Série Perfil de Projetos
Unidade produtora de artefatos de cimento para uso na construção civil
Vitória Dezembro/1999
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SUMÁRIO
Página
1- Apresentação
03
2- Introdução
04
3- Enquadramento Técnico do Negócio
05
4- Projeto
06
5- Mercado
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6- Detalhamento dos Investimentos
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7- Aspectos Econômicos e Financeiros
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8- Resultados Operacionais
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9- Incentivos e Fontes de Financiamento
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1- APRESENTAÇÃO Iniciar uma atividade empresarial requer do investidor o pleno domínio da atividade que se propõe a iniciar. Neste sentido, tão importante quanto o conhecimento do ambiente econômico no qual está inserido, sua capacidade gerencial é um fator de fundamental relevância para o bom desempenho do negócio. A Série Perfil de Projetos tem como objetivo suprir de informações o empreendedor disposto a realizar um novo investimento. Trata-se de um instrumento de auxílio ao investidor na elaboração de um plano de negócios que deve ser adaptado para cada situação. E este é o objetivo do SEBRAE/ES: auxiliar as micro e pequenas empresas e dar as condições necessárias ao surgimento de novos empreendimentos que sejam bem estruturados e capazes de enfrentar os desafios do mercado. Este trabalho contém informações sobre o mercado, investimentos necessários à atividade, previsão de resultados operacionais, fontes de financiamento e diversas informações relevantes que, em conjunto com outras literaturas sobre o mercado que se pretende atuar, contribuirá com eficiência maior para uma tomada de decisão segura e com consideráveis perspectiva de sucesso.
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2- INTRODUÇÃO As oportunidades para se investir em um bom negócio não acontecem normalmente ao acaso. Elas podem ser buscadas ou mesmo construídas a partir de informações levantadas e conhecimentos adquiridos com o tempo. Sempre, no entanto, é necessário que o investidor faça os seus cálculos sobre o quanto ele vai distender – imobilizar – e sobre os resultados esperados do empreendimento. Mesmo no meio da incerteza que o cerca e consequentemente do risco do negócio, fazer cálculos sobre os ganhos esperados da aplicação dos recursos é tarefa indispensável. Esse exercício de prospeção de um negócio é chamado de projeto. Na verdade, um projeto procura sistematizar informações, trabalhá-las e analisá-las de tal forma a permitir concluir se determinada decisão de investimento é viável ou não. Enquanto tal, o projeto pode ser elaborado obedecendo diferentes níveis de complexidade e detalhamento. A idéia básica de perfil de projeto que servirá de orientação para o presente trabalho busca simplificar a tarefa de sistematização de informações e dos cálculos econômicos que servirão de subsídio à conclusão final sobre a viabilidade do investimento. O perfil aqui apresentado, Unidade de Produção de Artefatos de Cimento, obedece os roteiros tradicionais de projeto sem, no entanto, aprofundar detalhes técnicos. Serve, dessa forma, como orientação metodológica e de gestão do processo de tomada de decisão. Há uma preocupação com os pré-requisitos necessários para um bom negócio, como alguns atributos do empreendedor, o conhecimento do mercado, a visão prospectiva, alguns aspectos dimensionais do negócio (tamanho, montante de recursos, etc.) e projeção de resultados. A indústria idealizada neste estudo é em empreendimento de pequeno porte que não exigirá investimentos vultosos em instalações físicas nem recursos tecnológicos sofisticados. A empresa fabricaria artefatos como blocos de concreto, bloquetes, lajes e mourões para cercas. Outros artigos como ladrilhos de cimento, suportes de ar condicionado, meios-fios, etc, podem ser acrescentados na linha de produção sem exigência de maiores investimentos. Não foi considerada a produção de manilhas, fossas, estruturas de galpões, e outros itens que demandariam maiores investimentos e recursos técnicos de engenharia. O presente perfil tem por finalidade mostrar a viabilidade de uma unidade de fabricação de artefatos de cimento, considerando-se os recursos necessários, condicionantes existentes e perspectiva de mercado. A primeira parte faz o enquadramento do negócio (dados gerais e conceito do projeto); em seguida é feita uma abordagem sobre o mercado potencial, principalmente em termos de orientação sobre quais variáveis ou fatores a serem analisados. Já a parte econômica e financeira centra atenção nos aspectos de receitas e custos. A viabilidade do projeto é definida pela taxa interna de retorno, tempo necessário para a amortização do investimento e o valor presente líquido do fluxo de caixa.
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3- ENQUADRAMENTO TÉCNICO DO NEGÓCIO 3-1 TIPO DE NEGÓCIO Indústria de Artefatos de Cimento para uso na Construção Civil.
3-2 SETOR DA ECONOMIA Indústria.
3-3 RAMO DE ATIVIDADE Indústria e Comércio de Artefatos de Cimento
3-4 PRODUTOS A SEREM OFERTADOS Blocos de concreto, bloquetes, lajes premoldadas e mourões para cercas.
3-5 INVESTIMENTO PREVISTO Investimento Total Investimento Fixo Capital de Giro Reserva Técnica
R$ R$ R$ R$
134.135,88 100.790,00 26.958,46 6.387,42
US$ US$ US$ US$
70.597,83 53.047,37 14.188,66 3.361,80
3-6 FATURAMENTO ANUAL ESPERADO R$
3-7 ÍNDICES DE AVALIAÇÃO Ponto de Equilíbrio Valor Presente Líquido (a 15%) Taxa Interna de Retorno (anual) Pay-Back Time (anos) Índice de Lucratividade das vendas
54,26 R$167.273,88 42,16 3 anos e 1 mês 15%
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4- O PROJETO 4-1 OBJETIVO O objetivo do presente perfil é sistematizar e trabalhar um conjunto de informações que permita ao investidor potencial analisar a oportunidade de implantação de uma unidade industrial produtora de artefatos de cimento que deverão variar em sua composição numa faixa mínima de quatro produtos, de acordo com as possibilidades do mercado.
