ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIO DO BRASIL – GRÃO-PRIORADO DE SÃO JOSÉ
GRAU DOIS – CAVALEIRO TEMPLÁRIO ESCUDEIRO
INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO MAÇÔNICO GRÃO-PRIORADO DA CIDADE SANTA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ESTADO DE SÃO PAULO
ANNO DOMINI 2014 NON NOBIS DOMINI
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ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIO DO BRASIL – GRÃO-PRIORADO DE SÃO JOSÉ
GRAU DOIS – TEMPLÁRIO ESCUDEIRO
Os Nobres e os escudeiros O grau de escudeiro templário As obrigações do grau As obrigações dos Soldados da Cavalaria Ensino Militar: A vida do militar da cavalaria Ensino Militar: Código Disciplinar do E!rcito Ensino Militar: "ino da Cavalaria Ensino #eligioso: S$o %ernardo de Claraval e os eerc&cios espirituais Ensino 'emplário: (denti)icaç$o do *rau de Escudeiro e +uramento de Sil,ncio Ensino #eligioso: O Santo *raal Ensino 'emplário "istórico: A -rimeira Cru.ada Ensino 'emplário "istórico: A Segunda Cru.ada (magens /personagens desta apostila0
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Os Nobres e os escudeiros Durante a (dade M!dia podemos notar grandes di)erenças em sua sociedade1 sendo mostradas atrav!s das suas classes sociais2 O Cavaleiro 'emplário tin3a total noç$o da 3ierar4uia na sociedade1 tanto dentro 4uanto )ora da corte2 O escudeiro tamb!m pertencia a uma 3ierar4uia militari.ada1 servia diretamente ao seu sen3or 4ue via de regra era um Nobre da Cavalaria #eal2 A mobilidade social era bem restrita1 sendo 4ue se algu!m nascesse em uma determinada classe n$o poderia mudar de posiç$o1 continuando nela por toda sua vida1 assim como seus descendentes2 WWW.IBEMAC.COM.BR
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Segundo a (gre5a Católica na !poca1 a 4ual controlava e in)luenciava muito sobre a pol&tica a )orma de pensar das pessoas1 essa ordem era designada por Deus e 4uem )osse contra essas desigualdades estaria a)rontando a 3armonia divina2 A sociedade na (dade M!dia era dividida em tr,s grandes grupos1 o clero1 a nobre.a e o povo2 Nobre.a A nobre.a era composta pelos sen3ores )eudais 4ue tin3am o controle sobre os )eudos e o cenário pol&tico da !poca2 Sua )unç$o era guerrear e eercer poder pol&tico sobre as demais classes2 Esse grupo assim como o clero tamb!m possui uma 3ierar4uia1 dividindo6se em classes1 sendo 4ue o rei era o mais importante e in)luente1 pois era ele 4ue cedia as terras1 travando relações de suserania e vassalagem1 em troca da )idelidade e a5uda militar de outros nobres2 Os membros da nobre.a se di)erenciavam por seu poder e in)lu,ncia1 por isso em sua 3ierar4uia os 4ue estavam acima dos outros possu&am mais terras ou eram pessoas pelas 4uais o rei tin3a grande consideraç$o1 sendo 4ue ele atribu&a os t&tulos aos nobres2 Depois do rei1 vin3a as demais classes1 entre elas pr&ncipe /3erdeiro ao trono1 )il3o do c3e)e de estado01 ar4uidu4ue /superior ao du4ue1 )il3os da 7am&lia (mperial da 8ustria01 du4ue /c3e)e de estado de um ducado1 geralmente pertencente 9 7am&lia #eal01 mar4u,s /superior ao conde1 t&tulo de ordem germnica0 e conde /sen3or )eudal dono de um ou mais castelos de condados02
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Os cavaleiros tamb!m eram membros da nobre.a1 sendo 4ue o t&tulo era dado pelo rei1 assim como os escudeiros 4ue eram aprendi.es de cavaleiro2 Eles na verdade eram )il3os de nobres2 Os nobres podiam subir na 3ierar4uia1 tudo dependia de seus serviços prestados ao c3e)e de estado 4ue poderia tanto atribuir o t&tulo como tirá6lo2 Era dever dos nobres participar das guerras1 estando 9 disposiç$o do rei2
O grau de escudeiro templário Era o segundo grau na escala da 3ierar4uia dos Cavaleiros 'emplários2 ;indo logo após o treino do noviço2 O escudeiro tin3a acesso direto ao Sargento das Armas 4ue por sua ve. poderia se dirigir ao Cavaleiro 'emplário2 Na aus,ncia do Sargento das Armas era o Escudeiro 4ue )aria as suas ve.es e tare)as1 tamb!m poderia nesses casos se dirigir diretamente ao O)icial2 Os rapa.es 4ue ocupavam esse cargo1 tin3am em m!dia entre <= e <> anos2 N$o cuidavam mais da cavalariça pois esse era o serviço do noviço2 Cuidavam1 sim1 das armas do nobre /escudos1 espadas1 arco e )leo1 b!sta1 mac3adin3as etc0 responsáveis pela limpe.a e manutenç$o das armas1 mantin3am as armas lubri)icadas uma ve. 4ue a )errugem era o grande inimigo das armaduras e demais petrec3os do Cavaleiro2 Con)orme se encontra nas ?antigas #egras@ dos Cavaleiros 'emplários1 notamos a preocupaç$o 4ue e eles 5á demonstravam com a recepç$o e educaç$o dos ?escudeiros e sargentos@1 eis o teto1 4ue está na apostila do *rau m2 “67. Dado que os escudeiros e sargentos que desejam caritativamente servir na casa do Templo pela salvação de sua alma e por um período determinado venham de regiões muito diversas, prudente que suas WWW.IBEMAC.COM.BR
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promessas sejam rece!idas para que o inimigo invejoso não os "aça se arrepender e renunciar a suas !oas intenções.#
A preocupaç$o tamb!m se aplicava na proibiç$o1 para os escudeiros e sargentos1 4uanto ao uso da capa branca 4ue era de uso eclusivo dos Cavaleiros 'emplários O)iciais2 Essa capa branca 4ue compun3a a vestimenta c3amada ?tabard@ era t$o )amosa na idade m!dia 4ue um 3omem assim tra5ado poderia comprar e vender1 pedir emprestado ou alugar1 en)im1 transacionar livremente no com!rcio sem ter din3eiro em esp!cie1 apenas dando a sua palavra e mostrando a sua capa branca com a cru. vermel3a2 -or!m1 alguns escudeiros e sargentos 4ue serviram aos templários e depois deiaram o -riorado acabaram levando consigo a capa branca 4ue utili.avam 4uando em serviço e a apresentavam como se )ossem Cavaleiros 'emplários para obter )avores ou comprar produtos pelos 4uais nunca pagariam1 colocando em descr!dito a Ordem dos Cavaleiros 'emplários2 ;e5amos a regra abaio:
$o!re as %apas &rancas 6'. (or un)nime consenso da totalidade do capítulo, proi!imos e ordenamos a e*pulsão, por vicioso, a qualquer que sem discrição haja estado na casa de Deus e dos %avaleiros do Templo. Tam!m, que os sargentos e escudeiros não tenham h+!itos !rancos, dado que esse costume trou*e grande desonra casa, pois nas regiões alm das montanhas "alsos irmãos, homens casados e outros, que "ingiam ser irmãos do Templo, as usaram para jurar so!re elas so!re assuntos mundanos. Trou*eram tanta vergonha e prejuí-o rdem de %avalaria que at seus escudeiros riram/ e por esta ra-ão sugiram muitos esc)ndalos. (ortanto, que se lhes entregue h+!itos negros, mas se esses não se pode encontrar, lhes dever+ ser dado o que se encontre nessa província ou que seja mais econ0mico que o !urel.
