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Jean-Luc Maxence JUN JUNG G é a Aurora da Maçonaria O Pensamento Junguiano na Ordem Maçônica Tradução: da!ina Lo"es MA#$A% &''(
Índice Pre)*cio Pre)*cio + ntrodução ntrodução ,rasi!eir ,rasi!eira a . . Pre)*cio/ A!gumas A!gumas "a!a0ras "a!a0ras 12 12 Capítulo I Jung3 )i!4o natura! natura! de Goet4e51/ Goet4e5 1/ Capítulo II %6m7o!os3 c4a0es do sentido&. Capítulo III #a rea!i8ação de si-mesmo21
Capítulo IV ndi0iduação e iniciação2. Capítulo V O segredo do 9grande segredo9 ( Capítulo VI ;omo desmascarar a "ersona51 Capítulo VII Nem "astor3 "astor3 nem teiram e n
ermetismo >ermetismo 122 122
Capítulo XVIII $e!ação entre o es"6rito e a matéria1(1 Capítulo XIX #a sincronicidade acausa!11 Capítulo XX Breud e Jung3 ,oa8 e Jauim51=1 Capítulo XXI Tornar-se "ara ser1=
Prefácio à Introdução Brasileira Cuando )ui con0idado "ara re0isar o texto do !i0ro Jung é a Aurora da Maçonaria, meu "rimeiro im"u!so )oi recusar A tare)a de criticar um !i0ro desta nature8a "arecia um )ardo muito a!ém da min4a ca"acidade de rea!i8ação3 mas de"ois com"reendi ue a missão era a"enas de aDustar os termos "ara uma !inguagem mais adeuada aos !eitores maçons 7rasi!eiros ,em3 aos não maçons tam7ém A)ina!3 o ue se )a8 na Maçonaria5 O ue os maçons rea!i8am5 Por de)inição 9A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista. Proclama a prevalência do esprito so!re a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da "umanidade, por meio do cumprimento infle#vel do dever, da prática desinteressada da !eneficência e da investigação constante da verdade. $eus fins supremos são%
&'()*+A+), 'A&+A+) e *A/)*0'+A+).1 Artigo 1E da ;onstituição do Grande Oriente do ,rasi! Ora3 se a Maçonaria é "or de)inição 9"rogressista e e0o!ucionista9 dentre outras coisas3 "retende ser dinFmica Os ideais da sua )undação t?m e merecem ser "reser0ados3 mas + medida ue se conso!idam estes ideais3 4* a necessidade de "rocurar no0os temas "ara me!4or ser0ir + 4umanidade O maçom é um tra7a!4ador incans*0e! "ara o "rogresso da sociedade e em"en4a seus me!4ores es)orços "ara a construção do edi)6cio socia! idea! Os "rinc6"ios democr*ticos e !i7ert*rios da Maçonaria na 4ist
4umanidade Hsses "ontos de 0ista estão so!idamente enrai8ados no !egado Dunguiano Nesta re0isão3 "ermiti-me a!gumas !i7erdades gramaticais "ara aDustar o texto origina! ao !eitor 7rasi!eiro e iniciei nada menos com a tradução do t6tu!o desta o7ra em dois "ontos O70iamente a tradução mais )ie! "ara o t6tu!o origina! em )ranc?s: Jung )st &3avenir de la ranc-Maçonnerie é Jung é o uturo da ranco-Maçonaria. Hntão "or ue a!terar o t6tu!o "ara Jung é a Aurora da Maçonaria4 ;reio ue D* dei uma "ista "e!a ex"osição no "ar*gra)o anterior ;omeçarei "e!a su7stituição mais sim"!es3 ou seDa3 9MAIONA$A9 em 0e8 de 9B$AN;O-MAIONA$A9 Maçom e Maçonaria são termos ue não t?m corre!ação direta com nen4uma "a!a0ra em "ortugu?s ue não designe a nstituição 9Maçonaria9 e seu associado3 o 9maçom93 di)erentemente do )ranc?s Na !6ngua )rancesa3 maçonnerie e maçon são termos ue a"ontam "ara uma "ro)issão existente3 ue designa a arte de enta!4ar "edras #esta )orma3 "ara di)erenciar a "a!a0ra ue designa o art6)ice3 o o"er*rio maçon - inc!ui-se o termo franc, de )ranco3 !i0re H este o termo ue di)erencia o "edreiro3 o "ro)issiona! ue mistura cimento e areia "ara construir o7ras )6sicas do outro3 do maçom dito es"ecu!ati0o A outra a!teração no t6tu!o3 e certamente de maior ousadia3 )oi a!terar o termo A5)0'* - !itera!mente 9BUTU$O9 - "ara 9AU$O$A9 Para entender o "oru? desta o"ção é necess*rio entrar nas "*ginas deste !i0ro3 em"o!gante desde a "rimeira
até a !tima O termo 9)uturo93 em7ora ten4a a correção da ortodoxia na tradução3 não atende ao es"6rito ue Jean-Luc Maxence "retendeu incutir na o7ra de Jung O "ensamento Dunguiano é o cerne da Maçonaria3 é a ec!osão da semente !ançada na ng!aterra em 1.1.3 e nesta o7ra se encontra de uma maneira ineu60oca e crista!ina o "or0ir da organi8ação mais )raterna de ue se t?m not6cias3 a Maçonaria %e assim não )osse3 a associação criada no sécu!o K seria est*tica3 )adada + o7so!esc?ncia As conc!uses de Jean-Luc Maxence3 a
Prefácio A menina ue 7rinca de amare!in4a no "*tio da esco!a "7!ica não sa7e ue desen4a uma mandala com seu cor"o O maçon ue a7re o Paine! da LoDa antes da a7ertura dos tra7a!4os ao Meio-#ia de0eria sa7er ue desen4a uma manda!a3 "ois o rito dec!ara ue ordo a! c"aos - a ordem 0em do caos Mas
existem3 in)e!i8mente3 0*rias O)icinas ue não uti!i8am mais nem o Paine! da LoDa nem os tr?s cande!a7ros ue remetem + sa7edoria3 + )orça3 + 7e!e8a3 isto é3 + ética e + estética3 ue não me "arece a7so!utamente audacioso imaginar uantos de nossos rmãos estão a)astados da Maçonaria Hntão é "reciso s?-!o audacioso "ara escre0er ue 9; G Jung é a aurora da Maçonaria93 mas a sorte favorece os audaciosos4 Não ten4o certe8a da "ertin?ncia do "ro"enrQ ;or7in a ; G Jung3 "assando "or Mircea H!iade e outrosR "ara mim3 era e0idente seguir com muita atenção sua tese Não 4* me!4or com"an4ia3 em nosso nomadismo3 do ue a Maçonaria como 0ia ocidenta! de rea!i8ação de si-mesmo "e!o dom6nio do ego uando se ta!4a a "edra 7ruta e se 0isita o interior das entran4as da terra3 de nosso 8"al9a, como di8em os *ra7es3 "ara o eui0a!ente da ;Fmara de $e)!exão Jean-Luc Maxence e0oca aue!e son4o de descida aos arcanos de sua casa ue Jung contou 0*rias 0e8es Hssa "sico!ogia das "ro)unde8as é o camin4o da indi0iduação so7re o
ua! Jung o)erece - graças a #eus - uma de)inição mais suti! e )ecunda do ue a "r*tica do indi0idua!ismo atua! cuDa de0astadora )orma é o ue est* mais em 0oga3 isto é: 9 min4a esco!4a93 ou seDa3 9Hu não estou nem a6S9 com o Outro5 A Maçonaria tem rea!mente muito tra7a!4o "e!a )rente a traçar ; G Jung escruta os s6m7o!os3 essas re"resentaçes co!eti0as ue emanam da imaginação criati0a dos "rimiti0os ;!aro3 4oDe3 graças a Lé0istrauss3 não di8emos mais 9"rimiti0o9 no sentido de 9arcaico93 mas "odemos tom*-!o aui no sentido de 9"rimeiro9 H a6 est* a grande !ição ue "odemos tirar de Jung: em ue a Maçonaria é uni0ersa!3 isto é3 0incu!a-se + 4umanidade inteira de ue )a!a0a Montaigne5 Não "or suas tomadas de "osiçes sociais3 "o!6ticas e contingentes3 como Jung nos "ermite com"reend?-!o3 mas "orue é uma sociedade tradiciona! inici*tica ue uti!i8a s6m7o!os3 ue "ratica ritos ou rituais e ue é )undada em mitos ou narrati0as )undadores Mito3 rito e s6m7o!o remetem3 assim3 ao aruéti"o no sentido dado "or Jung Toda a o7ra de Jean-Luc Maxence é uma i!ustração da "ossi7i!idade desse sentido di)6ci! extrair exem"!os exem"!ares3 uma 0e8 ue o "rocesso de desen0o!0imento é im"!ac*0e! em uma !
Dunguiana so7re anima:animus, e aue!es ue são "artid*rios a )a0or ou contraS )ariam 7em em !er com atenção essas "*ginas !uminosas ;omo tornar consciente o inconsciente "essoa! sem 9animosidade95 His um 7om "rograma de re)!exão 9maçônica9 ue me "arece mais e)ica8 do ue discutir so7re as cotas de mu!4eres ou de minorias origin*rias da imigraçãoS A!i*s3 "odem ser !idos com "ro0eito3 so7re a noção animus:anima, tanto os escritos da a!una "re)erida de Jung3 Marie-Louise 0on Bran83 como tam7ém3 so7re a noção de )emininomascu!ino3 os tra7a!4os de min4a co!ega Brançoise >éritier ;omo estou "ro)issiona!mente 0incu!ado ao ;om"aratismo3 sou )ascinado "e!as "assagens so7re a %om7ra3 a A!uimia e o >ermetismo3 mas tam7ém so7re o Tao ou o ;4ing e tantas outras com"araçes cu!turais3 em re)er?ncia a ;4ar!es erénQi3 e0identemente3 "ara com"reender o "ensamento mito!
;om e)eito3 Jean-Luc Maxence co!oca o dedo so7re um !timo "ro7!ema !e0antado "or Jung - e ue me 0a!eu muitos sarcasmos uando sustenta0a e continuo sustentandoS ue a Maçonaria se encontra0a "e!o menos no cam"o re!igioso e ue ta!0e8 e!a )osse até mesmo a re!igião 9a7raFmica9 "or de)iniçãoS: 9%im3 cada um so)re3 ao )ina! das contas3 "or ter "erdido o ue as re!igies 0i0as deram3 continuadamente3 aos seus crentes3 e ninguém est* 0erdadeiramente curado enuanto não ti0er encontrado uma atitude re!igiosa3 o ue e0identemente não tem nada a 0er com uma con)issão ou "ertencimento a uma greDa9 A iniciação maçônica não "oderia ser se"arada do !ongo tra7a!4o ue condu8 + sa!0ação "essoa! "e!a "rocura ininterru"ta do sentido e da 7usca da 0erdade Hsse camin4o é "erigoso3 e +s 0e8es é necess*rio "ara o "eregrino encontrar - na )a!ta de um mestre em sua LoDa - um s
Algumas Palavras
;ada um3 do sentido3 é mendigo ;ada um5 ;ada Um estende sua "a!ma da mão e o)erece seu rosto "ara ser acariciado3 seu sexo tam7ém3 até o )im da a0entura %em"re é uma 4ist
!as esuecem no decorrer da ex"!icação ue tudo sem"re se trans)orma3 ue inte!ectua!ismos e es"ecu!açes sedu8em o ou0ido "or um instante3 mas desa"arecem r*"ido diante do "ro)undo ceticismo dos estudantes da 0ida Todo )io condutor é "rec*rio e "ode ra"idamente ser rom"ido ;acemos os )a!sos )ugiti0os No entanto3 dai-me #eus3 e esco!4erei esta ou aue!a re!igião suscet60e! de ser uma 0ia de acesso es"ec6)ica a uma com"reensão g!o7a! do mundo #esa)iando a 0ertigem3 o"tarei "or uma tradição ue carrega em seu ta7ern*cu!o os meios de encontrar os aruéti"os "rimiti0os3 e tudo "arecer* transcorrer tranui!amente %erei uma torrente3 e3 so7re as marcas ue esca0o3 4istenrQ ;or7in3 Gaston ,ac4e!ard e muitos outros ainda estarão sem"re aui "ara me re!em7rar ue muitos dos com"ortamentos ditos anormais re0e!am3 uando o7ser0ados de "erto3 esconder uma signi)icação sim7
ca"a8 de ca"tar toda !u8 da eternidade e de a7o!ir a dua!idade Tentarei contar e recon4ecer 7em meus "assos so7re o as)a!to das cidades ;om e)eito3 min4as )antasias são ur7anas H min4a a!ma3 9conDunção dos o"ostos do consciente e do inconsciente3 "oder de mediação do sens60e! ao inte!ig60e!V3 sa7e 7em ue não se "ode redu8i-!a nem a uma )6sica ua!uer nem +ui!o ue é con0eniente c4amar o a"are!4o "s6uico Jung o a)irma: 9A a!ma é um )ator autônomo e as ex"resses re!igiosas são "ro)isses de )é "s6uicas ue3 em !tima an*!ise3 re"ousam nos "rocessos inconscientes3 transcendentes Hstes são inacess60eis + "erce"ção )6sica e s< "ro0am sua exist?ncia "e!as "ro)isses de )é ue suscitam na a!ma9 H um3 dois3 tr?s Cuem ainda son4a com um uatro "er)eito e s
de som7ras e de !u8 a )im de continuar sua estrada H!e sa7e ue sua errFncia3 de "ro0a em "ro0a3 )ar* de!e um mestre a mais3 comungando3graças +s tramas da Hgrégora3 em torno da im"oss60e! t*0o!a redonda do Graa! reencontrado H então me digo: 9#o di0ã ao Tem"!o3 de0e existir uma sen4a3 uma c4a0e mestra3 o43 meu amor3 uma )
"acientes ana!isados de seus 7!oueios e so)rimentos "sico!omem Mesma idéia de uma incessante e estreita "assagem do interior "ara o exterior3 do mani)esto "ara o "ro)undo3 da a"ar?ncia "ara o essencia!3 tantas 0e8es camu)!ada ,usca "ermanente do "oeta tornado )i!
im"ede as guerras e não "ermite3 !onge disso3 aceder + uni0ersa!idade de uma causa ua!uer ou a uma ex"!icação do ti"o ma!-estar das ci0i!i8açes ou neurose co!eti0a das mu!tides Para a!ém de um certo descon)orto gera!3 cada 4omem deseDa aceder + imorta!idade3 encontrar a coisa certa "ara conseguir 0encer3 o Dusto ritua! a )im de esca"ar + cadeia de reencarnaçes3 admitindo-se ue acredite nisso ;ada 4omem deseDa !oucamente renascer "ronto e "artir "ara um outro mundo3 e0identemente 7em me!4or Um dia todos n
so7re as "artituras do n0is60e! a !em7rança do 9Ground Wero9 Hm esca!a mundia!3 o rea! sem"re su"era a )icção3 ridicu!ari8ada "or tantas ex"!oses assassinas No )ina! do conto da exist?ncia ou do son4o3 como di8 %4aZes"eare3 somos sem"re o terrorista inconsciente e3 no entanto3 arrogante a ser0iço de uma causa 0i8in4a %o7 esse "onto de 0ista3 nosso sécu!o KK não causa in0eDa a ninguém Hm re!ação ao dia7ist
torna "orta! a "artir de então A c4an)radura do sentido ser* grande se o aruéti"o !4e d* 0ida3 7oas )ec4aduras e c4a0es corretas Le0antar-se-* então a "onte !e0adiça do %agrado "ara ue os terr*ueos se engaDem )ina!mente em uma direção dada3 "ara o %o!3 a ser0iço de um in6cio de sécu!o ue 7usca 7oas ra8es "ara saudar a !u8 A"oca!i"se ou não5 O ue ser* o )uturo5 Hu "rocuro a res"osta oc? "rocura a so!ução Procuramos Duntos a sa6da "ara todos As mu!tides se interrogam até o esgotamento e esca0am a !ama do enigma assim como os ratos de Jean-Pau! %artre3 a terra Mesmo se o a!0o é "eueno3 rea!mente "eueno3 até mesmo minscu!o3 como a imagem do H0ange!4o Mateus .3 12-1: 1pois larga é a porta e espaçoso o camin"o 2ue condu7 ; perdição< e#istem muitos 2ue por ali passam. ) estreita é a porta e apertado o camin"o 2ue condu7 ; vida, são poucos a2ueles 2ue a encontram41. Tudo é "oss60e! Tanto o me!4or uanto o 9menos "ior93 es"erando um "ouco me!4orS Mas eu tam7ém s< acredito em uma ex"!oração "essoa!3 isto é3 indi0idua! e3 de )orma a!guma3 nesse ensino co!eti0o ue originou os )a!sos "ro)etas da )e!icidade do Hstado segundo Marx Permaneço assim )ie! + Psico!ogia ana!6tica )orDada "or ;ar! Gusta0 Jung 9Penetrar "essoa!mente no segredo das a!mas 4umanas9 Cue "rograma am7icioso3 meu #eusS 9;on4ecer a )ace o7scura de sua "r<"ria a!ma é a me!4or "re"aração ue "ossa existir "ara sa7er como se com"ortar diante das "artes o7scuras das outras a!mas9= Marie-
Made!eine #a0Q di8ia-me com )reu?ncia3 uando e!a ainda não tin4a )eito gra0ar em seu tmu!o 9%eDa )e!i83 camin4anteS9: o sincretismo reDeitado "e!a greDa ;at
Capítulo I
ung! fil"o natural de #oet"e$ #esde sua mais tenra in)Fncia3 ;ar! Gusta0 Jung3 o )undador da "sico!ogia das "ro)unde8as3 ue nasceu em &= de Du!4o de 1@.3 em ess[i!3 em um 0i!areDo situado no ;antão %u6ço a!emão de Turg<0ia3 +s margens do !ago de ;onstance3 este0e cercado "or maçons es"ecu!ati0os ;uriosamente3 seus mais marcantes 7ianna43 e!a e0oca a in)!u?ncia do a0ô de Jung ;ar! Gusta0 Jung %?nior3 1./(-1@=( sem registrar seu "ertencimento + Maçonaria3 mas menciona a !enda )ami!iar segundo a ua! esse a0ô 9muito ati0o e 7ri!4ante9 era )i!4o natura! de \o!)gang Goet4e3 o "oeta maçom3 autor "rinci"a!mente daue!e austo ue ; G Jung !eu e a"reciou ainda com 1= anosS Por seu !ado3 incent ,rome e0oca sim"!esmente ue ; G Jung descende de uma !onga !in4agem de "astores e )a8 a!usão + )i!iação 4i"otética em re!ação a Goet4e #e )ato3 somente $ic4ard No!i3 em sua muito contro0ersa 7iogra)ia Jung, le 6"rist ar=en, les secrets d3une vie, insiste3 desde o "rimeiro ca"6tu!o de seu !i0ro3 a res"eito da rea! in)!u?ncia das LoDas so7re os estudos uni0ersit*rios do a0ô de Jung H!e ressa!ta ue
este !timo usou não somente o a0enta!3 mas )oi Grão-Mestre3 e não 4esita em !em7rar ue ;ar! Gusta0 Jung3 seu neto3 iria3 no sécu!o seguinte3 re"resentar um certo nmero de )erramentas e de s6m7o!os maçônicos e a!u6micos no teto de sua )amosa torre de ,o!!ingenS Assim3 so7 a "!uma de $ic4ard No!i3 0?-se 7em ue ; G Jung nasceu em um meio de tradição maçônica3 ue seus "endores )uturos "e!a !inguagem das catedrais3 "e!a A!uimia3 "e!os mistérios c
com"asso3 o esuadro e o Li0ro da Lei sagrada Não de0emos nos esuecer de ue a Maçonaria re"resenta0a um "a"e! ca"ita! na )am6!ia Jung3 uma 0e8 ue ;ar! Gusta0 Jung %enior3 o mesmo ue uma !enda )a8ia descender da mão esuerda de Goet4e3 tin4a )eito com"!etar os 7rases )ami!iares com 0*rios s6m7o!os dos 9)i!4os da i0a93 entre os uais a estre!a 7ri!4ante Hm resumo3 o "eueno ; G Jung D* e0o!u6a em "!eno atanor in0is60e! ;!aro3 na 4ist
7usto austero de ;ar! Gusta0 Jung %?nior "ara se con0encer disso Para a!ém dessa austeridade reinante3 7em "rotestante3 como se diria 4oDe3 é ineg*0e! ue o "ai de ; G Jung descendia 9de uma "restigiosa !in4agem de médicos e de eruditos93 como o7ser0a o "sicana!ista ;4ristian Gai!!ard3 "ro)essor do nstitut ; G Jung de Paris3 mem7ro didata da %ocieté Brançaise de PsQc4o!ogie Ana!Qtiue3 ue escre0e igua!mente muito a "ro"
e na inter"retação de )erramentas ue aDudam em uma trans)ormação gradua!3 s6m7o!os signi)icantes sa6dos "rinci"a!mente do >ermetismo3 da A!uimia3 das )i!oso)ias ocu!tas Não é exagerado adiantar3 em nossa o"inião3 ue o ensino desse grande mestre da a!ma 4umana ue ; G Jung se tornaria até mesmo >ermann >esse 0ia ne!e 9uma montan4a imensa3 um extraordin*rio g?nio9 sai "rinci"a!mente do inesgot*0e! atanor do uni0erso a!u6mico dos iniciados3 )orno do 4e7reu t"annour> destinado + Grande O7ra3 no ua! res"!andece a !u83 uando se rea!i8a a união do sa!3 do enxo)re e do mercrio3 0aso enigm*tico e m6tico no ua! acontece a metamor)ose no segredo do !a7orat
eta"as de uma ex"eri?ncia 6ntima "r<"ria ao iniciado ue3 "e!o so)rimento e "e!a morte3 0ai em direção ao renascimento ou + ressurreição ue acom"an4a a transmutação9 No mesmo es"6rito3 a !onga em"reitada maçônica3 com seus "assos rituais e seus signos a"ro"riados3 suas sen4as e seus si!?ncios 0o!unt*rios3 a "artir da entrada no Tem"!o em cuDa "orta o "ro)ano 7ateu3 0ai ao encontro de todas as iniciaçes tradicionais o7ser0*0eis em todos os !ugares #e todo modo3 é e0idente ue3 desde ue e!a existe3 se "ode recon4ecer na Maçonaria uma seu?ncia "rogressi0a e !, não é o nico a ter estudado esse ti"o de con)rontação #e todo modo3 o traDeto Dunguiano3 origina! e cogniti0o3 não "ode ser assimi!ado a ura 9credo93 e Htienne Perrot tem ra8ão ao a)irmar ue aui!o ue Jung nos trouxe não é uma doutrina3 mas uma 0ia3 "rinci"a!mente com seu conceito "rimordia! de processo de individuação. Hssa 0ia tam7ém "ode e de0e ser com"arada + ex"eri?ncia a!u6mica e + sua "arente "r
tr?s camin4os de !enta "uri)icação es"iritua! como tr?s "ara!e!as ue nunca se encontrarão3 em nen4um momento3 uma 0e8 ue3 "or de)inição3 as !in4as "ara!e!as Pe!o contr*rio3 toda a nossa "ostura "essoa! de "sicana!ista3 de ensa6sta e de "oeta "rocura sugerir3 caso não de0a ser traçado3 tri!4as de !u8 "ara ue o sécu!o ue se inicia "ossa3 en)im3 ousar !e0antar "ontes audaciosas entre a A!uimia3 a Maçonaria e o "rocesso de indi0iduação "ara ue essas tr?s 0ias de a7ertura interior se enriueçam umas com as outras "reciso ue o 4omem contem"orFneo se torne no0amente um ser de 4armonia )isica e "s6uica3 um 0i0ente 9"!enamente rea!i8ado93 ou3 tomando em"restado a !inguagem da "sico!ogia das "ro)unde8as3 um indi06duo singu!ar ue trouxe seu ;entro o mais "r
nosso ser em sua g!o7a!idade e nos condu8 + !i7ertação de nossos "r<"rios demônios Mas ; G Jung não é3 "e!os menos aos nossos o!4os3 um )undador de greDa ou de ideo!ogia inédita muito mais o "rimeiro des7ra0ador daui!o ue Perrot c4ama de 9a 0ia ocidenta! de rea!i8ação9 O ue nos im"orta aui3 no mais a!to grau3 é ue seDamos 7em com"reendidos uando a)irmamos ue as intuiçes de Jung so7re a indi0iduação a ser em"reendida como camin4o de cura da a!ma e suas desco7ertas so7re o 4omem e o inconsciente co!eti0o adicionadas +s contri7uiçes da Maçonaria Hs"ecu!ati0a contem"orFnea uando e!a é 0i0ida como ex"eri?ncia es"iritua! de a"ro)undamento3 "odem trans)ormar inteiramente a a7ordagem ana!6tica de ua!uer "essoa ue so)re e a7rir "ers"ecti0as insus"eitas no cam"o da "esuisa e da ex"!oração do "s6uico e do %agrado ;riado no seio de um entorno de 0e!4a tradição inici*tica3 desde sua mais tenra idade - "e!o menos é o ue !e0a a "ensar as "ersona!idades de seus ascendentes de "ertencimento maçônico -3 Jung nos con0ida3 no entanto3 a ir a!ém dos rituais demasiado r6gidos3 do )orma!ismo redutor H!e nos im"e!e3 ao !ongo de toda a sua o7ra3 a não ser ser0i! a ua!uer dogmatismo ue seDa3 a não se cur0ar diante de "retensos segredos3 muitas 0e8es de "o!ic4ine!o3 a 0encer as co0ardes 4omeostasias Hm resumo3 e!e nos instiga a escancarar as "ortas do Tem"!o so7re a di0ersidade do mundo3 com suas raças3 seus costumes3 seus mitos e suas crenças re!igiosas
H3 de a!guma )orma3 Jung recusa mesmo ua!uer idéia de ortodoxia DunguianaS O !a7irinto com"!exo ue e!e seguiu em sua 7usca de rea!i8ação é demasiado "articu!ar "ara ue e!e ueira trans)orm*-!o em um ;atecismo3 em um "rograma ou em um ensino ci)rado ou sistemati8ado ;!aro3 e!e indica uma 4ermen?utica de trans)ormação3 uma 0ia com sa6da é Dustamente o camin4o da indi0iduação3 mas e!e sa7e ue esse "ercurso interior não é uni)orme "ara todos e "ara cada um ;om e)eito3 cada 4umano carrega em seu coração sua "r<"ria mito!ogia indi0idua!3 em suma3 seu 7om e 0e!4o conse!4eiro3 + imagem de Bi!emon3 ue Jung menciona em sua auto7iogra)ia3 0e!4o s*7io gn
Na rea!idade3 muito cedo em sua 0ida3 ; G Jung ousou de a!guma )orma ue7rar a "orta sim7
detect*0eis com a Maçonaria Hs"ecu!ati0a de 4oDe3 em uma meticu!osa e "ro)unda deci)ração dos s6m7o!os3 na medida em ue3 como o escre0e Jung3 9uando o es"6rito em"reende a ex"!oração de um s6m7o!o3 e!e é condu8ido +s ideias ue se situam a!ém daui!o ue nossa ra8ão "ode a"reender9 Antes de engaDar uma an*!ise com"arati0a e uma i!uminação mtua da iniciação e da indi0iduação3 "odemos a)irmar ue Jung "oderia ter reagido como ManDusri3 esse 7odisat0a da sa7edoria ue3 estando do !ado de )ora de um tem"!o e ao ser c4amado "or ,uda3 ue esta0a no interior3 nos seguintes termos: 9Por ue tu não entras593 tin4a res"ondido: 9Por ue entrar5 Não ten4o a im"ressão de estar do !ado de )ora9
Capítulo II %ím&olos! c"aves do sentido A o7ra "o!i)ônica de ; G Jung est* e0identemente destinada a re"resentar um "a"e! "rimordia! de instigação + trans)ormação do ser 4umano durante o sécu!o KK A contri7uição do sim7o!ismo maçônico é da mesma ordem A psicologia das profunde7as, como método de intros"ecção ue "ermite a "assagem de um modo de ser a um outro3 nos a7re + ex"!oração do inconsciente indi0idua! e do inconsciente co!eti0o Para retomar um cé!e7re t6tu!o de Jung3 e!a a7re ao 4omem a desco7erta de sua a!ma e
demonstra ue a "sico!ogia não é unicamente um )ato "essoa! Jung gosta de nos !em7rar ue o 9inconsciente3 ue "ossui suas "r<"rias !eis e mecanismos autônomos3 exerce so7re n
"rocura encontrar3 reencontrar ou in0entar suas re)er?ncias e +s 0e8es tam7ém seu ou seus deuses3 e o processo de individuação, "e!a trans)er?ncia3 con0ida-o a uma me!4or a"roximação do %i-mesmo Por seu !ado3 a Maçonaria Hs"ecu!ati0a3 com seus ritos e o car*ter sagrado de seus s6m7o!os3 "ro"e aos ex"!oradores es"irituais a iniciação e o camin4o ue a am"!ia como "ercurso de "rogressi0a trans)ormação de si mesmo e de sua re!ação com os outros A !onga 0iagem inici*tica é tam7ém um "rocesso "reciso3 com suas eta"as3 seus graus3 suas ua!idades3 sua escada de Jac<3 todo um conDunto de ensinamentos orais3 e mesmo de gestos3 de atitudes cor"orais3 de deam7u!açes3 como 0indos muitas 0e8es do )undo do inconsciente das idades A a0entura inici*tica 9eui0a!e a uma mutação onto!
