grandeza e graus de inte grao, v-se que os trinta e trs grupos isolados compreendem 24% dos grupos, englobando um m!nimo de 21.750 e um mximo de 26 .10 0 pessoas, ou seja, respectivamente, 31 e 26% da populao ind!gena. Os vinte e sete grupos em contato intermitente, perfazem
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. o • a r g e t n i e d u a r g e a z e d n a r g e d s e s s a l c . r o p , a r i e l i s a r b a n e g ! d n i o • a l u p o p a a r a p s i e v ! s s i
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143 grupos (6 5, 7% ) com uma popula•o de 43.050 (63 ,2% ) no mnimo e 62.05 0 (6 2, 2% ) no mximo. Seguem-se os Estados de Mato Grosso e Gois, no Brasil Central, com 34 grupos ( 2 3, 7% ) que somam uma popula•o de 14.850 no mnimo, a 21.400 no m ximo. Vm, depois, os Estados do Nordeste, Bahia e Minas Gerais com 11 grupos (7 ,0 % ) que englobam uma popula•o indgena que avaliamos entre 5.900 (8 ,5% ) e 9.500 (9 ,5 % ). Nos Estados do Sul encontram-se quatro grupos apenas (2 ,8 % ), com uma popula •o indgena que deve variar entre 4.300 (6 ,3 % ) e 6.750 (6 ,8 % ).
Karib, os J•, os Xirian e os Pano, perfazem 106 dos 143 grupos, ou seja, cerca de 70% do total de grupos e propor•o equivalente da popula•o indge na. De todos os seis troncos referidos, encontram-se representantes em estado de isolamento, sendo que a tota lidade dos Xirian est nesta condi•o e que, dos grupos Pa$o, nenhum parece ter alcan•ado a integra•o na sociedade nacional. Estes fatos se explicam, provavelmente, por viverem os Xirian em rea at& hoje inexplorada e por se terem defrontado os Pano com uma das mais violentas frentes de expanso da sociedade nacional, os extratores de ltex dos vales do Juru e do Purus.
Correlacionando a distribui•o regional da popula•o indgena com o grau de integra•o, verifica-se que a totalidade dos grupos isolados se encontr a na Amaznia (2 6 ) e no Brasil Central, bem como a quase totalidade dos grupos em contato intermitente e per manente, j que apenas 2 dos 72 grupos nestas condi•!es, compa
recem noutras regi!es. Da sc pode concluir que as redu•!es pre visveis da popula•o indgena se faro sentir sobretudo naquela rea, no s" porque ali se encontra a maior part• da popula•o indgena, mas, principalmente, porque ali se concentram os grupos mais vulnerveis aos efeitos letais das epidemias e a outros fatores de depopula•o. A tabela VI que nos d a popula•o indgena brasileira por troncos lingusticos, mostra que seis deles, os Tupi, os Aruak, os TABELA VI Popula•o indgena brasileira Grupos 500 mais 1.000 1.000
250 500
Tupi .... Aruak . . . Karib . ..
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4 6 3
2 3 1
J ........... Pano .... Xirian . . Outros ... Totais ...
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S O N A 0 4 i D A M I C A
as situam como entes imisc•veis. de assinalar que esse tipo de ajustamento constitui, provavelmente, o requisito essencial preser vao dos atributos de singularidade tnica dos •ndios civilizados. S! atravs desse modus vivendi podem subsistir, mas, persistindo, per petuam sua indianidade. Assim que o •ndio civilizado, ao trmino de sua hist!ria aculturativa e apesar de todas as suas transfigura"es tnicas, se v# diante de uma barreira constru•da dentro dele e fora dele que o condena a permanecer ind•gena. Nenhum grupo p$de escapar a essa realidade. S! atravs da fuga individual se pode sair dela, mimetizando-se em “no-•ndio”, se esta simulao no chega a ser percebida e denunciada. Entretanto, de se supor que uma mudana revolucion%ria na estrutura social global, que altere radicalmente a composio de classe e as normas compuls!rias de contingenciamento da fora-detrabalho, erradicando desse modo as bases sociais da discriminao e do preconceito, possa transfigurar tanto aos brasileiros quanto aos •ndios. Nesta nova ordem de rela"es intertnicas, o •ndio civili zado tanto poder% viver em liberdade seu destino de microetnia, porque liberto das persegui"es e da odiosidade que hoje o oprimem; como poder% romper, eventualmente, com sua identificao tnica para mergulh ar na etnia nacional.
