O Trauma Oclusal, na AUSÊNCIA de inflamação , adapta-se às demandas oclusais, levando a reabsorção do osso alveolar, alargamento do espaço do ligamento periodontal, Mobilidade. Mas: NÃO PROVOCA DOENÇA PERIODONTAL O Trauma Oclusal, na PRESENÇA da inflamação (Doença Periodontal), leva a uma progressão rápida e exacerbada da destruição óssea alveolar, atuando como uma fator destrutivo dos tecidos, assim: PROVOCA UMA MAIOR TAXA DE DOENÇA PERIODONTAL Sinais Clínicos • Mobilidade dentária aumentada ou progressiva; • Migração dentária; • Desconforto permanente; • Dor à percussão ou oclusão; PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL
Para a realização de qualquer tratamento periodontal deve-se focar na remoção da causa da doença. Alem disso, outros objetivos devem ser buscados: - Eliminação dos fatores etiológicos locais e sistêmicos. - Fechamento biológico das bolsas periodontais - Redução da mobilidade dentária. - Retorno dos aspectos de saúde gengival. - Cessar a perda de inserção conjuntiva. - Cessar a perda óssea. - Regeneração periodontal - Oclusão estável não traumatizante Dessa forma, deve haver uma sequência correta das fases pela qual o paciente deve ser tratado. Essas fases se iniciam pelo atendimento à Emergências. Após essa fase o paciente é introduzido em uma sequência de 4 fases, como segue: FASES DO PLANO DE TRATAMENTO
1. 2. 3. 4. 5.
EMERGÊNCIAS FASE I TERAPIA INICIAL + TERAPIA BÁSICA FASE II TERAPIA CIRÚRGICA FASE III TERAPIA RECONSTRUTIVA (REABILITAÇÃO) FASE IV - TERAPIA DE SUPORTE / MANUTENÇÃO
Para a avaliação dos resultados, de cada fase individualmente, deve-se realizar uma REAVALIAÇÃO. Essa reavaliação deve ser realizada após um período mínimo de cicatrização (3 semanas) e, dependendo do resultado, o paciente é encaminhado para a próxima fase. O tratamento não necessariamente passa por todas as fases ou segue uma ordem única. Deve ser individualizado para cada caso, dependendo da resposta às primeiras fases e do tipo de doença apresentada.
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Assim, cria-se um esquema demonstrando a dinâmica do Plano de Tratamento Periodontal:
Após o atendimento das emergências, todos os pacientes iniciam o tratamento pela Fase I, que inclui a Terapia Inicial e Terapia Básica. FASE I - TERAPIA INICIAL OBJETIVO Iniciar e dar condição para que inflamação tecidual.
o
paciente controle adequadamente a placa supragengival e reduza a
Passos Básicos 1. Instruções de higiene oral 2. Remoção do cálculo e placa supra 3. Remoção de áreas de retenção de placa 4. Remoção de dentes condenados 5. Modificação de hábitos iatrogênicos
Assim a Terapia Inicial se inicia pelo controle do biofilme supragengival (mecânico e químico), adjunto a remoção de fatores retentores de placa e exodontia de dentes condenados. CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME SUPRAGENGIVAL O controle mecânico do biofilme envolve a escovação dental e técnica de limpeza interdental. Parte importante dessa fase é a orientação e motivação do paciente, que é responsabilidade do profissional. Para que o controle mecânico do biofilme supragengival seja efetivo é baseado em 03 fatores:
- desenho da escova dental; - habilidade do indivíduo em usá-la; - freqüência e duração da escovação; Deve-se fazer a reavaliação do Índice de Placa após a orientação para observar-se a redução e adequação às orientações. CONTROLE NAS FACES LIVRES
Para o controle mecânico nas faces livres, utilizamos escovas dentais. Esse método é eficaz e seguramente importante no controle e prevenção da doença periodontal. A escova pode ser dividida em: 1. Cabeça: Retangular, pequena, apropriado para dimensões da boca do paci ente. 2. Cabo: Preferencialmente reto e anatômico para facilitar empunhadura, apropriado para a idade e destreza do usuário.
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3. Cerdas: Devem ser de mesma altura, macia ou extra macia, 3 ou 4 fileiras, poliéster ou nylon, com ponta arredondada e diâmetro entre 0,007 a 0,009 polegadas. Conforme a condição e tipo de paciente, deve-se orientar um tipo de técnica de escovação diferente. Assim, várias técnicas foram criadas, sendo efetivas quando realizadas corretamente pelo indivíduo. IMPORTANTE: O tipo das técnicas de escovação são definidas conforme o movimento final da escova. Assim tem-se: 1. 2. 3. 4. 5.
Técnicas ROLANTE: Rolling Stroke, Stillman Modificado, Bass Modificado Técnicas VIBRATÓRIAS: Stillman, Charters, Bass Técnica CIRCULAR: Fones Técnica VERTICAL: Leonard Técnica HORIZONTAL: Esfregação
TÉCNICA DE BASS Indicação: Remoção de Biofilme na área próxima à margem gengival. Pacientes portadores de gengivites e periodontites Técnica: 1. A cabeça da escova é colocada à 45o em relação à superfície dental, com as cerdas penetrando no sulco gengival (até 0,5 mm). 2. São realizados movimentos vibratórios de vai-vem horizontal 3. Movimento força o final das cerdas para dentro do sulco gengival e parcialmente nas áreas interproximais; 4. Pressão exercida pela escova: leve isquemia no tecido gengival; 5. Escovar de 3 em 3 dentes; 6. Nas faces oclusais: movimentos curtos de vai-e-vem pressionando as cerdas nas fissuras dessa superfície Vantagens: 1. Movimento de fácil controle; 2. Concentra a ação de limpeza nas porções cervical e interproximal do dente, onde há maior acúmulo de biofilme; TÉCNICA DE BASS MODIFICADA Técnica semelhante à original, com mesmo posicionamento da escova. Contudo, após a escovação a cada grupo de dentes é realizado um movimento de rolagem da escova em direção oclusal. Esta técnica é uma combinação das técnicas de Bass e Stillman modificada. TÉCNICA DE STILLMAN Indicação: Pacientes com retração múltipla. Técnica: 1. A cabeça da escova é colocada à 45o em relação ao longo eixo do dente; 2. As cerdas não penetram no sulco gengival - extremidades das cerdas repousando uma parte na cervical do dente e outra na gengiva; 3. Cerdas apontando em direção apical (ângulo oblíquo com o longo eixo do dente); 4. Pressão LEVE contra a margem gengival para produzir uma isquemia perceptível; 5. Escovar de 3 em 3 dentes; 6. Nas faces oclusais: movimentos curtos de vai-e-vem pressionando as cerdas nas fissuras dessa superfície Vantagens: 1. Técnica recomendada para áreas com recessão gengival progressiva; 2. Áreas com exposições radiculares para prevenir destruição tecidual abrasiva TÉCNICA DE STILLMAN MODIFICADA
Técnica semelhante à original, com mesmo posicionamento da escova. Contudo, após a escovação a cada grupo de dentes é realizado um movimento de rolagem da escova em direção oclusal.
