Prêmio “As melhores Práticas de Estágio na PMSP” 6ª edição
Tema: “Soluções educacionais que transformam talentos humanos e/ou tecnologias avançadas para p ara geração de benefícios e serviços à sociedade” Inscrição: PMP61227G02
Infraestrutura Verde e Jardim de Chuva
São Paulo Agosto de 2012
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Sumário
I – Temática II – Introdução III – Objetivo do Projeto IV – Diagnóstico da Unidade V – Fundamentação Fundamentação Teórica V.I – Conceituação V.II – Referências Referências Projetuais V.II.i – Portland V.II.ii – Plano Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre V.III – Legislação Legislação VI – Metodologia e Elaboração do Projeto P rojeto VII – Cronograma VIII – Resultados apresentados/pretendidos apresentados/pretendidos IX – Conclusão X – Custos XI – Bibliografia Bibliografia XI.i - Índice de Figuras XII – Anexos
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I -Temática:
“Soluções educacionais que transformam talentos humanos e/ou tecnologias avançadas para geração de benefícios e serviços à sociedade”
II - Introdução:
Atualmente o ambiente urbano da cidade de São Paulo, altamente adensado e impermeabilizado, apresenta uma necessidade de respiro e de maior quantidade de áreas verdes. Neste contexto, o DEPAVE – Departamento de Parques e Áreas Verdes – é o órgão municipal, dentro da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, responsável pela criação, manutenção das áreas verdes e parques da cidade de São Paulo. O DEPAVE 1 Divisão Técnica de Projetos e Obras – é então o responsável pela criação, contratação de projetos, gerenciamento e acompanhamento das obras e serviços de novos parques e áreas verdes, tendo ultimamente realizado um número maior de novos parques dentro do Programa dos 100 Parques da Prefeitura. Além disso, o DEPAVE é responsável por “promover pesquisa, estudo, experimentação e divulgação das atividades ligadas às suas atribuições, funções e objetivos, estabelecendo normas e padrões dos serviços a serem executados”
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Deve-se destacar a importância da criação e manutenção de áreas verdes em São Paulo – e em qualquer ambiente urbano – de forma a permitir áreas permeáveis e infiltração das águas das chuvas, prevenir erosão, promover a biodiversidade, mitigar efeito de ilhas de calor, além de estimular a ocupação de áreas abandonadas e sua qualificação, tornando ambientes atraentes para o pedestre. Destaca-se assim a grande importância de espaços livres e áreas verdes como locais de encontro e lazer da população e os benefícios sociais e na qualidade de vida que estas áreas proporcionam para a população urbana no geral.
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Disponível Disponível em: . Acesso em: 19 julho 2012.
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III - Objetivo do Projeto:
Apresentaremos o estudo de dois casos em que o tema de áreas verdes em ambientes urbanos é tratado, introduzindo o conceito da Infraestrutura Verde e Jardim de Chuva. O primeiro projeto localiza-se nos Distritos do Brás e da Móoca, e baseia-se em um sistema de infraestrutura verde de arborização. Neste trabalho será analisada a rotatória da Rua Palmorino Mônaco e a arborização arborização da calçada da Rua da Figueira, Figueira, está última, no entanto, não realizada. O segundo projeto a ser analisado consisteem um jardim de chuva, implantado nas calçadas externas do futuro parque Horto do Ipê (a ser inaugurado em 2013), localizado na subprefeitura de Campo Limpo.
Figura 1
Compreendemos o conceito de Infraestrutura Verde como, segundo Pellegrino, “caracterizada por sistemas de espaços abertos capazes de aliar a manutenção e/ou recuperação de fragmentos de vegetação com os demais usos urbanos e rurais.” Toma partido de uma abordagem integrada da paisagem, uma vez que se trata de proteger os valores e funções dos ecossistemas , baseando-se na melhoria da qualidade de vida das pessoas. 2 A premissa mais importante da infraestrutura verde para o município de São Paulo é o entendimento da conservação dos recursos naturais como “algo conectado às pessoas, ao 2
(PELLEGRINO
et al., 2006, apud SOUZA, 2009)
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desenvolvimento urbano e aos planos de infraestrutura urbana” 3, ou seja, entende-se que a infraestrutura verde como mais um tipo de infraestrutura urbana assim como são o sistema de abastecimento de água ou o sistema de energia elétrica. Desse modo, jardim de chuva, canteiro pluvial, biovaleta, lagoa pluvial, teto verde, verde, cisterna, são exemplos deste tipo. Outras iniciativas da SVMA/DEPAVE como Parques Lineares, Calçadas Verdes e Corredores Verdes fazem parte do conceito de Infraestrutura Verde, trazendo como “serviços” a permeabilização do solo, a manutenção da limpeza do ar e da água, a recuperação de fauna e flora, além da recuperação da paisagem urbana enquanto espaço público. Neste trabalho, focamos nos dispositivos de microdrenagem urbana que são um segmento do sistema de infraestrutura verde. No caso mais específico dos jardins de chuva, estes são, tecnicamente, espaços projetados para gerir as águas pluviais, desafogando o sistema de drenagem pluvial urbano. Podem ser áreas para permeabilização/infiltração, para reduzir a velocidade de escoamento e/ou servir como reservatórios. O jardim de chuva é um elemento interessante de infraestrutura verde, pois concilia a drenagem pluvial com o paisagismo e com equipamentos urbanos que trazem benefícios ao ambiente e ao bem estar da população. p opulação. A Infraestrutura Verde é um elemento vital para as cidades, contribuindo para revitalizações, tanto ecológicas, como sociais e econômicas.Numa cidade tão adensada como São Paulo, caracterizada pela desigualdade de distribuição de áreas verdes pela cidade e a baixa proporção de área verde por habitante, até mesmo os pequenos espaços livres – que são os que restam majoritariamente - devem ser aproveitados, como canteiros centrais, rotatórias, pa rks por exemplo). Neste contexto justifica-se a criação destas pequenos lotes (para pocket parks
infraestruturas verdes como os jardins de chuva em calçadas e canteiros centrais eao longo do sistema viário, de forma a ser uma alternativa para o escoamento das águas de chuva, além de sua função paisagística, organização e segurança do tráfego e eventualmente voltada para atividades de lazer. As Infraestrutura Verde dos Jardins de Chuva são, então, uma alternativa técnica que busca aproveitar de uma melhor forma o espaço livre, contribuindo para a permeabilização do solo e alimentação do lençol freático, implementação das áreas verdes e conseqüentemente conseqüentemente melhoria mel horia da qualidade de vida urbana – qualidade do ar e controle da temperatura – e também para a conservação/expansão conservação/expansão da d a biodiversidade.
