A estrutura Trágica aplicada à intriga principal.
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A temática do INCESTO, que domina toda a intriga principal, tema fulcral da tragédia grega Rei Édipo, de Sófocles, é, por si só, uma característica característica trágica.
Hybr Hybris is – O desc escomedim edime ento nto do pro protagoni gonist sta a, Carlos los, como consequência do seu carácter romântico, geneticamente herdado e acentuado pelo meio social onde se insere, assume-se, verdad verdadeir eiram ament ente, e, como como um const constant ante e desa desafio fio,, nomea nomeadam dament ente e através das relações moralmente ilícitas que comete. A sua obsessão excessiva por Maria Eduarda, supostamente uma mulher casada, é a prova prova eviden evidente te do cará carácte cterr trans transgre gresso ssorr da perso personag nagem em à mora morall vigente.
A presen presença ça const constant ante e de indíci indícios os trágic trágicos os surge surge como como uma forma forma dissimula dissimulada da de o Destino Destino se manifest manifestar. ar. Talvez o primeiro primeiro grande desafio desafio cometido cometido em relação relação a esta força superior tenha ocorrido ocorrido subtilmente quando Maria Monforte decidiu dar a seu filho o nome de Carlos Eduardo, porque “tal nome parecia-lhe conter todo um destino de amores e façanhas.”
Peripécia – Esta súbita mutação da acção ocorre aquando o casual enco encont ntro ro entr entre e Mari Maria a Edua Eduard rda a e Guim Guimar arãe ães. s. Subli Sublinh nhee-se se que que a peripécia pode ser visualizada num sentido mais abrangente, o que permite incluir o posterior encontro, também ele casual, entre João da Ega e Guimarães, após o Sarau no Trindade.
O Destino surge corporizado na personagem de Guimarães (agente do destin destino), o), que assume assume a funçã função o daque daquele le que corpor corporiza iza a força força superior que se pretende vingar. A sua caracterização comparada a um após apósto tolo lo suge sugere re-no -nos s a idei ideia a de que que será será o dete detent ntor or de uma uma verdade a revelar.
Anagnórise – O reconhecimento da verdadeira identidade de Maria Edua Eduard rda a ocor ocorre re no casu casual al enco encont ntro ro entr entre e Ega Ega e Guim Guimar arãe ães, s, no
silêncio soturno e perturbador da noite, quando este, sem ter a mínima noção das graves consequências da sua revelação, o que lhe acentua o papel de agente do destino, revela o segredo do passado de Maria Eduarda. A Anagnórise é feita progressivamente: Ega revela o conteúdo do cofre a Carlos; Carlos revela-o posteriormente a Afonso.
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Pathos – Após a anagnórise, intensifica-se o sofrimento nas personagens, nomeadamente em Afonso, horrorizado com o crime hediondo do neto.
Catástrofe/Castigo – Ocorre da forma mais violenta, se tivermos em conta a tensão que marca o último encontro entre Carlos e o avô e sobretudo a morte deste e a irreversível separação dos dois amantes, definitivamente consumada com a partida de Maria Eduarda. Temos assim a destruição total da família como consequência da imoralidade de Carlos. Afonso morre, no meio do jardim, pois não resistiu à desgraça. Não morre fisicamente o transgressor, pois a catástrofe atinge mais fortemente o avô. Há que ter em conta os objectivos fundamentais da obra, pois se Afonso representa O PORTUGAL do passado, esse já não tem lugar num país que perdeu totalmente a sua identidade.
Sublinhe-se que a presença destes elementos afasta a obra da estética naturalista.