Direto ao
ponto estrAtégiA
a melh melhor or al alte terna rnati tiv va na
negociAçAo GUhAN SUBRAMANIAN ABORDA O cONcEITO E A AMPLA APLIcAçãO DA “BATNA” “BATNA” EM NEGOcIAçõES NEGOcIAçõES Se a negoiao entra em um impasse, qual é sua melor alternativa? A maioria dos negoiadores onee a importânia de avaliar sua BATNA (sigla em inglês de “melor alternativa para um aordo negoiado”), oneito que Roger Fiser, William Ury e Brue Patton estabeleeram em 1991. Saber que ontamos om uma boa alternativa nos ajuda a reusar um aordo no onveniente. As quatro estratégias a seguir, baseadas no oneito de BATNA, podem proporionar vantagem ruial em qualquer negoiao. 1. BAtnA em termos termo s compArAtivos Exemplo lássio: voê peina por um tapete em um bazar, sabendo que em um lugar próximo é possível omprar um idêntio por US$ 100 –ento, US$ 100 será seu limite na negoiao atual. Mas esse tipo de BATN BATNA A no ostuma aonteer na realidade. Sua melor alternativa ao aordo quase nuna é “outro tapete mais barato”. Portanto, ao negoiar, assegure-se de no estar mudando um bom aordo por uma BATNA duvidosa. Outro exemplo: antes de renovar o seguro de sua asa, Larry perorre o merado e ompara preos. Sua seguradora atual –vamos amá-la de Ame– vina aumentando o usto entre 7% e 10% ada ano. Outra ompania ofereia uma apólie 30% mais barata. Porém, após pesquisar (e reeber orientao, tendeniosa, da Ame), desobriu algumas definies oultas no jargo legal das duas apólies. Depois de um proesso de traduo para poder omparar os preos, 14
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ompreendeu que a Ame estava ofereendo um aordo melor. 2. BAtnA proBABilísticA Muitas vezes os negoiadores perebem que sua BATNA é pouo segura e terminam foando a pior opo (WATNA, em inglês). No paree uma estratégia sábia. Imagine que voê é gerente de ompra e está renegoiando um ontrato om um forneedor. O pior enário seria que voê no enontrasse um forneedor alternativo e fiasse preso ao aordo om o forneedor original. Se negoiar sobre essa base, egará a um mau aordo. Em vez disso, trate de alular sua BATNA probabilístia: toda a gama de possibilidades, no aso de um fraasso na negoiao, e a probabilidade assoiada a ada possibilidade. A análise da árvore de deiso (veja quadro na página ao lado) traz três benefíios: 1º: ea q a a BAtnA fa a –por
Saiba maiS Sobre
suBrAmAniAn
Guan Subramanian é onsiderado uma personalidade da harvard University omo um todo. Professor titular de direito empresarial da fauldade de direito da instituio de Massausetts, também é professor de legislao omerial da harvard Business Sool. Além disso, preside o programa de negoiao da universidade e é editor aadêmio da revista Negotiation . Ele estará em So Paulo no dia 23 de agosto, partiipando do Fórum hSM Negoiao 3.0.
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n i l r a C t r e b o R : o t o F
, escreve seu segundo livro, nova a primeira a se dirigir ao públic mais e melhor – só para homens colunistAvendidos). convidAdo xxx exemplares é eleit suBrAmAniAn de 2006” peloguHAn governo do estado de exemplo, loalizar um forneedor alternativo antes de onversar om o atual. 2º: Aja a aaa qa a âa a . Voê prefere fiar na segurana do aordo oneido ou busar algo novo? comee por uma avaliao “neutra ao riso” (sem averso nem preferênia) de sua BATNA e no pera de vista o fato de que uma alternativa no é uma oisa segura. Por exemplo, em uma negoiao imobiliária, um assessor perguntou para o omprador o que aava de fear o aordo imediatamente por US$ 240 miles ou aproveitar 90% de probabilidade de, em seis meses, onseguir o ontrato por US$ 200 miles. O responsável pela deiso no gostava do riso inerente a sua BATNA probabilístia e optou pelo pagamento de US$ 240 miles. 3º: Faa h h “ha aa f aa aa á”. Em ada ramo da árvore, pergunte-se: “O que aontee agora?”. Embora no possa determinar probabilidades em toda a árvore, voê entenderá melor os movimentos possíveis e suas respostas.
