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RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA - BRASIL SECRETARIA PAULO APÓSTOLO
CARISMAS
MÓDULO BÁSICO
APOSTILA
AUTORES: Alides Destri Mariotti Antonio Carlos Lungnani Ronaldo José de Sousa
B APRESENTAÇÃO
Ao escrever esta apresentação apresentação da apostila sobre carismas, logo nos vem mente o es!orço reali"ado por todos os participantes da Comissão de #ormação$ %, de in&cio, 'ueremos louvar a Deus por (ter nos !eito de modo tão admir)vel* +c!$ Sl 1-, 1./$ 0o in&cio dos trabalos, parec&amos meio estranos e sem saber o 'ue e2atamente !a"er$ 3ercebemos 'ue o melor 4eito de !a"er era começar$ % começamos$ começamos$ % o trabalo 'ue a princ&pio seria simples, !oi crescendo em tamano, import5ncia e signi!icado$ % logo percebemos também 'ue estava muito acima de nossa capacidade e conecimento$ A se'67ncia dos trabalos !oi revelando a bele"a e a capacidade do ser umano, obra prima das mãos de Deus$ 8 trabalo !oi ! oi )rduo, mais do 'ue esper)vamos$ %studa, escreve, envia para leitura de outros irmãos9 volta todo rabiscado, ceio de coment)rios, sugest:es de novos livros, novos autores e outros en!o'ues$ Começar de novo, re!a"er, estudar, reescrever$$$ % 'uanto amor pudemos ver nos irmãos$ ;uanta dedicação e vontade de servir ao Reino< ;ueremos di"er a todos os 'ue vão utili"ar esta apostila= esperamos em Deus 'ue a leitura e o estudo possam dar a todos a mesma alegria e descoberta 'ue n>s tivemos ao elabor)?la$ 0ão tanto pela 'ualidade do material, mas sim pela graça de Deus 'ue acompana todo o nosso es!orço sincero de crescimento e busca de conec7?lo mais$ %, conecendo mais, am)?lo mais e mais$ @emidos como tudo o 'ue é novidade e, depois, muito polemi"ados, o4e os carismas ainda causam interrogaç:es e 'uestionamentos$ 3retendemos dar e2plicaç:es simples, baseadas na Sagrada %scritura, nos ensinamentos da gre4a e na e2peri7ncia da Renovação Carism)tica Cat>lica em grupos de oração, semin)rios, retiros, congresso, en!im, no cotidiano da viv7ncia carism)tica$ 0ão temos condiç:es e nem pretendemos esgotar o assunto$ #ornecemos uma ra"o)vel bibliogra!ia para apro!undamento$ apro!undamento$ @ambém não temos pretensão de analisar e estudar todos t odos os dons, mas apenas de desenvolver um pe'ueno estudo sobre a'ueles elencados por São 3aulo, ditos e!usos +c!$ 1 Cor 1B, .?1/$ 0o primeiro cap&tulo trataremos do tema geral= carismas$ Depois abordaremos os nove dons e!usos, um por um, em cap&tulos distintos, procurando conceitu)?los e emitir uma base b&blica, doutrin)ria e vivencial vivencial sobre cada cada um$ importante salientar em especial, com sincero reconecimento e gratidão, a colaboração do colega Dercides 3ires da Silva, 'ue !orneceu muitas de suas preciosas anotaç:es9 além de Marcos Dione EgosFi Golcan e Maria LHcia Gianna, 'ue !i"eram a revisão de te2to$ 3articular gratidão ao padre Lui" #ernando R$ Santana, pela revisão teol>gica e ao pro!essor Raul 3imenta pela revisão gramatical$ gramatical$ Em carinoso agradecimento Daniela R$ I$ Consoli e a Lilian Daniela envenutti, 'ue dedicaram muito de seu tempo para a digitação e organi"ação deste trabalo e a Mirian R$ Kein"en pela revisão b&blica$ A todos os 'ue nos assistiram com suas oraç:es e 'ue de alguma maneira colaboraram, o noss nossoo (D (Deu euss les les pagu paguee gene genero rosa same ment nte* e*$$ Sim, Sim, 'ue 'ue a todo todoss o De Deus us de amor amor e in!in in!init itaa miseric>rdia recompense$ ;ue todos voc7s, ao lerem este material, orem intensamente por n>s da Comissão de #ormação, para 'ue se4amos d>ceis ao %sp&rito Santo, recebendo dele toda a instrução= (8 %sp&rito da verdade ensinar?vos?) toda a verdade e anunciar?vos?) as coisas 'ue virão* +Jo 1,1/$ Deus abençoe a todos$ % tenam caridade conosco na'uilo 'ue o trabalo não tena !icado tão bom 'uanto voc7s esperavam e merecem ter$ Il>ria ao 3ai, ao #ilo e ao %sp&rito Santo$ Agora e sempre$ Amém$ 8S AE@8R%S
B APRESENTAÇÃO
Ao escrever esta apresentação apresentação da apostila sobre carismas, logo nos vem mente o es!orço reali"ado por todos os participantes da Comissão de #ormação$ %, de in&cio, 'ueremos louvar a Deus por (ter nos !eito de modo tão admir)vel* +c!$ Sl 1-, 1./$ 0o in&cio dos trabalos, parec&amos meio estranos e sem saber o 'ue e2atamente !a"er$ 3ercebemos 'ue o melor 4eito de !a"er era começar$ % começamos$ começamos$ % o trabalo 'ue a princ&pio seria simples, !oi crescendo em tamano, import5ncia e signi!icado$ % logo percebemos também 'ue estava muito acima de nossa capacidade e conecimento$ A se'67ncia dos trabalos !oi revelando a bele"a e a capacidade do ser umano, obra prima das mãos de Deus$ 8 trabalo !oi ! oi )rduo, mais do 'ue esper)vamos$ %studa, escreve, envia para leitura de outros irmãos9 volta todo rabiscado, ceio de coment)rios, sugest:es de novos livros, novos autores e outros en!o'ues$ Começar de novo, re!a"er, estudar, reescrever$$$ % 'uanto amor pudemos ver nos irmãos$ ;uanta dedicação e vontade de servir ao Reino< ;ueremos di"er a todos os 'ue vão utili"ar esta apostila= esperamos em Deus 'ue a leitura e o estudo possam dar a todos a mesma alegria e descoberta 'ue n>s tivemos ao elabor)?la$ 0ão tanto pela 'ualidade do material, mas sim pela graça de Deus 'ue acompana todo o nosso es!orço sincero de crescimento e busca de conec7?lo mais$ %, conecendo mais, am)?lo mais e mais$ @emidos como tudo o 'ue é novidade e, depois, muito polemi"ados, o4e os carismas ainda causam interrogaç:es e 'uestionamentos$ 3retendemos dar e2plicaç:es simples, baseadas na Sagrada %scritura, nos ensinamentos da gre4a e na e2peri7ncia da Renovação Carism)tica Cat>lica em grupos de oração, semin)rios, retiros, congresso, en!im, no cotidiano da viv7ncia carism)tica$ 0ão temos condiç:es e nem pretendemos esgotar o assunto$ #ornecemos uma ra"o)vel bibliogra!ia para apro!undamento$ apro!undamento$ @ambém não temos pretensão de analisar e estudar todos t odos os dons, mas apenas de desenvolver um pe'ueno estudo sobre a'ueles elencados por São 3aulo, ditos e!usos +c!$ 1 Cor 1B, .?1/$ 0o primeiro cap&tulo trataremos do tema geral= carismas$ Depois abordaremos os nove dons e!usos, um por um, em cap&tulos distintos, procurando conceitu)?los e emitir uma base b&blica, doutrin)ria e vivencial vivencial sobre cada cada um$ importante salientar em especial, com sincero reconecimento e gratidão, a colaboração do colega Dercides 3ires da Silva, 'ue !orneceu muitas de suas preciosas anotaç:es9 além de Marcos Dione EgosFi Golcan e Maria LHcia Gianna, 'ue !i"eram a revisão de te2to$ 3articular gratidão ao padre Lui" #ernando R$ Santana, pela revisão teol>gica e ao pro!essor Raul 3imenta pela revisão gramatical$ gramatical$ Em carinoso agradecimento Daniela R$ I$ Consoli e a Lilian Daniela envenutti, 'ue dedicaram muito de seu tempo para a digitação e organi"ação deste trabalo e a Mirian R$ Kein"en pela revisão b&blica$ A todos os 'ue nos assistiram com suas oraç:es e 'ue de alguma maneira colaboraram, o noss nossoo (D (Deu euss les les pagu paguee gene genero rosa same ment nte* e*$$ Sim, Sim, 'ue 'ue a todo todoss o De Deus us de amor amor e in!in in!init itaa miseric>rdia recompense$ ;ue todos voc7s, ao lerem este material, orem intensamente por n>s da Comissão de #ormação, para 'ue se4amos d>ceis ao %sp&rito Santo, recebendo dele toda a instrução= (8 %sp&rito da verdade ensinar?vos?) toda a verdade e anunciar?vos?) as coisas 'ue virão* +Jo 1,1/$ Deus abençoe a todos$ % tenam caridade conosco na'uilo 'ue o trabalo não tena !icado tão bom 'uanto voc7s esperavam e merecem ter$ Il>ria ao 3ai, ao #ilo e ao %sp&rito Santo$ Agora e sempre$ Amém$ 8S AE@8R%S
CAPÍTULO PRIMEIRO
CARISMAS “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados +Mc 1, 1?1-/$ 1. Introdução
8s carismas eram comuns no in&cio da gre4a$ asta ler os Atos dos Ap>stolos e as cartas de São 3aulo$ Depois, por alguns séculos eles se mantiveram restritos aos grandes santos$ Assim, pensava?se 'ue os carismas eram para alguns omens e muleres reconecidamente reconecidamente santos, m&sticos e penitentes$ 8s carismas, portanto, não são novidades tra"idas pela Renovação Carism)tica Cat>lica, a não ser no aspecto do seu e2erc&cio nos tempos atuais$ 8s grupos de oração tornaram poss&vel a sua mani!estação em maior intensidade, percebendo sua 'ualidade de (dom* para todos os 'ue crerem, conse'67ncia normal do batismo no %sp&rito$ (Se v>s, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos !ilos, 'uanto mais vosso 3ai celestial dar) o %sp&rito Santo aos 'ue le pedirem* +Lc 11,1/$ Mas !oi o documento conciliar !umen "entium 'ue traçou as primeiras diretri"es sobre carismas para os tempos atuais= ($$$8 %sp&rito abita na gre4a e nos coraç:es dos !iéis +$$$/ dirige?a mediante os diversos dons ier)r'uicos e carism)ticos$ +$$$/ 0ão é apenas através dos sacramentos e dos ministérios 'ue o %sp&rito Santo santi!ica e condu" o 3ovo de Deus +$$$/, mas, repartindo seus dons a cada um como le apra" +1 Cor 1B,11/, distribui entre os !iéis de 'ual'uer classe mesmo graças especiais +$$$/ %stes carismas, 'uer eminentes, 'uer mais simples e mais amplamente di!undidos, devem ser recebi recebidos dos com gratidã gratidãoo e con consol solaçã ação, o, pois pois 'ue são per!ei per!eitam tament entee acomod acomodado adoss e Hteis Hteis s necessidades da gre4a$ Ema vida mais plena no %sp&rito Santo, a unção carism)tica do %sp&rito, contempla a gre4a com toda uma amplitude de dons$*1
8s carismas estão amparados na doutrina da gre4a, além de serem !undamentados biblicamente$ %sses dons dons de adoração, louvor e oração apro!undam apro!undam a dimensão contemplativa contemplativa da !é cristã e as d)divas de serviço animam uma vida de santidade$ (@odos os carismas tra"em nova docilidade ao %sp&rito, a !é esperançosa na salvadora intervenção de Deus nas 'uest:es umanas, acentuado "elo pelo %vangelo e o respeito pela autoridade da gre4a$* B 0esse sentido, é necess)rio a!irmar a atualidade dos carismas e promov7?los como realidades necess)rias necess)rias evangeli"ação e ao crescimento pessoal de cada cristão$ (A vida bati"ada no %sp&rito é marcada por uma e2peri7ncia de união din5mica com Deus e também por uma e2peri7ncia de carismas doados pelo %sp&rito Santo$* São 3edro aviva essa esperança= (3ois a promessa é para v>s, para os vossos !ilos e para todos os 'ue ouvirem de longe o apelo do Senor, nosso Deus* +At B, N/$ A promessa é, portanto, para todos os tempos$ 8 e2erc&cio dos carismas é tanto mais necess)rio por causa das di!iculdades do tempo presente, marcado pela indi!erença religiosa e pelo abandono dos valores espirituais e morais do cristianismo9 esse tempo cobra não s> um testemuno aut7ntico dos cristãos convictos, como também demonstraç:es do poder do %sp&rito$ 1
$ 0$ . e 1B$ B $ C80#%RO0CA CA@PLCA D8S %EA, #eclara$ão pastoral sobre sobre a %&&, n$' $ Qilian MCD800%LL, Ieorge M80@AIE%, (vivar a chama, p$ B$
. Convém abali"ar dons efusos, efusos, 'ue é matéria deste estudo, dos dons infusos, infusos, 'ue também . são carismas do %sp&rito, mas 'ue se distinguem da'ueles = a/ #ons infusos infusos ? temor de Deus, !ortale"a, piedade, conselo, conecimento, sabedoria e disce discerni rnimen mento to +c!$ +c!$ s 11, 1?/$ 0um total total de sete, esses esses don donss são são con conced cedido idoss para a pessoa +in! +in!un undi dido dos/ s/,, apri aprimo mora ram m e re!o re!orç rçam am as virt virtud udes es,, cons consti titu tuin indo do?s ?see em bene bene!& !&ci cios os para para o crescimento pessoal9 b/ #ons b/ #ons efusos efusos l&nguas, pro!ecia, interpretação, ci7ncia, sabedoria, discernimento discernimento dos esp&ritos, cura, !é e milagres +c!$ 1 Cor 1, -?1/$ 0um total de nove, esses dons são para o serviço e o bem comum e são concedidos como mani!estaç:es atuais, de acordo com a vontade de Deus$ A'ui serão estudados os carismas e!usos, 'ue são realidades mani!estas nos grupos de oração da Renovação Carism)tica, constituindo?se num dos aspectos de sua identidade $ 2. Conceito
8s carismas são dons, graças, presentes, dados pelo %sp&rito Santo, (mas um e o mesmo %sp&rito distribui todos esses dons, repartindo a cada um como le apra" +1 Cor 1B,11/= (A palavra TcarismaU +chárisma +chárisma// é oriunda da l&ngua grega e signi!ica Tdom gratuitoU$ %la encontra seu signi!icado !undamental na rai" TcarU? 'ue indica tudo a'uilo 'ue produ" bem?estar9 charí)omai, no assim é 'ue temos c)ris, 'uerendo signi!icar TgraçaU, TdomU, T!avorU, TbondadeU9 charí)omai, sentido de !a"er um dom gratuito, mostrar?se generoso$ 8 su!i2o T?maU e2prime na l&ngua grega o resultado da ação indicada pelo verbo, o seu e!eito, o 'ue pode denotar também o car)ter ob4etivo da concessão e da e2peri7ncia da graça$ 3ortanto, o signi!icado geral e !undamental de Tc)rismaU poderia ser= dom concedido por pura benevol7ncia, 'ue é, ao mesmo tempo, o ob4etivo e o resultado da graça divina, do presente 'ue Deus !a" aos omens*
%m sentido restrito, os carismas são mani!estaç:es e2traordin)rias do %sp&rito Santo para proveito comum$ %les e2ercem papel !undamental na evangeli"ação, ou se4a, na e2pansão do cristiani cristianismo, smo, o 'ue re!orça sua import5ncia import5ncia e dignidade dignidade$$ 8 padre Lui" #ernando #ernando R$ Santana apro!unda o assunto e alerta= chárisma nos escritos de 3aulo 4) é su!iciente para mostrar 'uanto (A maciça presença de chárisma nos o termo, em seu signi!icado e conteHdo, era caro para a teologia do ap>stolo$ Desde o in&cio de seu apostolado, 3aulo tem em alta estima a presença e ação dos dons e carismas do %sp&rito na vida da gre4a e dos !iéis bati"ados, até mesmo e2ortando a comunidade a 'ue tivesse o cuidado de não e2tinguir o %sp&rito, de não despre"ar as pro!ecias, mas de veri!icar tudo com um discernimento s)bio e s>brio +C!$ 1 @s , 1N?BB/$ Disso in!erimos 'ue, para 3aulo, os carismas e os ministérios são os instrumentais privilegiados na edi!icação do Corpo de Cristo e na reali"ação do des&gnio de Deus na ist>ria9 ambas as realidades possuem igual import5ncia e dignidade, uma ve" 'ue emanam do mesmo %sp&rito e estão ordenadas, cada uma na'uilo 'ue le é espec&!ico, a um mesmo !im$ Ainda podemos dedu"ir 'ue e2iste uma interdepend7ncia no 'ue di" respeito relação Tcarismas?ministériosU, o 'ue !a" com 'ue a dimensão carism)tica da gre4a na teologia paulina se4a um tema de primeira grande"a$* grande"a$*.
