CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 1
SAUDAÇÕES E APRESENTAÇÃO PESSOAL Seja bem-vindo(a) a este curso de exercícios para o cargo de auditor federal de controle externo – tecnologia da informação do Tribunal de Contas da União (TCU). Permita-me uma breve apresentação. Sou o professor Albert Iglésia, formado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduado em Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Ministro aulas de Língua Portuguesa desde o ano de 2001. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de texto e redação oficial voltadas para concursos públicos. Durante quase seis anos estive cedido à Casa Civil da Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Integro o quadro de instrutores da Esaf e recentemente lecionei o curso de Redação de Correspondências Oficiais e Atualização Gramatical para auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal. Aqui no Ponto já participei de diversos trabalhos. Em 2010, por exemplo, já me envolvi com os seguintes preparatórios: CGU, Susep, Anvisa, Incra, TCM-CE, TCU, MinC, MPOG, DPU, MPU,
Seplag-RJ,
Tribunais
(FCC).
[email protected].
Meu
Sempre
que
endereço precisar,
eletrônico faça
é
contato
comigo. Se eu não lhe responder imediatamente, é provável que esteja envolvido com aulas ou até mesmo esclarecendo outras dúvidas dos demais alunos.
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1
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LÍNGUA PORTUGUESA E O CONCURSO DO TCU Como o edital do concurso já foi publicado, temos condições de fazer um trabalho bem específico. A definição da instituição organizadora do concurso (Cespe/UnB) e do conteúdo programático permite-nos um estudo seguro e direcionado. Eis abaixo o programa que nos interessa: 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regência nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais. Como
de
costume,
nossa
disciplina
ficou
no
grupo
Conhecimentos Básicos, que se divide ainda entre mais quatro áreas do conhecimento e terá cem itens que deverão ser julgados certos ou errados. De acordo com a importância que o Cespe/UnB atribui à prova de português, creio que ela trará, no mínimo, 25 ou, no máximo, 30 itens. Quem se submeteu ao último concurso do TCU se lembra de que a banca examinadora também foi o Cespe. Naquela ocasião, o certame contou com 40.708 inscritos, que concorreram a 128 vagas para os cargos de AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO (AFCE) e TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO (TFCE), o que gerou uma demanda de 318,03 candidatos por vaga. As provas de Língua Portuguesa tiveram 25 e 15 itens respectivamente para os cargos de nível superior e nível médio. Todos deveriam ser julgados como certos ou errados.
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O CURSO QUE PROPONHO Este curso de exercícios se divide em seis aulas. O conteúdo programático está assim distribuído: Aula 1 – Texto: tipologia, compreensão e interpretação; Aula 2 – Ortografia, seleção vocabular e acentuação gráfica; Aula 3 – Emprego das classes de palavras; Aula 4 – Regência, crase e redação de correspondências oficiais; Aula 5 – Sintaxe da oração e do período; Aula 6 – Pontuação e sintaxe de concordância. Uma observação: adotarei como referência o Manual de Redação da Presidência da República, que, na verdade, serve de base para os demais. Além disso, as questões de concursos públicos que dizem respeito a essa área do conhecimento normalmente se circunscrevem ao conteúdo nele existente. Não obstante, também darei especial atenção aos casos que, porventura, o extrapolem. Utilizarei questões de provas elaboradas anteriormente pelo Cespe/UnB para direcionar os nossos estudos. Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original dos enunciados) que tratam do(s) assunto(s) abordado(s) em cada aula. Como a instituição tem o costume de usar um mesmo texto para, a partir dele, apresentar várias assertivas, é natural que eu tenha de repetir o mesmo texto (ou fragmento dele) na explicação do conteúdo de outras aulas. Portanto, não estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente didático. Dessa forma, pretendo aproximar você – futuro servidor do TCU – daquilo que vem sendo exigido
pelo
Cespe/UnB
acerca
de
determinado
assunto
da
Língua
Portuguesa em concursos públicos.
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Ressalto que, em um curso de exercícios, é importante que o aluno tenha um conhecimento prévio e razoável dos temas que estudará, pois a parte teórica – ainda que não seja negligenciada, obviamente – não constitui a ênfase do curso. Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor forma possível. Suplico que você interaja comigo por meio de mensagens eletrônicas no fórum de discussão. A sua participação é fundamental para o bom rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa!
TIPOLOGIA TEXTUAL Tipologia
textual
designa
uma
espécie
de
sequência
teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Ex.: descrição, narração, exposição, argumentação e injunção. Obs.: Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG) usa o termo “dissertação” em vez de “exposição” e “argumentação”, mas faz distinção entre o tipo argumentativo “strictu sensu” e o tipo não argumentativo “stricto sensu”. Para
efeito
de
prova,
usaremos
as
terminologias:
texto
expositivo e texto argumentativo (ou dissertação expositiva e dissertação argumentativa).
Cuidados para evitar envenenamentos 1
Mantenha
sempre
medicamentos
e
produtos
tóxicos
fora
do alcance das crianças;
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4
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Não 4
medicamentos
sem
orientação
de
um
médico
e leia a bula antes de consumi-los; Não
7
utilize
armazene
restos
de
ao seu prazo de validade; Nunca deixe de ler o
medicamentos
rótulo
ou
a
e
tenha atenção
bula
antes
de
usar
que
não
haja
e
com
qualquer medicamento; 10
Evite tomar remédio na frente de crianças; Não ingira nem dê remédio no escuro
para
trocas perigosas; Não 13
utilize
remédios
sem
orientação
médica
prazo de validade vencido; Mantenha os medicamentos nas embalagens originais; Cuidado
16
com
com
remédios
embalagens
de
muito
uso
infantil
parecidas;
e
erros
de
uso
adulto
de
identificação
podem causar intoxicações graves e, às vezes, fatais; Pílulas 19
brilhantes
e
despertam
a
crianças; 22
coloridas,
atraentes, atenção
não
medicamentos
embalagens
e
odor e
a
e e
garrafas sabor
curiosidade
estimule
essa
produtos
domésticos
bonitas, adocicados
natural
curiosidade; trancados
das
mantenha e
fora
do alcance dos pequenos. Internet: <189.28.128.100/portal/aplicacoes/noticias> (com adaptações).
1.
(Cespe/MS/Agente Administrativo/2008) O emprego do imperativo nas oito primeiras frases depois do título indica que se trata de um texto narrativo.
Comentário – O texto caracteriza-se pelo emprego da linguagem apelativa como meio de persuadir o leitor a adotar certos cuidados quanto à manipulação de medicamentos e produtos tóxicos. As formas verbais www.pontodosconcursos.com.br
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empregadas no imperativo afirmativo (“Mantenha”, “Evite”) e negativo (“Não utilize”, “Não armazene”) conferem à mensagem um tom coercitivo, a fim de que o resultado desejado seja obtido. Além disso, o fato de o emissor dirige-se diretamente ao receptor por meio do pronome de tratamento (você, implícito na desinência verbal) evidencia a tentativa de envolvê-lo no processo verbal. O tipo de texto é injuntivo ou instrucional. Resposta – Item errado. Por obrigação profissional, vivo metido no meio de pessoas de
1
sucesso, como 4
marcadas
pela
notável
brilho
provoca
a
o
Aplauso
permanente.
vicia.
superação
ansiedade
de do
Arriscando-me
a
limites.
Vejo
reconhecimento fazer
psicologia
de botequim, frase de livro de auto-ajuda ou reflexões vulgares da meia-idade, exponho uma desconfiança: o adulto que gosta de 7
brincar e não faz sucesso tem, em contrapartida, a magnífica chance de ser mais feliz, livre do vício do aplauso, mais próximo das coisas simples. O problema é que parece ridículo uma escola
10
informar
aos
pais
que
mais
importante
do
que
gerar
bons
profissionais, máquinas de produção, é fazer pessoas felizes por serem o que são e gostarem do que gostam. Gilberto Dimenstein. O direito de brincar. In: Folha de S. Paulo, 2/11/2001, p. C8 (com adaptações).
2.
(Cespe/PRF/Policial Rodoviário/2004) A opção pelo emprego do ponto de vista em primeira pessoa atribui ao texto certo grau de subjetividade e configura um gênero de artigo em que as opiniões são assumidas de forma pessoal.
Comentário – É frequente o Cespe/UnB fazer esta afirmativa, portanto acostume-se com ela. De fato, o uso de primeira pessoa do singular (eu e suas formas correspondentes: me, mim, comigo) confere ao texto maior www.pontodosconcursos.com.br
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grau de subjetividade, pois revela a posição do narrador em relação ao que está sendo tratado. Também a opção pelo uso da primeira pessoa do plural (nós e formas correlatas: nos, conosco) pode denotar a intenção do autor em incluir o leitor na relação de pessoas que compartilham de sua opinião. O
enunciador
pode
lançar
mão
de
uma
série
de
procedimentos por meio dos quais imprime sua marca no enunciado, seja explicitamente, seja implicitamente. Essas marcas que deixam o enunciado mais subjetivo são os pronomes pessoais, as desinências verbais de pessoa, os pronomes possessivos e os pronomes de tratamento. Ele possui, além das possibilidades lexicais, escolhas sintáticas que propiciam, em princípio, dois tipos de formulações, a saber: o discurso subjetivo e o discurso objetivo. No primeiro, o enunciador se confessa explicitamente como sendo a fonte avaliadora da asserção enunciada, enquanto, no segundo, ele procura apagar qualquer vestígio de sua existência individual. Resposta – Item certo. 3.
(Cespe/PRF/Policial Rodoviário/2004) Expressões como “vivo metido no meio de pessoas” (l. 1) e “psicologia de botequim” (l. 2) denotam interesse em produzir um texto coloquial, informal, que se distancia dos gêneros próprios do discurso científico.
Comentário – O discurso científico caracteriza-se, entre outros aspectos, pelo emprego de linguagem formal, objetiva e clara. Utiliza o padrão estabelecido
nas
gramáticas
normativas.
Dispensa
gírias,
figuras
de
linguagem e qualquer construção que denote ambigüidade ou ironia. Não é o caso
do
texto
em
análise,
cujas
expressões
destacadas
traduzem
informalidade e se aproximam do universo coloquial, impróprio ao gênero científico.
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Resposta – Item certo. Um
1
lugar
funcionários
sob
são
o
comando
orientados
por
de
gestores,
metas,
têm
o
onde
os
desempenho
avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela 4
eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo — menos das
7
uma
escola
práticas
escolas
implantadas
estaduais
experiência 10
pública de
chama
brasileira. com
atenção
essas
sucesso
ensino
a
Pois
em
médio pelo
são
um
de
grupo
de
Pernambuco.
A
impressionante
dos estudantes depois que ingressaram ali. Como é praxe no local, o avanço
algumas
foi
progresso
quantificado.
Os alunos são testados na entrada, e quase metade deles tirou zero em matemática e notas entre 1 e 2 em português. Isso 13
em
uma
cravaram
16
19
escala
de
6
tais
em
Ministério
da
brasileiras,
a
a
10.
matérias,
Educação. média
foi
Em tão
distingue
administradas
por
uma
parceria
dos
são
alunos,
cumprimento
por
avaliados
dos das
pais
metas
das
do
quatro
acadêmicas.
eles
aplicada
pelo
saída,
o
uma
elas
são
e
uma
região.
Os
governo da
e
recebem
ainda Aos
públicas há
demais:
frentes:
diretor
anos,
escolas
De
entre
três
prova
empresários em
e
uma
alta.
as
formada
de
poucas
que
associação
Depois
em
característica
professores
22
zero
notas
outra melhores,
pelo é
concedido bônus no salário. Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
4.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Predomina no fragmento o tipo textual narrativo ficcional.
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Comentário – Nada nele é ficção. As informações são verídicas e nos contam a experiência observada em Pernambuco. O intuito é dar-nos conhecimento acerca de um fato interessante ocorrido no sistema de educação daquele Estado. O texto é dissertativo expositivo. Resposta – Item errado. Grupo Móvel — O Sr. se lembra quando o Grupo esteve aqui antes? Jacaré — Hum! Olha, acho que faz uns oito anos... 4
Grupo Móvel — Saiu um monte de gente, por que o Sr. não saiu? Jacaré — É, saiu um monte de gente, mas o patrão pediu para
7
ficar e eu fiquei. Grupo
Móvel
—
O
que
o
Sr.
fez
com
o
dinheiro
da
indenização que recebeu na época? 10
Jacaré
Construí
—
um
barraquinho...
Comprei
umas
vaquinhas... 13
Grupo coisa?
Móvel
—
Depois
disso,
o
Sr.
recebeu
mais
alguma
Jacaré — Não, não recebi mais nada, além de comida. Ele 16
disse que eu teria de pagar pelo dinheiro que recebi. Grupo Móvel — Mais nada? Companheira de Jacaré — Ele diz que a gente ainda está
19
devendo e não deixa tirar nossas vacas, diz que são dele. Até as leitoas que pegamos no mato ele diz que são dele. Grupo Móvel — Por que o Sr. continua trabalhando? Companheira de Jacaré — Porque ele não quer ir embora sem
22
receber nada. Nem as vacas ele deixa a gente levar.
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Grupo Móvel — Quantos anos o Sr. tem? Jacaré — Tenho 64 anos. 25
Grupo Móvel — E trabalha para ele há quantos anos? Jacaré — Faz uns 30 anos. Grupo Móvel — O Sr. pede dinheiro para ele?
28
Jacaré — Não, não peço. Precisa pedir? Se a gente trabalha, não precisa pedir. O
31
dilema
de
Eduardo
Silva,
conhecido
como
Jacaré,
enfim, foi resolvido. Ele foi retirado da fazenda em Xinguara, no
Pará.
O
Grupo
Especial
Móvel
de
Combate
ao
Trabalho
Escravo do MTE abriu para ele uma caderneta de poupança, 34
onde foi depositado o valor das verbas indenizatórias devidas, cerca de R$ 100 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 43 (com adaptações).
5.
(Cespe/MTE/Agente
Administrativo/2008)
Por
suas
características
estruturais, é correto afirmar que o texto em análise é uma descrição. Comentário – As características estruturais do texto são típicas de um texto informativo, cujo gênero é a entrevista, muito comum nos meios de comunicação. Normalmente construída em forma de diálogo e sobre um assunto específico, a entrevista possui um interlocutor determinado e um locutor – ou arguidor – que conduz a conversa de modo a extrair dela as informações que deseja. A estrutura de um texto informativo como este pode ser representada por perguntas e respostas ou por parágrafos propriamente ditos. Resposta – Item errado. Trabalho escravo: longe de casa há muito mais de uma semana www.pontodosconcursos.com.br
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O
1
resgate
degradante de 4
é
uma
Combate suas
iniciou
de
trabalhadores
rotina
ao
Trabalho
operações,
libertações
nas
de
encontrados
ações
do
Escravo,
em
1995,
trabalhadores
Grupo
do
já
em
Especial
MTE.
são
situação
Desde
mais
submetidos
Móvel
de
que
30
a
mil
condições
desumanas de trabalho. “Chamou-me a atenção o caso de um 7
que
trabalhador Cláudio
há
Secchin,
30
um
anos
dos
não
oito
via
a
família”,
coordenadores
das
lembra
operações
do Grupo Móvel. Natural de Currais Novos, no Rio Grande 10
Norte,
do ser
José
chamado
Galdino
—
saiu
da de
Silva casa
—
Copaíba,
com
10
como
anos
de
gosta idade
de para
trabalhar no Norte. Nunca estudou. Durante 40 anos, veio 13
de
passando trabalhando teve
16
a
com
vezes se
em
derrubada
carteira
quantas nunca
fazenda
fazenda, de
de
mata
e
de
trabalho
assinada
não
recebeu
pelo
casou
nem
teve
pensão roça
e
de
“Não
pensão,
pasto.
perdeu
trabalho
filhos.
em a
que
Nunca
conta
fez.
de
Copaíba
conseguia
dormir
direito por não conseguir juntar dinheiro sequer para retornar 19
à
minha
fazenda
cidade no
e
rever
município
a
paraense
família”, de
relatou.
Piçarras
foi
Quando
uma
fiscalizada
em
junho deste ano, Copaíba foi localizado pelo Grupo Móvel, 22
resgatado
e
recebeu
de
indenização
trabalhista
mais
de
R$ 5 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 40-2 (com adaptações).
6.
(Cespe/MTE/Administrador/2008)
Empregam-se,
no
texto,
alguns
elementos estruturais da narrativa que, nesse caso, são fundamentais para a consolidação de sua natureza informativa e jornalística.
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Comentário – A natureza informativa e jornalística do texto expressa-se por meio do gênero notícia – relato de um fato ou de uma série de fatos relacionados ao mesmo evento, começando pelo fato ou aspecto mais relevante. Portanto, é natural que sejam empregados nesse tipo de texto alguns elementos estruturais da narrativa (quem, o que, quando, onde, como, porque/para que) a partir da notação mais relevante: o resgate de trabalhadores encontrados em situação degradante feito pelo GEMCTE, do MTE. Resposta – Item certo. O
1
termo
cinquenta, 4
pelo
sociólogo
foi
cunhado,
William
H.
na
Whyte,
década para
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, tomando decisões temerárias e causando grandes Os
manuais
processo 7
groupthinking
de
mental
uniformes,
gestão coletivo
seus
definem que
indivíduos
groupthinking
ocorre
quando
pensam
da
os
mesma
de
explicar fracassos.
como
um
grupos
são
forma
e
o
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas
10
diferentes
das
ilusão
invulnerabilidade,
a
13
de
riscos;
usuais.
um
Os
que
esforço
contrárias
às
teses
moralidade
das
ações
distorcida
dos
inimigos,
sintomas gera
dominantes;
conhecidos:
otimismo
coletivo
dos
são
para uma
membros
do
comumente
e
pode
neutralizar crença grupo;
vistos
uma levar visões
absoluta e
uma
como
na visão
iludidos,
fracos ou simplesmente estúpidos. 16
Tão
antigas
contrapor pensamento
a
como
patologia: crítico
e
o
conceito
primeiro, as
visões
são é
as
preciso
receitas
estimular
alternativas
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para
à
o
visão
12
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19
22
dominante;
segundo,
transparentes
de
é
necessário
governança
e
adotar
procedimentos
de
sistemas auditoria;
terceiro, é desejável renovar constantemente o grupo, de forma a oxigenar as discussões e o processo de tomada de decisão. Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
7.
(Cespe/TCU/AFCE/2009) A sequência narrativa inicial, relatando a origem do termo “groupthinking” (l.1), não caracteriza o texto como narrativo, pois integra a organização do texto predominantemente argumentativo.
Comentário – Dificilmente alguém escreve um texto homogêneo, ou seja, puramente narrativo, descritivo, argumentativo, informativo ou instrucional. No caso do texto da prova, há ainda elementos que descrevem, definem ou caracterizam o conceito de “groupthinking”. Contudo, o autor do texto, sutilmente (entre elementos narrativos e descritivos), expõe seu ponto de vista a respeito dele. No segundo parágrafo, Thomas Wood classifica-o negativamente de “patologia” e propõe categoricamente medidas (“receitas”) para tratá-lo, por considerálo indesejável. Resposta – Item certo. 8.
(Cespe/TCU/AFCE/2009) Apesar de a definição de “groupthinking” (l.59) sugerir neutralidade do autor a respeito desse processo, o uso metafórico de palavras da área de saúde, como “sintomas” (l.9), “receitas” (l.16) e “patologia” (l.17), orienta a argumentação para o valor negativo e indesejável de groupthinking.
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13
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Comentário – Durante o processo descritivo do que é groupthinking, o autor tenta se manter imparcial, mas logo deixa transparecer seu ponto de vista sobre ele por meio das palavras citadas pela banca, as quais assumem carga semântica negativa. Resposta – Item certo. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Passo agora a tratar de compreensão e interpretação de texto. É muito comum nas provas elaboradas pelo Cespe/UnB constarem itens que exigem conhecimentos sobre processos de coesão textual, argumentos dedutivos e indutivos e de reescritura de texto (paráfrase). O que se pretende com esse tipo de exigência é verificar a capacidade do aluno de assimilar e transmitir a informação lida. São assuntos fáceis de entender, mas exigem atenção por parte dos candidatos. A instituição costuma fazer um “jogo de palavras” para tentar confundi-los.
1
Falei mesmo
de
tempo
esquisitices. a
capacidade
Aqui
está
política
uma,
deste
que
povo
e
prova a
ao
grande
observação dos seus legisladores (...). Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
9.
(Cespe/TSE/Analista
Judiciário/Administrador/2007)
Após
o
termo
“uma” (l. 1), subentende-se a elipse da palavra esquisitice. Comentário – Morfologicamente, os artigos têm a propriedade de associarse a um substantivo, determinando ou indeterminado seu significado. De acordo com o contexto, após o vocábulo “uma” (artigo indefinido) deveria
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14
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surgir o substantivo “esquisitice”, que, apesar da elipse, nos remete à palavra “esquisitices” (note que não há outro substantivo anterior). Resposta – Item certo. Caro eleitor, últimos
Nos
1
vivamente
meses,
os
a
campanha
brasileiros.
No
política
primeiro
mobilizou
turno,
foram
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 4
em 7
que
tudo
e de
de
uma
forma
irrepreensível
tranqüila
e
votação,
organizada,
a
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o Brasil como modelo nessa área.
República
e
serão dos
definidos
os
governadores
nomes
de
do
alguns
presidente
estados.
O
da país,
mais do que nunca, conta com você. Democracia aperfeiçoa
13
urnas
aconteceu
Amanhã
10
às
comparecimento
no
bem-preparada, alicerces
é
são
algo
que
dia-a-dia. erguida
lhe É
sobre
exatamente
os
diz
respeito
e
que
como
uma
fortes
alicerces.
votos
de
todos
se
construção os
Esses cidadãos.
Quanto mais fiel você for no exercício do direito de definir 16
os
representantes,
democracia. escolha, 19
Por
mais isso,
elegendo,
de
sólidas
é
serão
essencial
modo
as
que
bases
da
nossa
você
valorize
essa
o
candidato
que
consciente,
julgar com mais condições para conduzir os destinos do país e de seu estado. Você
22
próximos próprio
estará quatro
bem-estar
determinando anos. e
de
Estará sua
o
Brasil
definindo família,
o
que o
teremos
amanhã,
crescimento
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o
nos seu
geral,
a
15
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25
melhoria
do
emprego,
da
públicas,
do
transporte,
o
habitação, preço
da
dos
saúde
e
alimentos.
segurança
O
momento
é decisivo e em suas mãos — entenda bem, em suas mãos — está depositada a confiança em dias felizes. participe.
Compareça,
28
Não
se
omita,
não
transfira
a
outros uma escolha que é sua. Pense e vote com a firmeza de quem sabe o que está fazendo, com a responsabilidade de 31
quem para
realmente o
compreende
progresso
da
nação
a
importância brasileira.
de
Esta
sua
atitude
a
melhor
é
contribuição que você poderá dar a sua Pátria. Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet:
(com adaptações).
10. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) A expressão “nessa área” (l. 7) retoma a idéia implícita, no parágrafo, de processo eleitoral. Comentário – Note que, no final do primeiro parágrafo, o ministro Marco Aurélio faz comentário sobre a campanha política, o alto índice de comparecimento às urnas, a agilidade com que os votos foram contados e a segurança de que tivemos uma votação expressiva. É em relação ao processo eleitoral (“nessa área”) que o Brasil surge como modelo, nas palavras do ministro. Resposta: Item certo.
1
Um
fator
a
ser
revisto
no
MERCOSUL
é
o
foco:
não
adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. É preciso focar as ações de modo pragmático, com as seguintes 4
prioridades:
concluir
a
união
aduaneira;
eliminar
barreiras
jurídicas e monetárias; facilitar os negócios entre as empresas dos países-membros e obter financiamentos em nome do bloco www.pontodosconcursos.com.br
16
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7
no Banco Mundial, para ampliar a infra-estrutura regional, o que até
agora
sequer
fitossanitária 10
devem
pois
possível, houver
foi
ser
não
entrave
pleiteado.
questões
harmonizadas
haverá
no
As
bloco
intercâmbio
o
econômico entre
os
alfandegária
mais
e
rapidamente
viável
enquanto
Estados-membros.
Finalmente, é preciso considerar que, no mundo globalizado, as 13
relações externas afetam o cotidiano das empresas e das pessoas. O
atual
impasse
no
MERCOSUL
só
será
superado
se
os
empresários se organizarem na defesa de seus interesses e 16
direitos, por meio da informação e da mobilização da sociedade sobre as implicações internas das decisões tomadas em fóruns internacionais. Abram Szajman. O Globo, 26/11/2006 (com adaptações).
11. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) Na linha 7, o termo “o que” retoma o antecedente “ampliar a infra-estrutura regional”. Comentário
–
A
expressão
em
destaque
resgata
a
oração
“obter
financiamentos em nome do bloco no Banco Mundial”, que integra a sequência de prioridades enumeradas no texto. Resposta – Item errado. Um dos lugares-comuns do pensamento político é o de que
1
o
sistema
democrático
exige
a
descentralização
do
poder.
Democracia não é só o governo do povo, mas o governo do povo 4
a partir de sua comunidade. Esse é um dos argumentos clássicos para o voto distrital: o eleitor fortalece seu poder, ao associá-lo ao de seus vizinhos. Em países de boa tradição democrática, esses
7
vizinhos discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora
deles,
suas
idéias
com
os
candidatos.
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Embora
isso
não 17
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signifique 10
voto
imperativo
—
inaceitável
em
qualquer
situação
—, o parlamentar escolhido sabe que há o eleitor múltiplo e bem identificado, ao qual deverá dar explicações periódicas. Se a esse
13
sistema se vincula a possibilidade do recall, do contramandato, cresce a legitimidade do instituto da representação parlamentar. O fato é que, com voto distrital ou não, tornou-se inadiável a
16
discussão em torno do sistema federativo. Quem conhece o Brasil fora das campanhas eleitorais sabe das profundas diferenças entre os estados. Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.
12. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) Acerca das relações lógico-sintáticas do texto acima, assinale a opção incorreta. A) “-lo”, em “associá-lo” (l. 5), refere-se a “poder” (l. 2). B) “deles” (l. 8) refere-se a “comitês dos partidos” (l. 7). C) “isso” (l. 8) refere-se a “discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles, suas idéias com os candidatos” (l. 7-8). D) “ao qual” (l. 11) refere-se a “parlamentar escolhido” (l. 10). Comentário – Em A, o pronome oblíquo átono “o” surge acompanhado de “l”, em virtude da ênclise formada com o verbo “associar”, que perde a letra “r” e recebe acento agudo no “a”, por se tratar de oxítona terminada em “a”. Em B, o vocábulo “deles” é composto pela preposição “de” (“fora de”) e pelo pronome pessoal do caso oblíquo tônico “eles”. Este retoma a expressão “comitês dos partidos”. Na alternativa C, há uma recuperação anafórica da expressão em destaque feita pelo emprego do pronome demonstrativo “isso”. Em D, a preposição “a” (que surge em decorrência da regência do verbo “dar” – transitivo direto e indireto) une-se ao pronome relativo “o qual” para retomar “o leitor múltiplo e bem identificado”. www.pontodosconcursos.com.br
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Resposta – Certo; certo; certo; errado – conforme o gabarito oficial. Mas a mim me pareceu que, na alternativa A, a referência é ao “poder” mencionado também na linha 5. Tenho a impressão de que a banca errou ao digitar “(l.2)”. Grupo Móvel — O Sr. se lembra quando o Grupo esteve aqui antes? 4
Jacaré — Hum! Olha, acho que faz uns oito anos... Grupo Móvel — Saiu um monte de gente, por que o Sr. não saiu? Jacaré — É, saiu um monte de gente, mas o patrão pediu para
7
ficar e eu fiquei. Grupo
10
Móvel
—
O
que
o
Sr.
fez
com
indenização que recebeu na época? Jacaré — Construí um barraquinho...
o
dinheiro
Comprei
da
umas
vaquinhas... Grupo 13
Móvel
—
Depois
disso,
o
Sr.
recebeu
mais
alguma
coisa? Jacaré — Não, não recebi mais nada, além de comida. Ele
16
disse que eu teria de pagar pelo dinheiro que recebi. Grupo Móvel — Mais nada? Companheira de Jacaré — Ele diz que a gente ainda está
19
devendo e não deixa tirar nossas vacas, diz que são dele. Até as leitoas que pegamos no mato ele diz que são dele. Grupo Móvel — Por que o Sr. continua trabalhando? Companheira de Jacaré — Porque ele não quer ir embora sem
22
receber nada. Nem as vacas ele deixa a gente levar. Grupo Móvel — Quantos anos o Sr. tem?
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19
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Jacaré — Tenho 64 anos. 25
Grupo Móvel — E trabalha para ele há quantos anos? Jacaré — Faz uns 30 anos. Grupo Móvel — O Sr. pede dinheiro para ele?
28
Jacaré — Não, não peço. Precisa pedir? Se a gente trabalha, não precisa pedir. O
31
dilema
de
Eduardo
Silva,
conhecido
como
Jacaré,
enfim, foi resolvido. Ele foi retirado da fazenda em Xinguara, no
Pará.
O
Grupo
Especial
Móvel
de
Combate
ao
Trabalho
Escravo do MTE abriu para ele uma caderneta de poupança, 34
onde foi depositado o valor das verbas indenizatórias devidas, cerca de R$ 100 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 43 (com adaptações).
13. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) Em “Porque ele não quer ir embora sem receber nada. Nem as vacas ele deixa a gente levar” (l. 21-22), nas duas ocorrências, o pronome “ele” refere-se à mesma pessoa. Comentário – Perceba a astúcia da banca examinadora. Quis induzir os candidatos a crerem que, nos dois casos, o pronome em destaque fazia alusão, provavelmente, ao personagem “Jacaré”. Talvez, por se tratar da proximidade entre a entrada em “cena” de “Jacaré” e o elemento de coesão. Portanto, prezado aluno, fique atento! O primeiro emprego do pronome “ele” retoma, de fato, o personagem “Jacaré”, a quem a pergunta (l. 20) foi dirigida. Mas o segundo emprego recupera “patrão”, personagem que aparece pela primeira vez na linha 6. Resposta – Item errado.
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20
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Um
1
governo,
ou
uma
sociedade,
nos
tempos
modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a 4
própria
ideia
de
democracia.
Para
ser
democrático,
deve
contar, a partir das relações de poder estendidas a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras 7
e
procedimentos
atendimento
claros,
às
que,
demandas
efetivamente,
públicas
da
assegurem
maior
parte
o da
população, elegidas pela própria sociedade, através de suas 10
formas de participação/representação. Para
que
isso
ocorra,
contudo,
impõe-se
a
existência
e a eficácia de instrumentos de reflexão e o debate público 13
das
questões
coletivos
—
sociais
e,
vinculadas
muitas
vezes,
à
gestão
conflitantes,
de
como
interesses os
direitos
liberais de liberdade, de opinião, de reunião, de associação 16
etc.
—,
tendo
direitos o 19
como
invioláveis,
início
da
Constitucionalismo Fala-se,
pressupostos
por
conquistados,
Idade Social
certo,
informativos
dos
do
núcleo
principalmente,
Moderna,
e
século
até
Direitos
um
XX
Humanos
desde
ampliados os e
dias
de
de
pelo hoje.
Fundamentais
de
todas as gerações ou ciclos possíveis. Rogério Gesta Leal. Poder político, estado e sociedade. Internet: (com adaptações).
14. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na organização da argumentação, o segundo parágrafo do texto estabelece a condição de o debate e a reflexão sobre os direitos humanos vinculados aos interesses coletivos estarem na base da ideia de democracia.
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Comentário – A condição é ressaltada logo no segmento inicial “Para que isso ocorra (...) impõe-se a existência e a eficácia de instrumentos de reflexão e o debate público...”. Note que a “existência e a eficácia de instrumentos de reflexão e o debate público” são fundamentais para que haja um governo democrático, com um espaço político demarcado por regras e procedimentos claros (a ideia sublinhada – l. 4-7 – é retomada pelo pronome demonstrativo “isso”). Resposta – Item certo. 15. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento das ideias demonstra que, na linha 4, a flexão de singular em “deve” estabelece relações de coesão e de concordância gramatical com o termo “democracia”. Comentário – Embora esteja expresso apenas no período anterior, subentende-se na linha 4 o termo “governo”, com o qual o verbo “deve” mantém relações de coesão e de concordância. Resposta – Item errado. 16. (Cespe/TCU/AFCE/2009)
O
pronome
“isso”
(l.11)
exerce,
na
organização dos argumentos do texto, a função coesiva de retomar e resumir o fato de que as “demandas públicas da maior parte da população”
(l.8-9)
são
escolhidas
por
meio
de
“formas
de
participação/representação” (l.10). Comentário – Apontei acima a referência do pronome “isso”: a ideia de um governo democrático, com um espaço político demarcado por regras e procedimentos claros. Resposta – Item errado.
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O
1
exercício
dinâmicas,
formadas
do
poder
ocorre
por
condutas
de
mediante
autoridade,
múltiplas
de
domínio,
de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma 4
pessoa
sobre
outra,
que
se
comporta
com
dependência,
subordinação, resistência ou rebeldia. (..) Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
17. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Nas relações de coesão que se estabelecem no texto, o pronome “que” (l.4) retoma a expressão “exercício do poder” (l.1). Comentário – Volte ao texto e releia o seguinte fragmento: “controle de uma pessoa sobre outra, que se comporta com dependência, subordinação, resistência ou rebeldia”. Quem se comportar dessa maneira? A pessoa controlada., representada no texto pelo vocábulo “outra” (= outra pessoa). Resposta – Item errado. (...) Para 10
muitos,
os
carros
de
luxo
que
trafegam
bairros elegantes das capitais ou os constituem indicadores de modernidade.
telefones
Modernidade
todos
seria
assegurar
a
pelos
celulares os
não
habitantes
do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício 13
dos
direitos
democráticos.
Por
isso,
dão
mais
valor
a
um
modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população alimentação, 16
bibliotecas, pensam rápida
moradia, parques
assim, e
é
escola, públicos.
sistema
democrática
da
hospital,
transporte
Modernidade,
judiciário justiça;
eficiente, são
para com
instituições
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coletivo, os
que
aplicação públicas
23
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19
sólidas
e
eficazes;
é
o
controle
nacional
das
decisões
econômicas. Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
18. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O trecho “os que pensam assim” (l.1617) retoma, por coesão, o referente de “muitos” (l.8), bem como o sujeito
implícito
da
oração
“dão
mais
valor
a
um
modelo
de
desenvolvimento” (l.13-14). Comentário – Textualmente, o trecho “os que pensam assim” aponta para aqueles que não consideram “os carros de luxo que trafegam pelos bairros elegantes das capitais ou os telefones celulares” exemplos da modernidade. Eles são os que “dão mais valor a um modelo de desenvolvimento”. Resposta – Item certo.
Então, como está indo? As questões apresentadas até aqui expressam aquilo que o Cespe/UnB espera que você saiba. Porém ainda há mais dois pontos que eu preciso abordar: diferença entre interpretações dedutiva e indutiva e reescritura de texto. Vamos a eles! Interpretação Dedutiva X Interpretação Indutiva Observe que nas provas do Cespe/UnB é comum aparecerem questões sobre interpretação de texto que exigem uma resposta do candidato com base em argumentos dedutivos (“Depreende-se...”. “Concluise...”) ou indutivos (“Infere-se...”). Às vezes, o enunciado pode ser um pouco diferente, ou não tão claro como tentei transmitir. Mas, em última análise, é isso mesmo o que a banca está querendo de você. Dependendo da abordagem, a sua resposta será diferente. A tabela abaixo certamente lhe será útil: www.pontodosconcursos.com.br
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Dedução Indução (inferência) Parte, geralmente, de uma verdade Geralmente, parte de enunciados universal para se chegar a uma particulares, singulares e, deles, verdade particular ou singular.
infere-se um enunciado universal.
Este método de raciocínio é válido Não fornece provas evidentes para a quando
suas
premissas
fornecer
provas
podem verdade de uma conclusão. Ela pode,
evidentes
para apenas, fornecer alguns indícios.
uma conclusão. Em
todo
argumento deve
conclusão
dedutivo,
estar
a O
presente indutivo
nas premissas. Os
problema
grande
é
seu
do
processo caráter
probabilístico.
argumentos
dedutivos
são A
indução
pode
ir
além
das
estéreis, não apresentam nenhum premissas — por oferecer novas conhecimento novo. Assim como já informações que as premissas não está
contida
nas
premissas,
a possuíam.
conclusão nunca vai além delas. Agora
você
deve
responder
às
questões
de
provas
do
Cespe/UnB.
Grupo Móvel — O Sr. se lembra quando o Grupo esteve aqui antes? 4
Jacaré — Hum! Olha, acho que faz uns oito anos... Grupo Móvel — Saiu um monte de gente, por que o Sr. não saiu?
7
Jacaré — É, saiu um monte de gente, mas o patrão pediu para ficar e eu fiquei.
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Grupo 10
—
Móvel
O
que
o
Sr.
fez
com
indenização que recebeu na época? Construí um barraquinho... Jacaré —
o
dinheiro
Comprei
da
umas
vaquinhas... 13
Grupo coisa?
Móvel
—
Depois
disso,
o
Sr.
recebeu
mais
alguma
Jacaré — Não, não recebi mais nada, além de comida. Ele 16
disse que eu teria de pagar pelo dinheiro que recebi. Grupo Móvel — Mais nada? Companheira de Jacaré — Ele diz que a gente ainda está
19
devendo e não deixa tirar nossas vacas, diz que são dele. Até as leitoas que pegamos no mato ele diz que são dele. Grupo Móvel — Por que o Sr. continua trabalhando?
22
Companheira de Jacaré — Porque ele não quer ir embora sem receber nada. Nem as vacas ele deixa a gente levar. Grupo Móvel — Quantos anos o Sr. tem?
25
Jacaré — Tenho 64 anos. Grupo Móvel — E trabalha para ele há quantos anos? Jacaré — Faz uns 30 anos. Grupo Móvel — O Sr. pede dinheiro para ele?
28
Jacaré — Não, não peço. Precisa pedir? Se a gente trabalha, não precisa pedir. O
31
dilema
de
Eduardo
Silva,
conhecido
como
Jacaré,
enfim, foi resolvido. Ele foi retirado da fazenda em Xinguara, no
Pará.
O
Grupo
Especial
Móvel
de
Combate
ao
Trabalho
Escravo do MTE abriu para ele uma caderneta de poupança, 34
onde foi depositado o valor das verbas indenizatórias devidas, cerca de R$ 100 mil.
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Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 43 (com adaptações).
19. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) O que faz de Eduardo Silva objeto de interesse da ação do Grupo Móvel é o fato de que o trabalhador
optou
por
trabalhar
sem
receber
a
remuneração
correspondente, conforme se depreende do trecho “o patrão pediu para ficar e eu fiquei” (l. 6-7). Comentário – O texto indica (l. 28) que Jacaré espera receber pelo trabalho que desempenha na fazenda do patrão. Além disso, o Grupo Móvel ficou impressionado com o fato de Jacaré ter permanecido na fazenda (l. 4) mesmo depois da inspeção anterior realizada pelo próprio Grupo (l. 1). Isso o correu há cerca de oito anos (l. 3), quando saíram de lá vários trabalhadores (l. 4) que, ao que tudo indica, estavam em condições semelhantes à de Jacaré. Resposta – Item errado. No início de 2005, muito ouvimos falar de Davos – um lugar na Suíça onde se reuniram os luminares de todo o mundo para discutir as ansiedades que nos paralisam e as perplexidades que nos mobilizam. Por coincidência, Davos é também o cenário onde se monta a ação de um famoso romance escrito por Thomas Mann, A Montanha Mágica. O romance é de 1924 e descreve a vida de um grupo de personagens doentes que, no princípio do século, se instalaram no Sanatório Berghof, procurando recuperar a saúde. (...) Affonso Ramos de Sant’anna, Correio Brasiliense, 6/2/2005 (com adaptações)
20. (Cespe/TCU/ACE/2005) Infere-se do texto que, em Davos, está sendo filmada a adaptação cinematográfica de uma obra literária do início do século passado. www.pontodosconcursos.com.br
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Comentário – O texto associa a circunstância de tempo indicada por “no princípio do século” a “um grupo de personagens doentes”. Naquela época, eles “se instalaram no Sanatório Berghof, procurando recuperar a saúde”. A obra literária encenada em Davos é de 1924, isto é, do século passado; porém 24 anos depois do seu início. Resposta – Item errado. 21. (Cespe/TCU/ACE/2005)
Subentende-se,
da
leitura
do
primeiro
parágrafo, que o autor julga haver vários tipos de ansiedade e que todos eles paralisam o ser humano. Comentário – Subentender o que diz a banca examinadora neste item é desconsiderar completamente as evidências escritas no texto. Toda e qualquer inferência deve limitar-se às “pistas”, aos “rastros” encontrados no próprio texto, e não extrapolá-lo deliberadamente. Assim sendo, observe que as orações subordinadas adjetivas RESTRITIVAS “que nos paralisam” e “que nos mobilizam” limitam semanticamente o alcance dos substantivos “ansiedades” e “perplexidades”. Portanto podemos subentender que existem certas ansiedades e perplexidades que não nos afetam como outras. Resposta – Item errado. Desenvolvimento, ambiente e saúde (...) O
desenvolvimento,
sistemática 16
construção sociedades
19
de do
como
conhecimentos, crescimento
organizadas,
processo técnicas
qualitativo tem
de e
e
sido
incorporação recursos
na
quantitativo
das
reconhecido
como
ferramenta eficaz para a obtenção de uma vida melhor e mais duradoura. No entanto, esse desenvolvimento pode conspirar
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o
contra
premissas 22
objetivo e
processos e,
ecossistemas
comum,
em
quando
que
se
baseia
interferem
conseqüência,
na
em
valores,
negativamente saúde
individual
nos e
coletiva. Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).
22. (Cespe/TCU/ACE/2007) Depreende-se do último período do texto que a saúde,
individual
e
coletiva,
está
diretamente
relacionada
aos
ecossistemas que constituem valores, premissas e processos de um desenvolvimento sustentável. Comentário – Muito cuidado com este jogo de palavras que a banca examinadora faz para ludibriar os candidatos. Apenas a primeira parte da assertiva está correta. A saúde individual e coletiva guarda estreita relação com os ecossistemas, de modo que uma interferência neles causa reflexos nela. Apesar disso, a parte final do item traz uma construção sintática cujo teor
semântico
expressões
não
“valores”,
encontra
respaldo
“premissas”
e
no
texto
“processos”
original. em
Tomar
oração
as
adjetiva
restritiva caracterizadora dos ecossistemas é admitir que há outros ecossistemas que não influenciam a saúde individual e coletiva. Note que, no período original, o substantivo “ecossistemas” é empregado em sentido amplo, não restrito. Resposta – Item errado.
1
Berço
da
civilização
ocidental,
o
mar
Mediterrâneo
banha 21 países e abriga praias e enseadas paradisíacas que atraem nada menos que 200 milhões de turistas por ano. 4
Pesquisa recente mostra que ele é o mais poluído dos mares do planeta. A cada ano, suas águas recebem: 9 milhões de toneladas de resíduos industriais e domésticos não tratados, www.pontodosconcursos.com.br
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7
60% produzidos por França, Itália e Espanha; 15 milhões de toneladas que
10
de
detritos
visitam
suas por
derramadas
produzidos praias;
navios
por
200
600.000
durante
o
milhões
toneladas
de
turistas
de
movimento
de
petróleo carga
e
descarga e 30.000 toneladas perdidas em acidentes; redes de 13
pesca e embalagens plásticas, responsáveis pela morte de 50.000 focas que confundem esses objetos com alimentos. Veja, 1.º/8/2007, p.116-7 (com adaptações).
23. (Cespe/TCU/ACE/2007) Depreende-se da argumentação do texto que, se o Mar Mediterrâneo não fosse o “Berço da civilização ocidental” (l. 1), seus níveis de poluição não seriam tão altos. Comentário – Não há como sustentar o que a banca examinadora argumenta
em
nenhuma
passagem
do
texto.
Ele
aponta
causas
contemporâneas para a poluição do Mar Mediterrâneo. Contribuem para esse tipo de raciocínio os verbos empregados no presente do indicativo. O fato de ele ser o “Berço da civilização ocidental” nada mais é do que outra característica daquele mar, sem qualquer relação direta com seu atual estado de conservação. Resposta – Item errado. O
1
exercício
dinâmicas,
formadas
do
poder
por
condutas
ocorre de
mediante
autoridade,
múltiplas
de
domínio,
de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma 4
pessoa
sobre
subordinação,
outra,
que
resistência
ou
se
comporta
rebeldia.
Tais
com
dependência,
dinâmicas
não
se
reportam apenas ao caráter negativo do poder, de opressão, 7
punição de
ou
repressão,
disciplinar,
mas
controlar,
também
adestrar,
ao
seu
aprimorar.
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caráter O
poder
positivo, em
si 30
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não existe, não é um objeto natural. O que há são relações de 10
poder
heterogêneas
e
em
constante
transformação.
O
poder
é, portanto, uma prática social constituída historicamente. Na 13
barreiras
rede ou
social,
as
fronteiras:
Consequentemente,
nós
podemos
dinâmicas as
de
vivemos
ser
poder a
todo
comandados,
não
têm
momento. submetidos
ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo 16
para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel
social,
que
nos
faz
complementar,
passivamente
ou
não, as regras políticas da situação em que nos encontramos. Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
24. (Cespe/TCU/AFCE/2009) É correto concluir, a partir da argumentação do texto, que o poder é dinâmico e que há múltiplas formas de sua realização, com faces heterogêneas, positivas ou negativas; além disso, ele afeta todos que vivem em sociedade, tanto os que a ele se submetem, quanto os que a ele resistem. Comentário – A banca fez um resumo do texto, a partir dos próprios elementos (das evidências) dele. Repare e compare: “ “O exercício do poder ocorre mediante múltiplas dinâmicas” (l 1-2)”; “Tais
dinâmicas
não
se
reportam
apenas
ao
caráter
negativo do poder (...), mas também ao seu caráter positivo” (l. 5-7); “O que há são relações de poder heterogêneas” (l. 9-10); “Na rede social (...) podemos ser comandados, submetidos ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo” (l. 12-15). www.pontodosconcursos.com.br
31
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Resposta – Item certo. 25. (Cespe/TCU/AFCE/2009) De acordo com a argumentação do texto, o poder “não é um objeto natural” (l.9) porque é criado artificialmente nas relações de opressão social. Comentário – O problema aqui está na razão que a banca alega para sustentar o fato de o poder não ser um objeto natural. O texto é claro em ao dizer que “Tais dinâmicas [as que acarretam o exercício do poder] não se reportam apenas ao caráter negativo do poder, de opressão, punição ou repressão, mas também ao seu caráter positivo, de disciplinar, controlar, adestrar,
aprimorar”
(l.
5-8).
O
Cespe
simplesmente
desprezou
as
evidências do próprio texto. Resposta – Item errado.
Nossos
1
do
país
projetos
no
qual
de
vida
vivemos.
E
dependem o
futuro
muito
de
um
do país
futuro não
é
e,
às
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói. 4
E
constrói-se
vezes, 7
até
concepções conflitantes. Para
10
13
no
meio
violentos de
—
de
embates
entre
grupos
desenvolvimento
muitos,
os
carros
muito
e
de
com
intensos visões
interesses
luxo
que
bairros elegantes das capitais ou os constituem indicadores de modernidade.
telefones
Modernidade
todos
seria
assegurar
a
— de
futuro,
distintos
trafegam celulares os
e
pelos não
habitantes
do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício dos direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a um
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modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população alimentação, 16
19
parques
bibliotecas, pensam rápida sólidas
moradia,
assim,
é
escola, públicos.
sistema
hospital,
transporte
Modernidade,
judiciário
eficiente,
para com
e democrática da justiça; são instituições e eficazes; é o controle nacional das
coletivo, os
que
aplicação públicas decisões
econômicas. Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Infere-se da leitura do texto que o futuro de um país seria “obra do acaso” (l.3) se a modernidade não assegurasse um padrão de vida democrático a todos os seus cidadãos. Comentário – Inferir isso é desconsiderar completamente o que está dito nas linhas 2 e 3, por exemplo: “...o futuro de um país não é obra do acaso ou da fatalidade.” O autor é contundente quanto a isso. Além do mais, não é unânime a ideia de que a modernidade assegura (repare o verbo no presente, indicando um acontecimento real, concreto) um padrão de vida democrático a todos os seus cidadãos, como dá a entender a banca examinadora por meio da abordagem que faz. Repare que o texto (e sempre temos que nos reportar a ele) informa que, para alguns, a modernidade é evidenciada
pela
alta
tecnologia,
pelas
belas
construções
e
pelos
deslumbrantes automóveis e, para outros, ela “seria” (repare agora o uso do subjuntivo, indicando apenas uma possibilidade, um fato ainda não estabelecido) o que o enunciado, em outras palavras, diz que ela já é. Resposta – Item errado.
Entraremos na última parte desta aula. Tratarei então de reescritura de texto ou de parte dele.
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Reescritura de Texto Esclareço que toda vez que uma obra faz alusão à outra, ocorre a intertextualidade. Isso se concretiza de várias formas. Aqui, abordarei aquela que costuma aparecer em provas e que pode ser cobrada no concurso que você fará, só que com outra “roupagem”: a paráfrase. Na paráfrase, as palavras são mudadas, porém a ideia do texto original é confirmada pelo novo texto; a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. E não apenas com outras palavras, mas também com outra estruturação sintática. Normalmente, as bancas indagam se, nesse processo, a coesão (correção gramatical) e a coerência (significado original do texto) foram mantidas. É muito importante que esses dois aspectos sejam respeitados na hora de parafrasear o texto original. Passemos à análise de questões do Cespe/UnB que envolvem esse assunto, o último desta aula.
A
1
cidade
estivera
agitada
por
motivos
de
ordem
técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 4
Dous
candidatos
e
dous
partidos
disputavam
a
palma
com
alma. Vá de rima; sempre é melhor que disputá-la a cacete, cabeça ou navalha, como se usava antigamente. A garrucha 7
era
empregada
destinada
a
no fazer
interior. eleições
Um
dia,
sinceras
apareceu e
a
Lei
sossegadas.
Saraiva, Estas
passaram a ser de um só grau. Oh! ainda agora me não
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34
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esqueceram os discursos que ouvi, nem os artigos que li por
10
esses tempos atrás pedindo a eleição direta! A eleição direta era a salvação pública. Muitos explicavam: direta e censitária. Eu,
13
pobre
rapaz
sem
experiência,
ficava
embasbacado
quando
ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no método; mas, não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava a lei.
16
(...) Machado de Assis. Op. Cit., p. 706.
27. (Cespe/TSE/Analista
Judiciário/Administrador/2007)
A
correção
gramatical e as idéias originais serão mantidas, caso se reescreva o trecho “me não esqueceram (...) artigos que li” (l. 9-10) da seguinte forma: não me esqueço dos discursos que ouvi, nem dos artigos que li. Comentário – No texto original, o verbo esquecer é empregado como transitivo indireto. Tem como sujeito toda a expressão “os discursos que ouvi, nem os artigos que li por esses tempos atrás pedindo a eleição direta”. Seu objeto indireto é representado pelo pronome oblíquo átono “me”, que – em virtude da existência de duas palavras atrativas – antecede o verbo, podendo ficar entre elas ou depois da última. Na nova redação, a ideia original foi preservada; contudo mudou-se a estruturação sintática da frase. Agora, o verbo utilizado é o esquecer-se, pronominal. O que funcionava anteriormente como sujeito tornou-se objeto indireto; e o antigo objeto indireto (“me”) transformou-se em parte integrante do verbo. Tudo de acordo com a perfeita correção gramatical e com o significado original do texto. Resposta – Item certo.
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Caro eleitor, Nos
1
vivamente
últimos os
meses,
a
brasileiros.
campanha No
política
primeiro
mobilizou
turno,
foram
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 4
comparecimento em
7
que
tudo
às
urnas
aconteceu
e de
de
uma
forma
irrepreensível
tranqüila
e
votação,
organizada,
a
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o Brasil como modelo nessa área. (...) Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet: (com adaptações).
28. (Cespe/TSE/Analista
Judiciário/Administrador/2007)
Na
linha
3,
a
substituição do sinal de dois-pontos por ponto final e o emprego de inicial maiúscula em “além” provocam truncamento sintático, o que prejudica a coerência do texto. Comentário – Minha sugestão é que você reescreva, à parte, o trecho da forma que a banca sugere, sempre que possível e principalmente se tiver dificuldades em “visualizar” as modificações propostas. Então, mãos à obra! No primeiro turno, foram alcançadas marcas extraordinárias. Além do alto índice de comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação, em que tudo aconteceu de forma tranqüila e organizada, a apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o Brasil como modelo nessa área. Agora, atente para o que a banca está dizendo. Ela argumenta que essa forma de reescritura causa “truncamento sintático” e prejuízo à “coerência do texto”. Em outras palavras, o Cespe/UnB alega que as modificações
causam
problemas
quanto
à
correção
gramatical
e
à
preservação do sentido original das informações. Compare os dois modelos e constate que o texto continua coeso, correto e coerente. www.pontodosconcursos.com.br
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Resposta – Item errado. (...) A
10
despeito
primeira
vítima
das
da
recentes
crise
asiática,
turbulências, mostra
a
índices
Tailândia,
melhores
do
que então. Houve um golpe militar, em setembro de 2006, 13
16
foi
deposto
corrupção
e
malversação
confiança
dos
quando
de
conselho
o de
investidores segurança
primeiro-ministro dinheiro. no
país,
nacional
Aos
acusado poucos,
governado
provisório,
volta por
com
de a um
eleições
previstas para o fim do ano. Carta Capital, 1.º/8/2007, p. 12 (com adaptações).
29. (Cespe/TCU/ACE/2007) Mantêm-se a coerência textual e a correção gramatical ao se transformar o aposto final do texto em uma oração desenvolvida: cujas eleições são previstas para o fim de ano. Comentário – Conhecimento sobre análise sintática é importante para a resolução deste item. Para ser mais didático, dividirei minha explicação em dois momentos: o primeiro sobre aposto, e o segundo sobre oração subordinada adjetiva explicativa. Aposto é o termo de caráter nominal que se junta a um substantivo,
ou
a
qualquer
palavra
substantivada,
para
explicá-lo,
especificá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo. No texto original, ele é representado pela expressão “com eleições previstas para o fim do ano”. Note
também
que
ele
estabelece
um
nexo
semântico
de
caráter
explicativo com o substantivo a que se refere (“país”). Outra característica desse tipo de aposto é sua separação do substantivo por meio de uma vírgula.
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A alteração proposta no item analisado traz uma oração (observe a presença da locução verbal “são previstas”) também de caráter explicativo. Esta é introduzida pelo pronome relativo “cujas”, que, semanticamente, estabelece uma relação de posse/dependência entre os substantivos “país” e “eleições”. Diante
disso,
não
há
nenhuma
alteração
na
linha
argumentativa (coerência) do texto original ao se proceder à substituição de um termo nominal de caráter explicativo (aposto) por outro de base verbal também
de
caráter
explicativo
(oração
subordinada
adjetiva
explicativa). Em relação à correção gramatical, a alteração proposta respeita as normas da gramática normativa. Resposta – Item certo. Celular recebe ligação e relâmpago Não
é
recomendável
usar
telefones
celulares
durante
tempestades com raios e trovões, sob risco de atrair as descargas elétricas. O alerta foi feito por médicos recentemente. Os 15
especialistas
anos
que
relataram
usava
o
telefone
o
caso em
de
um
uma
menina
de
parque
quando
foi
eletrocutada por um raio. A jovem sobreviveu, mas teve danos permanentes à saúde. O
fenômeno
é
raro,
mas
é
um
problema
de
saúde
pública. A população precisa ser educada para o risco. Assim, poderemos
prevenir
casos
fatais
como
esse,
no
futuro,
disse
Swinda Esprit, médica do Northick Park Hospital, no Reino Unido. Ela explicou, ainda, que, quando uma pessoa é atingida pela descarga elétrica de um raio, a alta resistência da pele
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humana conduz a energia pelo corpo, em um fenômeno chamado flashover. No entanto, se algum objeto feito de metal, como um telefone celular, estiver em contato com a pele, interrompe-se o flashover e aumenta a gravidade dos ferimentos internos. Jornal do Brasil, 24/6/2006 (com adaptações).
Os itens a seguir são reescritas de trechos do texto. Julgue-os quanto à correção gramatical. 30. (Cespe/Anatel/Analista
Administrativo/2006)
Durante
tempestades,
médicos, recentemente, alertaram que eles não recomendam o uso de telefones celulares que, com raios e trovões, atraíam descargas elétricas. Comentário – O texto reescrito dessa forma estabelece uma distinção entre os celulares que atraem descargas elétricas e os que não os atraem. Isso ocorre por causa da utilização inoportuna da oração subordinada adjetiva “que (...) atraíam descargas elétricas”, que restringe o significado semântico de “telefones celulares”. Além disso, os médicos não fizeram o alerta, estando eles mesmos em uma circunstância de chuva. Resposta – Item errado. 31. (Cespe/Anatel/Analista Administrativo/2006) Os médicos mencionaram uma situação em que, em um parque, uma jovem de 15 anos de idade, ao usar o telefone celular, foi eletrocutada por um raio. Ela não morreu, tendo sofrido, no entanto, danos irreparáveis à saúde. Comentário – Paráfrase perfeita. Tanto a correção gramatical, quanto a informação primeira do texto foram preservadas. Note as transformações feitas: “Os especialistas relataram o caso de...”
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Os médicos mencionaram uma situação em que... “A jovem sobreviveu...” Ela não morreu... “...mas teve danos permanentes à saúde.” tendo sofrido, no entanto, danos irreparáveis à saúde. Resposta – Item certo. 32. (Cespe/Anatel/Analista Administrativo/2006) A médica acrescentou, também, que, caso uma pessoa for vítima de um raio, a pele dela, altamente
resistente,
conduzirá
a
energia
elétrica
pelo
corpo,
tratando-se o fenômeno do que se denomina flashover. Comentário – A correção gramatical é infringida. A utilização da conjunção subordinativa condicional “caso” obriga o verbo ser a flexionar-se no presente do subjuntivo: seja. É importante salientar que, se fosse empregada a conjunção subordinativa condicional se, a forma verbal “for” (futuro do subjuntivo) estaria também correta. Resposta: Item errado.
Nossos
1
do
país
projetos
no
qual
de
vida
vivemos.
E
dependem o
futuro
de
muito um
do país
futuro não
é
e,
às
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói. 4
E
constrói-se
vezes, 7
até
concepções conflitantes.
no
meio
violentos de
—
de
embates
entre
muito
grupos
desenvolvimento
e
com
intensos visões
interesses
— de
futuro,
distintos
e
(...) Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade
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nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
33. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Para evitar o emprego redundante de estruturas sintático-semânticas, como o que se identifica no trecho “Uma nação se constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos” (l.3-4), poder-se-ia unir as ideias em um só período sintático — Uma nação se constrói no meio de embates —, o que preservaria a correção gramatical do texto, mas reduziria a intensidade de sua argumentação. Comentário – A reescritura preserva a correção gramatical e a coerência, mas realmente a força argumentativa é diminuída com o apagamento da reiteração da estrutura aludida. Resposta: Item certo.
Por hoje é só. Na próxima aula falarei sobre ortografia, seleção/adequação vocabular e acentuação gráfica. Em virtude do novo Acordo Ortográfico, é bom ficar atento às possíveis “pegadinhas” que o Cespe/UnB poderá armar para cima de você. Portanto, não perca a próxima aula e intensifique seus estudos. Um grande abraço e até a próxima! Professor Albert Iglésia
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
Cuidados para evitar envenenamentos 1
Mantenha
sempre
medicamentos
e
produtos
tóxicos fora
do alcance das crianças; 4
Não utilize medicamentos sem e leia a bula antes de consumi-los; Não
7
armazene
restos
de
ao seu prazo de validade; Nunca deixe de ler o
orientação
medicamentos
rótulo
ou
a
de e
um
médico
tenha
bula
atenção
antes
de
usar
que
não
haja
e
com
qualquer medicamento; 10
Evite tomar remédio na frente de crianças; Não ingira nem dê remédio no escuro
para
trocas perigosas; 13
Não utilize remédios prazo de validade vencido;
sem
orientação
médica
Mantenha os medicamentos nas embalagens originais; Cuidado 16
com
com
remédios
embalagens
de
muito
uso
infantil
parecidas;
e
erros
de
uso
adulto
de
identificação
podem causar intoxicações graves e, às vezes, fatais; Pílulas 19
brilhantes
e
despertam
a
crianças; 22
coloridas,
atraentes, atenção
não
medicamentos
embalagens
e
odor e
a
e e
garrafas sabor
curiosidade
estimule
essa
produtos
domésticos
bonitas, adocicados
natural
curiosidade; trancados
das
mantenha e
fora
do alcance dos pequenos. Internet: <189.28.128.100/portal/aplicacoes/noticias> (com adaptações).
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1.
(Cespe/MS/Agente Administrativo/2008) O emprego do imperativo nas oito primeiras frases depois do título indica que se trata de um texto narrativo.
