Roteiro de aula Cimento de Ionômero de vidro e Resinoso USO E CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS ODONTOLÓGICOS CIMENTOS São usa usados dos com como o mat materi eriais ais res restau taurad radore oress apr apres esent entam am bai baixa xa res resist istênc ência ia quando comparados ao amálgama e a resina composta. Além disso também são usados, como forramento e base de restaurações e principalmente como agente cimentante de restaurações indireta, de prótese fixa e aparelhos ortodônticos. CIMENTOS Cimentos para restaurações: Temporários (dias a semanas) Intermediários (semanas a meses) Permanentes (meses a anos) Proteção pulpar Selantes de fissuras Construção de núcleos em dentes extensamente destruidos Obturação de canais •
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CIMENTOS TEMPORÁRIOS: - dias a semanas INTERMEDIÁRIOS: - semanas a meses PERMANENTES: - anos Cimentos são compostos: pó e líquido: líquido: reações de presa são do tipo ácido-base ou seja o líquido agem como ácido e o pó como base. pasta e pasta: pasta: reações de presa são do tipo base e catalizador ou seja uma pasta é a base e a outra é o catalizador •
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TIPOS DE CIMENTOS - Fosf Fosfat ato o de zinc zinco: o: age agente nte cim ciment entant ante e par para a res restau tauraç rações ões e apa aparel relhos hos ortodônticos; - Óxido de zinco e eugenol: eugenol: resta restauraç urações ões tempo temporária ráriass e interm intermediár ediárias, ias, agente cimentante temporário e permanente, base com isolante térmico e forramento cavitário; - Policarboxilato: agente cimentante para restaurações em desuso; - Silicato: restaurações de dentes anteriores em desuso; - Hidróxido de cálcio: agente para capeamento pulpar, base como isolamento térmico, agente cimentante temporário; - Ionômero de vidro: restaurações de dentes anteriores, agente cimentante para restaurações e aparelhos ortodônticos e forramentos cavitários; - Resinosos: agente cimentante para restaurações e aparelhos ortodôticos.
IONÔMERO DE VIDRO Histórico: Desenvolvido por Wilson & Kent em 1972, o cimento de ionômero de vidro é um material em destaque na odontologia atual, pois veio agregar propriedades físicas e biológicas favoráveis, que não eram obtidas com outros materiais. É um grupo de materiais que usam pó de vidro e uma solução aquosa de ácido poliacrílico. •
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IONÔMERO DE VIDRO Cimento hibrído: Cimento de silicato: presença de flúor e a baixa alteração dimensional. Cimento de policarboxilato de zinco: adesividade à estrutura dentária (ácido poliacrílico). • •
Composição: Pó: - óxido de silício (SiO2); - óxido de alumínio (Al2O3); - fluoreto de cálcio (CaF2). Líquido: - solução aquosa; - ácido poliacrílico; - ácido tartárico; - ácido itacônico. Reação de presa: Pó e líquido quando misturados formam uma pasta; A reação de presa é uma reação ácido-base entre o líquido (ácidos) e o vidro de aluminiosilicato chamado de geleificação; O poliácido ataca o vidro para liberar catíons e íons de flúor ; Esses íons reagem com poliânions para formar uma matriz de gel de polissais; A estrutura do cimento a presa inicial (24 até 48 horas) é um composto de partículas de vidro circundadas por um gel de sílica numa matriz de poliânions com ligações cruzadas de pontes iônicas. - RIGIDEZ Reação de presa: 1) Dissolução: > formação de um gel de policarboxilato de cálcio (1h 30 min), susceptível à sorpção de água. 2) Geleificação: > formação de um gel de policarboxilato de alumínio (24h). 3) Maturação: > cimento com presa rígida, máxima dureza e propriedades físicas ideais. Fatores que alteram a reação presa: Temperatura; Proporção pó/íquido; Concentração do ácido poliacrílico.