$ %ssa distinção é did)tica, mas com !undamento b&blico?teol>gico9 apesar disso, não tem a intenção de segmentar a ação do %sp&rito nem de encerrar dentro dela todas as espécies de carismas$ $ C!$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, *dentidade da %enova$ão &arismática &at+lica, p$ B? B-$ $ Luis #ernando R$ SA0@A0A, %ecebereis a for$a do Espírito anto, p$$ $ C!$ A$ GA0 D%0 8R0, #icionário enciclop-dico da .íblia .íblia, p$B.$ -
3elo seu pr>prio car)ter, dom não implica santidade$ 0a verdade, 'ual'uer pessoa pode receber os presentes de Deus +c!$ At 1, ./$ 3orém, não se pode es'uecer 'ue 'uem não tem vida espiritual e reta intenção de agradar a Deus, certamente usar) mal os carismas, pois não cultiva a necess)ria união com Cristo +c!$ Jo 1, .?/, para 'uerer o 'ue Deus 'uer$ 3. Qundo uti!i"r o# cri#$#
di!&cil precisar em 'ue momentos utili"ar os carismas do %sp&rito$ 8 seu e2erc&cio deve se d) sempre, notadamente 'uando as situaç:es o e2igirem$ Sendo a graça do %sp&rito uma realidade perene na vida umana, os carismas por sua ve", tornam?se também pro!usamente inseridos na vida da'ueles 'ue !oram bati"ados$ 0o entanto, é preciso di"er 'ue os carismas são realidades atuais e não ad'uiridas por posse$ o %sp&rito 'ue opera tudo em todos +c!$ 1 Cor 1B, ?/, a seu 'uerer$ Assim, (a um, o %sp&rito d) uma palavra de sabedoria9 a outro, uma palavra de ci7ncia, segundo o mesmo %sp&rito9 a outro, a !é no mesmo %sp&rito9 a outro, o dom das curas, nesse Hnico %sp&rito9 a outro, o operar milagres9 a outro, a pro!ecia9 a outro, o discernimento dos esp&ritos9 a outro, o !alar diversas l&nguas, a outro ainda o interpretar essas l&nguas* +1Cor 1B,-?1/$ 0ão seria 4usto, portanto, atribuir a uma pessoa ou grupo grupo de pessoas pessoas espec&!ico a contenção e2clusiva e2clusiva de 'ual'uer 'ual'uer N mani!estação carism)tica 9 nem mesmo se pode di"er 'ue alguém (tem* este ou a'uele dom, pois cada cada mani!e mani!esta staçã çãoo é Hnica Hnica 1, mesm mesmoo 'ue 'ue se proc proces esse se com com muit muitaa !re'6 !re'67n 7nci ciaa atra atravé véss de determinadas pessoas$ @alve" ao dom de l&nguas possa se atribuir um car)ter mais perene e sob controle, por se tratar de um dom de oração, mais para edi!icação pessoal +c!$ 1 Cor 1., ./$ Contudo, não se pode cair no e'u&voco de redu"ir os dons do %sp&rito a algumas ocasi:es especiais$ %les !oram dados em pro!usão nos tempos atuais$ 3ode ser cultivada uma constante e2pectativa em relação sua mani!estação, como para o derramamento do %sp&rito 11$ 3eculiarmente, a ação evangeli"adora constitui um momento preciso de viv7ncia dos dons e!usos$ A missão da Renovação Carism)tica Cat>lica é evangeli"ar a partir do batismo no %sp&rito Santo, !ormando o povo de Deus em santidade e serviço$ 3ara evangeli"ar o povo de Deus com unção e poder são necess)rios os carismas$ ;uando utili"ados de !orma livre, consciente, na ora necess)ria, levam as pessoas a terem uma e2peri7ncia da presença real de Deus, 'ue mani!esta o seu in!inito amor= (A T!orça do %sp&rito SantoU +At 1, -/ derramada nos coraç:es dos cristãos, mani!estação do amor e do poder de Deus, provoca uma signi!icativa di!erença entre a ação evangeli"adora de uma pessoa 'ue se dei2a condu"ir por ela e uma 'ue age sem ela$ A'uele 'ue evangeli"a com os dons dons cari carism sm)t )tic icos os mult multip ipli lica ca as poss possib ibil ilid idad ades es uma umana nas$ s$ A inve invest stid idur uraa cari carism sm)t )tic icaa em comunidades da gre4a, em todo mundo, tem gerado e sustentado grande nHmero de evangelistas dedicados dedicados e e!icientes e!icientes,, com novo vigor, vigor, com nova capacitação capacitação,, nova alegria, novo 4ubilo, nova e2altação e louvor, levando em si o poder trans!ormador do %sp&rito +C!$ 1 Cor B, 1?/ 'ue toca crianças, 4ovens, adultos e idosos de todo tipo de raça e cultura$*1B
8 uso dos carismas não é s> um direito, é um dever de todos os !iéis$ (Da aceitação destes carismas, mesmo dos mais simples, nasce em !avor de cada um dos !iéis +$$$/ o dever de e2erc7?los para o bem dos omens e a edi!icação da gre4a dentro da gre4a e do mundo* 1$ $ .ati)ados no Espírito, p$ .?..$ N $ C!$ SAIRADA SAIRADA C80IR%I C80IR%IAVW AVW8 8 3ARA 3ARA A D8E D8E@R @R0A 0A DA #, *nstru$/es sobre as ora$/es para alcan$ar de #eus a cura, p$ 1.$ 1 $ C!$ bid$, p$ 1$ 11 $ C!$ Ronaldo José de S8ESA, 0 impacto da %enova$ão &arismática, p$ B$ 1B $ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, ( espiritualidade da %&& , p$. 1
3ode?se constatar na pr)tica apost>lica 'ue, 'uando a evangeli"ação é acompanada de carismas, colem?se !rutos abundantes= os carismas !a"em di!erença e são e!ica"es na evangeli"ação, 'uando e2ercidos na caridade$ %. O# don# e&u#o# e cridde
Jesus deu o mandamento do amor= (Amai?vos uns aos outros, como eu vos amo* +Jo 1, 1B$1/$ São 3aulo apresenta o trabalo apost>lico reali"ado no amor$ 0ão um amor 'ual'uer, mas o amor ()gape*, amor doação a Cristo e aos irmãos= (Ainda 'ue eu !alasse as l&nguas dos omens e dos an4os, se não tiver caridade, sou como o bron"e 'ue soa, ou como o c&mbalo 'ue retine$ Mesmo 'ue eu tivesse o dom da pro!ecia, e conecesse todos os mistérios e toda a ci7ncia9 mesmo 'ue tivesse toda a !é, a ponto de transportar montanas, se não tiver caridade, não sou nada$ Ainda 'ue distribu&sse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda 'ue entregasse o meu corpo para ser 'ueimado, se não tiver caridade, de nada valeria< A nossa ci7ncia é parcial, a nossa pro!ecia é imper!eita$ ;uando cegar o 'ue é per!eito, o imper!eito desaparecer)$ 3or ora subsistem a !é, a esperança e a caridade ? as tr7s$ 3orém, a maior delas é a caridade* +1Cor 1,1?$Ns$1/$
8s cap&tulos 1B a 1. da carta aos Cor&ntios, 'ue tratam dos carismas e suas mani!estaç:es, são verdadeiros re!erenciais para se viver a vida nova, guiada pelo %sp&rito Santo, e2ercendo os seus dons de maneira aut7ntica e !rutuosa$ %les cont7m regras b)sicas e orientaç:es seguras$ 8utras recomendaç:es podem ser encontradas em %! ., 1$9 Rm 1B, ?-9 1, -?19 e 1 @ess , 1.?1$ 1N?B1$ Jesus d) a regra para veri!icar o valor do trabalo= (3elos !rutos os conecereis* +Mt ,1/$ São 3aulo também !ala= (o !ruto do %sp&rito é caridade, alegria, pa", paci7ncia, a!abilidade, bondade, !idelidade, brandura, temperança$ Contra estas coisas não ) lei* +Il ,BB? B/$ Dessa !orma, o bom uso dos carismas é garantido pelo amor 1., 'ue é o dom por e2cel7ncia e 'ue atribui sentido aos outros dons 1$ 8s carismas, portanto, são !undamentados na caridade= (Se4am e2traordin)rios, se4am simples e umildes, os carismas são graças do %sp&rito Santo 'ue, direta ou indiretamente, t7m uma utilidade eclesial, ordenados 'ue são edi!icação da gre4a, ao bem dos omens e s necessidades do mundo$ 8s carismas devem ser acolidos com reconecimento por a'uele 'ue os recebe, mas também por todos os membros da gre4a$ São uma maravilosa ri'ue"a de graça para a vitalidade apost>lica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, desde 'ue se trate de dons 'ue provenam verdadeiramente do %sp&rito Santo e 'ue se4am e2ercidos de maneira plenamente con!orme aos impulsos aut7nticos deste mesmo %sp&rito, isto é, segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas*1$
'. O# cri#$# de(e$ #er )edido# co$ &* e e+ercido# n ,u$i!dde
e2atamente por causa do amor 'ue os dons e!usos devem ser alme4ados$ (%mpenai? vos em procurar a caridade*, encora4a São 3aulo +c!$ 1 Cor 1., 1a/9 e acrescenta= (aspirai igualmente os dons espirituais, mas sobretudo ao da pro!ecia* +c!$ 1 Cor 1., 1b/$ A motivação deve ser o uso em bene!&cio dos outros, para a4udar o povo de Deus a alcançar a santidade$ 3or isso, os carismas devem ser pedidos com !é e sem temor$ %mbora eles se4am $ C80CYL8 %CEMO0C8 GA@CA08 , (postolican (ctuositatem, n$ $ 1. $ C!$, a prop>sito, Ronaldo José de S8ESA, 1regador ungido, p$ B.?B$ 1 $ C!$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas, p$ N$ 1 $ CA@%CSM8 DA IR%JA CA@PLCA, n$ NN?-$
distribu&dos con!orme apra" ao %sp&rito, nada impede 'ue o crente aspire e peça os dons, para 'ue seu testemuno se4a permeado de sinais +c!$ 1 Cor B, .?/$ (S> a'ueles 'ue reconecem o valor dos dons na sua vida cristã e no serviço aos irmãos são impulsionados a pedi?los ao 3ai, como Jesus mesmo nos ensinou= T3edi, e dar?se?vos?)9 buscai e acareis9 batei e abrir?se?vos?)$ 3ois todo a'uele 'ue pede, recebe9 a'uele 'ue procura, aca9 e ao 'ue bater se le abrir)U +Lc 11,N?1/*1$ 3ara o e2erc&cio pr)tico dos carismas, não se deve es'uecer tr7s coisas !undamentais= a2 3umildade preciso vigiar para não cair na tentação de acar 'ue os dons são méritos alcançados, recompensas de Deus por es!orços desmedidos$ A umildade !a" perceber 'ue o cristão é um administrador dos bens do Senor +c!$ Lc 1, 1?/ e 'ue nenum (carism)tico* se basta a si mesmo$ Deus constituiu a gre4a como um corpo +c!$ 1 Cor 1B, 1B?BN/, de tal maneira 'ue um carisma s> se pleni!ica no con4unto da comunidade$ (%2ercer os carismas na umildade é e2erc7? los sem e2ibicionismo, sem buscar prest&gio, onra, poder$ +$$$/ também e2erc7?los sem auto? su!ici7ncia +c!$ Mt 1-,?./, sem individualismo, sabendo 'ue necessitamos da a4uda dos irmãos para con!irmar ou discernir a vontade de Deus para o seu povo$$$* 1-$ b2 3armonia 8 e2erc&cio dos carismas, sobretudo nas reuni:es de oração, deve obedecer a um ritmo armZnico, 4amais e2altado ou demasiadamente estrondoso +c!$ 1 Cor 1., B?B/$ A !orça de um carisma não consiste na tonalidade 'ue le é imposta ou no tipo de e2pressão 'ue o acompana, mas na utilidade ob4etiva 'ue tem para a comunidade$ Assim, embora marcados pela espontaneidade e e2pressividade, os carismas se inserem na vida cristã sem causar esc5ndalos$ (3or'uanto, Deus não é Deus de con!usão, mas de pa"* +1 Cor 1., /$ 8 uso dos carismas ser) tanto mais saud)vel e Htil 'uanto as pessoas 'ue a eles se abrirem !orem e'uilibradas emocionalmente e orantes o su!iciente para saber distinguir a ação do %sp&rito de eventuais devaneios da pessoa umana 1N$ necess)rio ter respeito pelos dons de Deus9 (não podemos e2erc7?los irrespons)vel e indi!erentemente, com despre"o, de !orma inconse'6ente, olando os nossos pr>prios interesses, ou dando aos carismas um relevo tão singular e Hnico como se !ossem bens totais e absolutos sobre os 'uais não ) nada mais e2celente e primeiro* B$ c2 0rdem A ordem no e2erc&cio dos carismas é uma e2tensão da armonia, mas sup:e autoridade e obedi7ncia$ 8 cristão pode ser instrumento da mani!estação aut7ntica do %sp&rito Santo, mas não deve es'uecer 'ue até o esp&rito dos pro!etas deve estar?les submissos +c!$ 1 Cor 1., B/$ São 3aulo esclarece nos seguintes termos= (;uanto aos pro!etas, !alem dois ou tr7s e os outros 4ulguem$ Se !or !eita uma revelação a algum dos assistentes, cale?se o primeiro$ @odos, um ap+s outro, podeis pro!eti"ar, para todos aprenderem e serem todos e2ortados* +1 Cor 1., BN? 1 gri!os nossos/$ 8 mecanismo 'ue garante a ordem na mani!estação dos carismas é, portanto, a con!irmação, de maneira 'ue os carismas individuais se4am abonados comunitariamente$ Dessa !orma, os dons são ordenados para a obedi7ncia, saindo do plano meramente individual, compondo a realidade con4unta do povo de Deus$ 1
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas, p$ .1$ 1$ bid$, p$ ..$ 1N $ C!$ Ronaldo José de S8ESA , 1regador ungido, p$ B1?BB$ B $ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas, p$ .$
3ortanto, os carismas devem ser e2ercidos na obedi7ncia a Cristo e s autoridades constitu&das$ (Mas !aça?se tudo com dignidade e ordem* +1 Cor 1., ./$ -. P!(r d Ire/
oportuno destacar algumas asserç:es do Magistério da gre4a em relação aos carismas e seu uso= a/ (8 %sp&rito Santo, ao con!iar gre4a?comunão os diversos ministérios, enri'uece?a com outros dons e impulsos especiais, camados carismas$ 3odem assumir as mais variadas !ormas, tanto como e2pressão da liberdade absoluta do %sp&rito 'ue os distribui, como em resposta s mHltiplas e2ig7ncias da ist>ria da gre4a$ A descrição e a classi!icação 'ue os te2tos do 0ovo @estamento !a"em desses dons são um sinal da sua grande variedade$$$* B1= b/ (8s carismas, se4am e2traordin)rios ou simples e umildes, são graças do %sp&rito Santo 'ue t7m, direta ou indiretamente, uma utilidade eclesial, ordenados como são edi!icação da gre4a, ao bem dos omens e s necessidades do mundo$@ambém em nossos dias não !alta o !lorescer de diversos carismas entre os !iéis leigos, omens e muleres$ São dados ao indiv&duo, mas também podem ser partilados por outros, e de tal modo perseveram no tempo como uma erança preciosa e viva, 'ue geram uma a!inidade espiritual entre as pessoas BB$ c/ (3ara e2ercerem este apostolado +os leigos/, o %sp&rito Santo, 'ue opera a santi!icação do povo de Deus por meio do ministério e dos sacramentos, concede também aos !iéis dons particulares +c!$ 1 Cor 1B,/, Tdistribuindo?os por cada um con!orme le apra"U +1 Cor 1B,?11/, a !im de 'ue Tcada um pona em serviço dos outros a graça 'ue recebeuU, e todos atuem Tcomo bons administradores da multi!orme graça de DeusU +1 3d .,1/, para a edi!icação, no amor, do corpo todo$ +c!$ %! .,1/$ +$$$/ 0enum carisma est) dispensado da sua re!er7ncia e depend7ncia dos pastores da gre4a$ 8 Conc&lio escreve com palavras claras 'ue o 4u&"o acerca da sua +dos carismas/ autenticidade e reto uso pertence 'ueles 'ue presidem a gre4a e aos 'uais compete de modo especial não e2tinguir o %sp&rito, mas 4ulgar tudo e conservar o 'ue é bom +c!$ 1@s ,1B e 1N?B1/, de modo 'ue todos os carismas concorram, na sua diversidade e complementaridade, para o bem comum*B$ As palavras da gre4a tiram o medo e as dHvidas 'uanto necessidade e utilidade dos carismas, bem como o direito 'ue os !iéis leigos t7m de us)?los para o bem comum$ 8 Catecismo da gre4a Cat>lica segue a mesma !irme orientação= (8 %sp&rito Santo é o principio de toda ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do corpo$ %le opera de mHltiplas maneiras a edi!icação do corpo inteiro na caridade, pela 3alavra de Deus +$$$/ pelas virtudes, 'ue !a"em agir segundo o bem, e en!im pelas mHltiplas graças especiais +camadas de TCarismasU/, através das 'uais Ttorna os !iéis aptos e prontos a tomarem sobre si os v)rios trabalos e o!&cios 'ue contribuem para a renovação e maior incremento da gre4a*B.$
0. Conc!u#ão B1
$ J8W8 3AEL8 , &hristifidelis !aici, n$ B.$ BB $ bid$, n$ B.$ B $ bid, n$ B.$ C!$ C80CYL8 %CEMO0C8 GA@CA08 , !umen "entium, n$ 1B$ B.
$ 0$ N-$
N importante tomar consci7ncia de 'ue todo bem, todo dom, todo serviço prestado ao Reino de Deus em nome de Jesus, acontece sob a ação do %sp&rito Santo$ Sem ele nada é e!ica" para o Reino de Deus$ (0unca ser) poss&vel aver evangeli"ação sem a ação do %sp&rito* B$ %m certo sentido, !oi a Renovação Carism)tica 'ue resgatou, no ambiente cat>lico, a necessidade do uso dos carismas$ 3or isso, os grupos de oração não devem ter medo nem resistir aos dons do %sp&rito, mas procurar conec7?los cada ve" mais para bem utili")?los$
CAPÍTULO SEGUNDO
O dom das línguas 1. Introdução
0este cap&tulo serão vistas e estudadas as tr7s modalidades do carisma da variedade das B
$ 3AEL8 G, Evangelli 5untiandi, n$ $
1 l&nguas 'ue são= o orar, o !alar e o cantar em l&nguas$ Além disso, serão abordados os principais aspectos de sua mani!estação e o !undamento b&blico e doutrin)rio$ Algumas pessoas pensam e di"em 'ue o dom das l&nguas é o menor e o mais insigni!icante de todos$ 3orém, São 3aulo escreve : (A'uele 'ue !ala em l&nguas não !ala aos omens, senão a Deus= ninguém o entende, pois !ala coisas misteriosas, sob a ação do %sp&rito* +1 Cor 1.,B/$ 8ra, o %sp&rito orando no omem ser) pouca coisa[ (8utrossim, o %sp&rito vem em au2&lio nossa !ra'ue"a9 por'ue não sabemos o 'ue devemos pedir, nem orar como convém, mas o %sp&rito mesmo intercede por n>s com gemidos ine!)veis$ % a'uele 'ue perscruta os coraç:es sabe o 'ue dese4a o %sp&rito, o 'ual intercede pelos santos, segundo Deus* +Rm -, B? B/$ @alve" o mais di!&cil, principalmente para alguns, se4a abandonar?se para 'ue o %sp&rito ore através de sua pr>pria vo" com (gemidos ine!)veis*$ Alguns precisam renunciar a auto? su!ici7ncia e submeter?se ação do %sp&rito Santo$ Mas vale a pena< 8 go"o ine!)vel 'ue o mesmo %sp&rito tra" com sua presença, a pa" pro!unda 'ue s> Deus pode dar, a certe"a de 'ue %le ora da melor !orma, são bene!&cios certos e imprescind&veis para o crescimento espiritual$ 8 grande dese4o de S$ 3aulo é mani!estado assim= \De mina parte, dese4aria 'ue todos !al)sseis em l&nguas$$$\ +1 Cor 1.,/$ a esta oração misteriosa, inarticulada, 'ue a pessoa se une, dei2ando ao pr>prio Deus o cuidado de glori!icar?se e dar?se graças por um amor 'ue supera todo o conecimento$ %sta oração contém um camino de enri'uecimento espiritual, um t&tulo da graça$ 0a medida em 'ue cresce a oração, modi!ica?se a vida pela ação amorosa e misteriosa de Deus$ 0o pentecostes aconteceu a primeira mani!estação do dom das l&nguas de 'ue se tem conecimento$ São Lucas narrou com muito entusiasmo= (#icaram todos ceios do %sp&rito Santo e começaram a !alar em outras l&nguas, con!orme o %sp&rito Santo les concedia 'ue !alassem* +At B, ./$ Depois do pentecostes, o dom das l&nguas di!undiu?se também entre todos os cristãos= (8s !iéis da circuncisão, 'ue tinam vindo com 3edro, pro!undamente se admiraram vendo 'ue o dom do %sp&rito Santo era derramado também sobre os pagãos9 pois eles os ouviam !alar em outras l&nguas e glori!icar a Deus* +At 1, ./$ (% 'uando 3aulo les impZs as mãos, o %sp&rito Santo desceu sobre eles, e !alavam em l&nguas estranas* +At 1N, /$ 2. Conceito
8 dom das l&nguas é uma oração !eita por meio de sons emitidos, movidos por inspiração e 'ue o %sp&rito Santo les d) o sentido$ 0ão se trata de l&ngua, no sentido 'ue apresenta a ling6&stica, por'ue não ) conceitos umanos, mesmo desconecidos$ Consiste em di"er palavras sem conecer?les o signi!icado$ 3ro!erir palavras 'ue não são, propriamente, mani!estação de um pensamento !ormulado pela mente$ Esar a l&ngua, a vo", para e2pressar ao Senor os sentimentos 'ue v7m do %sp&rito Santo= (;uanto ao !ormal deste carisma e ao seu signi!icado pro!undo, o dom de l&nguas= ? é, em primeiro lugar, um carisma para glori!icar a Deus +c!$ At B, .$119 1, ./9 ? é um carisma em virtude do 'ual o crente !ala com Deus ao impulso do %sp&rito +c!$ 1 Cor 1.,B$B-/9 ? é um carisma de oração e de louvor +c!$ 1 Cor 1.,1.?1/9 ? é um carisma de b7nção e ação de graça$ +C!$ 1 Cor 1.,1?1/*B$
