introdução às teorias da narrativ…
26th June 2014
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Questões da Verificação Suplementar
Queridos, Como prometido, disponibilizo a todos as questões da verificação suplementar, que deve ser respondida por todos aqueles que ficaram abaixo da linha mínima da média de desempenho global neste semestre, correspondente à nota 6,0. Para se obter aprovação neste exame suplementar (e consequentemente, no semestre), é necessário obter a nota mínima de 6,0 Estou reapresentando 4 das 9 questões que foram submetidas anteriormente durante este semestre, sendo que vcs. devem responder pelo menos duas delas, obrigatoriamente. Estas respostas devem ser enviadas em arquivo anexado a mensagem destinada a meu e-mail pessoal (
[email protected]), até a próxima quarta-feira, dia 02/07, às 20:00. Boa sorte a todos. Ad, Benjamim UNIVERSIDAD UNIVE RSIDADE E FEDERAL FLUMIN FLUMINENSE ENSE INSTITUTO DE ARTE ARTES S E COMU C OMUN NICAÇ ICAÇÃO ÃO SOCIAL SOCIAL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA Disciplina: Introdução às Teorias da Narrativa Disciplina: Introdução Narrativa (GEC 114) Professor: Benjamim Picado Horário: 2as Horário: 2as e 4as, das 14 às 16:00 Local: Sal Local: Salas as 303 – UFASA - Gragoatá VERIFICAÇÃO VERIFIC AÇÃO SUP SUPLEMEN LEMENTAR TAR
Modo de Usar: Vc. Usar: Vc. deve responder pelo pelo meno menoss duas das questõ questões es propostas. Para o correto tratamento das mesmas, valorize sua capacidade de argumentação, procurando exercitar certo distanci di stanciamento amento co com m respeito respeito ao mo modo do de exposi expo sição ção das idéi idéias as dos textos centrais da unidade (ao invés de transcrever os textos,
procure parafraseá-l parafraseá-lo o s um pouco pouco). ). No que respei respeita ta a co compreensão mpreensão dos itens da unidade, valorize um tratamento mais esquemático das idéias mais importantes, prestando sempre atenção naquilo que é especificamente pedido em cada questão. Nas perguntas de teor mais analítico (de exame de objetos), procure correlacionar os dois domínios requisitados (o da compreensão dos textos de base e o do exercí e xercíci cio o da análi análise dos do s materi mate riai aiss proposto propo stos). s). 1. Considere o seguinte past blo 1. blogging gging feito pelo jornal Folha de São Paulo , para recapitular os episódios que desfecharam o golpe militar de 1964, no seguinte link: link: http://aovivo.folha.uol.com http://aoviv o.folha.uol.com.br/2014/03/30/3145-ao .br/2014/03/30/3145-ao vivo.s vivo.shtm htmll [http://aovivo.folha.uol.com.br/2014/03/30/3145-aovivo.shtml]
Considerando estes materiais como ilustrativos dos registros narrativos do relato jornalístico, analise os elementos textuais da reportagem, tendo em vista as considerações de Gérard Genette sobre as distinções entre “narrativa” e “discurso”, assim como as observações de Paul Ricoeur sobre os entrecruzamentos dos registros narrativos narrati vos da história histó ria com com os da ficção. ficção. 2. Discorra brevemente mais com suficiência, sobre as idéias que Paul Ricoeur desenvolve em seu texto, acerca dos processos de “ficci “fi ccionali onalização zação da hist historia” oria”.. 3. Discorra breve mais suficientemente sobre os argumentos de Émile 3. Discorra Benveniste e Mikhail Bakhtin acerca dos movimentos discursivos que caracterizam a linguagem narrativa, especialmente nos aspectos da manifestação das estruturas da subjetividade que são subjacentes ao ato lingüístico da narração e da representação das ações de uma história. 4. Discorra com brevidade e suficiência sobre os modos pelos quais os 4. Discorra textos de Paul Ricoeur (“Jogos com o tempo”) e Gérard Genette (“Ordem”) exercitam teoricamente a correlação entre os regimes temporais do “discurso” narrativo e aqueles da “história” narrada. Procure fazer esta recapitulação, a partir do destaque aos conceitos centrais através dos quais estes autores correlacionam a arte do narrar e o universo factual dos eventos narrados. Bibliografia: BAKHTIN, Mikhail. “Tipologia do discurso na prosa”. In: Teoria da Literatura em suas Fontes; BENVENISTE, E. “Da subjetividade na linguagem”. In: Problemas de Lingüística Geral ; Estrutural ural da GENETTE, Gérard. “Fronteiras da narrativa”. In: Análise Estrut
Narrativa;
GENETTE, Gérard. “Ordem”. In: Discurso da Narrativa; ISER, Wolfgang. “O jogo do texto”. In: A Literatura Li teratura e o Leitor Leit or ; RICOEUR, Paul. “ Entrecruzamentos da história e da ficção”. In: Tempo e Narrativa, vol. 3; RICOEUR, Paul. “Jogos com o tempo”. In: Tempo e Narrativa Narrativa, vol. 2; RICOEUR, Paul. “O mundo do texto e o mundo do leitor”. In: Te Tempo mpo e Narrativa, vol. 3.
Postado há 26th June 2014 por 2014 por Benjamim Picado 0
26th June 2014
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Quadros de Notas Finais
Queridos, Como prometido, segue mais abaixo o quadro com as notas finais do semestre. Algumas considerações: as notas atribuídas vão apresentadas em seu valor absoluto e com o resultado da aplicação de seus pesos respectivos; as notas absolutas relativas às avaliações parciais constituem a média das duas melhores notas conseguidas por cada um de vcs. Uma última observação: nas notas atribuídas a muitos de vcs., a média finall correspondia fina correspo ndia a dois dígitos após o núme nú mero ro inteiro (após a vírgula) vírgula).. Nestes casos, para decidir sobre jogar o décimo para cima ou para baixo,adotei o critério seguinte: para quem tinha menos do que 7 faltas no semestre, nota para para cima; em caso contrário, nota para baixo. Aqueles que caíram nesta situação têm a nota final atribuída entre parênteses, na list listaa abaixo abaixo.. Por último, informo a todos aqueles que deverão realizar a verificação suplementar que as questões referentes a esta (escolhidas por mim dentre todas aquelas aplicadas durante todo o semestre, menos a que foi de resposta obrigatória da avaliação global) estarão disponíveis no blog da disciplina até amanhã, no mais tardar. Ad, Benjamim UNIVE UN IVERSIDAD RSIDADE E FEDERAL FLUMIN FLUMINENSE ENSE
INSTITUTO DE ARTES E C OMUNICAÇÃO SOCIAL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA
Disciplina : Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Professor : Benjamim Picado Horário : 2as e 4as, de 14 às 16 :00 Local : Salas 303 - IACS/UFASA (Bloco A) NOTAS FINAIS –SEMESTRE 2014/1
Nome
Parciais (x0,4)
Ana Beatriz de Araújo Andressa Teixeira Andressa Nascimento Anna Carolina Martinez Caroline Maria Vicente Dandara de Leiros Fernanda Moreira Fernando Ferreira Gabriela Braga
6,25 (2,5) 7,5 (3,0)
Iara Noronha dos Reis Igor Caldas de Souza Karine Cordeiro Laura Jodas Albano Lucas Tunes Barbosa Luis Eduardo Lima Luis Henrique Borges Luis Lessa Solha
Avaliação Global (x0,5) 6,5 (3,25)
Participação (x0,1)
Média Global
5,6 (0,56)
6,4
7,0 (3,5)
5,2 (0,52)
7,1
6,75 (2,7) 7,5 (3,0)
5,5 (2,75)
1,5 (0,15)
5,6
8,0 (4,0)
6,7 (0,67)
7,7
6,0 (2,4)
6,5 (3,25)
1,5 (0,15)
5,8
7,25 (2,9) 6,0 (2,4)
5,5 (2,75)
7,0 (0,7)
6,4
6,0 (3,0)
5,2 (0,52)
6,5 (2,6)
7,5 (3,75)
6,5 (0,65)
5,92 (5,9) 7,0
5,75 (2,3) 7,5 (3,0)
5,5 (2,75)
5,5 (0,55)
5,6
7,5 (3,75)
9,0 (0,9)
8,5
5,25 (2,1) 6,25 (2,5) 7,0 (2,8)
6,5 (3,25)
4,0 (0,4)
5,8
7,5 (3,75)
4,5 (0,45)
6,7
7,5 (3,75)
5,0 (0,5)
4,5 (1,8)
-
8,0 (0,8)
7,05 (7,0) 2,9
3,5 (1,4)
6,5 (3,25)
3,0 (0,3)
2,5 (1,0)
7,0 (3,5)
1,0 (0,1)
4,95 (4,9) 4,6
5,0 (2,0)
4,0 (2,0)
6,5 (0,65)
4,7
Marcela Costa Maria de Nazaré Marinheiro Mateus de Carvalho Mayara de Araújo Pedro Cardoso Freitas Pedro Meireles Raul de Matos Frota Victor Ferro Vitor Bavier de Souza Wellerson Pimenta
7,0 (2,8) 1,0 (0,4)
8,5 (4,25) -
6,0 (0,6) 3,7 (0,37)
7,7 0,77 (0,7)
6,25 (2,5) 7,5 (3,0)
8,0 (4,0)
2,0 (0,2)
6,7
8,0 (4,0)
5,2 (0,52)
6,5 (2,6)
6,3 (3,15)
5,5 (0,55)
5,75 (2,3) 3,0 (1,2)
8,0 (4,0)
6,5 (0,65)
-
2,0 (0,2)
7,52 (7,5) 6,36 (6,3) 6,95 (6,9) 1,4
6,25 (2,5) 7,75 (3,1) 7,5 (3,0)
7,5 (3,75)
4,5 (0,45)
6,7
8,5 (4,25)
5,5 (0,55)
7,9
6,0 (3,0)
8,5 (0,85)
7,5
Postado há 26th June 2014 por Benjamim Picado 0
19th June 2014
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Questões da Avaliação Global (e mais informações)
Queridos, Como prometido, disponibilizo de imediato as nove questões da avaliação global. Como mencionado anteriormente, duas destas questões devem ser respondidas, obrigatoriamente: uma delas de minha escolha (aquela que está destacada em negrito) e outra, da escolha de cada um de vcs. As instruções e dicas para o melhor desempenho nas respostas está, como de costume, nos "modos de usar", que antecede a formulação das questões propriamente ditas. Peço uma vez mais que leiam esta parte com muita atenção. Reitero a informação anterior de que, em caso de reapresentação de resposta já dada a alguma destas questões, peço que vcs. indiquem, se for o caso, a nota que atribuí às mesmas, quando a avaliei pela