4-2 REQUISITOS DO EMPREENDEDOR O empreendedor é geralmente um agente econômico especial, as vezes sonhador, que tem a capacidade de transformar boas idéias em um negócio rentável. É importante lembrar que ninguém nasce com todas as habilidades desejáveis de um empreendedor, ou seja, muitas das características pessoais positivas são adquiridas ou lapidadas com o passar do tempo, seja pela vivência, seja por estudo e observação daquilo que acontece no mundo a sua volta. No entanto, é sempre aconselhável que se disponha de um mínimo de conhecimentos gerenciais e técnicos para levar a frente um empreendimento; Dentre os aspectos fundamentais da personalidade desejados de um empreendedor destacam-se: Criatividade: aceitar desafios e buscar soluções viáveis para o equacionamento de problemas. Liderança: capacidade de inspirar confiança, motivar, delegar responsabilidades, formar equipe, criar um clima de moral elevado, saber compartilhar idéias, ouvir , aceitar opiniões, elogiar e criticar pessoas. Perseverança: capacidade de manter-se firme num dado propósito, sem deixar de enxergar os limites de sua possibilidade, buscar metas viáveis até mesmo em situações adversas. Flexibilidade: poder de controle os seus impulsos para ajustar-se quando a situação demandar uma mudanças, rever posições estar aberto para estudar e aprender sempre. Vontade de trabalhar: dedicação plena e entusiasmada ao seu negócio com tempo e envolvimento pessoal, um negócio é tocado com inspiração mas também com muita transpiração. Auto-motivação: vontade de encontrar a realização pessoal no trabalho e seus resultados. Formação permanente: capacidade de buscar um processo de permanente atualização de informações sobre o mercado no qual ele se insere, tendências econômicas em todos os níveis, e atualização profissional sobre novas técnicas gerenciais. Organização: compreender as relações internas para ordenar o processo produtivo e administrativo de forma lógica e racional, entender as alterações ocorridas no meio
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ambiente externo de forma a estruturar a empresa para melhor lidar com estas mudanças. Senso crítico: capacidade de se antecipar aos problemas principais, analisando-os friamente através de questionamentos que levem a indicações de possíveis alternativas de solução. O empreendedor necessita possuir um visão global do negócio, que implica tanto o conhecimento do mercado fornecedor, quanto das técnicas de produção e, fundamentalmente, do mercado final, canais e regras de convivência com o mundo dos negócios. Inicialmente, recomenda-se estudar cuidadosamente a localização do empreendimento.
4-3 CONDICIONANTES LOCACIONAIS Uma unidade industrial para produção de Artefatos de Cimento precisa ser localizada próxima de centros urbanos ou industriais em crescimento, um vez que o frete é um item relevante no preço final do produto e normalmente os compradores procuram pelos produtos não muito distante das obras. A matéria-prima é facilmente encontrada, valendo também o cuidado com as distâncias para o abastecimento, principalmente de areia e brita, pelo peso do custo de transporte. A área coberta necessária não é grande nem sofisticada, é como se fosse um canteiro de obras, mas, a área do terreno tem que ser suficiente para o processo de secagem dos produtos, empilhamento e manobra de caminhões, cujo fluxo é constante devido ao abastecimento de matéria-prima e expedição de produtos. A instalação e operação de cada projeto precisa ser autorizada pelos órgãos de saúde pública e de controle ambiental. As providências normalmente dizem respeito aos rejeitos líquidos decorrentes do processo de produção e de lavagem dos equipamentos, que devem ser despejados em um local para decantação, e ao barulho causado pela vibração das máquinas no processo de compactação das peças.
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4-4 PROCESSO PRODUTIVO 4-4-1 O FLUXOGRAMA RECEPÇÃO/ARMAZENAGEM DA MATÉRIA PRIMA ↓
PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO ↓
RETIFICAÇÃO E CORTE DE VERGALHÕES ↓
PREPARAÇÃO DA ARGAMASSA ↓
ENCHIMENTO DAS FORMAS ↓
COMPACTAÇÃO ↓
PRÉ-SECAGEM ↓
RETIRADA DAS FORMAS ↓
SECAGEM ↓
EMPILHAMENTO/ESTOCAGEM ↓
EXPEDIÇÃO
4-4-2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO O processo de produção de artefatos de cimento consiste basicamente em: recepção/armazenagem da matéria prima, planejamento da produção, retificação e corte dos vergalhões, preparação da argamassa, enchimento das formas, compactação, pré secagem, retirada das formas, secagem, empilhamento e expedição. No que diz respeito aos blocos de concreto e bloquetes, os processos de compactação do concreto e pré secagem das peças ocorre de uma só vez em máquina própria formadora de blocos, capaz de produzir de 2 a 6 unidades de cada vez, dependendo do tamanho das peças.