Por obrigação profissional, vivo metido no meio de pessoas de
1
sucesso, como 4
marcadas
pela
notável
brilho
provoca
a
o
Aplauso
permanente.
vicia.
superação
ansiedade
de do
Arriscando-me
a
limites.
Vejo
reconhecimento fazer
psicologia
de botequim, frase de livro de auto-ajuda ou reflexões vulgares da meia-idade, exponho uma desconfiança: o adulto que gosta de 7
brincar e não faz sucesso tem, em contrapartida, a magnífica chance de ser mais feliz, livre do vício do aplauso, mais próximo das coisas simples. O problema é que parece ridículo uma escola
10
informar
aos
pais
que
mais
importante
do
que
gerar
bons
profissionais, máquinas de produção, é fazer pessoas felizes por serem o que são e gostarem do que gostam. Gilberto Dimenstein. O direito de brincar. In: Folha de S. Paulo, 2/11/2001, p. C8 (com adaptações).
2.
(Cespe/PRF/Policial Rodoviário/2004) A opção pelo emprego do ponto de vista em primeira pessoa atribui ao texto certo grau de subjetividade e configura um gênero de artigo em que as opiniões são assumidas de forma pessoal.
3.
(Cespe/PRF/Policial Rodoviário/2004) Expressões como “vivo metido no meio de pessoas” (l. 1) e “psicologia de botequim” (l. 2) denotam interesse em produzir um texto coloquial, informal, que se distancia dos gêneros próprios do discurso científico.
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Um
1
lugar
funcionários
sob
são
o
comando
orientados
por
de
gestores,
metas,
têm
o
onde
os
desempenho
avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela 4
eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo — menos das
7
uma
escola
práticas
escolas
implantadas
estaduais
experiência 10
pública de
chama
brasileira. com
atenção
essas
sucesso
ensino
a
Pois
em
médio pelo
são
um
de
grupo
de
Pernambuco.
A
impressionante
dos estudantes depois que ingressaram ali. Como é praxe no local, o avanço
algumas
foi
progresso
quantificado.
Os alunos são testados na entrada, e quase metade deles tirou zero em matemática e notas entre 1 e 2 em português. Isso 13
em
uma
cravaram
16
19
escala
de
6
tais
em
Ministério
da
brasileiras,
a
a
10.
matérias,
Educação. média
foi
Em tão
distingue
administradas
por
uma
parceria
dos
são
alunos,
cumprimento
por
avaliados
dos das
pais
metas
das
do
quatro
acadêmicas.
eles
aplicada
pelo
saída,
o
uma
elas
são
e
uma
região.
Os
governo da
e
recebem
ainda Aos
públicas há
demais:
frentes:
diretor
anos,
escolas
De
entre
três
prova
empresários em
e
uma
alta.
as
formada
de
poucas
que
associação
Depois
em
característica
professores
22
zero
notas
outra melhores,
pelo é
concedido bônus no salário. Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
4.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Predomina no fragmento o tipo textual narrativo ficcional.
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Grupo Móvel — O Sr. se lembra quando o Grupo esteve aqui antes? Jacaré — Hum! Olha, acho que faz uns oito anos... 4
Grupo Móvel — Saiu um monte de gente, por que o Sr. não saiu? Jacaré — É, saiu um monte de gente, mas o patrão pediu para
7
ficar e eu fiquei. Grupo
Móvel
—
O
que
o
Sr.
fez
com
o
dinheiro
da
indenização que recebeu na época? 10
Jacaré
—
Construí
um
barraquinho...
Comprei
umas
vaquinhas... 13
Grupo coisa?
Móvel
—
Depois
disso,
o
Sr.
recebeu
mais
alguma
Jacaré — Não, não recebi mais nada, além de comida. Ele 16
disse que eu teria de pagar pelo dinheiro que recebi. Grupo Móvel — Mais nada? Companheira de Jacaré — Ele diz que a gente ainda está
19
devendo e não deixa tirar nossas vacas, diz que são dele. Até as leitoas que pegamos no mato ele diz que são dele. Grupo Móvel — Por que o Sr. continua trabalhando? Companheira de Jacaré — Porque ele não quer ir embora sem
22
receber nada. Nem as vacas ele deixa a gente levar. Grupo Móvel — Quantos anos o Sr. tem? Jacaré — Tenho 64 anos.
25
Grupo Móvel — E trabalha para ele há quantos anos? Jacaré — Faz uns 30 anos. Grupo Móvel — O Sr. pede dinheiro para ele?
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45
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28
Jacaré — Não, não peço. Precisa pedir? Se a gente trabalha, não precisa pedir. O
31
dilema
de
Eduardo
Silva,
conhecido
como
Jacaré,
enfim, foi resolvido. Ele foi retirado da fazenda em Xinguara, no
Pará.
O
Grupo
Especial
Móvel
de
Combate
ao
Trabalho
Escravo do MTE abriu para ele uma caderneta de poupança, 34
onde foi depositado o valor das verbas indenizatórias devidas, cerca de R$ 100 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 43 (com adaptações).
5.
Administrativo/2008)
(Cespe/MTE/Agente
Por
suas
características
estruturais, é correto afirmar que o texto em análise é uma descrição.
Trabalho escravo: longe de casa há muito mais de uma semana O
1
resgate
degradante de 4
é
suas
rotina
de
nas
Trabalho
encontrados
ações
do
Escravo,
em
1995,
trabalhadores
Grupo
do
já
em
Especial
MTE.
são
situação
mais
submetidos
Secchin,
um
do
Grupo
Móvel.
do
Norte,
José
ser
chamado
—
dos
Natural
Galdino saiu
da de
oito
de
a
de
coordenadores
Currais
Silva casa
—
com
Novos, 10
30
Rio
de
mil
lembra
operações
como
anos
que
condições
das no
Copaíba,
Móvel
Desde
desumanas de trabalho. “Chamou-me a atenção o caso de um trabalhador que há 30 anos não via a família”, Cláudio
10
ao
trabalhadores
operações,
libertações 7
uma
Combate
iniciou
de
Grande
gosta idade
de para
trabalhar no Norte. Nunca estudou. Durante 40 anos, veio 13
passando trabalhando
de
fazenda
com
em
derrubada
fazenda, de
mata
de e
pensão roça
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de
em pasto.
pensão, Nunca 46
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 1
a
teve 16
carteira vezes
quantas nunca
se
de
trabalho
assinada
não
recebeu
pelo
casou
nem
teve
e
perdeu
trabalho
filhos.
“Não
a
que
conta
fez.
de
Copaíba
conseguia
dormir
direito por não conseguir juntar dinheiro sequer para retornar 19
à
minha
fazenda
cidade no
e
rever
município
a
família”,
paraense
de
relatou.
Piçarras
Quando
foi
uma
fiscalizada
em
junho deste ano, Copaíba foi localizado pelo Grupo Móvel, 22
e
resgatado
recebeu
de
indenização
trabalhista
mais
de
R$ 5 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 40-2 (com adaptações).
6.
Empregam-se,
(Cespe/MTE/Administrador/2008)
no
texto,
alguns
elementos estruturais da narrativa que, nesse caso, são fundamentais para a consolidação de sua natureza informativa e jornalística.
O
1
termo
cinquenta, 4
pelo
sociólogo
foi
William
cunhado, H.
na
Whyte,
década para
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, tomando decisões temerárias e causando grandes Os
manuais
processo 7
groupthinking
de
mental
uniformes,
seus
gestão coletivo
definem que
indivíduos
groupthinking
ocorre
pensam
quando da
os
mesma
de
explicar fracassos.
como
um
grupos
são
forma
e
o
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas diferentes 10
ilusão a
13
de
riscos;
das
usuais.
Os
invulnerabilidade, um
esforço
sintomas que
gera
coletivo
são
conhecidos:
otimismo para
contrárias às teses dominantes; uma moralidade das ações dos membros do
e
pode
neutralizar
uma levar visões
crença absoluta na grupo; e uma visão
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47
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dos
distorcida
inimigos,
comumente
vistos
como
iludidos,
fracos ou simplesmente estúpidos. 16
Tão
antigas
contrapor
19
22
a
como
o
patologia:
pensamento
crítico
dominante;
segundo,
transparentes
de
conceito
primeiro,
e
são é
visões
é
necessário e
receitas
preciso
as
governança
as
para
estimular
alternativas
à
adotar
procedimentos
de
o
visão sistemas
auditoria;
terceiro, é desejável renovar constantemente o grupo, de forma a oxigenar as discussões e o processo de tomada de decisão. Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
7.
(Cespe/TCU/AFCE/2009) A sequência narrativa inicial, relatando a origem do termo “groupthinking” (l.1), não caracteriza o texto como narrativo, pois integra a organização do texto predominantemente argumentativo.
8.
(Cespe/TCU/AFCE/2009) Apesar de a definição de “groupthinking” (l.59) sugerir neutralidade do autor a respeito desse processo, o uso metafórico de palavras da área de saúde, como “sintomas” (l.9), “receitas” (l.16) e “patologia” (l.17), orienta a argumentação para o valor negativo e indesejável de groupthinking.
1
Falei mesmo
de
tempo
esquisitices. a
capacidade
Aqui
está
política
uma,
deste
que
povo
e
prova a
ao
grande
observação dos seus legisladores (...). Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
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48
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9.
Judiciário/Administrador/2007)
(Cespe/TSE/Analista
Após
o
termo
“uma” (l. 1), subentende-se a elipse da palavra esquisitice.
Caro eleitor, últimos
Nos
1
vivamente
meses,
os
a
campanha
brasileiros.
No
política
primeiro
mobilizou
turno,
foram
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 4
em 7
que
tudo
e de
de
uma
forma
irrepreensível
tranqüila
e
votação,
organizada,
a
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o Brasil como modelo nessa área.
República
e
serão dos
definidos
os
governadores
nomes
de
do
alguns
presidente
estados.
O
da país,
mais do que nunca, conta com você. Democracia aperfeiçoa
13
urnas
aconteceu
Amanhã
10
às
comparecimento
no
bem-preparada, alicerces
é
são
algo
que
dia-a-dia. erguida
lhe É
sobre
exatamente
os
diz
respeito
e
que
como
uma
fortes
alicerces.
votos
de
todos
se
construção os
Esses cidadãos.
Quanto mais fiel você for no exercício do direito de definir 16
os
representantes,
democracia. escolha, 19
Por
mais isso,
elegendo,
de
sólidas
é
serão
essencial
modo
as
que
bases
da
nossa
você
valorize
essa
o
candidato
que
consciente,
julgar com mais condições para conduzir os destinos do país e de seu estado. Você
22
próximos próprio
estará quatro
bem-estar
determinando anos. e
de
Estará sua
o
Brasil
definindo família,
o
que o
teremos
amanhã,
crescimento
o
nos seu
geral,
a
melhoria do emprego, da habitação, da saúde e segurança
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49
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25
públicas,
do
transporte,
o
preço
dos
alimentos.
O
momento
é decisivo e em suas mãos — entenda bem, em suas mãos — está depositada a confiança em dias felizes. participe.
Compareça,
28
Não
se
omita,
não
transfira
a
outros uma escolha que é sua. Pense e vote com a firmeza de quem sabe o que está fazendo, com a responsabilidade de 31
realmente
quem para
o
compreende
progresso
da
a
nação
importância brasileira.
de
Esta
sua
atitude
a
melhor
é
contribuição que você poderá dar a sua Pátria. Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet: (com adaptações).
10. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) A expressão “nessa área” (l. 7) retoma a idéia implícita, no parágrafo, de processo eleitoral.
fator
Um
1
a
ser
revisto
no
MERCOSUL
é
o
foco:
não
adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. É preciso focar as ações de modo pragmático, com as seguintes 4
prioridades:
concluir
a
união
aduaneira;
eliminar
barreiras
jurídicas e monetárias; facilitar os negócios entre as empresas dos países-membros e obter financiamentos em nome do bloco 7
no Banco Mundial, para ampliar a infra-estrutura regional, o que até
agora
sequer
fitossanitária 10
possível, houver
13
foi
devem
pois
ser
não
entrave
pleiteado.
haverá
no
As
questões
harmonizadas bloco
intercâmbio
o
econômico entre
os
alfandegária
mais
e
rapidamente
viável
enquanto
Estados-membros.
Finalmente, é preciso considerar que, no mundo globalizado, as relações externas afetam o cotidiano das empresas e das pessoas. O
atual
impasse
no
MERCOSUL
só
será
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superado
se
os 50
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empresários 16
se
organizarem
na
defesa
de
seus
interesses
e
direitos, por meio da informação e da mobilização da sociedade sobre as implicações internas das decisões tomadas em fóruns internacionais. Abram Szajman. O Globo, 26/11/2006 (com adaptações).
11. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) Na linha 7, o termo “o que” retoma o antecedente “ampliar a infra-estrutura regional”.
Um dos lugares-comuns do pensamento político é o de que
1
o
sistema
democrático
exige
a
descentralização
do
poder.
Democracia não é só o governo do povo, mas o governo do povo 4
a partir de sua comunidade. Esse é um dos argumentos clássicos para o voto distrital: o eleitor fortalece seu poder, ao associá-lo ao de seus vizinhos. Em países de boa tradição democrática, esses
7
vizinhos discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora
deles,
suas
idéias
com
os
candidatos.
Embora
isso
não
signifique voto imperativo — inaceitável em qualquer situação 10
—, o parlamentar escolhido sabe que há o eleitor múltiplo e bem identificado, ao qual deverá dar explicações periódicas. Se a esse
13
sistema se vincula a possibilidade do recall, do contramandato, cresce a legitimidade do instituto da representação parlamentar. O fato é que, com voto distrital ou não, tornou-se inadiável a
16
discussão em torno do sistema federativo. Quem conhece o Brasil fora das campanhas eleitorais sabe das profundas diferenças entre os estados. Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.
12. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) Acerca das relações lógico-sintáticas do texto acima, assinale a opção incorreta. www.pontodosconcursos.com.br
51
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A) “-lo”, em “associá-lo” (l. 5), refere-se a “poder” (l. 2). B) “deles” (l. 8) refere-se a “comitês dos partidos” (l. 7). C) “isso” (l. 8) refere-se a “discutem, dentro dos comitês dos partidos, mas também fora deles, suas idéias com os candidatos” (l. 7-8). D) “ao qual” (l. 11) refere-se a “parlamentar escolhido” (l. 10).
Grupo Móvel — O Sr. se lembra quando o Grupo esteve aqui antes? 4
Jacaré — Hum! Olha, acho que faz uns oito anos... Grupo Móvel — Saiu um monte de gente, por que o Sr. não saiu? Jacaré — É, saiu um monte de gente, mas o patrão pediu para
7
ficar e eu fiquei. Grupo
10
Móvel
—
O
que
o
Sr.
fez
com
indenização que recebeu na época? Construí um barraquinho... Jacaré —
o
dinheiro
Comprei
da
umas
vaquinhas... Grupo 13
Móvel
—
Depois
disso,
o
Sr.
recebeu
mais
alguma
coisa? Jacaré — Não, não recebi mais nada, além de comida. Ele
16
disse que eu teria de pagar pelo dinheiro que recebi. Grupo Móvel — Mais nada? Companheira de Jacaré — Ele diz que a gente ainda está
19
devendo e não deixa tirar nossas vacas, diz que são dele. Até as leitoas que pegamos no mato ele diz que são dele. Grupo Móvel — Por que o Sr. continua trabalhando? Companheira de Jacaré — Porque ele não quer ir embora sem
22
receber nada. Nem as vacas ele deixa a gente levar.
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Grupo Móvel — Quantos anos o Sr. tem? Jacaré — Tenho 64 anos. 25
Grupo Móvel — E trabalha para ele há quantos anos? Jacaré — Faz uns 30 anos. Grupo Móvel — O Sr. pede dinheiro para ele?
28
Jacaré — Não, não peço. Precisa pedir? Se a gente trabalha, não precisa pedir. O
31
dilema
de
Eduardo
Silva,
conhecido
como
Jacaré,
enfim, foi resolvido. Ele foi retirado da fazenda em Xinguara, no
Pará.
O
Grupo
Especial
Móvel
de
Combate
ao
Trabalho
Escravo do MTE abriu para ele uma caderneta de poupança, 34
onde foi depositado o valor das verbas indenizatórias devidas, cerca de R$ 100 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 43 (com adaptações).
13. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) Em “Porque ele não quer ir embora sem receber nada. Nem as vacas ele deixa a gente levar” (l. 21-22), nas duas ocorrências, o pronome “ele” refere-se à mesma pessoa.
Um
1
governo,
ou
uma
sociedade,
nos
tempos
modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a 4
própria
ideia
de
democracia.
Para
ser
democrático,
deve
contar, a partir das relações de poder estendidas a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras 7
e
procedimentos
atendimento
às
claros, demandas
que,
efetivamente,
públicas
da
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assegurem
maior
parte
o da
53
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elegidas
população, 10
pela
própria
sociedade,
através
de
suas
formas de participação/representação. Para
que
isso
ocorra,
contudo,
impõe-se
a
existência
e a eficácia de instrumentos de reflexão e o debate público 13
das
questões
coletivos
—
sociais
e,
vinculadas
muitas
vezes,
à
gestão
conflitantes,
de
interesses
como
os
direitos
liberais de liberdade, de opinião, de reunião, de associação 16
etc.
—,
tendo
direitos o 19
como
invioláveis,
início
da
Constitucionalismo Fala-se,
pressupostos
por
conquistados,
Idade Social
certo,
informativos
dos
do
núcleo
principalmente,
Moderna,
e
século
até
Direitos
um
XX
Humanos
desde
ampliados os e
dias
de
de
pelo hoje.
Fundamentais
de
todas as gerações ou ciclos possíveis. Rogério Gesta Leal. Poder político, estado e sociedade. Internet: (com adaptações).
14. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na organização da argumentação, o segundo parágrafo do texto estabelece a condição de o debate e a reflexão sobre os direitos humanos vinculados aos interesses coletivos estarem na base da ideia de democracia.
15. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento das ideias demonstra que, na linha 4, a flexão de singular em “deve” estabelece relações de coesão e de concordância gramatical com o termo “democracia”.
16. (Cespe/TCU/AFCE/2009)
O
pronome
“isso”
(l.11)
exerce,
na
organização dos argumentos do texto, a função coesiva de retomar e resumir o fato de que as “demandas públicas da maior parte da
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54
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(l.8-9)
população”
são
escolhidas
por
meio
de
“formas
de
participação/representação” (l.10).
O
1
exercício
dinâmicas,
formadas
do
poder
ocorre
por
condutas
de
mediante
autoridade,
múltiplas
de
domínio,
de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma 4
pessoa
sobre
outra,
que
se
comporta
com
dependência,
subordinação, resistência ou rebeldia. (..) Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
17. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Nas relações de coesão que se estabelecem no texto, o pronome “que” (l.4) retoma a expressão “exercício do poder” (l.1).
(...) Para 10
muitos,
os
carros
de
luxo
que
trafegam
bairros elegantes das capitais ou os constituem indicadores de modernidade.
telefones
Modernidade
todos
seria
assegurar
a
pelos
celulares os
não
habitantes
do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício 13
dos
direitos
democráticos.
Por
isso,
dão
mais
valor
a
um
modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população alimentação, 16
bibliotecas, pensam
19
rápida sólidas
moradia, parques
assim,
é
escola, públicos.
sistema
hospital,
transporte
Modernidade,
judiciário
eficiente,
para com
e democrática da justiça; são instituições e eficazes; é o controle nacional das
coletivo, os
que
aplicação públicas decisões
econômicas. www.pontodosconcursos.com.br
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Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
18. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O trecho “os que pensam assim” (l.1617) retoma, por coesão, o referente de “muitos” (l.8), bem como o sujeito
implícito
da
oração
“dão
mais
valor
a
um
modelo
de
desenvolvimento” (l.13-14).
Grupo Móvel — O Sr. se lembra quando o Grupo esteve aqui antes? 4
Jacaré — Hum! Olha, acho que faz uns oito anos... Grupo Móvel — Saiu um monte de gente, por que o Sr. não saiu?
7
Jacaré — É, saiu um monte de gente, mas o patrão pediu para ficar e eu fiquei. Grupo
10
Móvel
—
O
que
o
Sr.
fez
com
indenização que recebeu na época? Construí um barraquinho... Jacaré —
o
dinheiro
Comprei
da
umas
vaquinhas... 13
Grupo coisa?
Móvel
—
Depois
disso,
o
Sr.
recebeu
mais
alguma
Jacaré — Não, não recebi mais nada, além de comida. Ele 16
disse que eu teria de pagar pelo dinheiro que recebi. Grupo Móvel — Mais nada? Companheira de Jacaré — Ele diz que a gente ainda está
19
devendo e não deixa tirar nossas vacas, diz que são dele. Até as leitoas que pegamos no mato ele diz que são dele. Grupo Móvel — Por que o Sr. continua trabalhando?
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22
Companheira de Jacaré — Porque ele não quer ir embora sem receber nada. Nem as vacas ele deixa a gente levar. Grupo Móvel — Quantos anos o Sr. tem?
25
Jacaré — Tenho 64 anos. Grupo Móvel — E trabalha para ele há quantos anos? Jacaré — Faz uns 30 anos. Grupo Móvel — O Sr. pede dinheiro para ele?
28
Jacaré — Não, não peço. Precisa pedir? Se a gente trabalha, não precisa pedir. O
31
dilema
de
Eduardo
Silva,
conhecido
como
Jacaré,
enfim, foi resolvido. Ele foi retirado da fazenda em Xinguara, no
Pará.
O
Grupo
Especial
Móvel
de
Combate
ao
Trabalho
Escravo do MTE abriu para ele uma caderneta de poupança, 34
onde foi depositado o valor das verbas indenizatórias devidas, cerca de R$ 100 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 43 (com adaptações).
19. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) O que faz de Eduardo Silva objeto de interesse da ação do Grupo Móvel é o fato de que o trabalhador
optou
por
trabalhar
sem
receber
a
remuneração
correspondente, conforme se depreende do trecho “o patrão pediu para ficar e eu fiquei” (l. 6-7).
No início de 2005, muito ouvimos falar de Davos – um lugar na Suíça onde se reuniram os luminares de todo o mundo para discutir as ansiedades que nos paralisam e as perplexidades que nos mobilizam. Por coincidência, Davos é também o cenário onde se monta a ação de um famoso romance escrito por Thomas Mann, A Montanha Mágica. O romance é de 1924 e descreve a vida de um grupo de personagens www.pontodosconcursos.com.br
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doentes que, no princípio do século, se instalaram no Sanatório Berghof, procurando recuperar a saúde. (...) Affonso Ramos de Sant’anna, Correio Brasiliense, 6/2/2005 (com adaptações)
20. (Cespe/TCU/ACE/2005) Infere-se do texto que, em Davos, está sendo filmada a adaptação cinematográfica de uma obra literária do início do século passado.
21. (Cespe/TCU/ACE/2005)
Subentende-se,
da
leitura
do
primeiro
parágrafo, que o autor julga haver vários tipos de ansiedade e que todos eles paralisam o ser humano.
Desenvolvimento, ambiente e saúde (...) O
desenvolvimento,
sistemática 16
construção
de do
sociedades
como
processo
conhecimentos, crescimento
organizadas,
de
técnicas
qualitativo tem
e e
sido
incorporação recursos
na
quantitativo
das
reconhecido
como
ferramenta eficaz para a obtenção de uma vida melhor e mais 19
duradoura.
No
contra
objetivo
o
premissas 22
ecossistemas
e
entanto,
desenvolvimento
comum,
processos e,
esse
em
quando
que
se
baseia
interferem
conseqüência,
na
pode em
conspirar valores,
negativamente saúde
individual
nos e
coletiva. Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).
22. (Cespe/TCU/ACE/2007) Depreende-se do último período do texto que a saúde,
individual
e
coletiva,
está
diretamente
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relacionada
aos
58
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ecossistemas que constituem valores, premissas e processos de um desenvolvimento sustentável.
Berço
1
da
civilização
ocidental,
o
mar
Mediterrâneo
banha 21 países e abriga praias e enseadas paradisíacas que atraem nada menos que 200 milhões de turistas por ano. 4
Pesquisa recente mostra que ele é o mais poluído dos mares do planeta. A cada ano, suas águas recebem: 9 milhões de toneladas de resíduos industriais e domésticos não tratados,
7
60% produzidos por França, Itália e Espanha; 15 milhões de toneladas que
10
de
detritos
visitam
derramadas
produzidos
suas por
praias;
navios
por
200
600.000
durante
o
milhões
toneladas movimento
de de
de
turistas petróleo carga
e
descarga e 30.000 toneladas perdidas em acidentes; redes de 13
pesca e embalagens plásticas, responsáveis pela morte de 50.000 focas que confundem esses objetos com alimentos. Veja, 1.º/8/2007, p.116-7 (com adaptações).
23. (Cespe/TCU/ACE/2007) Depreende-se da argumentação do texto que, se o Mar Mediterrâneo não fosse o “Berço da civilização ocidental” (l. 1), seus níveis de poluição não seriam tão altos.
1
O
exercício
dinâmicas,
formadas
do
poder
por
condutas
ocorre de
mediante
autoridade,
de
múltiplas domínio,
de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma 4
pessoa
sobre
subordinação, 7
outra, resistência
que ou
se
comporta
rebeldia.
Tais
com
dependência,
dinâmicas
reportam apenas ao caráter negativo do poder, de opressão, punição ou repressão, mas também ao seu caráter www.pontodosconcursos.com.br
não
se
positivo, 59
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de
disciplinar,
controlar,
adestrar,
aprimorar.
O
poder
em
si
não existe, não é um objeto natural. O que há são relações de 10
heterogêneas
poder
e
em
constante
transformação.
O
poder
é, portanto, uma prática social constituída historicamente. Na 13
barreiras
rede ou
social,
as
fronteiras:
Consequentemente,
dinâmicas
nós
as
podemos
de
vivemos
ser
poder a
não
todo
comandados,
têm
momento. submetidos
ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo 16
para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel
social,
que
nos
faz
complementar,
passivamente
ou
não, as regras políticas da situação em que nos encontramos. Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
24. (Cespe/TCU/AFCE/2009) É correto concluir, a partir da argumentação do texto, que o poder é dinâmico e que há múltiplas formas de sua realização, com faces heterogêneas, positivas ou negativas; além disso, ele afeta todos que vivem em sociedade, tanto os que a ele se submetem, quanto os que a ele resistem.
25. (Cespe/TCU/AFCE/2009) De acordo com a argumentação do texto, o poder “não é um objeto natural” (l.9) porque é criado artificialmente nas relações de opressão social.
Nossos
1
do
país
projetos
no
qual
de
vida
vivemos.
E
dependem o
futuro
de
muito um
do país
futuro não
é
e,
às
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói. 4
E
constrói-se
vezes,
até
no
meio
violentos
—
de
embates
entre
muito
grupos
com
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intensos visões
— de
futuro, 60
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de
concepções 7
e
interesses
distintos
e
conflitantes. Para bairros
10
desenvolvimento
muitos,
elegantes
os das
carros
de
luxo
capitais
ou
os
que
trafegam
telefones
pelos
celulares
não
constituem indicadores de modernidade. Modernidade
seria
assegurar
a
todos
os
habitantes
do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício 13
dos
direitos
democráticos.
Por
isso,
dão
mais
valor
a
um
modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população alimentação, 16
bibliotecas, pensam
19
rápida sólidas
moradia, parques
assim,
é
escola, públicos.
sistema
hospital,
transporte
Modernidade,
judiciário
eficiente,
para
coletivo, os
com
e democrática da justiça; são instituições e eficazes; é o controle nacional das
que
aplicação públicas decisões
econômicas.Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Infere-se da leitura do texto que o futuro de um país seria “obra do acaso” (l.3) se a modernidade não assegurasse um padrão de vida democrático a todos os seus cidadãos.
A
1
cidade
estivera
agitada
por
motivos
de
ordem
técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 4
Dous
candidatos
e
dous
partidos
disputavam
a
palma
com
alma. Vá de rima; sempre é melhor que disputá-la a cacete, 7
cabeça ou navalha, como se usava antigamente. A garrucha era empregada no interior. Um dia, apareceu a Lei
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Saraiva,
61
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destinada passaram 10
a a
fazer ser
eleições
de
um
só
sinceras grau.
Oh!
e
sossegadas.
ainda
agora
Estas
me
não
esqueceram os discursos que ouvi, nem os artigos que li por esses tempos atrás pedindo a eleição direta! A eleição direta era a salvação pública. Muitos explicavam: direta e censitária.
13
Eu,
pobre
rapaz
sem
experiência,
ficava
embasbacado
quando
ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no método; 16
mas, não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava a lei. (...) Machado de Assis. Op. Cit., p. 706.
Judiciário/Administrador/2007)
27. (Cespe/TSE/Analista
A
correção
gramatical e as idéias originais serão mantidas, caso se reescreva o trecho “me não esqueceram (...) artigos que li” (l. 9-10) da seguinte forma: não me esqueço dos discursos que ouvi, nem dos artigos que li.
Caro eleitor, Nos
1
vivamente
últimos os
meses,
a
brasileiros.
campanha No
política
primeiro
mobilizou
turno,
foram
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 4
comparecimento em
7
que
tudo
às
urnas
aconteceu
e de
de
uma
forma
irrepreensível
tranqüila
e
votação,
organizada,
a
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o Brasil como modelo nessa área. (...) Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet: (com adaptações).
28. (Cespe/TSE/Analista
Judiciário/Administrador/2007)
Na
linha
3,
a
substituição do sinal de dois-pontos por ponto final e o emprego de www.pontodosconcursos.com.br
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inicial maiúscula em “além” provocam truncamento sintático, o que prejudica a coerência do texto.
(...) A
10
despeito
primeira
vítima
das
da
recentes
crise
asiática,
turbulências, mostra
índices
a
Tailândia,
melhores
do
que então. Houve um golpe militar, em setembro de 2006, 13
16
foi
deposto
corrupção
e
malversação
confiança
dos
quando
conselho
de
o de
investidores segurança
primeiro-ministro dinheiro. no
Aos
país,
nacional
acusado poucos,
volta
governado
provisório,
de
por
com
a um
eleições
previstas para o fim do ano. Carta Capital, 1.º/8/2007, p. 12 (com adaptações).
29. (Cespe/TCU/ACE/2007) Mantêm-se a coerência textual e a correção gramatical ao se transformar o aposto final do texto em uma oração desenvolvida: cujas eleições são previstas para o fim de ano.
Celular recebe ligação e relâmpago Não
é
recomendável
usar
telefones
celulares
durante
tempestades com raios e trovões, sob risco de atrair as descargas elétricas. O alerta foi feito por médicos recentemente. Os
especialistas anos
que
relataram usava
o
o
caso
telefone
de em
uma um
menina
parque
de
15
quando
foi
eletrocutada por um raio. A jovem sobreviveu, mas teve danos permanentes à saúde. O
fenômeno
é
raro,
mas
é
um
problema
de
saúde
pública. A população precisa ser educada para o risco. Assim,
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63
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poderemos Swinda
prevenir
Esprit,
casos
médica
do
fatais
como
Northick
esse,
Park
no
futuro,
Hospital,
no
disse Reino
Unido. Ela explicou, ainda, que, quando uma pessoa é atingida pela descarga elétrica de um raio, a alta resistência da pele humana conduz a energia pelo corpo, em um fenômeno chamado flashover. No entanto, se algum objeto feito de metal, como um telefone celular, estiver em contato com a pele, interrompe-se o flashover e aumenta a gravidade dos ferimentos internos. Jornal do Brasil, 24/6/2006 (com adaptações).
Os itens a seguir são reescritas de trechos do texto. Julgue-os quanto à correção gramatical. 30. (Cespe/Anatel/Analista
Administrativo/2006)
Durante
tempestades,
médicos, recentemente, alertaram que eles não recomendam o uso de telefones celulares que, com raios e trovões, atraíam descargas elétricas.
31. (Cespe/Anatel/Analista Administrativo/2006) Os médicos mencionaram uma situação em que, em um parque, uma jovem de 15 anos de idade, ao usar o telefone celular, foi eletrocutada por um raio. Ela não morreu, tendo sofrido, no entanto, danos irreparáveis à saúde.
32. (Cespe/Anatel/Analista Administrativo/2006) A médica acrescentou, também, que, caso uma pessoa for vítima de um raio, a pele dela, altamente
resistente,
conduzirá
a
energia
elétrica
pelo
corpo,
tratando-se o fenômeno do que se denomina flashover.
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Nossos
1
do
país
projetos
no
qual
de
vida
vivemos.
E
dependem o
futuro
de
muito um
do país
futuro não
é
e,
às
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói. 4
E
constrói-se
vezes, 7
até
concepções conflitantes.
no
meio
violentos de
—
de
embates
entre
muito
grupos
desenvolvimento
e
com
intensos visões
interesses
— de
futuro,
distintos
e
(...) Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
33. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Para evitar o emprego redundante de estruturas sintático-semânticas, como o que se identifica no trecho “Uma nação se constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos” (l.3-4), poder-se-ia unir as ideias em um só período sintático — Uma nação se constrói no meio de embates —, o que preservaria a correção gramatical do texto, mas reduziria a intensidade de sua argumentação.
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GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
1.
Item errado
26. Item errado
2.
Item certo
27. Item certo
3.
Item certo
28. Item errado
4.
Item errado
29. Item certo
5.
Item errado
30. Item errado
6.
Item certo
31. Item certo
7.
Item certo
32. Item errado
8.
Item certo
33. Item certo
9.
Item certo
10. Item certo 11. Item errado 12. Certo, certo, certo, errado (ler a ressalva) 13. Item errado 14. Item certo 15. Item errado 16. Item errado 17. Item errado 18. Item certo 19. Item errado 20. Item errado 21. Item errado 22. Item errado 23. Item errado 24. Item certo 25. Item errado
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Olá, prezado(a) aluno(a) do Ponto dos Concursos! Estamos nós aqui para mais uma aula do nosso curso de exercícios para o concurso do TCU. Desta vez será sobre ortografia, seleção vocabular, significação das palavras e acentuação gráfica. É possível que, a essa altura, alguém tenha se perguntado: “E o novo Acordo Ortográfico?”. Sim, ele já deu o que falar! Aliás, em outra ocasião o Cespe/UnB também se manifestou sobre o assunto. Em matéria publicada dia 28 de dezembro de 2008, o jornal Correio Braziliense noticiou que, nas provas do Cespe/UnB, “A nova ortografia vai aparecer a partir de janeiro de 2009 nos enunciados e provas objetivas [grifo nosso]. Nas discursivas, o candidato terá até 2012 para se adaptar”. Diante disso, quero alertá-lo sobre a possibilidade (ainda que remota) de o Cespe/UnB inserir na sua prova alguns itens sobre as novas regras ortográficas da Língua Portuguesa (ressalte-se que até a presente data isso não ocorreu). Como muito material sobre o tema já foi veiculado em jornais, revistas, internet, livros escolares etc., creio que as novas regras não sejam mais novidades para muitos concurseiros. Mesmo assim, é importante atentar parar alguns pontos do novo Acordo: a exclusão do trema, a permanência do acento diferencial nas formas verbais TÊM e VÊM, a exclusão do acento nos ditongos EU, EI e OI quando formarem a sílaba tônica de palavras paroxítonas e a eliminação do acento dos hiatos EE e OO. As provas trazem poucas questões sobre ortografia, seleção vocabular, significação das palavras e acentuação gráfica. Aquelas que aparecem versam, quase sempre, sobre significação das palavras e acentuação das formas verbais TÊM e VÊM. Por isso tentarei ser o mais objetivo possível em minhas explicações. Aqui, a intenção é direcioná-lo ao que aparece nas provas elaboradas pelo Cespe, por meio de exercícios específicos. Vamos, então, ao que interessa!
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1
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Breve histórico A idéia de criação de um Tribunal de Contas surgiu, pela primeira vez no Brasil, em 23 de junho de 1826, com a iniciativa de Felisberto Caldeira Brandt, Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaram projeto de lei nesse sentido ao Senado do Império. As 5
discussões em torno da criação de um Tribunal de Contas durariam quase um século, polarizadas entre aqueles que defendiam a sua necessidade — para quem as contas públicas deviam ser examinadas por
10
órgão
independente
—
e
aqueles
que
a
combatiam,
por
entenderem que as contas públicas podiam continuar sendo controladas por aqueles mesmos que as realizavam.
Originariamente
o
Tribunal
teve
competência
para
exame,
revisão e
julgamento de todas as operações relacionadas com a receita e a despesa da União. A fiscalização fazia-se pelo sistema de registro prévio. A Constituição de 1891 institucionalizou o Tribunal e conferiu 15
lhe competências para liquidar as contas da receita e da despesa e verificar a sua legalidade, antes de serem prestadas ao Congresso Nacional. Pela Constituição de 1934, o Tribunal recebeu, entre outras, as seguintes atribuições: proceder ao acompanhamento da execução
20
orçamentária, registrar previamente as despesas e os contratos, julgar as contas dos responsáveis por bens e dinheiro públicos, assim como apresentar parecer prévio sobre as contas do Presidente da República, para posterior encaminhamento à Câmara dos Deputados. Com
25
exceção do parecer prévio sobre as contas presidenciais, todas as demais atribuições do Tribunal foram mantidas pela Carta de 1937. A Constituição de 1946 acresceu um novo encargo às competências da
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2
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Corte
de
Contas:
julgar
a
legalidade
das
concessões
de
aposentadorias, reformas e pensões. A Constituição de 1967, ratificada pela Emenda 30
Constitucional
nº 1, de 1969, retirou do Tribunal o exame e o julgamento prévio dos atos e dos contratos geradores de despesas, sem prejuízo da competência para apontar falhas e irregularidades que, se não sanadas, seriam, então, objeto de representação ao Congresso Nacional. Eliminou-se, também, o julgamento da legalidade de concessões
35
de aposentadorias, reformas e pensões, ficando a cargo do Tribunal, tão-somente, a apreciação da legalidade para fins de registro. O processo
de
fiscalização
financeira
e
orçamentária
passou
por
completa reforma nessa etapa. Como inovação, deu-se incumbência à 40
Corte de Contas para o exercício de auditoria financeira e orçamentária sobre as contas das unidades dos três poderes da União, instituindose, desde então, os sistemas de controle externo, a cargo do
Congresso Nacional, com auxilio da Corte de Contas, e de
controle interno, este exercido pelo Poder Executivo e destinado 45
a criar condições para um controle externo eficaz. Finalmente, com a Constituição de 1988, o Tribunal de Contas da União
(TCU)
teve
a
sua
jurisdição
e
a
sua
competência
substancialmente ampliadas. Recebeu poderes para, no auxílio ao Congresso 50
Nacional, exercer
a
fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade, e a fiscalização da aplicação das subvenções e da
55
renúncia de receitas. Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre www.pontodosconcursos.com.br
3
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dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária tem o dever de prestar contas ao TCU. Conheça o TCU. Internet:. Acesso em 10/4/2005 (com adaptações).
1.
(Cespe/TCU/ACE/2005) É correta a forma variante de grafia do vocábulo “projeto de lei” (l. 4) com hífen.
Comentário – Ligam-se por hífen os elementos das palavras compostas em que se mantém a noção da composição, isto é, os elementos das palavras compostas que mantêm a sua independência fonética, conservando cada um a sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita unidade de sentido. Não é o que se verifica no vocábulo analisado. A expressão “de lei” é locução adjetiva que caracteriza o substantivo “projeto”. Resposta – Item errado. 2.
(Cespe/TCU/ACE/2005) O vocábulo de que se derivaram formas como polar, polarizar, “polarizadas” (l. 6) tem acento diferencial.
Comentário – Dá origem a essas palavras o vocábulo pólo (extremidade de algo), escrito com acento agudo diferencial de intensidade, que estabelece distinção entre o substantivo que nomeia e a preposição polo (contração entre a preposição por e o artigo o). Frise-se que o novo Acordo aboliu este tipo de acento. Manteve-o, porém, no verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por. Resposta – Item certo. 3.
(Cespe/TCU/ACE/2005) Em “ratificada pela Emenda” (l. 29), o verbo significa validada.
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4
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Comentário – A forma verbal “ratificada” (particípio) tem por sinônimo as palavras confirmada, validada. É importante que vocês não confundam essa palavra com seu parônimo retificada, que significa corrigida, consertada. Resposta – Item certo. 4.
(Cespe/TCU/ACE/2005)
Os
vocábulos
“prejuízo”
(l.
31)
e
atraí
acentuam-se atendendo à mesma regra. Comentário – Apesar de a primeira ser uma paroxítona e a segunda uma oxítona, ambas recebem acento pela mesma razão. A vogal I, que forma hiato com as vogais U e A, constitui a sílaba tônica das palavras em destaque. Note que ela está sozinha na sílaba. Caso viesse acompanhada de qualquer letra diferente de S (ju-iz), ou seguida de NH (ra-i-nha), não receberia acento. Resposta – Item certo. 5.
(Cespe/TCU/ACE/2005) O vocábulo “eficaz” (l. 45) tem nuanças significativas que o diferenciam do vocábulo efetivo.
Comentário – Ressalte-se que essas palavrinhas não são sinônimas. A primeira significa o atributo de algo “que tem a virtude ou o poder de produzir, em condições normais e sem carecer de outro auxílio, determinado efeito”. A segunda, também adjetivo, diz-se daquilo que é “capaz de produzir um efeito real”, permanente. Resposta – Item certo. Quem são esses senhores (...)
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Antes de Pitágoras, era necessário que duas vacas e dois bois se apresentassem diante do comerciante para que ele pudesse 7
concluir que duas vacas mais dois bois perfaziam um total de quatro
animais.
Se
vacas
e
bois,
cansados
de
ser
contados,
resolvessem pastar no campo, as aritméticas dos comerciantes 10
desmaiariam. (...) Nós queremos a Paz, não a Guerra! Queremos Paz, sim, mas
40
nunca
a
Passividade!
Queremos
conter
a
metástase
da
globalização. Augusto Boal. Revista Caros Amigos, nº 47, fev./2001, p.10 (com adaptacões).
6.
(Cespe/TCU/ACE/2005) No texto, são exemplos de expressões de sentido conotativo, as quais seriam inadequadas para compor um texto técnico: “as aritméticas dos comerciantes desmaiariam” (l. 9-10); “Queremos conter a metástase da globalização” (l. 39-40).
Comentário – A linguagem conotativa tem significado subjetivo, figurado, abstrato e depende do contexto. Pode muito bem ser utilizada em letras de música, anúncios publicitários, conversa do dia a dia e até em textos cujo autor tem a intenção de se aproximar da linguagem informal etc. Mas nunca deve ser empregada na elaboração de uma redação técnica. Nesses casos, a linguagem deverá ser a denotativa. Resposta – Item certo. A montanha mágica 1
No
início
de
2005,
muito
ouvimos
falar
de
Davos
–
um lugar na Suíça onde se reuniram os luminares de todo o 4
mundo para discutir as ansiedades que nos paralisam e as perplexidades que nos mobilizam.
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6
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Por
7
coincidência,
monta
a
ação
Mann,
A
de
Davos
um
Montanha
é
também
o
famoso
romance
escrito
Mágica.
O
cenário
romance
é
onde
por de
se
Thomas 1924
e
descreve a vida de um grupo de personagens doentes que, no princípio 10
do
se
instalaram
no
Sanatório
Berghof,
procurando recuperar a saúde. Um
mundo
diagnosticar 13
século,
enfermo
seus
males
foi e
de ali,
novo em
a
Davos
sucessivos
procurando e
variados
seminários, se indagou onde estaria a cura dos males de nossa civilização.
Lá
estavam
Tony
Blair,
Lula
e
os
presidentes
de
dezenas de países desimportantes. Lá estavam Bill Gates e os 16
gerentes estava
de até
agências Sharon
financiadoras
Stone
de
recolhendo
todo
US$1
o
mundo.
milhão
para
Lá as
desgraças na Tanzânia. Enfim, lá estava uma amostra da 19
sociedade atual, ou melhor, lá estavam os pajés das diversas tribos
de
nossa
sociedade
eletrônica
tentando
exorcizar
as
doenças da comunidade. 22
A
Montanha
Mágica
é
um
romance
muito
antigo.
Mas, sendo antigo, de repente, é atual, por causa da metáfora viva que contém e que os sábios do Fórum Econômico 25
Mundial
ressuscitaram.
montanha 28
de
dinheiro
Que
mágica
acumulado
pelo
se
pode
fazer
hipercapitalismo
na para
sanar os males que corroem as vísceras de nossa comunidade? Penso se o mundo não foi sempre um sanatório em Davos. Affonso Romano de Sant’anna, Correio Braziliense, 6/2/2005 (com adaptações).
7.
(Cespe/TCU/ACE/2005) No texto, o vocábulo “pajés” (l. 19), empregado em sentido denotativo, significa presidentes de países.
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7
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Comentário – Preliminarmente, precisamos conhecer o significado da palavra “pajé”: indivíduo que faz as vezes de benzedeiro ou curandeiro nas sociedades indígenas. Observe que tal palavra surge no mesmo período em que se emprega o vocábulo “exorcizar” (ação realizada por meio de oração ou cerimônia religiosa para esconjurar espíritos malignos). Note ainda que a linha argumentativa do parágrafo em que surgem esses vocábulos fala de um “mundo enfermo” tentando “diagnosticar” seus “males” e obter a “cura” deles. Atribuir a “pajé” o significado de presidentes de países é extrapolar o seu campo semântico. Caso fosse essa a intenção do autor do texto, a palavra apropriada seria cacique (chefe, líder de comunidade indígena). E mesmo assim a questão continuaria errada, pois no enunciado está escrito “sentido denotativo”. Resposta – Item errado. 8.
(Cespe/TCU/ACE/2005) De acordo com a linha argumentativa do texto III, o vocábulo “sanatório” (l. 28) poderia corretamente ser substituído pelo sinônimo hospício.
Comentário – O vocábulo “sanatório” significa estabelecimento destinado ao internamento de doentes submetidos a regime curativo de repouso e está em perfeita relação semântica com o segundo parágrafo do texto. O emprego da palavra hospício denotaria asilo de loucos; hospital de alienados; manicômio. Resposta – Item errado. Desenvolvimento, ambiente e saúde No
1
em
1987,
documento pela
Desenvolvimento
Nosso
Comissão das
Futuro
Mundial
Nações
Comum,
sobre
Unidas,
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Meio ficou
preparado, Ambiente
e
estabelecido,
8
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4
pela
primeira
ecológica, físicas, 7
vêm
isto
10
se
o
impondo, do
predatórios
e
um
enfoque
das
políticas entre
de
global
inter-relações e
entre
ou
não,
hipercomplexo
uma
mudança
irresponsáveis,
individuais
desenvolvimento
da
problemática as
socioculturais.
especialistas
ecossistema
necessidade
permitir 13
é,
novo
econômicas,
sistêmica a
vez,
em nos e
sustentável,
dimensões
Desde a
então,
compreensão
que
vivemos
e
comportamentos
coletivos, capaz
a de
fim
de
atender
às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura sobre a Terra. (...) Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).
9.
(Cespe/TCU/ACE/2007) A retirada do acento circunflexo na forma verbal “vêm” (l. 7) provoca incorreção gramatical no texto porque o sujeito
a
que
essa
forma
verbal
se
refere
tem
dois
núcleos:
“compreensão” (l. 7) e “necessidade” (l. 9). Comentário – Rigidamente, a forma verbal “vêm” (terceira pessoa do plural do presente do indicativo) deve receber acento circunflexo diferencial de número. Seu sujeito é composto (“a compreensão sistêmica do ecossistema hipercomplexo em que vivemos” e “a necessidade de uma mudança nos comportamentos predatórios e irresponsáveis”). Os núcleos desse tipo de sujeito estão corretamente indicados no item em análise. Acontece, porém, que o verbo pode concordar atrativamente com o núcleo mais próximo (“compreensão”: terceira pessoa do singular) quando vier anteposto ao sujeito. Assim sendo, a forma verbal vem não prejudicaria a correção gramatical do texto, por se tratar de um caso de concordância atrativa. Resposta – Item errado.
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9
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2
1
Num
país
territorialmente
gigante,
em
que
a
censura
restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao 4
aproximar
moradores
urbanos
e
rurais,
que
falam
dialetos
variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas por minuto. É o segundo país com mais 7
usuários on-line no mundo — cerca de 162 milhões —, atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA), onde há quase 200 milhões. Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações).
10. (Cespe/TCU/TCE/2007) A palavra “têm” (l. 5) é acentuada porque está no plural para concordar com “moradores” (l. 4). Comentário – Você irá perceber o quanto é frequente questões envolvendo a acentuação das formas verbais TÊM e VÊM. Neste item, o verbo em foco é escrito com acento circunflexo diferencial de número para concordar com o substantivo plural “moradores”, que foi substituído pelo pronome relativo “que”, seu representante semântico. Lembre-se de que o mesmo verbo deveria ser escrito sem acento diferencial caso o substantivo “moradores” estivesse no singular: morador. Resposta – Item certo. O avanço da publicidade na Internet 1
Desde 2003, os gastos em publicidade na Internet quase triplicaram no Brasil. A expansão se deve à elevação do número de
3
usuários, das conexões em banda larga e do tempo de conexão. Por mês, os brasileiros passam, em média, 22 horas e 43 minutos na rede.
5
Apesar do crescimento, a Internet só detém 2% do mercado publicitário do país.
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10
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Veja, 4/7/2007 (com adaptações).
11. (Cespe/TCU/TCE/2007) Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical da oração ao se substituir “elevação” (l. 2) por aumento. Comentário – Coerência textual diz respeito ao significado do texto, que é obtido por meio da relação existente entre as palavras, as frases, os períodos e os parágrafos do texto. Em relação a esse aspecto, a substituição proposta não gera prejuízo, pois os vocábulos “elevação” e aumento são sinônimos. O problema surge em relação à correção gramatical, isto é, em relação à articulação sintática entre os elementos que compõem o texto. Façamos a substituição proposta pela banca examinadora: A expansão se deve à aumento do número... O emprego do substantivo aumento deve vir acompanhado do artigo definido o, que deve se combinar com a preposição a exigida pela regência do verbo que a antecede, fazendo surgir ao. Resposta – Item errado. 12. (Cespe/TCU/TCE/2007) Respeita as regras gramaticais e a coerência das informações entre o gráfico I1 e o texto verbal a seguinte afirmação: Os 43% dos usuários de banda larga detém os maiores gastos publicitários no período de 2003 à 2007. Comentário – Observe a grafia da forma verbal “detém”, oxítona terminada por EM. O emprego do acento agudo indica que o sujeito desse verbo deve ser representado pela terceira pessoa do singular (ele ou ela). Mas será que é isso mesmo que acontece? Não!!! Analise atentamente o período e note que o sujeito é a expressão “Os 43% dos usuários de banda larga”, que corresponde à terceira pessoa do plural (eles). Ainda há outro problema gramatical no período. Agora, envolvendo o acento indicativo de crase na expressão “no período de 2003 à 1
Desconsidere o gráfico I, pois ele não é necessário para a resolução deste item.
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2007”. Para não fugirmos do foco desta aula, não comentarei esse fato aqui. Mas sim na aula específica sobre o assunto. Resposta – Item errado.
1
Falei mesmo
de
tempo
observação 4
esquisitices.
eleitoral.
a
capacidade
dos
Assisti
Aqui
seus a
está
política
legisladores.
uma
eleição
que
uma,
deste
que
povo
e
Refiro-me aqui
se
prova a
ao
fez
ao
grande processo
em
fins
de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 7
porém,
diante
eliminar.
de
Vários
vícios
e
paixões,
processos
que
foram
as
leis
não
podem
experimentados,
todos
deixados ao cabo de alguns anos. É curioso que alguns deles 10
coincidissem
com
males
eram
não
os
nossos
gerais,
de
mas
um eram
e
de
outro
grandes.
mundo.
Havia
Os
eleições
boas e pacíficas, mas a violência, a corrupção e a fraude 13
inutilizavam em algumas partes as leis e os esforços leais dos governos.
Votos
vendidos,
votos
inventados,
votos
destruídos,
era difícil alcançar que todas as eleições fossem puras e 16
seguras. Para a violência havia aqui uma classe de homens, felizmente
19
extinta,
a
que
chamam
kapangas
ou
kapengas.
Eram
assalariados
para
amedrontar
os
pela
língua
esbirros
eleitores
e,
do
país,
particulares, quando
fosse
preciso, quebrar as urnas e as cabeças. Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas 22
cédulas especiosa
eram de
depois que
apuradas
mais
valia
com
atribuir
as a
outras, um
pela
razão
candidato
algum
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram
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12
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25
dados pela vontade soberana do país. A corrupção era menor que
28
a
fraude;
mas
a
fraude
tinha
todas
as
formas.
Enfim,
muitos eleitores, tomados de susto ou de descrença, não acudiam às urnas. Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
13. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) De acordo com o texto, os vocábulos “corrupção” e “fraude” (l. 12, 25 e 26) estão sendo empregados como sinônimos. Comentário – Observe que o autor estabelece um comparação entre os dois vocábulos na seguinte passagem: “A corrupção era menor que a fraude; mas a fraude tinha todas as formas”. Esse fato já é suficiente para que entendamos que as palavras estão sendo usadas com valores semânticos diferentes. Se não fosse assim, a comparação seria incoerente. Resposta – Item errado. (...) A lembro 19
lei
chegou.
que
na
Assisti
minha
às
seção
suas
estréias,
ouviam-se
voar
e
as
ainda
me
moscas.
Um
dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei
22
que o
tinha
secretário
eleitores. 25
razão,
e
contei-lhe
começou
Presentes,
a
algumas
suspirar
posto
que
eleições
flebilmente censitários,
antigas.
os
Nisto
nomes
dos
poucos.
Os
chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam uma
cédula,
depois
de
examinada
pelo
presidente
da
mesa;
em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação
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13
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2
28
dos
eleitores,
moribundo.
saíam
A
com
convicção
as
é
cautelas
que
se
usadas
tinha
em
quarto
achado
a
de
panacéia
universal. Machado de Assis. Op. Cit., p. 706.
14. (Cespe/TSE/Analista
Judiciário/Administrador/2007)
A
palavra
“panacéia” (l. 29) significa estratégia, método. Comentário – O substantivo “panacéia” (ou panaceia, conforme o novo Acordo Ortográfico) significa “remédio para todos os males”. Resposta – Item errado. Uma
1
passado “os 4
7
antiga
era
a
costumes
de da
assegurar terra”.
municípios
e
troca
tributos
dos
preocupação
as
o
direito
Assim
províncias, em
dos
fizeram que
dinheiro
legisladores
dos os
se
ou
povos
de
do manter
romanos
com
autogovernavam
soldados
para
os em
expansão
de seu poder. Era de tal forma o respeito a essa autonomia relativa que, em certo momento do regime cruel de Tibério,
as
eleições
chegaram
a
ser
suspensas
em
Roma,
mas se mantiveram nas províncias. Muitos
10
encontram chegam 13
16
ao
de
recursos
dos
estados
defendem na
o
oposição,
governo.
Os
próprios, e
da
federalismo,
mas
dele
municípios,
reclamam
União,
se
quando
pela
quando
esquecem
manietados ajuda
deveriam
dos
se quando
pela
falta
governos
articular-se
em
busca de seus direitos de tributação direta e de autonomia política. Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 24/11/2006.
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15. (Cespe/TSE/Analista
Judiciário/Administrador/2007)
A
palavra
“manietados” (l. 12) está sendo empregada com o sentido de mobilizados. Comentário – O adjetivo “manietados” significa: de mãos amarradas, tolhido de fazer algo, imobilizado. Possui, pois, significado contrário (antônimo) ao do adjetivo mobilizados: pôr-se em ação para uma tarefa, movimentar-se. Resposta – Item errado. Nós,
1
países
chefes
Bolívia, como
a
fórum
político, que
na
o
diálogo,
aprofundando
nos
unem,
e
de
nosso
Comunidade de
e
de
reunidos
cidade
reiteramos
fortalecer
7
Estado
ibero-americanos,
Ibero-Americana, 4
de
os
Governo
na
Santa
XIII Cruz
propósito
de
vínculos
admitindo,
e
la
Sierra,
continuar de
a
Nações
concertamento
históricos ao
21
Conferência
de
Ibero-Americana cooperação
dos
e
mesmo
culturais
tempo,
as
características próprias de cada uma das nossas múltiplas 10
identidades,
que
permitem
reconhecer-nos
como
uma
unidade na diversidade. (...) Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações).
16. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) De acordo com as regras de acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos” (l. 2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma: íbero-americanos.
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Comentário – A palavra “ibero” é paroxítona terminada em “o”; por isso não recebe acento. Ela não possui dupla prosódia, ou seja, não há variação da sílaba tônica – como em “acrobata” (paroxítona) ou “acróbata” (proparoxítona) – para justificar sua pronúncia como uma proparoxítona. Resposta – Item errado. O
1
da
poder
natureza,
político como
é
produto
postulava
de
uma
Aristóteles,
e
convenção, nasce
não
juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda
a
direitos
sua
liberdade
naturais,
natural,
a
fim
consubstanciados
de
na
protegerem
propriedade,
os na
seus vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de 7
sociedade, contato
10
o
com
homem
não
outras
pessoas.
conjugal
tem
o
escopo
espécie.
De
outro
é
um
de
lado,
De
ente um
possibilitar a
sociedade
isolado, lado, a
avesso a
sociedade
perpetuação política
ao
visa
da à
preservação da propriedade. (...) Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
17. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, sem prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção gramatical. Comentário – A palavra “contato” foi empregada figuradamente para indicar relação de proximidade, relacionamento contínuo, coexistência, mesmo significado que “convivência”. Resposta – Item certo.
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18. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do texto mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, em significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca de posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção gramatical do texto. Comentário – Não se deixe levar pelo “canto da sereia”. Esse jogo de palavras tem a finalidade de distraí-lo. Vá ao texto e troque os dois termos de posição: “...e nasce juntamente com os homens, quando a sociedade decidem...”. Apesar de os dois termos serem sinônimos textuais e de estarem empregado em sentido conotativo (a “sociedade” não nasce literalmente e “homens” não representa apenas seres do sexo masculino), a troca causa prejuízo à correção gramatical do texto, pois desfaz-se a concordância entre o verbo “decidem” e o sujeito correspondente. Resposta – Item errado. Com
1
apresenta 4
um
alto
cerca
de
grau 80%
de da
urbanização, população
nas
o
Brasil
cidades,
como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem muito a aprender sobre crescimento e planejamento
já mas,
urbanos.
(...) o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma 28
casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois quarteirões,
no
mínimo
—
das
ruas
e
avenidas
mais
movimentadas. (...) Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
19. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por acerca de manteria a correção gramatical do período.
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Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre. Resposta – Item errado. 20. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (l.28-29). Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se pretende dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”. Resposta – Item errado. (...) 13
Tendo
interligação
como
das
constituição
distantes de
principal e
isoladas
uma
propósito
províncias
nação-Estado
com
a
vistas
à
verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 16
país
explicitavam
crescimento sistema 19
era
firmemente enormemente
nacional
desenvolvimento
dos
de
a
sua
inibido
crença pela
comunicações
transportes
constituía
de
que
o
ausência
de
um
de
que
o
e um
fator
crucial
para o alargamento da base econômica do país. (...) Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: (com adaptações).
21. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo empregada com o sentido de árduo, difícil. Comentário – Cuidado com as aparências. Em se tratando de significação contextual de palavras e expressões, a melhor coisa que você deve fazer é ir www.pontodosconcursos.com.br
18
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ao texto. O adjetivo crucial pode realmente ser utilizado para caracterizar algo árduo, difícil, espinhoso: Deixar a casa paterna foi uma decisão crucial. Mas, no texto em que surge, ele expressa a importância para que algo aconteça, ocorra, ou exista; é o mesmo que capital, essência, fundamental. Resposta – Item errado. No
1
mundo
moderno
em
que
vivemos,
é
certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. (...) José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
22. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto. Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado com verbo estático (“vivem”) que pede a preposição em; na língua portuguesa não existe a contração nonde, supostamente indicada por em + onde. O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual. Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o caso. Resposta – Item certo. Nossos
1
do 4
país
no
projetos qual
de
vivemos.
vida E
dependem o
futuro
de
muito um
do país
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos
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—
futuro não
é
e,
às
19
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vezes,
até
violentos
concepções 7
de
—
entre
grupos
desenvolvimento
com
e
visões
interesses
de
futuro,
distintos
e
conflitantes. (...) Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
23. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”. Comentário – Esta foi só para confirmar o que eu disse anteriormente e como o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expressões. Quando tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos. Resposta – Item certo. 24. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009)
As
palavras
“líderes”,
“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base na mesma justificativa gramatical. Comentário – Sim, todas são proparoxítonas. Resposta – Item certo. O 7
protocolo
adesão,
assinado
em
julho
de
2006,
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria Venezuela
10
de
já
votaram
Apenas o Paraguai acordo. (...)
e
pela o
entrada Brasil
do
país
no
MERCOSUL.
ainda
não
chancelaram
o
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008.