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As obrigações do grau Assim como os noviços1 os escudeiros tin3am obrigações gerais dentro do -riorado e obrigações espec&)icas do seu grau2 Dentre as 4ue 5á comentamos1 a de maior importncia era a conservaç$o da armadura e da espada2 Na parte da disciplina religiosa era o escudeiro 4ue auiliava o Sargento das Armas na preparaç$o do 'emplo para as cerimBnias secretas dos 'emplários1 sem contudo tomar parte delas1 uma ve. 4ue as cerimBnias eram reservadas unicamente aos Cavaleiros 'emplários O)iciais2 Eistiam cerimBnias /missas0 4ue eram abertas para todos do priorado1 nessas era permitida a participaç$o do noviço e do escudeiro1 os 4uais )a.iam a parte reservada aos ?coroin3as@ na igre5a católica atual2 O eerc&cio m&stico do escudeiro compreendia uma continuaç$o da aprendi.agem do noviço1 o 4ual 3avia sido treinado no eerc&cio da semente e 4ue agora se consiste nos eerc&cios espirituais de devoç$o e pedido de graça2 O Escudeiro era levado a entrar na presença de Deus atrav!s desse eerc&cio e pedir1 como graça ou benç$o1 a c3ance de se tornar1 um dia1 um Cavaleiro 'emplário2
Ensino #eligioso: S$o %ernardo de Claraval e os eerc&cios espirituais
No grau anterior 5á vimos um pouco sobre S$o %ernardo de Claraval1 vamos recordar algumas passagens deste santo 3omem 4ue )oi o grande ideali.ador e -atrono Espiritual dos Cavaleiros 'emplários2 Ainda 4ue o Abade de Claraval n$o pertença ao grupo de )undadores do Mosteiro de Cister1 sua importncia para a Ordem ! t$o grande1 4ue1 desde muito cedo1 )alou6se nos cistercienses como os )il3os WWW.IBEMAC.COM.BR
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de S2 %ernardo2 -or isso parece 5usti)icável uma pe4uena digress$o para apresentá6lo mais detal3adamente2 %ernardo nasceu em < no castelo de 7ontaines1 do 4ual seu pai era o sen3or2 Certamente tratava6se de uma pe4uena )orti)icaç$o para a de)esa avançada de Di5on1 capital da %orgon3a2 Cavaleiro a serviço do Du4ue da %orgon3a1 'ecelino era casado com Alete de Montbard2 Embora sua )am&lia pertencesse 9 pe4uena nobre.a1 por sua ascend,ncia1 sobretudo do lado materno1 %ernardo parece ter sido ligado 9 grande nobre.a e talve. mesmo 9 reale.a1 incluindo a casa ducal da %orgon3a2 Seus diversos laços de parentesco1 segundo alguns estudiosos1 teriam sido de grande a5uda para sua atuaç$o nos diversos empreendimentos a 4ue esteve ligado2 A )ormaç$o de %ernardo )oi )eita em C3atillon1 onde os cBnegos da igre5a de Saint ;orles possu&am uma bem conceituada escola2 Destinado inicialmente a uma carreira clerical1 passou por um processo de convers$o e decidiu entrar no Mosteiro de Cister1 5ustamente por sua reputaç$o de rigor e santidade de vida2 %ernardo dese5ava ent$o morrer para o mundo e ocultar6se numa eist,ncia 3umilde1 dedicada inteiramente a Deus2 A maioria dos 3istoriadores dos in&cios de Cister admite 4ue seu ingresso no Novo Mosteiro ten3a ocorrido em <<<2 Sabe6 se 4ue nesse ano Cister )undou sua primeira )il3a1 Fa 7ert!1 o 4ue indicaria 4ue a comunidade estava em crescimento e em condiç$o de epandir6se2 Gual a relaç$o de S2 %ernardo com essa )undaç$oH Seus biógra)os a)irmam 4ue entrou em Cister com trinta compan3eiros1 muitos dos 4uais eram seus parentes1 incluindo alguns de seus irm$os2 Mais 4ue isso1 %ernardo )oi o seu l&der espiritual1 pois atuou de )orma a convenc,6 los a ingressar na vida monástica e1 por alguns meses1 eerceu o papel de seu )ormador1 transmitindo seus próprios ideais ao grupo 4ue 5á vivia em comum1 preparando6se para sua admiss$o no Novo Mosteiro2 Discute6 se 3o5e a a)irmaç$o desses primeiros biógra)os e de uma longa tradiç$o1 segundo a 4ual Cister )oi salva da etinç$o pelo ingresso de %ernardo e de seu grupo2 De )ato1 se o mosteiro n$o recrutava e camin3ava ineoravelmente para seu )im1 de onde l3e vin3am as )orças para )undar uma nova abadiaH "á por!m 4uem sustente1 em amparo da tese tradicional1 4ue a )undaç$o de Fa 7ert! )oi )eita em previs$o do WWW.IBEMAC.COM.BR 10
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acol3imento do grupo de %ernardo 4ue 5á estaria em contacto com Cister e seu abade Est,v$o "arding2 Contudo1 mesmo se Fa 7ert! n$o dependeu da entrada da4uele grupo e Cister n$o estava a ponto de desaparecer1 todos concordam 4ue o impacto de %ernardo e de seus compan3eiros )oi decisivo para sua epans$o posterior1 incluindo as )undações de -ontignI /<<<>01 Morimond e Clairvau ou Claraval /<<
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doutrinais e 3eresias2 A carta =L1 a primeira das muitas 4ue escreveu ao papa Eug,nio (((1 seu antigo disc&pulo e monge de Claraval1 ! muito clara 4uanto 9s suas preocupações:
?Guem me dera poder contemplar1 antes de min3a morte1 a volta da (gre5a aos belos tempos apostólicos1 4uando estendia as redes para apan3ar almas e n$o para pescar ri4ue.as de ouro e prata2@
Embora estivesse consciente do papel próprio do monge1 sua atividade eterna 4ue o levou )re4uentes ve.es para )ora do claustro )oi movida pela caridade e o dese5o de servir 9 (gre5a2 Deve ser observado1 por!m1 4ue sua aç$o n$o teria nen3uma repercuss$o se n$o estivesse baseada na sua autoridade moral e na reputaç$o de virtude de 4ue go.ava2 Sua vasta correspond,ncia 6 mais de 4uin3entas cartas )oram conservadas 6 mostra6o em contato com as mais diversas categorias de pessoas1 religiosos e religiosas1 prelados1 papas1 nobres1 reis e rain3as1 dando a perceber a grande ascend,ncia 4ue tin3a sobre muitos de seus correspondentes2 S2 %ernardo )oi procurado para dirimir con)litos1 e)etuar reconciliações1 opinar sobre 4uestões teológicas1 con)ortar e dirigir pessoas 4ue depositavam nele toda sua con)iança2 A ele coube1 por incumb,ncia do papa Eug,nio (((1 pregar a Segunda Cru.ada1 vista por %ernardo antes como empreendimento espiritual e uma causa 5usta do 4ue como empresa b!lica ou de con4uista2 En)im1 pode6se di.er 4ue )oi canoni.ado1 ainda em vida1 por seus contemporneos1 4ue viam nele1 mais do 4ue o grande abade e pregador 4ue )alava com autoridade a reis e papas1 o modelo acabado de santidade2 -or isso mesmo1 *uil3erme de Saint6'3ierrI1 um dos mais )ecundos e cultos autores espirituais da !poca1 seu grande amigo e tamb!m abade1 mas depois simples monge cisterciense1 iniciou1 ainda en4uanto %ernardo vivia1 sua biogra)ia1 certo de estar narrando a vida de um santo2 Eis a4ui um trec3o deste escrito1 denominado ;ita -rima1 onde *uil3erme narra seu primeiro encontro com o ainda 5ovem abade de Claraval1 em convalescença numa pe4uena WWW.IBEMAC.COM.BR 12
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cabana próima ao mosteiro1 em ra.$o de seu esgotamento causado por austeridades ecessivas:
? 'endo entrado nessa cabana real1 ao considerar tanto a 3abitaç$o1 como a4uele 4ue ali estava1 senti6me penetrado de um t$o grande respeito 4ue1 invoco a Deus por testemun3a1 era como se tivesse subido ao seu altar sagrado2 Eperimentava t$o grande )elicidade em contemplar esse 3omem e um tal dese5o de compartil3ar sua pobre.a e a simplicidade de sua 3abitaç$o 4ue1 se me )osse dada a escol3a1 nada teria dese5ado mais 4ue permanecer sempre a seu lado para servi6lo2@
(ncansável )oi tamb!m o promotor da re)orma monástica2 Muito da intensa atividade de S2 %ernardo eplica6se pelo dese5o de di)undir a vida cisterciense e )a.er crescer a )iliaç$o de sua 4uerida Abadia de Claraval 2 Nesse campo sua atuaç$o )oi prodigiosa2 O ritmo de epans$o da Ordem Cisterciense durante sua vida nunca mais )oi atingido2 %ernardo pBs a serviço dessa causa seu talento etraordinário de escritor e teve o m!rito de dar )orma e epress$o1 de maneira elo4uente e atrativa1 ao ideal de Cister2 ma c!lebre passagem de sua carta <>= tornou6se para a posteridade uma esp!cie de de)iniç$o da vida cisterciense:
?Nossa maneira de viver ! de abnegado serviço1 de 3umildade1 de pobre.a voluntária2 a obedi,ncia1 pa. e alegria no Esp&rito Santo2 Nossa vida ! estar sob um mestre1 um abade1 uma regra e uma disciplina2 Nossa vida ! aplicar6se ao sil,ncio1 praticar o 5e5um1 as vig&lias1 orações1 trabal3o manual e sobretudo seguir o mais ecelente camin3o 4ue ! a caridade2 Em todas essas observncias1 ir crescendo dia6a6dia e nelas perseverar at! o Kltimo dia2@