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RECEPÇÃO/ARMAZENAGEM DA MATÉRIA PRIMA O volume de matéria prima a ser armazenado deve levar em conta o melhor aproveitamento do frete a ser pago. Todos os itens são encontrados com facilidade e devem estar disponíveis de maneira a não causar embaraços à produção. Com exceção do cimento e das ferragens, os demais itens podem ser estocados a céu aberto. PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO Para otimizar o processo é preciso planejar a fabricação de cada item, de acordo com os pedidos a serem expedidos ou com as quantidades definidas para serem estocadas, evitando as trocas constantes de formas. A mesma máquina formadora de blocos de concreto produzirá também os bloquetes, bastando trocar as formas. Os blocos possuem diversas formas e tamanhos, embora sejam mais procuradas as peças com 10x20x40 cm. Na produção de lajes existe variação da capacidade de resistência e do tamanho das vigas que, nas indústrias de pequeno porte, costuma atingir até 7 m. Nas formas são usados separadores para se obter os diversos tamanhos das vigas. O planejamento da produção deve ser feito de acordo com os pedidos em carteira e com a necessidade de manter estoque para pronta entrega segundo os tamanhos mais procurados. RETIFICAÇÃO E CORTE DE VERGALHÕES As vigas para as lajes e os mourões são armados com ferro CA 60 de acordo com especificações técnicas competentes, sendo mais comuns os ferros nas bitolas 4.2 e 5.0 mm. Há a preferência pela aquisição de ferragem em bobinas, que facilitam o armazenamento e o manuseio. A retificação e o corte das ferragens deve ser feito em máquina apropriada, de acionamento elétrico, conferindo maior produtividade e padronização da produção. PREPARAÇÃO DA ARGAMASSA A mistura de cimento, areia e brita, é feita em betoneiras em proporções especificadas por profissionais competentes para cada produto. O quadro 07 apresenta as quantidades aproximadas de componentes da argamassa, por item previsto de produção. ENCHIMENTO DAS FORMAS Para o porte da indústria idealizado o enchimento das formas com argamassa pode ser manual. Na produção de blocos e bloquetes a massa específica de cada produto é despejada no alimentador da máquina formadora. No caso de lajes e de mourões há um pré enchimento raso das formas, compactação por vibração, assentamento da armação de ferro, complementação do enchimento e nova compactação. A massa é transportada em carrinhos, das betoneiras até os locais de enchimento das formas. COMPACTAÇÃO A compactação é feita por vibração das formas. No caso dos blocos e bloquetes a
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própria máquina formadora efetua a vibração. Para as lajes e mourões a compactação é feita em mesas vibratórias sobre as quais são fixadas as respectivas formas. Bastam poucos segundos de vibração para se obter o efeito desejado. PRÉ SECAGEM As vigas de lajes e os mourões, depois de compactadas são deixadas em descanso nas formas por 2 a 3 dias, dependendo das condições climáticas. Os demais produtos são prensados na própria máquina formadora de blocos e retirados logo em seguida, apoiados em uma bandeja de tábuas de madeira colocada na citada máquina antes da formação. RETIRADA DAS FORMAS Após o tempo de pré secagem as vigas e mourões são retirados das formas com o cuidado adequado para evitar amassamento das mesmas ou quebras dos produtos. SECAGEM Os blocos e bloquetes logo que saem da máquina formadora, assim como as vigas e mourões quando retirados das formas, permanecem por 3 a 5 dias em processo de secagem natural. EMPILHAMENTO Após a secagem final os produtos estão prontos para serem expedidos ou estocados em pilhas, normalmente a céu aberto, separadas por tipo ou por tamanho para facilitar o manejo do estoque e o carregamento dos caminhões. EXPEDIÇÃO A expedição é feita através de caminhões, com carregamento manual tratando-se dos produtos leves previstos neste perfil.
4-4-3 LAY-OUT W.C Escritório
Empilhamento
Matéria-prima Prod. Blocos Pisos
Prod. Lajes Mourões
Área para présecagem
Secagem
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5- O MERCADO 5-1 MERCADO ALVO O mercado alvo compõe-se de consumidores de todas as classes, inclusive empresas de construção civil. A utilização de artigos pré-moldados de concreto é cada vez maior dado a maior praticidade, economia e leveza, no caso das lajes, e à maior resistência dos blocos de concreto principalmente para construções de muros, galpões e de partes estruturais dos edifícios. O mercado para estes produtos está diretamente correlacionado às variáveis básicas de preço e qualidade, sendo importante a confiança do comprador pelo aspecto de segurança das construções. Por se tratar de empreendimento de baixo custo de investimento, know how amplamente difundido e mão-de-obra farta, existem muitas indústrias já instaladas, algumas com linhas de produção mais variadas, outras concentradas/especializadas em produtos determinados, mas prevalecendo as empresas de pequeno porte. Naturalmente a concorrência é grande, exigindo vantagens de preços que terão que advir da maior produtividade de cada empreendimento. A maior parte das vendas é realizada diretamente para o consumidor, daí a importância da localização da fábrica. Algum investimento em marketing é aconselhável para tornar conhecida a marca e aumentar a confiança dos compradores. As vendas de lajes devem ser feitas com suporte técnico, não só pela questão de segurança de cada obra que, muitas vezes não têm responsáveis técnicos, mas, também para verificação das quantidades e tamanhos das vigas. É comum os donos dos negócios terem formação técnica e participarem diretamente das vendas. A propósito, a fábrica de artefatos de cimento precisa ser registrada no CREA e tem que possuir um responsável técnico formalmente registrado no órgão. Mas o principal ponto da concorrência é mesmo o preço. Neste caso, o correto planejamento da produção e os cuidados com as perdas no processo ou as quebras no manuseio das peças, assim como a estruturação de custos mínimos, são essenciais para que se viabilize o lado mercadológico do produto. O grande ganho do produtor será obtido com postura empresarial de se estabelecer uma política permanente de busca de redução de custos.
