1964 POSIÇÃO O INCONSCENTE " Do RIEB E FREU
EscRITos Jacques Lacan
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Piçã icci no Congresso de Bonneval ( 1960, retomado em 1964)
Henri Ey - por toda toda a autoridade autoridade com que domina o meio meio psiquiát psiquiátrico rico francês francês reunira reunira em seu serviço do hospital hospital de Bonneval Bonneval um enorme enorm e contingente contingente de especiaista especiaistass sobre o tema tem a do inconsciente freudiano (30 de outubro a 2 de novembro de 1960). O relatório de nossos alunos Laplanche e Leclaire promoveu
ali uma concepção de nossos trabalhos que, publicada em Temps Moderes, desde então merece crédito, embora se manifeste uma divergência ente ambos. As intervenções levadas a um congresso, quando há algo em jogo no debate, às vezes exigem um número equivaente de comentários para serem situadas. E basta que a refeitura dos textos seja praticada de maneira genérica para que essa tarefa se toe árdua Ela perde aliás seu interesse com o tempo exigido por essas refeituras. Pois seria preciso substituía pelo que se passa nesse tempo, considerado como tempo lógico Em suma, passados três anos e meio, por quase não ter tido ocasião de vigiar o intervalo, tomamos uma posição que Henri Ey apresenta da seguinte maneira no livro sobre esse Congres so, a ser pubicado por Desclée de Brouwer. "Esse texto, escreve ele, resume as intervenções de J. Lacan, intervenções que, por sua importância, constituram o próprio eixo de todas as discussões A redação dessas intervenções foi condensada por Jacques Lacan nessas páginas, escritas a meu pedido em março de 1964"
Que o leitor aceite que, para nós, esse tempo lógico pôde reduzir as circunstâncias à menção que delas é feita, num exto que se recenseia em uma reunião mais ntima. (966) 843
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Num colóquo como este, que convida, a ttuo da técnica de cada um filósofos psquiatras, pscóogos e psicanalistas fata ao comentário um acordo quanto ao nvel de verdade em que se mantêm os textos de Freud É preciso, sobre o nconscente entrar no essencial da expe rênca freudiana O inconscente um conceto forjado no rastro daquio que opera para constituir o sujeito O nconsciente não uma espécie que defna na readade psíquca o crculo daquio que não tem o atributo (ou a vrtude) da conscênca. Pode haver fenômenos que decorrem do inconsciente sob essas duas acepções: nem por sso eas dexam de continuar estranhas uma à outra. Não têm entre si outra reação senão a de homoníma O peso que conferimos à linguagem como causa do sueto forçanos a precisar: a aberração foresce por reduzr o prmero conceito indcado ao aplcálo aos fenômenos ad libitum regis tráveis na categora homônima; restabeecer o conceto a partr desses fenômenos não é pensável Acusemos nossa posção pelo equvoco a que se prestaram o e o não de nossas colocações incas O nconscente é aquilo que dzemos se qusermos ouvr o que Freud apresenta em suas teses Dzer que o nconscente não para Freud o que assm se denomna em outros ugares pouco acrescentaria se não ouvs semos o que queremos dzer: que o nconscente de antes de Freud não pura e simpesmente Isso porque não denomna nada que valha mas como obeto ou mereça que lhe confiramos mas exstênca, do que aquilo que defnramos stuando-o no in-preto.
O inconscente antes de Freud não é nada de mas consstente do que esse in-preto, ou sea o conunto conunto daquio que se ordenaria nos dversos sentdos da paavra preto" recusando o atrbuto (ou a vrtude) do pretume (fsco ou moral) Que há em em comum comum para tomarm tomarmos os as cerca cerca de de oto oto definições que Dwelshauvers cotea num lvro antgo (1916), mas não tão fora de época pelo fato de que o heteróclto não se vera reduzdo a refazêlo em nossos das das que há em comum comum com efeto entre o nconscente da sensação (nos efetos de
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contraste ou de ilusão ditos óticos) o inconsciene do automa ismo desenvolvido pelo hábito o coconsciente (?) da dupla personalidade, as irrupções ideativas de uma atividade latene que se impõe como orientada na criação do pensamento a elepaia que se pretende relacionar com ese último o capial adquirido ou integrado da memória o passional que nos ulra passa em nosso caráter o herediário que se reconhece em nossos dons naturais o inconsciene racional enfim ou o inconsciente metafísico implicado pelo ao do espírito" ? (Nada disso se parece a não ser pela confusão a que os psicanalistas acrescentaram o obscuranismo por não distingui rem o inconsciene do instinto ou como dizem do instintivo do arcaico arcaico ou do primevo numa ilusão denunciada de maneira decisiva por Claude Lévi-Srauss ou então do genético de um pretenso desenvol desenvolvimen vimento" to" . ) Dizemos que nada há em comum que se fundamente numa objetividade psicológica ainda que esta seja ampliada pelos esquemas de uma psicopatologia e que esse caos é apenas o reetor a revelar da psicologia o erro central. Esse erro é omar por unitário o próprio fenômeno da consciência falar de uma mesma consciência consciênc ia ida como poder de sínese na n a orla iluminada de um campo sensorial na atenção que o transforma na dialética do juízo e no devaneio comum. Esse erro repousa na indevida transferência para esses fenô menos do mério de uma experiência de pensamento que os uiliza como exemplos. O cogito cartesiano é a maior façanha dessa experiência façanha talvez terminal por atingir uma cereza de saber. Mas só faz denunciar melhor o que há de privilegiado no momento em que ele se apóia e q quão uão fraudulento é estender esse privilégio para dele lhes dar um staus aos fenômenos providos de cons ciência. Para a ciência o cogito marca ao contrário o rompimento com toda certeza condicionada na intuição. E a latência buscada desse momento fundador como co mo Selbstbewusstsein, na seqüência dialética de uma fenomenologia do espí rito por Hegel assentase no pressuposto de um saber absoluto. Tudo demonstra ao contrário na realidade psíquica como quer que se ordene ordene sua textura textura a distribu distribuição ição heterotópica heterotópica quanto quanto aos níveis e errática errática em cada um deles da consciência. consciência.