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Mas o monge c3eio de ardor cu5a ascese rigorosa comprometeu para sempre a saKde1 soube tamb!m ser um pai espiritual c3eio de ternura1 4ue lamenta estar )ora do mosteiro e longe de seus monges de Claraval2 Da (tália1 escreveu certa ve. a Claraval1 na carta <>1 4ue1 en4uanto seus )il3os c3oram pela aus,ncia de um só1 ele1 %ernardo1 deve c3orar muito mais1 pois ! um só a sentir a aus,ncia de todos2 De )ato1 em sua concepç$o1 o mosteiro ! uma escola de caridade1 onde Cristo ! o mestre e a disciplina ministrada ! o amor2 Eercitando6se no amor mKtuo e no amor a Cristo o monge prova ser disc&pulo da verdade2 No eerc&cio desse encargo de paternidade espiritual1 al!m de sua terna caridade1 a5udou6o muito seu con3ecimento da alma 3umana2 Seus escritos revelam6no possuidor de )ina psicologia1 como nas descrições 4ue )a. das diversas mani)estações do orgul3o 3umano no seu ?'ratado dos graus da 3umildade e da soberba@1 sua primeira obra1 onde apresenta o itinerário da convers$o 9 uni$o m&stica com Deus2 Eis a4ui um trec3o c3eio de 3umor em 4ue apresenta o monge tomado pela 5actncia1 o 4uarto grau da soberba:
? preciso 4ue )ale ou ent$o arrebentará2 'em muito o 4ue di.er e n$o pode conter6se mais2 'em )ome e sede de ouvintes1 aos 4uais lance suas vaidades1 a 4uem declare seus sentimentos e )aça con3ecer o 4ue ! e o 4uanto vale2 Encontrada ocasi$o de )alar1 se o assunto tratado s$o as letras1 saem coisas novas e vel3as1 voam as )rases1 ressoam empoladas as palavras2 Antecipa6se a 4uem o interroga1 responde a 4uem n$o l3e pergunta2 Ele mesmo pergunta1 ele mesmo resolve1 interrompendo a )rase incompleta do interlocutor2@
Sua vast&ssima obra compreende alguns tratados1 uma grande coleç$o de sermões1 cartas e outros escritos2 A contribuiç$o de %ernardo para a 'eologia1 sobretudo na Cristologia1 ainda está para ser devidamente avaliada2 Sua sólida reputaç$o de autor espiritual valeu6l3e o WWW.IBEMAC.COM.BR 14
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t&tulo de doutor da (gre5a2 Alguns de seus mais belos sermões )oram dedicados 9 ;irgem Maria1 uma devoç$o de todos os cistercienses2 Do 4ue escreveu1 sobretudo dirigindo6se a monges1 pode6se col3er algo de seu itinerário espiritual2 O ponto inicial deste parece ter sido um sadio encontro consigo mesmo de maneira a con3ecer a própria ambiguidade2 %ernardo percebeu certamente em si1 nos seus primeiros anos de vida monástica1 o 3omem su5eito a )ra4ue.as e paiões1 como ele mesmo o admite nesta passagem de um de seus sermões sobre o Cntico dos Cnticos /s2 <1<0:
?Muitas ve.es1 n$o me envergon3o de di.,6lo1 sobretudo no in&cio1 4uando entrei no Mosteiro1 descobria em mim um coraç$o duro e )rio222@
Nesse processo de autodescoberta c3egou 9 3umildade 4ue de)ine como o con3ecimento de si mesmo 4ue torna o 3omem despre.&vel a seus próprios ol3os2 'odavia o autocon3ecimento1 com todas as decepções em 4ue acarreta1 n$o o levou ao desespero ou ao pessimismo mas pro5etou6o para Cristo2 Assim descreve sua atitude /c)2 s2 >1< sobre o Cntico0:
? 'amb!m eu1 4uando me converti1 irm$os1 dei6me conta de 4ue me )altava toda esp!cie de m!ritos2 Em seu lugar tratei de )a.er um pe4ueno ramal3ete1 para colocar 5unto ao meu peito1 contendo todas ansiedades e amarguras de meu Sen3or:222as bo)etadas1 as troças1 as acusações1 os cravos e todos os demais so)rimentos 4ue sabemos ter padecido at! a saciedade2222para a salvaç$o da 3umanidade2@
%ernardo1 o amigo de Cristo1 ascendeu na vida espiritual atrav!s da 3umildade e da con)iança em sua misericórdia e seu amor2 -or essa sadia WWW.IBEMAC.COM.BR 15
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ascese1 4ue o )e. ol3ar com simpatia e compai$o para seus irm$os1 em 4uem via a mesma )ragilidade 4ue soube recon3ecer em si1 abriu6se a uma caridade mais per)eita e tornou6se mais capa. de receber os dons de Deus2 Em um teto composto na Kltima etapa de sua vida1 certamente epressou algo do 4ue viveu em seu &ntimo /c)2 Serm$o sobre o Cntico >1 J60:
? Ocorre 9s ve.es 4ue a alma ! de tal )orma arrastada para )ora de si1 separando6se de seus sentidos corporais1 4ue n$o sente mais a si mesma1 pois só ! capa. de sentir o ;erbo2 (sto se reali.a 4uando o esp&rito1 encantado com a doçura do ;erbo ine)ável1 rouba6se por assim di.er a si mesmo1 ou mel3or1 ! arrebatado e tirado a si para go.ar do ;erbo2@
Num outro plano1 encontramos o 3omem 4ue se revela em toda sua sensibilidade a)etiva1 atrav!s de grandes e ternas ami.ades2 Durante sua vida %ernardo esteve ligado intimamente a várias pessoas1 3omens e mul3eres2 Em suas ami.ades o natural 6 a)eiç$o1 simpatia1 a)inidades 6 está ligado ao sobrenatural1 os amigos e amigas eram amados em Deus2 assim 4ue podia escrever 9 du4uesa Emengarda da %retan3a1 na carta <<:
?Se pudesses ler em meu coraç$o o 4ue a& o dedo de Deus dignou6 se escrever 4uanto 9 min3a a)eiç$o por ti222@
%ernardo1 cu5a saKde era precária desde a 5uventude1 )aleceu a)inal em <
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Eerc&cio Espiritual do *rau #oteiro %ásico dos Eerc&cios Diários Para praticar esses exercícios procure memorizar os cinco passos descritos abaixo, pois serão seguidos diariamente:
-rimeiro -asso Colocar6se na presença de Deus Oração é diálogo! Nesse caso, diálogo com Deus! Por isso, é imprescindíel para a oração irmar conicção de "ue eetiamente esse alguém está comigo, para me ouir e me alar, para relacionar#se comigo como duas pessoas "ue coniem e partil$am dons e bens% &empre, ao iniciar a oração, dedi"ue um tempo para tomar consci'ncia da presença de Deus em sua ida, (a"ui e agora)%
Segundo -asso -edir a *raça de Deus *rata#se, neste momento, de apresentar a Deus o pedido da +raça "ue "uero e deseo alcançar na oração% Dizer o "ue "uero e deseo -e repetir isso árias ezes. ortalece a ontade e conigura a mente e o aeto para acol$er a ontade de Deus% /á um pedido pr0prio para cada ase dos exercícios% 1onorme a din2mica desses exercícios, o pedido az parte de uma pedagogia "ue nos possibilita um gradatio desenolimento espiritual% 1ontudo, é importante oc' ormular este pedido com suas pr0prias palaras% O mesmo pedido deerá ser repetido em todos os 3xercícios da semana% Pedido do 3scudeiro: &en$or 4eu Deus permita "ue me torne um Nobre e /onrado 1aaleiro *emplário%
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'erceiro -asso Meditar a -alavra de Deus 5eito o pedido, leia com atenção o texto bíblico proposto para o 3xercício do dia% O "ue Deus está me dizendo atraés desta palara6 O "ue isso pode signiicar para mim, na situação em "ue io atualmente6 Demorar#se na meditação do texto bíblico, sem pressa, permitindo "ue a Palara de Deus ecoe no íntimo de seu ser e existir% &aboreie interiormente cada palara, cada rase% Durante o dia, oc' poderá recordar e repetir diersas ezes a rase ou a palara mais marcante do texto%
Guarto -asso 7a.er um Coló4uio com Deus 1onclua sua oração com um (col0"uio) com Deus, ou sea, como "ue conersando com Deus a respeito do seu momento de oração, ale a 3le o "ue oc' tem sentido% Numa relação de coniança e amizade aut'ntica, não ten$a receio de maniestar a Deus os erdadeiros sentimentos e pensamentos "ue o presente 3xercício 3spiritual suscitou em oc'% 7s (moç8es do 3spírito) são instrumentos pelos "uais Deus age no mais íntimo do ser $umano%
Guinto -asso Anotar 1oncluído o 3xercício, procure anotar em seu diário espiritual as percepç8es mais signiicatias da oração% O "ue mais me marcou interiormente6 9ue sentimentos, moç8es ou percepç8es a oração suscitou em mim6 Na medida do possíel, procure um acompan$amento espiritual com um 1aaleiro *emplário experiente ou alguém "ue á ten$a eito os 3xercícios 3spirituais completos% Neste acompan$amento oc' poderá partil$ar sua experi'ncia espiritual, procurar discernir o camin$o percorrido e a direção dos pr0ximos passos% 7 anotação "ue oc' izer no inal de cada 3xercício será matéria para a orientação espiritual%