3ara se ter uma idéia mais clara acerca do dom de orar em l&nguas, ve4a?se como ele aparece em algumas passagens da Sagrada %scritura= At B,1?19 1,..?.-9 1 Cor 1B,19 1.,.$1$1-$N$ Ressalte?se, ainda, 'ue em Mc 1, 1 ele est) relacionado como um dos milagres B
$ Salvador Carrilo ALDA], ( %enova$ão no Espírito anto, p$ N
11 'ue acompanam os 'ue cr7em, como uma grande promessa de Jesus$ um (milagre* por'ue é e2traordin)rio, !ora do comum da linguagem umana$ A gre4a indica 'ue a oração em l&nguas é, verdadeiramente, ação do %sp&rito9 é um dom 'ue provém do Senor, tem por meta o bem da gre4a e aca?se a serviço da caridade= ($$$ São, além disso, as graças especiais, designadas também TcarismasU, segundo a palavra grega empregada por S$ 3aulo, e 'ue signi!ica !avor, dom gratuito, bene!&cio$ Se4a 'ual !or o seu car)ter, s ve"es e2traordin)rio, como o dom dos milagres ou das l&nguas, os carismas se ordenam graça santi!icante e t7m como meta o bem comum da gre4a$ Acam?se a serviço da caridade, 'ue edi!icam a gre4a*B$
3. in!idde do do$ de !nu#
8 dom das l&nguas é uma oração 'ue se !a" a Deus, é uma !orma de glori!ic)?lo$ ;uem ora em l&nguas não ora aos omens, mas a Deus +c!$ 1 Cor 1.,B/9 a'uele 'ue se abre ao dom das l&nguas tem o %sp&rito Santo orando nele, por ele e com ele +c!$ Rm -, B?B/$ 8 %sp&rito Santo sabe do 'ue o orante tem necessidade, !a" ao 3ai o pedido certo e na ora certa, do 4eito 'ue Deus 'uer$ 3or isso pode?se di"er com !undamento 'ue orar em l&nguas é (orar no %sp&rito*, pois é emprestar a mente e a vo" para 'ue o %sp&rito Santo ore$ (Assim, ainda 'ue n>s não entendamos os gemidos ine!)veis +$$$/, Deus sabe o 'ue dese4a o %sp&rito$ Apesar da intelig7ncia não assimilar nada, de não compreendermos o 'ue !alamos, cantamos ou oramos, sentimos 'ue algo nos toca pro!undamente +$$$/, sentimos 'ue o mais pro!undo do nosso ser comunga de maneira especial com A'uele 'ue nos criou e ao 'ual pertencemos* B8 dom das l&nguas apro!unda a oração e a união com Deus$ @rata?se de uma oração individual, mesmo se !eita em assembléia$ (A'uele 'ue !ala em l&nguas edi!ica?se a si mesmo* +1 Cor 1., ./$ Ema ou outra ve", porém, pode assumir a !orma de mensagem comunidade9 neste caso necessita da interpretação, como se ver) mais adiante, no cap&tulo 'uarto$ (Segundo a!irmação de 1Cor 1., ., o dom de l&nguas é um carisma 'ue o %sp&rito Santo d) para edi!icação pessoal9 no entanto, esta não e2clui a !inalidade comum 'ue t7m todos os carismas, a saber= a edi!icação mHtua, a construção do Corpo de Cristo +c!$ 1 Cor 1B,$B?/ BN$ 8 dom das l&nguas é um dom para a santi!icação pessoal$ 3ara orar em l&nguas, muitas ve"es devem?se romper barreiras de medo, dHvidas, incredulidade, respeito umano, in!lu7ncias negativas de pessoas contr)rias, apego auto?imagem e boa !ama$ %mbora não se compreenda o signi!icado, veri!ica?se uma nova dimensão da oração$ 3oucas !rases bastam para 'ue a'uele 'ue recebe o dom se sinta envolvido pelo mistério e possu&do por um pro!undo sentimento de alegria e pa"$ Desta !orma, a presença de Deus se torna aconcegante, indiscut&vel, 'uase palp)vel$ 8 dom das l&nguas !avorece a mani!estação dos demais dons$ Ao orar em l&nguas, a pessoa não !ica est)tica, nem entra em transe, mas continua no pleno dom&nio de suas !aculdades, sabendo o 'ue est) !a"endo, podendo per!eitamente controlar o tom da vo", para estar em armonia com as demais$ A pessoa é livre, podendo começar e terminar 'uando 'uer$ %sta oração não suprime a oração !ormal, antes a completa e enri'uece$ %la e2ige a atitude de render?se ao %sp&rito Santo9 é como uma porta bai2a pela 'ual s> passa 'uem se curva um pouco$ a esta oração misteriosa, inarticulada, 'ue a pessoa se une, dei2ando ao pr>prio Deus o cuidado de glori!icar?se e dar?se graças por um amor 'ue supera todo o conecimento$ %. Ti)o# de orção e$ !nu# B
$ CA@%CSM8 DA IR%JA CA@PLCA, n$ B$ $ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas, p$ $ BN $ Salvador Carrilo ALDA], ( %enova$ão no Espírito anto, p$ N$ B-
1B K) variedade de mani!estaç:es do dom das l&nguas$ Duas delas são= a2 "lossolalia (Em !enZmeno 'ue se deu sobretudo na comunidade cristã de Corinto +1 Cor 1B, 19 1., B?1N/, mas também nas de Cesaréia e !eso +At 1, .9 1N, /9 não é a mesma coisa 'ue o T!alar outras linguasU +o milagre de 3entecostes/, mas consistia nisso 'ue a pessoa +$$$/ pro!eria sons inintelig&veis e palavras sem ane2o, 'ue se tornavam compreens&veis apenas para 'uem possu&a o carisma da interpretação +1 Cor 1., 1/ +$$$/$ @ambém o milagre de 3entecostes pode ser interpretado como uma mani!estação de g$ como indica, p$ e2$, a impressão 'ue causou nos presentes +At B, 1/ e a citação de Jl ,1?$ 8 pr>prio S$ 3edro identi!ica os !enZmenos com os de Cesaréia +At 1, .9 11, 19 1, -/$ +$$$/ S$ Lucas v7 no milagre um s&mbolo da universalidade do evangelo +c!$ At B, / 'ue se adapta nature"a de cada um +c!$ At B, -/$ @alve" tena considerado como o inverso da con!usão das l&nguas em abel* $ b2 6enoglossia uma oração em l&ngua desconecida de 'uem ora, mas 'ue e2iste ou 4) e2istiu e ainda é do dom&nio umano, como o latim, por e2emplo$ Robert DeIrandis di" 'ue (durante uma reunião de oração em 0ova 8rleans, cidade norte?americana, ouviu uma moça orar em latim, embora não conecesse esta l&ngua$ %le também registra o !ato de uma senora norte?americana 'ue ao orar em l&nguas perto de um padre portugu7s, sem conecer sua l&ngua, nela !e" a seguinte oração= +P Maria, 'ue ascendeste ao mais alto dos céus, a4uda?nos a conecer o teu #ilo/*1$ ;uanto tonalidade, a oração em l&nguas normalmente se apresente como= a/ !ouvor oração se'6enciada, de palavreado !re'6ente, onde a pessoa !ica (mergulada* como criança diante de Deus9 b/ 78bilo oração transbordante, 4ubilosa e e2tremamente alegre, 'uase intermin)vel e sem pausas9 c/ 8plica oração compassada e em tonalidade penitencial, 'ue leva a !rutos de contrição9 d/ &anto +c!$ 1 Cor 1., 1/ é também uma espécie de louvor, sendo 'ue em tonalidade musical$ '. A i$)ortnci do do$ d# !nu#
8 dom de l&nguas tem, portanto, import5ncia !undamental no enri'uecimento espiritual$ %le contribui para a renovação da vida da pessoa, na medida em 'ue se constitui em ação misteriosa e amorosa de Deus$ poss&vel indicar alguns bene!&cios do dom de l&nguas= a/ #avorece a intimidade com Deus, sem necessidade de pensar, !ormular preces, mas, num abandono con!iante, mergular nas pro!unde"as do %sp&rito$ (8utras ve"es, ao começarmos a orar, também não sabemos como devemos pedir ou di"er a Deus +$$$/$ 8 %sp&rito Santo, através do dom de l&nguas, vem em nosso au2&lio corrigindo toda esta imper!eição, 'ue e2iste em n>s pelo nosso pecado$$$* B$ b/ Abre a pessoa para os demais carismas, por'ue mantém o esp&rito em alerta para o 'ue
$ A GA0 D%0 8R0, #icionário enciclop-dico da .íblia, p$ B.B 1 $ 0 dom das línguas, p$ 1$ B
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas, p$ ?$
1 Deus 'uer !alar ou !a"er$ Ieralmente a palavra de pro!ecia ou a interpretação das l&nguas v7m durante ou ap>s a oração ou c5ntico em l&nguas$ Da mesma !orma a palavra de ci7ncia, o dom das curas e assim por diante$ c/ A4uda a orar por determinadas coisas das 'uais a pessoa !oge de colocar na presença de Deus, problemas interiores nos 'uais pre!ere não tocar9 d/ também um dom de unidade entre os cristãos= (Acavam?se então em Jerusalém 4udeus piedosos de todas as naç:es 'ue ) debai2o do céu$ 8uvindo a'uele ru&do, reuniu?se muita gente e maravilava?se de 'ue cada um os ouvia !alar na sua pr>pria l&ngua* +At B, ?/$ Acima de tudo, o dom de l&nguas au2ilia no processo de santi!icação pessoal, pois submete o esp&rito ao %sp&rito, proporcionando uma oração certeira e e!ica"$ -. Co$o rece4er o do$ d# !nu#
8 dom de l&nguas é para todos os 'ue cr7em +c!$ Mc 1, 1/$ 3elo modo como se mani!esta, ele pode apresentar?se sem sentido s mentes mais racionais$ Mas na medida em 'ue se cede ao dom e abre?se o coração e a mente, as di!iculdades vão desaparecendo e o dom se torna um modo a mais de como poder re"ar$ @ambém é necess)rio 'ue o receptor colabore com o Doador$ o %sp&rito Santo$ A este cabe a moção e a inspiração das palavras en'uanto 'ue 'uele, o dese4o, a aceitação e a decisão de orar= abrir a boca, mover a l&ngua, movimentar os l)bios, produ"ir sons$ Diante deste dom, como dos outros, a pessoa deve !a"er um ato de !é= ceder ação do %sp&rito Santo, pois, sob Sua ação a l&ngua pro!erir) palavras inintelig&veis= (0o dom das l&nguas, voc7 solta os sons, e o %sp&rito Santo d) o conteHdo$ %sta é a sua parte$ 3or isso, a melor maneira de orar em l&nguas é soltar?se no meio dos outros$ Se ) um grupo orando em l&nguas, !aça o mesmo$ 0ão é assim 'ue o passarino aprende a voar[ 0ão é assim 'ue aprendemos a nadar[ K) muito tempo, peço a Deus 'ue conceda s pessoas a e!usão do %sp&rito Santo$ De 'ue !orma[ Convido a pessoa a orar comigo, da mesma maneira como estou orando$ Começo a orar, e a pessoa me acompana$ 0ão se pode imitar$ Cada um deve se soltar, a !im de dei2ar 'ue o %sp&rito Santo ore em si$ algo muito !)cil e simples*$
0. Conc!u#ão
8 dom de l&nguas !oi um dom abundante no in&cio da gre4a$ normal um cat>lico e2erc7?lo$ %le tra" muitos !rutos para a vida de oração e de santi!icação pessoal, !avorecendo a intimidade e a comunão com Deus$ A oração em l&nguas pode se mani!estar de v)rias !ormas9 o mais importante não é o 'ue se di" e sim o 'ue ) no coração do orante em relação a Deus$ (0inguém !alando sob a ação divina, pode di"er= TJesus se4a malditoU9 e ninguém, pode di"er= TJesus é o SenorU, senão sob a ação do %sp&rito Santo* +1 Cor 1B, /$ CAPÍTULO TERCEIRO
Carsma da Pro!"#a 1. Introdução
8 carisma da pro!ecia é um dos meios 'ue o Senor tem para comunicar?se com o seu povo, encora4ando, e2ortando, instruindo, dando novo rumo ao trabalo apost>lico, indicando a direção certa e levando conversão, en!im, mani!estando sua santa vontade em tudo +c!$ 1 Cor
$ Jonas A, (spirai aos dons espirituais, p$ -$
1. 1., 1/ Deus sempre 'uer !alar, mas nem sempre o seu povo est) pronto para escut)?lo$ ;uando o !a" e, em seguida, Le obedece, !a" a coisa certa, na ora certa, do 4eito certo$ ;uando !a" por sua pr>pria conta, por sua vontade, algumas ve"es acerta, mas na maioria delas erra, so!re ou !racassa$ necess)rio ouvir o Senor sempre +c!$ Dt , ./$ ;ue maravila poder ouvir a Deus e por ele ser orientado$ ;ue povo ), com e!eito, 'ue tena seu Deus tão pr>2imo de si cada ve" 'ue o invoca com sinceridade +c!$ Dt .,/[ 2. Conceito
(A pro!ecia é um carisma em virtude do 'ual o inspirado, em nome de Deus, é movido pelo %sp&rito, !ala assembléia para e2ort)?la, estimul)?la ou corrigi?la$ um carisma 'ue contribui muito para edi!icar a gre4a$ 0ão comunica revelaç:es sensacionais, mas é uma palavra inspirada 'ue mani!esta a vontade de Deus em circunst5ncias do momento e mani!esta os sentimentos ocultos do coração$ A palavra pro!ética geralmente suscita !ortemente um movimento de conversão, de agradecimento ao Senor por suas intervenç:es de amor, um sentimento de pa"$ 8casionalmente o pro!eta recebe uma lu" particular predi"endo o !uturo +c!$ 1Cor 1.,?.$B.?B/* .$ 3or ve"es, con!irma?se na pro!ecia o 'ue 4) se est) !a"endo, encora4ando a continuar$ (0uma noite, o Senor disse a 3aulo em visão= não temas< #ala e não te cales$ 3or'ue eu estou contigo$ 0inguém se apro2imar) de ti para te !a"er mal, pois teno um numeroso povo nesta cidade +At 1-, N?1/$ %la pode também prever uma missão para a gre4a dentro de algum tempo= (%n'uanto celebravam o culto do Senor, depois de terem 4e4uado, disse?les o %sp&rito Santo= separai?me arnabé e Saulo para a obra a 'ue os teno destinado* +At 1,B/$ São 3aulo aconsela a aspirar aos dons \mas, sobretudo, ao dom de pro!ecia\ +c!$ 1 Cor 1., 1/9 e e2plica a import5ncia deste dom= \;uem pro!eti"a !ala aos omens para edi!ic)?los, e2ort)?los e consol)?los\ +1 Cor 1., /$ 8 dom de pro!ecia (edi!ica a assembléia\ +c!$ 1 Cor 1., ./9 por isso, o ap>stolo mani!esta seu dese4o= \8ra, dese4o 'ue todos !aleis em l&nguas, porém, muito mais dese4o 'ue pro!eti"eis\ +1 Cor 1., /$ %ste dom \instrui também os outros +ouvintes/\ +c!$ 1 Cor 1., 1N/, e é um sinal \para os !iéis\ +c!$ 1 Cor 1., BB/, 'uanto para os in!iéis, sendo para estes motivo de adoração e proclamação da presença de Deus em meio comunidade +c!$ 1., B.?B/$ dese4o ardente do ap>stolo 'ue na comunidade se mani!este este dom do %sp&rito= (0ão despre"eis as pro!ecias* +1 @ess , B/$ \A'uele 'ue tem o dom da pro!ecia, e2erça?o con!orme a !é* +Rm 1B, /, pois, segundo a medida do dom de Cristo, alguns !oram constitu&dos pro!etas para o aper!eiçoamento dos cristãos +c!$ %! .,?1B/$ A pro!ecia pode tra"er uma sugestão sobre algo 'ue deve ser mudado9 pode tra"er uma con!irmação do amor de Deus, do seu poder, um sentido pro!undo de sua presença$ A pro!ecia é um dom 'ue todos podem ter= \@odos, um ap>s outro, podeis pro!eti"ar, para todos aprenderem e serem todos e2ortados\ +1 Cor 1., 1/$ %m 0Hmeros 11,BN l7?se= \3rouvera a Deus 'ue todos pro!eti"assem e 'ue o Senor les desse o seu %sp&rito\$ 8ra, o pro!eta Joel predissera 'ue o Senor iria derramar o seu %sp&rito sobre todo o ser vivo= tal pro!ecia, no 0ovo @estamento, é lembrada pelo ap>stolo 3edro, logo no dia de 3entecostes, como \cumprimento do 'ue !oi dito pelo pro!eta Joel* +c!$ At B, 1?B1/$ Assim, a pro!ecia é uma conse'67ncia do derramamento do %sp&rito Santo na gre4a, pois 'uem tem o %sp&rito do Senor e se dei2a condu"ir por %le, torna?se um instrumento apto do Senor para pro!eti"ar na assembléia$ 3. O e+erccio do do$ de )ro&eci .
$ Salvador Carrillo ALDA], ( %enova$ão no Espírito anto, p$-
1
8 dom de pro!ecia é a !aculdade de acoler no &ntimo +pensamento/ e transmitir em palavras intelig&veis, as revelaç:es de Deus$ %st) no campo das revelaç:es particulares e, como tal, não pode contradi"er o 'ue !oi revelado através da &blia e da @radição e 'ue é e2plicado pelo Magistério da gre4a +revelação pHblica/$ A mani!estação da pro!ecia deve ser com \dignidade e ordem\ +c!$ 1 Cor 1., ./, e com um critério de 4ulgamento sobre a mesma +c!$ 1., BN/, pois, \Deus não é Deus de con!usão, mas de pa"\ +1 Cor 1., /$ Assim sendo, o e2erc&cio da pro!ecia acontece 'uando o pro!eta !ala sob a in!lu7ncia sobrenatural do %sp&rito , abrindo o seu ser para isso, trans!ormando?se em (porta?vo"* de Deus, para a verbali"ação de Suas palavras$ A pro!ecia não se re!ere necessariamente ao !uturo, muito embora isso tena sido o caso em algumas ocasi:es, como evidencia a &blia$ 3ela pro!ecia, Deus utili"a?se de alguém para di"er aos omens o 'ue %le pensa sobre a situação presente, ou 'ual é a Sua intenção para o !uturo$ 0uma reunião de oração, a pro!ecia tem o e!eito de apro!undar o senso da presença de Deus$ um meio e!ica" de o povo ser condu"ido por Deus$ 0este sentido, o pro!eta transmite o pensamento de Deus para 'ue se possa agir segundo esse pensamento$ % essa transmissão vem de Deus e não da mente da'uele 'ue !ala$ 8 pro!eta !ala sob inspiração divina, sob ação divina, sendo instrumento ativo desta inspiração e comunicação9 o 'ue importa é a mensagem, e não tanto o transmissor da mensagem$ preciso ter cuidado para não se dei2ar levar pela !ra'ue"a umana, não aceitando uma pro!ecia divina por'ue esta veio por este ou a'uele membro da comunidade$ 8 %sp&rito Santo é livre para 'ue a4a pro!ecia onde, como e 'uando %le 'uiser9 nas reuni:es de oração, normalmente, ) uma certa se'67ncia em relação pro!ecia, como segue= oração, louvor +c5nticos ou preces/, oração e c5ntico em l&nguas seguidos de breve tempo de sil7ncio$ Assim se cria o clima !avor)vel para a mani!estação do carisma da pro!ecia, 'ue deve ser dese4ado por todos +c!$ 1 Cor 1., 1/$ Ap>s acoler a pro!ecia, a comunidade louva e e2ulta de alegria pela palavra 'ue o Senor deu$ importante 'ue a4a con!irmação da pro!ecia$ 3.1. A co!,id d )ro&eci
0inguém pro!eti"a sem o consentimento da vontade, mas acole as palavras de Deus, em sua mente e, se não as pronunciar por medo, insegurança ou respeito umano, dei2a de pro!eti"ar$ Deus não violenta, não !orça a mente umana contra a sua vontade e consentimento9 serve?se sim, de suas !aculdades, de maneira 'ue a pessoa é usada por %le$ o Senor 'uem escole, cama e capacita o pro!eta +c!$ %! ., 11/$ %le 'ue suscita o dese4o de pro!eti"ar, vai derrubando as barreiras 'ue impedem a entrega plena do ser da pessoa ao seu %sp&rito, embora respeite o seu livre?arb&trio, sua liberdade$ A pro!ecia é geralmente precedida pela unção, 'ue é um Tsenso da presença do SenorU, um movimento no &ntimo do esp&rito, é um impulso para anunciar a mensagem de Deus9 com !re'67ncia, a unção é a cave 'ue permite saber 'ue o Senor 'uer !alar $ Assim sendo, são combinadas a ação do %sp&rito e a adesão da pessoa$ 8 %sp&rito unge o pro!eta, s ve"es com sinais sens&veis e inspira?le as palavras a serem ditas$ A pessoa deve entregar?se a Deus, acoler as palavras no &ntimo e pronunci)?las destemidamente$ 8 pro!eta não precisa mudar a vo" ou imprimir uma tonalidade discursiva, mas apenas pronunciar o 'ue le é revelado na sua pr>pria maneira de !alar$ 0esse sentido, Deus se utili"a da cultura e do vocabul)rio da pessoa$
$ C!$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, "rupo de ora$ão, p$ .$
$ C!$ Jonas A, (spirai aos dons espirituaiss, p$ $
1 8 essencial para acoler a pro!ecia e proclam)?la é crer 'ue Deus 'uer !alar na'uele momento e dispor?se a ser seu instrumento$ A pessoa recebe em sua mente uma palavra ou !rase e, medida 'ue as pronuncia, outras se seguirão$ @ambém pode acontecer de ser dada primeiro em pensamento ou por meio de uma imagem$ ;ual'uer 'ue se4a a !orma de receber a pro!ecia, a pessoa deve dar um passo na !é para pronunci)?la, sem se dei2ar impregnar por dHvidas e inseguranças$ 3or ve"es, a pessoa se acostuma a !icar esperando pelos 'ue mais costumeiramente pro!eti"am$ 8s 'ue agem assim, di!icilmente serão usados com o dom da pro!ecia$ 3ara ouvir o Senor, é necess)rio um ato de entrega ao Senor e não apenas de passividade$ 8 pro!eta deve manter uma e2pectativa de escuta$ A escuta é a capacidade dada pelo %sp&rito Santo para ouvir a vo" de Deus no coração e discernir, dentre todas as vo"es 'ue cegam, 'ual é a de Deus +c!$ Jo 1B,B?BN/$ A oração do disc&pulo de Jesus é mais do 'ue !alar no va"io, ler no v)cuo, so!rer na solidão, contemplar um tHnel sem !im$ A oração do disc&pulo de Jesus Cristo ressuscitado é muito mais do 'ue tatear na escuridão$ %la não é tampouco um salto no abismo$ 8 disc&pulo de Jesus !oi elevado posição de amigo do Mestre +c!$ Jo 1,1./$ Sendo amigo de uma das 3essoas da Sant&ssima @rindade, go"a, automaticamente, da ami"ade das outras$ 3or isso sua oração é, antes de tudo, apro2imar?se de Deus +c!$ Kb 11, /, é um inclinar de ouvido na direção dos l)bios da @rindade Sant&ssima +c!$ s ,.b?/ para saborear o seu canto de amor$ 3.2. O cic!o cri#$5tico