429
•
•ndice dos Mapas BRASIL — reas Culturais Ind•genas 454
I II III IV V VI
VII VIII IX X XI
— rea — rea — rea — rea — rea — rea — rea — rea — rea — !rea — rea
Cultural Cultural Cultural Cultural Cultural Cultural Cultural Cultural Cultural Cultural Cultural
Ind•gena Ind•gena Ind•gena Ind•gena Ind•gena Ind•gena Ind•gena Ind•gena Ind•gena Ind•gena Ind•gena
NORTE-AMAZONAS 455 JURU-PURUS 456 GUAPOR! 457 TAPAJ"S-MADEIRA 458 ALTO-XINGU 459 TOCANTINS-XINGU 459 PINDAR!-G URUPI 459 PARAGUAI 460 PARAN 460 TIET#-URUGUAI 460 NORDESTE 461
453
II.
a.
C.
a m a pa
1. 2. 3. 4.
PALIKR KARIPNA GALIBI-MARWORNO GALIBI
b .
NORTE
10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. d .
5. 6. 7. 8.
RIO
BRANCO
XIRIAN• WAIKA PAKIDAI AIWATERI GUAHARBO MANDAWAKA MAYONGNG RIO
N E G RO
-
PUTUMAYO
PA RA
APALAI URUKUNA PIANOKOT - TIRIY WARIKYANA ou ARIKINA 9. PARUKOT - XAR!MA
17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.
TAULIPANG y MAKUXI WAPITXNA BANWA TARIANA TUKANA WANANA KOBWA MAKU TUK!NA
1. 2. 3. 4. 5. 6.
•rea Cultural Ind"gena JURUA-PURUS APURIN# (a-c) PAUMARI (a-e) JARU•RA DANI JAMANDI KAXARARI
7. 8. 9. 10.
MANITENRI 12. KULNA (a-c) 13. RAMPA 14. JAMIN•WA 15. (a-d) 11. KANAMARI ou 16. TAMAN•WA 17.
KAXIN•WA (a-c) MAR!BO POYAN•WA KATUKNA (a-b) MAYA (a-b) JUMA
III. 1. 2. 3. 4. 5.
Area Cultural Ind•gena GUAPOR PAKAAS - NOVAS URUPA KARIPNA ARARA KARITIANA
6. 7. 8. 9. 10.
11. PURUBORA TUPARI 12. ARIKAP ou MAXUPI 13. NAMBIKURA Subgrupos NAMBIKUARA:14. 15. a) Mamind b) Manairisu c) Galera d) Sarar ou Kabixi
SABONES PARESI IRANTXE BEI!O DE PAU CINTA LARGA
V. •rea Cultural Indgena ALTO-XINGU 1. TXUKAHAMI 2. JURNA 3. KAYABI 4. SUYA 5. MATIPUHY e NAHUKU• 6. KALAPALO 7. KAMAYUR• 8. WAUR• 9. YAWALAPITI 10. MEHINAKU 11. KUIKRO 12. AWET1 13. TXIKO 14. BAKAIRl 15. AGAVOTOKUNG 16; TRUMAI VI. •rea Cultural Indgena TOCANTINS-XINGU . KRAH! . APINAY . RAMKOKAMEKRA CANEL . GAVI"O . KREM-Y KRIKAT1 XERNTE XAVANTE (a-e) GOROTIRE KUBN-KRAN-KEGN . UBN-KRAGNOT1RE MENTUKTlRE c TXUKAHAMI (a-b) DI#RE XIKRIN KREEN-AKAR!RE ARARA ASURINI PARAKAN"N MUDJET1RE TAPIRAP KARAJ• BOR$RO VII. •rea Cultural Indgena PINDAR-GURUPI 1. AMANAY 2. TURIW•RA 3. TEMB 4. URUBUS-KAAPOR 5. GUAJAJARA (a-c) 6. GUAJA
VIII. •rea Cultural PARAGUAI
Indgena
1/11. TERENA 11/12. KAD1WU 13. GUATO
IX. •rea Cultural Indgena PA RAN• 1/9. KAIW•-GUARAN% 1, 4/7. NANDVA-GUARANI 6, 8, 9, 11/12 MBUA-GUARAN%
X. •rea Cultural Indgena TIETE-URUGUAI 1/17. KAING•NG 3, 18. XOKLNG
•NDICE DE TRIBOS
Agavotokung (Mapa V 15), 232, 264 Aipats, 233, 236 Aiwateri (Mapa: Ic 13), 247, 233 Akuwa, v. Asurini Akun, 84 Akwn, v. Xavante Amahuka, 233, 236 Amanay (Mapa: Vil 1), 232, 236, 308 Amniap, 232, 236 Apala (Mapa: IV 10), 233, 236 Apaniekra, 233
462