os ensinamentos de uma e de outra3 as duas 0ias originais e com"!etasS Por outro !ado3 "arece "oss60e! es"erar uma a"reensão Dusta das duas "osturas "ro"ostas: a indi0iduação3 a7ordagem "rogressi0a de um ;entro ue o 4omem não "ode rea!mente Damais a!cançar3 e a iniciação3 a7ordagem "rogressi0a de uma sa7edoria ue o eterno a"rendi83 ue todos niram5 ;om e)eito3 9a 4ermen?utica )a8 "assar da "a!a0ra a Maçonaria é originariamente ora!idade ou do s6m7o!o + sua com"reensão ao !ongo de todos os graus do ser e dos n60eis da escritura Passar da ;Fmara de $e)!exão3 da gruta "rimordia! ao esui)e de >iram3 + a7<7ada estre!ada atesta ue a 0i0a3 o tem"o e o mundo não 7astam mais + identidade: aue!e ue nasceu de0e morrer "ara renascer93 nos re!em7ra com con4ecimento de causa ,runo Htienne ;!aro3 "ode-se a)irmar tam7ém ue a A!uimia "recede a Maçonaria e ue Jung extraiu da tradição a!u6mica a intuição de 9sua9
indi0iduação #e ua!uer )orma3 seu coment*rio so7re o tratado tao6sta M=stCre de la leur d3Dr, tratado a!u6mico c4in?s ue a!guns remontam + origem do ;4ing3 é uma eta"a ca"ita!3 ta!0e8 crucia!3 de seu camin4o de "recursor ;om e)eito3 a!i Jung inaugura sua "esuisa )ascinante so7re as ci0i!i8açes orientais A!i e!e desen4a a maior "arte de seus grandes conceitos como a a!ma ou a consci?ncia tota! a "artir dos uais 0ai se estruturar seu "rocesso ana!6tico Uma constatação se im"e: a "sico!ogia das "ro)unde8as e a Maçonaria não deixam de uestionar o sentido da 0ida Am7as a!meDam uma !eitura rea! do com"ortamento 4umano3 e!as se "re0a!ecem de uma antro"o!ogia3 são um !a7irinto )aci!itador da emerg?ncia do %agrado3 a interrogação so7re o enigma da morte e a desco7erta dos arcanos da sexua!idade Trata-se de recon4ecer ue os dois !a7orat
%e indi0iduação e iniciação "ro"em ao "aciente em an*!ise ou ao "ro)ano ue 7ate + "orta do Tem"!o uma 0ia de "rogressi0a trans)ormação de si-mesmo e de sua re!ação com o outro3 essas duas 0ias )ormam uma du"!a 9"ostura9: aue!a do ana!isado3 ue3 guiado "e!o ana!isando3 mergu!4a no inconsciente3 tendo em 0ista um su"!emento de com"reensão de si-mesmo3 aue!a do "ro)ano3 ue se torna A"rendi8 e 0ai a"render "ouco a "ouco o maneDo das )erramentas sim7
Capítulo III 'a reali(ação de si)mesmo A o7ra escrita de ; G Jung é !uxuriante e enigm*tica como os )undos marin4os de um imenso oceano3 aue!e do inconsciente co!eti0o e das rea!idades arcaicas uni0ersais No "!ano uantitati0o3 caso se ueira considerar a!ém das 9o7ras com"!etas9 tradicionais a 0o!umosa corres"ond?ncia3 encontramo-nos con)rontados a um conDunto de mais de uma de8ena de mi!4ares de "*ginasS His3 "ortanto3 o resu!tado de um tra7a!4o de "e!o menos meio sécu!o de "esuisas Hste é3 muitas 0e8es3 constitu6do de textos de con)er?ncias destinados a "7!icos di0ersi)icados3 artigos remaneDados3 "osteriormente3 muitas 0e8es com o o7Deti0o de trans)orm*-!os em uma o7ra A!i*s3 não de0er6amos nos sur"reender com a o7ser0ação )eita "e!o )i!
no0amente ex"erimenta0a um sentimento de incom"!etude Mesmo so7 essa )orma3 a construção me "areceu demasiado "rimiti0a9 #e ua!uer modo3 toda a7ordagem sum*ria da o7ra Dunguiana corre o risco de ser de)ormante3 e não "oderia tradu8ir essa ideia3 aos nossos o!4os3 essencia!3 de processo de individuação ue "ermite uma a"roximação !
H0identemente3 "ara edi)icar3 "edra a"
4omem A 0ia maçônica é origin*ria da a!ta tradição inici*ticaR ainda ue ten4a sido muitas 0e8es de)ormada e a0i!tada3 e!a "ermite o acesso a um 0erdadeiro con4ecimento transmiss60e!3 e3 uma 0e8 retirada a 0enda em "!ena !u8 o)uscante3 o A"rendi8 se engaDa a começar a tra7a!4ar a "edra 7ruta H sua maneira de deixar a Lu8 descer so7re e!e3 o "rimeiro tra7a!4o ue o condu8 a uma tri!4a 7a!i8ada de s6m7o!os3 entre o %o! e a Lua3 so7 o o!4o nico de %4i0a3 o #e!ta !uminoso ue o )ixa com o o!4ar3 "onto )oca! do 0iaDante da a!ma ue atra0essa o deserto de simesmo "ara ta!0e8 encontrar a!i as )ontes in0is60eis ainda 0i0as Nesse sentido3 ao es"6rito do camin4o inici*tico dos Tem"!os maçônicos corres"onde o "rocesso de indi0iduação de Jung Mas o ue é então esse processo de individuação D* tantas 0e8es citado e ue3 de a!guma )orma3 o)erece a direção da 7usca das "ro)unde8as5 ; G Jung escre0e: 9Hm"rego a ex"ressão de individuação "ara designar o "rocesso "e!o ua! um ser torna-se um ^indi06duo^ "sico!
9Poder-se-ia3 "ortanto3 tradu8ir a ex"ressão de individuação "or reali7ação de si-mesmo, reali7ação de seu $i-mesmo1. A "artir de então3 a ana!ogia entre indi0iduação e iniciação é e0idente3 as duas "osturas3 com e)eito3 t?m como a!0o a rea!i8ação de si-mesmo3 uem "oderia "retender o contr*rio5 %e3 "ara ; G Jung3 o indi06duo tem dois e!os com o mundo3 a percepção e a proeção, a indi0iduação é e0identemente uma noção de e0o!ução end
indi0iduação3 "e!o di*!ogo3 "e!o res"eito aos si!?ncios ue )a!am3 "e!a con)rontação dos sus"iros ou +s 0e8es dos o!4ares3 "e!a associação de idéias e a imaginação ati0a ou não3 aDuda-o a se a"roximar do $i-mesmo de ue ; G Jung )a!a Mas atenção: como o "r<"rio Jung ex"rime em uma ad0ert?ncia3 o "rocesso de indi0iduação é muito )reuentemente con)undido com a tomada de consci?ncia do Hu O Hu é então 9identi)icado ao %i-mesmo93 9de onde resu!ta uma deses"erante con)usão de conceitos Pois3 a "artir de então3 a indi0iduação não seria senão egocentrismo ou autoerotismo Ora3 o %i-mesmo com"reende in)initamente mais do ue um sim"!es Hu A indi0iduação não exc!ui o uni0erso3 e!a o inc!ui9 Assim3 o %i-mesmo é um conceito3 um aruéti"o centra! ue de0e ser 7em a"reendido "ara me!4or com"reender o ue signi)ica uma indi0iduação em "rocesso O %imesmo é uma )igura da tota!idade "s6uica Na ti"o!ogia Dunguiana3 e!e é o o7Deti0o do "rocesso de indi0iduação Jung dir* a $ic4ard H0ans3 um "ro)essor de "sico!ogia da uni0ersidade de >ouston ue o entre0ista0a "ara um curtametragem3 em 1/=1: 9O $i-mesmo é um termo ue designa essencia!mente a "ersona!idade com"!eta A tota!idade da "ersona!idade 4umana esca"a + descrição com"!eta O ue est* consciente "ode ser descrito3 mas não o inconsciente3 "orue o inconsciente3 eu o re"ito3 é sem"re inconsciente3 é rea!mente inconsciente Ninguém con4ece o secreto do 4omem A!i*s3 é isso ue é interessante O inconsciente do
4omem guarda sa7e-se !* o u? Temos ainda muito "ara desco7rirS9 Aruéti"o e s6m7o!o da tota!idade3 com e)eito3 o $i-mesmo, no entanto3 não é3 segundo a crença de Jung3 #eus H!e di8 ue 4* uma 9re!ação "sico!
!enta e !onga e!a7oração3 0iagem interior ue desem7oca em uma trans)ormação a7so!uta3 do começo ao )im3 reno0ação da "ersona!idade3 acesso a uma 9consci?ncia no0a9 de sua singu!aridade e de sua !i7erdade "ro)undas Mas os con0ocados a uma ta! recon0ersão do interior são inmeros Os e!eitos3 aue!es ue o conseguiram3 são raros3 admitindo-se ue um dia e!es consigamS Ocorre ue tanto a indi0iduação uanto a iniciação maç
"e!a ua! todo organismo de0e a todo "reço a!cançar3 "e!o menos a"roximati0amente3 a )orma ue corres"onde ao seu ser Hsse centro não é nem sentido nem "ensado como sendo o eu3 mas3 caso se "ossa di8er3 como sendo o $imesmo1. O Paine! de uma LoDa torna-se uma mandala, e toda a LoDa inici*tica3 com seus s6m7o!os 0i0os e seus "ares de e!ementos contr*rios3 ue 7uscam e encontram um terceiro "ara reconci!i*-!os ;ontudo3 não 0amos ueimar as eta"as do "rocesso de indi0iduação3 "or medo de a!i se "erder e de dis"ersar sua "ersona!idade "e!o camin4o Não nos a"ressemos "or medo de "erder um ou dois degraus da escada ue condu8 + "edra )i!oso)a! tão es"erada
Capítulo IV Individuação e iniciação A o7ra !uxuriante de Jung3 ue "ossui um ineg*0e! "oder de atração3 não "ode3 no entanto3 se resumir a a!gumas de)iniçes de conceitos3 ainda ue a!guns3 como introvertido e e#trovertido, ten4am entrado na !inguagem comum O mundo da "sico!ogia das "ro)unde8as é3 com e)eito3 um continente ainda3 em "arte3 inex"!orado nmeros curiosos o "ercorreram trans0ersa!mente de certa )orma3 ninguém ousa
"retender esta7e!ecer sua 9cartogra)ia9 exausti0a Tam7ém não se "ode es"erar con4ecer tudo so7re a 4ist
H0identemente3 não se de0e 4esitar em re"etir ue o sim7o!ismo est* "resente em todos os !ugares nesse !a7irinto e ue a ideia de uma transmissão de segredos ocu!tos e essenciais ao !ongo das eras é sem"re sugerida3 indu8ida ou re0e!ada Não a)irmamos ue o conDunto da o7ra Dunguiana3 "ara a!ém de suas inter"retaçes di0ersas3 de0e toda sua riue8a e seu 0igor + e"o"eia es"iritua! e 4istenri TortNougu_s3 antigo Grão-Mestre da Grande LoDa da Brança Para a!ém da uestão de sa7er se a indi0iduação é uma iniciação3 e a iniciação3 um "rocesso de indi0iduação3 trata-se aos nossos o!4os de recon4ecer ue as duas "osturas e0ocam um método de regeneração do indi06duo a "artir de
uma certa tomada de consci?ncia3 de reco!ocar em Dogo seus com"ortamentos "u!sionais e sociais3 de recon4ecimento de uma situação no0a3 de um renascimento3 de um engaDamento3 cor"o e a!ma3 "ara uma reno0ação "rogressi0a da "ersona!idade3 de uma renovatio mundi uma recriação O "ro)ano ue "ede "ara entrar no Tem"!o maç
com"!etamente co!ocado em "ara!e!o com o do ana!isado ue se entrega ao ana!ista a )im de me!4or com"reender o )uncionamento de suas "r<"rias "u!ses conscientes e inconscientesR de reso!0er me!4or seus 7!oueios re!acionais3 seus 7!oueios internos ;!aro3 não di8emos ue o ener*0e! na LoDa é um tera"euta3 ue o ana!ista3 em seu consu!t
con)essa %a7endo desde seus "rimeiros anos ue um 0a!or su"erior3 mais ou menos 0e!ado3 de0e ser desco7 desco7ert erto o no 4omem3 4omem3 ; G Jung Jung su7st su7stitu ituiu iu de certa )orma a 7usca es"iritua! do maçom na LoDa "or sua indi0iduação sem"re em andamento e nunca )ina!i8ada até o minuto de seu !timo sus"iro de 0ida Assim como disse muito 7em $o!and ;a4en3 em uma con)er?ncia3 a indi0iduação não de0e ser3 "rinci"a!mente3 con)undida ou associada sa7e-se #eus com ua! conceito inte!ectua! ue d* !ugar +s com"etiçes dia!éticasR 9a indi0iduação é de ordem mais 6nti 6ntim ma3 da or orde dem m do dese desenc ncad ade eam ame ento nto mai aiss es"ontFneo3 senão e!a seria !ogo 0iciada3 ou até mesmo 0iciosa e "er0ersa93 ou me!4or: 9a indi0iduação de"ende do discreto do ser e não do "arecer3 e3 conseuentemente3 do secreto e do sagrado3 "ois3 sem d0ida3 é e!a ue é con0ocada a nos reunir ao sagrado1. Hm outros termos3 tornamo-nos um indi06duo3 o indi06duo ue somos "ro)unda e rea!mente ao aceitar 9des"ertar uem se é9 #a mesma )orma3 tornamo-nos maçons3 o maçom ue somos "ro)unda e rea!mente3 ao aceitar des"ertar uem se é3 de se a"roximar cada 0e8 mais de seu ;ent entro ro33 de sua "arte rte di0i di0in na3 ta!0 ta!0e e83 des essse %imesmo ue ; G Jung não deixa de )a!ar3 ex"!icando ue a 0ia da indi0iduação signi)ica: 9tender a se tornar um ser rea!mente indi0idua! e3 na medida em ue com"reendemos "or indi0idua!idade a )orma de nossa unicidade mais
6nti 6ntima ma33 noss nossa a unic unicid ida ade !ti !tima ma e ir irre re0o 0og* g*0e 0e!3 !3 trata-se da rea!i8ação de seu %i-mesmo3 no ue e!e tem de mais "essoa! e de mais re7e!de a ua!uer com"aração9 Jung o7ser0a ue se "ode3 então3 tradu8ir a "a!a "a!a0 0ra 9indi indi0 0iduaç duaçã ão9 "or 9re rea a!i8a !i8açã ção o de simesmo93 igua!mente "or 9rea!i8ação de seu %imesmo9 Hm7arcado em um mundo de ri0a!idades incessantes3 em uma sociedade ade cani7a! de indi06duos3 em nome3 demasiado )reuente3 do 4i"otético interesse das massas3 toda "essoa ue se engaDa em um ta! "rocesso de indi0iduação es"era se con4ecer me!4or e c4egar a uma certa unic uniciidade dade 9co 9conD nDun unçã ção o dos dos o"os o"osto tos9 s933 dir ir* * ;G ;G Jung H!e 0isa + 4armonia interior Uma me!4or aceitação do ue e!e é His o ue nos co!oca no o"osto da des"ersona!i8ação de si-mesmo3 deixa ainda mais c!aro o Mestre3 ao ressa!tar ue tomar a indi0iduação como ego6smo 9é um ma!entendido "er)eitamente comum3 "ois os es"6ritos )a8em em gera! "ouca di)erença entre o indi indi0 0idua idua!i !ism smo o e a indi indi0i 0idu duaç ação ão9 9 ;om e)ei e)eito to33 acre ac resc scen enta ta Jung Jung:: 9a indi indi0i 0idu duaç ação ão é si sinô nôni nimo mo de uma me!4or e mais com"!eta re rea a!i8ação das tare)as co!eti0as de um ser3 uma su)iciente tomada em consideração de suas "articu!aridades ue "ermitem ue se es"ere de!e ue seDa no edi) edi)6c 6cio io so soci cia! a! uma uma pedra o it*!ico é nosso mais 7em a"ro"riada e mais 7em inserida caso essas mesmas "articu!aridades "ermanecessem neg!igenciadas ou o"rimidas9
A "a! "a!a0ra a0ra 9"ed "edra ra99 est* st*3 "ort "ortan antto3 !a !anç nça ada da H a"ena "enass se "ode a! a!ud udir ir33 de manei aneira ra nat natura! ura! e !
ue re"resenta a sucessão de seus es)orços até a "er)eição es"erada9 Ora3 na !tima )ase de sua !onga 0ida e!e morreu com @( anos3 ; G Jung gosta0a de ta!4ar e de escu!"ir a "edra ra33 em ,o!! ,o!!in inge gen3 n3 co como mo se ass ssim im se re reco conc nci! i!iias asse se33 ao )ina! de seu tra7a!4o imenso de "esuisa so7re a "siue 4umana3 com os s6m7o!os maçônicos de seus ascendentes Hm 1/'3 uando D* tin4a mais de .' anos3 ; G Jung escu!"iu até mesmo uma "edra c7ica com todos os seus !ados3 e a!i gra0ou as seguintes !in4 !in4as as:: 9His 9His a "edr "edra3 a3 de 4umi 4umi!d !de e a"ar a"ar?n ?nci cia a No ue di8 res"eito ao seu 0a!or e!a é 7em 7arata Os im7ecis a des"re8am Mas aue!es ue sa7em gostam ainda mais de!a9 ;!aro3 "oder-seia dis disse sert rta ar muit uito tem tem"o so so7 7re as di)er i)eren ente tess "edras e0ocadas "e!a sim7
coração da erdade3 o ouro do coração3 em suma3 a "edra )i!oso)a! A "edra c7ica indu8 + ideia de medida e de exig?ncia indis"ens*0eis "ara )a8er surgir seis )aces de dimensão id?ntica graças + aDuda "reciosa do com"asso3 da régua3 do es es uad uadro ro33 do n60e n60e!!3 da a! a!a a0anca ancaRR Guéno uénon n3 sem"re e!e3 de)inia o cu7o 9como a )orma mais aca7ada3 mais es"eci)icada %e é a )orma !tima da mani)estação3 a es)era é sua )orma "rimordia! A es)era e o cu7o corre ress"ondem ress"ect re "ecti0 i0am amen ente te aos dois dois "ont "ontos os de 0is 0ista3 ta3 dinKmico e estáticoL13 O )i!er*c!ito ensin nsina a0a3 0a3 a!i*s !i*s33 ue o cu7 cu7o co corr rre es"on s"ondi dia a3 no "!ano geométrico3 ao !ogos encarnado A"edra c7ica ica com "onta re"resenta3 en)im3 a o7ra"rima do com"an4eiro ue conuistou um savoir savoir-fa -faire ire ue 0ai !4e "ermitir aceder en)im + maestria #e um modo gera!3 a "edra é rea!mente um s6m7o!o "rimordia! Para os antigos eg6"cios3 "or exem"!o3 o "r<"rio s6m7o!o so!ar3 )reuentemente re"re ressentado diretamente na "edra so7 a )orma de uma "irFmide "er)eita3 "ode ser o7ser0ado no a!to de a!guns o7e!iscos Para os indianos3 o Manitou su"remo3 ine)*0e!3 acima cima dos "ens "ensa ame ment ntos os 4uma mano noss co com muns uns3 é re"resentado "or uma "edra Hm resumo3 so7 muitas !atitudes e em muitas tradiçes3 a "edra signi)ica3 de certa )orma3 o in)inito3 o #eus sem )orma Não é a7so!utamente a matéria ue tem o signi igni)i )ica cado do ma maio iorr3 é o es es" "6ri rito to ue e!a indu indu88 Prostrar-s Prostrar-se e diante diante de uma "edra enuanto enuanto "edra "edra é uma ido!atria3 "rostrar-se diante de uma "edra
como signo da di0indade )a8 "arte de uma "ostura m6stica Nesse sentido3 Jung é uma "edra do "ensamento3 um s*7io maior3 um "erseguidor de es"6rito exce"ciona! Me!4or3 sem exagerar o e!ogio3 "ode-se tranui!amente a)irmar3 ao sim"!es enunciado desses !timos s6m7o!os3 ue ; G Jung merece sem contestação e3 sem d0ida3 mais do ue ua!uer outro3 ser recon4ecido3 de certo modo3 como um Mestre Maçom 9sem a0enta!95 ;om ou sem a0enta!5 A esse res"eito3 nem todos os "esuisadores de arui0os maçônicos estão de acordo Aos nossos o!4os3 c4egado a esse grau de con4ecimento3 isso não tem mais uma 0erdadeira im"ortFncia No )undo3 Jung3 ao 9in0entar9 e de"ois desen0o!0er3 com a aDuda das )erramentas es"ec6)icas3 o "rocesso de indi0iduação3 de certa )orma3 se situa a frente da sim"!es "esuisa so7re a "siue 4umana H!e "rega um 9"arto de si-mesmo93 escre0e Ysé Tardan-Masue!ier3 "or meio 9do con)ronto com o inconsciente9 e3 "rinci"a!mente3 com o inconsciente co!eti0o H!e 0isa + "!ena rea!i8ação de si-mesmo Ao ensinar um certo modo de ser no seio do mundo3 e!e se )a8 antro"
existentes3 nos "ermitir* i!uminar3 ao !ongo de nossa em"reitada3 a!gumas corres"ond?ncias esc!arecedoras No imediato3 não nos esueçamos Damais da a)irmação de ; G Jung3 ue3 de certa )orma3 sinteti8a sua !onga 0ida: 9Min4a 0ida é im"regnada3 tecida3 uni)icada "or uma o7ra e centrada em um o7Deti0o3 o de "enetrar o segredo da "ersona!idade Tudo se ex"!ica a "artir desse "onto centra! e todas as min4as o7ras se re!acionam a esse tema9
Capítulo V * segredo do +grande segredo Não se "ode a"reender a o7ra de Jung e com"reender as com"araçes "oss60eis entre 9seu9 "rocesso de indi0iduação ue aDuda o suDeito a "enetrar o segredo de sua "ersona!idade em uma constante con)rontação com o inconsciente e a 0ia maçônica 4erdeira de um método inici*tico 0indo do "assado mais !ong6nuo3 sem i!uminar tam7ém o sentido "ro)undo desses textos a!u6micos redigidos "ara ue )ossem com"reens60eis somente "e!os iniciados3 textos estran4os3 "oéticos e 9ci)rados93 ue o co!ecionador Jung tanto ama0a Hntão3 ta!0e8 seDa necess*rio citar `sis3 H!eusis e Pit*goras5 ;omo ressa!ta Htienne Perrot3 Jung te0e3 certamente3 de es"erar uma uin8ena de anos
antes de decidir )a!ar so7re a indi0iduação H!e deseDa0a 9"oder reunir um "rocesso tão desconcertante aos antecedentes do ego sem as !imitaçes e as "roDeçes do "ensamento te6sta9 Hm 1/&@3 a "rimeira c4a0e !4e )oi )ornecida "e!a o7ra &e m=stCre de la fleur d3or, ue e0oca uma 9re0o!ução da !u893 tendo como rea!i8ação )ina! o desa7roc4amento de uma imorta!idade Mas é3 so7retudo3 a "artir de sua ex"!oração entusiasmada da A!uimia ocidenta! ue Jung se a0enturou em com"araçes3 ressa!tou as con0eni?ncias entre a 0ia da indi0iduação e as )ases da o7ra A 7usca a!u6mica torna-se3 então3 o terceiro "onto do triFngu!o de a7ordagem )i!os<)ica da em"reitada Processo de indi0iduação3 0ia inici*tica na LoDa3 Grande O7ra dos a!uimistas3 esta !tima sendo sinônimo da "r<"ria A!uimia3 com suas )ases ex"erimentais e sua a!ta sim7
iniciado ue conseguiu não "ode ex"rimir con0enientemente sua no0a maneira de ser em !6ngua "ro)ana3 e!e se 0? o7rigado a uti!i8ar uma !inguagem secreta1. Assim3 a indi0iduação "ode somente se ex"!icitar em termos es"ec6)icos3 o camin4o inici*tico tam7ém3 segundo ritos e esuemas "recisos #a mesma maneira3 a A!uimia tem seu sa7er tradiciona!3 sua !inguagem3 seus tratados3 seus conceitos3 sua )antasmagoria )igurati0a3 seu em7!ema a ser"ente ouro7oros ue morde seu "r<"rio ra7o3 seus temas mito!
eternos a"rendi8es da aurora ue todos n, mas ue encerra0a em si a imorta!idade Nascemos igua!mente3 tão recentemente no sécu!o "assado3 dessa 0io!ação no coração da matéria ue a B6sica nuc!ear rea!i8ou uando rea!i8ou a transmutação da massa em energia atômica de0astadora O "r<"rio $o7ert O""en4eimer )a!a0a3 então3 em 9o7ra do #ia7o9S Cue e!a seDa ana!isada segundo os conceitos da 0isão Dunguiana ou "e!o intermédio das )erramentas sim7
!u8 tão deseDada a todos e a cada um ao su"erar ua!uer resist?ncia e!itista Jung )aci!ita3 então3 a edi)icação de uma "assare!a entre esoterismo e exoterismo e3 de certa )orma3 é um 7arueiro genia! Mas não 0amos ueimar as eta"as da a7ordagem gradua! de sua 0isão ;orrer6amos o risco de ueimar as asas %e a indi0iduação é o )uturo da iniciação essa é "e!o menos nossa tese3 e mesmo sua su"eração3 se nossa intuição esti0er correta3 sem d0ida3 seria ainda necess*rio ana!isar so7remaneira seus dados e conseu?ncias %em esta7e!ecer "ara!e!os entre conceitos Dunguianos e s6m7o!os esotéricos como se "oderia )a8er com os H0ange!4os "ara dec!ar*-!os sin
H!e escre0e 9como médico so7 a im"u!são da res"onsa7i!idade médica3 e não como de)ensor de uma doutrina9 Tam7ém não )a!a como erudito3 e!e uer antes continuar3 de certa )orma3 o "rocesso de rece"ção 4ist
;risto ue re"resenta uma tota!idade de nature8a di0ina ou ce!este3 um 4omem g!ori)icado3 um Bi!4o de #eus3 um Adam $ecundus>. No )undo3 "ara com"reender em ue os no0os a0anços de Jung encontram ressonFncia e corres"ond?ncia com as contri7uiçes da Maçonaria3 ainda ue se a"oiem no estudo de s6m7o!os em"restados aos gn
Hu5 Hm ue3 "ara retomar os "r<"rios termos de Htienne Perrot3 ; G Jung é 9antes de tudo o testemun4o de uma rea!i8ação interior3 cuDos )rutos são %eu método "sico!
