ESTADO DA PARAÍBA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA ESCOLA ESTADUAL DE CURSO NORMAL EM NÍVEL MÉDIO SÃO JOSÉ
Educação Inclusiva: uma perspectiva de mudança no âmbito escolar.
Izabel Maria de Matos
São José de Piranhas – PB Dezembro de 2000
Izabel Maria de Matos
Educação Inclusiva: uma perspectiva de mudança no âmbito escolar.
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso – apresentado ao Curso de Formação de professores para para o ensino ensino Fundam Fundament ental al das das série sériess inicia iniciais is da Escola Estadual de Curso Normal em Nível Médio São São José José,, em cump cumprim rimen ento to às exig exigên ênci cias as para para a obte obtenç nção ão do títu título lo de prof profes esso sor, r, orie orient ntad adoo pela pela professora Especialista Maria de Fátima Figueirêdo de Meneses .
São José de Piranhas – PB Dezembro de 2000
Dedicatória
A Deus pela sua infinita misericórdia e aos pais e demais familiares, por ter tido paciência conosco em todas as horas que pre preci cisa sam mos, os, disp dispon ondo do do seu seu tem tempo, po, estimulando
e
acreditando
concretização concretização deste, dedicamos.
na
Agradecimentos
A Deus Por nos dar o dom de sermos capazes para desenvolvermos esta pesquisa;
Aos familiares Por fazerem parte consciente ou sem perceber, de toda esta história. Encorajando nos momentos desânimo e alegrando nas vitórias e conquistas. Por isso, a todos vocês que fazem parte das nossas vidas, muito obrigada, vocês também fazem parte desta conquista.
Aos mestres Nossa gratidão aos mestres que, pelo resultado de um esforço comum repartiram conosco os seus conhecimentos transformando nossos ideais em realizações.
Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer. Mahatma Gandhi
Resumo Esse trabalho assume a perspectiva de que a educação inclusiva é um processo em construção, não existindo um conceito inacabado do que viria a ser a sociedade inclusiva. De fato, o que existe são pessoas comprometidas com a
inclusão
e que estão trabalhando para que ela
aconte aconteça ça.. Ne Nesse sse sentid sentido, o, o presen presente te estudo estudo dirigi dirigiuu seu olhar olhar para para os entrav entraves es que são enfrentados para a efetivação de uma sociedade inclusiva, sobretudo no que diz respeito ao âmbito escolar, como o preconceito, a falta de informação da sociedade e a falta de formação dos profissionais da área da educação. Apesar dos avanços na discussão, consideramos que ainda não existe um consenso, tampouco uma ideia acabada do que viria a ser uma sociedade inclusiva; diante dessa constatação, neste trabalho defendemos que a educação inclusiva é uma prática que ainda está sendo construída, e que o “longo caminho” a ser percorrido para chegarmos à inclusão ainda não foi encontrado. De antemão, a complexidade do tema nos deixa entrever que o caminho é difícil, dada as complexidades que o envolvem como preconceitos, desconhecimento e polêmicas sobre as deficiências. A inclusão escolar causa medo, medo, incert incerteza ezass e insegu inseguran ranças ças,, sobret sobretudo udo em recém recém-lic -licen encia ciados dos que não não possue possuem m experiência e nenhuma formação a respeito da escola inclusiva. Diferentemente do princípio do que se diz “regular” em que há uma seleção de indivíduos portadores de necessidade especial na classe comum, onde o professor, na realidade, não recebe
uma
formação
na
área
de
educação
especial,
o processo de inclusão se refere basicamente a um processo educacional que visa estender ao máximo a capacidade ao aluno portador de deficiência na escola e na classe regular.
Palavras-chave: Educação, Educação, construção, inclusão, profissionais e respeito.
