ESCOLA NORMAL SUPERIOR CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA ESN0123 - GEOLOGIA GERAL
RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO NA BR 174
MANAUS - AM 2014
Diego Oliveira Montenegro Nickison Ferreira Nogueira Peter Patrick Tourinho da Costa Suelen Matos da Silva
RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO NA BR 174
Trabalho apresentado para a disciplina ESN0123 – Geologia Geologia Geral, do 1º Período do Curso de Licenciatura em Geografia, ministrada pela Profª. Dra. Neliane de Sousa Alves, da Universidade do Estado do Amazonas - UEA, Escola Normal Superior - ENS.
MANAUS - AM 2014
SUMÁRIO
Introdução
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Objetivo
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Materiais e Métodos
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Geologia da BR-174
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Descrição das Atividades
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Discussão e Conclusão
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Referências
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INTRODUÇÃO A região da bacia sedimentar amazônica é rica em formações geológicas diversificadas e por isso há de se estudar e analisar tal riqueza, por isso através de coleta de dados com o fim de absorver as informações teóricas ministradas na disciplina de Geologia Geral do curso de Geografia da Universidade do Estado do Amazonas, foram realizadas paradas paradas nos km 6, 45, 99, 152 e 113 da BR 174,
Figura 1: Mapa que mostra os pontos de parada contemplados nesse trabalho de campo. Fonte: GOOGLE, Acesso: 04/06/2014 às 10:55.
Nestes pontos foram realizadas as tarefas respectivamente: 1) Coletar dados e registros sobre as formações geológicas ali existentes e catalogar os tipos de processos de intemperismo, consequências caras como voçorocas. 2) Verificar a lixiviação sofrida pelas rochas e seus impactos ambientais principalmente com relação às modificações nos igarapés e rios. 3) Analisar as formações e folheios e verificar por meio de achados paleontológicos o passado primitivo daquela daquela região. Logo, através destas informações pode-se concluir o relatório com um debate a respeito das consequências reais do desenvolvimento humano em harmonia com a natureza e compreender mais a respeito dos processos que são naturais.
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OBJETIVOS
GERAL: Analisar, descrever e debater as diversas formas de relevo e os agentes de intemperismo que são comuns nos pontos contemplados ao longo deste trabalho de campo
ESPECÍFICOS: Descrever e fazer diferenciação das formações geológicas dos pontos abordados,
podendo assim explicar a aparição e a ocorrência de tipos de rochas em determinadas localizações em detrimento de outras. Analisar as transformações a que estão submetidos esses solos e os efeitos do intemperismo (químico e físico) sobre as rochas. Descrever os agentes do intemperismo, i ntemperismo, erosão, lixiviação e diferenciar fenômenos naturais dos causados pelos seres humanos e delimitar os impactos ambientais decorrentes de ambas.
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MATERIAIS E MÉTODOS Através de paradas estratégicas, a orientadora Profa. Dra. Neliane Alves, expunha aos acadêmicos do curso de Licenciatura em Geografia a respeito das formações geológicas dos pontos, essas informações foram anotadas em caderneta, ou gravadas em áudio para uma análise posterior das informações, e ainda registradas por meio de fotografias. Tais fotografias sempre acompanhadas de réguas ou outro objeto que servisse de escala. Foram usados martelos e marretas para se partir os materiais afim de analisar sua estrutura interna. E ainda recipientes plásticos para coleta de amostras.