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20
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25. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) está sendo empregada com o sentido de sancionaram. Comentário – Sim, ela significa dar aprovação ou aceitação a; confirmar, ratificar; aprovar; sancionar: O presidente chancelou a proposta do ministro. Resposta – Item certo. Canção do Ver (fragmento) 1
Por viver muitos anos dentro do mato Moda ave
4
O menino pegou um olhar de pássaro –
7
Contraiu visão fontana. Por forma que ele enxergava as coisas
10
Por igual como os pássaros enxergam. As coisas todas inominadas.
13
Água não era ainda a palavra água. Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. As palavras eram livres de gramáticas e
16
Podiam ficar em qualquer posição. Por forma que o menino podia inaugurar. Podia dar às pedras costumes de flor. Podia dar ao canto formato de sol.
19
E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a [palavra abelha e entrar dentro dela. Como se fosse infância da língua.
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21
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Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
26. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto acima, assinale a opção incorreta. a)
“Moda” (v.3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas, assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por determinado grupo humano em um dado momento histórico.
b)
O sentido do vocábulo “Contraiu” (v.6) restringe as possibilidades semânticas de “pegou” (v.4).
c)
Na expressão “visão fontana” (v.6), o vocábulo sublinhado, adjetivo derivado de fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de originário, gerador, causal, seminal.
d)
Em “As palavras eram livres de gramáticas” (v.14), o vocábulo sublinhado alude a regras gramaticais.
e)
O vocábulo “posição” (v.15) refere-se à sintaxe, entendida como disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase.
Comentário – Mais uma vez quero frisar que o contexto não deve ser desprezado durante a resolução de questões sobre o significado de palavras. No texto, a expressão “Moda ave” significa maneira ou modo distinto e peculiar como o menino vivia: de acordo com os hábitos de uma ave. Resposta – A
A diferença na linguagem 1
“Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos
4
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.”
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Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso prestar
ouvidos
à
voz
original,
adivinhar
as
diferenças
de
acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no
7
espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do Gramático ou do Lógico deve subordinar-se a um ouvido atento
10
à
modulação
melodia da
que
voz
dá
significa
vida
aos
estar
signos:
cego
às
estar
surdo
modalidades
à do
sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da
13
desqualificação
da
concepção
gramatical
da
linguagem,
mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição
16
entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos
19
signos
visuais.
Se
a
essência
da
linguagem
escapa
à
Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento essencialmente homogêneo.
22
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
27. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3, julgue (C ou E) o item a seguir. A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que “acento” (l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação. Comentário – Esta questão é para você constatar como o Cespe recentemente cobrou noções de polissemia em uma de suas provas. Creio que não é difícil perceber os sentidos das palavras destacadas, mas é bom ficar atento e não se deixar levar pelas “aparências”. Na dúvida, volte ao texto.
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Resposta – Item certo. 28. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009)
Com
relação
às
ideias
e
aos
aspectos gramaticais do texto, assinale a opção correta. a)
O uso recorrente de vocábulos pertencentes aos campos semânticos da visão e da audição prejudica a coerência e a coesão do texto.
b)
É a mesma a justificativa para o uso de inicial maiúscula em “Gramático” (l.9) e em Gramática (l.21).
Comentário – Alternativa A: é o contrário! Pela afinidade de sentidos existente entre elas, as palavras do mesmo campo semântico contribuem com a coerência e a coesão do texto. Alternativa B: os motivos são diferentes. Na linha 9, o termo designa o profissional; na linha 21; designa o nome de uma disciplina, uma área do conhecimento. Lemos
em
Cegalla
(Novíssima
gramática
da
Língua
Portuguesa, 2008, página 66) que o emprego de iniciais maiúsculas é facultativo nos dois casos (repare como a mesma palavra surgiu na linha 1). O autor nos dá os seguintes exemplos: Doutor Paulo ou doutor Paulo; Professor Renato ou professor Renato; Matemática ou matemática. Resposta – Itens errados.
Receita – 96:924$985 1
No várias
orçamento
taxas
que
do
ano
existiam
em
passado 1928.
houve A
supressão
receita,
de
entretanto,
calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985.
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24
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4
E isto:
não
empreguei
extingui
favores
rigores
excessivos.
largamente
concedidos
Fiz a
apenas
pessoas
que
não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam 7
os
matutos
de
pequeno
valor,
ordinariamente
raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores. (...) Graciliano Ramos. 2.º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. Record/Fundaç ão de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
29. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando os sentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opção abaixo. A expressão explorados pelos cobradores de impostos, embora menos enfática, é coerente com o sentido geral do trecho “ raspados, escorchados, esbrugados pelos exatores” (l.7-8). Comentário – Para acertar esta questão, você precisa saber (ou pelo menos “perceber”) o significado das seguintes palavras: a) “raspados” – deixados sem nada, furtados, roubados; b) “escorchados” – diz-se de quem foi explorado (O fiscal corrupto
tinha
até
uma
lista
dos
comerciantes
escorchados.); c) “esbrugados” – que está sem carnes, descarnado (Osso esbrugado.); figuradamente, diz-se de quem ficou sem nada, sem nenhum recurso, foi exposto totalmente; d) “exatores” – cobrador de impostos. Resposta – Item certo.
Por hoje é só. Não se esqueça de revisar todo o conteúdo durante a semana. Além disso, intensifique o hábito de leitura e, sempre que www.pontodosconcursos.com.br
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tiver dúvidas quanto à grafia e ao significado de uma palavra, consulte um bom dicionário, e não despreze o contexto em que ela está inserida. Isso o ajudará a escrever corretamente e entender o significado das palavras em um texto. Na próxima aula, estudaremos o emprego das classes de palavras. Fique com Deus e até lá! Professor Albert Iglésia
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
Breve histórico A idéia de criação de um Tribunal de Contas surgiu, pela primeira vez no Brasil, em 23 de junho de 1826, com a iniciativa de Felisberto Caldeira Brandt, Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaram projeto de lei nesse sentido ao Senado do Império. As 5
discussões em torno da criação de um Tribunal de Contas durariam quase um século, polarizadas entre aqueles que defendiam a sua necessidade — para quem as contas públicas deviam ser examinadas por
10
órgão
independente
—
e
aqueles
que
a
combatiam,
por
entenderem que as contas públicas podiam continuar sendo controladas por aqueles mesmos que as realizavam.
Originariamente
o
Tribunal
teve
competência
para
exame,
revisão e
julgamento de todas as operações relacionadas com a receita e a despesa da União. A fiscalização fazia-se pelo sistema de registro prévio. A Constituição de 1891 institucionalizou o Tribunal e conferiu 15
lhe competências para liquidar as contas da receita e da despesa e verificar a sua legalidade, antes de serem prestadas ao Congresso Nacional. Pela Constituição de 1934, o Tribunal recebeu, entre outras, as seguintes atribuições: proceder ao acompanhamento da execução
20
orçamentária, registrar previamente as despesas e os contratos, julgar as contas dos responsáveis por bens e dinheiro públicos, assim como apresentar parecer prévio sobre as contas do Presidente da República, para posterior encaminhamento à Câmara dos Deputados. Com
25
exceção do parecer prévio sobre as contas presidenciais, todas as demais atribuições do Tribunal foram mantidas pela Carta de 1937. A
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27
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Constituição de 1946 acresceu um novo encargo às competências da Corte
de
Contas:
julgar
a
legalidade
das
concessões
de
aposentadorias, reformas e pensões. A Constituição de 1967, ratificada pela Emenda 30
Constitucional
nº 1, de 1969, retirou do Tribunal o exame e o julgamento prévio dos atos e dos contratos geradores de despesas, sem prejuízo da competência para apontar falhas e irregularidades que, se não sanadas, seriam, então, objeto de representação ao Congresso Nacional. Eliminou-se, também, o julgamento da legalidade de concessões
35
de aposentadorias, reformas e pensões, ficando a cargo do Tribunal, tão-somente, a apreciação da legalidade para fins de registro. O processo
de
fiscalização
financeira
e
orçamentária
passou
por
completa reforma nessa etapa. Como inovação, deu-se incumbência à 40
Corte de Contas para o exercício de auditoria financeira e orçamentária sobre as contas das unidades dos três poderes da União, instituindose, desde então, os sistemas de controle externo, a cargo do
Congresso Nacional, com auxilio da Corte de Contas, e de
controle interno, este exercido pelo Poder Executivo e destinado 45
a criar condições para um controle externo eficaz. Finalmente, com a Constituição de 1988, o Tribunal de Contas da União
(TCU)
teve
a
sua
jurisdição
e
a
sua
competência
substancialmente ampliadas. Recebeu poderes para, no auxílio ao Congresso 50
Nacional, exercer
a
fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade, e a fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas. Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou www.pontodosconcursos.com.br
28
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55
privada,
que
utilize,
arrecade,
guarde,
gerencie
ou
administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária tem o dever de prestar contas ao TCU. Conheça o TCU. Internet:. Acesso em 10/4/2005 (com adaptações).
1.
(Cespe/TCU/ACE/2005) É correta a forma variante de grafia do vocábulo “projeto de lei” (l. 4) com hífen.
2.
(Cespe/TCU/ACE/2005) O vocábulo de que se derivaram formas como polar, polarizar, “polarizadas” (l. 6) tem acento diferencial.
3.
(Cespe/TCU/ACE/2005) Em “ratificada pela Emenda” (l. 29), o verbo significa validada.
4.
(Cespe/TCU/ACE/2005)
Os
vocábulos
“prejuízo”
(l.
31)
e
atraí
acentuam-se atendendo à mesma regra.
5.
(Cespe/TCU/ACE/2005) O vocábulo “eficaz” (l. 45) tem nuanças significativas que o diferenciam do vocábulo efetivo.
Quem são esses senhores (...) Antes de Pitágoras, era necessário que duas vacas e dois bois se apresentassem diante do comerciante para que ele pudesse 7
concluir que duas vacas mais dois bois perfaziam um total de www.pontodosconcursos.com.br
29
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quatro
animais.
Se
vacas
e
bois,
cansados
de
ser
contados,
resolvessem pastar no campo, as aritméticas dos comerciantes 10
desmaiariam. (...) Nós queremos a Paz, não a Guerra! Queremos Paz, sim, mas
40
nunca
a
Passividade!
Queremos
conter
a
metástase
da
globalização. Augusto Boal. Revista Caros Amigos, nº 47, fev./2001, p.10 (com adaptacões).
6.
(Cespe/TCU/ACE/2005) No texto, são exemplos de expressões de sentido conotativo, as quais seriam inadequadas para compor um texto técnico: “as aritméticas dos comerciantes desmaiariam” (l. 9-10); “Queremos conter a metástase da globalização” (l. 39-40).
A montanha mágica 1
No
início
de
2005,
muito
ouvimos
falar
de
Davos
–
um lugar na Suíça onde se reuniram os luminares de todo o 4
mundo para discutir as ansiedades que nos paralisam e as perplexidades que nos mobilizam. Por
7
monta
a
Mann,
A
coincidência, ação
de
Davos
um
Montanha
é
também
o
famoso
romance
escrito
Mágica.
O
romance
cenário é
onde
por de
se
Thomas 1924
e
descreve a vida de um grupo de personagens doentes que, no 10
princípio do século, se instalaram procurando recuperar a saúde. Um
mundo
diagnosticar 13
seus
enfermo males
foi e
de ali,
no
novo em
Sanatório a
Davos
sucessivos
Berghof, procurando
e
variados
seminários, se indagou onde estaria a cura dos males de nossa civilização.
Lá
estavam
Tony
Blair,
Lula
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e
os
presidentes
de 30
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dezenas de países desimportantes. Lá estavam Bill Gates e os 16
gerentes estava
de até
agências Sharon
financiadoras
Stone
de
recolhendo
todo
US$1
o
mundo.
milhão
Lá
para
as
desgraças na Tanzânia. Enfim, lá estava uma amostra da 19
sociedade atual, ou melhor, lá estavam os pajés das diversas tribos
de
nossa
sociedade
eletrônica
tentando
exorcizar
as
doenças da comunidade. A
22
Montanha
Mágica
é
um
romance
muito
antigo.
Mas, sendo antigo, de repente, é atual, por causa da metáfora viva que contém e que os sábios do Fórum Econômico 25
Mundial
ressuscitaram.
montanha 28
de
dinheiro
Que
mágica
acumulado
pelo
se
pode
fazer
hipercapitalismo
na para
sanar os males que corroem as vísceras de nossa comunidade? Penso se o mundo não foi sempre um sanatório em Davos. Affonso Romano de Sant’anna, Correio Braziliense, 6/2/2005 (com adaptações).
7.
(Cespe/TCU/ACE/2005) No texto, o vocábulo “pajés” (l. 19), empregado em sentido denotativo, significa presidentes de países.
8.
(Cespe/TCU/ACE/2005) De acordo com a linha argumentativa do texto III, o vocábulo “sanatório” (l. 28) poderia corretamente ser substituído pelo sinônimo hospício.
Desenvolvimento, ambiente e saúde No
1
em 4
1987,
documento pela
Nosso
Comissão
Futuro
Mundial
Comum,
sobre
Meio
Desenvolvimento das Nações Unidas, ficou pela primeira vez, novo enfoque global da
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preparado, Ambiente
e
estabelecido, problemática
31
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ecológica, físicas, 7
vêm
isto
10
se
impondo, do
predatórios
e
um
das
inter-relações
políticas entre
de
e
entre
ou
não,
hipercomplexo
uma
mudança
irresponsáveis,
individuais
desenvolvimento
as
socioculturais.
especialistas
ecossistema
necessidade
permitir 13
o
econômicas,
sistêmica a
é,
em nos e
Desde a
então,
compreensão
que
vivemos
e
comportamentos
coletivos,
sustentável,
dimensões
capaz
a
fim
de
de
atender
às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura sobre a Terra. (...) Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).
9.
(Cespe/TCU/ACE/2007) A retirada do acento circunflexo na forma verbal “vêm” (l. 7) provoca incorreção gramatical no texto porque o sujeito
a
que
essa
forma
verbal
se
refere
tem
dois
núcleos:
“compreensão” (l. 7) e “necessidade” (l. 9).
1
Num
país
territorialmente
gigante,
em
que
a
censura
restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao 4
aproximar
moradores
urbanos
e
rurais,
que
falam
dialetos
variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas por minuto. É o segundo país com mais 7
usuários on-line no mundo — cerca de 162 milhões —, atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA), onde há quase 200 milhões. Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações).
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32
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10. (Cespe/TCU/TCE/2007) A palavra “têm” (l. 5) é acentuada porque está no plural para concordar com “moradores” (l. 4).
O avanço da publicidade na Internet 1
Desde 2003, os gastos em publicidade na Internet quase triplicaram no Brasil. A expansão se deve à elevação do número de
3
usuários, das conexões em banda larga e do tempo de conexão. Por mês, os brasileiros passam, em média, 22 horas e 43 minutos na rede.
5
Apesar do crescimento, a Internet só detém 2% do mercado publicitário do país. Veja, 4/7/2007 (com adaptações).
11. (Cespe/TCU/TCE/2007) Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical da oração ao se substituir “elevação” (l. 2) por aumento.
12. (Cespe/TCU/TCE/2007) Respeita as regras gramaticais e a coerência das informações entre o gráfico I2 e o texto verbal a seguinte afirmação: Os 43% dos usuários de banda larga detém os maiores gastos publicitários no período de 2003 à 2007.
1
Falei mesmo
de
tempo
observação 4
eleitoral.
esquisitices. a
capacidade
dos
Assisti
seus a
uma
Aqui
está
política
legisladores. eleição
que
uma,
deste
que
povo
Refiro-me aqui
se
fez
prova
e
a
ao
ao
grande processo
em
fins
de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,
2
Desconsidere o gráfico I, pois ele não é necessário para a resolução deste item.
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33
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7
porém,
diante
eliminar.
de
Vários
vícios
e
paixões,
processos
que
foram
as
leis
não
podem
experimentados,
todos
deixados ao cabo de alguns anos. É curioso que alguns deles 10
coincidissem
com
males
eram
não
os
nossos
gerais,
de
mas
um eram
e
de
outro
grandes.
mundo.
Havia
Os
eleições
boas e pacíficas, mas a violência, a corrupção e a fraude 13
inutilizavam em algumas partes as leis e os esforços leais dos governos.
Votos
vendidos,
votos
inventados,
votos
destruídos,
era difícil alcançar que todas as eleições fossem puras e 16
seguras. Para a violência havia aqui uma classe de homens, felizmente
19
extinta,
a
que
chamam
kapangas
ou
kapengas.
Eram
assalariados
para
amedrontar
os
pela
língua
esbirros
eleitores
e,
do
país,
particulares, quando
fosse
preciso, quebrar as urnas e as cabeças. Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas 22
cédulas
eram
especiosa
de
depois que
apuradas
mais
valia
com
atribuir
as a
outras, um
pela
razão
candidato
algum
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram 25
dados pela vontade soberana do país. A corrupção era menor que
28
a
fraude;
mas
a
fraude
tinha
todas
as
formas.
Enfim,
muitos eleitores, tomados de susto ou de descrença, não acudiam às urnas. Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
13. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/Administrador/2007) De acordo com o texto, os vocábulos “corrupção” e “fraude” (l. 12, 25 e 26) estão sendo empregados como sinônimos.
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(...) A
lei
lembro 19
chegou.
que
na
Assisti
minha
às
seção
suas
estréias,
ouviam-se
voar
e
as
ainda
me
moscas.
Um
dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei
22
que o
tinha
secretário
eleitores. 25
razão,
e
contei-lhe
começou
a
Presentes,
algumas
suspirar
posto
eleições
flebilmente
que
antigas.
os
censitários,
Nisto
nomes
dos
poucos.
Os
chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam uma
cédula,
depois
de
examinada
pelo
presidente
da
mesa;
em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação 28
dos
eleitores,
moribundo.
saíam
A
com
convicção
as
é
cautelas
que
se
usadas
tinha
em
achado
quarto a
de
panacéia
universal. Machado de Assis. Op. Cit., p. 706.
14. (Cespe/TSE/Analista
Judiciário/Administrador/2007)
A
palavra
“panacéia” (l. 29) significa estratégia, método.
Uma
1
passado “os 4
7
antiga
era
a
costumes
de da
municípios
e
troca
tributos
dos
preocupação assegurar
terra”.
as
o
em
direito
Assim
províncias,
dos
fizeram que
dinheiro
se
ou
legisladores
dos os
povos
de
romanos
do manter
com
autogovernavam
soldados
para
os em
expansão
de seu poder. Era de tal forma o respeito a essa autonomia relativa que, em certo momento do regime cruel de Tibério,
as
eleições
chegaram
a
ser
suspensas
em
Roma,
mas se mantiveram nas províncias. www.pontodosconcursos.com.br
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Muitos
10
encontram chegam 13
16
defendem na
ao
de
recursos
dos
estados
o
oposição,
governo. e
da
mas
Os
próprios,
federalismo, dele
se
municípios,
reclamam
União,
esquecem
manietados
pela
quando
quando
ajuda
deveriam
se quando
pela
dos
falta
governos
articular-se
em
busca de seus direitos de tributação direta e de autonomia política. Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 24/11/2006.
15. (Cespe/TSE/Analista
Judiciário/Administrador/2007)
A
palavra
“manietados” (l. 12) está sendo empregada com o sentido de mobilizados.
Nós,
1
países
chefes
Bolívia, como
a
fórum
político, que
na
o
diálogo,
aprofundando
nos
unem,
e
de
nosso
Comunidade de
e
de
reunidos
cidade
reiteramos
fortalecer
7
Estado
ibero-americanos,
Ibero-Americana, 4
de
os
Governo
na
Santa
XIII Cruz
propósito
de
vínculos
admitindo,
e
la
Sierra,
continuar de
a
Nações
concertamento
históricos ao
21
Conferência
de
Ibero-Americana cooperação
dos
e
mesmo
culturais
tempo,
as
características próprias de cada uma das nossas múltiplas 10
identidades,
que
permitem
reconhecer-nos
como
uma
unidade na diversidade. (...) Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações).
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16. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) De acordo com as regras de acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos” (l. 2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma: íbero-americanos.
O
1
da
poder
natureza,
político como
é
produto
postulava
de
uma
Aristóteles,
e
convenção, nasce
não
juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda
a
direitos
sua
liberdade
naturais,
natural,
a
fim
consubstanciados
de
na
protegerem
propriedade,
os na
seus vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de 7
sociedade, contato
10
o
com
homem
não
outras
pessoas.
conjugal
tem
o
escopo
espécie.
De
outro
lado,
é
um
de
De
ente um
possibilitar a
sociedade
isolado, lado, a
avesso a
sociedade
perpetuação política
ao da
visa
à
preservação da propriedade. (...) Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
17. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, sem prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção gramatical.
18. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do texto mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, em significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca
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de posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção gramatical do texto.
Com
1
apresenta 4
um
alto
cerca
de
grau 80%
de da
urbanização, população
o
nas
Brasil
cidades,
como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem muito a aprender sobre crescimento e planejamento
já mas,
urbanos.
(...) o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma 28
casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois quarteirões,
no
mínimo
—
das
ruas
e
avenidas
mais
movimentadas. (...) Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
19. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por acerca de manteria a correção gramatical do período.
20. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (l.28-29).
(...) 13
Tendo
interligação constituição
como
das
distantes de
principal e
isoladas
uma
propósito
províncias
nação-Estado
com
a
vistas
à
verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 16
país
explicitavam
crescimento
era
firmemente enormemente
a
sua
inibido
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crença pela
de
ausência
que de
o um
38
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sistema 19
nacional
desenvolvimento
de
dos
comunicações
transportes
e
constituía
de um
que
fator
o
crucial
para o alargamento da base econômica do país. (...) Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: (com adaptações).
21. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo empregada com o sentido de árduo, difícil.
No
1
mundo
moderno
em
que
vivemos,
é
certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. (...) José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
22. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto.
Nossos
1
do
país
projetos
no
qual
de
vida
vivemos.
E
dependem o
futuro
de
muito um
do país
futuro não
é
e,
às
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói. 4
E
constrói-se
vezes, 7
até
concepções conflitantes.
no
meio
violentos de
—
de
embates
entre
muito
grupos
desenvolvimento
e
com
intensos visões
interesses
— de
futuro,
distintos
e
(...) Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
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23. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”.
24. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009)
As
palavras
“líderes”,
“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base na mesma justificativa gramatical.
O
protocolo
de
adesão,
assinado
em
julho
de
2006,
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 7
Os
congressos
Venezuela 10
já
do
Uruguai,
da
votaram
pela
entrada
Apenas o Paraguai acordo. (...)
e
o
Brasil
Argentina
e
da
própria
do
país
no
MERCOSUL.
ainda
não
chancelaram
o
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008.
25. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) está sendo empregada com o sentido de sancionaram.
Canção do Ver (fragmento) 1
Por viver muitos anos dentro do mato Moda ave
4
O menino pegou um olhar de pássaro –
7
Contraiu visão fontana. Por forma que ele enxergava
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as coisas Por igual 10
como os pássaros enxergam. As coisas todas inominadas. Água não era ainda a palavra água.
13
Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. As palavras eram livres de gramáticas e Podiam ficar em qualquer posição.
16
Por forma que o menino podia inaugurar. Podia dar às pedras costumes de flor. Podia dar ao canto formato de sol.
19
E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a [palavra abelha e entrar dentro dela. Como se fosse infância da língua. Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
26. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto acima, assinale a opção incorreta. a)
“Moda” (v.3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas, assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por determinado grupo humano em um dado momento histórico.
b)
O sentido do vocábulo “Contraiu” (v.6) restringe as possibilidades semânticas de “pegou” (v.4).
c)
Na expressão “visão fontana” (v.6), o vocábulo sublinhado, adjetivo derivado de fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de originário, gerador, causal, seminal.
d)
Em “As palavras eram livres de gramáticas” (v.14), o vocábulo sublinhado alude a regras gramaticais.
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e)
O vocábulo “posição” (v.15) refere-se à sintaxe, entendida como disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase.
A diferença na linguagem “Para os 1 gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam 4
algum
equívoco
para
os
olhos
mas
não
para
os
ouvidos.”
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso prestar 7
ouvidos
à
voz
original,
adivinhar
as
diferenças
de
acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do Gramático ou do Lógico deve subordinar-se a um ouvido
10
atento
à
modulação
melodia da
que
voz
dá
significa
vida
aos
estar
signos:
cego
às
estar
surdo
modalidades
à do
sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 13
arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da desqualificação
da
concepção
gramatical
da
linguagem,
mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à 16
linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que
19
desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos signos
22
visuais.
Se
a
essência
da
linguagem
escapa
à
Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento essencialmente homogêneo. Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
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27. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3, julgue (C ou E) o item a seguir. A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que “acento” (l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação.
28. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009)
Com
relação
às
ideias
e
aos
aspectos gramaticais do texto, assinale a opção correta. c)
O uso recorrente de vocábulos pertencentes aos campos semânticos da visão e da audição prejudica a coerência e a coesão do texto.
d)
É a mesma a justificativa para o uso de inicial maiúscula em “Gramático” (l.9) e em Gramática (l.21).
Receita – 96:924$985 No
1
várias
orçamento
taxas
que
do
ano
existiam
passado
em
1928.
houve A
supressão
receita,
de
entretanto,
calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985. 4
E isto:
não
empreguei
extingui
favores
rigores
excessivos.
largamente
concedidos
Fiz a
apenas
pessoas
que
não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam 7
os
matutos
de
pequeno
valor,
ordinariamente
raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores. (...) Graciliano Ramos. 2.º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. Record/Fundaç ão de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
29. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando os sentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opção abaixo. www.pontodosconcursos.com.br
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A expressão explorados pelos cobradores de impostos, embora menos enfática, é coerente com o sentido geral do trecho “ raspados, escorchados, esbrugados pelos exatores” (l.7-8).
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GABARITO
1.
Item errado
21. Item errado
2.
Item certo
22. Item certo
3.
Item certo
23. Item certo
4.
Item certo
24. Item certo
5.
Item certo
25. Item certo
6.
Item certo
26. A
7.
Item errado
27. Item certo
8.
Item errado
28. Itens errados
9.
Item errado
29. Item certo
10. Item certo 11. Item errado 12. Item errado 13. Item errado 14. Item errado 15. Item errado 16. Item errado 17. Item certo 18. Item errado 19. Item errado 20. Item errado
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Olá, prezado(a) aluno(a)! Hoje damos início à aula 3 deste curso de exercícios, em que falaremos
sobre
o
emprego
de
classes
gramaticais
ou
classes
morfológicas. Ao todo, são dez. Umas variáveis e outras invariáveis. É importante fazermos uma síntese delas e de suas definições nesse primeiro momento. Eis abaixo um quadro-resumo: Classe Gramatical
Definição É a palavra que nomeia os seres (pessoas, lugares,
Substantivo
instituições, animais, entes de natureza espiritual ou mitológica, etc.) Tem a mesma forma para o singular e o plural:
comum de dois números
lápis, vírus, ônibus, mil-folhas. A diferença será estabelecida
por
meio
de
outro
elemento
linguístico: o lápis, os lápis, o vírus, os vírus etc. Apresenta uma só forma para ambos os gêneros.
comum de dois gêneros
Efetua-se a distinção por meio do artigo ou de qualquer
outro
determinante.
Exemplos:
o/a
colega, o/a agente, o/a lojista. Possui uma só forma e um só gênero a fim de sobrecomum
designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o monstro. Apresenta uma só forma e um só gênero a fim de
epiceno
designar animais de ambos os sexos. Usam-se as expressões “macho” e “fêmea” para fazer-se a distinção. Exemplos: a águia macho ou fêmea, a
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1
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cobra macho ou fêmea, o crocodilo macho ou fêmea, o jacaré macho ou fêmea, etc. É
a
palavra
servindo Artigo (definidos: o, a, os, as; indefinidos: um, uma, uns, umas)
que
se
antepõe
basicamente
para
ao
substantivo,
generalizar
ou
particularizar o sentido desse substantivo. Em alguns casos, o artigo é essencial na identificação do gênero e do número do substantivo. Exemplos: Um aluno faltou à aula. / O aluno faltou à aula. – O gerente foi demitido. / A gerente foi demitida. – O pires quebrou. / Os pires quebraram. Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe
Adjetivo
atribuir uma característica. Com ele concorda em número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros bons, árvore alta, tapete novo etc. Mantém a mesma forma tanto quando se refere a substantivos
uniforme
masculinos
quanto
a
femininos.
Exemplos: Decisão favorável, parecer favorável, obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça adorável. É a palavra que indica a quantidade ou a posição dos
Numeral
seres.
Exemplos:
dois,
quinze,
cem
(cardinais); segundo, décimo quinto, centésimo (ordinais); meio, um terço, um inteiro e treze avos (fracionários); dobro, triplo, quádruplo (multiplicativos).
Advérbio
É a palavra invariável que se refere a um verbo, um
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2
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advérbio
ou
a
um
adjetivo,
indicando
uma
circunstância (causa, tempo, modo, lugar etc.). Exemplos: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal “chegou”, modificando-lhe o sentido). Você agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, intensificando-lhe o sentido). Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”, intensificando-lhe o sentido). É a palavra invariável que exprime emoções ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a Interjeição
adotar certo comportamento sem que se faça uso de
estruturas
linguísticas
mais
elaboradas.
Exemplos: Ah! – Psiu! – Opa! – Eia! É a palavra invariável que conecta (liga) palavras Preposição
ou orações. Exemplos: flor da boca da pele do céu. – Vou à Roma de César. – O aluno pediu para sair mais cedo. É a palavra invariável que une orações ou termos de uma oração. No desempenho desse papel, a conjunção
Conjunção
pode
relacionar
termos
e
orações
sintaticamente equivalentes (as chamadas orações coordenadas) ou relacionar uma oração principal a uma oração que lhe é subordinada. Exemplos: Pedro e Paulo saíram. Pedro foi ao cinema, e Paulo foi ao teatro. É preciso que estudemos.
Verbo
É a palavra que designa um processo (ação, desejo, estado, mudança de estado, fenômeno). É a classe
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3
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gramatical mais rica em variação de formas. Pode mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número e voz. No dicionário, são encontrados no modo infinitivo (entrar, comer, chover, comprar, ser, amanhecer), que é, por assim dizer, o nome do verbo.
Exemplos:
Ele
estuda.
(ação)
/
Desejamos a classificação. (desejo) / Ele está doente. (estado) / A lagarta virou borboleta. (mudança
de
estado)
/
Choveu
forte.
(fenômeno) Palavra Pronome
que
substantivo) adjetivo)
substitui ou
para
que tornar
o
o
nome
acompanha
claro
o
seu
(pronome (pronome significado.
Existem seis classes de pronomes: Indica diretamente as pessoas do discurso (no singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa: com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, pessoal
se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, comigo,
ti,
contigo,
si,
consigo,
conosco,
convosco. Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa senhoria, vossa excelência, etc. Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a possessivo
posse de algo: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua,
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seus, suas. Indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo e no espaço. demonstrativo
1ª.
Pessoa:
Este,
esta,
estes,
estas,
isto.
2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso. 3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. É aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante em oração anterior, chamado
relativo
antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava danificado. São pronomes relativos: que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais. Refere-se
à
terceira
sentido
vago
pessoa
ou
do
discurso
exprimido
num
quantidade
indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre indefinido
alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e número. alguns,
São
pronomes
nenhum,
indefinidos:
nenhuns,
algum,
qualquer,
quaisquer, ninguém, tudo, nada, algo etc. interrogativo
É aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta: que, quem, qual, quanto.
Tenho observado que bancas examinadoras como Cespe/UnB Esaf e FCC não se detêm, geralmente, nos questionamentos sobre a definição dessas classes. Antes, privilegiam o emprego delas no contexto em que
estão
inseridas
e,
consequentemente,
o
nexo
semântico
que
estabelecem com o restante do período. www.pontodosconcursos.com.br
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Toa,
é
a
partir
do
conhecimento
das
definições
que
reuniremos subsídios para compreender o funcionamento de cada classe gramatical. Além disso, volto a dizer, um bom candidato não menospreza nenhuma banca examinadora, achando que ela é incapaz de exigir certo tipo de conhecimento durante a prova. Também não deve pensar que o nível do concurso no qual se inscreveu é tão alto que jamais cairá determinado tipo de questão. Nunca se esqueça de que as últimas provas elaboradas por uma mesma banca examinadora refletem uma tendência a certo tipo de cobrança. Mas isso não quer dizer que ela está impedida de abordar de outra forma aquilo que prevê o edital. Aliás, o edital nem sempre expressa em detalhes o que se requer do candidato em termos de Língua Portuguesa. Portanto, intensifique seus estudos e amplie suas fontes de consulta. E, no mais, mãos à obra!
(...) Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados pela vontade soberana do país. Machado de Assis. “A semana”. In: Obra Completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
1.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A expressão “lhe foram dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituída por foram dados a ele.
Comentário – É importante notar que “lhe” é pronome oblíquo átono indicativo de terceira pessoa do discurso, refere-se anaforicamente ao substantivo “candidato” e completa o sentido da locução verbal “foram
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6
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dados”. Em função de complemento verbal, lhe(s) desempenha função sintática de objeto indireto, diferentemente dos pronomes oblíquos átonos o(s) e a(s), que desempenham função sintática de objeto direto quando também completam sentido de verbo. Ele(s) e ela(s) são pronomes oblíquos tônicos que também indicam a terceira pessoa do discurso e, quando completam sentido de verbo, desempenham função de objeto indireto. O emprego da preposição “a” diante dele deve-se justamente pelo fato de ser tônico. Assim sendo, a substituição proposta pela banca examinadora não traz nenhum prejuízo gramatical ao período. Resposta – Item certo. A
1
cidade
estivera
agitada
por
motivos
de
ordem
técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 4
Dous
candidatos
e
dous
partidos
disputavam
a
palma
com
alma. Vá de rima; sempre é melhor que disputá-la a cacete, cabeça ou navalha, como se usava antigamente. A garrucha 7
era
empregada
destinada
a
no
interior.
fazer
eleições
Um
dia,
apareceu
sinceras
e
a
Lei
sossegadas.
Saraiva, Estas
passaram a ser de um só grau. Oh! ainda agora me não 10
esqueceram os discursos que ouvi, nem os artigos que li por esses tempos atrás pedindo a eleição direta! A eleição direta era a salvação pública. Muitos explicavam: direta e censitária.
13
Eu,
pobre
rapaz
sem
experiência,
ficava
embasbacado
quando
ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no método; 16
mas, não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava a lei.
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A lembro 19
lei
chegou.
que
na
Assisti
minha
às
seção
suas
estréias,
ouviam-se
voar
e
as
ainda
me
moscas.
Um
dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei
22
que o
tinha
secretário
eleitores. 25
razão,
e
contei-lhe
começou
Presentes,
a
algumas
suspirar
posto
que
eleições
flebilmente
antigas.
os
censitários,
Nisto
nomes
dos
poucos.
Os
chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam uma
cédula,
depois
de
examinada
pelo
presidente
da
mesa;
em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação 28
dos
eleitores,
moribundo.
A
saíam
com
convicção
é
as
cautelas
que
se
usadas
tinha
em
achado
quarto a
de
panacéia
universal. Machado de Assis. Op. Cit., p. 706.
2.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Em relação ao texto assinale a opção correta.
a)
A substituição de “estivera” (l. 1) por tinha estado prejudica a correção gramatical do período.
b)
Na expressão “contei-lhe” (l. 22), “lhe” exerce a função de objeto direto.
Comentário – A forma verbal “tinha estado” indica tempo composto: pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. Os tempos compostos são formados pelos verbos auxiliares TER e HAVER seguidos de verbo principal no particípio. A tabela abaixo resume o processo de formação dos tempos compostos:
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MODOS
TEMPOS COMPOSTOS pretérito
indicativo
perfeito (tenho/hei cantado) mais-queperfeito (tinha/havia cantado)
futuro do presente (terei/haverei cantado) do pretérito (teria/haveria cantado) pretérito
subjuntivo futuro
perfeito (tenha/haja cantado) mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado)
(tiver/houver cantado)
ATENÇÃO! Note que não há tempos compostos relativos ao presente e ao pretérito imperfeito, bem como ao modo imperativo.
Portanto, a alteração de uma para outra forma não causará prejuízo à correção gramatical do período. A alternativa C traz um grave erro por afirmar que o pronome oblíquo átono “lhe” desempenha função sintática de objeto direto. Como já sabemos, esse pronome, ao completar sentido de verbo, só poderá fazê-lo como objeto indireto. Resposta – Itens errados. A alternativa correta não é nenhuma das duas que aqui foram analisadas; simplesmente por fugir ao objetivo desta aula, deixemo-la oculta.
Caro eleitor, 1
Nos vivamente
4
últimos os
meses, brasileiros.
a
campanha No
primeiro
política turno,
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de comparecimento às urnas e de uma irrepreensível
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mobilizou foram votação,
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em
que
tudo
aconteceu
de
forma
tranqüila
e
organizada,
a
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 7
Brasil como modelo nessa área. Amanhã República
10
e
serão dos
definidos
os
governadores
de
nomes alguns
do
presidente
estados.
O
da país,
mais do que nunca, conta com você. (...) Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet:
3.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A substituição da expressão “serão definidos” (l. 7) por definir-se-ão garante a correção gramatical do período.
Comentário – Este item trata de um assunto mais conhecido como colocação pronominal (ou topologia pronominal). Em outras palavras, ele considera a posição ocupada pelos pronomes oblíquos átonos (ênclise; próclise; mesóclise), que variará em função de certas circunstâncias. Ênclise: o pronome oblíquo surge após o verbo e liga-se a ele por meio de hífen (Levante-se e lute.). É a tendência da Língua Portuguesa e só não ocorrerá se surgir um dos casos mencionados a seguir. Mesóclise: o pronome oblíquo átono é colocado no meio do verbo. Surge apenas com as formas verbais do futuro do presente e futuro do pretérito, desde que não haja nenhuma palavra atrativa que obrigue a ocorrência de próclise (Amar-te-ei a vida inteira.). Em nosso país, mesmo com verbos conjugados no futuro do presente ou no futuro do pretérito, poderemos usar tanto a próclise quanto a mesóclise se o verbo não estiver no início da frase (Eu me lembrarei deste dia para sempre. ou Eu queixarme-ei de você.).
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Próclise: é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo. Ocorrerá obrigatoriamente nos seguintes casos: a) palavras de sentido negativo (Nunca se queixou de minhas manias.) b) advérbios sem pausa (Aqui se estuda bastante.) c) pronomes indefinidos (Alguém me ligou?) d) pronomes interrogativos (Quem nos ajudará agora?) e) pronomes relativos (A pessoa que te ligou não se identificou.) f) conjunções subordinativas (Ele disse que o chamou de patriarca.) De acordo com essa explicação, a presença do advérbio “Amanhã” atrai o pronome oblíquo átono “se” e impede o surgimento de mesóclise em “definir-se-ão”. Resposta – Item errado.
O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as
bases
de
uma
sociedade.
Essa
construção
é
feita
todos
os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. Eles
não
estão
aí
por
obra
divina.
Precisam
ser
reforçados
permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará ameaçado. O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações).
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4.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Acerca das relações lógicosintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos sintáticos do texto acima. Assinale a opção que apresenta proposta de associação incorreta. período
conjunção
período
A
primeiro
e
segundo
B
terceiro
entretanto
quarto
C
quarto
conquanto
quinto
D
quinto
já que
sexto
Comentário – A alternativa A traz conjunção coordenativa aditiva cujo valor semântico, como o próprio nome já indica, é de adição. O vínculo estabelecido por essa conjunção entre os dois primeiros períodos mantém o enunciado correto, coeso e coerente, como podemos constatar: “O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade e essa construção é feita todos os dias”. A conjunção “entretanto”, em B, confere ao enunciado que introduz valor semântico de oposição, adversidade. Notem a presença do vocábulo
“imaterial”
no
terceiro
período,
contribuindo
para
o
nexo
adversativo em relação ao quarto período. Na alternativa C surge o problema: “conquanto” é conjunção subordinativa concessiva. A informação introduzida por ela deve servir de obstáculo para a realização de algo, muito embora não seja suficiente para que esse algo se concretize. Entre o quarto e o quinto período não é observada tal relação semântica: “Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público”. Estaria sem prejuízo www.pontodosconcursos.com.br
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gramatical a associação dos dois períodos por meio de uma conjunção conclusiva (portanto, por isso, logo). Não há problema algum em se proceder à articulação sugerida em D usando o conector “já que”, geralmente com valor semântico de causa. Resposta – C
Geralmente,
1
Partido
vencido
as
oposições
contesta
a
não
eleição
gostam do
dos
vencedor,
governos. e
partido
vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. Tentam-se 4
acordos,
dividindo
minorias.
No
os
antigo
deputados;
regímen
mas
iniciou-se
ninguém
uma
aceita
representação
de
minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que 7
estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. Continuou praticamente o sistema da lavra única. (...)
10
Sócrates
aconselhava
ao
legislador
que
quando
houvesse de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora, os homens aqui amam o governo e a tribuna, gostam de 13
propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e o
partido
que
não
folheia
a
gramática
política
acha
naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a 16
gramática corrupta.
na O
mão que
julga
estamos
a
linguagem
vendo
é
a
alheia
obsoleta
impressão
em
e
dous
exemplares da mesma gramática. Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3.
5.
(Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto, assinale a opção correta. www.pontodosconcursos.com.br
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a)
A substituição de “Tentam-se” (l. 3) por São tentados prejudica a correção gramatical do período.
b)
O emprego do subjuntivo em “quando houvesse” (l. 10-11) justifica-se por compor uma afirmativa sobre uma ação já decorrida.
Comentário – Certamente, a substituição de “Tentam-se” por São tentados não causa nenhum prejuízo ao período. Em “Tentam-se”, temos voz passiva sintética (também conhecida como voz passiva pronominal). Sua estrutura é caracterizada pela presença de verbo transitivo direto seguido do pronome apassivador “se”. Em São tentados, ocorre também voz passiva. Mas agora a estrutura é outra: uma locução verbal formada pelo verbo auxiliar São e pelo verbo principal tentados. Chama-se voz passiva verbal ou analítica. Recordemos que são três as vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. Na ativa, o sujeito é o agente da ação verbal que recai sobre outro ser: João beijou a esposa. Na voz passiva, o sujeito sofre a ação verbal praticada por outro ser, que é conhecido como agente da passiva: João foi beijado pela esposa. Na voz reflexiva, o sujeito pratica ação verbal que recai sobre ele mesmo: João beijou-se. Na alternativa B, o emprego do subjuntivo em “quando houvesse” deve-se ao caráter condicional, hipotético de uma ação em vias de se concretizar. Portanto, “Sócrates” se refere a algo possível de acontecer em um futuro próximo, e não faz “uma afirmativa sobre uma ação já decorrida”. Resposta – Itens errados. Pelos motivos explicados, nem a alternativa A, nem a alternativa B foram o gabarito da questão.
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A
1
função
consiste
da
em
em
denunciar
investigações 4
oposição
e
governamentais,
a
sociedade
corrupção,
avaliar propondo
uma
os
acompanhar
projetos
alternativas.
A
democrática
e
as
iniciativas
crítica,
e
não
a
adesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter uma 7
verdadeira
autoritária.
A
oposição,
ela
governabilidade
só
caminha existe
para
uma
solução
verdadeiramente
com
uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes e discuta os seus encaminhamentos. Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações).
6.
(Cespe/TSE/Técnico
Judiciário/2007)
Em
relação
ao
texto
acima,
assinale a opção correta. a)
Entre os dois últimos períodos do texto, subentende-se uma relação sintática que pode ser expressa por Entretanto.
b)
O emprego do subjuntivo em “sinalize” (l. 8) e “discuta” (l. 9) justifica-se por compor um período de natureza explicativa.
Comentário – A conjunção Entretanto integra o rol das conjunções coordenativas adversativas (porém, no entanto, toa, mas etc.
). Seu
valor semântico estabelece uma relação de contrariedade, oposição entre as orações interligadas por ela. Não é esse o sentido notado entre os dois últimos períodos do texto. Os estudos sobre aspectos verbais não revelam a necessidade de orações explicativas trazerem seus verbos no modo subjuntivo. Verbos no modo subjuntivo comunicam fatos considerados hipotéticos, de realização incerta ainda. Esse é ocaso do emprego de “sinalize” e de “discuta”. Ambos denotam ações possíveis de acontecerem. Resposta – Itens incorretos; é outro o gabarito da questão.
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7.
(Cespe/TCU/ACE/2007) O emprego do futuro do presente do indicativo em "teremos" (L.6) indica que a preposição "em" (L.5), que precede "dez anos" (L.5), tem o sentido de daqui a.
Comentário – O futuro de presente (“teremos”) é utilizado, entre outros motivos, para indicar fatos certos ou prováveis posteriores ao momento em que se fala. A afirmação de Al Gore está condicionada a “se nada for feito, em dez anos”. Percebe-se que a noção de futuro afeta a preposição “em”, que textualmente equivale à expressão daqui a (dez anos). Resposta – Item certo.
Distraídos
1
crescimento, 4
com
deixamos
a
discussão
de
perceber
sobre que
os
índices
desenvolvimento
processo contínuo pelo qual uma sociedade administrar realidades cada vez mais complexas.
de é
aprende
o a
(...) Rubens Ricupero. Folha de S.Paulo, 26/11/2006, p. B2 (com adaptações).
8.
(Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) A substituição de “pelo qual” (l. 3) por cuja mantém a correção gramatical do período.
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Comentário – Antes de tudo, sugiro reescrever o período já com a alteração indicada no item: “Distraídos com a discussão sobre os índices de crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o processo contínuo cuja uma sociedade aprende a administrar realidades cada vez mais complexas”. É flagrante a inexistência de coesão textual na passagem da oração de verbo “ser” para a oração seguinte, causada pelo emprego do pronome relativo “cuja” desacompanhado de outras alterações necessárias. Não é possível substituir um pronome substantivo relativo (que, quem, o qual, quanto) por um pronome adjetivo relativo (cujo). Há ainda problemas quanto à correção gramatical, pois não se usa artigo diante desse pronome relativo. Tudo isso contribui para que o período se torne incoerente. Resposta – Item errado.
(...) Quando 7
econômica tipos
de
se
trata
indica ação:
que
de o
aumento
crescimento
resultado da
sustentado,
positivo
produtividade
é ou
fruto
a
teoria
de
acumulação
dois de
capital (físico e humano). A
10
de 13
elevação
produção
significativa
só
será
da
obtida
produtividade com
reformas
dos
fatores
institucionais
profundas. Já o acúmulo de capital humano investimento em educação, cuja maturação é longa.
requer
Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.º/12/2006 (com adaptações).
9.
(Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Assinale a opção incorreta acerca do texto acima.
a)
A substituição de “Já” (l. 12) pela expressão Por outro lado, seguida de vírgula, mantém a informação original do período.
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b)
A substituição de “cuja” (l. 13) por a qual mantém a correção gramatical do período.
Comentário – O vocábulo “Já”, no contexto a que pertence, denota simplesmente uma ressalva, uma observação. Esse também é o valor semântico da expressão Por outro lado. Portanto, a informação original do período é mantida com a substituição indicada na alternativa A. Em B, tem-se incorreção gramatical pelos motivos explicados anteriormente. Resposta – B
10. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal "tem sido usado" (L.1). Comentário – Celso Cunha e Lindley Cintra nos ensinam que a preposição desde serve para indicar afastamento de um limite (quer em relação ao www.pontodosconcursos.com.br
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espaço, quer em relação ao tempo) em direção a outro, com insistência naquele. No texto, o limite inicial ou de origem é indicado pelo vocábulo “antiguidade”. A expressão “tem sido usado” exprime a voz passiva analítica do verbo usar, que, no pretérito perfeito composto, indica ação durativa, não limitada no tempo. Resposta – Item certo.
11. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). Comentário – A conjunção “e” é aditiva e serve para ligar dois termos ou duas orações de idêntica função: Leonor e ele voltaram-se e desfaleceram. No texto, a conjunção em destaque conecta os verbos “otimizar e modernizar”, ambos complementos do adjetivo transitivo “necessário”. Resposta – Item errado.
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12. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos "direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e "até" (L.19). Comentário – Perceba como, no mesmo ano, o Cespe “brincou” com os valores semânticos da preposição essencial desde. As duas preposições mencionadas exprimem movimento em relação a dois limites. Enquanto a preposição desde enfatiza o afastamento (limite inicial, de origem), a preposição até sublinha a aproximação (limite final, de chegada).
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Importa perceber a diferença existente entre a preposição até, que indica movimento, da palavra de forma idêntica, denotadora de inclusão: Tudo na vida engana, até a glória. Frise-se ainda que, com a preposição até, usam-se as formas oblíquas mim, ti etc.: Um grito chegou até mim. Se, porém, até denota inclusão – e equivale a mesmo, também, inclusive – constrói-se com a forma reta do pronome: ...E até eu já tive quem me oferecesse champanhe. Resposta – Item certo.
13. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas dinâmicas" (L.1-2).
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Comentário – O vocábulo “mediante” é uma preposição acidental. Esclareça-se ainda que a relação que se estabelece entre palavras por intermédio de preposição pode implicar movimento ou não movimento, melhor dizendo, pode exprimir um movimento ou uma situação daí resultante. No texto, essa preposição (que significa “por meio de”) afasta totalmente a noção de “movimento” e traduz a troco de que o “exercício do poder ocorre”. Resposta – Item errado
14. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto.
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Comentário – A conjunção logo é conclusiva, como também o são pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ela serve para introduzir segmento
de
valor
semântico
conclusivo,
consecutivo.
Se
foi
dito
anteriormente que “o exercício da política é coletivo”, é natural concluir-se que “A política é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto”. É importante dizer que a inserção sugerida pelo Cespe realmente exige mudança na grafia inicial do artigo. Sempre que a banca propuser a você mudanças na estrutura de uma frase, observe se todas as adaptações estão sendo sugeridas. Caso contrário, o item estará errado. Resposta – Item certo
15. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). Comentário – Uma questão semelhante caiu na prova da Antaq, em 2009, e foi resolvida anteriormente, lembra? Aqui, o termo “da responsabilidade” completa o sentido do nome “preço”, e o termo “para a comunidade”
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vincula-se ao verbo “dirigir”. Ambas as relações são articuladas por meio das preposições “da” e “para”, respectivamente. Resposta – Item certo
16. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. Comentário – Esse conectivo integra o rol das conjunções adversativas, aquelas que principiam segmento de valor semântico adversativo, de www.pontodosconcursos.com.br
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contraste, de oposição. Repare que, já no início do texto, o autor menciona a força “paradoxal” da economia. Se, por um lado, as pessoas assumem uma postura cautelosa e se “preocupam com a estabilidade dos mercados financeiros
e
da
economia
globalizada”,
por
outro,
elas
se
tornam
complacentes e se equivocam, por causa dos prazeres da prosperidade. Resposta – Item certo. (O gabarito oficial assinalou-o como errado, mas permito-me discordar dele. Para mim não está claro o motivo que levou a banca examinadora a eliminar esta argumentação. Salvo melhor juízo, mantenho este entendimento).
17. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" (l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um "processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas fundações" (l.11) antes de ser definitivo. Comentário – Já caminhando para a conclusão do texto, o autor afirma que a globalização é um processo lento. Apesar disso, ele (o processo) “já dispõe de sólidas fundações”. Pela ideia de contraste causada pelo uso da conjunção adversativa “mas”, percebe-se que a regra ou a consequência normal é esse processo não dispor dessas fundações. Em outras palavras, a
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globalização, que ainda não assumiu seu formato definitivo, pode não dispor de sólidas fundações (regra geral), mas essa dispõe (exceção à regra). Resposta – Item certo.
18. (Cespe/STF/Analista
Judiciário/2008)
O
conectivo
"Então"
(L.6)
estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações. Comentário – Textualmente, esse conectivo introduz segmento de caráter conclusivo. Resposta – Item errado
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19. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" (L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser empregada sob a forma do. Comentário – A questão é fácil, mas é preciso ler atentamente a passagem. Nela, o termo “o social” complementa o sentido do nome “discussão”: “discussão sobre a filosofia e [discussão sobre] o social”. Nota-se, assim, o equívoco da alegação do Cespe. Resposta – Item errado
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20. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na linha 12, caso se deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. Comentário – Primeiramente, faça as transformações propostas pela banca: Pois tempo, espaço e matéria são ideias... O que acha? Quase tudo certo, quase tudo! O problema está na perda da ideia original. A conjunção pois utilizada entre vírgulas e após o verbo da oração que integra denota ideia conclusiva, tal como no texto original. O emprego dela no início da oração, como sugerido pela banca, reveste-a de valor semântico explicativo. Resposta – Item errado
21. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Devido à função que exerce na oração, a vírgula empregada depois de “sensações” (l.2) poderia ser substituída tanto pela conjunção e como pela conjunção ou, sem prejudicar a correção gramatical ou a coerência do texto. Comentário – Questão interessantíssima, pois conjugou pontuação com conjunção. Uma das atribuições da vírgula é separar palavras ou orações justapostas assindéticas – isso é o que nos ensina Cegalla (2008: 428). Veja os exemplos que o gramático utiliza: “A terra, o mar, o céu, tudo apregoa a glória de Deus”. “Os passantes chegam, olham, perguntam e prosseguem”. Cunha e Cintra (2008:658) explicam que, no interior da oração, a vírgula serve para separar elementos que exercem a mesma função sintática (sujeito composto, complementos de verbos e nomes,
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adjuntos etc.), quando não vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem: “Achava os homens declamadores, grosseiros, cansativos, pesados, frívolos, chulos, triviais” (Machado de Assis). Essas conjunções coordenativas costumam surgir no final do encadeamento: “Leonor voltou-se e desfaleceu” (Graciliano Ramos). Resposta – Item certo
22. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na organização das ideias no texto, o pronome “que” (l.14) retoma “nosso conhecimento das coisas” (l.13). Comentário – Ao substituir um termo antecedente, o que é classificado como pronome relativo. Perceba, entretanto, que a referência não é ao termo indicado pelo Cespe; mas sim ao termo “ideias” (linha 12 – note a ausência do acento agudo, em virtude novo Acordo). A banca quis distraí-lo com os termos surgidos entre o relativo e o seu verdadeiro antecedente: “ideias que penetram (...) e que evoluíram”. E já que estamos tratando também de conjunção, olha a conjunção aditiva “e” servindo de nexo entre as duas orações adjetivas: “que penetram (...) e que evoluíram”. Resposta – Item errado
23. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) A expressão “No estado de repouso e de movimento dos objetos” (l.7) localiza onde se associam os “conceitos” referidos na linha 10. Comentário – A expressão apontada pela banca tem características de advérbio, pois exprime, de acordo com o contexto, a circunstância de lugar em que ocorre a associação referida. www.pontodosconcursos.com.br
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Resposta – Item certo
“Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa democracia.” Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57
24. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se optar pela determinação do substantivo “respeito” (l.7), juntando-se o artigo definido à preposição “a”, escrevendo-se ao respeito. Comentário – Perceba que a expressão “a respeito de” equivale-se à preposição sobre: ...refletir um pouco sobre o que... A expressão é uma locução prepositiva e não deve ser considerada individualmente, como propõe o Cespe, ao sugerir a determinação do substantivo “respeito” por meio do artigo definido. Isso prejudica tanto a correção gramatical quanto a coerência do texto. Resposta – Item errado
A
1
visão
do
sujeito
indivíduo
—
indivisível
—
pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos 4
previamente teias
7
e
a
nossas
tensões
capacidades,
de
A
trabalha
sociologia
relações
sociais:
relacionais
acordo
com
com
a
a
que
nós
fazemos
conformarão
sociedade
concepção
nos em
dessa
que
em
nossas vivemos.
relação
entre
o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe 10
é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações com as instituições e nas relações que estabelecemos com os
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outros?
Não
unidade 13
há,
fechada
Estaríamos complexas
assim,
uma
em
si
de
mesma,
envolvidos, de
visão
homem
como
do
“exterior”
uma
Homo
clausus.
em
tramas
constantemente,
internalização
como
e,
também,
de
rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. 16
As experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir. Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009)
Ao
ligar
dois
períodos
sintáticos,
o
conectivo “Mas” (l.3) introduz a oposição entre a ideia de um sujeito único e indivisível e a ideia de um sujeito moldado por teias de relações sociais. Comentário
–
O
conetivo
analisado
integra
o
rol
das
conjunções
coordenativas adversativas, que estabelecem uma ideia de contraste, de oposição entre os termos ou orações que relacionam. Também porém, toa
são
conjunções
coordenativas
adversativas:
, contudo, no entanto, entretanto.
Resposta – Item certo
26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 4, para se evitar a sequência “nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma verbal “fazemos”, sem que a correção gramatical do trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas.
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Comentário – Tratou-se aqui de colocação pronominal, especificamente de próclise (emprego do pronome oblíquo átono antes do verbo) e ênclise (emprego do pronome oblíquo átono depois do verbo). Não há problema na troca da posição do pronome “nos”, pois imediatamente antes dele não há nenhuma palavra atrativa (palavras de sentido
negativo,
advérbios
sem
pausa,
conjunções
subordinativas,
pronomes relativos, conjunções coordenativas alternativas, pronomes e advérbios interrogativos, pronomes indefinidos etc.) que o “prenda” onde está. Entretanto, não é possível colocá-lo depois da forma verbal “fazemos” sem proceder às alterações necessárias. O pronome se unirá ao verbo por meio do hífen. Além disso, os verbos em primeira pessoa do plural associados ao pronome nos perdem a letra final: assustamos + nos = assustam-nos; ferimos + nos = ferimo-nos; fazemos + nos = fazemo-nos. Que tal recordar a forma correta de juntar pronomes oblíquos átonos a verbos? – me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos: a) associados a verbos terminados em –r, -s ou –z, e à palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem as antigas
formas
lo,
la,
los,
las,
caindo
aquelas
consoantes: Mandaram prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los entrar. / Ei-lo aqui! b) associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, na, nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de graça. / Põe-no aqui. Resposta – Item errado
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27. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O uso da forma verbal flexionada na primeira pessoa do plural “Estaríamos” (l.13) inclui autor e leitores no desenvolvimento da argumentação, de tal modo que seria coerente e gramaticalmente correto substituir “o homem vai adquirindo” (l.16) por vamos adquirindo, no período seguinte. Comentário – Tudo estava indo tão bem, mas... Quer ver? Substitua os termos como a banca sugere: As experiências que vamos adquirindo na relação com os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir. Agora repare que não há mais coesão entre o pronome “nós” (primeira pessoa do plural, sujeito implícito do verbo “vamos”) e os pronomes possessivos sublinhados, que correspondem à terceira pessoa do discurso. Antes estava tudo correto, pois a referência era ao “homem”, ou seja, a ele (terceira pessoa). Resposta – Item errado
1
O
uso
desafio.
do
espaço
Sobretudo
público
porque
nas
algumas
grandes regras
cidades básicas
é de
um boa
convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de 4
um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo entrar
a
qualquer
preço,
sem
esperar
e
dar
passagem
aos
demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 7
de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam o convívio urbano em uma experiência ruim. (...) Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações).
28. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na relação entre as ideias do texto, subentende-se ao imediatamente antes de “tentar” (l.3) e de “andar”
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(l.6); por isso, a inserção de ao nessas posições tornaria o texto mais claro, além de manter a sua correção gramatical. Comentário – A passagem é clara o bastante e não necessita desses elementos (combinação da preposição a com o artigo definido o). Os infinitivos verbais “tentar” e “andar” foram usados de maneira impessoal para exprimir fatos de modo geral, sem referi-los (os fatos) a um sujeito e, ainda, sem situá-los no tempo. O uso dos elementos propostos pela banca tornaria a passagem inconclusa, causaria no interlocutor a expectativa de um desfecho originado por algum agente. Sintaticamente, as orações iniciadas
por
esses
verbos
tornar-se-iam
subordinadas
(expressariam
circunstâncias temporais – “quando tentam sair de um vagão”; “quando andam por ruas sujas”) sendo que, na verdade, são independentes e se ligam, textualmente, à forma verbal “São”, presente no período seguinte. Resposta – Item errado
(...) As 16
iniciativas
são
louváveis.