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Ensino Militar: As origens da cavalaria Após a 4ueda do (mp!rio #omano do Ocidente1 a Europa entrou num per&odo de desordem e insegurança durante o 4ual os mais )ortes impun3am sua autoridade nos territórios 4ue conseguiam controlar2 *uerreiros bem adestrados1 e4uipados com cavalo e armadura1 entravam para o serviço dos sen3ores )eudais1 4ue os recompensavam com terras e vassalos2 A cavalaria surgiu como recurso de de)esa dos romanos contra as invasões bárbaras1 4ue usavam o cavalo1 e substituiu paulatinamente a in)antaria romana2 At! o s!culo P1 a necessidade de de)esa era t$o grande 4ue todo 3omem )orte e cora5oso era tamb!m um combatente2 Esses guerreiros constitu&ram a base da 3ierar4uia )eudal: dependiam de um sen3or ou suserano1 ao 4ual se ligavam por 5uramento de )idelidade e por obrigações vassálicas2 Atingindo a maioridade1 eram armados cavaleiros2 No per&odo carol&ngio /do s!culo ;((( ao P01 a cerimBnia de sagraç$o tin3a um caráter eclusivamente leigo2 A partir do s!culo P1 a cavalaria pesada tornou6se dominante e progressivamente eclusiva2 Os e!rcitos do ocidente europeu se constitu&am de tropas de cavaleiros )ortemente armados1 com elmos de ao 4ue cobriam toda a cabeça1 corpo protegido por armadura de mal3a de aço1 espada1 pun3al1 lança e escudo2 Mesmo os cavalos eram protegidos por armadura de mal3a2 Essas trans)ormações decorreram de mel3orias t!cnicas adotadas na Europa ocidental e trans)ormaram a cavalaria numa atividade altamente dispendiosa1 9 4ual poucos tin3am acesso2 Futar montado era prestigioso por causa do alto custo dos cavalos1 armas e armaduras2 Somente indiv&duos abastados1 ou os serventes dos ricos1 podiam lutar a cavalo2 Os cavalos1 4uando apropriados ao combate alcançavam preços elevad&ssimosQ as táticas de combate eigiam constante renovaç$o da montaria e as peças do armamento1 em economias agr&colas e artesanais como as do per&odo )eudal1 eram tamb!m muito valori.adas2 Das restrições ao ingresso 9 cavalaria surgiu uma obrigaç$o do vassalo em relaç$o ao suserano: o dever de a5uda1 contribuiç$o obrigatória para auiliar o sen3or a armar cavaleiro seu )il3o primog,nito2 WWW.IBEMAC.COM.BR 19
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O per&odo áureo da cavalaria )eudal transcorreu entre os s!culos P e P(( na Europa devido principalmente ao sucesso dos Normandos2 O t&tulo de cavaleiro tornou6se 3ereditário e constituiu6se uma casta militar 4ue ad4uiriu1 por direito costumeiro1 privil!gios especiais2 A cavalaria tornou6se ent$o um monopólio dos descendentes de cavaleiros2 Embora tivesse como modelo as táticas das antigas tribos germnicas1 a cavalaria crist$1 ao contrário desses guerreiros individualistas1 submeteu6se ao trabal3o disciplinador do poder real e sobretudo da igre5a1 4ue a tornou obediente a certas regras e princ&pios2 Al!m dos cavaleiros1 3omens 4ue eram obrigados a apresentar suas ?lanças@ ao seu sen3or1 a cavalaria era constitu&da por escudeiros1 cavaleiros das ordens religiosas e dos concel3os /tamb!m con3ecidos por cavaleiros6vil$os0 e ?cavaleiros da espora dourada@ /ricos1 mas sem nobre.a02 Cada ?lança@ constitu&a um grupo de > at! < 3omens1 )ormado pelo seu c3e)e1 por ser sargento1 seu /s0 escudeiro /s01 3omens armados /normalmente montados01 ar4ueiros ou besteiros e por )im pelo pa5em2 Cinco ou seis lanças )ormavam uma bandeira1 subordinada a um c3e)e2 < lanças constitu&am uma compan3ia de 3omens armados /men6at6 arms R sinBnimo para soldado no per&odo medieval02 O 4ue daria em torno de > a < 3omens armados2 No tempo de D2 +o$o (1 )oi determinado 4ue os sen3ores das terras deveriam )ornecer L> lanças e as ordens militares ent$o eistentes /"ospitalários1 de Santiago de Espada1 de Avis e de Cristo0 deveriam participar nas 3ostes com > lanças2 "á registros de = ser o nKmero de lanças sendo )ornecidas pelos cavaleiros restantes2 Assim1 ele dispun3a6se de um total de J> lanças1 9s 4uais se 5untaria a cavalaria da ordenança ou do couto1 isto !1 os cavaleiros6vil$os2
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A (N;ES'(D#A Edmund Feig3ton R ?'3e Accolade@ O ingresso na cavalaria evoluiu com o tempo para um processo )ormal2 O pretendente1 geralmente nobre1 iniciava sua )ormaç$o como pa5em1 aos sete anos1 na casa de um parente ou suserano do próprio pai2 Ao completar <= anos1 entrava para o serviço de seu sen3or )eudal e recebia instruç$o militar e )ormaç$o em outras disciplinas2 Se provasse sua compet,ncia1 aos <> anos1 tornava6se escudeiro numa cerimBnia em 4ue l3e entregavam a espada e as esporas de prata2 A partir da& acompan3ava seu sen3or nas campan3as militares2 7inalmente1 aos =< anos1 mediante um ritual de caráter religioso1 o 5ovem se tornava cavaleiro2 O cerimonial de ascens$o a cavaleiro variou consideravelmente ao longo da 3istória e nas di)erentes regiões da Europa2 O ritual podia ser compleo1 reali.ado na presença do rei e em dia de )esta1 ou muito simples1 no próprio campo de batal3a2 O 5e5um1 a vig&lia das armas1 a comun3$o e a b,nç$o da espada constitu&am a base do cerimonial2 O aspirante a cavaleiro pronunciava ent$o seu 5uramento1 segundo di)erentes )órmulas2 A5oel3ava6se diante seu sen3or e prestava o devido 5uramento1 recebia no ombro ou na nuca um golpe des)erido por seu sen3or com a parte plana da espada2 Seu sen3or1 por sua ve.1 dava6l3e tr,s golpes no ombro com a espada1 simboli.ando as Kltimas o)ensas 4ue 3averia de admitir1 e di.ia: ?Em nome de Deus1 de S$o Miguel e de S$o +orge1 eu vos armo cavaleiro2 Sede valente1 leal e generoso2@ -or )im1 no pátio do castelo1 o cavaleiro rec!m6sagrado saltava sobre seu cavalo e galopando1 demonstrava com sua espada e sua lança as t!cnicas 4ue demonstravam sua destre.a2 WWW.IBEMAC.COM.BR 21
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No s!culo P(1 certas )órmulas do ritual pun3am em evid,ncia a in)lu,ncia da igre5a: o sacerdote ben.ia a espada e lembrava 4ue ela devia servir 9 igre5a1 9s viKvas1 aos ór)$os e a todos os servidores de Deus contra a crueldade dos pag$os2 No s!culo P((1 o ritual inclu&a a puri)icaç$o com um ban3o e o cavaleiro recebia uma camisa de lin3o1 s&mbolo da pure.a1 e uma tKnica vermel3a1 imagem do sangue 4ue devia verter em de)esa do ideal crist$o2 Os ideais da cavalaria )oram enri4uecidos com a adoç$o rigorosa dos princ&pios crist$os1 como o respeito 9 igre5a1 a busca do Santo *raal1 lealdade ao sen3or1 de)esa da 3onra e outros2 A 3onra era considerada 4ualidade essencial de um cavaleiro: dela deveria cuidar mais 4ue a própria vida2 Se um cavaleiro cometesse ato de covardia1 impiedade1 traiç$o ou outro delito 4ue manc3asse o ideal cavaleiresco1 era submetido 9 degradaç$o: suas armas eram publicamente 4uebradas e pisoteadasQ tiravam6se as esporas1 e seu escudo R do 4ual se arrancava o bras$o R era arrastado na cauda de um cavalo1 era proclamado in)ame e todos podiam in5uriá6lo2 Depois coberto de trapos1 levavam6no para a igre5a numa padiola1 ao som de mKsicas )Knebres1 por meio dessa encenaç$o1 o e6cavaleiro era considerado morto2 A )ase de cristiani.aç$o da cavalaria culminou com as cru.adas1 4ue uniram num es)orço comum os cavaleiros da Europa crist$2 A igre5a e as monar4uias de diversos pa&ses criaram as ordens militares1 de duplo caráter religioso e militar R1 cu5o ob5etivo era de)ender a )! crist$ e1 no caso da Espan3a e -ortugal1 recon4uistar os territórios ocupados pelos muçulmanos2 A mais antiga dessas ordens )oi a dos "ospitalários de S$o +o$o de +erusal!m1 mais tarde c3amada dos Cavaleiros de #odes e em seguida de Malta2 Outras ordens n$o menos importantes )oram as dos 'emplários1 a do Santo Sepulcro e a de S$o Fá.aro2 Na Espan3a1 destacaram6se as ordens de Calatrava1 de Santiago e Alcntara2
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Do )inal do s!culo P( a meados do P(((1 as relações entre os cavaleiros e o sistema )eudal so)reram pro)undas mudanças2 As 3ostes )eudais /a )orça militar 4ue os vassalos deviam ao seu suserano0 4ue 3aviam sido Kteis para a de)esa no interior de um reino1 mostraram6se ine)icientes para epedições prolongadas como as cru.adas2 Os reis começaram ent$o a desvirtuar os princ&pios da cavalaria1 outorgando ordens a grandes proprietários de terras e organi.ando e!rcitos mercenários /Compan3ias livres02 O )im das cru.adas e a in)erioridade militar dos cavaleiros )rente 9 in)antaria1 aos ar4ueiros e 9 rec!m6surgida artil3aria1 assim como a decad,ncia do sistema )eudal em )avor das monar4uias centrali.adoras1 acabaram1 ao longo dos s!culos P(; e P;1 com a cavalaria medieval2 Di)undiu6se ent$o o ideal galante dos cavaleiros andantes1 ealtado pela literatura de cavalaria e materiali.ado nos torneios1 5ustas e passes de armas2 Simulações de batal3as entre cavaleiros1 c3amadas de torneios1 começaram no s!culo P e )oram imediatamente condenadas pelo segundo Conc&lio de Fatr$o1 sob o -apa (noc,ncio ((1 e pelos reis da Europa1 os 4uais se opun3am aos )erimentos e mortes de cavaleiros no 4ue eles consideravam uma atividade )r&vola2 Os torneios )loresceram1 entretanto1 e se tornaram parte da vida do cavaleiro2 No s!culo P(;1 o aper)eiçoamento das armas de )ogo curtas e a )ormaç$o dos corpos de cavalaria ligeira próprios dos e!rcitos modernos determinaram a obsolesc,ncia b!lica da antiga cavalaria pesada2 A tática tradicional dos cavaleiros medievais R carga contra a lin3a inimiga mediante o emprego de lanças e espadas pesadas R )oi substitu&da pela mobilidade da nova cavalaria1 cu5o ata4ue se apoiava em arcabu.es e balestras2 Convertidos em casta nobiliár4uica subordinada ao poder real1 os cavaleiros perderam a condiç$o de guerreiros e passaram a viver de WWW.IBEMAC.COM.BR 23