3
(BENEDICT
EMcMAHON, 2006,apud SOUZA, 2009)
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IV- Diagnóstico da Unidade:
A cidade de São Paulo é carente de áreas verdes 4 capazes de mitigar os impactos ambientais da urbanização tais como: impermeabilização impermeabilização do solo, baixa qualidade do ar, umidade u midade relativa do ar baixa e o efeito estufa. Constata-se que o clima de certas regiões mais periféricas de São Paulo apresentam temperaturas que marcam diferenças de até 10°C a menos em relação ao centro da cidade. cidade. Os Distritos centrais do Cambuci, Mooca, Sé, Belém, Pari, Bom Retiro, Santa Cecília e do Brás, entre outros, apresentam a maior concentração de altas temperaturas, sendo regiões denominadas de “Ilhas de Calor”. Essas concentrações de calor são decorrentes do volume e área construída com materiais que absorvem a temperatura e geralmente impermeabilizam o solo, além de vegetação escassa 5. Essa impermeabilização colabora pelo agravamento das cheias, sobrecarregando o sistema de drenagem urbano. É nesse cenário que a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo busca mitigar os efeitos das Ilhas de Calor, das grandes áreas impermeabilizadas e da baixa porcentagem de cobertura arbórea.6 A implantação dos projetos descritos neste estudo se deu por meio de TCAs – Termo de Compromisso Compromisso Ambiental7. O TCA consiste no instrumento de gestão ambiental firmado entre a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e o interessado, em decorrência de autorização prévia de manejo de vegetação arbórea.
Estudo de caso 1: Arborização do bairro do Brás e da Mooca Moo ca
A Infraestrutura Verde implantada no bairro do Brás é um exemplo de transformação de espaço público impermeável em uma área permeável para a cidade. Mesmo sendo uma área 4
Vide mapa de Cobertura Vegetal em anexo
5
“Oke (1973 apud LOMBARDO, 1985) estima que um índice de cobertura vegetal na faixa de 30% seja o recomendável para proporcionar um adequado balanço térmico em áreas urbanas,sendo que áreas com índice de arborização inferior a 5% determinam características semelhantes às de um deserto”. (INDICADORES..., (INDICADORES. .., 2008, p.84) 6 Vide mapa de Temperatura aparente da superfície do Município de São Paulo 7
Para maiores informações vide Anexo
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muito pequena, dada a carência de áreas verdes permeáveis na cidade, sua implantação deve ser levada a cabo em outras o utras áreas como esta. A rotatória a ser estudada localiza-se na Rua Palmorino Mônaco, logo abaixo do Viaduto Professor Alberto de Mesquita de Camargo. É uma área industrial, pouco movimentada e que tinha um histórico de descarte de resíduos sólidos. Sua transformação em área verde, aliado à implantação de um ecoponto8 ao lado, em 2011, e de árvores pela subprefeitura, proporcionou proporcionou uma nova paisagem.
Figura 2
Sua implantação foi baseada em um estudo aprofundado do bairro do Brás num todo 9, apontado locais passíveis de intervenções e renovações através da implantação de infraestruturas verdes, levando em conta que a região é uma ilha de calor, como é possível observar no mapa a seguir.
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Ecopontos são locais de entrega voluntária de pequenos volumes de entulho (até 1 m³), grandes objetos (móveis, poda de árvores etc.) e resíduos recicláveis. Disponível em: . .php?p=4626>. Acesso em: 06 agosto 2012. Vide mapas no Anexo
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Figura 3
Além disso, o Brás é um dos d os bairros com menor quantidade de árvores plantadas da cidade de São Paulo e uma das áreas mais impermeabilizadas também. O local do projeto executado era uma superfície impermeabilizada de concreto moldado in-loco, que, exposta ao sol, contribuía para o aumento da temperatura do microclima prejudicando o conforto térmico além de sobrecarregar o sistema de drenagem pluvial do viário. Localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Tamanduateí, Cassandoca, o distrito apresenta mais de 50% de área de impermeabilização, de acordo com o Atlas Ambiental. Ações, mesmo que pontuais como neste caso, de permeabilização e armazenamento de águas pluviais contribuem para a minimização de cheias locais e à jusante. Neste contexto a proposta é justificada na medida em que propicia uma infraestrutura verde que promove um sistema de drenagem capaz de absorver águas pluviais, aumentando assim a umidade do ar e reduzindo a temperatura superficial, superficial, revertendo a situação atual da região. Assim, a implementação de iniciativas que contribuam para a arborização e permeabilização da área era e é urgente. O conceito do Jardim de Chuva para este projeto foi diverso do apresentado na calçada do Parque Horto do Ipê, apesar de ter sido uma de suas referências. Como dito, para toda esta região do Brás foi feito um estudo das calçadas passíveis de receberem mudas e de áreas de estacionamento em ruas, em que se poderiam implantar jardins de chuva. A proposta10 que não foi realizada na região consistia então na criação de valas (biovaletas) permeáveis, juntamente com as vagas de estacionamento de 45º da rua e com a calçada de pedestres, ao longo da Rua da Figueira. Essas biovaletas, que funcionam praticamente como um jardim de chuva, contribuiriam para a absorção da água pluvial por meio de seus drenos, d renos, processo processo importante numa área caracterizada por enchentes freqüentes, e com a vegetação arbórea proposta para as valas, contribuiria com a evapotranspiração. evapotranspiração. A iniciativa era, portanto, de se trabalhar com uma área muito maior do que somente o executado, como podemos observar no mapa a seguir. Porém, o projeto em sua concepção 10
Vide imagens em anexo
9
inicial não pode ser executado por vários impedimentos, entre eles a falta de verba e a impossibilidade de intervenção no sistema sistema viário.