5-2 PERSPECTIVAS DO MERCADO Existem pelo menos dois aspectos favoráveis que poderão tornar ainda mais atraente o ramo de fabricação de artefatos de cimento: 1) A utilização cada vez maior de peças pré-moldadas como alternativa aos métodos de construção convencionais; 2) A demanda reprimida por residências e obras públicas em razão do longo período recessivo enfrentado pela economia do país
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6- DETALHAMENTO DOS INVESTIMENTOS 6-1 ESPECIFICAÇÃO DOS INVESTIMENTOS FIXOS O quadro 01 abaixo lista, quantifica e orçamenta preliminarmente o conjunto de obras, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios necessários para a implementação da unidade produtora de artefatos de cimento para uso na construção civil. Deve-se atentar para o fato de que na hipótese do investidor já possuir alguns destes itens citados estes deveriam ser retirados para não influir nas análises de desembolso, ou pelo menos considerá-los ao preço de mercado para que não seja superestimado o valor do investimento total e consequentemente reduza os índices de rentabilidade apresentados. Quadro 01
Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Investimento Fixo em R$1,00
Discriminação Terreno (3000m2) Construção Civil (300m²) Betoneiras de 320 l Máquina Formadora de Blocos Mesa Vibratória 5 x 1 Mesa Vibratória 2 x 1 Máq. Retificad./cortad. vergalhões Talha Elétrica Carrinho Transportador Formas p/Blocos Formas p/Bloquetes Formas p/Lajes
Qtde 1
40.000,00
40.000,00
15.000,00
15.000,00
950,00
1.900,00
3.650,00
3.650,00
3.860,00
3.860,00
1.980,00
1.980,00
2.600,00
2.600,00
6.000,00
6.000,00
400,00
800,00
700,00
5.600,00
350,00
2.100,00
90,00
4.500,00
4,00
800,00
180,00
9.000,00
3,00
3.000,00
2 1 1 1 1 1 2 8 6 50
Espaçadores p/formas de lajes
200
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Formas p/Mourões
50
Tábuas Secagem Blocos
Valor Total
1
13
15
Valor Unitário
1000
Total
100.790,00
6-2 ESTIMATIVA DO CAPITAL DE TRABALHO O capital de trabalho, também chamado de capital de giro ou circulante, compreende o volume de recursos financeiros necessários para sustentar o processo operacional da industria, aí compreendido desde a compra das matérias primas, seu processamento
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industrial e a sistemática de comercialização dos produtos finais. É o oxigênio da empresa. Tecnicamente ele é calculado tendo como base premissas a respeito dos vários itens que geram necessidade de caixa e de outros que geram recursos, calculados para um período de 30 dias. Os cálculos dos valores do capital de giro necessário para o financiamento das vendas, manutenção de estoques de produtos acabados e produtos em processo foram realizados tendo como base o custo total menos a depreciação. O caixa mínimo está estimado como sendo um volume de recurso suficiente para cobrir dez dias dos custos de produção e de administração. O processo de comercialização proposto para este empreendimento prevê um prazo médio de vendas de 30 dias. O estoque médio está estimado em: 7 dias para matériaprima e 10 dias para os produtos acabados. O tempo de duração do processo de produção está estimado em 5 dias. No processo operacional também são gerados recursos que podem ser assim considerados. A compra de matéria- prima será feita com um prazo médio de 20 dias. A proposta básica para a operação deste empreendimento é a de se evitar o desconto de duplicatas para fugir dos altos custos financeiros. Os itens Impostos, Energia, Mão de Obra e Encargos são pagos com um prazo médio de 5 dias . O valor estimado como capital de giro necessário para a boa operacionalidade do empreendimento nos moldes das políticas de estoque, produção e comercialização propostas é definido pela diferença entre o sub-total necessidades e o sub-total recursos, conforme Quadro 02 abaixo. Quadro 02
Estimativa de Capital de Giro em R$1,00
Item 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5
Discriminação Necessidade Caixa Mínimo Financiamento das Vendas Estoque Matéria Prima Estoque Produto Acabado Produtos em Processo Sub- Total
2 2.1 2.1.1 2.2 2.3
Recursos Fornecedores Matéria-prima Desconto de Duplicatas Outras Despesas Sub-Total
3
Capital de Giro Adicional
Prazo Médio em dias
Capital de Giro
10 30 7 10 5
5.961,98 17.885,94 2.818,77 5.961,98 2.980,99 35.609,67
20
8.053,63 597,58 8.651,21
5
Base de cálculo p/financiamento de venda e produtos acabados
26.958,46 17.885,94
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6-3 ESTIMATIVA DA RESERVA TÉCNICA O presente perfil propõe que no cálculo dos investimentos totais, seja incluída uma reserva técnica, como garantia de qualquer eventualidade de sub-estimativa de necessidade de capital (seja de capital fixo ou de trabalho), equivalente a 5% da soma do capital fixo mais o capital de trabalho.
6-4 QUADRO DE INVESTIMENTO TOTAL O Investimento Total é finalmente encontrado pela soma dos investimentos em capital fixo, capital de giro mais a reserva técnica conforme apresentado no quadro 03 abaixo: Quadro 03
Item 1 2 3
Estimativa de Investimento Total em R$1,00
Discriminação Investimento Fixo Capital de Giro Reserva Técnica Investimento Total
Valor Total 100.790,00 26.958,46 6.387,42 134.135,88
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7- ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS 7-1 PREVISÃO DOS CUSTOS A definição de custos trabalhada no presente perfil considera como tal a ”remuneração de todos os recursos efetivamente utilizados no processo produtivo”. Por outro lado, para efeito da classificação dos custos do empreendimento será utilizada a metodologia clássica da sub-divisão dos custos em Fixos e Variáveis.