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rendas ou como cortes$os2 A decad,ncia dos ideais da cavalaria na Espan3a do s!culo P;( )oi magistralmente descrita por Miguel de Cervantes na obra El ingenioso 3idalgo don Gui5ote de la Manc3a2 Ensino Militar: Código Disciplinar do E!rcito Neste cap&tulo1 atrav!s de um breve enunciado1 daremos in&cio ao estudo e con3ecimento do #egulamento Disciplinar do E!rcito /#DE ou #>0 tendo sido moldado e praticamente inspirado no #egulamento da Antiga Cavalaria1 está totalmente ligado de )orma 3istórica aos Cavaleiros 'emplários 4ue seguiam r&gidas normas de conduta e disciplina2 -ara n$o tomarmos um espaço demasiado dentro da apostila1 adotamos o crit!rio de anearmos o regulamento disciplinar do e!rcito de )orma 4ue o aluno ao receber a apostila o receberá como aneo em )ormato de ar4uivo pd) podendo baia6lo e estuda6lo de )orma independente2 Orientamos 4ue o aluno interessado em se tornar um Cavaleiro 'emplário con3eça os princ&pios desse regulamento para 4ue possa começar a entender as di)iculdades da vida de um militar2
Ensino Militar: "ino da Cavalaria Arma ligeira 4ue transpõe os montes1 Caudais pro)undos1 com ardor e glória1 Estrela guia em negros 3ori.ontes1 -elo camin3o da luta e da vitória2 Cavalaria1 Cavalaria1 WWW.IBEMAC.COM.BR 24
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'u !s na guerra a nossa estrela guia2 Arma de tradiç$o 4ue o peito embala1 Cu5a 3istória ! de lu. e de )ulgor1 -elo c3o4ue1 na carga1 ela avassala1 E1 ao inimigo1 impõe o seu valor2 Cavalaria1 Cavalaria1 'u !s na guerra a nossa estrela guia2 Montado sobre o dorso deste amigo: O cavalo 4ue1 altivo1 nos condu.1 Fevamo6lo1 tamb!m1 para o perigo1 -ara lutar conosco sob a cru.2 Cavalaria1 Cavalaria1 'u !s na guerra a nossa estrela guia2 De Andrade Neves o Osório1 legendário1 E outros 3eróis 4ue 3onram a nossa 3istória1 Evocamos o valor etraordinário -elo %rasil a nossa maior glóriaT Cavalaria1 Cavalaria1 'u !s na guerra a nossa estrela guia WWW.IBEMAC.COM.BR 25
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Ensino 'emplário: (denti)icaç$o do *rau de Escudeiro e +uramento de Sil,ncio Completando o ensino do Escudeiro1 era necessário 4ue ele )ormali.asse o seu ?+uramento de Sil,ncio@ e da& aprendesse a recon3ecer um outro Escudeiro dentro ou )ora do -riorado2 Os Cavaleiros 'emplários con3eciam todos os sinais1 to4ue e palavras empregados pelos maçons e tamb!m tin3am suas )ormas de identi)icaç$o 4ue somente um Cavaleiro 'emplário sabia recon3ecer2 +uramento de Sil,ncio: -ara este 5uramento1 o escudeiro deverá preparar o altar sagrado como 5á ensinamos no grau de noviço2 As instruções s$o as mesmas e n$o vamos nos ocupar a4ui em repetir tudo o 4ue 5á )oi dito2 Após preparar o altar1 o candidato a escudeiro deverá se a5oel3ar a moda dos Cavaleiros 'emplários e em seguida pro)erir essas palavras: ?-re)iro ter a min3a garganta cortada a revelar os segredos do *rau de Escudeiro2@ Essa )rase tamb!m ! a identi)icaç$o para o *rau de Escudeiro1 uma ve. 4ue a pergunta !: 6 Sois Escudeiros dos 'empláriosH #esposta: -re)iro ter222 /como está acima0 Nota: No *rau de Noviço n$o 3á )orma de identi)icaç$o1 uma ve. 4ue o responsável pela certi)icaç$o do noviço era o Sargento das Armas1 4ue enviava uma carta ao priorado 4ue receberia o noviço para os serviços2
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Ensino #eligioso: O Santo *raal Segundo a lenda1 +os! de Arimat!ia teria recol3ido no Cálice usado na Ultima Ceia /o Cálice Sagrado01 o sangue 4ue 5orrou de Cristo 4uando ele recebeu o golpe de misericórdia1 dado pelo soldado romano Fonginus1 usando uma lança1 depois da cruci)icaç$o2 %oron conta ainda 4ue1 certa noite1 +os! ! )erido na coa por uma lança /perceba tamb!m1 sempre presente1 as re)er,ncias 9s lanças1 s&mbolos do )ogo1 tanto nas 3istórias de +esus como de Art3ur02 Em outra vers$o1 a )erida ! nos genitais e a ra.$o seria a 4uebra do voto de castidade /este )ato mais tarde dará origem ao desenvolvimento literário do a))air entre Fancelot e *uinevere1 4ue precisa ainda ser mais detal3ado02 Somente uma Knica ve. %oron c3ama a taça de *raal /ou San*real02 Em um inciso1 ele dedu. 4ue o arte)ato 5á tin3a uma 3istória e um nome antes de ser usado por +esus: ?eu n$o ouso contar1 nem re)erir1 nem poderia )a.,6lo /V0 as coisas ditas e )eitas pelos grandes sábios2 Na4uele tempo )oram escritas as ra.ões secretas pelas 4uais o *raal )oi designado por este nome@2 Em outra vers$o do poema1 teria sido a própria Maria Madalena1 segundo a %&blia a Knica mul3er al!m de Maria /a m$e de +esus0 presente na cruci)icaç$o de +esus1 4ue teria )icado com a guarda do cálice e o teria levado para a 7rança1 onde passou o resto de sua vida1 dando origem 9 5á con3ecida ?lin3agem Sagrada@2 O cavaleiro e escritor Wol)ram von Esc3enbac3 baseia6se na 3istória de C3r!tien e a epande em seu !pico -ar.ival2 Ele re6interpreta a nature.a do *raal e a comunidade 4ue o cerca1 nomeando os personagens1 algo 4ue C3r!tien n$o 3avia )eitoQ o rei pai ! c3amado de ?'iturel@ e o rei )il3o de ?An)ortas@2 Outro aspecto muito importante a respeito do Santo *raal ! Sarras1 a cidade m&tica para onde o *raal ! levado ao t!rmino do poema2 A Cidade m&tica de Sarras2 Sarras ! a ?Cidade nos con)ins do Egito1 onde está arma.enada toda a sabedoria antiga@1 4ue está associada 9s terras b&blicas de Seir2 -or!m1 ao analisarmos o nome do rei de Sarras1 Sir /Es0corant1 c3egamos a um personagem muito importante do s!culo ;(1 c3amado S$o Corentin2 WWW.IBEMAC.COM.BR 27
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Corentin1 ou Corenti em alguns tetos1 )oi um monge da Cornual3a cu5o monast!rio )icava 5ustamente na pen&nsula de Sar.eu ma das lendas a respeito de Corentin ! a de 4ue ele teria vivido durante um per&odo na )loresta sendo alimentado apenas por um peie2 Ele comia um pedaço do peie e1 no dia seguinte1 o peie estava vivo e inteiro novamente2 muito simples perceber a associaç$o entre SarrasXSar.eu1 Es6CorantXSt Corentin e o rei pescadorXmonge pescador neste poema2 Em ?-ar.i)al@1 o cavaleiro alem$o Wol)ram ;on Esc3enbac3 coloca na m$o dos 'emplários a guarda do *raal 4ue n$o ! uma taça1 mas sim uma pedra: o poema )ala sobre uma gema verde esmeralda2 Ela tra.ia o dese5o do -ara&so: era ob5eto 4ue se c3amava o *raalT /-ar.i)al0-ara Esc3enbac31 o *raal era realmente uma pedra preciosa1 pedra de lu. tra.ida do c!u pelos an5os2 Ele imprime ao nome do *raal uma estreita depend,ncia com as )orças cósmica2 A pedra ! c3amada Eillis ou Fapis eillis1 Fapis e coelis1 4ue signi)ica ?pedra ca&da do c!u@2 a re)er,ncia 9 esmeralda na testa de FKci)er1 4ue representava seu 'erceiro Ol3o2 Guando FKci)er1 o an5o de Fu.1 se rebelou e desceu aos mundos in)eriores1 a esmeralda partiu6se pois sua vis$o passou a ser pre5udicada2 m dos tr,s pedaços )icou em sua testa1 dando6l3e a vis$o de)ormada1 4ue )oi a Knica coisa 4ue l3e restou2 Outro pedaço caiu ou )oi tra.ido 9 'erra pelos an5os 4ue permaneceram neutros durante a rebeli$o2 Mais tarde1 o Santo *raal teria sido escavado neste pedaço2 7açamos agora uma comparaç$o entre o *raal6pedra de Esc3enbac3 com a n$o menos m&tica -edra 7iloso)al1 4ue trans)ormava metais comuns em ouro1 3omens em reis1 iniciados em adeptosQ mat!ria e transmutaç$o1 seres 3umanos e sua trans)ormaç$o2 Os alem$es t,m como modelo de )i!is depositários do cálice sagrado os Cavaleiros 'emplários /de novoT02 Seria Wol)ran von Esc3enbac3 um 'emplárioH Certamente 4ue sim2 Era a !poca em 4ue 7elipe de -lessie. estava 9 )rente da ordem 4uase centenária2 O próprio )ato de ser a pedra uma esmeralda se relaciona com a cavalaria2