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GEOLOGIA DA BR-174 A BR – 174 174 é a rodovia que interliga as cidades de Manaus – Am e Boa Vista - RR à Venezuela, em um total de 974 quilômetros. Entre os municípios de Manaus e Presidente Figueiredo, Estado do Amazonas, encontra-se um dos percursos mais instrutivos para a apreciação da geologia da Amazônia. Esta rodovia exibe rochas que apresentam idades desde o Proterozóico ao Cenozóico, permitindo entender a história geológica da Bacia do Amazonas e sua ligação com o embasamento cristalino do sul do escudo das guianas. Com a pavimentação da BR 174, entre as décadas de 1970 e 1980, novos ramais foram abertos e apresentaram melhor as relações litoestratigráficas e estruturais entre as diversas espécies rochosas, concedendo pesquisas e investigações geológicas na na região. Na extensão Manaus - Presidente Figueiredo, o cenário litoestratigráfico envolve unidades paleoproterozóicas compostas por rochas gnáissicas, graníticas e vulcânicas, sobrepostas por rochas sedimentares neoproterozóicas e fanerozóicas. Complementam esse cenário, intrusões básicas de idades ainda indefinidas, coberturas lateríticas e depósitos colúvio-aluvionares do Cenozóico. Em um fragmento de 85 Km, são observadas em cortes de estrada e voçorocas exposições da formação Alter do Chão lateritizada, na qual acolhe depósitos de caulim e espodossolos de areias brancas desferrificadas. Ao longo da estrada são encontrados também fragmentos de formações Manacapuru, Nhamundá, entre outros. Estima-se que os depósitos de areias brancas, extensamente utilizados no setor de construção civil na região, sejam produtos de podzolização sobrem horizontes lateríticos caulinizados, cuja origem teria ocorrido por volta de 3.000 anos atrás. A região nordeste do Estado do Amazonas envolve o cenário geológico limítrofe entre o embasamento cristalino paleoproterozóico e as rochas sedimentares fanerozóicas que compõem a parte norte da Bacia do Amazonas. As rochas do embasamento paleoproterozóico encontram-se no âmbito da província Tapajós-Parina, cujo avanço implicou a agregação de freqüentes arcos magmáticos durante 2.10 a 1.87 Ga e que foram aglutinados ao núcleo do cráton construído pela província Amazônia Central. A região r egião nordeste do Amazonas estabelece-se no domínio Uaimiri, cujas rochas estão, em grande parte, escondidas pela densa sedimentação siliciclástica marinha à fluvial, ocorrida durante o desenvolvimento da Bacia do Amazonas. As rochas do domínio Uaimiri apresentam fortes correlações genéticas e
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geocronológicas com as rochas do domínio Tapajós, contudo, em relação às rochas dos domínios Alta Floresta e Parima tais correlações são apenas fracionárias. As exposições sobre as formações Alter do Chão e Manacapuru são encontradas ao longo do Km 96, principalmente na cachoeira da Suframa e próximo a ponte do rio Urubu. Essas exposições constituem-se em arenitos finos a médios, folhelhos e siltitos laminados com bastante icnofósseis, palinomorfos e macrofósseis. A formação Manacapuru é considerada como depósito de ambiente litorâneo e marinho nerítico, que compõe um curso transgressivo-regressivo de idade siluro-devoniano. Há também as ligações entre as unidades paleozóicas do Grupo Trombetas (formações Nhamundá, Pitinga, Manacapuru) e os registros de cretáceos da Formação Alter do Chão. A relação entre entre as formações formações Manacapuru Manacapuru e Nhamundá Nhamundá é marcada marcada por uma diversidade erosiva, a qual está frequentemente coberta por latossolo creme-amarelado. No Km 130 são observados registros da formação Prosperança depositados sobre as rochas embasamento granítico-vulcânico, representado pelo grupo Iricomé e Suíte Intrusiva Mapuera. Esse contato erosivo se apresenta bastante laterizado, mas ainda é possível observar o discreto contorno de falhas normais em arranjo lítrico com testemunho da tectônica distensiva responsável pela geração de áreas abatidas favoráveis à sedimentação durante o Neoproterozóico. Excelentes exposições de maciço granítico são encontradas em pedreiras abandonadas abandonadas nos quilômetros 199 e 202 da rodovia BR-174. Nessas N essas exposições apreciase a volumosa vulcano-plutônica paleoproterozóica Iricomé-Mapuera, representante do magmatismo Uatumã que abalou o sul do Escudo das Guianas, onde há um amplo predomínio de rochas rochas graníticas que que interpenetram registros registros de vulcânicas vulcânicas ácidas e intermediárias Iricomé, com ênfase ao batólito granítico Abonari, cuja idade é bastante elevada. Essas rochas exibem textura isotrópica inequigranular média e grossa, cor vermelho escuro com matizes azulados e são compostas por quartzo, biotita, hornblenda e oligoclásio, definindo composição sienogranítica. A região entre os municípios de Manaus e Presidente acolhe registros super importantes para o entendimento entendimento dos eventos eventos magmáticos sucedidos durante durante o Paleoproterozoicom Paleoproterozoicom do sul do Escudo das Guianas e dos depósitos sedimentares construídos durante o Paleozóico-Cenozóico Paleozóico-Cenozóico na Bacia do Amazonas. Todavia, alguns argumentos envolvendo