Figura 4
Estudo de caso 2: Parque Horto do Ipê
O projeto do Horto do Ipê teve uma iniciativa de caráter experimental. Em nenhum outro parque municipal foi adaptado este sistema de jardins de chuva e pela primeira vez houve a preocupação acerca do impacto que a impermeabilização d as obras dos parques poderia gerar.
Figura 5
10
O futuro parque localiza-se no Distrito do Campo Limpo, zona Sul de São Paulo, contido na bacia do Pirajussara e que apresenta 70,45% de impermeabilização, de acordo com o Atlas Ambiental. Em uma região com tão pouca vegetação, um projeto que vise medidas compensatórias de microdrenagem urbana para quaisquer intervenção de impermeabilização é necessário. A diferença entre o projeto de arborização do bairro do Brás e o do Horto do Ipê é que o seu enfoque foi direcionado para questões gerais de macrodrenagem e microdrenagem. Por ser uma construção nova, houve a conscientização acerca dos impactos que esta poderia gerar para o sistema de macrodrenagem da cidade. Assim, com dispositivos de que auxiliam na mitigação dos afluxos de água em dias de chuva, o Horto partiu da premissa de trazer uma compensação hídrica ambiental para a cidade. O Parque Horto do Ipê foi dividido em duas etapas de execução, a primeira de cercamento e calçamento do parque e a segunda da implementação dos equipamentos, como espaços de lazer e administração. O desejo maior era de realizar a contabilização das áreas impermeáveis totais para poder então fazer o cálculo de compensação hídrica com os jardins de chuva. No entanto, devido a esta divisão por etapas, foi feita a compensação para as obras do calçamento somente. Apesar de não poder compensar a totalidade do parque, é um projeto bastante importante como experimentação técnica, um estudo empírico sobre a escolha de materiais, as espécies vegetais e a relação com a comunidade que ali convive.
V - Fundamentação teórica:
V.I – Conceituação
A infraestrutura verde consiste em redes multifuncionais de fragmentos permeáveis e vegetados, preferencialmente arborizados, interconectados que reestruturam o mosaico da paisagem - que depende não somente de aspectos geobiofísicos, como também do uso e ocupação do solo ao longo do tempo. Visa manter ou restabelecer os processos naturais e
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culturais que asseguram a qualidade de vida urbana. É um conceito emergente baseado nos princípios da ecologia da paisagem de estrutura, função e mudança. 11 As árvores e a vegetação, essenciais neste sistema, têm funções ecológicas insubstituíveis, como: contribuir significativamente para prevenir erosão e assoreamento de corpos d’água; promover a infiltração das águas das chuvas, reduzindo o impacto das gotas que compactam o solo; capturar gases de efeito estufa; ser habitat para diversas espécies promovendo a biodiversidade, mitigar efeitos de ilhas de calor, para citar algumas. 12 Já o jardim de chuva, ou tecnicamente chamado de Bacia de infiltração, é u m dos dispositivos que fazem parte deste sistema, direcionado mais especificamente para medidas compensatórias de microdrenagem. Consiste em uma depressão topográfica que recebe água pluvial, na qual o solo age como uma esponja ao sugar a água, que é infiltrada por meio de uma trincheira cavada, de até um metro de profundidade, preenchido preenchido com areia e brita. O uso de plantas contribui para a remoção de poluentes, além de aumentarem a evapotranspiração, e se adicionado composto ou adubo, o jardim apresenta melhor desempenho, pois microorganismos e bactérias auxiliam na remoção de poluentes da água também. Como benefícios ambientais, pensa-se principalmente no efeito mitigador das enchentes, desviando a água das sarjetas e redirecionando para os jardins, agindo como um equipamento que auxilia num panorama de drenagem maior, em escala urbana. Além disso há o tratamento de impurezas pelas bactérias antes da infiltração da água no solo e o controle de erosão – pois as camadas do jardim diminuem a velocidade da água. As condições geotécnicas irão determinar se a água poderá ser infiltrada ou transbordada durante o pico do fluxo. Mesmo se o jardim/piscina estiver saturado, o mecanismo ao menos limpa a água – a maioria dos poluentes se concentra no período inicial da chuva, devolvendoa com menos lixo e impurezas às sarjetas. Entretanto deve-se atentar para o correto dimensionamento do jardim de forma a não permitir que ainda haja água parada em sua superfície algumas horas depois da chuva.13
11
(FORMAN,
12 13
1995; BENEDICT e McMAHON, 2006; AHERN, 2007 apud HERZOG; ROSA, 2010)
(HERZOG; ROSA, 2010)
Disponível em: . Acesso em: 24 julho 2012.