7-1-1 CUSTOS FIXOS Serão classificados como Custos Fixos a remuneração dos recursos efetivamente utilizados no processo, e que não dependam da quantidade produzida. Como primeiro elemento dos custos fixos, que deriva da remuneração legal dos investimentos fixos, temos a Depreciação que está calculada e explicitada no Quadro 04. Quadro 04
Depreciação em R$1,00
Item Discriminação 1 Terreno 2 Construção Civil 3
Betoneiras 320 l
4
Máquina Formadora Blocos
5
Mesa Vibratória 5 x 1
6
Mesa Vibratória 2 x 1
7
Máquina Retific. Cortad. Ferro
8
Talha Elétrica
9
Carrinho Transportador
10 Formas p/ Lajes 11 Espaçadores p/ Formas de Lajes 12 Formas p/ Mourões 13 Tábuas Secagem Blocos
Vida Útil %Depreciação Valor Total Depreciação Anual 0 40.000,00 25 4 15.000,00 600,00 5 20 1.900,00 380,00 10 10 3.650,00 365,00 10 10 3.860,00 386,00 10 10 1.980,00 198,00 10 10 2.600,00 260,00 10 10 6.000,00 600,00 5 20 800,00 160,00 2 50 4.500,00 2.250,00 2 50 800,00 400,00 2 50 9.000,00 4.500,00 2 50 3.000,00 1.500,00
Total
11.599,00
O Quadro 05, a seguir, apresenta de forma discriminada todos os itens que compõem os Custos Fixos Mensais do empreendimento, a partir das propostas básicas de funcionamento do negócio.
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Quadro 05
Item 1 2 3 6 7 8 9
Custos Fixos Mensais em R$1,00
Discriminação Depreciação Mão-de-Obra Indireta Honorários Contador Telefone Manutenção Retirada Proprietário Despesas Administrativas Total
Valor Total 966,58 880,00 270,00 300,00 1.007,90 900,00 227,60 4.552,09
7-1-2 CUSTOS VARIÁVEIS A premissa básica de funcionamento deste empreendimento é a de que a unidade produtiva irá funcionar durante doze meses por ano, operando em um turno de oito horas diárias, com quatro empregados diretos, além da administração e supervisão do processo de produção, intercalando o mix de produtos durante o ano de acordo com a demanda pelos produtos. Para efeito de previsão inicial é feita uma estimativa de custos com a produção voltada para quatro produtos típicos do ramo: Blocos de Concreto, Bloquetes tipo “S”, Lajes Premoldadas e Mourões Retos para Cercas, utilizando-se quatro produtos fundamentais: cimento, areia, brita e ferro (vergalhões). Procurou-se estabelecer neste perfil quantidades de produção consideradas prováveis para cada um dos quatro produtos escolhidos, havendo certo equilíbrio na composição do faturamento total. Na prática, esses quantitativos poderão ser alterados de acordo com a demanda do mercado. Os quadros 06 e 07, a seguir, apresentam respectivamente a composição dos custos totais, o detalhamento dos custos por linha de produto e os coeficientes técnicos utilizados para encontrar estes custos.
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Quadro 06 Discriminação
Custo Variáveis Em R$1,00 Qtde
Blocos de Concreto (unidade)
Custo Unitário R$
Custo Custo Anual Mensal R$ R$
6.000
Cimento Areia Brita Enegia e Água Subtotal Pessoal direto e encargos
0,089 0,016 0,029 0,008 0,142 0,017
537 96 173 47 852 101
6.440 1.152 2.074 560 10.225 1.216
Total dos Custos diretos
0,159
953
11.441
Custos fixos
0,051 0,209
304 1.257
3.642 15.083
Custo Total
Bloquetes (m²)
500
Cimento Areia Brita Energia e Água Subtotal Pessoal direto e encargos
1,032 1,200 0,216 0,142 2,590 0,308
516 600 108 71 1.295 154
6.192 7.200 1.296 851 15.539 1.848
Total dos Custos diretos
2,898
1.449
17.387
Custos fixos
0,922 3,820
461 1.910
5.535 22.922
0,172 0,030 0,054 2,340 1,35 0,23 4,175 0,496 4,671 1,487 6,158
344 60 108 4.680 2.700
4.128 720 1.296 56.160 32.400 5.488 100.192 11.916
Custo Total Lajes (m²)
2000
Cimento Areia Brita Ferro
Lajotinhas Energia e Água Subtotal Pessoal direto e encargos Total dos Custos diretos
Custos fixos Custo Total Mourões (un)
Cimento Areia Brita Ferro Energia e Água Subtotal Pessoal direto e encargos Total dos Custos diretos
Custos fixos Custo Total
457 8.349 993 9.342 2.974
12.316
112.108
35.686 147.793
500
1,720 0,240 0,252 2,106 0,250 4,568 0,543 5,112 1,627 6,739
860 120 126 1.053
125 2.284 272 2.556 814
3.369
10.320 1.440 1.512 12.636 1.501 27.409 3.260 30.669
9.763 40.432
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Quadro 07 Matérias-primas Discriminação
Unidade Un. Kg m³ m³
Quantidade 6.000 0,520 0,002 0,002
Bloquetes Tipo "S" Cimento Areia Brita 1
m² Kg m³ m³
500 6,000 0,120 0,012
Lajes Premoldadas Cimento Areia Brita 1 Ferro CA 60 Lajotinhas
m² Kg m³ m³ Kg mil
2.000 1,000 0,003 0,003 2,000 0,015
Mourões Retos Cimento Areia Brita 1 Ferro CA 60 TOTAL
un. Kg m³ m³ Kg
500 10,000 0,024 0,014 1,800
Blocos de Concreto 10x20x40 Cimento Areia Brita 1
Preço Unitário 0,17 10,00 18,00
Custo Unitário 0,13 0,09 0,02 0,03
% s/Total Custo Mensal 805,44 6,667
1.224,00
10,132
0,17 10,00 18,00
2,45 1,03 1,20 0,22
7.892,00
65,329
0,17 10,00 18,00 1,17 90,00
3,95 0,17 0,03 0,05 2,34 1,35
2.159,00
17,872
0,17 10,00 18,00 1,17
4,32 1,72 0,24 0,25 2,11
12.080,44
100,000
Os Custos Totais Mensais e Unitários por tipo de produto encontram-se definidos e discriminados no Quadro 08. Deve-se aqui ressaltar que os custos fixos foram rateados entre os produtos de forma diretamente proporcional aos custos de matéria prima para cada linha.