0as reuni:es de oração, cria?se assim o 'ue é denominado \ciclo carism)tico\, composto de louvor, oração e pro!ecia$ A assembléia se dirige a Deus pela oração, 'ue é o di)logo com o Senor9 %le responde pela pro!ecia, usando as mentes e vontades da'ueles 'ue se rendem a %le para edi!icar a comunidade$ 0o ciclo carism)tico, encontram?se assim estes elementos= oração, louvor +c5nticos ou preces/, oraç:es em l&nguas, seguido de breve tempo de sil7ncio, unção +'ue geralmente precede a pro!ecia/, pro!ecia, ap>s a 'ual a comunidade louva e e2ulta de alegria pela palavra 'ue o Senor le dirigiu$ 0a medida em 'ue a comunidade se abitua com o ciclo carism)tico, torna?se mais aberta ao Senor e ao cumprimento de sua vontade$ 8corre, por ve"es, 'ue v)rios membros da comunidade tenam a mesma pro!ecia no momento9 'uando a primeira pro!ecia é anunciada, os outros, tendo?a também recebido, podem con!irm)?la, di"endo em bom tom= \eu con!irmo\$ sto d) certe"a da pro!ecia 'uanto sua origem$ Deve?se !alar o 'ue se recebe, tão logo se recebe$ Ao ouvir o anHncio de uma pro!ecia, toda a assembléia deve louvar o Senor 'ue ali est) se comunicando com ela$ %. Ti)o# de )ro&eci
Além da pro!ecia verdadeira, pode acontecer de ser proclamada numa reunião de oração ou !ora dela= a/ 5ão profecia ? 'uando as palavras v7m da mente umana9 são sentimentos, s ve"es bastante piedosos, mas 'ue não v7m de Deus e sim da pessoa 'ue, movida por seus anseios ou mesmo por problemas emocionais, tenta comunicar os pr>prios sentimentos como se !ossem mensagens do %sp&rito9 b/ 9alsa profecia ? é uma mensagem in!luenciada pelo DemZnio9 pode ocorrer$ 0ormalmente, ela contradi" a %scritura ou a @radição e o ensinamento da gre4a$ A !alsa pro!ecia é detectada pelos seus !rutos= ela causa um mal?estar espiritual 4unto comunidade9 v7?se logo 'ue não procede do %sp&rito Santo pelos e!eitos negativos 'ue
1 produ"$ 3ode acontecer também 'ue inspiraç:es aut7nticas se mesclem sub4etividade do indiv&duo 'ue, espontaneamente, vai introdu"indo outros elementos e misturando?os com o 'ue Deus est) revelando$ Seria o caso de= a/ 1rofecias longas a pessoa recebe a inspiração e, depois 'ue !ala o 'ue sentiu de Deus, permanece comentando ou acrescentando coisas 'ue, nas mais das ve"es, ela mesma tem vontade de di"er comunidade ou a algumas pessoas 'ue ali estão presentes$ A pro!ecia se torna longa e um pouco con!usa, di!icultando o entendimento dos ouvintes 'uanto ao 'ue realmente é mensagem de Deus$ Apesar disso, o !ato de uma pro!ecia ser um pouco mais alongada, não 'uer di"er 'ue este4am sendo !eito acréscimos pelo pro!eta9 b/ 1rofecias repetitivas a pessoa pronuncia as palavras inspiradas e, na 5nsia de continuar ensinando, continua repetindo as mesmas palavras ou com pe'uenas variaç:es9 c/ 1rofecias influenciadas por devo$/es pessoais 'uando uma pessoa tem ligação muito estreita com algum tipo de devoção +Coração de Jesus, 0ossa Senora, algum santo, etc/, poder) se sentir impulsionada a mesclar a pro!ecia com esses sentimentos pessoais9 s ve"es, a mensagem é transmitida estritamente com elementos de tais devoç:es, o 'ue se constitui numa não?pro!ecia$ necess)rio recorrer ao dom do discernimento, pelo 'ual Deus d) uma convicção interior da autenticidade ou não da pro!ecia$ 8 discernimento, portanto, torna?se também um e2erc&cio espiritual$ 0o entanto, ao ser proclamada uma pro!ecia, seria oportuno= a/ 8bservar se ela não contradi" a &blia ou a doutrina da gre4a9 b/ 3erceber as impress:es 'ue ela causa da assembléia +pa", alegria, contrição, medo, angHstia, ansiedade, etc/9 c/ %sperar 'ue ela se4a con!irmada por outras pessoas$ bom 'ue se diga 'ue o DemZnio não tem poder e autoridade para inter!erir numa oração umilde e aberta ao %sp&rito$ ;uanto mais louvor, menos espaço para Satan)s$ %le necessita de um tipo de (breca* para in!luenciar as pessoas, 'ue pode ser causada por presunção, desespero, altive" ou algum pecado grave 'ue este4a, de alguma !orma, in!luenciando !ortemente o momento de oração$ ;uanto aos destinat)rios, uma pro!ecia pode ser= a/ 1essoal dirigida diretamente a uma pessoa, na oração pessoal ou através de alguém 'ue ora por ela9 mais raramente, mas também pode acontecer numa oração comunit)ria9 b/ &omunitária dirigida a todas as pessoas reunidas em oração$ 3ode?se pedir uma pro!ecia para alguém particularmente, 'uanto para uma necessidade da comunidade como um todo$ 0a pro!ecia podem ser revelados planos a se reali"ar e 'ue 4) estão sendo amadurecidos dentro de cada um individualmente ou na comunidade$ ;uanto !orma, uma pro!ecia pode ser= a/ #ireta pronunciada em l&ngua compreens&vel, na primeira pessoa do singular, como se !osse o pr>prio Deus !alando9 b/ *ndireta ? por meio de visuali"ação, recordação de trecos b&blicos ou !atos ocorridos, entre outros9 nesses casos, o pro!eta normalmente comunica o 'ue Deus
1est) !alando, como se estive e2pondo$ @ambém é poss&vel 'ue alguém pro!eti"e en'uanto pro!ere uma pregação ou ensino$ #re'6entemente podem ocorrer pro!ecias com substrato b&blico, compostas de !rases b&blicas, 4ustamente por'ue na'uele momento, Deus 'uer relembrar comunidade orante, esta ou a'uela mensagem ou verdade da !é contida na %scritura$ 0este conte2to, a pro!ecia, é \uma ação de Deus mediante a 'ual alguém proclama uma mensagem de Deus, a 'ual !ocali"a uma verdade 4) conecida, mas 'ue precisa na'uele momento, ser lembrada\ $ As passagens b&blicas v7m ao pensamento naturalmente$ 0o entanto, é preciso 'ue se diga 'ue a mera recordação de vers&culos b&blicos sem uma conotação atual não é pro!ecia$ ;uando alguém apenas emite supostas mensagens tais como= (Meus !ilos, eu sou o camino, a verdade e a vida*, não se trata de uma pro!ecia no sentido estrito9 na maioria dos casos, é um pensamento da pr>pria pessoa, por'ue recordou a'uela palavra na'uele momento, motivada ou não pelo clima da oração$ 3elo dom do discernimento é poss&vel saber se as palavras b&blicas t7m uma conotação atual$ 3or !im, é importante lembrar 'ue (um carisma sobretudo de ordem pro!ética não é in!al&vel e o seu in&cio pode ser marcado pelo !racasso, pelo erro, pela !alta de con!irmação, sem 'ue ele tena de ser imediatamente 'uestionado$ @udo isso é uma !ase de ensaios s cegas, leg&tima e necess)ria para assentar esse carisma$ Mas ela não deve, obviamente, prolongar?se, e2cessivamente$$$*$'. Pro&eci e o4edi6nci
As pro!ecias são dadas como orientaç:es para serem ouvidas$ ;uando não se presta atenção e não se vive o 'ue o Senor !ala, %le pode calar?se$ importante levar bem a sério as pro!ecias, são palavras de Deus, palavras de vida, 'ue levam a comunidade e as pessoas a terem vida e vida em abund5ncia +c!$ Jo 1,1/$ (8 grupo deve levar a sério a palavra de pro!ecia, por'ue, por ela, o Senor nos !ala$ %la pode mudar o rumo das coisas, o rumo da pr>pria gre4a, e é assim 'ue a gre4a, 'ue somos n>s, se mantém em ação* N$ -. Conc!u#ão
8 ob4etivo da pro!ecia é edi!icar, e2ortar, consolar +c!$ 1 Cor 1.,/$ Sua autenticidade deve ser 4ulgada pelos demais pro!etas +c!$ 1 Cor 1., BN?/$ Seu conteHdo deve estar de acordo com a &blia e o ensino da gre4a, levar glori!icação de Deus, ressaltar o crescimento de Cristo no amor !raterno, na edi!icação da gre4a e na busca da santidade$ 8 pro!eta é o porta?vo" de Deus Deus é o centro mostrando o Cristo vivo e ressuscitado agindo, por seu %sp&rito$ São 3aulo convida con!iança 'uando di"= \@odos podeis pro!eti"ar\ +1 Cor 1., 1 2$ A gre4a precisa de pro!etas 'ue encora4em, animem, instruam e e2ortem +c!$ Col , 1/$
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, "rupo de 0ra$ão, p$ $ $ 3ilippe MADR%, (spirai aos carismas, p$ .-$ N $ Jonas A, Aspirai aos dons espirituais, p$ -$
1N
&(1
O #arsma da In$"r%r"$a&'o das Línguas 1. Introdução
8corre muitas ve"es numa assembléia carism)tica reunida, a oração ou o canto em l&nguas, numa armoniosa alegria pela presença de Deus na'uele lugar$ Durante a oração ou
B canto em l&nguas ou no sil7ncio 'ue se segue, uma vo" destaca?se das demais$ 8utras vo"es se calam por'ue sentem 'ue o %sp&rito est) agindo, dando uma pro!ecia em l&nguas +!alada, orada ou cantada/$ Ap>s a pro!ecia em l&nguas !a"?se sil7ncio para a escuta da interpretação$ A interpretação pode vir pela mesma pessoa ou por outra, de !orma direta ., como uma palavra de pro!ecia$ 3ode ocorrer também a interpretação indireta .1 por meio de visuali"ação, recordação de vers&culos b&blicos ou !atos, entre outras !ormas$ Da mesma maneira 'ue na pro!ecia, o dom da interpretação das l&nguas pode ocorrer durante o (ciclo carism)tico*= louvor sil7ncio pro!ecia em l&nguas e interpretação louvor a Deus.B$ 2. Conceito
8 carisma da interpretação das l&nguas é a !aculdade de perceber o sentido da oração ou da pro!ecia em l&nguas$ 0ão se con!unde com tradução +ou versão/$ 0esta, o tradutor entende cada palavra$ por isso 'ue ele, utili"ando palavras de um dos idiomas conecidos, reescreve o te2to em outra l&ngua 'ual'uer$ A tradução é a substituição de palavras, termos ou per&odos de uma l&ngua pelos de outra$ 8 dom da interpretação das l&nguas é um impulso, através de uma unção espiritual, por meio do 'ual a pessoa capta o sentido da mensagem e comunica?a, para torn)?la compreens&vel aos membros da comunidade$ , portanto, uma pro!ecia motivada e antecedida pelo dom das l&nguas= (A'uele 'ue !ala em l&nguas não !ala aos omens, senão a Deus= ninguém o entende, pois !ala coisas misteriosas, sob a ação do %sp&rito$ 8ra, dese4o 'ue todos !aleis em l&nguas, muito mais dese4o 'ue pro!eti"eis$ Maior é 'uem pro!eti"a do 'ue 'uem !ala em l&nguas, a não ser 'ue este as interprete, para 'ue a assembléia receba edi!icação$ ;uem !ala em l&nguas, peça na oração o dom de interpretar\ +1 Cor 1., B$$1/$
@anto (o !alar* como (o orar* e (o cantar* em l&nguas s> se tornam mensagem pro!ética 'uando ouver interpretação$ 3. O e+erccio d inter)retção d# !nu#
8 e2erc&cio do dom de interpretação das l&nguas segue os mesmos princ&pios 'ue para o dom de pro!ecia$ De !orma pessoal ou comunit)ria .,a interpretação ocorre ap>s a emissão de uma mensagem em l&nguas$ A mensagem em l&nguas pode ter duração di!erente, podendo ser longa ou breve9 contudo, a interpretação deve ser concisa, anotando com clare"a a mensagem do Senor$ ;uem recebe o dom da interpretação percebe 'ue as palavras le v7m mente de !orma abundante, e deve di"er o 'ue o Senor le inspira$ Assim como ) uma unção para pro!eti"ar, uma mensagem em l&nguas também é precedida por uma unção$ 8 intérprete recebe um impulso interior para a interpretação$ Ali)s, a unção do %sp&rito caracteri"a o e2erc&cio dos dons do %sp&rito Santo$ ;uanto mais a pessoa se abitua com ela, mais !acilmente identi!ica o modo como o Senor le \dita\ as palavras$ 3or 'ue Deus utili"a o dom das l&nguas para comunicar sua mensagem 'uando pode !a"7? lo (diretamente* através da pro!ecia[ Dom João %vangelista Martins @erra procura responder= .
$ A interpretação direta acontece da mesma maneira 'ue a pro!ecia, 4) estudada no cap&tulo anterior$ .1 $ C!$ cap&tulo anterior o re!erente pro!ecia indireta$ .B $ C!$ cap&tulo anterior$ . $ C!$ cap&tulo anterior$
B1
(#alar em l&nguas numa assembléia cultual cria uma atmos!era de audição interior e uma e2pectação atenta da palavra do Senor$ %sse dom alerta os 'ue pro!eti"am no grupo, a !im de estarem mais preparados para receber uma inspiração sobre o 'ue o Senor 'uer comunicar ao grupo, e coloca também o grupo inteiro alerta para escutar o 'ue se vai di"er$ %ssa interpretação não é uma tradução, mas um carisma di!erente 'ue não acontece na oração particular, mas s> 'uando o %sp&rito suscita alguém a !alar em l&nguas na assembléia, en'uanto todos os outros guardam sil7ncio, preparando assim o clima para a intervenção do carisma pro!ético 'ue interpreta e2ortando, consolando e corrigindo\$..
3or ve"es, acontece 'ue v)rias pessoas recebem a mesma interpretação da mensagem ouvida$ 0este caso, o senso de 'ue a interpretação ouvida é correta, é rati!icado$ Como na pro!ecia, deve?se di"er em vo" alta= (eu con!irmo<*$ Ap>s receber uma mensagem em l&nguas e sua interpretação, todos devem proclamar a miseric>rdia do Senor, pois, ao receber uma mensagem do Senor, através da mani!estação dos dons do seu %sp&rito, deve?se dei2ar algum tempo para o louvor$ %le mesmo 'ue est) dirigindo a sua palavra$ % 'uando o Senor !ala, 'uer por meio da interpretação das l&nguas, 'uer por pro!ecias, sua palavra tra" sempre !rutos poderosos sobre todos$ Ema ve" interpretada, a mani!estação das l&nguas tem todas as utilidades das pro!ecias, a saber= edi!icar, e2ortar, consolar +c!$ 1 Cor 1., / . $ 3.1. O co!,i$ento d inter)retção d# !nu#
8 acolimento do dom de interpretação também segue os mesmos princ&pios para o acolimento da pro!ecia .$ Sua din5mica é semelante da pro!ecia, 'ue é colocada diretamente no coração do pro!eta por uma ação do %sp&rito Santo$ A interpretação das l&nguas é também depositada na mente do intérprete$ %. Ti)o# de inter)retção
A distinção dos tipos de interpretação obedece aos par5metros atribu&dos pro!ecia$ A interpretação é verdadeira 'uando vem do %sp&rito Santo$ 0ão?interpretação é 'uando as palavras t7m origem na mente umana +não vem de Deus/$ A !alsa interpretação é in!luenciada pelo DemZnio$ 8 instrumento 'ue separa um dos outros é o carisma do discernimento dos esp&ritos$ 8 discernimento da interpretação é tão necess)rio 'uanto para a pro!ecia, pois uma ve" 'ue é proclamada assume todas as caracter&sticas da pro!ecia, bem como seus re'uisitos e utilidades +c!$ Mt ,1?B/$ 0uma assembléia pe'uena ou numa grande assembléia 'ue este4a em pro!unda oração, consciente da presença de Deus, dirigida pelo %sp&rito Santo, aver) outros pro!etas para 4ulgarem ou con!irmarem a pro!ecia em l&nguas e sua interpretação +c!$ 1 Cor 1., B?/$ A'ui, é importante !a"er a di!erença entre a oração em l&nguas e a pro!ecia em l&nguas9 somente esta necessita de interpretação$ ;uando se ora ou louva em l&nguas, não ) necessidade de interpretação por'ue a pessoa est) se dirigindo a Deus +c!$ 1 Cor 1., B?./$ ;uando e2iste uma unção pro!ética na assembléia e 'ue se e2pressa em l&nguas, a& cabe a interpretação em vern)culo e a con!irmação de outros membros da assembléia +c!$ 1 Cor 1., 1/$
..
$ 0s carismas em ão 1aulo, p$1N$
.
$ C!$ cap&tulo anterior$ $ C!$ cap&tulo anterior$
.
BB '. Conc!u#ão
(3or isso 'uem !ala em l&nguas, peça na oração o dom de as interpsetar* +1Cor 1., 1/$ 8 carisma da interpretação leva ao 3ai, por Jesus, no poder do %sp&rito Santo, orientando os !ilos de Deus a !a"er a Sua vontade$ ;uanto ao seu e2erc&cio, obedece aos mesmos princ&pios da pro!ecia, com a di!erença de aver sempre uma mensagem em l&nguas antecedente$ (Assim, pois, irmãos, aspirai ao dom de pro!eti"ar9 porém, não impeçais !alar em l&nguas$ Mas !aça?se tudo com dignidade e ordem* +1Cor 1., N?./$ ;uem dese4a, 'uem 'uer, pede= (@udo o 'ue pedirdes na oração, crede 'ue o tendes recebido, e ser?vos?) dado* +Mc 11,B./$
&(1
O dom #arsm($#o da C)n#a 1. Introdução
B 8 dom da ci7ncia é uma grande !erramenta de trabalo na edi!icação do Reino de Deus, pois leva as pessoas conversão e glori!icação de Deus$ A palavra de ci7ncia é percebida como uma certe"a interior 'ue cega mente$ Ieralmente, ap>s uma oração em l&nguas, a mente est) aberta e livre para receber a comunicação do Senor$ 3or ve"es, vem mente uma palavra somente, ou um 'uadro, uma cena$ 8 Senor mostra, assim, o 'ue est) curando, reali"ando, trans!ormando, 'ue pode ser= uma cura !&sica ou emocional, uma cura espiritual, ou mesmo um camado conversão$ 2. Conceito
8 carisma da palavra de ci7ncia é uma revelação sobrenatural de algo 'ue Deus conece$ %le comunica !atos, acontecimentos, problemas, !eridas ou 'ual'uer outra matéria 'ue não é do conecimento de 'uem ora, mas 'ue é necess)rio saber na'uele momento de oração pessoal, comunit)ria ou 'uando se re"a por alguém, impondo as mãos$ 0ão depende de in!ormação, de bagagem cultural, não é !iloso!ia ou teologia= é dom gratuito do %sp&rito Santo$ 8 dom de ci7ncia é o diagn>stico de Deus$ o carisma pelo 'ual o %sp&rito Santo revela uma situação, um !ato ou uma lembrança dolorosa relativa a acontecimentos passados ou presentes$ %ste dom !a" com 'ue a mente penetre nas verdades divinas sem 'ue empregue o es!orço do racioc&nio +c!$ B Re ,-ss/ . Através do dom da ci7ncia o %sp&rito Santo !a" com 'ue a pessoa entenda as coisas como Deus entende$ #a" com 'ue se penetre na rai" do acontecimento, !ato, sentimento, situação, estado de esp&rito$ um !ragmento da onisci7ncia de Deus$ 3ode?se, ainda, di"er 'ue a palavra de ci7ncia \é um conecimento sobrenatural 'ue se recebe, devido graça, por meio da 'ual a intelig7ncia do omem se ilumina com a ação do %sp&rito Santo, para conecer e ver a rai" de um problema ou o 'ue Deus est) !a"endo ou vai !a"er entre suas criaturas\ .$ 0este mesmo sentido, sobre o dom da ci7ncia, escrevem %miliano @ardi! e José K$ 3rado #lores= ( um dos dons carism)ticos, muito belo, por meio do 'ual Deus revela e comunica o 'ue 4) ouve ou o 'ue est) acontecendo na ist>ria da salvação das pessoas$ 3or esta revelação, pode?se cegar rai" de um problema ou causa de um cativeiro +depend7ncia de um trauma/ ou ao conecimento de uma cura* .-$ 3elo dom de ci7ncia, Deus revela as curas 'ue est) reali"ando no meio da comunidade9 então, comunica?se a toda a assembléia o 'ue o Senor est) reali"ando$ A palavra de ci7ncia distingue?se da ci7ncia umana e do dom de ci7ncia in!uso$ Assim= a/ &i>ncia= desenvolvimento das aptid:es naturais da pessoa através do estudo, pes'uisa, conecimento$ ^ a !ormação ad'uirida$ também associada a toda tecnologia 'ue o omem conece e utili"a para o desenvolvimento umano$ b/ #om de ci>ncia infuso= é um dom crismal 'ue a4uda a 4ulgar de maneira correta as coisas criadas, em suas relaç:es com Deus e mostra o valor e a import5ncia 'ue t7m as criaturas aos olos de Deus +c!$ s 11, B9 Kab B, 1./$ c/ 1alavra de ci>ncia= revelação particular e moment5nea sobre um !ato singular e determinado9 é urna revelação interior compreens&vel por 'uem a recebe +c!$ 1 Cor 1B, -b/$ 3. O e+erccio do do$ de ci6nci#
A palavra de ci7ncia não é necessariamente uma palavra piedosa +amor, pa", paci7ncia, .