primeira vez; não é garantia de repetição da nota na avaliação de momento, mas pode servir como parâmetro. Finalmente, informo que a data para entrega das respostas é a da noite da próxima terça-feira (24/06). As respostas devem ser enviadas para meu e-mail pessoal (
[email protected]). Boa sorte a todos. Ad, Benjamim UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ARTES E C OMUNICAÇÃO SOCIAL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA Disciplina: Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Professor: Benjamim Picado Horário: 2as e 4as, das 14 às 16:00 Local: Salas 303 – UFASA - Gragoatá AVALIAÇÃO GLOBAL
Modo de Usar: Vc. deve responder pelo menos duas das questões propostas. Para o correto tratamento das questões da prova, valorize sua capacidade de argumentação, procurando exercitar certo distanciamento com respeito ao modo de exposição das idéias dos textos centrais da unidade (ao invés de transcrever os textos, procure parafraseá-los um pouco). No que respeita a compreensão dos itens da unidade, valorize um tratamento mais esquemático das idéias mais importantes, prestando sempre atenção naquilo que é especificamente pedido em cada questão. Nas perguntas de teor mais analítico (de exame de objetos), procure correlacionar os dois domínios requisitados (o da compreensão dos textos de base e o do exercício da análise dos materiais propostos). 1. Discorra breve mas suficientemente sobre modo como Gérard Genette caracteriza em “Fronteiras da narrativa” as diferentes oposições entre termos que definem o modo como o conceito de narrativa é definido, nas suas delimitações com respeito ao “discurso”, à “imitação” e ao “relato”. 2. Considere o seguinte past blogging feito pelo jornal Folha de São Paulo , para recapitular os episódios que desfecharam o golpe militar de 1964, no seguinte link:
http://aovivo.folha.uol.com.br/2014/03/30/3145-ao vivo.shtml [http://aovivo.folha.uol.com.br/2014/03/30/3145-aovivo.shtml]
Considerando estes materiais como ilustrativos dos registros narrativos do relato jornalístico, analise os elementos textuais da reportagem, tendo em vista as considerações de Gérard Genette sobre as distinções entre “narrativa” e “discurso”, assim como as observações de Paul Ricoeur sobre os entrecruzamentos dos registros narrativos da história com os da ficção. 3. Discorra brevemente mais com suficiência, sobre as idéias que Paul Ricoeur desenvolve em seu texto, acerca dos processos de “ficcionalização da historia”. 4. Examinando com atenção os argumentos apresentados pelos textos de Umberto Eco e Roland Barthes, como vc. articularia as noções de “isotopia” narrativa e o problema da “sucessão das ações” nas formas narrativas ? Procure discorrer sobre a questão a partir das pontuações feitas pelos textos dos dois autores e recorrendo a quantos exemplos forem possíveis. 5. Discorra breve mais suficientemente sobre os argumentos de Émile Benveniste e Mikhail Bakhtin acerca dos movimentos discursivos que caracterizam a linguagem narrativa, especialmente nos aspectos da manifestação das estruturas da subjetividade que são subjacentes ao ato lingüístico da narração e da representação das ações de uma história. 6. Considere esta matéria, publicada no site do jornal Folha de São Paulo , no dia 26/05/2014, no seguinte link : http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1460357-estado-d e-saude-degenoino-piorou-na-prisao-diz-defesa.shtml [http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1460357-estado-de-saude-de-genoinopiorou-na-prisao-diz-defesa.shtml]
Como vc. considera que se coloquem na maneira de a matéria em questão tratar de seu assunto as questões das “instâncias de discurso” e de “unidade da fala”, no modo como as concebem, respectivamente, Émile Benveniste e Mikhail Bakhtin? 7. Argumente, a partir de um exame aos argumentos dos textos da unidade, sobre as relações entre os diferentes “jogos do texto”, propostos por Wolfgang Iser, e as interações entre o mundo do texto e o mundo do leitor, no modo como as explora Paul Ricoeur. 8. Considere algumas destas seqüências de testes de filmagens do filme Alien, de Ridley Scott (1979) :
http://www.youtube.com/watch?v=pg8n0auYGS4 A partir destes segmentos do filme (em especial, o intervalo entre 2:00 e 3:50), considere o modo como é produzido o suspense destas cenas, na relação com aquilo que Paul Ricoeur identifica na obra de Wolfgang Iser como sendo uma estrutura de “retenções” e “protensões” do texto narrativo, na sua relação com o horizonte da recepção e da leitura destas cenas. 9. Discorra com brevidade e suficiência sobre os modos pelos quais os textos de Paul Ricoeur (“Jogos com o tempo”) e Gérard Genette (“Ordem”) exercitam teoricamente a correlação entre os regimes temporais do “discurso” narrativo e aqueles da “história” narrada. Procure fazer esta recapitulação, a partir do destaque aos conceitos centrais através dos quais estes autores correlacionam a arte do narrar e o universo factual dos eventos narrados. Bibliografia: BARTHES, Roland. “As sucessões de ações”. In: A Aventura Semiológica; BAKHTIN, Mikhail. “Tipologia do discurso na prosa”. In: Teoria da Literatura em suas Fontes; BENVENISTE, E. “Da subjetividade na linguagem”. In: Problemas de Lingüística Geral ; ECO, U. “Estururas discursivas” e “Estruturas narrativas”. In: Lector in Fabula; GENETTE, Gérard. “Fronteiras da narrativa”. In: Análise Estrutural da Narrativa; GENETTE, Gérard. “Ordem”. In: Discurso da Narrativa; ISER, Wolfgang. “O jogo do texto”. In: A Literatura e o Leitor ; RICOEUR, Paul. “ Entrecruzamentos da história e da ficção”. In: Tempo e Narrativa, vol. 3; RICOEUR, Paul. “Jogos com o tempo”. In: Tempo e Narrativa, vol. 2; RICOEUR, Paul. “O mundo do texto e o mundo do leitor”. In: Tempo e Narrativa, vol. 3. Postado há 19th June 2014 por Benjamim Picado 0
19th June 2014
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Notas Parciais da Disciplina (antes da avaliação global)
Queridos, Como mencionado em outros momentos, disponibilizo aqui o quadro
geral das notas parciais da disciplina, levando em conta as entregas das avaliações de cada unidade e a nota referente aos critérios de participação e envolvimento. Destaco primeiramente que estas são notas absolutas, sobre as quais ainda não foram feitos os cálculos relativos à ponderação de cada uma delas: para os que ainda não sabem ou não mais se lembram, a média das avaliações parciais tem peso 4, a avaliação global tem peso 5 e os critérios de participação/envolvimento tem peso 1. Há alguns alunos que ainda não entregaram suas respostas da avaliação da 3a unidade: falo especialmente daqueles que fizeram apenas uma avaliação de unidade ou que têm média menos do que 6,0 nas duas avaliações anteriores. Peço que o façam com urgência, de modo a que possam regularizar sua situação. Ainda hoje, disponibilizarei as questões da avaliação global, com instruções e data-limite para envio das respostas. Ad, Benjamim UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ARTES E C OMUNICAÇÃO SOCIAL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA
Disciplina : Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Professor : Benjamim Picado Horário : 2as e 4as, de 14 às 16 :00 Local : Salas 303 - IACS/UFASA (Bloco A) LISTAGEM DAS NOTAS PARCIAIS –SEMESTRE 2014/1
Nome Ana Beatriz de Araújo Andressa Teixeira Andressa Nascimento Anna Carolina Martinez Caroline Maria Vicente Dandara de
1a unidade 3,5
2a Unidade 9,0
3a Unidade -
Particpação
7,0
8,0
-
5,2
4,0
7,5
6,0
1,5
3,5
7,5
7,5
6,7
3,0
7,0
5,0
1,5
6,5
8,0
-
7,0
5,6
Leiros Fernanda Moreira Fernando Ferreira Gabriela Braga Iara Noronha dos Reis Igor Caldas de Souza Karine Cordeiro Laura Jodas Albano Lucas Tunes Barbosa Luis Eduardo Lima Luis Lessa Solha Marcela Costa Maria de Nazaré Marinheiro Mateus de Carvalho Mayara de Araújo Pedro Cardoso Freitas Pedro Meireles Raul de Matos Frota Victor Ferro Vitor Bavier de Souza Wellerson Pimenta
3,5
6,0
6,0
5,2
7,0
6,0
-
6,5
5,0 7,0
6,5 8,0
4,5 -
5,5 9,0
3,5
4,5
6,0
4,0
6,5 6,5
6,0 7,5
-
4,5 5,0
9,0
-
-
8,0
2,0
-
5,0
3,0
3,0
5,0
-
6,5
3,5 -
7,0 2,0
7,0 -
6,0 3,7
6,5
-
6,0
2,0
7,5
7,5
-
5,2
6,5
6,5
6,8
5,5
3,5 2,0
7,5 4,0
4,0 -
6,5 2,0
7,5 4,5
5,5 7,0
8,5
4,5 5,5
7,5
7,5
-
8,5
Postado há 19th June 2014 por Benjamim Picado 0