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................ ................................................................... .............................................. .............................9 ......9 1- UMA ABORDAGEM “LEGAL” SOBRE A EDUCAÇÃO ESPECIAL................................ ESPECIAL....................................................... .............................................. .............................................. ...........................10 ....10 1.1 - Oportunidades iguais aos educandos educandos especiais................................... especiais........................................11 .....11 1.2 - Redefinindo a Educação Inclusiva........................ Inclusiva............................................... ....................................13 .............13 2- A CONSTRUÇÃO DA INCLUSÃO NO ESPAÇO ESCOLAR................................... ESCOLAR.......................................................... .............................................. .............................................. ..........................14 ...14 2.1- A importância das interações no espaço educativo...................................1 educativo...................................166 2.2- A inclusão da educação especial especial e o papel do professor.......................... professor................................................. .............................................. .............................................. ........................................17 .................17 3- O DESAFIO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NUMA PERSPECTIVA PERSPECTIVA DE ACESSIBILIDADE..................... ACESSIBILIDADE...........................................1 ......................199 3.1- Diferenças entre Salas de Recursos e Salas de AEE..............22 4- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ...................................................... ..............................................................24 ........24 5- CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................. ..................................................................... ..........................26 ...26
INTRODUÇÃO Cientes da ideia de que educação inclusiva requer, basicamente, uma convivência passiva de todos os sujeitos que dela participam, na realidade que vivenciam, e que seja reafirm reafirmada ada nos projet projetos os edu educa cativ tivos os que a susten sustenta ta em con contex textos tos ond ondee ela é requer requerida ida,, buscamos, pela pesquisa bibliográfica e em campo, observar algumas questões. Essa escolha deve-s dev e-see ao enten entendim diment entoo de que que,, oferec oferecee meios meios para para assimi assimilar lar,, enten entender der,, não não some somente nte problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas, onde os problemas ainda não se dissiparam o suficiente. O que é, de fato, educação inclusiva? Como vêm sendo discutidos e elaborados projetos projetos educativo educativoss inclusivo inclusivoss por meio da participaç participação ão democrátic democráticaa dos envo envolvido lvidoss na escola? Como se efetivam a teoria e prática pedagógica em um sistema redutor de exclusão? Foram as questões norteadoras levantadas no estudo para orientar melhor o próprio trabalho. Para responder a essas questões esse estudo elencou como objetivo geral, compreender de que modo a questão da educação inclusiva, é tratada, discutida e fundamentada nos projetos de escola. Os objetivos específicos foram explicitados da seguinte forma: analisar a partir das ideias estudadas e analisadas, como a educação inclusiva pode ser entendida; trabalhar os problemas e entraves de uma educação inclusiva na realidade escolar.
1- UMA ABORDAGEM “LEGAL” SOBRE A EDUCAÇÃO ESPECIAL. É preciso abordar as características e os serviços de educação especial no Brasil. No entanto, nos determos mais para a escola da rede educacional de São José de Piranhas, especialmente na Escola Luís Alberto de Paiva. Os direitos individuais e coletivos garantidos pela Constituição Federal Brasileira impõem as autoridades e a sociedade como um todo, a obrigatoriedade de atingir a efetividade. Requer, portanto ações voltadas para atender alunos com necessidades educacionais especiais na Escola Luís Alberto de Paiva. As políticas da escola para a inclusão são concretizadas na forma de orientação do trabalho docente na perspectiva da diminuição gradativa da exclusão, o que beneficia não apenas alunos especiais, mas a escola como um todo. No caso da escola em estudo as aberturas vão se dando mediante a necessidade de atender uma deman demanda da de disce discente ntess que sentem sentem a necess necessida idade de de um atendi atendime mento nto edu educac cacion ional al especializado, especializado, a fim de proporcionar-lhes um enriquecido conhecimento. O ensino em vista disto, deve se adaptar as necessidades especiais dos alunos ao invés de apenas buscar a adaptação dos alunos à paradigmas que concebem antecipadamente antecipadamente a respeito do ritmo e da natureza dos processos de aprendizagem. Todo esse processo de inclusão de alunos portadores de necessidades especiais é um processo amplo, cabe então à escola não privilegiar apenas um grupo, ela tem e deve ter a ideia de que precisam buscar meios mais acessíveis para os alunos enfrentarem seus obstáculos, suas limitações.