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, "rupo de 0ra$ão, p$.B .$ 7esus está vivo, p$.1$
B. etc/, mas di" respeito ao 'ue Deus 'uer revelar$ 3ode ser palavras simples e corri'ueiras$ 3or e2emplo= tesoura, anel, carta, carro, cabeça, etc$ A palavra vem mente, sem 'ue a pessoa se tena preparado ou pensado$ 8 dom de ci7ncia pode vir acompanado da palavra de sabedoria$ 8 primeiro revela a situação9 o segundo revela como agir$ 8 dom de ci7ncia também pode se mani!estar por meio de um entendimento, um sentimento, uma percepção acerca de determinadas realidades$ 0esse caso, não seria uma (palavra* no sentido estrito, mas outro modo de compreensão espiritual= é também dom de ci7ncia$ 3odem ser re!eridos, a t&tulo de e2emplo, dois epis>dios b&blicos= a/ Lc , ?. A'ui, Jesus teve um entendimento espiritual acerca da situação da'uela muler9 b/ Mc , B?. 0esse epis>dio, Jesus teve uma percep$ão da !orça 'ue dele saira9 ;uanto ocasião, o dom de ci7ncia pode se mani!estar principalmente= a2 5a ora$ão pessoal 8 (diagn>stico* ser) re!erente pr>pria pessoa ou acontecimento 'ue le di" respeito, !a"endo com 'ue ela penetre na rai" do !ato, do sentimento, da situação ou estado de esp&rito relacionado com o passado ou o presente dela mesma$ 0esse sentido, o dom de ci7ncia a4uda no processo de santi!icação pessoal$ Deus dese4a 'ue o omem compreenda como e por'ue %le est) agindo de determinada maneira$ Deus ensina ao omem sobre as suas verdades, para 'ue o omem possa ter a liberdade de optar pelo bem$ b2 5a imposi$ão de mãos comum aver mani!estação da palavra de ci7ncia 'uando se est) orando por alguém, por meio da imposição de mãos$ 3or e2emplo= 'uando alguém so!re de algum mal cu4a causa é desconecida, pode?se pedir ao Senor uma palavra de ci7ncia$ Re"a?se em l&nguas por alguns instantes, e aguarda?se a comunicação do Senor em sil7ncio$ A pessoa por 'uem se ora poder) dar o signi!icado da palavra de ci7ncia, associando?a a algum !ato de sua vida$ Ap>s a emissão e compreensão da palavra de ci7ncia, re"a?se de acordo com o ob4eto revelado$ c2 5a reunião de ora$ão 0uma assembléia de oração, uma ou mais pessoas podem receber palavras de ci7ncia, geralmente relacionadas a uma ação de Deus na'uele momento$ %m alguns casos, 'uando se anunciam curas por meio do dom de ci7ncia, a pessoa pode perceber 'ue a ela se re!ere a palavra, por meio de uma sensação !&sica ou sentimento, entre outras coisas$ 8 %sp&rito Santo tem di!erentes maneiras de se revelar s pessoas$ %. Uti!idde do do$ de ci6nci
A !inalidade primeira deste dom é levar cura das lembranças dolorosas, 'ue ainda incomodam as pessoas, !a"em so!rer, e tiram a !elicidade$ 8 %sp&rito Santo penetra tudo, mesmo as pro!unde"as de Deus +c!$ 1 Cor B, 19 Rm -, B/$ 8ra, penetra também as pro!unde"as do omem, revelando?le o 'ue deve ser curado, por meio deste dom de ci7ncia$
B %ste dom, portanto, revela tanto o 'ue o Senor esta reali"ando +curando/ na comunidade, 'uanto o 'ue deve ser curado$ 8 dom da ci7ncia é também, em parte, um dom associado ao dom de curar doenças +c!$ 1 Cor 1B,N/, e deve ser usado com sabedoria e discernimento$ (8 carisma da palavra de ci7ncia est) sempre a serviço de outro dom= de cura, palavra de sabedoria, de pro!ecia*.N$ '. und$ento# 44!ico# do do$ de ci6nci • • • • • • • •
João 1, .?1= a palavra de Jesus a 0atanael9 João .,1?1N= revelação da vida da Samaritana9 João11,11?1= conecimento da morte de L)"aro9 Mateus 1,1= de!inição de !é do ap>stolo 3edro, por inspiração do 3ai9 Atos ,1?11= 3edro denuncia o roubo de Ananias e Sa!_ra9 Atos 1,Nss= visão de 3edro e a palavra 'ue le é comunicada9 Lc 1,.?.= 8 %sp&rito Santo revela a sabel a gravide" divina de Maria9 Mt 1,1-?B= 8 an4o revela, em sonos, a José, a gravide" divina de Maria$
-. A i$)ortnci do te#te$un,o
%m 'ual'uer ip>tese de mani!estação do dom de ci7ncia, é importante o testemuno das pessoas 'ue, através da palavra de ci7ncia, receberam alguma graça$ 8 'ue é testemunado, prova a veracidade da palavra de ci7ncia$ 3elos depoimentos se conece se ouve a ação de Deus ou não, anunciada pela palavra de ci7ncia +c!$ Mt , 1?B/$ Assim, pelos testemunos se con!irmam não somente as curas, mas a pr>pria palavra de ci7ncia$ 8 importante, ap>s os testemunos, não é bater palmas= mas dei2ar a assembléia louvar e agradecer ao Senor com espontaneidade$ 0. Co$o re"r )or )ro4!e$# de#con,ecido#
muito comum encontrar pessoas com problemas cu4as causas não se conece= se4am problemas de ordem !&sica, emocional ou mesmo espiritual$ A pessoa pode estar vivendo em estado doentio +depressão, doença !&sica, p5nico, etc/ e não sabe e2plicar o por 'u7 de tal estado9 s ve"es não ) nenum motivo aparente$ Como !a"er nestes casos[ a/ entar o diálogo com a pessoa, procurando reunir todos os elementos poss&veis= in&cio da en!ermidade +) 'uanto tempo/, poss&veis causas9 levar em conta a interdepend7ncia dos campos !&sico, emocional e espiritual$ b/ ?er em que nível a enfermidade se situa: se no campo som)tico +se é algo simplesmente de origem biol>gica/9 se no campo emocional +das lembranças dos !atos traumati"antes, conscientes ou inconscientes/9 se no campo espiritual +se é caso de con!issão sacramental, poss&veis contaminaç:es, etc$/$ Muitos casos de doenças !&sicas t7m sua origem nos problemas emocionais9 em outros casos, os problemas de ordem espiritual?moral repercutem no psicobiol>gico$ c/ 1edir ao enhor que venha em auxílio com o dom da ci>ncia$ 0este caso, ora?se em l&nguas por alguns minutos9 ap>s breve sil7ncio, aguarda?se a palavra de ci7ncia, comunica?se pessoa a mesma palavra$ A pessoa e2pressa a resson5ncia da palavra em sua vida$ 3or ve"es, a palavra de ci7ncia corresponde a um !ato acontecido ) muito tempo9 outras ve"es, re!ere? se a casos acontecidos recentemente$ Ap>s a palavra de ci7ncia, re"a?se pela cura do 'ue !oi .N
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas, p$ 1.B$
B revelado$ 8 processo vai se repetindo, en'uanto ceguem palavras de ci7ncia$ 3or !im, !a"?se um louvor ao Senor e conclui?se com alguma oração espont5nea, ou mesmo b&blica$ Caso não se receba palavras de ci7ncia ou se a pessoa 'ue recebe a oração não associ)?la a nenum !ato de sua vida, mesmo assim deve?se re"ar e entregar o caso miseric>rdia do Senor$ %le 'ue tudo conece aver) de mani!estar, no momento oportuno, o seu amor para com a'uela pessoa$ 7. Au+i!ire# do do$ de ci6nci
a2 abedoria 8 dom do %sp&rito Santo 'ue revela como agir diante da'uilo 'ue o dom de ci7ncia esclareceu$ b2 #iscernimento 9 este carisma a4uda a descobrir o sentido das revelaç:es dadas pelo %sp&rito Santo através do dom de ci7ncia$ c2 1rud>ncia 9 a prud7ncia a4udar) a descobrir o momento e a !orma certa de proclamar as palavras de ci7ncia$ d2 igilo 9 'uem ora por outra pessoa deve manter sigilo em relação ao 'ue o Senor revelou ou curou +casos particulares ou situaç:es secretas/, respeitando a privacidade das pessoas$ . Conc!u#ão
8 dom da ci7ncia não depende do conecimento, de bagagem cultural, não é !iloso!ia ou teologia= é dom gratuito do %sp&rito Santo$ 3alavra de ci7ncia= diagn>stico de Deus$ #a" com 'ue a mente penetre numa verdade +ou na rai" de um problema/ sem es!orço umano$ Mani!esta?se através de= uma palavra ou !rase, imagem +visuali"ação/, sensação, sentimento ou sono$ Atitudes cristãs= sigilo9 prud7ncia9 sabedoria9 discernimento$
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Carsma da Pala*ra d" Sa+"dora 1. Introdução
B
0um mundo tão di!&cil como este todos precisam urgentemente do carisma da palavra de sabedoria$ A sabedoria 'ue vem do %sp&rito Santo ilumina o camino, d) a direção certa, leva a decis:es con!orme a vontade de Deus e condu" santidade$ Como é importante este carisma< 2. Conceito
A palavra de sabedoria é uma \ação de Deus, movendo uma pessoa a ensinar ou e2plicar verdades religiosas, a !im de 'ue a presença e o amor de Deus se4am e2perimentados, e para 'ue ela se4a movida a procurar Deus* $ %2emplos de palavras de sabedoria= Mt , B-?BN9 Lc B, .9 ., BB9 1B, BBss9 B., B$ 3elo dom de sabedoria, a pessoa sente 'ue o Senor est) le guiando para !a"er alguma coisa ou di"er algo em determinado momento$ 3ortanto, palavra de sabedoria é uma palavra, atitude ou ação a !im de 'ue as pessoas percebam a verdade 'ue antes não coneciam$ nspira o omem como agir, !alar ou se comportar em situaç:es concretas da vida, levando?o a decidir acertadamente, de acordo com a vontade de Deus +c! 1 Cor 1B, -/$ 1 oportuno !a"er a seguinte distinção= 2
a2 abedoria humana= ad'uirida pelo es!orço do conecimento umano e pelas ci7ncias$ %la depende de es!orços, capacidades e tend7ncias pessoais, além de outros !atores e2ternos$ b2 abedoria diab+lica= (Mas, se tendes no coração um ciHme amargo e gosto pelas contendas, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade$ %sta não é a sabedoria 'ue vem do alto, mas é uma sabedoria terrena, umana, diab>lica* +@g , 1.?1/$ c2 abedoria divina= dom crismal, dom do %sp&rito Santo para o crismando, para santi!icação de sua vida pessoal$ %ste dom !a" aprender as realidades espirituais e suas conse'67ncias na vida pr)tica9 desperta o sabor das coisas de Deus +c!$ @g 1,/$ d2 ( palavra de sabedoria= dom carism)tico do %sp&rito Santo, dom gratuito de Deus, para orientar situaç:es concretas9 não depende de méritos pessoais, nem é !ruto de dedução racional ou cient&!ica= é puro dom da graça divina +c!$ 1 Cor 1B,-/$ 3. Uti!idde do do$ d #4edori
8 dom de sabedoria mani!esta a vontade de Deus em situaç:es concretas$ o socorro de Deus para momentos de crise +o estudo de algum tema di!&cil, debates, discuss:es, situaç:es de con!usão, etc/$ A palavra de sabedoria é, portanto, apropriada para testemunar a presença de Deus em momentos di!&ceis +c!$ Mt BB,1?BB/$ 8 dom da sabedoria tem &ntima ligação com o dom da ci7ncia$ 8 dom da ci7ncia revela uma situação, um problema +d) o diagn>stico/9 o dom da sabedoria revela como agir +indica o remédio/$ A sabedoria também ilumina a pro!ecia para 'ue se4a entendida e vivida$ %. A )!(r de #4edori n E#critur
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, "rupo de ora$ão, p$.1
BG)rias passagens da Sagrada %scritura revelam a utili"ação do dom da sabedoria como recurso para mostrar a vontade de Deus ou intervir em situaç:es concretas$ 3ode? se, ao e2empli!icar, distinguir o uso da palavra de sabedoria= a/ %m situaç:es embaraçosas= 1 Rs , 1?B-9 Lc 1B, 11?1B9 b/ Como !onte de entendimento espiritual= Lc 1B, 1?B19 Lc 1B, BB?.9 c/ Como atitude= At N, B?B9 Sempre 'ue Jesus e os ap>stolos davam aos seus ouvintes noç:es pr)ticas de como viver segundo Deus, segundo o ideal cristão, transmitiam palavras de sabedoria$ Alguns te2tos importantes= Mt 1, ?9 11, B?9 Mc 1, 1?19 Lc , B?.N9 1B, BBss9 Jo 1, 1$.9 1, 1B?B9 Cl ,1?9 %! ., 1ss9 Il , lss9 1 3d 1, 1?19 #l B, 1?1$ A palavra de sabedoria !oi usada pelos ap>stolos em v)rias ocasi:es, nos momentos de pregação, como também antes de tomarem decis:es pr)ticas para a gre4a +c!$ At B, 1.ss9 , 1Bss e ., -ss/$ 3ara a eleição dos sete di)conos, os ap>stolos pedem Assembléia 'ue escola omens de boa reputação, ceios do %sp&rito Santo e de sabedoria +c!$ At , 1ss/$ 8s 'ue discutiam com %stevão, \não podiam resistir sabedoria e ao %sp&rito 'ue o inspirava\ +At , 1/$ São 3aulo agiu movido por este dom, 'uando dei2ou cego a limas o mago, 'ue procurava desviar da !é o procZnsul Sérgio 3aulo +c!$ At 1,.?1B/$ '. O e+erccio do do$ de #4edori
A abertura para o dom da sabedoria obedece aos mesmos princ&pios 'ue para os outros dons$ 3ara receber e mani!estar o dom da sabedoria a4uda= vida de oração, estudo, re!le2ão, umildade e simplicidade +coração de criança/$ 8 dom da sabedoria pode estar vinculado a certos momentos decisivos na vida pessoal e comunit)ria, 'uando o cristão é camado a tomar decis:es importantes, e precisa do au2&lio divino, de uma orientação de Deus sobre este determinado momento ou problema$ o dom divino 'ue leva a agir corretamente diante de uma situação di!&cil$ 3or este dom, a comunidade sente mais pro!undamente a presença do %sp&rito Santo$ 8s participantes de uma reunião, ao ouvirem palavras de sabedoria, percebem o pr>prio Deus a les !alar$ 3or este carisma, Deus se serve de alguém para transmitir um conecimento mais pro!undo da sua palavra ou da direção de Deus sobre a vida deles$ A palavra de sabedoria é !re'6entemente dada no aconselamento de outros, em resposta a seus problemas, dando?les clare"a e direção pela ação do %sp&rito Santo$ @odos podem e devem aspirar a este dom9 devem, outrossim, re"ar, pedindo?o, dese4ando?o ardentemente, como e2orta São @iago em sua carta= \Se alguém de v>s necessita de sabedoria, peça?a a Deus, 'ue a todos d) liberalmente, com simplicidade e sem recriminação, e ser?le?) dada$ Mas peça?a com !é, sem nenuma vacilação\ +@g 1, ?9 c!$ %clo ,9 .,/$ Salomão pediu?a assim= (Deus de nossos pais, e Senor de miseric>rdia, 'ue todas as coisas criastes pela vossa palavra, para ser o senor de todas as vossas criaturas, governar o mundo na santidade e na 4ustiça, e pro!erir seu 4ulgamento na retidão de sua alma, da&?me a sabedoria 'ue partila do vosso trono, e não me re4eiteis com indigno de ser um de vossos !ilos$ Sou, com e!eito, vosso servo e !ilo de vossa serva, um omem !raco, cu4a e2ist7ncia e breve, incapa" de compreender vosso 4ulgamento a vossas leis9 por'ue 'ual'uer omem, mesmo per!eito, entre os omens, não ser) nada, se le !altar a sabedoria 'ue vem de v>s$ Mas, ao lado de v>s, est) a sabedoria 'ue conece vossas obras9 ela estava sempre 'uando !i"estes o mundo, ela sabe o 'ue vos é agrad)vel, e o 'ue se con!orma s vossas ordens$ #a"ei?a, pois, descer de vosso santo céu, e enviai?a do trono de vossa gl>ria, para 'ue, 4unto de mim, tome parte em meus trabalos, e para 'ue eu saiba o 'ue vos agrada* +Sab N, 1?$N?1/$
BN
-. Conc!u#ão
A sabedoria é um precioso dom do %sp&rito Santo 'ue est) ao alcance de todos9 basta pedi?la com !é, para viv7?la e lev)?la aos irmãos (8 mundo necessita de omens 'ue, iluminados pela sabedoria de Deus, saibam agir e !alar inteligentemente, obedecendo assim a lei de Deus escrita no seu coração, a Hnica lei capa" de elevar sua dignidade de omem e assim enri'uecer o mundo* 1 $
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$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas, p$ 1-$
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,s#"rnm"n$o dos Es%ír$os 1. Introdução
Jesus usou muito o carisma de discernimento dos esp&ritos em sua vida di)ria$ @ambém os omens e muleres, pais e mães, servos com grande responsabilidade, precisam deste carisma para saber distinguir 'ual esp&rito est) agindo em cada situação= o %sp&rito de Deus, o esp&rito umano ou esp&rito do mal, o diabo$ 8 carisma do discernimento dos esp&ritos é um dos dons mais necess)rios a 'uem coordena um grupo de oração, preside uma reunião de oração, ora por alguém, é pai ou mãe de !am&lia, e2erce alguma !unção na comunidade paro'uial, ou na RCC$ bom estudar com carino este carisma$ 2. Conceito
(Dom do %sp&rito Santo através do 'ual uma pessoa percebe, intuitiva e instantaneamente, 'uais esp&ritos estão presentes e operantes em uma palavra, ação, situação ou pessoa +santo, demon&aco, umano, ou a mistura destes/* B $ %ste dom permite identi!icar 'ual esp&rito est) impulsionando ou est) in!luenciando uma= ação, situação, dese4o, decisão, palavra, proposta, o!erecimento= (8 discernimento é o dom 'ue nos abre os olos para o mundo invis&vel, onde agem tanto os esp&ritos bons como os maus$ 8 discernimento é lu" sobrenatural 'ue nos mostra a origem e a causa Hltima de certos !enZmenos misteriosos, umanamente ine2plic)veis$ 3ortanto, não se trata, em ip>tese alguma, de um 4u&"o temer)rio 'ue !a"emos sobre as pessoas$ As pr>prias palavras Tdiscernimento dos esp&ritosU dei2am claro 'ue tratamos dos esp&ritos e não dos omens e da sua conduta*$BC
3. Ti)o# de di#cerni$ento
a2 %eflexivo Dbom senso2 o discernimento conseguido pela intelig7ncia, pelo racioc&nio l>gico, pela e2peri7ncia de vida, pela e2peri7ncia 'ue se tem sobre alguma coisa, pelo estudo, pela !ormação, pela observação$ b/ #outrinal o discernimento ad'uirido pelo conecimento da Sagrada %scritura, da Sagrada @radição e da doutrina da gre4a9 algo 'ue se aprende, se desenvolve$ 0o %vangelo, Jesus indica= (3elos seus !rutos, os conecereis* +Mt ,1?B/$ Contudo, surgem no mundo os !alsos pro!etas 'ue v7m dis!arçados de ovelas +e mesmo dis!arçados de pastores/, mas por dentro são lobos arrebatadores +c!$ Mt , 1/$ c2 &arismático Dcf' &or F, G2
B
$ Robert D%IRA0DS, &arismas, dons do amor de #eus, p$ .$ $ S$ #ALG8, 0 despertar dos carismas, p$ 11
a capacidade 'ue o %sp&rito Santo d) para distinguir, interiormente, por um movimento do %sp&rito no &ntimo, 'ue espécie de esp&rito est) movendo uma pessoa ou uma comunidade$ 8s discernimentos= carism)tico, doutrinal e re!le2ivo, completam?se um ao outro$ 8 melor é caminarem 4untos$ %m algumas ve"es, o discernimento re!le2ivo, baseado somente na ra"ão, !oge completamente da vontade de Deus$ %. Uti!idde do di#cerni$ento cri#$5tico
a/ Aumenta a margem de acerto em tudo o 'ue se !a"9 b/ 3ermite a descoberta da vontade de Deus revelada por meio de outros carismas9 c/ um dom precioso para 'uem e2erce todas as !unç:es, principalmente a de coordenação, pregação e animação9 d/ 3rotege os outros dons$ Assim, por ele é poss&vel saber 'uando e como orar em l&nguas, pro!eti"ar, curar, entre outras coisas= \8 dom do discernimento, podemos consider)?lo como protetor dos demais dons$ De !ato, ele a& est), pronto para proteger a autenticidade dos dons do %sp&rito, das poss&veis adulteraç:es, inventadas pelo demZnio* .$ '. ;o$ do di#cerni$ento n (id de
Jesus usou o dom do discernimento para encontrar orientação correta em certas ocasi:es$ %ste dom parece estar presente na vida de Jesus de !orma muito original9 alguns e2emplos podem servir de inspiração= a/ ;uando atribu&am a %le um esp&rito imundo, %le discerne= \Se Satan)s se levanta contra si mesmo, est) dividido e não poder) continuar, mas desaparecer)\ +Mc , BB?B9 Mt 1B, B-/$ b/ 0a 'uestão da cura no dia de s)bado, %le concluiu : \ permitido, pois, !a"er o bem no dia de s)bado\ +Mt 1B, 1B9 Mc , 1?1/$ c/ 0a primeira predição de sua 3ai2ão, repreende a 3edro, di"endo 'ue os sentimentos de 3edro não são de Deus, mas dos omens +c!$ Mc -,1?/$ d/ 0a discussão sobre a ressurreição +pelos saduceus, os 'uais a negavam/ Jesus orienta= \%rrais não compreendendo as %scrituras e o poder de Deus\ +Mt BB, BN9 Mc 1B, B./$ e/ 0o caso do cego de nascença, Jesus não atribuiu a cegueira nem aos pais, nem ao pr>prio omem cego, como perguntavam os disc&pulos, mas discerniu como ocasião de mani!estação da Il>ria de Deus +c!$ Jo N,1ss/$ !/ Diante da atitude de @iago e João, pedindo !ogo do céu para consumir os samaritanos 'ue les negavam pousada, Jesus os orienta, di"endo= \0ão sabeis 'ual esp&rito vos anima$ 8 #ilo do Komem não veio para perd7?los, mas para salv)?los* +Lc N, 1 ss/$ Alguns trecos da Sagrada %scritura revelam as conse'67ncias da !alta de discernimento$ 3or e2emplo= a/ In ,1 %va não parou para discernir se a proposta 'ue a Serpente le dava era coisa de Deus ou não9 b/ B Sm 11, 1?1 Davi criou, por !alta de discernimento, situaç:es desastrosas para ele e para os outros$ -. ;in$ic d $ni&e#tção do di#cerni$ento cri#$5tico
Como !a"er para ter discernimento[ 0ão e2iste receita, pois o discernimento dos esp&ritos .
