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Um Espinho de marfim I – A Autora e a Obra
Os leitores acostumados, desde a infância, ao convívio com lendas e histórias fantásticas, situadas em castelos e mundos habitados por reis e princesas, leões e pombos, serpentes, príncipes e unicórnios irão rever, nos textos de Marina Colassanti, o mágico fa!de!conta dessas lembran"as# $ como o gostar, %uase sempre, deriva do conhecimento, irão percorrer o velho e o novo guiados por um olhar %ue incide, incid e, epifanicamente&manifesta"ão divina', no feminino# (rincesa, rosa, sereia) tecelã, rainha, prostituta) aldeã, esposa, mãe ou amante, a mulher * o centro de uma cosmogonia&ci+ncia %ue trata da origem e evolu"ão do universo'# Os pap*is %ue desempenha e os espa"os sociais %ue ocupa revelam uma visão %uase essencialista do g+nero# $ preciso, por*m, registrar %ue o feminino *, para a escritora, mais do %ue tema ou assunto literário# ensível -s diferen"as femininas, sua vo adere - linguagem do texto, do %ue resulta o caráter lírico de algumas narrativas# Consciente de %ue ser mulher independe do espa"o e sobrepõe!se - lógica, Marina Colassanti recupera, a seu modo, uma memória l.dica, %ue confunde o real e o imaginário, *pocas e culturas# /esse modo, as areias do deserto com suas dunas, e o par%ue de diversões do sub.rbio, onde a pe%uena, de dentes cariados dese0a ardentemente entrar na bolha, são particularia"ões de um mesmo universo1 c2ncavo, feito para cercar e acolher, macio, feminino# $ solitário# /isso resulta um ótimo nível de generalia"ão %ue transforma cada história individual na 3istória 4eral de todas as mulheres#&5ea Masina' •
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II – Enredo e Temática
6etratando 7cenas da vida privada8 a autora trata de %uestões substantivas, como o amor e a morte, o preconceito, o desafio, a compet+ncia, a maternidade#
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1 – Para sentir seu leve peso
4uar 4uarda dava va o roux rouxino inoll numa numa caix caixin inha ha## 9udo udo o %ue %ue %uer %ueria ia era era anda andarr com com o roux rouxin inol ol empoleirado no dedo# Mas, se abrisse a caixinha, ah: certamente fugiria# $ntão amorosamente cortou o dedo# $, atrav*s de uma mínima fresta, o enfiou na caixinha# /ese0o de 5iberdade e conven"ões sociais •
2 – O passarinho
Come"ou diendo %ue tinha um passarinho na cabe"a# ;ueixava!se# O passarinho batia asas, a cabe"a doía#
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3 – o sil!ncio "ue o sol "ueima
remir de plumas, pe%uenos bicos, breves pios, delícias# $ as línguas do sol sobre seus seios# Mas era só ao entardecer, %uando o gavião em v2o desenhava círculos de sombra sobre o ouro, lan"ando!se como pedra entre suas carnes para colher o mais tonto dos pardais, %ue as hastes estremeciam enfim, inclinando as espigas ao supremo grito# # – O camelo
<ão esperava encontrar o camelo# $mbora meu closet não tenha portas, eu não o tinha visto entrar# (astava as su*teres# Compreendi a necessidade de lã# Mas o diálogo era difícil com ele assim metido no espa"o estreito, voltando!me o posterior# ubi num banco, galguei!lhe as costas# $ escorregando pela suave geografia encontrei!me no aconchego das corcovas# O camelo pastava na escuridão felpuda, o dorso ruminava entre minhas pernas# $u toda envolta por peles e p+los, gordura macia, resvalei em tal beatitude %ue, abocanhando um chuma"o de p+lo do camelo, pus!me a ruminar docemente# Contos %ue exploram o erotismo de forma lírica e sutil, atrav*s de alegorias# •
$ – Um espinho de marfim
?manhecia o sol e lá estava o unicórnio pastando no 0ardim da (rincesa# (or entre flores olhava a 0anela do %uarto onde ela vinha cumprimentar o dia# /epois esperava v+!la no balcão, e, %uando o peinho pe%ueno pisava no primeiro degrau da escadaria descendo ao 0ardim, fugia o unicórnio para o escuro da floresta# @m dia, indo o 6ei de manhã cedo visitar a filha e seus aposentos, viu o unicórnio na moita de lírios# ;uero esse animal para mim# $ imediatamente ordenou a ca"ada# /urante dias o 6ei e seus cavaleiros ca"aram o unicórnio nas florestas e nas campinas# 4alopavam os cavalos, corriam os cães e, %uando todos estavam certos de t+!lo encurralado, perdiam sua pista, confundiam!se no rastro# /urante noites o rei e seus cavaleiros acamparam ao redor das fogueiras ouvindo no escuro o relincho cristalino do unicórnio# @m dia, mais nada#
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(reso nas malhas de ouro, olhava o unicórnio a%uela %ue mais amava, agora sua dona, e %ue dele nada sabia# ? princesa aproximou!se# ;ue animal era a%uele de olhos tão mansos retido pela artimanha de suas tran"asA Beludo do p+lo, lacre dos cascos, e desabrochando no meio da testa, espinho de marfim, o chifre .nico %ue apontava ao c*u# /oce língua de unicórnio lambeu a mão %ue o retinha# ? princesa estremeceu, afrouxou os la"os da rede, o unicórnio ergueu!se nas patas finas# ;uanto tempo demorou a princesa para conhecer o unicórnio8A ;uantos dias foram precisos para amá!loA
% – Por&m i'ualmente