1.3– Oportunidades iguais aos educandos especiais. Todos os portadores de deficiência têm que ter os mesmos benefícios oferecidos aos demais educan edu candos dos,, permi permitind tindoo que que todos todos os alunos alunos de uma uma comuni comunida dade de indepe independe ndente nte de suas suas necessidades educacionais especiais, tenham o mesmo direito de acesso à escolarização, com o grupo de sua faixa etária e que a escola contribua, exerça seu papel na dificuldade desse aluno, acolhendo-o e valorizando as diferenças que cada um tem e que necessita de um bom atendimento, tanto da parte da escola e do professor, que deve ser capacitado para atender melhor as necessidades priorizadas para cada tipo de deficiência que cada um desses alunos necessita, desses meios educacionais. educacionais. O movimento mundial contra preconceitos, práticas discriminatórias aceleram-se criando alternativas para superá-las. A educação inclusiva ganhou grande avanço na convenção da organização dos estados americanos nos quais se criou um texto denominado Convenção da Guatemala, promulgada no Brasil, afirma que: As pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos que as dem demais ais pess pessoa oas, s, defi defini nido do como como disc discri rim minaç inação ão com com base base na deficiência, toda diferenciação à exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e suas liberdades l iberdades fundamentais.
Com a promul promulga gação ção desse desse decret decretoo hou houve ve um avanço avanço na edu educa caçã ção, o, possi possibil bilita itando ndo uma uma reinterpretação da educação especial. Portanto, documentos como Leis, Decretos , Estatutos, Portaria, Planos de Desenvolvimento da Educação, foram criados para garantir os direitos dos alunos especiais. Cabe aos educadores, profissionais da educação e a comunidade porem em práti prática ca esses esses direit direitos, os, imped impedind indoo e aboli abolindo ndo qua qualqu lquer er forma forma de discri discrimi minaç nação, ão, seja seja por origem, raça, sexo, cor, idade, etc. Ao proporcionar o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtorno transtornoss globais globais do desenvolv desenvolvimen imento to e altas altas habilidad habilidades/s es/superd uperdotaç otações, ões, garantind garantindoo a acessibilidade para interação conjuntiva na classe comum, ressaltam-se a significância de “promover o bem de todos”, descrito na Constituição Federal de 1988. A LDB deixa deixa bem claro que o aluno especia especiall tem o direito direito garantido garantido de freqüentar freqüentar salas de AEE, mas não deve desconsiderar a permanência em uma sala de aula regular, pois é neste meio que ele vai desenvolver a habilidade de interação com alunos sem deficiência. Dessa maneira, a educação especial vai assim atuar de forma articulada com toda a escola de maneira ampla. Baseado nos pressupostos legais da Constituição Federal de 1988, o artigo,
205, prevê que a educação é como direito de todos garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.
Promover o acesso de acordo com a Política Nacional de Educação na Perspectiva de Educação Inclusiva deve ser política inclusiva do governo e consequentemente das escolas, pois a legislação brasileira é clara e objetiva quando relata que se deve garantir a continuidade da esco escola lariz rizaç ação ão dos dos alun alunos os espe especi ciai aiss nos nos níve níveis is mais mais elev elevad ados os de ensi ensino no e aind aindaa a transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior, mas para que isso aconteça deve investir no acesso e permanência dos mesmos, desde a educação infantil e séries iniciais.
1.4– Redefinindo a Educação Inclusiva. Se tem discutido bastante sobre questões que envolvem a Educação Inclusiva. A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394-96, prescreve em seu texto a defesa do “pluralismo de ideias e respeito às concepções pedagógicas” (Título II, Art.3º, III), e nos Parâmetros Curriculares da Educação Nacional, os PCNS, é que fica mais evidenciado o termo pluralismo cultural como tema transversal, assegurando que a partir da diversidade, ou dos excluídos socialmente, deve-se ter a mesma igualdade de oportunidades educacionais, ou seja, a já proclamada, historicamente, educação para todos. Para alguns educadores, fatores como evasão, reprovação, relacionados ao fracasso escolar, mas que impõe ao aluno situação constrangedora de repetência, são considerados apenas como acontecimentos naturais. Vale ressaltar que tais fatores são relacionados ao processo de exclusão. Quando se trabalha na perspectiva da inclusão esses problemas são amenizados e passa a considerar suas especificidades. especificidades. Ainda pode-se considerar como aspectos excludentes alguns métodos avaliativos ultrapassados, a forma como os conteúdos são ministrados, assim como como plane planejam jamen entos tos basea baseados dos em curríc currículo uloss descri descritos tos em manua manuais is de livros livros didáti didático cos, s, desconsiderando desconsiderando a realidade da sala de aula. Então para tais alunos que passam por essas situações é necessário que haja uma intervenção que vá desde o Projeto Pedagógico das escolas até as práticas em sala de aula, que contemplem muita compreensão, ações interativas entre os professores, a escola e os próprios cole colega gass de clas classe se,, poss possib ibil ilit itan ando do aos aos alun alunos os porta portado dore ress de nece necess ssid idad ades es espe especi ciai aiss a participação nas atividades escolares previstas na Proposta Política Pedagógica da escola, mas que que leve leve em cons consid ider eraç ação ão as suas suas lim limitaç itaçõe õess e ao mesm mesmoo temp tempoo valo valori riza zand ndoo seu seu desenvolvimento na aprendizagem e o seu potencial prévio, igualando-os aos demais quanto aos direitos, deveres e valores.