VANTAGENS: Bom contorno anatômico; Biocompatibilidade; Cariostático – liberação de flúor; Adesividade; Coeficiente de expansão térmica semelhante ao do dente. • • • • •
DESVANTAGENS: Tempo de trabalho curto; Tempo de presa longo; (24 hr) Pouco resistência à abrasão; Pouca translucidez – pouca estética; Difícil manipulação. • • • • •
INDICAÇÕES: Selamentos de cicatriculas e fissuras; Restaurações ( classe III e V); (dentes posteriores) Forramento e base de restaurações; Restaurações de dentes decíduos; Núcleos de preenchimento; Cimentação de coroas parciais ou totais; Cimentação de bandas e acessórios ortodônticos; Agente de cimentação em endodontia. -
CLASSIFICAÇÃO: - Tipo I - para cimentação - Tipo II - para restauração - Tipo III - para base ou forramento - Tipo IV - para núcleos ou reconstruções definitivas CARACTERÍSTICAS: Tipo I - menor quantidade de carga (escoamento), maior adesividade à estrutura dentária; Tipo II - restaurar as áreas de abrasão/ erosão (adesividade); Tipo III - forrar as cavidades em razão das caracteristicas químicas: vedar os canalículos dentinários, presença de flúor e formação de dentina esclerosada; Tipo IV - > resistência ao desgaste na confecção de núcleos ou reconstruções definitivas. Propriedades físicas e biologicas: - Resistência à fratura - Adesividade - Cariostático - ¨Biocompatibilidade¨ - Isolante térmico
IONÔMERO DE VIDRO Classificação pela sua composição química: Convencional/Anidro; Reforçado por metais; Modificado por resinas. • • •
IONÔMERO DE VIDRO MODIFICADO METAIS: a) Partículas de amálgama ou de prata. b) Fusão das partículas de liga de prata através da sinterização (cermet). c) “Mistura milagrosa” (7 partes de ionômero de vidro e 1 parte de limalha de prata). •
IONÔMERO DE VIDRO MODIFICADO •
RESINA: Reação de presa: mais rápida Baixa resistência inicial Reação ácido/base + quimicamente ativado e/ou fotopolimerizavel Mais resistente: convencional Estética Adesão melhorada – – –
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COMPOSIÇÃO: - Pó: íons de vidro - Polimerização: luz, química ou dual - Líquido: H2O + ác. Poliacrílico + monômeros. Indicações: restaurações em dentes decíduos; restaurações Classe III e Classe V em dentes permanentes; restaurações de lesão de erosão/ abrasão; restauração de lesões radiculares; reparo provisório em dentes fraturados; base/forramento sob restaurações de amálgama ou resina composta; selante de fóssulas e fissuras; • • • • • • •
Contra – indicações: classe II com envolvimento da crista marginal; classe IV; com grande perda de esmalte vestibular; em áreas de cúspides; em áreas submetidas a grandes esforços mastigatórios. • • • • •
VANTAGENS: - característica de endurecimento melhorada; - maior tempo de trabalho; - controle sobre a presa do material; - maior resistência;
- melhor estética inicial.
DESVANTAGENS: - maior contração de polimerização quando comparadas com as resinas compostas; - menor translucidez; - mudança de cor após de 1 e 2 anos. Procedimentos críticos para restaurações de cimento de ionômero de vidro O preparo adequado da superfície da cavidade, a fim de se obter a adesão; uma manipulação apropriada, para obter-se uma mistura adequada para trabalho; e o acabamento e a proteção da superfície durante a maturação do cimento. •
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Preparo da superfície: Limpeza com pedra-pomes; Secar a cavidade preparada; Condicionamento com ácido poliacrílico – 15 segundos, não secar em demasia. – – –
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Preparo do material: Relação pó/líquido do fabricante Não expor muito tempo o material na placa Incorporar rapidamente o material Não exceder a espatulação por mais de 45 segundos Superfície lustrosa – – – – –
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Inserção do material: Injetar ou condensar na cavidade imediatamente (não perder o brilho); Compressão com matriz ajustada (5min) – proteção para perda de água e contato com fluidos do meio bucal; Remoção dos excessos das margens – dar preferência a instrumentos manuais aos rotatórios; Proteção da superfície – (verniz ou agente de união resinoso). –