%e 9o desen0o!0imento es"iritua! é o des"ertar 6ntimo de uma inde"end?ncia de es"6rito93 como escre0e >u7ert Gre0en3 %o7erano Grande ;omandante do %u"remo ;onse!4o da Brança3 no $ito Hscoc?s Antigo e Aceito3 ; G Jung "ermanece um mode!o3 um construtor3 um artesão de "a8 e de reconci!iação do 4omem consigo mesmo H3 nisso3 e!e é inteiramente )raterno
Capítulo VI Como desmascarar a persona? Na rea!idade3 não 4* ua!uer necessidade de ter sido iniciado no Grande Oriente3 na Grande LoDa da Brança3 na Grande LoDa Naciona! da Brança3 na Maçonaria Mista ou em outro !ugar3 de acordo com esse ou aue!e ritua! tradiciona!3 so7 ua!uer ti"o de o7edi?ncia3 "ara sa7er como se desenro!a o cen*rio in pra#is. ;om e)eito3 nosso sécu!o3 mesmo guardando deses"eradamente o gosto "e!o segredo3 de modo "aradoxa!3 s< gosta deste !timo uando e!e é re0e!ado ou 0u!gari8ado diante de e "ara um grande nmero3 inc!usi0e e "rinci"a!mente "or Dorna!istas *0idos de sensaciona!ismo e de enigmas esotéricos O "r<"rio g!oss*rio da Maçonaria tornou-se con4ecido de todos3 "ara não di8er 0u!gari8ado #e )ato3 !i0ros )oram editados3 na Huro"a e no resto do mundo3 so7re as regras maç
com satis)ação em sua o7ra3 a iniciação não "ode Damais3 "ara a!ém do conceito3 ser ex"ressa ou sinteti8ada "or "a!a0ras "recisasS Hm uma sociedade3 com )reu?ncia3 mais 0incu!ada + su"er)6cie das a"ar?ncias imediatas e imediatamente "erce"t60eis do ue + "ro)unde8a do "ensamento3 muitas 0e8es3 ocu!to "or "udor ou "or 0ontade de!i7erada3 tornou-se e0idente ue todo segredo a"enas "ode dissimu!ar o dia7
ou0ido e interrogado H a cé!e7re 9"assagem so7 a 0enda9 ue ainda 4oDe "ro0oca )antasias entre tantos "ro)anos e "ro0a0e!mente encontra suas origens ancestrais em uma rica sim7
rea!i8ar 9"sico!ogicamente9 "ro"e %erge >utin3 até mesmo 9"sicana!iticamente9 acrescenta ,runo Htienne3 a "assagem de um estado "ro)ano a um estado sagrado3 de uma uase cegueira a uma c!ari0id?ncia 0erdadeira H Jean Mourges3 então3 c4egaria até mesmo a sustentar ue a iniciação re0e!a0a-se como uma 0erdadeira 9meta)6sica 0i0ida9 O "rocesso de indi0iduação3 de acordo com Jung3 não seria tam7ém uma 9meta)6sica 0i0ida95 #a mesma maneira3 no decorrer da iniciação maçônica3 uando é so!icitado ao ne<)ito ue de"osite seus 9metais9 na entrada do Tem"!o3 isto é3 ue deixe )ora do es"aço sagrado3 antes da reunião so!ene3 seus o7Detos "essoais de 0a!or 9nem ouro3 nem "rata3 nem re!
e identi)icação do "ersonagem re"resentado no "a!co "e!o ator Ora3 no decorrer de sua 0ida3 Jung nunca deixou de 9!e0antar a m*scara9 Por isso3 Ysé TardanMasue!ier "ode !ogicamente escre0er: 9A persona tem muito a 0er com o ue Ma vie c4ama de ^a "ersona!idade nmero um^3 essa construção de su"er)6cie ue tem o mérito de "ermitir ao ser "ro)undo de se ex"ressar de uma )orma "recisa3 de se comunicar com o outro tendo como 7ase os di)erente "a"éis ue !4e são atri7u6dos9 Não se trata de3 e0identemente3 com"reender o conceito de persona, so7 o "retexto de uma seme!4ança sonora3 como sin
a"arente identidade3 mas não é de )orma a!guma nossa "ersona!idade 0erdadeira H!a é aui!o ue parece nossa g!o7a!idade H!a é3 em rea!idade3 uando se 0? so7 o 0éu de 6sis3 somente nosso )a!so re)!exo A persona é nosso escudo socia! ue de0e ser ue7rado3 nossa casca su"er)icia!3 nossa cara"aça ue de0e ser rom"ida custe o ue custar caso se ueira a"reender nosso nc!eo aut?ntico de integração "s6uica exatamente isso ue !e0a ; G Jung a escre0er: 9Por estar suDeito a um nome3 aduire um t6tu!o3 assume uma carga ue e!e re"resenta e encarnaR um é isto3 o outro é aui!o ;!aro3 natura!mente3 em um certo sentido3 isso corres"onde a a!guma coisaR toda0ia3 com"arada + indi0idua!idade do suDeito3 sua persona não é senão uma rea!idade secund*ria3 um sim"!es arti)6cio3 um com"romisso em cuDa constituição outros "artici"am muitas 0e8es 7em mais do ue o "r<"rio interessado %ua persona é a"enas uma a"ar?ncia3 e "oder6amos di8er "or meio de uma tirada es"irituosa3 uma rea!idade com duas dimenses9 %o7 esse "onto de 0ista3 o "aciente ue 0em 0er ; G Jung ou seus sucessores contem"orFneos em seu consu!t
renascer mais 0erdadeiro3 mais nu3 aceitando de antemão uma es"écie de segundo nascimento de si-mesmo H disso ue se trata estar em uma 90iagem9 em "sico!ogia das "ro)unde8as Nada menos3 em todo caso #a mesma maneira3 o iniciado ue 0em + "orta do Tem"!o "edir a Lu83 ue aceita so)rer a cegueira da 0enda e a i!uminação re"entina3 muitas 0e8es o)uscante3 de seu desarraigamento3 asseme!4a-se inega0e!mente ao suDeito ue engaDa3 de modo 0o!unt*rio3 um "rocesso "sicana!6tico As duas "osturas "arecem3 então3 "ara!e!as O iniciado3 como D* )oi 0isto3 de"osita seus 9metais9 no !imiar do Tem"!o antes de a!i entrar em 7usca3 "rinci"a!mente3 do Tem"!o idea! ue cada um a7riga em si3 em 7usca tena8 de toda )orça3 sa7edoria e 7e!e8a O ana!isado ue se deita no di0ã ou se acomoda em sua "o!trona3 diante de seu ana!ista3 tam7ém de a!guma )orma es0a8ia seus 7o!sos "s6uicos H!e a7andona suas reaçes de res"eito 4umano3 seus "udores3 suas )a!sas 0ergon4as e suas mano7ras de )uga H!e deixa )!uir a "a!a0ra !i7ertadora3 aue!a do inconsciente ue )a!a sso !4e "ermite 9mergu!4ar9 no oceano das !em7ranças e das imagens "assadas H!e reencontra sensaçes 0indas de !onge H!e se a"roxima de seu "r<"rio centro com ou sem maiscu!a rea!S O ana!isado3 como o iniciado3 aceita morrer "ara renascer me!4or H!e em"reende um tra7a!4o de c!ari)icação de si-mesmo3 de sustentação3 com muita )reu?ncia3 de 4umi!dade no in6cio H!e
aceita a regra "rinci"a! de um )a!so Dogo3 uma 0e8 ue engaDa o conDunto de sua "ersona!idade3 ou seDa3 a regra de ouro ue consiste em se entregar mesmo com a emerg?ncia muitas 0e8es misteriosa e assustadora do 0asto e inde)inido continente do inconsciente3 sendo este indi0idua! ou co!eti0o #e acordo com esses "ontos de 0ista3 iniciado e ana!isado adotam uma mesma "ostura3 um mesmo com7ate H!es deseDam gan4ar o !ugar de sua "r<"ria 0erdade3 de sua "ro)unde8a3 de sua "r<"ria "edra )i!oso)a! H!es correm o risco insensato da ressurreição3 do renascimento Hstamos3 então3 em "!eno mito uni0ersa! e )undador ;!aro3 trata-se de morrer a si-mesmo "ara me!4or renascer a si-mesmo3 de "assar de um estado onto!
a"reender me!4or o )uturo e seus o7st*cu!os O 9con4ece-te a ti mesmo9 não en0e!4eceu em nada e ta!0e8 "or isso os deuses continuem desa"arecendo da mem
sentir di)erentemente nossa "r<"ria a0entura existencia!3 a"reender so7 um no0o "onto de 0ista nossos !aços re!acionais com a sociedade e com o meio natura! niciação maçônica e "sican*!ise de ins"iração Dunguiana "ertencem a uma 0erdadeira teoria da !i7ertação "essoa! ue 0isa a um com"!emento de rea!i8ação da "essoa3 uma es"écie de su"eração da miséria interior O iniciado aceita "assar "or uma série de "ro0as3 su"erar o7st*cu!os3 0i0er 90iagens93 "ara ue tudo 9isso9 re0e!e mais do ue as sim"!es "a!a0ras da tri7o ue "recisam ser ditas O "r<"rio teatro onde acontece misteriosamente a !enta em"reitada dua! e ue son4a com uma reconci!iação dos contr*rios é3 sem d0ida3 a LoDa H o A"rendi83 o7rigatoriamente durante os "rimeiros tem"os de sua "resença 9em reunião93 mantém o si!?ncio e o res"eito H!e ra"idamente a"rende3 ao ex"eriment*-!o3 ue o si!?ncio 9)a!a9 e ue a atenção e a 0igi!Fncia são mais )*ceis Hm an*!ise3 seDa na !in4a de Breud3 Jung ou Lacan3 o si!?ncio tam7ém tem sua im"ortFncia ca"ita! Por ex"eri?ncia3 sa7emos ue é muitas 0e8es entre uma "a!a0ra e outra3 na res"iração entre duas )rases3 na "ausa ue incita + re)!exão e + ex"!osão da emoção e do ressentido3 ue essa indis"ens*0e! 9a7ertura9 do "aciente em re!ação aos seus con)!itos3 deseDos3 medos e 7!oueios encontra seu !ugar %im3 a cura ana!6tica tem rea!mente como o7Deti0o 9no )im da corrida9 ou da indi0iduação5 su"erar o Hgo "or meio de uma trans)ormação da consci?ncia3 não indo3 "orém3
ao encontro das grandes tradiçes do Oriente3 como a do %en4or ,uda3 ue ensina ue o Hgo é detest*0e!3 o ue seria o mesmo ue di8er3 como ris4namurti: 9a "ersona!idade me desgostaS9 ; G Jung3 como "siuiatra3 di8 rea!mente ue a persona de0e ser su"erada3 e não destru6da3 "ara a!cançar o %i isto é3 o sucesso 4o!6stico do conDunto de um destino 4umano Nem sem"re e!e est* distante de uma certa tradição ti7etana ue di8 ue toda estrada de rea!i8ação sem"re ter* de en)rentar o Hgo3 domin*-!o3 castig*-!o3 su"er*-!o3 e até mesmo aniui!*-!o Cue e!e o nomeie 9Grande Aruiteto do Uni0erso9 ou não3 o artesão maçom se a7re inteiramente + intuição de uma rea!idade maior do ue e!e "r<"rio3 a uma vastidão, diria3 no entanto3 o agn
Capítulo VII ,em pastor! nem te-logo! nem guru... #urante toda a sua carreira de "siuiatra3 ; G Jung instigou seus "acientes "ara ue )ossem a!ém da a"ar?ncia imediata3 ue de )orma a!guma se )ec4assem em si mesmos3 ue se esta7e!ecessem3 de certa )orma3 o mais "r
"erse0erança Cuando e!e re0e!ou seu conceito de persona, o ua! signi)ica se uestionar so7re o re)!exo ue se uer dar de si aos outros3 imagem !igada + sua ca"acidade de im"or sua marca 0o!unt*ria so7re o rea! em3 "or exem"!o3 um "rocesso "ro)issiona!3 o Mestre de Wuriue nunca "erdeu de 0ista ue todo "ai re"resenta "ara o seu )i!4o um mode!o da dita persona, o "rimeiro ue inter"e!a o mesuin4o do 4omem Hm sua auto7iogra)ia3 Jung ressa!ta ue3 se a persona é rea!mente o sistema de ada"tação "ara se comunicar com o mundo3 9o "erigo é de se identi)icar com sua persona, o "ro)essor com seu manua!3 o tenor com sua 0o89 %o7 esse "onto de 0ista3 e!e até a)irma ue a persona é aui!o ue a!guém não é na rea!idade3 mas aui!o ue e!e "r<"rio e os outros "ensam ue e!e éS No caso do "ai diante de seu )i!4o - e se "ode "ensar aui no "ai de Jung e no "r<"rio Jung -3 é e0idente ue3 no in6cio de seu crescimento3 o )i!4o est* muito mais im"ressionado "e!o re)!exo exterior ue seu "ai re0e!a no es"e!4o das situaçes 4umanas do ue "e!a rea!idade ue e!e mais ou menos mascara O desencantamento com a imagem do "ai acontecer* muitas 0e8es no momento da ado!esc?ncia3 ou mesmo antes H esse desencantamento +s 0e8es se tornar* !enta desintegração No destino de Jung3 a re!ação com o "ai 9um "astor muito mais triste3 dece"cionante e sem "ers"ecti0a "orue3 ao ue "arece3 o7scuramente dece"cionado consigo mesmo93 escre0e ;4ristian
Gai!!ard ra"idamente se degradou ;om e)eito3 muito cedo o )i!4o se deu conta de ue seu "ai "astor3 e conseuentemente 9"erito9 em )é re!igiosa3 esta0a atormentado "e!a d0ida materia!ista3 "or um certo agnosticismo de 7ase O teist
custe o ue custar3 e +s 0e8es durante toda a sua 0ida3 arranc*-!o de si3 su"er*-!o3 mat*-!o3 su"erar seu 6cone3 contradi8?-!o3 ou3 "e!o menos3 uestion*-!o no0amente3 a )im de ir mais !onge em seu "r<"rio "rocesso de indi0iduação A identi)icação com o "ai "ermanece3 "ara todos e "ara cada um3 "erigosa e in)initamente com"!exa %eu desa)io sem"re )oca a !i7erdade indi0idua! do suDeito3 inde"end?ncia a ser constantemente gan4a ou no0amente gan4a so7re as in)!u?ncias exteriores %em d0ida "orue3 durante sua Du0entude3 e!e te0e de assassinar sim7o!icamente dois "ais seu genitor )6sico3 esse "*!ido c!érigo "rotestante e seu mentor "s6uico3 o incontorn*0e! Breud "ara se tornar o ue se tornou3 isto é3 um dos mais incontest*0eis g?nios de seu sécu!o3 Jung )oi o ue me!4or com"reendeu toda a dor ineg*0e! ue re"resenta esse extir"ar da persona necess*rio "ara )orDar um 4omem !i0re Hm outros termos3 "ode-se com"arar esse mo0imento de !enta !i7ertação +ui!o ue3 na Maçonaria3 seria 7ati8ado3 0o!untariamente3 como o tra7a!4o do A"rendi8 "ara o7ter uma "edra "o!ida3 ou mesmo c7ica3 sa6da da 9"edra 7ruta9 das "rimeiras 4oras do dia da iniciação O crescimento 4umano3 com muita e0id?ncia3 e)etua-se sem"re 9em mo0imento93 e exige uma série de integraçes3 consciente ou inconscientemente3 de in)ormaçes dis"on60eis do !ado de )ora Boi certamente a "artir da morte de seu "ai3 enuanto )a8ia seus estudos de medicina na
Uni0ersidade de ,a!e3 ue ; G Jung atingiu sua im"ortFncia como 4omem H!e )e8 o"çes 7em de)inidas so7re todas as uestes da sociedade3 !endo notadamente %c4o"en4auer e ant3 co!ocando-se a uestão meta)6sica ca"ita! do "oru? da exist?ncia do ma! e desse Jeo0* 9ue ri do deses"ero dos inocentes9 ?Jó % NN-NO>. H3 a!i*s3 com "ertin?ncia ue uma 4istoriadora da "sican*!ise como Linda #onn3 em seu !i0ro so7re Breud e Jung3 o7ser0a ue a "rimeira con)er?ncia deste !timo diante do c6rcu!o estudanti!3 em no0em7ro de 1@/=3 ano da morte de seu "ai3 trata0a dos 9!imites das ci?ncias exatas9 e conc!ama0a ao estudo dos )enômenos 4i"n
de mimR muito ra"idamente3 como "or uma i!uminação3 4a0ia com"reendido ue não "oderia 4a0er "ara mim outro o7Deti0o senão a Psiuiatria H somente ne!a "oderiam con)!uir os dois rios de meu interesse e esca0ar seu !eito em um "ercurso comum A!i esta0a o cam"o comum da ex"eri?ncia dos dados 7io!
morte3 notadamente da "ena dos admiradores do )i!indu6smo c!*ssico sécu!o a;3 ue seria rei0indicada "or mestres es"irituais indianos como $amana Ma4ars4i3 ue Jung3 no entanto3 se recusa a encontrar3 ou Auro7indo ; G Jung tornar-se-* um admirador do ;4ing Jamais esuecer* essa )amosa !
trans)ormaçes interiores3 ao 7uscar uma ordem c
suas marcas no cadin4o da %a7edoria uni0ersa! o caso da persona, "or exem"!o ; G Jung se encontra3 então3 de acordo com aui!o ue nomeia no Aon 1o "a!itus de nossa 0ida "s6uica ancestra!9 Aos seus o!4os3 e!e ex"!ica em termos diretos e sim"!es3 n
Capítulo VIII %anto Agostin"o! #oet"e e ung Cuer se ueira ou não dar uma grande im"ortFncia ao ata0ismo em gera! rea! ou su"osto3 ninguém "ode ignorar a in)!u?ncia ue a Maçonaria a!emã3 de maneira direta ou indireta3 "ôde ter so7re ; G Jung durante sua ado!esc?ncia Pode-se recon4ecer essencia!mente esse "a"e! nas )ontes de seu "r<"rio "rocesso de indi0iduação Hntão3 "ode-se a"enas e0ocar3 com o a"oio de "ro0as e de arui0os3 ue o a0ô de ; G Jung era maçom na mesma é"oca ue Jo4ann \o!) gang 0on Goet4e 1.(/-1@2& H!e conseuentemente se re)eria a uma an*!ise esotérica da re!igião3 de)endida "or uma ética de !i7erdade3 de igua!dade e de )raternidade uni0ersa!3 diretamente sa6da da )i!oso)ia dita 9das Lu8es9 Goet4e D* tin4a escrito seu romance ert"er e sua tragédia Qt7 von (erlic"ingen uando 7ateu na "orta do Tem"!o e )oi de )ato iniciado em 1.@' na LoDa Am*!ia de \eimar e e!e0ado +
maestria em 1.@&3 começando o ano seguinte no cen*cu!o muito e!itista dos 9!uminados9 Goet4e3 ue ue de0e de0eri ria a "erte "ertenc ncer er + Maço Maçona naria ria dura durant nte e & anos3 não somente estudou3 como se intui3 de mane ma neir ira a grad gradua ua!! e exau exaust sti0 i0a a3 s6 s6m7 m7o! o!os os e ri rito toss tradicionais3 inc!usi0e a !enda de >iram e da Arca da A!iança3 como3 e isso est* c!aro3 introdu8iu em sua o7ra-"rima3 austo, 0*rios dados indi indiss"en "ens* s*0e 0eis is ao tra tra7a! a!4o 4o co cont nt66nuo nuo na Lo LoDDa $ea!mente3 de modo g!o7a!3 a ideia mãe de uma 7usca inici*tica Damais o a7andonou Muito menos a 7usca de uma 9"a!a0ra "erdida9 em 0ista de uma 0ida no0a Justamente3 uando o ado!escente ; G Jung3 com co m ce cerc rca a de 1 ano anos a"en a"enas as33 é 7om 7om !e !em7 m7ra rar3 r3 !eu "e!a "rimeira 0e8 o austo, de Goet4e3 e!e se reco re con4 n4e ece ceu u muit muito o im"r im"re ess ssiionad onado o3 no se sen ntid tido "!eno do adDeti0o Ainda mais ue3 desde a in)Fncia3 como dir* mais tarde3 e!e estar* a "ar do 9segredo de )am6!ia9 )am6!ia9 um "ouco "ouco m6tico muitas muitas 0e8es e0ocado ue "retendia ue a mãe de seu a0ô tin4a mantido uma !igação amorosa extraconDuga! com o autor do "r<"rio austo e o ue a0ô era3 "ortanto3 nada menos do ue um 7ast 7asta ardo rdo do gran grande de Goet Goet4e 4eSS No enta entant nto3 o3 "ara "ara a!ém dessa )i!iação mais do ue 4i"otética ue )a8ia do Do0em ;ar! Gusta0 o 7isneto de Goet4e3 i!eg6timo3 como se di83 é "reciso acreditar em ; G Jung uando e!e não 4esita em a)irmar ue a !eitura de austo agiu so7re e!e 9como um 7*!samo miracu!oso9 correndo so7re sua a!ma Hm &@ de )e0ereiro de 1/2&3 em uma carta dirigida ao escritor 4e!0ético Max $Qc4ner 1@/.-
1@/3 Jung não esc!arece ue: 1austo é o "i!ar mais recente dessa "onte do es"6rito !ançada "or cima do "Fntano da >ister* r*cc!ito !ito e continua no H0ange!4o segundo %ão João3 nas e"6sto!as de %ão Pau!o3 em Mestre HcZ4art e em #ante ... ...bb austo é su"raterrestre3 e é "or isso ue nos arranca da terra3 e!e é o )uturo assim como o "assado e3 "or essa ra8ão3 é o "resente mais 0i0o "or isso ue tudo o ue é essencia! "ara mim em Goet4e est* contido em austo1. Ora3 re!er as di)erentes 0erses de austo é esc! es c!ar arec eced edo or so so7 7 es esssa ue Goet4e )oi !e0ado inco incons nsci cien ente teme ment nte e "e!o "e!o 9! 9!en ento to mo0i mo0ime ment nto o de e!a7oração e de metamor)oses aruet6"icas ue se estende ao !ongo dos sécu!os9 O ue rea!mente nos ensina uma certa re!eitura de Goet4e5 O "rimeiro austo, inicia iniciado do em 1..2 1..2 e )ina!i8ado em 1..=3 a"arece so7 a m*scara de um 0e!4o 4a7itado "e!o desencantamento "ante6sta e "ro)undamente re0o!tado "or não ter "odido "odido33 ou sa7ido sa7ido33 extrai extrairr do rico rico es"et* es"et*cu! cu!o o da
nature8a um 9a7re-te3 sésamo9 uni0ersa! ua!uer Lem7rando ue Me)ist<)e!es no ua! mais ma is tard tarde e ; G Jung Jung re reco con4 n4ec ecer er* * se seu u )utu )uturo ro conceito de %om7ra consegue de austo ue e!e !4e 0enda sua a!ma3 assinando um "acto com seu sangue Me)isto !4e de0o!0e sua Du0entude e o !e0a ao sa7* de \a!"urgis A seguir3 austo 7e7e uma "oção m*gica Hntão3 e!e admira em um es"e!4o o rosto de Marguerite3 com uem 0i0e i0er* o e"is "ise!ena #esse casa! nascer* Hu)orion3 em uem 0*rios comentadore ress recon4ecem o s6m7o!o m*ximo de reconci!iação entre a "oesia moderna e a anti antiga ga "oes "oesia ia c!*s c!*ssi sica ca Acre Acredi dita tand ndoo-se se de a!gu a! guma ma ma mane neir ira a oni" oni"ot oten ente te33 Baus Bausto to uer uer re rein inar ar so7re o mundo !uxuriante da Nature8a e conuistar da areia do mar uma *rea ue e!e uer
)ecunda No momento de morrer3 Bausto3 re"!eto de remorso3 se arre"ende #eus3 tocado "or sua inca incans ns*0 *0e! e! 7usc 7usca a da inac inaces ess6 s60e 0e!! erd erda ade e do ,e!o e se deixando in)!uenciar "e!as s"!icas de >e!ena3 "erdoa-!4e os com"ortamentos de todo"oderoso O grande Aruiteto e0ita sua danação #e )ato3 tanto a "rimeira 0ersão do austo uanto a segunda nos e0ocam o mesmo s6m7o!o eterno e uni0ersa!: o do indi06duo ca"a8 de tudo 0ender e sacri)icar3 inc!usi0e sua a!ma3 + con co nui uist sta a da Gnos Gnose e ;on ;on4e 4eci cime ment nto o a7so a7so!u !uta ta Para Mestre Goet4e3 austo re"resenta cert ce rta ame ment nte e nos nossa natu nature re88a 4uma mana na co com mum3 um3 com sua grande8a e suas mesuin4arias A "artir de então3 a )igura !end*ria de austo "ôde ins"irar notadamente com"ositores como ,er!io83 %c4umann3 Gounod3 %tra0insZQ3 sem deixar de !ado \agner3 Lis8t ou Ma4!er3 ou até mesmo o "intor #e!acroix Cuem3 com e)eito3 não 0enderia sua a!ma ao #ia7o ou não em"reenderia uma 0er erti tig ginos inosa a des esccida ida ao aoss in)ern )erno os em troc troca a de "oderes 0erdadeiramente m*gicos5 Não é esse o destino de cada um de n
ins"irado e até mesmo entusiasmado "or Goet4e3 é "orue sa7ia ue 9seu9 austo - e e!e o escre0e com todas as !etras em 1@ de Dun4o de 1/@ em uma carta a um con)rade da Uni0ersidade do Oregon - 9uase atingiu o o7Deti o7Deti0o 0o da A!uim A!uimia ia c!*ssi c!*ssica ca33 mas mas33 in)e!i in)e!i8me 8mente nte sem c4egar + !tima co con nun unct ctio io,, uma 0e8 ue austo e Mefistófeles não rea!i8aram sua unid unidad ade9 e9 ;o! o!oc ocad ado o de outr outra a )orm )orma3 a3 ; G Jung Jung "ensa0a ue a ex"eri?ncia do %i-mesmo !ouca tentati0a de reconci!iar os contr*riosS a7rangia e im"!ica0a inteiramente a ex"eri?ncia 4umana de Goet4e e as conce"çes ex"ostas em suas o7ras ess ssen enci cia ais is Por is issso me mesm smo3 o3 a ma mane neir ira a de se ex"ressar de ; G Jung é rea!mente 9goet4eana93 se não )or a!u6mica e de ins"iração maçônica A!i*s3 o "siuiatra de Wuriue deixa c!aro uando escre0e3 em 2' de Daneiro de 1/2(3 ao doutor em Bi!oso Bi!oso)ia )ia ,ern4a ,ern4ard rd ,aur-; ,aur-;e!i e!io: o: 9Bi8 9Bi8 ex"eri ex"eri?nc ?ncias ias ue são3 "or assim di8er3 inex"ress*0eis3 secr se cret etas as33 "or "orue ue não não se "ode "ode Da Dama mais is di8? di8?-! -!as as exatamente e "orue ninguém "ode com" co m"re reen end? d?-! -!as as não não se seii se eu mesm smo o "os "osso com"re com"reend end??-!as !as ai ainda nda ue a"roxi a"roximad madame amente nte3 3 perigosas na me medi dida da em ue ue // // das das "ess "essoa oass me Du!gariam !ouco se )osse contar seme!4antes coisas3 catastróficas na medida em ue a ideia a priori "ro0 "ro0oc ocad ada a "e!a "e!a co con) n)id id?n ?nci cia a "roi "roi7i 7iri ria a ao aoss outros o acesso a um segredo ao mesmo tem"o 0i0o e mara0i!4oso3 ta!us, "orue se trata de um cam"o numinoso "rotegido "e!o temor a #eus ue o cerca3 7em descrito "or Goet4e9 A!ém do mais3 na mesma carta de 2' de Daneiro de 1/2(3
um "ouco mais adiante3 ; G Jung se deixa !e0ar "or essa con)issão a7ru"ta e3 aos nossos o!4os3 essencia!: 94* ainda uma coisa ue gostaria de di8er: o ue se c4ama ex"!oração do inconsciente re0e!a de )ato e na rea!idade a antiga e atem"ora! 0ia iniciática1. #essa 0e83 a con)issão ergue o 0éu de `sis O "asso sim7
como Jung se interessaram "e!as 9secretas "eri"écias do desen0o!0imento es"iritua! do 4omem ocidenta!9 "ara retomar uma )
ua!uer9 austo indica indica muito muito mais a direção direção de um camin4o3 uma "ostura "ara ir a!ém da dia! dia!ét étic ica3 a3 um élan, uma tensão3 uma "ostura de cura interior3 uma 0ia e uma recusa3 ao se )a8er o camin4o3 de "erder a 7ase interior ina7a!*0e! de uma )é no )uturo da 4umanidade Goet4e não deixa de 7uscar3 durante toda a sua 0ida e ao !ongo das di0ersas correçes ue )e8 ao seu austo, de tra7a!4ar as tr?s ua!idades inici*ticas ue ue todo todo eter etern no A"re A"rend ndi8 i8 de0e de0e grad gradua ua!m !men ente te desen0o!0er ne!e: a %a7edoria3 a Borça e a ,e!e8a Tra7a!4ar a "edra exige toda a uma exist?ncia H a"ro0amos Georges LuZ*cs uando e!e a)irma ue 9a o"osição entre austo e Me)isto não é de )orma a!guma a o"osição entre a ascese e a sensua!idade3 mas a dia!ética concreta e rea! do 4umano e do dia7 Hncontramos tudo isso na o7ra de ; G Jung em sua 7usca da rea!idade da a!ma O "aciente de Jung3 como se "oderia escre0er3 é aDudado "or seu "sican icana! a!iista 9a inte ntegra grar9 em se seu u se seg gre redo do mais 6ntimo Bausto e Me)isto3 em suma O o7Deti0o )i!os<)ico - ou a !ouca es"erança3 de Goet4e e de Jung3 se "arece: trata-se de a7rir em si es"aços interiores "ara ue o indi06duo desa7roc4ado "ossa 0i0er ati0o e livre em 4armonia com os outros indi06duos3 seus irmãos3 ue )ormam a sociedade %o7 esse "onto de 0ista3 o idea! maç
Dnde eles viverão não em segurança, mas ativos e livres. Rue Rue fora fora a onda onda ca caus use e dest destru ruiç içHe Hes, s, le leva vant ntee-se se até o re!ordo Assim 2ue ela pulveri7ar o di2ue, pronto a irromper com violência A comunidade, de um, Snico é!an3 acorre para reformar a !rec"a $im4 A esse pensamento, eu me entreguei por inteiro, Ali está a Sltima lição da sa!edoria% $omente a2uele merece a li!erdade e a vida Rue cada dia deve con2uistá-los ) assim, envoltos pelo perigo, A infKncia, a idade madura, a vel"ice desenvolvem seu crculo fecundo. D formigamento, eu gostaria de vê-lo, 5iver no solo livre com um povo livre.1 Hste !timo 0erso de Goet4e 90i0er no so!o !i0re com um "o0o !i0re9 )a8 estran4amente "ensar na con4ecida )
conseuentemente3 s< "ode )a8er um 7om uso de sua !i7erdade9 Hm outros termos: o ad*gio de %anto Agostin4o 9Ama e )a8e o ue ueres9 não est* distante nem da )i!oso)ia de Goet4e nem da de Jung H0identemente3 a Lei maçônica não é estran4a nem a um nem ao outro
Capítulo IX ung! maçom sem avental Ba8er do 9!o7in4o9 ;ar! Gusta0 Jung um maçom3 com ou sem a0enta!3 "ode "arecer meio arriscado3 "e!o menos em uma "rimeira a7ordagem No entanto3 não nos esueçamos de ue o "r<"rio interessado3 no !i0ro de suas mem>, no )ina! do ca ca"6 "6tu tu!o !o inti intitu tu!a !ado do A torre, nos in)orma ue seu a0ô era maçom entusiasta e Grão-Mestre da LoDa su6ça9 H3 ao !amentar ue seu a0ô ten4a "ro0a0e!mente tra8ido uma modi)icação "articu!ar aos e!ementos do 7rasão de sua )am6!ia3 ue 9tin4a uma )?nix como anima! 4er* r*!!dico93 e!e insiste no 4ist, o cristão e o dionisiano3 cru8 e cac4o de u0as3 sendo 9os s6m7o!os do es"6rito ce!este e do es"6rito ctoniano9 Jung medita a seguir so7re o s6m7o!o de união re"resentado "e!a estre!a de ouro3 o aurum p"ilosop"orum, ue sim7o!i8a o ouro dos
)i!