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Os cavaleiros em demanda usavam sobre sua armadura a cor verde1 sinBnimo de vitalidade e esperança2 Malcom *odYin1 escritor rosacru.1 re)ere6se a -ar.i)al da seguinte maneira: ?Muitos comentadores argumentaram 4ue a 3istória de -ar.i)al cont!m1 de modo oculto1 uma descriç$o astrológica e al4u&mica sobre como um indiv&duo ! trans)ormado de corpo grosseiro em )ormas mais e mais elevadas@2 Nesta obra1 4ue ! um retrato da (dade M!dia 6 )eito por 4uem sabia muito bem sobre o 4ue estava )alando 6 recon3ece6se uma verdadeira ordem de cavalaria )eminina1 na 4ual se v, Esclarmunda1 a virgem guerreira cátara1 tra.endo o Santo *raal1 precedida de =J cavaleiros segurando toc3as1 )acas de prata e uma mesa tal3ada em uma esmeralda /mais para a )rente1 voltarei a este assunto 4uando )or )alar de +oana DZArc02 Na descriç$o do autor da cena de -ar.i)al no castelo do rei6 pescador /4ue1 assim como +esus1 saciara a )ome de muitas pessoas multiplicando um só peie0 lemos: ?Em seguida apareceram duas brancas virgens1 a condessa de 'enabroc e uma compan3eira1 tra.endo dois candelabros de ouroQ depois uma du4uesa e uma compan3eira1 tra.endo dois pedestais de mar)imQ essas 4uatro primeiras usavam vestidos de escarlate castan3oQ vieram ent$o 4uatro damas vestidas de veludo verde1 tra.endo grandes toc3as1 em seguida outras 4uatro vestidas de verde /V02 ?Em seguida vieram as duas princesas precedidas por 4uatro inocentes don.elasQ tra.iam duas )acas de prata sobre uma toal3a2 En)im apareceram seis sen3oritas1 tra.endo seis copos diá)anos c3eios de bálsamo 4ue produ.ia uma bela c3ama1 precedendo a #ain3a Despontar de AlegriaQ esta usava um diadema1 e tra.ia sobre uma almo)ada de ac3mardi verde /uma esmeralda0 o *raal1 [superior a 4ual4uer ideal terrestre\@2 As 3istórias 4ue )a.em parte do c3amado ?ciclo do *raal@ )oram redigidas de <
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isto está intimamente relacionado02 Conta6se 4ue durante o assalto das tropas do rei 7ilipe (( de 7rança 9 )ortale.a de Montsegur1 apareceu no alto da mural3a uma )igura coberta por uma armadura branca 4ue )e. os soldados recuarem1 temendo ser um guardi$o do *raal2 Alguns 3istoriadores admitem 4ue1 prevendo a derrota1 os cátaros emparedaram o *raal em algum dos muros dos numerosos subterrneos de Montsegur e lá ele estaria at! 3o5e2 A ?Mesa de Esmeralda@ evocada pelas 3istórias de )undo cátaro relacionam6se de maneira óbvia com outra ?mesa@: a 'ábua de Esmeralda atribu&da a "ermes 'rimegistos2 A partir da& o *raal6pedra cede lugar ao *raal6livro2 O *raal6taça ! tido como um episódio m&stico e o *raal6pedra como a mat!ria do con3ecimento cristali.ado em uma substncia2 +á o *raal6 livro ! a própria tradiç$o primordial1 a mensagem escrita2 Em ?+os! de Arimat!ia@1 #obert de %oron di. 4ue ?+esus Cristo ensinou a +os! de Arimat!ia as palavras secretas 4ue ningu!m pode contar nem escrever sem ter lido o *rande Fivro no 4ual elas est$o consignadas1 as palavras 4ue s$o pronunciadas no momento da consagraç$o do *raal@2 De )ato1 em ?Fe *rand *raal@1 continuaç$o da obra de %oron por um autor anBnimo1 o *raal ! associado 6 ou realmente ! 6 um livro escrito de próprio pun3o por +esus1 o 4ual a leitura só pode entender 6 ou iluminar 6 4uem está nas graças de Deus2 E por conta disso temos uma noç$o de 4ue ?segredos 'emplários@ o ;aticano estaria atrás todo este tempo2 ?As verdades de )! 4ue este cont!m n$o podem ser pronunciadas por l&ngua mortal sem 4ue os 4uatro elementos se5am agitados2 Se isso acontecesse realmente1 os c!us diluviariam1 o ar tremeria1 a terra a)undaria e a água mudaria de cor@2
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Ensino 'emplário "istórico: A -rimeira Cru.ada #etornando 9 nossa "istória das Ordens (niciáticas1 c3egamos ao começo do s!culo P((2 "erdeiro da desintegraç$o do (mp!rio #omano1 o Ocidente Europeu do in&cio da (dade M!dia era pouco mais 4ue uma colc3a de retal3os com populações rurais e tribos bárbaras2 A instabilidade pol&tica e o de)in3ar da vida urbana golpearam duramente a vida cultural do continente2 A (gre5a Católica1 como Knica instituiç$o 4ue n$o se desintegrou 5untamente com o etinto imp!rio1 mantin3a o 4ue restava de )orça intelectual1 especialmente atrav!s da vida monástica2 Com o tempo a sociedade )oi se estabili.ando e1 em certos aspectos1 no s!culo (P o retrocesso causado pelas migrações bárbaras 5á estava revertido1 mas nessa !poca os pe4uenos agricultores ainda eram impelidos a se proteger dos inimigos 5unto aos castelos2 Esse cenário começa a mudar mais )ortemente com a contenç$o das Kltimas ondas de invasões estrangeiras no s!culo P1 !poca em 4ue o sistema )eudal começa a ser de)inido2 O per&odo de relativa tran4uilidade 4ue se segue coincide com um per&odo de condições climáticas mais amenas2 A partir do ano <1 o 7eudalismo entra em ascens$o2
Os 'emplários e a -rimeira Cru.ada Depois 4ue Maom! morreu /=01 as vagas de e!rcitos árabes lançaram6 se com um novo )ervor 9 con4uista dos seus antigos sen3ores1 os bi.antinos e persas sassnidas 4ue passaram d!cadas a guerrear6se2 Estes Kltimos1 depois de algumas derrotas esmagadoras1 demoram anos a ser destru&dos1 mais graças 9 etens$o do seu imp!rio do 4ue 9 resist,ncia: o Kltimo Pá morre em Cabul em JJ2 Os bi.antinos resistem menos: cedem uma parte da S&ria1 a -alestina1 o Egito e o norte de 8)rica1 mas sobrevivem e mant,m a sua capital1 Constantinopla2 Num novo impulso1 os e!rcitos con4uistadores muçulmanos lançam6se ent$o para a ]ndia1 a -en&nsula (b!rica1 o sul de (tália e 7rança1 as il3as mediterrnicas2 'ornado um imp!rio tolerante e bril3ante do ponto de WWW.IBEMAC.COM.BR 31
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vista intelectual e art&stico1 o imp!rio muçulmano so)re de um gigantismo e um en)ra4uecer guerreiro e pol&tico 4ue vai ver aos poucos as .onas mais long&n4uas tornarem6se independentes ou ent$o serem recuperadas pelos seus inimigos1 4ue guardavam na memória a !poca de con4uista: bi.antinos1 )rancos e reinos neo6godos2 No s!culo P1 esse desagregar acentua6se em parte devido 9 in)lu,ncia de grupos de mercenários convertidos ao isl$ e 4ue tentam criar reinos próprios2 Os turcos sel5Kcidas /n$o con)undir com os turcos otomanos antepassados dos criadores do atual estado da 'ur4uiaQ nem com os Mamelucos1 4ue só v$o surgir em <=JQ os Sel5ucidas seguiam o cali)a Sel5ucida01 procuraram impedir esse processo e conseguem uni)icar uma parte desse território2 Acentuam a guerra contra os crist$os1 c3utam a bunda das )orças bi.antinas em Mant.i^iert em << con4uistando assim o leste e centro da Anatólia e )inalmente tomam +erusal!m em <L2 O (mp!rio %i.antino1 depois de um per&odo de epans$o nos s!culos P e P( está completamente )errado e em s!rias di)iculdades: v,6se a braços com revoltas de nBmades no norte da )ronteira1 e com a perda dos territórios da pen&nsula (tálica1 con4uistados pelos normandos2 Do ponto de vista interno1 a epans$o dos grandes dom&nios em detrimento do pe4ueno campesinato resultou em uma diminuiç$o dos recursos )inanceiros e 3umanos dispon&veis ao estado2 Como soluç$o1 o imperador Aleio ( Comneno decide pedir au&lio militar ao Ocidente para poder en)rentar a ameaça sel5Kcida2 E adivin3a 4uem eles mandaramH Errou2 Ao inv!s de mandarem cavaleiros bem preparados1 em <J1 no conc&lio de Clermont1 o papa rbano (( eorta a multid$o de es)omeados malucos religiosos a libertar a 'erra Santa e a colocar +erusal!m de novo sob o dom&nio crist$o1 apresentando a epediç$o militar 4ue propõe como uma )orma de ?penit,ncia@2 A multid$o presente aceita entusiasticamente o desa)io e logo parte em direç$o ao Oriente1 tendo consigo uma cru. vermel3a sobre as suas roupas /da& terem recebido o nome de ?cru.ados@02 Assim começavam as cru.adas2
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A Cru.ada dos -obres A Cru.ada -opular ou dos Mendigos /<0 )oi um acontecimento etrao)icial 4ue consistiu em um movimento popular 4ue bem caracteri.a o misticismo da !poca e começou antes da -rimeira Cru.ada o)icial2 O monge -edro1 o Eremita1 graças a suas pregações comoventes1 conseguiu reunir uma multid$o2 Entre os guerreiros1 3avia uma multid$o de mul3eres1 vel3os e crianças2 Auiliado por um cavaleiro1 *uaut!rio Sem6"averes1 os peregrinos atravessaram a Aleman3a1 "ungria e %ulgária1 causando todo tipo de desordens e desacatos1 sendo em parte ani4uilados pelos bKlgaros2 Ainda no camin3o1 seus seguidores tin3am criado diversos tumultos1 massacrando comunidades 5udaicas em cidades como 'rier e ColBnia1 na atual Aleman3a2 C3egaram em p!ssimas condições a Constantinopla2 Mal e4uipada e mal alimentada1 essa ?Cru.ada@ massacrou 5udeus pelo camin3o1 matou1 pil3ou e destruiu tudo1 como 3ordas assassinas2 Ainda assim1 o imperador bi.antino Aleio ( Comneno recebeu os seguidores do eremita em Constantinopla2 -rudentemente1 Aleio aconsel3ou o grupo a aguardar a c3egada de tropas mais bem e4uipadasV Mas a turba começou a sa4uear a cidade2 O imperador bi.antino1 dese5ando a)astar esse ?bando de personagens de sua capital@1 obrigou6os a se alo5ar )ora de Constantinopla1 perto da )ronteira muçulmana1 e procurou incentivá6los a atacar os in)i!is2 7oi um desastre1 pois a Cru.ada dos Mendigos c3egou muito en)ra4uecida 9 8sia Menor1 onde )oi arrasada pelos turcos2 Somente um redu.ido grupo de integrantes conseguiu 5untar6se 9 cru.ada dos cavaleiros2 Durante um m,s1 mais ou menos1 tudo o 4ue os cavaleiros turcos )i.eram )oi observar a movimentaç$o dos invasores1 4ue se ocupavam apenas de badernar e sa4uear as regiões próimas do acampamento onde )oram alo5ados2 At! 4ue1 em agosto de <1 o bando in4uieto cansou6se de esperar e partiu para a o)ensiva2 WWW.IBEMAC.COM.BR 33