12
V.II - Referências projetuais
V.II.i - Portland
Em regiões do Noroeste Pacífico (Estados de Washington e Oregon nos Estados Unidos e a Província da Colúmbia Britânica no Canadá) há iniciativas na criação de paisagens urbanas que mimetizam as funções ecológicas e hidrológicas dos ambientes naturais, desempenhando funções infraestruturais relacionadas ao manejo das águas urbanas, conforto ambiental, biodiversidade, alternativas de circulação, acessibilidade e imagem local. Por exemplo, em Portland 14, jardins de chuva foram implantados em ruas junto ao meio-fio. Assim, além de receber os poluentes escoados da rua, os jardins também ajudam a diminuir a velocidade dos veículos, tornando o ambiente mais seguro e atraente para o pedestre. Os jardins são identificados identificados por placas interpretativas interpretativas e são mantidos pelos moradores moradores da região. região. Outro exemplo é o jardim de chuva da biblioteca do Maple Valley, que recebe água pluvial proveniente da cobertura. A forma em U do edifício configura uma bacia central, que recebe r ecebe a água. Neste caso não há o problema da poluição das águas, portanto a função deste jardim é apenas de infiltração. Uma variação do jardim de chuva é o canteiro pluvial, um jardim mais compactado, adaptado para pequenos espaços urbanos e a ambientes densamente construídos. Neste caso nem sempre tem a função de infiltração, garantindo apenas a evaporação, evapotranspiração e transbordamento.15
V.II.ii - Plano Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre
Uma das principais referências para o projeto (do Parque Horto do Ipê) é o Plano Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre 16. O plano é um dos pioneiros no Brasil na área e dispõe 14
Vide imagens em anexo
15
(CORMIER, PELLEGRINO, 2008)
16
Prefeitura Municipal de Porto Alegre (2005) ( 2005)
13
de medidas em diversas escalas com o objetivo principal de controlar o aumento da vazão das águas pluviais, por conta da urbanização, e conseq co nsequente uente impermeabilização do solo. Segundo este plano, o empreendedor que promover uma obra no município de Porto Alegre deverá compensar a área que está impermeabilizando, utilizando dispositivos que retardam o escoamento das águas pluviais a jusante. Essas medidas de controle podem ser d e aumento da infiltração
(através de superfícies permeáveis) ou de armazenamento (através de algum
reservatório para lento escoamento posterior). A Bacia de Percolação ou Trincheira de Infiltração -
nomes técnicos para o Jardim de Chuva - é um destes dispositivos e, portanto,
uma medida compensatória de impermeabilização. Entre estes dispositivos estão: planos e valos de infiltração, pavimentos permeáveis, reservatórios para armazenamento de águas pluviais. Na legislação de São Paulo, há apenas a obrigatoriedade de um reservatório capaz de captar a água da chuva, armazenar por algumas horas e escoar lentamente na rede de drenagem urbana. Não existe nenhuma outra possibilidade de medida compensatória por conta da impermeabilização do solo, além de destin d estinar-se ar-se apenas aos empreendimentos de grande porte. Ou seja, não há um plano, apenas intervenções pontuais na cidade, sem a garantia de efeitos estruturais.17
V.III Legislação
O Plano Diretor Estratégico (2002)18, na Subseção IV, contempla os objetivos, diretrizes e estratégias para um Sistema de Drenagem Urbana. Tal Sistema visa equacionar a drenagem e absorção de águas pluviais através da combinação de elementos naturais e construídos, além de interromper o processo proc esso de impermeabilização impermeabilização do solo. Outro ponto importante é a conscientização da população acerca da importância do escoamento das águas pluviais. Para tanto se torna necessária a preservação de vegetação existente em cabeceiras e várzeas; implantação de medidas não-estruturais de prevenção de inundações, como controle de 17
Disponível Disponível em. Acesso em 06 agosto 2012.
18
Lei nº 13.430 de 13 de setembro de 2002. Plano Diretor Estratégico de São Paulo.
14
erosão, combate ao desmatamento e ao loteamento irregular nas áreas com interesse para drenagem. Além disso, destaca-se a importância da manutenção de áreas verdes, além da criação de faixas verdes que propiciem uma conexão entre praças, parques e espaços ajardinados e arborizados e a recuperação de áreas verdes degradadas de importância ambiental e paisagística. p aisagística. Conforme
a
Portaria
035/SVMA/2003,
nas
áreas
destinadas
à
circulação
“deverá ser previsto sistema adequado de drenagem de modo a não haver empoçamento ou erosão em áreas de maior declividade e em áreas onde houver piso permeável.” 19 Leis Municipais Mu nicipais::20 - 11.509/94 11.509/94–“Determina –“Determina o uso de pisos drenantes em passeios públicos, estacionamentos descobertos, ruas de pouco movimento de veículos e vias de circulação de pedestres em áreas de lazer, praças e parques, p arques, e dá outras providências.” - 13.293/02 13.293/02–“Dispõe –“Dispõe sobre a criação de “calçadas verdes” no Município de São Paulo, e dá outras providências.” - 13.614/03 13.614/03–“Estabelece –“Estabelece diretrizes para a utilização das vias públicas municipais, inclusive subsolo e espaço aéreo, e das obras de arte de domínio municipal, para a implantação e instalação de equipamentos de infraestrutura urbana destinados a prestação de serviços públicos e privados; delega competência ao departamento de Controle de Uso de Vias Públicas da SIURB para outorgar a permissão de uso; disciplina a execução das obras decorrentes, e dá outras ou tras providências.” providências.” 21 - 13.646/03 13.646/03–“Dispõe –“Dispõe sobre a legislação de arborização nos logradouros públicos do Município de São Paulo.”