dece"cionado93 como o7ser0a ;4ristian Gai!!ard3 1 mas e!e re"resentou o "a"e! ca"ita! do 9"ai "onto de re)er?ncia9 a ser uestionado e su"erado Hm re!ação ao "r<"rio Jung3 o )undador da "sico!ogia das "ro)unde8as3 nen4um documento3 a"esar de nossas 0*rias "esuisas3 )oi encontrado so7re sua e0entua! iniciação maç
Espada e o Graal, de Andrew Sinclair, Madras
"ersona!idade n' &3 sendo a segunda3 aos seus o!4os3 aue!a do 4omem interior3 isto é3 aue!a "ara uem as re!igies se dirigem desde sem"re Logicamente3 !e0ando-se em consideração o ue "recede3 ninguém se sur"reender* em 0er o ado!escente ; G Jung so7 o o!4ar de um Tem"!o "rotestante ue 7em cedo se torna "ara e!e uma )onte de tormento #e uma maneira gera!3 "odese di8er ue o Do0em ra"a8 7em cedo se uestionou so7re a graça di0ina e a inDustiça3 so7re a 0ontade de #eus e so7re sua nature8a Hssas "reocu"açes meta)6sicas "recoces3 Jung as guardou "ara si H!e se recusou a co!oc*-!as ex"!icitamente a seu "ai3 "orue acredita0a sa7er de antemão o ue um "astor de0eria !4e res"onder "or ra8es 4onestas !igadas ao seu ministério3 ex"!ica e!e No entanto3 )oi rea!mente seu "ai uem !4e deu "essoa!mente cursos de instrução re!igiosa Mas o orante Jung dece"cionou-se terri0e!mente com sua "rimeira comun4ão 9nada aconteceuS93 di8 e!e em sua auto7iogra)ia3 9eram a"enas "a!a0rasS93 9nada de uma reunião ou de uma uni)icação93 9#eus tin4a "ermanecido ausente9 A seguir3 Jung 7uscou na ,67!ia e na tradição cristã3 e0identemente3 mas tam7ém no Oriente3 as res"ostas "ara suas inuietaçes existenciais H )oi necess*rio ue3 um 7e!o dia3 sua mãe !4e dissesse: 9oc? tem de !er o austo, de Goet4e93 "ara ue Jung com"reendesse ue o o7st*cu!o ca"ita! ta!0e8 )osse Me)istoS A!i*s3 o 0e!4o s*7io Jung3 9o arui0e!4o93 como e!e se nomear* em suas mem
sua auto7iogra)ia: 9Hm todo caso3 Me)isto e a grande iniciação )ina! "ermaneceram "ara mim um acontecimento mara0i!4oso e misterioso nos con)ins do mundo de min4a consci?ncia9 %e Goet4e )oi3 "ortanto3 "ara Jung um "ro)eta3 um "adrin4o3 um )iador "ermanente outra con)issão com todas as !etras3 )oram-!4e necess*rios a!guns "oucos anos "ara "ensar ue #eus ta!0e8 )osse uma 4i"ermes dis)arçados ;omo recom"ensa "or isso3 e!es )oram sa!0os do di!0io ue inundou a terra onde 0i0iam e 0iram sua casa trans)ormada em Tem"!o do ua! se tornaram os "rimeiros sacerdotes Até mesmo o deseDo de am7os de morrer simu!taneamente )oi atendido3 e a !enda conta ue )oram metamor)oseados em *r0ores cuDos ga!4os se mesc!a0am ;om"reende-se então: se mais tarde Jung esco!4eu o nome de Bi!emon "ara nomear esse curioso "ersonagem surgido de seu
inconsciente e ca"a8 de re"resentar uma )orça ue e!e não tin4a3 uma es"écie de guru interior com uem se "ôs a dia!ogar na imaginação 9a ta! "onto ue +s 0e8es tin4a a im"ressão de ue e!e era )isicamente rea!93 isso não era de )orma a!guma "or acasoS %e a Maçonaria dos Jung a0ô3 "ai e e0entua!mente )i!4o "ertence ao mo0imento tradiciona! da $osa-;ru83 e!a tam7ém é 7em "rist
;i?ncias de >ar0ard3 ser0iu de ins"iração +s organi8açes ocu!tas e +s sociedades secretas vQl8isc" a!emãs H!e começa Dustamente "e!a narrati0a de uma estran4a 0iagem3 es"écie de !onga 7usca ou até mesmo de conto inici*tico Hm suma3 trata-se da camin4ada de um certo rmão Marcus3 ue3 ao atra0essar uma região escar"ada durante a %emana %anta3 "ede a7rigo em um monastério Hnuanto o cre"scu!o a0ança e "arece anunciar a morte do %o!3 os sinos do monastério começam a tocar O 0iaDante se sente encoraDado a a0ançar até a "orta em ue o7ser0a3 com sur"resa3 um cruci)ixo 9trançado de rosas9 Um 0e!4o s*7io3 ue "arece 0ir de !onge3 a7re-!4e e o con0ida a cru8ar a "orta Hntão Marcus desco7re ue o monastério é 4a7itado "or um cen*cu!o de orgu!4osos ca0a!eiros com mec4as 7rancas Todos esses no7res sen4ores c4egam ao )ina! de uma !onga 0ida "!ena de ex"eri?ncias rmão Marcus3 c4eio de admiração3 a"rende a seguir a 7iogra)ia de >umanus3 o )undador do con0ento3 ue anuncia aos seus irmãos ue "artir* em 7re0e #e"ois3 e!e "ode admirar a sa!a dos ritos3 com 12 "o!tronas ornadas de 7rases com s6m7o!os misteriosos3 dis"ostas contra as "aredes3 sendo uma "ara o Mestre da Ordem As 12 cadeiras estão de )ato dis"ostas em torno de uma cru8 entre!açada de rosas #urante a noite3 Marcos se sur"reender* com uma cerimônia so!ene durante a ua! tr?s Do0ens 4omens3 0estidos de 7ranco3 seguram toc4as diante de!es Mas3 in)e!i8mente3 a 4ist
seu?ncia3 uma 0e8 ue os 0ersos de Goet4e terminam a!i e ue o "oeta os "u7!icou dessa )orma No entanto3 so7 o "edido de !eitores intrigados3 Goet4e "u7!icou um resumo do )ina! dos 9Mistérios9 ;ada um dos 1& no7res e enigm*ticos ca0a!eiros3 ex"!ica Goet4e3 sim7o!i8a uma re!igião e uma naciona!idade3 e!es estão encarregados de contar3 um "or 0e83 um "er6odo da 0ida not*0e! de >umanus3 o su"erior do monastério de se adi0in4ar ue esses e"isumanus3 encontram3 7em entendido3 umsentido e uma unidade es"irituais graças + Ordem da $osa-;ru83 e é "re0isto ue >umanus morra na P*scoa e ue Marcus retome o testemun4o como c4e)e da OrdemS H com"reens60e!: ressa!tar aui ue os Jung3 de uma geração a outra3 gosta0am "articu!armente desse "oema de su"eração !6rica e de signi)icação nitidamente inici*tica mostra ue não se "ode a7ordar a o7ra com"!exa do ex"!orador do inconsciente co!eti0o sem !e0ar em conta constantemente essa )onte maç
$ocZe))er3 "ronuncia uma so!ene con)er?ncia ao !ongo da ua! e0oca3 a!ém da su"eração e do dom6nio de seu reino interior3 o "oema +ie ge"emnisse, g!ori)icando a con)raria rosacrucianista de um !ado3 e os ca0a!eiros do Graa! do Parsifal, de \agner3 de outro !ado A e0id?ncia se im"e: ao e0ocar dessa )orma o es"6rito de Goet4e3 ; G Jung 94omenageia seus ancestrais3 sua a!ma ancestra!9 Me!4or ainda3 e!e marca3 com e)eito3 seu recon4ecimento em re!ação aos seus a0
cedo considerou como um med6ocre ue so)ria "or não mais acreditar nos dogmas "rotestantes ue3 no entanto3 esta0a encarregado de "ro"agar3 iria3 "ouco a "ouco3 ao !ongo de suas "esuisas entusiasmadas e das o7ras escritas ue !4e corres"ondiam3 criar 9sua9 "sico!ogia das "ro)unde8as ao retomar um grande nSmero de ferramentas maçTnicas ue sua )ami!ia !4e 4a0ia deixado como !egado3 como 4erança rea! #ito de uma outra maneira3 Jung trans"ôs3 inconsciente ou conscientemente uem "ode di8?-!o3 a sim7
de continuar a ex"!orar sua exce"ciona! a0entura de "rocurador de ouro3 "arece-nos sem d0ida necess*rio retornar ao a!iado ue Jung encontrou na Al2uimia, a )im de dis)arçar me!4or a sim7
Capítulo X ung! /iram e n-s Nascida no atanor dos s6m7o!os3 entre o "i!ar de seu a0ô e o de seu "ai3 este !timo re0e!ando-se cada 0e8 mais )*ci! de ser corro6do3 a 0ia de Jung3 sem d0ida nen4uma de ins"iração rosacrucianista3 muito se ser0iu3 estran4amente3 da a!uimia es"iritua! e o"erati0a3 de seus grim
Tao6smo )i!os<)ico3 a ;a7a!a32 o %u)ismo3 o Tantrismo3 os mistérios gregos( e romanos da Antiguidade3 a A!uimia3 a ;on)raria3 o mo0imento $osa-;ru8 e3 en)im3 a Maçonaria Ora3 Jung não "oderia ex"or sem com"!exo3 sem se sentir 9"reso9 "e!as "ersona!idades de seus ancestrais3 tudo o ue sua "sico!ogia das "ro)unde8as de0ia a essa )orma de iniciação tradiciona!3 nascida na Hsc
direção a um renascimento Jung sa7ia ue isso indu8iria a uma osci!ação da %om7ra "ara a Lu83 o ue su7entende sem"re "ro0as inici*ticas ue im"!icam uma morte ritua! seguida de um no0o nascimento3 nisso3 muito e0identemente3 com"ar*0e! ao "rocesso de indi0iduação ; G Jung esta0a a "ar de suas 90iagens9 sim7
Jung como 9escritor es"ecu!ati0o9 e seu estudo como 9acro7acia "sico!
"ara!e!as discern60eis entre A!uimia e "sico!ogia das "ro)unde8as3 e!e ana!isa as "roDeçes ;omo o7ser0a com "ertin?ncia Brançoise ,onarde!3 ; G Jung com"reende ue3 9se existe concordFncia entre as imagens da A!uimia e aue!as do inconsciente do 4omem moderno3 isso demonstra a exist?ncia dos aruéti"os e do inconsciente co!eti0o3 mas não a)irma em nada ue os a!uimistas um dia )i8eram ouro ou regeneraram o mundoS9 ;erto3 a A!uimia e a terra incógnita da "siue consciente e inconsciente t?m um cam"o em comum a ser ex"!orado: o dos mitos e dos s6m7o!os3 mas a Maçonaria tam7ém camin4a so7re o mesmo terreno de estudo A re!ação é triangu!ar e não de0e nada ao acaso O ue se "assa em A!uimia5 O ue nos di85 Ou me!4or3 o ue nos sugere5 Ad0ertem-nos sem "arar so7re a im"ortFncia do segredo3 do c
"ersonagem do conde de %aint Germain3 sem"re é o caso de encontrar3 en)im3 a receita da imorta!idade3 o e!ixir "rimordia! No )ina! das )uses rea!i8adas no !a7oratenrQ ;or7in3 Georges #umé8i! é recomend*0e! A 7usca a!u6mica3 7em como a ex"!oração da "siue3 segundo Jung3 )a!a-nos de sade a ser encontrada3 de !onge0idade a ser gan4a3 de )ontes de Du0entude3 de *r0ores e de "!antas da eternidade3 de am7rosia grega e +s 0e8es até mesmo de ca!deirão cé!ticoS H sem"re é o caso3 como resume essencia!mente Mircea H!iade3 da rea!i8ação de um retorno sim7, ue $ic4ard \i!4e!m en0iou a ; G Jung a tradução de um tratado tao6sta ue se tornou cé!e7re3 o $ecret de la fleur d3or e !4e
"ediu um 9coment*rio euro"eu9 ?sic>. O texto em uestão é c4in?s e mi!enar3 9trata do caste!o amare!o3 germe do cor"o imorta!9S ;omo se "ode adi0in4ar3 ; G Jung toma con4ecimento de!e com entusiasmo A "artir dessa !eitura ue re"resenta uma transição entre duas é"ocas em sua o7ra3 e!e 0ai ex"!orar os tratados e as )iguras a!u6micas de maneira uase sistem*tica e Damais deixar* de recon4ecer a!i os re)!exos de seus uestionamentos de "sic
Hntão3 e0identemente3 "ressente-se o ue um ; G Jung sa7er* )a8er Dorrar dessas conce"çes c4inesas de 7ase so7re o mundo e a a!ma e singu!armente da crença tradiciona! de uma "resença cermes Trismegisto e ue3 atra0és da ,a7i!ônia3 do Hgito e do mundo *ra7e3 se es"a!4ou "e!o Ocidente3 )ormando uma das 0ias do esoterismo A esse res"eito3 re!er Ju!ius H0o!a é esc!arecedor caso se deseDe ter uma 0isão de conDunto exausti0a da A!uimia tradiciona! $esumindo o assunto3 trata-se3 em A!uimia3 de regenerar a matéria "e!o )ogo3 so7 o atanor3 de "uri)icar os metais 0is segundo um "rocesso "reciso e muitas 0e8es mantido secreto "or tr*s das "a!a0ras neste momento, até o7ter E3ola, #$li$s. La tradition herméti(ue. Éditions Traditionnelles, 19'4.
a pedra filosofal. Trata-se de conseguir a transmutação "rimordia!3 e3 "ara isso3 de su"erar toda "utre)ação3 toda disso!ução3 "or meio de re"etidos co8imentos3 "ara tornar tudo es"iritua! O a!uimista3 não im"orta de onde e!e 0em3 co!oca3 então3 em corres"ond?ncia microcosmo e macrocosmo3 a"oia sua ex"eri?ncia de !a7orat. Hssa 9re!ação = #$n!, C. G. %schologie du trans)ert. Éditions Albin "ichel, 198(. N.E.: Sol3e, a rea*+o catalisada acelerada- elo s$lph$r, elo /itriol.
estreita9 entre esse ti"o de imagens a!u6micas e sua signi)icação "sico!iram3 o m6tico aruiteto do Tem"!o de %a!omão3 "or tr?s com"an4eiros traidores ue uti!i8am as tr?s )erramentas3 a régua3 o esuadro e o ma!4o3 e ue uerem rou7ar assim a "a!a0ra do Mestre ue resistiu
%a7e-se ue3 de"ois do assassinato3 >iram )oi enterrado so7 um monte de terra so7re o ua! os assassinos "!antaram um ramo de ac*cia em signo de recon4ecimento A "artir de então3 a "a!a0ra "rimordia! do Mestre esta0a tragicamente "erdida3 e se recorreu + "a!a0ra su7stitu6da de 9MacZ ,enaZ93 exc!amação es"ontFnea de um daue!es ue reencontraram o cad*0er de >iram3 "ara não mais interrom"er a cadeia da união A ex"ressão de su7stituição o7rigatiram tendo sido desco7erto3 os mestres "resentes tentarão )a8?-!o renascer e nesse o7Deti0o o %egundo 0igia3 ue sim7o!i8a o A"rendi83 a"iram3 e!a corres"onde muito e0identemente + !tima eta"a do Grande no triun)o 4ermético3 no renascimento ou na ressurreição A ressurreição de Mestre >iram acontecer*3 com e)eito3 graças + "r*tica dos gestos corres"ondentes aos cinco "ontos "er)eitos da maestria de um terceiro maçom Teria sido necess*rio3 conseuentemente3 tr?s irmãos "ara assassinar >iram e tr?s outros "ara3 de ua!uer )orma3
restaur*-!o3 ressuscit*-!o3 o7ser0a rene MainguQ. #e toda maneira3 o sentido ocu!to e "ro)undo desse ritua! im"ressionante de exa!tação ao grau de Mestre 0ai rea!mente ao encontro3 "or sua signi)icação gera!3 da ideia da necess*ria união daui!o ue est* dis"erso e !e0a !ogicamente a "ensar na )ase do coagula a!u6mico ue anuncia a ressurreição ; G Jung con4ece o es"6rito de tudo isso3 c!aro3 tanto no "!ano da A!uimia tradiciona! uanto no da Maçonaria #e certo modo3 e!e não esuece o s6m7o!o tão )orte da união de cada no0o mestre com o grande Mestre >iram A "utre)ação 9mac49 ta!0e8 seDa a"enas 9,enac493 isto é a"arenteS A grande uestão meta)6sica do a!émmorte3 do a!ém-tmu!o3 est* inscrita do começo ao )im3 +s 0e8es como em )i!igrana3 na o7ra o"u!enta de ; G Jung Ao estudar3 so8in4o ou com outros como ;4ar!es erénQi3 o "ensamento mito!
mitos e os contos da !iteratura uni0ersa! encerram os temas 7em de)inidos ue rea"arecem em toda "arte e sem"re Hntre esses temas recorrentes3 encontra-se3 Dustamente3 o do nascimento e da morte H é assim ue a A!uimia e seus textos tradicionais3 7em como a iniciação maç
4omem uase nonagen*rio3 um 0e!4o s*7io3 sem d0ida ;omo um antigo ex"!orador da "siue 4umana3 e!e 0*rias 0e8es "ôde constatar ue 9o !ado m6tico do 4omem se encontra 4oDe na maior "arte das 0e8es )rustrado93 ue 9o 4omem não sa7e mais criar contos93 ue "erde muito com isso3 9"ois é im"ortante e saud*0e! )a!ar tam7ém daui!o ue o es"6rito não "ode a"reender3 ta! como uma 7oa 4ist Assim3 + 7eira da morte3 Jung3 uase tristemente3 escre0e: 9O ue signi)icam em realidade os mitos ou as 4ist
isso seria necess*rio um ca"6tu!o inteiro3 com ou sem mesa girat
Capítulo XI 0ma f1ni2 perp3tua Para a"reender o meio socio!
ao "ersonagem de Mac*rio3 o %*7io3 o $osa-;ru8 em Ds anos de aprendi7ado de il"em Meister>, ue Goet4e de)iniu a si mesmo3 como rosacrucianista "restigioso3 mestre em esoterismo Assim3 Mac*rio exa!ta 9o céu estre!ado acima de mimR a !ei mora! em mim9 A!i*s3 em seu "oema e"eimnisse, D* citado3 Goet4e e0oca uma ordemmon*stica ue "arece ser uma es"écie de s6ntese dos Tem"!*rios3 / da $osa-;ru83 da Maçonaria e da con)raria do %anto Graa! Não deixando Damais de a"er)eiçoar sua "r<"ria imagem3 seu "ersonagem3 seu "r<"rio mito3 Goet4e3 de )ato3 uer ser de"osit*rio de uma Tradição onto!
Nascidos e %er*o Nobre > ?a 0ist@ria 6l$strada dos Ca3aleiros Teplrios, de Stehen 3a)oe, e A 0ist@ria da Rosa> Cr$B > s 6n3isD3eis, de 4o$ias Churton, am$os da Madras Editora. Sugerimos a leitura de
)orDar ainda 0i0o sua "r<"ria )igura A!ém do mais3 e!e ter* esse orgu!4o 7em a!emão ue o su7Duga em Goet4e O uni0erso de ; G Jung nasceu do caste!o mais ou menos assom7rado "or um esoterismo +s 0e8es imagin*rio Para retomar uma ex"ressão do escritor esuecido cedo demais3 >enrQ Montaigu3 Jung3 durante sua Du0entude estudanti!3 !utou contra 9a gnose dos com"artimentos in)ectos do Ocu!tismo3 da Teoso)ia3 do Hs"iritismo e do carna0a! "seudoinici*tico dos mistagogos ^)im de sécu!o^9 No entanto3 sua "r*tica do Hs"iritismo3 ineg*0e! ainda ue ten4a sido s< "or uns tem"os3 !e0a a crer ue ; G Jung se deixou cati0ar "e!o as"ecto "rometeico do Ocu!tismo "or 0o!ta de seu &'o ano A!i*s3 em sua auto7iogra)ia3 es"écie de 7a!anço de sua 0ida e de suas "esuisas3 o 90e!4o9 Jung c4egar* a con)essar: 9Por mais estran4as e sus"eitas ue me "areceram as o7ser0açes dos es"6ritas3 e!as constitu6am "ara mim3 no entanto3 as "rimeiras re!açes so7re )enômenos "s6uicos o7Deti0os9 Toda0ia3 uando se re!? o semin*rio ue ; G Jung )e83 em ,a!e3 em de )e0ereiro de 1/'3 é e0idente ue o "siuiatra nunca se deixou enganar "e!as manigFncias das mesas girat
Psico!ogia A!ém do mais3 e!es não uerem ue se !4es ensine o ue uer ue seDa3 mas "re)erem crer3 o ue3 caso se considere a im"er)eição 4umana3 é a"enas uma ing?nua )a!ta de 4umi!dade9 Na rea!idade3 não se "oderia ser mais c!aro Hntão3 do ue se trataria exatamente5 Por ue Jung3 aos && anos3 começou a "esuisar de uma maneira sistem*tica so7re a 4ist
"arecia 0erdadeiramente acreditar na "ossi7i!idade "ara os 0i0os de se comunicar com entidades desencarnadas ou exteriores ao mundo )6sico H!e "arecia aderir ao ue os 9;atecismos9 es"6ritas c4ama0am 9a inger?ncia e)eti0a e concreta de um mundo dos es"6ritos no nosso9 A!ém de seus estudos de Medicina "ro"riamente ditos3 Jung !ia muito3 "rinci"a!mente Hrnest $enan3 ue ueria reencontrar o 9Jesus 4ist
uarto de seu "ai desa"arecido A!gumas testemun4as deste "er6odo de sua 0ida re!atam ue e!e até começou a 7e7er mais *!coo! do ue de0eria3 a"Qdes0i!!e3 a )am6!ia Box ou0iu go!"es inex"!ic*0eis dados em toda a casa Os "ais Box e suas duas )i!4as3 res"ecti0amente de 11 e de 1( anos3 c4egaram a )a8er "erguntas a essa força misteriosa ue "rodu8ia de acordo com uma certa Dunção entre os dois "rinc6"ios o"ostos3 cor"o materia! e es"6rito Para o Hs"iritismo3 a a!ma 4umana 7usca incessantemente um a"er)eiçoamento in)inito Assim3 "ara consegui-!o3 e!a "assa "or encarnaçes sucessi0as A a!ma3 acom"an4ada de seu "eris"6rito3 reencarna uantas 0e8es )orem necess*rias ao seu "rogresso Hntre cada encarnação3 e!a 0aga nos
es"aços inter"!anet*rios e "ode entrar em contato com aue!es ue a c4amam Hn)im3 no momento da morte3 como escre0e o "r<"rio A!!an ardec3 9a a!ma "ro0a um grande tormento H!a se se"ara do cor"o a"enas de )orma gradua! Hssa se"aração "ode ser r*"ida ou exigir anos Mas a a!ma ainda não est* tota!mente !i0re da matéria s< "orue est* desencarnada H!a é "risioneira de um terceiro "rinc6"io3 o "eris"6rito91' ;omo se 0?3 as teorias nascentes do Hs"iritismo da0am re!e0o ao mundo in0is60e! ue nos cerca e "retendia de"ender ao mesmo tem"o da re0e!ação di0ina e da re0e!ação cient6)ica ; G Jung3 "rinci"a!mente a"é!_ne denominada >e!!Q Preis[erZ3 "*!ida ado!escente de 1 anos ue se "retendia médium e sem "udor )a8ia com ue um grande nmero de 9es"6ritos9 )a!asse "or sua 7oca Um "ouco + maneira de um ictor >ugo3 Jung se deixou !e0ar "e!o Dogo ue 1' Allan
esta0a na moda3 é 0erdade3 naue!e )im de sécu!o tomado "or ex"eri?ncias de Para"sico!ogia H!e o7ser0ou ue a Do0em médium se "un4a a )a!ar em nome de "ersona!idades di0ersas "arentes mortos3 90idente de Pré0orst93 condessa de %axe e ua!uer outra m*rtir cristãS Mais inse!!Q e0ocou extraterrestres 4a7itantes de estre!as distantes e se "ôs até mesmo a descre0er os 4i"otéticos canais de Marte ue tanto )a8iam son4ar então3 "rinci"a!mente a astrônoma ;ami!!e B!ammarion Mas os transes de >e!!Q se re0e!aram cada 0e8 mais du0idosos3 assim como seus "oderes >e!!Q até mesmo con)essou a Jung ter )a7u!ado ;onse]entemente3 este !timo se desinteressou "or e!a 7ruscamente em 1/''3 o ue não o im"ediu de uti!i8ar as anotaçes deta!4adas )eitas a seu res"eito em sua tese de 1/'& Na rea!idade3 ; G Jung "ensa0a ue >e!!Q a"resenta0a os sintomas de uma 9"ersona!idade m!ti"!a93 uma "ersona!idade dissociada em 7usca de uma unicidade "erdida H dora0ante é certo3 segundo a maior "arte de seus 7ie!!Q Assim3 tanto uanto o Ocu!tismo em seu conDunto3 o Hs"iritismo )oi3 sem d0ida3 um dos 9detonadores9 "aradoxais ue im"u!sionou Jung "ara suas ex"!oraçes da "siue 4umana3 do inconsciente co!eti0o e dos aruéti"os e "ara suas uestes so7re o )uturo a"
tem"o3 e!e !e0ou a sério3 ao ue "arece3 o Hs"iritismo3 como o7ser0ador3 mas nunca cegamente Ta!0e8 seDa essa a ra8ão "e!a ua! um )i!. ; G Jung3 diante da moda dos c6rcu!os es"6ritas e das mesas girate!!Q A "ro"
"sicana!ista #anie!!e as[in-,onne)ond:11 9Jung 7uscou durante toda a sua 0ida3 em suas "esuisas e seus estudos3 um deseDo de conuistar o cam"o do Ocu!tismo9 Assim como e!e mais tarde não 9tomar* uma "osição de)initi0a9 so7re a exist?ncia ou a não exist?ncia de discos 0oadores em sua o7ra ines"erada3 n m=t"e moderne.@N n)!uenciado "or seus antecedentes )ami!iares ; G Jung se uestiona so7re a 0eracidade de uma "onte entre 0i0os e mortos seu a0ô materno3 o re0erendo %amue! Preis[erZ3 não )a8ia a!usão a essas trocas com sua "rimeira mu!4er )a!ecida5 H!e "ermanece atra6do "e!a dimensão ocu!ta e "e!o "aranorma! inc!usi0e os )enômenos de 0ises e de !e0itação das "essoas3 gosta de son4ar com a !enda do grande Goet4e3 o rosacrucianista3 e essas manias de )orma a!guma o im"edem3 muito "e!o contr*rio3 de "ersistir em ana!isar 7em mais o com"ortamento "s6uico do indi06duo A!i*s3 e!e escre0er* em sua tese o)icia!: 9Meu es)orço )oi "rinci"a!mente dirigido contra a o"inião "7!ica ue a"enas sorri com des"re8o dos )enômenos ditos ocu!tos3 a"resentando os inmeros e!os destes !timos com as "reocu"açes do médico e da Psico!ogia Tam7ém "rocurei ressa!tar as inmeras uestes im"ortantes ue esse territ%onneond, anielle. C. G. Jung. Éditions P?), ((H. 1& #$n!, C. G. 5n mthe moderne. Éditions Galliard, 19I1.
