Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro Licenciatura em Finanças Análise Financeira
ANÁLISE DE EQUILIBRIO FINANCEIRO Project Print Professor: Carla Fernandes Trabalho realizado: Renata Torres n.º77386 | Diogo Dionísio n.º78092
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Índice Introdução .......................................................................................................... 2 Questão 1 - Demonstração dos Fluxos de Caixa ............................................... 3 Questão 2 - Balanço........................................................................................... 4 Questão 3 - Técnicas, composição e evolução das Necessidades Cíclicas ...... 6 Questão 4 - Indicadores ................................................................................... 10 Conclusão ........................................................................................................ 12 Bibliografia........................................................................................................ 13 Anexos ............................................................................................................. 14
1
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Introdução O tema do presente trabalho é a análise do equilíbrio financeiro da empresa Project Print – Publicações e Artes plásticas, S.A., mais concretamente, analisar as suas demonstrações financeiras, como o balanço, demonstração de resultados, demonstração de fluxos de caixa, tendo em conta toda a informação contida no anexo e informações complementares dos triénios. Será utilizado o balanço já elaborado pela empresa, que reflete a situação financeira da organização, de forma a analisar rubrica a rubrica e classificá-las em cada ciclo – investimento, exploração ou financiamento a curto prazo. De seguida, será realizado um balanço funcional, reorganizando as rubricas de cada ciclo. No ciclo de investimento, por parte das aplicações detém-se as aplicações fixas e por parte das origens, os recursos estáveis. No ciclo de exploração, atividade normal da empresa, as necessidades cíclicas respeitam às aplicações e os recursos cíclicos às origens. No ciclo de financiamento de curto prazo, na parte das aplicações observamos a tesouraria ativa e na parte das origens a tesouraria passiva. Depois do balanço funcional realizado, procede-se à análise das rubricas atendendo às técnicas de estudo mais vantajosas. As técnicas são: valores absolutos que consiste na diferença dos valores de cada rubrica, de um ano para o outro; valores relativos que consiste no apuramento da percentagem de casa rubrica face a um total; e por último, os números índices que se baseia em saber o peso de casa rubrica das aplicações e das origens, no triénio. Desta forma, pode se verificar as variações existentes. Com a realização do balanço funcional, detém-se todos os dados para realizar os estudos aos indicadores – Fundo Maneio Funcional, Necessidades de Fundo Maneio e Tesouraria Liquida. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida do material fornecido na unidade curricular de Análise Financeira.
2
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Questão 1 - Demonstração dos Fluxos de Caixa “A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) procura explicar a forma como é gerado e utilizado o dinheiro evidenciando os fluxos de recebimentos e pagamentos de determinada entidade num determinado período, e reconciliando o saldo inicial e final de caixa e seus equivalentes”. Na DFC presente, observa-se que, o valor dos recebimentos de clientes é superior ao valor das vendas e serviços prestados, logo existe prazo médio de recebimentos.
O pagamento a fornecedores
revela-se
constante.
Os
pagamentos ao pessoal aumentaram no ano N-1, podendo significar incentivos ao pessoal ou aumento de contratos. O fluxo gerado pelas atividades operacionais sofreu uma drástica diminuição no ano N-1 explicada pela diminuição dos recebimentos a clientes, aumento dos pagamentos a fornecedores e pessoal, ainda pela diminuição de pagamento/recebimento do imposto sobre o valor acrescentado e sobre o rendimento. Quanto às atividades de investimento, no ano N-2, ocorreu um investimento em ativos fixos tangíveis e um recebimento de juros e rendimentos similares. No ano N-1, existindo um elevado pagamento de investimentos, origina um fluxo inferior ao ano n-2. No ano n, o fluxo é positivo devido aos recebimentos de subsídios ao investimento e de ativos fixos tangíveis, referindose a uma possível venda do ativo com valor superior ao valor contabilístico. Relativamente ao fluxo gerado pelas atividades de financiamento, este é desfavorável no ano N-2, devido ao valor inferior dos recebimentos relativamente aos pagamentos, existindo a amortização dos contratos de locação financeira. Em segundo lugar, ano N-2, os recebimentos são superiores aos pagamentos, existindo uma aquisição de ações próprias, provavelmente com o intuito de reduzir o Capital Social para não correr o risco de entrar em falência técnica. Desta forma, o fluxo gerado é favorável. Contudo, no ano n, o fluxo gerado é desfavorável uma vez que só há lugar a pagamentos, incluindo a amortização dos contratos de locação financeira. Por último, o valor de caixa e equivalentes do fim do período N-2 corresponde ao valor do início do período do ano N-1 e assim sucessivamente. Concluindo que, no ano n, existe um reforço de caixa, uma vez que o valor final do ano é muito superior ao valor inicial.