19 Quadro 08
Item 1 2 2.1 2.2 2.3 2.4
Custo Totais e Unitários Mensais em R$1,00
Discriminação Custos Fixos Custos Variáveis Blocos de concreto Bloquetes Lajes Mourões
Valor Total 4.552,09 14.300,44 953,45 1.448,93 9.342,30 2.555,76
Custo Total Blocos Produção Mensal em unidades Custo Unitário
1.256,96 6.000 0,21
Custo Total Bloquetes Produção Mensal em unidades Custo Unitário
1.910,15 500 3,82
Custo Total Lajes Produção Mensal em unidades Custo Unitário
12.316,12 2.000 6,16
Custo Total Mourões Produção Mensal em unidades Custo Unitário
3.369,30 500 6,74
Custo Total
18.852,53
7-2 PREVISÃO DA RECEITA 7-2-1 DETERMINAÇÃO DAS MARGENS DE VENDA O quadro 09, a seguir, apresenta a composição da margem de venda, englobando as despesas tributárias – impostos estaduais e federais – as despesas de comercialização e a margem de lucro esperada pelo empreendedor. Considerando-se a faixa de faturamento do empreendimento optou-se por enquadrá-lo no Sistema Simples de tributação Federal para efeito de determinação dos percentuais de taxação.
20 Quadro 09 Composição das margens de venda em R$1,00
Item 1 1.1 1.2 2 2.1 2.2 3
Discriminação Tributos Simples Federal ICMS (*)
Percentual 6,3% 6,3% 0,0%
Comercialização Comissões s/ vendas Publicidade
5,0% 2,0% 3,0%
Margem de lucro
15,0% 26,3%
Total
* Obs.: O ICMS está embutido no preço do cimento, pelo regime de substituição tributária.
7-2-2 DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS BÁSICOS DE VENDA Para o cálculo dos preços de venda dos produtos foram considerados os seguintes critérios: - Os custos unitários: custo fixo médio adicionado ao custo variável médio; - A margem de venda definida no quadro 10 (mark-up); - Preço de venda nos pontos finais de mercado de produtos semelhantes. Assim, o quadro 10 apresenta os seguintes preços de venda sugeridos. Quadro 10
Item Discriminação 1 2 3 4
Determinação dos preços básicos de venda em R$1,00
Custo Unitário
Blocos Bloquetes Lajes Mourões
0,21 3,82 6,16 6,74
Mark-up divisor 0,737 0,737 0,737 0,737
Preço de venda sugerido 0,28 5,18 8,36 9,14
7-2-3 ESTIVATIVA DA RECEITA TOTAL A receita total, mensal e anual, foi calculada levando-se em consideração os preços definidos no quadro 10 e os quantitativos projetados para a planta industrial, conforme quadro 11 a seguir.