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A única função homogênea da consciência esá na captura imaginária do eu por seu reexo especuar e na função de desconhecimento que he permanece ligada A denegação inerene à psicoogia nesse pono, seguindo Hege, deveria ser anes posa na cona da Lei do coração e do derio de presunção A subvenção recebida por essa presunção perpeuada, nem que seja sob a forma das honrarias cienficas, evana a questão de onde fica o bom bocado de seu proveio; ee não pode reduzirse à edição de tratados mais ou menos copiosos A psicoogia é veículo de ideais: nea, a psique não represena mais do que o patrocnio que a faz qualificar de acadêmica O idea é servo da sociedade Um cero progresso da nossa o ilusra, enquano a psicooia não apenas conribui para as vias como se submee aos anseios do estudo de mercado Havendo um esudo desse gênero chegado a uma concusão quanto aos meios adequados para susenar o consumo nos EUA, a psicologia se engajou, e engaou Freud com ela, em lembrar à metade da popuação popuação mais acessíve acessíve para esse fim que a mulher só se realiza através dos ideais do sexo (cf. Bety Friedan sobre a onda de " mstica feminina feminina dirigida, numa certa certa década década do pósguerra) Talvez a psicologia, nessa sada irônica, confesse a razão de sua subsistência de sempre Mas a ciência pode lembrar-se de que a éica implícia em e m sua formação formação he he ordena rejeitar rejeitar qualquer ideoogia assim configurada Do mesmo modo, o inconsciente dos psicóogos é debilitante para o pensamento, peo simpes crédito que o pensamento tem que lhe dar para discui-lo Ora, os debates deste coóquio iveram de notável o fato de não haverem cessado de se votar para o conceio freudiano em sua dificuldade, e de aé erem extraído forças do aspeco dessa dificuldade em cada um Esse fao é tanto mais notável quano, no mundo de hoe, os psicanaistas se empenham empenham unicamene unicamene em reingressar reingressar nas fieiras da psicoogia O efeio de aversão com que udo o que vem de Freud se depara em sua comunidade é claramene confessado, notadamente numa fração dos psicanaistas presentes Dado que não se pode maner afasado do exame do ema em pauta Não mais do que este ouro: o de dever-se a nosso ensino
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que este coóquio tenha derrubado derrubado tal corrente E não apenas para assinaar assinaar esse esse aspecto aspecto muitos o fizeram fizeram , mas pelo tanto tanto que isso nos obriga a prestar contas das vias que tomamos. A psicanálise é convidada, quando retoa ao seio da "psi coogia gera gera , para sustentar o que merece ser denunciado, apenas ali e não nos ermos das extintas colônias, como menta idade primitiva. Pois o tipo de interesse a que a psicologia serve em nossa sociedade atua, atua, e do qua demos uma idéia, tira proveito disso A psicanálise contribui, então, para foecer uma astroogia mais decente do que aquela a que nossa sociedade continua a oferecer sacrifcios em surdina Assim, consideramos justificada a prevenção com que a psi canáise se depara no Leste Cabia a ela não a justificá-a, mas é possível que, ao he terem oferecido o teste de exigências sociais diferentes, ea se tenha mostrado menos tratável por ser mais ma tratada. É o que conjecturamos a partir de nossa própria posição na psicanáise A psicanálise teria feito melhor aprofundando sua ética e se instruindo peo exame da teoogia, conforme a via que Freud nos assinaou ser impossíve evitar Que peo menos sua deon tologia na ciência a faça sentir que ela é responsáve pela presença do inconsciente nesse campo Foi essa a função de nossos aunos neste coóquio, e contri buímos para ela segundo o método que nos tem sido constante mente caracterstico em ocasiões similares, situando cada um em sua posição quanto ao tema. O eixo fica bem indicado nas respostas consignadas. Não seria sem interesse, nem que fosse apenas para o histo riador, dispor das notas onde foram cohidos os discursos real mente pronunciados, mesmo entrecortados pelas fahas faha s que neles deixaram os defeitos dos gravadores mecânicos Elas assinaam a carência daquele que era designado por seus préstimos para acentuar, com o máximo de tato e fidelidade, os meandros de um momento de combate num ugar de troca, quando q uando seus laços, sua cutura ou até mesmo sua desenvoltura lhe permitiam captar mehor do que ninguém as manobras e as entonações Sua falta já o levava a favorecer a defecção. Não mais deporaremos a oportunidade assim perdida, uma vez que, todos se havendo concedido generosamente o benefício
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de uma prática bastante difundida, cada qual refez cuidadosamente sua contribuição Aproveitaremos isso para dar agumas explicações sobre nossa doutrina do inconsciente no dia de hoje, e tão mais legitimamente quanto as resistências de uma divisão singular nos impediram de dizer mais na ocasião. Esta precaução não é poítica, mas técnica Decorre da seguinte seguinte condição, estabelecida por nossa doutrina: os psicanaistas fazem parte do conceito do inconsciente, posto que constituem seu destinatário Por conseguinte, não podemos deixar de incuir nosso discurso sobre o inconsciente na própria tese que o enuncia, a de que a presença do inconsciente, por se situar no lugar do Outro, deve ser buscada, em todo discurso, em sua enunciação Nessa hipótese, o próprio sujeito do pretendente a sustentar essa presença, o analista, deve, com o mesmo movimento, ser informado e "questionado, ou seja, experimentar-se sujeitado à fenda do significante Daí o aspecto de espiral interrompida que se observa no trabaho apresentado por nossos alunos S. Leclaire e J. Laplanche. É que eles o limitaram à prova de uma peça avulsa. E isso é justamente o sina de que, em seu rigor, nossos enunciados são feitos primordiamente para aquela função que só cumprem em seu lugar No tempo propedêutico, podemos ilustrar o efeito de enun ciação perguntando ao auno se ee imagina o inconsciente no animal, a não ser por algum efeito de linguagem, e da linguagem humana. Se ee admitir, com efeito, que essa é realmente a condição para que sequer possa pensar no assunto, vocês terão confirmado nele a civagem das idéias de inconsciente e instinto. Ponto de partida auspicioso, posto que, interpeando do mesmo modo quaquer analista, não importa a que credo tenha sido antes levado, será que ee pode dizer que, no exercício de suas funções (sustentar o discurso do paciente, restabelecer-lhe o efeito de sentido, implicar-se nele por responder, bem como por se calar), algum dia teve a sensação de estar lidando com ago que se assemelhasse a um instinto? Uma vez que a leitura dos textos analíticos e as traduções oficiais de Freud (que nunca escreveu essa palavra) nos enchem a boca com o instinto, talvez haja interesse em nos opormos a uma retórica que obtura qualquer eficácia do conceito. O estilo justo do relato da experiência não é a totalidade da teoria Mas
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é o garante de que os enunciados segundo os quais ela opera preservem em si o distanciamento da enunciação em que se atualizam os efeitos de metáfora e de metonímia, ou seja, de acordo com nossas eses, os próprios mecanismos descrios por Freud como sendo os do inconsciene Mas reoa aqui legiimamente a perguna: serão eles efeios de linguagem ou efeitos de fala? Consideremos que ela adoa aqui somente o contoo da dicoomia de Saussure Volada para o que ineressa a seu auor, os efeitos na língua, ela foece cadeia e rama àquilo que se tece entre sincronia e diacronia À medida que a voltamos para aquilo que nos coloca em causa (tano quano aquele que nos questiona, quando já não se perdeu nos supores da questão), ou seja, o sujeio, a aleaiva propõe-se como disjunção Ora, é essa disjunção mesma que nos dá a resposta, ou melhor, é levando o Outro a se fundar como o lugar de nossa resposta, ao dá-la ele mesmo sob a forma que invere sua perguna em mensagem, que introduzimos a dis d isjunção junção efetiva a parir da qual a perguna tem senido O efeito de linguagem é a causa introduzida no sujeito Por esse efeio, ele não é causa dele mesmo, mas traz em si o germe da causa que o cinde Pois sua causa é o significante sem o qual não haveria nenhum sujeito no real. Mas esse sujeito é o que o significante representa, e este não pode represenar nada senão para um ouro significante ao que se reduz, por conseguine, o sujeito que escuta Com o sujeito, portano, não se fala Isso fala dele, e é a que ele se apreende, e tão mais forçosamene quanto, antes de pelo simples simples fato de isso se dirigir a ele desaparecer desaparecer como sujeito sujeito sob o signicante em que se transforma, ele não é absolutamente nada Mas esse nada se susena por seu advento, produzido agora pelo apelo, feito no Outro, ao segundo signicante Efeio de linguagem, por nascer dessa fenda original, o sujeito traduz uma sincronia significante nessa pulsação temporal pri mordial que é o fading constitutivo de sua identificação Esse é o primeiro movimento. Mas, no segundo, havendo o desejo feito seu leito no corte significante em que se efetua a metonímia, a diacronia (chamada "história que se inscreveu no fading retoa à espécie de fixidez que reud atribui ao voto inconsciente (última frase da Traumdeutung).