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o embasamento e a natureza do magmatismo Paleoproterozóico ainda precisam de pesquisas e investigações petrológicas e geocronológicas geocronológicas.. No embasamento, embasamento, a questão central central consiste nos nos dados sobre sobre a natureza e idade dos eventos tectono-metamórficos formulado nas rochas do complexo Jauaperi, os quais ainda são insatisfatórios. Nos depósitos sedimentares pré-crambrianos e fanezoróicos, apesar das informações paleoambientais pontuais, eles dão uma finalidade bem razoável da história sedimentar da região. Na formação Prosperança, os depósitos flúviolitorâneos estão mais ligados a um evento deposicional anterior à formação da Bacia do Amazonas, revelando revelando um estágio de rifte entre o final fi nal do Neoproterozóico e o início do Paleozóico, agregado a eventos transtensivos posteriores ao ciclo Brasiliano. Pesquisas geológicas e paleontológicas têm comprovado que a expansão da Bacia do Amazonas envolveu inversão do fluxo da drenagem, a qual migrava para oeste o este e noroeste, em direção ao Pacífico, e há cerca de 15 milhões de anos atrás, causado pelo soerguimento dos Andes, mudou para leste em direção ao Atlântico. Todavia, apesar dos intervalos de idades i dades das rochas paleozoicas estarem quase determinadas, ainda restam dúvidas no intervalo de deposição das formações Prosperança e Alter do Chão, por causa da falta de material apropriado apropriado para a datação, datação, como as rochas rochas vulcânicas vulcânicas ou palinomorfos.
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DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
1ª PONTO: BR-174, Km 6 – Voçorocas Voçorocas e Arenitos.
LOCALIZAÇÃO: Latitude: 0,2° 55’ 30.4’’ S Longitude: 60° 02’ 07.8’’ O No primeiro ponto foi feito a observação das rochas sedimentares da formação Alter do Chão, que em termos de tempo geológico são as mais recentes da BR 174. Abrange rochas de várias litologias, mas que foram depositadas no mesmo período, esse período de deposição foi durante o cretáceo e se estendeu até o terciário. Dentre essas formações foram observadas faces diversas como arenitos, ciltitos e argilitos. Foi testado no afloramento a consistência do material arenoso. Os arenitos são rochas sedimentares clásticas, com grãos tamanho areia. Os arenitos desta formação apresentavam alto estado de decomposição natural, identificado pela coloração amarela Figura 2 diferente
da coloração avermelhada (do óxido de ferro) de quando a rocha
ainda não está tão modificada Figura 3 . O intemperismo químico é bem forte por conta da elevada quantidade de chuva e altas temperaturas.
Figura 2: Arenito no KM 6, BR 174. Já esse arenito
Figura 3: Arenito no KM 6, BR 174. Arenito com
apresente processo avançado de erosão. FONTE:
menos alteração, vê-se a coloração avermelhada.
MONTENEGRO, Diego, 2014.
FONTE: MONTENEGRO, Diego, 2014.
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Foram verificados os impactos ambientais causados pela abertura da BR 174. Um desses impactos verificados foram as voçorocas Figura 4. Voçoroca basicamente é uma incisão erosiva em estágio avançado. A falta de planejamento na construção da estrada, o desmatamento e a retirada da vegetação que cobria e protegia o solo sujeitaram o solo a um processo de erosão antrópica, ou seja, a erosão é causada e acentuada pela ação do homem. Essa erosão leva a abertura de sucos (estágio linear), passando pela pela ravina, até chegar chegar ao estágio estágio avançado, as as ditas voçorocas. voçorocas. As voçorocas apresentam os limites chamados montante e jusante. Montante é onde o rio nasce e jusante é para onde ele segue. A voçoroca cresce em direção à jusante, e esse processo – se não controlado – pode colocar em risco a estrutura da estrada. Outro impacto causado foi o assoreamento dos canais. Com essa erosão, os sedimentos caem e preenche os canais e prejudica a vida aquática diminuindo o oxigênio. Enfim, os impactos do desmatamento desmatamento são ambientais ambientais e também econômicos.