2- A CONSTRUÇÃO DA INCLUSÃO NO ESPAÇO ESCOLAR. A inclusão escolar constitui uma proposta que representa valores simbólicos importantes, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades educacionais para todos, mas encontra ainda sérias resistências, que se manifestam ao contrário da ideia de que todos devem dev em ter acesso acesso garan garantid tidoo à escola escola.. A dignid dignidade ade,, os direit direitos os indivi individua duais is e colet coletivo ivoss garant garantido idoss pela pela Con Consti stitui tuiçã çãoo Federa Federall impõem impõem às autori autoridad dades es e a socied sociedade ade brasil brasileir eiraa a obrigatori obrigatoriedad edadee de efetivar efetivar essa política, política, como um direito direito público público subjetivo, subjetivo, para o qual os recursos humanos e materiais devem ser direcionados, atingindo necessariamente, toda a educação básica. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, a DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, acredita e proclama que: Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidade comunidadess acolhedora acolhedoras, s, construind construindoo uma sociedade sociedade inclusiva inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em últi últim ma inst instân ânci cia, a, o cus custo da efic eficác ácia ia de todo todo o sist sistem emaa educacional.
Quando se fala em política de inclusão de alunos que apresentem necessidades educacionais espe especi ciai aiss na rede rede regu regula larr de ensi ensino no surg surgee o desa desafio fio de reve reverr conc concei eito toss e linh linhas as de pensamentos, assim como desenvolver as habilidades de respeito as diferenças e atendimento as necessidades, resume-se em atitudes que vão além da permanência física dos alunos especiais na escola. O ato da inclusão requer ações práticas e possibilatadoras, que apoiadas numa política específica, desde o âmbito nacional. É um grande desafio a ser enfrentado para comprovar o respeito à diferença e compromisso com a promoção dos direitos humanos. Esse compromisso deve ser assumido pela escola, e é no Projeto Pedagógico que ela pode se posicionar a respeito do seu papel com uma educação que proporcione qualidade qualidade para todos. Ao assumir tais responsabilidades, a escola deverá se organizar e planejar de acordo com os objeti objetivos vos e metas metas apo aponta ntados dos no PP, como como realiz realizar ar avalia avaliação ção pedag pedagógi ógica ca daque daqueles les que apresentem necessidades necessidades educacionais especiais e identificar barreiras que estejam impedindo ou
dificultando
o
processo
educativo
em
suas
múltiplas
dimensões.
A partir da avaliação, deverá trabalhar focado no desenvolvimento e na aprendizagem do aluno, bem como na melhoria da instituição escolar, mas para que isso aconteça efetivamente, é preciso que conte com a participação de todos os profissionais que acompanham. Aos
gestor gestores es edu educac cacion ionais ais cabe cabe busca buscarr articu articular lar a intera interação ção dessa dessa equ equipe ipe,, seja seja por meio meio de parcerias e convênios entre a Secretaria de Educação ou até por ONGs ou não. A escola não pode apenas oferecer atendimento especializado ‘entre quatro paredes’ a esse público, mas mobilizar toda a equipe em prol de uma educação de qualidade que contemple e ponha em prática o que se diz na Legislação brasileira vigente. É a partir da avaliação realizada e das observações feitas que poderão formalizar um apoio pedagógico especializado especializado para atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos. Para aqueles alunos que apresentem dificuldades marcantes de aprendizagem ou dificuldades difere diferenc nciad iadas as dos demais demais alunos alunos,, deman demandem dem ajuda ajuda e apoio apoio intens intensoo e contí contínuo nuo e cujas cujas necessidades especiais não puderem ser atendidas em classes comuns, a equipe de avaliação poderá
encaminhar
para
atendimento
específico
em
classes
especiais.