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12th June 2014 Questões da 3a avaliação parcial para entregar no dia 18/06 Queridos, Como prometido, seguem as questões da avaliação parcial da 3a unidade, com algumas observações importantes para sua realização. Peço que leiam esta mensagem com atenção. Em primeiro lugar, esta avaliação deve ser respondida prioritariamente por aqueles que estiverem com média menos do que 6,0 nas duas avaliações feitas até aqui ou então aqueles que entregaram apenas uma das duas avaliações parciais: em minha contabilidade, isto monta a não mais do que 10 alunos da disciplina. Ressalvo que, ainda que o restante dos alunos matriculados que não são obrigados a responder estas questões, se assim o desejarem, podem igualmente entregar estas respostas - tendo em vista a possibilidade de melhorar seu desempenho nas avaliações parciais. Em segundo lugar, peço que leiam com atenção as instruções para as respostas às questões, procurando manter alguma autonomia de sua argumentação com respeito às afirmativas dos textos (nas questões teóricas), assim como procurando articular bem o universo conceitual dos textos da unidade com respeito ao exame dos materiais narrativos (nas questões mais analíticas). Enfim, duas informações adicionais: como podem ver no título deste post , a data para entrega das respostas a estas questões é o dia 18/06, próxima quarta-feira, até o limite das 21:00. As respostas devem ser enviadas como arquivos anexos (em pdf ou word) diretamente a meu e-mail pessoal, que é o seguinte:
[email protected] Boa sorte a todos. Ad, Benjamim UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ARTES E C OMUNICAÇÃO SOCIAL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA Disciplina: Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Professor: Benjamim Picado Horário: 2as e 4as, das 14 às 16:00 Local: Salas 303 – UFASA - Gragoatá
AVALIAÇÃO – 3a UNIDADE
Modo de Usar: Para o correto tratamento das questões da prova, valorize sua capacidade de argumentação, procurando exercitar certo distanciamento com respeito ao modo de exposição das idéias dos textos centrais da unidade (ao invés de transcrever os textos, procure parafraseá-los um pouco). No que respeita a compreensão dos itens da unidade, valorize um tratamento mais esquemático das idéias mais importantes, prestando sempre atenção naquilo que é especificamente pedido em cada questão. Nas perguntas de teor mais analítico (de exame de objetos), procure correlacionar os dois domínios requisitados (o da compreensão dos textos de base e o do exercício da interpretação dos materiais propostos). 1. Argumente, a partir de um exame aos argumentos dos textos da unidade, sobre as relações entre os diferentes “jogos do texto”, propostos por Wolfgang Iser, e as interações entre o mundo do texto e o mundo do leitor, no modo como as explora Paul Ricoeur. 2. Considere algumas destas seqüências de testes de filmagens do filme « Alien », de Ridley Scott (1979) : http://www.youtube.com/watch?v=pg8n0auYGS4 A partir destes segmentos do filme (em especial, o intervalo entre 2:00 e 3:50), considere o modo como é produzido o suspense destas cenas, na relação com aquilo que Paul Ricoeur identifica na obra de Wolfgang Iser como sendo uma estrutura de “retenções” e “protensões” do texto narrativo, na sua relação com o horizonte da recepção e da leitura destas cenas. 3. Discorra com brevidade e suficiência sobre os modos pelos quais os textos de Paul Ricoeur (“Jogos com o tempo”) e Gérard Genette (“Ordem”) exercitam teoricamente a correlação entre os regimes temporais do “discurso” narrativo e aqueles da “história” narrada. Procure fazer esta recapitulação, a partir do destaque aos conceitos centrais através dos quais estes autores correlacionam a arte do narrar e o universo factual dos eventos narrados. Bibliografia: GENETTE, Gérard. “Ordem”. In: Discurso da Narrativa; ISER, Wolfgang. “O jogo do texto”. In: A Literatura e o Leitor ; RICOEUR, Paul. “Jogos com o tempo”. In: Tempo e Narrativa, vol. 2; RICOEUR, Paul. “O mundo do texto e o mundo do leitor”. In: Tempo e Narrativa, vol. 3.
Postado há 12th June 2014 por Benjamim Picado 0
11th June 2014
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Notas da última aula do curso: Jogos com o texto e a atividade da leitura (W.Iser e P.Ricoeur)
Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Aula no 9 (09 e 11/06/2014) Os jogos do texto e o lugar da leitura: a dimensão estética do efeito e da resposta nas teorias da narrativa (P.Ricoeur e W.Iser) 1. Em uma determinada etapa da exposição anterior sobre a questão dos diferentes tipos de temporalidades que caracterizam o discurso narrativo e a história (factual ou ficcional) que é por seu intermédio contada, nos confrontamos com o caráter metafórico dos “jogos com o tempo” que definem estas mesmas relações estipuladas entre a ordem do narrado e a ordem do narrar. Na relação havida entre a atividade de narrar e o mundo das ações, descobrimos com Ricoeur que haveria um aspecto fundamental do modo como o universo de acontecimentos cotidianos ganharia a significação com a qual o atribuímos como sendo uma “história”, a seu proprio título (tanto aquela das sociedades e civilizações, quanto a nossa própria existência individual mais comezinha): este aspecto revelado pelo sentido mais lúdico da relação entre narrativa e história se definiria pela dimensão radicalmente “poética” (ou configurativa) deste aspecto da compreensão do tempo instaurado pela narrativa – isto é, o fato de que o sentido existencial que atribuímos às nossas histórias seria, em verdade, o efeito de uma “construcão narativa” dos tempos existenciais (vividos como aspectos de uma experiência individual ou universal). 2. Nesta idéia de que o tempo da história se restitui a uma matriz “poética” (isto é, essencialmente construída no discurso), cuja realidade apenas se manifesta sob o signo de uma narração, há uma ordem outra desta figuracão lúdica das relações entre temporalidades que precisaria ser trazida ao primeiro plano de nossa exposição: pois, ao estabelecer que o tempo da historia (pessoal ou universal) é da ordem de uma “produção de sentidos”, especialmente manifesta pela arte do narrar, podemos nos ver enredados numa espécie de metafísica da artisticidade da comunicação narrativa: sob uma tal concepcão, é como se a simples intenção de colocar alguma história na
ordem do sentido fosse tudo aquilo que constituísse a matriz da necessidade pela qual se implicam a positividade dos acontecimentos (vividos ou imaginados) e o fato de que esta realidade factual mesma se manifesta sob a forma de uma sucessão de eventos narrados – isto é, postos numa “ordem” temporal própria (aquela da anacronia das prolepses e analepses), implicando relações entre ações, agentes e valores, localização (presumida ou expressa) de vozes discursivas e tudo aquilo que de mais já descrevemos como característico de uma estrutura elementar da narratividade, durante toda a exposição desta segunda unidade do curso. 3. Para além deste aspecto, há ainda uma outra questão de igual importância, à qual devemos nos interrogar de saída: pois, se afirmamos na ordem do narrar o fundamento da positividade com a qual atribuímos ao histórico a densidade que ele tem na transmissão de uma série de experiências e valores (pessoais e coletivos), assim definidos como uma “história” factual, não estaríamos incorrendo numa certa indistinção ontológica daquilo que faz sentido para nós? Não estaríamos, portanto, fazendo certa equiparação entre regimes de realidade, no que respeita a fatos narrados através de uma mediação narrativa (como é o caso dos eventos aos quais se reporta o discurso jornalístico) e uma ordem de acontecimentos que não precisa manifestar-se nesta condição anterior para poder ser propriamente narrada, enquanto tal – caso do universo de factualidades que constitui o tecido de uma narrativa ficcional? A história e a ficção poderiam ser incondicionalmente assimiladas a este princípio “poético” do sentido, que atravessaria tanto as formas discursivas que se reportam à atualidade (história) quanto aquelas que se valem de uma produtividade da imaginação (ficção) ? 4. É a partir destas duas ordens de questões que se implicitam de algum modo – a saber, o de um fundamento poético da realidade histórica e a necessária indistinção que este fundamento aporta entre o que é da ordem da factualidade e o que é construído como parte de ficções - que começamos a expor os problemas que nos colocarão em face de perspectivas teóricas dos estudos da narrativa para as quais tudo isto tem a ver com o papel central que se pode atribuir aos processos da leitura (ou a seus correlatos mais profundos, tais como a “recepção” ou a “compreensão” das narrativas), definido como instância originária do sentido pelo qual a narratividade confere estrutura a nossa apreensão de tudo aquilo que é historico: em suma, compreender , interpretar , ler (e até mesmo, em última instância, ver , sentir , perceber ) constituiem-se como matrizes daquilo que a narrativa normaliza como possíveis quadros estéticos de uma experiência do tempo que se infunde aos acontecimentos, conferindo ao modo como falamos de fatos, acontecimentos e histórias o fundamento ontológico que nos faz dizer que estas são, propriamente falando, “reais”. É assim de uma abordagem estética da compreensão narrativa que desejamos falar aqui, a partir de agora.