Figura 4: Voçoroca no KM 6, BR 174. Voçoroca bem à beira da estrada. FONTE: MONTENEGRO, Diego, 2014.
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Foi verificada a existência de estratificações sedimentares. Essas estratificações apontam em direção ao fluxo do rio. Mesmo com o material bem intemperizado foi possível ver as camadas que mostram esse fluxo do rio, rio este que deposita o sedimento. Essas estratificações são típicas em rochas sedimentares. Figura 5 Outras estruturas verificadas foram os demoiselles, são torres que dão um bom indicativo dos tipos de materiais e suas resistências. A erosão ocorre e lixivia o material menos resistente e os mais resistentes resistem e cobrem uma porção da matéria menos resistente formando essas estruturas parecidas com torres. Figura 6
Foto 5: Demoiselles no KM 6, BR 174. Minerais mais resistentes no topo das torres. FONTE: MONTENEGRO, 2014.
Figura 5: Estratificação no KM 6, BR 174.
Figura 6: Estratificação no KM 6, BR 174. Diferenciação
Diferenciação nas camadas depositadas,
nas camadas depositadas, estratificadas.. FONTE:
estratificadas.. FONTE: MONTENEGRO, Diego,
MONTENEGRO, Diego, 2014.
2014.
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2ª PONTO a): BR-174, Km 45 (Espodossolos)
LOCALIZAÇÃO: Latitude: 02° 35’ 14,6’’ S Longitude: 60° 1’ 57,5’’ O
Foi verificado a presença dos espodossolos, ou solos podzóis. São solos bastante recorrentes ao longo da BR 174, e região. Podem ser consideradas “pal eo dunas”, ou
dunas antigas. São formados devido a lixiviação das rochas através pelas águas (chuva ou do rio) que por ter o p h baixo são ácidas então retiram todos os nutrientes, esse processo – acidólise acidólise- faz visível e clara a distinção entre a parte que ainda mantem os nutrientes pela cor escura (matéria orgânica em decomposição) decomposição) chamada serapilheira e o mineral restante, geralmente quartzo em grão tamanho areia, parte de coloração clara. A areia usada na construção civil é em grande parte retirada destas regiões, pois como dito acima, o que sobra após a acidólise é justamente o quartzo (areia). Figura 7
Figura 7: Espodossolo no KM 45, BR 174. Pode- se notar a diferença da parte escura e scura (orgânica) e a parte clara (areia). FONTE: MONTENEGRO, Diego, 2014.
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2ª PONTO b): BR-174, Km 45 (Caulim e Igarapé cabeça branca)
LOCALIZAÇÃO: Latitude: 02° 35’ 08,2’’ S Longitude: 60° 01’ 57,0’’ O Neste ponto a voçoroca analisada analisada é bem maior maior que a do PONTO PONTO 1, foram observados os processos de intemperismo nos arenitos da formação alter do chão. Essas formações foram divididas entre as faces mais arenosas e as mais argilosas. Também foram observadas as consequências físicas de tais processos erosivos sobre os elementos químicos que formam a estrutura dos minerais. Por exemplo, minerais que tem sua coloração avermelhada avermelhada retirada, indicam a lixiviação levando o Fe (ferro) existente naquela face. Essa lixiviação causada pela chuva acaba não só retirando os elementos dos minerais como concentrando-os em outros ambientes onde existem diferentes minerais, essa reação química culmina na formação de novos minerais como a caulinita, que é formada após a lixiviação e perda total ou parcial do potássio de uma rocha, ficando somente os argilominerais. A caulinita é uma argila branca bastante usada na indústria, entre outras cosias é usada na fabricação de tintas e no processo de clareamento do papel.
Figura 8: Saprolito no KM 45, BR 174. Pode-se notar todo o processo de alteração da rocha por meio da coloração. Da esquerda para a direita FONTE: MONTENEGRO, Diego, 2014.