Caso
a
população,
porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros. Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações
29. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) A substituição de “Caso” (l.15) pela conjunção Se preservaria a correção gramatical da oração em que se insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a função condicional dessa oração. Comentário – Faça a modificação: Se a população, porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude... Então, notou o problema? A conjunção
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substituta, ainda que preserve o caráter condicional da oração, não guarda coesão com o presente do subjuntivo do verbo sentir. Ela, na verdade, exige que o mesmo verbo se flexione no futuro de subjuntivo: Se a população, porém, se sentir... Resposta – Item errado
(...) Na 13
barreiras
rede ou
social, fronteiras:
Consequentemente,
as nós
podemos
dinâmicas as
de
vivemos
ser
poder a
todo
comandados,
não
têm
momento. submetidos
ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo 16
para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel
social,
que
nos
faz
complementar,
passivamente
ou
não, as regras políticas da situação em que nos encontramos. Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
30. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na organização da textualidade, é coerente subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal “vivermos” (l.16), inserindo-se podermos. Comentário – Veja como ficaria: “...e, assim, podermos vivermos...”. Que tal? Horrível, não é mesmo? Com a alteração, surge uma locução verbal. Nela o verbo principal – nuclear, de significação plena – é o último. O outro é seu auxiliar, desprovido total ou parcialmente de significação própria. As flexões de número, pessoa, modo e tempo ocorrem no verbo auxiliar. Já o verbo principal assume uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo ou particípio: Estou estudando português. Há de haver uma solução para o caso. www.pontodosconcursos.com.br
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Um livro foi comprado por mim. Resposta – Item errado
O
1
termo
cinquenta, 4
pelo
groupthinking sociólogo
foi
William
cunhado, H.
na
Whyte,
década para
de
explicar
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. (...) Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
31. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Por estar empregada como uma forma de voz passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou para a correção gramatical do texto. Comentário – Está correta a correspondência apontada pelo Cespe, pois a voz é passiva, tanto no segmento original (voz passiva analítica ou verbal) quanto na forma sugerida (voz passiva sintética ou pronominal). A respeito da voz passiva, importa saber o que abaixo se segue. Voz passiva Î indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo. Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral. (voz passiva) Cabral descobriu o Brasil. (voz ativa) ATENÇÃO! 1 – Observe que o SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva. 2
–
Entretanto,
quando
o
SUJEITO
da
voz
ativa
for
INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA. www.pontodosconcursos.com.br
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Ex.:
Resolveram
as
questões.
–
voz
ativa
com
sujeito
indeterminado. As
questões
foram
resolvidas.
(ou
Resolveram-se
as
questões.) – voz passiva sem agente da passiva. 3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e pronominal ou sintética. Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal no particípio = analítica. Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO + pronome SE = sintética. Agora considere o seguinte trecho: “(...) Pacientes afetados pela síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’ (...)”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva. VOZ ATIVA
VOZ PASIVA
Pacientes Sujeito
afetados
pela
síndrome Verbo transitivo
ultrapassaram (o
direto
que?) a
Objeto direto
fronteira
Agente
da
passiva
pacientes
afetados
pela
síndrome
Locução (voz
pelos
verbal passiva foi ultrapassada
analítica) da
A
fronteira
da
adaptabilidade às Sujeito paciente
adaptabilidade às
demandas
demandas
Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa:
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a)
Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE =
sujeito indeterminado Î voz ativa b)
Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE =
sujeito indeterminado Î voz ativa c)
Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO
+ SE = sujeito indeterminado Î voz ativa d)
Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE +
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado Î voz ativa e)
Toda voz passiva sintética (formada com o pronome SE)
não possui agente da passiva. Assim sendo, não é possível a substituição que a banca sugere, pois o termo “pelo sociólogo William H. Whyte” exerce a função de agente da passiva, o qual não é utilizado com a voz passiva sintética. Resposta – Item errado
(...)
O
expressão 13
voto, do
nas
eleições,
consentimento
dos
é
cidadãos,
modo
para
que
de
o
poder
seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas e
executadas
de
modo
legítimo.
A
expressão
do
consentimento periódico por meio do voto, em qualquer dos 16
níveis
de
constitucional
governo, perdure
é e
essencial seja
para
sempre
capaz
que de
o
Estado
proteger
os
direitos inerentes às pessoas. Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).
32. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O uso do modo subjuntivo em “perdure” (l.17) e “seja” (l.17), em orações sintaticamente independentes, deve-se ao
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valor semântico do subjuntivo para expressar a ideia de desejo ou vontade, que, no caso, aplica-se à função do “Estado” (l.16). Comentário – Uma sopa de letrinhas! O emprego do subjuntivo não se deve a orações sintaticamente independentes. O valor semântico dele não denota desejo ou vontade; isso é expresso, geralmente, por orações optativas (Que Deus o abençoe! Espero que tudo te vá bem!). Então, o que exprime o subjuntivo? Esse modo indica ocorrência provável, possível, hipotética, duvidosa. No texto, o emprego dele se justifica por circunscrever o processo verbal no campo semântico da possibilidade e o afastar da certeza caracterísitica do modo indicativo. Uma dica: é comum os verbos conjugados no modo subjuntivo virem antecedidos pelas conjunções que, caso e embora e por advérbios que exprimem dúvida (talvez, possivelmente etc.) Às vezes, é de fato a conjunção que obriga o uso do verbo no modo subjuntivo, mesmo sem a aparente ideia de possibilidade, incerteza. Resposta – Item errado
1
Assistimos
à
homogeneizantes
e
dissolução
totalizantes
da
dos
ciência
e
da
discursos cultura.
Não
unitário
da
existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 4
traçado
único,
experiência subjetividade. 7
intensamente
um
da
horizonte
vida,
Há
da
histórias,
complexo
e
as
de
cultura, no
plural;
respostas
sentido da
ciência
o
mundo
não
são
ou
da
tornou-se
diretas
nem
estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único 10
para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de
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futuros
possíveis.
participar 13
de
processos
um
sociais
ser
humano
consiste
compartilhados,
nos
em quais
emergem significados, sentidos, coordenações e conflitos. A
complexidade
precisamente 16
Tornar-se
reordenação
por
essa
intelectual
dos
problemas
razão, que
nos
desarticula-se
torna-se habilite
necessária a
pensar
e, uma a
complexidade. Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações).
33. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) A relação que a oração iniciada por “e as respostas” (l.7) mantém com a anterior mostra que a função da conjunção “e” corresponde à função de por isso. Comentário – Uma conjunção e também a oração a que pertence devem ser classificadas de acordo com o sentido que exprimem no contexto em que se inserem. No texto, a conjunção “e” inicia oração que estabelece com a anterior uma relação de causa e efeito, em que uma é decorrente da outra, uma nos faz concluir a outra. Sendo mais preciso, a oração “e as respostas não são diretas nem estáveis” expressa a conclusão, a dedução ou a consequência do que se declara anteriormente: “o mundo tornou-se intensamente complexo”. Assim sendo, a conjunção “e” equivale-se à conjunção conclusiva por isso. Observe outros exemplos: Sofrem duras privações e não se queixam. “Quis dizer mais alguma coisa e não pode.” (Jorge Amado). Nos dois casos, a conjunção “e” tem claro valor adversativo (= mas). Resposta – Item certo
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34. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) O uso da preposição em, no termo “nos quais” (l.12), indica que a expressão nominal “processos sociais compartilhados” (l.12) está empregada como a circunstância de lugar da emergência dos “significados” (l.13), não como o agente de sua origem. Comentário – Primeiramente, é necessário reconhecer que, na expressão “nos quais”, existe realmente a presença da preposição “em”, que se contraiu com o “o” que integra o pronome relativo “o qual” (em + o = no). Em seguida, é interessante frisar que as preposições, ao contrário do que alguns pensam, trazem valores semânticos consigo: posse, modo, lugar, causa, fim etc. Só para exemplificar o que disse e ajudar você a entender o que vou dizer, note a ideia de lugar comunicada pela preposição “em” na simples frase Moro em Brasília. Agora, é fundamental perceber as relações de significados entre os argumentos do texto. Na aludida passagem, não só “significados”, mas também “sentidos, coordenações e conflitos” emergem nos “processos sociais compartilhados”. Resposta – Item certo
35. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) No segundo parágrafo, as duas ocorrências do pronome se, em “desarticula-se” e “torna-se”, marcam a impessoalidade da linguagem empregada no texto por meio da indeterminação do sujeito. Comentário – O que o Cespe quis dizer com “impessoalidade da linguagem empregada”? Simplesmente que as formas verbais “desarticular-se” e “tornar-se” não possuem um sujeito específico a quem podem ser atribuídas as noções expressas por elas. Perceba que a banca usou a expressão
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“indeterminação do sujeito”. Isso não faz sentido. Os sujeitos dos dois verbos estão bem claros e determinados na passagem: “A complexidade dos problemas” e “uma reordenação intelectual”, respectivamente. Se você ficou com dúvida no papel do “se” que acompanha esses verbos, saiba que no primeiro caso ele é pronome apassivador, acompanha verbo transitivo direto; no segundo é parte integrante do verbo (de ligação). Releia o comentário da questão 31 e confirme os casos em que o SE ajuda a indeterminar o sujeito. Cuidado com o caso descrito na letra “a”. Lá, perceba, não é possível saber quem ficou feliz, o fato não pode ser atribuído a ninguém realmente, ao contrário do que ocorre em relação ao verbo de ligação “tornar-se”. O que se tornou necessária? Eis a resposta (e o sujeito do verbo): “uma reordenação intelectual” Resposta – Item errado
Muito bem, por hoje é só. Ficarei aguardando as dúvidas, sugestões e os comentários. Não deixe de interagir comigo. O êxito deste curso também depende da sua participação. Na próxima aula, estudaremos regência, crase e redação de correspondências oficiais. Até lá! Professor Albert Iglésia
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
(...) Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados pela vontade soberana do país. Machado de Assis. “A semana”. In: Obra Completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
1.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A expressão “lhe foram dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituída por foram dados a ele.
A
1
cidade
estivera
agitada
por
motivos
de
ordem
técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 4
Dous
candidatos
e
dous
partidos
disputavam
a
palma
com
alma. Vá de rima; sempre é melhor que disputá-la a cacete, cabeça ou navalha, como se usava antigamente. A garrucha 7
era
empregada
destinada
a
no
interior.
fazer
eleições
Um
dia,
apareceu
sinceras
e
a
Lei
sossegadas.
Saraiva, Estas
passaram a ser de um só grau. Oh! ainda agora me não 10
esqueceram os discursos que ouvi, nem os artigos que li por esses tempos atrás pedindo a eleição direta! A eleição direta era a salvação pública. Muitos explicavam: direta e censitária.
13
Eu,
pobre
rapaz
sem
experiência,
ficava
embasbacado
quando
ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no método;
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mas, não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava 16
a lei. A lembro
19
lei
chegou.
que
na
Assisti
minha
às
seção
suas
estréias,
ouviam-se
voar
e
as
ainda
me
moscas.
Um
dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei
22
que o
tinha
secretário
eleitores. 25
razão,
e
contei-lhe
começou
Presentes,
a
algumas
suspirar
posto
que
eleições
flebilmente
antigas.
os
censitários,
Nisto
nomes
dos
poucos.
Os
chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam uma
cédula,
depois
de
examinada
pelo
presidente
da
mesa;
em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação 28
dos
eleitores,
moribundo.
A
saíam
com
convicção
as
é
cautelas
que
se
usadas
tinha
em
achado
quarto a
de
panacéia
universal. Machado de Assis. Op. Cit., p. 706.
2.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Em relação ao texto assinale a opção correta.
a)
A substituição de “estivera” (l. 1) por tinha estado prejudica a correção gramatical do período.
b)
Na expressão “contei-lhe” (l. 22), “lhe” exerce a função de objeto direto.
Caro eleitor, 1
Nos vivamente
últimos os
meses, brasileiros.
a
campanha No
primeiro
política turno,
mobilizou foram
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de www.pontodosconcursos.com.br
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4
comparecimento em
que
às
tudo
urnas
aconteceu
e de
de
uma
forma
irrepreensível
tranqüila
e
votação,
organizada,
a
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 7
Brasil como modelo nessa área. Amanhã República
10
e
serão dos
definidos
os
governadores
nomes
de
alguns
do
presidente
estados.
O
da país,
mais do que nunca, conta com você. (...) Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet:
3.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A substituição da expressão “serão definidos” (l. 7) por definir-se-ão garante a correção gramatical do período.
O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as
bases
de
uma
sociedade.
Essa
construção
é
feita
todos
os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. Eles
não
estão
aí
por
obra
divina.
Precisam
ser
reforçados
permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará ameaçado. O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações).
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4.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Acerca das relações lógicosintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de associação,
mediante
o
emprego
de
conjunção,
entre
períodos
sintáticos do texto acima. Assinale a opção que apresenta proposta de associação incorreta. período
conjunção
período
A
primeiro
e
segundo
B
terceiro
entretanto
quarto
C
quarto
conquanto
quinto
D
quinto
já que
sexto
Geralmente,
1
Partido
vencido
vencedor 4
é
acordos, minorias.
as
oposições
contesta
a
simultaneamente
dividindo No
os
antigo
não
gostam
eleição
do
vencedor,
vencido,
e
vice-versa.
deputados;
regímen
dos
mas
iniciou-se
uma
governos. e
partido
Tentam-se
ninguém
aceita
representação
de
minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que 7
estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. Continuou praticamente o sistema da lavra única. (...)
10
Sócrates
aconselhava
ao
legislador
que
quando
houvesse de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora, os homens aqui amam o governo e a tribuna, gostam de 13
propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e o
16
partido
que
não
folheia
a
gramática
política
acha
naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a gramática na mão julga a linguagem alheia obsoleta
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e
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corrupta.
O
que
estamos
vendo
é
a
impressão
em
dous
exemplares da mesma gramática. Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3.
5.
(Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto, assinale a opção correta.
a)
A substituição de “Tentam-se” (l. 3) por São tentados prejudica a correção gramatical do período.
b)
O emprego do subjuntivo em “quando houvesse” (l. 10-11) justifica-se por compor uma afirmativa sobre uma ação já decorrida.
A
1
função
consiste
da
em
em
denunciar
investigações 4
oposição
e
governamentais,
a
sociedade
corrupção,
avaliar propondo
uma
os
acompanhar
projetos
alternativas.
A
democrática
e
as
iniciativas
crítica,
e
não
a
adesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter uma 7
verdadeira
autoritária.
A
oposição,
ela
governabilidade
só
caminha existe
para
uma
solução
verdadeiramente
com
uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes e discuta os seus encaminhamentos. Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações).
6.
(Cespe/TSE/Técnico
Judiciário/2007)
Em
relação
ao
texto
acima,
assinale a opção correta. a)
Entre os dois últimos períodos do texto, subentende-se uma relação sintática que pode ser expressa por Entretanto.
b)
O emprego do subjuntivo em “sinalize” (l. 8) e “discuta” (l. 9) justifica-se por compor um período de natureza explicativa.
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7.
(Cespe/TCU/ACE/2007) O emprego do futuro do presente do indicativo em "teremos" (L.6) indica que a preposição "em" (L.5), que precede "dez anos" (L.5), tem o sentido de daqui a.
Distraídos
1
crescimento, 4
com
deixamos
a
discussão
de
perceber
sobre que
os
índices
de
desenvolvimento
processo contínuo pelo qual uma sociedade administrar realidades cada vez mais complexas.
é
aprende
o a
(...) Rubens Ricupero. Folha de S.Paulo, 26/11/2006, p. B2 (com adaptações).
8.
(Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) A substituição de “pelo qual” (l. 3) por cuja mantém a correção gramatical do período.
(...) Quando 7
econômica tipos
de
se
indica ação:
trata que
de o
aumento
crescimento
resultado da
sustentado,
positivo
produtividade
é ou
fruto
a
teoria
de
acumulação
dois de
capital (físico e humano).
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A
10
de 13
elevação
produção
significativa
só
será
da
obtida
produtividade com
reformas
dos
fatores
institucionais
profundas. Já o acúmulo de capital humano investimento em educação, cuja maturação é longa.
requer
Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.º/12/2006 (com adaptações).
9.
(Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Assinale a opção incorreta acerca do texto acima.
a)
A substituição de “Já” (l. 12) pela expressão Por outro lado, seguida de vírgula, mantém a informação original do período.
b)
A substituição de “cuja” (l. 13) por a qual mantém a correção gramatical do período.
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10. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal "tem sido usado" (L.1).
11. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3).
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12. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos "direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e "até" (L.19).
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13. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas dinâmicas" (L.1-2).
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14. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto.
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15. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9).
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16. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior.
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17. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" (l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um "processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas fundações" (l.11) antes de ser definitivo.
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18. (Cespe/STF/Analista
Judiciário/2008)
O
conectivo
"Então"
(L.6)
estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações.
19. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" (L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser empregada sob a forma do.
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20. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economista/2009) Na linha 12, caso se deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas.
21. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Devido à função que exerce na oração, a vírgula empregada depois de “sensações” (l.2) poderia ser substituída tanto pela conjunção e como pela conjunção ou, sem prejudicar a correção gramatical ou a coerência do texto.
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22. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na organização das ideias no texto, o pronome “que” (l.14) retoma “nosso conhecimento das coisas” (l.13).
23. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) A expressão “No estado de repouso e de movimento dos objetos” (l.7) localiza onde se associam os “conceitos” referidos na linha 10.
“Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa democracia.” Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57
24. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se optar pela determinação do substantivo “respeito” (l.7), juntando-se o artigo definido à preposição “a”, escrevendo-se ao respeito.
A
1
visão
do
sujeito
indivíduo
—
indivisível
—
pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos 4
previamente teias
7
e
a
nossas
tensões
capacidades,
de
A
trabalha
sociologia
relações
sociais:
relacionais
acordo
com
com
a
a
que
nós
fazemos
conformarão
sociedade
concepção
nos em
dessa
que
em
nossas vivemos.
relação
entre
o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe 10
é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações com as instituições e nas relações que estabelecemos com os
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59
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outros?
Não
unidade 13
fechada
Estaríamos complexas
há,
assim, em
uma si
de
mesma,
envolvidos, de
visão
homem
como
do
“exterior”
uma
Homo
clausus.
em
tramas
constantemente,
internalização
como
e,
também,
de
rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. 16
As experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir. Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009)
Ao
ligar
dois
períodos
sintáticos,
o
conectivo “Mas” (l.3) introduz a oposição entre a ideia de um sujeito único e indivisível e a ideia de um sujeito moldado por teias de relações sociais.
26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 4, para se evitar a sequência “nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma verbal “fazemos”, sem que a correção gramatical do trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas.
27. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O uso da forma verbal flexionada na primeira pessoa do plural “Estaríamos” (l.13) inclui autor e leitores no desenvolvimento da argumentação, de tal modo que seria coerente e gramaticalmente correto substituir “o homem vai adquirindo” (l.16) por vamos adquirindo, no período seguinte.
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O
1
uso
desafio.
do
espaço
Sobretudo
público
porque
nas
algumas
grandes regras
cidades básicas
é de
um boa
convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de 4
um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo entrar
a
qualquer
preço,
sem
esperar
e
dar
passagem
aos
demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 7
de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam o convívio urbano em uma experiência ruim. (...) Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações).
28. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na relação entre as ideias do texto, subentende-se ao imediatamente antes de “tentar” (l.3) e de “andar” (l.6); por isso, a inserção de ao nessas posições tornaria o texto mais claro, além de manter a sua correção gramatical.
(...) As 16
iniciativas
são
louváveis.
Caso
a
população,
porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros. Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações
29. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) A substituição de “Caso” (l.15) pela conjunção Se preservaria a correção gramatical da oração em que se insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a função condicional dessa oração.
(...)
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Na 13
rede
barreiras
ou
social,
as
fronteiras:
Consequentemente,
dinâmicas
nós
as
podemos
de
poder
vivemos
ser
a
não
todo
comandados,
têm
momento. submetidos
ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo 16
para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel
social,
que
nos
faz
complementar,
passivamente
ou
não, as regras políticas da situação em que nos encontramos. Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
30. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na organização da textualidade, é coerente subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal “vivermos” (l.16), inserindo-se podermos.
O
1
termo
cinquenta, 4
groupthinking
pelo
sociólogo
foi
cunhado,
William
H.
na
Whyte,
década para
de
explicar
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. (...) Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
31. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Por estar empregada como uma forma de voz passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou para a correção gramatical do texto.
(...)
O
expressão
voto, do
nas
consentimento
eleições, dos
cidadãos,
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é para
modo que
o
de poder
62
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13
seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas e
executadas
de
modo
legítimo.
A
expressão
do
consentimento periódico por meio do voto, em qualquer dos 16
níveis
de
constitucional
governo, perdure
é e
essencial seja
para
sempre
capaz
que de
o
Estado
proteger
os
direitos inerentes às pessoas. Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).
32. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O uso do modo subjuntivo em “perdure” (l.17) e “seja” (l.17), em orações sintaticamente independentes, deve-se ao valor semântico do subjuntivo para expressar a ideia de desejo ou vontade, que, no caso, aplica-se à função do “Estado” (l.16).
33. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) A relação que a oração iniciada por “e as respostas” (l.7) mantém com a anterior mostra que a função da conjunção “e” corresponde à função de por isso.
34. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) O uso da preposição em, no termo “nos quais” (l.12), indica que a expressão nominal “processos sociais compartilhados” (l.12) está empregada como a circunstância de lugar da emergência dos “significados” (l.13), não como o agente de sua origem.
35. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) No segundo parágrafo, as duas ocorrências do pronome se, em “desarticula-se” e “torna-se”, marcam a impessoalidade da linguagem empregada no texto por meio da indeterminação do sujeito.
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63
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GABARITO
1.
Item certo
27. Item errado
2.
Item errado
28. Item errado
3.
Item errado
29. Item errado
4.
C
30. Item errado
5.
Itens errados
31. Item errado
6.
Itens incorretos
32. Item errado
7.
Item certo
33. Item certo
8.
Item errado
34. Item certo
9.
B
35. Item errado
10. Item certo 11. Item errado 12. Item certo 13. Item errado 14. Item certo 15. Item certo 16. Item certo 17. Item certo 18. Item errado 19. Item errado 20. Item errado 21. Item certo 22. Item errado 23. Item certo 24. Item errado 25. Item certo 26. Item errado
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64
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Saudações, prezado(a) aluno(a)! Em nossa quarta aula, estudaremos a regência de alguns nomes e verbos, os casos de ocorrência (ou não) da crase e a redação de correspondências oficiais. Em relação à regência, digo “de alguns nomes e verbos” porque a grande quantidade deles no léxico da nossa Língua não nos permite estudar o assunto em sua inteireza. Ficaremos, então, no estudo da regência de um grupo de nomes e verbos cujo conhecimento não pode faltar a você. REGÊNCIA NOMINAL Regência nominal é a relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição. Vejamos três exemplos do que acabei de falar: (1)
Os cursos do Ponto têm sido úteis a muitos candidatos. COMP. NOMINAL
ADJ. PREP.
(2)
Por causa dos cursos do Ponto, muitos candidatos estão mais perto da aprovação. ADV.
COMP. NOMINAL PREP. (de + a)
(3)
Todos vocês têm capacidade para passar no concurso! SUBST.
COMP. NOMINAL PREP.
(...) 8
À
noite,
o
céu
se
abre
limpo
e
estrelado.
É um convite à contemplação da natureza. (...) Época, 9/5/2005 (com adaptações).
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1
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 1.
(Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2005) Na linha 8, o emprego do sinal indicativo de crase em “à contemplação” indica que esse termo é regido pelo substantivo “convite”; mas se a opção fosse por uma oração com o verbo convidar o uso do sinal de crase seria opcional.
Comentário – A primeira parte da declaração está correta. Realmente, o substantivo “convite” tem seu significado semântico completado pelo termo “à contemplação”. Note a fusão que ocorreu entre a preposição a exigida pela regência transitiva do substantivo “convite” e o artigo feminino a que acompanha o substantivo “contemplação”. Esse fenômeno justifica o emprego do acento grave indicativo de crase (“à”). E o que dizer da parte final da declaração? Antes de responder à pergunta, experimente reescrever a passagem empregando o verbo convidar. Tenha em mente que o verbo convidar também é transitivo (direto e indireto) e pede complemento. Na questão da prova, esse verbo estaria também complementado explicitamente por termo regido pela preposição a, justificando a presença obrigatória do acento grave indicativo de crase. Resposta – Item errado.
Abaixo está uma relação de nomes e suas regências que merecem sua atenção, já que o emprego deles é frequente em concursos das mais diversas bancas examinadoras: Acessível a Acostumado
a
ou
Alusão a
Atento a ou em
Ansioso por
Benéfico a
Atenção a ou para
Compatível com
com Alheio a
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2
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Cuidadoso com Invasão de
Preferível a
Junto a ou de
Prejudicial a
Leal a
Próprio de ou para
Maior de
Próximo a ou de
Desacostumado a ou com Desatento a Desfavorável a Desrespeito a Estranho a
Morador em
Querido de ou por
Natural de
Favorável a
Residente em
Necessário a
Fiel a
Respeito a ou por
Necessidade de
Grato a
Sensível a
Nocivo a
Simpatia por
Hábil em
Ódio a ou contra
Habituado a
Odioso a ou para
Inacessível a
Posterior a
Indeciso em
Preferência a ou por
Atenção
especial
deve
Simpático a Útil a ou para Versado em
ser
dada
aos
nomes
que
regem
preposição A, por possibilitarem a ocorrência de crase. Foi explorando esse
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3
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 conhecimento que uma questão apareceu na prova elabora pelo Cespe, para o cargo de técnico judiciário do Supremo Tribunal Federal, em 2008.
O
1
ano,
consumo tornando-se
crescimento 4
nova
do
famílias
deverá
dos
principais
um
produto
estimativa
principais
7
das
do
mudanças
brasileira
em
2008
Indústria
em
relação
interno
consumo nas traçadas às
crescer
bruto, das
previsões
neste
responsáveis
pelo
previsto famílias
perspectivas pela
7,5% em é
para
apresentadas
uma
a
Confederação
5%.
das
economia
Nacional em
A
da
dezembro
do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado em 6,2%. (...) O Estado de S. Paulo, 7/4/2008 (com adaptações).
2.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Na linha 7, o emprego do sinal indicativo de crase em “às previsões” justifica-se pela presença de preposição, exigida pela locução “em relação”, e pelo emprego de artigo definido feminino plural antes de “previsões”.
Comentário – Note que a locução “em relação a” possui em sua parte final a preposição a. Essa expressão exige sim um complemento, que no caso em estudo está pluralizada e acompanhada de artigo definido: “as previsões apresentadas em dezembro do ano passado”. O encontro de a (preposição) com as (artigo) desencadeia a fusão desses dois vocábulos, que na escrita é evidenciada pelo emprego do acento grave indicativo de crase. Resposta – Item certo.
Verifique a partir de agora outras questões de provas anteriores.
4
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Uma
1
passado
antiga
era
a
de
preocupação assegurar
o
dos
direito
legisladores
dos
povos
de
do manter
“os costumes da terra”. (...) Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.
3.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) No que diz respeito aos sentidos e a aspectos gramaticais do texto acima, julgue a assertiva abaixo. Na expressão “era a de assegurar” (l. 2), a presença da preposição “de” decorre da regência de “preocupação” (l. 1).
Comentário – Possivelmente, a dificuldade de alguns candidatos em julgar este item ocorreu por causa da ausência do vocábulo “preocupação” na expressão em destaque. Analise novamente o enunciado e perceba que ocorre
a
elipse
do
substantivo
“preocupação”.
Note:
“Uma
antiga
preocupação dos legisladores do passado era a [preocupação] de assegurar o direito dos povos de manter ‘os costumes da terra’”. Ficou melhor agora? Tanto diante de “os legisladores”, quanto de “assegurar”, a preposição de se faz presente em virtude da regência do substantivo “preocupação”. Resposta – Item certo. Folha
1
impostas
— pelo
O
sr.
concorda
Estado
são
que
muitas
impostas
das
por
restrições
pensamen-
tos “puritanos” de parte da sociedade? (...) Folha de S. Paulo, 23/10/2005. Trecho da entrevista concedida pelo economista Eduardo Giannetti (com adaptações).
4.
(Cespe/Anatel/Analista
Administrativo/2006)
Atenderia
às
regras
prescritas pela gramática a seguinte formulação da pergunta feita ao entrevistado: O senhor concorda com a idéia de que, entre as restrições
5
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 estabelecidas pelo Estado, muitas são impostas por pensamentos “puritanos” de parte da sociedade? Comentário – Deve chamar a sua atenção o surgimento da oração subordinada substantiva completiva nominal regida corretamente pela preposição “de”, que surgiu agora por imposição do substantivo “idéia”. Resposta. Item certo. (...) XIX 13
à
Mas que
a
consciência
foi expansão de
a mundial que
uma
partir do
do
capitalismo cultura
século deu
mundial
origem estava
verdadeiramente em via de surgir. Sérgio Paulo Rouanet. Do fim da cultura ao fim do livro. In: Eduardo Portella (Org.). Reflexões sobre os caminhos do livro. SãoPaulo: UNESCO/Moderna, 2003, p. 63 (com adaptações).
5.
(Cespe/Minist. da Integ. Nacion./Bibliotecário/2006) Em “consciência de que” (l. 13), o emprego da preposição “de” é decorrente da regência de “consciência”.
Comentário – O substantivo “consciência” pertence à oração “Mas a partir do século XIX a expansão mundial do capitalismo deu origem à consciência”. Você deve estar curioso, querendo saber onde foram parar as palavras “foi” e “que”, não é mesmo? Repare que elas são meras palavras de realce. Podem ser retiradas da oração sem qualquer prejuízo para o enunciado. Tanto é verdade que eu as retirei sem que qualquer problema acontecesse, percebeu? Pois bem, semanticamente o vocábulo “consciência” não se esgota. Ele precisa de um termo que lhe complete o sentido. É com essa finalidade que surge a oração “de que uma cultura mundial estava verdadeiramente em via de surgir”. Junte os dois segmentos e observe
6
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 que a articulação entre eles é possibilitada pela presença da preposição de, que decorre da regência do próprio substantivo “consciência”. Resposta – Item certo. A
1
Câmara
dos
Deputados
brasileira
aprovou,
por
265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela ao 4
MERCOSUL,
bloco
regional
formado
por
Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai. O
protocolo
de
adesão,
assinado
em
julho
de
2006,
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 7
Os
congressos
Venezuela
10
já
Apenas
o
acordo.
Dados
Nacional
do
Uruguai,
da
votaram
pela
entrada
Paraguai da
mostram
e
o
Brasil
Comissão que
a
de
Argentina
da
própria
do
país
no
ainda
não
chancelaram
Relações
entrada
e
do
MERCOSUL.
Exteriores
país
e
resultará
o
Defesa em
um
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 13
12,7
milhões
de
(aproximadamente
km2, 76%
PIB do
superior
PIB
da
a
U$
América
1 do
trilhão Sul)
e
comércio global superior a US$ 300 bilhões. (...) Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008.
6.
(Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) O emprego de preposição em “ao MERCOSUL” (l.3) justifica-se pela regência de “contrários” (l.2), que exige preposição a.
Comentário – Na verdade, a preposição a é exigida pela regência do nome “adesão”
(adesão
de
quem
a
quê?):
“a
adesão
da
Venezuela
ao
MERCOSUL”. Resposta – Item errado.
7
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7.
(Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Nas duas ocorrências de “superior a” (l.13 e 15), “a” funciona como artigo definido.
Comentário – O vocábulo “a” é preposição exigida pelo nome “superior” (superior a quê?), que é seguido por complemento: “superior a U$ 1 trilhão” e “superior a US$ 300 bilhões”. Resposta – Item errado.
Como você está indo até agora? Caso não tenha entendido alguma explicação, sugiro que volte a ela imediatamente. Não prossiga sem que as dúvidas tenham sido esclarecidas. Ao entrarmos no tópico sobre regência verbal (faremos isso nas próximas linhas), é recomendável que você esteja seguro em relação ao que acabamos de estudar. Outras informações serão acrescentadas. Não deixe que as dúvidas se acumulem. REGÊNCIA VERBAL O que é o que é? Se
recebo
um
quem
não
gosto
1
de
presente —
dado
como
se
com chama
carinho
por
o
sinto?
que
pessoa Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 4
gente
—
ocupado,
como
se
e
repente
de
chama
essa
parar
mágoa
por
ter
e sido
esse
rancor?
tomado
por
Estar uma
desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 7
chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo.
8
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
8.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) No título do texto, as duas ocorrências da forma verbal “é” são sintaticamente equivalentes.
Comentário – Não é possível responder à questão sem antes perceber que a distinção entre as duas ocorrências da forma verbal ”é” leva em conta esse tópico da nossa Língua: transitividade verbal. Na verdade, a questão requer noções semântico-sintáticas, e não apenas sintáticas. Verbos cujos complementos (objetos diretos ou objetos indiretos) lhes integram os sentidos são classificados como transitivos. Estão divididos em: a) transitivos diretos: seus complementos (objetos diretos) não são introduzidos obrigatoriamente por preposição; (4)
Quero água. VTD
(5)
OD
A médico, confessor e letrado nunca enganes. VTD
ODP
Em (9), a preposição “A” é empregada simplesmente por motivo de ênfase, e não pela exigência da transitividade do verbo. Nesse caso, o complemento vem preposicionado; contudo permanece como objeto direto. transitivos
indiretos:
seus
complementos
(objetos
da
b)
Josil
indiretos) são necessariamente introduzidos por uma preposição, exceto quando empregado um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe); (6)
Gosto de água. VTI
(7)
OI
Custou-me entender o assunto. VTI
OI
9
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 c) transitivos diretos e indiretos: reúnem, ao mesmo tempo, objetos diretos e indiretos; (8)
Deram-lhe um presente. OI
VTDI
OD
Há também verbos considerados de sentidos completos, por não exigirem complementos que lhes integrem os significados. São conhecidos como intransitivos. (9)
Infelizmente, a vítima do acidente morreu. VI
Todos esses verbos são considerados nocionais (possuem valor semântico, denotam acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental). Existe
ainda
uma
categoria
de
verbos
que
precisa
ser
mencionada aqui. É a dos verbos de ligação, também considerados não nocionais ou copulativos. Esses verbos, de significados indefinidos (ou predicações incompletas), unem (ligam, servem de “ponte”) o sujeito da oração a seu predicativo (função esta desempenhada por adjetivos, substantivos ou pronomes). (10) Maria é feliz. Suj.
VL
Pred.
Verbos de ligação denotam situação permanente, situação transitória, mudança de situação. (11) João é estudioso. (situação permanente) (12) João está cansado. (situação transitória) (13) João ficou alegre. (mudança de situação) 10
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4
Estaria tudo muito bom se as coisas fossem tão certinhas assim, não é mesmo? O fato é que a classificação de um verbo em transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto, intransitivo ou de
ligação
dependerá
das
relações
semântico-
-sintáticas entre os termos da oração. (14) João anda cansado. (15) João anda depressa. Em (18), o verbo (“anda”) denota o estado de “João” no momento da fala e liga o sujeito da oração (“João”) ao seu predicativo (“cansado”). É, pois, verbo de ligação (copulativo, não nocional). Em (19), o mesmo verbo agora indica a ação exercida pelo sujeito. É, pois, verbo nocional. Notem que o vocábulo “depressa” não integra o significado do verbo, mas indica a circunstância (de modo) em que a ação é desenvolvida. Creio que agora podemos responder à questão da prova do IRBr. Perceba, preliminarmente, que o título do texto é composto por duas orações: (16) O que é o... (17) ...que é? Notoriamente,
trata-se
de
um
período
composto
por
subordinação. A primeira oração é a principal; a segunda, subordinada. Esta – repare bem – é introduzida pelo pronome relativo “que”. Portanto, é uma oração subordinada adjetiva.
11
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 O verbo da primeira oração (“é”) liga o predicativo “o” (pronome demonstrativo substantivo) ao sujeito “que”. Em uma análise semântico-sintática, portanto, ele ocorre como verbo de ligação, copulativo, não nocional. O mesmo verbo, na segunda oração, não faz esse tipo de “ponte”. Ressalte-se
que
nela
nem
existe
adjetivo,
substantivo
ou
pronome
substantivo desempenhando a função de predicativo do sujeito. Em (21), o verbo é tomado como intransitivo, nocional. Resposta – Item errado.
Uma vez entendido o porquê da classificação de um verbo em transitivo (direto; indireto; direto e indireto), intransitivo ou de ligação, já estamos aptos a tratar especificamente da regência de alguns verbos. Diga-se ainda que “a regência verbal pretende estabelecer os diversos regimes com que um verbo pode ser empregado”, como nos ensina o eminente professor Décio Sena.
Na
1
atualidade,
desenvolver-se
em
atividades
qualquer de
parte apoio
do
mundo,
logístico
podem ou
de
recrutamento ao terrorismo. Isso se deve à sua própria lógica 4
de
disseminação
transnacional,
que
busca
continuamente
novas áreas de atuação e, também, às vantagens específicas que cada país pode oferecer a membros de organizações 7
extremistas,
como
facilidades
de
obtenção
de
documentos
falsos ou de acesso a seu território, além de movimentação, refúgio e acesso a bens de natureza material e tecnológica. (...) Paulo de Tarso Resende Paniago. O desafio do terrorismo internacional. In: Revista Brasileira de Inteligência. Brasília: ABIN, v. 3, n.º 4, set./2007, p. 36.
12
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4
9.
(Cespe/Abin/Agente de Inteligência/2008) Em “às vantagens” (l.5), o sinal indicativo de crase justifica-se pela regência de “deve” (l.3) e pela presença de artigo definido feminino plural.
Comentário – Repare que o verbo analisado indica, no contexto analisado, a causa do que é declarado no período anterior. Nesse sentido, é transitivo indireto e exige preposição A, que, ao lado do artigo definido feminino plural AS que inicia seu complemento, faz surgir o fenômeno linguístico conhecido como crase. Resposta – Item certo.
Observação – Já foi dito aqui que alguns verbos podem ter sua transitividade mudada conforme o contexto. Tal é o caso também do verbo que estamos analisando. Na frase O marido devia satisfações à esposa, o verbo (no sentido de “ter de pagar; ter dívidas ou obrigações”) é agora transitivo direto e indireto. Note que o vocábulo “satisfações” completa o sentido do verbo sem a necessidade de preposição, enquanto o termo “à esposa” –
outro complemento do mesmo verbo – surge regido pela
preposição “a”, que se fundiu com o artigo feminino singular “a” (repare o acento indicativo de crase).
1
Assistimos
à
homogeneizantes
e
dissolução
totalizantes
da
dos
ciência
e
da
discursos cultura.
Não
unitário
da
existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 4
traçado
único,
experiência subjetividade.
da Há
um vida,
horizonte da
histórias,
de
cultura, no
plural;
sentido da
ciência
o
mundo
ou
da
tornou-se
13
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 7
intensamente
complexo
e
as
respostas
não
são
diretas
nem
estáveis. (...) Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações).
10. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligência/2008) O emprego do sinal indicativo de crase em “à dissolução” (l. 1) deve-se à dupla possibilidade de relações sintático-semânticas para o verbo assistir. Comentário – Vamos aproveitar esta questão de prova para conhecer as acepções do verbo ASSISTIR. a)
Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR;
seu complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao final do campeonato. b)
Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER,
TER DIREITO; seu complemento também é regido pela preposição A: Não assiste ao professor reclamar tanto. c)
Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso,
exige preposição A) com sentido de SOCORRER, PRESTAR ASSISTÊNCIA: O médico assistiu a vítima. Igualmente correta estaria a construção: O médico assistiu à vítima. Repare o acento grave indicativo de crase (fusão da preposição A com o artigo feminino A(S) que antecede substantivo de mesmo gênero gramatical). d)
Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há cinco
anos assisto em Brasília. Observe a presença da preposição “em” exigida pelo verbo e que introduz o adjunto adverbial de lugar (não confunda esse termo com objeto indireto). Agora já podemos dar início ao comentário da questão propriamente dito. O gabarito oficial considerou este item anulado. Por quê? A parte final da declaração traz um conceito discutível. A ocorrência da
14
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 crase, muito embora dependa realmente da regência do verbo ASSISTIR, deve-se ainda pela presença do artigo feminino A que acompanha o substantivo “dissolução”. Não
obstante,
a
admissão
do
verbo
ASSISTIR
como
transitivo direto ou indireto só faz sentido se o tomarmos com os valores semânticos indicados em c). No contexto em que surge, essa concepção alteraria o sentido do que se pretende comunicar. Portanto, melhor seria a interpretação do verbo ASSISTIR como transitivo indireto, indicando a observação do fato exposto no período em que surge. Resposta – Item realmente ruim; melhor mesmo foi ter sido anulado.
Um
1
homem
do
século
XVI
ou
XVII
ficaria
espantado
com as exigências de identidade civil a que nós nos submetemos 4
com naturalidade. Assim que nossas crianças começam a falar, ensinamos-lhes seu nome, o nome de seus pais e sua idade. (...) Philippe Ariès. História social da criança e da família. Dora Flaksman (Trad.), p. 1-2 (com adaptações).
11. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligência/2008) O emprego da preposição antes do pronome, em “a que” (l. 2), atende à regra gramatical que exige a preposição a regendo um dos complementos do verbo submeter. Comentário – A resolução deste item precisa considerar dois ensinamentos importantes. O primeiro é a própria razão de ser desta aula e tratada nesta seção:
regência
verbal.
Realmente,
o
significado
da
forma
verbal
“submetermos” – tomado como transitivo direto e indireto – exige um complemento sem preposição (“nos”, pronome pessoal oblíquo átono) e outro complemento regido pela preposição A (o objeto indireto). Mas qual é mesmo esse complemento que deve ser preposicionado? É o pronome
15
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 relativo “que”, substituto semântico da expressão nominal “as exigências de identidade civil”. O segundo ensinamento diz respeito à colocação da preposição exigida pelo verbo que integra orações subordinadas adjetivas (“a que nós nos submetemos com naturalidade”). Sim, a preposição exigida pelo verbo deve, em casos semelhantes, anteceder o pronome relativo introdutório dessas orações. Resposta – Item certo.
12. (Cespe/TSE/Analista
Administrativo/2007)
Assinale
a
opção
que
apresenta fragmento de texto gramaticalmente correto. a)
“Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente lembrou de que a expectativa inicial era de chegar ao patamar de 90% dos votos totalizados em todo o país às 22 horas, mas o índice foi alcançado às 19 h 30 min.
b)
Ao responder uma questão sobre os resultados apontados na apuração do segundo turno presidencial, o ministro Marco Aurélio considerou que, “sem
dúvida
alguma,
a
diferença
maior
de
votos
resulta
por
legitimidade para o candidato eleito”. O ministro Marco Aurélio congratulou aos eleitores brasileiros que, mais uma vez, compareceram às urnas para exercer “esse direito inerente à cidadania, que é o direito de escolher os representantes”. Comentário – Alternativa A: apresenta dois problemas de regência verbal. O primeiro deles é o emprego da preposição “de” para reger o complemento da forma verbal “lembrou”. É comum que algumas pessoas se atrapalhem com o uso dos verbos LEMBRAR/ESQUECER. Isso ocorre porque esses verbos apresentam variados regimes. Vamos a eles!
16
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 a) Transitivos diretos quando conjugados sem auxílio do pronome (parte integrante do verbo): Esqueci o livro. Lembrou cada detalhe. Temos aqui: I) sujeito oculto: eu e ele; II) objeto direto: “o livro” e “cada detalhe”. b) Transitivos pronominalmente
(parte
indiretos
integrante
do
quando
verbo):
Esqueci-me
conjugados do
livro.
Lembrou-se de cada detalhe. O que temos agora? I) parte integrante do verbo: “me” e “se”; II) objeto indireto: “do livro”; “de cada detalhe”. c) Transitivos indiretos quando em construções nas quais a coisa esquecida assume a função de sujeito e a pessoa (normalmente representada
pelo
pronome
oblíquo)
representa
o
objeto
indireto:
Esqueceu-me o livro. Lembrou-me cada detalhe. Perceba: I) sujeito: “o livro” e “cada detalhe”; II) objeto indireto: “me”. De acordo com a explicação em A, você pode entender que o verbo “lembrou” é transitivo direto e a preposição “de” que o segue está “sobrando” no enunciado. Também está “sobrando” a preposição “de” que rege a oração subordinada substantiva predicativa “chegar ao patamar de 90% dos votos totalizados em todo o país”. A redação correta deve ser a seguinte: “Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente lembrou que a expectativa inicial era chegar ao patamar de 90% dos votos totalizados em todo o país às 22h, mas o índice foi alcançado às 19h30min. Voltemos agora nossas atenções para a alternativa B, em que há três problemas de regência verbal. A primeira diz respeito ao regime do verbo RESPONDER, que pode ser empregado como: a) Transitivo direto e indireto (exige preposição A) com objeto direto representado por coisa e objeto indireto representado por pessoa: Respondi o telegrama ao amigo.
17
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 b) Transitivo indireto (exige preposição A) com relação à pergunta feita: Ele respondeu ao interrogatório. c) Transitivo direto com relação ao que foi respondido ou à resposta dada: Ele respondeu que não iria à praia. Notem a ausência da preposição A antes do complemento do verbo “responder” na passagem em surge, indicando erroneamente seu emprego como transitivo direto. E não é só isso: o verbo RESULTAR, transitivo indireto, rege preposição EM e não “por” como está no texto. Por último, o verbo CONGRATULAR é transitivo direto, isto é, seu complemento não necessita de preposição. Mas ele foi utilizado como verbo transitivo indireto. Caso seu emprego se desse com aspecto pronominal (congratular-se), seria também transitivo
indireto,
porém
regendo
preposição
COM.
O
emprego
da
preposição “a” é completamente descabido. Resposta – Itens errados. (...) 7
vêm
Desde se
impondo,
sistêmica a 10
predatórios
e
um
especialistas
ecossistema
necessidade
permitir 13
do
entre de
então, ou
não,
hipercomplexo
uma
mudança
irresponsáveis,
individuais
desenvolvimento
em nos e
sustentável,
a
compreensão
que
vivemos
e
comportamentos
coletivos, capaz
a de
fim
de
atender
às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura sobre a Terra. Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).
13. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo) O emprego do sinal indicativo de crase em “às necessidades” (l. 12) é obrigatório; a omissão desse
18
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 sinal provocaria erro gramatical por desrespeitar as regras de regência estabelecidas pelo padrão culto da linguagem. Comentário – A regência aludida é a do verbo “atender” (l. 11). Então, você precisa conhecer o regime dele para responder corretamente à questão. ATENDER é trnasitivo direto ou indireto (neste caso, exige preposição
A),
indiferentemente.
Por
exemplo:
Atendi
o
chamado
imediatamente. ou Atendi ao chamado imediatamene. Portanto, ao se empregar a crase na expressão “às necessidades”, esse verbo foi tomado como transitivo indireto. Igualmente correta estaria a construção “as necessidades” (sem sinal indicativo de crase), se o mesmo verbo fosse empregado com regência transitiva direta. Resposta – Item errado. Atenção! Seguem o mesmo regime de ATENDER os verbos SATISFAZER e PRESIDIR. O diretor presidiu a(à) reunião. Satisfarei (a)o teu desejo.
O
1
real
não
é
constituído
por
coisas.
Nossa
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4
isto
é,
de
objetos
físicos,
psíquicos,
culturais
oferecidos
à
nossa percepção e às nossas vivências. (...) Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
14. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relações de coerência e a correção gramatical do texto ao se inserir a preposição de logo depois da forma verbal “imaginar” (l.2), escrevendo-se: (...) imaginar de que o real (...). Comentário – Não é difícil perceber que o verbo “imaginar” é transitivo direto e que, por isso mesmo, seu complemento não vem regido por
19
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 preposição (quem imagina, imagina algo). Logo, a preposição “de” não tem vez no segmento. Resposta – Item errado.
O
1
da
poder
natureza,
político como
é
produto
postulava
de
uma
Aristóteles,
e
convenção, nasce
não
juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda
a
direitos
sua
liberdade
naturais,
natural,
a
fim
consubstanciados
na
de
protegerem
propriedade,
os na
seus vida,
na liberdade e em outros bens. (...) Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
15. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correção gramatical do texto
e
a
coerência
entre
os
argumentos
ao
se
substituir
“consubstanciados” (l.5) por que consubstanciam. Comentário – A melhor maneira de perceber o equívoco é reescrever a passagme como a banca indica: “que consubstanciam na propriedade, na vida, na liberdade e em outros bens”. Antes, o adjetivo-particípio exigia a preposição “em” (consubstanciados em quê?). Agora, a forma verbal consubstanciam (consubstanciam o quê?) possui regência transitiva direta e dispensa a preposição. Resposta – Item errado.
Precisamos ainda conhecer a regência de mais alguns verbos. ASPIRAR a)
VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo.
b)
VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturário aspira ao cargo de gerente.
20
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4
CHAMAR a)
VTD = convocar, solicitar a presença: Chamei o professor.
b)
VTI (prep. POR) = invocar, pedir ajuda: Chamei por Deus.
c)
VTD ou VTI = qualificar, nomear, apelidar: Chamei-o patriota (de patriota) // Chamei-lhe patriota (de patriota).
CUSTAR a)
VTI (conjugado na 3ª pessoa) = ser difícil, ser penoso: Custou-me entender este assunto.
b)
VTDI = acarretar: A imprudência custou-lhe lágrimas amargas.
c)
VI = estabelecer preço: Este rádio custou vinte reais.
IMPLICAR a)
VTD = acarretar, trazer conseqüência: Teu nervosismo implicou a tua reprovação.
b)
VTI (prep. COM) = contender: Ela implica muito com o seu irmão.
c)
VTI (prep. EM) = pronominal: Implicou-se em situações delicadas.
INFORMAR/AVISAR/CIENTIFICAR/NOTIFICAR a)
1
VTDI: Informei a prova ao aluno. Informei o aluno da (de + a) prova.
A naufraga
Organização em
um
mar
dos de
Estados alternativas
Americanos regionais,
cujo
(OEA) acento
maior é a exclusão dos EUA. É o caso da proposta de uma 4
nova organização de países da América Latina e Caribe, que se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do Rio e a UNASUL. O poder de Washington já fora avisado 21
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 7
por
instituições
acadêmicas
norte-americanas
de
que
a
OEA
corre o risco de perder vigência. (...) Newton Carlos. Folha de S.Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
16. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em “de que a OEA” (l.7), o emprego de preposição “de” se deve à regência de “avisado” (l.6). Comentário – Usou-se o particípio do verbo avisar em construção de voz passiva. Perceba que “O poder de Washington” fora avisado de algo, ou seja, “de que a OEA corre o risco de perder vigência”. Resposta – Item certo.
PREFERIR a)
VTDI (seu complemento indireto é regido pela preposição A): Prefiro cinema a televisão. Prefiro o cinema à (a + a) televisão. (CERTO). Prefiro mais cinema do (de + o) que televisão. (ERRADO).
Obs.: O significado de PREFERIR não admite gradações (mais... que; menos... que; tanto... quanto). Além disso, a preposição que rege seu complemento indireto é, obrigatoriamente, A. VISAR a)
VTD = mirar, ver: O caçador visou o tigre.
b)
VTD = rubricar, dar visto: O gerente visou o cheque.
c)
VTI (prep. A)= almejar, ter como objetivo: Visamos ao bom ensino da linguagem.
MORAR/RESIDIR/SITUAR a) VI (prep. EM): Ela reside na (em + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (CERTO) / Ela reside à (a + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (ERRADO)
22
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 OBEDECER/DESOBEDECER a)
VTI (prep. A): Obedeço a meu pai. Não desobedeça a seus pais.
CRASE Vamos agora estudar os casos de ocorrência (ou não) de crase, um fenômeno linguístico que consiste na pronúncia de vogais idênticas e sequenciais em uma mesma sílaba. Observe como isso se dá nos versos do poeta Casemiro de Abreu: “Teu pensamento é como o Sol que morre Há de cismando mergulhar-se em mágoas Durante a noite quando o orvalho desce.” Entretanto, o que nos interessa nesta aula são apenas os casos de crase envolvendo a preposição A e a vogal A, que recebem notação gráfica específica (acento grave): À. (18) Fomos à (a + a) festa de aniversário do nosso vizinho. Como regra geral, toda vez que um termo regente (seja nome, seja verbo) exigir preposição A e o termo regido vier determinado pelo artigo feminino A(S), a crase surgirá e deverá ser indicada pelo acento grave (`), como no exemplo acima. Analise estas questões de prova: 17. (Cespe/ME/Agente Administrativo/2008) Hoje, o que funciona em Educação
é
indicar
à
professora
o
que
realizar,
dando-lhe
a
oportunidade de escolher os próprios métodos. Comentário – Note que o verbo “indicar” requer dois complementos: um regido sem preposição (“o que realizar”) e outro regido pela preposição “a” (“a professora”), a qual se une ao artigo definido feminino “a” integrante do 23
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 complemento
indireto.
Em
outras
palavras,
vale
o
velho
e
bom
ensinamento: “indicar algo a (preposição) alguém”. Resposta – Item certo. O
1
real
não
é
constituído
por
coisas.
Nossa
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4
isto
é,
de
objetos
físicos,
psíquicos,
culturais
oferecidos
à
nossa percepção e às nossas vivências. (...) Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
18. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em “oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências” (l.4-5) indica que “oferecidos” tem complemento regido pela preposição a. Comentário – Sim, é verdade o que foi declarado. O adjetivo-particípio “oferecidos” reclama preposição a para reger seu complemento (oferecido a quem?). Como os termos regidos admitem a presença do artigo feminino (singular
no
primeiro
caso
e
plural
no
segundo),
a
crase
surge
discutir
a
revisão
naturalmente: a + a = à; a + as = às. Resposta – Item certo.
O
1
Tratado US$ 4
A
Brasil de
19,6 decisão
e
Itaipu bilhões foi
o e
Paraguai uma
da
vão
possível
hidrelétrica
tomada
durante
renegociação com um
o
da
Tesouro
encontro
dívida
do de
Nacional. entre
os
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando Lugo, paralelamente à Cúpula da América Latina e Caribe. (...) Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
24
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 19. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à Cúpula” (l.6) justifica-se pela regência de “paralelamente”, que exige preposição a, e pela presença de artigo definido feminino singular. Comentário – É isso mesmo. O advérbio “paralelamente” requer a preposição a (paralelamente a que?), que se aglutina com o artigo singular a que determina a expressão “Cúpula da América Latina e Caribe”. Resposta – Item certo.
1
A
Alemanha
vai
enfrentar
a
pior
recessão
desde
a
2.ª Guerra Mundial e já planeja, para 2009, um novo pacote de estímulo à economia. (...) Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
20. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à economia” (l.3) justifica-se pela regência de “planeja” (l.2) e pela presença de artigo definido feminino. Comentário – Aqui o motivo é outro. A regência não é do verbo “planeja” (que sequer pede preposição, pois é transitivo direto); mas, sim, do substantivo “estímulo” (linha 3). Resposta – Item errado.
Também merecem destaque os casos de crase que surgem do encontro da preposição A com a letra A que inicia os pronomes demonstrativos AQUELA(S), AQUELE(S) e AQUILO, bem como com o A (= aquela) pronome demonstrativo. (19) O aluno referia-se àquela questão anulada da prova. (20) O prêmio foi dado à que chegou primeiro.
25
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Em (23), a forma verbal “referia-se” (“se” é parte integrante do verbo) é transitivo indireto. Seu complemento é regido pela preposição A, que se une ao A inicial do pronome demonstrativo “aquela”. Em (24), o complemento indireto de “dado” é regido também pela preposição A, que se funde com o pronome demonstrativo A (= aquela). Vejamos outra questão de prova:
21. (Cespe/CEF/Técnico Bancário/2006) Julgue os seguintes itens quanto à concordância e à regência. 12% de desconto no IR, incidente sobre os rendimentos alcançados com a aplicação dos recursos, são permitidos aqueles contribuintes que tem aplicação no PREVINVEST da CAIXA. Comentário – Comentarei apenas o que se refere à ocorrência da crase neste exercício. A expressão “são permitidos” deve fazer surgir um complemento indireto regido pela preposição A: algo é permitido a alguém. O termo que lhe serve de complemento indireto (“aqueles... da CAIXA”) é iniciado pelo pronome demonstrativo “aqueles”. Pois bem, o encontro da preposição A com a letra A inicial do pronome demonstrativo implica a ocorrência da crase: àquelas, que não foi indicada no texto. Resposta – Item errado.
Passarei à explicação de outros casos obrigatórios de emprego do acento grave indicativo de crase. 1.
Nas locuções adverbiais femininas (21) Sairás às pressas. (22) Todos, à uma, aplaudiram a decisão do professor.
26
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 2.
Nas locuções prepositivas femininas (23) Vivia às expensas do (de + o) tio. (24) A polícia saiu à procura da (de + a)quadrilha. Observação: a crase será de rigor quando uma locução
prepositiva
terminada
por
a
estiver
diante
de
artigo
feminino
que
acompanha substantivo. Veja um exemplo abaixo. Creio
1
argumento científica 4
termos
da
científicos pode 7
que
que
os
têm
tido
um
utilização obtidos.
questionar, à
evidência
de
conhecimentos nocivas
há
investimentos retorno
para Por
o
e
creio
quanto
com
finalidades
à
natureza,
mas
favor
em dos
em
progressos
também à
do
pesquisa
compensador
social
somente
científicos
humanidade
bastante
lado,
em
públicos
bem-estar
outro
não
contundente
que
se
aplicação
de
destrutivas
ou
também
quanto
à
distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade. (...) Samuel Macdowell. Responsabilidade social dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.º 3, São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações).
22. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009)
As
ocorrências
de
crase
em
“à
aplicação” (l.6) e “à humanidade e à natureza” (l.8) justificam-se pelo uso obrigatório da preposição a nos complementos de “questionar” (l.6). Comentário – As ocorrências da crase justificam-se por outro motivo. Na linha 6, o a final da locução prepositiva “quanto a” contraiu-se com o artigo definido feminino da expressões “a aplicação” (repare que caso semelhante corre em “quanto à distribuição”, nas linhas 7 e 8). Na linha 8, a crase suge 27
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 em razão da regência do adjetivo “nocivas” (nocivas a quê?) e da presença do artigo definido feminino das expressões “a humanidade” e “a natureza”. Resposta – Item errado.
3.
Nas locuções conjuntivas femininas (25) À medida que estudo, mais aprendo. (26) À proporção que vocês estudam, mais se aproximam da aprovação.
4.
Antes de pronome possessivo feminino substantivo (retornem à aula 2, página 4, se vocês tiverem dúvidas quanto ao que seja pronome substantivo) (27) Sou favorável à proposta dele e não à sua. (28) Refiro-me a sua proposta e à minha.
5.
Antes de nomes masculinos quando possamos subentender as palavras MODA, MANEIRA (29) Cortou cabelo à (maneira de) príncipe Danilo. (30) Usava sapatos à (moda) Luís XV.
23. (Cespe/TSE/Analista
Administrativo/2007)
Assinale
a
opção
que
apresenta fragmento de texto gramaticalmente correto. O
presidente
do
“aprimoramento”
do
TSE,
Marco
processo
Aurélio
eleitoral
de
Mello,
eletrônico
atribuiu
ao
avelocidade
da
totalização dos votos. Nesta última eleição, oTSE bateu o recorde histórico, alcançando a totalização de 90% dos votos às 19 h. Às 21 h 15 min, já haviam sido apuradas 99% das urnas. Comentário – Não existe erro de natureza gramatical no fragmento em análise. Ainda que haja outros aspectos gramaticais dignos de nota,
28
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 ressaltarei somente o emprego correto e obrigatório dos dois acentos graves indicativos de crase nas locuções adverbiais “às 19 h” e “Às 21 h 15 min”. Resposta – Item certo. Obs.: As demais alternatias foram omitidas propositalmente, por não atenderem ao propósito desta aula. Peço que se acostumem com esta metodologia de estudo.
Há construções em que o fenômeno da crase pode ou não ocorrer. São casos facultativos de emprego do acento grave. 1.
Antes de nome próprio feminino (se for personagem histórica, o uso é proibido) (31) Refiro-me a (à) Joana. (32) Refiro-me a Joana d’Arc.
2.
Antes de pronome possessivo feminino adjetivo. (33) Dedico a (à) minha irmã todo o meu trabalho. Convém ressaltar que o emprego facultativo do acento deriva da
possibilidade de se omitir o artigo feminino A que antecede pronomes possessivos femininos que acompanham substantivos. 3.
Quando o A (artigo) vem precedido pela preposição ATÉ. (34) Correu até a (à) árvore. Se pensarmos na frase Correu até o poste, por exemplo,
perceberemos que a preposição A (“...até ao poste”) não foi empregada comcomitantemente à preposição “até”. Daí vem a alegação de que o emprego da preposição A é facultativo em casos semelhantes.
Trabalho escravo:
29
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 longe de casa há muito mais de uma semana (...)
“Não
conseguia
dormir
direito por não conseguir juntar dinheiro sequer para retornar 19
à
minha
fazenda
cidade no
e
rever
município
a
família”,
paraense
de
relatou.
Piçarras
foi
Quando fiscalizada
uma em
junho deste ano, Copaíba foi localizado pelo Grupo Móvel, 22
resgatado
e
recebeu
de
indenização
trabalhista
mais
de
R$ 5 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 40-2 (com adaptações).
24. (Cespe/MTE/Administrador/2008)
O
sinal
indicativo
de
crase
em
‘retornar à minha cidade’ (l. 18-19) é facultativo e a sua omissão preservaria os sentidos do texto e a correção das estruturas lingüísticas. Comentário – O verbo “retornar” – assim como outros verbos que indicam movimento, deslocamento – rege as preposições a, de e para, conforme o significado da mensagem que se quer transmitir. Na passagem analisada, empregou-se a preposição A. Ao seu lado, consta um pronome possessivo feminino adjetivo (“minha”), que faculta a presença do artigo feminino A sem que haja prejuízo algum para os sentidos do texto. Resposta – Item certo.
