MALERBA, MALERBA, Jurandir. Jurandir. Teoria Teoria e história história da historiografia. In: ______ (Org.). (Org.). A história escrita: teoria e história da historiografia. !o "au#o: $onte%to, &'', . **+&.
- Pensar o estatuto do texto histórico abre duas possibilidades de investigação convergentes: -- Pensar o ofício do historiador -- A historiografia constitui parte importante da memória das sociedades - Teoria Teoria da história e pós-modernismo: Qual o estatuto es tatuto do texto historiogrfico! - "uas teses: - Primeira: anti-realismo epistemológico: o passado não # e não pode ser o referente das afirmaç afirmaç$es $es e represe representa ntaç$e ç$ess históri históricas% cas% &Assim' &Assim' retiran retirando do (uais( (uais(uer uer preten pretens$e s$ess do conhecimento histórico de se relacionar com um passado real' o pós-modernismo dilui a história em uma esp#cie de literatura e fa) do passado nada mais nada menos do (ue um texto* +p%,.% - /egunda: narrativismo: as histórias ficcionais e as narraç$es dos historiadores não diferem diferem uma da outra outra em nenhum nenhum aspecto aspecto essenci essencial' al' pois pois ambos ambos são constituí constituídas das pela pela linguagem% Assim' as explicaç$es e interpretaç$es (ue a narrativa histórica apresenta são &construç$es impostas sobre o passado' e não fundadas nos' limitadas aos ou respondíveis pelos fatos tais como expostos nas evid0ncias* +p%,1.% 2oloca-se em xe(ue a própria ob3etividade do conhecimento histórico% - Avaliação aliação do autor: autor: 4 pós-m pós-mode oderni rnismo smo contri contribui buiu u para para derrub derrubar ar alguns alguns dogmas dogmas (ue sobreviveram 5 derrocada de certa concepção de história herdeira do iluminismo' entre as (uais (uais o marxis marxismo mo e alguma algumass remini reminisc0n sc0ncia ciass cienti cientifici ficista stass insist insistent entes% es% & Porém, fora essa
atitude iconoclasta – sem dúvida alguma fundamental para a superação do estado do debate –, pouco contribuiu o pós-modernismo para a teoria da história e para a historiografia. Fe avançar negando e derrubando, mas pouco colocou no lugar * +p%,1.% - &Por outras outras vias' a(ueles a(ueles interessados em aperfeiçoar aperfeiçoar o arsenal conceitual conceitual para a prtica prtica de uma história da historiografia haverão de começar por pensar teoricamente o próprio conceito de historiografia* +p%,6.% 4 ob3etivo do texto # apontar para alguns aspectos (ue favoreçam a construção de um conceito operacional de historiografia% - Afirm firmaç ação ão do cart carter er auto auto-re -refl flex exiv ivo o do conh conhec ecim imen ento to hist histór óric ico: o: & !evido
a uma caracter"stica b#scia do conhecimento histórico, $ue é a sua própria historicidade, temos de nos haver com todas as contribuiç%es dos $ue nos antecederam. &ssa propriedade eleva a cr"tica historiogr#fica a fundamento do conhecimento histórico * +p%,6.%
- Apesar disso' nem sempre essa crítica historiogrfica tem recebido a devido atenção por parte dos historiadores% - 7enedetto 2roce foi (uem primeiro sistemati)ou os problemas inerentes 5 crítica de uma obra histórica% /egundo ele' essa crítica deveria se pautar não pela (uantidade ou exatidão de suas suas inform informaç$ aç$es' es' nem pelo pelo pra)er pra)er (ue o livro livro propor proporcio ciona' na' mas simples simplesmen mente te pela pela sua historicidad historicidade% e% & & a historicidade pode ser definida como um ato de compreensão e de
intelig'ncia, estimulado por uma e(ig'ncia da vida pr#tica, $ue não pode satisfaer-se passando ) ação se s e antes os fantasmas, as dúvidas e a escuridão contra os $uais se luta não são afastados merc' da proposição e da resolução de um problema teórico, $ue é a$uele ato do pensamento* +p%,8.%
font fontee gera gerado dora ra da historiografia é a necess#ria retificação das vers%es do passado histórico, operada a cada geração* +p%,.% ;ssa retificação # motivada e condicionada tanto pela inserção social do -
