Teoria Z: Como as Empresas podem enfrentar enfrentar o desafio Japonês/William G. Ouchi; São Paulo; Ed. Fundo Educativo Brasileiro, 1982.
O autor do livro William Ouchi, nasceu em 1943, é um professor americano, um pesquisador e autor na área de Gestão Empresarial, escreveu vários livros e artigos científicos sobre a organização e a gestão, seu primeiro livro teve como título original, Theory Z (How American Management Can Meet the Japanese Challenge), essa obra foi traduzida para o português com o título títul o “Teoria Z: como as empresas podem enfrentar o desafio japonês”. A Teoria Z ficou na lista dos mais vendidos, foi publicado em 14 edições estrangeiras, e foi classificado como o sétimo livro mais difundido dos doze milhões de títulos, realizada em 4.000 bibliotecas dos EUA. O livro “Teoria Z: como as empresas podem enfrentar o desafio japonês” é uma variante da teoria Y de McGregor e apresenta um estudo do autor/observador sobre as organizações japonesas e sua forma de administração e sua filosofia empresarial, ele esclarece logo de princípio que o segredo talvez não seja somente a tecnologia avançada, mas de uma fusão de elementos culturais, tecnológicos e principalmente humanos, ele aborda os princípios que os japoneses utilizam na gestão, e mostra técnicas e métodos que esse povo oriental utiliza e o segredo das empresas japonesas para se alcançar o sucesso, o autor convence o leitor desde a introdução, um esclarecimento sobre o porquê da necessidade de aprender sobre essa cultura organizacional dos japoneses e afirma que ela deveria ser aplicada na gestão de outros países, sobre a Cultural empresarial o autor diz que a base de toda a empresa é sua filosofia e para as empresas do tipo Z mais ainda, pois com ela pode-se aplicar os princípios expressos na filosofia à vida cotidiana de trabalho, para que assim ocorra uma padronização da integração e de um novo comportamento. Além disso, o livro aborda a Teoria Z como uma estratégia de se administrar pessoas com um objetivo principal de produzir com qualidade. Produtividade, confiança, sutileza e intimidade não só proporciona maior produtividade, como também são ligados entre si. A obra também faz comparações com as empresas americanas, pois mostra que há distinções entre a japonesa, isso por que o modelo de organização americano é o oposto do modelo japonês, como por exemplo, a forma de lidar com os colaboradores, as técnicas e mecanismos utilizados, o relacionamento com os membros, a ideologia de empresa, interesses, a percepção do membro sobre a empresa, responsabilidade, entre outras. Desses contrastes que o autor definiu um dos contrastes que deve se dar ênfase é o interesse, pois diferente das Organizações Americanas que possuem um interesse segmentado, ou seja, individual, as empresas Japonesas possuem um interesse Holístico, onde o indivíduo se vê como integrante de um todo junto com os demais, não segmentado ou grupal como o anterior, mas ver o todo além das partes. Outro contraste interessante é a do Emprego Vitalício x Emprego em Curto Prazo, pois nas empresas japonesas o indivíduo tem a preocupação de permanecer em somente um emprego até se aposentar, isso porque esses indivíduos possuem uma cultura que é baseada na lealdade entre Empresa x Empregado desde cedo os jovens japoneses almejam uma profissão em que ele possa realizar a sua profissão, a sua especialidade, fazendo sua trajetória de carreira e permanecendo até sua aposentadoria. Já nas empresas americanas são raros os casos em que os indivíduos mantêm-se na mesma empresa até sua aposentadoria, isso por que os
indivíduos possuem uma cultura de Empregos em Curto prazo, onde os indivíduos estão dispostos a saírem do emprego antes de se aposentarem por motivos salariais, bem-estar, falta de competência, dificuldade no relacionamento com os demais, isso porque a demissão não reflete negativamente a sociedade (diferente da japonesa, onde a sociedade de certa forma discrimina o indivíduo que pede demissão ou é demitido do emprego). O autor elabora treze passos para serem usados nas empresas que desejam transformar sua tipologia no tipo Z, ou seja, como transformar sua empresa de A para Z, esses passos representam o sumário de sua experiência na aplicação da Teoria Z nas diversas das 500 empresas citadas pela revista Fortune. A obra é muito relevante para a Administração e para as empresas, pois se têm muito a aprender com as organizações do Japão, não só sua forma de gestão com as pessoas, mas principalmente sobre as três palavras básicas que definem a Teoria Z e o sucesso das organizações Z, que são elas, a confiança, a sutileza e a intimidade, a confiança é gerada quando o gestor confia n os trabalhadores e isso faz com que eles se comportem de acordo com o que se espera dele, assim a pessoa tende a se comportar corretamente, a intimidade é a relação empregado-patrão que deve ser total: abraçar a pessoa como um todo e não restrito, deve ser uma relação íntima, o administrador deve conhecer a sua situação, as suas alegrias, as suas tristezas, e procurar ajudar a superar o problema e a sutileza é quando o tratamento com os funcionários devem ser adaptados a cada empregado individualmente, pois sabemos que as pessoas têm personalidades diferentes. Concluindo, a Teoria Z é o que as empresas devem adquirir em suas filosofias para que os gestores possam dar o exemplo dos valores que os funcionários devem seguir na organização, por que hoje há empresas não conhecem quase nada sobre seus colaboradores, e vice-versa, as lições da Teoria Z servem para mudar esse quadro e tornar não só um ótimo relacionamento entre os membros, mas para aumentar a produtividade nas tarefas da organização.