E há ainda os casos de crase proibida. 1.
Antes de nomes masculinos (35) Comprou a prazo. (36) Dei aquela calça a este homem.
2.
Antes de verbo. (37) Começou a chover. 30
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 3.
Antes
de
pronome
de
tratamento
(exceções:
SENHORA,
SENHORITA, MADAME) (38) Referiu-se a Vossa Excelência. 4.
Antes de pronomes oblíquos (39) Dedico o meu trabalho a ela.
5.
Antes de pronomes indefinidos (40) Ofereci um presente a alguém desta sala.
6.
Antes de artigo indefinido (41) Concedeu a bolsa de estudos a uma menina pobre. Você deve comparar este exemplo com o (26), que traz uma
locução adverbial feminina e constitui-se em caso obrigatório de crase. 7.
Quando o A precede palavras femininas no plural (42) Respondeu a cartas pouco elogiosas. Aqui, existe apenas a preposição A, em decorrência da regência
da forma verbal “Respondeu”. A ausência do artigo feminino plural (as) precedendo o substantivo “cartas” amplia, generaliza, indetermina o alcance semântico dele. Em resumo, é o seguinte: nunca use crase na seguinte estrutura: singular (a) + plural (cartas). 8.
Quando a preposição A se encontra entre palavras idênticas (43) Perdeu o gol cara a cara com o goleiro.
9.
Com o pronome relativo CUJO(S), CUJA(S) (44) A pessoa a cuja filha me refiro estuda neste colégio. O “a” que surge antes do pronome relativo é simplesmente a
preposição exigida pela regência do verbo pronominal REFERIR-SE. Como o pronome relativo CUJO (e suas variações) não admite o uso de artigo que o acompanhe, não há o encontro de dois sons iguais.
31
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 10. Com pronome relativo QUEM (45) A pessoa a quem me refiro estuda neste colégio. Vale também para este caso a explicação dada anteriormente. ATENÇÃO! É necessário ter cuidado com os pronomes relativos QUE e A QUAL. Em relação ao primeiro, a crase ocorrerá se o termo anterior a ele (seja verbo, seja nome) reger preposição A e o termo seguinte for um dos pronomes demonstrativos A(S), AQUELA(S), AQUELE(S), AQUILO (46) Dirigi-me às que estavam de serviço na recepção. Perceba que existe a contração da preposição A, exigida pelo verbo DIRIGIR-SE, com o pronome demonstrativo AS (= aquelas). (47) Sou favorável à que chegou primeiro. Em relação ao pronome relativo A QUAL, a crase surgirá se o termo posterior a ele reger preposição A, que deverá ocupar posição imediatamente anterior ao pronome, contraindo-se com o A inicial que o integra. (48) A festa à qual nos dirigimos começará agora.
11. Diante de qualquer preposição diferente de ATÉ (49) Ele o esperava desde as oito horas. (50) O trabalho ficará pronto após as seis horas. 12. Diante de nome próprio feminino que designe personagens históricas, ilustres, celebridades ou entidades religiosas (51) Refiro-me a Joana d’Arc.
32
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 (52) Rogou a Nossa Senhora que o ajudasse. 13. Antes dos pronomes demonstrativos ESTA, ESSA (53) Chegamos a esta cidade há cinco anos. 14. Quando se atribui ao substantivo valor semântico indefinido (54) Cristo não fazia jus a morte tão humilhante. 15. Antes da palavra DISTÂNCIA usada sem qualquer especificação (55) A vítima reconheceu o ladrão a distância.
25. (Cespe/ME/Agente Administrativo/2008) Julgue os fragmentos de texto apresentados nos próximos itens com relação à regência e ao emprego do sinal indicativo de crase. a)
Parece que a Educação anda bem atrasada em relação à outras áreas do conhecimento.
b)
Antigamente, dizia-se à uma mestra exatamente o que ela deveria fazer e como deveria de proceder; existia um currículo bem específico e fechado.
Comentário – O fenômeno da crase não deve ocorrer em construções sintáticas do tipo: preposição A seguida de palavra no plural, como em “à outras”. Na dúvida, volte ao ponto 7, exemplo (46). Também é indevido o ancento grave indicativo de crase diante de artigo indefinido (“à uma). Revise, se precisar, o ponto 6. Resposta – Itens errados.
(...) O
10
de
aumento
transferência
de
do renda
emprego continuam
e a
os beneficiar
programas mais
as
33
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 famílias que ganham menos, cujo consumo tende a aumentar 13
proporcionalmente mais do que o das famílias de renda mais alta. A oferta de crédito, igualmente, atinge mais diretamente essa faixa.
O Estado de S. Paulo, 7/4/2008 (com adaptações).
26. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Em “tende a aumentar” (l. 12), não há sinal indicativo de crase porque antes de forma verbal não se emprega artigo definido feminino. Comentário – Sim, é isso mesmo. Esse “a” que surge entre os verbos é simplesmente uma preposição, que articula a locução verbal. Convém esclarecer que não se deve empregar artigo diante de verbo, exceto quando o propósito for substantivá-lo. Resposta – Item certo.
(...) 7
Mundial
Pelo de
Gases
acordo, que
Registro
denominado
Causam
o
Efeito
Estufa,
as
multinacionais passam a informar o seu grau de poluição do meio ambiente, 10
cobram
atendendo mais
empresas 13
são
a
transparência responsáveis
expectativas sobre pela
o
emissão
de tema. de
acionistas, Juntas, 800
que essas
milhões
de
toneladas de dióxido de carbono por ano, o que representa cerca de 5% das emissões mundiais. O Globo, 23/1/2004, p. 30 (com adaptações)
27. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2004) Caso se optasse por às expectativas em lugar de “a expectativas” (l. 9), o período em que se encontra essa expressão continuaria atendendo às exigências da norma culta escrita.
34
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Comentário – Quando tratei de regência verbal, expliquei que o verbo ATENDER admite complemento sem ou com preposição (neste caso, a preposição exigida é A). Na passagem “atendendo a expectativas de acionistas”, optou-se pela regência transitiva indireta desse verbo. Não é difícil perceber que o “a” empregado é uma preposição; caso fosse artigo definido feminino, deveria flexinar-se em número para concordar com o substantivo “expectativas”. Tal é o que ocorre na alteração proposta: atendendo às expectativas de acionistas. Como o verbo ATENDER continua com regência transitiva indireta, o encontro da preposição A com o artigo definido AS dá origem ao fenômeno da crase. Resposta – Item certo. Obs.: Apesar de preservada a correção gramatical do período, a alterção proposta acarreta a ele leve desvio semântico. Estando o artigo definido ausente, o substantivo “expectativas” é tomado com valor indefinido: quaisquer expectativas. O emprego do artigo AS determina, define, restringe o alcance do significado do substantivo “expdctativas”. 28. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2004) Serão respeitadas as regras gramaticais se for utilizado o sinal indicativo de crase no “a” que precede “informar” (l. 8). Comentário – Quer saber de uma coisa? O Cespe adora elaborar questão de crase envolvendo a ocorrência dela diante de verbo. Já disse e repito: diante de verbo não deve existir crase. Trata-se de mais um caso proibido! Resposta. Item errado.
É opinião unânime entre os analistas políticos que, até agora,
1
o
melhor
Silva
está
desempenho se
dando
do no
governo campo
Luiz
Inácio
diplomático.
O
Lula
da
primeiro 35
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 4
grande
êxito
presidente
foi
a
venezuelano
intermediação
do
Hugo
e
Cháves
conflito seus
entre
o
opositores.
O
segundo grande êxito dessa política refere-se às negociações 7
para
a
(ALCA).
criação Na
da
última
Área
de
conferência
Livre
Comércio
da
das
Organização
Américas
Mundial
do
Comércio (OMC), realizada no balneário mexicano de Cancun, 10
o
Itamaraty,
diplomacia
manobrando
internacional,
habilmente
impediu
que
nos
os
meandros
Estados
da
Unidos
da
América (EUA) escondessem seu protecionismo ferrenho atrás 13
da
propaganda
do
livre
comércio,
que
constitui
a
justificativa
para a formação da ALCA. O mais recente êxito de Lula na ordem internacional foi o discurso proferido na Assembléia 16
Geral
da
Organização
das
Nações
Unidas
(ONU),
em
Nova
Iorque, quando propôs a criação de um comitê de chefes de 19
Estado para dinamizar as ações de combate à fome e à miséria em todo o mundo. Plínio de Arruda Sampaio. Política externa independente. In: Família Cristã, ano 69, n.º 815, nov./2003, p. 28-9 (com adaptações).
29. (Cespe/MJ/DPRF/Policial Rodoviário Federal/2004) Na linha 6, o sinal indicativo de crase deve ser mantido, caso se prefira a redação refere-se à negociações. Comentário – Você já sabe que não pode haver crase em construções sintáticas do tipo: singular (a) + plural (negociações). Nesses casos, o “a” que surge é preposição exigida pelo termo regente. Para haver crase, é necessário que o substantivo surja acompanhado pelo artigo feminino as, semelhantemente ao que ocorre no texto original. Resposta – Item errado.
36
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 30. (Cespe/MJ/DPRF/Policial Rodoviário Federal/2004) Os sinais indicativos de crase em “combate à fome e à miséria” (l. 18) podem ser eliminados sem prejuízo para a correção do período. Comentário – Antes de tudo, observe que agora o termo regente não é mais um verbo, e sim um nome: “combate” (substantivo derivado do verbo combater).
No
texto
original,
o
significado
semântico
dos
seus
complementos (a fome e a miséria) estão determinados pelo artigo feminino “a” que antecede cada um deles. A contração desse artigo com a preposição “a” exigida pela regência do nome “combate” faz surgir a crase, indicada pelo acento grave em “à fome e à miséria”. Ao se prefrir indeterminar o valor semântico dos substantivos “fome” e “miséria”, deve-se retirar deles o artigo “a” que os acompanha, elimando assim a ocorrência de crase. Dessa forma, o período continuaria gramaticalmente correto; porém com leve desvio semântico. Resposta – Item certo. Considerando que os fragmentos apresentados nos próximos dois itens constituem partes sucessivas de um texto de Jamil Chade (O Estado de S. Paulo, 18/12/2008), julgue-os quanto à correção gramatical. 31. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A notícia obrigou a chanceler Angela Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que será implementado à partir de janeiro. O pacote incluiria bilhões de euros para obras de infraestrutura, comunicações e renovações de escolas. Comentário – No trecho “incentivo a economia” houve omissão do acento grave indicativo de crase, que se justifica pela contração da preposição a regida pela nome “incentivo” (incentivo a quê?) e pelo artigo definido feminino a que acompanha o substantivo “economia”.
37
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Na expressão “à partir”, a crase é desautorizada, pois o vocábulo “paritr” é verbo. Diante de verbo não há crase. O verbo obrigar foi usado como bitransitivo (obrigou alguém a algo..). Seu objeto direto é o termo “a chanceler Angela Merkel”; seu objeto indireto (regido pela preposição a) é a oração iniciada pelo verbo “anunciar”. Note a ausência da preposição. Com efeito, quando um objeto indireto vem representado por oração, a preposição pode ser omitida. Resposta – Item errado. 32. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Ataques à Merkel estão fazendo que ela perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60 bilhões e incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda é vista como tendo hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate a crise. Comentário – A crase não deveria ocorrer diante do nome “Merkel”. Apesar de ser nome feminino, ele se refere a uma personagem ilustre. Mas a crase tem lugar na expressão “combate a crise”. O termo regente pede preposição a e o substantivo admite o artigo a. Resposta – Item errado. Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de O Globo (18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. 33. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte, afirmando que “o volume de petróleo que entra no mercado continua bem acima da demanda atual”. Além disso, “o impacto da grave retração da economia global levou a destruição da demanda, resultando em uma pressão de queda com os preços sem precedentes”.
38
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Comentário – O verbo levar é transitivo indireto no sentido de acarretar ou conduzir e requer preposição a para reger seu complemento: “a destruição da demanda”. Como esse complemento admitiu o artigo definido a, a crase deveria ter sido indicada por meio do acento grave. Resposta – Item errado. REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS Reservei para este encontro todas as questões sobre redação de correspondências oficiais cobradas na prova que o Cespe elaborou para o concurso de analista do DETRAN/DF em 2009. A escolha deve-se à abrangência das questões. Além delas, há também questões mais recentes de outros concursos organizados pela mesma banca examinadora.
Texto para os itens 34 a 42 Considere que Juarez Alencar candidato ao cargo de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, desejando dedicar-se integralmente ao estudo dos conteúdos que seriam exigidos nas provas do respectivo concurso, tenha redigido, em tom gracioso, a seguinte carta para sua noiva. BSB, 8/3/2009. Excelentíssima Senhorita: 1.
O
abaixo-assinado,
preparatórios férrea
de
público, a
Vossa
para se
vem,
concursos
tornar mui
Senhoria
aluno públicos,
brevemente
respeitosamente, que
se
compulsivo dotado
de da
um
eminente
por
meio
inscreveu
para
o
cursos
esperança funcionário
desta
informar
provimento
de
vaga no cargo de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, e, por esse relevante motivo, suspende por tempo indeterminado o 39
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 noivado se
que
dedicar
mantém
com
integralmente
a
ao
Excelentíssima estudo
das
Senhorita,
matérias
para
constantes
do respectivo edital. 2.
Aproveito
outrossim, minhas
a
o
intenção
funções
de
ensejo de
noivo
para
retomar, junto
a
manifestar-lhe tão
logo
Vossa
seja
também, aprovado,
Excelentíssima,
haja
visto o grande amor que te devoto. 3.
Reitero protestos de estima e consideração. J.A.Cabral JUAREZ ALENCAR CABRAL
34. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma de identificação do signatário da carta coincide com a recomendada para as comunicações oficiais, que deve conter os seguintes elementos: a assinatura do remetente, a linha contínua para se apor a assinatura, o nome da autoridade que expede a comunicação grafado em maiúsculas e o alinhamento centralizado. Comentário
–
EXCETO
ASSINADOS
PELO
QUANDO
PRESIDENTE
DA
SE
TRATAR
REPÚBLICA,
DE a
DOCUMENTOS identificação
do
signatário nas correspondências oficiais deve trazer digitados o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. Veja o modelo abaixo: (espaço para assinatura) NOME Ministro de Estado da Justiça Note que não se deve usar um traço acima do nome para assinatura. O nome da pessoa é escrito com todas as letras em maiúsculas.
40
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 O cargo é escrito apenas com as iniciais maiúsculas. Tudo é centralizado na folha. Observação: recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada e transferir para essa página pelo menos a última frase anterior ao fecho. Resposta – Item errado. 35. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O fecho que consta na carta — empregado durante muito tempo em expedientes oficiais de variada natureza — é permitido, atualmente, somente em mensagens cujo signatário
seja
servidor
que
se
dirija
a
ocupante
de
cargo
imediatamente superior. Comentário – O fecho mencionado encontra-se no terceiro parágrafo e tem a finalidade de marcar o final do texto e saudar o destinatário. Acontece que ele, o fecho, não é numerado como os demais parágrafos. Além disso, os fechos utilizados atualmente nos documentos oficiais são os seguintes: – “Respeitosamente”, para autoridades superiores, inclusive quando se tratar do presidente da República; – “Atenciosamente”, para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Ficam excluídas as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios. Resposta – Item errado. 36. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A variedade de tratamento verificada na carta, tanto no emprego de pronomes pessoais quanto no de pronomes de tratamento, não deve ocorrer em documentos oficiais,
41
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 pois compromete a modalidade de linguagem que deve ser empregada em redação oficial. Comentário – Abaixo, apresento um quadro-resumo das formas de tratamento convenientes à redação oficial. AUTORIDADES
FORMA DE TRATAMENTO
Presidente da República; Presidente do Congresso Vossa ou Sua Nacional; e Excelência Presidente do Supremo Tribunal Federal. Vice-Presidente; Ministros de Estado; Chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Advogado-Geral da União; Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; Chefe da Corregedoria Geral da União; Chefe da Casa Civil da Presidência da República; Governadores e ViceGovernadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais; Deputados Federais e Senadores; Membros de Tribunais; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Presidentes das Câmaras Legislativas e Municipais; Juízes; Auditores da Justiça Militar; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Ministros dos Tribunais Superiores.
ABREVIATURA
V. Ex.ª
VOCATIVO
ENVELOPE
Excelentíssimo Senhor + cargo
A Sua Excelência o Senhor Presidente da(o)... Nome Instituição Cep – Cidade. UF
A Sua Excelência o Senhor Nome Cargo Instituição Endereço Cep – Cidade. UF
Vossa ou Sua Excelência
Para Ministros: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado (seguido da respectiva pasta) Cep – Cidade. UF V. Ex.ª
Senhor + cargo
Para Deputados e Senadores: A Sua Excelência o Senhor Deputado ou Senador Fulano de Tal Câmara ou Senado Federal Cep – Cidade. UF Para Juízes: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 2ª Vara Cível Endereço
Senhor + cargo ou para autoridade que não possuir cargo: Senhor Fulano de Tal
Demais autoridades e particulares
Vossa ou Sua Senhoria
Reitores de Universidades
Vossa ou Sua Magnificência
V.M.
Magnífico Reitor
Papa
Vossa ou Sua Santidade
V.S.
Santíssimo Padre
V.S.ª
Ao Senhor Nome Cargo (quando houver) Endereço Ao Senhor Nome Magnífico Reitor Universidade de.... Endereço Santíssimo Padre Papa Fulano de Tal Palácio do Vaticano Endereço
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Cardeais
Vossa ou Sua Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima
V.Em.ª ou V.Em.ª Revm.ª
Eminentíssimo Senhor Cardeal ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal
Arcebispos e Bispos
Vossa ou Sua Excelência Reverendíssima
V. Ex.ª Revm.ª
Excelentíssimo ou Reverendíssimo Senhor + título
Sacerdotes, Clérigos e demais religiosos
Vossa ou Sua Reverência
V. Rev.
Reverendo
A Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Nome Cargo seguido da instituição Endereço A Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Nome Cargo + instituição Endereço Ao Reverendo Senhor (nome) Endereço
Como você pode perceber, as formas “Excelentíssima Senhorita” e “Vossa Excelentíssima” destoam completamente do padrão admitido nas correspondências oficiais. Note ainda o tom jocoso da mensagem. Na redação oficial, a linguagem
deve
caracterizar-se
pela
sobriedade;
a
uniformidade
de
tratamento, pela polidez. Resposta – Item certo.
37. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A carta, apesar de escrita em tom jocoso, segue a norma de numeração que deve ser aplicada aos parágrafos contidos no texto do padrão ofício, princípio que tem o objetivo de facilitar a alusão a qualquer informação do documento. Comentário – Antes de tudo, você sabe o que é “padrão ofício”? Eu explico. Existem três tipos de documentos que se DIFERENCIAM ANTES PELA FINALIDADE do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o intuito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. A respeito da numeração dos parágrafos, realmente ela deve existir, exceto nos casos em que os parágrafos estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos. O problema está, como já disse anteriormente, no fato de ter-se numerado o fecho, assemelhando-o aos parágrafos anteriores.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Resposta – Item errado.
38. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Caso se tratasse de ofício expedido em repartição pública, a carta teria de sofrer várias alterações. Uma delas é a necessidade de fazer constar, à margem esquerda superior, o tipo e o número do expediente, seguidos da sigla do órgão que o expede. Comentário – Uma das partes que o aviso, o ofício e o memorando devem conter é justamente o tipo e o número do documento, seguido da sigla do órgão que o expede, tudo alinhado à esquerda. Veja abaixo alguns exemplos. Memorando nº 123/2002-MF Aviso nº 123/2002-SG Ofício nº 123/2002-MME Resposta – Item certo. 39. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A indicação de “local e data” da carta está em conformidade com as normas do padrão ofício expostas no Manual de Redação da Presidência da República. Comentário – Nos documentos que seguem o padrão ofício, a indicação do local e da data de assinatura é feita por extenso e com alinhamento à direita, conforme o exemplo abaixo: Brasília, 28 de abril de 2010. Resposta – Item errado. Em relação a expressões e palavras empregadas na carta, julgue os itens seguintes.
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40. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009)
No
segundo
parágrafo,
seria
adequado substituir “haja visto” por qualquer uma das seguintes expressões: dado, tendo em vista, haja vista. Comentário – Mesmo em se tratando de documentos oficiais, a linguagem dos textos deve sempre pautar-se pelo padrão culto, formal da língua. Não é aceitável, portanto, que neles constem coloquialismos ou expressões de uso restrito
a
determinados
grupos,
que
comprometeriam
sua
própria
compreensão pelo público. Acrescente-se que indesejável é também a repetição excessiva de uma mesma palavra quando há outra que pode substituí-la sem prejuízo ou alteração de sentido. A expressão “haja visto” não está de acordo com as normas de concordância da Língua Portuguesa. O segundo elemento, “visto”, é invariável e permanece vista, independentemente do termo a que se refere. Sendo assim, a substituição por “haja vista” é mais do que adequada. Ela é necessária. As demais expressões sugeridas pela banca examinadora também trazem a noção de causa ou motivo daquilo que é declarado anteriormente. Portanto são equivalentes semanticamente à expressão “haja vista”. Note ainda a concordância em masculino singular do vocábulo “dado” com o substantivo “amor”. Resposta – Item certo. 41. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No segundo parágrafo, o advérbio “outrossim”, frequente em expedientes oficiais, está empregado de forma redundante por estar antecedido do advérbio “também”. Comentário – Um bom texto deve ser pautado também pela concisão e objetividade, características importantes das correspondências oficiais.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Conciso e objetivo é o texto que transmite um máximo de ideias com um mínimo de palavras. Significa dizer que o redator deve eliminar palavras inúteis, redundantes, passagens que nada acrescentam ao que já foi dito. Isso diz respeito à economia linguística, que não deve ser confundida
com
a
economia
de
pensamento.
Logo,
as
informações
essenciais de um texto não devem ser suprimidas simplesmente para torná-lo menor. Ressalte-se ainda que chavões, jargões, clichês e outras repetições supérfluas devem ser evitados, tais como: - Aproveitamos o ensejo/a oportunidade; -
Estamos
a
sua
inteira
disposição
para
quaisquer
esclarecimentos; - Sem mais nada para o momento; - Tem a presente a finalidade de; - Vimos por meio desta; - Outrossim/destarte/mui - De posse de seu ofício. Resposta – Item certo. 42. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A expressão “vem (...) por meio desta”, utilizada no primeiro parágrafo, apesar de ser considerada redundante em comunicações oficiais, tem seu emprego recomendado quando se quer assegurar o entendimento correto do texto. Comentário – Releia o que foi dito no comentário anterior e saiba que o que contribui para o correto entendimento do texto são a clareza, a concisão, a observância das normas gramaticais, a coerência das
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 informações transmitidas, a preferência pela construção de períodos curtos e de frases na ordem direta. Resposta – Item errado. Julgue os itens de 43 a 47 quanto ao emprego da norma escrita formal em comunicações oficiais. 43. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Ambas as construções serão tidas como corretas, se figurarem em um expediente oficial: 1. Esses são os recursos de que o Estado dispõe. 2. O Governo insiste que a negociação é importante. Comentário – Como já comentei aqui, a escrita correta dos vocábulos e as construções sintáticas em conformidade com as normas gramaticais devem nortear a elaboração de qualquer texto. Isso inclui os textos elaborados pela Administração Pública. O primeiro período apresentado no comando da questão está correto em todos os aspectos. Note o emprego da preposição “de” antes do pronome relativo “que”. Ela surge para atender a regência da forma verbal “dispõe” (quem dispõe, dispõe de algo). Nas orações subordinadas adjetivas, a preposição exigida pelo verbo deve anteceder o pronome relativo, a exemplo do que ocorreu em “1”. Correto também está o segundo período. Observe agora a ausência da preposição regida pela forma verbal “insiste” (quem insiste, insiste em algo). Ocorre que a preposição exigida pelo verbo da oração principal (“O governo insiste”) tem seu emprego facultado diante de orações subordinadas
substantivas
objetivas
indiretas
(“que
a
negociação
é
importante). Resposta – Item correto.
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44. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Considerando-se que a mesóclise é desaconselhável em expedientes oficiais, é preferível iniciar período com a construção “Lhe enviaremos mais informações oportunamente” a iniciá-lo
com
a
construção
“Enviar-lhe-emos
mais
informações
oportunamente”. Comentário – Toda regra contida na gramática normativa emprega-se também nos documentos oficiais. As regras que tratam de colocação dos pronomes oblíquos átonos são exemplos disso. Lembre-se de que a mesóclise é o emprego do pronome oblíquo átono no interior do verbo, assinalado na escrita pela presença de dois hifens, um antes e outro depois (“Enviar-lhe-emos”). Ocorre com verbos flexionados no futuro do presente e no futuro do pretérito do modo indicativo, desde que não haja palavra atrativa que force o pronome a ocupar posição anterior ao verbo, isto é, posição proclítica (Não lhe enviaremos...) Resposta – Item errado. 45. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foram empregadas com correção semântica todas as palavras sublinhadas nos seguintes períodos: Optou-se por uma dissensão lenta e gradual ao se reintroduzir o país ao Estado de Direito. Tratar o público com distinção é obrigação de todo atendente de repartição pública. A discussão do projeto de lei tornou-se acirrada quando afloraram as distensões nas hostes oposicionistas. Comentário – Devemos tomar cuidado com palavras parecidas na grafia e na pronúncia, mas com sentidos diferentes. Elas são conhecidas por parônimos.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 A primeira palavra sublinhada (“dissensão”) significa, de acordo com o dicionário Houaiss: 1
falta de concordância a respeito de (algo); divergência,
discrepância 2
estado de litígio; desavença, conflito, disputa
Ex.: as d. entre os nobres na Idade Média prejudicavam o povo 3
característica daquilo que discrepa; oposição
Para ter coerência, a informação transmitida deveria trazer a palavra descensão, cujo significado é, ainda de acordo com o mesmo dicionário: ato, processo ou efeito de descer; descenso, descida 1
movimento descendente; descida, deposição
2
efeito desse movimento
Ex.: a D. da Cruz (falando de Jesus Cristo, p.ex.) 3
Estatística: pouco usado. decrescimento, decréscimo, diminuição
Ex.: a d. de um índice econômico 4
ato ou efeito de declinar, cair
Ex.: d. do sol no horizonte 5
Rubrica: geografia.
O vocábulo “distinção”, que expressa as ideias abaixo, está empregado adequadamente: 3
boa educação; elegância, finura, discrição
Ex.: todos elogiaram a simpatia e a d. da anfitriã 4
maneira honesta, correta e impecável de proceder
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Ex.: pode confiar nesta oficina, o dono age sempre com a maior d. Por
último,
a
palavra
“distensões”,
em
um
contexto
sócio-político, significa “diminuição ou término das tensões entre países, entre a população, ou parte dela, e o governo, entre grupos dentro de uma sociedade etc.” Melhor seria, portanto, empregar o vocábulo “dissensões”. Resposta – Item errado. 46. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na elaboração de texto oficial, como norma geral, deve ser evitada a repetição de palavras, buscando-se sinônimo ou termo mais preciso para substituir a palavra repetida. No entanto, se a substituição comprometer a inteligibilidade e a coesão do texto, recomenda-se manter a repetição. Comentário – A inteligibilidade do texto oficial diz respeito à clareza e à objetividade da linguagem usada. A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa
distância.
Já
a
língua
escrita
incorpora
mais
lentamente
as
transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. 51
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações
oficiais.
É
claro
que
haverá
preferência
pelo
uso
de
determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área,
são
de
familiarizado.
difícil Deve-se
entendimento ter
o
por
cuidado,
quem
não
portanto,
de
esteja
com
explicitá-los
eles em
comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. Resposta – Item certo. 47. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Estão corretamente empregados os homônimos
destacados
em
negrito
no
seguinte
período:
A
administração de um medicamento raramente prescrito no Brasil acabou de ser proscrita nos EUA. Comentário – Recorramos novamente ao dicionário Houaiss. O vocábulo “prescrito” foi adequadamente empregado com a acepção de “ordenado
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 explicitamente”, “que se prescreveu”. A expressão “proscrita” significa a qualidade daquilo que foi “proibido, censurado, interdito”. Portanto, também é coerente com o significado do texto. Faço aqui apenas uma observação. Essas palavras não são “homônimos”, mas sim parônimos. Lembre-se de que homônimos têm a pronúncia ou a grafia iguais. ascender (elevar-se) / acender (atear fogo): homônimos homófonos (mesma pronúncia) pelo (forma verbal, pronúncia aberta) / pelo (substantivo, pronúncia fechada) – homônimos homógrafos Há ainda os homônimos perfeitos, palavras que possuem a pronúncia e a grafia iguais, mas continuam com significados distintos. são (forma verbal) / são (qualidade de quem está bem de saúde) Parônimos
são
palavras
que
possuem
tudo
distinto:
pronúncia, grafia e significado, exatamente como ocorre em relação às palavras em negrito no enunciado. Resposta – O gabarito oficial informou item certo. Julgo que a anulação seria melhor.
A respeito da redação de expediente, julgue os próximos itens. 48. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatário seja um diretor de um órgão público, deverão ser empregados
o
vocativo
“Senhora
Senadora,”
e
o
pronome
de
tratamento “Vossa Excelência”, devendo estar flexionados no feminino os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica no seguinte
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 enunciado: “Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sessão.” Comentário – Veja na tabela abaixo que a pessoa ocupante de cargo de senador(a) da República também faz jus ao tratamento de Vossa ou Sua Excelência.
No
diretamente
a
primeiro ela
caso,
a
no
item
(como
correspondência que
estamos
deve
ser
dirigida
analisando).
Se
a
correspondência não for endereçada à própria pessoa, mas falar a respeito dela, a forma correta é Sua Excelência. AUTORIDADES Vice-Presidente; Ministros de Estado; Chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Advogado-Geral da União; Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; Chefe da Corregedoria Geral da União; Chefe da Casa Civil da Presidência da República; Governadores e ViceGovernadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais; Deputados Federais e Senadores; Membros de Tribunais; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Presidentes das Câmaras Legislativas e Municipais; Juízes; Auditores da Justiça Militar; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Ministros dos Tribunais Superiores.
FORMA DE TRATAMENTO
ABREVIATURA
VOCATIVO
ENVELOPE
A Sua Excelência o Senhor Nome Cargo Instituição Endereço Cep – Cidade. UF
Vossa ou Sua Excelência
Para Ministros: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado (seguido da respectiva pasta) Cep – Cidade. UF V. Ex.ª
Senhor + cargo
Para Deputados e Senadores: A Sua Excelência o Senhor Deputado ou Senador Fulano de Tal Câmara ou Senado Federal Cep – Cidade. UF Para Juízes: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 2ª Vara Cível Endereço
A respeito do vocativo, é importante dizer que ele consta tanto no ofício quanto no aviso, mas não aparece no memorando. Lembram-se de que esses três tipos de documentos constituem, quanto à
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 forma, o padrão ofício? Pois é, o vocativo é uma parte do expediente oficial que não é comum a todos eles. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo
Senhor
Presidente
do
Supremo
Tribunal
Federal. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador, Os
pronomes
de
tratamento apresentam
peculiaridades
quanto à concordância. Os adjetivos referidos a esses pronomes devem coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Se nosso interlocutor for homem, o correto será “Vossa Excelência ficará satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência ficará satisfeita”. Em relação à concordância verbal, embora os pronomes de tratamento se refiram à segunda pessoa gramatical (com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), eles levam a concordância para a terceira pessoa: “Vossa Excelência ficará satisfeita”. Também os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Excelência ficará satisfeita se seus projetos forem aprovados?”. Resposta – Item certo. 55
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49. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O envio de documentos, quando urgente, pode ser antecipado por fax ou por correio eletrônico, sendo recomendados o preenchimento de formulário apropriado (folha de rosto), no caso do fax, e a certificação digital, no caso do e-mail. Comentário – Fax é a modalidade de comunicação que deve ser utilizada na transmissão e recebimento de assuntos oficiais de extrema urgência e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente. É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, ou seja, de pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada. Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe. Sobre o correio eletrônico, nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem tenha valor documental e para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital atestando a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. O campo assunto do formulário de correio eletrônico deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente. Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Sempre
que
disponível,
deve-se
utilizar
recurso
de
confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento. Não há estrutura definida para e-mail, entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Resposta – Item certo. 50. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No caso de relatório que requeira providências a serem tomadas, um dos fechos recomendados é o seguinte: Esperando que o relatório expresse fielmente os fatos, pede deferimento. Comentário – A banca examinadora misturou, com a intenção de confundir os candidatos, relatório com requerimento. Relatório não é documento adequado para se pleitear nada. Ele serve para expor à autoridade superior a execução de trabalhos concernentes a certos serviços ou a execução de serviços inerentes ao exercício do cargo em determinado período. Requerimento
é
o
instrumento
por
meio
do
qual
o
interessado requer a uma autoridade administrativa um direito do qual se julga detentor. Seu fecho é composto pela expressão “Nesses termos, pede deferimento”. Resposta – Item errado.
Considere que um servidor do DETRAN/DF tenha redigido um documento oficial para convidar um embaixador a proferir palestra no órgão e que o trecho abaixo componha tal documento.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Memo n.o 6/DIR Em 8 de março de 2009. Excelentíssimo Senhor MARK JERTRUTZ, Convido sede
do
Vossa
DETRAN/DF
Excelência sobre
as
para medidas
proferir
palestra
tomadas
em
na
vosso
país para melhorar as condições de trânsito nas grandes cidades. Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens. 51. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foi adequada a escolha da forma memorando,
visto
que
o
convite,
geralmente,
constitui
uma
comunicação curta. Comentário – O memorando caracteriza-se, sobre tudo pela simplicidade e concisão na redação e também no trâmite. Não é de estranhar, portanto, que os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, em caso de falta de espaço, em uma folha de continuação. Toa o memorando é um tipo de correspondência interna, empregada entre unidades administrativas de um mesmo órgão, sem restrições hierárquicas e temáticas. Melhor seria que o documento utilizado fosse um ofício ou mesmo uma carta. Ofício é documento destinado à comunicação oficial entre órgãos da administração pública e de autoridades para particulares. Trata-se de documento formalmente semelhante ao memorando; contudo a diferença básica entre eles é o destino: enquanto o ofício tem por finalidade a comunicação externa, o memorando é uma comunicação interna.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Carta é forma de correspondência com personalidade pública ou
particular,
utilizada
para
fazer
solicitações,
convites,
externar
agradecimentos ou transmitir informações. As cartas, em princípio, não devem
ser
numeradas
organizacionais (geralmente
que
nas
as
sequencialmente, utilizam,
com
correspondências
à
exceção
frequência,
com
em
particulares
das
unidades
caráter ou
oficial
empresas).
Recomenda-se que a estruturação seja semelhante à do ofício. Resposta – Item errado. 52. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Atende às normas de elaboração do memorando o emprego do vocativo com o nome do embaixador. Comentário – Quanto à sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Nele não há vocativo. Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Senhora Ministra, Senhor Chefe de Gabinete, Resposta – Item errado. 53. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Atende à prescrição gramatical o emprego do pronome possessivo “vosso” no corpo do texto, dado que o tratamento empregado foi Vossa Excelência.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Comentário – Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige à comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. Vossa Senhoria nomeará o seu substituto. Vossa Excelência conhece o assunto. Resposta – Item errado.
Eis abaixo um quadro-resumo das principais características de alguns
documentos
oficiais.
Leia-o
com
atenção,
comparando
as
semelhanças e diferenças entre eles. Em seguida, apresento modelos das correspondências oficiais comentadas nos exercícios anteriores.
Ofício
Expedido por e para as
Quando
demais
endereçado a mais de um
autoridades
(órgãos distintos) Expedido
o
ofício
destinatário,
também
para
for
chama-se
ofício-circular.
particulares. Expedido exclusivamente Aviso
por ministros de Estado para
autoridade
de
mesma hierarquia. Comunicação
Memorando
entre
Possui
caráter
unidades
administrativas
administrativo.
de
mesmo
Empregado
um
órgão
(comunicação interna).
para
Marcado pela agilidade na expor
tramitação e simplicidade
idéias,
burocrática. Os despachos
diretrizes, etc. a serem
devem se dados no próprio
adotados
documento ou em folha de
projetos,
determinado
por setor
continuação.
público. Expedido por Ministro. Dirigido ao presidente ou ao Exposição de Motivos
vice-presidente
República.
da
Serve para:
Se envolver mais de um
Segue o padrão ofício se
a) informar determinado
Ministério,
for informativo.
assunto;
por todos os envolvidos
b)
propor
alguma
medida; c) submeter projeto de ato normativo.
será
(interministerrial)
assinada
Se for para propor alguma medida
ou
submeter
projeto de ato normativo, é acompanhado de anexo em modelo específico.
60
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Registro sucinto de fatos,
Devem-se
ocorrências, resoluções e
abreviaturas,
uma
decisões
de
assembléia,
sessão
ou
evitar e
as
Verificando-se qualquer en-
Assinam:
os
gano
da
secretário e membros (as
ser
assinaturas destes podem
retificado
constar em uma lista ou
no
momento
números são escritos por
redação,
extenso.
imediatamente
reunião.
deverá
empregando-se palavras reEscreve-se
tudo
seguidamente
Ata
(não
presidente,
livro de presenças)
tificadoras: “digo”
há
divisões de parágrafos),
Na hipótese de qualquer
sem rasuras, emendas ou
omissão ou erro depois de
entrelinhas.
lavrada
a
uma
ressalva:
Ata,
far-se-á “em
tempo”. “Na linha. ........, onde
se
lê.......,
leia
se. ........”. Instrumento comunicação
entre
de
Mensagens
os
expedidas pelo Executivo
demais atos assinados pelo
ao Congresso Nacional:
presidente
a)
de
não traz identificação de
b)
seu signatário.
chefes dos Poderes. Obs.:
minuta
mensagem
de
pode
ser pelos
encaminha
mais
usuais
encaminhamento
projeto
de
lei;
encaminhamento
de
medida
c)
provisória;
Ministérios à Presidência
indicação de autoridades
da
(o currículo do indicado,
República,
acessórias redação final.
a
caberá
cuja a
devidamente
da
como
os
República,
a
mensagem);
d)
autorização
Presidente
mensagem,
assinado,
acompanha de
A
ou
pedido para o
o
Vice-
Presidente se ausentarem do País por mais de 15 dias; e) encaminhamento Mensagem
de atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e TV; f) encaminhamento de prestação de contas de exercício
anterior;
mensagem
de
g)
abertura
da sessão legislativa (o portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil e vai
encadernada
em
forma de livro para todos os
congressistas);
comunicação
de
h)
sansão
(dirigida aos membros do Congresso, por meio de Aviso
ao
primeiro
secretário da Casa); i)
61
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 comunicação
de
veto
(dirigida ao presidente do Senado). Trata-se
Telegrama
de
forma
de
Seu uso restringe-se aos
Não há padrão rígido; sua
comunicação dispendiosa
casos em que:
forma e estrutura seguem
aos cofres públicos
a)
não seja possível o uso de fax; não seja possível o uso de correio eletrônico; e a urgência justifique. documento original,
os formulários disponíveis
antecipada de mensagens
quando necessário, deve
necessário, deve ser feito
e documentos urgentes,
seguir
posteriormente
com cópia do fax, pois o
quando não é possível o
pela
envio deles por correio
normal.
e
tecnologicamente
b)
superada. transmissão
Para
Fax
c) O
via
e
na
forma
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. O
arquivamento,
se
papel do próprio fax se deteriora rapidamente.
eletrônico. Principal
forma
de
comunicação
para
transmissão
de
Flexibilidade: interessa
não
definir
forma
rígida para sua estrutura.
documentos, em virtude do
baixo
celeridade.
custo
e
da
Obs 1.: deve-se evitar o uso
Correio Eletrônico
mensagem
que
algum
anexo
com
uma
2:
“assunto” preenchido facilitar
o
a
de
pedir
Para
os
documental
tanto
do
destinatário
quanto
do
de
arquivos deve
formato Rich Text.
organização
confirmação
recebimento.
preferencialmente,
a
de
dele.
ser
modo
disponível, recurso
Caso não seja possível,
campo
deve
o
mínimas sobre o conteúdo
ser
Nos termos da legislação em
utilizado, Obs.
que
utilizar
“confirmação de leitura”.
anexados,
comunicação oficial.
Sempre
deve fornecer informações
linguagem
de
incompatível
A
encaminha
o
vigor,
é
necessário
existir certificação digital do remetente para que a mensagem
tenha
documental.
remetente.
62
valor
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5 cm
[Ministério] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] [Endereço para correspondência]. [Endereço - continuação] [Telefone e Endereço de Correio Eletrônico]
Ofício no 524/1991/SG-PR Brasília, 27 de maio de 1991.
A Sua Excelência o Senhor Deputado [NOME] Câmara dos Deputados 70.160-900 – Brasília – DF
Assunto: Demarcação de terras indígenas Senhor Deputado, 2,5 cm
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas regionais. 3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente.
1,5 cm
3cm
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
63
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3,5 cm
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade civil. 5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas. 6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade. Atenciosamente,
[NOME] [Cargo]
2 64
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TIMBRE
Aviso no 45/1991/SCT-PR Brasília, 27 de fevereiro de 1991.
A Sua Excelência o Senhor FULANO DE TAL Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPO Esplanada dos Ministérios, Bloco K 70.068-900 – Brasília – DF
Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público. Senhor Ministro, 1. Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital. 2. O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990.
Atenciosamente,
BELTRANO Ministro de Minas e Energia
65
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TIMBRE
Memorando nº 118/1991/DJ Em 12 de abril de 1991.
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Assunto: Instalação de microcomputadores 1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento. 2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. Atenciosamente,
[NOME do signatário] [Cargo do signatário]
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TIMBRE
Carta no 13/2009/SPC Brasília, 1º de fevereiro de 2009.
A Sua Senhoria o Senhor FULANO DE TAL Diretor Financeiro Junco Agronegócios LTDA Rua Oligário Nunes, 125 – São 39.470-000 – Itacarambi–MG
Assunto: Inauguração do edifício-sede
Senhor Diretor,
Convido Vossa Senhoria para participar da solenidade de inauguração do edifício-sede da Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, localizado na Praça dos Três Poderes, lote 171, Eixo Monumental, no dia 29 de fevereiro de 2009, às 12 horas.
Atenciosamente,
ROLANDO LERO Procurador-Geral da Justiça
67
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Vocativo + cargo + órgão (Magnífico Reitor da Universidade de Brasília),
NOME DO REQUERENTE, demais dados de qualificação, requer (objetivo e fundamento legal).
Nesses termos, pede deferimento.
Local, data por extenso.
NOME DO REQUERENTE Cargo ou função, se for servidor público
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RELATÓRIO (ou RELATÓRIO DE...)
Senhor Diretor-Geral,
Tendo sido designado para apurar a denúncia de irregularidades na licitação pública nº 123, que visa a renovar a frota de veículos deste órgão, de acordo com a portaria nº 2020, de 31 de janeiro de 2006, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que efetuei. Em 10 de setembro de 2005, dirigi-me à chefe da seção de Compras, senhora FULANA DE TAL, para inquirir os funcionários BELTRANO e SICRANO, acusados de fraudar o processo de licitação mencionado no parágrafo acima em favor da empresa ROBAUTO VEÍCULOS LTDA, que venceu a concorrência, embora tenha cotado o preço dos automóveis com um ágio de trinta por cento em relação ao valor de mercado. No inquérito a que se procedeu, ressalta-se a culpabilidade do servidor BELTRANO, sobre quem recaem evidências de ter fraudado o processo licitatório, já que foi ele a pessoa encarregada de abrir os envelopes das empresas perdedoras. Conforme se apurou também, o senhor SICRANO tem sua parcela de responsabilidade no caso, tendo em vista que se omitiu, sendo negligente no exercício de suas funções. Como membro da Comissão de Lcitações, devia estar presente na hora da abertura dos envelopes, o que não ocorreu. Do que foi exposto, conclui-se que se instaure imediatamente um processo administrativo. É o relatório.
Brasília, 13 de junho de 2009.
NOME DO RELATOR Cargo ou função
69
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Continuaremos
a
analisar
algumas
questões
de
provas
antrioremtne elaboradas pelo Cespe. Mas agora serei mas sucinto ao comentá-las. Você perceberá que a forma muda, entretanto a essência é a mesma. Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizarse pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da Presidência da República, 2002), cada um dos itens seguintes apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. 54. (Cespe/MRE-IRB/Bolsas-prêmio/2009) Nas últimas décadas, assistimos à uma evolução significativa dos esforços de promoção e proteção dos direitos humanos. Em muitos aspectos o mundo melhorou em relação ao que era a sessenta anos. Essa mudança tem tudo que ver com uma maior consciência a respeito da necessidade de reconhecer e respeitar os direitos humanos para todos. Comentário – O acento grave em “à uma evolução” está incorreto, pois a crase não ocorre diante de palavra de sentido indefinido. Em “que era a sessenta anos”, a ideia é de tempo decorrido e a forma há deveria ter sido usada em vez da forma “a”. O outro problema está na expressão “tudo que ver”; o certo é tudo a ver. Resposta – Item errado. 55. (Cespe/MRE-IRB/Bolsas-prêmio/2009) A legislação sobre os direitos humanos têm-se ampliado tanto na temática como na abrangência geográfica. Hoje os direitos humanos é reconhecido como universais,
70
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 interdependentes,
inter-relacionados,
indivisíveis
e
mutuamente
sustentáveis. Comentário – Há um erro de concordância verbal indicado por meio do acento empregado na forma “têm-se”. O núcleo do sujeito desse verbo é um termo singular (“legislação”), portanto o acento deve ser eliminado. Lembre-se disso: ele tem/vem – eles têm/vêm. Em “os direitos humanos é reconhecido”, também há erro de concordância verbal. Agora o verbo foi flexionado no singular (“é”) quando o certo seria no plural (são), em virtude do núcleo do sujeito (“direitos”). Além disso, o particípio “reconhecido” deveria concordar em número (reconhecidos) com o núcleo do sujeito. Resposta – Item errado. Espero que tenha ficado claro para você que questões sobre redação oficial podem abordar aspectos gramaticais também, pois o texto administrativo requer, entre outros cuidados, correção gramatical. Veja outras questões. Com referência à redação de correspondências oficiais, julgue os itens a seguir. 56. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Documentos oficiais em forma de ofício, memorando, aviso e exposição de motivos têm em comum, entre outras características, a aposição da data de sua assinatura e emissão, que deve estar alinhada à direita, logo após a identificação do documento com o tipo, o número do expediente e a sigla do órgão que o emite. Comentário – O item está de acordo com o que prevê, por exemplo, o Manual de Redação da Presidência da República. Veja, a título de
71
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 exemplificação, os modelos de documentos incluídos neste material. Quanto à exposição de motivos, ela segue o padrão ofício (releia o quadro-resumo). Resposta – Item certo. 57. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Desconsiderando-se as margens e os espaços adequados, respeitam as normas de redação de um documento oficial encaminhado por um chefe de seção a seu diretor o seguinte trecho, contendo o parágrafo final e fecho de um ofício. (...) 4.
Por fim, por oportuno informamos que as
providências
tomadas,
e
aqui
mencionadas,
também já são do conhecimento das partes envolvidas. Atenciosamente [assinatura] Pedro Álvares Cabral Chefe da seção de logística e distribuição de pessoal (SLDP). Comentário – O parágrafo carece de objetividade, de concisão. Expressões como por oportuno; sem mais para o momento, nada mais havendo para tratar; com elevados protestos de estima e consideração etc. devem ser dispensadas. O segmento “e aqui mencionadas” é redundante e foge à objetividade do texto administrativo. O fecho “Atenciosamente” é impróprio, pois a comunicação é do chefe de uma seção ao seu diretor. Isso demonstra a diferença de hierarquia entre eles. O correto é Respeitosamente. A centralização do fecho é outro erro. Ele deve ser alinhado à esquerda, na direção do início do parágrafo. O nome do signatário (aquele que assina/emite o documento) é grafado em letras maiúsculas (PEDRO 72
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 ÁLVARES CABRAL). A designação do cargo é feita apenas com as iniciais maiúsculas (Chefe da Seção de Logística e Distribuição de Pessoal), sem a indicação da sigla do setor e sem ponto final. Resposta – Item errado.
Multas 1
Arrecadei
mais
de
dois
contos
de
réis
de
multas.
Isto prova que as coisas não vão bem. E 4
não
irregularidades produziram referem-se
7
se
pessoas
esmerilharam
passam soma
a
ofendidas,
despercebidas.
considerável
prejuízos de
contravenções. para
individuais ordinário
e
As um
foram
gente
Pequeninas
infrações orçamento denunciadas
que exíguo pelas
miúda,
habituada
injustiças.
Isto
a
sofrer a opressão dos que vão trepando. Esforcei-me 10
por
não
cometer
não
obstante, atiraram as multas contra mim como arma política. Com inabilidade infantil, de resto. Se eu deixasse em paz o
13
proprietário que abre as cercas de um desgraçado agricultor e lhe transforma em pasto a lavoura, devia enforcar-me. Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. Record/Fundaç ão de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
58. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Tendo a situação que envolve o texto como referência e considerando as recomendações atuais para o envio de documentos formais de uma autoridade a outra, assinale a opção correta. (A) O ofício é o tipo de expediente mais adequado para o encaminhamento do relatório ao governador.
73
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 (B) Na correspondência de encaminhamento do relatório ao governador do estado, estaria adequado o emprego do vocativo Caro Amigo. (C) Em atendimento ao princípio de concisão textual, constitui fecho adequado para o documento de encaminhamento do relatório a expressão Com elevados protestos de estima e consideração. (D) A correspondência deve ser endereçada do seguinte modo: A Vossa Excelência o Excelentíssimo Senhor Dr. Fulano de Tal Governador do estado de Alagoas (CEP) – Maceió – AL Comentário – Alternativa B: na correspondência oficial, o vocativo inerente a governador de estado é Senhor Governador, (seguido de vírgula). A expressão Caro Amigo evidencia tratamento pessoal, o que o texto administrativo não admite. A impessoalidade é uma das características da correspondência oficial. Alternativa C: na questão anterior eu mencionei algumas expressões
que
devem
ser
evitadas,
ainda
que
alguém
as
utilize
frequentemente; entre elas está a que foi indicada como fecho na terceira alternativa. Respeitosamente é o fecho adequado. Alternativa D: a forma Excelentíssimo Senhor integra o vocativo inerente aos chefes de Poder. Doutor é título acadêmico conferido a quem concluiu curso universitário de doutorado, e não pronome de tratamento;
seu
uso
indiscriminado
constitui
erro.
No
envelope,
o
endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência é: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Cargo
74
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 CEP – Cidade. UF (repare que não há parênteses no código de endereçamento postal). Resposta – A
59. (Cespe/Antaq/Especialista: Economia/2009) Respeitam-se as normas relativas à redação de documentos oficiais ao se finalizar um atestado ou uma declaração da maneira apresentada a seguir. Atenciosamente, (assinatura) Fulano de Tal Brasília, 15 de março de 2009 Comentário – Atestado administrativo é o ato pelo qual a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. Eis a sua estrutura: TÍTULO: ATESTADO (em maiúsculas e centralizado, sobre o texto). TEXTO: exposição do fato. LOCAL E DATA: por extenso. ASSINATURA: titular da unidade organizacional correspondente ao assunto tratado. ATESTADO Atesto para fins de prova junto ao(à) ......................(entidade) ........................................................................................... que o Sr. . ......................................................................................., ocupante do cargo. . ....................................................., para o qual foi nomeado por. ........................................................................................................., não responde a processo administrativo. Brasília, . ...................................... de. .................................................... de. ....................................................... .
75
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espaço para assinatura (nome com letras maiúsculas) (cargo do signatário com letras iniciais maiúsculas) Semelhantemente, a declaração também não comporta na sua parte final os fechos Atenciosamente e Respeitosamente (comuns no memorando, ofício, aviso, exposição de motivos). Nela, a data também vem antes da assinatura do titular da unidade organizacional; ambas vêm centralizadas. Resposta – Item errado. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X Edital n.º 1–TJX, de 14 de janeiro de 2001 CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO 1
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X torna pública a autorização do
Presidente do TJX para a realização de Concurso Público para Provimento de 200 cargos de Analista Judiciário criados pela Lei n.º 10.000, de 10 de dezembro de 2000, e de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias. 2
O Edital de Abertura de inscrição deverá ser publicado em Abril de
2001 e disporá sobre as normas de realização do concurso. Joaquim da Silva Xavier Presidente do concurso
76
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 A partir do texto hipotético acima, julgue os três itens seguintes. 60. (Cespe/TCU/AFCE/2010) O uso das letras iniciais maiúsculas no corpo do documento respeita as normas de elaboração de documentos oficiais ao seguir as regras gramaticais do padrão culto da língua portuguesa, escrevendo com iniciais maiúsculas os nomes tratados como únicos e singulares. Comentário – Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de obras artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúscula (caixa alta) é convencionalmente usada na grafia de: • nomes próprios e de sobrenomes ( Ferreira) de cognomes (Ivan, o Terrível); • alcunhas (Sete Dedos); de pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes dinásticos (os Médici); • topônimos (Brasília, Paris); • regiões (Nordeste, Sul); • nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação Getúlio
Vargas,
Associação
Brasileira
de
Jornalistas,
Lojas
Americanas); • nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia Militar); • nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo); • nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de Novembro); • designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de unidades da Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo); • nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste);
77
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 • nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou político-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro); • nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário Alvim); • nome de edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja da Sé); • nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda); • nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira em torno do Sol”); •
nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, Lei Afonso Arinos). A letra minúscula (comumente chamada de caixa baixa),
além de sempre usada na grafia dos termos que designam as estações do ano, os dias da semana e os meses do ano, é também usada na grafia de(a): • cargos e títulos nobiliárquicos (rei, dom); dignitários (comendador, cavaleiro); axiônimos correntes (você, senhor); culturais (reitor, bacharel);
profissionais
(ministro,
médico,
general,
presidente,
diretor); eclesiásticos (papa, pastor, freira); • gentílicos e de nomes étnicos (franceses, paulistas, iorubas); • nome de doutrina e de religiões (espiritismo, protestantismo); • nome de grupo ou de movimento político e religioso (petistas, umbandistas); • palavra governo (governo Fernando Henrique, governo de São Paulo); • termos
designativos
de
instituições,
quando
esses
não
estão
integrados no nome delas: A Agência Nacional de Águas tem por
78
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 missão (...), no entanto, a referida agência não exclui de suas metas os compromissos relacionados a...; • nome de acidente geográfico que não seja parte integrante do nome próprio: rio Amazonas, serra do Mar, cabo Norte (mas, Cabo Frio, Rio de Janeiro, Serra do Salitre); • prefixo: ex-ministro do Meio Ambiente, ex-presidente da República; • nome de derivado: weberiano, nietzschiano, keynesiano, apolíneo; •
pontos cardeais, quando indicam direção ou limite: o norte de Minas Gerais, o sul do Pará – observe: “É bom morar na Região Norte do Brasil, mas muitos preferem o sul de São Paulo”.
Resposta – Item errado. 61. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Apesar de nomear o emissor do texto pelo nome próprio, o documento não fere o princípio da impessoalidade exigido nos documentos oficiais. Comentário – Não há como omitir o nome do signatário. A identificação dele se dá por meio do nome, da assinatura e do cargo que ocupa. A impessoalidade decorre de princípio constitucional (CF, art. 37), cujo significado remete a dois aspectos: o primeiro prende-se à obrigatoriedade de que a administração proceda de modo a não privilegiar ou prejudicar a ninguém, individualmente, já que o seu norte é, sempre, o interesse público; o segundo sentido é o da abstração da pessoalidade dos atos administrativos, pois que a ação administrativa, em que pese ser exercida por intermédio de seus servidores, é resultado tão-somente da vontade estatal. Em outras palavras, a redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral dos cidadãos. Sendo assim, é inconcebível que os assuntos objeto dos
79
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 expedientes oficiais sejam tratados de outra forma que não a estritamente impessoal. Resposta – Item certo. 62. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Trechos com informações vagas, como “e de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias”, e com uso de tempo verbal de futuro, como “deverá ser publicado” e “disporá sobre”, provocam falta de clareza e concisão, características estas que devem ser respeitadas nos documentos oficiais. Comentário – A concisão caracteriza-se pela utilização de palavras estritamente necessárias: tudo que puder ser transmitido em uma frase não deve ser dito em duas; a conceituação sintética de uma ideia é preferível à analítica; para cada ideia, o idioma reserva pelo menos uma palavra que a representa com precisão. Cabe ao redator encontrá-la. Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve ir direto ao que interessa, sem rodeios ou redundâncias, sem caracterizações e comentários supérfluos, livre de adjetivos e advérbios inúteis, sem o recurso à subordinação excessiva. A simples
utilização
de
tempo
verbal
de
futuro
necessariamente
não
caracteriza falta de concisão. Resposta – Item errado. 63. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) A impessoalidade que deve caracterizar a redação oficial é percebida, entre outros aspectos, no tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um órgão público. Comentário – O item está de acordo com o Manual de Redação Oficial da Presidência
da
República,
que
estabelece:
“A
redação
oficial
deve
80
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade...”. Resposta – Item certo. 64. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) Na comunicação oficial, o emprego da língua em sua modalidade formal decorre da necessidade de se informar algo o mais claramente possível, de maneira concisa e não pessoal, sendo imprescindível, seja qual for o destinatário, o emprego dos termos técnicos próprios da área de que se trata. Comentário – É inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos, o que significa que cada destinatário é considerado no momento da elaboração do documento oficial. Diz o manual da Presidência que “A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo
de
evitar
o
seu
uso
indiscriminado.
Certos
rebuscamentos
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos”. Resposta – Item errado. 65. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) O fecho das comunicações é obrigatório em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da relação hierárquica existente entre o remetente e o destinatário. Comentário – Quem analisou esta questão apressadamente “escorregou”. Diz
o
manual
da
Presidência:
“Ficam
excluídas
dessa
fórmula
as
comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e
81
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores”. Resposta – Item errado.
Por hoje é só. Na próxima aula estudaremos sintaxe da oração e do período. Antes disso, porém, espero as suas dúvidas e sugestões. Fique com Deus e bons estudos! Professor Albert Iglésia
82
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
(...) 8
À
noite,
o
céu
se
abre
limpo
e
estrelado.
É um convite à contemplação da natureza. (...) Época, 9/5/2005 (com adaptações).
1.
(Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2005) Na linha 8, o emprego do sinal indicativo de crase em “à contemplação” indica que esse termo é regido pelo substantivo “convite”; mas se a opção fosse por uma oração com o verbo convidar o uso do sinal de crase seria opcional.
O
1
ano,
consumo
das
tornando-se
famílias
deverá
dos
principais
um
crescer
7,5%
neste
responsáveis
pelo
crescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A 4
nova
estimativa
principais
do
mudanças
consumo nas
das
famílias
perspectivas
para
é a
uma
das
economia
brasileira em 2008 traçadas pela Confederação Nacional da 7
Indústria
em
relação
às
previsões
apresentadas
em
dezembro
do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado em 6,2%. (...) O Estado de S. Paulo, 7/4/2008 (com adaptações).
2.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Na linha 7, o emprego do sinal indicativo de crase em “às previsões” justifica-se pela presença de preposição, exigida pela locução “em relação”, e pelo emprego de artigo definido feminino plural antes de “previsões”.
83
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Uma
1
passado
antiga
era
a
de
preocupação assegurar
o
dos
direito
legisladores
dos
povos
de
do manter
“os costumes da terra”. (...) Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.
3.
(Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) No que diz respeito aos sentidos e a aspectos gramaticais do texto acima, assinale a opção incorreta. Na expressão “era a de assegurar” (l. 2), a presença da preposição “de” decorre da regência de “preocupação” (l. 1).
Folha
1
impostas
— pelo
O
sr.
concorda
Estado
são
que
muitas
impostas
das
por
restrições
pensamen-
tos “puritanos” de parte da sociedade? (...) Folha de S. Paulo, 23/10/2005. Trecho da entrevista concedida pelo economista Eduardo Giannetti (com adaptações).
4.
(Cespe/Anatel/Analista
Administrativo/2006)
Atenderia
às
regras
prescritas pela gramática a seguinte formulação da pergunta feita ao entrevistado: O senhor concorda com a idéia de que, entre as restrições estabelecidas pelo Estado, muitas são impostas por pensamentos “puritanos” de parte da sociedade?
(...) XIX 13
à
Mas que
a
consciência
foi expansão de
a mundial que
uma
partir do
do
capitalismo cultura
século deu
mundial
origem estava
verdadeiramente em via de surgir. Sérgio Paulo Rouanet. Do fim da cultura ao fim do livro. In: Eduardo Portella (Org.). Reflexões sobre os caminhos do livro.
84
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 SãoPaulo: UNESCO/Moderna, 2003, p. 63 (com adaptações).
5.
(Cespe/Minist. da Integ. Nacion./Bibliotecário/2006) Em “consciência de que” (l. 13), o emprego da preposição “de” é decorrente da regência de “consciência”.