Em suma, a escola deve identificar a melhor forma de atender às necessidades educacionais espec especiai iaiss de seus seus alunos alunos,, no proces processo so de aprend aprendiza izagem gem,, diagno diagnosti stica cando ndo sua sua realid realidade ade educacional educacional e implantando políticas de serviços e de funcionamento, principalmente dentro da comunidade escolar, favorecendo assim o sucesso escolar de todos os alunos. Sendo assim, os alunos que apresentam necessidades especiais e que requer atenção especial, podem ser atendidos de acordo com as necessidades necessidades e de maneira articulada.
2.1- A importância das interações no espaço educativo. educat ivo. O acesso dos alunos com deficiência no ensino regular é condicionado conforme (BRASIL, 1994, p.19) expressa: Ambiente dito regular de ensino/aprendizagem, no qual também são matriculados, em processo de integração instrucional, os portadores de necess necessidad idades es especi especiais ais que possue possuem m con condiç dições ões de acomp acompanh anhar ar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais.
Essas interações entre alunos portadores de necessidades especiais e alunos ditos normais, além das relações humanas, pode até proporcionar novas formas de se relacionar com a língua padrão principalmente nas funções comunicativas. Mas para que isso aconteça, depende das características da escola e, mais especialmente da equipe educadora. A proposta de um sistem sistemaa edu educa cacio cional nal inclus inclusivo ivo passa, passa, então então,, a ser perce percebid bidoo na sua dimens dimensão ão histór histórico ico,, enquanto enqu anto processo de reflexão reflexão e prática, prática, que possibilit possibilitaa efetivar efetivar mudança mudançass conceitua conceituais, is, político e pedagógicas, coerentes com o propósito de tornar efetivo o direito de todos à educação, promovendo condições de acompanhamento e desenvolvimento das atividades da escola. O desenvolvimento inclusivo da escola é compreendido como uma perspectiva ampla de reestruturação da educação, que pressupõe a articulação entre a educação especial e o ensino comum, considerando a elaboração, a disponibilização e avaliação de estratégias pedagógicas, de serviços e recursos de acessibilidade para a promoção efetiva dos direitos de todos à educação.
2.2- A inclusão da educação especial e o papel do professor. A temática mais discutida no nosso país nas últimas décadas no que se refere à Educação Especial, com certeza trata-se da inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino. Embora que por muito tempo, tal assunto tenha ficado restrito ao debate nos âmbitos educacionais, hoje se torna proposta de intervenção direcionada pela legislação vigente e ainda faz parte das políticas públicas educacionais. Os cursos de Formação de Professores deveriam conter em seus currículos essa temática, para aprendizagens que possam assegurar de forma significativa os alunos, suas famílias, seus professores, da própria escola, as atividades dentro e fora das escolas. Para tanto, o Projeto das universidades deveria também ser revestido com o compromisso político da inclusão. Seria Seria dessa dessa forma forma uma uma manei maneira ra de promo promove verr hab habili ilidad dades es políti político co-ped -pedagó agógic gicas as com os professores em prática bem resumida, de uma maneira que ao se inserir no mercado de trabalho, ou seja, nas salas de aulas, oferecerem uma educação mais conscientizadora aos seus educandos, respaldada por uma política inclusiva que é ensinar a entender e se adaptar aos valores inclusivos pela conscientização do professor nesse contexto. Para que aconteça um ensino de qualificado para crianças com necessidades especiais na perspectiva de uma educação inclusiva é preciso conscientizar e formar adequadamente e que ainda vá além da inclusão de alunos que apresentam deficiência, pois esses não são os únicos excluídos do processo educacional. Fora verificado que os profissionais em educação tem se exposto suas incapacidades em pleitear com esse público que, devido a um motivo ou outro e até mesmo de aprendizagem, são ditos fracassados na escola. Sendo assim, deprecia-se cada vez mais de um consentimento de forma geral da proposta de inclusão e a conscientização da importância de oferecimento do acesso à Educação Especial àqueles que em sua maioria tem sido excluído do sistema de ensino. Ao adotarmos a educação inclusiva estaremos desenvolvendo um trabalho preventivo a fim de talvez equiparar as oportunidades. Vale sempre destacar que a inclusão de alunos portadores de necessidades educacionais na rede regular de ensino não consiste apenas na sua permanência junto aos demais alunos, mas trata-se de uma reestruturação do sistema educacional, o que vai causar uma mudança radical para oferecer um melhor atendimento especializado a esses alunos, respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades.