VI – Metodologia e Elaboração do Projeto:
19
SVMA. DEPAVE. Portaria nº35, Ano 2003
20
Legislação: lei do Programa de Recuperação Recuperação das Calçadas. Disponível em p?p=36957> 21
Disponível .pdf>
em
15
Enquanto que a elaboração do projeto do jardim de chuva do Parque Horto do Ipê teve como base as diretrizes do Plano Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre, o projeto do Brás teve um caráter mais empírico.
Estudo de caso 1: Arborização do bairro do Brás e da Mooca
No caso da arborização do Brás, o projeto foi elaborado de acordo com as condições físicas analisadas empiricamente, através de levantamentos e vistorias, além da análise de mapas, como foi apresentado anteriormente. A arborização se constatava necessária e o fato de se implantar dispositivos de drenagem de jardins de chuva em seu projeto, como as trincheiras de brita, auxilia na melhor drenagem do terreno, além da contribuição que um jardim comum poderia oferecer. oferecer .
Figura 6
Para a realização do projeto foi necessária inicialmente a demolição mecanizada do concreto, do alambrado e remoção do entulho. Foram removidos 0,50 metros do solo exposto e posteriormente foi feito o aterro de terra livre de entulho com compactação na altura de 0,40
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metros e 0,20 metros de terra preparada para plantio. O aterro foi implantado implantado com declividade d eclividade de 2% em direção contrária ao viaduto. Toda a borda do canteiro foi preenchida com brita envolta em manta geotextil, implantadas em profundidade de 0,80 m e largura de 0,50 m. Dentro desta trincheira de brita quatro drenos de profundidade de 0,70 m, perfurados com trato de 30 cm e preenchidos com brita nº 3 garantem a drenagem da área de 251 m². Foram escolhidas cinco espécies arbóreas nativas de modo a garantir maior biodiversidade e que geram flores e frutos durante o ano a no todo: •
Jequitibá rosa: Conhecida como patriarca da floresta pode chegar a 50 metros de altura. Tolera ambientes abertos e é indicada para plantio misto.Flores de dezembro a fevereiro e frutos de agosto à setembro.
•
Mutambo: Sua copa produz ótima sombra e tem crescimento rápido, seus frutos são altamente apreciados pela fauna. Flores entre setembro e novembro e frutos em agosto e setembro.
•
Mulumgu: Composta de flores de coloração vermelho vivo, aceita solo úmido. Flores em junho e frutos de outubro à novembro, atrativos para os beija-flores.
•
Jerivá: Chega à 15 metros de altura, espécie muito empregada em paisagismo urbano por florescer o ano todo e ser atrativo para várias espécies de pássaros.
•
Guariroba: Alcançam de 10 à 20 metros de altura e são adaptáveis a plantio misto. Espécie muito usada na arborização urbana, tem floração prolongada da primavera ao fim do outono e os frutos maturam de outubro à fevereiro.
Figura 7
17
Estudo de caso 2: Parque Horto do Ipê
No caso do Horto do Ipê, o projeto foi definido a partir de duas premissas: localização entre bocas de lobo e posicionamento em relação à linha do lençol freático. Desse modo, para se dimensionar os reservatórios, procurou-se posicionar entre duas bocas de lobo, pois isto garante a necessidade e eficácia dos jardins neste local e através de levantamentos topográficos, delimitou-se a profundidade máxima que as trincheiras deveriam ter. A avaliação do local para implantação do dispositivo de drenagem utiliza o mesmo método contido no Plano Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre, desenvolvido pela SwedishAssociation for WaterandSewer Works (1983), e apresentado por Urbonas e Stahere (1993)22. A cada característica do local é associada uma pontuação, referentes a diversos critérios como razão entre área impermeável contribuinte (AIMP) e área de infiltração (AINF)23, natureza da camada de solo superficial, declividade (S) da superfície de infiltração, cobertura vegetal, grau de tráfego na superfície de infiltração. 24 Para o cálculo de dimensionamento, foram definidos o Índice pluviométrico em São Paulo (NBR 10844/1989) de I = 191 mm/h e a Área média de um jardim de chuva (trincheira de infiltração) que é Ainf = 9 m². No cálculo final, obteve-se uma compensação hídrica de mais que o dobro que o calçamento do parque estaria impermeabilizando, tornando assim um projeto que beneficia mais quantitativamente. qu antitativamente. Neste caso o jardim é dividido em três partes, separadas por vertedores. A primeira é composta por pedra, de modo a diminuir a velocidade da água, que pode causar erosão e destruir o plantio caso houvesse. A segunda e terceira área possuem, além de pedras, também terra para plantio e algumas espécies de forração. Nas três áreas há furos preenchidos com brita, que garantem a infiltração da água no solo para que chegue até o lençol freático.25
SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE. Departamento de Parques e Áreas Verdes. Relatório. Anexo 5 - Termo de Referência do Horto do Ipê. São Paulo, 2011
22
23
Área de infiltração deve ser no mínimo metade em relação a área impermeável, e o ideal é de duas vezes a área de captação.