A
1
Câmara
dos
Deputados
brasileira
aprovou,
por
265 votos favoráveis e 61 contrários, a adesão da Venezuela ao 4
MERCOSUL,
bloco
regional
formado
por
Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai. O
protocolo
de
adesão,
assinado
em
julho
de
2006,
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor. 7
Os
congressos
Venezuela
10
já
Apenas
o
acordo.
Dados
Nacional
do
Uruguai,
da
votaram
pela
entrada
Paraguai da
mostram
e
o
Brasil
Comissão que
a
de
Argentina
da
própria
do
país
no
ainda
não
chancelaram
Relações
entrada
e
do
MERCOSUL.
Exteriores
país
e
resultará
o
Defesa em
um
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 13
12,7
milhões
de
(aproximadamente
km2, 76%
PIB do
superior
PIB
da
a
U$
América
1 do
trilhão Sul)
e
comércio global superior a US$ 300 bilhões. (...) Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008.
6.
(Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) O emprego de preposição em “ao MERCOSUL” (l.3) justifica-se pela regência de “contrários” (l.2), que exige preposição a.
85
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 7.
(Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Nas duas ocorrências de “superior a” (l.13 e 15), “a” funciona como artigo definido.
O que é o que é? Se
recebo
um
quem
não
gosto
1
de
presente —
dado
como
se
com chama
carinho
por
o
sinto?
que
pessoa Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da gente
4
—
ocupado,
como
se
e
repente
de
chama
essa
parar
mágoa
por
ter
e
esse
sido
rancor?
tomado
Estar
por
uma
desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar:
7
como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
8.
(
) No título do texto, as duas ocorrências da forma verbal “é” são
sintaticamente equivalentes.
Na
1
atualidade,
desenvolver-se
em
atividades
qualquer de
parte apoio
do
mundo,
logístico
podem ou
de
recrutamento ao terrorismo. Isso se deve à sua própria lógica 4
de
disseminação
transnacional,
que
busca
continuamente
novas áreas de atuação e, também, às vantagens específicas que cada país pode oferecer a membros de organizações 7
extremistas,
como
facilidades
de
obtenção
de
documentos
falsos ou de acesso a seu território, além de movimentação, refúgio e acesso a bens de natureza material e tecnológica. (...) 86
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Paulo de Tarso Resende Paniago. O desafio do terrorismo internacional. In: Revista Brasileira de Inteligência. Brasília: ABIN, v. 3, n.º 4, set./2007, p. 36.
9.
(Cespe/Abin/Agente de Inteligência/2008) Em “às vantagens” (l.5), o sinal indicativo de crase justifica-se pela regência de “deve” (l.3) e pela presença de artigo definido feminino plural.
1
Assistimos homogeneizantes
à e
dissolução
totalizantes
da
dos
ciência
e
da
discursos cultura.
Não
unitário
da
existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 4
traçado
único,
experiência 7
da
um vida,
horizonte da
de
cultura,
sentido da
ciência
ou
da
subjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. (...) Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações).
10. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligência/2008) O emprego do sinal indicativo de crase em “à dissolução” (l. 1) deve-se à dupla possibilidade de relações sintático-semânticas para o verbo assistir.
1
Um
homem
do
século
XVI
ou
XVII
ficaria
espantado
com as exigências de identidade civil a que nós nos submetemos 4
com naturalidade. Assim que nossas crianças começam a falar, ensinamos-lhes seu nome, o nome de seus pais e sua idade. (...) Philippe Ariès. História social da criança e da família. Dora Flaksman (Trad.), p. 1-2 (com adaptações).
87
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 11. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligência/2008) O emprego da preposição antes do pronome, em “a que” (l. 2), atende à regra gramatical que exige a preposição a regendo um dos complementos do verbo submeter.
12. (Cespe/TSE/Analista
Administrativo/2007)
Assinale
a
opção
que
apresenta fragmento de texto gramaticalmente correto. a)
“Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor”, destacou. O presidente lembrou de que a expectativa inicial era de chegar ao patamar de 90% dos votos totalizados em todo o país às 22 horas, mas o índice foi alcançado às 19 h 30 min.
b)
Ao responder uma questão sobre os resultados apontados na apuração do segundo turno presidencial, o ministro Marco Aurélio considerou que, “sem
dúvida
alguma,
a
diferença
maior
de
votos
resulta
por
legitimidade para o candidato eleito”. O ministro Marco Aurélio congratulou aos eleitores brasileiros que, mais uma vez, compareceram às urnas para exercer “esse direito inerente à cidadania, que é o direito de escolher os representantes”.
(...) 7
vêm
Desde se
impondo,
sistêmica a 10
predatórios
e
um
especialistas
ecossistema
necessidade
permitir 13
do
entre de
então, ou
não,
hipercomplexo
uma
mudança
irresponsáveis,
individuais
desenvolvimento
em nos e
sustentável,
a
compreensão
que
vivemos
e
comportamentos
coletivos, capaz
a de
fim
de
atender
às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura sobre a Terra.
88
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).
13. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo) O emprego do sinal indicativo de crase em “às necessidades” (l. 12) é obrigatório; a omissão desse sinal provocaria erro gramatical por desrespeitar as regras de regência estabelecidas pelo padrão culto da linguagem.
O
1
real
não
é
constituído
por
coisas.
Nossa
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4
isto
é,
de
objetos
físicos,
psíquicos,
culturais
oferecidos
à
nossa percepção e às nossas vivências. (...) Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
14. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relações de coerência e a correção gramatical do texto ao se inserir a preposição de logo depois da forma verbal “imaginar” (l.2), escrevendo-se: (...) imaginar de que o real (...).
O
1
da
poder
natureza,
político como
é
produto
postulava
de
uma
Aristóteles,
e
convenção, nasce
não
juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda
a
direitos
sua
liberdade
naturais,
natural,
a
consubstanciados
fim na
de
protegerem
propriedade,
os na
seus vida,
na liberdade e em outros bens. (...) Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
89
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 15. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correção gramatical do texto
e
a
coerência
entre
os
argumentos
ao
se
substituir
“consubstanciados” (l.5) por que consubstanciam.
A
1
naufraga
Organização em
um
dos
mar
de
Estados alternativas
Americanos regionais,
cujo
(OEA) acento
maior é a exclusão dos EUA. É o caso da proposta de uma 4
nova organização de países da América Latina e Caribe, que se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do Rio e a UNASUL. O poder de Washington já fora avisado
7
por
instituições
acadêmicas
norte-americanas
de
que
a
OEA
corre o risco de perder vigência. (...) Newton Carlos. Folha de S.Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
16. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em “de que a OEA” (l.7), o emprego de preposição “de” se deve à regência de “avisado” (l.6).
17. (Cespe/ME/Agente Administrativo/2008) Hoje, o que funciona em Educação
é
indicar
à
professora
o
que
realizar,
dando-lhe
a
oportunidade de escolher os próprios métodos.
O
1
real
não
é
constituído
por
coisas.
Nossa
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4
isto
é,
de
objetos
físicos,
psíquicos,
culturais
oferecidos
à
nossa percepção e às nossas vivências. (...) Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
90
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 18. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em “oferecidos à nossa percepção e às nossas vivências” (l.4-5) indica que “oferecidos” tem complemento regido pela preposição a.
O
1
Tratado US$ 4
A
Brasil de
19,6 decisão
e
Itaipu bilhões foi
o e
Paraguai uma
da
vão
possível
renegociação
hidrelétrica
tomada
discutir
com
durante
um
o
a
revisão da
Tesouro
encontro
dívida
do de
Nacional. entre
os
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando Lugo, paralelamente à Cúpula da América Latina e Caribe. (...) Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
19. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à Cúpula” (l.6) justifica-se pela regência de “paralelamente”, que exige preposição a, e pela presença de artigo definido feminino singular.
1
A
Alemanha
vai
enfrentar
a
pior
recessão
desde
a
2.ª Guerra Mundial e já planeja, para 2009, um novo pacote de estímulo à economia. (...) Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
20. (Cespe/IRBr/Bolsa-prêmio/2009) O sinal indicativo de crase em “à economia” (l.3) justifica-se pela regência de “planeja” (l.2) e pela presença de artigo definido feminino.
21. (Cespe/CEF/Técnico Bancário/2006) Julgue os seguintes itens quanto à concordância e à regência.
91
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 12% de desconto no IR, incidente sobre os rendimentos alcançados com a aplicação dos recursos, são permitidos aqueles contribuintes que tem aplicação no PREVINVEST da CAIXA.
Creio
1
que
argumento científica 4
termos pode
7
que
os
têm
tido
um
utilização obtidos.
questionar,
conhecimentos nocivas
à
evidência
de
da
científicos
há
investimentos retorno
para Por
o
social
creio
com
finalidades
natureza,
mas
em
do
pesquisa
dos
à
em
progressos
também
quanto
à
favor
compensador
somente
científicos e
bastante
lado,
em
públicos
bem-estar
outro
não
humanidade
contundente
que
se
aplicação
de
destrutivas
ou
também
quanto
à
distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade. (...) Samuel Macdowell. Responsabilidade social dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.º 3, São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações).
22. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009)
As
ocorrências
de
crase
em
“à
aplicação” (l.6) e “à humanidade e à natureza” (l.8) justificam-se pelo uso obrigatório da preposição a nos complementos de “questionar” (l.6).
23. (Cespe/TSE/Analista
Administrativo/2007)
Assinale
a
opção
que
apresenta fragmento de texto gramaticalmente correto. O
presidente
do
“aprimoramento”
do
TSE,
Marco
processo
Aurélio
eleitoral
de
Mello,
eletrônico
atribuiu
ao
avelocidade
da
totalização dos votos. Nesta última eleição, oTSE bateu o recorde
92
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 histórico, alcançando a totalização de 90% dos votos às 19 h. Às 21 h 15 min, já haviam sido apuradas 99% das urnas.
Trabalho escravo: longe de casa há muito mais de uma semana (...)
“Não
conseguia
dormir
direito por não conseguir juntar dinheiro sequer para retornar 19
à
minha
fazenda
cidade no
e
rever
município
a
família”,
paraense
de
relatou.
Piçarras
foi
Quando fiscalizada
uma em
junho deste ano, Copaíba foi localizado pelo Grupo Móvel, 22
resgatado
e
recebeu
de
indenização
trabalhista
mais
de
R$ 5 mil. Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 40-2 (com adaptações).
24. (Cespe/MTE/Administrador/2008)
O
sinal
indicativo
de
crase
em
‘retornar à minha cidade’ (l. 18-19) é facultativo e a sua omissão preservaria os sentidos do texto e a correção das estruturas lingüísticas.
25. (Cespe/ME/Agente Administrativo/2008) Julgue os fragmentos de texto apresentados nos próximos itens com relação à regência e ao emprego do sinal indicativo de crase. a)
Parece que a Educação anda bem atrasada em relação à outras áreas do conhecimento.
b)
Antigamente, dizia-se à uma mestra exatamente o que ela deveria fazer e como deveria de proceder; existia um currículo bem específico e fechado.
93
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 (...) O
10
de
aumento
transferência
de
do
emprego
renda
e
continuam
a
os
programas
beneficiar
mais
as
famílias que ganham menos, cujo consumo tende a aumentar 13
proporcionalmente mais do que o das famílias de renda mais alta. A oferta de crédito, igualmente, atinge mais diretamente essa faixa.
O Estado de S. Paulo, 7/4/2008 (com adaptações).
26. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Em “tende a aumentar” (l. 12), não há sinal indicativo de crase porque antes de forma verbal não se emprega artigo definido feminino.
(...) 7
Mundial
Pelo de
Gases
acordo, que
Registro
denominado
Causam
o
Efeito
Estufa,
as
multinacionais passam a informar o seu grau de poluição do meio ambiente, 10
cobram
atendendo mais
empresas 13
são
a
transparência responsáveis
expectativas sobre pela
o
emissão
de tema. de
acionistas, Juntas, 800
que essas
milhões
de
toneladas de dióxido de carbono por ano, o que representa cerca de 5% das emissões mundiais. O Globo, 23/1/2004, p. 30 (com adaptações)
27. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2004) Caso se optasse por às expectativas em lugar de “a expectativas” (l. 9), o período em que se encontra essa expressão continuaria atendendo às exigências da norma culta escrita.
94
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 28. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2004) Serão respeitadas as regras gramaticais se for utilizado o sinal indicativo de crase no “a” que precede “informar” (l. 8).
É opinião unânime entre os analistas políticos que, até agora,
1
o
melhor
Silva 4
desempenho
está
grande
se
êxito
presidente
dando foi
a
venezuelano
do
governo
no
campo
Luiz
Inácio
diplomático.
intermediação
do
Hugo
e
Cháves
Lula
O
primeiro
conflito seus
da
entre
o
opositores.
O
segundo grande êxito dessa política refere-se às negociações 7
para
a
(ALCA).
criação Na
da
última
Área
de
conferência
Livre
Comércio
da
das
Organização
Américas
Mundial
do
Comércio (OMC), realizada no balneário mexicano de Cancun, 10
o
Itamaraty,
diplomacia
manobrando
internacional,
habilmente
impediu
que
nos
os
meandros
Estados
da
Unidos
da
América (EUA) escondessem seu protecionismo ferrenho atrás 13
da
propaganda
do
livre
comércio,
que
constitui
a
justificativa
para a formação da ALCA. O mais recente êxito de Lula na ordem internacional foi o discurso proferido na Assembléia 16
Geral
da
Organização
das
Nações
Unidas
(ONU),
em
Nova
Iorque, quando propôs a criação de um comitê de chefes de 19
Estado para dinamizar as ações de combate à fome e à miséria em todo o mundo. Plínio de Arruda Sampaio. Política externa independente. In: Família Cristã, ano 69, n.º 815, nov./2003, p. 28-9 (com adaptações).
29. (Cespe/MJ/DPRF/Policial Rodoviário Federal/2004) Na linha 6, o sinal indicativo de crase deve ser mantido, caso se prefira a redação refere-se à negociações.
95
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4
30. (Cespe/MJ/DPRF/Policial Rodoviário Federal/2004) Os sinais indicativos de crase em “combate à fome e à miséria” (l. 18) podem ser eliminados sem prejuízo para a correção do período.
Considerando que os fragmentos apresentados nos próximos dois itens constituem partes sucessivas de um texto de Jamil Chade (O Estado de S. Paulo, 18/12/2008), julgue-os quanto à correção gramatical. 31. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A notícia obrigou a chanceler Angela Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que será implementado à partir de janeiro. O pacote incluiria bilhões de euros para obras de infraestrutura, comunicações e renovações de escolas.
32. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Ataques à Merkel estão fazendo que ela perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60 bilhões e incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda é vista como tendo hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate a crise.
Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de O Globo (18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. 33. (Cespe/IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte, afirmando que “o volume de petróleo que entra no mercado continua bem acima da demanda atual”. Além disso, “o impacto da grave retração da economia global levou a destruição da demanda, resultando em uma pressão de queda com os preços sem precedentes”.
96
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Texto para os itens 34 a 42 Considere que Juarez Alencar candidato ao cargo de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, desejando dedicar-se integralmente ao estudo dos conteúdos que seriam exigidos nas provas do respectivo concurso, tenha redigido, em tom gracioso, a seguinte carta para sua noiva. BSB, 8/3/2009. Excelentíssima Senhorita: 1.
O
abaixo-assinado,
preparatórios férrea
de
público, a
para se
Vossa
concursos
tornar
vem,
mui
Senhoria
aluno públicos,
brevemente
respeitosamente, que
se
compulsivo dotado
de da
um
eminente
por
meio
inscreveu
para
o
cursos
esperança funcionário
desta
informar
provimento
de
vaga no cargo de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, e, por esse
relevante
noivado se
que
dedicar
motivo, mantém
suspende com
integralmente
a
ao
por
tempo
Excelentíssima
indeterminado Senhorita,
o
para
estudo
das
matérias
constantes
para
manifestar-lhe
também,
do respectivo edital. 2.
Aproveito
outrossim, minhas
a
o
ensejo
intenção
funções
de
de
noivo
retomar, junto
a
tão Vossa
logo
seja
aprovado,
Excelentíssima,
haja
visto o grande amor que te devoto. 3.
Reitero protestos de estima e consideração. J.A.Cabral JUAREZ ALENCAR CABRAL
97
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 34. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma de identificação do signatário da carta coincide com a recomendada para as comunicações oficiais, que deve conter os seguintes elementos: a assinatura do remetente, a linha contínua para se apor a assinatura, o nome da autoridade que expede a comunicação grafado em maiúsculas e o alinhamento centralizado.
35. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O fecho que consta na carta — empregado durante muito tempo em expedientes oficiais de variada natureza — é permitido, atualmente, somente em mensagens cujo signatário
seja
servidor
que
se
dirija
a
ocupante
de
cargo
imediatamente superior.
36. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A variedade de tratamento verificada na carta, tanto no emprego de pronomes pessoais quanto no de pronomes de tratamento, não deve ocorrer em documentos oficiais, pois compromete a modalidade de linguagem que deve ser empregada em redação oficial.
37. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A carta, apesar de escrita em tom jocoso, segue a norma de numeração que deve ser aplicada aos parágrafos contidos no texto do padrão ofício, princípio que tem o objetivo de facilitar a alusão a qualquer informação do documento.
38. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Caso se tratasse de ofício expedido em repartição pública, a carta teria de sofrer várias alterações. Uma delas é a necessidade de fazer constar, à margem esquerda superior, o
98
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 tipo e o número do expediente, seguidos da sigla do órgão que o expede.
39. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A indicação de “local e data” da carta está em conformidade com as normas do padrão ofício expostas no Manual de Redação da Presidência da República.
Em relação a expressões e palavras empregadas na carta, julgue os itens seguintes. 40. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009)
No
segundo
parágrafo,
seria
adequado substituir “haja visto” por qualquer uma das seguintes expressões: dado, tendo em vista, haja vista.
41. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No segundo parágrafo, o advérbio “outrossim”, frequente em expedientes oficiais, está empregado de forma redundante por estar antecedido do advérbio “também”.
42. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A expressão “vem (...) por meio desta”, utilizada no primeiro parágrafo, apesar de ser considerada redundante em comunicações oficiais, tem seu emprego recomendado quando se quer assegurar o entendimento correto do texto.
Julgue os itens de 43 a 47 quanto ao emprego da norma escrita formal em comunicações oficiais.
99
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 43. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Ambas as construções serão tidas como corretas, se figurarem em um expediente oficial: 1. Esses são os recursos de que o Estado dispõe. 2. O Governo insiste que a negociação é importante.
44. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Considerando-se que a mesóclise é desaconselhável em expedientes oficiais, é preferível iniciar período com a construção “Lhe enviaremos mais informações oportunamente” a iniciá-lo
com
a
construção
“Enviar-lhe-emos
mais
informações
oportunamente”.
45. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foram empregadas com correção semântica todas as palavras sublinhadas nos seguintes períodos: Optou-se por uma dissensão lenta e gradual ao se reintroduzir o país ao Estado de Direito. Tratar o público com distinção é obrigação de todo atendente de repartição pública. A discussão do projeto de lei tornou-se acirrada quando afloraram as distensões nas hostes oposicionistas.
46. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na elaboração de texto oficial, como norma geral, deve ser evitada a repetição de palavras, buscando-se sinônimo ou termo mais preciso para substituir a palavra repetida. No entanto, se a substituição comprometer a inteligibilidade e a coesão do texto, recomenda-se manter a repetição.
47. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Estão corretamente empregados os homônimos
destacados
em
negrito
no
seguinte
período:
A
administração de um medicamento raramente prescrito no Brasil acabou de ser proscrita nos EUA. 100
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A respeito da redação de expediente, julgue os próximos itens. 48. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatário seja um diretor de um órgão público, deverão ser empregados
o
vocativo
“Senhora
Senadora,”
e
o
pronome
de
tratamento “Vossa Excelência”, devendo estar flexionados no feminino os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica no seguinte enunciado: “Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sessão.”
49. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O envio de documentos, quando urgente, pode ser antecipado por fax ou por correio eletrônico, sendo recomendados o preenchimento de formulário apropriado (folha de rosto), no caso do fax, e a certificação digital, no caso do e-mail.
50. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No caso de relatório que requeira providências a serem tomadas, um dos fechos recomendados é o seguinte: Esperando que o relatório expresse fielmente os fatos, pede deferimento.
Considere
que
um
servidor
do
DETRAN/DF
tenha
redigido
um
documento oficial para convidar um embaixador a proferir palestra no órgão e que o trecho abaixo componha tal documento. Memo n.o 6/DIR Em 8 de março de 2009. Excelentíssimo Senhor MARK JERTRUTZ, 101
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Convido sede
do
Vossa
DETRAN/DF
Excelência sobre
as
para
proferir
medidas
palestra
tomadas
em
na
vosso
país para melhorar as condições de trânsito nas grandes cidades. Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens. 51. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foi adequada a escolha da forma memorando,
visto
que
o
convite,
geralmente,
constitui
uma
comunicação curta.
52. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Atende às normas de elaboração do memorando o emprego do vocativo com o nome do embaixador.
53. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Atende à prescrição gramatical o emprego do pronome possessivo “vosso” no corpo do texto, dado que o tratamento empregado foi Vossa Excelência.
Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizarse pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da Presidência da República, 2002), cada um dos itens seguintes apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. 54. (Cespe/MRE-IRB/Bolsas-prêmio/2009) Nas últimas décadas, assistimos à uma evolução significativa dos esforços de promoção e proteção dos 102
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 direitos humanos. Em muitos aspectos o mundo melhorou em relação ao que era a sessenta anos. Essa mudança tem tudo que ver com uma maior consciência a respeito da necessidade de reconhecer e respeitar os direitos humanos para todos.
55. (Cespe/MRE-IRB/Bolsas-prêmio/2009) A legislação sobre os direitos humanos têm-se ampliado tanto na temática como na abrangência geográfica. Hoje os direitos humanos é reconhecido como universais, interdependentes,
inter-relacionados,
indivisíveis
e
mutuamente
sustentáveis.
Com referência à redação de correspondências oficiais, julgue os itens a seguir. 56. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Documentos oficiais em forma de ofício, memorando, aviso e exposição de motivos têm em comum, entre outras características, a aposição da data de sua assinatura e emissão, que deve estar alinhada à direita, logo após a identificação do documento com o tipo, o número do expediente e a sigla do órgão que o emite.
57. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Desconsiderando-se as margens e os espaços adequados, respeitam as normas de redação de um documento oficial encaminhado por um chefe de seção a seu diretor o seguinte trecho, contendo o parágrafo final e fecho de um ofício. (...) 4.
Por fim, por oportuno informamos que as
103
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 providências
tomadas,
e
aqui
mencionadas,
também já são do conhecimento das partes envolvidas. Atenciosamente [assinatura] Pedro Álvares Cabral Chefe da seção de logística e distribuição de pessoal (SLDP).
Multas 1
Arrecadei
mais
de
dois
contos
de
réis
de
multas.
Isto prova que as coisas não vão bem. E 4
não
irregularidades produziram referem-se
7
se
pessoas
esmerilharam
passam soma
a
ofendidas,
despercebidas.
considerável
prejuízos de
contravenções. para
individuais ordinário
e
As um
foram
gente
Pequeninas
infrações orçamento denunciadas
que exíguo pelas
miúda,
habituada
injustiças.
Isto
a
sofrer a opressão dos que vão trepando. Esforcei-me 10
por
não
cometer
não
obstante, atiraram as multas contra mim como arma política. Com inabilidade infantil, de resto. Se eu deixasse em paz o
13
proprietário que abre as cercas de um desgraçado agricultor e lhe transforma em pasto a lavoura, devia enforcar-me. Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. Record/Fundaç ão de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
58. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Tendo a situação que envolve o texto como referência e considerando as recomendações
104
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 atuais para o envio de documentos formais de uma autoridade a outra, assinale a opção correta. (A) O ofício é o tipo de expediente mais adequado para o encaminhamento do relatório ao governador. (B) Na correspondência de encaminhamento do relatório ao governador do estado, estaria adequado o emprego do vocativo Caro Amigo. (C) Em atendimento ao princípio de concisão textual, constitui fecho adequado para o documento de encaminhamento do relatório a expressão Com elevados protestos de estima e consideração. (D) A correspondência deve ser endereçada do seguinte modo: A Vossa Excelência o Excelentíssimo Senhor Dr. Fulano de Tal Governador do estado de Alagoas (CEP) – Maceió – AL
59. (Cespe/Antaq/Especialista: Economia/2009) Respeitam-se as normas relativas à redação de documentos oficiais ao se finalizar um atestado ou uma declaração da maneira apresentada a seguir. Atenciosamente, (assinatura) Fulano de Tal Brasília, 15 de março de 2009
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X Edital n.º 1–TJX, de 14 de janeiro de 2001 CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO 105
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4
1
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X torna pública a autorização do
Presidente do TJX para a realização de Concurso Público para Provimento de 200 cargos de Analista Judiciário criados pela Lei n.º 10.000, de 10 de dezembro de 2000, e de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias. 2
O Edital de Abertura de inscrição deverá ser publicado em Abril de
2001 e disporá sobre as normas de realização do concurso. Joaquim da Silva Xavier Presidente do concurso A partir do texto hipotético acima, julgue os três itens seguintes. 60. (Cespe/TCU/AFCE/2010) O uso das letras iniciais maiúsculas no corpo do documento respeita as normas de elaboração de documentos oficiais ao seguir as regras gramaticais do padrão culto da língua portuguesa, escrevendo com iniciais maiúsculas os nomes tratados como únicos e singulares.
61. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Apesar de nomear o emissor do texto pelo nome próprio, o documento não fere o princípio da impessoalidade exigido nos documentos oficiais.
62. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Trechos com informações vagas, como “e de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias”, e com uso de tempo verbal de futuro, como “deverá ser publicado” e “disporá sobre”, provocam falta de clareza e concisão, características estas que devem ser respeitadas nos documentos oficiais. 106
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63. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) A impessoalidade que deve caracterizar a redação oficial é percebida, entre outros aspectos, no tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um órgão público.
64. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) Na comunicação oficial, o emprego da língua em sua modalidade formal decorre da necessidade de se informar algo o mais claramente possível, de maneira concisa e não pessoal, sendo imprescindível, seja qual for o destinatário, o emprego dos termos técnicos próprios da área de que se trata.
65. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) O fecho das comunicações é obrigatório em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da relação hierárquica existente entre o remetente e o destinatário.
107
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 GABARITO 1.
Item errado
29. Item errado
2.
Item certo
30. Item certo
3.
Item certo
31. Item errado
4.
Item certo
32. Item errado
5.
Item certo
33. Item errado
6.
Item errado
34. Item errado
7.
Item errado
35. Item errado
8.
Item errado
36. Item certo
9.
Item certo
37. Item errado
10. Item anulado
38. Item certo
11. Item certo
39. Item errado
12. Itens errados
40. Item certo
13. Item errado
41. Item certo
14. Item errado
42. Item errado
15. Item errado
43. Item certo
16. Item certo
44. Item errado
17. Item certo
45. Item errado
18. Item certo
46. Item certo
19. Item certo
47. Item
20. Item errado
certo
(julgo
que
a
anulação seria melhor)
21. Item errado
48. Item certo
22. Item errado
49. Item certo
23. Item certo
50. Item errado
24. Item certo
51. Item errado
25. Itens errados
52. Item errado
26. Item certo
53. Item errado
27. Item certo
54. Item errado
28. Item errado
55. Item errado 108
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 4 56. Item certo 57. Item errado 58. A 59. Item errado 60. Item errado 61. Item certo 62. Item errado 63. Item certo 64. Item errado 65. Item errado
109
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Seja bem-vindo(a) à nossa quinta aula do curso de exercícios para o TCU! Hoje trataremos da sintaxe da oração e do período. Faremos isso dividindo o conteúdo em duas partes. Na primeira, estudaremos os termos da oração; na próxima, as orações em si mesmas. Os exercícios de provas anteriores estão igualmente separados. E por falar em “período” e “oração”, você se lembra de como identificar um(a)? Sabe também diferenciar oração de frase? Veja os exemplos seguintes e responda ao que se pede. a) – Bom dia, senhor Miguel! Tudo bem? b) – Sim, está tudo bem comigo, obrigado. Então, quantas frases, orações e períodos existem no diálogo acima? Se você respondeu: “três frases, uma oração e um período” acertou. Se respondeu algo diferente disso, precisa entender que: frase é todo enunciado que possui sentido completo, capaz de transmitir uma informação satisfatória para a situação em que é utilizado. Assim sendo, na fala do primeiro personagem existem duas frases: a primeira é encerrada pelo ponto de exclamação; a segunda, pelo ponto de interrogação. Na fala do segundo personagem existe apenas um enunciado, isto é, uma frase, que é delimitada pelo ponto. O conceito de frase é, portanto, bastante abrangente, incluindo desde estruturas linguísticas muito simples até estruturas complexas: – Ai! – Durante algum tempo, vivi no Rio de Janeiro. As frases de maior complexidade normalmente se organizam a partir de um ou mais verbos (locuções verbais). À frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração. Portanto, o primeiro enunciado não caracteriza uma oração, já que nele não www.pontodosconcursos.com.br
1
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 há verbo. A segunda fala, observe, se organiza em torno da forma verbal “está” e constitui a única oração do diálogo. A frase organizada em orações constitui o período, que pode ser simples (formado apenas por uma oração) ou composto (formado por mais de uma oração). Atente para o fato de que o final do período é marcado por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação, e não por vírgula ou ponto-e-vírgula. Veja os exemplos: Vive-se um momento social delicado. (período simples, uma só oração). Ele estuda, trabalha e pratica esporte. (período composto, três orações). Guarde esses conceitos, principalmente o de período, pois na segunda parte da aula, ao tratarmos das orações, será necessário estabelecer
distinção
entre
período
composto
por
coordenação,
por
subordinação e período misto. Por enquanto, limitemo-nos aos termos da oração. E só faz sentido falar deles quando estivermos diante de uma oração. TERMOS DA ORAÇÃO O organograma abaixo é uma apresentação sistemática e resumida do que entendemos por termos da oração. TERMOS DA ORAÇÃO Essenciais 1 - Sujeito
Integrantes 1 – Complemento verbal
Acessórios 1 – Adjunto adverbial
2 - Predicado
2 – Complemento nominal
2 – Adjunto adnominal
3 – Agente da passiva
3 – Aposto
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2
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Está na hora de nos exercitarmos um pouco. Vamos às questões de provas anteriores!
Texto 1 O que é o que é? Se
recebo
um
quem
não
gosto
1
de
presente —
dado
como
se
com
carinho
por
o
sinto?
chama
que
pessoa Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 4
gente
—
ocupado,
como
se
e
repente
de
chama
essa
parar
mágoa
por
ter
e sido
esse
rancor?
tomado
por
Estar uma
desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 7
chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
1.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Nos segmentos “— como se chama o que sinto?” (l. 2) e “e que não gosta mais da gente” (l. 3-4), os pronomes relativos exercem a mesma função sintática.
Comentário – O primeiro passo é isolarmos as orações que os pronomes relativos integram: (1) [que sinto] (2) [e que não gosta mais da gente]. O segundo passo é identificarmos os termos aos quais os pronomes relativos fazem referência. Esses termos encontram-se, via de regra, anteriores aos próprios pronomes relativos e são conhecidos como
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3
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 termos antecedentes. O pronome relativo de (1) se refere ao termo “o” (= aquilo), pronome demonstrativo, presente na oração (3) [como se chama o]. O pronome relativo de (2) se refere ao termo “uma pessoa” presente na oração (4) [Uma pessoa de quem não se gosta mais]. O terceiro passo é substituirmos os pronomes relativos pelos termos a que fazem referência, reescrevendo a oração subordinada adjetiva preferencialmente na ordem direta: (1.1) [sinto aquilo] (1.2) [e uma pessoa não gosta mais da gente] Ao analisarmos as funções sintáticas dos termos “aquilo” e “uma pessoa”, verificamos que exercem, respectivamente, as funções de objeto direto da forma verbal “sinto” e de sujeito da forma verbal “gosta”. Dessa forma, descobrimos também as funções sintáticas que a banca examinadora nos propõe, visto que os pronomes relativos são seus correspondentes semânticos nas orações em que surgem. Resposta – Item errado.
2.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação” (l. 5-6), a preposição “por” introduz termo com valor causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda.
Comentário – Na primeira ocorrência, a preposição “por” integra o adjunto adverbial (“por ter sido tomado por uma desocupação”) que denota a causa ou o motivo do processo verbal indicado por “parar”.
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4
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Acontece que, no mesmo segmento, surge o que se denomina de voz verbal passiva analítica: “ter sido tomado” (note que a locução verbal é composta pelos auxiliares “ter sido” que acompanham o principal “tomado”, que assume a forma nominal característica de particípio). Nesse tipo de voz, o elemento que indica o agente desencadeador do processo verbal é classificado de agente da passiva. Esse termo da oração surge sempre preposicionado. E no caso em análise, a preposição que o introduz é justamente a preposição “por”. Resposta – Item certo. Texto 2 Canção do Ver (fragmento) 1
Por viver muitos anos dentro do mato Moda ave
4
O menino pegou um olhar de pássaro –
7
Contraiu visão fontana. Por forma que ele enxergava as coisas
10
Por igual como os pássaros enxergam. As coisas todas inominadas.
13
Água não era ainda a palavra água. Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. As palavras eram livres de gramáticas e
16
Podiam ficar em qualquer posição. Por forma que o menino podia inaugurar.
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5
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Podia dar às pedras costumes de flor. Podia dar ao canto formato de sol. 19
E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a [palavra abelha e entrar dentro dela. Como se fosse infância da língua. Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
3.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “Por viver muitos anos/dentro do mato” (v. 1-2) e “ele enxergava/as coisas/Por igual” (v. 7-9), a preposição “Por”, nas duas ocorrências, introduz uma circunstância de modo nos períodos em que se insere.
Comentário – Novamente estamos às voltas com a preposição “por”. No primeiro caso, ela introduz oração de valor semântico adverbial que comunica a causa de “o menino” ter adquirido “um olhar de cobra”. A compreensão dessa circunstância seria facilitada se colocássemos o período na forma direta: O menino pegou um olhar de cobra por viver muitos anos dentro do mato. Em sua segunda ocorrência, a preposição “por” realmente indica o modo como o personagem “menino” via as coisas. A expressão “por igual” constitui uma locução adverbial formada por preposição e adjetivo. Pode, sem problema algum, ser substituída por igualmente. Resposta – Item errado. Texto 3 A diferença na linguagem 1
“Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos
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6
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 acentos, 4
muitos
dos
quais
fazem
alguma
distinção
ou
evitam
algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” (...) Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
4.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em suas duas ocorrências, a forma verbal “fazem” (l. 2 e l. 3) concorda com sujeitos distintos.
Comentário – A essa altura, você já deve saber que o verbo da oração concorda em número e pessoa com o sujeito dela. Isso quer dizer, por exemplo, que o verbo deverá ficar na terceira pessoa do plural se o sujeito também o estiver. É o que acontece com a forma verbal “fazem”. Resta, então, identificar os sujeitos das duas ocorrências dela. Em seu primeiro emprego, a forma verbal “fazem” tem por sujeito o termo “os gramáticos”, que inicia o período. Note que ele não aparece materialmente expresso na mesma oração da qual o verbo “fazem” é parte integrante, mas é subentendido pelo contexto. São “os gramáticos” quem fazem uso dos acentos referidos no texto. A segunda ocorrência da forma verbal “fazem” tem como sujeito a expressão partitiva “muitos dos quais”. Note que, nela, há a presença do pronome relativo “os quais”, representante semântico do substantivo “acentos”. Escrita de outra maneira, a passagem poderia ficar assim: muitos dos acentos fazem alguma distinção... Resposta – Item certo. Toda
1
de
4
a
penetrar
organização
e
partir
que
do
superfície:
questão os
conhecimento,
fenômenos
seu
aquela
do
e
funcionamento,
se
deve
que
se
dizer pode
denominar dedica
como
desejo
sua
lógica,
ser uma
a
tratar
pensada filosofia crítica
a de e
analiticamente o mundo das superfícies. (...)
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7
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
5.
(Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2009) Nas linhas de 1 a 3, o trecho “como desejo (...) funcionamento” tem a função de explicar ou
definir
como
o
“conhecimento”
deve
ser
entendido
no
desenvolvimento do texto. Comentário – Observe que o trecho em destaque é termo de caráter nominal relacionado a substantivo, para explicá-lo, esclarecê-lo, desenvolvêlo. Isso o faz lembrar algo? Sim, o aposto! Essa é a função sintática do trecho analisado. Facilitarei um pouco as coisas para você. Aposto Î é termo de caráter nominal que se junta a um substantivo,
ou
a
qualquer
palavra
substantivada,
para
explicá-lo,
especificá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo, classificando-se em: a)
explicativo: O professor, um homem muito estudioso,
escreveu vários livros. b)
especificativo: A cidade de Paracambi é linda.
c)
enumerativo:
Ele
reivindicava
várias
coisas:
melhor
salário, assistência médica e redução da carga horária. d)
distributivo: Havia várias pessoas: umas tristes, outras
e)
resumitivo ou recapitulativo: Amor, alegria, saudade, tudo
alegres. era paixão. O aposto também pode vir representado por uma oração (oração subordinada substantiva apositiva). Só quero uma coisa: que vocês estudem. Sintaticamente, o aposto equivale ao termo a que se refere (sujeito, predicativo, complemento verbal, complemento nominal, agente da passiva, etc.).
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8
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5
Ela, Dora, foi muitíssimo discreta. Suj
As escrituras eram duas: a da hipoteca e a da venda das propriedades.
Pred. do Suj.
O aposto especificativo não vem marcado por sinais de pontuação (dois-pontos, vírgulas, travessão). Esse tipo de aposto é, normalmente, um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de preposição. A cidade de Lisboa é linda. O cantor Caetano Veloso foi premiado novamente. O mês de maio é o mês das noivas. Resposta – Item certo. (...) Rigorosamente,
19
todas
estas
notícias
são
desnecessárias
para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual 22
não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de haver alguma; tudo depende das circunstâncias, regra que
25
tanto
serve
para
o
estilo
como
para
a
vida;
palavra
puxa
palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um 28
governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies. (...) Machado de Assis. Primas de Sapucaia. In: 50 contos de Machado
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9
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 250-1
6.
(Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2008) Em relação às estruturas lingüísticas do texto, assinale a opção correta.
A.
Na expressão “Há de haver” (l. 23-24), verifica-se o emprego
impessoal do verbo haver na forma “Há”. B.
No trecho “assim se faz um livro” (l. 26), a expressão “um livro”
exerce a função de sujeito. Comentário – A alternativa A traz uma locução verbal: “Há de haver”. Em construções semelhantes, o último verbo (“haver”) é o principal, e o primeiro é o seu auxiliar (“Há”). O verbo principal sendo pessoal, isto é, possuindo um sujeito, obriga o verbo auxiliar a flexionar-se para concordar com o sujeito. Em outras palavras, a pessoalidade do verbo principal é refletida no seu verbo auxiliar. Existirão oportunidades melhores. Sujeito
Hão de existir oportunidades melhores. Sujeito Simples
Quando o verbo principal for impessoal, ou seja, empregado sem referência a um sujeito (e esse é o caso do verbo HAVER empregado com sentido de EXISTIR), o seu verbo auxiliar também assumirá essa impessoalidade. Significa dizer que a locução permanecerá invariável, impessoal, em oração sem sujeito ou de sujeito inexistente. Haverá oportunidades melhores. Objeto Direto
Há de haver oportunidades melhores. Objeto Direto
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10
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 A respeito da alternativa B, melhor seria atribuir a toda a expressão “um livro, um governo, ou uma revolução” como sujeito do verbo “faz”, o qual se encontra na voz passiva sintética ou pronominal. Por via das dúvidas, faça a transformação para a passiva analítica ou verbal: “...e assim é feito um livro, um governo, ou uma revolução...” Sujeito Composto
Perceba que temos um caso de sujeito composto com três núcleos: “livro”, “governo” e “revolução”. Resposta – O gabarito da prova apresentou a alternativa B como correta. Pelo exposto, entendo que a melhor resposta encontra-se na alternativa A.
Dentro
1
de
um
mês
tinha
comigo
vinte
aranhas;
no
mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. (...) Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
7.
(Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” (l. 1).
Comentário – O verbo TER, na linguagem normativa, não pode ser empregado no lugar de HAVER e de EXISTIR. Além disso, o sujeito da oração não é a expressão “vinte aranhas”, conforme afirma a banca examinadora. É, sim, representado pelo pronome pessoal do caso reto EU, primeira pessoa do singular e oculto no período. Resposta – Item errado.
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11
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Nós,
1
países
chefes
Bolívia, como
a
cidade o
de
nos
unem,
e
de
nosso
diálogo,
aprofundando
e
de
reunidos
Comunidade
fórum
político, que
na
reiteramos
fortalecer
7
Estado
ibero-americanos,
Ibero-Americana, 4
de
os
Governo
na
Santa
XIII Cruz
propósito
de
cooperação
admitindo,
e
la
Sierra,
continuar de
a
Nações
concertamento
históricos ao
21
Conferência
de
Ibero-Americana vínculos
dos
e
mesmo
culturais
tempo,
as
características próprias de cada uma das nossas múltiplas 10
identidades,
que
permitem
reconhecer-nos
como
uma
unidade na diversidade. (...) Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações).
8.
(Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) O trecho “o nosso propósito de continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como fórum de diálogo, cooperação e concertamento político” (l. 4-7) complementa o sentido do verbo “reiteramos” (l. 4).
Comentário – O que venha a ser um complemento verbal? Sintaticamente, essa nomenclatura é atribuída aos objetos direto e indireto. Aquele complementa o verbo sem a obrigatoriedade de preposição, diferentemente deste, que é por ela regido. Logo, é necessário existir verbo transitivo para que o complemento apareça. Analise a regência do verbo REITERAR e você concluirá que seu significado semântico requer um complemento (reiteramos o que?). Na passagem analisada, a função de complemento da forma verbal “reiteramos” é desempenhada pelo trecho em destaque. Resposta – Item certo.
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12
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 O
1
ano,
consumo
das
tornando-se
famílias
deverá
dos
principais
um
crescer
7,5%
neste
responsáveis
pelo
crescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A 4
nova
estimativa
principais
do
mudanças
consumo nas
das
famílias
perspectivas
para
é a
uma
das
economia
brasileira em 2008 traçadas pela Confederação Nacional da 7
Indústria
em
relação
às
previsões
apresentadas
em
dezembro
do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado em 6,2%. O Estado de S.Paulo, 7/4/2008 (com adaptações).
9.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A partícula “se”, em “tornando-se” (l. 2), indica que o sujeito da oração correspondente é indeterminado.
Comentário – Há duas formas básicas de se indeterminar o sujeito da oração, lembra? A primeira delas é empregar um verbo na terceira pessoa do plural sem a indicação ou referência material no contexto do agente do processo verbal: Falaram que os novos diretores implementarão mudanças. É fácil perceber que o sujeito do verbo “implementarão” é o termo “os novos diretores”. Mas quem é o sujeito de “Falaram”? Não há, nessa frase, referência
a
quem
praticou
a
ação
verbal.
Optou-se
pela
sua
indeterminação. A outra forma de se conseguir o mesmo efeito é associar o pronome SE – que recebe a classificação de índice de indeterminação do sujeito – a verbos intransitivos (Morre-se de fome em muitos países africanos), transitivos indiretos (Obedece-se às leis neste país), de ligação (Fica-se feliz em ambientes harmoniosos). Na linha 2, estamos diante do verbo pronominal TORNAR-SE, isto é, conjugado com o apoio do pronome SE, que é parte integrante do verbo. Deve ficar bem claro que, embora estejamos diante de um verbo de
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13
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 ligação, o pronome SE não é índice de indeterminação do sujeito. Aliás, o sujeito (determinado, simples) da forma verbal em destaque é a expressão “O consumo das famílias”. Resposta – Item errado.
O avanço da publicidade na Internet Desde 2003, os gastos em publicidade na Internet quase
1
triplicaram no Brasil. A expansão se deve à elevação do número de usuários, das conexões em banda larga e do tempo de conexão. Por 4
mês, os brasileiros passam, em média, 22 horas e 43 minutos na rede. Apesar do crescimento, a Internet só 13 detém 2% do mercado publicitário do país. Veja, 4/7/2007 (com adaptações).
10. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2007) O fato de os termos “do número” (l. 2), “das conexões” (l. 3) e “do tempo” (l. 3) iniciarem-se com a mesma preposição indica que esses termos são complementos de “elevação” (l. 2). Comentário – Lembre-se de que “elevação” é substantivo abstrato e que, conforme explicação nas páginas 11-13, o termo preposicionado que complementa
seu
valor
semântico
classifica-se
como
complemento
nominal. Tal é o caso da expressão “do número” (“elevação do número”). Entretanto, os termos “das conexões” e “do tempo” vinculam-se ao substantivo
“número”
delimitando
o
seu
e
lhe
significado.
servem Em
de
outras
adjetivo, palavras,
especificando são
ou
verdadeiros
adjuntos adnominais em forma de locução adjetiva (preposição e substantivo).
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14
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 A fim de que você se sinta seguro na hora de identificar o CN e não o confundir com o adjunto adnominal (ADJ. ADN.), eis algumas dicas importantes: I.
Todo termo preposicionado que depende de advérbio
ou adjetivo é CN. Ela mora perto do curso. (CN) II.
Substantivo concreto não admite CN.
Comprei o livro de Machado de Assis. (ADJ. ADN.) III.
Todo termo que depende de substantivo abstrato
será CN se a preposição não for de. A alegria na paz é infinita. (CN) IV.
Caso a preposição seja de, o termo preposicionado
será CN quando sofrer a ação (termo paciente, ou o alvo do processo); e será ADJ. ADN. quando praticar a ação (termo que indica o agente ou a origem do processo). A descoberta da vacina foi benéfica. (CN – notem que a expressão “da vacina” indica o que foi descoberto). A descoberta do cientista foi benéfica. (ADJ. ADN. – agora, o termo “do cientista” expressa o agente da ação de descobrir). Resposta – Item errado.
(...)
A
democratização
no
século XX não
se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema 16
da
igualdade
atravessou,
com
maior
ou
menor
força,
as
chamadas sociedades ocidentais.
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15
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
11. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Em textos de normatização mais rígida do que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a contração de preposição com artigo, com em “da igualdade” (l.16), deve ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade, para que o sujeito da oração seja claramente identificado. Comentário – De fato, recomenda-se que o artigo que integra o sujeito do verbo (normalmente, este surge no infinitivo) não seja aglutinado à preposição que o antecede: “Está na hora de a onça beber água.” (certo) “Está na hora da onça beber água.” (errado) Mas no trecho indicado pelo Cespe, o sujeito do verbo “atravessou” está claramente identificado: “O tema da igualdade”. A locução adjetiva “da igualdade” pode ser analisada, isoladamente, como adjunto adnominal de “tema”, assim como o artigo “O”. Nesse caso, não há necessidade de desfazer a contração existente em “da” (de + a). Resposta – Item errado.
(...) À 13
luz
desses
entendimentos
é
que
os
direitos
humanos
devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, que traduzem as transformações e os avanços históricos da
16
humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e
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16
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos 19
de grupos sociais. Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos. Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações).
12. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14) retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14). Comentário – O sujeito (termo sintático) do verbo “traduzem” é mesmo o pronome relativo “que”. Este retoma o termo “direitos” (poderíamos falar aqui em sujeito semântico), expresso na linha 13 e oculto nas linhas 14 – “mas [direitos] que se constituem” – e 15 – “[direitos] que traduzem. Resposta – Item errado.
A
1
mais,
qualidade uma
do
destacada
ambiente fonte
urbano
de
torna-se,
cobrança
da
cada
população
vez sobre
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 4
de
São
Paulo
mudança
de
experimenta,
nos
últimos
anos,
comportamento
das
autoridades
uma
notável
municipais,
que
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. (...) É 19
avenida
preciso, Paulista
Paulistano, pelo 22
de
série
Datafolha, pessoas
que,
portanto,
que
o
espírito
seja
estendido
para
de
pesquisas
realizadas,
revelou nas
fatias
diversas
toda
a
blitz
cidade.
O
na DNA
ano
passado,
surpreendentemente
elevadas
regiões
da
no
da
cidade,
costumam
caminhar até o trabalho. (...) Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
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17
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 13. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego do pronome “se” (l.1) indica que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado. Comentário – Creio que você ainda se lembra de como indeterminar o sujeito da oração, não é mesmo? Não?!?! Bem, então me deixe ajudá-lo novamente: a)
colocando-se o verbo na terceira pessoa do plural, sem que haja referência a outro termo anteriormente identificado. Telefonaram para você. Gritaram muito.
b)
colocando
o
pronome
oblíquo
se
junto
a
verbos
de
ligação,
intransitivos, transitivos indiretos ou transitivos diretos cujos objetos diretos estejam preposicionados; os verbos ficam sempre na terceira pessoa do singular: Ficou-se feliz. Vive-se bem. Gosta-se de você. Bebeu-se
do
vinho.
(caso
a
preposição
fosse
retirada
– bebeu-se o vinho –, teríamos uma voz passiva sintética com sujeito representado pelo termo “o vinho”). Na linha 1, o pronome é parte integrante do verbo de ligação tornar-se, também conhecido como verbo pronominal; e não se confunde com o primeiro exemplo da letra “b”. Lá, o verbo ficar é de ligação, mas não é pronominal; o se é índice de indeterminação do sujeito, e não parte integrante do verbo.
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18
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Conclui-se que o sujeito da forma verbal “torna-se” (l. 1) é o termo “A qualidade do ambiente”, que está bem determinado, expresso no texto. Resposta – Item errado. 14. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 22, as vírgulas após as palavras “que” e “cidade” foram empregadas para se isolar adjunto adverbial de lugar deslocado. Comentário – Esta questão envolve também o conhecimento sobre a utilização de vírgula, assunto que ainda não foi tratado neste curso. Entretanto o exercício é útil para ratificar nosso conhecimento a respeito de adjuntos adverbiais. Lembre-se
de
que
adjunto
adverbial
denota
as
circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio. No texto, ele assumiu a forma locução e indica onde a ação de caminhar até o trabalho é habitualmente desenvolvida pelas pessoas. Resposta – Item certo.
(...) A 16
nos peso
exposição
três dos
das
primeiros bebês
gestantes
meses
ao
de
nascer,
à
gestação, um
dos
poluição, leva
à
principais
em
especial
diminuição
do
determinantes
da saúde infantil. As consequências mais imediatas — e 19
moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar das
metrópoles
são
logo
sentidas:
entupimento
das
vias
aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos. (...)
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19
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 35
O
poluente
probabilidade 37
(CO),
um
de
gás
associado
morte sem
cor
dos
fetos
nem
é
cheiro
à o
monóxido
que
resulta
maior de
carbono
da
queima
incompleta dos combustíveis. Como se vê, a qualidade do ar 40
é questão que merece atenção urgente dos administradores públicos. Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 21, as vírgulas utilizadas no interior do período que termina na palavra “olhos” têm a função de separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma enumeração. Comentário – Você já identificou a função sintática dos termos separados pela vírgula? Lembra-se do aposto, termo de caráter nominal que se refere a um substantivo – ou a qualquer palavra substantivada – para explicá-lo, especificá-lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo? Pois os termos – enumerados e coordenados entre si – esclarecem o significado do termo “consequências” Resposta – Item certo. 16. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O trecho “um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta dos combustíveis” (l.37-38) exerce a função de aposto. Comentário – Depois da revisão feita anteriormente, ficou fácil atestar a veracidade da informação. O termo apontado é aposto explicativo de “monóxido de carbono”. Resposta – Item certo.
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20
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Nos
1
quase
ocupação
e
500
anos
integração
que
do
durou
espaço
o
processo
nacional,
foi
de
plena
apresentada
sempre a construção de uma rede unificada de transportes 4
como a única forma de assegurar a integridade do território. Toa, se
7
o
foi
somente
manifestar isolamento
após
a
Independência
explicitamente, das
desenvolvimento
regiões
no
do
econômico.
Brasil,
país
que a
a
preocupação
como
Durante
começou
um
os
com
obstáculo governos
ao do
Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação 10
da
República,
brasileiros
significativo
elaborou
número
planos
de
brilhantes
detalhados
e
engenheiros
ambiciosos
de
transportes para o Brasil. Tendo como principal propósito a 13
interligação
das
constituição
distantes de
e
isoladas
uma
províncias
nação-Estado
com
vistas
à
verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 16
país
explicitavam
crescimento sistema 19
era
firmemente enormemente
nacional
desenvolvimento
dos
de
a
sua
inibido
crença pela
comunicações
transportes
constituía
de
que
o
ausência
de
um
de
que
o
e um
fator
crucial
para o alargamento da base econômica do país. (...) Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: (com adaptações).
17. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica sujeito indeterminado. Comentário – Você já aprendeu a indeterminar o sujeito e pode verificar que ele não ocorre no trecho indicado. O sujeito está muito bem determinado, porém aparece depois do verbo. Vamos colocar ordem na casa: “a preocupação com o isolamento das regiões do país como um
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21
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 obstáculo ao desenvolvimento econômico começou a se manifestar”. O termo sublinhado é o sujeito da locução verbal. Resposta – Item errado. 18. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (R.11) está no singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número” (l.10). Comentário – O sujeito é representado por toda a expressão “significativo número de brilhantes engenheiros brasileiros”. Nela, o termo central, nuclear, mais importante é o termo “número” (no singular). Em torno dele estão seus adjuntos adnominais. Vai aqui outra “colher chá”. Adjunto Adnominal Î é termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado do substantivo, podendo ser expresso por: a)
adjetivo: Compareceram pessoas interessadas.
b)
locução adjetiva: Era um homem de consciência.
c)
artigo: O mar era um lago sereno e azul.
d)
pronome adjetivo: Minha camisa é igual à sua.
e)
numeral adjetivo: Casara-se havia duas semanas.
f)
oração adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos, caíram-lhe
pelo rosto. Observação: o mesmo substantivo pode vir acompanhado por mais de um adjunto adnominal: As nossas primeiras experiências científicas fracassaram. Cuidado para você não confundir adjunto adnominal com predicativo do objeto, e vice-versa. Abaixo, separei algumas dicas para facilitá-lo a distinguir um e outro.
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22
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Assim
como
o
complemento
nominal,
o
adjunto
adnominal também é parte efetiva do mesmo termo que tem o substantivo como núcleo. Basta substituir esse termo por um pronome substantivo e perceber que o adjunto adnominal também desaparece: O novo método facilitou os alunos despreparados. AA
AA
AA
Núc. do Suj.
AA
Núc. do OD
Ele facilitou-os. OD
Suj.
A mesma substituição não pode ser feita para o predicativo do objeto: Sua atitude deixou seus amigos perplexos. AA
Núc. do Suj.
AA
Núc. do OD
POD
Ela deixou-os perplexos. Suj.
OD
POD
Resposta – Item certo. 19. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009)
A
preposição
em
“de
que
o
desenvolvimento” (l.18-19) é exigida pela regência da palavra “crença” (l.16). Comentário – Agora estamos diante de um complemento nominal, termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre preposicionado e indica o alvo ou o paciente
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23
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 do processo. A preposição conecta o substantivo abstrato “crença” ao seu complemento. Resposta – Item certo. ORAÇÕES Na segunda parte da aula, darei continuidade ao estudo sobre a sintaxe da oração e do período, mas agora com o foco voltado para a relação existente entre as orações. Será preciso lançar mão de conceitos sobre o que é uma oração e o que é um período. Lembra-se de que iniciei minhas explicações esclarecendo a diferença entre eles? Se você ainda tem dúvidas de reconhecê-los, deve reler o que eu disse no princípio. Se precisar, utilize também outros recursos didáticos (livros, apostilas, resumos etc.). Você perceberá que o Cespe não está dando ênfase às nomenclaturas das orações, mas sim ao valor semântico delas em relação ao período. De
início,
você
deve
observar
que
as
orações
surgem
organizadas em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou composto. Será simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou uma locução verbal), caso em que a oração será dita oração absoluta. Vive-se um momento social delicado. Os alunos continuam estudando. Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso em que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade (coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas. Eu vou à escola; você, à praia.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 A primeira observação a ser feita sobre o exemplo acima é que o verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela vírgula, já que esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda, perceba, é que as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a coordenação entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o elemento “co”, que traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras palavras, não há o exercício de uma função sintática (sujeito, objeto, adjunto adnominal etc.) por qualquer das orações do período. É necessário que vocês estudem. A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações: “É necessário” e “que vocês estudem”. Alguém já deve ter percebido que a primeira oração é constituída por um verbo de ligação (SER) e por um termo (“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde está o sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração (“que vocês estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque a frase na ordem direta: Que vocês estudem é necessário. Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom artifício: substitua a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim: Isso é necessário. Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela oração “Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha alguma função sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de subordinação. Note que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo “sub”, tradutor da noção de posição abaixo, dependência. Às vezes, em um mesmo período, as orações que o compõem articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Eu disse que trabalho e estudo. As
duas
últimas
orações
(“que
trabalho
e
estudo”)
subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o significado do verbo “disse” (o que?), exercendo a função sintática de objeto direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se à segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto, ou seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo. Orações Coordenadas Assindéticas
Sindéticas 1 – Aditiva 2 – Adversativa 3 – Alternativa 4 – Conclusiva 5 – Explicativa Orações Subordinadas Substantivas
Adverbiais
Adjetivas
1 – Subjetiva
1 – Causal
1 – Explicativa
2 – Predicativa
2 – Consecutiva
2 – Restritiva
3 – Objetiva Direta
3 – Condicional
4 – Objetiva Indireta
4 – Concessiva
5 – Completiva Nominal
5 – Comparativa
6 – Apositiva
6 – Conformativa 7 – Temporal 8 – Proporcional 9 – Final www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Passemos aos exercícios.
Um
1
lugar
funcionários
sob
são
o
comando
orientados
por
de
gestores,
metas,
têm
o
onde
os
desempenho
avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela 4
eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo — menos das
7
uma
escola
práticas
escolas
implantadas
estaduais
experiência
pública
chama
de a
brasileira. com
ensino atenção
Pois
sucesso médio pelo
essas em
de
são
um
algumas
grupo
de
Pernambuco.
A
impressionante
progresso
dos estudantes depois que ingressaram ali. (...) Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
20. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O termo “Pois” (l. 5) estabelece uma relação de causa entre as informações anteriores e as do período em que esse termo se apresenta. Comentário – Não tenho informações de quantos candidatos erraram este item, mas creio que foram poucos. Por quê? Porque a conjunção pois é frequentemente apresentada aos estudantes apenas como explicativa (= que, porque, porquanto) ou conclusiva (= logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, de modo que, em vista disso). Na maioria das vezes, dizemos que ela será explicativa quando surgir antes do verbo da oração a que pertence e conclusiva quando surgir depois dele e separada por vírgula. Não está errado; mas não é tudo, já que não devemos analisar uma oração simplesmente pela conjunção que a introduz. Antes, devemos perceber a relação semântica estabelecida entre ela e outra. Perceba que o conectivo “Pois” traz período que expressa noção de adversidade, ressalva em relação ao enunciado anterior. É como se www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 dissesse que, apesar da aparente impossibilidade – dadas as circunstâncias que envolvem a maioria das escolas publicas –, um grupo de escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco logrou êxito em suas práticas educacionais. Configura-se, assim, um caso em que a conjunção pois é claramente detentora de valor semântico adversativo, equivalendo-se às conjunções mas, porém, entretanto, no entanto, toa
.
Resposta – Item errado.
1
Um
Brasil
distante
das
com
desemprego
estatísticas
que
zero.
apontam
Um
para
Brasil
uma
bem
taxa
de
desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 4
mercado
de
trabalho
nas
mãos
de
empreendedores
locais,
formais e informais. (...) O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações).
21. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” (l. 2) é adjetiva explicativa. Comentário – A oração iniciada pelo pronome relativo “que” serve de adjetivo restritivo ao substantivo “estatísticas”, restringindo seu alcance semântico. Além disso, note que ela não está separada do segmento em que se inclui pela pontuação – característica das orações adjetivas explicativas. Resposta – Item errado.
1
Falei mesmo
4
de
tempo
esquisitices. a
capacidade
observação dos seus eleitoral. Assisti a uma
Aqui
está
política
uma,
deste
que
povo
e
prova a
ao
grande
legisladores. Refiro-me ao processo eleição que aqui se fez em fins de
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 7
porém,
diante
de
vícios
e
paixões,
que
as
leis
não
podem
eliminar. (...) Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
22. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego da vírgula após “paixões” (l. 7) justifica-se porque a oração subseqüente é explicativa. Comentário – A oração “que as leis não podem eliminar” expressa uma característica intrínseca do substantivo “paixões”, funcionando como um adjetivo explicativo. Sua retirada da frase em nada prejudica o conteúdo do texto. Ao se optar pela sua manutenção no período em que surge, deve-se separá-la do termo a que se refere pela pontuação. Resposta – Item certo.