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TÉCNICA DE CHARTERS Indicação: C asos de recessão gengival, ou ainda indicado após cirurgias periodontais e áreas com perda de papila interproximal. Técnica: 1. Posicionar a escova com as cerdas apontadas para a coroa, em um ângulo de 45°em relação ao longo eixo do dente; 2. Direção das cerdas voltadas para a superfície oclusal; 3. Laterais das cerdas pressionadas contra a gengiva com movimento vibratório; 4. Na face oclusal as pontas das cerdas devem ser posicionadas nos sulcos e fissuras (movimentos de vai-e-vem). TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO CIRCULAR - FONES Indicação: Crianças ou perda de coordenação motora Técnica: 1. Com dentes cerrados, escova é posicionada à 90o em relação à coroa; 2. Movimentos circulares; TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO HORIZONTAL – ESFREGAÇÃO ou FRICÇÃO Indicação: Pacientes com pouca coordenação motora; Técnica: 1. Com dentes cerrados, escova é posicionada à 90o em relação à coroa; 2. Movimentos horizontais; TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO VERTICAL –LEONARD Indicação: Pacientes com pouca coordenação motora; Técnica: 1. Com dentes cerrados, escova é posicionada à 90o em relação à coroa; 2. Movimentos verticais; ESCOVAS UNI OU BITUFO Utilizada em: áreas de difícil acesso: dentes isolados, distal 3os molares, apinhamento • fóssulas, concavidades, dentes rizectomizados, dentes mal posicionados; defeitos de furcas; • distal dos molars; • Técnica: Posicionada a 45o em relação ao dente com movimentos rotatórios.
dental, faces linguais anteriores,
CONTROLE DAS FACES PROXIMAIS As áreas proximais são as regiões onde há o maior acúmulo de biofilme e consequentemente a maior ocorrência de doença periodontal. Por isso, a higiene dessa região é de extrema importância, podendo ser utilizado: Fios ou Fitas Dentais: Podem ser extra fino, fino ou fita. Dependem do tamanho do espaço interproximal. Escovas Interproximais: Também dependem do tamanho do espaço interproximal. Existem vários tamanhos e formas. São indicadas para: 1. espaços interdentais amplos; 2. superfícies côncavas e sulcos radiculares; 3. defeitos de furcas; 4. transporte de antimicrobianos Consequência de Técnicas Inadequadas:
Caso o paciente utilize uma técnica inadequada mal orientada, podem ocorrer: 1. 2. 3. 4.
Laceração tecidual; Abrasão dental; Sensibilidade; E PRINCIPALMENTE Recessão Gengival.
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LESÕES NÃO CARIOSAS Dentre as conseqüências de técnicas inadequadas, a abrasão é um tipo de lesão não cariosa que pode ocorrer. Entretanto existem outros tipos de lesões que merecem destaque. Definição: Perda de tecido mineral por origem não cariosa. Existem 4 tipos mais importantes: 1. Atrição: definida como a perda de substância dental através do contato dente-dente, podendo ser influenciada por alimentos duros. 2. Erosão: perda de substância dental, usualmente ocasionada por ação de agentes químicos (extrínsecos, intrínsecos ou idiopáticos), ácidos ou quelantes,não proveniente de bactérias . 3. Abrasão: perda de substância dental através de processo mecânico anormal, geralmente decorrente de escovação dental praticada de forma inadequada. 4. Abfração: perda patológica de substância dentária causada pela sobrecarga de forças biomecânicas e por conseguinte perda de estrutura dentária na região cervical dos dentes. AGENTES QUÍMICOS PARA O CONTROLE DO BIOFILME SUPRAGENGIVAL
Embora existam diferentes técnicas de escovação mecânica, certos pacientes necessitam de um controle químico adjunto para um controle efetivo do biofilme. INDICAÇÃO: - Pacientes com ausência de coordenação motora, - Doenças periodontais agudas, - Período após cirurgias da cavidade bucal, - Pacientes com alto risco de cárie, - Pacientes com uso de aparelhos ortodônticos. OBJETIVO: Os agentes químicos buscam reduzir quantitativamente o biofilme e também alterar qualitativamente os tipos microbianos. Esse objetivo se da através de vários processos, sendo divididos em agentes antiadesivos (reduzem adesão do biofilme), antimicrobiana (destroem microrganismos), removedora de placa e antipatogênica (reduzem patogenicidade dos microrganismos). PROPRIEDADES AGENTES QUÍMICOS: 1. Substantividade: capacidade de adsorção nas superfícies, com posterior liberação em níveis terapêuticos. 2. Biodisponibilidade: tempo de permanência da droga na boca. 3. Seletividade: eficácia da substância contra patógenos bucais. 4. Estabilidade: ser estável à temperatura ambiente. 5. Segurança: baixa toxicidade. 6. Sabor: aceitável. AGENTES 1. CLOREXIDINA Definição: Bis-biguanida catiônica; • Encontrada na forma de sais de: gluconato, digluconato, acetato e hidroclorido; • Amplo espectro de ação; • Bactericida e bacteriostático; • Substantividade elevada (8 → 12hs.); • Retenção: ligações eletrostáticas reversíveis; • Além da clorexidina, outras bisbiguanidas são alexidina e a octanidina • Ação Capacidade de permanecer aderida aos tecidos moles e duros da cavidade bucal. Sua natureza dicatiônica faz com que a molécula se prenda à película por um cátion, deixando o outro livre para interagir com bactérias. Esse outro cátion se liga fortemente às membranas das células bacterianas. Em baixa concentração aumenta a permeabilidade com perda de componentes intracelulares, já em alta concentração causa precipitação do citoplasma bacteriano e morte celular.
Possui efeito imediato e residual. Sua ação é 80% efeito bactericida imediato e sua ação residual – é bacteriostática. Após o bochecho, 67% da solução é expectorada, 30% retida (película adquirida, proteínas salivares, mucosa bucal, compete com íons cálcio) e 3% engolida.