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Foi feito um teste para fazer uma diferenciação entre o arenoso e o argiloso. Esse teste consiste basicamente em se checar se o material é pegajoso e se pode-se fixar na mão sem que caia. O argiloso resistiu facilmente e não caiu enquanto o arenoso foi difícil até mesmo para se formar uma bola. bola. Foi também observado observado o processo de alteração das rochas originais naquela região. Com o desmatamento e retirada da cobertura vegetal esse processo se intensificou. Quando tal rocha começa a ser alterada pelo intemperismo dá-se dá-se o nome de saprolito. Figura 8. Esse processo de lixiviação através da água da chuva vai ocorrendo até que no final não se tenha mais nada da rocha original se não o acamamento, acamamento, ou a estrutura. Os elementos que são são lixiviados são levados pela água da chuva e depositados nos rios, fazendo com que por meio da “carga
dissolvida” os rios sejam ricos em minerais. A consequência dessa deposição de minerais nos rios é facilmente f acilmente identificada no igarapé cabeça branca. Através de comparativos expostos pela orientadora, percebeu-se percebeu-se que o nível do igarapé subiu demasiadamente. demasiadamente. A ponto de algumas árvores já estarem quase submersas. E assim como na voçoroca aqui o acamamento dos rios e igarapés traz prejuízos à vida aquática.
Figura 9: Caulim no KM 45, BR 174. N esta imagem
Figura 10: Igarapé Cabeça branca no KM KM 45, BR 174. 174.
estão presente tanto as faces argilosas quanto as
Acamamento dos rios causado pela deposição de
arenosas (ainda com presença de ferro). FONTE:
sedimentos. FONTE: MONTENEGRO, Diego, 2014.
MONTENEGRO, Diego, 2014.
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Mais à frente foi verificado a ocorrência da crosta laterítica. Algumas Al gumas rochas acumulam água da chuva, e quando há (Fe) ferro nas rochas e esse ferro não é lixiviado ocorre um acúmulo de água, levando esse material a oxidar. Essas características foram verificadas também por meio da coloração avermelhada e da dureza da rocha. Conforme mostra a figura abaixo. Tal característica é típica da faixa equatorial, onde a temperatura alta e a alta atividade pluvial predominam.
Figura 11: Rocha da Crosta lateritica no KM 45, BR 174. Rocha em estado de oxidação avançado. FONTE: MONTENEGRO, Diego, 2014.
3ª PONTO: BR-174, Km 99 Rio Urubu (Folhelhos Formação Manacapuru) Manacapuru)
LOCALIZAÇÃO: Latitude: 2° 06’ 44,7’’ S Longitude: 59° 59’ 29,0’’ O Foram analisadas nessa região rochas sedimentares. A estrutura física folheada é bastante chamativa chamativa dando a aparência aparência de um depósito em várias várias camadas. camadas. As rochas denominadas como “folhelhos” provém da formação Manacapuru, do período silu riano
- devoniano. Apesar de que as rochas apresentavam estar alteradas foi possível por meio de uma rasa escavação escavação encontrar fósseis de braquiópodes; antigas conchas marinhas que quando morrem afundam e são preservadas, ficando em lugar da carapaça o sedimento sobre um molde, o que nos leva a dedução lógica de que no período em que esses 16
folhelhos foram depositados o ambiente estava encoberto pelo oceano, estavam em uma profundidade maior, maior, ou seja, era um ambiente marinho profundo. profundo. Outra evidência evidência disso é que pela fragilidade e aspecto desse material (silte-argila), infere-se que para que a sedimentação sedimentação fosse concluída com sucesso teria de ser um ambiente calmo, portanto não poderia ser um rio, com a movimentação natural e correntes. Logo, um oceano seria o ambiente propício para essas rochas terem sido sedimentadas.
Figura 12: Rochas sedimentares da
Figura 13: Fragmento retirado do folhelho
formação Manacapuru no KM 99, BR 174.
no KM 99, BR 174. Rocha com molde de um
Sedimentos em formato de camadas,
fóssil de braquiópode. FONTE:
folheadas. FONTE: MONTENEGRO, Diego,
MONTENEGRO, Diego, 2014.
2014.
4ª PONTO: BR-174, Km 152 – Pedreira Pedreira Manaus (Rochas ígneas)
LOCALIZAÇÃO: Latitude: 1 41’ 29.7 ” S Longitude: 60 09’ 41.6” O Ao chegar na pedreira a primeira observação foi a questão de uma camada de 5 metros de solo sedimentar, que é decorrente da decomposição da rocha parental. Então na pedreira as observações observações foram voltadas para as as rochas ígneas. É vasta a quantidade quantidade de rochas encontradas, encontradas, como a pirita, o quartzo e o granito, mas um outro tipo de rocha chamou bastante a atenção: o Riolíto.
