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Simbologia e Fundação de São Paulo Palestra Pública
Eduardo Nunes de Carvalho Telef 11 9257-2451 -
[email protected] São Paulo, 6 de março de 2012 - Eubiose – Eubiose – Santana Santana SP/SP São Paulo, 27 de março de 2012 20 12 - CARMEL by-the-Sea São Paulo, 25 de maio de 2012 – 2012 – Entrevista Entrevista Just TV, programa Ampla Visão de Ivanna Fabiani no link http://www http://www.youtube.com/watch?v=rHEON .youtube.com/watch?v=rHEON3nU8zM 3nU8zM Know how to do Brazilfacts! See at www.twitter.com/enunespact
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Uma cidade e várias fundações •
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Informal. Entre 1510 e 1515 por João Ramalho nos arredores da futura Santo André André da Borda do Campo. Segundo. Martim Afonso de Sousa no verão de 1532, provavelmente na colina de Tabatinguera. Terceira. Padre Leonardo Nunes com a iniciativa de estabelecer a capela de Santo André da Borda do Campo, provavelmente em junho de 1550. Oficial. A missa missa de fundação rezada pelos jesuítas em 25/1/1554 no Pátio do Colégio, dia da conversão de São Paulo, o apóstolo dos gentios. Este evento foi antecedido pela conversão de 50 catecúmenos em 29/8/1553, data da degola de São João Batista. Transferência dos moradores de Santo André para Última. Transferência Piratininga e assim, cria massa de atividades e pessoas para se 2
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IHS - Companhia de Jesus A Ordem dos jesuítas foi fundada em 15/8/1534 no dia de Assunção de Nossa Senhora por Santo Inácio de Loyola (1491-1556), e se tornou nos séculos seguintes, um fenômeno religioso notável na propagação da fé da Igreja católica no mundo colonial luso-espanhol, como ainda de ativismo antiprotestante nos países europeus. Seu tradicionalismo e consequente resistência às políticas inovadoras, custou-lhe a supressão da ordem em diferentes países e respectivas colônias. Em Portugal, por exemplo, o Marquês de Pombal, os expulsou em 1759 para poder introduzir suas reformas. O papa Clemente XIV suprimiu a Ordem em 1773. No Congresso de Viena de 1814, a Ordem foi reativada, mas sem o prestígio de antes. Chegaram ao Brasil em 1549, desembarcando na capital de São Salvador. Fundavam o primeiro colégio na Bahia, o Colégio dos Meninos de Jesus e no mesmo ano fundaram um outro em São Vicente com o Padre L. Nunes. Pe. Manuel da Nóbrega criou notável missão no planalto de Piratininga, e esta penetração para o interior desviou as atenções iniciais que eram para a costa sul. Nesta iniciativa estava o mais famoso jesuíta no Brasil, o padre espanhol José de Anchieta (1534-1597), conhecido como o Apóstolo do Brasil.