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Forma de Uso Bochechos de Solução de Digluconato de clorexidina 0,12%. 15ml – 1min. – 2x/dia (12/12 hr) IMPORTANTE: Intervalo entre aplicação e escovação de 30 minutos, íons livres de monofluorfosfato de sódio, e lauril sulfato de sódio nos dentifrícios reduzem ação e retenção da clorexidina. Efeitos Colaterais Provoca manchamento nos dentes e restaurações, coloração da língua, descamação da mucosa, alteração do paladar, maior formação de cálculo, tumefação da parótida. 2. ÓLEOS ESSENCIAIS Definição: - Compostos oleosos com potencial bactericida e antiinflamatório. Compostos: Mentol, Eucaliptol, Hexasorcinol, metilsalicilato, entre outros. Ação • • • •
Rompe a parede celular bacteriana Inibe enzimas bacterianas Efeito antiinflamatório (< COX) Diminui a quimiotaxia de neutrófilos
Efeitos Colaterais: Sensação de queimação (álcool – 26,9%) • Gosto amargo • Possibilidade de manchamento dos dentes • Irritação aos tecidos • Vantagem: Reduz índice de placa em 20 a 34%, reduz gengivite 28 a 34% com uso 02 vezes ao dia após a escovação. Desvantagem: baixa substantividade. COMPOSTOS FENÓLICOS: TRICLOSAN Definição: Não iônico • Amplo espectro de ação (Gram+ ; Gram- ; fungos) • Baixa toxicidade • Retentividade aumentada em associação a outros elementos químico • Biodisponibilidade é veículo-dependente • EFETIVIDADE: Quando a ssociado a sais de Zinco ou copolímeros ou Gantrez® promovem redução de até 30% do acúmulo de biofilme dental e Redução d a gengivite variando de 20 a 75%. AGENTES OXIDANTES Compostos: Peróxido de hidrogênio e Peroxiborato de sódio; Ação Afetam componentes celulares (DNA e membrana lipídica) dos microrganismos anaeróbios, através da liberação • de oxigênio ativo e de radicais de hidroxila Efeito físico na remoção do biofilme • Efeitos Colaterais: Queimaduras; Irritação dos tecidos bucais; Uso desordenado - desequilíbrio da microbiota bucal COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIA: Composto monocatiônico • Efetivo contra Gram + • Aumenta permeabilidade celular - Bactericida • Baixa substantividade • Compostos: Cloreto de cetilpiridineo 0,05% em veículo alcoólico 18% e Cloreto de Benzalcônio 0,05% ou 0,1% Desvantagens: substantividade média, manchar superfícies dentais, sensação de queimação. Bochechos duas vezes ao dia, não são aceitos pela ADA, não reduziu placa e gengivite quando comparado a um placebo.
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FLUORETOS: INDICAÇÃO Prevenção de cárie e tratamento da hipersensibilidade dentinária.
O Fluoreto estanhoso pode ser utilizado por seu efeito antimicrobiano (anti-placa e anti-gengivite), porém, menor do que a clorexidina. Contudo, seus efeitos colaterais são: gosto amargo e pigmentação da superfície dental. HALITOSE ou MAU-HÁLITO Um dos focos do controle do biofilme é a redução da halitose.
Definição: Odor desagradável do ar exalado. Não necessariamente apresenta origem bucal. Para ser de origem oral necessita da indicação de Mau hálito BUCAL. Pode ser: Transitório = associado a períodos de jejum, em especial pela manhã, e influenciado por fatores como redução do fluxo salivar durante a noite. Permanente = não associado à períodos específicos e está presente durante todo o período do dia, podendo levar a problemas sociais e fobias. CAUSAS A maioria (quase 90% em alguns estudos) tem origem oral: gengivite, periodontite e língua saburrosa. Contudo há um papel do acúmulo do biofilme, contribuindo para a ocorrência do mau-hálito.
Algumas bactérias (em especial GRAM negativos anaeróbios) são capazes de produzir compostos como sulfeto de hidrogênio e metilmercaptana, que mostraram relação com o odor fétido. Esses compostos são Compostos Sulforados Voláteis (CSV) e são o principal método de detecção e quantificação do mau-hálito. Dessa foram, esses compostos são encontrados em grande quantidade na bolsa, sulco gengival e fluido crevicular gengival. NOTA IMPORTANTE: Para que o CSV possa ser “sentido”, precisa haver sua volatilização (por isso o nome compostos voláteis). Essa é a explicação para que haja uma relação da xerostomia com o mau-hálito. Esses CSV também auxiliam na progressão da doença, criando um ciclo de produção destes. Além da bolsa e sulco gengival, a língua é também responsável pela presença dos CSV e mau-hálito. No dorso da língua se acumulam células mortas e descamadas, restos de alimentos, bactérias, proteínas plasmáticas, entre outros produtos que serão quebrados (processo de putrefação) pela ação de bactérias comensais, produzindo e liberando CSV. Em pacientes com língua saburrosa, esse acúmulo é maior, justificando o maior mau-hálito. Além do enxofre, outros produtos envolvidos: cadaverina, escat ol e indol (os quais não contém enxofre). CAUSAS NÃO ORAIS: - Faringite, ozena, sinusite purulenta e gotejamento nasal são causas otorrinolaringocópicas . - Bronquite crônica, bronquiectasia e carcinoma brônquico sãocausas pulmonares . - Hérnia gástrica (especialmente com refluxo esofágico) - o estômago, segundo alguns autores, não está envolvido com a ocorrência de mau-hálito – e o divertículo de Zenker (bolsa estomacal onde se depositam alimentos), além da produção de gazes intestinais, não liberados, que pela corrente sanguínea podem chegar aos pulmões e serem liberados, são as causa gastrointestinais. - Medicamentos (metronidazol, p.e.) e condições sistêmicas também parecem estar relacionadas. DIAGNÓSTICO: ORGANOLÉPTICO: Medição realizada por profissi onal treinado, onde irá avaliar: - o odor da cavidade oral: o paciente abre a boca e o profissional aproxima o nariz para avaliação; - Mau-hálito: o paciente exala o ar pela boca. O cheiro inicial está relacionado às condições orais, enquanto o cheiro final está mais relacionado aos pulmões e brônquios. - Cheiro da Saburra: o profissional faz uma raspagem da saburra e a cheira e avalia, junto com o paciente, se é o odor parecido com o do mau-hálito. - Mau-hálito “nasal”: o profissional avalia de o ar exalado pelas narinas apresentam mau odor.
MEDIDOR DE COMPOSTOS SULFORADOS VOLÁTEIS: é avaliada a concentração de metilmercaptana e sulfeto de hidrogênio do ar exala para o aparelho por um canudo. Esse deve ser regularmente calibrado (principalmente para os valores de metilmercaptana). NOTA: Não se pode avaliar compostos não sulforados como cadaverina, aldol, uréia e putrescina. LIMITAÇÃO DO TESTE. CROMATOGRAFIA GASOSA: Somente em centros especializados para detecção e identificação de compostos químicos. Também é ideal para detectar outros compostos de causas não orais.