5. Um primeiro ponto de nossa interrogação assume por objeto, portanto, o estatuto ontológico que podemos atribuir àquilo que chamamos de “fatos” históricos, com respeito a uma ordem de acontecimentos que se manifesta no corpo de uma ficção narrativa, por outro lado: segundo Ricoeur, por exemplo, o aspecto “factual” da verdade e da referência que se atribuem ao discurso da história (sobretudo quando a pensamos a partir daqueles conteúdos que se universalizam, a seu nome, como sendo a narrativa de uma origem das comunidades, por exemplo) não aporta a esta ordem da narrativa um aspecto de sua veridição que a separe, necessariamente, daquilo que é proprio à compreensão de acontecimentos fundados em atos de imaginação – como é o caso das narrativas ficcionais. De saída, aquilo que é restituído do passado dos povos ou dos indivíduos não se constitui estritamente como um “fato” que se observa, mas um “acontecimento” cuja matriz produtiva está na atividade da “rememoração” e não na do “testemunho” imediato dos sentidos: ainda segundo Ricoeur, a história se constitui sobre a pretensão de ser uma reconstrução narrativa do tempo passado, decorrente de um princípio de “representância” – definido como a exigência de um vis-àvis que caracterizaria a origem mesmo daquilo sobre o que se discursa, a saber, os acontecimentos e sua sequência.
“Dizer que certo acontecimento relatado pelo historiador pode ser observado por testemunhas do passado não rEsolve nada : o enigma da preteridade é simplesmente deslocado do acontecimento relatado para o testemunho que o relata. O ter-sido é problemático na medida exata em que não é observavel, quer se trate do ter-dio do acontecimento ou do ter-sido do testemunho. A preteridade de uma observação no passado não é observável, mas sim memorável. É para resolver este enigma que elaboramos a noçao de représentancia (…), significando com isto que as ocnstruçnoes da historia têm a ambição de ser reconstruções que respondem à exigência de um vis-à-vis.” (RICOEUR, 2012 : 267,268). 6. Não se pode supor que estas exigências que fazem a pretensão de verdade do discurso histórico estejam fundamentalmente separadas da alegada “irrealidade” do discurso ficcional ou imaginário: no corpo de uma narrativa, por outro lado, aquilo que no âmbito da história factual poderia ser observado (ainda que pela mediação do testemunho da memória), agora é uma espécie de ordem das ações que se desenha a partir de um mundo das ações, mas que dele resguarda apenas aquilo que não é puramente ordinário ou insignificante – para a ficção, é necessário que a ordem da sucessão de fatos se manifeste como “problema” ou “desafio” (nos termos de Ricoeur, como “discordância”); além disto, há o fato de que as ações que constituem o universo
ficcional implicam numa necessária transformação da vida dos agentes aí envolvidos (seja para a fortuna ou para a desgraça). Em um e em outro caso, o que incomoda Ricoeur é o fato de que a história e a fiçao se constituam como dimensões da narratividade (nas suas diferenças específicas), a partir da suposição de que ambas se definam por um tipo de universo de referência de seus respectivos discursos – a realidade como “testemunho memorial”, no caso da história, e como “reconstrução imaginária”, no caso da ficção literária. 7. Ora, quando consideramos os “entrecruzamentos entre historia e ficção” (que definem a centralidade do conceito de narrativa, tanto para a imaginação acontecimental quanto para a factualidade propriamente histórica), é para a realidade das estratégias configuradoras do tempo na textualidade narrativa que endereçamos com mais força a atenção de nossa compreensão sobre as pretensões testemunhais do relato factual da história, assim como a da reconstrução imaginária do mundo das ações na ficção: em suma, é sobre os “jogos com tempo” (na forma das “anacronias” descritas por Genette) que podemos começar a discorrer, no sentido de identificar aquilo que é comum à reconstrução ficcional e à rememoração histórica, naquilo que ambas implicam de um débito com respeito à função das narrativas nes processo. 8. Em todo este conjunto dos elementos mais gerais das formas narrativas que exploramos até aqui (sucessão das ações, definição dos agentes-valores, estabelecimento das vozes na transparência ou na opacidade das posições de discurso, ordens temporais anacrônicas do discurso e da história) exprime-se algo das teorias da narrativa que implicou uma espécie de “fechamento” da análise destas formas do narrar nas estruturas imanentes das obras ficcionais e históricas. Quando Ricoeur se aproxima criticamente das ilusões ontológicas que esforçaram-se por separar o “factual” do “imaginário”, ele abre um campo obrigatório da reflexão, pelo qual nos cumpre exercitar uma saída a este encerramento aporético que as teorias fazem sobre as estruturas puramente formais da narrativa: pois é aqui mesmo que começa a despontar a importância central das considerações sobre a mediação da leitura, no contexto de uma problematização sobre o modo como podemos fixar adequadamente este entrecruzamento necessário do factual e do ficcional.
“Por que essa mediação da leitura ? Pelo fato de que percorremos apenas metade do trajeto da aplicação ao introduzir (…) a noção do mundo do texto, implicada em qualquer experiência temporal fictícia (…). Mas deve-se reconhecer que, isolado da leitura, o mundo do texto permanece uma transcendência na imanência. Seu estatuto ontologico permanece em suspens : em excesso relativamente à estrutura, em expectativa de leitura. É somente na leitura que o dinamismo da configuração
termina seu percurso. E é para além da leitura, na ação efetiva, instruída pelas obras consagradas, que a configuração do texto se transmuta em refoguração.” (RICOEUR, 2012: 269,270). 9. É portanto pela valorização da leitura que se pode avaliar o aspecto pelo qual o sentido que caracteriza a presentificação de um tempo vivido na história contada se assume como propriedade comunicacional da narrativa, como entidade de um sentido apreendido na sua recepção: é neste âmbito que podemos justificar, finalmente, que a estruturação do sentido que caracteriza a ordem temporal na qual a narrativa apresenta os fatos e sua sucessão experimentam a eficácia que lhe é própria; é, finalmente no âmbito da recepção que se pode valorizar a dimensão “estética” desta experiência do tempo que é própria tanto à ficção quanto ao relato histórico, pois é pela mobilização das capacidades e competências para ressentir passionalmente a evolução do tempo narrado que podemos afirmar que a construção poética do discurso narrativo se enraíza em sua própria justificação. Se as estratégias poéticas se perspectivam para o sucesso que configura a experiência do tempo narrativo na história e na ficção, isto é devido ao fato de que é na instância do leitor (ou de um tipo especial de leitor concebido pela instância da obra) que podese dizer que a narrativa “existe”, de uma maneira mais ou menos própria.
“Numa pespectiva puramente retórica, o leitor é, no limite, simultaneamente presa e vítima da estratégia fomentada pelo autor implicado, e isso tanto mais quanto mais dissimulada for essa estratégia. Precisa-se de uma outra teoria da leitura que ponha a ênfase na resposta do leitor – sua resposta aos estratagemas do autor implicado. O novo componente com que a poética se enriquece remete então mais a uma ‘estética’ do que a uma ‘retórica’, se concordarmos em devolver ao termo estética a amplitude de sentido que lhe confere a aisthésis grega, e lhe dar por tema a exploração das múltiplas maneiras como uma obra, ao agir sobre o leitor, o afeta.” (RICOEUR, 2012 : 285). 10. Ora, este aspecto central da leitura pode ser reclamado, sob dois aspectos principais: de um lado, pode-se admitir que a leitura é parte do processo histórico no qual a própria gênese do discurso narrativo está colhida, já que esta leitura é um processo necessariamente interacional – portanto, fundando em aspectos necessariamente partilhados de toda ordem de significações que possam se inscrever ao texto, tanto no âmbito das produções discursivas quanto naquele de sua própria recepção, interpretação e valorização, no decurso dos diferentes períodos e sociedades. Em várias linhagens de uma teoria estética da recepção, é esta demarcação mais histórica e social da
experiência que delimita a definicão dos papéis configuradores da leitura. De nosso ponto de vista, entretanto, preferimos valorizar aqui a dimensão na qual esta recepção é instaurada pela dinâmica dos “jogos” com os quais o texto narrativo (compreendido como conjunto de estratégias semânticas e pragmáticas) convoca seu intérprete, nas condições de um agente dos lances de interação com o texto, propostos pelo proprio texto: é nesta situação que veremos trabalhar, com muita força, determinadas linhagens das teorias estéticas contemporâneas, que se aproximam consideravelmente de uma certa “pragmática” da cooperação interpretativa, como aquela que caracteriza as abordagens semióticas da recepção em Umberto Eco, por exemplo (expressas em seus textos sobre a leitura de ficções literárias). 11. Na matriz destas abordagens mais “estéticas” das teorias da literatura, nota-se uma tese que valoriza o sentido com o qual as estruturas narrativas que constituem as obras ou os textos se manifesta por uma necessária “incompletude” – algo que talvez se reforce pelo aspecto da heterogeneidade de sua temporalidade, com respeito àquela que caracteriza a ordem histórica de sua origem ou de sua referência. Neste sentido, há um aspecto da representação dos acontecimentos na narrativa que implica uma relativa vagueza do modo como a temporalidade originária dos acontecimentos é como que atualizada ou presentificada na ordem narrativa: este aspecto “anacrônico” da relação entre o tempo da história e o tempo da narração institui lugares de uma relativa indeterminação pela qual se destaca o espaço que é próprio à atividade do leitor ou do espectador, que é frequentemente invocado a figurar para si, pela atividade em que se engaja, a sucessão dos acontecimentos e o caráter dos agentes aí empenhados pelo texto. 12. Em um segundo aspecto importante desta incompletude constitutiva da narrativa, Ricoeur destaca para nossa atenção uma dimensão da sucessão das ações que já era manifesta, no modo como a análise estrutural da narrativa em Barthes destava a economia “proairética” da representação das ações: se naquele momento, isto parecia implicar a constituição das sequências narrativas, em seu aspecto internamente problemático (sem qualquer consideração necessária sobre o modo como o leitor pode atualizar uma escolha de destinos ainda não presentificada no plano diegético), uma teoria da recepção parece transpor os limites estritos desta estrutura, para valorizar a interação mesma que o texto narrativo instaura com sua recepção possível. Assim sendo, esta manifestação problemática das ações (o aspecto potencialmente disjuntivo da apresentação de situações particularmente dramáticas de uma história) institui um outro tipo de relação com a leitura, pelo qual a apresentação de um acontecimento ou de uma sequência dos mesmos se dá sempre a partir de uma economia de reticências e de antecipações possíveis da resolução de uma situação dada, aspecto este que define o tipo de relação que o texto institui para o leitor, na forma de uma interrogação
sobre a resolução das ações, assim como as diversas temporalidades em que isto se resolve.