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Esse suboo secundário não apenas conclui o efeito da primeira, projetando a topologia topo logia do sujeito no instante da fantasia, fantasia, mas o sela, recusando ao sujeito do desejo que ele se saiba efeito de fala, ou seja, que saiba o que ele é por não ser outra coisa senão o desejo do Outro É nisso que todo discurso tem o direito de se considerar, por esse efeito, irresponsável. Todo discurso, exceto o daquele que ensina, quando ele se dirige a psicanalistas Quanto a nós, sempre nos acreditamos passíveis de ser res ponsabilizados por tal efeito, e, embora não estando à altura da tarefa de lhe fazer frente, foi essa a proeza secreta de cada um de nossos "seminários. Pois aqueles que nos vêm ouvir não são aqueles que estão fazendo primeira comunhão, os quais Platão expõe à interrogação de Sócrates. Que o "secundário de onde eles saem deva ser reproduzido por uma propedêutica já diz o bastante sobre suas carências e suas redundâncias De sua "filosofia, "filosofia , a maioria deles guardou apenas uma mistura de fórmulas, um catecismo desordenado que os anestesia para qualquer surpresa da verdade Além disso eles são presas oferecidas às operações de pres tígio, aos ideais de alto personalismo pelos quais a civilização os pressiona a viverem acima de seus recursos Recursos mentais, bem entendido. O ideal de autoridade com que se afina o candidato médico, a pesquisa de opinião em que se esconde o mediador dos impasses relacionais, o meaning of meaning em que toda busca encontra seu álibi - a fenomenolog fenomenologia, ia, cesto que se se oferece oferece aos aos manás caídos do céu 1 - é vasto o leque e grande a disper dispersão são na base de uma obtusão ordenada. A resistência, igual em seu efeito de negar a despeito de Hegel Hegel e Freud, desgraça da consciência e malestar da civilização. Em sua base está uma Koiné da subjetivação que objetiva as falsas evidências do eu e desvia toda prova de certeza para sua procrastinação (Que não nos venham opor nem os marxistas,
. L phénoménologie, van qui s'ofre aux alouettes rôties du ciel: Lacan joga com c om a expressão de eferência bílica b ílica attendre que les alouettes lui tombent toutes rôties "esperar que as cosas lhe caiam do céu (N.E.) 1.
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nem os catóicos, nem os próprios freudianos, ou exigiremos a chamada nomina.) Eis por que somente um ensino que abale essa Koiné traça a via da anáise que se intitua didática, uma vez que os resutados da experência são faseados pelo simpes fato de se registrarem nessa Koiné. Essa contribuição doutrina tem um nome: trata-se, muito simpesmente, do espírto científico, que faha por completo nos ocais de recrutamento dos psicanalistas. Nosso ensino é anátema por se increver nessa verdade. A objeção, que destacamos, de sua incidência na transferência dos analistas em formação há de fazer rir os futuros analistas, se, graças a nós, ainda houver algum para quem Freud exista. Mas o que ea prova é a ausência de quaquer doutrina da psicanálise didática em suas reações com a afirmação do in consciente. Compreenderseá, por conseguinte, que nosso uso da feno menoogia de Hegel não tenha comportado nenhuma fideidade ao sistema, mas pregava, como exemplo, contrariar as evidências da identificação. É na condução do exame de um doente e no modo de tirar concusões dele que se afirma a crítica contra o bestiáro intelectual. É ao não evitar as implicações éticas de nossa práxis na deontologia e no debate científico que se des mascará a bea ama. A lei do coração, como dissemos, faz das suas mais do que a paranóia. É a lei de uma astúcia que, na astúcia da razão, raça um meandro de curso bastante ento. Além disso, os enunciados hegeianos, mesmo a nos atermos a seu texto, são propícios para dizer sempre Outracoisa Outra coisa que corrige seu víncuo de síntese fantasística, enquanto conserva seu efeito de denunciar as identificações em seus engodos Essa é a nossa própria Aufebung, que transforma a de Hege, o engodo dee, numa oportunidade de destacar, em lugar e vez dos satos de um progresso idea, os avatares de uma falta Para confirmar em sua função esse ponto de falta, não há nada mehor, visto isto, do que o diáogo de Patão, na medida em que ee decorre do gênero cômico, em que não hesita em assinalar o ponto em que á não resta senão opor aos "insutos de praxe a máscara do pahaço , em que conserva o rosto de mármore enquanto atravessa os séculos na base de uma farsa, à
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espera de quem q uem se sairá melhor no golpe de udô udô que ele cristaliza com a verdade Assim é que, no Banquete, Freud é um conviva que se pode correr o risco de convidar de improviso, nem que sea confiando na noinha em que ele nos indica o que lhe deve em sua precisão quano ao amor e, alvez, na tranqüilidade de sua visão da ransferência Decero seria ele o homem para ali reavivar essas colocações báquicas, das quais, havendo-as susenado, ninguém mais se lembra depois da embriaguez. Nosso seminário não estava lá onde isso fala", fala", como sucedeu dizerem por brincadeira Ele suscitava o lugar de onde isso podia falar, abrindo mais de um ouvido para escutar o que, na impos sibilidade de reconhecê-lo, ele eria deixado passar como indi ferente. E é verdade que, ao ressaltar isso ingenuamente, pelo fato de ter sido na mesma noite, se não exaamente na véspera, um certo ouvinte nos deslumbrou por ter sido encontrado na sessão de um paciente, a pono de se fazer texual, o que disséramos em nosso seminário. O lugar em questão é a entrada da cavea a respeito da qual sabemos que Platão nos guia para a saída, ao passo que imagi namos nela ver enrar o psicanalista. Mas as coisas são menos simples, porque essa é uma entrada a que nunca se chega senão no momeno em que ela é fechada (esse lugar jamais será urístico) e porque o único meio de ela se enreabir é chamar do lado de dentro Isso não é insolúvel, se o abre-te sésamo do inconsciente é er um efeito de fala, ser esruura de linguagem, mas exige do analista que ele reconsidere o modo de seu fechamento. Hiância, pulsação, uma alteância de sucção, para seguirmos certas indicações de Freud: é disso que precisamos dar cona, e foi isso que tratamos de fazer fundamentando-o numa topologia A estruura daquilo que se fecha inscreve-se, com efeito, numa geometria em que o espaço se reduz a uma combinatória: ela é, propriamente falando, o que ali se chama de uma borda. Ao estudá-la formalmente nas conseqüências da irredutibili dade de seu corte, nela poderemos reordenar algumas funções, entre a estética e a lógica, das mais interessantes. Nisso percebemos que é o fechamento do inconsciente que foece a chave de seu espaço e, nomeadamente, a compreensão da impropriedade que há em fazer dele um interior