$ S$ #ALG8, 0 despertar dos carismas, p$ 1$
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é um dom$ 3orém, uma coisa é importante= conecer Deus e Sua 3alavra$ (Ema maneira corret&ssima de sabermos se algo vem da vontade de Deus, do inimigo ou de n>s pr>prios é a 3alavra de Deus$ Muitas ve"es, em discernimento dos esp&ritos não temos tempo nem de raciocinar$ Da& esta palavra precisar estar tão enrai"ada em n>s 'ue !aça parte 4) do nosso pr>prio ser$ Desta !orma, e alimentados pela oração, nossa vontade e intelig7ncia estarão sempre abertas ação do %sp&rito Santo, 'ue nos revelar), pelo carisma do discernimento dos esp&ritos, o 'ue vem de Deus, o 'ue vem de n>s, o 'ue vem do maligno*
3edir com !é o %sp&rito Santo, pedir o dom do discernimento, acol7?lo, ir analisando suas mani!estaç:es9 é, pois, um aprendi"ado$ Sua mani!estação se parece com a intuição$ Assemela?se também com (a vo" da consci7ncia* Discernir segundo Deus gera bons !rutos$ Jesus d) uma regra in!al&vel= (@oda )rvore boa, d) bons !rutos9 toda )rvore m) d) maus !rutos$ 3elos seus !rutos, os conecereis* +Mt , 1?B/$ 8s 'ue são guiados pelo %sp&rito Santo, terão !rutos espirituais9 os 'ue são guiados pela carne, da carne colerão corrupção +c!$ Ial , 1?,N/$ 0. Conc!u#ão
Jesus discerniu com poder e ensinou a vigiar +c!$ Mt ., 1?19 ,1/$ @odos devem pedir a Deus e buscar com empeno o dom do discernimento dos esp&ritos$ %le é necess)rio, importante, pode?se di"er, indispens)vel na comunidade 'ue re"a, no grupo de oração, na !am&lia$ %le permite distinguir !enZmenos, mani!estaç:es de todo tipo$ necess)rio perseverar nas oraç:es, no grupo de oração, na vida sacramental, no estudo da &blia, na docilidade ao %sp&rito Santo, na devoção mariana e na doutrina da gre4a para crescer no conecimento de Deus e estar cada ve" mais aberto ao carisma do discernimento dos esp&ritos$ ;uão necess)rio se torna o dom do discernimento nas v)rias situaç:es da vida pessoal e comunit)ria< %sse dom é muito importante na orientação doutrin)ria, na percepção da ação de Deus e sua vontade, a4udando en!im, a \e2aminar se os esp&ritos são de Deus\ +1 Jo ., 1 /$
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, !ideran$a cristã, p'
B
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Carsma da Cura 1. Introdução
8s carismas de cura, !é e milagres podem ser camados (dons?sinais*, por'ue sinali"am algo de e2traordin)rio reali"ado pelo poder de Deus$ São dons 'ue mani!estam o poder de Deus no mundo9 são obras do poder do %sp&rito, agindo nos cristãos e através deles, para con!irmar a verdade da mensagem cristã$ Diante do poder de Deus 'ue se mani!estava em Jesus e nos ap>stolos, muitos se converteram !é, ao presenciarem uma cura, um milagre, um prod&gio sobrenatural, uma ressurreição, etc$ %sses dons continuam sendo mani!estos na gre4a$ São necess)rios aos nossos dias, por'ue con!irmam da palavra do Senor$ 0ão !oram necess)rios somente no in&cio do cristianismo, para sua e2pansão$ pr>prio da gre4a testemunar pela mani!estação dos dons carism)ticos, a ação poderosa do Senor em meio a seu povo$ 3elos carismas, a evangeli"ação é con!irmada$ (8s disc&pulos partiram e pregaram por toda a parte$ 8 Senor cooperava com eles e con!irmava a sua palavra com os milagres 'ue a acompanavam* +Mc 1,B/$ 2. A# en&er$idde# e cur
“EnviouHos a pregar o %eino de #eus e curar os enfermos +Lc N, B/$ Antes de entrar propriamente no dom da cura convém tecer alguns coment)rios a respeito da 'uestão das en!ermidades e de sua relação com a vida cristã e o plano da salvação$ 8 entendimento da gre4a a respeito dessas realidades é de 'ue a en!ermidade e o so!rimento sempre estiveram entre os problemas mais graves da vida umana= (0a doença o omem e2perimenta a sua impot7ncia, seus limites e sua !initude* $ 8 3apa João 3aulo , em sua Carta Apost>lica alvifici #oloris (8 sentido cristão do so!rimento umano* ? procura responder ao sentido da dor e do so!rimento$ Segundo ele, (poder? se?ia di"er 'ue o omem so!re por causa de um bem do 'ual não participa, do 'ual é, num certo sentido e2clu&do, ou do 'ual ele pr>prio se privou* $ 0o plano inicial de Deus 'ue previa todo o bem e toda a satis!ação das necessidades do omem +!&sicas, emocionais e ps&'uicas/, se interp:e o pecado, criando toda a espécie de dor e insatis!ação dessas necessidades$ 2.1. Conceito de #=de >e?ui!4rio@ + doenç >de#e?ui!4rio@
Deus criou o omem em armonia per!eita com todas as coisas$ 8 %sp&rito de Deus governava o esp&rito do omem9 este governava a alma e a alma governava o corpo$ % o omem go"ava de um dom camado imortalidade corporal, além da imortalidade do esp&rito$ Kavia armonia e'uil&brio entre o esp&rito, a alma e o corpo$ ;uando o omem saiu, voluntariamente, do plano original de Deus, pelo pecado das origens, entraram no mundo o so!rimento, a doença +dese'uil&brio, desarmonia/ e a morte$ A doença +'ue é um dese'uil&brio/ pode ter in&cio em um dos elementos constitutivos do ser umano e atingir os outros, secundariamente$ 3or e2emplo= uma doença 'ue comece no esp&rito + pneuma/ pode se e2primir na mente + psique/ e no corpo + soma/$ %ntão é uma doença pneumopsicossom)tica, uma doença do omem total$ %2empli!icando= um pecado, 'ue é uma
$ CA@%CSM8 DA IR%JA CA@PLCA, n$ 1$ $ J8W8 3AEL8 apud R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, 0ra$ão pela pura, p$1.$
doença do esp&rito +ou do pneuma/, pode gerar um sentimento de (remorso* - +na alma ou psiqu>/, levando a doenças >sseas +no corpo ou no soma/$ 8 omem em dese'uil&brio +doente/ precisa ser curado, restaurado, regenerado em todo o seu ser para voltar armonia inicial$ A cura é isto= a restauração do e'uil&brio, da armonia do plano de Deus$ 2.2. O e+erccio do do$ de cur
Se a doença é no corpo, precisa?se de cura !&sica9 se na mente, é necess)ria uma cura ps&'uica9 adoecem as emoç:es, a car7ncia é de uma cura interior$ Caso o problema se4a espiritual, é preciso uma cura espiritual +libertação/$ %m 'ual'uer ip>tese, o dom de cura geralmente se mani!esta por meio da oração de cura$ 3ara orar por cura, a Hnica prerrogativa é usar o nome de Jesus$ preciso dei2ar de lado o medo e os enganos e orar pelos en!ermos, sabendo 'ue Deus os cura pelos méritos de Jesus Cristo e não por'ue a pessoa sabe orar, tem e2peri7ncia ou é santa$ @odos podem e2ercitar o dom de curar as doenças$ 8 prop>sito de Deus é 'ue os seus !ilos se4am totalmente sadios, curados, restaurados, regenerados e libertos$ 3ara isso %le enviou o Seu #ilo para morrer pela umanidade$ 3elas suas pisaduras o #ilo trou2e a cura total e a libertação +c!$ s ,.?/$ 8 3apa João 3aulo di" 'ue (o omem é destinado alegria, mas todos os dias e2perimenta variad&ssimas !ormas de so!rimento e de dor* N$ % a Congregação para a Doutrina da #é, em recente publicação se mani!esta di"endo 'ue e2atamente por 'ue somos destinados alegria, o Senor, nas suas promessas de redenção, anuncia a alegria do coração ligada libertação dos so!rimentos +c!$ s , BN9 , ?.9 r ., BN/$ 3or isso, ) um anseio leg&timo e pro!undo do omem de se libertar de todo mal, pois o Senor é (a'uele 'ue liberta de todos os males* +Sb 1,-/$ 2.3. ;eu# ?uer o ,o$e$ #ud5(e!
Desde a criação do omem, Deus o camou !elicidade, ao bem?estar, saHde plena$ %ste é o plano de Deus= a !elicidade e o bem de suas criaturas$ As palavras dos pro!etas, as intervenç:es divinas em !avor do povo escolido testemunam um a!eto e uma ternura 'ue e2pressam o grande amor de Deus$ Se dHvidas ainda ouvesse, o mistério da encarnação de Jesus Cristo as dissiparia por completo$ Em Deus 'ue se d) de !orma tão apai2onada não poderia ter pensado ou dese4ado a dor ou o so!rimento para os seus amados$ 0o #iálogo1 encontram?se registros primorosos de como Deus v7 a separação do omem e a sua necess)ria reconstrução= (P !ila bondosa e 'uerida, a umanidade não !oi leal e !iel para comigo$ Desobedeceu mina ordem +In B, 1/ e acou a morte$ De mina parte mantive a !idelidade, conservei a !inalidade para a 'ual a criara, com a intenção de dar ao omem a !elicidade$ Eni a nature"a divina, tão per!eita, m&sera nature"a umana, resgatei a umanidade, restitu&?le a graça pela morte de meu #ilo$ 8s omens sabem de tudo isso mas não acreditam 'ue sou poderoso para socorr7?los, !orte para au2ili)?los e de!end7?los dos inimigos, s)bio para iluminar suas -
$ 8 (remorso* distingue?se da (contrição* pelo seu car)ter altivo= a pessoa sente?se atingida no orgulo, ao se deparar com sua imper!eição$ A contrição é uma atitude de umildade, por meio da 'ual a pessoa se reconece pecadora e solicita a miseric>rdia de Deus$ N $ &hristifideles !aici, $ $ C80IR%IAVW8 3ARA A D8E@R0A DA #, *nstru$ão sobre as ora$/es para alcan$ar de #eus a cura, p $ 1 $ 3rincipal obra de Santa Catarina de Sena$ %ste livro é considerado a obra?prima desta doutora da gre4a$ #oi escrito na !orma original de (revelação divina* de Deus 3ai santa por volta do ano de 1$$
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intelig7ncias +$$$/$ A nature"a divina uniu?se com poder meu +o 3ai/, com a sabedoria do #ilo e com a clem7ncia do %sp&rito Santo$ @odo o abismo da @rindade, uniu?se vossa umanidade$*B
8 ensinamento da gre4a aponta 'ue de Deus vem a cura e a salvação$ 8 dese4o de Deus, con!orme o testemuno do pr>prio Jesus Cristo, é a cura, a vida plena e abundante +c!$ Jo 1,1/$ A %scritura a!irma 'ue (Deus não é o autor da morte, e a perdição dos vivos não le d) nenuma alegria$ %le criou tudo para e2ist7ncia, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação$ 0elas, nenum princ&pio é !unesto, e a morte não é a raina da terra, por'ue a Justiça é imortal* +Sl 11,9 Sb 1, 1?1/$ 8ra, Jesus veio ao mundo para dar ao omem vida em plenitude, mani!estando o amor de Deus 3ai +c!$ Jo , 1/ e torn)?lo participante da nature"a +c!$ B 3d 1, ./ e do amor divino +c!$ 1 Jo ., N9 , 11/$ Se Jesus deu a vida pelo omem, se (!omos transladados da morte para a vida* +1 Jo , 1./, %le o 'uer ceio de vida, de saHde, de !elicidade, pois %le é o Deus da vida9 %le (é um Deus 'ue nos cura* +%2 1, B/, ('ue sara as nossas en!ermidades* +Dt B, N9 Sl 1B, 9 1., /$ As doenças encontram sua causa no pr>prio omem, no seu pecado, orgulo, ambição9 em sua desarmonia consigo mesmo, com os outros, com a nature"a e, por !im, com o pr>prio Criador$ Mas esta é uma verdade b&blica= Deus 'uer o omem saud)vel< 2.%. ;o$ de cur e #o&ri$ento ,u$no
0o Antigo @estamento percebe?se 'ue o povo de srael tina o entendimento de 'ue as en!ermidades estavam misteriosamente ligadas ao pecado e ao mal9 mas elas atingiam também os 4ustos, o 'ue levava o omem a interrogar?se o por'u7 .$ 8 3apa João 3aulo esclarece sobre isso= (Se é verdade 'ue o so!rimento tem um sentido de castigo 'uando é ligado culpa, 4) não é verdade 'ue todo o so!rimento se4a conse'67ncia da culpa e tena um car)ter de castigo$ A !igura de J> é disso uma prova convincente no Antigo @estamento +$$$/$ Se o Senor permite 'ue J> se4a provado pelo so!rimento, !)?lo para demonstrar a sua 4ustiça$ 8 so!rimento tem car)ter de prova*$ Con!orme o entendimento e2presso pela Congregação para a Doutrina da #é, a doença pode ter aspectos positivos de demonstrar !idelidade ou mesmo de reparação, mas continua sendo sempre um mal e as promessas de Deus vão sempre no sentido de libertação e de cura e 'ue, em tempos vindouros, não aver) mais desgraças e invalide" e o decurso da vida nunca mais ser) interrompido com en!ermidades mortais +c!$ s , ?9 , 1N?B/ $ A partir da vinda de Jesus Cristo é 'ue se encontra uma resposta mais completa para a 'uestão das en!ermidades$ ;uando Jesus se depara com os en!ermos, e isto é uma constante na narrativa de todos os evangelistas, a sua atitude é sempre de curar e de libertar de todos os males$ A esse respeito di" a Congregação para a Doutrina da #é= (As curas são sinais de sua ação messi5nica +c!$ Lc , B?B/$ Mani!estam a vit>ria do Reino de Deus sobre todas as espécies de mal +$$$/, servem para mostrar 'ue Jesus tem o poder de perdoar os pecados +c!$ Mc B, 1?1B/ e são sinais dos bens salv&!icos* $ 8 mesmo sentido pode ser observado no in&cio da evangeli"ação ao longo dos Atos dos Ap>stolos, con!orme Jesus avia prometido$ São !re'6entes as curas e as libertaç:es por meio dos ap>stolos$ São 3aulo também con!irma a continuidade dos sinais e prod&gios em sua evangeli"ação$ A Sagrada Congregação para a Doutrina da #é acrescenta= (%ram prod&gios 'ue B
$ p$ 1 $ C!$, especialmente, CA@%CSM8 DA IR%JA CA@PLCA, n$ 1B?11$ . $ C!$ Jo , B$ $ J8W8 3AEL8 apud C80IR%IAVW8 3ARA A D8E@R0A DA #, *nstru$ão sobre as ora$/es para alcan$ar de #eus a cura, p$ $ $ C!$ *nstru$ão sobre as ora$/es para alcan$ar de #eus a cura, p$ $ $ bid$, p$ $
não estavam ligados e2clusivamente pessoa do Ap>stolo, mas 'ue se mani!estavam também através dos !iéis$* 3. En&er$idde# no Antio Te#t$ento
Ao longo do Antigo @estamento, ap>s a narrativa do pecado e das conse'67ncias 'ue ele tra" para o omem, começa a surgir, especialmente nos salmos e através dos pro!etas, uma visão nova da doença diante de Deus$ Das lamentaç:es sobre as en!ermidades, elas se tornam camino de conversão +c!$ Sl -, e N, N$1B/ e o perdão de Deus inaugura a cura N$ Cega?se a momentos de uma compreensão e2traordin)ria da dor e da redenção a serem mani!estadas plenamente no Cordeiro de Deus, o Justo, o Servo= (%le tomou sobre si as nossas en!ermidades e carregou com nossos so!rimentos$$$ % ainda= (3or suas cagas, n>s !omos curados* +s , .$$11/$ #oi assim 'ue os pro!etas viram a cegada do Messias= (%le mesmo vem salvar?nos9 os olos dos cegos se abrirão e se desimpedirão os ouvidos dos surdos9 então, o co2o saltar) como um cervo, e a l&ngua do mudo dar) gritos alegres* +s , .b?a/$ 8s tempos messi5nicos !oram vistos como tempos de plenitude espiritual, plenitude de vida !&sica, como tempos nos 'uais o poder de Deus se mani!estaria com esplendor em Jesus Cristo$ 8 Messias teria em si a plenitude do %sp&rito Santo9 seria consagrado pela unção, e (enviado a levar a oa 0ova aos pobres, a curar os coraç:es doloridos, a anunciar aos cativos a redenção, aos prisioneiros a liberdade$$$* +s 1, 1?B/$ %le !ora prenunciado como o (rebento 4usto brotado de Davi* +c!$ Jr B, 9 ,1/9 como (Iérmen* , segundo o pro!eta `acarias +c!$ `c ,-9 ,1B/9 !oi predito ser o Messias, a (3edra Angular* na construção da gre4a +c!$ `c 1, .9 s -, 1.9 B-, 19 Sl 11, BB9 At ., 11/9 como alguém 'ue viria (pensar a caga de seu povo e curar as contus:es dos golpes 'ue recebeu* +s ,B/$ %le seria o (%manuel, o Deus conosco, o pr&ncipe da 3a"* +c!$ s , 1.9 N, 9 Mt 1, B/9 seria o (Sol da Justiça, 'ue tra" a Salvação em seus raios +Ml , B/$ %. O No(o Te#t$ento:
@odos os temas presentes no Antigo @estamento a respeito do Messias dão a idéia de salvação, presente em Jesus, como uma plenitude de bens, de vida e saHde, de cura das en!ermidades umanas, de esperança e consolo$ 0o 0ovo @estamento, v7?se Jesus cumprindo as pro!ecias$ Em dos te2tos claros, neste sentido, é Lucas , BB= (de anunciar a João o 'ue tendes visto e ouvido= os cegos v7em, os co2os andam, os leprosos !icam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e aos pobres é anunciado o evangelo* +% Jesus acabara de !a"er muitas curas= c!$ v$ B1/$ #undamentalmente, os evangelistas se es!orçam por transmitir aos seus leitores e ouvintes, a verdade 'ue Jesus é o Messias anunciado pelos pro!etas, o #ilo de Deus, 'ue devia vir a este mundo para reali"ar o plano do 3ai= a salvação dos omens e a mani!estação do Reino de!initivo +c!$ Mt 1, B1?BB9 1, 19 Mc 1, 1?19 1, N9 Lc , 1-?B9 Jo ., B?B9 11 ,B, etc/$ Anunciava o Reino de Deus +c!$ Lc N, 11/ presente nU%le e em sua obra +c!$ Mt 1B, B-9 Lc 11, B/$ A %ncarnação do Gerbo, na plenitude dos tempos, 'uando (se !e" carne, e abitou entre n>s +c!$ Jo 1, 1./, é salv&!ica, pois %le veio ao mundo (para salvar o povo de seus pecados* +c!$ Mt 1, B1 29 veio para (e2piar os nossos pecados* D c! ' 1 Jo ., 1/9 veio (para salvar os pecadores* +c!$ 1@im 1, 1/9 veio (para nos resgatar de toda a ini'uidade e nos puri!icar* D c! ' @t B, 1./9 veio, en!im, para 'ue todos tivessem vida plena +c!$ Jo 1, 1/$ 0o in&cio de seu ministério pHblico, (Jesus percorria toda a Ialiléia, ensinando nas -
$ bid$, p$ $ N $ C!$ CA@%CSM8 DA IR%JA CA@PLCA, n$ 1B$
sinagogas, pregando o %vangelo do Reino, e curando todas as doenças e en!ermidades entre o povo$$$ e curava a todos* +Mt ., B?B/$ 0ão somente Jesus curava< Mas dava aos disc&pulos o poder 'ue tina, em !orma de mandamento= (Curai os doentes, ressuscitai os mortos, puri!icai os leprosos, e2pulsai os demZnios$$$* +Mt 1, -/$ Ema palavra pode de!inir o relacionamento de Jesus com os en!ermos= compaixão. Diversas ve"es os evangelistas se re!erem sua compai2ão$ 8 Catecismo da gre4a Cat>lica di" 'ue (sua compai2ão para com todos a'ueles 'ue so!rem é tão grande 'ue ele se identi!ica com eles= Estive doente e me visitastes*$ @odos buscavam a Jesus, 'ue a todos recebia$ @odos o 'ueriam tocar e %le se dei2ava tocar$ As curas reali"adas por Jesus suscitavam a !é em sua 3essoa Divina e levavam os ouvintes a se tornarem seus disc&pulos e suas testemunas$ Se Jesus curava, era por'ue não aceitava a en!ermidade como algo 'uerido normalmente por Deus9 mas a cura, a saHde plena, estas sim, eram dese4adas por Deus$ Jesus curava por'ue os via doentes, e por'ue mani!estava, assim, o seu amor e a sua caridade$ 8 amor de Jesus é sempre curativo< % a ninguém 'ue dele se apro2imasse teria dito= volta para casa com tua en!ermidade, por'ue Deus 3ai assim o dese4a, e te abençoa com a doença< Ao contr)rio= curou a todos os 'ue dele se apro2imaram e le pediram com con!iança e !é +c!$ Mc , /$ Jesus 'uer dar a saHde$ %le é o divino médico 'uer curar o omem totalmente +c!$ Mt -, 9 Mc 1, .19 Lc 1, B/$ Deus pode, é certo, permitir 'ue uma doença permaneça em uma pessoa, sendo a mesma um meio de santi!icação e puri!icação para si e para os outros$ De modo geral, a vontade de Deus é 'ue o omem se4a curado para poder louv)?Lo com todo o ser$ Jesus demonstrou isto em sua vida pHblica ao curar os doentes$ Compadecia?se dos doentes e mani!estava seu amor, sua caridade, curando?os$ %le mesmo disse= (os sãos não precisam de médicos, mas os en!ermos* +Mc B, 1/$ % Jesus ali estava como o médico divino do corpo, da mente e da alma dos omens$ '. A Ire/ e o )oder de curr doenç#