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Padre Leonardo Nunes, o Abarébebê Mais conhecido como “Abarébebê" (padre voador), nome dado pelos índios, justificado por uma capacidade incomum de estar em lugares diferentes, não importando a distância, em curto tempo. No fim de 1549 ou início de 1550, chegou a São Vicente onde foi o primeiro missionário. Trouxe para cá as primeiras noções da religião cristã e, com auxílio dos portugueses, edificou igreja e seminário. Padre Leonardo Nunes sempre deu mais valor aos bens espirituais do que ao conforto ou bens materiais. Gostava de cantar e tinha boa voz; usava este instrumento para atrair mais perto a sensibilidade indígena. Aconselhou João Ramalho a fundar Santo André da Borda do Campo, antecedendo Nóbrega no conhecimento dos Campos de Piratininga. Alguns historiadores atribuem a Leonardo Nunes a primeira idéia de fundar São Paulo. Por ordem de Nóbrega, foi à Bahia, trazendo Anchieta e outros irmãos para São Vicente, chegando aqui em dezembro de 1553. 4
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Padre Manoel de Nóbrega No inverno de 1.540 percorreu o Caminho de Santiago. Em 1.542 chega a Coimbra o padre Simão Rodrigues, um dos fundadores, juntamente com Inácio de Loyola, da Companhia de Jesus e Nóbrega vai procurá-lo, ingressando então na Ordem, como noviço, em 1.544. Em 1.549 juntou-se à expedição de Tomé de Souza e passou a dirigir a primeira missão jesuítica no Novo Mundo, no lugar de Simão Rodrigues que não pôde ir para disciplinar o clero e os colonos. Visualizou a chegada a Guairá (no atual Paraná), formada por carijós (na verdade guaranis) por meio dos peabirus de SP. Ele se antecipava, assim, em 150 anos aos 30 povos das missões dos jesuítas espanhóis. Visualizou a pacificação dos paiaguás, guardiões das terras do rei branco (o Inca) e de sua montanha de prata, em Potosi. Fundada a cidade do Rio de Janeiro, Nóbrega foi eleito superior do colégio jesuíta ali estabelecido, com autoridade sobre o território que se estendia a Santos, São Vicente, Piratininga e Espírito Santo. Nóbrega tinha a função de estadista; era o diplomata, o estrategista, o político.
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Padre José de Anchieta 1534: Nasce José de Anchieta no Arquipélago das Canárias. 1547: Vai estudar em Coimbra. 1553: Embarca em Lisboa rumo ao Brasil; dois meses depois desce em Salvador da Bahia. 1554: Com o Padre Manuel da Nóbrega reza missa de louvor à fundação do Colégio do São Paulo de Piratininga. 1562: Na areia da praia de Iperoig escreve o Poema à Virgem, mais de 4 mil versos. - A Confederação dos Tamoios tenta destruir São Paulo de Piratininga. 1565: Durante a luta contra franceses e Tamoios na baía da Guanabara, Estácio de Sá falece nos braços de Anchieta. 1569: No Espírito Santo, Anchieta pousa na povoação Reritiba. 1570/1573: Dirige o Colégio do Rio de Janeiro. 1577/1587: É o Provincial da Companhia de Jesus no Brasil. 1593/1595: Dirige o Colégio dos Jesuítas em Vitória do Espírito Santo. 1597: Morre em Reritiba.
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Personagens importantes na época Cacique Tibiriçá João Ramalho Bartira Martim Afonso de Sousa
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Aspectos geológicos de São Paulo
Abrange três conjuntos de setores diferentes: a Bacia Sedimentar de São Paulo, de idade terciária; o seu rebordo granito-xisto-gnaíssico, desfeito em um sistema de blocos e cunhas em degraus, por um sistema de falhamentos antigos reativado pré-cambriano e as coberturas aluviais e colúvios quaternários. Este arcabouço geológico condiciona a morfologia da região, refletindo na existência de um relevo colinoso, com planícies aluviais e terraços dos rios Tietê e Pinheiros e afluentes, onde encontra-se assentado seu núcleo urbano mais consolidado, circundado por formas de relevo mais salientes, sustentadas por corpos graníticos (Serra da Cantareira) e lentes de metassedimentos mais resistentes. Região foi um antigo lago, protegido por placa tectônica. Índios encontraram colinas com rios piscosos, visão estratégica, abundância de água e terra fértil. Abundância de areia foi útil na expansão urbana. Pico do Jaraguá é uma montanha “mágica” que com a Cantareira •
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Fundação 1554 Nóbrega definiu o local da construção do colégio com base na opinião de João Ramalho, na de Tibiriçá, na dos doze jesuítas que estavam com ele, na tradição da Itaecerá e na posição estratégica do planalto (onde ele já havia estado em agosto de 1553), unindo o sincretismo religioso aos interesses políticos e econômicos. Assim, em 25 de janeiro de 1554, na presença dos índios, mamelucos e brancos, foi rezada a primeira missa no colégio erguido em homenagem a São Paulo, e para o qual Nóbrega nomeou como mestre-escola ao noviço Anchieta.