3-
O
DESAFIO
DO
ATENDIMENTO
EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO NUMA PERSPECTIVA DE ACESSIBILIDADE A inclusão é uma novidade, cuja definição tem sido muito desvirtuada e uma dinâmica bem polêmica que envolve vários segmentos da educação. Para que se compreenda melhor a educação inclusiva, precisamos ter objetividade quanto a necessidade em profundas transformações no âmbito escolar, inclusive este tema já fora comentado anteriormente, que é consequência das transformações que a globalização nos impõe e gradativamente vai aumentando a exclusão. A partir de então entra o papel da escola de acolher as variadas culturas e ainda interligar a igualdade e a diferença, considerando assim os seus direito a fim de superar as diversidades entre as mesmas. Neste argumento é que aparece a perspectiva de escola inclusiva, em que todos os alunos com necessidades educacionais especiais devem ir às escolas e ser bem atendidos e bem assistidos. Portanto, a perspectiva é de organização de uma escola inclusiva que se direcione em uma política de uma escola para todos, não apenas em decretos leis ou qualquer outro regimento em papel, ou até em discursos como vemos e ouvimos, mas que desfaça com a realidade de exclusão a favor de uma escola aberta aos diferentes modos de ser e aprender dos diferentes sujeitos. Dessa maneira, o ensino em AEE é um serviço de apoio que não pode ser imposto pelo sistema de ensino como condição para aceitação da matrícula do aluno com deficiência em escola comum, resume-se em um atendimento necessariamente necessariamente diferente do ensino escolar, e é indicado para melhor suprir as necessidades e atender às especificidades dos alunos com deficiência. Então, o que seria AEE? Um serviço da Educação Especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. O AEE complementa a formação do aluno com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. É uma inovação que provoca rupturas no modelo conservador de Educação Especial, porque se cons consti titu tuii um serv serviç içoo que que comp comple leme ment ntaa o ensi ensino no comu comum m ofer oferec ecen endo do supo suport rtee para para aprendizagem do aluno favorecendo sua permanência na escola comum. Destina-se a alunos com deficiência física, deficiência intelectual, alunos com surdez, com deficiência visual, ba baixa ixa
vis visão, ão,
surd urdoce ocegue gueira ira,
habilidades/superdotaçao.
tra transto stornos rnos
glob lobais ais
do
desenv senvol olvvime imento
e
alta ltas
A partir das necessidades do aluno, o professor do AEE elabora o Plano de Atendimento Educacional Especializado junto à escola e este plano inclui ações a serem realizadas com aluno na sala multifuncional, na confecção e adaptação de material a ser utilizado na sala de aula do ensino comum e na articulação com o professor do ensino comum e com a família do aluno. É visto que a escola com uma proposta de inclusão escolar tem a sugestão de atender todas as crianças, sem qualquer exceção. Neste sentido, não se pode e nem deve determinar distinções de mane maneira ira algu alguma ma,, prin princi cipa palm lmen ente te no que que se refe refere re às cara caract cter erís ísti tica cass próp própri rias as de aprendizagem de seus alunos. Para o ensino em AEE é preciso punho e sustentação para enfrentar as fragilidades ainda existentes, inclusive garantindo a presença de professores capacitados e especializados, com form formaç ação ão inic inicia iall e cont contin inua uada da em educ educaç ação ão espe especi cial al,, para para aten atende derr aos aos alun alunos os com com Necessid Necessidades ades Educacio Educacionais nais Especial Especializada izadas. s. Assim, Assim, é necessár necessário io enfrentar enfrentar as barreiras barreiras e construir práticas pedagógicas e de gestão escolar que garanta educação de qualidade a todos. A realização do trabalho pedagógico especializado na Sala de AEE deve compor uma série de métodos peculiares, de maneira que venha a ampliar os processos motores, sócio-afetivoemocionais e cognitivos do aluno. O professor deve elaborar o planejamento pedagógico de cada aluno, ou seja, individual, com metodologia e estratégias diferenciadas para atender as necessidades de cada aluno.