Ap>s a ressurreição, Jesus apareceu aos ap>stolos e les disse= (Como o 3ai me enviou, assim também eu vos envio* +Jo B, B1/$ A missão 'ue Jesus recebeu do 3ai, de tornar presente entre os omens o seu amor salv&!ico, %le o trans!eriu sua gre4a$ A missão de Jesus e da gre4a é a salvação dos omens, e esta é a vontade do 3ai +c!$ 1 @im B, ./$ Ao se despedir dos ap>stolos, Jesus ordenou= (de por todo o mundo e pregai o %vangelo a toda criatura$ ;uem crer e !or bati"ado ser) salvo9 mas 'uem não crer ser) condenado$ %stes milagres acompanarão aos 'ue tiverem crido= e2pulsarão os demZnios em meu 0ome, !alarão novas l&nguas, manusearão serpentes, e se beberem algum veneno mortal não les !ar) mal9 imporão as mãos sobre os en!ermos e eles !icarão curados* +Mc 1, 1?1-/$ A intenção de Jesus é bem clara= (%stes milagres acompanarão aos 'ue tiverem crido*$ J) mesmo durante a vida pHblica de Jesus, os ap>stolos puderam testemunar o poder curativo 'ue %le les dava= pregavam e curavam os doentes +c!$ Mc , 19 Lc N, /$ 0os Atos dos Ap>stolos, os milagres acontecem pelo poder do nome de Jesus e do seu %sp&rito$ %ra o Senor con!irmando a pregação apost>lica +c!$ Mc 1, B/$ %is alguns relatos da era apost>lica= a/ 3edro cura um co2o de nascença, com mais de 'uarenta anos de idade +c!$ At ,19 ., BB/9 b/ A sombra de 3edro, passando por sobre os doentes os curava9 Deus !a"ia milagres e2traordin)rios por intermédio de 3aulo +c!$ At , 1B?19 1N, 11?1B/9 c/ 0a Samaria, com o Di)cono #ilipe, acontecem prod&gios e curas +c!$ At -, .?-/9 d/ 3edro, em Lida, cura o paral&tico %néias +c!$ At N, B?/9 este !ato trou2e muitas
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pessoas conversão para a !é9 e/ %m Jope, 3edro ressuscita a @abita, o 'ue suscita a !é em muitos coraç:es, 'ue se voltam ao Senor +c!$ At N, ss/9 !/ %m cZnio, o Senor operava prod&gios por meio de 3aulo e arnabé +c!$ At 1., 1ss/9 g/ %m Listra, 3aulo cura um omem alei4ado das pernas, co2o de nascença +c!$ At 1.,-/9 / %m @rZade, 3aulo ressuscita um moço +c!$ At B, ?1/9 i/ %m Malta, 3aulo cura o pai de 3Hblio, impondo as mãos9 e cura os doentes da ila +c!$ At B-, -?N/$ Se Jesus associou a evangeli"ação aos sinais vis&veis de seu poder presente na gre4a, não se pode separar evangeli"ação e sinais, sem deturpar sua intenção$ Ap>s a era apost>lica, a gre4a continuou a e2ercer estes dons de cura e milagres9 é conecida a !ama dos santos, dos m&sticos, por seus milagres em !avor do povo$ Associou?se assim, com o passar do tempo, a santidade ao !ato de se reali"arem milagres e curas em bene!&cio dos en!ermos$ %sta idéia da santidade, unida a !atos prodigiosos, manteve?se !irme por v)rios séculos na gre4a= ser santo era operar prod&gios e curas$ Depois do Conc&lio do Gaticano surgiram na gre4a Cat>lica diversos grupos 'ue retomaram o uso dos dons carism)ticos$ Conse'6entemente, os dons de cura começaram a e2pressar?se com mais !re'67ncia no meio do povo, como um aspecto da unção do 3entecostes renovado$ A Renovação Carism)tica Cat>lica, especialmente, contribuiu para isso$ 8 Catecismo da gre4a Cat>lica atesta essa vontade de Deus em curar o seu povo e reconece= (8 %sp&rito Santo d) a algumas pessoas um carisma especial de cura para mani!estar a !orça da graça do ressuscitado* 1$ Dessa !onte maravilosa, os grupos de oração da Renovação Carism)tica Cat>lica t7m bebido e é poss&vel testemunar as maravilas 'ue o Senor tem !eito neles$ -. E ?undo # cur# não contece$B
%ssa 'uestão é intrigante e in'uieta a muitos os 'ue se dedicam a orar pelos en!ermos$ %2iste sempre um mistério em torno da vontade de Deus$ 3or 'ue uns são curados e outros não[ %mbora se4a da vontade de Deus curar o seu povo, é bom lembrar 'ue (mesmo as oraç:es mais intensas não conseguem obter a cura de todas as doenças* B$ São 3aulo teve 'ue aprender 'ue (basta?te a mina graça, pois é na !ra'ue"a 'ue mina !orça mani!esta todo o seu poder* +B Cor 1B,N/$ %le ensina 'ue alguns so!rimentos devem ser suportados na vida e 'ue eles !a"em parte da caminada= (Agora me alegro nos so!rimentos suportados por v>s$ 8 'ue !alta s tribulaç:es de Cristo, completo na mina carne, por seu corpo 'ue é a gre4a* +Col 1,B./$ Assim, pode?se sempre re"ar pela cura, mas cabe ao Senor curar segundo a Sua vontade$ 0. A orção de cur
As orientaç:es e2pressas a seguir t7m um car)ter introdut>rio e servem como um rumo geral a todos os cristãos$ ;uando o dom da cura começa a se mani!estar com !re'67ncia na vida do participante do grupo de oração, isto é um sinal 'ue a4uda a caracteri"ar um serviço espec&!ico ou ministério$ 0esse caso torna?se necess)ria uma !ormação espec&!ica e mais apro!undada$ Jesus assegura 'ue é poss&vel obter o 'ue se pede na oração +c!$ Mc 11,B./$ A oração de cura est) intimamente unida !é no poder de Deus, a 'uem nada é imposs&vel$ 8 dom da cura, 1
$ n$ 1-$ B $ CA@%CSM8 DA IR%JA CA@PLCA, n$ 1-$
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ou a graça de curar as doenças no poder do %sp&rito Santo é tratado na Sagrada %scritura de uma !orma bastante simples, no con4unto dos demais dons carism)ticos= ($$$a outro, a graça de curar as doenças no mesmo %sp&rito* +1 Cor 1B, Nb/9 mas (um mesmo %sp&rito distribui todos esses dons a cada um como le apra"* +1 Cor 1B, 11/$ Deus 'uem cura sempre, servindo?se de instrumentos umanos$ 3or isso, todo cristão pode pedir o dom de cura e, na medida em 'ue re"ar pelos doentes, começar) a constatar 'ue as curas ocorrem$ 3ara re"ar pela cura, outros dons podem ser usados$ 3or e2emplo, a palavra de ci7ncia, 'ue !ornece um (diagn>stico*, ou causa da doença$ @ambém a orientação sobre como orar e o 'ue di"er pessoa por 'uem se ora, pode ser ad'uirida através de uma palavra de sabedoria ou do dom do discernimento$ 8 padre Dario etancourt usa o te2to do %clesi)stico -, N?1B para indicar os passos para a cura= a/ 8rar pedindo a cura= v$ N ? (Meu !ilo, se estiveres doente não te descuides de ti, mas ora ao Senor, 'ue te curar)*$ b/ Arrepender?se e con!essar os pecados +con!issão sacramental/= v$1 (A!asta?te do pecado, reergue as mãos e puri!ica teu coração de todo o pecado*$ c/ r missa e o!erec7?la pela cura= v$ 11 (8!erece um incenso suave e uma lembrança de !lor de !arina9 !a"e a oblação de uma v&tima gorda*$ d/ 3rocurar o médico e tratar?se= v$ 1B (%m seguida d) lugar ao médico, pois ele !oi criado por Deus9 'ue ele não te dei2e, pois sua arte te é necess)ria*$ 0.1. A orção de cur interior no ru)o de orção 0%
a2 &onsidera$/es K), com toda certe"a, também em seu Irupo, pessoas portadoras de problemas psicol>gicos, de !eridas ps&'uicas$ 3essoas 'ue passaram por momentos dolorosos e !icaram marcadas, !eridas, abaladas$ São portadoras de traumas$ 8s traumas podem ser de mHltiplas espécies= traumas de re4eição de vida, de amor ou de se2o, traumas de medos compulsivos e in'uietadores9 traumas de se2ualidade9 de e2peri7ncias marcantes em doenças graves, acidentes, cirurgias e mortes de entes 'ueridos9 traumas de separaç:es matrimoniais, sempre tão dolorosas9 escravidão e v&cios9 !rustraç:es diversas9 comple2os nos relacionamentos umanos e tantos outros$ Coordenador, voc7 não pode omitir?se no cuidado da cura do psi'uismo dos participantes< %la é necess)ria e imprescind&vel para 'ue as pessoas tenam sua nature"a interior sadia e este4am em boas condiç:es psicoemocionais, a !im de 'ue o %sp&rito santo de Deus possa nelas reali"ar a sua obra$ A graça de Deus para a santi!icação sup:e a nature"a apta e preparada$ sto é, se a pessoa est) !erida, marcada, escravi"ada, amortecida interiormente, o %sp&rito ter) di!iculdades de agir nela$ A oração de cura não deve ser programada para abranger todo o tempo do grupo de oração$ %la acontece no decorrer da oração e, con!orme a necessidade dos participantes$ preciso discernimento para en!ocar os pontos sens&veis no esp&rito para a'uele momento$ As reuni:es espec&!icas para cura !&sica e cura interior em outros momentos poderão ser mais e2tensas e detaladas$ 0o grupo, se ouver oração de cura, voltar logo ao louvor$
$ C!$, p$ $ . $ 8 conteHdo desse item, bem como o do item $B, !oi tomado de Al&rio José 3%DR0, "rupos de ora$ão= como !a"er a graça acontecer, passim$ 8 padre Al&rio !a" uma abordagem pr)tica da oração de cura, tal como deve ser ministrada nas reuni:es de oração$ 0ão se trata de um modelo Hnico e !ecado, mas de orientaç:es aplic)veis total ou parcialmente nas reuni:es ou na din5mica do grupo de oração, de acordo com o discernimento e plane4amento do nHcleo de serviço$ 8 leitor observar) uma mudança de estilo de linguagem$
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b2 =uando orar para a cura interior A necessidade de cura interior é evidente$ 8 povo de Deus é !erido$ 3or isso, a partir da realidade de seu Irupo, voc7 programa o processo necess)rio de cura dos seus irmãos$ Goc7 pode utili"ar?se de diversas oportunidades como= o transcurso da pr+pria reunião de oração9 uma ou mais reuni:es programadas para a oração de cura interior9 um retiro de !im de semana todo dedicado cura dos participantes9 ou ainda um semin)rio de cinco, sete semanas, todo dedicado cura dos participantes$ c2 &omo orar 0as oportunidades surgidas durante a reunião de oração pode?se seguir esses passos= 1$ B$ $ .$ $
Motivação oração de cura interior Criar clima da presença de Jesus, invocando?o e adorando?o Apresentar e entregar o problema a Jesus Se !or necess)rio, reali"ar os passos do perdão 8rar pela cura interior, interceder, pedir a cura em nome de Jesus, pelo poder do seu sangue$ 8rar em l&nguas $ 3edir os !rutos do %sp&rito Santo de Deus para criar nova realidade psicol>gica e emocional $ Agradecer e louvar pela cura$ Analise, cada um destes passos e perceba a se'67ncia l>gica e necess)ria e2istente entre eles$ 0a oração de cura interior não se4a imediatista$ 0ão pule degraus$ 0ão passe de imediato a reali"ar o passo nHmero cinco, sem preparar os coraç:es !eridos$ #aça bem !eito, com !é viva, sabedoria e con!iança, para 'ue a cura possa acontecer$ d2 0ra$ão de cura interior por etapas Goc7 pode programar uma caminada de cura interior reali"ando?a por etapas ou )rea de relacionamento$ Goc7 reserva vinte a trinta minutos da reunião de oração para !a"er a graça acontecer$ %m cada reunião, !a"?se oração de cura interior por uma determinada )rea da vida das pessoas$ Goc7 pode programar oraç:es de cura interior dos problemas= 1$ Da !ase da vida intra?uterina, pré?natal, B$ Do nascimento até ou . anos, $ Da meninice, dos aos 1 anos, .$ Da adolesc7ncia, $ Da 4uventude até o casamento, $ Da vida matrimonial, $ Da !ase escolar, -$ Do tempo de trabalo$ 0essas etapas, orar sobre todos os poss&veis acontecimentos dolorosos ocorridos como= problemas de relacionamento em !am&lia, re4eiç:es, desamores, en!ermidade, mortes, traumas de acidentes, problemas de se2ualidade, etc$ 0.2. Orção de cur &#ic no ru)o de orção
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a2 &onsidera$/es Dentre os participantes de seu Irupo de 8ração ) sempre portadores de problemas de saHde !&sica, menores ou mais graves$ Jesus ressuscitado continua amando e tendo compai2ão dos en!ermos e doentes 'ue participam de seu Irupo de 8ração$ %le pode cur)?los$ #a" parte de sua missão provocar encontros entre os portadores de problemas de saHde do seu Irupo de 8ração e Jesus$ Sua missão inclui a tare!a de ser mediador, intermedi)rio e intercessor dos seus irmãos doentes com Jesus, para 'ue os possa curar$ 0osso povo tão empobrecido, mal?alimentado mal?cuidado, é muito doente$ ;uem é doente so!re$ ;uem so!re necessariamente procura solução para os seus males$ preciso compreender a realidade de 'uem so!re$ preciso sentir o 'ue sentem e aliar?se a eles para a solução de suas doenças e so!rimentos$ Jesus é o mesmo ontem, o4e e sempre$ Sabemos do nHmero cada ve" maior de pessoas 'ue são curadas nos nossos grupos de oração$ Como coordenador, voc7 deve estar atento e aberto a !a"er a graça da saHde acontecer nos participantes do seu Irupo de 8ração$ b2 0portunidades de orar pelos doentes São diversas as ocasi:es e possibilidades de se interceder pelos necessitados de saHde= 8 Criar um serviço carism)tico permanente de oração pelos doentes, um ministério de oração pelos en!ermos, animado por algumas pessoas maduras, esclarecidas e acoledoras dos carismas, 'ue se disponam a re"ar pelos necessitados de saHde !&sica$ 8 Irande oração de cura !&sica !ora da reunião de oração= reali"e periodicamente, a cada m7s ou dois meses, uma grande oração de cura !&sica !ora da reunião de oração$ 0esta reunião programada, os cantos, a 3alavra de Deus escolida, os testemunos, tudo se4a direcionado para despertar a !é na presença e poder de Jesus vivo e preparar os coraç:es para receberem as b7nçãos da saHde$ 8 8ração de cura !&sica nas reuni:es de oração= outra oportunidade para re"ar pedindo saHde é aproveitar as cances 'ue se apresentam naturalmente, durante as reuni:es de oração$ %ssa oportunidade pode ser percebida na oração de um participante 'ue re"a pedindo saHde, ou através de uma pro!ecia na 'ual o Senor !ala 'ue est) a curar, através de palavra de ci7ncia, ou de outro modo$ Ao perceber a oportunidade, o coordenador assume a palavra e deve re"ar pela saHde !&sica, nas necessidades apresentadas$
3ara a e!ic)cia da oração pedindo cura !&sica, é Htil levar em consideração tr7s passos= criar clima !avor)vel oração de cura !&sica, orar ao Senor pedindo a cura e agradecer e testemunar a cura recebida$ 7. oti(o# ?ue i$)ede$ ou di&icu!t$ cur
Sabe?se 'ue Deus 'uer a cura dos seus !ilos9 se ela acontece num momento ou noutro, ou mesmo se não acontece, cabe somente a Deus conecer os Hltimos motivos ou ra":es$ Contudo, observa?se 'ue algumas ra":es ou motivos podem impedir ou di!icultar a cura$ #rancis Macnutt cega a enumerar 11 dessas causas, admitindo ainda 'ue outras devem e2istir$ Algumas parecem mais !undamentais e comuns=
$ @ 7esus que cura, p$ B.ss$
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a/ ( falta de fMuitos procuram a cura como tal, sem um interesse maior em melorar sua vida espiritual, em participar dos sacramentos, da vida comunit)ria eclesial$ 3rocuram a cura em si, e não o Senor 'ue cura$ 3rocuram a cura como um ato pelo 'ual se livram de suas en!ermidade ou problemas emocionais$ uscam a cura nos grupos de oração, tanto 'uanto no espiritismo ou curandeirismo$ Jesus ensina 'ue a !é em sua pessoa, como #ilo de Deus, revelador do amor do 3ai, salvador do omem, é necess)ria para a vida em todos os momentos e não somente por ocasião das en!ermidades$ 8 %vangelo di"= (%stando Jesus em 0a"aré, ali não !e" milagre algum, por causa da descon!iança dos 'ue com ele estavam* +Mc , ?9 Mt 1, -9 Jo 1B, /9 por ve"es, (ele se contristava com a dure"a de seus coraç:es* +Mc , /$ Ao convidar 3edro para 'ue este caminasse sobre as )guas, e2igiu dele um ato de !é, e !é !irme< % ao estender?le a mão e segur)?lo le disse= *omem de pouca !é, por 'ue duvidaste[* +Mt 1., 1/$ Diante do menino epiléptico, não curado pelos disc&pulos, Jesus os censura di"endo= (#oi por causa da vossa !alta de !é<* +Mt 1, B/$ 0a travessia do lago de @iber&ades, ap>s ter acalmado a tempestade, Jesus disse aos disc&pulos= (Como sois medrosos$ Ainda não tendes !é[ +Mc ., ./$ Ao !alar da provid7ncia do 3ai, repreendeu os disc&pulos= (omens de !é pe'uenina<* +Lc 1B, B-/$ Se por um lado, Jesus notava a !alta de !é nos ouvintes, por outro lado, curava por'ue via a !é presente nos pedidos de cura : (Gai, se4a !eito con!orme a tua !é* +Mt -, 1/$ %le curou o paral&tico, (vendo a !é da'uela gente* +Mt N, B/$ emorro&ssa %le disse= (#ila, a tua !é te salvou$ Gai em pa" e s7 curada do teu mal* +Mc , ./$ muler pecadora, na casa de Simão, le disse= (@ua !é te salvou9 vai em pa"* +Lc , /$ 8 cristão de o4e precisa, como sempre, se apro2imar de Jesus com toda a !é do coração9 se ainda não a tem, pode re"ar pedindo, como !i"eram os ap>stolos= (Senor, aumenta?nos a !é* +Lc 1, /9 pois Jesus é o (autor e consumador da nossa !é<* +Kb 1B, 1 2' b) A falta de perdão
Jesus parece colocar um acento especial no perdão como condição para a cura9 insiste para 'ue se re"e por a'ueles 'ue causaram mal a outrem e até 'ue se ame os inimigos +c!$ Mt , .?.-/$ A !alta de perdão parece ser uma das causas mais constat)veis do por'u7 de muitos não receberem a cura$ Constata?se 'ue (o >dio e os maus relacionamentos provocam todas as espécies de en!ermidades, e essa en!ermidade abitualmente permanece, até 'ue a causa origin)ria se4a removida* $ ;uanto mais se perdoa de coração, mais !acilmente acelera?se o processo curativo$ Jesus deu o e2emplo, estando pregado na cru"= pediu ao 3ai 'ue perdoasse a seus algo"es +c!$ Lc B, ./$ 8 te2to de Lucas , (perdoai e sereis perdoados*, pode também ser acomodado assim= (perdoai e sereis curados*$ 8 perdão é decisão !irme da vontade, e não apenas um sentimento passageiro$ Jesus abençoa a decisão do omem e !a" !luir o seu amor, capacitando?o para o perdão$ A !alta de perdão poder) impedir a cura9 o perdão o!erecido de coração sincero acelerar) a cura$ 3erdoar não é !)cil, umanamente !alando$ preciso !é, decisão da vontade e con!iança em Deus< (8rai pelos 'ue vos maltratam e perseguem* +Mt , ../$ ;uando se re"a por alguém se dese4a todo o bem$ % o perdão vir)< c/ 0 pecado
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas no grupo de ora$ão, p$$
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8 pecado blo'ueia a comunão de vida com o Senor$ Se o pecado é transgressão da lei de Deus +c!$1 Jo , ./, o amor a Deus é 4ustamente cumprir seus mandamentos$ ;uem cumpre os mandamentos ama a Deus9 e, se assim age, não peca e vive em sua graça +c!$ Jo 1., B19 1 Jo , B? /$ Muitas en!ermidades prov7m da !alta de observ5ncia da lei de Deus, da lei do %vangelo, 'ue é !undamentalmente amor a Deus e aos irmãos$ Jesus, ao curar o paral&tico, perdoou primeiro o seu pecado e a seguir o curou de sua paralisia +c!$ Lc , 1?B/$ 3ara Jesus, neste caso, a paralisia estaria de alguma !orma relacionada com o pecado$ %m Marcos 11, B, Jesus recomenda o perdão antes da oração para 'ue esta se4a ouvida$ %le também recomenda a reconciliação antes da o!erta sacri!ical +c!$ Mt , B?B./$ Jesus veio libertar e salvar o omem do pecado$ 8 perdão pode ser ad'uirido pelo sacramento da reconciliação$ Jesus se tornou (a e2piação de nossos pecados* +c! 1 Jo ,/$ “%le é 4usto e !iel para nos perdoar os pecados e para nos puri!icar de toda ini'uidade +1 Jo 1,N/$ A e2peri7ncia de orar pelos en!ermos tem ensinado 'ue muitas ve"es as en!ermidades !&sicas e emocionais t7m causas espirituais, isto é, a transgressão de alguma lei de Deus, a inobserv5ncia de seus mandamentos$ Certa ocasião, uma pessoa estava desesperada= não dormia, não se alimentava direito, vivendo sob calmantes$ Ao conversar com o sacerdote constatou?se a violação de uma lei moral$ A pessoa !oi con!ortada e recebeu o sacramento da reconciliação$ % ela se re!e" !&sica, emocional e espiritualmente$ 8 perdão de Deus tra" calma, serenidade, e'uil&brio, saHde e cura< 8 pecado é algo 'ue destr>i o e'uil&brio da personalidade umana$ Ao re"ar por alguém em !avor de sua cura, é sempre aconsel)vel pedir a Jesus 'ue perdoe seus pecados$ %, sendo poss&vel, lev)?lo con!issão sacramental$ . Conc!u#ão
Algumas ve"es o caso e2ige 'ue se ore v)rias ve"es, até 'ue a cura total se4a constatada$ 3ode acontecer 'ue o empecilo para a cura este4a no ministro e não no (paciente*9 por isso, antes de re"ar por alguém, cada um deve veri!icar suas condiç:es espirituais$ 8corre também considerar 'ue nem sempre a cura é imediata$ 8 tempo e2ato em 'ue a pessoa deve ser curada depende apenas de Deus$ 8 necess)rio ao cristão é 'ue !aça a sua parte, mantendo?se (na breca* para 'ue Deus possa agir$