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Por que os campos de Piratininga?
Porta de entrada do Paraná, Paraguai e Peru (acesso a riquezas via peabirus).
Centro de vida e de poder ecumênico de diferentes etnias (itaecerá)
Trópico de Capricórnio e a presença do Sol.
Sonho jesuíta de materializar a Terra no Céu na América. 10
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Peabiru – América interligada
Significado de caminho pisado ou antigo na língua indígena e também chamado de Sagrado Caminho de São Thomé, graças ao mito da construção ter sido orientação de Sumé (ou o apóstolo São Thomé). Antes da descoberta do Novo Mundo, havia uma trilha estreita e longa, intensamente usada pelos nativos, na guerra, na paz e na busca do paraíso. Atravessava, com incrível facilidade, matas, rios, serras e pântanos, num percurso de aproximadamente cinco mil quilômetros, dos quais, cerca de1.200 km dentro do Brasil, desde os litorais: paulista, paranaense e catarinense até as barrancas do Rio Paraná, Um dos troncos começa em São Vicente e Cananéia (SP); cruza os estados de São Paulo e Paraná e corta os territórios do Paraguai, Bolívia e Peru. Outro sai do litoral catarinense e, na altura dos Campos (PR), funde-se com o que vem da costa paulista e toma várias direções.
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Aspectos míticos na fundação I Batismo dos catecúmenos no dia da degola de São João. A aposta nos jovens (spes messis in semine) vem no marcante dia do santo anunciador (Yokanan); significando: 1) como profeta; 2) como porta para a nova fé e dos solstícios; e 3) relíquia na vinda dos valores espirituais do Oriente para brilhar na América. Fundação. Vem do latim fundamentum no sentido de fixação de marco no tempo e no espaço. O futuro fica definido pela data de nascimento astrológico (no caso, o dia da conversão do futuro apóstolo dos gentios). Piratininga. Significa peixe seco, onde fica clara a relação com a Era de Peixes, mas principalmente com a idéia cristã do pão, alimento em local com fartura de farinha e água. Cipus umbilicus, centro do mundo. Rito fundacional do pão, busca de alimento divino para transformar o local em templo divino, ou seja, de Beith El (casa de Deus) para Beith Lehem (casa do pão) e de 12
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Aspectos míticos na fundação II Trópico de Capricórnio. No Solstício de Verão (21 e 22/dezembro), no Hemisfério Sul, o Sol posiciona-se exatamente sobre o Trópico de Capricórnio, portanto local ideal para se cultuar o Sol. Trópico vem do grego “tropos” (retornar , voltar), uma alusão ao retorno do Sol. Rua Direita. Mais antiga rua da cidade (chamada originalmente de rua Direita que vai para Santo Antônio), tal como a Madhat Pasha de Damasco, tem a ideia de caminho reto. Em várias cidades cristãs, a rua Direita termina na igreja. Quatro Cantos. A esquina das ruas São Bento (antiga rua de São Bento para São Francisco) e Direita é o único cruzamento em ângulo reto do Centro Velho. Expõe pois um sentido fecundador/plasmador de manifestação. E ainda de uma cruz e todo o seu sacro sentido. Por exemplo: quatro anjos da face (Michael, Gabriel, Rafael e Israel) em contemplação a Deus. 13
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Aspectos míticos na fundação III Itaecerá. A pedra rachada por Tupã (por meio de um raio) simboliza a integração do céu com a terra, transformando o local em ponto sacro ecumênico das diferentes etnias indígenas: tupiniquins, tupinambás, guarulhos, guaranis, guaianazes, maromomis, tamoios, caingangues, etc. Próxima dela havia três cemitérios indígenas e no vale do Anhangabaú, xamãs realizavam rituais. Procissão fundacional e do Senhor dos Passos. Reforçam os preceitos de união do Céu com a Terra, e de Cristo-Virgem (purusha prakriti na tradição hindu), masculino-feminino. Paupercula domo. A construção feita em um ponto alto, como a tradição já consagra, é descrita por Anchieta como “ pauperrimo et vetustissimo sed felice certe tuguriolo”, ou seja, “muito pobre e muito antiga, mas pelo menos uma cabana pequena e feliz”. Há um sentido meta-histórico: vetustissimo é arquetipal; pauperrimo não é somente pequeno, mas ligação ao significado de Paulo apóstolo e de cálice em referência ao epíteto paulino do vaso de eleição; e tuguriolo implica 14
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Paupercula domo O Pátio do Colégio é um sítio arqueológico, onde foi levantada a primeira construção da atual cidade de São Paulo. Em 25 de janeiro de 1554 foi realizada diante da cabana coberta de folhas de palmeira ou de sapê de cerca de 90 m² - ou, como descrita por Anchieta, de 10 por 14 passos craveiros (passo craveiro era uma medida linear portuguesa) - a missa que oficializou o nascimento do colégio jesuíta. A humilde cabana de pau-a-pique, cujas paredes eram feitas com uma armação de paus e cipós preenchida de barro socado, desprovida do mínimo conforto, abrigava também um seminário e uma escola.