“Ora, esse jogo de retenções e protensões só funciona no texto se for assumido pelo leitor, que o acolhe no jogo de suas próprias expectativas. Mas, diferentemente do objeto percepcionado, o objeto literário não vem ‘preencher’ intuitivamente essas expectativas; pode tão somente modificá-las. Esse processo movente de modificações de expectativas constitui a concretização imagética evocada acima. Consiste em viajar ao longo do texto, em deixar ‘afundar’ na memória, abreviando-as, todas as modificações efetuadas, e em se abrir para novas expectativas, tendo em vista novas modificações. Só este processo faz do texto uma obra. A obra, poder-se-ia dizer, resulta da interação entre o texto e o leitor.” (RICOEUR, 2012 : 287). 13. A idéia mesma de que a experiência da narrativa implica uma certa métafora do caráter mais jogado destas relações propostas pelo texto (literário ou imagético) com o seu leitor, já traz consigo a suposição de que o sistema textual (e também de significações) que caracteriza a narrativa se concebe como necessariamente aberto aos processos – potencialmente indetermináveis – pelos quais o horizonte de expectativas da leitura é como que aproveitado ou oportunizado pelas relações de sentido que as narrativas buscam colocar em cena: nestes termos, a relação lúdica que examinamos anteriormente entre as duas temporalidades da história e da narrativa (o tempo narrado e o tempo do narrar) não pode ser definida estritamente como uma “representação” da cronologia histórica; o tempo pelo qual a narrativa atualiza uma dimensão possivelmente histórica dos acontecimentos (seja ela factual ou imaginária) não pode ser retida pela noção de que as narrativas “representam” este tempo, do mesmo modo que dizemos que um quadro representa uma paisagem ou um rosto; nestes termos, o tempo histórico (a temporalidade própria às coisas sobre as quais um evento é narrado) não é uma condição objetiva e anterior à qual a narrativa deve se restituir como uma espécie de modelo ou objeto, do ponto de vista de sua atualização. 14. Não sendo então da ordem de uma representação, esta relação é pensada sob o paradigma de um processo dinâmico e permanentemente contínuo, pelo qual sua referência é menos pensada em seus valores de verdade do que pelo modo como promovem as capacidades da recepção em ativá-lo, a cada ponto da interação feita através da mediação da leitura. Ao abordar estas questões, Wolfgang Iser insiste, uma vez mais, sobre a importância da imagem ou metáfora do “jogo” processual – contínuo e de temporalidade indeterminável – pelo qual esta maneira de apresentação dos eventos narrados evoca a instância central do leitor. Se o sentido do texto não procede da sua
presumida dimensão “mimética”, é a “performatividade” na qual as ações se manifestam como parte de uma narrativa (pela qual ela apresenta um problema, faz uma pergunta, propõe um testemunho, entre outras coisas) que constitui a conexão pela qual sua apresentação textual evoca um certo modo de sentir no texto a sua conexão com uma temporalidade que é constitutiva de nossa experiência dos fatos, na ordem histórica em que eles nos parecem apropriados.
“Os autores jogam com os leitores e o texto é o campo do jogo. O proprio texto é o resultado de um ato intencional pelo qual o autor se refere a intervem em um mundo existente, mas, conquanto o ato seja intencional, visa a algo que ainda não é acessível à consciência (…). Ora como o texto é ficcional, automaticamente invoca a convenção de um contrato entre autor e leitor, indicador de que o mundo textual há de ser concebido, não como realidade, mas como se fosse realidade. Assim, o que quer que seja repetido no texto não visa a denotar o mundo, mas apenas um mundo encenado.” (ISER, 2001 : 107). 15. Este processo da interação entre o leitor e o texto se define por uma dialética fundamental, decorrente do modo de apresentação da sucessão, na economia das “protensões” e “retenções” do texto: apresentado o mundo para uma leitura que visa combinar a ordem dos fatos narrados a um mundo das ações localizado na experiência, é próprio do texto narrativo exprimir sua temporalidade como aspecto não imediatamente legível da realidade, portanto propício a uma problematização que se dará na própria leitura; especialmente no caso da literatura moderna, este aspecto da dialética marca a pressuposição de uma atividade da leitura - em James Joyce, por exemplo – que é da ordem de uma permanente atenção do leitor àquilo que se apresenta sempre em estado de interrogação. Este aspecto da dialética da interação redunda numa tal indeterminabilidade do sentido da obra que configura sua significação necessariamente como sendo da ordem de uma potencial inesgotabilidade. Neste contexto, estamos no ambiente da tipologia os jogos que Iser define sob a alcunha “ Alea”:
“Sua proposta básica é a desfamiliarização, que é alcançada pela estocagem e condensação de diferentes textos, assim despojando de significado os seus segmentos respectivos e identificáveis. Pela subversão da semântica familiar, ele atinge o até entao inconcebível e frustra as expectativas guiadas pela convenção do leitor.” (ISER, 2001 : 113). 16. Ainda assim, a experiência da leitura, ao menos na perspectiva do mais individual de sua ocorrência, sempre aponta para o inverso deste “excesso de sentido”, pelo qual a obra se oferece a uma certa abertura
de suas apropriações: neste contexto aparentemente inverso ao primeiro, a interação da leitura se consuma como a concretização da “ilusão” proposta pela obra de integrar em sua prórpia totalidade a temporalidade de seu apresentar-se em narração e aquela do mudno das acões no qual se inscreve a atividade do proprio leitor. Ainda que reduzida à estrita individualidade existencial desta experiência, é este aspecto da resolução concreta do texto na leitura que manifesta a narrativa, em sua realização mais própria. Podemos dizer que, na tipologia construída por Iser, este é o modo de jogar que se define como “Mimicry ”:
“O que quer que seja denotado pelo significante ou prenunciado pelos esquemas deveria ser tomado como se fosse o que diz. Há duas razões para isto : (a) quanto mais perfeita é a ilusão, tanto mais real parece o mundo que pinta ; (b) se, no entanto, a ilusão é perfurada e assim se révéla o que é, o mundo que ele pinta se converte em um espelho que permite que o mundo referencial fora do texto seja observado.” (ISER, 2001 : 113). 17. Em seus próprios termos, e partindo das idéias da fenomenogia da leitura de Iser, Ricoeur também elabora esta dialética da interação entre texto e leitor, como uma oscilação entre a rejeição de uma configuração narrativa do mundo que seja completamente legível (caso da literatura moderna) ou então a da realização plena de uma isonomia entre as duas ordens de realidade (a do texto e a da experiência ordinária), pela qual a efetivação da leitura é valorizada no aspecto da transparência com a qual o mundo narrado aparece, como se fosse um mundo tal e qual aquele em que vivemos. Nos variados níveis desta dialética, a aobra narrativa apenas se realiza na condição de se definir pelo processo “vivo” do jogo interacional com o leitor: a vivacidade da leitura é concebida aí como parte daquilo que realiza na obra seu projeto narrativo.