24
(MANUAL..., 2005, p.33)
SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE. Departamento de Parques e Áreas Verdes. Relatório. Horto do Ipê. São Paulo, 2011
25
18
Figura 8
Figura 9
Para a execução do projeto a abertura da trincheira pode ser feita manual ou mecanicamente, mecanicamente, e se preciso, deve-se fazer uso de escoramento. Não é necessário o apiloamento do fundo uma vez que a trincheira tem função drenante.O revestimento lateral e as paredes intermediárias
19
devem ser de concreto ou alvenaria argamassada e na parte superior limitante com a sarjeta deve ser inserida guias de concreto. Deve-se colocar uma manta geotêxtil sobre a camada de pedrisco de modo a prevenir penetração de material do solo local. É importante que as camadas de brita e cascalho estejam limpas de material orgânico de modo a não prejudicar a permeabilidade do sistema. 26
Figura 10
As espécies vegetais utilizadas nos Jardins de Chuvade modo a melhor contribuir com as funções drenantes do jardim de chuva foram: •
Grama esmeralda - Zoysia japônica japônica
•
Amendoim rasteiro - Arachis A rachisrepens repens
•
Santa luzia - Commelinaerecta
•
Capim chorão - Eragrostiscurvula Eragrostiscurvula
•
Estrela de fogo - Croscomiacroscosmiflora
São espécies que foram escolhidas especificamente para se adaptarem em locais alagáveis, e servirem como educação ambiental também.
VII - Cronograma:
SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE. Departamento de Parques e Áreas Verdes. Relatório. Anexo 5 - Implantação de Dispositivos de Drenagem do Parque Horto do Ipê. São Paulo, 2011. 26
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Estudo de caso 1: Arborização do bairro do Brás e da Mooca Moo ca
A execução do projeto foi iniciada no dia 25/04/2012, sendo realizada no prazo de 60 dias,divididos em: Autorização para início das obras: dia 1 Mobilização: dias 2 a 6 Demolição do piso e alambrado: dias 8 a 13 Retirada de guias e sarjetas: dias 12 a 18 Remoção de entulho/solo: dias 17 a 20 Locação da obra: dias 22 a 23 Execução de aterro: dias 24 a 26 Execução de dreno: dias 26 a 33 Recolocação e implantação de guias e sarjetas: dias 32 a 38 Execução de passeio (pisos): dias 38 a 47 Plantio e preparo do solo: dias 46 a 55 Fechamento com gradil: dias 43 a 55 Limpeza final da obra: dias 57 a 60 Finalização para entrega dos serviços: 60
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Figuras 11, 12 e 13
Estudo de caso 2: Parque Horto do Ipê
A implantação do jardim de d e chuva, finalizado no fim de 2012, foi realizado num período de 3 meses, divididos em: Serviços preliminares: 1º e 2º meses Pisos: 3º mês Serviços complementares: 1º, 2º e 3º meses Paisagismo (EDIF e DEPAVE): 3º mês Serviços extras: 1º, 2º e 3º meses27 O prazo de execução mais longo que o do Brás deve-se ao calçamento de todo o perímetro do parque, não só a implantação do jardim de d e chuva.
SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE. Departamento de Parques e Áreas Verdes. Relatório. Cronograma Físico-Financeiro. Parque Horto do Ipê. Jardins de Chuva e Passeios. São Paulo, 2011
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Figuras 14, 15,16 e 17
VIII - Resultados apresentados/pretendidos:
Os dois projetos foram finalizados recentemente, portanto uma avaliação de seu desempenho ainda não pode ser completa, já que por serem infraestruturas verdes que recebem influência do clima e do regime de chuvas, não estiveram expostos ainda aos máximos e mínimos de temperatura e precipitação. Em relação à execução, ambos os casos foram de acordo com o especificado nos projetos. No caso do Horto do Ipê, havia a preocupação a respeito das espécies que foram escolhidas, se elas se adaptariam a uma quantidade excessiva de água, e o dimensionamento dos vertedores, se eram suficientes para aguentarem chuvas excepcionais de grande volume. Pelo que se pode constatar em vistorias em dias de chuva, os compartimentos foram muito bem dimensiona d imensionados. dos. A água já era bem infiltrada no primeiro vertedor que contém a brita, não havendo excesso de água no jardim. No caso do Brás, ainda não se teve a oportunidade de visita-lo em dias de chuva, no entanto pode-se concluir que como um meio de permeabilização perm eabilização já possui sua eficácia. Como são projetos recentes, tivemos pouco tempo para apreender a resposta da população. No entanto com o pouco que pudemos ver, há necessidade de uma educação ambiental e instrução da população acerca da infra-estrutura que está sendo implantada. Ambos os jardins estavam com acúmulo de lixo e se percebia o descaso por parte da população. No entanto, assim como para a secretaria ainda é um assunto novo e pouco explorado, seria interessante, como educação ambiental, a implementação de placas explicativas para que todos possam
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tomar conhecimento da infraestrutura. As placas já estão previstas para a segunda etapa do Horto do Ipê, junto com o projeto de comunicação visual, e no Brás pretende-se também criar. Após visita ao jardim do Brás, notou-se o interesse da população (em especial dos trabalhadores do ecoponto à sua frente) em utilizar a nova área verde para o lazer e descanso, como uma praça. Entretanto, por ser um local gradeado, permanece fechado atualmente impedindo o seu desfrute. Um projeto paisagístico para uma pequena praça para o local tornase então viável, pois contemplaria não só a função ambiental da nova área permeável do bairro, mas também a função social e de descanso que um espaço público verde proporciona para a população urbana.