3
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Questão 2 - Balanço Tendo presente o resultado obtido em termos de balanço funcional, convém aqui especificar tomadas de decisão para a sua construção: Faz-se equivaler a totalidade do ativo não corrente do balanço financeiro às aplicações fixas líquidas do balanço funcional. Também se acrescenta que, os acionistas do ativo corrente indicam um carater de permanência e como tal deve integrar as AFL, pois em todos os anos esta tem sempre valor. E de acordo com a informação 3, os investidores da Project Print, que adquiram uma dimensão anormal de matéria-prima no final de novembro N, decidiram que apenas necessitariam de manter em inventários metade do atual valor. dessa forma, é retirado metade do valor dos inventários das Necessidade Cíclicas e inclui-se nas aplicações fixas líquidas em inventários excedentes. Consideram-se como necessidades cíclicas todas as rubricas do ativo corrente relacionadas com a atividade principal da empresa. As principais questões prendem-se com decisões relativas a:
Inventários, como referido anteriormente;
Estado e outros entes públicos, com exceção a rubrica de IRC de C.P. que irá integrar na tesouraria ativa, como tal, este valor irá entrar a subtrair no total de EOEP nas necessidades cíclicas e entram a somar na Tesouraria Ativa;
Outras Contas a Receber, subdividida em duas rubricas, a primeira é esclarecida pelo facto de todas as rubricas de extraexploração são consideradas na tesouraria ativa, assim são subtraídas ao total da rubrica de outras contar a receber nas necessidades cíclicas e entra a somar na tesouraria ativa em outras contas a receber, nesta entram as sub-rubricas de Empréstimo a Subsidiárias e Outros devedores extraexploração. E a segunda, refere-se à informação 2 - reembolso da seguradora relativa à indemnização;
Diferimentos, que neste caso são os seguros, tudo o resto que não faz parte de exploração é contabilizado na tesouraria ativa como diferimentos, mas estes não são incluídos noutros ciclos, mas tem que ser contabilizados. Assim os seguros entram nas Necessidades cíclicas a
4
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
somar e subtrair ao total diferimentos na tesouraria ativa para dar o valor do ticket de restaurante. Em tesouraria ativa incluem-se todas as rubricas do ativo corrente tipicamente relacionadas com as operações financeiras de tesouraria. Assim, como meios financeiros líquidos, diferimentos ativos não incluídos noutros ciclos anteriores e IRC a receber em curto prazo. No que se refere aos recursos estáveis considera-se como conveniente incluir a totalidade dos capitais permanentes, devidamente ajustados pelas correções ao capital próprio e ao passivo não corrente aquando da construção do balanço financeiro. Ou seja, na rubrica de outras contas a pagar está incluída a sub-rubrica de fornecedores e optou-se por dar uma especial clareza a esta conta devido a informação contida na informação 4 mas os valores base do balanço mantiveram-se. Opta-se por integrar nos recursos cíclicos todas as rubricas do passivo corrente relacionadas com a atividade principal da empresa. As principais questões prendem-se com decisões relativas a:
Estado e outros entre públicos, os Planos prestacionais são considerados com recursos cíclicos em mora como tal irão entrar na Tesouraria Passiva. Dessa forma, terão que sair dos recursos cíclicos na rubrica de EOEP e adicionados na mesma rubrica embora seja na Tesouraria Passiva;
Outras contas a pagar, como as rubricas de remunerações a liquidar, o rappel a liquidas, os FSE e contratos de impressão;
Fornecedores, pela receção das faturas correspondentes onde se realiza a transferência para as respetivas, neste caso é dos recursos cíclicos para a tesouraria passiva.