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Figura 14: Rocha ígnea no KM 152, BR 174. Rocha dividida por um dique intrusivo. FONTE: MONTENEGRO, Diego, 2014.
O riolíto é uma rocha vulcânica ácida do grupo Iricomé, do período proterozóico. Esse tipo de rocha é raro, pois nas erupções vulcânicas ele não consegue ascender a superfície com facilidade por ser formada a partir de um magma base muito abundante em sílica, logo, uma lava viscosa e pesada, dificultando assim a ascensão do material, causando um aumento de pressão na erupção. Isso leva a entender que a atividade vulcânica na área foi de tipo t ipo explosiva (piroclastica) e demonstram terem sido intrudidas por diques básicos que cortam as rochas fazendo assim diferenciação das rochas mudando e até mesmo a coloração das rochas, sendo assim facilmente identificável. Em alguns pontos as rochas apresentavam ainda uma terceira fase, a granítica demonstrando que de fato houve intensa atividade vulcânica naquela região. Foram identificadas fraturas nas rochas decorrente do movimento transamazônico.
Figura 8: Diques e fratura: Marcas que mostram características da origem vulcânica. Fonte: MONTENEGRO, Diego. 2014.
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5ª PONTO: BR-174, Km 113 – Igarapé Igarapé das Lajes
LOCALIZAÇÃO: Latitude: 1 59’ 31.3” S Longitude: 60 01’ 33.7” O Voltamos novamente a analisar as formações de rochas sedimentares. Especialmente os arenitos da formação Nhamundá, do período siluriano-devoniano (grupo trombetas). Esses arenitos aparecem em afloramentos grandes, chamados matacões. A água transporta e deposita areia em grande quantidade, por isso o ambiente de formação é de praia. Ocorre então a compactação em blocos. Entretanto esses blocos são formados por um arenito chamado “friável” e tem uma característica de ser formado por uma areia fina. Apresenta na sua superfície algumas cavidades, feições erosivas em consequência consequência das chuvas e isso também possibilita o crescimento de vegetação sobre as rochas, com o crescimento dessas raízes ocorre intemperismo físico.
Figura 10: Blocos e Matacões de Arenito KM
Figura 9: Arenito KM 113, BR 174. Arenito
113, BR 174. Matacões de arenito formação
friável em tamanho matacão. Apesar do
Nhamundá, e a areia depositada pelos rios.
aspecto rígido essa rocha é formada
Vegetação ao redor contribui para o
basicamente por grãos de areia fina.
intemperismo físico. FONTE: MONTENEGRO,
FONTE: MONTENEGRO, Diego, 2014.
Diego, 2014.
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DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Ao finalizarmos este relatório, podemos diferenciar as formações e afloramentos encontrados nos pontos abordados no trabalho de campos entre rochas ígneas (vulcânicas) e sedimentares (que foram depositadas ao longo dos anos), foram abordados a procedência destas formações, e posição na escala estratigráfica. Também foram analisados os processos de intemperismo e as suas consequências. Sabendo diferenciar os impactos ambientais causados por processos naturais e por interferência humana, podemos analisar meios de amenizar essa interferência humana e diminuir futuros prejuízos.
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REFERÊNCIAS
2 014). Fonte: Wikipedia; Disponível em < Br-174. (26 de Abril de 2014). http://pt.wikipedia.org/wiki/BR-174> http://pt.wikipedia.org/wiki/BR-174 > Acesso em: 02/06/2013 às 12:04. RODRIGUES, E. P., & PINHEIRO, E. d. (Setembro/Dezembro de 2011). SciELO. Fonte: Sociedade & Natureza; Disponível em >http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1982>http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S198245132011000300011&script=sci_arttext< Acesso em: 02/06/2013 às 12:34. SOUZA, V. d., & NOGUEIRA, A. C. (Março de 2009). PPEGeo. Fonte: Revista Brasileira de Geociências; Disponível em >http://ppegeo.igc.usp.br/scielo.php?pid=S0375>http://ppegeo.igc.usp.br/scielo.php?pid=S037575362009000100002&script=sci_arttext< Acesso em: 02/06/2013 às 12:49
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