IX- Conclusão:
Após as análises de dois projetos de Infraestrutura Verde apresentados neste trabalho nota-se a importância de áreas verdes e elementos vegetais em meio urbano tendo em vista a qualidade de vida e ecológica das cidades principalmente devido à sua relação com manejo de águas pluviais e/ou tratamento de água. No entanto, compreende-se que os dois processos partiram de premissas diferentes. O projeto do Brás foi uma intervenção em uma área já consolidada da cidade de São Paulo, com carência de vegetação e bastante impermeabilizada. As medidas tomadas foram no sentido de trazer uma qualidade ecológica, retirando parte da superfície construída e substituindo por vegetação. Já o Horto do Ipê teve uma preocupação e conscientização dos impactos que as novas obras poderiam causar para o sistema hidrológico da região. Antes de construir, já foi pensada uma medida compensatória em relação à área que viria a impermeabilizar. Como foi citado, o jardim de chuva não não supre a taxa total do parque, pois o projeto projeto ainda não estava completo, completo, no entanto se conscientizou conscientizou a compensar a área das obras obras do calçamento, que faziam faziam parte da primeira fase. Este jardim de chuva representa a busca de novas técnicas deste tipo de infraestrutura, iniciativa muito importante erepresenta também a necessidade de uma elaboração de um projeto de drenagem urbana que normatize as novas construções sobre as questões de impermeabilização, pois a legislação atual se vê deficitária de ficitária em relação a isso.
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À respeito da elaboração de projeto e execução, podemos perceber que a nomenclatura do jardim de chuva foi apreendido de formas distintas em ambos os casos. Por ser um u m assunto novo ainda é necessária a fixação de conceitos e a divulgação ampla para todos os técnicos das experiências já efetuadas. Ao acompanhar os dois processos notam-se pontos relacionados à falta de comunicação entre departamentos e secretarias municipais. A não execução do projeto de calçamento da Rua da Figueira e de outras calçadas verdes na região do Brás se deu devido à falta de comunicação entre secretarias, de modo que projetos foram desenvolvidos simultaneamente em unidades diferentes, sendo realizado portanto outro e não o do DEPAVE. DE PAVE. A realização destes projetos se deu, como dito anteriormente, por TCAs. Neste sentido conclui-se a importância deste instrumento de compensação numa cidade que apresenta uma situação de grande impermeabilidade atualmente e que clama pelo aumento, e não supressão, de áreas verdes. A aliança de uma compensação ambiental com uma obra de infraestrutura urbana - o jardim de chuva neste caso – contempla assim não apenas sua função primordial, resultando numa interessante interessante alternativa para pa ra a melhoria da qualidade urbana. Para uma conscientização mais ampla para a sociedade, idealiza-se a criação de um plano de drenagem urbana para São Paulo para que estas medidas possam ser aliadas e se tornem um sistema completo de infraestrutura verde.
X - Custos:
Nos estudos de caso apresentados, observamos que a viabilidade econômica do jardim de chuva é prejudicada enquanto intervenções pontuais na cidade. Como se trata de um novo conceito de intervenção urbana, o projeto exigiu a utilização de materiais, mão-de-obra, cronograma de projeto e obra diferentes de uma obra de calçamento comum. Além disso, por serem projetos pilotos, a fase de projeto foi inteiramente feita pelos técnicos da SVMA, encarecendo o projeto, uma vez que a Divisão de Projetos e Obras tem equipe reduzida para a produção de projetos, que atende muito mais a contratação e fiscalização de projetos. Assim, a viabilidade econômica ocorreu, principalmente, pela existência de processos de TCAs para aquelas regiões.
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Para intervenções posteriores, é necessário aumentar a escala destas para aprimorar a relação custo-benefício: o funcionamento de uma obra de drenagem urbana depende de um sistema para que esteja em seu maior rendimento e eficiência. Usar o TCA para esse tipo de intervenção é uma ótima maneira de aliar compensação arbórea com uma obra para melhoria da drenagem urbana. Uma obra de drenagem urbana comum, como o reservatório de águas pluviais – o piscinão, não poderia utilizar recursos do FEMA 28 ou de um TCA, por não se tratar de uma obra ou serviço de compensação arbórea. Já nas obras e serviços de infraestrutura verde, como o jardim de chuva, existe a compensação arbórea, tem fácil manutenção (em relação a um piscinão), além de contribuir para a ampliação de áreas verdes em regiões em que a construção construção de um parque p arque é inviável. Verifica-se, portanto, a necessidade de um plano para a implementação da Infraestrutura Verde na cidade, proporcionando proporcionando maior escala de obra e viabilizando economicamente. Um dos grandes problemas encontrados em qualquer obra que tenha a premissa do respeito ao meio ambiente é a falta de opções de materiais construtivos, mão-de-obra especializada e a contratação de projetos ambientalmente adequados, ocorrendo muitas vezes em aumento dos custos de obra. A definição de um plano na escala da cidade ampliaria a atuação desse mercado voltado para o “verde” e conseqüentemente diminuiria os preços de materiais e serviços ecológicos. Trata-se de estruturar um plano, capaz de articular Unidades de Conservação, Parques Lineares, Calçadas Verdes, Compensações Ambientais e Infraestruturas Verdes como os Jardins de Chuva.