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Guando parte dos europeus resolveu partir em direç$o 9s mural3as de Nic!ia1 cidade dominada pelos muçulmanos1 uma primeira patrul3a de soldados do sult$o turco _ili5 Arslan )oi enviada1 sem sucesso1 para barrá6los2 Animado pela primeira vitória1 o e!rcito do Eremita maluco continuou o ata4ue a Nic!ia1 tomou uma )ortale.a da regi$o e comemorou bebendo todas1 sem saber 4ue estava caindo numa emboscada2 O sult$o mandou seus cavaleiros cercarem a )ortale.a e cortarem os canais 4ue levavam água aos invasores2 7oi só esperar 4ue a sede se encarregasse de ani4uilá6los e derrotá6los1 o 4ue levou cerca de uma semana2 Guanto ao restante dos cru.ados maltrapil3os1 )oi ainda mais )ácil eterminá6los2 '$o logo os )rancos tentaram uma o)ensiva1 marc3ando lentamente e levantando uma nuvem de poeira1 )oram recebidos por um ata4ue de )lec3as2 A maioria morreu ali mesmo1 5á 4ue n$o dispun3a de nen3uma proteç$o2 Os 4ue sobreviveram )ugiram como galin3as amarelas2 O sult$o1 4ue 3avia ouvido 3istórias tem&veis sobre os )rancos1 respirou aliviado2 Mal imaginava ele 4ue a4uela era apenas a primeira invas$o e 4ue cavaleiros bem mais preparados ainda estavam por virV
Os Cavaleiros e o 'emplo No in&cio de <<1 "ugo de -aInes e mais oito cavaleiros )ranceses1 abrasados pelo )ervor religioso e movidos pelo esp&rito de aventura t$o comum aos nobres 4ue buscavam nas Cru.adas1 nos combates aos muçulmanos a glória dos atos de bravura e a consagraç$o da impavide.1 abalaram rumo 9 -alestina levando no peito a cru. de Cristo e na alma um son3o de amor2 Eram os *ouvains do Cristianismo1 4ue se constitu&am )iadores da )!1 disputando as rel&4uias sagradas 4ue os )anáticos do Crescente retin3am e pro)anavam2 #einava em +erusal!m %aldu&no (( 4ue os acol3eu e l3es destinou um vel3o palácio 5unto ao planalto do Monte Moria31 onde os montões de escombros assinalavam as ru&nas de um grande 'emplo2 Seriam as ru&nas do *#ANDE 'EM-FO DE SAFOM`O1 o mais )amoso santuário do P( s!culo antes de Cristo2 WWW.IBEMAC.COM.BR 34
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"ugo de -aIens /<6<<01 um )idalgo )ranc,s da regi$o de C3ampagne1 )oi o primeiro mestre da Ordem dos 'emplários2 Ele era originalmente um vassalo do conde "ugues de C3ampagne2 Conde "ugues de C3ampagne visitou +erusal!m uma ve. com "ugo de -aIens1 4ue )icou por lá depois de o conde voltar para a 7rança2 "ugo de -aIens organi.ou um grupo de nove cavaleiros para proteger os peregrinos 4ue se dirigiam para a terra santa no seguimento das iniciativas propostas pelo -apa rbano ((2 De -aIens aproimou6se do rei %aldu&no (( com oito cavaleiros1 dos 4uais dois eram irm$os e todos eram parentes de "ugo de -aIens1 alguns de sangue e outros de casamento1 para )ormar a primeira das ordens dos 'emplários2 Os outros cavaleiros eram: *odo)redo de Saint6Omer1 Arc3ambaud de Saint6Aingnan1 -aIen de Montdidier1 *eo)roI %issot1 e dois 3omens registrados apenas com os nomes de #ossal ou possivelmente #olando e *ondamer2 O nono cavaleiro permanece descon3ecido1 apesar de se especular 4ue ele era o Conde "ug3 de C3ampagne2 O s&mbolo destes 'emplários era a imagem de dois Cavaleiros ?t$o pobres 4ue precisavam dividir um cavalo@2 ;amos aos )atos: 7(DAF*O "ugo de -aIensQ *odo)redo de Saint Omer1 nobre da 7am&lia de Saint Omer1 cu5os ;ASSAFOS )oram alguns dos primeiros cavaleiros recrutadosQ -aIen de Montdidier1 da casa nobre )lamenca MontdidierQ o CONDE *eo)roI %issot1 da )am&lia %issot1 entre outrosV tantos nobre )amosos n$o poderiam ser tratados como ?pobres@ certamente o signi)icado era outro2 O 4ue o S&mbolo dos 'emplários realmente representa ! 4ue eles eram guerreiros espirituais2 Os dois corpos no cavalo representam a uni$o do guerreiro )&sico com o guerreiro espiritual 4ue eles ali representavam2 Mas a ideia de )alar 4ue eles eram pobres n$o era ruimV Outro ponto bi.arro ! di.er 4ue a )unç$o dos 'emplários era ?de)ender as rotas de -eregrinos dos Muçulmanos@V ora1 o 4ue nove cavaleiros de meia6idade poderiam )a.er contra as 3ordas de muçulmanos 4ue estavam WWW.IBEMAC.COM.BR 35
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tomando conta da regi$oH O 4ue estes nove cavaleiros )i.eram )oi escavar sob os estábulos do 'emplo durante nove anos /de << a <<
Sobre a porta1 uma inscriç$o em caracteres 3ebraicos prevenia os pro)anos contra os impulsos da ousadia: SE ME#A C#(OS(DADE GE AG( 'E COND1 DES(S'E E ;OF'AQ SE -E#S(S'(#ES EM CON"ECE# O M(S'#(O DA EP(S'NC(A1 7A O 'E 'ES'AMEN'O E DES-EDE6SE DO MNDO DOS ;(;OS2 "ug3 de -aIens escancarou aos ol3os vidrados dos cavaleiros um gigantesco recinto ornado de )iguras bi.arras1 delicadas umas e monstruosas outras1 tendo ao Nascente um grande trono recamado de sedas e por cima um tringulo e4uilátero em cu5o centro em letras 3ebraicas marcadas a )ogo se lia o 'E'#A*#AMA OD2 +unto aos degraus do trono e sobre um altar de alabastro1 estava a ?FE(@ cu5a cópia1 s!culos mais tarde1 um Cavaleiro 'emplário em -ortugal1 devia revelar 9 3ora da morte1 no momento preciso em 4ue na %orgon3a e na 'oscana se descobriam os co)res contendo os documentos secretos 4ue ?comprovavam@ a 3eresia dos 'emplários2 A ?Fei Sagrada@ era a verdade de +a3ve3 transmitida ao patriarca Abra$o2
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A par da ;erdade divina vin3a depois a revelaç$o 'eosó)ica da _abbala32 Etasiados diante da ma5estade severa dos s&mbolos1 os nove cavaleiros1 )uturos 'emplários1 a5oel3aram e elevaram os ol3os ao alto2 Na sua )rente1 o grande 'ringulo1 tendo ao centro a inicial do princ&pio gerador1 esp&rito animador de todas as coisas e s&mbolo da regeneraç$o 3umana1 parece convidá6los 9 re)le$o sobre o signi)icado pro)undo 4ue irradia dos seus ngulos2 Ali est$o representadas as 'rinta e Duas ;idas da Sabedoria 4ue a _abbala3 eprime em )órmulas 3erm!ticas1 e 4ue a Sep3er et.ira propõe ao entendimento 3umano2 As c3aves epostas sobre o Altar de alabastro onde os iniciados prestavam 5uramento d$o aos -obres Cavaleiros de Cristo a c3ave interpretativa das )iguras 4ue adornam as paredes do 'emplo2 Na mude. estática da4ueles s&mbolos 3á uma alma 4ue palpita e convida ao recol3imento2 Abalados na sua crença de um Deus )ero. e sanguinário1 os )uturos 'emplários entreol3am6se e perguntam6se: SE 'ODOS OS SE#ES "MANOS -#O;M DE DES GE OS 7E SA (MA*EM E SEMEF"ANA1 COMO COM-#EENDE# GE OS "OMENS SE MA'EM M'AMEN'E EM NOME DE ;8#(OS DESESH COM GEM ES'8 A ;E#DADEH Entre as )iguras mais bi.arras 4ue adornavam o ma5estoso 'emplo1 uma em especial c3amara a atenç$o de "ugo de -aInes e de seus oito compan3eiros2 Na testa ampla1 um )ac3o luminoso parecia irradiar intelig,nciaQ e no peito uma cru. sangrando acariciava no cru.amento dos braços uma #osa1 encantadora2 A cru. era o s&mbolo da imortalidadeQ a rosa o s&mbolo do princ&pio )eminino2 A reuni$o dos dois s&mbolos era a ideia da Criaç$o2 E )oi essa )igura atraente 4ue os nove cavaleiros elegeram para emblema de suas )uturas cru.adas2 Guando em <<=L se apresentou ante o Conc&lio de 'roIes1 "ugo de -aInes1 primeiro *r$o6Mestre da Ordem dos Cavaleiros do 'emplo1 5á tin3a uma concepç$o acerca da ideia de Deus 4ue n$o era muito católica2 A divisa inscrita no estandarte negro da Ordem ?Non nobis1 Domine1 sed nomini tuo ad *loria@ n$o era uma su5eiç$o 9 (gre5a mas uma re)er,ncia 9 inicial 4ue1 no centro do 'ringulo1 simboli.ava a unidade per)eita: OD2
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Ensino 'emplário "istórico: A Segunda Cru.ada
A Segunda Cruzada