“É aqui que a teoria ‘estética’ autoriza uma interpretacão da leitura sensivelmente diferente da da retórica de persuasão ; o autor que mais respeita seu leitor não é aquele que o gratifica ao preço mais baixo ; é aquele que lhe deixa mais espaço para desenvolver o jogo contrastado que acabamos de descrever. Só atinge seu leitor se, por um lado, compartilhar com ele um repertório do familiar , quanto ao gênero literário, ao tema, ao contexto social, ou mesmo historico ; e se, por outro lado, praticar uma estratégia de desfamiliarização com relação a todas as normas que a leitura crê poder facilmente reconhecer e adotar.” (RICOEUR, 2012 : 290). 18. Este princípio pelo qual o jogo de texto se constitui
necessariamente para as performances da leitura e da atualização do mundo das ações no tecido das narrações implica, de fato uma concepcão pela qual o texto narrativo se constitui essencialmente na diferença que se pode interpor entre a estrutura “poética” de sua origem intencional (o corpo narrativo é originado em um “modo de fazer mundos”) e toda a ordem das realidades às quais se reporta (a factualidade dos eventos que a constituem, seja do ponto de vista temático, seja do modo como a expressão narrativa a apresenta, nos regimes temporais que lhe são próprias). Ao performarmos um mundo narrado pela leitura, não podemos supor que as formas narrativas o representem, mas é fato que experimentamos esta interação com o textona expectativa de uma tal restituição, o que explica o caráter constitutivamente “ilusório” da experiência narrativa, dada a perspectiva de sua recepção ou leitura. Referências Bibliográficas : ISER, Wolfgang. “O jogo do texto”. In: A Lit eratura e seu Leitor . RICOEUR, Paul. “O mundo do texto e o mundo do leitor”. In : Tempo e Narrativa. 3 Leituras Recomendadas : RICOEUR, Paul. “Jogos com o tempo”. In : Tempo e Narrativa. 2.
Postado há 11th June 2014 por Benjamim Picado 0
11th June 2014
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Notas da última aula: Jogos com a ordem temporal da história e da narrativa (P.Ricoeur e G.Genette)
Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Aula no 8 (02 e 04/06/2014) Os jogos com o tempo: a ordem temporal do discurso e da história nas teorias da narrativa (G.Genette e P.Ricoeur) 1. No momento em que iniciamos esta última etapa do percurso sobre as teorias da narrativa, precisamos estabelecer as relações nas quais o exame das estruturas textuais que constituem este corpo narrativo entram em relação com aquilo que caracteriza sua dimensão mais “pragmática”, isto é : precisamos avaliar como é que todos estes aspectos que definem a arte de contar historias, em seus aspectos de
representação das ações, de ordenação seqüencial de seus elementos, de ativação de estruturas tópicas e actanciais de seu discurso, encontra-se finalmente com a instância na qual uma historia é finalmente atualizada por seu leitor, passando a constituir o objeto de uma experiência propriamente dita (incluindo aí os aspectos sensíveis e emocionais que a compõem), através dos modos como nos ligamos afetivamente a estes acontecimentos – sejam estes dados como elementos de uma construção imaginária de ficção ou como ordenação factual, própria ao historico. 2. Neste contexto, vimos na sessão anterior como é que um dos aspectos da manifestação de um registro discursivo no tecido narrativo coincide com o fato de que os tempos verbais adotados na enunciação da história podem implicar uma maior proximidade com o universo das ações e situações apresentadas na história ou então, pelo contrário, por uma menor sinalização destes efeitos da implicação da enunciação do narrador ou dos agentes inscritos à história sobre os fatos narrados. Até aqui, vislumbramos estas questões como problemas mais atinentes ao registro mais ou menos “subjetivo” do universo da historia narrada, justamente aqueles que implicitam a importancia e a influência da linguística do discurso ou as teorias da estilização da fala na prosa narrativa (como vimos nos casos de Benveniste e Bakhtin). 3. Nestes termos, é sintomático que o registro em que predomina a transparência das marcas da enunciação, conferindo plena transitividade aos modos de apresentação da história, seja aquele dos modos associados ao tempo pretérito, sobretudo o perfeito: é nestes tempos verbais que se caracteriza, para fins de nossa análise, a enunciação que está mais próxima ao registro da história ou da narratividade mais pura, aquela em que as ações se manifestam como se nada ou ninguém as conduzisse, a não ser estes aspectos puramente funcionais da conexão entre seus segmentos - como partes de uma pura causalidade do seguir-se próprio às coisas e suas relações; ora, este é também o tempo mais próprio dos momentos em que discursos como o dos acontecimentos jornalísticos procuram identificar a ordem dos eventos de todo dia, em seu aspecto de autodeterminação, sem que se possa escavar em seu trabalho de exposição as marcas de uma condução subjetiva de seu modo de ser contada. 4. No caso do uso dos verbos no presente do indicativo, há portanto uma significação que neles implica a idéia de que a instância discursiva vem ao primeiro plano em relação à narrativa. Mas há um aspecto desta significação dos tempos verbais que parece escapar ao tratamento da enunciação narrativa que é definido originariamente por uma linguística do discurso: trata-se da idéia de que esta ordenação dos eventos no presente ou no passado – e, mais ainda, a exposição das ações em uma estrutura combinada dos tempos de sua ocorrência, no contexto da história – são instâncias que moldam uma
certa compreensão do tempo que envolve a atribuição de uma significação especial, um tipo de sentido que não se encontraria originariamente na ordem exclusiva da experiência cotidiana do tempo, e que implica os modelos “poéticos” ou “configurativos” da sucessão narrativa enquanto instâncias genuinamente determinantes de um sentido temporal desta experiência. A relação entre formas narrativas e a significação temporal que lhe é subjacente é o tema que nos interessa, a partir deste momento. 5. Ao comentar a questão da divisão dos tempos verbais em sua relação com a explicitação ou não das instâncias do discurso narrativo (aspecto este que já examinamos em Genette e Benveniste), o texto de Paul Ricoeur destaca, entretanto, que os dois sistemas do trabalho da enunciação narrativa (o dos tempos verbais no pretérito e o do presente) têm relações com um aspecto da manifestação da temporalidade narrativa, em suas implicações com respeito a uma experiência do tempo cotidiano, em diversos de seus aspectos : o que se perde de vista, na perspectiva em que as teorias do discurso trabalham o problema dos tempos verbais, é que há uma significação especial a ser atribuída ao fato de que os tempos verbais se empregam em relação a uma “narrativa de acontecimento”, isto é, em relação a uma ordem das ações cuja estrutura envolva a caracterização de uma dimensão propriamente “histórica” - não apenas situada no passado ou no presente da relação entre aquilo de que se fala e o próprio ato discursivo, mas também marcada por um sentido de configuração temporal que é não apenas “fixo” em sua dimensão semântica (os conceitos de “passado”, “presente” e “futuro”, sejam eles da ordem da atualidade ou da condicionalidade), mas precisamente dinâmicos em sua modulacão narrativa (já que são acontecimentos que se dão em percurso). 6. Nestes termos, o que falta às teorias do discurso narrativo é uma maior elaboracão sobre aquilo que se compreende do passado de uma ação representada narrativamente, na sua relação com o sentido existencialmente apreendido de um acontecimento : em suma, de que modo o emprego dos verbos no passado em uma narrativa pode ser compreendido como relativo a algum aspecto do passado, enquanto “real”. A maior explicitação da instância do discurso pela adoção dos modos do presente (indicativo e contínuo) parace manifestar esta conexão entre temporalidades narrativas e existenciais, mas ainda assim, a linguística do discurso parece por demais encerrada em um sentido puramente “gramatical” de sua manifestação, como se esta forma semântica dos tempos verbais não implicasse algum tipo de correlação entre o que o texto narrativo exprime como conceituação do tempo e o nível propriamente experiencial em que o presente é assumido como parte de uma significação que se atribui através de uma inscrição das coisas ao tempo em que elas nos ocorrem. Ao estarmos diante de um acontecimento que se desenrola na continuidade de seu presente, o sentido do testemunho que reclama a
instância da enunciação explicita também uma certa relação entre o narrar e o viver o tempo , aspecto este que as teorias do discurso ignoram, segundo Ricoeur.