o7scuras inter"retaçes esotéricas ser0em de tram"o!im ao )uturo "siuiatra "ara a7rir o di*!ogo essencia! entre matéria e es"6rito3 e 0ice-0ersa Nisso3 o "ercurso intros"ecti0o de Jung é rea!mente aue!e de um ex"erimentador de terreno e não a"enas o de um genia! te
Capítulo XII 4ransfer1ncia e li&ido #e"ois da de)esa de sua tese de doutorado3 ; G Jung segue em Paris os cursos de Pierre Janet no ;o!!_ge de Brance3 )a8 uma estadia !ingu6stica na 12 #$n!, C. G.Essai d&e6loration de l&inconscient. Éditions Robert 2aont, 19I4.
ng!aterra e 0o!ta "ara a %u6ça em 1/'23 ano em ue se casa com Hmma $ausc4en7ac43 )i!4a de um industria! em 7oa situação )inanceira e com uem ter* cinco )i!4os #essa 0e83 a 0ia da indi0iduação )ica um "ouco mais c!ara3 Jung não é mais 9uma )o!4a osci!ante ao sa7or dos 0entos do es"6rito9 ?sic>. ndu7ita0e!mente3 e!e a7orda com muita energia uma outra )ase de sua 0ida ;erto3 e!e ainda est* no ue mais tarde c4amar* a idade ovem, ue3 segundo e!e3 se estende da é"oca ue 0em imediatamente a"
inscrição signi)icati0a: 9;4amado ou não c4amado3 #eus estar* "resente93 como uma "ro0a gra0ada de suas constantes "reocu"açes em re!ação ao aruéti"o do di0ino e aos "ro7!emas re!igiosos Boi em )e0ereiro de 1/'. ue ; G Jung encontrou "e!a "rimeira 0e83 em iena3 %igmund Breud3 1. anos mais 0e!4o do ue e!e H3 no ano seguinte3 não somente aconteceu o Primeiro ;ongresso internaciona! de Psican*!ise em %a!87urgo3 7em como ; G Jung terminou +e lGimpórtame du pCre pour la destinée de lGindividu, ue ex"!icita o caso c!6nico de um menino de @ anos ue so)re de incontin?ncia urin*ria A seguir3 anota os com"ortamentos de sua "r<"ria )i!4a mais 0e!4a3 de ( anos3 em re!ação ao nascimento de um irmão ?6onflits de lGKme enfantine>. H!e a"resenta esse estudo3 em 1/'/3 uando e)etua sua "rimeira 0iagem aos Hstados Unidos3 com Breud e Berenc8i3 "ara o &'E ani0ers*rio da ;!arZ Uni0ersitQ3 em Massac4usetts #e )ato3 desde 1/1'3 tanto Breud como Jung se entregam aos mistérios 0eicu!ados "e!o re!igioso em gera! %igmund Breud3 com /otem e /a!u a "artir de 1/1&3 ue "erce7e a!gumas ana!ogias durante uma cura ana!6tica entre esse ritua! de ordem o7sessiona! e aue!e com"ortamento re!igioso3 "ensa ue a re!igião constitui um terreno "ass60e! de a"!icação da Psican*!ise H!e ex"erimenta e e!a7ora 9seu9 método com o estudo das uestes re!ati0as + ci0i!i8ação3 entre outras H!e re0e!a uma res"osta m6tica3 no in6cio3
de )ato3 do com"!exo de di"o H % Breud3 a seguir3 como se sa7e3 c4egar* mesmo a a)irmar ue a res"osta re!igiosa não 0a!e muito mais do ue as de)esas neur 98, 3ero (((.
reorgani8ação das dissociaçes )reuentes da "siue Cuanto ao !a7irinto de sua re!ação ti"icamente trans)erencia! e contratrans)erencia! com Breud3 e!e ainda 4oDe é o7Deto de coment*rios e de estudos a"aixonados3 uma 0e8 ue uma 0o!umosa corres"ond?ncia ue continuar* até 1/1( o)erece seu testemun4o3 muitas 0e8es de maneira es"ontFnea e audaciosa ;om e)eito3 as re!açes entre ; G Jung e %igmund Breud3 "rimeiramente id6!icas em uma missi0a ue se tornou cé!e7re3 de 1. de Daneiro de 1/'/3 Breud até mesmo dec!arou a Jung: 9oc? ser* aue!e ue3 como Josué3 se sou Moisés3 tomar* "osse da Terra "rometida da Psiuiatria3 ue "osso a"enas "erce7er de !onge93 de"ois tem"esti0as até a dece"ção a)eti0a e + ru"tura3 não "araram de sur"reender Mas3 "ara a!ém dessa re!ação con)!itante entre Breud e Jung ue se tornou m6tica "ara as esco!as de Psican*!ise3 "ode-se "erce7er a di)erença )undamenta! ue o"ôs "ro)undamente os dois ex"!oradores do inconsciente ;om e)eito3 aos o!4os do 9m6stico9 Jung3 a li!ido é uma )orça 0ita!3 uma energia "s6uica ca"ita! e não !imitada Hsta não di8 res"eito somente +s "u!ses sexuais3 in)antis ou não3 "ara satis)a8er uma teoria ua!uer3 "or mais 7ri!4ante ue e!a seDa da6 ue nascer* a dis"uta "ro)unda A6 est* o n< da disc
"aciente americana a )im de com"ar*-!os aos mitos )undadores e co!eti0os da 4umanidade3 ue a ru"tura entre ;ar! Gusta0 e %igmund se mostrou inexor*0e! Mas tudo isso3 certamente3 não se desen0o!0eu3 como se "ode du0idar3 em "oucos meses Boram necess*rios sete anos ;erto3 Jung3 no in6cio de sua trans)er?ncia3 mani)esta em re!ação a Breud uma es"écie de "aixão amorosa so7re a ua! e!e destaca até mesmo a origem ma! reca!cada uando escre0e em uma de suas missi0as: 9min4a 0eneração "or 0oc? tem o car*ter de um interesse a"aixonado ^re!igioso^ ue3 em7ora não me cause nen4um outro dissa7or3 é3 toda0ia3 re"ugnante e rid6cu!o "ara mim "or causa de sua irre)ut*0e! consonFncia er. Mas Breud se rende ao c4arme e tem necessidade3 ao ue "arece3 de Jung "ara "romo0er a "sican*!ise nascente H!e "ensa ter encontrado seu )i!4o es"iritua!3 seu sucessor "otencia!3 ainda ue 7em r*"ido recon4eça ue Jung deseDa dar ao termo 9!i7ido9 um sentido mais am"!o do ue aue!e ue e!e !4e d* #e toda maneira3 as "ersona!idades em "resença3 am7as geniais3 são 7astante di)erentes Todos os es"ecia!istas nesses dois mestres da Psican*!ise são )orçados a recon4ec?-!o com todo rigor "ara a!ém das uere!as de esco!a Breud uer tudo a7arcar3 e!ucidar3 "re0er em sua teoria "sicana!6tica constru6da so7re a 7ase do
reca!ue Cuanto a Jung3 e!e não uer de )orma a!guma "ri0i!egiar tão cedo ua!uer !ugar te. Outros autores3 como %usanne acireZ31 e0ocarão3 a "ro"
de)inimos a Maçonaria como uma Drdem, Ordem inici*tica e tradiciona! )undada na )raternidade e ue com"orta tr?s graus: A"rendi83 ;om"an4eiro3 Mestre3 cada grau tendo sua es"eci)icidade e res"ondendo a uma )ase da consci?ncia 4umana em seu desen0o!0imento tem"ora!3 inte!ectua! e es"iritua! Hssa de)inição3 e0identemente3 caso seDa a"ro)undada3 0ai nos re!em7rar o "rocesso de indi0iduação3 D* e0ocado3 mas tam7ém - "or ue não - a maneira uase esuem*tica "e!a ua! Jung )a!ar* dos di)erentes "er6odos de trans)ormação da exist?ncia da "essoa ue e!e nomea0a as idades da vida, com3 a"
dado o deseDo3 consciente ou inconsciente3 de con4ecer as inter"retaçes ti"icamente esotéricas dos s6m7o!os ue tam7ém são encontrados uando se estuda a A!uimia3 s6m7o!os am"!amente uti!i8ados "or ocasião das 9reunies9 na LoDa3 "or exem"!o Toda a o7ra "o!i)ônica de ; G Jung ter* sido uma es"écie de incitação ao mo0imento de uma dinFmica transcendente de "rogressi0a trans)ormação ue se tornou "oss60e! "e!o estudo dos s6m7o!os "s6uicos do 4omem contem"orFneo Hm com"aração3 toda "ostura inici*tica da Maçonaria Hs"ecu!ati0a s< "ode ser com"reendida3 em nossa o"inião3 "e!o mesmo con"ecimento dos s6m7o!os em uestão Hssa inter"retação re"resenta a c4a0e de tudo ;omo então se sur"reender com o )ato de a !inguagem sim7
et ses s=m!oles, tra7a!4o co!eti0o su"er0isionado "or Jung3 "ara me!4or "erce7er as ricas "ers"ecti0as ue a "sico!ogia das "ro)unde8as a7re ao nosso "r. Adiantaremos aui a 4i"
Capítulo XIII * retorno do recal5ue maç6nico Para sim7o!i8ar o !ento e "rogressi0o desen0o!0imento de uma 0ida3 do 7erço ao cemitério3 Jung uti!i8a a met*)ora 7astante 9maçônica9 do "ercurso diurno do astro so!ar H!e escre0e3 "or exem"!o: 9#e man4ã3 o %o! emerge do oceano noturno do inconsciente e contem"!a a 0asta extensão cinti!ante ue a e!e se o)erece em um mo0imento de ex"ansão ue se am"!ia + medida ue monta no )irmamento Na extensão de seu cam"o de ação ue seu "r<"rio !e0antar tra83 o %o! 0ai desco7rir sua "r<"ria signi)icaçãoR 0ai se 0er atingir seu 8?nite e a mais am"!a disseminação de seus 7ene)6cios3 nos uais recon4ece seu 0erdadeiro o7Deti0o9 Mas3 atenção3 continua com rea!ismo o "siuiatra: 9Na 1& 7ada!ada da meia-noite3 o %o! 0ai começar sua descida3 e!e entra3 então3 em contradição consigo mesmo3 "oderia ser dito ue a7sor0e seus raios em 0e8 de emiti-!os Lu8 e ca!or dec!inam3 aca7ando "or se a"agar Be!i8mente3 não somos s
g!o7a!mente de acordo com no0e eta"as: o nascimento3 a in)Fncia3 a "assagem + ado!esc?ncia3 o des"ertar da maturidade3 o tem"o do meio da 0ida3 a maturidade3 a "assagem "ara o )im da 0ida3 a 0e!4ice3 a morte ; G Jung estima0a "rinci"a!mente ue os "ro7!emas do "rimeiro e do segundo uarto da 0ida eram "rinci"a!mente )isio!
conce"ção da !i7ido muito di0ergente daue!a3 dogm*tica3 de Breud O 9"rimeiro9 ; G Jung te0e3 em suma3 a aud*cia de renunciar a ua!uer identi)icação com a imagem "aterna do 4er
o Ocidente H!e se encontra0a s< diante de simesmo3 com o a"rendi8ado de sua "ré-4ist
Jung escre0e a seguir - e a o7ser0ação "arece ca"ita! aos nossos o!4os - : 9%em 7em com"reend?-!o naue!a é"oca3 4a0ia o7ser0ado em Breud uma irrupção de fatores religiosos inconscientes1. O ue se "ode di8er5 Aonde Jung uer c4egar então uando escre0e - ue "aradoxoS - ue3 muito e0identemente3 Breud ueria 9recrut*-!o "ara uma de)esa comum contra contedos inconscientes ameaçadores95 A continuação é c!ara Para Jung3 Breud3 9ue mostra0a sem cessar e com insist?ncia sua irre!igiosidade3 tin4a se constru6do um dogma3 ou me!4or3 o #eus ciumento ue e!e 4a0ia "erdido )ora su7stitu6do "or uma outra imagem ue se im"un4a a e!e: a da sexua!idade9 Hsse era o +eus oculto de Breud Cuando e!e deixa de)initi0amente o autor de A 'nterpretação dos son"os, Jung começa a "ressentir ue Breud est* inteiramente so7 o dom6nio de Hros3 9ue "rocura e!e0*-!o3 como um numen re!igioso3 + "osição de dogma aere perennius, de dogma eterno3 mais dur*0e! ue o 7ron8e9 O )undador da Psico!ogia ana!6tica sa7e dora0ante ue Waratustra é 9o anunciador de uma 7oa no0a9 e ue Breud 9entra até mesmo em com"etição com a greDa "or causa de sua intenção de canoni8ar doutrina e "receitos9 Jung escre0e3 ao e!a7orar o racioc6nio: 9%e Breud ti0esse a"reciado me!4or a 0erdade "sico!
com"!icada H Niet8sc4e3 com sua exu7erFncia3 ta!0e8 não ti0esse se exi!ado do mundo se ti0esse se mantido mais nas "r<"rias 7ases da exist?ncia 4umana9 Tais con0icçes3 Jung3 em 1/12-1(3 de)ende-as com uma es"écie de deses"ero teimoso e in)!ex60e! Mas3 Dustamente3 onde e a ue - ou a uem3 - "ode e!e se agarrar5 Ao Protestantismo de seu "ai "astor5 H!e o reDeitou Ta!0e8 com 0io!?ncia H não "ode 0o!tar atr*s sem recair em um outro dogmatismo3 tão redutor uanto o dogma 9sexua!9 de BreudS Ao Ocu!tismo5 Ao "r<"rio Hs"iritismo5 ;erto3 e!e se a"roxima3 ressa!ta #anie!!e as[in-,onne)ond31@ do enigm*tico T4éodore B!ournoQ3 mas não é nem um "ouco to!o3 D* ue ex"erimentou os !imites dos es"6ritos ue 7atem e das mesas girat%onneond, anielle. Carl Gustav Jung. Éditions P?É ((H.
nunca os "acientes ue con)iam ne!e e cuDas imagens anota ao !ongo de suas con)isses %on4a muito3 não deixa de ter "esade!os3 mais exatamente Ocorre ue e!e "ermanece com um sentimento constante de desorientação ue o 4a7ita H!e até escre0e ue continua a 0i0er 9como so7 o dom6nio de uma "ressão interna9 e con)essa: 9Por momentos3 esta era tão )orte ue c4eguei a su"or ue 4a0ia em mim a!gumas "ertur7açes "s6uicas9 Toda0ia3 esses mergu!4os 0o!unt*rios em suas !em7ranças de in)Fncia não reso!0em nada H!as "ermanecem 9in)rut6)eras9 A uestão "rimordia! "ermanece co!ocada: onde3 em ue reino3 em ue ;Fmara de $e)!exão ta!0e83 so7 ua! a7<7ada estre!ada3 Jung "ri0ado de Breud "ode se a7rigar5 A ua! guia3 a uais deuses e!e "ode dora0ante se dedicar5 Onde encontrar a energia de 0i0er5 ;omo não ser desua!i)icado em todos os !ugares5 ;omo su"erar e não se "erder nos )ios das transmisses transgeracionais "atog?nicas5 ;omo não cair em um marasmo gera! e destruidor5 e0identemente uma uestão de 0ida e de morte3 de continuação ou de im"asse O ue se a"resenta então3 "ara Jung3 é a in0enção indis"ens*0e! de uma outra re!ação com o mundo "ara de)inir um no0o eixo de crescimento Hntão ; G Jung aceita3 como se diria 4oDe3 regressar H3 antes de e!a7orar "ouco a "ouco seu "rinc6"io de indi0iduação e sua "r<"ria c!6nica em ue o mito3 como se sa7e3 tem uma
im"ortFncia ca"ita!3 e!e son4a muito isita suas )antasias $ecorda-se das !em7ranças da in)Fncia3 "ressentindo ue ta!0e8 a!i se encontrem as causas ocu!tas de suas "ertur7açes interiores Hntrega-se conscientemente3 di8 e!e em ess?ncia3 9+s im"u!ses do inconsciente9 Assim3 e!e se !em7ra de ue3 "or 0o!ta do seu décimo ano3 gosta0a de 7rincar de aruiteto com Dogos de construção H!e edi)ica0a casin4as e caste!os3 9com "ortes e a7<7adas cuDos montantes eram constitu6dos "or garra)as93 esc!arece H!e uti!i8a0a "edras naturais e argi!a como se )ossem cimento Hra mais do ue uma di0ersão3 uma 0erdadeira )ascinação ; G Jung3 raciocinando so7re essas !em7ranças ue de )orma natura!3 )a8 "ensar no s6m7o!o )undador da construção do Tem"!o de %a!omão3 di8 a si mesmo ue 4a0ia dentro do menino "edreiro uma es"écie de 90ida criadora9 ue )a!ta0a ao adu!to ue e!e se tornaraS #esigna até mesmo essa tomada de consci?ncia como a!go ue constitui uma mudança em seu destino H!e aceitou se 4umi!4ar3 de certa )orma3 ao aceitar 0o!tar ao est*gio de seus 1' anos e ao recon4ecer a "arte de criança3 em "arte "erdida3 ue esta0a ne!e essa maneira de "roceder ser* uma das 7ases3 "osteriormente3 da )amosa 9an*!ise transaciona!9 A!ém do mais3 ; G Jung3 D* adu!to3 e D* ue aca7ara de rom"er com Breud3 começou a co!ecionar as "edras necess*rias ao seu o7Deti0o de construir uma cidade inteiraS H!e )oi
"rocurar essas "edras na 7eira do !ago e na *gua ;onstruiu sua cidade com casas e caste!os 9Mas )a!ta0a uma igreDa93 escre0e com ma!6cia Hntão3 ; G Jung começou uma construção uadrada3 9encimada de um tam7or 4exagona! ue co7ria uma c"u!a de 7ase uadrada9 ;onstatando !ogicamente ue não 4a0ia igreDa sem a!tar no interior3 e!e )e8 o "roDeto de edi)ic*!o3 mas a!guma coisa o im"edia de agir Hm suma3 uma resist?ncia muito )orte O adu!to ; G Jung3 com seu !ado de criança in0asora3 "asseando ao !ongo do !ago e reco!4endo es"écimes entre os gra0etos da margem3 Dogou o ue encontrara so7re uma "edra 0erme!4a3 es"écie de pirKmide com uatro !ados de cerca de ( cent6metros H!e reco!4eu esse "edaço com )ormas tão es"eciais3 9"uro "roduto do acaso93 e sou7e ue )ina!mente tin4a encontrado 9seu9 a!tarS Ou seDa3 sua teoria "sicana!6tica3 ta!0e85 O s6m7o!o de m*rmore desta3 ue se "arece mais com uma "ers"ecti0a inédita de encarar a "siue e não é de )orma a!guma uma no0a re!igião H!e então co!ocou a "edra 0erme!4a so7 a c"u!a3 e3 enuanto a co!oca0a3 0eio ao seu es"6rito um de seus son4os de in)Fncia mais im"ressionantes3 o do 9)a!o su7terrFneo9 #o ue se trata0a5 #e um son4o ue Jung te0e com 2 ou ( anos e ue3 de sua "r<"ria con)issão3 de0eria "reocu"*-!o durante toda a sua 0ida amos resumi-!o antes remeter + !eitura exata da re!ação escrita "e!o interessado O garotin4o Jung3 em seu son4o3 encontra-se em uma "radaria situada atr*s do "res7itério no ua!
0i0iam então seus "ais A!i3 de re"ente3 desco7riu um 7uraco escuro3 9uadrado3 )eito de terra9 ntrigado3 e!e 0? uma escada de "edra ue a)unda e3 com medo3 desce "or e!a Hm7aixo3 e!e se encontra diante de uma "orta em arco3 )ec4ada "or uma grande e "esada cortina de cor 0erde3 tra7a!4ada3 suntuosa H!e a7re a cortina como não "ensar no 0éu de `sis5 e 0? 9um es"aço uadrado de cerca de 1' metros de com"rimento9 ue é 7an4ado "or uma !u8 cre"uscu!ar O teto da a7<7ada é de "edra e o c4ão3 reco7erto "or "edras No meio3 da entrada até um estrado 7aixo3 estende-se um ta"ete 0erme!4o Uma cadeira de ouro se ergue so7re o estrado3 90erdadeiro trono rea!93 9es"!?ndido3 como nos contosS9 %o7re esse trono3 um 9o7Deto93 9)eito de "e!e e de carne 0i0a93 e3 no entanto3 9em sua "arte su"erior uma es"écie de ca7eça com )orma cônica3 sem rosto3 sem ca7e!os9 Na "arte de cima desse 9o7Deto93 9um o!4o nico3 im<0e!3 o!4a "ara cima9 1/ Hntão3 o menino ue se imagina ma! camin4ar ex"erimenta a im"ressão de 9ue3 a cada instante93 o o7Deto "ode3 9como um 0erme3 descer de seu trono e 0ir em sua direção9 a angstia "ara!isante Um momento 9insu"ort*0e!9 H é nesse instante ue o garoto ou0e a 0o8 de sua mamãe 90indo de )ora e de cima93 ue grita: 9%im3 o!4e-o 7em3 é o ogro3 o de0orador de 4omensS9 Hntão3 e0identemente3 )oi no momento em ue essa )rase "recisa )oi 1/ #$n!, C. G. Ma vie, souvenirs, r8ves et ensées, op. cit.
