Andreia Reis
Análise do filme Colisão 1. Situações de de Estereótipo, Estereótipo, Preconceito Preconceito e Discriminação social
Estereótipos são crenças generalizadas que simplificam as características do grupo ou dos membros de um grupo. São apreendidos no processo de socialização e têm a função de simplificar a interpretação que fazemos do mundo em que nos inserimos. Preconceito são atitudes envolvem um pré-juízo ou julgamento na maior parte das vezes negativos relativamente a grupos sociais ou pessoas. Discriminação ± é o comportamento que decorre do preconceito. No limite pode conduzir à eliminação do objecto ou da pessoa que a causa. Duas das cenas do filme que demonstram este tipo de atitudes são quando o polícia mau manda parar o carro com o realizador e a mulher. O facto de os humilhar é uma acção discriminatória que tem origem no preconceito e do conceito estereotipado por o senhor ser preto. A outra cena pode ser por exemplo quando o mexicano entra na loja do senhor persa. persa. O persa age de acordo com o estereótipo estereótipo que que tem em relação relação a os mexicanos leva ao preconceito de que são ladrões e desonestos, este preconceito levou ao comportamento discriminatório de não acreditar nele, ofendê-lo e querer mesmo matá-lo.
2. O título Colisão (Crash)
Este título sugere a ideia de que para as pessoas se sentirem umas às outras por vezes é preciso chocarem. As pessoas passam umas pelas outras no diaa-dia e nem se vêm. Não estabelecem relações, são quase invisíveis uns para os outros até que chocam, até que acontece algo que os obriga a comunicar, uma colisão, é preciso tal coisa para provocar emoções nas pessoas. Tão como foi dito pelo polícia no inicio do filme.
Andreia Reis
3. O filme apresenta-nos ou não, através das personagens, uma visão estereotipada dos diversos grupos étnicos representados? Justifica a tua re sposta. Não, as personagens desenvolvem entre si estereótipos e isso é bem visível mas o seu papel no filme não é estereotipado pois nem todos os persas são racistas nem todos os brancos são maus, caso as personagens fossem estereotipadas os pretos eram escravos e não realizadores de cinema, o mexicano fazia papel de ladrão e não o de uma pessoa honesta, pois estes são estereótipos mais comuns na sociedade actual. Os únicos que na verdade correspondem aos estereótipos mais comuns na nossa sociedade são o de que os pretos roubam. Todos os outros não parecem corresponder aos estereótipos étnicos e culturais, pois o mexicano é bom e o branco acaba por ser bom também. 4. Escolhe duas das personagens do filme e explica o que contribuiu para a formação e mudança das suas atitudes ao longo do filme? A mudança de atitudes é como uma mudança do modo de pensa. Este tipo de alterações tem como responsável determinadas situações em que as pessoas se apercebem que as suas atitudes estão erradas. Os exemplos destas mudanças de atitudes são consequentes de acções extremas como por exemplo quando o polícia mau manda parar o carro realizador e humilha -o, o realizador aceita ser humilhado e não reage, esta atitude vai provocar a revolta da mulher e isto vai provocar com que ele mude de atitude para uma mais agressiva e mesmo de ódio aos polícias, esta mudança de atitude verifica -se mais tarde quando ele encontra o outro polícia colega do mau e toma uma atitude muito mais agressiva como defesa à outra agressão anterior. O outro exemplo de mudança de atitude ocorre quando o senhor persa se apercebe que quase matou a filha do mexicano, antes disso ele tinha uma atitude muito agressiva quanto ao mexicano por o introduzir num determinado estereótipo e por o ver como responsável pelo assalto que dizimou a sua loja. A sua atitude mudou quando viu que estava a ser uma pessoa terrível e que quase matou outro ser humano. Assim, as personagens que identifique com mudança de atitudes são o Sr. persa e o realizador mas existem muitos mais exemplo no filme tal como o polícia mau que vendo o acidente da mulher do realizador muda a sua atitude e põe em perigo a sua própria vida para a salvar. 5. Analisa o final. No final o realizador muda a mentalidade dos pretos ladrões por dizerem que estão a corresponder ao preconceito criado sobre eles em vez de o tentar contrariar. O polícia preto descobre que o morto encontrado é o seu irmão que sempre foi bom. É no fim que se explica o choque dos carros que aconteceu no início que dá o nome ao filme. É no final que se percebe o significado do título e é explicado que as pessoas precisam de chocar para estabelecerem relações entre si.