3.1- Diferenças entre Salas de Recursos e Salas de AEE A diferença efetiva entre Sala de Recursos e Sala de Recursos Multifuncionais é observada pelo que se refere à clientela de alunos, estrutura da sala e formação do professor. A Sala de AEE atende alunos: Cegos, Surdos, com Deficiência Mental/Intelectual, enquanto a Sala de Recursos, não atende alunos cegos e surdos, pois estes são atendidos em outros programas específicos para suas necessidades necessidades especiais. A Sala de Recursos atende alunos com Deficiência Mental/Intelectual. Na Sala de Recursos é a escola onde ela está inserida, quem deve oferecer os materiais necessários como materiais pedag pedagógi ógicos cos muito muito simple simpless e ainda ainda muitos muitos deles deles são confe confecci cciona onados dos pelas pelas própri próprias as professoras dessas salas ou comprados pela própria escola. Já as Salas de AEE recebem muitos materiais, inclusive computadores e mobiliário adaptado, do governo federal. A Sala de Recursos deve está apta para atender pedagogicamente a alunos com necessidades educativas especiais. Avaliando cada um, atendendo-os individualmente e dando apoio aos professores e pais que atuam diretamente com as dificuldades de cada um dos alunos. O público-alvo da Sala de Recursos, dita por alguns educadores de “comum”, podem ser alunos com: com: dist distúr úrbi bios os de apre aprend ndiz izag agem em,, disl dislex exia ia (difi (dificu culd ldad adee na área área da leit leitur ura, a, escr escrit itaa e soletração), discalculia (impossibilidade de executar operações matemáticas), disortografia (caracteriza-se por troca de fonemas na escrita, junção ou separação indevidas das palavras, confusão de sílabas, omissões de letras e inversões e ainda não consegue perceber parágrafos, acentuação e pontuação), disgrafia( dificuldades na estética da escrita); transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e deficiência intelectual. Diferentemente das Salas de Recursos, as Salas de AEE não tem o compromisso substitutivo do Ensino Regular, pelo contrário para frequentar a sala de AEE é indispensável que a família apresente a matrícula do aluno das Classes do Ensino Regular. A Sala de AEE tem o caráter complementar e suplementar de acessibilidade dos seus alunos ao conhecimento contribuindo para a eliminação de barreiras objetivas tanto do espaço físico como de materiais e métodos necessário ao acesso ao conhecimento. conhecimento.
4- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO O fornecime fornecimento nto de estruturas estruturas básicas como reestrutu reestruturaçã raçãoo de programa programass educacio educacionais nais e formação formação continua continuada da aos professore professores, s, dentre dentre outras outras ações ações e diretrizes diretrizes deverão deverão enfatiza enfatizar r amplos princípios e processos de ensino/aprendizagem. ensino/aprendizagem. Para isso, será necessário decompor decompor e desaprender certos preconceitos e mitos já construídos a respeito daqueles considerados impedidos ou incapazes de aprender. Mediante o exposto, a escola deverá propor alternativas e soluções, implantando diversas formas para lidar com as diferenças. Alunos, professores, técnicos, especialistas, pais, agentes do poder público e comunidade, ou seja, todos os envolvidos no processo, devem adotar o comp compro romi miss ssoo da desc descon onst stru ruçã çãoo e impl implan anta taçã çãoo da polí polític ticaa educ educat ativ ivaa da incl inclus usão ão.. A contribuição de um profissional capacitado é essencial e obrigatória dentro dos padrões que determina o MEC/SEESP, 1994: Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua forma formação ção,, inicia iniciall e con continu tinuada ada,, con conhec hecime imento ntoss gerais gerais para para o exercí exercício cio da doc docênc ência ia e con conhec hecime imento ntoss específ específico icoss da área. área. Essa Essa formaç formação ão possib possibili ilita ta a sua atuaçã atuaçãoo no atend atendime imento nto edu educac cacion ional al especi especializ alizado ado,, aprofu aprofund ndaa o caráte caráterr intera interativ tivoo e interd interdisc iscipl iplina inarr da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessi acessibil bilida idade de das instit instituiçõ uições es de edu educaç cação ão superi superior, or, nas classe classess hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de educação especial.