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Ele também demonstra demonst ra o núcleo de um tempo reversivo, muito necessário de introduzir em toda eficácia do discurso, e á bastante bastante sensíve sensíve na retroaç retroação ão na qua insistimo insistimoss há muito tempo tempo do efeito efeito de de sentido sentido na frase, frase, o qua exige, exige, para se fechar, sua útima palavra. O nachtrglich (lembremos que fomos o primeiro a extra-lo do texto de Freud), o nachtrglich, ou a posteriori, segundo o qual o trauma se impica no sintoma, mostra uma estrutura temporal de ordem mais eevada. Mas, acima de tudo, a experiência desse fechamento mostra que não seria um ato gratuito para os psicanaistas reabrir o debate sobre a causa fantasma impossível de exorcizar do pensamento, crítico ou não Pois a causa não é, como também se diz do ser, ser, engodo das das formas do discurso discurso já o teríamos desfeito Ea perpetua a razão que subordina o sueito ao efeito do significante. É somente como instância do inconsciente, do inconsciente freudiano, que se apreende a causa no nvel do qual um Hume tenciona tencion a desaloá-la, desaloá-la, e que é ustamente ustam ente aquele em que ela ganha gan ha consistência: a retroação do signicante em sua ecácia, que é absolutamente necessário distinguir da causa final. É incusive ao demonstrar que essa é a única e verdadeira causa primeira que veramos congregar-se a aparente discordân cia das quatro quatro causas de Aristóte Aristóteles les e os analistas analistas poderiam poderiam,, de seu terreno, contribuir para essa retomada. Teriam como recompensa disso poderem servir-se do termo freudiano "sobredeterminação de um outro modo que não para um uso de pirueta O que vem a seguir introduzirá o traço que domina a relação de funcionamento entre essas formas: sua articuação circular, mas não recproca Havendo fechamento e entrada, não está dito que eles separam: separam : eles dão a dois campos seu modo de conunção Estes são, respectivamente, o sueito e o Outro, só devendo esses campos ser substantivados aqui a partir de nossas teses sobre o incons ciente. O sueito, sueito, o sueito sueito cartesiano, é o pressuposto do inconsciente, incons ciente, como demonstramos no devido lugar O Outro é a dimensão exigida pelo fato de a fala se afirmar como verdade. O inconsciente é, entre eles, seu corte em ato
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Enconramos esse core comandando as duas operações funda menais em que convém formular a causação do sujeio Opera ções que se ordenam por uma relação crcular, mas, no enano, nãorecíproca A primeira, a aienação, é própria do sujeio Num campo de objeos, não é concebíve nenhuma reação que gere a aienação, a não ser a do sgnificane Tomemos por origem o dado de que nenhum sujeo em razão de aparecer no real, salvo por nee exisrem seres falanes Concebese uma física que dê cona de udo no mundo, inclusive de sua pare animada. Um sujeio só se impõe nea por haver no mundo significanes que não querem dizer nada e que êm de ser decifrados. Conferir essa priordade ao signfcane em reação ao sujeio é, para nós, levar em cona a experiência que Freud nos descor inou, a de que o sgnificane joga e ganha, por assim dizer, anes que o sujeio consae isso, a pono de, no jogo do Witz, do chise, por exempo, ele surpreender o sujeo Com seu fash, o que ee iumna é a divisão enre o sujeio e ele mesmo. Mas o fao de ser revear não deve mascarar para nós que essa divsão não provém de oura coisa senão do mesmo jogo, o jogo dos significane signi ficaness .. dos significanes, signific anes, e não dos signos. Os signos são purivalenes: se dúvida represenam aguma coisa para aguém; mas, desse alguém, o saus é incero, como o é o da preensa inguagem de certos animas, linguagem de signos que não admie a meáfora nem gera a meonímia Esse alguém, em úlma insância, pode ser o unverso, uma vez que nele circua, dzem-nos, a nformação Todo cenro em que ela se oaliza pode ser omado por alguém, mas não por um sujeio O regisro do sgnificane insiuse peo fao de um signifi cane represenar um sujeio para ouro signifcane. Essa é a esruura, sonho, apso e chse, de odas as formações do inconsciene E é ambém a que explica a divisão orginária do sujeio. Produzindose o signifcane no ugar do Ouro ainda não dscedo, ele faz surgr a o sujeio do ser que anda não possui a faa, mas ao preço de crsaizáo. O que ali havia de prono prono para falar nos dos seni senidos dos que o imperfeo do francês dá ao il y avait [havia], o de coocálo no insane aneor: á esava e não esá mais porém ambém no insane poseror: por pouco mais á esava por er poddo á esar , o que lá havia desaparece, por não ser mas que um signifcane
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Portanto, não é o fato de essa operação se iniciar no Outro que a faz quaificar de aienação Que o Outro seja para o sujeito o lugar de sua causa significante só faz expicar, aqui a razão por que nenum sujeito pode ser causa de si mesmo O que se impõe não somente por ee não ser Deus mas porque o próprio Deus não podera sêo, se tivéssemos que pensar nele como sujeito sujeito sto Agostino Agostino percebeu percebeu isso muito muito bem, recusando recusando o atributo de causa de si mesmo ao Deus pessoa A aienação reside na divisão do sujeito que acabamos de designar em sua causa Avancemos na estrutura ógica Essa estrutura é a de um veZ, novo por produzir aqui sua originalidade Para isso é preciso derivá-lo do que se cama, na lógica dita matemática, uma reunião á reconecida como definindo um cero veZ). Essa reunião é ta que o veZ que dizemos de aienação só impõe uma escola entre seus termos ao eiminar um deles, sempre o mesmo seja qua for essa escoa O que está em jogo imitase, pois aparentemente, à conservação ou não do outro termo quando a reunião é binária. Essa disjunção enca-se de maneira muito ilustráve, senão dramática, tão ogo o significante se encaa, num nível mais personaizado, no pedido ou na ofera: no "a bolsa ou a vida ou no "a liberdade ou a more Tratase apenas de saber que vocês querem ou não (sic au ) conservar a vida ou recusar a more pois no que concee ao outro termo da ateativa a bolsa ou a liberdade sua escola será de quaquer maneira decepcionante É preciso estar atento ao fato de que o que resta de qualquer modo modo fica desfacado será a vida sem sem a bosa e será também também por haver recusado a morte uma vida algo incomodada peo preço da iberdade É esse o estigma posto que o veZ, funcionando aqui daeti camente de fato atua sobre o veZ da reunião ógica que como se sabe equivae a um et (sic e ) O que se ilustra peo fato de que, num prazo mais ongo, será preciso abandonar a vida depois da bosa e por fim restará apenas a iberdade de morrer Do mesmo modo nosso sujeito é coocado no veZ de um sentido a ser recebido ou da petrificação Mas se ele preserva o sentido é esse campo (do sentido) que será mordido pelo