Andreia Reis 6.
a) Crash coloca várias questões, tão actuais como: podemos sentir "os outros" sem, ao mesmo tempo, colidirmos? Quão fatal será a fronteira entre a inocência e o medo? Será a culpa um instrumento de ódio ou de redenção?
Concordo com a mensagem do filme, penso que é difícil sentirmos os outros se não chocarmos com eles nem que seja apenas em ideia. O medo provoca o afastamento das pessoas e a inocência permite que por vezes as pessoas sejam humilhadas como aconteceu ao realizador no inicio do filme, tal como a inocência do mexicano e o medo de não conseguir sustentar a sua família, o mexicano foi inocente ao querer avisar o persa dos perigos e isso resultou em que ele quase matasse a sua filha. A culpa neste caso, no caso do realizador, é instrumento de ódio. A culpa de não ter defendido a mulher originou em si um ódio por si próprio e pelos polícias. b) É redutor dizer que é só sobre o racismo em Los Angeles. Nas várias histórias abordadas, as diferentes personagens, são todas elas multidimensionais e complexas, contribuindo para que se trate mais de histórias de vida, uma análise sociológica dos habitantes de Los Angeles. Não h á aqui bons e maus, há seres humanos que erram, que têm ideias e convicções, preconceitos, receios e experiências de vida, que os levam a interagir com os outros de forma conflituosa e intolerante, perante certas situações e de forma mais conciliadora e re dentora noutras situações. É uma demonstração de que temos preconceitos escondidos e mascarados. Humanamente mascarados. Mas ainda é mais que isso. Muito mais que isso. É uma história sobre a humanidade de qualquer um de nós. Um dos aspectos fantásticos do filme é que nunca reduz as personagens a uma dimensão: elas são sempre complexas, seres que se confrontam consigo próprios, com as suas crenças, com os outros e com as situações com que se deparam. Destaca-se a forma exemplar como nos é mostrado que a vid a é (também) feita de grandes coincidências (as balas de pólvora seca são um achado) e pequenos pormenores. Haggins envereda por um retrato complexo e abrangente, evitando caracterizações simplistas e mensagens edificantes e moralistas, concedendo ambiguid ade às personagens sem nunca as julgar nem as tratar como símbolos de uma qualquer etnia ou ideologia. Se é verdade que o racismo e a xenofobia são os elementos mais imediatamente detectáveis na história, depressa se percebe que esses comportamentos resultam menos de ódios intrínsecos ou adquiridos do que das circunstâncias (pessoais, sociais, culturais) que todos estes serem vão defrontando. Concordo, esta análise demonstra uma visão muito perfectiva do filme, na verdade quem a escreveu apercebe-se dos mais ínfimos pormenores. Concordo com esta abordagem, diz de outro modo tudo o que eu já referi sobre o filme. a) É um filme politicamente correcto, diluindo a questão do racismo nos EUA entre inúmeras etnias mostrando que mesmo um racista pode ser boa gente e um negro vítima de racismo pode ser capaz de discriminar. Desta maneira, os brancos norte-americanos que há séculos discriminam negros, índios, latinos, árabes e tantas outras etnias, podem dormir tranquilos. Mais não é que uma
Andreia Reis
reflexão moralista sobre as relações entre diferentes grupos étnicos e sociais, no filme sempre discriminatórias e estereotipada s: é a mulher do procurador que depois de assaltada por um negro, altera as relações que tinha com a empregada e cai pela escada abaixo. O polícia novo que não suporta o racismo do colega e acaba ele por matar um negro, na avaliação precipitada de um gesto que indicia o puxar de uma arma, mas afinal era de um santinho, como aquele que o polícia tem no seu automóvel. E por aí fora... a mão que castiga, as acusações de racismo até ao absurdo, as personagens incompreendidas permanentemente por aqueles que não são do seu grupo. E uma cena ridícula, do tiro do iraniano. Mau gosto. Provavelmente o pior filme a vencer o Óscar em todos os tempos. Maniqueísta, simplista e cheio de clichés. Um filme que só faz sentido para os americanos que têm consciência pesada pelo facto da sua sociedade ser extremamente racista. Não concordo com esta abordagem do filme, o objectivo não é mostrar a discriminação que existe entre todas as pessoas, não é um filme racista de todo, na verdade penso que o tenta combater e não intensific ar. O filme não é de mau gosto. Penso que quem escreveu este comentário se sentiu ofendido por provavelmente se identificar com alguma situação menos agradável.