21
Quadro 11
Item Discriminação 1 2 3 4
Blocos Bloquetes Lajes Mourões Total
Receita Operacional Mensal e Anual em R$1,00
Quantidade Preço Mensal Unitário 6.000 0,28 500 5,18 2.000 8,36 500 9,14
Receita Mensal 1.706 2.592 16.711 4.572 25.580
Receita Anual 20.466 31.102 200.534 54.860 306.961
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8- RESULTADO OPERACIONAL ANUAL 8-1 QUADRO DE RESULTADO O resultado operacional do empreendimento aparece discriminado no quadro 12 abaixo. Deve-se também ressaltar que a capacidade de pagamento de um empreendimento é encontrada pela soma do resultado líquido operacional após os impostos adicionados ao valor da depreciação, pois esta não representa saída de caixa. Quadro 12 Resultado Operacional Anual em R$1,00
Item 1 2 2.1 2.2 2.3 2.4
Discriminação Receita Operacional de Vendas
Valor Total 306.961,10
Custos Totais
260.916,94
Custos Fixos Custos Variáveis Custos de Comercialização Custos Tributários
54.625,05 171.605,28 15.348,06 19.338,55
3 4
Lucro Operacional antes IR Imposto de Renda(SIMPLES)*
46.044,17 -
5 6 7
Lucro Líquido Depreciação
46.044,17 11.599,00 57.643,17
Resultado ou Capacidade de Pagamento
* Na opção pelo Simples, o Imposto de Renda está incluído nos custos tributários
8-2 - FLUXO DE CAIXA DO EMPREENDIMENTO Os seguintes critérios foram utilizados para a elaboração do quadro 13, que apresenta o fluxo de caixa anual do empreendimento: - Vida útil para a análise financeira de dez anos; - O valor total do investimento inicial, dado pela soma dos investimentos fixos, investimentos em capital de trabalho e a reserva técnica. - Valor residual do investimento fixo ao final de 10 anos, considerando as taxas legais de depreciação no quadro 04; - Resultado líquido anual - capacidade de pagamento -, conforme quadro 12; - A produção mensal foi determinada a partir de um nível de utilização de 80% da capacidade instalada, para um turno de operação, levando-se ainda em consideração o tamanho e as perspectivas do mercado; - O saldo líquido anual foi calculado tendo como base o resultado líquido mais o valor residual do investimento e menos o investimento total; - Os valores do fluxo de caixa descontado foram encontrados a partir da utilização de
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uma taxa de juros imputada de 15% ao ano, denominada custo de oportunidade. Quadro 13
Fluxo de Caixa Anual do Empreendimento em R$1,00
Ano Investimento Valor Residual do Total Investimento 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
134.135,88 -
49.000,00
Resultado Líquido 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17
Saldo Líquido Fluxo de Caixa Descontado (134.135,88) 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 57.643,17 106.643,17
(134.135,88) 50.124,49 43.586,51 37.901,32 32.957,67 28.658,84 24.920,73 21.670,20 18.843,65 16.385,79 26.360,56
VPL
167.273,88
TIR
42,16%
Custo de Oportunidade (Anual) Tempo de Recuperação do Capital
15% 3 anos e 1 mês
8-3 INDICES FINANCEIROS DO EMPREENDIMENTO 8-3-1 PONTO DE NIVELAMENTO O ponto de nivelamento é também chamado de ponto de equilíbrio e será aqui definido pelo nível de produção (ou de faturamento) mínimo para que a empresa comece a gerar lucros. Na formulação matemática este ponto é encontrado pela divisão dos Custos Fixos pela diferença entre a Receita Total e os Custos Variáveis. Para o presente perfil temos que o ponto de nivelamento está estimado em 54,26%, Quadro 14, mostrando uma boa relação entre os custos fixos e os variáveis que permite uma boa flexibilização do processo de produção e comercialização.
8-3-2 VALOR PRESENTE LÍQUIDO O Valor Presente Líquido foi calculado a partir de uma taxa mínima de atratividade de 15% ao ano, ou do chamado custo de oportunidade do capital, representando um desejo do empreendedor de obter nesse negócio um retorno de pelo menos 15% ao ano. A partir da determinação deste percentual é então calculado o valor atual (presente ou descontado) de todos os componentes do fluxo líquido de caixa, cujos valores são então somados para encontrar o Valor Presente Líquido. Para o presente perfil o VPL está calculado em R$167.273,88, conforme Quadro 14, significando que os resultados obtidos remuneram o valor do investimento feito, em 15% ao ano e ainda permitem aumentar o valor da empresa daquela importância.
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8-3-3 TAXA INTERNA DE RETORNO É a taxa de desconto que torna nulo o valor atual do investimento, isto é, a taxa de remuneração anual do empreendimento. Neste perfil, a Taxa Interna de Retorno é de 42,16% ao ano, conforme Quadro 14, representando um caso em que o investimento do empreendedor será remunerado a esta taxa anual. Significa que o empreendimento apresenta uma taxa de retorno sobre o investimento inicial feito superior a taxa média de atratividade do mercado. Em síntese, o projeto pode ser considerado viável.
8-3-4 PAY-BACK TIME OU TEMPO DE RECUPERAÇÃO DESCONTADO Este indicador tem a mesma função do tempo de recuperação do capital investido calculado da forma simples, sendo que a única e substancial diferença é que seu cálculo é realizado com os valores do fluxo de caixa descontados a partir da taxa mínima de atratividade, ou do custo de oportunidade do capital. A vantagem deste indicador sobre o simples, é que ele leva em consideração em seu cálculo o valor do dinheiro no tempo. Assim, de acordo com os dados apresentados do Quadro 14 o Tempo de Recuperação do Capital (Descontado) do presente perfil é de 3 anos e 1 mês, indicando o período de tempo que seria suficiente para a recuperação do capital investido.
8-3-5 ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE DAS VENDAS É uma medida de avaliação econômica e um dos fatores que influencia a Taxa de Retorno do Investimento. Expressa em uma taxa (%), é encontrada pela divisão do Lucro Líquido Operacional pelo valor das Vendas Totais. Com base em dados anuais, este perfil apresenta um “índice de lucratividade das vendas” de 15% , conforme explícito no Quadro 14. Quadro 14
Item
Indicadores Econômicos de Resultado
Discriminação
Resultado
1
Ponto de Equilíbrio ou Break-Even Point
% do faturamento
54,26
2
Valor Presente Líquido para i anual de
15%
167.273,88
3
Taxa Interna de Retorno
anual
42,16%
4
Tempo de Recuperação Descontado ou Pay Back Time
em anos
3 anos e 1 mês
5
Índice de Lucratividade das Vendas
em %
15%
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9- INCENTIVOS E FONTES DE FINANCIAMENTO 9-1 INCENTIVOS FISCAIS POTENCIAIS Para credenciar-se aos recursos do FUNRES e portanto receber recursos do FUNRES Fundo de Recuperação Econômica do Espírito Santo, comumente chamado de Incentivo Fiscal, é necessário que a empresa seja constituída sob a forma de sociedade anônima, requerendo para tanto procedimentos legais mais custosos, não compatíveis com este tipo de empreendimento. A utilização de recursos sob a forma de incentivo fiscal pode ser viável apenas para empreendimentos de maior porte constituídos sob o regime de S.A. A disponibilidade de recursos do FUNRES para financiamento de micro e pequenas empresas é considerado em seguida.