O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação paralela, realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito oficial. Opções adaptadas. Internet: .
23. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que não representa continuação coesa e coerente para o trecho acima. Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições, o TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de locais em que foram verificados problemas.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Comentário – Notou que estamos diante de período introduzido pela conjunção “Porquanto”? Pois é, esse conectivo inicia oração coordenada com valor semântico de explicação ou oração subordinada adverbial que denota a causa do que aconteceu. Leia atentamente os dois trechos e perceba a incoerência entre eles. Resposta – Item certo.
Uma
1
passado “os 4
antiga
era
a
costumes
de da
municípios
e
troca
tributos
dos
preocupação assegurar
terra”.
as
o
em
direito
Assim
províncias,
dos dos
fizeram que
dinheiro
ou
legisladores
se
os
povos
de
romanos
do manter
com
autogovernavam
soldados
para
os em
expansão
de seu poder. (...) Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.
24. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego de vírgula após “províncias” (l. 4) justifica-se por isolar oração de natureza explicativa. Comentário – Mais uma vez estamos diante de uma questão que envolve a natureza
semântica
da
oração
adjetiva
(o
segmento
“que
se
autogovernavam em troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão
de
seu
poder”
é
iniciado
pelo
pronome
relativo
“que”,
representante semântico dos substantivos “municípios” e “províncias”). Aqui, a oração adjetiva tem valor explicativo, por revelar um atributo essencial dos termos a que se refere, e deve ficar separada da oração principal pelo sinal de pontuação. Note a recorrência de questões que conjugam o emprego de vírgulas com orações subordinadas adjetivas. Resposta – Item certo.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5
(...) “Nós tivemos uma ampla participação de todos os setores 16
usuários
na
construção
do
plano,
mas
é
importante
eles
incorporarem os princípios, as diretrizes e os programas já na fase 19
de planejamento da sua ação de forma que essas ações sejam sustentáveis”. (...) Internet: (com adaptações).
25. (Cespe/ANA/Analista Administrativo/2006) A passagem “de forma que essas ações sejam sustentáveis” (l. 18-19) expressa uma idéia de conseqüência sob a forma de uma oração subordinada consecutiva. Comentário – A passagem destacada constitui o desdobramento ou resultado do fato expresso anteriormente. É digna de nota a elipse do elemento “tal” (comum nos períodos que ensejam orações subordinadas consecutivas), sendo o “que” a conjunção subordinativa consecutiva. Poderse-ia escrever o período dessa forma: ...mas é importante eles incorporarem os princípios, as diretrizes e os programas já na fase de planejamento da sua ação de tal forma que essas ações sejam sustentáveis. Resposta – Item certo.
Como
1
construção
dos
cidadãos,
a
sociedade
civil
tem
suas raízes no privado. Porém, do mesmo modo que o público não é sinônimo de estatal, privado tampouco é sinônimo de 4
mercado. Ao investir energias, competências e recursos privados em atividades de interesse público, o protagonismo da sociedade civil quebra a polaridade entre público e privado. (...) Miguel Darcy de Oliveira. Sociedade civil e democracia: crise e reinvenção
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 da política. In: Política Democrática, ano V, n.º 14. Brasília: Fundação Astrogildo Pereira, mar./2006, p. 39 (com adaptações).
26. (Cespe/Serpro/Analista/2006) Mantêm-se a correção gramatical e a coerência do período substituindo-se o termo “Porém” (l. 2) por qualquer um dos seguintes: Contudo, No entanto, Entretanto, Porquanto, Conquanto. Comentário – A intenção da banca examinadora foi confundir os candidatos misturando conjunções coordenativas com conjunções subordinativas. Os três primeiros termos sugeridos – a exemplo de “Porém” – integram orações coordenadas que expressam contraste, oposição, ressalva, ideias opostas. Não existe problema em tais substituições. Toa (e esta é mais uma conjunção de valor semântico adversativo), o conectivo “Porquanto” altera significativamente a carga semântica do período. “Porquanto” pode traduzir noção de causa ou explicação, mas nunca de contraste. “Conquanto” indica concessão, oposição, ressalva, mas leva o verbo para o subjuntivo. Este modo é mesmo requerido por certas conjunções e locuções concessivas: conquanto, ainda que, embora. Resposta – Item errado.
Estamos vida
pessoal
individual 4
A
e
construção
transformação 7
diante
de
e
debate
coletiva, do social.
uma
nova público,
liberdade indivíduo
A
articulação
responsabilidade e
é
emergência
entre
solidariedade. inseparável
da
coincide com a abertura de novos formação e comunicação de opiniões. (...)
opinião espaços
da pública
para
a
Idem, ibidem.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 27. (Cespe/Serpro/Analista/2006) Há prejuízo para a correção gramatical do texto com a inserção de porquanto a no lugar de “A” (l. 4) e a substituição do ponto final após “solidariedade” (l. 3) por vírgula. Comentário – Conforme foi explicado no item anterior, “porquanto” é conjunção
que
exprime
valor
semântico
causal
ou
explicativo.
Leia
atentamente os dois períodos iniciais do texto. Percebeu que o segundo explica a razão do que se declara no primeiro? Logo, procedendo às alterações indicadas, temos: Estamos diante de uma nova articulação entre vida pessoal e debate público, responsabilidade individual e coletiva, liberdade e solidariedade, porquanto a construção do indivíduo é inseparável da transformação social. Perdoe-me a insistência, mas não posso deixar de falar que o Cespe (e outra bancas também, como a Esaf) tende a explorar os significados das conjunções porquanto e conquanto no intuito de confundir os candidatos. Note a semelhança entre as pronúncias de ambas. Apesar disso, seus valores são diferentes: a primeira, com já foi dito aqui, denota causa ou explicação; a segunda indica valor concessivo (equivale-se a “embora”). Resposta – Item errado.
(...) 7
A
reconstituição
do
partir
ambiente
literário,
da
da
vida
intelectual
e
profissional de Guimarães Rosa, tendo em vista, sobretudo, o constante exercício de conjugar, em sua escrita, diferentes 10
formas
de
conhecimento
e
formações
discursivas
de
prestígio
diferenciado (oral e escrito, popular e erudito, saber mitopoético e
saber
epistemológico,
intuição
e
razão),
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sua
literatura
33
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 13
representa uma cabal contribuição para ampliar os conceitos de literatura e de cultura. Marli Fantini. Nos 50 anos de Grande Sertão: Veredas. O mapa da aventura. In: Política Democrática, ano V, n.º 14, Brasília: Fundação Astrogildo Pereira, mar./2006, p. 147 (com adaptações).
28. (Cespe/Serpro/Analista/2006) Mantém-se a correção gramatical do período e a informação original com a substituição de “para ampliar” (l. 13) por que amplia. Comentário – A oração original “para ampliar os conceitos de literatura e de cultura” encontra-se reduzida: sem conjunção que a introduza e com verbo no infinitivo (forma nominal). A substituição da preposição “para” pelo pronome relativo “que” e da forma verbal “ampliar” por “amplia” faz surgir oração desenvolvida: “...sua literatura representa uma cabal contribuição que amplia os conceitos de literatura e de cultura”. As duas formas estão gramaticalmente corretas, e a segunda preserva a natureza adjetiva restritiva da primeira. Resposta – Item certo.
1
O produz
dinheiro, uma
mercadoria
nova
metafísica
universal
por
da
humana:
vida
excelência, alguns
salários são irrecusáveis. Portanto certas ofertas, partindo de 4
multinacionais efetuá-las,
7
desígnios Abraão.
capazes
selam de
Deus
o
de
concentrar
destino
da
determinaram
capital
vítima, o
suficiente
assim
sacrifício
do
para
como
os
filho
de
Maria Rita Kehl. O fetichismo. In: Emir Sader (Org.). Sete pecados do capital. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 1999.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 29. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2005) Dado o seu sentido explicativo, a conjunção “Portanto” (l. 3) poderia ser substituída pelo conector Porquanto, sem prejuízo da coerência do texto. Comentário – Você deve estar cansado de resolver questões sobre os aspectos semânticos do conectivo porquanto. Mas é justamente o que o Cespe gosta de explorar em suas provas, em virtude dos possíveis significados trazidos por essa conjunção. O conectivo “Portanto” inicia período que mantém relação conclusiva com o período anterior. A conjunção porquanto não se presta a estabelecer o mesmo sentido. Diferentemente, ela pode trazer oração de natureza causal ou explicativa. Sendo assim, a substituição de um termo pelo outro acarreta prejuízo à coerência argumentativa original. Resposta – Item errado.
O
1
termo
cinquenta,
groupthinking
pelo
sociólogo
foi
cunhado,
William
H.
na
Whyte,
década para
de
explicar
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 4
tomando Os
decisões
manuais
de
temerárias gestão
e
causando
definem
grandes
groupthinking
fracassos. como
um
processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são 7
uniformes,
seus
indivíduos
pensam
da
mesma
forma
e
o
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas diferentes das usuais. (...) Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
30. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento da argumentação, o valor semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na linha 4, permite interpretá-las como causa para a conceituação de www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Whyte;
por
isso
correspondem
a
porque
tomavam
decisões
temerárias e causavam grandes fracassos. Comentário – As relações estabelecidas entre as orações indicam que o segmento “tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos” exprime o motivo pelo qual “grupos se tornavam reféns de sua própria coesão”. Repare que as orações que servem de causa ou motivo estão reduzidas (sem conjunção que as introduz, verbo na forma nominal conhecida como gerúndio). O que a banca examinadora propôs foi simplesmente o desenvolvimento delas por meio da introdução da conjunção causal “porque” e da conjugação dos verbos em uma forma finita (pretérito imperfeito do indicativo). Resposta – Item certo. 31. (Cespe/TCU/AFCE/2009) gramatical
e
a
Na
coerência
linha textual
6, ao
preservam-se se
inserir
a uma
correção vírgula
imediatamente após o vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as informações possam ser tomadas como uma explicação — e não como uma caracterização — da expressão “processo mental coletivo”. Comentário – A introdução da vírgula muda o valor semântico da oração adjetiva “que ocorre”: de restritivo para explicativo; mas respeita a correção gramatical. Há, em nossa gramática, previsão para a mudança proposta. Cuidado em dobro você deve ter ao analisar a segunda parte da proposição. Um texto incoerente não é, necessariamente, aquele que sofreu leve desvio semântico. Repare, por exemplo, as seguintes frases: Paulo e João serão homenageados durante a solenidade. Paulo ou João será homenageado na solenidade. Embora a troca de uma conjunção aditiva por
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 uma alternativa tenha causado alteração de sentido, isso não quer dizer que necessariamente a frase se tornou incoerente. A incoerência se caracteriza pela relação ilógica entre ideias, ações ou fatos; pela incongruência entre eles; pela falta de harmonia com elementos antecedentes ou referentes; pela desconexão. Veja um simples exemplo de incoerência textual: João chegou muito cansado do trabalho. Afinal, trabalhou dez horas no comércio e ainda teve que suportar uma viagem estressante de ônibus ao voltar para casa. Lá chegando, trocou de roupa rapidamente e foi correndo à academia. Ora, não faz muito sentido uma pessoa estar tão cansada e ir correndo à academia, não é mesmo? Isso não é incoerência? Se ninguém me der uma explicação satisfatória, vou começar a achar que "João" não estava tão cansado como o texto diz. Resposta – Item certo.
Saiba mais sobre orações adjetivas. Na relação que estabelecem com o termo a que se referem, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras distintas: restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente explicando, realçando, amplificando uma informação sobre ele. O jovem que estuda passa. O homem que luta vence.
Oraç. Subord. Adj. Restritivas
O homem, que é mortal, almeja a vida eterna. Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós. No
primeiro
caso,
as
orações
adjetivas
Oraç. Subord. Adj. Explicativas
equiparam-se
a
verdadeiros adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 constituem um atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza): nem todo jovem passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence (somente o que luta). Elas funcionam como adjuntos adnominais e não podem ser separadas do substantivo por vírgulas. No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo a que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas da frase ou ficarem separadas do substantivo pela pontuação sem implicar alteração semântica. Sendo assim, elas funcionam com aposto explicativo. Note que as conexões entre as orações subordinadas adjetivas apresentadas até aqui e suas orações principais são feitas pelo pronome relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou relacionar – daí o nome relativo) os dois tipos de orações, também desempenha uma função sintática na oração subordinada que introduz. No desempenho dessa função, o pronome relativo ocupa o papel que seria exercido pelo termo que ele substitui (o antecedente). Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver sujeito
definitivamente os problemas. Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os sujeito
problemas.]
Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo (forma finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são introduzidas
por
um
pronome
relativo
(podem
ser
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introduzidas
por
38
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 preposição) e apresentam verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio), elas são chamadas de reduzidas. Essas são as idéias tão valorizadas por ele. Via-se um cartaz comunicando a falência. Nosso argumento foi o primeiro a cair.
(...) 7
Obcecados
por
conveniência,
velocidade
e
modismos,
somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência prematura
de
seus
produtos.
Segundo
especialistas,
esse
comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define 10
o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos. Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais quanto
13
profissionais.
Priorizamos
resultados
de
curto
prazo
e
queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem perceber, vamos construindo uma sociedade descartável. Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).
32. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” (l.12) ao anterior por meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo: (...) profissionais, conquanto priorizamos (...). Comentário – Estamos novamente às voltas com a conjunção concessiva conquanto, que exprime ressalva, objeção em relação a um fato, sem impedir a realização dele: Conquanto estivesse capacitado para exercer o cargo, não foi admitido. Ocorre que não se verifica entre os períodos iniciados por “Por sinal” e “Priorizamos” a ideia de objeção ou ressalva. Antes, a informação contida no período iniciado por “Priorizamos” justifica o que se declara no período anterior. www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Resposta – Item errado.
(...) Não física 13
se
ou
trata
de
material
e,
que
há,
de
outro,
de
a
um
coisa
lado, como
a
coisa
ideia
e
significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a coisa-para-nós,
16
supor
mas
o
entrelaçamento
do
físico-material
e
da
significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que faz com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo significativo. Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
33. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) De acordo com o desenvolvimento das ideias do texto, seria correto iniciar o último período sintático com o conectivo no entanto, fazendo-se o devido ajuste de inicial maiúscula. Comentário – A conjunção no entanto exprime adversidade, oposição, sentido que não se verifica no último período sintático do texto. Este, salvo melhor interpretação, é a conclusão do que foi dito. Resposta – Item errado.
O
1
da
poder
natureza,
político como
é
produto
postulava
de
uma
Aristóteles,
e
convenção, nasce
não
juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda
a
direitos
sua
liberdade
naturais,
natural,
a
consubstanciados
fim na
de
protegerem
propriedade,
os na
seus vida,
na liberdade e em outros bens. (...) Destarte, 16
formação
do
a poder
razão
da
político
organização e
da
da
construção
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sociedade, do
Estado
da é
a 40
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 conquista da segurança e da paz para todos os indivíduos, de modo que eles possam gozar os seus direitos naturais. Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
34. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A partir da conjunção “como” (l.2), a argumentação do texto estabelece comparação entre o poder político e outras formas de poder. Comentário – A comparação é feita entre “produto de uma convenção” e “da natureza”. Além disso, o vocábulo “como” exprime conformidade (= conforme postulava Aristóteles). Resposta – Item errado.
Observação – O vocábulo “como” é apelidado de curinga, pois pode integrar orações que expressam diferentes valores semânticos. A propósito, vejamos o comportamento dele nas frases em que surge: 1.
VERBO: Eu como pouco.
2.
ADVÉRBIO INTERROGATIVO DE MODO: Como vai?
3.
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: Como chove!
4.
PREPOSIÇÃO ACIDENTAL (por = na qualidade de, com caráter de): Como professor ele é muito prudente. / É tido como sábio.
5.
PALAVRA EXPLICATIVA ( = a saber, assim, isto é): Teve boas notas em algumas matérias, como em Matemática, Geografia e História.
6.
PALAVRA DE REALCE (pode ser retirada da oração, sem prejuízo do sentido desta): Sentiu um como estalo na cabeça. / Assim é como se deve falar.
7.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA TEMPORAL (= quando, logo que): O menino, como ouviu isto, levantou e correu!
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41
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 8.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CAUSAL (= porque): Como estivesse doente, faltou à aula.
9.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA COMPARATIVA: O rapaz era preto como carvão.
10.
CONJUNÇÃO
SUBORDINATIVA
CONFORMATIVA
(=
conforme):
Respondeu como devia. 11.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE: Vê como ele canta bem! / Aposto como ele virá para o jantar. / Garanto como ele se apresentará bem.
12.
CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADITIVA (= e): “Assim Saul como eram homens de grandes espíritos”. (Pe. Antônio Vieira)
35. (Cespe/Anatel/Nível
Superior/2009)
A
substituição
da
conjunção
“Destarte” (l.15) pela oração Assim sendo manteria o sentido conclusivo do parágrafo e a correção gramatical do texto. Comentário – Aqui foi exigido simplesmente conhecimento da classificação da conjunção “Destarte” (= desta forma, deste modo, assim sendo, diante disso), que é pouco utilizada. Frise-se que, no texto, ela exprime ideia conclusiva, tal como Assim sendo. Resposta – Item certo.
Na
1
só
foi
verdade, possível
necessariamente 4
democratização assim
como
o
em de das
que
hoje
sociedades
definimos de
mercado. sociedades
desigualdades
tipo
capitalista,
De impõe
sociais
em
como modo
limites geral
ao não
democracia mas
não
geral,
a
mercado, contribuem
para a fixação de uma tradição democrática. (...)
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42
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
36. (Cespe/DPF/Agente/2009) Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral” (l.3). Comentário – A expressão em negrito, conforme o que foi dito acima, tem valor semântico conclusivo, exprime a consequência, o desfecho de uma ideia anterior. Esse sentido é diferente do significado da expressão “De modo geral”, que denota imprecisão, generalização a respeito do que está sendo considerado. Resposta – Item errado.
(...) Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 13
arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da desqualificação
16
da
concepção
gramatical
da
linguagem,
mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à linguagem. (...) Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
37. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Os operadores “não apenas” (l.13) e “mas também” (l.14- 15) possibilitam ao autor a apresentação de dois argumentos mutuamente excludentes. Comentário
–
Esses
operadores
são
utilizados
na
aproximação
de
argumentos coordenados entre si e que se adicionam: “as razões da desqualificação da concepção gramatical da linguagem” e “a indicação do estatuto que Rousseau confere à linguagem”. Resposta – Item errado.
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43
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 38. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Haveria prejuízo para o sentido original do texto se, no trecho “O menino Emílio não existe, não existiu e não foi pensado para existir” (l.3-4), os termos grifados fossem substituídos pela conjunção coordenativa nem. Comentário – A conjunção “nem” é coordenativa sindética aditiva e significa “e não”. Portanto não há prejuízo na substituição indicada. Resposta – Item errado.
A
1
mais,
qualidade uma
do
destacada
ambiente fonte
de
urbano cobrança
torna-se, da
cada
população
vez sobre
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 4
de
São
mudança
Paulo de
experimenta,
nos
últimos
anos,
comportamento
das
autoridades
uma
notável
municipais,
que
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. (...) Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
39. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009)
O
emprego
de
vírgula
após
“autoridades municipais” (l.5) justifica-se porque antecede oração subordinada adjetiva explicativa. Comentário – Está correto o que se declara. A oração depois da vírgula constitui uma informação de caráter explicativo em relação ao substantivo “autoridades municipais”. Frise-se que oração adjetiva de caráter restritivo não é separada pela vírgula. Resposta – Item certo.
Por hoje é só, prezado(a) aluno(a). Sugiro que intensifique os estudos. Não esmoreça por causa dessa ou daquela disciplina. Sempre
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 haverá dificuldades a serem superadas em qualquer área de nossas vidas, principalmente quando estivermos diante de grandes conquistas. Meu conselho é que você esteja realmente decidido a se tornar servidor(a) do TCUU e, por isso mesmo, faça por onde. O que muda a nossa história é o que decidimos e fazemos, e não o que pensamos e falamos. Se você quer mesmo trabalhar no Tribunal, vá em frente! Bons estudos e que Deus o(a) abençoe! Professor Albert Iglésia
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45
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS Texto 1 O que é o que é? Se
recebo
um
quem
não
gosto
1
de
presente —
dado
como
se
com
carinho
por
o
sinto?
chama
que
pessoa Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da 4
gente
—
ocupado,
como
se
e
repente
de
chama
essa
parar
mágoa
por
ter
e sido
esse
rancor?
tomado
por
Estar uma
desocupação beata, milagrosa, sorridente e idiota — como se 7
chama o que se sentiu? O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? e é este o nome. Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
1.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Nos segmentos “— como se chama o que sinto?” (l. 2) e “e que não gosta mais da gente” (l. 3-4), os pronomes relativos exercem a mesma função sintática.
2.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação” (l. 5-6), a preposição “por” introduz termo com valor causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda.
Texto 2 Canção do Ver (fragmento)
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46
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 1
Por viver muitos anos dentro do mato Moda ave
4
O menino pegou um olhar de pássaro –
7
Contraiu visão fontana. Por forma que ele enxergava as coisas Por igual
10
como os pássaros enxergam. As coisas todas inominadas. Água não era ainda a palavra água.
13
Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal. As palavras eram livres de gramáticas e Podiam ficar em qualquer posição.
16
Por forma que o menino podia inaugurar. Podia dar às pedras costumes de flor. Podia dar ao canto formato de sol.
19
E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a [palavra abelha e entrar dentro dela. Como se fosse infância da língua. Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
3.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em “Por viver muitos anos/dentro do mato” (v. 1-2) e “ele enxergava/as coisas/Por igual” (v. 7-9), a preposição “Por”, nas duas ocorrências, introduz uma circunstância de modo nos períodos em que se insere.
Texto 3
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47
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 A diferença na linguagem “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na
1
arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos 4
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.” (...) Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
4.
(Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Em suas duas ocorrências, a forma verbal “fazem” (l. 2 e l. 3) concorda com sujeitos distintos.
Toda
1
de
4
a
penetrar
organização
e
partir
que
do
superfície:
questão os
conhecimento,
fenômenos
seu
e
dizer
funcionamento,
se
aquela
do
deve
que
se
pode
denominar dedica
como
desejo
sua
lógica,
ser
pensada
uma a
filosofia
tratar
crítica
a de e
analiticamente o mundo das superfícies. (...) Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
5.
(Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2009) Nas linhas de 1 a 3, o trecho “como desejo (...) funcionamento” tem a função de explicar ou
definir
como
o
“conhecimento”
deve
ser
entendido
no
notícias
são
desnecessárias
desenvolvimento do texto.
(...) 19
Rigorosamente,
todas
estas
para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual 22
não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de
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48
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 haver 25
alguma;
tanto
serve
tudo
para
o
depende estilo
das
como
circunstâncias,
para
a
vida;
regra
palavra
que puxa
palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um 28
governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies. (...) Machado de Assis. Primas de Sapucaia. In: 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 250-1
6.
(Cespe/TCE-Acre/Analista de Controle Externo/2008) Em relação às estruturas lingüísticas do texto, assinale a opção correta.
A.
Na expressão “Há de haver” (l. 23-24), verifica-se o emprego
impessoal do verbo haver na forma “Há”. B.
No trecho “assim se faz um livro” (l. 26), a expressão “um livro”
exerce a função de sujeito.
Dentro
1
de
um
mês
tinha
comigo
vinte
aranhas;
no
mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. (...) Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
7.
(Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” (l. 1).
1
Nós, países
chefes
de
Estado
ibero-americanos,
Ibero-Americana,
na
cidade
e
reunidos de
de
Governo
na
Santa
XIII Cruz
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de
dos
21
Conferência la
Sierra, 49
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 4
Bolívia,
reiteramos
fortalecer como 7
a
que
nosso
Comunidade
fórum
político,
o
de
nos
unem,
cooperação
os
e
de
continuar
Ibero-Americana
diálogo,
aprofundando
propósito
vínculos
admitindo,
e
de
Nações
concertamento
históricos ao
a
e
mesmo
culturais
tempo,
as
características próprias de cada uma das nossas múltiplas 10
identidades,
que
permitem
reconhecer-nos
como
uma
unidade na diversidade. (...) Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente. Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações).
8.
(Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) O trecho “o nosso propósito de continuar a fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações como fórum de diálogo, cooperação e concertamento político” (l. 4-7) complementa o sentido do verbo “reiteramos” (l. 4).
O
1
ano,
consumo
das
tornando-se
famílias
deverá
dos
principais
um
crescer
7,5%
neste
responsáveis
pelo
crescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A 4
nova
estimativa
principais
do
mudanças
consumo nas
das
famílias
perspectivas
para
é a
uma
das
economia
brasileira em 2008 traçadas pela Confederação Nacional da 7
Indústria
em
relação
às
previsões
apresentadas
em
dezembro
do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado em 6,2%. O Estado de S.Paulo, 7/4/2008 (com adaptações).
9.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A partícula “se”, em “tornando-se” (l. 2), indica que o sujeito da oração correspondente é indeterminado.
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50
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5
O avanço da publicidade na Internet Desde 2003, os gastos em publicidade na Internet quase
1
triplicaram no Brasil. A expansão se deve à elevação do número de usuários, das conexões em banda larga e do tempo de conexão. Por 4
mês, os brasileiros passam, em média, 22 horas e 43 minutos na rede. Apesar do crescimento, a Internet só 13 detém 2% do mercado publicitário do país. Veja, 4/7/2007 (com adaptações).
10. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2007) O fato de os termos “do número” (l. 2), “das conexões” (l. 3) e “do tempo” (l. 3) iniciarem-se com a mesma preposição indica que esses termos são complementos de “elevação” (l. 2).
(...)
A
democratização
no
século XX não
se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema 16
da
igualdade
atravessou,
com
maior
ou
menor
força,
as
chamadas sociedades ocidentais. Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
11. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Em textos de normatização mais rígida do que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a contração de preposição com artigo, com em “da igualdade” (l.16), deve ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade, para que o sujeito da oração seja claramente identificado.
(...) www.pontodosconcursos.com.br
51
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 À 13
luz
desses
entendimentos
é
que
os
direitos
humanos
devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, que traduzem as transformações e os avanços históricos da
16
humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e
19
contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos de grupos sociais. Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos. Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações).
12. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14) retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14).
A
1
mais,
qualidade uma
do
destacada
ambiente fonte
urbano
de
torna-se,
cobrança
da
cada
população
vez sobre
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 4
de
São
Paulo
mudança
de
experimenta,
nos
últimos
anos,
comportamento
das
autoridades
uma
notável
municipais,
que
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. (...) 19
É avenida
preciso, portanto, que o Paulista seja estendido para
Paulistano, pelo 22
de
série
Datafolha, pessoas
que,
de
pesquisas
revelou nas
fatias
diversas
espírito da blitz na toda a cidade. O DNA
realizadas,
ano
passado,
surpreendentemente
elevadas
regiões
da
no
cidade,
costumam
caminhar até o trabalho. (...)
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52
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
13. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego do pronome “se” (l.1) indica que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado.
14. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 22, as vírgulas após as palavras “que” e “cidade” foram empregadas para se isolar adjunto adverbial de lugar deslocado.
(...) A 16
nos peso
exposição
três
das
primeiros
dos
bebês
gestantes
meses
ao
de
à
poluição,
gestação,
nascer,
um
dos
leva
à
em
especial
diminuição
principais
do
determinantes
da saúde infantil. As consequências mais imediatas — e 19
moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar das
metrópoles
são
logo
sentidas:
entupimento
das
vias
aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos. (...) 35
O
poluente
probabilidade 37
(CO),
um
de
gás
associado
morte sem
cor
dos
fetos
nem
é
cheiro
à o
monóxido
que
resulta
maior de
carbono
da
queima
incompleta dos combustíveis. Como se vê, a qualidade do ar 40
é questão que merece atenção urgente dos administradores públicos. Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na linha 21, as vírgulas utilizadas no interior do período que termina na palavra “olhos” têm a função de separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma enumeração. www.pontodosconcursos.com.br
53
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5
16. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O trecho “um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta dos combustíveis” (l.37-38) exerce a função de aposto.
Nos
1
quase
ocupação
e
500
anos
integração
que
do
durou
espaço
o
processo
nacional,
foi
de
plena
apresentada
sempre a construção de uma rede unificada de transportes 4
como a única forma de assegurar a integridade do território. Toa, se
7
o
foi
somente
manifestar isolamento
após
a
Independência
explicitamente, das
desenvolvimento
regiões
no
do
econômico.
Brasil,
país
que a
a
preocupação
como
Durante
começou
um
os
com
obstáculo governos
ao do
Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação 10
da
República,
brasileiros
significativo
elaborou
número
planos
de
brilhantes
detalhados
e
engenheiros
ambiciosos
de
transportes para o Brasil. Tendo como principal propósito a 13
interligação
das
constituição
distantes de
e
isoladas
uma
províncias
nação-Estado
com
vistas
à
verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no 16
país
explicitavam
crescimento sistema 19
era
firmemente enormemente
nacional
desenvolvimento
dos
de
a
sua
inibido
crença pela
comunicações
transportes
constituía
de
que
o
ausência
de
um
de
que
o
e um
fator
crucial
para o alargamento da base econômica do país. (...) Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: (com adaptações).
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54
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 17. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica sujeito indeterminado.
18. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (R.11) está no singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número” (l.10).
19. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009)
A
preposição
em
“de
que
o
desenvolvimento” (l.18-19) é exigida pela regência da palavra “crença” (l.16).
Um
1
lugar
funcionários
sob
são
o
comando
orientados
por
de
gestores,
metas,
têm
o
onde
os
desempenho
avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela 4
eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo — menos das
7
uma
escola
práticas
escolas
implantadas
estaduais
experiência
pública
chama
de a
brasileira. com
ensino atenção
Pois
sucesso médio pelo
essas em
de
são
um
algumas
grupo
de
Pernambuco.
A
impressionante
progresso
dos estudantes depois que ingressaram ali. (...) Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
20. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O termo “Pois” (l. 5) estabelece uma relação de causa entre as informações anteriores e as do período em que esse termo se apresenta.
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55
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 1
Um
Brasil
distante
das
com
desemprego
estatísticas
que
zero.
apontam
Um
para
Brasil
uma
bem
taxa
de
desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 4
mercado
de
trabalho
nas
mãos
de
empreendedores
locais,
formais e informais. (...) O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações).
21. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” (l. 2) é adjetiva explicativa.
1
Falei mesmo
de
tempo
observação 4
eleitoral.
esquisitices. a
capacidade
dos
Assisti
seus a
uma
Aqui
está
política
legisladores. eleição
que
uma,
deste
que
povo
Refiro-me aqui
se
fez
prova
e
a
ao em
ao
grande processo fins
de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 7
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem eliminar. (...) Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
22. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego da vírgula após “paixões” (l. 7) justifica-se porque a oração subseqüente é explicativa.
O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação paralela, realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito oficial.
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56
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Opções adaptadas. Internet: .
23. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que não representa continuação coesa e coerente para o trecho acima. Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições, o TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de locais em que foram verificados problemas.
Uma
1
passado “os 4
antiga
era
a
costumes
de da
municípios
e
troca
tributos
dos
as
preocupação assegurar
terra”.
direito
Assim
províncias, em
o
dos dos
fizeram que
dinheiro
ou
legisladores
se
povos
os
de
romanos
do manter
com
autogovernavam
soldados
para
os em
expansão
de seu poder. (...) Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.
24. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego de vírgula após “províncias” (l. 4) justifica-se por isolar oração de natureza explicativa.
(...) “Nós tivemos uma ampla participação de todos os setores 16
usuários
na
construção
do
plano,
mas
é
importante
eles
incorporarem os princípios, as diretrizes e os programas já na fase 19
de planejamento da sua ação de forma que essas ações sejam sustentáveis”. (...) Internet: (com adaptações).
25. (Cespe/ANA/Analista Administrativo/2006) A passagem “de forma que essas ações sejam sustentáveis” (l. 18-19) expressa uma idéia de conseqüência sob a forma de uma oração subordinada consecutiva.
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57
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 Como
1
construção
dos
cidadãos,
a
sociedade
civil
tem
suas raízes no privado. Porém, do mesmo modo que o público não é sinônimo de estatal, privado tampouco é sinônimo de 4
mercado. Ao investir energias, competências e recursos privados em atividades de interesse público, o protagonismo da sociedade civil quebra a polaridade entre público e privado. (...) Miguel Darcy de Oliveira. Sociedade civil e democracia: crise e reinvenção da política. In: Política Democrática, ano V, n.º 14. Brasília: Fundação Astrogildo Pereira, mar./2006, p. 39 (com adaptações).
26. (Cespe/Serpro/Analista/2006) Mantêm-se a correção gramatical e a coerência do período substituindo-se o termo “Porém” (l. 2) por qualquer um dos seguintes: Contudo, No entanto, Entretanto, Porquanto, Conquanto.
Estamos vida
pessoal
individual 4
A
e
construção
transformação 7
diante
de
e
debate
coletiva, do social.
uma
nova público,
liberdade indivíduo
A
articulação
responsabilidade e
é
emergência
entre
solidariedade. inseparável
da
coincide com a abertura de novos formação e comunicação de opiniões. (...)
opinião espaços
da pública
para
a
Idem, ibidem.
27. (Cespe/Serpro/Analista/2006) Há prejuízo para a correção gramatical do texto com a inserção de porquanto a no lugar de “A” (l. 4) e a substituição do ponto final após “solidariedade” (l. 3) por vírgula.
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58
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 (...) 7
A
reconstituição
do
partir
ambiente
literário,
da
da
vida
intelectual
e
profissional de Guimarães Rosa, tendo em vista, sobretudo, o constante exercício de conjugar, em sua escrita, diferentes 10
formas
de
conhecimento
e
formações
discursivas
de
prestígio
diferenciado (oral e escrito, popular e erudito, saber mitopoético e 13
saber
epistemológico,
intuição
e
razão),
sua
literatura
representa uma cabal contribuição para ampliar os conceitos de literatura e de cultura. Marli Fantini. Nos 50 anos de Grande Sertão: Veredas. O mapa da aventura. In: Política Democrática, ano V, n.º 14, Brasília: Fundação Astrogildo Pereira, mar./2006, p. 147 (com adaptações).
28. (Cespe/Serpro/Analista/2006) Mantém-se a correção gramatical do período e a informação original com a substituição de “para ampliar” (l. 13) por que amplia.
1
O produz
dinheiro, uma
mercadoria
nova
metafísica
universal
por
da
humana:
vida
excelência, alguns
salários são irrecusáveis. Portanto certas ofertas, partindo de 4
multinacionais efetuá-las,
7
desígnios Abraão.
capazes
selam de
Deus
o
de
concentrar
destino
da
determinaram
capital
vítima, o
suficiente
assim
sacrifício
do
para
como
os
filho
de
Maria Rita Kehl. O fetichismo. In: Emir Sader (Org.). Sete pecados do capital. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 1999.
29. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2005) Dado o seu sentido explicativo, a conjunção “Portanto” (l. 3) poderia ser substituída pelo conector Porquanto, sem prejuízo da coerência do texto.
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59
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5
O
1
termo
cinquenta,
groupthinking
pelo
sociólogo
foi
cunhado,
William
H.
na
Whyte,
década para
de
explicar
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 4
tomando Os
decisões
manuais
de
temerárias gestão
e
causando
definem
grandes
fracassos.
groupthinking
como
um
processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são 7
uniformes,
seus
indivíduos
pensam
da
mesma
forma
e
o
desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas diferentes das usuais. (...) Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
30. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento da argumentação, o valor semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na linha 4, permite interpretá-las como causa para a conceituação de Whyte;
por
isso
correspondem
a
porque
tomavam
decisões
temerárias e causavam grandes fracassos.
31. (Cespe/TCU/AFCE/2009) gramatical
e
a
Na
coerência
linha textual
6, ao
preservam-se se
inserir
a
correção
uma
vírgula
imediatamente após o vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as informações possam ser tomadas como uma explicação — e não como uma caracterização — da expressão “processo mental coletivo”.
(...) 7
Obcecados
por
conveniência,
velocidade
e
modismos,
somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência prematura
de
seus
produtos.
Segundo
especialistas,
esse
comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define www.pontodosconcursos.com.br
60
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 10
o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos. Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais quanto
13
profissionais.
Priorizamos
resultados
de
curto
prazo
e
queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem perceber, vamos construindo uma sociedade descartável. Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).
32. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” (l.12) ao anterior por meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo: (...) profissionais, conquanto priorizamos (...).
(...) Não física 13
se
ou
trata
de
material
e,
que
de
outro,
há,
de
a
um
coisa
lado, como
a
coisa
ideia
e
significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a coisa-para-nós,
16
supor
mas
o
entrelaçamento
do
físico-material
e
da
significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que faz com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo significativo. Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
33. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) De acordo com o desenvolvimento das ideias do texto, seria correto iniciar o último período sintático com o conectivo no entanto, fazendo-se o devido ajuste de inicial maiúscula.
O
1
da
poder
natureza,
político como
é
produto
postulava
de
Aristóteles,
uma e
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convenção, nasce
não
juntamente
61
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5
4
com
a
sociedade,
toda
a
sua
direitos
quando
liberdade
naturais,
os
homens
natural,
a
fim
consubstanciados
decidem de
na
abrir
protegerem
propriedade,
mão os na
de
seus vida,
na liberdade e em outros bens. (...) Destarte, 16
formação
do
a
razão
poder
da
político
organização e
da
da
construção
sociedade, do
Estado
da é
a
conquista da segurança e da paz para todos os indivíduos, de modo que eles possam gozar os seus direitos naturais. Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
34. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A partir da conjunção “como” (l.2), a argumentação do texto estabelece comparação entre o poder político e outras formas de poder.
35. (Cespe/Anatel/Nível
Superior/2009)
A
substituição
da
conjunção
“Destarte” (l.15) pela oração Assim sendo manteria o sentido conclusivo do parágrafo e a correção gramatical do texto.
Na
1
só
foi
verdade, possível
necessariamente 4
democratização assim
como
o
em de das
que
hoje
sociedades
definimos de
mercado. sociedades
desigualdades
tipo
capitalista,
De impõe
sociais
em
como modo
limites geral
ao não
democracia mas
não
geral,
a
mercado, contribuem
para a fixação de uma tradição democrática. (...) Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
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62
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 36. (Cespe/DPF/Agente/2009) Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral” (l.3).
(...) Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 13
arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da desqualificação
16
da
concepção
gramatical
da
linguagem,
mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à linguagem. (...) Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
37. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Os operadores “não apenas” (l.13) e “mas também” (l.14- 15) possibilitam ao autor a apresentação de dois argumentos mutuamente excludentes.
38. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Haveria prejuízo para o sentido original do texto se, no trecho “O menino Emílio não existe, não existiu e não foi pensado para existir” (l.3-4), os termos grifados fossem substituídos pela conjunção coordenativa nem.
A
1
mais,
qualidade uma
do
destacada
ambiente fonte
de
urbano cobrança
torna-se, da
cada
população
vez sobre
seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 4
de
São
mudança
Paulo de
experimenta,
nos
últimos
anos,
comportamento
das
autoridades
uma
notável
municipais,
que
passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. (...) Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações).
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63
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 39. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009)
O
emprego
de
vírgula
após
“autoridades municipais” (l.5) justifica-se porque antecede oração subordinada adjetiva explicativa.
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64
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 GABARITO 1.
Item errado
29. Item errado
2.
Item certo
30. Item certo
3.
Item errado
31. Item certo
4.
Item certo
32. Item errado
5.
Item certo
33. Item errado
6.
B
34. Item errado
7.
Item errado
35. Item certo
8.
Item certo
36. Item errado
9.
Item errado
37. Item errado
10. Item errado
38. Item errado
11. Item errado
39. Item certo
12. Item errado 13. Item errado 14. Item certo 15. Item certo 16. Item certo 17. Item errado 18. Item certo 19. Item certo 20. Item errado 21. Item errado 22. Item certo 23. Item certo 24. Item certo 25. Item certo 26. Item errado 27. Item errado 28. Item certo www.pontodosconcursos.com.br
65
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Seja bem-vindo(a) à última aula deste curso preparatório para o concurso do TCU. Hoje vamos tratar de dois assuntos importantes e relacionados no edital do seu concurso: pontuação e concordância. O uso adequado dos sinais de pontuação é extremamente relevante para o significado de uma frase. Quem acompanha as provas elaboradas pelo Cespe já deve ter percebido o quanto essa banca examinadora explora esse assunto, principalmente o que diz respeito ao uso da vírgula. É compreensível que seja assim, pois o uso da vírgula requer atenção especial, em virtude de sua variabilidade de aplicações e efeitos. Para você ter apenas uma ideia do que isso significa, leia alguns exemplos extraídos da campanha dos 100 anos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI): 1 – Vírgula pode ser uma pausa... ou não. – Não, espere. – Não espere. 2 – Ela pode sumir com seu dinheiro. – R$ 23,4. – R$ 2,34. 3 – Pode ser autoritária. – Aceito, obrigado. – Aceito obrigado. 4 – Pode criar heróis. – Isso só, ele resolve. – Isso só ele resolve. 5 – E vilões. – Esse, juiz, é corrupto.
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1
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 – Esse juiz é corrupto. 6 – Ela pode ser a solução. – Vamos perder, nada foi resolvido. – Vamos perder nada, foi resolvido. 7 – A vírgula muda uma opinião. – Não queremos saber. – Não, queremos saber. Uma vírgula muda tudo. ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação. Detalhes Adicionais: SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você é mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER. Se você é homem, colocou a vírgula depois de TEM. Entendeu a importância de sabermos pontuar adequadamente uma frase? Um pequeno deslize no emprego da vírgula, por exemplo, pode ser fatal! Leia o trecho de uma reportagem sobre a morte da menina Isabella Nardoni: O inquérito com mais de mil páginas sobre a morte da menina Isabella Nardoni, 5 anos, será entregue pela polícia nesta quarta (30/04) ao promotor Francisco Cembranelli. A conclusão é que a menina foi espancada e morta pelo pai, Alexandre e pela madrasta, Anna Carolina Trotta Jatobá. O
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2
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 principal motivo, segundo a polícia, foi ciúmes. Para determinar a motivação do crime, a polícia se baseou em cerca de 65 depoimentos. Familiares, vizinhos e importantes testemunhas revelaram a conturbada vida conjugal de Alexandre e Anna Carolina. (Correio Brasiliense, 30/04/2008 – internet).
A julgar pelo que foi noticiado no jornal, houve mais um acusado pela morte da Isabella: Alexandre. Sem a vírgula para separá-lo da conjunção “e”, têm-se a impressão de que existem três suspeitas: o pai, Alexandre e a madrasta (Anna Carolina). Na verdade, por ser apenas uma explicação de quem é o pai da menina morta, o termo “Alexandre” deveria vir ente vírgulas. Ainda que a vírgula seja o sinal de pontuação com a maior frequência nas provas de concurso, convém atentarmos para todos os outros que o Cespe costuma abordar em suas provas. Faremos isso resolvendo as questões abaixo.
(...)
Os
professores dos 22
são
alunos,
cumprimento
avaliados
dos das
pais
em e
metas
do
quatro
frentes:
diretor
acadêmicas.
e
recebem
ainda Aos
notas
outra melhores,
pelo é
concedido bônus no salário. Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
1.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O emprego de vírgula logo após “alunos” (l. 21) justifica-se por isolar elementos de mesma função gramatical.
Comentário – Muitos candidatos (e até alguns professores) erraram essa questão porque confundiram função gramatical com classe gramatical. Realmente, a classe gramatical das palavras diz respeito ao campo de www.pontodosconcursos.com.br
3
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 estudo da morfologia (substantivo, adjetivo, verbo etc.), e não à área de atuação da sintaxe (sujeito, adjunto adnominal, adjunto adverbial etc.), e a vírgula não se presta, rigorosamente, a separar elementos de mesma classe gramatical. Mas acontece que dizer “função gramatical” é o mesmo que dizer função sintática. No item sob análise, as vírgulas separam elementos (“dos alunos”, “dos pais”) que funcionam como objetos indiretos da forma verbal “recebem”. Resposta – Item certo.
Um
1
distante
Brasil das
com
desemprego
estatísticas
que
zero.
apontam
Um
para
Brasil
uma
bem
taxa
de
desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 4
mercado
de
trabalho
nas
mãos
de
empreendedores
locais,
formais e informais. Cerca de 30 cidades devem integrar esse Brasil fora das estatísticas. São exceções e prova viva da 7
força E
empreendedora
representam,
do
ainda,
a
interior
e
força
do
de
seu
papel empregador.
agronegócio,
o
avanço
ao
consumo da classe C e os efeitos na economia dos programas 10
de
transferência
de
renda,
afirmou
Luiz
Carlos
Barboza,
diretor do SEBRAE Nacional. O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações).
2.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” (l. 2) é adjetiva explicativa.
Comentário – O que temos na passagem sob análise (“que apontam para uma taxa de desocupação em torno de 9%”) é, na verdade, uma oração subordinada adjetiva restritiva. Isso pode ser percebido não só pelo seu valor semântico – que restringe o substantivo “estatísticas” –, mas também www.pontodosconcursos.com.br
4
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 pela ausência de vírgulas antecedendo o pronome relativo. Caso a oração destacada fosse de natureza explicativa, deveria ser delimitada pela vírgula. Resposta – Item errado. 3.
(Cespe/STF/Técnico
Judiciário/2008)
O
emprego
de
vírgula
após
“Barboza” (l. 10) justifica-se por isolar o aposto subseqüente. Comentário – O termo “diretor do SEBRAE Nacional” nos explica quem é “Luiz Carlos Barbosa”, servindo como aposto explicativo. Esse tipo de termo deve surgir obrigatoriamente isolado do restante do texto. Resposta – Item certo. 4.
(Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007 – adaptada) Julgue o item abaixo quanto à correção gramatical. Elas não entregam mais seus ouvidos e, com eles, os seus votos, aos chefetes locais. Isso anuncia surpresas importantes nas eleições municipais de 2008.
Comentário – Observe que, quanto à regência, o verbo “entregaram” é transitivo direto e indireto. O objeto direto é representado pelas expressões “seus ouvidos” e “os seus votos”. As vírgulas que surgem entre ele foram convenientemente empregadas para isolar termo intercalado. O objeto indireto é representado pela expressão “aos chefetes locais”. A vírgula que surge antes dele está empregada incorretamente. Não se deve separar o verbo do seu complemento por meio da pontuação. Resposta – Item errado.
(...)
Sócrates
aconselhava
ao
legislador
que
quando
houvesse de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora,
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5
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 os 13
homens
aqui
amam
o
governo
e
a
tribuna,
gostam
de
propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e o
partido
que
não
folheia
a
gramática
política
acha
naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a 16
gramática corrupta.
na O
mão que
julga
estamos
a
linguagem
vendo
é
a
alheia
obsoleta
impressão
em
e
dous
exemplares da mesma gramática. 5.
(Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Na linha 13, o emprego de vírgulas após “propor”, “votar”, “discutir” e “atacar” justifica-se por isolar expressões de natureza apositiva.
Comentário – Não há aposto no segmento de texto indicado pela banca examinadora. As vírgulas foram empregadas para separar elementos de mesma natureza sintática dispostos coordenadamente. Resposta – Item errado.
(...) também, 7
algumas
Ela dos
grandes
precisamente 10
econômico, liberdade.
consensos que
questões o
país
desenvolvimento
se que
alimenta,
consegue
nacionais, adote
as
uma
social
estabelecer
e
rota
sobre
que
possibilitam
de
crescimento
pleno
respeito
à
Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações).
6.
(Cespe/TSE/Técnico
Judiciário/2007)
O
emprego
de
vírgula
após
“econômico” (l. 9) justifica-se por separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma enumeração.
www.pontodosconcursos.com.br
6
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Comentário – Os termos “crescimento econômico”, “desenvolvimento social” e “pleno respeito à liberdade” funcionam como adjunto adnominal do substantivo “rota” e estão coordenados entre si. Resposta. Item certo.
(...) Em 10
seu
clássico
A
Metodologia
Econômica (1953), tornou clara econômica e economia política. A hipóteses
empiricamente
da
Ciência
a diferença entre ciência primeira seria formada por
refutáveis,
enquanto
a
segunda,
por
prescrições baseadas em juízos de valor. Paulo Guedes. O Globo, 27/11/2009, p. 7 (com adaptações)
7.
(Cespe/TSE/Técnico
Judiciário/2007)
O
emprego
da
vírgula
após
“segunda” (l. 11) justifica-se pela elipse da repetição da expressão “seria formada” (l. 10). Comentário – Entre as finalidades da vírgula, está a que indica a omissão do verbo. Foi isso que aconteceu na passagem em análise. Observe como ficaria a mesma passagem se optássemos por escrever a locução verbal: A primeira seria formada por hipóteses empiricamente refutáveis, enquanto a segunda seria formada por prescrições baseadas em juízos de valor. Resposta – Item certo (...) Quando 7
econômica tipos
de
se
indica ação:
trata que
de o
aumento
crescimento
resultado da
sustentado,
positivo
produtividade
é ou
fruto
a
teoria
de
acumulação
dois de
capital (físico e humano). (...) www.pontodosconcursos.com.br
7
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Folha de S.Paulo, 1º/12/2006 (com adaptações).
8.
(Cespe/TSE/Técnico
Judiciário/2007)
O
emprego
da
vírgula
após
“sustentado” (l. 6) justifica-se por isolar oração subordinada anteposta à principal. Comentário – De fato, a oração “Quando se trata de crescimento sustentado” é subordinada à oração principal “a teoria econômica indica” e classifica-se como adverbial temporal. Sua antecipação torna obrigatório o emprego da vírgula. Resposta – Item certo.
Breve histórico 1
A idéia de criação de um Tribunal de Contas surgiu, pela primeira vez no Brasil, em 23 de junho de 1826, com a iniciativa de Felisberto
4
Caldeira Brandt, Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaram projeto de lei nesse sentido ao Senado do Império. (...) Conheça o TCU. Internet:. Acesso em 10/4/2005 (com adaptações).
9.
(Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2005) O emprego da vírgula antes de “que” (l.3) justifica-se pelo valor restritivo da oração adjetiva que esse pronome introduz.
Comentário – Lembre-se de que orações subordinadas adjetivas restritivas não são isoladas de suas orações principais por vírgula ou por qualquer outro sinal de pontuação. Na verdade, a oração destacada tem claro valor semântico explicativo, o qual justifica o emprego da vírgula antes do pronome relativo “que”. Resposta – Item errado.
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8
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 A montanha mágica (...) A
Montanha
Mágica
é
um
romance
muito
antigo. Mas,
sendo antigo, de repente, é atual, por causa da metáfora viva que contém e que os sábios do Fórum Econômico 25
Mundial
ressuscitaram.
montanha 28
de
dinheiro
Que
mágica
acumulado
se
pelo
pode
fazer
hipercapitalismo
na para
sanar os males que corroem as vísceras de nossa comunidade? Penso se o mundo não foi sempre um sanatório em Davos. Affonso Romano de Sant’anna, Correio Braziliense, 6/2/2005 (com adaptações).
10. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2005) É facultativo o emprego da vírgula imediatamente após “Mas” (l.23). Comentário – A oração iniciada pela conjunção adversativa “Mas” (“Mas é atual”) encontra-se intercalada por uma oração reduzida de gerúndio (“sendo antigo) e também por um adjunto adverbial (“de repente”). Uma das
funções
da
vírgula
é
justamente
delimitar,
é
a
obrigatoriamente,
intercalação de orações. Resposta – Item errado.
(...) Não 10
me
segundo imposto
resolveria, ano
de
suportável.
claro,
administração Adotei-a
logo
pôr
a
em
equidade
no
prática que
começo.
A
torna receita
no o em
1928 cresceu bastante. E, se não chegou à soma agora 13
alcançada, é que me foram indispensáveis alguns meses para corrigir
irregularidades
muito
sérias,
prejudiciais
à
arrecadação.
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9
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
11. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) A colocação de vírgula logo após “equidade” (l.10) não prejudicaria a correção gramatical nem alteraria o sentido original do texto. Comentário – A vírgula depois de “equidade” transformaria a oração adjetiva restritiva em explicativa. Isso não causaria incorreção gramatical; mas alteraria o sentido original do texto. Com a vírgula, a oração “que torna o imposto suportável” deixa de particularizar o significado de “equidade” e o generaliza. Com a vírgula, a informação é a de que toda e qualquer equidade torna o imposto suportável. Resposta – Item errado.
A
1
questão
tributária
é
mais
saber
por
importante que
a
para
estamos
entender propondo.
a
reforma
Não
é
um
projeto que sai do nada, mas que herda muito das discussões 4
realizadas sobre o tema desde o início da década passada no Brasil.
Naturalmente
este
tem
algumas
diferenças
em
relação
aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo 7
longo
de
transição,
um
modelo
importante
para
viabilizar
política e tecnicamente sua implantação. Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos de Problemas Brasileiros, nº 391, jan./fev./2009 (com adaptações).
12. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Assinale a opção em que a colocação de vírgula(s) em trecho do texto atende à prescrição gramatical e preserva o sentido original.
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10
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 A)
A questão, mais importante para entender a reforma tributária é, saber por que a estamos propondo. (l.1-2)
B)
Não é um projeto, que sai do nada, mas que herda muito, das discussões realizadas sobre o tema, desde o início da década passada no Brasil. (l.2-5)
C)
Naturalmente, este tem algumas diferenças em relação aos projetos anteriores. (l.5-6)
D)
A principal é que prevê um prazo longo de transição, um modelo, importante para viabilizar política e tecnicamente, sua implantação. (l.6-8)
Comentário – Alternativa A: o sujeito da locução “é saber” é toda a expressão “A questão mais importante para entender a reforma tributária”. Ambos (sujeito e locução verbal) foram indevidamente fragmentados pelas vírgulas. Alternativa B: a primeira vírgula serviu para isolar a oração “que sai do nada” e imprimir a ela um caráter explicativo, diferente do sentido
restritivo
original.
Além
disso,
a
terceira
vírgula
separou
indevidamente o verbo “herda” do seu complemento “das discussões realizadas sobre o tema”. A última não gera problemas ao texto, pois isola segmento de caráter adverbial (mesmo estando no final do período, é possível que venha depois de vírgula). Alternativa C: O vocábulo “Naturalmente” funciona como adjunto adverbial. Sua antecipação recomenda o emprego da vírgula, que pode até ser dispensado quando o adjunto adverbial é pequeno e não constitui uma oração. É por isso que no original ele não surgiu isolado. Alternativa D: a primeira vírgula separou o nome “modelo” do seu adjunto “importante”, o que não deve ocorrer. A segunda separou indevidamente o verbo “viabilizar” do seu objeto: “sua implantação”. Que
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11
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 fique bem claro que a vírgula não deve separar o nome do adjunto nem do complemento, e nem o verbo do seu objeto. Resposta – C
Um
1
governo,
ou
uma
sociedade,
nos
tempos
modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta 4
como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia. (...) Rogério Gesta Leal. Poder político, estado e sociedade. Internet: (com adaptações).
13. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 3, seriam preservadas as relações semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a precede. Comentário – Para confirmar a veracidade do que a banca alega, sugiro reescrever a passagem já com as alterações. Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo em face da Idade Antiga e Média: a própria ideia de democracia. Verifica-se, assim, que a retirada da expressão “a saber” e da vírgula não prejudica o texto em nada. Lembre-se de que a vírgula é empregada para separar expressões de caráter explicativo (por exemplo; isto é; ou seja; a saber etc.). Uma vez que a expressão “a saber” foi eliminada do trecho, perdeu a vírgula sua finalidade. Resposta – Item certo.
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12
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
Um
1
fator
a
ser
revisto
no
MERCOSUL
é
o
foco:
não
adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. É preciso focar as ações de modo pragmático, com as seguintes 4
prioridades:
concluir
a
união
aduaneira;
eliminar
barreiras
jurídicas e monetárias; facilitar os negócios entre as empresas dos países-membros e obter financiamentos em nome do bloco 7
no Banco Mundial, para ampliar a infra-estrutura regional, o que até agora sequer foi pleiteado. (...) Abram Szajman. O Globo, 26/11/2006 (com adaptações).
14. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Na linha 1, a substituição do sinal de dois-pontos por ponto final, com a modificação de inicial minúscula para maiúscula na palavra “não”, prejudica a correção gramatical do texto. Comentário – O segmento “não adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas” tem caráter esclarecedor e conclui o que foi dito anteriormente. O emprego do ponto final, com o devido ajuste, indica uma pausa mais longa entre as frases. Eis a reescritura sugerida pela banca examinadora: Um fator a ser revisto no MERCOSUL é o foco. Não adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. Resposta – Item errado.
O
1
da
poder
natureza,
político como
é
produto
postulava
de
uma
Aristóteles,
e
convenção, nasce
não
juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda
a
direitos
sua
liberdade
naturais,
natural,
a
consubstanciados
fim na
de
protegerem
propriedade,
os na
seus vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de www.pontodosconcursos.com.br
13
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 7
sociedade, contato
10
o
com
homem
não
outras
pessoas.
conjugal
tem
o
escopo
espécie.
De
outro
é
um
de
lado,
De
ente
isolado,
um
possibilitar a
lado, a
sociedade
avesso a
sociedade
perpetuação política
ao
visa
da à
preservação da propriedade. (...) Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
15. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 10, preserva-se a correção gramatical do texto ao se substituir o ponto logo depois da palavra “espécie” pelo sinal de dois-pontos, fazendo-se o necessário ajuste da letra inicial maiúscula da preposição “De”. Comentário – Vamos fazer o que o examinador disse: “De um lado, a sociedade conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da espécie: de outro lado, a sociedade política visa à preservação da propriedade”. O que você achou? Ficou esquisito, não é mesmo? O segmento anunciado pelos dois-pontos não constitui uma citação – Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6) –, não se caracteriza por ser o discurso direto de um personagem: Sempre que o professor entra em sala ele diz: – Essa moleza vai acabar. –,
não
é
uma
enumeração
–
A
dupla
articulação
da
linguagem
caracteriza-se: a) pela combinação e b) pela comutação. – e não esclarece ou explica foi dito anteriormente – Todos já sabiam: ele não seria eleito. –, não é uma oração subordinada substantiva apositiva – Só espero uma coisa: que você estude.
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14
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 No mesmo parágrafo, o ponto no final de cada período é mesmo indicado para exprimir uma pausa mais longa entre as frases. Resposta – Item errado.
1
Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente
4
atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real, nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,
7
somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência prematura de seus produtos. (...) Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).
16. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao se substituir a vírgula logo depois de “modismos” (l. 6) por pontoevírgula. Comentário – A vírgula empregada imediatamente após o vocábulo “modismo” serve para destacar a oração reduzida de particípio “Obcecados por conveniência, velocidade e modismos”, que surgiu antecipada. O emprego do ponto e vírgula faria surgir leve desvio gramatical, por separar incorretamente a oração subordinada de sua principal. Releia as orientações sobre os casos recomendados de emprego do ponto e vírgula. Resposta – Item errado.
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15
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Um
1
fator
a
ser
revisto
no
MERCOSUL
é
o
foco:
não
adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. É preciso focar as ações de modo pragmático, com as seguintes 4
prioridades:
concluir
a
união
aduaneira;
eliminar
barreiras
jurídicas e monetárias; facilitar os negócios entre as empresas dos países-membros e obter financiamentos em nome do bloco 7
no Banco Mundial, para ampliar a infra-estrutura regional, o que até agora sequer foi pleiteado. (...) Abram Szajman. O Globo, 26/11/2006 (com adaptações).
17. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) O emprego de sinal de ponto e vírgula (l. 4-5) justifica-se por isolar elementos de uma enumeração. Comentário – As orações “concluir a união aduaneira”, “eliminar barreiras jurídicas e monetárias” e “facilitar os negócios entre as empresas dos países-membros” constituem enumeração das “prioridades”. Resposta – Item certo.
(...) Modernidade
seria
assegurar
a
todos
os
habitantes
do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício 13
dos
direitos
democráticos.
Por
isso,
dão
mais
valor
a
um
modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população alimentação, 16
bibliotecas, pensam
19
rápida sólidas
moradia, parques
assim,
é
escola, públicos.
sistema
hospital,
transporte
Modernidade,
judiciário
eficiente,
para com
e democrática da justiça; são instituições e eficazes; é o controle nacional das
coletivo, os
que
aplicação públicas decisões
econômicas.Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade www.pontodosconcursos.com.br
16
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
18. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no último período sintático do texto, apresenta a dupla função de deixar claras as relações sintático-semânticas marcadas por vírgulas dentro do período e deixar subentender “Modernidade” (l.16) como o sujeito de “é sistema” (l.17), “são instituições” (l.18) e “é o controle” (l.19). Comentário – Eis o último período sintático do texto: “Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça; são instituições públicas sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões econômicas”. A clareza a que a banca examinadora se refere tem a ver com os termos que já estão separados pelas vírgulas. Como elas já foram utilizadas para marcar o isolamento de termos internos pertencentes a um mesmo segmento (“Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça”), o sinal de ponto e vírgula serviu para acentuar a relação existente entre as orações coordenadas constituídas por “é sistema”, “são instituições”, “é o controle” e o sujeito delas: “Modernidade”. Repare que a clareza das relações sintático-semânticas não seria acentuada se, em todo o período, fossem utilizadas apenas vírgulas: “Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça, são instituições públicas sólidas e eficazes, é o controle nacional das decisões econômicas”. Resposta – Item certo.