“Essa relação mimética entre tempo do verbo e tempo vivido não pode ser confinada ao discurso se, com os sucessores de Benveniste, interessamo-nos mais pelo papel do discurso na própria narrativa que na oposição entre discurso e narrativa. Acaso poderiam fatos passados, reais ou imaginários, ser apresentados sem intervenção de nenhum tipo de locutor da narrativa ? Os acontecimentos podem simplesmente aparecer no horizonte da história sem que ninguém fale de modo algum ? (…). Se for preciso discernir, na própria narrativa, entre a enunciação (o discurso, no sentido de Benveniste) e o enunciado (a narrativa, em Benveniste), o problema torna-se então duplo: de um lado, o problema das relações entre o tempo da enunciação e o tempo do enunciado; de outro, o problema da relação entre esses dois tempos e o tempo da vida ou da acão.” (RICOEUR, 2010 : 109) 7. Se as teorias do discurso trabalham com força a idéia de que os tempos verbais se prestam a elidir ou explicitar as instâncias enunciativas que conduzem uma história (aspecto este que manifesta o discurso narrativo como certamente fundado nas noções de uma “focalização” enunciativa, definido pelo trabalho da elocução da história), elas perdem, de fato, um dos aspectos mais importantes da manifestação desta “voz” das histórias, isto é, o fato de que os tempos verbais em que elas se exprimem acusam uma posição do discurso numa temporalidade histórica que transcende o proprio discurso – isto é, o tempo que se constitui como condição de possibilidade da própria enunciação. “Passado” e “presente” são aqui perspectivas tem porais, pelas quais se exprime o modo específico de um discurso narrativo instaurar ou “presentificar” as ações que acontecem para um leitor ou um espectador: sem o preenchimento destas condições – cuja dimensão temporal é a mais importante de todas – o sentido compreensível da história nos escapará, pois ele não se encontra fundamentalmente nos sujeitos que se actorializam na historia, seja como actantes ou como narradores, mas no fato de que estes se inscrevem no tecido textual a partir do modo como esta presentificação é significada temporalmente. 8. Nestes termos, a distinção entre “narrativa” e “discurso” se manifesta aqui num contexto em que se distingue fundamentalmente a “coisa” narrada (nos regimes próprios à transitividade da narrativa) e o “ato” de narrar (quando a voz enunciativa se torna mais explicitada): o recurso aos tempos verbais manifesta esta distinção como uma separação entre o “tempo narrado” (Erzhalte Zeit ) e o “tempo do
narrar” (Erzhaltenzeit ) - noções que Genette trabalha em seu texto, e que Ricoeur endereça à fonte de uma “poética morfológica”, na obra do teórico da literatura alemão Günther Müller. Mais uma vez, o sentido em que os tempos e modos verbais instauram a distinção entre a enunciação narrativa e a transparência com a qual a historia pode ser sentida não são possivelmente apreensíveis fora do contexto em que verbo e ação se implicam, na “ordem” temporal que instauram para a experiência: é nestas condições que a presentificação das ações numa história implica a distinção entre discurso e narrativa como pautada pelos limites entre a construção poética da temporalidade da história e o modo como esta pode ser ressentida por suas implicações com o tempo do viver. 9. Mas o entendimento da relação entre estes dois domínios da temporalidade não pode ser assumida como estritamente contínua: o tempo da vida não passa através das construções narrativas, como se fossem contíguos um ao outro, muito pelo contrario; no que respeita o trabalho da enunciação das historias, este tempo se define por uma cronologia na qual se relacionam o emprego dos elementos do narrar, próprios a seus vários meios (literários ou outros) e uma certa mediação previamente culturalizada do tempo que passa, da qual já vimos Ricoeur tratar, quando abordava os entrecruzamentos da historia e da ficção (os “conectores”, tais como o calendário, que normatiza o sentido cosmológico da passagem regular dos dias ; o relógio, que demarca as mudanças da posição relativa do sol). Veremos adiante que esta correlação entre temporalidades (a da história e a da narrativa) não se constrói sem a mediação de um ato de leitura, razão pela qual uma teoria da narrativa desta natureza sempre implicará uma espécie de perspectiva “pragmática” da análise da experiência do tempo na compreensão de histórias factuais ou ficcionais. 10. De todo modo, já vimos, há um descompasso fundamental entre estas duas ordens da temporalidade, de tal maneira que o discurso narrativo e a dimensão histórica de sua compreensão não se correspondem, em absoluto – sem contudo deixarem de se estabelecer, a partir de uma certa mutualidade estipulada entre eles. Seguindo a linha da “poética morfológica” de Müller, Ricoeur identifica o elemento fundamentalmente diferencial desta relação como pautado pelos recursos de “compressão” temporal da história no discurso: no interior de uma narrativa, a ordem dos acontecimentos é frequentemente “abreviada” em sua duração, quando se trata de saltar os tempos mortos dos eventos, fazer precipitar os desfechos ou condensar em certos acontecimentos a marca exemplar daquilo que possui uma matriz iterativa ou durativa (eventos que duram dias, semanas e meses, mas que na narrativa são sumariados numa única e breve ocorrência dramática). Nestes procedimenots já se manifesta uma relação com os tempos históricos, mas que é modulada precisamente para uma compreensão da leitura ou da fruição que
apreende destes eventos aquilo que a narrativa seleciona, separa, exclui e privilegia – não apenas em seus aspectos pontuais, mas sobretudo na modulação temporal que assumem.
“O tempo narrativo, em particular, é afetado pelo modo como a narração se estende em cenas em forma de quadros, ou se precipita de tempo forte em tempo forte (…). A distinção entre ‘cenas’ e ‘transições’ ou ‘episódios intermediários’ também não é estritamente quantitativa. Os efeitos de lentidão ou velocidade, brevidade ou espalhamento estão no limite entre o quantitativo e o qualitativo (…). A disposição das cenas, dos episódios intermediários, dos acontecimentos marcantes, das transições, não para de modular as qualidades e as extensões. A esses aspectos, somam-se as antecipações e os retrospectos, as inserções que permitem incluir vastas extensões temporais rememoradas em sequencias narrativas breves, criar um efeito de profundidade em perspectiva ao mesmo tempo que se rompe com a cronologia.” (RICOEUR, 2010: 135). 11. O aspecto metafórico do “jogo” que caracteriza estas relações entre temporalidades do narrar e do histórico revela um aspecto mais radical do modo como se implicam as narrativas e a vida comum : é neste aspecto que Ricoeur identifica a dimensão radicalmente “poética” deste aspecto da compreensão do tempo instaurado pela narrativa – é o fato de que a tarefa da narração e da história que ela constitui (pautada por todos estes aspectos da escolha que a poiésis narrativa faz sobre os elementos da evolução temporal da história) é a de instaurar esta temporalidade dramática como “sentido” daquilo que, na sua origem vivida, é essencialmente insignificante. Em suma, apenas nos restituímos a um tempo da vida que se historiciza porque mediamos as longas sucessões de ocorrências anódinas de nosso viver pelos recursos da compressão que caracterizam a poética do narrar: em suma, o tempo histórico que experimentamos como “natural” é, em verdade, constituído por atos de criação que se definem pelas operações que fazemos sobre a temporalidade linear do dia-a-dia. Não apenas há descontinuidade entre o tempo narrado e o tempo do narrar, mas o último é capaz de determinar o sentido com o qual passamos a atribuir a compreensibilidade do primeiro.
“Se podemos chamar, como Genette, ‘jogo com o tempo’ a relação entre o tempo do narrar e o tempo narrado na própria narrativa, esse jogo tem algo que está em jogo que é a vivência temporal visada pela narrativa. A tarefa da morfologia poética é mostrar a conformidade entre as relações quantitativas de tempo e as qualidades de tempo que se ligam à vida. Inversamente, essas qualidades
temporais só são exibidas através de um jogo de derivações e das inserções, sem que se inclua uma meditacão temática sobre o tempo, como em Laurence Sterne, Joseph Conrad, Thomas Mann ou Marcel Proust. O tempo fundamental continua implicado, sem tornar-se temático. Contudo, é precisamente o tempo da vida que é ‘co-determinado’ pela relação e pela tensão entre os dois tempos da narrativa e pelas ‘leis da forma’ que delas resultam.” (RICOEUR, 2010 : 136,137). 12. Esta idéia de um descompasso essencial entre a ordem da narrativa e a dos eventos contados também se constitui na base do pensmento de Gérard Genette sobre a ordem temporal constitutiva de uma história narrada: em seu Discurso da Narrativa, este aspecto de uma heterogeneidade do tempo da história e do tempo da narrativa aparece em vários momentos de sua argumentacão, desde o início do livro, quando discute precisamente a “ordem” temporal do discurso narrativo. É nestes termos que Genette define, de saída, a convivência – no interior mesmo do corpo narrativo – de duas temporalidades distintas, aquela que é originariamente manifesta das histórias contadas (ficcionais ou factuais) e aquela que é instituída pelo trabalho do discurso da narração: mais do que isto, o tempo que encontramos manifesto numa narrativa é o esforço por assimilar na ordem que lhe é própria, o tempo da história; ora, este é tanto o aspecto que confere ao narrar sua propriedade e sua força respectivas, mas também o sinal daquilo que nele define seu fracasso exemplar (a saber, o fato de que a história somente se manifesta na temporalidade própria da narração). 13. Do mesmo modo que com Ricoeur, somos aqui restituídos à dualidade entre um “tempo da história” e um “tempo da narrativa”: apenas na leitura podemos ter a impressão de uma unidade entre as temporalidades da história e do narrar, sendo que o texto narrativo, enquanto tal, se constitui fundamentalmente numa ordem temporal absolutamente própria; nestas condições, o sentido mesmo de “ordem” – explorado por Genette como um primeiro aspecto do discurso narrativo – não pode ser pensado senão na perpspectiva desta fundamental heterogeneidade de sua relação com respeito aos acontecimentos tomados em questão pelo narrar. Se confrontarmos a ordem dos acontecimentos da história com aquela que caracteriza sua organização no corpo narrativo, não constataremos uma absoluta transparência da passagem da história para o discurso, muito pelo contrário: ainda assim, é possível restituirmos a dimensão histórica de uma ordem discursiva, já que é próprio da narrativa se constituir na relação com um universo das ações minimamente compreensível e não aboslutamente arbitrário ou convencional. 14. Este aspecto da presença de uma ordem temporal histórica no
corpo narrativo é destacada por Genette não apenas como um elemento da narrativa clássica, mas de todo discurso que pretenda não deixar no vácuo a relação entre os eventos narrados e sua posição relativa no tempo da história, mesmo quando a ordem de sua apresentação não corresponda à estritra linearidade da sucessão dos eventos: nos casos em que esta ordem é invertida, por exemplo, o texto não se exime de fornecer – quando é o caso – indicadores desta inversão ou da antecipação do futuro. Como a absoluta coincidência da história e do discurso é apenas ideal (ao menos no que respeita a ordem temporal de sua manifestação), estes procedimentos não afetam a essencial “anacronia” que caracteriza a relação da narrativa com a história: Genette acompanha aqui a tradição de análise que localiza a matriz da imaginação narradora própria de nossa civilização como sendo aquela que se manifesta nas estratégias que Homero constrói para introduzir-nos ao universo poético de sua Ilíada – lançando-nos, de saída, num universo das ações em seu presente (o confronto de Aquiles e Agamenon) que transcorre como implicando uma coincidência entre discurso narrado e historia, para em seguida nos restituir a uma temporalidade anterior dos eventos, que nos seria auxiliar para a compreensão do contexto deste primeiro evento. 15. A estrutura deste modo de apresentação introduz uma descontinuidade essencial entre o modo de apresentação dos eventos narrativa e aqueles que se manifestam originariamente, na ordem histórica (ficcional ou factual) de sua ocorrência: a análise desta ordem temporal dos dois eixos do acontecimento (o da história e o de sua narração) nos fará enxergar que aquilo que a narrativa apresenta em primeiro lugar não é necessariamente o primeiro ponto dos fatos históricos; esta estrutura da anacronia fundamental das relações entre as cronologias da história e da narrativa se manifesta de formas muito variadas, seja através de retrospecções ou antecipações dos acontecimentos da fábula. Genette designa cada um destes procedimentos que fazem variar os níveis da ordem temporal da história (e que podem ter determinacões objetivas ou subjetivas) como sendo da ordem das “prolepses” e das “analepses”: no primeiro caso, trata-se de fazer o discurso narrativo antecipar momentos da história que, nesta ordem factual, encontram-se mais à frente do momento imediatamente anterior do presente da narração; as últimas, por seu turno, designam o procedimento inverso, ou seja, o de apresentar narrativamente acontecimentos que, na ordem da história, ocupavam uma posição anterior à deste segmento do discurso, no presente de sua enunciação. 16. O exame da estrutura narrativa do primeiro volume de La Recherche du Temps Perdu , de Marcel Proust (“O caminho de Swann”) revela para Genette uma manifestação fundamentalmente anacrônica da sucessão do discurso da narrativa, em relação à ordem dos eventos nela apresentados, como partes de uma história (a sucessão originárias dos eventos): Genette reconstrói as etapas de cada uma
destas sucessões como necessariamente implicadas neste aspecto genericamente anacrônico das relações do discurso com a sucessão dos eventos, mas que se manifesta por antecipação e retrospectos, pelos quais a narrativa se afasta e se aproxima dos acontecimentos que narra, deste ponto de vista de sua ordem. Ainda que a literatura moderna pareça haver exacerbado estes procedimentos a um ponto até então desconhecido, é fato que suas matrizes mais importantes ainda se restituem àquilo que vimos Homero fazer nos primeiros versos da Ilíada, aspecto este que Genette não deixa passar sem destaque.