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Treze jesuítas (ou 12 em função do líder)
Batismo de 50 catecúmenos 29/8/1553 (Dia da degolação de São João) Manuel de Paiva, superior Afonso Braz Vicente Rodrigues Francisco Pires José de Anchieta Gregório Serrão Manuel de Chaves Pero Correa Diogo Jácome Leonardo do Vale Mateus Nogueira Antônio Rodrigues João de Sousa
Fundação da vila de Piratininga 25/1/1554 (Dia da conversão de São Paulo, Apóstolo dos Gentios) Manuel de Paiva, superior José de Anchieta Gregório Serrão Afonso Braz Diogo Jácome Leonardo Nunes Gaspar Lourenço Vicente Rodrigues Braz Lourenço Pedro Corrêa Manuel de Chaves João Gonçalves Antônio Blasques. 16
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Bandeira do Estado de São Paulo Criada em 16/7/1888, pelo fundador do jornal "O Rebate", Júlio Ribeiro, inicialmente com 15 listas alteradas para 13 para melhor visualização e mapa do país não tinha o Acre. Proposta era para ser o estandarte nacional. Sua adoção como símbolo tomou força às vésperas do Movimento Constitucionalista de 32, porém, durante o Estado Novo, Getúlio Vargas suspendeu o uso de símbolos nacionais, incluindo a bandeira paulista, a qual havia sido concebida para ser a bandeira brasileira, com a Proclamação da República os paulistas incorporaram-na para si. A partir de 1934 a bandeira ganhou força com o poema de Guilherme de Almeida intitulado "Nossa Bandeira" cujo poema é a letra do hino do estado. Simbolicamente, a bandeira representa a gênese do povo brasileiro, as três raças: branca, preta ou negra e vermelha. Quatro estrelas a rodear um globo, visualizando o perfil geográfico do país representando o Cruzeiro do Sul indicando
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Bandeira do Estado de São Paulo Existem outros significados para os símbolos da bandeira:
Profano Bureia (faixas) sable e prata (pretas e brancas) – “noite e dia” Cantão vermelho - o sangue do povo a verter, se necessário Mapa do Brasil - círculo e silhueta; o povo paulista em defesa/vigilância do país: honra, coragem, nobreza, intrepidez Quatro estrelas - representa os pontos cardeais Treze bureias é referência aos deputados paulistas que participaram da Assembleia Constituinte 1822 em Lisboa, incluindo o Regente Feijó. Mítico Pensando no Cruzeiro do Sul, as quatro estrelas circundando a estrela central como o quinto elemento, como se surgisse de uma pira acionada pelos primeiros quatro elementos... Ou então os “Quatro Cantos” no Centro Velho tal qual os quatro arcanjos com foco ao Senhor no meio. 18
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Brasão do Estado de São Paulo Com a Revolução Constitucionalista de 1932, o governador Pedro Toledo assinou o Decreto n. 5.656 instituindo o Brasão de Armas. Ficou ao encargo do pintor Wasth Rodrigues a criação do Brasão, este foi o símbolo da campanha "Ouro para o Bem do Brasil". Este símbolo foi utilizado até 1937, época do Estado Novo, quando foi substituído por outros símbolos nacionais. O brasão inicial voltou a sua função simbólica com a redemocratização e a promulgação da Constituição de 1946. Coube ao escultor Luiz Morrone a criação da versão escultória do brasão com a seguinte representação:
Heráldica. Escudo português vermelho e uma espada com o punho brocate para baixo assentada sob um ramo de louro (direita) e um ramo de carvalho (esquerda) a lâmina da espada separa as letras "SP" grafadas em prata. Timbre. Estrela de cinco pontas de prata. Suportes. Dois ramos de café frutificados com hastes se cruzando abaixo. Divisa. Lema do estado gravado em prata sobre faixa escrita em latim "PRO BRASILIA FIANT EXIMIA", ou seja: “Pelo Brasil façam-se grandes coisas”. 19
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Bandeira da Cidade de São Paulo Bandeira é branca, traz a Cruz da Ordem de Cristo em vermelho e ostenta o brasão do município no centro. Branco - simboliza a paz, a pureza, a temperança, a verdade, a franqueza, a integridade, a amizade e a síntese das raças. Vermelho- simboliza a audácia, a coragem, o valor, a galhardia, a generosidade e a honra. A cruz evoca a fundação da cidade. Círculo- é o emblema da eternidade afirmando a posição de São Paulo como capital e líder de seu estado. Foi instituída pelo prefeito Jânio Quadros em 6/3/1987. Antes dela, a bandeira era toda branca com o brasão da cidade.
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Brasão da Cidade de São Paulo Criado pelo poeta e advogado Guilherme de Almeida, desenhado por José Wasth Rodrigues, foi oficializado em 8/3/1917 na gestão do prefeito Washington Luís Pereira. O brasão é formado por um escudo com um braço empunhando a bandeira da cruz símbolo da Ordem de Cristo usada pelos navegantes portugueses simbolizando a fé cristã. Sobre ele, há uma coroa mural, cuja tonalidade dourada e oito portas é referência a capital de estado. O listel “NON DVCOR DVCO” significa “Não sou conduzida, conduzo”. Referência à independência das ações desenvolvidas pela cidade e seu papel de liderança no Estado e no país. 21
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Primeiras bandeiras paulistas Das expedições desbravadoras, partindo da capital muitas vezes entre o século XVII e XVIII, não por acaso denominadas, genericamente de bandeiras, resultaram no expressivo aumento do espaço geográfico do Brasil. O termo BANDEIRANTES se deve ao fato das expedições serem sempre conduzidas por uma bandeira com as insígnias representativas do chefe da expedição (por exemplo, a efígie de Santo Antônio – relato do padre Miguel Gomes em 1651 quando da invasão bandeirante a Guairá e Iguaçú) ou mesmo a bandeira da Cruz de Cristo usada desde 1603 em sinal de fidelidade à Coroa portuguesa, mesmo sob domínio espanhol. No século XIX consta o primeiro registro de um símbolo paulista: galhardetes para uso marítimo. Tinha forma retangular, aproximadamente 1:16 e confeccionados como bandeiras de sinal.