"ronunciada ue o "eueno ; G Jung acordou 9suando de angstia9 Adi0in4a-se3 sa7e-se3 ue esse son4o de "ré4ist
na "a!a0ra do 0e!4ote ; G Jung e acom"an4*-!o em seus esc!arecimentos so7re as signi)icaçes rituais do itifálico mem7ro ereto e so7re sua o7ser0ação de ue o )a!o 0indo de sua "ré4ist
construçes #essa maneira3 meus "ensamentos se c!ari)ica0am e "odia "erce7er3 a"reender de maneira mais "recisa as imaginaçes so7re as uais até então tin4a a"enas um "ressentimento 0ago demais9 Ao aceitar condu8ir a termo sua ex"eri?ncia de regressão3 ao Dogar o Dogo3 ao organi8ar sua cidade como )a8ia uando era criança3 ; G Jung age 9como se tratasse de um ritoS9 H!e se engaDa sim7o!icamente na 0ia ue ir* condu8i-!o até seu mito A!i3 em suma3 o s6m7o!o3 entre rea! e imagin*rio3 o incita ao ato rea! de criar O s6m7o!o não é então o rea! sim"!es3 e muito menos o imagin*rio H!e é "assare!a entre um e outro O s6m7o!o est* então em sua )unção "rimeira3 em seu "a"e! essencia!3 aue!e ue e!e re"resenta3 a!i*s3 tanto na A!uimia3 na Maçonaria uanto na "sico!ogia das "ro)unde8as %em exigir demais dos textos de re)er?ncia3 "ode-se "erguntar se o s*7io e 0e!4o ; G Jung3 uando nos entrega seus mitos "essoais e sua maneira de tradu8ir em imagens as emoçes ue o agitam3 e sua necessidade de 9ritua!i8ar9 ser0indo-se de "edras como )erramentas sim7
"ossessão dos imensos materiais ue )ormam o contexto do son4o3 mas se agarra ao rea! imediato "e!o recurso sa!0ador do s6m7o!o %eus Dogos o !e0am aos aruéti"os3 + desco7erta do inconsciente co!eti0o3 ao seu destino de a!uimista da a!ma H3 dora0ante3 sem"re a"!icar* a mesma estratégia toda 0e8 ue se sentir 7!oueado3 e!e se tornar* "edreiro e construtor3 criança criadora sem com"!exo3 artistaS Hntão3 começar* a "intar ou a escu!"ir a "edra3 ua!uer ti"o de "edra3 reais3 sim7
comunica-se misteriosamente com sua sacra!idade3 encontra seu !ugar H Jung se "arece com e!e3 sem d0ida3 uando o tra7a!4o da "edra3 mesmo de 4umi!de a"ar?ncia3 sem"re o aDuda a se reencontrar3 a se eui!i7rar3 a recusar o )racionado3 a se uni)icar no0amente Meta)oricamente3 todo contato com o s6!ex cria a cente!4a ue o sa!0a ;omo3 c4egado a esse "reciso est*gio de nossas ana!ogias "ro"ostas3 não "ensar na rica sim7
,o!!ingen os nomes de seus ancestrais "aternos so7re tr?s mesas de "edra ue )ixa em uma ga!eria No teto desta !tima3 e!e "inta os moti0os de seus "r<"rios 7rases3 os de sua es"osa e de seus genros #e"ois ex"!ica ue3 na origem da )am6!ia3 Jung 4a0ia uma )énix como anima! 4er*!dico3 o ue3 segundo e!e3 de0eria ter uma re!ação semFntica com o "r<"rio nome de Jung Do0em3 Jugend Du0entude ;om e)eito3 essa ideia su7Dacente de 9reDu0enescimento9 de certa )orma "ermanente "arece !ere!i<"o!is3 de"ois de ter 0i0ido meio mi!énio3 a!i construiu um nin4o de ga!4os e se deixou consumir3 deixando em seu !ugar uma es"écie de o0o do ua! renasceria3 "ara 0i0er "or mais '' anos3 um no0o "*ssaroS A )énix3 no Hgito antigo3 esta0a associada ao cic!o cotidiano do %o! e +s enc4entes do Ni!o3 "ortanto3 a uma ideia de regeneração. Pode-se "ensar então tanto mais ue3 ainda no Hgito3 a )?nix tam7ém era a garça "r"ura no s6m7o!o de regeneração da 0ida constitu6do "e!a o!ra em vermel"o dos a!uimistas
Na 4ist e Grão-Mestre da LoDa %u6ça3 modi)icou os e!ementos do 7rasão )ami!iar3 9"ro0a0e!mente "or es"6rito de o"osição a seu "ai93 comenta sem"re Jung Hm suma3 ocorre ue a antiga )énix dos Jung a"agou-se do 7rasão )ami!iar uando ; G Jung "or e!e se interessa e uer gra0*-!o so7re a "edra 9H!e tem no canto direito uma cru8 a8u!3 na "onta esuerda3 um cac4o de u0a a8u! so7re um cam"o de ouro3 entre os dois3 em uma )aixa a8u!3 uma estre!a de ouro9 H Jung acrescenta3 como um "erito3 ue 9essa !ament*0e! sim7
rosacrucianista9 e ainda: 9#a mesma )orma ue rosa e cru8 re"resentam a "ro7!em*tica dos contrastes rosacrucianistas ?per crucem ad rosam, pela cru7 com a rosa>, o cristão e o dionisiano3 cru8 e cac4o de u0a3 são os s6m7o!os do es"6rito ce!este e do es"6rito ctoniano O s6m7o!o de união é re"resentado "e!a estre!a de ouro3 o aurum p"ilosop"orum, o ouro dos filósofos, isto é3 dos a!uimistas9 #essa 0e83 ninguém "oder* a0ançar ue )a8emos com ue os textos digam mais do ue re0e!am Hxiste a!i uma es"écie de "ro0a de ue Jung est* "er)eitamente a "ar de ue os rosa-cru8es são origin*rios da )i!oso)ia 4ermética ou a!u6mica3 a!i*s3 e!e o a)irma a seguir H Jung con4ece tam7ém a in)!u?ncia ue Parace!so re"resentou graças ao seu tratado +e vita &onga ?+a longevidade>, comentado "e!o a!uimista do sécu!o K Gerard #orn3 tratado ue a7orda0a de facto o ue Jung c4ama 9"rocesso de indi0iduação9 #e ua!uer )orma3 estamos em "!ena ex"!oração dos s6m7o!os das sociedades secretasS H se Jung cr? rea!mente3 assim como sugere Jean Mourgues3 ue a ra8ão de ser das sociedades secretas é de salvaguardar um mistério 2ue perdeu sua vitalidade e ue3 "or isso mesmo3 a"enas "ode ser guardado em 0ida de maneira formal, com"reende-se me!4or então sua discrição assim ue e!e e0oca com "a!a0ras 0e!adas da A!uimia3 "oder-se-ia di8er3 a Maçonaria Jung gosta dos 9)i!4os da !u89 tanto uanto os detesta A!gumas cartas am7i0a!entes de sua 0o!umosa corres"ond?ncia camin4am
nesse sentido Hssa discrição3 ou ta!0e8 essa simu!ação 0o!unt*ria e seus estudos da >ist
!imita a a!ma ntuiti0amente3 ta!0e8 sem sa7?-!o3 e!e su"era a sim7
sem res"osta9 "or seu "ais3 seus a0
Capítulo XIV A ni mus e anima, %ol e 7ua Na Maçonaria Tradiciona!3 o %o! tra8 um sim7o!ismo so!ar muitas 0e8es em !igação estreita e interati0a com o sim7o!ismo !unar Ora3 entre os conceitos maiores da "sico!ogia das "ro)unde8as3 o animus não "oderia se "ensar sem a anima e reci"rocamente
No Dogo rea! da re!ação com o outro3 "ara cada um de n
acrescenta ao Mistério da ;onDunção e +ue!e da "roDeção "ara o)erecer uma dimensão c
inconsciente de origem muito distante3 incrustado no sistema 0i0o3 ti"o de todas as ex"eri?ncias da !in4agem ancestra! em re!ação ao ser )eminino3 !ugar de todas as im"resses )ornecidas "e!a mu!4er3 sistema de ada"tação "s6uica rece7ido como 4erança9 H ; G Jung continua3 e0identemente3 ao a)irmar ue ocorre o mesmo com a mu!4er3 ue e!a carrega igua!mente uma imagem do 4omem3 imagem inconsciente 9sem"re "roDetada inconscientemente so7re o ser amado93 o ue e!ucida3 escre0e e!e3 9uma das ra8es essenciais da atração "assiona! e de seu contr*rio9S #esde ue o mundo é mundo3 é assim H a Maçonaria Tradiciona! sugere3 "or meio de seus s6m7o!os marcantes de Lua e de %o!3 tudo isso3 antes ue ; G Jung a"ro)undasse e trans"usesse essas 7ases constituti0as da 7issexua!idade "s6uica ao de)inir seu casa! contradit
H "reciso se !em7rar de ue3 em sua "rimeira )orma inconsciente3 o animus é uma instFncia ue engendra o"inies es"ontFneas3 não "remeditadas3 enuanto ue a anima )a8 emergir sentimentos O animus 9se "roDeta de "re)er?ncia nas "ersona!idades notouston3 ao rea!i8ar um curta-metragem3 admite ue tudo isso 9é um "ouco com"!icado9 ?sic>. H!e o7ser0a ue 9muito cedo3 no sécu!o K3 os 4umanistas desco7riram ue o 4omem tem uma anima e ue cada 4omem carrega uma mu!4er em si H!es o disseramR não é uma in0enção moderna O mesmo 0a!e "ara o animus. H a imagem mascu!ina no "siuismo )eminino H!a é a!gumas 0e8es mais ou menos concreta e outras 0e8es in-
consciente3 mas inter0ém no momento em ue a mu!4er encontra um 4omem ue di8 aui!o ue de0e ser dito9 Hm outros termos3 e dessa 0e8 re)erindo-se +ue!es de H!ie G >um7ert3&( 9a Psican*!ise não con4ece )eminino como ta! A Psico!ogia ana!6tica com"!eta essa an*!ise "e!a atenção ue concede +s re!açes da mu!4er e da Grande Mãe3 "or meio de uma conce"ção di)erente do incesto3 e3 "rinci"a!mente3 "e!a consideração das re!açes nas uais o tornar-se mu!4er aca7a de se di)erenciar Para Jung3 a mu!4er se )a8 em re!ação com o 4omem e com o mascu!ino ue e!a encontra em si mesma Hntre o 4omem e o mascu!ino da mu!4er se 0i0e uma con)rontação ue cru8a aue!a da mu!4er com a "arte )eminina do 4omem9 Assim3 trata-se aui de uma re!ação uatern*ria H o ue acontece na Maçonaria5 Parece ue a tr6ade seDa "re"onderante >*3 entre outras3 as tr?s !u8es da LoDa ue re"resentam o %o!3 a Luae o Mestre Maçom O %o! go0erna o dia3 a Lua é a sen4ora da noite3 e o ener*0e!3 situado so7 o #e!ta !uminoso3 go0erna e 0e!a so7re a LoDa inteira Todo %o! o)erece a imagem do ca!or e da !u8 e do con4ecimento tam7ém Todo %o! tem a intuição es"ontFnea e o)erece aos 4omens a "r<"ria )onte da !u8 Mas %o! em demasia "ro0oca a seca ue "ode ser morta!3 e3 sem o ca!or do %o!3 todo "a6s est* condenado a morrer de )rio &( 0$bert, Elie G. "ichel, 199.
L&9omme au6 rises avec l&inconscient. Éditions
Albin
O ue é e0idente é ue 9o %o!9 é indissoci*0e! da Lua e com e!a a"resenta uma a!ternFncia com"!ementar da 0ida e da morte3 do dia e da noite3 do ca!or e da umidade& Mas3 rene MainguQ o7ser0a mais uma 0e83 as !6nguas reser0am +s 0e8es sur"resas e as traduçes sur"reendem: se o %o! e a Lua são3 na rea!idade3 res"ecti0amente mascu!ino e )eminino em )ranc?s3 7em como nas !6nguas !atinas3 na !6ngua a!emã a !6ngua de JungS é o in0erso: o %o! é )eminino e a Lua é mascu!inoS Para com"!icar um "ouco mais3 em 4e7reu3 %o! e Lua são mascu!inos Ocorre ue a Lua3 segundo as tradiçes maç
astro ao mesmo tem"o "ro"6cio e ne)asto3 cuDo aruéti"o é a com7inação tri*dica de Artem6sia3 de %e!ene e de >écate9 A Lua maçi0ert Messeca3 &= ue ressa!ta como3 a!i*s3 Gaston ,ac4e!ard3 seu isomor)ismo uase uni0ersa! Gi!7ert #urand3 e!e3 nos !em7ra ue o nascer do %o! é a 4i"
3ictionnaire de la 7ranc!
os %
%im3 anima e animus t?m um car*ter "roDeti0o Cua! é3 então3 esse car*ter de "roDeção3 uestiona-se Jung3 ue res"onde com todas as !etras: 9O Oriente o nomeia a ^tecedora^ ou MaQa a dançarina geradora de i!usão %e D* não o sou7éssemos 4* muito tem"o a "artir do sim7o!ismo dos son4os3 essa inter"retação orienta! nos condu8iria + 7oa "ista: o ue en0o!0e3 o ue en!aça e engo!e )a8 sem d0ida a!guma re)er?ncia + mãe, isto é3 + re!ação do )i!4o com a mãe rea!3 como a imago desta ne!e e com a mu!4er ue se tornar* sua mãe9 H Jung continua: 9%eu Hros é "assi0o como o de uma criança3 e!e es"era ser ca"tado3 a7sor0ido3 en0o!0ido e engo!ido9 Ao dramati8ar esse estado3 esc!arece o Mestre da "sico!ogia das "ro)unde8as3 assim como )a8 com mais )reu?ncia o inconsciente3 90?-se so7re a cena "sico!
4onra93 com e)eito3 recusar* inconscientemente a sedução "s6uica da mu!4er em gera! e ser* então atra6do sexua!mente a"enas "or seu "r<"rio du"!o3 isto é3 "or uma "essoa do mesmo sexo ue e!e Assim3 ex"!ica so7remaneira o autor de AiTn, 9Nesse grau do mito ue restitui da me!4or maneira "oss60e! a ess?ncia do inconsciente co!eti0o3 a mãe é ao mesmo tempo vel"a e ovem, +emetér e Perséfone, e o fil"o é, ao mesmo tempo, o esposo e o !e!ê adormecido...1. %em d0ida3 seria necess*rio então e0ocar uem eram #emetér e Persé)one na mito!ogia grega5 Bi!4a de ;ronos e de $eia3 irmã de Weus3 #emetér é uma deusa do trigo e da )erti!idade3 a "atrona da agricu!tura em seu conDunto e a deusa dos Mistérios inici*ticos de H!?usis H3 "ortanto3 eis no0amente o segundo grau das LoDas a8uis ue ret?m nossa atenção His o grau de ;om"an4eiro ue3 como se sa7e3 tam7ém nos e0oca3 "or exem"!o3 o trigo "or meio de sua 9"a!a0ra de "asse9 #emetér tam7ém se identi)ica com ;eres deusa it*!ica do trigoS3 com `sis3 a eg6"cia3 com ;i7e!e3 a )rigia #emetér é tam7ém "ara Weus - e ta!0e8 "rinci"a!mente5 - a mãe de Perséfone... Cuanto a Persé)one3 a 9moça93 )oi ra"tada "or >adesP!utão3 "ara ser a rain4a dos in)ernos3 enuanto co!4ia )!ores nas "radarias de Hnna3 na %ic6!ia ;omo se "ode adi0in4ar3 "ara a!ém das mito!ogias3 a anima no 4omem e o animus na mu!4er "ermanecem "arceiros am7i0a!entes3 incontesta0e!mente re7e!des ao nosso exame
Muitas 0e8es3 são como "artes incon)essadas e incon)ess*0eis de n um contedo extremamente dram*tico do inconsciente9 H Jung o sa7e "ertinentemente: o c
um aruéti"o ue a"arece no 4omem3 4* es"aço "ara se su"or ue existe um eui0a!ente na mu!4er3 "ois3 assim como o 4omem é com"ensado "e!o )eminino3 a mu!4er o é igua!mente "e!o mascu!ino93 nos sugere3 sem"re em AiTn, o mestre de Wuriue3 "ioneiro e ex"!orador da "siue 9Assim como3 "ara o )i!4o3 o "rimeiro "ortador do )ator de "roDeção "arece ser a mãe3 esse "a"e! é re"resentado3 na )i!4a3 "e!o pai1, com"!eta o em"6rico Jung A "artir de então3 9a mu!4er é com"ensada "or um e!emento mascu!ino3 é "or isso ue seu inconsciente tem3 "or assim di8er3 traços mascu!inos Assim como a anima corres"onde ao eros materno3 assim o animus é an*!ogo ao logos "aterno9 Aui3 ; G Jung uti!i8a - e o di8 eros e logos como sim"!es )erramentas conceituais "ara descre0er o )ato de 9ue o consciente da mu!4er é muito mais caracteri8ado "e!a nature8a am*0e! do eros do ue "e!a nature8a discriminat ue é uma das caracter6sticas da re!ação emociona! e co!eti0a anima-animus en)rauece o n60e! da re!ação e a a"roxima do )undamento instinti0o uni0ersa! Jung distingue então uma 0ariante negati0a e uma outra "ositi0a na tradução da anima e do animus. H!e a)irma: 9#o mesmo modo ue a anima se toma um eros do consciente "e!a integração3 do mesmo modo o animus toma-se um !ogos3 e assim como a
"rimeira con)ere ao consciente mascu!ino o 06ncu!o e a re!ação3 o segundo d* ao consciente da mu!4er a re)!exão3 o racioc6nio e o con4ecimento9 ;omo se "ode adi0in4ar3 as idas e 0indas das "roDeçes entre casa! reser0am ainda muitas sur"resasS #ecididamente3 Hm"édoc!es "or 0o!ta de (/&-(2& a;3 ao a)irmar ue3 uando a )orça do amor a7so!uto ?p"ilia> e o entram em guerra a7erta3 seu "r<"rio en)rentamento re0e!a as coisas concretas3 adiantou uma ideia )i!os<)ica eterna #es)a8er as "roDeçes3 e "articu!armente uando estas !timas são suscitadas "e!a anima e "e!o o animus, torna-se uma a7so!uta necessidade A"ontar o de)eito de a!guns com"ortamentos não é so7remaneira uma sinecura Be!i8mente3 ressa!ta o c!6nico3 sem"re "r
conceito de $om!ra ten4a com"reendido internamente
sido
7em
Capítulo XV A %om&ra! face oculta do mundo A %om7ra Hsse conceito ue designa a )ace som7ria e ocu!ta da "ersona!idade3 a "arte in)erior3 a ua! en0o!0e3 de certa )orma3 em seu manto inuietante e o7scuro a tota!idade de todos os materiais "s6uicos do reino do inconsciente3 est* "resente3 de maneira a7erta ou em )i!igrana3 em toda a o7ra de Jung A %om7ra é o inconsciente ue tra7a!4a em cada um de n
na!idade93 o ato ue "ermanece 9o )undamento indis"ens*0e! de todo modo de con"ecimento de si, e3 conse]entemente3 con)ronta-se3 0ia de regra3 a uma resist?ncia consider*0e!9 Tanto na Psicotera"ia como na LoDa Maçônica3 uando os 9rmãos9 9tra7a!4am9 aceitando a dia!ética do Hu e do inconsciente3 trata-se rea!mente de concreti8ar uma das mais cé!e7res m*ximas inscritas no )rontão do Tem"!o de #e!)os3 a sa7er3 gnTt"i sauton, isto é3 9con4ecete a ti mesmo9 Hsse 9tra7a!4o9 "ode !e0ar3 com a aDuda de %
misteriosamente se co!ocar ao !ado do 4omem ao !ongo de seu "rocesso de crescimento Cuando Musset é a!uno3 seu du"!o é uma "o7re criança 90estida de negro93 e!e se torna 9um Do0em ra"a89 uando o "oeta com"!eta seus 1 anos3 de"ois3 9estran4o9 9na idade em ue se cr? no amor93 de"ois3 9con0i0a9 9na idade em ue se é !i7ertino93 de"ois3 9
grande admirador3 !eitor e comentarista de Jung3 é muito mais o recalcado. %im3 a som7ra "ode a"resentar uma 0ariante "ositi0a e uma outra negati0a A!i*s3 Jung a estigmati8a uando escre0e: 9%e as tend?ncias reca!cadas da som7ra s< )ossem m*s3 não existiria nen4um "ro7!ema Ora3 a som7ra é3 em regra gera!3 somente a!guma coisa in)erior3 "rimiti0a3 inada"tada e in)e!i83 mas não a7so!utamente m* H!a contém mesmo a!gumas ua!idades in)antis ou "rimiti0as ue "oderiam em certa medida rea0i0ar e em7e!e8ar a exist?ncia 4umana9&@ ;om e)eito3 a %om7ra é o du"!o e este3 em muitas das cu!turas antigas3 est* "resente em inmeras re"resentaçes de animais e todos t?m3 Dustamente3 uma du"!a "o!aridade sim7Chastel, 1948.
a!egoria da ca0erna e0ocada3 e0identemente3 "or P!atão3 uando os seres 4umanos são conce7idos de modo )i!os<)ico3 como se e0o!u6ssem em uma ca0erna de "enum7ra e de si!4uetas "roDetadas nas "aredes3 mas tam7ém na imagem do sa!mo 1. 9+ som7ra das asas de #eus9 ue ser* a di0isa do "ai es"iritua! dos rosa-cru8es3 Jo4ann a!entin Andrea 1@=1=(3 isto é3 su! um!ra alarum tuarum Je"ova. Podemos tam7ém e0ocar3 se se é cat
3ictionnaire des sm$oles. Éditions
con)iar Mas tudo é sem"re am7i0a!ente3 mesmo a som7ra de acordo com inmeras tradiçes H "arece ue3 na ;4ina3 se distanciar de sua som7ra signi)ica ue3 a "artir disso3 se est* trans"arente a toda !u8 o ue é um mérito su"remo3 e3 "ara a!guns gn
sa7e disso me!4or do ue ninguém Toda a sua o7ra consiste em sua am"!a ex"ressão Hm suma3 a su"eração da som7ra +s 0e8es com"!acente da Maçonaria Ba8er 9como se9 a som7ra não existisse3 ou ainda des"re8ar o )enômeno3 o ue signi)ica tentar su"rimi-!a3 reca!c*-!a3 ou acreditar ue sua "r<"ria identidade e a som7ra são um s<3 signi)ica sem"re arriscar 9"erigosas dissociaçes9 Hm cada um de n. Não se "ode tem"ori8ar ou tergi0ersar %e a cura da a!ma
existe3 é )reuentemente "e!a aceitação e "e!a a"reensão inte!igentes da %om7ra ue a !i7ertação se d* H3 a!i*s3 em &a guérison ps=c"ologi2ue ue Jung ex"!ica: a 9%om7ra "ersoni)ica tudo aui!o ue o suDeito se recusa a recon4ecer ou admitir e ue3 no entanto3 se im"e sem"re a e!e3 direta ou indiretamente como3 "or exem"!o3 os traços do car*ter in)eriores ou outras tend?ncias incom"at60eis9 A!i*s3 com um 4umor ue re0e!a e )a8 sentido3 ; G Jung e0oca 9a cauda do s*urio9 da ua! o 4omem não consegue se !i0rar "ara se tornar um ser rea!mente ci0i!i8adoS Hm Aion, e!e ex"rime sem am7iguidade: 9A som7ra é essa "ersona!idade3 ocu!ta3 reca!cada3 com muita )reu?ncia in)erior e carregada de cu!"a3 cuDas rami)icaçes mais extremas remontam até o reino de nossos ancestrais animais e eng!o7a assim todo o as"ecto 4ist
Temos o direito de "ens*-!o H o camin4o de Jung e suas marcas so7re essa terra de inoc?ncia e de cu!"a7i!idade nos instigam A!guns dias antes de sua morte terrestre - no "!ano es"iritua!3 o 9cad*0er9 se mexe mais do ue nuncaS -3 o demasiado 0e!4o e ener*0e! 9%*7io9 Jung e!e morreu em = de Dun4o de 1/=13 aos @= anosS tin4a so7re sua mesa de !eitura as o7ras do )i!. Assim3 "oder-seia "ensar ue3 antes de entregar sua a!ma + %om7ra3 Jung "ensou nesse enigm*tico 9"onto ômega9 de Tei!4ard "ara o ua! con0erge a 4umanidade em mo0imento e em 7usca de erdade5
Capítulo XVI 'o conflito entre 8reud e ung A"
e o rea! "oru? de ta! im"asse Mas não deixa de ser menos esc!arecedor !er ou re!er Eistoire de ps=c"anal=se en rance, de H!isa7et4 $oudinesco32' "ara me!4or com"reender em u?3 do "onto de 0ista dos "rimeiros tem"os da Psican*!ise na Brança3 "or exem"!o3 o con)!ito entre Jung e Breud re"resenta um momento decisi0o Hm am7os os casos3 com e)eito3 a di0erg?ncia 9gira em torno da de)inição do estatuto da Psican*!ise em sua re!ação com a Psiuiatria e da manutenção ou da reDeição da teoria da sexua!idade9 O demasiado 9ortodoxo9 $oudinesco c4ega até mesmo a "retender ue3 a"esar de suas consider*0eis di)erenças3 a Psicologia individual de Ad!er3 a Psicologia analtica de Jung e a ana!ise "sico!
7rance,
t. 6. Éditions
!i7erdade de criador3 "ouco antes do começo do "rimeiro con)!ito mundia! de 1/1(-1/1@3 ue in)e!i8mente não iria "roteg?-!o de um certo iso!amento na %u6ça A "artir de então3 Jung não "ode de )orma a!guma "ressentir seu )uturo e de0e escu!"ir "ouco a "ouco seu destino3 o3 de"ois3 seu "r<"rio mito3 extraindo-o na )onte de seu "assado anterior a Breud Ou seDa: in)!uenciado "or suas reminisc?ncia )ami!iares e maçônicas e "e!os con4ecimentos aduiridos como estudante de Medicina3 a"ro)undados e am"!iados como "esuisador com seu )tudes sur les associations, ue tin4a dirigido a Breud D* em 1/'3 e com Métamorp"oses et s=m!oles de la li!ido, ue e!e !4e dedicou em 1/1&3 a!guns meses antes da ru"tura3 com essa menção 9co!ocado aos "és de seu mestre e "ro)essor "or um a!uno deso7ediente3 mas recon4ecido9 ?sic.>, ; G Jung a7re sua 0ia H!e d* in6cio a &3Eomme ; la découverte de son KmeO@ "ara retomar um de seus t6tu!os mais cé!e7res Pode-se o7ser0ar ue3 sem Breud3 Jung "rodu8ir*3 em 1/1=3 tr?s textos nitidamente di)erentes uns dos outros3 mas é "oss60e! consider*-!os como )undadores ;om e)eito3 estamos em "resença de textos metodo!
L&9omme 2 la découverte de son ame. Éditions Albin 198'. #$n!, C. G. Les Set sermons au6 morts. Éditions 2/0erne, 199I.
"ichel,
O "rimeiro desses t6tu!os: $eptem sermones ad mortuos, Ds $ete sermHes aos mortos, )oi muitas 0e8es e Dustamente a"resentado como uma es"écie de "oema ins"irado "e!a !iteratura gniram "ara reconstruir o Tem"!o de %a!omão3 s6m7o!o do tem"!o interior de cada um5 Não 4a0eria a!i a ex"ressão de um "edido de socorro dos distantes ancestrais de ;ar! Gusta0 ue recorriam + "a!a0ra no0a do descendente ; G Jung3 criador da )utura "sico!ogia das "ro)unde8as3 "ara im"edir o )racasso da Ordem em gera!5 ;erto3 encontra-se uma !onga di0agação-ex"!icação so7re o
9"!eroma93 conceito diretamente sa6do das crenças dos gn. Mais tarde3 esse as"ecto du"!o da "ot?ncia di0ina ser* uase uma o7sessão so7 a "!uma do autor ins"irado de *éponse ; Jo!.ON Hntão3 D* como ex-,asi!ide3 e!e continua: 9Tudo o ue 0
Cuando se o7ser0a de "erto3 encontram-se nos $ete sermHes aos mortos muitas das "reocu"açes3 de a!guma )orma dis)arçada3 da Maçonaria tradiciona!: a signi)icação dos nmeros3 e "rinci"a!mente do tr?s e do uatro3 a de uma conDunção dos contr*rios3 "rinci"a!mente do es"6rito so!ar e do es"6rito !unar3 a uestão da matéria e da "siue são e!as c!i0adas ou não53 a "resença sagrada da es"iritua!idade e da sexua!idade3 "ara a!ém do desmem7ramento e da disso!ução3 sa7endo ue toda comun4ão é "ro)unde8a e ue 9a singu!aridade é grande8a9 Hn)im - e so7retudo5 -3 encontra-se o s6m7o!o maior da Hstre!a B!ameDante3 guia dos ;om"an4eiros do segundograu das LoDas ditas a8uis3 signo !uminoso ue sugere 9o deus de um 4omem e somente daue!e93 estre!a como o7Deti0o e direção do 4omem3 enuanto a "rece torna mais 7ri!4ante sua !u8 Hssa estre!a é rea!mente uma "onte !ançada "or cima da morte H3 9uando o Uni0erso imenso se trans)orma em ge!o3 a estre!a continua a 7ri!4ar9 acrescenta ; G JungS erdadeiramente3 existe a!i um eco3 ou um "ro!ongamento "oético da mensagem es"iritua! da Gnose ue um Os[a!d \irt4 "rocura nos )a8er com"reender em seu &e &ivre du compagnon.OO ;om e)eito3 a estre!a ue 9se re0e!a ao ;om"an4eiro de)initi0amente 0encedor das atraçes e!ementares é aue!a do g?nio 4umano93 7ri!4o "rimeiramente 6ntimo diante da 22 Qirth, sFald. La 7ranco!ma*onnerie rendue intelligi$le 2 ses adetes, Le livre du comagnon. Éditions er35, 1989.