Apiak, 232, 236 Apinay (Mapa: IV 2), 10, 64, 233, 236 Apopocuva, v. Guaran Apurin (Mapa: II 1) Araras (Mapa: VI 16, III 4), 233, 236 Arawne, 232, 236 Ar (Xeta), 232, 236 Arikapu (Mapa: III 8), v. Maxup, 233, 262, 277 Ariken, 122, 232, 236 Arkina (Mapa: Ib 8), v. Warikyana Aripakts (Mapa: IV 15)
Txik•o (Mapa: V 13), 233, 236
Txapakra, 252
Txukahami (v. Kayap e Mentuktre) (Mapa.: V 1), (VI 12) Uaimiri, 184 Uamu (v. Aticum) (Mapa: XI 4), 233, 253 Um•, 56 Umotina, 129, 150, 185, 209, 233, 240, 252, 315 Urubus (Kaapor, UrubusKaapor) (Mapa: VII 4), 9, 144, 150, 175-184, 208209, 232, 236, 240, 255, 265-266, 273-274, 277278, 286-287, 289-290, 294-297, 304-305, 307309, 311-312, 321-322, 326-327, 329-330, 332, 339-340, 343-347, 352353, 357, 364, 382-386, 416, 422 Urumi, 232, 236 Urup! (Mapa: III 2), 233, 236 Waik! (Mapa: Ic 11), 3031, 233, 236 Waikino, 233, 236 Waimiri, 233, 236, 247 Wainuma, 232, 236 Waiwai, 233, 236 Wakon!, 56, 233, 253 Wan"na (Mapa: Id 22),
233, 236 Wapitx"na (Mapa: Id 18), 232,’236 Warekena, 232, 236 Warikyana (Arikina) (Ma pa: Ib 8) Waur! (Mapa: V 8) , 232, 236, 240, 279, 323, 342 Wayana, 233, 236 Wayor, 233, 236, 252 Wirafd (Map„: III 6), 232, 236 Witoto, 233, 236
Xamakoko, 306 Xambio!, 76 Xavantes (v. Akwn), 64-66, 68, 77, 84, 150, 175-176, 184, 202, 205, 209, 233, 236, 240, 248, 282-283, 328, 334 Xerente (Mapa: VI 7, 8), 66-67, 133, 199, 233, 236 Xet! (Mapa: IX 5) Xikrin (Mapa: VI 4 ), 150, 233, 236, 240, 247, 322 Xinguanos, 290 Xipaia, 232, 236 Xipin!wa, 233 Xiriana (Mapa: Ic 10), 31, 232, 236, 247, 261-262 Xokleng (Mapa: X 3, 18), 9, 106, 110, 128, 130, 150, 162, 184-185, 202, 233, 236, 240, 273, 278, 281, 284-287, 290, 294469
296, 307, 313-316, 318, 321, 329, 367-368, 370, 398-399, 401-402, 404406, 413-414 Xok, 56, 233, 253 Xukur (Mapa: XI 2), 54, 56, 233, 253, 406-407 Xiikuru-Kariri (Mapa: XI 9)
470
Yabaana, 232, 236 Yamamadi, 44, 232, 236 Yaminawa, 233, 236 Yawalapit (Mapa: V 9), 140, 232, 236 Yuberi, 232, 236 Yuma, 233, 236 Yuri, 233, 236
AZARA, F•lix de, 381 AZEVEDO, Tales de, 274
INDICE DE NOMES
ABERLE, D. F., 420 ABREU, Capistrano de, 424 ABREU, S. Fr•es, 64, 134, 362 AIPOBUREU, Tiago Marques, 397, 402 ALBIZETT1, Cesar, 306 D’ALBUQUERQUE, Severino Godofredo, 150 ALENCAR, Jos de, 128, 417 ALMEIDA SERRA, Ricardo Franco de, 305-306 A s A m r i c a s e a C i v i l i z a o , 13 (livro) ANDRADA E SILVA, Jos Bonifcio, 135 A n h e m b i (revista), 384 Apoena (indio Xavante), 328 ARAJO, Miguel, 150 ARAJO, Benedito Jesus de, 150, 182 471
BALDUS, Herbert, 85, 294, 304-306, 309, 324-325, 397 BANDEIRA, Alpio, 53-54, 134, 143, 154-155 BANDEIRA, Artur, 182, 203 BARBOSA, Gen•sio Pimentel, 150, 175-176, 184 BARRETO, Castro, 296 BARROS, Tito de, 154 BIOCCA, Ettore, 273 BOGGIANI, Guido, 83 BORAH, Woodrow, 255, 286 BOUDIN, Max H, 408 BRIGHIA, Humberto, 184 Cabanagem, 42 CAETANO, Raimundo, 180 CANDIDO DE OLIVEIRA, Haroldo, 275-276 CARNEIRO, Gertrude, 295, 299 CARNEIRO, Gen. Gomes, 112 CARNEIRO, Roberto, 295, 