Manual básico para monagem de personagem no GURPS. Agradecimentos especiais ao "Ronin" pelo material.Descrição completa
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Relatório Do Filme “Contágio”
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Análise do filme Crash - no Limite, sob a perspectiva da sociologia do direito.Descrição completa
O filme Crianças Invisíveis retrata sete realidades em sete países diferentes e a questão é que o cenário destes personagens infanto-juvenis revela histórias curtas, mas todas com grande pro…Descrição completa
Breve análise do filme O CorteDescription complète
Jacques Aumont
Cool
Trabalho apresentado em cumprimento das exigências da disciplina de Psicologia da Religião, do curso de Bacharel em Teologia
Resumo do filme Piratas do Vale SilícioDescrição completa
Jacques Aumont
2 DESENVOLVIMENTO Neste capítulo discutiremos sobre o filme Garota Interrompida enfocando os seguintes tpicos! Identifica"#o do personagem personagem$Sintomas$ $Sintomas$ %istrico do problema$ Situa"#o familiar$ %iptese diagnstica$ &undamenta"#o terica$ 'rognstico e Encamin(amento Encamin(ame nto com )ustifica"#o* 2*+ Identifica"#o do personagem Nome! Susanna ,a-sen Idade! mais ou menos 2. anos /o filme n#o menciona a idade0 s o fato dela )1 ter maioridade 'rofiss#o! estudante 2*2 Sintomas 3 personagem personagem Susanna Susanna apresenta tais sintomas! Sentimento Sentimento cr4nico de de 5a6io0 tentati5a de suicídio0 despersonali6a"#o0 despersonali6a"#o0 instabilidade em relacioname relacionamentos0 ntos0 comportamento auto mutilante0 abuso de subst7ncias0 distor"#o da imagem corporal0 perturba"#o da identidade e discronia /re5i5e o passado como se fosse um son(o E tamb8m sentimento de n#o poder controlar o tempo0 onde apresenta momentos em 9ue rememora e re5i5e situa":es passadas0 misturando o passado com o presente* 2*; %istrico do problema Susanna 5ai parar no (ospital por ter ingerido um 5idro de aspirinas com uma garrafa de 5odca* 3presenta sinais de auto mutila"#o no pulso e relata n#o ter ossos nas m#os* Em terapia relata 9ue n#o consegue controlar o tempo0 misturando o passado com o presente0 di6 tamb8m n#o ter tentado o suicídio0 mas sim 9ue esta5a apenas tentando acabar com a sua triste6a* Di6 9ue! 0 9ue 0 <9uando 5oc? n#o 9uer sentir0 a morte parece um son(o> e 9ue * 3ps relatar 9ue 9ue n#o 5ai conseguir conseguir se tratar se n#o n#o souber sobre a prpria prpria doen"a0 doen"a0 resol5e iniciar a terapia ; 5e6es por semana* Di6 9ue s (1 um camin(o de 5olta para o mundo 9ue 8 o lugar de falar* f alar* Depois Depois de iniciado o processo terap?utico0 aceita 9ue realmente tentou se matar e 9ue o mundo l1 fora pode ser mentiroso0 mas 9ue prefere estar l1 fora do 9ue dentro da clínica* 3ps dois anos anos de tratamento 8 declarada declarada saud15el saud15el e com o limite limite recuperado* @onsegue emprego em uma li5raria0 5ai morar so6in(a num apartamento0 com telefone para ficar sempre em contato e retorna a clínica toda semana para fa6er terapia* 2*A Situa"#o familiar Susanna 5i5e com seus pais0 os 9uais parecem estar mais preocupados com a sociedade do 9ue com o bemBestar de sua prpria fil(a* 3ps Susanna tentar o suicídio0 seu pai consegue com a a)uda de um amigo m8dico con5encer Susanna de
se internar 5oluntariamente0 esta 5ai so6in(a para o (ospital0 sua m#e n#o se en5ol5e e obser5a tudo de longe* 3 maioria dos contatos s#o feitos mais por meio de liga":es do 9ue 5isitas* Os pais de Susanna 5#o at8 a clínica para saber 9uanto tempo a fil(a 5ai ficar l10 e est#o preocupados sobre o 9ue ir#o di6er para as pessoas 9ue se importam com ela0 na festa de Natal* 'ensamos no fato de sua m#e parecer se sentir culpada pela doen"a da fil(a* @abe ressaltar 9ue Susanna relata0 em rela"#o C clínica0 9ue e 9ue na ocasi#o de sua alta0 nen(um familiar 5ai encontr1Bla* 2* %iptese diagnstica 2**+ Diagnstico psicodin7mico O funcionamento psicodin7mico borderline pode ser descrito a partir de tr?s crit8rios! difus#o de identidade0 ní5el de opera":es defensi5as e capacidade de teste de realidade* Estas tr?s características s#o consideradas dominantes0 pois constituem a base de toda a desorgani6a"#o da personalidade orderline e s#o estas 9ue 5#o diferenciar o orderline dos pacientes neurticos e psicticos0 por isso elas s#o bastante importantes para o diagnstico*
3 difus#o de realidade caracteri6aBse como falta de integra"#o do conceito de self e de outros significati5os* Ela mostraBse na e=peri?ncia sub)eti5a do paciente como sensa"#o de 5a6io cr4nico0 contradi"#o nas percep":es sobre si e em atitudes contraditrias* Os mecanismos de defesa do ego mais utili6ados s#o as defesas primiti5as0 centradas no mecanismo de cli5agem* 'ara proteger o ego do conflito0 recorrem C ideali6a"#o primiti5a0 identifica"#o pro)eti5a0 denega"#o0 controle onipotente e des5alori6a"#o* Os pacientes borderlines mant8m a capacidade de teste de realidade0 mas possuem altera":es na sua rela"#o com a realidade! a realidade 8 ade9uadamente a5aliada0 mas o comportamento 8 inapropriado e incoerente com a a5alia"#o da realidade* Fimerman /2..A destaca 9ue no borderline a presen"a de sintomas de estran(e6a /em rela"#o ao meio ambiente e=terior e de despersonali6a"#o /estran(e6a em rela"#o a si prprio est#o intimamente ligados ao fato de 9ue essas pessoas apresentam um transtorno o sentimento de identidade0 o 9ual consiste no fato de 9ue n#o e=iste uma integra"#o dos diferentes aspectos de sua personalidade 0 e essa resulta numa dificuldade 9ue esse tipo de paciente tem de transmitir um a imagem integrada0 coerente consistente de si prprio* Destaca ainda 9ue esse tipo de estado mental decorre do fato de o borderline fa6er uso e=cessi5o da defesa da cli5agem /dissocia"#o dos diferentes aspectos de seu psi9uismo0 9ue permanecem contraditrios ou em oposi"#o entre si0 de modo 9ue ele se organi6a como uma pessoa ambígua0 inst15el e compartimentada* Tendem a sentir uma ansiedade difusa e uma sensa"#o de 5a6io* Nos arran)osBlimítrofes o ego em forma"#o consegue ultrapassar o momento em 9ue as frustra":es da primeira idade teriam podido operar fi=a":es pr8Bpsicticas tena6es e desagrad15eis0 n#o regredindo a essas fi=a":es* Entretanto no momento em 9ue se
da5a a e5olu"#o edipiana normal0 esses su)eitos sofreram um trauma psí9uico importante0 9ue corresponde a uma 0 ocorrida em um momento em 9ue o ego ainda est1 n#o organi6ado e demasiado imaturo no plano do e9uipamento0 da adapta"#o e das defesas* O ego0 buscando ent#o integrar esse trauma psí9uico as outras e=peri?ncias do momento0 interpreta essa percep"#o como uma frustra"#o e uma amea"a C sua integridade narcísica* 2**2 Diagnstico do @IDB +. O @IDB+. /+; caracteri6a os transtornos de personalidade em geral como
3t8 9ue0 em uma noite0 Lisa foge da ala 9ue esta5a e aparece para Susanna perguntando para ela se ainda dese)a fugir e ela 5ai com Lisa* No camin(o0 Susanna bei)a Lisa em sua boca e fica bastante contente0 por8m0 confusa com tudo isto* 'essoas com o transtorno borderline apresentam com fre9?ncia padr:es de relacionamento muito inst15eis0 podendo 5ir a ter liga":es intensas0 por8m tempestuosas* Sua atitude para com os familiares e amigos pode passar subitamente da ideali6a"#o /grande admira"#o e amor C des5alori6a"#o /intensa rai5a e desapro5a"#o0 bastando uma pe9uena separa"#o ou conflito* Esta situa"#o podemos encontrar no relacionamento de Susanna para com seus pais* Os borderlines s#o indi5íduos su)eitos os acessos de ira e 5erdadeiros ata9ues de fria ou de mau g?nio0 em completa inade9ua"#o ao estímulo desencadeante* E essas crises de fria e agressi5idade acontecem de forma inesperada0 intempesti5amente e0 (abitualmente0 t?m por al5o pessoas do con5í5io mais íntimo0 como os pais0 irm#os0 familiares0 amigos0 namoradas0 c4n)uges0 etc* 'ercebeBse a passagem acima no filme0 9uando a personagem Susanna agride com pala5ras terrí5eis a enfermeiraBc(efe Valerie* 'odemos entender orderline como uma parada no desen5ol5imento do su)eito0 consistindo em estruturas de transi"#o* N#o 8 uma patologia simples0 sendo preciso compreender0 al8m da sua sintomatologia0 o seu real funcionamento0 sabendo diferenciar de outros diagnsticos* Em +H0 Gunderson e Singer introdu6iram a primeira defini"#o operacional do transtorno de personalidade borderline0 a 9ual foi apoiada por trabal(os empíricos e fundamentou a inclus#o deste transtorno no DSMBIII* @om algumas adapta":es0 essa defini"#o ainda 8 usada no DSMBIV* @rit8rios diagnsticos do DSMBIVB para o transtorno de personalidade borderline! /+ Esfor"os fren8ticos no sentido de e5itar um abandono real ou imagin1rio* /2 'adr#o de relacionamentos interpessoais inst15eis e intensos0 caracteri6ado pela altern7ncia entre e=tremos de ideali6a"#o e des5alori6a"#o* /; 'erturba"#o da identidade! instabilidade acentuada e resistente da autoBimagem ou do sentimento de self* /A Impulsi5idade em pelo menos duas 1reas potencialmente pre)udiciais C prpria pessoa /financeira0 se=ual0 abuso de subst7ncias0 dire"#o imprudente0 comer compulsi5o / ecorr?ncia de comportamento0 gestos ou amea"as suicidas ou de comportamento automutilante* / Instabilidade afeti5a0 de5ido a uma acentuada reati5idade do (umor/por e=emplo! episdios de intensa disforia0 irritabilidade0 ou ansiedade0 geralmente durando algumas (oras e apenas raramente mais de alguns dias* /H Sentimentos cr4nicos de 5a6io* /J ai5a inade9uada e intensa ou dificuldade em controlar a rai5a /por e=emplo! demonstra":es fre9uentes de irrita"#o0 rai5a constante0 lutas corporais recorrentes* / Idea"#o paranoide transitria e relacionada ao estresse ou a gra5es sintomas dissociati5os* O paciente borderline fre9entemente se 9uei=a de sentimentos cr4nicos de 5a6io* E=iste sempre uma propens#o a se en5ol5erem em relacionamentos intensos0 mas inst15eis0 os 9uais podem causar nessas pessoas0 repetidas crises emocionais*
Segundo o @IDB+. esses pacientes se esfor"am e=cessi5amente para e5itar o abandono0 podendo (a5er 9uanto a isso0 uma s8rie de amea"as de suicídio ou atos de autoles#o* 'odeBse comparar a tentati5a de suicídio do borderline C tentati5a de suicídio de Susanna0 9ue tentou inserindo de6enas de comprimidos de aspirina com bebida alocolica* O procedimento terap?utico e o mane)o do profissional de psicologia de5er1 pautarBse no respeito C condi"#o desse su)eito* E a psican1lise utili6a seu arcabou"o t8cnico e pr1tico a fim de ampliar a 5is#o desse su)eito e mel(orar sua 9ualidade de 5ida* O foco da a"#o terap?utica psicanalítica0 no tratamento do transtorno borderline0 8 a amplia"#o do ego atra58s do desen5ol5imento das fun":es atrofiadas0 9ue resultar1 no aumento da capacidade de mentali6ar as e=peri?ncias traum1ticas e na conten"#o de e=peri?ncias correlatas /TENEN3M0 2..H* No decorrer da psicoterapia0 procuraBse alcan"ar o desen5ol5imento das fun":es egoicas por meio da substitui"#o das identifica":es patgenas e atra58s do desen5ol5imento de defesas e mecanismos adaptati5os mais maduros0 bem como pelo ingresso em modos de funcionamento psí9uico mais elaborados0 9ue representam um a5an"o no desen5ol5imento frente Cs formas arcaicas de rela"#o ob)etal0 nas 9uais esse su)eito est1 fi=ado /TENEN3M0 2..H$ ,ENEG et*al*0 ++ 2*H 'rognstico %1 e5id?ncias de um bom prognstico 9uando os familiares buscam o acompan(amento do paciente no 9ue se refere as tomadas dos medicamentos0 pois e=istem riscos específicos como efeitos parado=ais0 doses abusi5as da medica"#o0 depend?ncia0 o uso para tentati5as de suicídio0 e tamb8m o uso concomitante com bebidas alcolicas* Se fa6 importante a identifica"#o do papel das intera":es familiares na patog?nese e manuten"#o da sintomatologia do paciente Puanto ao tratamento psi9ui1trico0 esperaBse 9ue os medicamentos antidepressi5os possam ter efeitos no sintoma de 5a6io cr4nico0 e 9uanto aos neurol8pticos0 atuem na redu"#o de sintomas como a ansiedade0 rai5a0 problemas impulsi5os bem como nos sintomas psicticos* Os ben6odia6epínicos poder#o ser prescritos 9uando a paciente apresentar estado de medo agudo /alimentado por impulsos agressi5os 9ue a paciente se sente incapa6 de controlar* O tratamento medicamentoso de5e ser pensado como um ad)unto da psicoterapia e n#o como nico tratamento para o transtorno de personalidade borderline* 3 psicoterapia indi5idual poder1 proporcionar uma e=plora"#o intrapsi9uica profunda e as rela":es ob)etais primiti5as forem reati5adas0 poder1 se permitir a integra"#o dos aspectos dissociados da personalidade* Q1 na terapia de grupo0 ao paciente ser1 permito a e=plora"#o das transfer?ncias mltiplas0 a resolu"#o das resist?ncias interpessoais0 proporcionando no5os modelos de identifica"#o e apoio ao ego0 fornecendo tamb8m um para a 5i5?ncia de no5os comportamentos0 a)udando a limitar a rai5a e administrar a atua"#o* R necess1rio articular a constru"#o de toda uma rede social de apoio ao su)eito0 fa6endoBse inter5en":es familiares para 9ue o tratamento ten(a sucesso0 e identificando o papel das intera":es familiares na patog?nese e manuten"#o da sintomatologia do paciente*
2*J Encamin(amento com )ustifica"#o De5ido C se5eridade dos sintomas apresentados pela paciente0 se fa6 necess1rio o uso de medicamentos antidepressi5os e ansiolíticos0 bem como o tratamento psicoterap?utico no 9ual a paciente poder1 trabal(ar o controle de seus impulsos0 da agressi5idade e tamb8m estabili6ar o (umor* Estudos indicam 9ue medicamentos antidepressi5os podem ser efeti5os contra o sintoma de sentimento de 5a6io cr4nico e os ansiolíticos para redu6ir a ansiedade0 rai5a0 problemas impulsi5os e sintomas psicticos*