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TRATAMENTO
O tratamento é baseado na causa. Após a avaliação da etiologia, deve-se fazer o tratamento compatível. IMPORTANTE: o tratamento muitas vezes é multi-disciplinar, pois envolve áreas médicas e odontológicas. Pode-se também fazer o tratamento oral (dependendo da causa oral) e caso não cesse ou reduza, o indivíduo deve ser encaminhado. Essa abordagem somente em casos e m que a equipe multidisciplinar não está acessível. Tratamentos paliativos (p.e. enxaguatórios contendo zinco – que se associam ao enxofre e reduzem o mau cheiro) devem ser evitados e diferenciado do tratamento etiológico. Saburra lingual deve ser tratada com raspagem e escovação da língua, uso de colutórios o rais. Casos de xerostomias devem ser associados procedimentos para aumentar a umidade oral, a hidratação. Uso de gomas de mascar (estímulo à salivação – pelo estímulo de mecanoreceptores presentes em molares) pode ser utilizado mas tem curto efeito. FASE I - TERAPIA BÁSICA
A terapia Básica envolve a Raspagem e Alisamento radicular das bolsas periodontais presentes na cavidade oral. Embora essas técnicas sejam realizadas simultaneamente, elas apresentam algumas diferenças: RASPAGEM: Utilização de pressão firme para remoção de todos os depósitos de cálculo ALISAMENTO RADICULAR: Movimentos sobrepostos, leves a moderados: Remoção de cálculo residual, cemento necrótico e alterado da superfície radicular, proporcionando uma superfície lisa, dura e vítrea
A técnica de raspagem e alisamento pode ser realizada por diferentes instrumentos periodontais: curetas, limas, enxadas, aparelhos sônicos e ultra-sônicos, entre outros. INSTRUMENTOS PERIODONTAIS
Os instrumentos periodontais são compostos por cabo, haste e ponta ativa. A sua ponta ativa é composta por: face coronária, superfície lateral/face apical, dorso e ângulo de corte. Ângulo de corte União entre a face coronária e a superfície lateral. Quando o instrumento possui apenas 1 ângulo de corte é chamado de específico. Quando possui corte em ambos os lados, Universal. Instrumentos Universais somente podem ser utilizados supragengivalmente. Específicos podem ser utilizados sub ou supra gengival.
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INSTRUMENTOS PERIODONTAIS DE RASPAGEM FOICES CARACTERÍSTICAS Corte transversal: Triangular • Dorso: Agudo ou plano • Ângulos de Corte: Dois ângulos retos • Extremidade ativa: Pontiaguda • INDICAÇÕES Raspagem APENAS supragengival • Cálculos grosseiros • LIMITAÇÕES Não se adapta às concavidades radiculares • Não realiza aplainamento radicular •
LIMAS CARACTERÍSTICAS Possui vários ângulos de corte • Formato: Redondo, Oval ou Retangular • Variação nas hastes • INDICAÇÕES Pode ser utilizada em todas as faces/dentes (bolsas • estreitas/profundas) LIMITAÇÕES Tamanho da lâmina • Falta de adaptabilidade • Sensibilidade táctil diminuída • Não se adapta bem às superfícies proximais • CURETAS As curetas são os instrumentos mais precisos e versáteis para o aplainamento radicular, principalmente em bolsas de maior profundidade e bifurcações Podem ser Universais ou Específicas. Curetas Universais Utilização universal • Utilização de ambos os ângulos de corte (2 ângulos de corte) • Exemplos: 1. Curetas McCall 13/14: raspagem de dentes anteriores e pré-molares; 2. Curetas McCall 17/18: raspagem de dentes posteriores; 3. WS, Goldman Fox: raspagem interproximal de dentes posteriores; Curetas Específicas Instrumentos de raspagem mais delicados; • Permitem maior sensibilidade táctil; • Pequeno tamanho, dorso arredondado; • Ângulos de cortes curvos; • Extremidade final arredondada; • Movimento de tração; • Determinada para cada área de utilização; • 1 ângulo de corte ativo; •
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Exemplos: 1. Curetas Gracey Instrumentos específicos. Ponta ativa formar com a haste um ângulo de 60 a 70 graus, possui lâmina compensatória.
Indicação: 1-2 – Dentes anteriores 3-4 – Dentes anteriores 5-6 – Dentes anteriores e pré-molares 7-8 – Dentes posteriores (faces vestibular e lingual) 9-10 - Dentes posteriores (faces vestibular e lingual) 11-12 - Dentes posteriores (faces mesiais) 13-14 - Dentes posteriores (faces distais)
TÉCNICA DE RASPAGEM
A técnica de raspagem e alisamento radicular engloba a preensão do instrumento e o movime nto a ser realizado. Preensão do instrumento deve ser realizado em forma de caneta modificada e associado ao apoio. A preensão em forma de caneta modificada engloba segurar o instrumento com os dedos médio, (haste do instrumento), indicador (cabo do instrumento) e polegar (cabo do instrumento).
Os apoios podem ser realizados pelo 3o ou 4o dedo e podem ser: 1. Apoio Convencional: 3o ou 4o dedo apoiado na incisal ou oclusal dos dentes a serem instrumentados ou próximo a estes; 2. Apoio dedo a dedo: dedo apóia sobre o dedo indicador da mão utilizada para afastar os tecidos; 3. Apoio arcada oposta: apoio na arcada superior para raspar a arcada inferior ou vice-versa; 4. Apoio arcada cruzada: apoio na hemi-arcada esquerda para instrumentar a hemi-arcada direita no mesmo arco.
ATIVAÇÃO DO INSTRUMENTO Primeiro faz-se a introdução do instrumento na bolsa com ângulo de 0 o. Na base da bolsa, estabelece-se ângulo de 45 a 90 o, o chamado ângulo de trabalho (entre a face coronária da ponta ativa e a superfície dental). Faz-se um movimento de tração no sentido coronário associado a uma pressão lateral .
RESULTADOS DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA
Quando se completa a FASE I do tratamento, ou seja, a terapia inicial associada a raspagem e alisamento, espera-se que haja uma completa resolução da doença, com fechamento das bolsas e melhora clínic a. Entretanto deve-se considerar que há a ocorrência de recessão gengival como decorrência do tratamento e redução da inflamação tecidual. Sendo assim, quando a bolsa periodontal apresentar pouca profundidade, a recessão
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gengival pode ser maior que o benefício conseguido. Ao mesmo tempo bolsas mais profundas apresentam ganhos de inserção maior que a recessão após a terapia. Essa definição foi chamada deProfundidade de Sondagem Crítica. Quando vale a pena fazer a terapia periodontal? A instrumentação radicular em bolsas com profundidade menor que 3 mm perda de inserção maior que o ganho, não sendo indicada . Já a instrumentação radicular de bolsas com profundidade maior que 5 mm leva a ganhos de inserção. RESULTADOS MICROBIOLOGICOS Ocorre uma mudança na composição da microbiota: – Redução de espiroquetas e Gram negativos; – Aumento de cocos e bactérias não-móveis; FASE II - TERAPIA CIRÚRGICA OBJETIVOS 1. Corrigir deformidades resultantes das doenças. 2. Melhorar o sucesso em casos de baixa resposta na fase I. Técnicas indicadas - Acesso para raspagem e alisamento radicular; - Tratamento das lesões de furca; - Técnicas de aumento de coroa clínica; - Cirurgias pré – protéticas; - Cirurgias regenerativas; - Cirurgia mucogengival. CONCEITOS ACESSO PARA RASPAGEM: Deslocamento cirúrgico do tecido gengival com objetivo de acessar a superfície dental e tecido ósseo. É realizado a partir de incisões horizontais associadas ou não a incisões verticais/relaxantes ao redor do elemento dental ou sobre rebordo alveolar. As incisões horizontais podem ser: Incisão sulcular: conservadora, abrange a área do sulco gengival/ bolsa periodontal, até chegar à área de união dentogengival e tecido ósseo, realizada com lâmina de bisturi paralela a superfície dental. Incisão de bisel interno: remove tecido, sempre associada à incisão sulcular, realizada com lâmina de bisturi inclinada à superfície dental, no sentido coronário para apical. Indicada em casos de recuperação do espaço biológico. Incisão de bisel externo: remove a parede epitelial, sem necessariamente remover em altura. Utilizado em Gengivoplastias. As incisões verticais são : Incisão vertical também chamada de incisão relaxante: complementa as incisões horizontais, para facilitar o deslocamento do retalho ao envolver menos dentes. Ultrapassa a linha mucogengival, envolve além do tecido gengival a mucosa alveolar. Deve ter as incisões divergentes para a sua base para garantir a nutrição, e não deve dividir a papila ao meio ou ser realizada na superfície vestibular do elemento dental.