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Acabamento da superfície do cimento endurecido: Após 24 horas (próxima sessão) Recobrir novamente a superfície (verniz ou agente de união resinoso) – –
IONÔMERO DE VIDRO SELANTE Fóssulas e fissuras Cariostático (lib. flúor) menos viscoso para penetrar na profundidade da fissura • • •
CIMENTO RESINOSO
Composição: A base é o sistema monomérico Bis-GMA (Bisfenol–A metacrilato de glicidila) em combinação com monômeros de baixa viscosidade, além de cargas inorgânicas (vidros com carga metálica, SiO2) tratadas com silano. As partículas inorgânicas se apresentam nas formas angulares, esféricas ou arredondadas. Reação Química: Quanto à polimerização, os cimentos resinosos podem ser classificados em: a) autopolimerizáveis; b) polimerizáveis por ação de luz visível; c) dupla reação (“dual”). Neste último, a reação de polimerização é iniciada pela emissão da luz visível e por reação química (peróxido de benzoíla), monômeros fotoiniciadores, como as cetonas aromáticas (canforoquinona) e aminas promotoras da reação de polimerização. Vantagens: Radiopacidade; Propriedades mecânicas superiores aos demais cimentos odontológicos; Praticamente insolúveis no meio bucal; Possibilidade de união à estrutura dental e material restaurador através do uso de sistema adesivo; Estética superior em relação aos demais cimentos. Desvantagens: Técnica de cimentação bastante crítica; Remoção de excessos mais difícil comparativamente aos demais cimentos; Custo superior; Contração de polimerização elevada. Propriedades: 1 - Resistência adesiva do esmalte: O esmalte é composto em 97% por mineral e em apenas 3% por matéria orgânica e água, trata-se de um substrato extremamente homogêneo. A criação de microporosidades na sua estrutura através de um condicionamento ácido efetivo, é a chave para a obtenção de uma importante adesão. 2 - Resistência adesiva da dentina: Diferente do esmalte, a dentina é composta em 70% por mineral, 18% por matéria orgânica e 12% de água, dispostos em túbulos que abrigam os prolongamentos citoplasmáticos dos odontoblastos. Por esses motivos, a
qualidade da adesão obtida nesse substrato é inferior quando comparada à do esmalte.
3 - Resistência ao desgaste: Testes de resistência ao desgaste mostram que os compósitos de micropartículas são mais resistentes à abrasão, devido a sua lisura superficial . Por outro lado, os cimentos resinosos de dupla polimerização compostos de micropartículas não resistem bem ao desgaste causado por contatos oclusais, devido à perda de partículas pré-polimerizadas do material. Indicação: Os cimentos resinosos de cura dual foram desenvolvidos para ser utilizados sob restaurações estéticas. Os cimentos resinosos químicos indica-se para restaurações metálicas. •
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Tempo de trabalho: A dupla ativação oferece ao clínico a vantagem do controle da fotopolimerização, facilitando a remoção de excessos do material e diminuindo o tempo necessário para a finalização do procedimento. A reação química é que determina o tempo de trabalho dessa categoria de cimentos. Vantagens relacionadas à polimerização ”dual”: a) controle sobre o tempo de trabalho por parte do operador; b) facilita a remoção de excessos do material; c) diminuindo o tempo necessário para a finalização do procedimento; d) gera segurança em relação à estabilidade e ao posicionamento da peça protética sobre o preparo; e) proporciona uma reação mais lenta, permitindo que haja um tempo maior para o relaxamento do estresse de contração; Os cimentos resinosos de polimerização dual possuem vantagens em relação aos cimentos de fosfato de zinco e cimentos de ionômero de vidro, tais como: a) baixa solubilidade em fluido oral; b) reforço à estrutura dental remanescente; c) potencial para mimetizar as cores; d) força de união muito alta em esmalte e dentina pela associação com os sistemas adesivos. Cuidados relacionados ao uso do material: a) controle absoluto da umidade; b) realização de adequada fotoativação do material; c) adequada proteção do remanescente dental; d) cuidados na escolha do material para cimentação provisória e realização de adequada limpeza cavitária; e) evitar associação indiscriminada entre cimentos resinosos e sistemas de união;
f) cuidados com esforços mastigatórios nas primeiras 24 horas após a cimentação.