Finalmente considera-se como tesouraria passiva todo o financiamento obtido decorrente das decisões de financiamento (extraexploração). Veja-se a este propósito que é aqui considerado: Dívidas de curto prazo resultado de decisões de financiamento, diferimentos passivos não incluídos noutros ciclo, outras contas a pagar não incluídos nos ciclos anteriores e recursos cíclicos em mora.
5
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Questão 3 - Técnicas, composição e evolução das Necessidades Cíclicas Para a análise da composição e evolução das Necessidades Cíclicas foram utilizadas as seguintes técnicas de comparação de DF sucessivas, uma vez que serão utilizados dados dos balanços funcionais de 3 anos sucessivos, comparando-os entre si. Análise dos valores absolutos: A sua aplicação às demonstrações financeiras de um único período permite apenas observar os valores reais de cada conta e obter uma perceção da grandeza do volume de atividade e do património da empresa. Acrescenta- se ainda que, consiste em fazer a diferença dos valores de cada rubrica de um ano para o outro (N-1 - N-2), para assim obtermos em termos absolutos a variação ocorrida em cada rubrica de um ano para o outro. Análise dos valores relativos: Para além de colmatar as limitações da análise de variações absolutas possibilitando comparações no espaço, a sua aplicação ao estudo de demonstrações financeiras sucessivas permite também comparações no tempo. Neste caso, para além de se conseguir observar a evolução da importância relativa das diversas rubricas, é ainda possível reconhecer nessas evoluções sinais e fatores explicativos de alterações verificadas na rendibilidade, posição financeira, estrutura de gastos, estrutura de capital da empresa, posteriormente suportados pelo cálculo e interpretação de rácios e outros indicadores relevantes. Este valor é calculado conforme a rubrica de cada ano dividindo pelo total do ativo. Análise de números índice trata-se de uma análise apenas possível na comparação de demonstrações financeiras sucessivas, uma vez que um número índice representa, por definição, a relação entre o valor observado de uma variável num dado momento e o valor dessa variável no momento escolhido como referência (ou base). É ainda possível distinguir entre: Números índice Base Fixa: o valor da referência (base) é sempre o mesmo. No caso de comparação de demonstrações financeiras sucessivas, tenderá a ser o primeiro ano do período de tempo em análise. Números Índice Base Móvel: o valor de referência (base) vai mudando ao longo do período em análise. No caso da comparação de demonstrações financeiras sucessivas é normalmente o ano imediatamente anterior àquele para o qual esta a ser calculado o índice. 6
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Necessidades cíclicas, segundo a análise dos valores absolutos: Datas Rubricas
Periodos
31/Dez/N-2
31/Dez/N-1
31/Dez/N
(N-1) - (N-2)
(N) - (N-1)
Valor (em €)
Valor (em €)
Valor (em €)
Valor (em €)
Valor (em €)
Ativo Necessidade Cíclicas Inventários
209 410,00
263 115,00
250 617,50
53 705,00
-
12 497,50
4 878 490,00
4 231 586,00
4 113 020,00
- 646 904,00
-
118 566,00
Adiantamento a Fornecedores
39 969,00
166 597,00
36 635,00
126 628,00
-
129 962,00
Estado e Outros Entes Públicos