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nãosentido que se produz por sua mudança em significane E é jusamente do campo do Ouro que provém esse nãosenido, apesar de produzido como ecipse do sujeito A coisa merece ser dia, pois ea quaifica o campo do inconsciene que se assenta, digamos, no lugar do anaista, ou seja, iteramene, em sua polrona. E a al ponto que deveríamos deixarlhe essa polrona, num "geso simbólico. É essa a expressão cosumeira para se dizer geso de proeso, o qua teria a importância de se opor à insrução ão graciosamente declarada no lema lema grosseiro, grosseiro, denro denro do do frangári frangárioo invenem invenemos os esta esta palavra2 - di dire rea ame men nee saíd saídoo da da hamathía que uma princesa encaou na psicanálise francesa, de subsiuir o om présocrá tico do preceio de Freud, Wo Es war soll Ich werden, pea dissonância de "o eu (do analisa, sem dúvida) deve desaojar o isso (do paciene, é caro) Que S. Lecaire seja quesionado por poder considerar incons ciene a seqüência do icoe, a preexo de que ee, por sua vez, é consciene dela, significa que não se vê que o inconsciene só tem senido no campo campo do Ouro e menos ainda ainda o que decorre decorre disso que não é o efeio de senido que opera na inerpretação, mas a ariculação, no sintoma, dos significanes (sem nenhum sentido) aprisionados nee 3 Passemos à segunda operação, onde se fecha a causação do sujeio, para nea consatar a estrutura da borda em sua função de limie, bem como na orção que moiva a invasão do incons ciene. A essa operação chamaremos: separação Nea reconhe ceremos o que Freud denomina de Ichspaltung ou fenda do sujeito, e compreenderemos por quê, no exto em que Freud a introduz, ee a fundamenta numa fenda não do sujeito, mas do objeto (fálico, nomeadamene) A forma ógica que essa segunda operação vem modificar dialeicamente chamase, na lógica simbóica, interseção, ou o produto que se formua por um perencimeno a- e à-. Essa função modificase, aqui, por uma parte retirada da fata pela 2
O meio em que imperaria o franglês" , uma espécie de língua francesa excessivamente inuenciada pelo inglês. (NE) . Abreviação de nossa resposta a uma objeção inoperante.
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falta, através da qua o sujeito reencontra no desejo do Outro sua equivalência ao que ele é como sujeito do inconsciente Por essa via, o sujeito se reaiza na perda em que surgiu como inconsciente, mediante a falta que produz no Outro, de acordo com o traçado que Freud descobriu como sendo a pulsão mais radical, e que ele denominou de pulsão de morte. Aqui, um nem à- é convocado a suprir outro nem à. O ato de Empédoces, respondendo a isso, evidencia que se trata aí de um querer. O veZ retoa como velle.4 Esse é o fim da operação. Agora, o processo Separre, separar, conclui-se aqui em se paere, gerar a si mesmo. Prescindamos dos préstimos certeiros que encontramos nos etimoogistas do latim, nesse desizamento do sentido de um verbo para o outro. Que se saiba apenas que esse deslizamento se funda no pareamento comum dos dois na função da pars A parte não é o todo, costuma-se dizer, só que geralmente sem pensar Pois seria preciso acentuar que, com o todo, ela nada tem a ver É preciso tomar partido nisso; ela joga sua partida sozinha. Aqui, é por sua partição que o sujeito procede a sua parturição. E isso não implica a metáfora grotesca de que ee se dê à uz de novo O que, aiás, a inguagem ficaria um bocado atrapahada para exprimir por um termo origina, pelo menos na área do indo-europeu, onde todas as palavras utilizadas nessa acepção têm uma origem jurdica ou social. Parere é, antes de mais nada, proporcionar (um filho ao marido). Por isso é que o sujeito pode se proporcionar o que he diz respeito aqui, um estado que qualificaremos de civil. Nada na vida de ninguém desencadeia mais empenho para ser alcançado Para ser pars, ee reamente sacrificaria grande parte de seus interesses, e não para se integrar na totaidade, que, de resto, não é de modo algum constituda peos interesses dos outros, e menos ainda peo interesse gera, que se distingue disso de um modo total mente diferente Separare Separare se parre: parr e: para se enfeitar com o significante 5 sob o qua sucumbe, o sujeito ataca a cadeia, que reduzimos à conta 4 Innitivo presente e imperfeito do subuntivo do latim volo, volui querer, "desejar "desejar Trocadilho de Lacan ente vel (ou) e velle (de volo) (NE) signicar gabarse gabarse vangloriar-s vangloriar-se e 5 Se parer du signfant: se parer além de signicar equivoca com séparer (sepaar); parer signica "proteger aparar enfeitar oamentar. (NE)
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exaa de um binarismo, em seu pono de inervao. O inervao que se repee, esruura mais radical da cadeia significane, é o ugar assombrado pea meonímia, veícuo, ao menos como o ensinamos, do desejo. Seja como for, é sob a incidência em que o sujeio experimena, experimena, nesse inervao, uma Oura coisa a moiváo que não os efeios de senido com que um discurso o soicia, que ele depara efeivamene com o desejo do Ouro, anes mesmo que possa sequer chamá-o de desejo, e muio menos imaginar seu objeo O que ele cooca aí é sua própria faa, sob a forma da faa que produziria no Ouro por seu próprio desaparecimeno. De saparecimeno que, se assim podemos dizer, ee em nas mãos, da parte de si mesmo que lhe cabe por sua aienação primária Mas o que ele assim preenche não é a faha que ee enconra no Ouro, e sim, anes, a da perda consiuiva de uma de suas pares, e pea qua ele se acha consiuído em duas pares Nisso reside a orção aravés da qual a separação represena o reoo da alienação É por ee operar com sua própria perda, a qual o reconduz a seu começo. Sem dúvida, o " ee pode me perder é seu recurso conra a opacidade do que ee enconra no ugar do Ouro como desejo, mas resiui o sujeio à opacidade do ser que he coube por seu adveno de sujeio, a como ele se produziu inicialmene pela inimação do ouro. Essa é uma operação cujo desenho fundamena vai ser reen conrado na écnica. Pois é na escansão do discurso do paciene, à medida nee inervém o anaisa, que veremos ajusarse a pusação da borda pea qua deve surgir o ser que reside para aquém dea A espera do adveno desse ser em sua reação com o que designamos como o desejo do analisa, no que ee em de despercebido, peo menos aé hoje, por sua própria posição, é essa a úima e verdadeira moa do que consiui a ransferência. Eis por que a ransferência é uma relação essencialmene ligada ao empo e a seu manejo Mas o ser que, em nós operando a parir do campo da faa e da linguagem, responde do para-aquém da enrada da cavea, quem é ele? Vamos dar-he corpo com as próprias paredes da cavea, que viveriam, ou melhor, se animariam com uma papiação cujo movimeno de vida deve ser capado agora, iso é, depois de havermos articuado a função e o campo da faa e da inguagem em seu condicionameno.