“Essas aberturas de complexa estrutura, e como que mimando, para melhor exorcismar, a dificuldade do começo, estão aparentemente na tradição narrativa mais antiga e mais constante: notamos já a partida em caranguejo da Ilíada , e deve-se recordar aqui que a convencão do começo in medias res se acrescentou ou sobrepôs durante toda a época clássica a dos encaixes narrativos (X conta que Y conta que…), que ainda funciona, como adiante veremos (…) e que dá ao narrador tempo de colocar a voz.” (GENETTE, s/d : 44,45). 17. Se procurarmos analisar mais alguns outros aspectos da enunciação da notícia do atentado contra o presidente Kennedy, na voz do locutor do boletim da CBS News, no momento mesmo em que as primeiras informações começavam a chegar às redações do mundo inteiro, poderemos notar como é que o registro jornalístico desta história necessita freqüentemente atribuir a ordem sucessória dos eventos numa maneira de construir sua sucessão que não necessariamente coincide com aquela que é supostamente própria aos eventos, tanto no que respeita a temporalidade que o constitui, mas também para os pontos de vista que a narrativa presume instaurar, como marcas de um outro tipo de experiência do tempo: a partir do momento em que o incidente do atentato começa a ser narrado, recobra-se a ordem na qual o atentado desponta como o acontecimento em questão (“o presidente Kennedy, a primeira dama e o governador Connelly iam em comitiva, na direção do centro de Dallas…” ), já instaurando uma primeira prolepse (“…onde o presidente era aguardado para uma conferência…”), e recobrando o evento dos disparos contra o presidente, no meio do caminho (“…quando três tiros foram ouvidos”). 18. Uma vez que os eventos se configuram nesta ordem do presente, há uma espécie de retardamento da narração, pela qual certos detalhes do acontecimento podem ser narrados, como numa espécie de parêntese que se impõe à temporalidade puramente sucessória das ações (“…o presidente caiu no colo da primeira dama, com ferimentos na cabeça, enquanto o governador caiu no chão do carro, com
ferimentos no peito.”). Pode-se dizer que este regime da narracão no presente, operando esta desaceleração da sucessão, avançando sobre os detalhes da ação, instaura um efeito sobre a “amplitude” da historia, num nível de anacronia que afeta a relação do discurso com o presente das ações, não apenas como mera correspondência, mas a partir de um certo retardamento (se não de sua “ordem”, decerto de sua “duração”). A cada um dos desenvolvimentos ulteriores da historia, no processo de condução do présidente ao hospital, reproduz-se esta mesma estrutura pela qual o presente do acontecimento é retomado por esforços parentéticos de desaceleração dos eventos e pelos quais se pode narrar as impressões e relatos de pessoas importantes, quanto a aspectos da evolução dos acontecimentos. Referências Bibliográficas : GENETTE, Gérard. “Ordem”. In : Discurso da Narrativa ; RICOEUR, Paul. “Os jogos com o tempo”. In : Tempo e Narrativa. Leituras Recomendadas : ECO, Umberto. “Os bosques de Loisy”. In : Seis Passeios pelos Bosques da Ficção ; Próximas Leituras : ISER, Wolfgang. “O jogo do texto”. In: A Lit eratura e seu Leitor . RICOEUR, Paul. “O mundo do texto e o mundo do leitor”. In : Tempo e Narrativa.
Postado há 11th June 2014 por Benjamim Picado 0
5th June 2014
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AVISO: Onde encontrar "Discurso da Narrativa" para download
Queridos, Como mencionado em nosso último encontro, disponibilizo a todos um site no qual se pode encontrar o livro Discurso da Narrativa, de Gerard Genette, para download gratuito. Aqui está o link: http://minhateca.com.br/ravthallion/Documentos/Textos+e+Ebooks/Livros+e+Teses/GENETTE*2c+Gerard++Discurso+da+Narrativa,15124566.pdf ad,
Benjamim Postado há 5th June 2014 por Benjamim Picado 1
27th May 2014
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Questões da 2a Avaliação Parcial Data de entrega: 02 de junho
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ARTES E C OMUNICAÇÃO SOCIAL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA Disciplina: Introdução às Teorias da Narrativa (GEC 114) Professor: Benjamim Picado Horário: 2as e 4as, das 14 às 16:00 Local: Salas 303 – UFASA - Gragoatá AVALIAÇÃOPARCIAL - 2a UNIDADE
Modo de Usar: Vc. deve responder pelo menos duas das questões propostas. Para o correto tratamento das questões da prova, valorize sua capacidade de argumentação, procurando exercitar certo distanciamento com respeito ao modo de exposição das idéias dos textos centrais da unidade (ao invés de transcrever os textos, procure parafraseá-los um pouco). No que respeita a compreensão dos itens da unidade, valorize um tratamento mais esquemático das idéias mais importantes, prestando sempre atenção naquilo que é especificamente pedido em cada questão. Nas perguntas de teor mais analítico (de exame de objetos), procure correlacionar os dois domínios requisitados (o da compreensão dos textos de base e o do exercício da análise dos materiais propostos). 1. Examinando com atenção os argumentos apresentados pelos textos de Umberto Eco e Roland Barthes, como vc. articularia as noções de “isotopia” narrativa e o problema da “sucessão das ações” nas formas narrativas ? Procure discorrer sobre a questão a partir das pontuações feitas pelos textos dos dois autores e recorrendo a quantos exemplos forem possíveis. 2. Discorra breve mais suficientemente sobre os argumentos de Émile Benveniste e Mikhail Bakhtin acerca dos movimentos discursivos que caracterizam a linguagem narrativa, especialmente nos aspectos da manifestação das estruturas da subjetividade que são subjacentes ao
ato lingüístico da narração e da representação das ações de uma história. 3. Considere esta matéria, publicada no site do jornal Folha de São Paulo , no dia 26/05/2014, no seguinte link : http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1460357-estado-d e-saude-degenoino-piorou-na-prisao-diz-defesa.shtml [http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1460357-estado-de-saude-de-genoinopiorou-na-prisao-diz-defesa.shtml]
Como vc. considera que se coloquem na maneira de a matéria em questão tratar de seu assunto as questões das “instâncias de discurso” e de “unidade da fala”, no modo como as concebem, respectivamente, Émile Benveniste e Mikhail Bakhtin? Bibliografia: BARTHES, Roland. “As sucessões de ações”. In: A Aventura Semiológica; BAKHTIN, Mikhail. “Tipologia do discurso na prosa”. In: Teoria da Literatura em suas Fontes; BENVENISTE, E. “Da subjetividade na linguagem”. In: Problemas de Lingüística Geral; ECO, U. “Estururas discursivas” e “Estruturas narrativas”. In: Lector in Fabula;
Ad augusta per angusta Postado há 27th May 2014 por Benjamim Picado 0
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Dois exemplos de disputas 26th May 2014 polifônicas: Entrevistas no "Jornal das Seis" e no "Entre Aspas", da Globo News Queridos, Como prometido, disponibilizo a todos dois exemplos importantes de alguns dos pontos desenvolvidos na aula de hoje sobre os regimes de disputa discursiva, característicos de certas dinâmicas polifônicas que podem ocorrer, em situações de diálogo ou de entrevistas ao vivo. Trata-se de dois casos da programação telejornalística da Globo News: