Análise do filme "A PROCURA DA FELICIDADE": Relacionamento interpessoal e inteligência Social. 1
Bianca Azevedo 2 Wédisley Volpato Maroldi
Resumo Este artigo analisa o filme “A procura da felicidade”, onde trata da história, baseada
em fatos reais, de um homem que luta para sobreviver e buscar seu lugar no mercado de trabalho, passando por situações diversas de sobrevivência junto a seu filho. O objetivo é avaliar assuntos assuntos referentes referentes ao relacionamento interpessoal interpessoal e inteligência inteligência social identificados no filme, tais como: autoconsciência,autodomínio, autoconsciência,autodomínio, automotivação, empatia, habilidades sociais, aprimoramento da compreensão, orientação para o serviço, desenvolver os outros, fomentar a diversidade e percepção política. Palavras-chave:
Relacionamento
Interpessoal;
Inteligência
social;
Motivação;
Assertividade.
1. Introdução Um dos fatores impulsionadores do sucesso em nossa carreira, é a forma pela qual nos relacionamos e interagimos com as pessoas. A medida que estamos comprometidos e envolvidos com nossas atividades permitimos presenciar momentos singulares de relacionamento pessoal e profissional, deixando a verdadeira maturidade e habilidade comportamental presente em cada um de nós. Do mesmo modo temos de entender e desenvolver uma boa comunicação é fundamental para expormos com clareza, gerando uma consciência social, onde expomos o que sentimos em relação aos outros, tendo como consequência consequência a facilidade facilidade social, que é o que fazemos com a posse dessa consciência.
CONTINUAR (BIANCA) 1.1.
Breve
explanação
sobre
o
tema
FAZER (BIANCA) 2. O filme 2.1.
Ficha técnica e roteiro
Lançado em 2006, nos Estados Unidos, pelas distribuidoras Columbia distribuidoras Columbia Pictures e Sony Pictures Entertainment, o Entertainment, o filme "A procura da felicidade" (do original The Persuit of Happynes" ) tem como roteirista: Steve Conrad; Diretor: Gabriele Muccino; e produtores Todd Black, Jason Blumenthal, James Lassiter, Will Smith, Steve Smith, Steve Tisch eTeddy Zee. O filme é do gênero drama, com 117 minutos de duração, e tem seu elenco principal é constituído por: Will Smith, como Chris Gardner, Jaden Smith, como Christopher, • •
2 AZEVEDO, B. , MAROLDI W. V. • • • • • •
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Thandie Newton, como Linda, James Karen, como Martin Frohm, Dan Castellaneta, como Alan Frakesh, Kurt Fuller, como Walter Ribbon, Takayo Fischer, como Sra. Chu, Brian Howe, como Jay Twistle.
A estória de “A procura da felicidade” é baseada em uma família que inicia sua
vida conjugal normal, mas com o passar do tempo instabilidades financeiras a rompe gerando conflitos interpessoais e intrapessoais, onde o filho segue com o pai em uma vida sofrida, passando por necessidades devido ao sonho de seu pai, alcançar um alto modelo de vida em uma conceituada empresa corretora de ações. Com isso o roteirista demonstra vários aspectos ligados ao crescimento individual e conjunto do pai e do filho, como por exemplo: • • • • • • • • • • •
2.2.
Autoconfiança; Responsabilidade; Força de vontade; Competitividade; Acreditar em si mesmo; Potencialização de suas qualidades; Foco nos objetivos; Valores pessoais; Esperança; Liberdade; Superação.
Chris Gardner
Chris Gardner é um pai de família que ganha à vida vendendo scanners de densidade óssea, mais encontrava dificuldades, pois o aparelho era caro e os médicos o achavam um "luxo desnecessário". Com dificuldades para vender seus aparelhos, sem análise prévia de mercado e não calculando os riscos sem um devido plano de negócio que visa à viabilidade da atividade para apontar suas forças e fraquezas, Chris investiu todas as suas economias em um produto que custava o dobro do preço em relação ao da concorrência, tornando assim mais difícil de vendê-los e com o passar do tempo, a procura foi cada vez menor e a crise financeira abala a relação que tinha com Linda, sua esposa, vivida por Thandie Newton. Diante dos problemas financeiros, Linda dizia estar infeliz pela dura vida que levava e decide ir embora, deixando seu filho Christopher, vivido por Jasen Smith, com seu pai, Sr. Garden. Com o objetivo de oferecer melhores condições a sua família, Gardner se inscreve em um programa de estágio em uma conceituada corretora de ações, a Dean Winter. Se por um lado havia uma chance de conquistar uma vaga no estágio, por outro, as dificuldades cercavam-no o tempo inteiro. Gardner foi prezo devido ao excesso de multas de transito, na noite anterior a entrevista passando a noite na cadeia. A competitividade aparece dentro do programa de estágio na qual eram disponibilizadas apenas 20 vagas a cada seis meses efetivando apenas um, este que se destacasse trazendo mais investidores e dentro dos métodos avaliativos ao final do programa. Sem dinheiro para pagar aluguel, teve de deixar a casa e passou a morar em um quarto de hotel e novamente despejado, mais tarde viria a passar a primeira noite sem um teto
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no banheiro de uma estação de metrô, conseguindo depois dormir com seu filho em um albergue. Em meio às dificuldades, Chris sabia se relacionar bem com as pessoas no âmbito profissional e isso lhe ajudara para obter contatos e atingir seu objetivo maior que era se tornar um corretor da empresa. Acreditar em si mesmo, potencializar as suas qualidades, força de vontade, acreditar em um futuro melhor expressava as suas forças internas e também externas vindas da sua situação financeira e pela má qualidade de vida dele e de seu filho. Ao fim, a tão sonhada e merecida vaga de corretor é conquistada com honra e mérito pelo seu trabalho.
2.3.
Christopher
Filho do Sr. Gardner, Christopher passou por tudo junto ao pai, perdeu vários momentos de sua infância para estar ao lado do pai, passou fome, frio, necessidades, perdeu seus brinquedos, mas a felicidade de estar com quem ele mais ama o fez superar tudo e ter a maior recompensa ao final, o amor e a realização e felicidade completa do pai.
2.4.
Walter Rubbon
Sócio da Dean Winter, o cartola identifica em Chris a capacidade dele dentro de um taxi, e assim o convida-o para o estágio. Diante do esforço de Chris ele consegue fazer do antigo morador de rua um verdadeiro cidadão, com alta capacidade de raciocínio e pro atividade, sendo indispensável pelo sucesso do Sr. Gardner.
3. Relacionamento interpessoal e inteligência social 3.1. Conceitos a cerca sobre Relacionamento interpessoal e inteligência social 3.1.1. Relacionamento interpessoal
FAZER (BIANCA) 3.1.2. Inteligência social Ao longo do tempo, temos experiências que acabam por formar o cerne de nossa personalidade. Algumas pessoas são mais comunicativas e outras são excessivamente introspectivas, mas isso não quer dizer que não saibam como devem se portar diante do seu círculo de relacionamentos. Desenvolver uma boa comunicação é fundamental e isso deve ser lapidado por todos nós. Quanto mais eficiente for nossa comunicação, mais clareza teremos do contexto que estamos inseridos. A Inteligência Social é desenvolvida no decorrer da vida, através do contato com as pessoas e da nossa interação com o ambiente onde vivemos. Ela reúne dois ingredientes que podem ser organizados em duas categorias amplas: a consciência social – o que sentimos em relação aos outros – e a facilidade social – o que fazemos de posse dessa consciência. Segundo Alexandre Bortoletto, instrutor da SBPNL , somos seres “biopsicossociais”, ou seja, carregamos uma herança genética (bio),
administramos nossas emoções (psiquê) e convivemos com outros no mundo (social). Seria impossível existir seres humanos na ausência destes
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elementos. A inteligência Social se fundamenta pelas respostas adequadas e saudáveis em interação com o mundo que nos cerca.
3.2. Conceito real sobre Relacionamento inteligência social 3.2.1. Relacionamento interpessoal
interpessoal
e
As relações interpessoais tiveram como um de seus primeiros pesquisadores o psicólogo Kurt Lewin. MAILHIOT (1976: 66), ao se referir a uma das pesquisas realizadas por esse psicólogo, afirma que ele chegou à constatação de que “A
produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente relacionadas não somente com a competência de seus membros, mas sobretudo com a solidariedade de suas relações interpessoais”.
Schutz, um outro psicólogo, trata de uma teoria das necessidades interpessoais: necessidade de ser aceito pelo grupo, necessidade de responsabilizar-se pela existência e manutenção do grupo, necessidade de ser valorizado pelo grupo. Tais necessidades formam a tríade de que fala MAILHIOT (1976: 67), quando este faz referência aos estudos de Schutz: necessidades de inclusão, controle e afeição, respectivamente. Ao discorrer acerca da humanização no ambiente de trabalho, COSTA (2002: 21) aponta as relações interpessoais como um dos elementos que contribuem para a formação do relacionamento real na organização: É mister observar a operação real da organização, aqui incluídas as relações interpessoais, que constituem a sua seiva vital. Os elementos formais (estrutura administrativa) e informais (relacionamento humano, que emerge das experiências do dia-a-dia) integram-se para produzir o padrão real de relacionamento humano na organização: como o trabalho é verdadeiramente executado e quais as regras comportamentais implícitas que governam os contatos entre as pessoas – esta é a estrutura de contatos e comunicações humanas a partir da qual os problemas de política de pessoal e de tomada de decisões podem ser compreendidos e tratados pelos administradores. Os autores são unânimes em reconhecer a grande importância do tema “relações interpessoais”
tanto
para
os
indivíduos
quanto
para
as
organizações,
relativamente à produtividade e efeito sistêmico.
3.2.2. Inteligência social Os conceitos de Inteligência Emocional, Interpessoal e Social revolucionaram o antigo conceito de Inteligência, tornando obsoletos os testes de QI.
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Na década de 30, Robert Thorndike sugeriu a possibilidade de que as pessoas pudessem ter "inteligência social" - uma habilidade de perceber estados internos, motivações e comportamentos de si próprio e dos outros e de agir de acordo com essa percepção. Na década de 80, o professor Howard Gardner apresentou a Teoria das Inteligências Múltiplas, que envolvia sete formas de inteligência, dentre elas as inteligências intrapessoal e interpessoal. Na década de 90, o pesquisador John Mayer, juntamente com seus colaboradores David Caruso e Peter Salovey, torna-se uma referência para a pesquisa científica sobre "Inteligência Emocional". Inteligência Emocional é definida como a capacidade de raciocinar sobre emoções. Ela inclui a capacidade de perceber emoções com precisão, de acessar e gerar emoções, de entender emoções, e regular as emoções de forma reflexiva, de modo a promover o crescimento emocional e intelectual. A expressão “Inteligência Emocional” ganhou popularidade com a publicação do livro Inteligência Emocional de Daniel Goleman, em 1995, mas este tema já é alvo de pesquisas desde o início da década de 90, com a publicação de artigos em jornais acadêmicos, por Peter Salovey e John D. Mayer. Em seu artigo de 2000, John Mayer e seus colaboradores apresentam quatro tipos de habilidades envolvidas com a Inteligência Emocional: habilidade para a percepção das emoções; habilidade no uso das emoções; habilidade no entendimento das emoções; habilidade de controle e transformação das emoções;
Onde:
habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos, através da voz ou expressão facial, por exemplo. A pessoa que se sobressai nessa habilidade percebe facilmente a variação e mudança no estado emocional de outra; A habilidade no uso das emoções implica a capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio A habilidade no entendimento das emoções consiste em captar variações emocionais nem sempre evidentes; A habilidade de controle e transformação das emoções. A habilidade
de
percepção
das
emoções inclui
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Salovey e Mayer propuseram ainda cinco domínios ou competências da Inteligência emocional (Salovey e Mayer, Emotional Intelligence. apud Goleman, 1995, p.55): 1) 2) 3) 4) 5)
Autoconsciência; Autodomínio; Automotivação; Empatia; Habilidades sociais.
Autoconsciência - Conhecer as próprias emoções; Autodomínio - Controlar os sentimentos nos mais variados momentos e
situações; administrar as emoções. Lidar com os sentimentos apropriadamente. Significa lidar com as próprias emoções de forma que facilitem a realização de suas atividades, em vez de interferir com elas. Desenvolver equilíbrio emocional para recuperar-se de aflições emocionais. Automotivação -
envolve utilizar os sentimentos de entusiasmo, perseverança e tenacidade para conquistar os seus objetivos e metas de uma forma bem direcionada e segura, com o intuito de ter iniciativa e ser altamente eficaz; perseverar sempre, mesmo diante de revezes e frustrações. É com perseverança, entusiasmo e motivação que se consegue aperfeiçoamento e êxito nas realizações. Direcionar as emoções e atenção para determinado objetivo ou meta é essencial para concentrar a atenção e promover realizações. Habilidades sociais - a arte do relacionamento é, em grande parte, a aptidão
de lidar com as emoções dos outros; interagir com facilidade; utilizar essas habilidades para liderar; negociar e solucionar divergências, bem como para a cooperação e o trabalho em equipe; ter alegria no convívio com as pessoas, evitando ver a vida apenas como um observador.
4. Análise de fatores de Relacionamento interpessoal e inteligência social identificados no filme
(IDENTIFICAR CENAS DO FILME QUE CONTENHAM ESSES ELEMENTOS BIANCA) 4.1.
Aprimoramento da compreensão
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4.2.
Orientação para o serviço
4.3.
Desenvolver os outros
4.4.
Fomentar a diversidade
4.5.
Autoconhecimento
4.6.
Empatia
4.7.
Assertividade
4.8.
Cordialidade
4.9.
Ética
5. Conclusão FAZER (BIANCA) Referências MAILHIOT, G. B. Dinâmica e gênese dos grupos. 3. ed. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1976. COSTA, W. S. Resgate da humanização no ambiente de trabalho. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo: PPGA/FEA/USP, v. 09, n. 2, p. 13-23, abr.-jun. 2002. BÓCCIA, M. de M. A inteligência emocional no contexto organizacional. Integração: ensino, pesquisa, extensão, São Paulo: Centro de Pesquisa da Universidade São Judas Tadeu, ano III, n. 10, p. 203-205, ago. 1997. CAMPOS, D. L. de. Ética, direito e ética empresarial. In: MARTINS, I. G. (Coord.). Ética no direito e na economia. São Paulo: Pioneira/Academia Internacional de Direito e Economia, 1999. cap. XIII, p. 211-216.