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Pois não vemos muito bem como se dar o direito de nos mputar de negigenciar o dnâmico em nossa topologia: nós o orientamos o que é melhor do que fazer dee um ugarcomum (o mas verba não está onde se quer dizêo). Quanto à sexualidade onde nos embrariam que está a força com que temos de idar e que ea é bioógca retrucaremos que o analista tavez não tenha contribuído tanto quanto se podera esperar numa certa época para o escarecmento de suas molas a não ser apregoando o que nea há de natural em temas de ritoeos ritoeos que às vezes chegam chega m ao arrulho. Tentaremos Tentarem os introduzir nsso ago de mas novo recorrendo a uma forma que o próprio Freud nesse aspecto nunca pretendeu utrapassar: a do mito. E, para seguir as pegadas do Aristófanes do Banquete ante riormente evocado recordemos seu primtvo anma de dos dorsos em que se sodam metades tão firmemente undas quanto as de uma esfera de Magdeburgo as quais separadas num segundo tempo por uma ntervenção crúrgica do ciúme de Zeus representam esses esses seres famintos de um intangíve complemento em que nos transformamos no amor Ao considerar essa esfericdade do Homem primevo tanto quanto sua divisão é o ovo que se evoca e que tavez se aponte como recacado seguindo Patão na preeminênca conferida à esfera durante sécuos numa herarquia das formas sancionada peas cências da natureza. Consideremos esse ovo no ventre vivíparo em que ele não precsa de concha e lembremos que toda vez que se rompem suas membranas é uma parte do ovo que é ferda pois as membranas são do ovo fecundado tão fihas quanto o ser vivo que vem à uz por sua perfuração. Donde resuta que na secção do cordão o que o recémnascido perde não é como pensam os anaistas sua mãe mas seu compemento anatômico. Aquilo que as parteras chamam de secundinas Pois bem imagnemos que toda vez que se rompem as membranas pea mesma saída escapa um fantasma o de uma forma infinitamente mais prmária da vda e que não estara apta a reproduzir o mundo como mcrocosmo Ao quebrar o ovo faz-se o Homem mas faz-se também a Homeete. Suponhamola como grande panqueca a se desocar qual a ameba utraachatada a passar sob as portas onscente por ser conduzida peo puro nstinto de vida imortal por ser cissípara
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Eis aí ago que não seria bom sentir escorrer sobre o rosto, sem ruído, durante o sono, para he apor um lacre. A se admitir que nesse ponto começa o processo de digestão, percebese que a Homelee teria com que se susenar por muio tempo (lembremos que há organismos, e já bem diferenciados, que não têm aparelho digestivo) Desnecessário acrescentar que ogo se travaria a ua contra um ser ão assusador, mas que ea seria difíci Pois é possíve supor que, com a ausência de aparelho sensorial na Homelete a he deixar apenas o puro real para se guiar, ea levaria uma vantagem sobre nós, homens, que sempre emos que nos prover de um homúnculo em nossa cabeça para fazer desse mesmo real uma realidade Não seria fácil, com efeito, prevenir os caminhos de seus aaques, aliás impossíveis de prever, uma vez que ea também não conheceria obsácuos Impossível educála ou tampouco he armar uma ciada Quanto a destruir a Homelee, seria bom nos prevenirmos de que não he ocorra puuar, pois nea fazer um alho seria promover aé sua reprodução, e o menor de seus brotos sobre vivendo, até mesmo do fogo, ele conservaria odos os seus poderes de prejudicar Afora os efeitos de um raio morta, que ainda seria preciso experimenar, a única saída seria encerráa, aprisionála nas mandíbulas de uma esfera de Magdeburgo, por exempo, que reaparece aí, único insrumeno a se propor, como que por acaso Mas seria preciso que ea conseguisse isso ineira e sozinha Pois, para he pôr os dedos, para empurrá-la um antinho só que transbordasse, o mais vaene teria razão de pensar duas vezes, temendo temendo que por entre seus dedos ela he escapass escapassee e para ir se aoar onde? A não ser por seu nome, que trocaremos peo nome mais decente de lamela (do qual a paavra omeete, aiás, não passa de uma metástase6, essa imagem e esse mio parecem-nos muio
6 Vem-nos à lembrança que, como prova de haver mamado do bom leite há
quem zombe de nossas referências à metástase e à metoníma (sic). (sic) . Raro é o que az rir aquele cujo rosto é eloqüente para ilustrar o slogan do qual aríamos sua marca: a bosa de vache qui rit. [Lacan brinca com omelee, lamelle e mamelle (mama, teta). NE)]
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apropriados tanto para representar quanto para instaurar aquilo a que chamamos libido A imagem nos apresenta a libido ta como ela é, ou seja, um órgão, o que faz com que seus costumes a aparentem muito mais que com um campo de forças. Digamos que é como superfície que ela ordena esse campo de forças Essa concepção é posta à prova ao se reconhecer a estrutura de montagem que Freud conferiu à pusão e ao se a articular com ela A referência à teoria eetromagnética, e nomeadamente a um chamado teorema de Stokes, nos permitiria situar na condição de essa superfície apoiar-se numa borda fechada, que é a zona erógena, a razão da constância do ímpeto da pusão, na qual Freud insiste tanto 7 Vê-se também que o que Freud chama de Schub, ou escoa mento da pusão, não é sua descarga, mas deve antes ser descrito como a evaginação em vaivém de um órgão cuja função deve ser situada nas coordenadas subjetivas precedentes. Esse órgão deve ser chamado de irrea, no sentido de que o irreal não é o imaginário e precede o subjetivo que ele condiciona, por estar diretamente às voltas com o rea. É a isso que nosso mito, como qualquer outro, esforça-se por dar uma articuação simbóica, em vez de uma imagem Nossa amela representa aqui a parte do ser vivo que se perde no que ee se produz peas vias do sexo. Essa parte certamente não deixa de se indicar em suportes que a anatomia microscópica materializa nos glóbulos expulsos nas duas etapas dos fenômenos que se ordenam em too da redução cromossômica, na maturação de uma gônada Sendo aqui representada por um ser mortífero, ea marca a reação, da qua o sujeito participa, entre a sexualidade, especi ficada no indivíduo, e sua morte Sabemos o que esse teorema enuncia sobre o fluxo do rotacional Ele supõe um campo vetorial denido no contínuo e no derivável. Em tal campo sendo o rotacional de um vetor constituído pelas derivadas de suas componentes, demonstra-se que a circulação desse vetor numa linha fechada é igual ao uxo do rotacional gerado a partir da superfície que se apóia nessa linha como borda. Ou seja ao assim postular esse luxo como invariante o teorema estabelece a idéia de um luxo "através de um circuito orificial isto é tal que a superfície inicial já não ena em consideração Para os topologistas: di. V d. Rot V. 7.