9-2 FONTES DE FINANCIAMENTO POTENCIAIS As linhas de financiamento direcionadas às micros e pequenas empresas geralmente não apresentam muita variação. No caso específico do Espírito Santo elas tem como fonte básica recursos do FUNRES, relativamente limitados, e do BNDES, que são repassados por bancos credenciados sejam eles públicos ou privados. As condições apresentadas não diferem muito. Todas usam a TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo como taxa básica de juros, acrescida de uma taxa fixa que pode variar de 4 a 6 por cento ao ano. A linha do BNDES mais difundida é chamada de BNDES/ AUTOMÁTICO que é operada pela maioria dos bancos públicos (Banco do Brasil, Banestes e Bandes) e também pelos bancos privados. No Espírito Santo, o Bandes opera também a linha FUNRES/ PROPEN/MIPEQ, orientada para pequenos investimentos, não podendo o financiamento ultrapassar o valor de R$ 25.000,00. A seguir são apresentadas duas linhas básicas de financiamento.
9-2-1- BNDES/AUTOMÁTICO Agente Operador Bancos Comerciais e de Desenvolvimento devidamente credenciados. Objetivo Financiamento a investimentos, inclusive aquisição de máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional, importação de máquinas e equipamentos, e capital de giro associado ao investimento fixo. Beneficiários Empresas privadas, pessoas físicas residentes e domiciliadas no País, entidades da administração pública direta e indireta, e demais entidades que contribuam para os
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objetivos do Sistema BNDES. Itens Financiáveis Ativos fixos de qualquer natureza, exceto: terrenos e benfeitorias já existentes, máquinas e equipamentos usados (no caso de microempresas e empresas de pequenos porte poderão ser apoiados máquinas e equipamentos), animais para revenda, formação de pastos em áreas de preservação ambiental e capital de giro associado ao investimento fixo e despesas pré-operacionais. Condições Operacionais Limite Máximo: Investimentos limitados a R$ 7 milhões, por empresa. Participação: Equipamentos nacionais até 90%. Outros itens: microempresas e empresas de pequeno porte e programas de desenvolvimento regional: até 90% e demais casos: até 70%.No caso do BANDES a participação está limitada a 50% do ativo total projetado da empresa ou do grupo empresarial ou a 5% do Patrimônio Líquido Ajustado do banco, o que for menor. No caso de Bancos privados não há esta limitação. Nesses casos, o financiamento será analisado de acordo com interesse e reciprocidades requeridas pelo Banco. Prazo O prazo total será determinado em função da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa ou do grupo econômico. Taxas de Juros Micro e Pequena Empresas: 6% a.a. + TJLP. Média e grande empresas: 7,5% a.a. + TJLP. IOF: Cobrado na forma legal, descontado no ato da liberação. Custo de Análise de Projeto: Isento. Garantias Reais: Equivalentes, no mínimo, a 1,5 vezes o valor financiado. Os bens dados como garantia deverão ter seguro. Pessoais: Aval ou fiança de terceiros. Fundo de Aval
9-2-2- FUNRES/PROPEN/MIPEQ Subprograma de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Objetivo Apoio financeiro, assistência técnica e gerencial a micros e pequenas empresas dos setores industrial, agro-industrial, de comércio e serviços, visando implementar política de geração de empregos e renda.
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Beneficiários Empresas existentes, classificadas com base na receita operacional líquida anual, relativa ao último exercício social e empresas novas, classificadas com base na previsão da receita, da mesma forma, verificadas, em ambas situações o número de empregados e observados os seguintes parâmetros: a) Micro empresas: cujas receitas operacionais líquidas sejam de até 250.000 UFIR, e tenham até 19 empregados, no caso de indústria, e 9, no caso de comércio e serviços; b) Pequenas empresas : cujas receitas operacionais líquidas sejam acima de 250.000 e até 750.000 UFIR, e tenham de 20 até 99 empregados, no caso de indústria, e de 10 a 49, no caso de comércio e serviços. Itens Financiáveis Investimentos fixos e mistos, limitado o apoio para capital de giro a 20% do total do investimento fixo financiável: pequenas reformas e instalações físicas, máquinas e equipamentos novos e usados, móveis e utensílios novos e usados. Condições Operacionais Limite Máximo: R$ 25.000,00, por tomador. Participação: Até 80% do total financiável, condicionado à política de risco do BANDES. Prazo: Até 48 meses, incluindo a carência de até 12 meses. Taxa de Juros: 6% a.a. (seis por cento ao ano) + TJLP. Obs.: O BANDES poderá cobrar Custo de Análise de Projeto, conforme Tabela de Ressarcimento de Custos, com exceção das micro empresas. IOF: Isento. Utilização do Crédito Em uma ou em várias parcelas periódicas, fixadas em função do cronograma físicofinanceiro do empreendimento. Forma de Pagamento Amortização mensal, juntamente com os encargos financeiros, pagos no período da carência, trimestralmente. Garantias Reais e Pessoais, preferencialmente, definidas na ocasião da análise da operação. Os bens dados em garantia deverão ter seguro.