A pílulA de veneno
3. BAtnA AlHeiA Muitos negoiadores esqueem de examinar a BATNA da outra parte om o mesmo uidado que despendem analisando sua BATNA. Um fazendeiro possuía, ao lado do rio Mississippi, EUA, terras muito atraentes para o desenvolvimento de otéis, restaurantes e outros negóios. Quando a legislao do estado autorizou os assinos flutuantes, um empreendedor se ofereeu para omprar esses terrenos. Antes da reunio para negoiar um preo, o fazendeiro ontratou um espeialista em agriultura para estimar o valor da terra. Após fazer a análise do solo e estimar os fluxos de efetivo, o espeialista onluiu que a terra valia uns US$ 3 miles. No omeo da negoiao, o fazendeiro deixou o empreendedor falar e este omeou ofereendo US$ 7 miles. Dissimulando sua emoo, o fazendeiro fez uma ontraproposta de US$ 9,5 miles. Finalmente egaram a um aordo por US$ 8,5 miles. À primeira vista, o fazendeiro levou a melor, pois obteve US$ 8,5 miles
O board onorda
Vejamos omo a árvore de deiso pode ajudar o ofertante em um aso de ompra de empresa. Se o objeto da aquisio –ostil– é defendido om a administrao de uma “pílula de veneno” (jargo que signifia tornar as aes, na bolsa, menos atrativas para o omprador indesejado), a disposio agressiva do ofertante tende a diminuir depois de algum tempo. Tanto que é omum no merado me rado enarar a pílula de veneno omo o mo suesso erteiro ante uma oferta ostil. O que pouos sabem é que, em geral, o onselo de administrao de uma empresa ostuma ter dez dias úteis para deidir sua apliao e nesse período ele ainda enfrenta, muito provavelmente, a presso dos aionistas a favor da venda. Nesse ontexto, o que o ofertante deve fazer? • continuar a negoiao normalmente om o board? • Reorrer à BATNA de provoar, ele mesmo, o emprego da pílula p ílula de veneno? Na árvore de deiso a seguir, os írulos so nós de probabilidade probabilidad e (fatos que fogem de seu ontrole direto) e o quadrado, um nó de deiso (que se deve tomar). Deduz-se que provoar o emprego da pílula de veneno no neessariamente onduz à diminuio de interesse e que seria mais proveitoso proveitoso se o board disutir a eliminao da pílula. resultAdo
Árvore de decisão Provoar a pílula de veneno
O board elimina a pílula
Aordo onforme preo iniial O ofertante sofre diluio e ontinua om a aquisio onforme preo iniial
O board mantém a pílula
Negoiar om o board
Aordo om preo da oferta final A Justia manda o board retirar a pílula
O board reusa
A Justia permite a pílula
quando só esperava US$ 3 miles. Mas o que aontee se onsideramos a perspetiva do empreendedor? Provavelmente, um espeialista no setor de jogos o informou sobre quo lurativos os assinos podem ser e estimou o benefíio da ótima loalizao para o empreendedor empreendedor.. 4. BAtnA em todos os níveis As negoiaes omeriais ostumam ter dois stakeolders, ou partes interessadas, do outro lado da mesa: o indivíduo em si e a organizao que ele representa. Tal quadro supe duas BATNAs. Em um aso real, um omplexo turístio queria ontar om determinado equipamento. O fabriante dos aessórios enviou Frank, funionário experiente reém-ontratado pelo cEO, para negoiar esse ontrato. O aordo resultou muito bom para Hsmmaa
Aordo om preo da oferta final O ofertante se retira
ambas as partes. Tempos depois, o fabriante realizou no omplexo um enontro anual de gerentes, para mostrar a eles as instalaes e elebrar o aordo. As duas organizaes ompartilaram um painel onde se analisou a dinâmia da negoiao. O moderador pediu a Frank que revelasse sua BATNA e ele disse, primeiro, que era onseguir outro ontrato importante. Depois reoneeu: “Mina BATNA pessoal era arrumar outro trabalo”. Negoiaes signifiativas se do entre organizaes e entre indivíduos. No se esquea de desobrir o que estes querem. Hsm maa © Negotiation Reproduzido om autorizao. Todos os direitos reservados.
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