Precisa adotar programas de capacitação, supervisão e avaliação que sejam realizados de forma integrada e permanente. A formação implica um processo contínuo que precisa ir além da presença de professores em cursos que visem mudar sua ação no processo ensinoaprendizagem. O professor precisa ser auxiliado no que diz respeito à reflexão sobre a sua prática, de sua ação, buscando aprimorar o ensino oferecido em sala de aula. Na inclusão educacional, torna-se necessário o envolvimento de todos os membros da equipe escolar no planejamento de ações e programas voltados à temática. Docentes, diretores e funcionários apresentam papéis específicos, mas precisam agir coletivamente para que a inclusão escolar seja seja efetiv efetivad adaa nas nas escol escolas. as. Por outro outro lado, lado, tornatorna-se se essen essencia ciall que esses esses agente agentess dêem dêem continuidade ao desenvolvimento profissional e ao aprofundamento de estudos, visando à
melhoria do sistema educacional. No que se refere aos diretores, cabe a eles tomar as providências correspondentes e essenciais para efetivar a construção do projeto de inclusão, envolvendo-se na organização de reuniões pedagógicas, desenvolverem ações voltadas aos temas relativos à acessibilidade universal, às adaptações curriculares, bem como convocar profissionais externos para dar suporte aos docentes e às atividades programadas. Além disso, o administrador necessita ter uma liderança ativa, incentivar o desenvolvimento profissional docente e favorecer a relação entre escola e comunidade e ainda na busca da disponibilização dos meios e recursos para a integração dos alunos com necessidades especiais. especiais.
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando que a atenção dada à Educação Inclusiva ainda tem sido pouco vivenciada nas escolas atuais, buscamos apontar soluções para que essa proposta possa ser vivenciada, e para que isso aconteça precisa-se que haja interesse, novas maneiras de conhecer e assimilar técnicas educacionais dentro da escola, para que reflita na sociedade de forma positiva, pois, devemos ser sujeitos de ocorrência e não apenas de constatações. constatações. As principais análises marcaram que a educação inclusiva ainda é vista pelos profissionais envolv env olvido idoss sob difere diferente ntess aspec aspectos tos.. O posici posiciona onamen mento to da maiori maioriaa deles deles evide evidenci nciaa uma uma posição favorável à inclusão dos alunos com necessidades na educação comum, talvez pelo fato de esse tema estar sendo até observado e discutido no momento, pareceu valorizado. Docentes e diretores parecem crer que a educação inclusiva é uma proposta viável, mas que, para ser efetivada, necessita de profundas transformações na política e no sistema de ensino vigente. Os resultados mostraram que os professores estão cientes de não estarem preparados para a inclusão, não aprenderam as práticas educacionais educacionais essenciais à promoção da inclusão e precisariam do apoio de especialistas. Os participantes reconheceram a importância de uma educação democrática, que atenda à totalidade dos educandos; no entanto, apontaram que os órgãos administrativos competentes devem tomar as providências necessárias, incluindo a participação ativa de educadores, dos pais e da sociedade para proporcionar aos indivíduos com deficiências um ensino adequado às suas necessidades específicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil . Brasília: Imprensa Oficial,1988.
educativas BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994. BRASIL. Ministério da Educação. Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de
Educação Especial . Brasília: MEC/SEESP, 1994. BRASIL (1996). Ministério da Educação e do Desporto. Lei de diretrizes e bases da
educação nacional . Brasília, DF.