Durante a -rimeira Cru.ada os nobres peregrinos europeus criaram estados cru.ados no c3amado ?Fevante@1 )or5ados em guerras1 con4uistas e massacres contra os povos muçulmanos 4ue dominavam estas regiões2 Em <<>>1 engi1 o governador das cidades de Alepo e Mossul1 4ue controlava as regiões da S&ria e do norte do (ra4ue1 con4uistou o Condado de Edessa das m$os dos crist$os2 As Kltimas palavras 4ue ;oscelino1 o governador de Edessa1 escutou de engi antes de sua epuls$o da cidade em => de de.embro de <<>>1 de acordo com 3istoriadores locais1 )oram: ?Perdemos, todos” 7oi imediatamente lançado um apelo ao papa e1 por toda a Europa1 imediatamente se ouvem vo.es clamando pela retomada do condado pelos cru.ados2 O Papa 3ug'nio <<< ac3ou 4ue 5á era 3ora de empreender uma segunda cru.ada e convocou6a por meio de uma bula especial em <<>J2 &ão =ernardo de 1laraal1 a pedido do -apa Eug,nio (((1 antigo monge cisterciense e disc&pulo do Santo1 l3e pede 4ue convo4ue os crist$os a empreenderem uma nova cru.ada2 Eug,nio ((( 3avia tomado o lugar do -apa >?cio <<1 eleito a <= de março de <<>>1 mas morrera em J com uma pedrada na cabeça ao tentar apa.iguar um distKrbio popular2 Na -áscoa de <<>1 em ;e.elaI1 s$o muitos os )ranceses 4ue se reKnem para escutar as palavras de %ernardo2 A nova convocaç$o atraiu vários epedicionários1 entre os 4uais se destacaram o rei >uís @<< de 7rança1 o imperador 1onrado <<< do Sacro (mp!rio #omano6*ermnico1 al!m de 5rederico da &uábia1 3erdeiro do imp!rio germnico1 e dos reis da -olBnia e da %o,mia2 WWW.IBEMAC.COM.BR 38
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"omens n$o )altavam: soldados )lamengos e ingleses tin3am con4uistado Fisboa das m$os dos sarracenos e voltavam para casa1 agora estavam sem ter o 4ue )a.er2 A situaç$o no Oriente1 por!m1 tornara6se ainda mais perigosa em virtude da presença de angi1 governador de Mosul e con4uistador de Edessa1 4ue ent$o governava em Alepo e ameaçava Constantinopla2 A cru.ada O imperador Conrado ((( do Sacro (mp!rio #omano6*ermnico partiu para Constantinopla1 onde c3egou em Setembro de <<>2 (gnorando o consel3o do imperador bi.antino Manuel ( Comneno1 atravessou a Anatólia e1 em =J de outubro1 seu e!rcito )oi esmagado em Doril!ia pelos turcos2 O imperador alem$o1 contudo1 conseguiu escapar e re)ugiou6se na Nic!ia2 No começo do m,s seguinte1 Fu&s ;((1 acompan3ado da esposa1 Feonor da A4uitnia1 c3egou a Constantinopla1 alcançando Nic!ia em novembro e ali soube da sorte de Conrado2 O 4ue sobrou do e!rcito de Conrado 5untou6se aos )ranceses1 com o apoio dos templários2 Com algumas di)iculdades de transporte1 mais uma ve. uma parte do e!rcito teve de ser abandonado para trás /sobretudo os plebeus a p!01 e estes tiveram de abrir camin3o contra os turcos2 Os )ranceses1 entretanto1 c3egam a Antio4uia em Março de <<>L1 rumando para +erusal!m com cerca de J mil soldados2 Em +erusal!m1 Fu&s ;(( e Conrado1 depois de algumas discussões1 decidem atacar Damasco2 Em =L de +ul3o de <<>L1 depois de cinco dias de cerco1 conclu&ram tratar6se de uma miss$o imposs&vel e acabaram tendo de recuar1 terminando assim a segunda cru.ada2 Em mensagem enviada aos cru.ados 4ue se retiravam de volta 9 Europa1 o governador de Damasco )e. o seguinte comunicado: ?N$o sabe lutar1 )i4ue em casa@2 A Segunda Cru.ada acabou se tornando uma aut,ntica )an)arronice1 com os seus l&deres regressando aos pa&ses de origem sem 4ual4uer vitória2 -or!m1 vale a pena notar 4ue )oi desta cru.ada 4ue sa&ram alguns dos WWW.IBEMAC.COM.BR 39
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l&deres cru.ados dos contingentes )lamengos e ingleses para auiliar A)onso "enri4ues na con4uista de Fisboa em <<>1 uma ve. 4ue eram concedidas indulg,ncias para 4uem combatia na -en&nsula (b!rica1 como relata nas suas cartas o cru.ado ingl,s Osberno2 No )inal das contas1 o resultado desta Cru.ada )oi algo próimo do miserável /se n$o considerarmos a con4uista de Fisboa01 tendo sucesso apenas em 4ueimar ainda mais as relações entre os reinos cru.ados1 os bi.antinos e os ?amigáveis@ governantes muçulmanos2 O )racasso da segunda Cru.ada permitiu a reuni)icaç$o das pot,ncias muçulmanas com a4uele ar de ?+á gan3amos@ e novas investidas contra algumas cidades na regi$o2 Com a moral baia1 nen3uma nova cru.ada )oi lançada at! 4ue ocorreu um novo acontecimento: a con4uista de +erusal!m pelos muçulmanos em < e Alepo1 em <
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Guando os cru.ados montaram acampamento em um campo aberto1 )orçados a descansar após um dia de eaustivas batal3as1 os 3omens de Saladino atearam )ogo em volta dos inimigos1 cortando seu acesso ao suprimento de água )resca2 A cortina de )umaça tornou 4uase imposs&vel para os crist$o se desviarem da saraivada de )lec3as muçulmanas2 Sedentos1 muitos cru.ados desertaram2 Os 4ue restaram )oram trucidados pelo inimigo1 5á de posse de +erusal!m /tomada em em Outubro de < de março de <<0 )oi um c3e)e militar muçulmano 4ue se tornou sult$o do Egito e da S&ria e liderou a oposiç$o islmica aos cru.ados europeus no Fevante2 No auge de seu poder1 seu dom&nio se estendia pelo Egito1 S&ria1 (ra4ue1 (,men e pelo "i5a.2 7oi responsável por recon4uistar +erusal!m das m$os do #eino de +erusal!m1 após sua vitória na %atal3a de "attin e1 como tal1 tornou6se uma )igura emblemática na cultura curda1 árabe1 persa1 turca e islmica em geral2 Saladino1 adepto do islamismo sunita1 tornou6se c!lebre entre os cronistas crist$os da !poca por sua conduta caval3eiresca1 especialmente nos relatos sobre o s&tio a _era^ em Moab1 e apesar de ser a n,mesis dos cru.ados1 con4uistou o respeito de muitos deles1 incluindo #icardo Coraç$o de Fe$oQ longe de se tornar uma )igura odiada na Europa1 tornou6se um eemplo c!lebre dos princ&pios da cavalaria medieval2 -or volta de <
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ocupantes de +erusal!m1 at! 4ue %alian de (belin ameaçou matar todos os muçulmanos da cidade1 estimado entre tr,s e cinco mil pessoas1 e destruir os templos sagrados do (sl$ na CKpula da #oc3a e a mes4uita de Al6A4sa se n$o )osse dada anistia2 Saladino consultou seu consel3o e esses termos )oram aceitos2 m resgate deveria ser pago por cada )ranco na cidade1 )osse 3omem1 mul3er ou criança2 Saladino permitiu 4ue muitos partissem sem ter a 4uantia eigida por resgate para outros2 De acordo com (mad al6Din1 aproimadamente sete mil 3omens e oito mil mul3eres n$o puderam pagar por seu resgate e se tornaram escravos2 De todas as cidades1 apenas 'iro resistiu2 A cidade era ent$o comandada pelo Conrado de Mont)errat2 Ele )ortaleceu as de)esas de 'iro e suportou dois cercos de Saladino2 Em <
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Saladino morreu no dia > de março de <<1 em Damasco1 pouco depois da partida de #icardo2 Guando o tesouro de Saladino )oi aberto n$o 3avia din3eiro su)iciente para pagar por seu )uneralQ ele 3avia dado a maior parte de seu din3eiro para caridade2 'emplários e o Padre. ma curiosidade a respeito da segunda cru.ada )oi 4ue1 durante este per&odo1 as regras do 4ue se con3ecia como S3atran5 acabaram so)rendo algumas modi)icações1 derivando o 4ue 3o5e con3ecemos como as regras modernas do Padre.2 Como este era um 5ogo -ersa1 at! esta !poca1 as 'orres eram con3ecidas como ?Ele)antes@1 n$o 3aviam %ispos1 as peças 4ue se movimentavam na diagonal eram con3ecidas como ?Navios de *uerra@Q tamb!m n$o eistia #ain3aQ a peça era con3ecida como ?;i.ir@ e os peões1 4uando c3egavam at! o lado oposto do tabuleiro1 tornavam6se ?consel3eiros@1 com capacidade de se movimentar uma casa na 3ori.ontal1 vertical ou diagonal2 Como os 'emplários adoraram este 5ogo e acabaram levando6o para a Europa1 os termos acabaram sendo modi)icados para um gosto mais Europeu1 dando origem aos nomes das peças tal 4uais as con3ecemos 3o5e2 Os %ispos )oram a contribuiç$o do ;aticano ao 5ogo1 por ac3arem 4ue os cl!rigos deveriam ter um papel de desta4ue no adre.V
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(magens /personagens1 locais e ob5etos nesta apostila0
(magens e ilustrações re)erentes ao *rau de Escudeiro
S&mbolo dos 'emplários: dois cavaleiros em um Knico cavalo
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CAVALARIA DOS TEMPLÁRIOS EM ORMAÇÃO PARA ATAUE
TEMPLÁRIO PORTANDO O BAUCENT 7BOASSAN; E AO LADO A MEDALA WWW.IBEMAC.COM.BR 45
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DIVISA SMBOLO DOS TEMPLÁRIOS NON NOBIS DOMINI 7NÃO EM NOSSO NOME;
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P(*"!+9 $*9*+#" (9"8 C+3+9(*!"8 T(/9
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