Segundo os tecidos envolvidos pode ser classificado segundo a sua espessura em retalho dividido/ mucoso (não envolve periósteo, apenas tecido gengival, elevado com instrumento de corte - bisturi) ouretalho total/ mucoperiósteo (envolve o periósteo e o tecido gengival, elevado com instrumento de ponta romba – sindesmótomo). GENGIVECTOMIA: remoção de tecido gengival em espessura e altura ao redor do elemento dental. Indicações: - eliminar pseudobolsas, - correção de aumento gengival, - redução de bolsas supra-ósseas de mesma profundi dade (preconizado no passado); - promover contorno fisiológico ao redor do elemento dental, - melhorar o contorno gengival em casos de Gun, - aumenta coroa clínica em casos que não há invasão do espaço biológico, - estética. Técnica: Inicialmente deve-se avaliar o paciente, o numero de dentes envolvidos, a faixa de mucosa queratinizada (mínimo de 2 mm), presença de inflamação tecidual. Normalmente faz-se a remoção do tecido gengival utilizando bisel interno e complementa-se com gengivoplastia para recontorno gengival (remove o tecido gengival em espessura).
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RETALHOS PARA TRATAMENTO CIRÚRGICO DA BOLSA PERIODONTAL RETALHO ORIGINAL DE WIDMAN (WIDMAN, 1918): Técnica Incisões relaxantes verticais, incisão horizontal para remoção da área de tecido inflamado, elevação do retalho para acesso ao tecido ósseo (recontorno), instrumentação radicular, suturar retalho adjacente ao osso alveolar. Visava a eliminação de bolsas periodontais. Vantagens: Na época em que foi desenvolvida, sugeria-se que em relação a gengivectomia, promovia maior conforto ao paciente e restabelecia contorno ósseo ao redor de defeitos angulares. RETALHO DE NEUMANN (NEUMANN, 1920,1926): Técnica Incisão sulcular e relaxantes, rebatimento do retalho, curetagem do retalho para remoção do epitélio da bolsa / tecido de granulação, instrumentação radicular, correção do tecido ósseo, retalho suturado ao nível do tecido ósseo. RETALHO REPOSICIONADO APICALMENTE (FRIEDMAN, 1962): Técnica Incisão dependente da faixa de gengiva inserida (próxima ao dente/ profundidade de sondagem), incisões verticais, retalho de espessura total, remoção do tecido gengival instrumentação radicular, ressecção óssea, sutura. Vantagens: proporciona acesso para instrumentação radicular, elimina bolsa devido ao posicionamento apical do tecido gengival, mínima profundidade pós – operatória, preserva e aumenta faixa de gengiva inserida, controla posição pós - operatória do complexo mucogengival. Desvantagens dos retalhos Widman, Neumann e Reposicionado Apicalmente Todos esses retalhos promovem recessão gengival severa, utilizam a ressecção óssea e subsequente das superfícies radiculares, levando a interferência da estética e hipersensibilidade dentinária.
exposição
RETALHO DE KIRKLAND (KIRKLAND, 1931) IMPORTANTE: Representa a técnica utilizada atualmente para o acesso cirúrgico para raspagem e alisamento radicular. Técnica Incisões sulculares, rebatimento do retalho, instrumentação da superfície radicular, remoção granulação do tecido ósseo, suturas interproximais mantendo posição original do retalho. Vantagens: evita sacrifício dos tecidos periodontais sadios, evita exposição proposital da superfície radicular (regiões estéticas), causa o mínimo trauma aos tecidos e desconforto ao paciente, possibilidade de reduzir / eliminar bolsa. RETALHO DE WIDMAN MODIFICADO (RAMFJORD & NISSLE, 1974): Técnica Incisão inicial em bisel interno até 1 mm da margem gengival, incisão sulcular, deslocamento do incisão na base da bolsa, instrumentação radicular, sutura.
retalho,
FASE III - TERAPIA RECONSTRUTIVA
Finalizada as fases I e II (quando necessária) e após cicatrização tecidual, pode-se iniciar a terapia reconstrutiva que envolve a restauração de dentes, próteses e outras técnicas reconstrutivas. FASE IV - TERAPIA DE SUPORTE OU MANUTENÇÃO
A fase de manutenção é considerada a fase determinante para o sucesso a longo prazo da terapia periodontal. Estudos mostram que a Terapia de Suporte bem executada é capaz de preservar a saúde periodontal, e ao mesmo tempo, a negligência dessa leva a u m insucesso do tratamento. Objetivo: Preservar a saúde periodontal restabelecida. Procedimentos: Na sessão de suporte e realizada a remotivação do paciente, o tratamento de sítios reinfectados, e determinada a frequência das futuras visitas para terapia de manutenção.
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REAVALIAÇÃO Entre as fases do tratamento periodontal realiza-se a reavaliação . Nessa sessão deve-se reavaliar as condições periodontais como: -ganho ou perda do nível clínico de inserção; - aumento ou redução na profundidade de sondagem, - o nível da margem gengival (retração), - presença de inflamação tecidual (sangramento) e de biofilme (índice de Placa); - presença de lesões cariosas ativas; PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES PERIODONTAIS GENGIVITE ASSOCIADA A PLACA
O tratamento das gengivites associadas a placa usualmente são resolvidas apenas com a FASE I e em seguida o paciente deve ser encaminhado para a FASE IV (Manutenção). FASE I – Terapia Inicial 1. Orientação e Motivação de Técnica de Escovação para o Paciente 2. Técnica de Bass Modificada ou Técnica de Stillman Modificada 3. Remoção dos fatores de retenção de placa bacteriana: -depósitos de cálculo supragengival -excessos de restaurações/ próteses -selamento de cavidades Terapia Básica A raspagem e alisamento SOMENTE é indicada se houver cálculo subgengival, normalmente associado a aumentos gengivais ou pseudobolsas. PERIODONTITE CRÔNICA, AGRESSIVA e MANIFESTACAO DE DOENCAS SISTEMICAS
O tratamento das periodontites inicia-se da mesma forma que o tratamento das gengivites associadas a placa. Faz-se a FASE I, com necessidade de Terapia Inicial e Básica, e na reavaliação toma-se a decisão para a próxima fase. Caso tenha sido conseguida saúde periodontal, encaminha-se o paciente para a FASE IV (Manutenção). Caso o sucesso tenha sido parcial, pode-se optar pela FASE II (Cirurgias Periodontais). Ao fim da FASE II, com o restabelecimento da saúde periodontal, faz-se o encaminhamento do paciente para a FASE IV (Manutenção). FASE I – Terapia Inicial 1. Orientação e Motivação de Técnica de Escovação para o Paciente 2. Técnica de Bass Modificada ou Técnica de Stillman Modificada 3. Remoção dos fatores de retenção de placa bacteriana: -depósitos de cálculo supragengival -excessos de restaurações/ próteses -selamento de cavidades Terapia Básica A raspagem e alisamento pode ser realizada com os diferentes instrumento - sem acesso cirúrgico - associada ou não a irrigação com soro fisiológico, iodo ou gluconato de clorexidina a 0,12%; FASE II – Somente se necessário. FASE IV – Manutenção.