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Bandeira no Reino Unido e Império Símbolo do Senado da Câmara (equivalente à Câmara de Vereadores) com representação dos “homens de bem”, isto é, da nobreza, do clero ou de mílicia, em vilas e cidades, seguindo as orientações contidas nas Ordenações Manuelinas e Filipinas. Órgão de poder consultivo, legislativo e judiciário. A bandeira paulistana tinha um brasão português, em estilo barroco, bem ornamentado, tendo por timbre uma corôa real em um campo azul. Existem registros de que este ficou sendo o símbolo paulistano até a proclamação da república. 23
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Tela Fundação de São Paulo
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Tela de Oscar Pereira da Silva
O corte não é aleatório, tudo está contido na tela. O espaço é hierarquizado, pois há um desnível, que coloca a cena do benzimento em posição mais elevada e em destaque. Esse é um desnível real, imposto pela topografia do local, porém é também simbólico, por isso a cruz ocupa local ainda mais elevado e a disposição das figuras se organizam a partir dela. A cena principal ocupa o espaço do centro da tela, e é reforçado pela iluminação intensa que incide nessa porção do quadro. O caminho de terra conduz o olhar do espectador à ação da benção. O único elemento que sugere alguma identificação do local é o rio Tamanduateí que, no entanto, ocupa uma posição secundária no fundo da tela. A natureza não oferece perigo, ao contrário, ela aparece contida, servindo de cenário, que envolve a cena principal. Substituindo monumentos e edifícios, as árvores constituem um monumento natural, que fornece uma grandiosidade à cena. 25
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Tela de Oscar Pereira da Silva
As duas cruzes de maior destaque estão envoltas por elementos naturais que as emolduram: a da direta, envolta por árvores e a da esquerda pelas nuvens, que lhe atribuem um caráter celestial e sagrado, de transcendência. A história e a construção da identidade paulistana e, por extensão, brasileira, ocorrem em meio à natureza. Os europeus ao centro, em nível elevado e os índios encontram-se na parte periférica (menos iluminada na tela), envolvendo a cena central junto à natureza. A figura central é o padre Manuel Paiva, que celebra a cerimônia de benzimento, ladeado por Anchieta. A posição dos corpos também indica a diferenciação: europeus eretos ou ajoelhados apresentam posição altiva, enquanto os indígenas encontram-se em poses mais despojadas, e à medida que se aproximam da cruz, têm seus corpos curvados ou sentados, em posição de contemplação e submissão. 26
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Referências pesquisadas Kehl, Luis Augusto Bicalho; Simbolismo e Profecia na Fundação de São Paulo – A Casa de Piratininga; Editora Terceiro Nome; São Paulo 2005. Revista do Arquivo Histórico Municipal, edição 203, 2004. Revista Integre-se 108 mar/2009, Gustavo Kulhman Textos escritos pelo Professor Henrique José de Souza GEO Cidade de São Paulo, capítulo 2 de 2/12/2004. Bueno, Eduardo e Ab’Saber , Aziz Nacib; Os Nascimentos de São Paulo; Ediouro, 2004. Godoy, Joaquim Floriano de; A Prov.de S.Paulo, Fundap, 2007 Mateus Soares de Azevedo, 48, escritor, autor, entre outros, de "Homens de Um Livro Só: O Fundamentalismo no Islã, no Cristianismo e no Pensamento Moderno“ Sites: Wikipédia, Atelier Heráldico, Atlas Ambiental da PMSP, Agb.org, Câmara, wibajucm.blogsport.com, Carlos Fatorelli, Estadão.com, snh2011.anpuh.org, Carlos Fernandes, Associação Leonardo Nunes, São Vicente Alternativa, Fernando Correia da Silva, Itaquatiara do Ingá blog e vexilologia. •
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“Spes messis in semine”
“Brasil, terra do Fogo Sagrado, Tu és o Santuário da Iniciação moral do gênero humano a caminho da sociedade futura, Henrique José de Souza.” “... dos paulistas de outrora, desbravadores das selvas do Brasil, para hoje o serem da BRASÍLICA CONSCIÊNCIA.” Eubiose é viver em perfeita harmonia com as leis universais. Em outras palavras, é a ciência da vida, a sabedoria iniciática das idades. É vivenciar um conjunto de conhecimentos, cujo objetivo primordial é congregar, construir e religar integralmente as dimensões do sagrado, profano, divino e humano. Há inscrições para cursos. Para inscrição, contate o departamento Santana no tel. 11 2925-0769 ou o site www.eubiose.org.br
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