"ro)unde8a de um negro a7so!uto3 9é !ogo uma estre!a ue cresce ra"idamente3 "ara res"!andecer3 en)im3 em um 7ri!4o ta! ue a o7scuridade é dissi"ada9 H de"ois3 9todo iniciado 0erdadeiro se 7ene)icia assim de uma i!uminação ue !4e "ermite conuistar a nose, isto é3 o con4ecimento caracter6stico de todo es"6rito ue sou7e "enetrar os mistérios da iniciação Hstes a"resentam essa "articu!aridade de ser estritamente incomunic*0eis: é "reciso desco7ri!os "or si-mesmo "ara "ossu6-!os9 No )undo3 o ue )e8 Jung senão3 seguindo o )io condutor de sua 0ida e de suas o7ras a"
inconsciente em todas as suas dimenses3 com sua a7undFncia de "ensamentos3 de im"resses3 de imagens e3 7em entendido3 ue considera suas !igaçes com nossa 0ida consciente #e )ato3 no )ina! da Primeira Guerra Mundia!3 ; G Jung inicia o !ongo discernimento dos dados Dorrados de seu inconsciente dinFmico3 determina sua nature8a3 as caracter6sticas3 o ressentido #e!e Jung extrai os s6m7o!os ue )a8em sentido3 e não somente os s6m7o!os indi0iduais3 mas tam7ém os co!eti0os3 e não exc!usi0amente ca"tados nos son4os %eu !i0ro /=pes ps=c"ologi2ues a"arece em 1/&1 Jung torna-se Jung3 como se "oderia di8er H então e!e 0iaDar* muito3 a7rindo-se ao cosmo"o!itismo e a seus uni0ersos re!igiosos A!ém do mais3 graças +s ricas trocas ue se o"eram no Fm7ito do 9;!u7e Psico!ist
do em gera! Ainda não estamos no 9Grande Tem"o9 m6tico do maçom Georges #umé8i!3 mas tam7ém não estamos distantes de!e #o )ina! da Primeira Guerra Mundia! até o começo da %egunda3 o itiner*rio de Jung toma uma 0ia rea! de desa7roc4amento Nosso o7Deto não é o de retraçar em deta!4es esse "ercurso da maturidade de cada uma das eta"as identi)ic*0eis3 mas se "ode3 sem extra"o!ar os "er6odos 0i0idos e a0ançados de ex"!oração da "siue3 imaginar ao seu modo um Jung ue meta)oricamente "assou do grau de A"rendi8 ao de ;om"an4eiro e deste ao de Mestre3 em "eregrinação3 ao !ongo desse !a"so de tem"o tr*gico ue é o entre duas guerras ;ada 0e8 mais 9recon4ecido9 "or seus "ares3 como se diria 4oDe3 Jung3 a"
Assuan e Luxor H!e o!4a3 anota3 medita3 interroga a Arte e a Arueo!ogia3 uma de suas "aixes de Du0entude Torna 0i0os os museus "e!o im"u!so de sua imaginação erudita ;onstata ue os deuses criadores do mundo são muitas 0e8es 7issexuais3 )ascina-se "e!a ,e!e8a3 "e!a Borça e "e!a %a7edoria3 interroga as tradiçes orientais A!i*s3 é "reciso !er o "ar*gra)o ue ce!e7ra o TaD Ma4a!3 segundo e!e: 9em um mundo de tirania e de crue!dade3 um son4o ce!este9 ue se 9crista!i8ou na "edra93 "ara me!4or com"reender seu es"6rito uni0ersa! escancarado aos uatro "ontos cardeais do Hs"6rito Boi a "artir do en0io )eito "or $ic4ard \i!4e!m3 em 1/&@3 daue!e texto tao6sta da A!uimia c4inesa D* citado3 &e secret de lafleur d3or, ue ; G Jung dec!arou ter "odido 9a"roximar a ess?ncia da A!uimia9 %im"!esmente isto: a"roximar a ess?nciaS H o mesmo ue di8er erguer uma "arte do 0éu ue ocu!ta o "r<"rio "rinc6"io da o"eração da Grande O7ra3 aDoe!4arse "erto do a!tar onde ta!0e8 a 9"edra )i!oso)a!9 esteDa ex"osta3 o Ouro es"iritua! ue re"ousa no coração do 4omem3 o Graa! tanto es"erado3 tocar a uintess?ncia3 isto é3 essa su7stFncia etérea ue se extrai da densidade dos uatros e!ementos3 do "eso da matéria inerte3 esse 9uinto "rinc6"io9 dos 4erméticos3 ue3 da trans)ormação de imagens em ana!ogia3 c4ega a designar o ue 4* de mais "recioso em uma coisa3 o ue 4* de mais im"ortante3 o coração do coração do ta7ern*cu!o3 o "onto mais )ino do
c6rcu!o c
ex"!6cito ; G Jung recon4ece no mito da A!uimia seu "r<"rio mito H3 uando se sa7e uantas im"resses3 uantas marcas a A!uimia deixou nos rituais maçenrQ ;or7in3 Antoine Bai0re3 Gi!7ert #urand3 ou ainda $aQmond A7e!!io3 ue as ex"eri?ncias dos a!uimistas em seus !a7orat
o7Deti0o mais am7icioso Trata0a-se de modi)icar o 9gesto de ser9 ; G Jung tam7ém sa7e: em todas as cu!turas em ue a A!uimia é o7ser0*0e!3 e!a se encontra intimamente !igada a uma tradição esotérica ou m6stica H o Tao6smo na ;4ina ue ensina um modo de com"ortamento diante da 0ida3 uma ética e uma certa 0isão do mundo %ão o Qoga cuDo nome 0em de uma rai8 sFnscrita YUJ3 ue uer di8er atar3 unir e o Tantrismo ue insiste na rea!i8ação "essoa! na 6ndia %ão tam7ém a gnose no Hgito 4e!?nico e a!gumas esco!as m6sticas nos "a6ses is!Fmicos3 enuanto ue3 no Ocidente3 7em entendido3 mani)esta-se o ue Mircea H!iade c4ama o misticismo cristão da dade Média e do $enascimento H igua!mente3 não nos esueçamos3 a ;a7a!a da "a!a0ra 4e7raica Ra!!ala", 9tradição93 ue encontra suas 7ases nas es"ecu!açes numerais e ue3 a!i*s3 resume a teoria das $ep"irot", cuDa )unção é unir o $e!ati0o ao A7so!uto3 o Particu!ar ao Uni0ersa!3 o Binito ao n)inito ou a Terra ao céu3 assim como re!em7ra esuematicamente Os[a!d \irt4 no &ivre du maXtreLV H)eti0amente3 é uando encontra a A!uimia3 a"aixona-se "or seu uni0erso tão "articu!ar em ue o segredo "arece +s 0e8es des"
G Jung3 a"
e0ocados3 a a"ar?ncia ue e!e a"resenta3 no "!ano mani)esto3 em sua 0ida "7!ica3 condu8emno a dedicar seu "ensamento + Arte de seu tem"o3 +s mutaçes sociais3 + ascensão dos )ascismos3 e "articu!armente + do Na8ismo3 aos tem"eramentos dos "o0os3 + !iteratura em gera! Nesse es"6rito3 em 1/223 e!e ana!isa "or escrito lisses, o romance de James JoQce ;omenta uma ex"osição de Pa7!o Picasso %ua curiosidade de es"6rito é "o!i)ônica e a)inada um erudito entusiasmado e3 so7retudo3 reco!ocado no contexto da é"oca3 é rea!mente um curioso "siuiatra esse 0iaDante ue não "ara de ex"!orar as cu!turas e seus s6m7o!os )undadores3 uando não "arece se "erder em a!guns tratados a!u6micos i!ustrados ou no traçado co!orido de uma mandala como aue!a ue se "ode o7ser0ar na o7ra &e musée imaginaire de 6arl ustav Jung, de ;4ristian Gai!!ard2= Lem7remo-nos de ue essa manda!a3 datada de 1/&@3 é acom"an4ada de um texto da "r<"ria mão de seu autor ue di83 em !6ngua a!emã: 91/&@ Hnuanto esta0a "intando essa imagem ue mostra o caste!o de ouro 7em guardado3 $ic4ard \i!4e!m me en0iou de BranZ)urt o texto c4in?s 0e!4o de um mi!?nio ue trata do caste!o amare!o3 germe do cor"o imorta!9 Cuando o ritua! do terceiro grau sim7
o ue est* dis"erso e es"a!4ar a Lu893 e!e 0ai ao encontro das "reocu"açes constantes de Jung ue não deixou3 sem di8?-!o ex"!icitamente3 de deseDar um ta! o7Deti0o ético a"to a 7a!ançar o "!aneta
Capítulo XVII Al5uimia e /ermetismo Jung conta ue3 durante 0*rios anos3 te0e um son4o insistente3 sem d0ida "ro)ético3 ue muito re0e!a so7re o ue re"resentou "ara e!e a desco7erta da A!uimia3 de sua !inguagem3 de seus s6m7o!os3 de sua Arte $ea! %o7 o Dugo dessa cena on6rica re"etiti0a3 e!e desco7ria uma "arte de sua casa cuDa exist?ncia e!e nem con4ecia naue!a é"oca H!e 0isita0a estran4amente os a"artamentos de seus "rocriadores3 mortos3 no entanto3 4* muito tem"o3 e constata0a3 com uma "ro)unda sur"resa3 ue seu "ai tin4a 9um !a7orat4 %eu coment*rio é signi)icati0o 9Norma!mente3 essa a!a descon4ecida de min4a casa era um antigo edi)6cio 4ist
descon4ecidos Bina!mente3 no !timo son4o3 a7ri um desses !i0ros3 e a!i encontrei uma "ro)usão de mara0i!4osas imagens sim7
consci?ncia #esde então3 4* 2' anos3 eu nunca mais ti0e esse son4o92. ;om e)eito3 A!uimia e >ermetismo Damais deixariam3 a "artir dos anos 1/2' "rinci"a!mente3 de entusiasmar Jung e de incit*!o a ex"rimir "or meio de "a!a0ras cuidadosamente esco!4idas as ana!ogias sutis entre um certo uni0erso maç* casos ue não a"enas exigem um engaDamento rea!3 "ara a!ém da rotina "ro)issiona!3 mas ue o im"em caso não se "re)ira co!ocar em risco toda a em"rei2. #$n!, C. G. L&homme et ses sm$oles, essai d&e6loration de l&inconscient, Éditions Robert 2aont, 19I. 2@ #$n!, C. G. %schologie du trans)ert, op. cit.
tada "ara a)astar seu "r<"rio "ro7!ema ue se 0? surgir de todos os !ados com uma nitide8 crescente9 Para "ro0ar "or exem"!os extra6dos da sa7edoria antiga ue tudo o ue existe no macrocosmo se re)!ete no microcosmo3 não se trata de ser di!etante A 0ida de um Hmmanue! %[eden7org nascido em 1=@@ é exem"!ar a esse res"eito e3 como ; G Jung a con4ecia3 "ois tin4a "ercorrido sua doutrina das corres"ond?ncias3 e!e c4ega0a mesmo a a)irmar ue 9toda coisa natura! é a re"resentação de uma coisa es"iritua!3 e esta é3 "or sua 0e83 a re"resentação de uma coisa di0ina9 Hm outros termos3 na iniciação3 na "r*tica3 assim como na an*!ise da "siue 4umana3 nada conta3 ou muito "ouco3 )ora daui!o ue se rea!i8a dentro3 ao im"!icar a interioridade inteira Não se ex"!ora o sentido dos s6m7o!os e a riue8a in)inita do inconsciente como amador3 ainda ue esc!arecidoS O ue acontece então é da ordem da iniciação sagrada Trata-se de deixar "ara tr*s as a"ar?ncias sens60eis e de 7uscar sem descanso o a0esso de uma trama Assim como o "oeta romFntico Gerard de Ner0a! escre0e em Aurélia, nunca se de0e "erder de 0ista ue 1tudo vive, tudo age, tudo se corresponde1< os raios magnéticos emanados de mim mesmo ou dos outros atra0essam sem o7st*cu!o a cadeia in)inita das coisas criadasR é uma rede trans"arente ue co7re o mundo e cuDos )ios so!tos se comunicam de "ar em "ar com os "!anetas e com as estre!as
Assim3 uando o Mestre Maçom se identi)ica com >iram3 o aruiteto m6tico do Tem"!o de %a!omão3 e!e não se torna >iram so7 o toue de uma 0arin4a m*gica ua!uer de )eiticeiro 7ranco ou negro Mas e!e se identi)ica3 "or e graças ao s6m7o!o e ao "rocesso de transmissão %im3 com certe8a3 o s6m7o!o é o 0etor ca"ita! da transmutação e da transmissão Hm A!uimia tam7ém3 a re0e!ação da Grande O7ra3 a"
Trindade em Unidade e Unidade em Trindade3 "ois a!i onde estão Hs"6rito3 A!ma e ;or"o3 a!i tam7ém estão enxo)re3 mercrio e sa!9 Hm "sico!ogia das "ro)unde8as3 "or e graças + transferência, noção ca"ita!3 se é ue existe uma e aui %igmund Breud e ;ar! Gusta0 Jung estão3 desde o in6cio3 em "!eno acordoS3 o "rocesso é com"ar*0e! em muitos "ontos + ;i?ncia de >ermes Lem7remos-nos de ue o >ermetismo encontra suas )undaçes !end*rias na re0e!ação de >ermes Trismegisto3 9tr?s 0e8es o maior93 umdeus muitas 0e8es identi)icado com T4ot432/ deus eg6"cio do sa7er e do "!eno con4ecimento3 in0entor m6tico dos 4ierermetismo nasceu de um corpus da é"oca romana3 mas )ormado desde a é"oca grega %egundo >ermes3 astros e deuses exercem uma rea! in)!u?ncia so7re os 4omens e3 "rinci"a!mente3 tudo re"ousa na teoria das corres"ond?ncias entre microcosmo e macrocosmo e na atração entre seus di0ersos e!ementos #essa maneira de considerar o segredo do Uni0erso3 resu!ta ue é necess*rio aceitar a a"arente dissociação e a morte ritua! "ara me!4or aderir ao renascimento3 "ois3 de certa )orma3 tudo se re0e!a em germe no Todo H a "!enitude do ser a auisição ut<"ica do %i-mesmo "assa sem"re "e!a aceitação dos contr*rios3 "e!a Unidade recon4ecida3 "e!a conDunção e "e!a reconci!iação dos o"ostos3 "e!o triun)o3 no )ina! das "ro0as3 desse 0e!4o conceito 2/.E.: Suger;amos a leitura de Thoth > ArL$iteto do ?ni3erso, de #alh Ellis, Madras Editora.
de uni0ersa! na Maçonaria de Tradição: o Um onto!ermes3 mensageiro do %o! Poder-se-ia tam7ém "ensar eternamente so7re a )
/er tam$ém: A Espirit$alidade da "a*onaria, de Jean!%ierre "aard, Madras Editora. (1.E.: /itriol é uma alavra (ue gera este conhecido acr
reconci!iadora do suDeito com o grande %imesmo5 #e modo de )undamenta!3 é rea!mente "e!o des!ocamento "rimeiro na Terra3 "e!a "utre)ação ue tudo tem a a"ar?ncia de aca7ar e ue tudo começa do recomeço sem"re em andamento Tudo isso e0oca3 c!aro3 o ouro7oros3 a ser"ente ue morde o ra7o e engendra a si mesma3 imagem a!u6mica na medida do "oss60e!3 mas tam7ém o mito do eterno retorno e3 "or ue não3 a roda das exist?ncias3 o samsara, e mesmo as ros*ceas das catedrais ue re"resentam3 aos o!4os de Jung o3 %i-mesmo do 4omem trans"osto ao "!ano c
Poder-se-ia3 no mesmo sentido3 e0ocar o sim7o!ismo das cores na A!uimia !ees 0erdes rugem3 cor0os negros ue 0oam3 "om7as 7rancas a"a8iguadoras3 *guias 0erme!4as com7ati0as3 e )aises 0erme!4os orgu!4osos em nossa "o7re e "euena ca7eça de ana!isado3 não é5 H então3 "or )im3 uma a!usão não 0e!ada ao "ara!e!ismo entre o "ercurso do "ostu!ante + iniciação com as uatro "ro0as da Terra3 da gua3 do Ar e do Bogo ue e0ocam o "rocesso a!u6mico com"!etar* o uadro c!*ssico Para resumir3 Jean-Pierre ,aQard escre0e: 9;om a destruição da cor3 a7orda-se a extinção dos deseDos3 de"ois da "utre)ação a cor 7ranca )a8 a"arecer a "uri)icação "ara atingir a união dos o"ostos3 a coexist?ncia dos contr*rios com a cor 0erme!4a Mas é "reciso encontrar a "!enitude do ser3 a reintegração do 4omem em sua dignidade "rimordia! com o ouro9 Hntão o "sicana!ista3 + sua maneira3 torna-se a!uimista H o maçom sem"re se torna3 a"
no0a9(& Assim3 D* existe na "edra 7ruta a "irFmide a desa7roc4arR no esterco3 a )!or ue esse esterco aDudar* a nascer e a )!orir A inter0enção do acaso não existe %em d0ida3 é "reciso re!er &a ps=c"ologie du transferi "ara a"reender aui e aco!* a com"aração ue é "oss60e! desen0o!0er entre as di0ersas )ases do "rocesso a!u6mico centrada em torno do casamento rea! ?"ieros gamos> da conDunção e a "rogressão do e!o entre ana!ista e ana!isado (2 Poder-se-ia3 sem )orçar os textos e os rituais3 )a8er o mesmo tra7a!4o com"arati0o com o "rocesso da iniciação maçônica e com a e0o!ução3 +s 0e8es3 sur"reendente3 da re!ação trans)erencia!3 da conexão entre ana!ista e ana!isado3 sem"re ;onseuentemente3 re"etir 0o!untariamente3 e "e!a terceira 0e8 S3 ue3 uando e!e in0enta ao !ongo de sua o7ra e da "r*tica tera"?utica ue !4e corres"onde um "ercurso 7aseado no )enômeno das trans)er?ncias entre rei e rain4a e a 7usca teimosa do Um conci!iador e reconci!iador3 ; G Jung in0enta o )uturo da Maçonaria3 não constitui mais um "aradoxo3 mas uma a7ertura3 Dustamente3 "ara o )uturo3 um tra7a!4o de "ioneiro3 uma a7ertura audaciosa3 atre0ida3 sur"reendente Uma maneira iconoc!asta de rea!mente a7rir "ara o ar !i0re do exterior uma Dane!a da LoDa3 a "artir de então não inteiramente 9co7erta9 (& #$n!, C. G. 5homme 2
la découverte de son me. Éditions
Albin "ichel,
198'. (2 )ran*oise, %onardel. Jung et =&alchimie. Cahiers de 1/0erne, 198.
Cuando Jung esco!4e a série de gra0uras do 9$osarium "4i!oso"4orum9 ?D *osário dos filósofos> "ara e!ucidar3 ou tentar a"resentar as eta"as sem"re tr*gicas dos )enômenos da trans)er?ncia ue )ina!i8am nas 97odas reais93 não esco!4e com toda 0ontade e consci?ncia3 um su"orte a!u6mico em perfeita concordKncia de esprito e de sentido com a iniciação maç
sim"!esmente )*ci! demais 0io!entar assim os )atos3 uando se tenta redu8ir a um denominador comum coisas inconci!i*0eis9 O Mestre não deixa de nos re!em7rar3 n dos a!uimistas3 ao se uestionar so7re os )undamentos misteriosos da o7ra ?opus> e tam7ém so7re o 0aso 4ermético ?vas "ermeticum>, !ugar de trans)ormação3 LoDa dos a!uimistas3 ao e0ocar tam7ém esse 0aso como um tero no ua! amadurece o )eto3 ao ressa!tar "or o"osição ao uadrado o redondo3 9"ois e!e é a matri8 da )orma "er)eita na ua! o uadrado3 como )orma im"er)eita3 de0e ser trans)ormado93 Jung nos !e0a irresisti0e!mente ao uni0erso maç ue3 como o #ia7o se"ara3 como a ser"ente 7icé)a!a3 ue tam7ém é a ser"ente mercuria! ?serpens mercurialisi>, a
nature8a du"!a do Mercrio Hsse Mercrio ue é o "ai dos metais ?pater metallorum> tam7ém remete ao Mercrio como trindade3 9e!e é o "ar ctoniano3 in)erior3 até mesmo dia7, 9ou seDa3 a conDunção do %o! e da Lua como união su"rema dos contr*rios inimigos93 sim7o!i8ada "e!o casa! aruet6"ico do rei e da rain4a3 ; G Jung 9i!ustra9 no )undo nada mais do ue o método e a )i!oso)ia a!u6micas3 e0identemente3 mas maçônicas "or ricoc4etes ana!
Capítulo XVIII
9elação entre o espírito e a mat3ria A A!uimia tradiciona! entusiasma ; G Jung Hsta encontra suas ra68es na ;4ina antiga ou no Hgito3 sem esuecer3 c!aro3 a in)!u?ncia3 mais tarde3 dos manuscritos gregos3 da o7ra de W
imaginação materia!9 ;om e)eito3 a uestão "rimordia! ue sem"re se co!oca é rea!mente sa7er se3 de certa )orma3 existe es"6rito na matéria3 ou se a matéria D* tem es"6rito3 ou ainda se o es"6rito "ode mudar a matéria O grande de7ate so7re as re!açes entre a matéria e o es"6rito "aira incessantemente so7re os !a7orat 6saac NeFton e os NeFtonianos, de Alain "auer, Madras Editora.
ininterru"tamente uestionada de uma 0erdade ocu!ta3 dissimu!ada3 a des"eito da !u8 onto!
2ueevidentemente não tem nada a ver com uma confissão ou pertencimento a uma 'grea1. Hm outros termos3 Jung nos sugere ue o "sicana!ista Damais de0e esuecer ue o "edido inicia! do "aciente de ser deso7rigado ou !i7e !i7ert rtad ado o de um so so)r )rim imen ento to re reco con4 n4ec ecid ido3 o3 ma mass não e!ucidado no in6cio3 não "oderia ser3 de )orma a!guma3 se"arado de )orma arti)icia!3 ao !ongo do tra7a!4o ana!6tico3 de um deseDo )undamenta! de sa!0ação "essoa!3 de uma 7usca ininterru"ta do sentido da exist?ncia e da nosta!gia de uma erdade Una His rea!mente uma "ostura maç
ma!dição da doença A doença endossa o car*ter numinoso9 ;omo se 0?3 "ara Jung3 a as"iração a uma a7ordagem do numinoso )a8 "arte dos instintos inatos do 4omem3 de seus e!as "ro)undos )undamentais A atitude do ex"!orador do inconsciente diante da uestão da exist?ncia de #eus inscre0e-se a "artir de então na mesma !"asL$elier, s=. C. G Jung, la sacralité de l&e6érience intérieure. Éditions ro!$et et Ardant, 199.
9"agão93 ou ainda 9agn
como um %o! triun)ante3 demonstra sua con)iança na ra8ão 4umana H!a es"osa o "rogresso e !ou0a3 "or exem"!o3 o %écu!o das Lu8es com conseu?ncias ue3 +s 0e8es3 desencantam A consc onsci? i?nc nciia "are "arecce o !uga !ugarr do "ens "ensam amen ento to 4umano onde reinam o irraciona!3 a escra0idão os dogmas u!tra"assados3 a suDeição aos artigos de ;atecismo Cuem uer )a8er #eus )a8 o #ia7o e in0ersamente ;aso se acredite na greDa ;at
estrito da "a!a0ra3 de "ro"orçes monumentais9(/ H!e estima ue ter "erdido a intuição da com"!exidade uni0ersa! é 9o ma! neur
(/ #$n!, C. G. L&ame et la vie. Éditions %$chet&Clstel, 19IH.
o imenso tesouro de uma coisa3 ue3 "ara e!e3 se tornou uma )onte de 0ida3 de signi)icação e de 7e!e8a e ue deu um no0o es"!endor ao mundo e + 4umanidade9 #e )ato3 Jung não 4esita em e0ocar 9uma 4umanidade es"iritua!mente su7a!imentada9 Para a!ém de todas as es"eci)icaçes con)essionais3 todas as a)i!iaçes "rotestantes3 cat nomeada "rimeiramente "or Lei7ni83 essa 9meta)6sica ue recon4ece uma rea!idade di0ina su7stancia! ao mundo das coisas3 das 0idas e dos es"6ritosR a Psico!ogia ue encontra na a!ma a!go de an*!ogo3 ou mesmo de id?ntico3 + rea!idade di0ina3 a ética ue co!oca o )im !timo do 4omem no
con4ecimento do Bundamento imanente e transcendente de tudo o ue é93 como resume maçom3 antigo dominicano3 ,ernard ,esret ao 4omenagear uma anto!ogia comentada de textos m6sticos do Oriente e do Ocidente de A!dous >ux!eQ' #e um certo modo3 Jung anuncia "ro)eticamente o retorno do re!igioso3 ou me!4or3 do reca!cado re!igioso em nosso mundo Por isso mesmo3 e!e a7re a 0ia rea! ao sécu!o KK3 no Ocidente como no Oriente Assim como escre0e Ger4ard \e4r3 1 9a "sico!ogia das "ro)unde8as est* em 4armonia com as idéias das m6sticas de todos os tem"os ue tomaram consci?ncia da inadeuação da )raseo!ogia 4umana diante do 0i0ido es"iritua!9 então ue inter0ém o conceito de 9aruéti"o da imagem di0ina9 #e toda maneira3 Jung3 tanto em AiTn uanto em *éponse ; Jo!, res"ecti0amente "u7!icados em 1/1 e 1/&3 ao tentar cercar3 de um !ado3 a a!ta e uni0ersa! signi)icação sim7
' %esret, %ernard. Es(uisse d&um évangile éternel. Éditions 2e Se$il, ((H. 1Qehr, Gerhard. G. G. Jung. Éditions Slatkine, 1994. #$n!, C. G. A>?n. Éditions Albin "ichel, 198H. #$n!, C. G. #éonse 2 Jo$. Éditions %$chet&Chastel, 199.
maturidade Ao co!ocar essa 4i"istenrQ ;or7in3 em ( de maio de 1/2 9%c4!eiermac4er é rea!mente um dos meus ancestrais es"irituais O es"6rito 0asto3 esotérico e indi0idua! de %c4!eiermac4er )a8ia "arte da atmos)era inte!ectua! de min4a )am6!ia "aterna Hu Damais o estudei3 mas e!e era o spiritus rector inconscientemente9 No mesmo es"6rito3 ; G Jung con)essa "or ocasião de um semin*rio em 1/2. em No0a YorZ: 9%omos )i!a0er* erros3 mas3 se e0itar o erro3 0oc? não 0i0er* #e certo modo3 "ode-se mesmo di8er ue cada 0ida
é um ma!-entendido3 "ois ninguém encontrou a 0erdade9S A!ém do mais3 e!e ex"!icar*3 mais tarde3 o ue teria acontecido3 segundo e!e3 na era de Peixes com a 0inda de ;risto derru7ando a re!igião romana3 e es"era3 na aurora da no0a era de Au*rio3 uma s6ntese ue consiga um certo eui!67rio ue "ermita + 4umanidade não "erder seu "rocesso de indi0iduação de conDunto3 "oder6amos di8er3 "or e graças + Psico!ogia ana!6ticaS ;4amari8 demasiado orgu!4oso ou não3 o ue im"ortaS Uma coisa "arece se im"or: Jung ex"!ora o imenso uadro da 0ida re!igiosa e nos engaDa em um essencia! "éri"!o ao centro mais 6ntimo do rea!3 tanto "e!a montan4a do m6stico uanto "e!a 0ia do "ensador3 "e!os camin4os de tra0essia do "oeta ou do artista desen4ando sua manda!a3 uanto "e!os racioc6nios e"istemo!u7ert $ee0es3 o astro)6sico e )i!
Jung3 Lei7ni8 e os meta)6sicos "esuisadores da Maçonaria como3 "or exem"!o3 neste sécu!o ,ernard ,esret não t?m em comum o mesmo tesouro de um maneDo da ana!ogia e uma mesma crença ue !e0a0a Lei7ni8 a escre0er: 9#eus como aruiteto da m*uina do Uni0erso e como monarca do reino di0ino dos es"6ritos95 H0identemente3 o "r<"rio dos uestionamentos meta)6sicos é de não encontrar re"ostas ue não !e0em a no0as uestesS O segredo a7so!uto a"enas ser* !e0antado no Oriente eterno3 dir* o Mestre Maçom H3 uanto a Jung3 e!e não deixar*3 durante sua !onga 0ida3 de escrutar a morte nos o!4os ;ard6aco3 )!ertar* 0*rias 0e8es com sua )oice H!e não esuecer* ue3 so7 um certo "onto de 0ista3 suas re)!exes a "ro"
considerado como um "siuiatra c!6nico indiscut60e! "or seus "ares3 um meta)6sico 97!oueado93 como "oderia ter dito Jacues Lacan3 um m6stico contrariado e!e até mesmo teria se "roi7ido de encontrar um dos maiores 9santos9 da 6ndia3 $amana Ma4ars4i3 durante uma de suas 0iagens3 um artista contido e com"!exado3 um Mestre Maçom escondido3 ou me!4or3 recusado e recusando-se a con)essar ao exterior o ue de0ia + iniciação de seus ancestrais No entanto3 durante os !timos anos de sua 0ida3 uando dita suas mem
9os !aços a)eti0os3 tendo "reenc4ido seus 7ons o)6cios de inserção no mundo9 e 9tendo cum"rido seu tem"o93 esti0essem su"erados ou de)asados Podemos "ensar então em todas as re"resentaçes do exerc6cio da %a7edoria3 inc!usi0e no ensinamento de $amana Ma4ars4i & H até "odemos nos deixar !e0ar e 0isua!i8ar os tr?s "euenos "i!ares do Tem"!o3 em torno do 9Cuadri!ongo93 ou a "!anta do Tem"!o maç
ine)*0eis ue indicam o nome di0ino3 esse nome di0ino ue se "rocura e se 7usca durante toda a 0ida Mas a A!uimia e o >ermetismo tam7ém ensinam 4* muito tem"o: o ( ue designa os uatro e!ementos Terra3 Bogo3 Ar3 gua não 7asta de )orma a!guma "ara designar a "onta mais )ina ue "ermite o estar no mundo3 a ess?ncia a7so!uta3 a 9estrutura a7so!uta93 como diria $aQmond A7e!!ioR a uintess?ncia é rea!mente o 9uinto "rinc6"io9 3 a!i*s3 essa uintess?ncia m6tica e enigm*tica ue é re"resentada sim7o!icamente "e!a 9rosa m6stica9 )ormada "or cinco "éta!as co!ocadas so7re os uatro 7raços da cru83 ue constitui o a"are!4o sim7iram3 o aruiteto tra6do e assassinado ao ua! se identi)icam os )uturos no0os Mestres3 con)orme a doutrina dos Mistérios da Antiguidade3 9segundo a ua! o MQste re"resenta0a o "a"e! do deus ao ua! esta0a consagrado93 ex"!ica Os[a!d \irt4 A!ém do mais3 ; G Jung3 nem ue )osse "or seu con4ecimento da o7ra de Goet4e3 de0eria con4ecer a sim7um7ert32 ue a 2 0$bert, Elle G. "ichel, 199.