375 299,00
-
307 035,00
- 375 299,00
Outras contas a Receber
488 302,00
940 186,00
249 915,00
451 884,00
Outras contas a Receber
133 500,00
-
-
- 133 500,00
-
Diferimentos
10 916,00
13 575,00
18 954,00
2 659,00
5 379,00
6 135 886,00
5 615 059,00
4 976 176,50
- 520 827,00
Clientes
Total
307 035,00 -
-
690 271,00
638 882,50
Necessidades cíclicas, segundo a análise dos valores relativos: Datas Rubricas
31/Dez/N-2
31/Dez/N-1
31/Dez/N
Valor (em €)
%
Valor (em €)
%
Valor (em €)
%
Inventários
209410
0,7390
263115
1,0914
250617,5
Clientes
4878490
17,2150
4231586
17,5523
4113020
Adiantamento a Fornecedores
39969
0,1410
166597
0,6910
36635
1,1901 19,5310 0,1740
Estado e Outros Entes Públicos
375299
1,3243
0
0,0000
307035
1,4580
Outras contas a Receber
488302
1,7231
940186
3,8998
249915
Outras contas a Receber
133500
0,4711
0
0,0000
0
Diferimentos
10916
0,0385
13575
0,0563
18954
1,1867 0,0000 0,0900
Total
6135886
21,6521
5615059
23,2909
4976176,5
23,6298
Ativo Necessidade Cíclicas
7
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Necessidades cíclicas, segundo os números Índice Base Fixa (IBF): Datas Rubricas
31/Dez/N-2 Valor (em €)
31/Dez/N-1 IBF
Valor (em €)
31/Dez/N IBF
Valor (em €)
IBF
Ativo Necessidade Cíclicas Inventários
209 410,00 4 878 490,00 39 969,00
100
100
263 115,00 4 231 586,00 166 597,00
375 299,00
100
-
488 302,00
100
940 186,00
Outras contas a Receber
133 500,00
100
-
Diferimentos
10 916,00
100
13 575,00
Clientes Adiantamento a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Outras contas a Receber
Total
6 135 886,00
100
100
5 615 059,00
126
120
417
250 617,50 4 113 020,00 36 635,00
0
307 035,00
82
193
249 915,00
51
87
0 124
92
18 954,00 4 976 176,50
84 92
0 174
81
Necessidades cíclicas, segundo números Índice Base Móvel (IBM): Datas Rubricas
31/Dez/N-2 Valor (em €)
31/Dez/N-1 IBM
Valor (em €)
31/Dez/N IBM
Valor (em €)
IBM
Ativo Necessidade Cíclicas Inventários Clientes
209 410,00 4 878 490,00
100
263 115,00
126
250 617,50
95
100
4 231 586,00
87
4 113 020,00
97
417
36 635,00
22
0
307 035,00
0
193
249 915,00
27
Adiantamento a Fornecedores
39 969,00
100
166 597,00
Estado e Outros Entes Públicos
375 299,00
100
-
Outras contas a Receber
488 302,00
100
940 186,00
Outras contas a Receber
133 500,00
100
-
Diferimentos
10 916,00
100
13 575,00
Total
6 135 886,00
100
5 615 059,00
0 124
92
18 954,00 4 976 176,50
0 140
89
Em conclusão, admite-se que, as necessidades cíclicas representam cerca de um quarto do investimento, entre 21,65% em N-2 e 23,29% em N-1 e 23,6298% em N. Existe um investimento significativo em inventários, tendo este aumentado de N-2 para N-1, contudo sofreu uma diminuição em N. Por outro lado, o crédito concedido a clientes é responsável por parte significativa das necessidades cíclicas, apresentado os valores mais elevados das NC. O adiantamento a fornecedores é maior em N-1. Em suma, subsistem duas rubricas de “outras contas a receber”, uma delas é responsável pelo valor a ser reembolsado pela Seguradora referentes a indemnizações, sendo que a restante 8
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
se refere a valores a receber de clientes. O valor a receber é maior no ano N-1, contudo a conta de crédito a clientes mantém se praticamente constante.