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Do que dela se representa no sujeito, o que impressiona é a forma de corte anatômico (reavivando o sentido etimoógico da paavra anatomia) em que se decide a função de aguns objetos, dos quais convém dizer não que eles são parciais, mas que têm uma situação reamente à parte O seio, para dee tirar o exempo dos probemas suscitados por esses objetos, não é somente a fonte de uma nostalgia "regressiva, por ter sido a de um alimento valorzado Ee está ligado ao corpo mateo, dizem-nos, a seu caor ou aos cuidados amorosos Mas isso não equivae a dar uma razão suficiente de seu valor erótico, do qual um quadro (em Berim) de Tiepolo, em seu horror exaltado, representando sta Ágata após seu supício, é mais apropriado para dar uma idéia Na verdade, não se trata do seio no sentido da matriz, por mais que se misturem à vontade essas ressonâncias em que o significante joga fartamente com a metáfora Trata-se do seio especificado na função do desmame, que prefigura a castração Ora, o desmame está por demais situado, desde a investigação keiniana, na fantasia da partição do corpo da mãe, para que não suspeitemos de que é entre o seio e a mãe que passa o pano de separação que faz do seio o objeto perdido que está em causa no desejo Pois, a nos embrarmos da relação de parasitismo em que a organização mamífera cooca o rebento, desde o embrião até o recém-nascido, no tocante ao corpo da mãe, o seio aparecerá como o mesmo tipo de órgão, a ser concebido como ectopia de um indivíduo sobre outro, materiaizado pela placenta nos pri mórdios do crescimento de um certo tipo de organismo, que mantém-se especificado por essa interseção. A ibido é a lamea que o ser do organismo desliza até seu verdadeiro limite, que vai mais onge que o do corpo Sua função radica no anima se materializa, nessa etologia, pea súbita queda de seu poder de intimidação nos limites de seu "territóro Essa amela é órgão por ser instrumento do organismo Às vezes é como que sensíve, quando a histérca brnca de testar sua easticidade ao extremo O sujeito faante tem o privilégio de revear o sentido mortífero desse órgão e, através disso, sua relação com a sexuaidade Isso porque o significante como tal, barrando por intenção primeira o sujeito, nee fez penetrar o sentido da morte. A etra mata,
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mas só ficamos sabendo disso pela própria letra.) Por isso é que toda pulsão é virtualmente pulsão de morte. O importante é apreender como o organismo vem a ser apanhado na dialética do sujeito. Esse órgão do incorpora no ser sexuado é aquilo do organismo que o sujeito vem estabelecer no momento em que se opera sua separação. É por meio dele que ele pode realmente fazer de sua morte objeto de desejo do Outro. Mediante o quê virão para esse lugar o objeto que ele perde por natureza, o excremento, ou o u então os suportes que ele encontra para o desejo do Outro seu olhar, sua voz. É em revolver esses objetos para neles resgatar, para restaurar em si sua perda original, que se empenha a atividade que nele denominamos de pulsão (Trieb). Não há outra via em que se manifeste no sujeito a incidência da sexualidade. A pulsão, como representante da sexualidade no inconsciente, nunca é senão pulsão parcial. É nisso que está a carência essencial, isto é, a daquilo que pudesse representar no sujeito o modo, em seu ser, do que nele é macho ou fêmea. O que nossa experiência demonstra de vacilação no sujeito, no tocante a seu ser de masculino ou feminino, deve ser menos relacionado com sua bissexualidade biológica do que com o fato de não haver nada em sua dialética que represente a bipolaridade do sexo, a não ser a atividade e a passividade, isto é, uma polaridade pulsão-ação-defora, totalmente imprópria para re presentá-la em seu fundamento. É a isso que queremos chegar neste discurso a que a sexua lidade se distribui de um lado a outro de nossa borda como limiar do inconsciente, da seguinte maneira: Do lado do vivente, como ser que deve ser captado na fala, como alguém que nunca pode enfim advir nela por inteiro, nesse paraaquém do limiar que no entanto não é dentro nem fora, não há acesso ao Outro do sexo oposto senão através das chamadas pulsões parciais, onde o sujeito busca um objeto que lhe reponha a perda de vida que lhe é própria, por ele ser sexuado. Do lado do Outro, do lugar onde a fala se confirma por encontrar a troca dos significantes, os ideais que eles susten tam, as estruturas elementares de parentesco, a metáfora do pai como princípio da separação, a divisão sempre reabearta no sujeito em sua alienação primária, apenas desse lado, e por
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estas vias que q ue acabamos de car, devem instaurar-se a ordem e a norma que dzem dz em ao sujeo o que ele deve fazer como homem ou mulher. Não é verdade que Deus os tenha feito macho e fêmea, se é isso que se quer dizer com o casal Adão e Eva, como aliás o contradz expressamente o mo ulracondensado que encontra mos no mesmo texto sobre a criação da companheira Sem dúvida, antes houve Llith, mas ela não resolve nada Interrompendo por aqui, dexamos para o passado debates em que, no que concee ao inconsciene freudano, eram bem-vindas as ntervenções rresponsáves, usamente pelo fao de os res ponsáves só vrem de má vonade, para não dizermos mas nada a partir de uma certa borda Um resulado disso, não obsante, foi que a ordem de silêncio dessa borda oposta a nosso ensino neles se rompeu O fato de, quano ao complexo de Édpo, o pono fnal ou melhor, a vedete norte-amercana, er atingido uma proeza her menêuca confrma nossa apreciação desse colóquo e desde então tem mosrado suas conseqüêncas Indicamos aqu, por nossa cona e rsco o aparelho pelo qual se poderia rentroduzr a precsão 8
Contudo assinaemos ainda que ao restabelecer aqui de forma irônica a função do objeto "parcial fora da referência à regressão com que ela é habitualmente encoberta (entenda-se: essa referência só pode entrar em execício a partir da estrutua que defne esse objeto ao qual chamamos chamamos objeto ) não pudemos estendêla até o ponto que constitui seu interesse crucial ou seja, ao objeto (-) como causa do complexo de castração Esse objeto é abordado na comunicação que vem a seguir. Mas o complexo de castração que está no cee de nossas elaborações atuais ultrapassa os limites conferidos à teoria pelas tendências que se designavam como novas na psicanálise pouco antes da guerra e pelas quais ela continua a ser afetada em seu conjunto Podese avaliar o obstáculo que nisso tivemos de contoar pelo tempo que nos foi necessário para dar ao discurso de Roma a seqüência deste texto bem como pelo fato de no momento em que o corrigimos sua revisão original ainda estar sendo esperada 8.