OBS: No caso das periodontites agressiva e manifestação de doenças sistêmicas, pode-se utilizar antibioticoterapia associada a terapia mecânica para aumentar o sucesso do tratamento, visto que nesses casos espera-se um resultado pior. ABSCESSO GENGIVAL
Por tratar-se de uma condição aguda, o tratamento do abscesso gengival não se inicia pela FASE I e sim segue os seguintes passos: 1. 2. 3. 4. 5.
Drenagem via sulco; Remoção do elemento estranho; Curetagem; Bochecho de água morna e sal (Herrera et al., 2000); Controle químico de placa;
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ABSCESSO PERIODONTAL
Da mesma forma que no abscesso gengival, trata-se de uma condição aguda. Faz-se então: 1. 2. 3. 4. 5. 6.
Drenagem via sulco; Raspagem e alisamento radicular; Cirurgia de acesso; Bochecho de água morna e sal (Herrera et al., 2000); Controle químico de placa; Antibioticoterapia (no caso de envolvimento sistêmico);
ABSCESSO PERICORONARIO
No caso do abscesso pericoronário, faz-se o tratamento em duas fases: Tratamento da fase aguda e da fase crônica. Tratamento da Fase Aguda 1. Descontaminação delicada 2. Curetagem 3. Irrigação 4. Controle químico de placa 5. Antibioticoterapia (env. sistêmico) Com a melhora da inflamação e sintomatologia, faz-se o tratamento da fase crônica. Tratamento na fase crônica 1. Remoção tecido pericoronário (cunha distal) 2. Extração dental GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE
Da mesma forma que nos abscessos, trata-se de processos agudos. Faz-se então um atendimento imediato e um tratamento tardio, ou da fase crônica. Tratamento Imediato 1. Descontaminação suave manual e ultra-sônica (biofilme, cálculo supragengival, pseudomenbrana) 2. Irrigação subgengival com água oxigenada 10v diluída em soro fisiológico (3:1) 3. Prescrição de bochecho de água oxigenada diluída em água (2:1) até a remissão dos sintomas (4X/dia) e de Digluconaco de Clorexidina 0,12%, por 2 a 3 semanas. Na fase crônica: 1. Intensificação do controle de placa supra e subgengival através de higiene oral e instrumentação periodontal; 2. Caso necessário, melhora do contorno gengival por meio de gengivectomia / gengivoplastia; 3. Em alguns casos indicar tratamento medico para complemento nutricional. PERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE
Tratamento da fase aguda: Remoção da pseudomembrana, placa bacteriana e tecido necrosado com instrumentos manual ou ultra-som, Controle de placa químico (clorexidina). • •
Tratamento da fase crônica: 1. Controle mecânico da placa bacteriana; 2. Raspagem e alisamento radicular, 3. Correção estética cirúrgica, se necessário. LESÃO ENDODÔNTICA – PERIODONTAL:
O tratamento das lesões endo-perio dependem do diagnóstico do dente: Para Lesões Endodôntica Primária Periodontal Secundária, faz-se o tratamento endodôntico e aguarda o período de cicatrização. Nesses casos é esperado redução total ou parcial da bolsa periodontal. Caso a redução seja parcial, faz-se a raspagem e alisamento radicular. Para Lesões Periodontal Primária ou Combinadas, não é necessário aguardar o período de cicatrização pois a doença periodontal foi o principal, ou adjunto, fator etiológico. Assim, faz-se o tratamento endodôntico e o tratamento periodontal sem aguardar o período de reparo.
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PROGNÓSTICO DO TRATAMENTO PERIODONTAL
Todo tratamento pode ser influenciado por diversos fatores que podem alterar seu índice de sucesso. Esses fatores são divididos em fatores que influenciam no resultado das terapias periodontais de maneira específica, ou seja, de cada dente em especial; ou de maneira sistêmica, geral. Esses fatores são: Prognóstico Geral Tipo de doença; • Altura do osso remanescente; • Idade do paciente • Antecedentes sistêmicos do paciente, • Maloclusão, • Cooperação do paciente. • Prognóstico Individual (Dente) Mobilidade • Problemas mucogengivais • Envolvimento de furca • Anatomia dental • Dentes desvitalizados • Reabsorções • INTER-RELAÇÃO PERIODONTIA E ODONTOLOGIA RESTAURADORA
Uma das relações mais importantes da Periodontia é com a qualidade e condição das restaurações e próteses. Entre outros aspectos o profissional deve atentar para fatores que levem à alterações periodontais devido ou a forma ou qualidade desses procedimentos restauradores. Pode-se destacar entre os fatores que promovem alterações nos tecidos periodontais o Tipo de Material Restaurador, a Adaptação Marginal, o Afastamento Gengival para moldagem e, principalmente o Término dos preparos protéticos ou restauradores. INFLUÊNCIA DO MATERIAL RESTAURADOR No ato da escolha do material deve-se observar o polimento e lisura superficial que é conseguida, pois quanto maior a rugosidade maior o acúmulo de biofilme. Além disso, a biocompatibilidade deve ser avaliada ADAPTAÇÃO MARGINAL Dentre as características a serem empregadas nas restaurações ou próteses, a adaptação marginal exerce um papel direto na fisiologia dos tecidos periodontais. Na presença do excesso de material,haverá uma maior dificuldade de higiene por parte do paciente e maior acúmulo de biofilme. Ao mesmo tempo, a falta de material e selamento da interface material-dente e também do ponto de contato adequado, podem favorecer a retenção de alimentos e de biofilme, favorecendo a inflamação tecidual; AFASTAMENTO GENGIVAL Durante os procedimentos de moldagem, pode-se fazer uso de fios retratores para facilitar a moldagem dos términos. Contudo, um afastamento superior a 10 minutos promove efeito deletérios permanentes aos tecidos moles, podendo provocar recessão ou resposta inflamatória. TÉRMINOS DOS PREPAROS PROTÉTICOS
Dentre as relações Periodontia/Odontologia Restauradora, o limite cervical das restaurações seja o ponto de maior conflito. Essa relação está intimamente relacionada à INVASÃO DOO ESPAÇO BIOLÓGICO durante os procedimentos. LEMBRETE: ESPAÇO BIOLÓGICO: Epitélio Juncional + Adaptação Conjuntiva = 2 mm LOCALIZAÇÃO DAS MARGENS
Durante os procedimentos restauradores pode-se optar por 3 tipos de términos para não promover alterações nos tecidos: 1. Supra sulcular ou supragengival – O limite cervical da restauração estará localizado coronariamente ao nível da margem gengival. 2.