9
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Questão 4 - Indicadores Formulas
N-2
N-1
N
Ativo Aplicações Fixas Líquidas
21 524 388,00
17 845 718,00
14 700 343,50
6 135 886,00
5 615 059,00
4 976 176,50
678 285,00
647 619,00
1 382 396,00
28 338 559,00
24 108 396,00
21 058 916,00
Recursos Estáveis
12 780 044,00
11 345 172,00
8 710 516,00
Recursos Ciclicos
10 512 401,00
6 753 495,00
6 517 466,00
5 046 114,00
6 009 729,00
5 830 934,00
28 338 559,00
24 108 396,00
21 058 916,00
Necessidades Cíclicas Tesouraria Ativa Total
Capital Próprio e Passivo
Tesouraria Passiva Total
INDICADORES Necessidades de Fundo de Maneio
NC - RC
-
4 376 515,00
-
1 138 436,00
-
1 541 289,50
Fundo de Maneio Funcional
RE - AFL
-
8 744 344,00
-
6 500 546,00
-
5 989 827,50
Tesouraria Líquida
TA - TP
-
4 367 829,00
-
5 362 110,00
-
4 448 538,00
Tesouraria Líquida
FMF - NFM
-
4 367 829,00
-
5 362 110,00
-
4 448 538,00
O conjunto de indicadores que passa a ser analisado de forma integrada o domínio da abordagem funcional é o seguinte: Fundo de Maneio Funcional; Necessidades de Fundo de Maneio e Tesouraria Líquida. O Fundo de Maneio Funcional (FMF) está relacionado com os ciclos de prazo mais longo, medindo o montante de recursos estáveis em excesso sobre as aplicações fixas líquidas que financia parte das necessidades cíclicas. O FMF é calculado do seguinte modo: Recursos Estáveis (RE) – Aplicações Fixas Líquidas (AFL). Para que haja margem de segurança, este indicador deverá apresentar um valor positivo. No caso apresentado, o valor é negativo no triénio, deduzindo-se que os recursos estáveis não são suficientes pata financiar as aplicações fixas líquidas. Acrescenta-se que, não existe margem de segurança. As Necessidades de Fundo de Maneio (NFM) estão relacionadas com as necessidades de financiamento do ciclo de exploração. Assim, as NFM são calculadas da seguinte forma: Necessidades Cíclicas (NC) – Recursos Cíclicos (RC). Se este indicador apresenta um valor negativo no triénio e por norma, estas NFM acontecem quando ao ciclo de exploração curto se associa um prazo de
10
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
realização de ativos (PRA) menor que o prazo de exigibilidade das dívidas (PED). Concluído que, as NFM são negativas, sendo que o ciclo de exploração autofinancia-se libertando fundos que poderão ser empregues para financiar o deficit de capitais permanentes. Embora haja um valor de referência para o FMF, este deve cobrir, no mínimo, as NFM. A Tesouraria Líquida (TL) está relacionada com o ciclo de exploração a curto prazo, e é calculado da seguinte forma: Tesouraria Ativa (TA) – Tesouraria (TP) ou FMF – NFM. Neste caso, a TL apresenta valores negativos ao longo do triénio, refletindo a necessidade de financiar parte das suas necessidades cíclicas com operações de tesouraria passiva, de tal como que as rubricas constantes da tesouraria passiva não são suficientes para fazer face às dívidas de curto prazo extra exploração. Acrescentando que, é observado um desequilíbrio financeiro de curto prazo visto que os fundos libertos pelo ciclo de exploração são insuficientes para colmatar a insuficiência dos recursos estáveis.
11
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Conclusão Ao longo deste trabalho, foram abordadas técnicas de análise financeira, como, interpretação da demonstração dos fluxos de caixa, análise e construção de um balanço funcional, em suma, a composição das necessidades cíclicas, recorrendo a técnicas, como o IBM e IBF. E por último, a construção dos indicadores FMF, NFM e TL. Com a todas as dificuldades encontradas na elaboração do trabalho, foram concretizadas todas as metas estabelecidas. Conclui-se que, as necessidades cíclicas apresentam uma ligeira diminuição em termos gerais ao longo do triénio, o que indica que a empresa tem reduzido os seus recursos que fluam os seus benefícios durante o seu ciclo de exploração. Admite-se também que, a empresa se encontra numa situação de desequilíbrio financeiro em curto prazo com alto risco, visto que os fundos libertos pelo ciclo de exploração são insuficientes para colmatar a insuficiência dos recursos estáveis e também devido ao elevado valor de aplicações fixas líquidas que torna o fundo de maneio funcional negativo. A melhor estratégia para o escape deste desequilíbrio seria diminuir as aplicações fixas líquidas. Considera-se que, a realização deste trabalho foi importante para o aprofundamento e melhor compreensão da análise financeira de uma empresa, recorrendo a técnicas específicas e demonstrações financeiras.
12
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
Bibliografia Fernandes, Carla; Peguinho, Cristina; Vieira Elisabete; Neiva, Joaquim; Análise Financeira, Teoria e Prática; Edições Sílabo, 2016.
13
Análise Financeira 2016/2017
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro – Análise Financeira
ANEXOS
14
Análise Financeira 2016/2017