L&homme au6 rises avec l&inconscient.
Éditions Albin
re!igião é3 de uma certa maneira3 uma )orma antiga da Psicotera"ia Aos o!4os de Jung3 a re!igião tin4a3 "ortanto3 retomado o ue antes "ro"un4am3 tradiciona!mente3 as cerimônias de iniciação e os grandes cu!tos antigos Assim3 "or exem"!o3 os mistérios de H!?usis3 tornados m6ticos3 atra6am "ara as "roximidades de Atenas 0isitantes de toda a Grécia desde a é"oca mic?nica e ue se "ode datar do sécu!o a; sua 9sa!a de iniciação9 ?telestêrion>, enuanto3 na é"oca romana3 o !oca! era constitu6do de 0*rias construçes3 entre as uais o grande Pro"i!eu 9"
com"reensão cient6)ica9 #e acordo com seu "onto de 0ista em"6rico3 9no interior do Fm7ito da Psico!ogia3 +eus é um comple#o autTnomo, uma imagem dinKmica, isso é tudo o 2ue a Psicologia pode esta!elecer. H!a não "ode sa7er mais a "ro"
a uma Do0em corres"ondente3 de a"roximadamente &' anos3 em 1. de agosto de 1/.: 9H sem"re necess*rio ter consci?ncia do )ato de ue #eus é um mistério3 e tudo o ue di8emos a esse res"eito é um di8er 4umano e uma crença 4umana N
Capítulo XIX 'a sincronicidade acausal Xs 0és"eras da %egunda Guerra Mundia!3 Jung é incontesta0e!mente uma "ersona!idade recon4ecida e in)!uente3 não somente em seu c6rcu!o "ro)issiona!3 mas tam7ém no "!ano
internaciona!3 como demonstram suas inmeras 0iagens3 D* e0ocadas Ora3 em 1/223 isto é3 em "!eno "er6odo de ascensão do Na8ismo( na A!eman4a3 ue tra8 consigo um antissemitismo marcado ue não cessar* de se desen0o!0er3 e!e aceita se tornar "residente3 como neutro e su6ço3 e so7 a "ressão de seus co!egas3 da 9%ociedade Médica Gera! de Psicotera"ia9 H!e ocu"ar*3 "or isso mesmo e !ogicamente3 o cargo de a!ta res"onsa7i!idade de diretor editoria! da "u7!icação da dita sociedade ;omo se sa7e3 isso !4e ser* muito re"ro0ado a seguir Uma "o!?mica crue! )ar* muito estarda!4aço a esse res"eito Ainda 4oDe e!a "erdura e a!guns taxam Jung de co!a7oração !ar0ada com a ideo!ogia do Terceiro $eic4 #e )ato3 assim ue se torna "residente titu!ar da Allgemeine Ar7lic"e esellsc"aft f[r Ps=c"ot"perapie, Jung trans)ere sua sede "ara Wuriue3 )orma e constitui gru"os nacionais inde"endentes "re0endo3 "or um !ado3 uma "roi7ição estatut*ria ue ex"!ica ue nen4um gru"o naciona! "ode tomar seu contro!e "rinci"a!mente a eui"e a!emã3 é c!aro3 e3 "or outro !ado3 a "ossi7i!idade "ara todo "sicotera"euta de aderir diretamente + No0a %ociedade nternaciona! ;om essas medidas3 e!e (.E.: Sugerimos a leitura de NietBsche, o Proeta do NaBiso,
de A$ir 4aha, %re3e 0ist@ria da Se!$nda G$erra "$ndial, de Jesus 9ernande@, e Terceiro Reich > Carisa e Co$nidade, de Martin itchen, todos da Madras Editora. .E.: Sugerimos a leitura de NietBsche, o Proeta do NaBiso, de A$ir 4aha, %re3e 0ist@ria da Se!$nda G$erra "$ndial, de Jesus 9ernande@, e Terceiro Reich > Carisa e Co$nidade, de Martin itchen, todos da Madras Editora.
mani)esta sua 0ontade de 9contornar9 4a7i!mente as "assagens demasiado arianas im"ostas aos c!6nicos a!emães dec!aradamente 9a!in4ados9 Toda0ia3 D* em 1/2(3 o "r<"rio >ermann Gfring3 "residente do Gru"o a!emão3 "residente do $eic4tag3 )ami!iar de >it!er= ue se consagraria + criação da &uf9affe, )a8 "u7!icar na re0ista dirigida "or ; G Jung3 um artigo ex"!6cito ue exige com todas as !etras a su7missão + ideo!ogia na8ista ;!aro ue ; G Jung "rotesta H!e ameaça se demitir mas não se demiteS #e0eria )a8?-!o5 H!e "oderia e de0eria se manter em sua )unção "ara ser0ir3 de a!guma )orma3 de 9escudo9 erguido diante dos "erigos ue ameaça0am os c!6nicos Dudeus de sua é"oca3 entre os uais3 a!i*s3 seu 9irmão inimigo9 %igmund Breud5 %eDa como )or3 o o7Deto deste "resente !i0ro não é e0identemente sa7er se a atitude gera! de Jung antes da guerra )oi a mais "ertinente3 a mais di"!om*tica ou a mais coraDosa Para ser Dusto e não se deixar in0adir "e!os antagonismos "artid*rios3 é "reciso se !em7rar de ue3 desde 1/1=3 Jung não deixa de ressa!tar3 em seus textos3 as tem"estades ue os grandes mo0imentos de massa )a8em "esar so7re o indi06duo como ta! Tais mo0imentos3 com e)eito3 esta0am !e0ando a um triun)o irresist60e!3 o Bascismo3 ue =.E.:
Sugerimos a leitura de A Estrat=!ia de 0itler > As RaDBes c$ltas do Nacional>Socialiso, de %a$lo Jiméne@ Core@, Madras Editora. 1,H Pa$li Q. e C. G. #$n!, Corresondance =BD!=BF-, Éditions Albin "ichel,
(((.
aca7aria arrastando atr*s de si mu!tides )ascinadas ue o "r<"rio ; G Jung3 nas ondas da $*dio ,er!im3 ua!i)ica3 em 1/223 como 94ordas de "artid*rios 4i"noti8ados93 ?sic.> A!ém do mais3 a "u7!icação de seu )amoso ensaio otan, em 1/2=3 "arece 9!i0rar93 "e!o menos no es"6rito3 Jung de ua!uer sus"eita co!a7oracionista O "siuiatra a!i denuncia3 incontesta0e!mente3 a emerg?ncia na Huro"a de 9um antigo deus da tem"estade e da exa!tação93 esse \otan 4* muito tem"o a"osentado O )i!it!er #e )ato3 ao a0a!iar o retorno de \otan como sendo 9um dado germFnico origina!93 ao com"ar*-!o a um 9cic!one ue destr
anos3derra"a na ne0e3 ue7ra o "er
4* nada de no0o so7 o %o! e é necess*rio se !em7rar de ue a e"o"eia da sincronicidade remonta a é"ocas muito recuadas3 "rinci"a!mente aos tem"os das 9maneias93 da numero!ogia3. do ;4ing3 mas tam7ém aos dos xamãs3 entre outros exem"!os Hm re!ação ao ;4ing3 tão di)6ci! "ara nossos es"6ritos ocidentais3 !em7remo-nos de ue suas origens se "erdem na noite dos sécu!os3 mas ue a tradição acredita ue os trigramas )oram criados "e!o im"erador Bu >si3 "or 0o!ta de 2 mi! anos a;S Justamente3 os criadores desse Dogo de adi0in4ação "artiram da 4i"
4 ? peie de abril = $a brincadeira o$ $a entira L$e se aB no dia 1 H de abril aos se$s conhecidos o$ ai!os. Tab= eiste o cost$e de p$blicar entiras na iprensa escrita o$ alada.
"ossa nos tradu8ir seu sa7er3 é deixar agir os 0ersos irracionais e as )unçes de intuição da nature8a 4umana3 é até mesmo aceitar o surgimento dos as"ectos e0entua!mente som7rios de sua "ersona!idade ; G Jung c4ega até a escre0er: 9O ;4ing contém um germe 0i0o do es"6rito c4in?s3 ca"a8 de modi)icar de modo essencia! nossa imagem do mundo9S Cue se acredite ou não nas !inguagens do ;4ing3 em suas adi0in4açes3 notemos ue um s*7io como Pau! ammerer3 ao ua! Art4ur oest!er consagrou um !i0ro inteiro intitu!ado &es racines du "asard, )oi um dos "ioneiros3 desde 1/1/3 no estudo sistem*tico do )enômeno da sincronicidade3 uma 0e8 ue redigiu até mesmo um di*rio de 9coincid?ncias9 dos & aos ( anosS ammerer )a!a0a de 9seria!idade9 re"!eta de sentido ou 9!ei das séries9 Para e!e3 isso signi)ica0a a re"etição sur"reendente no tem"o de )atos id?nticos e "odendo se o7ser0ar uando a 7oa e a m* sorte "arecem se mani)estar seguindo uma )reu?ncia re!ati0amente "r
o )ina! de sua 0ida o7ser0açes uase estat6sticas so7re a sincronicidade e a seria!idade H!e o )e8 em co!a7oração com o "restigiado )6sico \o!)gang Pau!i3 Pr?mio No7e! de B6sica em 1/(=3 com o ua! trocou uma extraordin*ria corres"ond?ncia de 1/2& a 1/@3 tentando "enetrar ainda mais seus estudos e seus ensaios de s6ntese a )im de me!4or com"reender a sincronicidade como 9um )enômeno ue "arece "rinci"a!mente !igado +s condiçes "s6uicas3 isto é3 aos "rocessos do inconsciente93 mas como sendo igua!mente 9a ocorr?ncia simu!tFnea de dois acontecimentos !igados "e!o sentido e não "e!a causa9 ?sic.> Não 4esitemos amos nos deter nessa 9intuição o7scura3 mas )ascinante de uma ordenação acausa! na sucessão dos acontecimentos93 nesses acasos demasiado acumu!ados "ara ser sim"!es acasos3 nessas séries de coincid?ncias ue t?m um Deito de estar des"ro0idas de sentido3 e3 a!ém do mais3 de de"ender sem exceção do cam"o da "ro7a7i!idade ;om e)eito3 tanto ; G Jung uanto seu amigo \o!)gang Pau!i 7uscam com tenacidade 1as condiçHes de unificação da sica mais moderna, na ela!oração da 2ual ele participa, com a ciência da psi2ue em suas profunde7as mais o!scuras1, assim como resume Mic4e! ;a8ena0e em sua introdução + 0o!umosa corres"ond?ncia entre Pau!i e Jung O ue Jung uer di8er uando se ser0e de um 7ar7arismo como 9sincron6stico95 #e )ato3 o criador da "sico!ogia das "ro)unde8as em"rega
esse termo a )im de ex"ressar uma corres"ond?ncia "articu!ar3 ines"erada3 es"etacu!ar e3 no entanto3 signi)icante3 coincid?ncia signi)icati0a entre um acontecimento ps2uico e um fsico ue não estão de )orma a!guma 9causa!mente !igados um ao outro93 ou ainda3 entre son4os3 idéias an*!ogas ou id?nticas 2ue emergem simultaneamente em diferentes lugares de maneira totalmente fortuita em aparência. ; G Jung cita ao !ongo de suas "esuisas 0*rios exem"!os signi)icantes de sincronicidade Assim3 e!e "ôde o7ser0ar3 em sua casa3 em uma sexta)eira3 a de a7ri! de 1/(/3 estran4os )enômenos de re"etiçes Naue!e dia e!e "re0iu3 ao meiodia3 "eixe no menu A!i*s3 um de seus con0i0as !4e re!em7ra o costume do 9"eixe de a7ri!9 Naue!a mesma man4ã3 e!e reco"iou a )rase !atina 1)st "omo totus medius piseis a! imo1. #urante o dia3 uma de suas antigas "acientes !4e mostra a!gumas re"roduçes de "eixes ue e!a co!oriu entretem"o A noite3 o)erecem-!4e "ara admirar uma o7ra de 7ordado re"resentando mais uma 0e8 9monstros marin4os "isci)ormes9 Hm & de a7ri!3 uma outra de sua antigas "acientes !4e conta um son4o no ua! e!a se encontra + 7eira de um !ago em ue 0? um grande "eixe nadando direto em sua direção e 0indo aca7ar aos seus "és A!ém do mais3 "ara com"!etar a série dos "eixes como 9coincid?ncia signi)icante93 ; G Jung se !em7ra tam7ém de ue3 no dia em ue co!ocou tudo isso "or escrito3 e!e se encontra0a + 7eira de um !ago3 e3
"rinci"a!mente3 ue3 de"ois de sua !tima )rase terminada3 )e8 a!guns "assos em direção a um muro !im6tro)e +s margens e a!i encontrou um "eixe morto3 9com cerca de 2' cent6metros de com"rimento93 e!e ex"!ica3 9morto3 mas sem )erimento a"arente9S ;omo di8 o ad*gio "o"u!ar 9a gente "ensa ue est* son4ando9 e3 no entanto3 não se est* son4ando de )orma a!guma Hssa "erman?ncia do "eixe não é de )orma a!guma um "eixe de a7ri! )*ci!S H!a re0este natura!mente uma signi)icação $e)ere-se a um "rocesso Pode re"resentar um "a"e! )undamenta! Todos "odemos not*-!o no dia a dia3 as o7ser0açes ue "ro0am a sincronicidade são enormes Os 9acasos acumu!ados9 se acumu!am e )a!am3 aduirindo sentido Assim3 um outro exem"!o citado "or Jung o 9do escara0e!4o de ouro93 "ermaneceu - e "ermanecer* - cé!e7re Trata-se de uma das "acientes do mestre ue3 tendo son4ado ue uma "essoa !4e o)erecia um escara0e!4o dourado3 conta-!4e o son4o durante uma sessão Ora3 cinco minutos de"ois da con)issão3 um escara0e!4o dourado d* rea!mente sina! de 0ida e )a8 7aru!4o nos 0idros da Dane!a do consu!t
)ixa0a em demasia sua intros"ecção em dados unicamente racionais Jung tam7ém cita outras 4ist
"assado imemoria! da 0ida Toda a )i!oso)ia c4inesa insiste3 é 0erdade3 so7re esse 9Todo é Um93 e Jung Damais dissimu!ou um "arentesco recon4ec60e! entre os resu!tados de suas "r<"rias ex"!oraçes do inconsciente e a )i!oso)ia c4inesa No "ensamento c4in?s3 a rea!idade é "erce7ida como UMA3 certo3 o ue su7entende - e isso é )undamenta! - ue o esprito não está deforma alguma separado da matéria, e o Tao de)ende de toda maneira um sa7er 4o!6stico ue 0incu!a3 "e!a !
corres"ond?ncias Mani)estamente3 tudo est* estreitamente !igado H0identemente3 uando 7usca a c4a0e enigm*tica dos )enômenos de sincronicidade3 uando interroga a ideia mesma de uma significação do acaso3 Jung não esconde a in)!u?ncia "re"onderante de %c4o"en4auer so7re seu "ensamento3 e "rinci"a!mente em seu ensaio $peculation transcendante sur l3intentionnalité apparente dans le destin de l3individu, "u7!icado em !6ngua )rancesa com um outro texto so7 o t6tu!o &e sens du destin rin3 1/@@ %c4o"en4auer3 com e)eito3 ana!isou a uestão da 9simu!taneidade %HM e!o causa!3 ue se nomeia acaso9 Me!4or3 re!em7ra-nos3 a!i*s3 Jung3 o grande )i!
"artir de então %c4o"en4auer a"e!a "ara a "armonia praesta!ilita, e ainda ue ; G Jung o7ser0e ue os exem"!os citados "or este !timo 9não são nem mais nem menos con0incentes do ue todos os outros93 e!e3 como se adi0in4a3 não reDeita a priori e "or essa mesma ra8ão o pressuposto transcendental. atum e "ro0id?ncia "odem ser então conce760eis se isso não )or conce7ido H de"ois3 como escre0e Jung em uma nota manuscrita não "u7!icada3 9a sincronicidade é a conseu?ncia !
camin4am no sentido de uma concepção unitária do ser inc!uindo3 de um !ado3 os as"ectos de es"aço e de tem"o e3 de outro !ado3 aue!es de causa!idade e de sincronicidade3 isso não tem nada a 0er com o materia!ismo Parece muito mais ue se desco7re aui a "ossi7i!idade de e!iminar a 4eterogeneidade radica! do o7ser0ador e da coisa o7ser0ada9 His rea!mente uma intuição de uma extrema suti!e8a ue "ode e0ocar as re)!exes re"etiti0as3 durante suas con0ersas "7!icas3 do grande s*7io ris4namurti a res"eito do "a"e! do o7ser0ador e do o7ser0ado ue cada um de n
de 0ista de )6sico e de "sic
emociona! re"resenta um "a"e! ca"ita! H!e "ode conc!uir então 9ue3 na aus?ncia de toda "ossi7i!idade de ex"!icação causa!93 é necess*rio considerar as manifestaçHes de uma ordem. Mais uma 0e8 isso nos a"roxima da Ordem maçônica ue os mem7ros 9de a0enta!9 da )am6!ia Jung rei0indica0am3 ue estes seDam de6stas ou não3 e essas 9mani)estaçes de uma ordem9 "ro0a0e!mente su"erior ue Jung uer recon4ecer uando a7andona a 4a7itua! ex"!icação causa! dos )atos Hssa ordem3 essa direção ta!0e8 sincera53 esse sentido unit*rio e "!eno ue3 muitas 0e8es3 com insist?ncia3 é ex"resso "e!as coincid?ncias mais imediatamente sur"reendentes3 entram em ressonFncia com o uni0erso e a )i!oso)ia maçenri Tort-Nougu_s39@ antigo Grão-Mestre da Grande LoDa da Brança3 9a sa7edoria é conce7ida como aruiteta3 artesã do ;osmos3 )oi e!a uem conce7eu e organi8ou o mundo + maneira de um demiurgo9 Mais uma 0e83 Jung a"arece aui 7em "r
Capítulo XX @Tort>No$!$7s, 0enri. L&ordre ma*onni(ue. Éditions G$5 Tr=daniel, 199H.
8reud e ung! Boa( e a5uim$ Antes de tentar se "roDetar no )uturo3 em sua imensidão descon4ecida3 e "ressentir aui!o ue a o7ra de Jung trar* ao nosso sécu!o KK ainda na in)Fncia3 "arece o"ortuno esta7e!ecer um 7a!anço so7re as correntes de "ensamento ue aduiriram )orça desde a morte do criador da "sico!ogia das "ro)unde8as3 em = de Dun4o de 1/=13 em sua casa de ]snac4t3 com a idade canônica de @= anos Na rea!idade3 ainda 4oDe3 existem muitas maneiras de !er e de re!er o tra7a!4o de Jung *rias a7ordagens a )im de discernir seus )rutos3 isto é: as 4eranças3 ou me!4or3 a 4erança "!ura! Lem7remo-nos do ue D* di8ia o soci
H!e a uti!i8a como o "rinc6"io mesmo da concorr?nciaR e!a re"resenta em seu estado idea! o "a"e! ue "ode re"resentar3 em um estado rea!3 uma o"osição ati0a e inte!igente9 Hn)im3 a papillonne, ue não se 0incu!a de)initi0amente a nen4um gru"o3 9uer ex"erimentar tudo3 des)rutar tudo3 todas as idéias e "ra8eresR e!a é ao mesmo tem"o irônica e conci!iadora9 Assim "ode-se re0isitar3 a "artir dos tr?s critérios di)erentes3 a o7ra de transdisci"!inaridades de Jung Pode-se a"enas )icar entusiasmado3 com e)eito3 e com"arti!4ar com outro essa admiração3 ao reca"itu!ar os di)erentes Fngu!os de sua 0isão do mundo3 0isão g!o7a! i!ustrada "e!os conceitos ue acrescentam energia + ati0idade 4umana em todas as direçes do sa7er3 ou uase Os )atos )a!am com e!ou?ncia Nos !timos 2' anos do sécu!o KK3 com esse o!4ar 9"
"ersona!idades exce"cionais como Mic4e! $andom3 Marie-Made!eine #a0Q3 Arnaud #esDardins3 ,asara7 Nico!escu3 %té"4ane Lu"asco3 Jacue!ine e!en3 ou ainda os "oetas $o7erto Juarro8 e Mic4e! ;arnus 7usca a reconci!iação dos dois contr*rios a"arentes ue são ;i?ncia e ;onsci?ncia H!e de)ende uma 4o!6stica am"!a e conuistadora3 e não esuece do retorno sa!0ador de uma no0a tomada de consci?ncia em esca!a "!anet*ria3 sem"re se co!ocando3 de maneira dec!arada ou dissimu!ada3 so7 a !u8 de ; G JungS #a mesma maneira3 essa moda de )im de sécu!o ue im"u!siona o Ocidente a reencontrar as sa7edorias e o con4ecimento do Oriente "or meio do estudo3 muitas 0e8es3 entusiasmado3 +s 0e8es3 ing?nuo3 das grandes m6sticas do "assado ue seDam cristãs3 7udistas3 su)is ou outras3 re)ere-se muitas 0e8es a e!e Pode-se mesmo di8er ue é so7 a in)!u?ncia direta ou indireta do "ensamento Dunguiano ue nos comunicamos a "artir dos anos de 1/.' com todas essas correntes de "ensamento3 muitas 0e8es3 orientais3 ue rei0indicam a 7usca da tota!idade %eguindo o exem"!o de Jung3 ex"!ora-se !ogicamente a ,67!ia sem se exas"erar com as rigide8es teo!
dos mori7undos3 a nature8a do es"6rito e do Uni0erso O Ocidente se inc!ina so7re os 97ardos93 Dustamente3 esses estados de consci?ncia a", e ninguém se esuece de ue o "r<"rio Jung descre0e ta! a0entura nos con)ins do inacess60e! em sua 7iogra)ia Pratica-se Yoga e Wen3 inc!usi0e na Huro"a Hncontram-se os ensinamentos do Tao e mesmo as adi0in4açes do ;4ing Não mais se desden4am a A!uimia e seus s6m7o!os signi)icantes Pe!o contr*rio3 reedita-se Bu!cane!!i/ + som7ra do mistério das catedrais es"erando com"reender a inter"retação esotérica dos s6m7o!os 4erméticos da Grande O7ra #ecreta-se crucia! a "assagem da era de Peixes + era de Au*rio3 como )a8 Jung em 0*rias ocasies $ecordam-se do )amoso 9sentimento oceFnico9 de $omain $o!!and ue 0ai ao encontro da "resença de a!i3 a 9Mãe di0ina9 de $ama ris4na Liga-se o in)initamente "eueno e o in)initamente grande ao "onto ômega de Tei!4ard de ;4ardin3 e0ocando-se3 sem d0ida3 ue ; G Jung !ia o autor de &a messe sur le monde a!gumas 4oras antes de )a!ecer ai-se +s 0e8es a Auro0i!!e3 na casa de %ri Auro7indo3 Mãe e %at"rem3 na es"erança !ouca de im"edir ue suas "r<"rias cé!u!as se destruam S H então3 uando se deseDa encarnar uma corrente / s )$lcanelli. Le mst0re des cathédrales. Éditions Pa$3ert, 19I.
es"iritua! sem guru nem ;atecismo "ara seguir3 sem #eus 0i0o "ara 0enerar3 segue-se a revolução do silêncio de ris4namurti Cuer se escutar o dito si!?ncio3 a nature8a3 suas corres"ond?ncias3 deixar "ara tr*s de si o medo "ara emergir o amor Tornam-se de 7oa 0ontade ade"tos do 9deixa "ara !*9 em 7usca de con0erg?ncias in0is60eis3 de "aradigmas inéditos Hn)im3 ex"!ora-se mais do ue nunca os grandes mitos e os s6m7o!os da 4umanidade em ad0ir Assim3 a!gumas o7ras cu!tas de Mircea H!iade3 de Gi!7ert #urand3 de Hdgar Morin3 tornam-se sucessos de !i0raria + maneira do com"!exo *éponse ; o!, de Jung3 ue é incessantemente re"u7!icado Nesse es"6rito3 o teu!in3=1 uma 9m6stica se!0agem93 se!0agem "orue o 9numinoso9 de Jung3 de a!guma )orma3 "ro0ém de im"ro0iso #e )ato3 caso se 1!or!oleteie1 acima do atanor im"re0isto )ormado "e!a o7ra de Jung3 sem )a!ar daue!a de sua 9"rosseguidora93 a minuciosa Marie-Louise 0on Bran83 caso se 0ire e se re0ire em torno desse estran4o reser0at
7igures mthi(ues et visages de l&oeuvre. Éditions
%er!
do ser termine na "ers"ecti0a de um sa!er a!soluto ue 0ai ao encontro da ideia de um erudito e"istemo!
romancista >ermann >esse em 0arcisse et olmund, !i0ro citado a esse res"eito "or Mic4e! ;a8ena0e durante uma contri7uição em um co!<uio em 1//& na %or7onne3 intitu!ado 6arl ustav Jung prop"Cte du 10ouvel Kge1L 'llusion ou émergence d3une nouvelle conscienceL1. Mic4e! ;a8ena0e3 como )i!
essa maneira ue se tem de se reprocriar no interior3 e eu diria no mais 6ntimo de n, ue reco!oca no "rimeiro "!ano a )unção re!igiosa3 se resguarda de nos con0erter a uma re!igião 7em de)inida Não se trata de )orma a!guma3 "ara o autor3 de Ps=c"ologie et religion, de nos ensinar este ou aue!e ;atecismo3 este ou aue!e dogma3 mas3 ao contr*rio3 de nos condu8ir em um tra7a!4o intros"ecti0o em continuum. O "siuiatra não "recisa de a0enta! ornado "ara nos !e0ar a um camin4o de indi0iduação H!e nos o)erece "er6odos de iniciação ue de0em ser "assados 9"ara c4egar a se encontrar em sua 0erdadeira dimensão e na 0erdadeira cor de sua a!ma93 nos di8 tão "oeticamente Mic4e! ;a8ena0e Assim3 eis3 misteriosamente retornado3 o Tem"!o no "rimeiro "!ano de nossas re)!exes e imagin*rio %a!demos o retorno do reca!ue )ami!iar de ; G Jung His no0amente3 radiante3 a c4a0e ocu!ta e de"ois reencontrada desta "resente o7ra Ousemos reco!oc*-!o + !u8 do %o! "ara me!4or ue7rar seu segredo, de uma 0e8 "or todas3 a )im de o)erecer3 ta!0e83 "or meio do 9Mestre9 de Wuriue e graças a e!e3 toda uma "ro"osição de "ro"ed?utica3 a todos e para todos. Não se trata então de 1vulgari7ar1 a "ostura das crianças da 0i0a u!gari8*-!a seria desnatur*-!a até a morte Mas a "ro"osta é de trans)ormar a Maçonaria uni0ersa! 9"e!a "arte de cima93 dando!4e uma certa ins"iração ana!6tica e ue7rando
dessa )orma3 e de uma 0e8 "or todas3 suas "retenses e!itistas3 "ara não di8er des"re8i0e!mente 4omeost*ticas Mas como agir e re)ormar de )orma Dusta e de acordo com a euidade5 ;omo "ri0i!egiar a p"ilosop"ia perennis sem cair em um arca6smo !imitado5 ;omo "raticar uma a7ertura "ara o )uturo ue não seDa de )orma a!guma uma )erida3 mas uma Dane!a5 Não nos arriscar6amos destruir do interior a Maçonaria tradiciona! de maneira radica! ao uerer com"!etar o ue !4e resta de ritos inici*ticos 9a desco7erto9 "or um 9ensino9 9a desco7erto9 das conce"çes maiores do método ana!6tico5 %eria o"ortuno acrescentar +s )erramentas de 7ase da sim7