299 CARVALHO, Joo, 10 CARVALHO, Ronald de, 190 CASPAR, Franz, 246, 278 CASTELNAN, Francis, 287 CASTRO FARIA, Luiz de, 330 CASTRO, Josu• de, 28 CAVALCANTI, Ccero, 150, 292 COLBACAINI, Antnio, 306 Comisso Rondon, 113-122, 135, 154-155, 245-246 Comisso de Linhas telegrficas, 151 COMTE, Augusto, 135 Companhia de Jesus, 89, 132, 209 Confederao dos Tamoios, 224 Confer!ncia Internacional do Trabalho, 141 Congresso de Geografia, 129 CROCKET, W, 365
472
DIAS, Gon•alves, 128, 417 Diviso de Estudos Sociais, 8 DOBBYNS, H. F., 286 DOBT, Gustavo, 308 DOLE, Gertrude E. — ver CARNEIRO, Gertrude E. DUARTE, Antnio Jos, 77 DUARTE, Eustachio, 273 EHRENREICH, Paul, 76, 285 ESPERANA, Fioravante, 150, 160-161 ESTIGARRIBIA, Antnio Martins, 143, 150 Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, 102, 104, 106, 156, 158-159, 186 Estrada de Ferro Tocantins, 188 Fatos e Fotos (revista), 189 FERNANDES, Florestan, 225, 395 FLORES, Hugo Mariano, 300 FONTES, Telsforo Martins, 10, 151, 163-164 FONSECA FILHO, Olympio da, 273 FREITAS FILHO, Amaury Sadock de, 282-283 Funda•o Brasil Central, 279 Funda•o Nacional do ndio (FUNAI), 6 (ver tambm Servi•o de Prote•o ao ndio) GALV!O, Eduardo, 10-11, 287, 323-324, 331, 342, GALLAIS, Est"vo, 63, 66, GANGES, Frei Antnio de, GASPAR, Franz, 286 GENSCH, Maria, 397-401 GENSCH, Hugo, 108, 110, GIACONE, Antnio, 275 GOMES, Frei Gil, 188 GONDIM, Joaquim, 166 Guerra dos B#rbaros, 225
30, 32-33, 35, 47, 256, 282, 388-389, 427-428 68-71, 73, 76, 286 66 397-401
473
H a n d b o o k o f S o u th A m e r ic a n J n d ia n s
(livro), 10, 41 HARRIS, Marvin, 8 HENRY, Jules, 107, 368 HOERHEN, Eduardo de Lima e Silva, 10, 150, 162-163, 315, 318, 398-402, 413 HOHENTHAL, W. D., 54, 407-408 HOLANDA, Srgio Buarque, 81 HOPPER, Janice H., 230 HORTA BARBOSA, Hildebrando, 268 HORTA BARBOSA, Luiz Bueno, 140, 152, 156-157, 192, 255, 267, 270, 273, 276, 294-296, 310 HORTA BARBOSA, Nicolau Bueno, 154-155 IHERING, Hermann von, 129-131 Inspetoria do Amazonas, 38, 46 JACOBINA, Maria Luiza, 10 KORIKR!, Maria (ver GENSCH,. Maria) LANTERNAR1, Vittorio, 390 LARAIA, Roque de Barros, 188, 376-377 LAS CASAS, Roberto Dcio, 375 L$VI-STRAUSS, Claude, 285, 342 Liga das Na•%es, 145 LIMA, Ara&jo, 27 LIPKIND, William, 76 LISBOA, Miguel Arrojado, 308 LOPES DE SOUZA, Boanerges, 143 MAGALH!ES, Amilcar A. Botelho de, 10 MAGALH!ES, Gen. Couto de, 75, 136 MALCHER, Jos Maria da Gama, 10, 79, 144, 147 MARCHANT, Alexandre, 286 MARQUES, J&lio, 45-46 MASSA, Pedro, 34 MATOS, Cunha, 64, 67 474