4 auto autorr tamb tamb#m #m fa) fa) refe refer0 r0nc ncia ia a 9ico 9icoeu eurr' afir afirma mand ndo o (ue (ue &a
hist histor oria iado dorr em seu cont contex exto to'' (uan (uanto to pela pelass recen recente tess desco descobe bert rtas as docu docume ment ntai aiss e
geração conhece mais e melhor o passado do $ue a precedente. essa historicidade do próprio conhecimento $ue obriga o historiador a haver-se com toda a produção $ue procura superar. asce a$ui a necessidade incontorn#vel da cr"tica* +p%,.% - Para Para o auto autor' r' um conc concei eito to oper operaci acion onal al de hist histor orio iogr grafi afiaa deve deve insis insisti tirr na nece necess ssria ria articulação entre historiografia e história' entre historie e eschichte' pois o descobrimento de (ue toda história história est desde sempre 3 prefigurada prefigurada extralinguisti extralinguisticamente camente não apenas apenas limita o potencial de representação como tamb#m reclama do historiador estudos ob3etivos de exist0ncia das fontes% - =ova refer0ncia a 2roce' o &pai* da crítica historiogrfica% /uas formulaç$es elucidam a propriedade histórica da historiografia' (ue fa) dela um meio dos mais ricos ric os para se conhecer as soci socied edad ades es%% Para Para ele' ele' a hist histor orio iogr graf afia ia # sem sempre pre cont contem empo por> r>ne nea' a' e as narr narrat ativ ivas as +historiografia. (ue se formam vão se tornando elas próprias fatos documentados de outros tempos' a serem interpretados e 3ulgados% - 9?sen' concordando com 2roce' afirma (ue a narrativa constitui &a consci0ncia histórica na medida em (ue evoca lembranças' no trabalho de interpretação das experi0ncias do tempo% 4 mergulho no passado ser sempre dado pelas e(peri'ncias do tempo presente* +p%@' grifos dele.% - &"iferenteme &"iferentemente nte do (ue pode acontecer nas ci0ncias ci0ncias naturais' naturais' na história história dificilment dificilmentee uma obra histórica # totalmente &superada*' at# por(ue ela se torna documento de uma #poca* +@@,.% - As definiç$es de historiografia tendem pois a entende-la como produto dos historiadores em geral% 2itando 2harles 2arbonell: &/ $ue é historiografia0 ada mais $ue a história do
discurso – um discurso escrito e $ue se afirma verdadeiro – $ue os homens t'm sustentado sobre o seu passado. $ue a historiografia é o melhor mel hor testemunho $ue podemos ter sobre as culturas desaparecidas, inclusive sobre a nossa – supondo $ue ela ainda e(iste e $ue a semiamnésia de $ue parece ferida não é reveladora da morte. unca uma sociedade se revela tão bem como $uando pro1eta para tr#s de si a sua própria imagem * +p%@,.% - A historiografia # um produto da história e revela com clare)a a sociedade (ue a gerou% - &/endo originria de uma necessidade da consci0ncia histórica de orientação temporal no mundo' 9?sen demonstra as dificuldades de se pensar a historiografia como representação* +@@.% $oneito to de histori historiogra ografia fia onden ondensado sado e#o e#o autor autor: &23istoriografia2 - $onei
pode então ser cara caract cteri eria ada da como como um umaa espé espéci ciee de pr#t pr#tica ica cult cultur ural al e de estr estrut utur uraa ment mental al.. um umaa apresentação elaborada do passado, limitada ao meio da escrita, com suas possibilidades e restriç%es. restriç%es. &la pressup% pressup%ee a e(peri'ncia e(peri'ncia social de um historiógra historiógrafo, fo, caracteriada caracteriada por certo grau de especialiação e eventualmente de profissionaliação e sua função em uma ordem pol"tica e social * +p%@@.%
- ; citando citando 9?sen +em artigo artigo incluído incluído no livro. livro.:: &Bisto &Bistorio riogra grafia fia # uma uma maneir maneiraa específica de manifestar a consci0ncia histórica* +p%@@.% - Tamb#m cita a proposta de &definição t#cnica do conceito* de 9icoeur% Para este' # na fase escritural da investigação histórica (ue se declara a intencionalidade do historiador +representar o passado tal como ele se produ)iu