Gengival - o limite cervical estará localizado ao nível da margem gengival.
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3. Intra sulcular – o limite cervical localizado dentro das dimensões do sulco histológico , sem invadir o espaço biológico. NO MÁXIMO 0,5 mm.
Entretanto, o término pode ultrapassar esses limites, o que deve ser EVITADO. Assim, pode ter ainda: 4. Subsulcular ou Subgengival – o limite cervical invade espaço biológico, abaixo do sulco histológico, invadindo o epitélio juncional ou a inserção conjuntiva. CAUSAS PARA A INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO O espaço Biológico pode ser invadido por: - cáries subgengivais; - fraturas radiculares; - restaurações ou preparos subgengivais; - perfurações radiculares; - reabsorções radiculares.
CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DA INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO Quando o término é colocado em ambiente Subgengival ou Subsulcular pode-se observar:
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TRATAMENTO DA INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO Duas possibilidades podem ser utilizadas, cirúrgica ou não-cirúrgica.
Técnicas Cirúrgicas São as técnicas de aumento de coroa clínica e restabelecimento do espaço biológico. Assim como visto anteriormente, irão depender da quantidade de tecido queratinizado, da proporção coroa-raiz; da idade do paciente. Apresentam a vantagem de ser uma técnica eficaz e rápida, não dependendo da cooperação do paciente e de menor custo; Entretanto apresentam as desvantagens de levar a uma perda de estrutura de suporte nos dentes adjacentes e em casos de dentes anteriores a alteração da estética. Técnica Não Cirúrgica Compreende a técnica de Tracionamento Dental por meio do uso de aparelhos ortodônticos. Com essa técnica pode-se tracionar o elemento que apresenta o término subgengival para uma posição supragengival. A grande vantagem é não necessitar de cirurgias, preservando tecido ósseo. Pode ser utilizado em áreas estéticas, e mantém ou aumenta a faixa de tecido queratinizado. Entretanto, como desvantagens, não impede a necessidade posterior de cirurgia periodontal, apresenta um maior custo e necessita de atendimento especializado. PERÍODO DE CICATRIZAÇÃO
Deve-se aguardar o período mínimo de 7 dias para restaurações definitivas. No entanto, procedimentos de moldagem necessitam de um tempo mínimo de 40 dias, que para casos onde foi realizado o tracionamento deve ser 90 dias. EPIDEMIOLOGIA
Ciência que estuda da distribuição da saúde e da doença nas populações humanas e dos fatores que influenciam esta distribuição. Na Periodontia torna-se importante para efetuar-se o planejamento de tratamento e prevenção das doença que mais comumente afetam as regiões específicas. OBJETIVOS 1. maior compreensão do processo da doença 2. identificar fatores de risco/determinantes 3. tendências nos padrões da doença 4. descobrir populações de alto e baixo risco 5. desenvolver métodos de controle e prevenção 6. avaliar a necessidade de tratamento
Prevalência Da Gengivite Nos E.U.A, durante a adolescência a gengivite é mais prevalente, quando comparada a infância. Em 1960 a 1962 entre os adultos, 85% dos homens apresentavam gengivite. Já entre as mulheres 79% apresentavam gengivite. Um levantamento epidemiológico realizado nos EUA entre 1985 a 1986, entre os Adultos, 47% dos homens apresentavam gengivite, contra 39% das mulheres ); Em países em desenvolvimento, entre os adultos a prevalência de gengivite foi maior, e isto é relacionado a higiene bucal insatisfatória. Prevalência Da Periodontite MILLER et al., 1987 (EUA) - 50% dos jovens de 19 anos apresentaram perda de inserção, em torno de 2mm. - entre os adultos de 65 anos, 90% apresentavam periodontite. E 24% destes apresentavam profundidade de sondagem maior do que 4mm. E entre os homens houve maior proporção de destruição.
BROWN et al., 1988 Nos pacientes com idade entre 19 a 65 anos, 65% apresentaram periodontite com profundidade de sondagem de 3mm. - 28% - apresentaram profundidade de sondagem entre 4 e 6mm. - 8% - apresentaram profundidade de sondagem maior de 6mm. Prevalência de Bolsas Profundas Alguns dentes apresentam maiores chances de desenvolver bolsas profundas. Esses são normalmente dentes posteriores, em especial nas regiões interditais. Há ainda uma distribuição simétrica entre maxila e mandíbula. Perda Anual Na presença da Periodontite espera-se uma perda dos tecidos periodontais de suporte que, segundo alguns autores pode ser lenta – levando a uma perda média de 0,005 a 0,1mm/ano (Estudo norueguês). Já a progressão da periodontite em uma população pobre, sem cuidados orais do Sri Lanka, essa perda foi 3 a 4 vezes maior, com média de 0,1 a 0,3mm/ano.