MATTA, Roberto da, 188, 297-298, 301 MAYER, H., 280, 282 MEIRELES, Francisco, 150, 175 MELATTI, J•lio Csar, 366 MENDES, Cndido,' 157 M i n o r i t i e s i n t h e n e w w o r l d (livro), 8 Misso Salesiana, 33-34, 294 Misses Jesuticas, 346 MOREIRA NETO, Carlos de Ara•jo, 10, 131, 148, 187188, 279, 384 MOTA, Joo Leo da, 279, 283, 297-298, 301 MOTA, Seroa da, 279 MURPHY, Robert, 40, 285, 358 MURPHY, Yolanda, 285 Museu Nacional, 188, 269 New Tribes Mission, 389 NIMUENDAJU UNKEL, Curt, 10, 30, 34-36, 38-40, 64, 86-87, 90, 150, 164-166, 185, 291, 321, 331, 354, 357, 361, 365, 386-387, 390 NUTEL, Noel, 10, 276 OBERQ, Kalervo, 382 Observa!es sobre a Bibliografia, 10-11 OLIVEIRA, Haroldo Cndido de, 275 OLIVEIRA, Roberto Cardoso de, 10-11, 13, 357-358, 405, 409, 417-418, 426 OTONI, Te"filo, 98 PALAZOLLO, Jacinto de, 96 Paulo III, 362 PEREIRA DE QUEIR#S, Maria Isaura, 391 PIMENTEL BARBOSA, Gensio, 150, 175-176, 184 PINTO, Est$vo, 55 PINTO, Roquete, 330 Posto Capito Vasconcelos, 279
Posto Indgena Duque de Caxias, 367 Posto Indgena Felipe Camaro, 177, 180
Posto Indgena Gon!alves Dias, 178, 352, 384 Posto Indgena General Rondon, 180 Posto Pedro Dantas, 181 Povoa!o Indgena So Louren!o, 292 Posto C"rrego Grande, 292 Posto Indgena de Tabatinga, 390 Posto Indgena General Dantas Carneiro, 392 Posto Indgena Taunay, 409 PRADO, Francisco Rodrigues do, 305 PRETO, Luis, 255 PRIMERIO, Fre Fidlis M., 133 O Processo C i v i l i z a t " r i o (livro), 13 PTB, 147 QUEIROZ, Maurcio Vinhas de, 390 QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de, 391 RABELO, Manoel, 143, 150, 156-157 RANKE, Karl E., 280-282, 298-299 RAMOS MESQUITA, Soeira, 180, 182 RIBEIRO, Berta G., 385 RIBEIRO, Darcy, 85, 145, 223, 286, 332-333, 380-381, 384 RIBEIRO, Francisco de Paula, 59-62 RIVERS, P. H., 385 RONDON, Cndido Mariano da Silva, 6, 10, 79, 84-85, 113-123, 130, 136, 140, 142-145, 149, 151, 156, 164, 175, 191-192, 213, 395 SAMPAIO, %rico, 311 SAMPAIO, Theodoro, 132 SCHADEN, Egor, 11-12, 386-387, 411 SCHULTZ, Haraald, 47 SCHULTZ, Wilma, 47 Servi!o de Prote!o aos ndios, 5-6, 9-10, 39, 44-45, 68,
Posto Fraternidade Indgena, 252 475
476
76, 97, 109, 123, 127, 129, 133, 137, 140, 142-151, 154, 156-157, 159-162, 164, 166, 175, 177, 179-180, 184, 186-189, 191-193, 195-196, 200-202, 204, 206, 209-213, 237, 240, 247-248, 255-256, 264, 267-268, 270-271, 274-276, 279, 281, 283-284, 286-287, 292294, 297, 299, 302, 304, 313, 315, 321-322, 330, 344345, 349-350, 352-354, 358-359, 363, 366, 368-369, 384-385, 389, 395, 402, 408, 410, 415, 417-418, 426-427 SIM•ES, Mrio F., 282, 323-324 S m i t h s o n i a n I n s t i t u t i o n , 10 SOUZA, Maciel de, 306 STAUFNER, Davi, 132 STEINEN, Karl von den, 77-78, 280-282, 306, 323 STEWARD, Julin H., 10, 41, 251, 255 TAUNAY, Affonso de E., 81 TAVARES, L, 348 THOMPSON, Paul, 286 TOCANTINS, Manoel Gonalves, 40, 285 U1R (ndio Kaapor), 383-384 UNESCO, 8 URWALDSBOTE (jornal), 162 VARGAS, Getlio, 147 VAUH1M (Chefe KA1NGNG), 267-268 VIANA, Urbino, 68 VICENTE, Ant!nio, 45-46 VILANOVA, Frei Gil, 63, 69-71, 286 VILAS BOAS, Cludio, 10, 150, 279 VILAS BOAS, Leonardo, 10, 150 VILAS BOAS, Oriando, 10, 150 WAGLEY, Charles, 8, 247, 306, 309, 427 477
478