XI - Bibliografia:
ARAÚJO, Roselaine. Retenção de águas pluviais. Téchne, São Paulo, n. 95, fev. 2005. Disponível em: . Acesso em: 06 ago. 2012. 28
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0982008000100007&script=sci_arttex 0982008000100007&script=sci_arttext>. t>. Acesso em 24 jul. 2012. DEPOIMENTOS de técnicos da Divisão de Projetos e Obras – Departamento de Parques e Áreas Verdes – Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. FRAZÃO, Daniel Mendes de Moraes. Qualidade Ambiental no Meio Urbano: ilhas de
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do Parque Horto do Ipê . São Paulo, 2011. SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE. Departamento de Parques e Áreas Verdes. Relatório. Cronograma Físico-Financeiro. Parque Horto do Ipê . Jardins de Chuva e Passeios. São Paulo, 2011 SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE. Departamento de Parques e Áreas Verdes. Relatório de Implantação de Jardim de Chuva – Infraestrutura
Verde da Mooca . São Paulo, 2011
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SEPE, Patrícia M. & GOMES, Sandra. Indicadores ambientais e gestão urbana: desafios
para a construção da sustentabilidade na cidade de São Paulo . São Paulo: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente: Centro de Estudos da Metrópole, 2008. SOUZA, Fabíola Fernandes de. Uma infraestrutura verde para áreas em urbanização
junto a reservatórios: o caso de Itá (SC). 2009. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
XI.i - Índice de Figuras
Figura capa: Desenho técnico de projeto humanizado pelo grupo. Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 1: Mapa de São Paulo com localização dos projetos a serem analisados. analisados. Figura 2: Foto da rotatória antes da execução das obras. Fonte: Google earth Figura 3 : Mapa sobre a Temperatura Aparente da Superfície Fonte: Atlas Ambiental do Município de São Paulo – o Verde, o Território, o Ser Humano. São Paulo: SVMA, 2004
Figura 4: Mapa de localização do terreno de intervenção e análise do entorno do Brás. Fonte: DEPAVE 1 - SVMA
Figura 5: Vista geral de satélite com o estudo preliminar do Horto do Ipê. Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 6: Planta técnica do projeto da rotatória humanizada pelo grupo. Fonte: DEPAVE 1 SVMA
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Figura 7: Corte técnico do projeto da rotatória humanizado pelo grupo. Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 8: Planta técnica do projeto do Horto do Ipê humanizado pelo grupo. Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 9: Corte técnico do projeto do Horto do Ipê humanizado pelo grupo. Fonte: DEPAVE 1 - SVMA
Figura 10: Corte técnico do projeto do Horto do Ipê humanizado pelo grupo. Fonte: DEPAVE 1 - SVMA
Figura 11: Foto de vistoria do projeto da rotatória. Data: 21/05/2012 Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 12: Foto de vistoria do projeto da rotatória. Data: 15/06/2012 Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 13: Foto de vistoria do projeto da rotatória. Data: 26/07/2012 Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 14: Foto de vistoria do Parque Horto do Ipê Data: 01/11/2009 Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 15: Foto de vistoria do Parque Horto do Ipê Data: 05/02/2010 Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 16: Foto de vistoria do Parque Horto do Ipê Data: 11/10/2011 Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Figura 17: Foto de vistoria do Parque Horto do Ipê Data: 10/01/2012 Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
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XII - Anexos: Anexo I: mapa da Cobertura Vegetal
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Anexo II: Mapa de temperatura aparente da superfície do município de São Paulo
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Anexo III - TCA - Termo de Compromisso Ambiental
Formas de compensaç co mpensação: ão: As formas de conversão da medida compensatória poderão ser mediante: doação de mudas e protetores; projeto e/ou execução de arborização em área públicas e logradouro; recuperação de áreas degradadas para a implantação de áreas verdes, se possível na mesma bacia hidrográfica, inclusive com o projeto e execução da infra-estrutura necessária; limpeza de corpos hídricos; execução de tarefas ou serviços junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação; elaboração e execução de programas e de projetos de educação ambiental; doação de equipamentos, ferramentas e insumos para uso em projetos de recuperação ambiental da SVMA; aquisição e/ou implantação de área verde; outras medidas de interesse para proteção, ampliação, manejo e recuperação de áreas verdes. 29
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SVMA. Portaria nº044, Ano 2010
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Anexo IV – Mapa de análise da cobertura vegetal do bairro do Brás
Anexo V – Mapa de vias arborizadas do bairro do Brás
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Anexo VI: Planta e cortes esquemáticos do projeto de arborização da Rua da Figueira humanizada pelo grupo.
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Anexo VII: Imagens de referência de infraestrutura verde em Portland - EUA
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Índice de Anexos Anexo I – Mapa de cobertura vegetal Fonte: Atlas Ambiental do Município de São Paulo – o Verde, o Território, o Ser Humano. Hu mano. São Paulo: SVMA, 2004 Anexo II – Mapa de temperatura aparente da superfície do Município de São Paulo. Fonte: Atlas Ambiental do Município de São Paulo – o Verde, o Território, o Ser Humano. São Paulo: SVMA, 2004
Anexo III – Mapa de Termos de Compromisso Ambiental porDistrito - TCA´s entre 2004 e 2006 Fonte: http://pt.scribd.com/doc/21252 http://pt.scribd.com/doc/21252715/Indicadores-Ambien 715/Indicadores-Ambientais-e-Gestao-Urbana-2009 tais-e-Gestao-Urbana-2009
Anexo VI - Mapa de análise da cobertura vegetal do bairro do Brás e da Mooca. Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Anexo V – Mapas de vias arborizadas no bairro do Brás e da Mooca. Fonte: DEPAVE 1 – SVMA
Anexo VI - Planta e cortes esquemáticos do projeto de arborização da Rua da Figueira humanizada pelo grupo. Fonte: DEPAVE 1 - SVMA Corte técnico do projeto de arborização da Rua da Figueira humanizado pelo grupo. Fonte: DEPAVE 1 - SVMA
Anexo VII – Imagens de referências de infraestrutura verde de Portland Fonte: GREEN Nate NSC- ENEPEA.ppt: Apresentação de slides. São Paulo, 2006. Arquivo digital de DEPAVE 1 – SVMA