(...) 10
Os
ilusão a
de
riscos;
sintomas
invulnerabilidade, um
esforço
são que
gera
coletivo
conhecidos: otimismo para
www.pontodosconcursos.com.br
e
pode
neutralizar
uma levar visões 17
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
13
contrárias
às
teses
dominantes;
moralidade
das
ações
distorcida
dos
inimigos,
dos
uma
membros
do
comumente
crença grupo; vistos
absoluta e
uma
como
na visão
iludidos,
fracos ou simplesmente estúpidos. (...) Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
19. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Nas linhas 11, 12 e 13, o uso do sinal de ponto e vírgula, para separar termos de enumeração, preserva a hierarquia de informações, já que há necessidade de emprego de vírgula na estruturação sintática de alguns desses termos. Comentário – Você deve notar que o Cespe explora frequentemente a utilização de ponto e vírgula e de travessões para acentuar a hierarquia de informações constantes num período, principalmente quando há elementos intercalados e já separados por vírgulas. Realmente, em casos semelhantes, a utilização de travessão e de ponto e vírgula torna as relações sintáticas mais claras. Resposta – Item certo.
1
Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente
4
atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real, nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,
7
somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência prematura de seus produtos. (...) Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida
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18
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).
20. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao se substituir o ponto empregado logo depois de “tecnologia” (l. 4) pelo sinal de dois-pontos, escrevendo-se a palavra seguinte com letra minúscula. Comentário – A informação contida no fragmento textual “Foi ela que nos viciou na vida de tempo real, nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e imediata” fornece-nos o esclarecimento, a explicação ou conclusão do que foi dito no período anterior. Não há, portanto, prejuízo para a coerência da argumentação nem para a correção gramatical ao empregar os dois pontos em substituição ao ponto, o qual faz surgir uma pausa maior entre os dois períodos. Resposta – Item certo.
Os
(...) professores dos 22
são
alunos,
cumprimento
avaliados
dos das
pais
em e
metas
do
quatro
frentes:
diretor
acadêmicas.
e
recebem
ainda Aos
notas
outra
pelo
melhores,
é
concedido bônus no salário. Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
21. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Na linha 20, o sinal de dois-pontos é empregado para indicar que, subseqüentemente, há uma explicação. Comentário – O segmento “recebem notas dos alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo cumprimento das metas acadêmicas” esclarece quais são as quatro frentes de avaliação dos professores. Resposta – Item certo.
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19
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
(...) 7
A
sociologia
trabalha
com
a
concepção
dessa
relação
entre
o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 10
com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros? unidade
Não
há,
assim,
fechada
em
uma si
visão
de
mesma,
homem
como
como
Homo
uma
clausus.
(...) Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
22. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de dois-pontos, na linha 9, anuncia que uma consequência do que foi dito é explicitar a pergunta proposta pela sociologia. Comentário – Volte ao item IV e confirme que os dois pontos servem para esclarecer, explicar ou concluir o que foi dito. No texto, eles introduzem a indagação da sociologia a respeito da concepção com que ela trabalha. Resposta – Item certo.
1
Geralmente, Partido
vencido
as
oposições
contesta
a
não
eleição
gostam do
dos
vencedor,
governos. e
partido
vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. Tentam-se 4
acordos, minorias.
dividindo No
antigo
os
deputados;
regímen
iniciou-se
mas uma
ninguém
aceita
representação
de
minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que 7
estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. Continuou praticamente o sistema da lavra única. www.pontodosconcursos.com.br
20
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 (...) Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3.
23. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Se os travessões das linhas 7 e 8 forem substituídos por vírgulas, o período fica incorreto. Comentário – Que tal reescrevermos a passagem de acordo com o que a prova propõe? Não pegou bem, ou porque a porcentagem era pequena, ou porque a planta não tinha força bastante. Tanto empregados
para
os
travessões
isolar
palavras,
como
as
vírgulas
expressões
podem
explicativas,
ser
frases
intercaladas. Resposta – Item errado.
1
Num
país
territorialmente
gigante,
em
que
a
censura
restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao 4
aproximar
moradores
urbanos
e
rurais,
que
falam
dialetos
variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas por minuto. É o segundo país com mais 7
usuários online no mundo — cerca de 162 milhões —, atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA), onde há quase 200 milhões. Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações).
24. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2007) Na linha 7, preservam– se a correção gramatical e a coerência textual ao se retirarem os sinais de travessão, inserindo-se uma vírgula logo após “mundo”.
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21
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Comentário – Diante de questões que tratam de reescritura de fragmentos de textos com substituições indicadas pela banca examinadora, minha opinião é que você seja cauteloso, “arregace as mangas” e faça o que é proposto, se não tiver certeza imediata da resposta. “É o segundo país com mais 7 usuários online no mundo, cerca de 162 milhões, atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA), onde há quase 200 milhões.” Percebeu
que
a
expressão
“cerca
de
162
milhões”,
inicialmente entre travessões e agora entre vírgulas, possui caráter explicativo? A vírgula e os travessões podem ser empregados com a finalidade de isolar expressões dessa natureza. Resposta – Item certo.
1
O
uso
do
desafio.
espaço
Sobretudo
público porque
nas
algumas
grandes regras
cidades básicas
é
um
de
boa
convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de 4
um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo entrar
a
qualquer
preço,
sem
esperar
e
dar
passagem
aos
demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 7
de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam o
convívio
educação. 10
urbano
Convencidos
bombardeando conscientização funcionarem.
13
urgência
em
para
a —
uma
experiência
disso,
empresas
população e
multas, mudança
de
e
com
quando
Independentemente uma
ruim.
da
só
as
A
saída
é
a
governos
estão
campanhas
de
advertências
estratégia,
comportamento
o na
senso
não de
sociedade
brasileira veio para ficar. (...) www.pontodosconcursos.com.br
22
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações).
25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 11, a presença da conjunção “e” torna desnecessário o uso do travessão, que tem apenas a função de enfatizar a aplicação de “multas”; por isso, a retirada desse sinal de pontuação não prejudicaria a correção nem a coerência do texto. Comentário – A retirada do travessão prejudicaria a coerência do texto. Note: “Convencidos disso, empresas e governos estão bombardeando a população com campanhas de conscientização e multas, quando só as advertências não funcionarem”. Sem a devida pontuação, informa-se que o bombardeio é com campanhas de conscientização e multas – noção de concomitância –, o que não é verdade. O texto afirma que “A saída é a educação”;
as
multas
ocorrem
somente
se
“as
advertências
não
funcionarem” – elas são uma consequência, uma atitude extrema. Resposta – Item errado.
(...) 7
10
No
estado
de
casa
parada,
sol,
da
os
lua,
conceitos
repouso aquela no de
e
pedra céu lugar
de
movimento
atirada — que
que
estão
dos cai,
objetos o
movimento
intimamente
ocupam
—
esta do
associados
sucessivamente
os
corpos, de espaço e de tempo. (...) José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
26. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) O uso dos travessões, nas linhas 7 e 9, marca a inserção de uma informação que também poderia ser assinalada por duas vírgulas; mas, nesse caso, o texto não
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23
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 deixaria clara a hierarquia de informações em relação aos termos da enumeração já separados por vírgulas. Comentário – A afirmação está correta. Para isolar palavras, expressões explicativas, frases intercaladas, você pode utilizar tanto travessões quanto vírgulas, e até parêntese. Quero que você perceba que os travessões podem conferir mais clareza à frase, principalmente quando o segmento isolado já contém termos separados por vírgulas. Compare o texto original com a reescritura abaixo, em que foram utilizadas vírgulas no lugar dos travessões. “No estado de repouso e de movimento dos objetos, esta casa parada, aquela pedra atirada que cai, o movimento do sol, da lua, no céu, estão intimamente associados os conceitos de lugar que ocupam sucessivamente os corpos, de espaço e de tempo.” Dessa forma, a hierarquia de informações não é ressaltada. O Cespe gosta de explorar essa relação. Fique atento. Resposta – Item certo.
27. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Assinale a opção que apresenta erro de pontuação. A)
Pela primeira vez, a população de Belo Horizonte vai poder escolher, por meio da Internet, as obras que serão executadas na cidade. Disponível no período de 1.º a 30 de novembro, a nova modalidade, conhecida por Orçamento Participativo Digital, tem parceria entre a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) e o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 B)
O novo sistema baseia-se em dados fornecidos pelo TRE-MG à PBH (quantitativo de eleitores, número do título de eleitor etc.), e foi solicitado pelo prefeito de BH, Fernando Pimentel, há cerca de seis meses, ao então presidente da instituição, Armando Pinheiro Lago.
C)
O voto via Internet será permitido apenas para aqueles com domicílio eleitoral na capital (aproximadamente 1,7 milhão de pessoas), que poderão decidir pelo conjunto de nove obras (quatro em cada regional) que serão feitas no município em um prazo máximo de dois anos.
D)
Para votar, o cidadão deve entrar no sítio da PBH. Quem não tiver acesso à Internet em casa pode ir até um dos 175 postos públicos montados, pela PBH onde haverá monitores para ajudar aqueles que não estão acostumados a lidar com computador. Opções adaptadas. Internet: .
Comentário – Na alternativa A, a primeira vírgula foi empregada para isolar adjunto adverbial antecipado – “Pela primeira vez”. A segunda e a terceira foram usadas para isolar adjunto adverbial (“por meio da Internet”) que se intercala entre o verbo e o seu complemento. No segundo período, as vírgulas também foram utilizadas corretamente: para isolar o segmento “Disponível no período de 1º a 30 de novembro”, de valor semântico explicativo e deslocado, e para isolar oração subordinada adjetiva explicativa (“conhecida por Orçamento Participativo Digital”). Na alternativa B, os parênteses foram convenientemente usados para isolar termo que funcionam como aposto. Dentro deles, as vírgulas foram empregadas para separar termos que desempenham a mesma função sintática ou gramatical. A vírgula que se segue ao último parêntese não é obrigatória, por separar oração coordenada sindética aditiva cujo sujeito é igual ao da oração anterior. Ressalte-se que, embora dispensável, o emprego dela não constitui erro de pontuação e ocorreu por www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 motivo de ênfase. O termo “Fernando Pimentel” é aposto explicativo e deve, por isso mesmo, ser obrigatoriamente delimitado por meio da pontuação. Em seguida, houve o isolamento do adjunto adverbial “há cerca de seis meses”. Por último, há a separação de outro aposto: “Armando Pinheiro Lago”. Na alternativa C, os parênteses destacam segmento de valor semântico explicativo; a vírgula, oração subordinada adjetiva explicativa. O surgimento de expressão de caráter explicativo dentro da oração adjetiva torna obrigatório o isolamento daquela. Na alternativa D, o emprego da primeira vírgula ocorre para isolar oração subordinada adverbial reduzida de infinitivo (“Para votar”). Já a segunda vírgula não deveria ser usada, pois separa o agente da passiva (“pela BH”), o que é proibido. Ela deveria ser deslocada para antes do pronome relativo “onde”, que inicia oração subordinada adjetiva explicativa. Resposta – D
O
real
não
é
constituído
1
por
coisas.
Nossa
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4
isto nossa
é,
de
objetos
percepção
e
físicos, às
nossas
psíquicos, vivências.
culturais Assim,
oferecidos por
à
exemplo,
costumamos dizer que uma montanha é real porque é uma 7
coisa. No entanto, o simples fato de que uma coisa possua um nome e de que a chamemos montanha indica que ela é, pelo
10
menos, uma coisa-para-nós, isto é, que possui um sentido em nossa experiência. (...) Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 28. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Como, no primeiro parágrafo, os parênteses demarcam a inserção de uma informação, a sua substituição por duplo travessão preservaria a coerência e a correção do texto. Comentário – A informação referida, “sejam elas naturais ou humanas”, possui no contexto valor semântico explicativo, por isso surgiu isolada pelos parênteses. Que não restem dúvidas de que os parênteses, os travessões e as vírgulas podem isolar termos e orações intercaladas de natureza semântica explicativa. Resposta – Item certo.
Mário
1
de
aprofundar
o
Andrade estudo
assim
justificou
a
necessidade
de
etnológico:
“Nós
não
precisamos
de
teóricos (...). Precisamos de moços pesquisadores que vão à 4
casa recolher com seriedade e de maneira completa o que esse povo
guarda,
e
rapidamente
esquece,
desnorteado
pelo
progresso invasor (...).” (...) Mariana Albanese. Op. cit., p. 19 e 23.
29. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) O emprego de aspas justifica-se por isolar uma citação. Comentário – O fragmento textual entre aspas indica as palavras de Mário de Andrade transcritas pela autora do texto. Resposta – Item certo.
(...) 7
A
sociologia
trabalha
com
a
concepção
dessa
relação
entre
o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 10
com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros?
Não
unidade 13
há,
fechada
Estaríamos
assim, em
uma si
envolvidos,
complexas
de
internalização
visão
mesma,
de
homem
como
“exterior”
uma
Homo
clausus.
em
tramas
constantemente, do
como
e,
também,
de
rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. (...) Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
30. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego das aspas nos termos das linhas 8, 14 e 15 ressalta, no contexto, o valor significativo não usual desses termos. Comentário – Leia o trecho e verifique que nele as palavras destacadas não possuem
sentido
irônico,
não
constituem
citações,
neologismos,
estrangeirismos nem dão títulos a obras artísticas ou científicas. Na verdade, a questão revela outra funcionalidade das aspas: realçar o valor significativo de palavras no contexto em que se inserem. Resposta – Item certo.
A partir de agora, nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Essa expressão pomposa nada mais significa do que a relação estabelecida, como regra geral, entre o verbo da oração e o sujeito dela; entre o artigo, o adjetivo, o numeral adjetivo, o pronome adjetivo e o substantivo a que se referem. O primeiro tipo de relação é mais conhecido nos manuais de gramática e nas salas de aula como concordância verbal; o segundo, como concordância nominal. Existem
muitas
regras
específicas,
detalhes,
exceções
envolvendo esse assunto. Aqui, abordarei os casos que frequentemente
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 aparecem nas provas do Cespe. Os exercícios de provas anteriores foram dispostos de tal maneira que você perceberá a evolução da aula. Comecemos pelos que dizem respeito aos casos gerais de concordância verbal.
No
1
mundo
moderno
em
que
vivemos,
é
certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. A imensa 4
variedade gerou
as
de
corpos
noções
de
e
acontecimentos matéria,
de
que
espaço
nos e
envolvem de
tempo,
fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...) José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
31. (Cespe/Antaq/Especialista
–
Economista/2009)
Preservam-se
a
coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros. Comentário
–
Proceda
à
substituição:
Os
inúmeros
corpos
e
acontecimentos que nos envolvem gerou... Notou a incorreção gramatical? É isso mesmo! Agora, o termo que funciona como sujeito do verbo “gerou” tem como núcleo o substantivo plural “inúmeros”. Antes, o núcleo do sujeito era o substantivo singular “variedade”. Tal transformação deve levar o verbo a flexionar-se em terceira pessoa do plural: geraram, o que não ocorreu. Resposta – Item errado.
32. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em 2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a recessão atingir outros países. Comentário – O trecho apresenta erro de concordância verbal. Não há concordância entre o sujeito simples “o maior mercado da Europa” e a forma verbal “sofrerão”, flexionada na terceira pessoa do plural. Eis a forma correta: “o maior mercado da Europa sofrerá”. Resposta – Item errado.
(...)
Dados
Nacional
da
Comissão
mostram
que
a
de
Relações
entrada
do
Exteriores
país
e
resultará
Defesa em
um
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 13
12,7
milhões
de
(aproximadamente
km2, 76%
PIB do
superior
PIB
da
a
U$
América
1 do
trilhão Sul)
e
comércio global superior a US$ 300 bilhões. (...) Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008.
33. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11) está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10). Comentário – O verdadeiro núcleo do sujeito simples “Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional” é o termo “Dados”, que pode ser representado pelo pronome “eles”, terceira pessoa do plural. Por isso a forma verbal “mostram” está no plural. Resposta – Item errado.
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30
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 (...) 7
A
participação
popular
e
o
controle
popular
do
poder
guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e racional, com vistas à conquista de algum bem. A política 10
é
exercida
sempre
que
as
pessoas
agem
em
conjunto.
A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder 13
seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas e executadas de modo legítimo. (...) Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).
34. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela estrutura verbal “guardam a ideia” (R.8) cria o pressuposto de ser falsa a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9). Comentário – A estrutura verbal foi empregada na terceira pessoa do plural (“guardam”) porque concorda com o sujeito composto “A participação popular e o controle popular do poder”, que a antecede. É descabido o que afirma o examinador. Pelo pequeno fragmento, já dá para você entender que é verdadeiro o pressuposto de que “o exercício da política é coletivo e racional”. Resposta – Item errado.
Neste ponto, tem início a abordagem dos casos particulares de concordância verbal.
1
Dentro
de
um
mês
tinha
comigo
vinte
aranhas;
no
mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. (...)
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
35. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” (L.1). Comentário – Tentou-se induzir os candidatos a admitirem também o verbo ter como impessoal, a exemplo do verbo haver quando empregado no sentido de existir. Vamos esclarecer o comportamento de cada um desses verbos no que diz respeito à concordância verbal. Em primeiro lugar, o verbo existir é naturalmente pessoal, o que significa dizer que possui sujeito e com ele concordara em número e pessoa. Existem bons alunos neste curso. sujeito
Em segundo lugar, o verbo haver – conforme já foi dito anteriormente – não possui sujeito quando é impessoal, ou seja, quando é empregado com o sentido de existir. Há bons alunos neste curso. obj. direto
Finalmente, o verbo ter, de acordo com a norma culta, só pode ser empregado na oração quando possuir sujeito. Se, no entanto, não possuir, deverá ser substituído pelo verbo haver no sentido de existir. O aluno não teve aula. – conforme a norma culta sujeito
Não tem aula. – desvio da norma culta Não há aula. – conforme a norma culta.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
Tornando a analisar a questão, percebe-se que o verbo ter foi empregado corretamente com o sentido de possuir e como verbo pessoal, cujo sujeito é o pronome pessoal eu, oculto no período. Além disso, o termo “vinte aranhas” funciona como complemento direto desse verbo. Resposta – Item errado.
1
Falei mesmo
de
tempo
observação 4
eleitoral.
esquisitices. a
capacidade
dos
Assisti
seus a
uma
Aqui
está
política
legisladores. eleição
que
uma,
deste
que
povo
Refiro-me aqui
se
fez
prova
e
a
ao
ao
grande processo
em
fins
de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 7
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem eliminar. (...) Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
36. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Caso a expressão “aqui se fez” (L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção gramatical do período. Comentário – Não gera prejuízo a troca sugerida pela banca examinadora. Originalmente, tem-se voz passiva sintética; posteriormente, voz passiva analítica. Mas o que deve chamar nossa atenção aqui é a concordância estabelecida entre o verbo e o seu sujeito. Nas duas estruturas, o verbo fazer mantém-se em terceira pessoa do singular para concordar com “eleição”, antecedente do pronome relativo “que” e pelo qual se faz representar na função de sujeito. Caso o termo estivesse pluralizado (eleições), o verbo deveria ser empregado também no plural.
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33
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Resposta – Item errado.
(...) 31
Os
meus
pupilos
não
são
os
solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares. (...) Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
37. (Cespe/TCU/Analista
de
Controle
Externo/2008)
A
forma
verbal
“formam” (L.31) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (L.32) expressa. Comentário – Embora haja a possibilidade de o verbo concordar com a ideia de coletividade que o substantivo traz consigo, conforme expliquei acima, esse não é o caso aqui. O verbo “formam” foi empregado na terceira pessoa do plural por concordar com a expressão “Os meus pupilos”, que funciona sintaticamente como seu sujeito. A questão é interessante por comprovar que o Cespe, assim como nós, também está atento a mais este caso particular de concordância verbal. Resposta – Item errado.
(...)
7
o
mesmo
Hoje,
uma
princípio
em
dezena benefício
de da
sítios
na
inovação
Internet no
mundo
usa dos
negócios. (...) Veja, 20/8/2008 (com adaptações).
38. (Cespe/Serpro/Analista/2008) O desenvolvimento das idéias do texto permite que se substitua “uma dezena de” (L.7) pela expressão cerca
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os argumentos. Comentário – Que tal reescrevermos a passagem já com a substituição que a banca examinadora propôs? Veja como fica: Hoje, cerca de dez sítios na Internet usa o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos negócios. Já deu para perceber o prejuízo gramatical? Sem fazer outras modificações, o período torna-se incorreto. O verbo usa deveria ser, agora, flexionado no plural (usam) para concordar com o substantivo sítios. Resposta – Item errado.
(...) 22
25
Não
superfície
para
parte
mundo
do
precisamos
explicar que
o
mundo,
exige
usar
porque
explicação.
Ela
realidade ao qual nos relacionamos. A ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.
ela é
a mesma
um
dado
superfície
é da
pode
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
39. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal “exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o pronome
“ela”
(L.22),
que,
por
sua
vez,
retoma,
por
coesão,
“superfície” (L.22). Comentário – De fato, o pronome pessoal “ela” faz referência ao substantivo “superfície”. Entretanto, o sujeito da forma verbal “exige” é o pronome relativo “que”, representante semântico da expressão “parte do mundo”, que – por encontrar-se no singular – obriga o verbo a se mantaer também no singular. Resposta – Item errado. www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
(...) Tempo, 13
penetram primitivo,
espaço
o
nosso
e
que
e
matéria
conhecimento evoluíram
são, das
por
pois,
coisas, meio
ideias
desde
das
o
que mais
especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as 16
integraram
em
um
nível
mais
profundo
de
síntese,
uma
unificação que levou milênios para ser atingida. José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
40. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento das coisas” (L.13). Comentário – É importante perceber que, ao se admitir como verdade a assertiva da banca examinadora, surge instantaneamente um erro de concordância entre o sujeito e o verbo: nosso conhecimento das coisas evoluíram... Note que o núcleo do sujeito faz-se representar pela terceira pessoa do singular (ELE) e que isso obriga o verbo a flexionar-se igualmente em número e pessoa (EVOLUI), o que não acontece. Então, qual é o verdadeiro antecedente do pronome relativo? Acertou se você disse “ideias”, de acordo com a linha argumentativa do texto e em observância às normas gramaticais. Resposta – Item errado.
(...) 10
poder
O
que
heterogêneas
e
há em
são
constante
relações
transformação.
de O
poder
é, portanto, uma prática social constituída historicamente. (...) www.pontodosconcursos.com.br
36
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
41. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (R.9) for substituída por existe. Comentário – Você já sabe que o verbo haver pode substituir o verbo existir, e vice-versa. O detalhe é que o primeiro é impessoal (não tem sujeito) e o segundo, pessoal (possui sujeito, com o qual deve concordar em numero e pessoa). Para saber se a forma existe pode mesmo substituir a forma “há”, você precisa identificar que termo funcionará como sujeito daquele verbo. Sintaticamente, o pronome relativo “que” é o sujeito. Diz a regra gramatical que, nesse caso, a concordância deve ser feita com o antecedente do relativo: o pronome demonstrativo “O” (= Aquilo), terceira pessoa do singular. Resposta – Item certo.
(...) 13
Os
EUA
cúpula. 16
tornaram-se
Raúl
Castro
não
o
saco
foi
o
de
único
pancadas a
nessa
responsabilizar
os
EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do crédito, que está comprometendo muitas outras economias. (...) Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
42. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16) vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15). Comentário – A concordância é feita com a expressão “crise do crédito”, semanticamente substituída pelo pronome relativo “que”.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Resposta – Item errado.
O que é o que é? 1
de 4
Se
recebo
um
quem
não
gosto
presente —
como
dado se
com
carinho
por
o
sinto?
chama
que
pessoa Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...) Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
43. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?” (L.4), tendo como resultado como se chamam (...). Comentário – Notou que temos uma construção característica de voz passiva sintética em “como se chama essa mágoa e esse rancor?” Essa passagem equivale-se a seguinte estrutura de voz passiva analítica: “como é chamada essa mágoa e esse rancor?”. Pois bem, você sabe que toda voz passiva possui sujeito, certo? Analise o trecho com mais calma e perceba que a expressão “essa mágoa e esse rancor” constitui o sujeito composto da forma verbal “chama”. Perceba ainda que os núcleos “mágoa” e “rancor” são substantivos sinônimos, o que permite ao verbo manter-se no singular em concordância atrativa com o núcleo mais próximo, ou se flexionar para concordar com todos os núcleos: “como se chamam essa mágoa e esse rancor?” ou “como são chamados essa mágoa e esse rancor?”. Resposta – Item certo.
(...) 16
Em mundial,
geral, nessa
cinco crise:
fatores o
aumento
estão da
atuando, produção
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em
escala
subsidiada
de 38
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 biocombustíveis; 19
o
incremento
dos
custos
com
a
alta
do
petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil; a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise
22
norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge. (...) O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro. 23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações).
44. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem manteria a correção gramatical do texto. Comentário – A flexão do infinitivo para concordar com o sujeito da oração é assunto que gera muitas discussões entre estudantes, sejam eles professores ou alunos. Em geral podemos seguir as orientações abaixo. I. Flexiona-se o infinitivo quando há sujeito claro, explícito na mesma oração em que surge o verbo no infinitivo. Não é necessário [vocês chegarem cedo]. sujeito
II. Mesmo não estando explícito o sujeito, pode-se flexionar o infinitivo para evitar ambiguidade. Está na hora [de começar o trabalho]. (Quem: eu, você?) Está na hora [de (nós) começarmos o trabalho]. III.
Quando o sujeito do infinitivo for diferente do sujeito da
oração anterior, também ocorrerá a flexão.
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39
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 [Vejo] [(vocês) estarem atrasados novamente]. IV.
Sendo os sujeitos iguais, a flexão é facultativa.
[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os problemas da empresa]. – o sujeito comum das orações é nós. V.
Atente agora para a estrutura formada por PREPOSIÇÃO A
+ INFINITIVO, pois o Cespe aceita tanto a flexão como a não flexão. O rapaz ajudava as garotas a se superar/superarem sujeito
VI.
Com a voz passiva, a flexão é obrigatória.
As tarefas a serem feitas são essas. Resposta – Pelo que foi explicado anteriormente, em especial no item V, o item está certo. A forma verbal “apostar” pode flexionar-se em terceira pessoa do plural para concordar com o seu sujeito: “investidores”, mesmo diante da preposição “a”.
A partir de agora, trataremos da concordância nominal. Admito que não é fácil selecionar questões sobre esse assunto elaboradas recentemente pelo Cespe. Ao que parece, essa banca examinadora privilegia os casos de concordância verbal. Por isso mesmo, o alcance aqui será menor. Meu intuito não é derramar sobre você uma avalanche de informações “desnecessárias”, mas sim orientá-lo quanto aos prováveis questionamentos sobre concordância nominal feitos pelo Cespe.
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40
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 (...)
Em
considerou anterior 7
setembro,
a
de
medida dois
como
comunicado, como
milhões uma
de
tentativa
parte
grupo
complementar
barris de
o diários,
estabilizar
do
corte
anunciado a
cotação
em do
petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...) O Globo, 18/12/2008.
45. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6) concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino singular. Comentário – Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se comportar como um adjetivo, os verbos no particípio flexionam-se em gênero e número para concordar com o substantivo a que se referem. É possível os verbos no particípio surgirem acompanhados de outros verbos (auxiliares), formando com eles uma locução verbal. Nesses casos, os verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, fica) flexionam-se em pessoa, número, tempo e modo. Exemplos: Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. (inadequado) Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. (adequado) ...[sujeito: as visitas diurnas] ... [núcleo do sujeito: visitas] ...[visitas: substantivo feminina plural] Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado) Foi corrigido o valor das moedas locais (adequado) ...[sujeito: o valor das moedas locais]
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41
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 ...[núcleo do sujeito: valor] ...[valor: substantivo masculino singular Resposta – Item certo.
Esse tipo de concordância, que envolve a relação entre adjetivo-particípio e substantivo, surge frequentemente nas provas do Cespe. Eis abaixo outras questões semelhantes.
Toda
1
de
4
a
questão
penetrar
organização
e
partir
que
do
superfície:
os
conhecimento,
fenômenos
seu
e
funcionamento,
se
aquela
do
deve
que
se
dizer pode
denominar dedica
como
desejo
sua
lógica,
ser
pensada
uma a
filosofia
tratar
crítica
a de e
analiticamente o mundo das superfícies. (...) Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
46. (Cespe/TCE-AC/Analista
de
Controle
Externo/2009)
A
flexão
de
feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica” (L. 2). Comentário – O vocábulo “pensada”, que surge em forma de adjetivoparticípio, concorda com o substantivo feminino singular “questão”, núcleo do sujeito “Toda a questão do conhecimento”. Resposta – Item errado. 47. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Quanto à correção gramatical e às exigências da redação oficial, julgue o fragmento de texto apresentado a seguir, transcrito e adaptado de www.stf.gov.br.
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42
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 A
consolidação
adotados ações
pelo
de
precedentes
STF,
em
semelhantes
e
certos a
ou
de
casos,
entendimento evita
multiplicação
o
de
uniforme
surgimento processos
de para
apreciação em todos os níveis de jurisdição. Comentário – Todo texto escrito em linguagem formal deve ser pautado nas regras gramaticais vigentes. Isso também se aplica à redação oficial. Portanto, o adjetivo “adotados” deveria flexionar-se no feminino singular para concordar com o substantivo “consolidação”, núcleo da expressão “A consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme”. Resposta – Item errado.
(...) 7
Como
nada
internacionalização
só
ainda será
deu
certo
aceitável
no
quando
planeta, se
a
cumprirem
duas premissas. (...) Roberto Pompeu de Toledo. Amazônia: premissas para sua entrega. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações).
48. (Cespe/STJ/Analista
judiciário/2008)
Preservam-se
a
correção
gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a expressão “se cumprirem” (L.7) por forem cumpridas. Comentário – A passagem original constitui voz passiva sintética. Nela, o verbo “cumprem” concorda em número e pessoa com o sujeito “duas premissas”. A substituição proposta faz surgir voz passiva analítica ou verbal (verbo auxiliar + verbo principal), em que o verbo principal (“cumpridas”) assume a forma nominal de particípio. Como já disse, o particípio concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere: “premissas”, feminino plural. Resposta – Item certo.
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43
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Lembre-se também de que, conforme a regra geral de concordância nominal, o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o numeral adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero e número. O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças. Adj.
Art.
A
1
4
criação
da
ABIN,
Num. Adj.
em
1995,
mediante ações de coordenação do fluxo necessárias às decisões de governo, no que aproveitamento
7
Pron. Adj.
de
oportunidades,
aos
proporcionou de diz
ao
informações respeito ao
antagonismos
e
às
ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da sociedade e do país. (...) Internet: (com adaptações).
49. (Cespe/ABIN/Agente de Inteligência/2008) A substituição do termo “necessárias” (L.4) por necessário mantém a correção gramatical do texto. Comentário – Observe que, originalmente, o adjetivo “necessárias” qualifica o substantivo “informações”. Note que ambos concordam em gênero (feminino) e número (plural). A substituição sugerida pela banca examinadora muda a referência para o substantivo “fluxo” (“fluxo de informações
necessário”).
Apesar
de
causar
leve
desvio
na
linha
argumentativa do texto, a alteração não traz prejuízo à correção gramatical do texto. Resposta – Item certo.
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44
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 (...) Tempo, 13
penetram
espaço
o
primitivo,
nosso
e
e
matéria
conhecimento
que
evoluíram
são, das
por
pois,
coisas, meio
ideias
desde
das
o
que mais
especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as 16
integraram
em
um
nível
mais
profundo
de
síntese,
uma
unificação que levou milênios para ser atingida. José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
50. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um nível mais profundo de síntese” (R.16), a expressão “uma unificação que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a argumentação ou a correção gramatical do texto. Comentário – A primeira coisa a fazer é identificar, no texto original, o referente do adjetivo atingida: “uma unificação” (expressão representada semanticamente pelo pronome relativo “que”). O núcleo “unificação” – feminino singular – levou o adjetivo “atingida” a concordar em mesmo gênero e número. Agora, vamos reescrever a passagem como foi sugerido pela banca examinadora: “...um nível mais profundo de síntese, o que levou milênios para ser atingida”. Percebeu que o adjetivo “atingida” tem como referência
o
pronome
demonstrativo
“o”?
Semanticamente,
ele
é
representado pelo relativo “que”; como elemento de coesão, retoma a expressão “um nível mais profundo de síntese”, cujo núcleo é o substantivo masculino singular “nível”. Observe que tudo contribui para que o adjetivo “atingida” seja empregado no masculino singular. Como isso não ocorreu, houve prejuízo. Resposta – Item errado.
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45
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
(...) Com ele [o hipertexto], ler o mundo tornou-se virtualmente 10
possível,
haja
vista
que
sua
natureza
imaterial
o
faz
ubíquo
por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta, 13
a qualquer hora simultaneamente.
do
dia
e
por
mais
de
um
leitor
Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In: L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações).
51. (Cespe/Serpro/Analista/2008) Na linha 10, a flexão de feminino em “haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”. Comentário – A expressão “haja vista” sempre está correta empregada no singular, independentemente de o termo a que se refere estar no singular ou no plural. No texto, a referência é toda a oração “que sua natureza imaterial o faz ubíquo”. É importante ressaltar que, mesmo nos casos em que a flexão é permitida – como foi explicado quando tratamos da concordância verbal, o segundo elemento da expressão (“vista”) mantém-se invariável. Parece-me que a banca examinadora tentou confundir os candidatos induzindo-os a raciocinar em função da concordância nominal que envolve o emprego da expressão “a olhos vistos”. Em “haja vista”, o substantivo “vista” é invariável: Haja vista o silêncio. Haja(m) vista os barulhentos. Em “a olhos vistos”, a expressão fica invariável ou a palavra “vistos” concorda com o substantivo a que se refere: Ela cresce a olhos vistos.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Ela cresce a olhos vista. Resposta – Item errado.
Como “seguro morreu de velho”, apresento agora algumas expressões que merecem cuidado especial. 1.
É bom, é necessário, é preciso, é permitido, é proibido Æ quando o sujeito dessas expressões estiver determinado (por artigos, pronomes ou numerais adjetivos), a concordância será feita normalmente; se, entretanto, não existir determinante, a expressão ficará invariável. É proibida a entrada. É proibido entrada. Água é bom para a saúde. Esta água é boa para a saúde.
2.
Todo = totalmente Æ poderá flexionar-se em gênero e número para concordar com o (pronome) substantivo a que se refere. Ele vinha todo de branco. Elas vinham todas de branco.
CUIDADO! Eles são todo-poderosos. Elas são todo-poderosas. Essa expressão pode ter seu segundo elemento flexionado, mas não o primeiro!!!
3.
Ao tratarmos de cores, observaremos o seguinte: a) se a cor é representada por adjetivo, varia; sapato branco camisas amarelas www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 b) se a cor é representada por substantivo, não varia; sapatos cinza camisas rosa c) se a cor é representada por adjetivo + adjetivo, só o último elemento varia; blusas verde-claras camisas azul-escuras d) se a cor é representada por adjetivo + substantivo, o composto fica invariável. blusas verde-limão calças azul-piscina
Fiquemos por aqui.Bons estudos e que Deus o(a) abençoe! Professor Albert Iglésia
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
(...)
Os
professores dos 22
são
alunos,
avaliados
dos
cumprimento
pais
das
em e
quatro
do
metas
frentes:
diretor
e
acadêmicas.
recebem
ainda Aos
notas
outra
pelo
melhores,
é
concedido bônus no salário. Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
1.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O emprego de vírgula logo após “alunos” (l. 21) justifica-se por isolar elementos de mesma função gramatical.
Um
1
distante
Brasil das
com
desemprego
estatísticas
que
zero.
apontam
Um
para
Brasil
uma
bem
taxa
de
desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 4
mercado
de
trabalho
nas
mãos
de
empreendedores
locais,
formais e informais. Cerca de 30 cidades devem integrar esse Brasil fora das estatísticas. São exceções e prova viva da 7
força E
empreendedora
representam,
do
ainda,
a
interior
e
força
do
de
seu
papel empregador.
agronegócio,
o
avanço
ao
consumo da classe C e os efeitos na economia dos programas 10
de
transferência
de
renda,
afirmou
Luiz
Carlos
Barboza,
diretor do SEBRAE Nacional. O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações).
2.
(Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” (l. 2) é adjetiva explicativa.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 3.
(Cespe/STF/Técnico
Judiciário/2008)
O
emprego
de
vírgula
após
“Barboza” (l. 10) justifica-se por isolar o aposto subseqüente.
4.
(Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007 – adaptada) Julgue o item abaixo quanto à correção gramatical. Elas não entregam mais seus ouvidos e, com eles, os seus votos, aos chefetes locais. Isso anuncia surpresas importantes nas eleições municipais de 2008.
(...)
Sócrates
aconselhava
ao
legislador
que
quando houvesse
de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora, os
ho-
mens aqui amam o governo e a tribuna, gostam de 13
propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e o
partido
que
não
folheia
a
gramática
política
acha
naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a 16
gramática corrupta.
na O
mão que
julga
estamos
a
linguagem
vendo
é
a
alheia
obsoleta
impressão
em
e
dous
exemplares da mesma gramática. 5.
(Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Na linha 13, o emprego de vírgulas após “propor”, “votar”, “discutir” e “atacar” justifica-se por isolar expressões de natureza apositiva.
(...) também, 7
algumas
Ela dos
consensos
grandes
precisamente
que
questões o
país
se que
consegue
nacionais, adote
alimenta,
uma
estabelecer
as rota
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sobre
que
possibilitam
de
crescimento
50
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 econômico, 10
desenvolvimento
social
e
pleno
respeito
à
liberdade. Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações).
6.
(Cespe/TSE/Técnico
Judiciário/2007)
O
emprego
de
vírgula
após
“econômico” (l. 9) justifica-se por separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma enumeração.
(...) Em 10
seu
clássico
A
Metodologia
Econômica (1953), tornou clara econômica e economia política. A hipóteses
empiricamente
da
Ciência
a diferença entre ciência primeira seria formada por
refutáveis,
enquanto
a
segunda,
por
prescrições baseadas em juízos de valor. Paulo Guedes. O Globo, 27/11/2009, p. 7 (com adaptações)
7.
(Cespe/TSE/Técnico
Judiciário/2007)
O
emprego
da
vírgula
após
“segunda” (l. 11) justifica-se pela elipse da repetição da expressão “seria formada” (l. 10).
(...) Quando 7
econômica tipos
de
se
indica ação:
trata que
de o
aumento
crescimento
resultado da
sustentado,
positivo
produtividade
é ou
fruto
a
teoria
de
acumulação
dois de
capital (físico e humano). (...) Folha de S.Paulo, 1º/12/2006 (com adaptações).
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51
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 8.
(Cespe/TSE/Técnico
Judiciário/2007)
O
emprego
da
vírgula
após
“sustentado” (l. 6) justifica-se por isolar oração subordinada anteposta à principal.
Breve histórico A idéia de criação de um Tribunal de Contas surgiu, pela primeira
1
vez no Brasil, em 23 de junho de 1826, com a iniciativa de Felisberto 4
Caldeira Brandt, Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaram projeto de lei nesse sentido ao Senado do Império. (...) Conheça o TCU. Internet:. Acesso em 10/4/2005 (com adaptações).
9.
(Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2005) O emprego da vírgula antes de “que” (l.3) justifica-se pelo valor restritivo da oração adjetiva que esse pronome introduz.
A montanha mágica (...) A
Montanha
Mágica
é
um
romance
muito
antigo. Mas,
sendo antigo, de repente, é atual, por causa da metáfora viva que contém e que os sábios do Fórum Econômico 25
Mundial montanha
28
ressuscitaram. de
dinheiro
Que
mágica
acumulado
pelo
se
pode
fazer
hipercapitalismo
na para
sanar os males que corroem as vísceras de nossa comunidade? Penso se o mundo não foi sempre um sanatório em Davos. Affonso Romano de Sant’anna, Correio Braziliense, 6/2/2005 (com adaptações).
10. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2005) É facultativo o emprego da vírgula imediatamente após “Mas” (l.23).
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52
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
(...) Não 10
me
segundo imposto
resolveria, ano
de
é
claro,
administração
suportável.
Adotei-a
logo
a
pôr
a
em
prática
equidade
no
que
começo.
A
torna receita
no o em
1928 cresceu bastante. E, se não chegou à soma agora 13
alcançada, é que me foram indispensáveis alguns meses para corrigir
irregularidades
muito
sérias,
prejudiciais
à
arrecadação. Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
11. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) A colocação de vírgula logo após “equidade” (l.10) não prejudicaria a correção gramatical nem alteraria o sentido original do texto.
A
1
questão
tributária
é
mais
saber
por
importante que
a
para
estamos
entender propondo.
a
reforma
Não
é
um
projeto que sai do nada, mas que herda muito das discussões 4
realizadas sobre o tema desde o início da década passada no Brasil.
Naturalmente
este
tem
algumas
diferenças
em
relação
aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo 7
longo
de
transição,
um
modelo
importante
para
viabilizar
política e tecnicamente sua implantação. Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos de Problemas Brasileiros, nº 391, jan./fev./2009 (com adaptações).
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53
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 12. (Cespe/SEFAZ-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Assinale a opção em que a colocação de vírgula(s) em trecho do texto atende à prescrição gramatical e preserva o sentido original. A)
A questão, mais importante para entender a reforma tributária é, saber por que a estamos propondo. (l.1-2)
B)
Não é um projeto, que sai do nada, mas que herda muito, das discussões realizadas sobre o tema, desde o início da década passada no Brasil. (l.2-5)
C)
Naturalmente, este tem algumas diferenças em relação aos projetos anteriores. (l.5-6)
D)
A principal é que prevê um prazo longo de transição, um modelo, importante para viabilizar política e tecnicamente, sua implantação. (l.6-8)
Um
1
governo,
ou
uma
sociedade,
nos
tempos
modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta 4
como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia. (...) Rogério Gesta Leal. Poder político, estado e sociedade. Internet: (com adaptações).
13. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 3, seriam preservadas as relações semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a precede.
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54
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Um
1
fator
a
ser
revisto
no
MERCOSUL
é
o
foco:
não
adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. É preciso focar as ações de modo pragmático, com as seguintes 4
prioridades:
concluir
a
união
aduaneira;
eliminar
barreiras
jurídicas e monetárias; facilitar os negócios entre as empresas dos países-membros e obter financiamentos em nome do bloco 7
no Banco Mundial, para ampliar a infra-estrutura regional, o que até agora sequer foi pleiteado. (...) Abram Szajman. O Globo, 26/11/2006 (com adaptações).
14. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Na linha 1, a substituição do sinal de dois-pontos por ponto final, com a modificação de inicial minúscula para maiúscula na palavra “não”, prejudica a correção gramatical do texto.
O
1
da
poder
natureza,
político como
é
produto
postulava
de
uma
Aristóteles,
e
convenção, nasce
não
juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 4
toda
a
direitos
sua
liberdade
naturais,
natural,
a
fim
consubstanciados
de
na
protegerem
propriedade,
os na
seus vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de 7
sociedade, contato
10
o
com
homem
não
outras
pessoas.
conjugal
tem
o
escopo
espécie.
De
outro
lado,
é
um
de
De
ente
isolado,
um
possibilitar a
sociedade
lado, a
avesso a
sociedade
perpetuação política
ao
visa
da à
preservação da propriedade. (...) Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações).
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55
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 15. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 10, preserva-se a correção gramatical do texto ao se substituir o ponto logo depois da palavra “espécie” pelo sinal de dois-pontos, fazendo-se o necessário ajuste da letra inicial maiúscula da preposição “De”.
1
Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente
4
atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real, nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,
7
somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência prematura de seus produtos. (...) Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).
16. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao se substituir a vírgula logo depois de “modismos” (l. 6) por pontoevírgula.
1
Um
fator
a
ser
revisto
no
MERCOSUL
é
o
foco:
não
adianta debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. É preciso focar as ações de modo pragmático, com as seguintes 4
prioridades:
concluir
a
união
aduaneira;
eliminar
barreiras
jurídicas e monetárias; facilitar os negócios entre as empresas dos países-membros e obter financiamentos em nome do bloco 7
no Banco Mundial, para ampliar a infra-estrutura regional, o que até agora sequer foi pleiteado. (...) www.pontodosconcursos.com.br
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Abram Szajman. O Globo, 26/11/2006 (com adaptações).
17. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) O emprego de sinal de ponto e vírgula (l. 4-5) justifica-se por isolar elementos de uma enumeração.
(...) Modernidade
seria
assegurar
a
todos
os
habitantes
do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício 13
dos
direitos
democráticos.
Por
isso,
dão
mais
valor
a
um
modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população alimentação, 16
bibliotecas, pensam
19
moradia,
rápida sólidas
parques
assim,
é
escola, públicos.
sistema
hospital,
transporte
Modernidade,
judiciário
eficiente,
para
coletivo, os
com
e democrática da justiça; são instituições e eficazes; é o controle nacional das
que
aplicação públicas decisões
econômicas. Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
18. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no último período sintático do texto, apresenta a dupla função de deixar claras as relações sintático-semânticas marcadas por vírgulas dentro do período e deixar subentender “Modernidade” (l.16) como o sujeito de “é sistema” (l.17), “são instituições” (l.18) e “é o controle” (l.19).
(...) 10
ilusão a
13
Os de
riscos;
sintomas
invulnerabilidade, um
esforço
são que
gera
coletivo
conhecidos: otimismo para
contrárias às teses dominantes; uma moralidade das ações dos membros do
e
pode
neutralizar
uma levar visões
crença absoluta na grupo; e uma visão
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57
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 distorcida
dos
inimigos,
comumente
vistos
como
iludidos,
fracos ou simplesmente estúpidos. (...) Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações).
19. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Nas linhas 11, 12 e 13, o uso do sinal de ponto e vírgula, para separar termos de enumeração, preserva a hierarquia de informações, já que há necessidade de emprego de vírgula na estruturação sintática de alguns desses termos.
Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi
1
a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente 4
atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real, nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e imediata. Obcecados por conveniência, velocidade e modismos,
7
somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência prematura de seus produtos. (...) Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações).
20. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) Preservam-se a coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao se substituir o ponto empregado logo depois de “tecnologia” (l. 4) pelo sinal de dois-pontos, escrevendo-se a palavra seguinte com letra minúscula.
Os
(...) professores
são
avaliados
em
quatro
frentes:
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recebem
notas 58
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 dos 22
alunos,
cumprimento
dos
pais
das
e
do
metas
diretor
e
acadêmicas.
ainda Aos
outra
pelo
melhores,
é
concedido bônus no salário. Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).
21. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Na linha 20, o sinal de dois-pontos é empregado para indicar que, subseqüentemente, há uma explicação.
(...) 7
A
sociologia
trabalha
com
a
concepção
dessa
relação
entre
o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 10
com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros? unidade
Não
há,
assim,
fechada
em
uma si
visão
de
mesma,
homem
como
como
Homo
uma
clausus.
(...) Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
22. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego do sinal de dois-pontos, na linha 9, anuncia que uma consequência do que foi dito é explicitar a pergunta proposta pela sociologia.
1
Geralmente, Partido vencedor
4
acordos, minorias.
vencido é
as
oposições
contesta
a
simultaneamente
dividindo No
antigo
os
não
gostam
eleição
do
vencedor,
vencido,
e
vice-versa.
deputados;
regímen
dos
iniciou-se
mas uma
governos. e
partido
Tentam-se
ninguém
aceita
representação
de
minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que
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59
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 7
estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. Continuou praticamente o sistema da lavra única. (...) Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3.
23. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Se os travessões das linhas 7 e 8 forem substituídos por vírgulas, o período fica incorreto.
Num
1
país
territorialmente
gigante,
em
que
a
censura
restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao 4
aproximar
moradores
urbanos
e
rurais,
que
falam
dialetos
variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas por minuto. É o segundo país com mais 7
usuários online no mundo — cerca de 162 milhões —, atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA), onde há quase 200 milhões. Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações).
24. (Cespe/TCU/Técnico de Controle Externo/2007) Na linha 7, preservam– se a correção gramatical e a coerência textual ao se retirarem os sinais de travessão, inserindo-se uma vírgula logo após “mundo”.
1
O
uso
desafio. 4
do
espaço
Sobretudo
público porque
nas
algumas
grandes regras
cidades básicas
é
um
de
boa
convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo
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60
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 entrar
a
qualquer
preço,
sem
esperar
e
dar
passagem
aos
demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 7
de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam o
convívio
educação. 10
urbano
bombardeando funcionarem. urgência
uma
Convencidos a
conscientização
13
em
—
experiência
disso,
empresas
população e
multas,
uma
mudança
da
de
e
com
quando
Independentemente
para
ruim.
só
as
A
saída
é
a
governos
estão
campanhas
de
advertências
estratégia,
comportamento
o
senso
na
não de
sociedade
brasileira veio para ficar. (...) Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações).
25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 11, a presença da conjunção “e” torna desnecessário o uso do travessão, que tem apenas a função de enfatizar a aplicação de “multas”; por isso, a retirada desse sinal de pontuação não prejudicaria a correção nem a coerência do texto.
(...) 7
10
No
estado
de
casa
parada,
sol,
da
os
lua,
conceitos
repouso aquela no de
e
pedra céu lugar
de
movimento
atirada — que
que
estão
dos cai,
objetos o
movimento
intimamente
ocupam
—
esta do
associados
sucessivamente
os
corpos, de espaço e de tempo. (...) José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
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61
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 26. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) O uso dos travessões, nas linhas 7 e 9, marca a inserção de uma informação que também poderia ser assinalada por duas vírgulas; mas, nesse caso, o texto não deixaria clara a hierarquia de informações em relação aos termos da enumeração já separados por vírgulas.
27. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Assinale a opção que apresenta erro de pontuação. A)
Pela primeira vez, a população de Belo Horizonte vai poder escolher, por meio da Internet, as obras que serão executadas na cidade. Disponível no período de 1.º a 30 de novembro, a nova modalidade, conhecida por Orçamento Participativo Digital, tem parceria entre a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) e o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
B)
O novo sistema baseia-se em dados fornecidos pelo TRE-MG à PBH (quantitativo de eleitores, número do título de eleitor etc.), e foi solicitado pelo prefeito de BH, Fernando Pimentel, há cerca de seis meses, ao então presidente da instituição, Armando Pinheiro Lago.
C)
O voto via Internet será permitido apenas para aqueles com domicílio eleitoral na capital (aproximadamente 1,7 milhão de pessoas), que poderão decidir pelo conjunto de nove obras (quatro em cada regional) que serão feitas no município em um prazo máximo de dois anos.
D)
Para votar, o cidadão deve entrar no sítio da PBH. Quem não tiver acesso à Internet em casa pode ir até um dos 175 postos públicos montados, pela PBH onde haverá monitores para ajudar aqueles que não estão acostumados a lidar com computador. Opções adaptadas. Internet: .
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62
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
O
real
não
é
constituído
1
por
coisas.
Nossa
experiência direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar que o real é feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), 4
isto nossa
é,
de
objetos
percepção
e
físicos, às
psíquicos,
nossas
culturais
vivências.
Assim,
oferecidos por
à
exemplo,
costumamos dizer que uma montanha é real porque é uma 7
coisa. No entanto, o simples fato de que uma coisa possua um nome e de que a chamemos montanha indica que ela é, pelo
10
menos, uma coisa-para-nós, isto é, que possui um sentido em nossa experiência. (...) Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações).
28. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Como, no primeiro parágrafo, os parênteses demarcam a inserção de uma informação, a sua substituição por duplo travessão preservaria a coerência e a correção do texto.
Mário
1
aprofundar
de o
Andrade estudo
assim
justificou
a
necessidade
de
etnológico:
“Nós
não
precisamos
de
teóricos (...) Precisamos de moços pesquisadores que vão à 4
casa recolher com seriedade e de maneira completa o que esse povo
guarda,
e
rapidamente
esquece,
desnorteado
pelo
progresso invasor (...).” (...) Mariana Albanese. Op. cit., p. 19 e 23.
29. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) O emprego de aspas justifica-se por isolar uma citação.
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63
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 (...) 7
A
sociologia
trabalha
com
a
concepção
dessa
relação
entre
o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 10
com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros?
Não
unidade 13
há,
assim,
fechada
Estaríamos complexas
em
uma si
mesma,
envolvidos, de
visão
de
homem
como
do
“exterior”
uma
Homo
clausus.
em
tramas
constantemente,
internalização
como
e,
também,
de
rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. (...) Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
30. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O emprego das aspas nos termos das linhas 8, 14 e 15 ressalta, no contexto, o valor significativo não usual desses termos.
No
1
mundo
moderno
em
que
vivemos,
é
certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. A imensa 4
variedade gerou
as
de
corpos
noções
de
e
acontecimentos matéria,
de
que
espaço
nos e
envolvem de
tempo,
fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...) José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
31. (Cespe/Antaq/Especialista
–
Economista/2009)
Preservam-se
a
coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros.
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64
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
32. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical. O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em 2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a recessão atingir outros países.
(...)
Dados
Nacional
da
Comissão
mostram
que
a
de
Relações
entrada
do
Exteriores
país
e
resultará
Defesa em
um
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de 13
12,7
milhões
de
(aproximadamente
km2, 76%
PIB do
superior
PIB
da
a
U$
América
1
trilhão
do
Sul)
e
comércio global superior a US$ 300 bilhões. (...) Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008.
33. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11) está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10).
(...) 7
A
participação
popular
e
o
controle
popular
do
poder
guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e 10
racional, com vistas à conquista de algum bem. A política é exercida sempre que as pessoas agem em
conjunto.
A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de www.pontodosconcursos.com.br
65
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 expressão 13
do
consentimento
dos
cidadãos,
para
que
o
poder
seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas e executadas de modo legítimo. (...) Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).
34. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela estrutura verbal “guardam a ideia” (R.8) cria o pressuposto de ser falsa a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9).
Dentro
1
de
um
mês
tinha
comigo
vinte
aranhas;
no
mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. (...) Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
35. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha 1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” (L.1).
1
Falei mesmo
de
tempo
observação 4
eleitoral.
esquisitices. a
capacidade
dos
Assisti
seus a
uma
Aqui
está
política
legisladores. eleição
que
uma,
deste
que
povo
Refiro-me aqui
se
fez
prova
e
a
ao em
ao
grande processo fins
de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 7
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem eliminar. (...) Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.
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66
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
36. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Caso a expressão “aqui se fez” (L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção gramatical do período.
(...) 31
Os
meus
pupilos
não
são
os
solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares. (...) Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
37. (Cespe/TCU/Analista
de
Controle
Externo/2008)
A
forma
verbal
“formam” (L.31) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (L.32) expressa.
(...)
7
o
mesmo
Hoje,
uma
princípio
dezena
em
benefício
de da
sítios
na
inovação
Internet no
mundo
usa dos
negócios. (...) Veja, 20/8/2008 (com adaptações).
38. (Cespe/Serpro/Analista/2008) O desenvolvimento das idéias do texto permite que se substitua “uma dezena de” (L.7) pela expressão cerca de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os argumentos.
(...) 22
Não
superfície
para
parte
mundo
do
precisamos
explicar que
o
exige
mundo,
usar
porque
explicação.
Ela
www.pontodosconcursos.com.br
ela é
um
a mesma dado
é da
67
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 realidade 25
ao
qual
nos
relacionamos.
A
superfície
pode
ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade. Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
39. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal “exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o pronome
“ela”
(L.22),
que,
por
sua
vez,
retoma,
são,
pois,
por
coesão,
“superfície” (L.22).
(...) Tempo, 13
penetram primitivo,
espaço
o
nosso
e
que
e
matéria
conhecimento evoluíram
das
por
coisas, meio
ideias
desde
das
o
que mais
especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as 16
integraram
em
um
nível
mais
profundo
de
síntese,
uma
unificação que levou milênios para ser atingida. José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
40. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento das coisas” (L.13).
(...) 10
poder
O
que
heterogêneas
e
há em
são
constante
relações
transformação.
de O
poder
é, portanto, uma prática social constituída historicamente. (...) Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
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68
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 41. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (R.9) for substituída por existe.
(...) 13
Os
EUA
cúpula. 16
tornaram-se
Raúl
Castro
não
o
saco
foi
o
de
único
pancadas a
nessa
responsabilizar
os
EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do crédito, que está comprometendo muitas outras economias. (...) Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
42. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16) vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15).
O que é o que é? 1
de 4
Se
recebo
um
quem
não
gosto
presente —
como
dado se
com
carinho
por
o
sinto?
chama
que
pessoa Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...) Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
43. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?” (L.4), tendo como resultado como se chamam (...).
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69
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 (...) Em
16
mundial,
geral, nessa
cinco crise:
fatores o
estão
aumento
da
atuando, produção
em
escala
subsidiada
de
biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do 19
petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil; a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise
22
norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge. (...) O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro. 23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações).
44. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem manteria a correção gramatical do texto.
(...) considerou
Em a
medida
comunicado, como
parte
o
grupo
complementar
do
corte
anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em 7
setembro,
como
uma
tentativa
de
estabilizar
a
cotação
do
petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...) O Globo, 18/12/2008.
45. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6) concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino singular.
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70
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 Toda
1
de
4
a
questão
penetrar
os
organização
e
partir
que
do
superfície:
do
conhecimento,
fenômenos
seu
e
funcionamento,
se
aquela
deve
que
dizer pode
denominar
se
dedica
como
desejo
sua
lógica,
ser
pensada
uma a
filosofia
tratar
crítica
a de e
analiticamente o mundo das superfícies. (...) Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície. In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
46. (Cespe/TCE-AC/Analista
de
Controle
Externo/2009)
A
flexão
de
feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica” (L. 2).
47. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Quanto à correção gramatical e às exigências da redação oficial, julgue o fragmento de texto apresentado a seguir, transcrito e adaptado de www.stf.gov.br. A
consolidação
adotados ações
pelo
de
precedentes
STF,
em
semelhantes
e
certos a
ou
de
casos,
entendimento evita
multiplicação
o
de
uniforme
surgimento processos
de para
apreciação em todos os níveis de jurisdição.
(...) 7
Como
nada
internacionalização
só
ainda será
deu
certo
aceitável
no
quando
planeta, se
a
cumprirem
duas premissas. (...) Roberto Pompeu de Toledo. Amazônia: premissas para sua entrega. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações).
48. (Cespe/STJ/Analista
judiciário/2008)
Preservam-se
a
correção
gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a expressão “se cumprirem” (L.7) por forem cumpridas. www.pontodosconcursos.com.br
71
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6
A
1
4
criação
ABIN,
em
1995,
proporcionou
mediante ações de coordenação do fluxo necessárias às decisões de governo, no que aproveitamento
7
da
de
oportunidades,
aos
de diz
ao
informações respeito ao
antagonismos
e
às
ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da sociedade e do país. (...) Internet: (com adaptações).
49. (Cespe/ABIN/Agente de Inteligência/2008) A substituição do termo “necessárias” (L.4) por necessário mantém a correção gramatical do texto.
(...) Tempo, 13
penetram primitivo,
espaço
o
nosso
e
que
e
matéria
conhecimento evoluíram
são, das
por
pois,
coisas, meio
ideias
desde
das
o
que mais
especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as 16
integraram
em
um
nível
mais
profundo
de
síntese,
uma
unificação que levou milênios para ser atingida. José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
50. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um nível mais profundo de síntese” (R.16), a expressão “uma unificação que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a argumentação ou a correção gramatical do texto.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 (...) Com ele [o hipertexto], ler o mundo tornou-se virtualmente 10
possível,
haja
vista
que
sua
natureza
imaterial
o
faz
ubíquo
por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta, 13
a qualquer hora simultaneamente.
do
dia
e
por
mais
de
um
leitor
Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In: L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações).
51. (Cespe/Serpro/Analista/2008) Na linha 10, a flexão de feminino em “haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”.
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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA O TCU AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO – TI LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 6 GABARITO 1.
Item certo
29. Item certo
2.
Item errado
30. Item certo
3.
Item certo
31. Item errado
4.
Item errado
32. Item errado
5.
Item errado
33. Item errado
6.
Item certo
34. Item errado
7.
Item certo
35. Item errado
8.
Item certo
36. Item errado
9.
Item errado
37. Item errado
10. Item errado
38. Item errado
11. Item errado
39. Item errado
12. C
40. Item errado
13. Item certo
41. Item certo
14. Item errado
42. Item errado
15. Item errado
43. Item certo
16. Item errado
44. Item certo
17. Item certo
45. Item certo
18. Item certo
46. Item errado
19. Item certo
47. Item errado
20. Item certo
48. Item certo
21. Item certo
49. Item certo
22. Item certo
50. Item errado
23. Item errado
51. Item errado
24. Item certo 25. Item errado 26. Item certo 27. D 28. Item certo www.pontodosconcursos.com.br
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