UNI UNIDADE IV - FUNDAMENTOS DO CURRÍ RRÍCULO PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR – SINTESE ANALITICA
O currículo não se prende apenas às questões escolares, já que englob englobam am questõ questões es politi politicas cas,, pratic praticas as sociais sociais ideoló ideológic gicas as e hist histór óric ica, a, na qual qual sua sua comp comple lexi xida dade de não não perm permit ite e unan unanimi imida dade de conceitual sobre como trata-lo. o contexto da re!olu"ão industrial, hou!e uma mudan"a na base t#cnica do trabalho que se iniciou no s#culo $%&&&, no país mais desen!ol!ido do mundo' a &nglaterra. (oodson )*++ pontua que o !ínc !íncul ulo o exis existe tent nte e entr entre e curr curríc ícul ulo o e presc prescri ri"ã "ão o do curr curríc ículo ulo oi ortalecido em estreita rela"ão com o cal!inismo )no /nal do s#culo $%& que ornecia as bases para a ideia de disciplina em sociedade emergindo a explicita"ão da rela"ão entre conhecimento e controle. O currículo, assim, seria organi0ado sob as bases da ordem que lhe orneceria sequ1ncia interna e disciplina, que lhe daria coer1ncia estrutural. 2om 2om eei eeito to,, à idei ideia a de cur currícu rículo lo soma-se a de ordena"ão, que implica 3metodi0a"ão4 no sentido de orm ormal ali0 i0a" a"ão ão'' 3o ensi ensino no adqu adquir iria ia maior or"a e5ou e/ci1ncia se ormali0asse )ou 3metodi0asse4 6...7. iss isso o tudo tudo,, a 3reg 3regul ular arid idad ade4 e4 e a 3centralid 3centralidade4 ade4 inerentes inerentes ao preceito preceito cal!inista de 3disciplina4 )no sentido de 3regra de !ida4 como elemento de coesão da escola8)9:%&:&, *++;, p. ;*.
O termo currículo abrangia todo esse conjunto e era a orma como se nomina!a o certi/cado de conclusão do curso. : mudan"a do uso do termo se deu no s#culo $%& ' 9ua ado"ão, simult
ensino e da aprendi0agem 3ao escrutínio e ao controle exteriores4 )9:%&:&, *++;, p. ;*
9a!iani )*++; reali0ou estudos históricos sobre o currículo, pontuando, atra!#s das di!ersidades de estudos de historiadores do currículo a chance de e!idenciar elementos generali0antes presentes nas análises' 6...7 a elabora"ão do currículo obedece ao estabelecimento de prioridades de acordo com as /nalidades da educa"ão escolar e o p=blico a que se destina. :ssim, os currículos são elaborados e estruturados a partir das preocupa"ões sobre a orma"ão de elites ou para a expansão da escolari0a"ão das camadas populares 6...7 a elabora"ão do currículo consiste numa sele"ão de elementos da cultura, passí!eis ) e desejá!eis de serem ensinados5aprendidos na educa"ão escola. 6...7 enquanto constru"ão social, o currículo resulta de processos con>ituosos e de decisões negociadas. ?odemos obser!ar atra!#s da leitura de 9a!iani sobre o currículo de que, a elabora ao de currículo parece seguir normas, crit#rios, modelos mundiais, principalmente quando pensamos no currículo em
Coreira
e
9il!a
)DBBA,
de!ido
a
di!ersas
transorma"ões e incorpora"ões, o tratamento teórico dado ao currículo atualmente não possui m caráter t#cnico !oltado a procedimentos, mas sim a uma dimensão que se relaciona com as ormas de organi0a"ão do conhecimento escolar 6....7 o currículo # considerado um arteato social e cultural. &sso signi/ca que ele # colocado na moldura mais ampla de suas determina"ões sociais, de sua história, de sua produ"ão contextual. O currículo não # um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social. O currículo está implicado em rela"ões de poder, ele transmite
!isões sociais particulares e interessadas e produ0 identidades indi!iduais e sociais particulares. O currículo não # um elemento transcendente e atemporal E ele tem uma história, !inculada as ormas especí/cas e contingentes de organi0a"ão da sociedade e da educa"ão. COFG&F: G 9&H%: )DBBA, p.I-A
Outro ponto que me oi e!idente durante minhas leituras, oram a rela"ão entre o currículo e cultura e currículo e poder, lembrando ortemente do conceito de Habitus de Jourdieu assim como suas ideias sobre a conser!a"ão do capital cultural, orma"ão de elites ou expansão da escolari0a"ão de massa. Jourdieu relaciona!a o sucesso escolar com a distribui"ão do reerido capital entre as classes e ra"ões de classe social. a conceitua"ão deste autor, as chamadas aptidões ou dons de!eriam ser compreendidos como produto de in!estimento em tempo e em capital cultural. :ssim, o sucesso não seria uma decorr1ncia apenas de in!estimento em boas escolas, mas tamb#m daquilo que a amília proporcionaria em suas rela"ões constituti!as internas )inculca"ão, bens culturais disponí!eis e títulos escolares coneridos. :quilo que # considerado !erdadeiro e correto ou o que # !alori0ado para um determinado grupo social, para outro tal!e0 não seja. K6...7 o currículo #, assim, um terreno de produ"ão e de políticacultural, no qual os materiais existentes uncionam como mat#ria-prima de cria"ão, recria"ão e, sobretudo, de contesta"ão e transgressão8 )COFG&F:L9&H%:, *+++, p. DA. 9e pensarmos o currículo de uma orma que seus /ns justi/quem seus meios, de!emos encarar o currículo, atra!#s de seus di!ersos atores atuantes )politica, ideológica, cultural, poder E tanto na submissão de grupos, como em sua manuten"ão - etc., de!emos pensa-lo em seu
ou conerir certi/cado, como trabalhar o currículo de orma que a caminhada at# seu objeti!o seja pro!eitosa e realmente importante para o segmento de sua jornada. Cuitos atores permeiam essa questão como o ensino de questões morais e cí!icos para alunos que só pretendem passar nos !estibulares )caberia essa temática em um currículo de escola particular, ou nos casos das uni!ersidades Kabricas de diplomas8 na qual, muitas !e0es o currículo # uma exig1ncia ormal
Muais são as rela"ões de classe, etnia, g1nero, que a0em com que o currículo seja o que # e que produ0a os eeitos que produ0N Mual o papel dos elementos da din
FGPGFG2&:9 (&CGO 9:2F&9QR, Sos#. O que signi/ca o currículoN &n' TTTTT.9aberes e incerte0as sobre o currículo. ?orto :legre' ?enso, DB*.p.*@ a .
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