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Carsma da .//
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1. Introdução
8 cristão pode ter ousadia em sua vida sabendo 'ue é uma pessoa de !é$ 3ode reivindicar a !é necess)ria para 'ual'uer situação$ ;ue benção é poder ter certe"a 'ue a !é é dom derramado< (3or'ue é gratuitamente 'ue !ostes salvos mediante a !é$ sto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus* +%! B,-/$ 2. Conceito
A Carta aos Kebreus apresenta em seu cap&tulo 11 um dos te2tos mais e2pressivos a respeito da !é$ Di" o te2to sagrado= (A !é é o !undamento da esperança, é uma certe"a a respeito do 'ue não se v7$ #oi ela 'ue !e" a gl>ria de nossos antepassados$ 3ela !é reconecemos 'ue o mundo !oi !ormado pela palavra de Deus e 'ue as coisas vis&veis se originaram do invis&vel$ +$$$/ 8ra, sem !é é imposs&vel agradar a Deus, pois para se acegar a ele, é necess)rio 'ue se creia primeiro 'ue ele e2iste e 'ue recompensa os 'ue o procuram* +Kb 11, 1?$/$ A !é é, em Hltima an)lise, um dom 'ue o %sp&rito Santo colocou disposição do omem para 'ue ele possa e2perimentar concretamente da onipot7ncia de Deus$ A !é, no mundo de o4e, é um grande desa!io, pois muitos s> cr7em em si mesmos, nas suas pr>prias capacidades, nos seus pr>prios talentos, no seu dineiro, nos seus planos, nas coisas 'ue são concretas$ J) não acreditam nos outros irmãos e a !é em Deus est) muito !ragili"ada$ Algumas ve"es trata?se de uma !é tradicional, vaga, con!usa, sub4etiva, super!icial, !ria, indi!erente$ A !é é como um raio de lu" 'ue parte de Deus para a alma$ 8 %sp&rito Santo, 'ue é o autor da !é, vem ao mundo de o4e reavivar, dando assim sentido vida cristã de muitos bati"ados 'ue viviam indi!erentes ao seu estado$ 3ara compreender bem o 'ue é o dom carismático da f-, é necess)rio !a"er a distinção entre= a !é teologal ou doutrinal, a !é virtude ou !ruto do %sp&rito Santo e o dom carism)tico da !é= a2 9- teologal ou doutrinal Df- que acredita2 3or ela o cristão acredita nas verdades reveladas por Deus sobre si mesmo e sobre o omem e 'ue são de!inidas pela gre4a$ A !é teologal !a" o omem crer !irmemente em Deus como seu 3ai, 'ue se importa com sua vida$ Crer em Jesus Cristo como o enviado do 3ai, o #ilo de Deus, o salvador do mundo$ Crer também no %sp&rito Santo 'ue edi!ica a gre4a de Cristo e a santi!ica$ Crer 'ue o %sp&rito Santo é o poder de Deus$ % por'ue cr7 nas tr7s pessoas da Sant&ssima @rindade, o omem não s> cr7 intelectualmente, mas adere pro!undamente s suas verdades, 'ue se tornam lu" e amor para seu camino$ %ssa !é teologal é necess)ria para a salvação +c!$ Il B, 1s/$ A !é teologal vem em conse'67ncia do batismo, do anHncio de Cristo, do testemuno, da cate'uese$ ela 'ue apro!unda a esperança e !a" o omem agir na caridade +c!$ Il , /$ #undamentada na 3alavra de Deus, nos sacramentos, na vida de oração e na vida comunit)ria, a !é teologal é um grande sustento para o cristão do mundo de o4e, onde os omens (não suportam a sã doutrina* +c!$ B @im ., ?./$ b2 9- virtude Df- que confia2 Leva o omem a con!iar plenamente na reali"ação das promessas de Deus$ mpulsiona?o a ir além do ato de aderir s promessas de Deus, condu"indo?o a uma entrega total a Deus e sua $ %ste conteHdo !oi composto originalmente na Apostila de Irupo de 8ração da %scola 3aulo Ap>stolo +1NNN, pp$ B- e BN/ e !oi adaptado para esta apostila$
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provid7ncia +c!$ Mt , B/$ 3ela !é virtude, o omem se abandona provid7ncia divina, pratica a 3alavra de Deus, vive segundo a mentalidade de Jesus Cristo9 não s> conece os mandamentos com sua intelig7ncia, mas interiori"a?os no coração, vive os ensinamentos de Deus não como obrigação, mas por amor, e2perimenta e cr7 na bondade e miseric>rdia de Deus$ 3or esta !é o omem prova a si mesmo e ao mundo 'ue a 3alavra de Deus não é uma utopia, mas !orte impulso interior, ao 'ual adere a sua vontade, uma ve" 'ue a !é est) gravada no mais pro!undo do seu coração +c!$ Rm ., 1N?B19 1,1/$ %sta !é virtude leva o omem a crer e e2perimentar a bondade, a miseric>rdia e o amor de Deus na sua vida +c!$ 1 Jo ., 1/, tornando sua oração um ato de !é con!iante= (Se Deus é por n>s, 'uem ser) contra n>s[* +Rm -, 1?./$ (3or'ue nele se revela a 4ustiça de Deus, 'ue se obtém pela !é e condu" !é, como est) escrito= 8 4usto viver) pela !é$ Abrão não vacilou na !é, embora reconecendo o seu pr>prio corpo sem vigor pois tina 'uase cem anos e o seio de Sara igualmente amortecido$ Ante a promessa de Deus, não vacilou, não descon!iou, mas conservou?se !orte na !é e deu gl>ria a Deus* +Rm 1,19 ., 1N?B1/$ c2 0 dom carismático da f- Df- expectante2 A !é carism)tica se mani!esta 'uando uma pessoa é movida a ter uma con!iança &ntima de 'ue Deus agir) de !orma atual$ %ssa con!iança leva a uma oração convicta, a uma decisão, a uma !irme"a de atitude ou a algum ato 'ue libera a b7nção de Deus 07 +c!$ Mc 11, BB?B9 Mt 11, B.9 %2 1., 1?1.9 1 Rs 1-, B?./$ %ssa certe"a é tão especial 'ue Deus age, e o resultado mani!esta a gl>ria de Deus$ 8 padre 8vila MelançonN ensina 'ue este dom é dado em vista de a4udar a orar (com absoluta con!iança e sem duvidar*$ 3. O do$ d &* n P!(r de ;eu#
0a 3alavra de Deus e2istem v)rios epis>dios 'ue descrevem a ação poderosa de Deus movida pela !é= • Rom .,B?B. • %2 1.,1 Moisés diante das murmuraç:es do povo, ao ver os eg&pcios se apro2imarem$ • %2 1., 1?1. resposta de Deus$ • %2 1., 1?B1 Moisés estende a mão sobre o mar, con!iante 'ue Deus ir) operar maravilas$ • 1 Rs 1-, B?. %lias e os pro!etas de aal usou %lias o dom carism)tico, pois agia com muita autoridade e con!iança$ A !é dava?le a certe"a antecipada de 'ue o Senor agiria a seu !avor$ Milagres reali"ados por Jesus em ra"ão do dom carism)tico da !é= Mt -, ?1 centurião Mt 1,B1?B- cananéia Mc ,B?. emorro&ssa Lc ,B1 paral&ticos e os amigos Jo 11,1?.. ressurreição de L)"aro$
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$ C!$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, &arismas, p$ N $ C!$ 7esus ?ive e - o enhor , n$ -$
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%. O e+erccio do do$ cri#$5tico d &*
8 dom carism)tico da !é é sempre crer incondicionalmente no poder de Deus9 crer é saber 'ue %le agir) a'ui e agora para o bem do povo, curando, libertado e reali"ando milagres 'ue levem edi!icação do Reino$ Jesus di"= (Se creres, ver)s a gl>ria de Deus* +Jo 11, ./$ 0ão é preciso (!a"er !orça* para ter !é, nem (!orçar* Deus agir com (palavras de !é*$ A !é é um dom gratuito e o cristão deve, com muita tran'6ilidade, sempre crer 'ue %le !a" o melor e nunca decepciona a'uele 'ue nele con!ia, como di" Jesus= (Se v>s 'ue sois maus sabeis dar boas coisas a vossos !ilos, 'uanto mais vosso 3ai celeste dar) boas coisas ao 'ue le pedirem* +Mt ,11/$ '. Conc!u#ão
8 dom da !é é um presente 'ue Deus d) para o bem da comunidade, assim como os demais dons$ 0unca é demais notar 'ue esse dom est) pro!undamente associado com a caridade$ Como os dons são dados para o bem comum, sua pr)tica re!lete a caridade$ Assim também acontece com o dom da !é$ 3ortanto, como di" São 3aulo, o cristão deve se empenar em procurar a caridade, mas deve também aspirar igualmente aos dons espirituais +c!$ Cor 1.,1/$ Assim, é bom e necess)rio pedir com insist7ncia ao 3ai o dom da !é, para reali"ar as obras 'ue constroem o Reino e edi!icam a gre4a$
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,om d" Mlagr"s .
1. Introdução
8 dom de milagres sempre esteve presente na ist>ria da salvação, desde o Antigo @estamento, provando a presença viva de Deus 4unto ao seu povo eleito$ Muitos milagres eram operados através dos patriarcas +c!$ %2 , -?1/, dos pro!etas +c!$ 1 Rs 1, ss9 1 Rs 1-, Bss9 B Rs B, 1Nss/ e outros tantos narrados na &blia$ 8s milagres atestavam a divindade do Deus da Aliança, sua predileção por seu povo escolido, sua assist7ncia divina, seu poder glorioso$ %ram sinais e prod&gios 'ue con!irmavam a !é do povo no Hnico Deus verdadeiro$ 2. Conceito
8 'uinto carisma re!erido em 1 Cor 1B é o (dom de milagres*$ %sse dom pode ser de!inido como uma ação do poder de Deus intervindo e2traordinariamente em determinada situação$ Algumas curas são milagres, mas este dom não se limita ação de Deus na restauração da saHde$ %m alguns casos, a ação de Deus é sHbita e e2traordin)ria$ ;uando acontece uma cura instant5nea, é milagre por'ue o !ator intervenção de Deus é >bvio a ponto de não ser re!utado$ 8u ainda= (8 milagre é um acontecimento ou evento sobrenatural, ou a e2ecução de algo 'ue se4a contr)rio s leis da nature"a9 é um !enZmeno sobrenatural, 'ue desa!ia a ra"ão e transcende as leis naturais9 este dom é simplesmente a abilidade dada por Deus de cooperar?se com %le, en'uanto %le e2ecuta os milagres através de um ato cooperativo com os omens* -$ @odo milagre cristão aut7ntico aponta para a cru" e a ressurreição, começando com o milagre inicial da salvação e continuando através de todos os grandes e pe'uenos milagres subse'6entes 'ue !ormam a ist>ria de milagres pessoais$ 8s milagres são intervenç:es diretas de Deus na nature"a do omem ou na ordem da criação$ 8s milagres provam o poder de Deus agindo na vida dos omens, levando?os a uma !é sempre mais crescente$ 3.
8s evangelistas usam tr7s termos ao se re!erirem intervenção de Deus em Jesus= !alam de !atos miraculosos, de demonstração de !orça e de sinais9 geralmente, a palavra (milagre* vem acompanada de um ou outro termo +revelando ser o milagre uma mani!estação de !orça divina e sinal de ação de Deus/$ 8 'ue mais se realça nos milagres de Jesus é ser um !ato e2traordin)rio= cura instant5nea de doenças incur)veis, ressurreição dos mortos, multiplicação dos pães, o 'ue !a" o povo se maravilar$ 8 escopo evangélico é o de ressaltar a mani!estação da !orça e o car)ter de sinal$ %ste é o sentido dos milagres de Jesus= abrir os olos sobre o mistério de sua 3essoa< As curas e milagres estavam pro!undamente relacionados com a 3essoa Divina de Jesus, para a abertura da !é e con!irmação de sua união com o 3ai +c!$ Jo , B-?BN9 11, .?.B9 1., 11/9 estavam relacionados com o poder 'ue %le tina como #ilo de Deus +c!$ Mc B, 19 At 1, -/9 e estreitamente ligados, combinados com a evangeli"ação 'ue proclamava $ %videnciava?se, assim, sua divindade de Messias, de Engido do 3ai pelo %sp&rito Santo +c!$ Lc ., 1.9 1, B1/$ Durante a vida pHblica, Jesus não apenas operava milagres para suscitar a !é em seus ouvintes9 pois, muitas ve"es, por causa da sua obstinação, apesar dos milagres os 4udeus não acreditavam nU%le +c!$ Mt 1, -9 Mc , .?9 Jo 1B, /$ Mas, !re'6entemente, Jesus operava milagres, dei2ando?se levar pela compai2ão diante do so!rimento umano +c!$ Mt N, 9 1., 1.9 Mc -, B9 Lc , 1/$ ;uantos creram por causa dos milagres de Jesus< ;uantos creram nU%le, vendo seus milagres e ouvindo a sua palavra< -
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, "rupo de ora$ão, p$$
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8s milagres eram também um meio do povo glori!icar a Deus= ao curar a muler 'ue vivia encurvada !a"ia de"oito anos +c!$ Lc 1, 1ss/, o povo !oi levado ao entusiasmo9 ao presenciar a cura de um cego em Jeric> +c!$ Lc 1-, ss/, o povo deu gl>ria a Deus9 ao curar o paral&tico em Ca!arnaum +c!$ Mt N, 1ss/, o povo glori!icou a Deus por ter dado tal poder aos omens9 ante ao espet)culo dos mudos 'ue !alavam, dos alei4ados 'ue eram curados, dos co2os 'ue andavam, dos cegos 'ue viam +c!$ Mt 1, BN?1/, o povo glori!icava o Deus de srael9 ao suscitar a !é, possibilitava ver a gl>ria de Deus +c!$ Jo 11, ./$ 0este sentido, o milagre não apenas revelava a bondade de Deus e sua compai2ão pelos omens ao cur)?los, mas (e!etuava também a salvação de Deus$ um ato de !orça, de poder, para repelir os advers)rios de Deus= uma irrupção do divino neste mundo, e ao mesmo tempo um sinal do mundo vindouro* -1$ Sinali"ava?se deste modo a presença salv&!ica de Deus em meio aos omens, e a implantação do seu Reino +c!$ Mc , 9 , B9 Lc , BB9 N, 1?9 Mt 1B, B-9 Lc , 1-ss/$ 8s milagres de Jesus con!irmavam a sua doutrina é o 'ue os %vangelos a!irmam em tantos relatos 'ue tra"em$ A evangeli"ação de Jesus era acompanada de sinais prodigiosos, de milagres, con!irmando sua e!ic)cia, seu poder$ 8 mesmo aconteceu com os ap>stolos na gre4a 3rimitiva= (8 Senor cooperava com eles e con!irmava a sua palavra com os milagres 'ue a acompanavam* +Mc 1, B/$ %. A Ire/ e o# $i!re#
Jesus não guardou somente para si este poder 'ue %le tem como #ilo de Deus9 nem o restringiu somente ação, aos seus gestos e aos anos em 'ue viveu no mundo$ Jesus 'uis 'ue a gre4a também !osse participante deste seu poder, para continuar a atrair para %le os omens de todos os tempos$ Assim, ap>s a ressurreição, %le deu a mesma missão 'ue teve : (Como o 3ai me enviou, assim também eu vos envio* +Jo B, B1/9 (;uem vos ouve, a mim ouve* +Lc 1, 1/9 (;uem vos recebe, a Mim recebe, e recebe 'uele 'ue Me enviou* +Mt 1, ./$ Ao escoler ap>stolos, (con!ere?les o poder de e2pulsar os esp&ritos imundos e de curar todo o mal e toda a en!ermidade9 de anunciar o Reino de Deus e de curar os doentes9 de ressuscitar, de puri!icar os leprosos* +Mt 1, 1?-/$ % os ap>stolos (partiram e percorriam as aldeias, pregando o %vangelo !a"endo curas por toda a parte* +Lc N, 1?/$ 8 anHncio do %vangelo e os milagres acompanaram os ap>stolos, mesmo depois da ascensão de Jesus ao 3ai$ Jesus les prometera o %sp&rito Santo, 'ue les daria (!orça* +c!$ At 1, -/, 'ue os (revestiria da !orça do alto* +c!$ Lc B., .N/, para cumprimento de suas tare!as, missão 'ue Jesus les dera, de testemun)?Lo ante os omens de todos os tempos e naç:es , (até os con!ins do mundo*$ A gre4a 3rimitiva entendeu 'ue a !é em Jesus, tanto dos ap>stolos 'uanto dos seus ouvintes, provocaria milagres como con!irmação da ação de Jesus, pela !orça do %sp&rito Santo +c!$ Il l , )' o 'ue se ver, por e2emplo, na cura do co2o 4unto 3orta #ormosa do @emplo +c!$ At , 1ss/, reali"ada por 3edro e João$ 0o Conc&lio de Jerusalém, arnabé e 3aulo contaram assembléia 'uantos milagres e prod&gios Deus !i"era por meio deles entre os gentios +c!$ At 1, 1B/$ Deus (!a"ia milagres e2traordin)rios por intermédio de 3aulo, de modo 'ue lenços e outros panos, 'ue tinam tocado seu corpo, eram levados aos en!ermos9 e a!astavam?se deles as doenças e retiravam?se os esp&ritos malignos* +c!$ At 1N, 11?1B/$ Assim como Jesus, ao !a"er o milagre em Can), mudando a )gua em vino saboroso, (mani!estou sua gl>ria e os disc&pulos creram nU%le* +Jo B, 11/, a gl>ria de Deus continuaria sendo mani!estada pelos (sinais miraculosos* edi!icando e !a"endo crescer a !é dos ouvintes$ 0a comunidade cu4os membros se dei2am guiar pelo %sp&rito Santo +c!$ Rm -,N$1.9 Il , -1
$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, "rupo de 0ra$ão, p$ -
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1$B/, os milagres se tornam presentes, pois são promessas de Jesus a toda sua gre4a= (;uem cr7 em mim, !ar) também as obras 'ue eu !aço, e !ar) ainda maiores do 'ue estas, por'ue eu vou para o 3ai* +Jo 1., 1B/$ Cabe, pois, a cada cristão, abrir?se sempre mais a este dom 'ue é também necess)rio nos dias de o4e$ K), e!etivamente, nos tempos atuais, um re!lorescimento dos dons carism)ticos na gre4a9 o dom de milagres continua sendo necess)rio para o surgimento e !ortalecimento da !é em Deus$ Assim, (os casos de curas e de milagres são de todos os tempos, e ninguém 'ue tena !é em Deus, duvida 'ue %le tena operado as curas, os milagres 'ue por meio de pessoas, 'uer diretamente, em resposta oração de seus santos, da gre4a triun!ante ou da gre4a militante* -B$ -. Conc!u#ão
8 dom de milagres estar) sempre presente na gre4a, mani!estando a santidade de Deus e sua ação no mundo, provando seu amor$ Deus continuar) agindo de !orma e2traordin)ria, como agiu no Antigo @estamento, no 0ovo @estamento com Jesus e sua gre4a$ %le 'uer operar o4e, por meio de cada bati"ado$ Sua vontade não mudou$ % 'uando se reHnem pessoas para louvar a Deus e proclamar sua gl>ria, não é de estranar 'ue milagres aconteçam realmente$ Jesus prometeu sua presença +c!$ Mt 1-,B/= (se dois de v>s se reunirem sobre a terra, para pedir se4a o 'ue !or, consegu&?lo?ão de meu 3ai 'ue est) no céu* +Mt 1-, 1N/$ 8nde est) a gre4a reunida na !é, na esperança, no amor, no louvor, na ação de graças, Jesus se torna presente como A'uele sobre o 'ual coloca a sua complac7ncia +c!$ Mt , 1/$ @oda ve" 'ue se reHnem em nome do Senor Jesus, (tendo por %le acesso 4unto ao 3ai, no mesmo %sp&rito* +%! B, 1-/, os milagres podem ocorrer de !orma natural, !ortalecendo a !é de todos$ Ainda é preciso acreditar mais e mais neste dom de milagres no coração da gre4a$ 3or meio dele, pode?se de !orma mais convincente publicar as (maravilas de Deus o4e e sempre$ Amém<
DIDIOFRAIA A, Jonas$ (spirai aos dons espirituais' . ed$ São 3aulo= Loola, 1NN-$
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$ R%08GAVW8 CARSMX@CA CA@PLCA, "rupo de ora$ão, p$-$
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ALDA], Salvador Carrillo$ ( %enova$ão no Espírito anto' Rio de Janeiro= Louva?a?Deus, 1N- $ ed de #i+s, ogot) +ColZmbia/= Centro Carism)tico Minuto de Di>s, 1N-$ YLA SAIRADA$ @radução dos originais mediante a versão dos monges de Maredsous +élgica/$ -$ ed$ São 3aulo= Ave?Maria, 1N-$ CA@AR0A D% S%0A, Santa$ 0 diálogo$ São 3aulo= 3aulinas, 1N-.$ CA@%CSM8 DA IR%JA CA@PLCA$ $ ed$ 3etr>polis= Go"es, São 3aulo= 3aulinas, Loola, Ave?Maria, 1NN, .. p$ C80CYL8 %CEMO0C8 GA@CA08 $ (postolicam (ctuositatem$ n$ C8M3O0D8 D8 GA@CA08 = constituiç:es, decretos, declaraç:es$ ntrodução e &ndice anal&tico de #rei oaventura Qloppenburg$ Coordenação geral de #rei #rederico Gier$ B1 ed$3etr>polis= Go"es, 1NN1, pp$ B?.$ $ !umen "entium$ n$ C8M3O0D8 D8 GA@CA08 = constituiç:es, decretos, declaraç:es$ ntrodução e &ndice anal&tico de #rei oaventura Qloppenburg$ Coordenação geral de #rei #rederico Gier$ B1 ed$3etr>polis= Go"es, 1NN1, pp$ ?11$ C80#%RO0CA CA@PLCA D8S %EA$ #eclara$ão pastoral sobre a %&&' asington= D$C$, 1N-.$ C80IR%IAVW8 3ARA A D8E@R0A DA #$ *nstru$ão sobre as ora$/es para alcan$ar de #eus a cura$ Cidade do Gaticano= Libreria %ditrice Gaticana, B$ D%IRA0DS, Robert$ &arisma, dons do amor de #eus' B ed$ Campinas= Raboni, 1NN-$ $ 0 dom das línguas$ ed$ São 3aulo= Loola, 1N-$ #ALG8, S$ 0 despertar dos carismas$ 11 ed$ São 3aulo= 3aulinas, 1NN$ J8W8 3AEL8 $ &hristifidelis !aici= e2ortação apost>lica sobre vocação e missão dos leigos na gre4a e no mundo$ São 3aulo= 3aulinas, 1N-N, 1- p$ MAC0E@@, #rancis'@ 7esus que cura' São 3aulo= Loola, 1N-1$ MADR%, 3ilippe$ (spirai aos carismas' Aparecida= Santu)rio, 1NN.$ MCD800%LL, Qilian e M80@AIE%, Ieorge$ (vivar a chama' São 3aulo= Loola, 1NN1$ M%LA0V80,8vila$ 7esus vive e - o enhor $ 3AEL8 G$ Evangelii nuntiandi= e2ortação apost>lica sobre a evangeli"ação no mundo contempor5neo$ N ed$ São 3aulo= 3aulinas, 1N-$ 3%DR0, Al&rio J$ &arismas para o nosso tempo = re!le2ão teol>gica e pastoral$ São 3aulo= Loola, 1NN$