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INDICES MAIS UTILIZADOS NA PERIODONTIA ÍNDICES DE PLACA: 1) ÍNDICE DE PLACA (SILNESS & LÖE, 1964): índice subjetivo devido a quantidade de escore em que pode ser avaliado. Avalia todas as faces de todos os dentes da cavidade bucal, com uso de sonda exploradora ou periodontal milimetrada e espelho clínico, não se usa corante . Desvantagem do tempo que se leva para fazer o exame e variação entre os examinadores. Seus escores são: 0 - ausência de placa 1 - aparente ausência de placa. Uso da sonda periodontal ou exploradora para identificar placa próxima a margem gengival. 2 - placa visível sem a necessidade do uso da sonda 3 - abundante presença de placa, em relação ao grau 2. 2) ÍNDICE DE PLACA VISÍVEL (AINAMO & BAY, 1975) – é um índice dicotômico, isto é, detecta-se apenas a presença ou ausência de placa , eliminando o fator da subjetividade. Todas as faces dentais são avaliadas, com uso de sonda periodontal milimetrada ou exploradora, não utiliza-se evidenciador de placa . Apesar do maior tempo que se leva para examinar toda a cavidade bucal, não existe variação inter-examinador. 3) ÍNDICE DE PLACA DE QUIGLEY-HEIN (1962): índice subjetivo, pois leva em consideração escores. São avaliadas as faces vestibulares dos dentes anteriores, com utilização de evidenciador de placa , fucsina básica. Dentre as suas desvantagens podemos citar: a necessidade do uso de evidenciador, o que aumenta seu custo, e o tempo de avaliação e pessoal pois haverá necessidade de se fazer profilaxia; é um índice que contribui para a variação inter-examinador. É uma modificação do Índice de Higiene Bucal Simplificado (IHB – S), porém possui mais dois escores. Usado em estudos experimentais para avaliar a qualidade de métodos anti-placa, escovação, fio dental, bochechos e agentes químicos. Os seus escores são: - 0 – ausência de placa - 1 – presença de pontos corados de placa isolados sem preencher a área d o terço cervical da coroa dental. - 2 – presença de placa contínua corada sem preencher a área do terço cervical da coroa dental. - 3 – presença de placa corada na região do terço cervical da coroa dental - 4 – presença de placa corada até o terço médio da coroa dental - 5 – presença de placa corada em toda a superfície da coroa dental 4) ÍNDICE DE TURESKY-GILMORE-GLICKMAN (1970): surgiu a partir de uma modificação do ÍNDICE DE PLACA DE QUIGLEY-HEIN (1962), avalia as faces vestibulares e linguais de todos os dentes. REFLEXÃO CRÍTICA
O maior problema dos índices de placa utilizados é que apenas a placa supragengival é avaliada, e a doença periodontal está relacionada com o desenvolvimento da placa subgengival. ÍNDICE DE PLACA E CÁLCULO - ÍNDICE DE HIGIENE ORAL (OHI) – (GREENE & VERMILLION, 1960) – é obtido pela com avaliação com sonda exploradora e espelho clínico da face vestibular e lingual dos dentes. Não é utilizado evidenciador de placa . O valor do índice é obtido pela somatória da índice de induto (placa) e cálculo. É um índice subjetivo, pois leva em consideração escores. Utilizado para estudos epidemiológicos descritivos em grandes grupos populacionais, com prática de higiene oral limitada, apresentando induto e cálculo. - ÍNDICE DE INDUTO (DI) – através de escore mede a extensão coronária em terços dos depósitos moles. Variação dos escores: 0 – ausência de placa 1 – presença de placa no terço cervical da coroa 2 – presença de placa até o terço médio da coroa 3 – presença de placa em toda a face dental da coroa - ÍNDICE DE CÁLCULO (DI) - através de escore mede a extensão coronária em terços de cálculo supragengival e presença de subgengival separados ou contínuos. 0 – ausência de cálculo supragengival 1 – presença de cálculo supragengival no terço cervical da coroa 2 –ausência ou presença de cálculo supragengival, com cálculo subgengival presente esparsadamente 3 - ausência ou presença de cálculo supragengival, com cálculo subgengival presente com depósi tos contínuos
IMPORTANTE: Esse mesmo índice foi modificado por GREENE & VERMILLION, 1964, tornando mais simplificado,sendo denominado de ÍNDICE de HIGIENE BUCAL – SIMPLIFICADO (IHB-S). São avaliadas somente as faces vestibular dos dentes 16,11, 26, 31 e lingual dos dentes 36 e 46 .
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É avaliado por escores: 0 – sem presença de partículas ou coloração da superfície dental 1 – partículas moles revestindo não mais que um terço da superfície dental examinada, ou presença de coloração extrínsecas na superfície dental sem partículas 2 – partículas moles que revestem mais de um terço a superfície dental exposta e não ultrapassa seus dois terços. 3 – partículas moles que revestem mais de dois terços da superfície dental exposta. VANTAGENS: Esse índice apresenta um menor número de dentes englobados, conseqüentemente mais rápida a sua avaliação, embora seja subjetivo pelo fato de usar escores. ÍNDICES DE DEPÓSITOS DE CÁLCULO: - ÍNDICE DE CÁLCULO SUPERFICIAL (CSI) – ENNEVER et al., 1961: avalia a formação de cálculo supragengival em estudos de curta duração, divide a face lingual do incisivos inferiores em 04 partes através do traço de 2 linhas diagonais, ao todo por dente 04 áreas a serem avaliadas, nos quatro dentes teremos 16 áreas. Cada área com cálculo recebe a pontuação igual a 1. Após a contagem a pontuação do índice varia de 0 a 16. - ÍNDICE V-M – VOLPE & MANHOLD, 1962: -avalia a formação de cálculo supragengival na lingual dos dentes anteriores inferiores. A quantidade de cálculo expressa em milímetros, ao longo de duas linhas diagonais traçadas na face lingual de cada dente. Índice utilizado em pesquisas à longo prazo. - ÍNDICE DE RETENÇÃO – BJORBY & LÖE, 1967: registra fatores de retenção de placa que possam estar presentes nas 4 superfícies dentais, fatores que contribuem para a inflamação gengival, pois retém placa; avalia através de escores restaurações, lesões cariosas e cálculo isoladamente ou associados. 1 - restauração e cárie próximas a margem gengival; cálculo supragengival. 2 - restauração e cárie fazem contato com a margem gengival; cálculo subgengival. 3 - restauração e cárie subgengival; abundante cálculo subgengival. ÍNDICES PARA GENGIVITE - ÍNDICE PMA (SCHOUR & MASSLER, 1947), MODIFICADO POR PARFITT, 1957: inicialmente utilizado em crianças. Determina na vestibular dos dentes anteriores, o número de papilas inflamadas, e cada uma recebe a contagem igual a 1; e a gengiva marginal e inserida inflamadas recebem a contagem igual a 2. A soma desta contagem determina o índice PMA por pessoa. Compara contagens de prevalência e gravidade da doença registradas em diferentes populações, não descreve o estágio da decomposição periodontal. Detecta no tecido gengival alterações pequenas em curtos períodos. - ÍNDICE GENGIVAL (LÖE & SILNESS, 1967): Utiliza-se a sonda periodontal para sondar a região do sulco gengival, se houver ulceração do epitélio na região do sulco ocorrerá o sangramento. 0 GENGIVA NORMAL 1 INFLAMAÇÃO LEVE (ALT. COR, EDEMA) SEM SANGRAMENTO 2 INFLAMAÇÃO MODERADA COM SANGRAMENTO À SONDAGEM 3 INFLAMAÇÃO PRONUNCIADA, SANGRAMENTO ESPONTÂNEO - ÍNDICE DE SANGRAMENTO GENGIVAL (AINAMO & BAY, 1975) - ÍNDICE DICOTÔMICO: relatado como o número de dentes afetados, expresso em percentual do número de dentes afetados. - ÍNDICE DE SANGRAMENTO DE SULCO (MÜHLEMANN & SON, 1971) índice dicotômico da presença de sangramento apos a sondagem do sulco ou bolsa: 0 - ausência de sangramento 1 - após a sondagem de fundo de sulco, presença de sangramento até 15 seg. ÍNDICES PARA PERIODONTITE ÍNDICE PERIODONTAL (RUSSEL, 1956): epidemiologia descritiva e pequenas diferenças, não sendo utilizado para experiência clínicas. 0 - SAÚDE PERIODONTAL 1 e 2 - GENGIVITE 6 - FORMAÇÃO DE BOLSA 8 - PERDA DE FUNÇÃO, MOBILIDADE EXAGERADA
analítica devido a sua insensibilidade a
Muito utilizado em estudos epidemiológicos até os anos 80, avalia cada dente da boca, descrevendo a severidade média da doença, avaliação rápida e simples da ausência ou presença e severidade da inflamação gengival, presença de bolsa e perda de função. Utilizada sonda exploradora e espelho clínico, sem sonda periodontal ou radiografias. Este índice foi o primeiro a relacionar prevalência e gravidade da doença periodontal com área geográfica, sexo, situação sócio-econômica e educacional.
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