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A pusão 1 ta como é construída por Freud a partir da experiência do inconsciente, proíbe ao pensamento psicologizante esse re curso ao instinto com que ee mascara sua ignorância, através da suposição de uma moral na natureza A pulsão pulsão - nunca é demais lembrálo lembrálo à obstinação do psicólogo que em seu conjunto e per se, fica a serviço da exporação tecnocrática tecnocrática a pulsão freudiana freudiana nada tem a ver com o instinto instinto (nenhuma das expressões de Freud permite essa confusão). A libido não é o instinto sexual Sua redução, em útima instância ao deseo viri, indicada por Freud, bastaria para nos advertir disso A ibido em Freud é uma energia passíve de uma quantimetria q uantimetria tão mais fáci de introduzir na teoria quanto é inúti já que nea só são reconhecidos aguns quanta de constância Sua coloração sexua tão formamente afirmada por Freud como inscrita no que há de mais íntimo em sua natureza, é cordevazio: suspensa na uz de uma hiância
Este é o resumo de nossas intervenções num notável colóquio convocado em Roma peo professor Enrico Castei. Segundo de uma série sobre o tema dos problemas problemas introduzid introduzidos os na ética pelos eeitos eeitos da ciência - tema que Enrico Castelli é admiravelmene escoado em organizar em aporias questionadoras. Esse coóquio se realizou, sob o tíulo de Técnica e Casuística de 7 a 12 de janeiro de 964, na Universidade de Roma. Ai evitamos expor demasiadamente cedo a uma diusão que não eria sido controlável o que desde então articulamos sobre a pulsão em nossas conerências da École Normale Supérieure que iveram início alguns dias depois. Este teto oi enregue às Atti do colóquio para neas resumir nossa comuni cação e nossas intervenções. 1.
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Essa hiância é aquela com que o desejo esbarra nos limites que lhe são impostos pelo princípio ironicamente chamado de princípio do prazer, por estar remetido a uma realidade que, por sua vez, podemos dizer, é aqui tãosomente campo da práxis. É justamente desse campo que o freudismo recorta um desejo cujo princpio encontrase essencialmente em impossibilidades. Tal é o relevo que o moralista poderia ter levantado ali, se nossa época já não fosse tão prodigiosamente atormentada por exigências idílicas. Isso é o que quer dizer a referência constante, em Freud, aos Wunschgedanken (wishful thinking) e à onipotência do pensa mento: não é a megalomania que se denuncia aí, mas a conci liação dos contrários. Isso poderia querer dizer que Vênus está proscrita de nosso mundo: decadência teológica. Mas Freud nos revela que é graças ao NomedoPai que o homem não permanece preso ao serviço sexual da mãe, que a agressão contra o Pai achase no princípio da Lei, e que a Lei está a serviço do desejo que ela institui pela proibição do incesto. Pois o inconsciente mostra que o desejo está agarrado à proibição, que a crise do Édipo é determinante para a própria maturação sexual. O psicólogo deturpou prontamente essa descoberta em sentido contrário, para dela extrair uma moral da gratificação matea, uma psicoterapia que infantiliza o adulto, sem que por isso a criança seja mais bem reconhecida. Com demasiada freqüência o psicanalista se deixa levar por isso. O que se escamoteia aí? Se o medo da castração está no princípio da normatização sexual, não nos esqueçamos de que, ao se referir sem dúvida à transgressão que ela proe no Édipo, ela afeta igualmente nele a obediência, detendo-o em sua inclinação homossexual. Assim, é antes a assunção da castração que cria a falta pela qual se institui o desejo. O desejo é desejo de desejo, desejo do Outro, como dissemos, ou seja, submetido Lei. (É o fato de a mulher ter que passar pela mesma dialética embora nada pareça obrigála a isso ela tem que perder aquilo que não possui possui que nos deixa com com a pulga pulga atrás atrás da orelha, orelha, permitindonos articular que é o falo, por ausência, que produz
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o montante da dívida simbóca conta devedora quando se o tem tem - e, quan quando do não se o tem, tem, crédit créditoo contesta contestado.) do.) A castração foi a moa absoutamente nova que Freud ntro duziu no desejo, dando à fata do desejo o sentdo que fcara enigmátco na dialétca de Sócrates, ainda que preservado no reato do Banquete. A partr daí, o agalma do ern mostra ser o princípo pelo qua o desejo atera a natureza do amante Em sua busca, Acibíades revea o segredo da enganação do amor, e de sua baixeza (amar é querer ser amado), na qual estava prestes a consentir Não nos foi permtdo, no contexto do debate, evar as coisas a ponto de demonstrar que o conceto da pulsão a representa como uma montagem As pusões são nossos mitos, mitos, disse Freud. Não se deve entender isso como uma remssão ao rreal É o rea que eas mtifcam, comumente, mitos aqu, aquo que produz o desejo, reprodu zndo nee a relação do sujeto com o objeto perddo. Não fatam objetos que passam por lucros e perdas para ocupar seu ugar Mas é em número imitado que eles podem desem penhar um pape que se simboizara da mehor maneira possíve pea automutação do agarto, por sua cauda desprendida com desolação. Desventura do desejo nas sebes do gozo, espreitadas por um deus maigno. Esse drama não é o acdente que se supõe É da ordem da essência: porque o desejo vem do Outro, e o gozo está do ado da Coisa O que o sujeito recebe dee de esquartejamento pluralizante, eis ao que se aplica a segunda tópica de Freud. Mas uma oportunidade para não se ver o que deveria impressionar nea: que as identficações determnamse ai peo desejo, sem satis fazer a pusão. Isso porque a pusão dvide o sujeto e o desejo, o qual só se sustenta pela reação, que ee desconhece, dessa divisão com um objeto que a causa. Ta é a estrutura da fantasia. Por conseguinte, qual pode ser o desejo do anaista? Qual pode ser o tratamento a que ele se dedca? Irá ele cair na pregação que gera o descrédto do pregador cuja fé foi substituída peos bons sentimentos, e como ee assumir uma "direção abusiva?
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Podemos aqui apenas observar que, exceto pelo ibertno que foi o grande cômico do sécuo XVII, não se atentou, não mas do que no século das luzes, contra o priviégo do médco, apesar de não menos regoso do que outros. Pode o analista proteger-se com essa antiga investidura, quan do, laiczada, ela ruma para uma sociaização que não poderá evtar nem a eugena nem a segregação política da anomalia? Haverá o pscanalista de dar seqüência não a uma escatoogia, mas a diretos de uma fnalidade primordial? Então, qua é a fnalidade da análise, para-além da terapêutca? Impossvel não distnguila desta quando se trata de produzir um anasta Pos, como dissemos sem entrar na mola da transferência, é o desejo do anasta que, em últma instância, opera na psicaná lise. O esto de um congresso filosófco, parece, mais eva cada um a fazer valer sua própra impermeabidade Não somos mais inaptos nisso do que outros, mas, no campo da formação analítica, esse processo de desocamento cria a cacofonia do ensno Digamos que, neste, go a técnica à finalidade prmordia Conclundo, pudemos lamentar que, de modo geral, tenha ficado afastada a questão que é, profunda, a de Enrico Castel O nilismo, aqu (e a censura peo niismo), tiveram as costas argas para nos poupar de enfrentar o demonaco, ou a angústia, como quiserem
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