NEUROFISIOLOGIA NEUROFISIOL OGIA
Professor: Dr. Rodrigo Sartório
UNIASSELVI-PÓS Programa de Pós-Graduação EAD
Editora
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Dr. Rodrigo Sartório Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Maria e Mestre em Neurociências e Comportamento pela Universidade Federal de Santa Catarina, tem doutorado em Psicobiologia pela Universidade federal do Rio Grande do Norte em
Natal, onde pesquisou o desenvolvimento do comportamento social do boto cinza, golnho muito comum no litoral brasileiro. Professor do curso
de graduação em Pedagogia nas disciplinas de Biologia da Educação e Didática do ensino de Ciências, de cursos de Psicologia com disciplinas relacionadas à Neurociências e do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Também
atua em cursos de pós-graduação em todo o sul do Brasil, nas áreas de Psicopedagogia, Educação Física, Educação Inclusiva, Neuropedagogia e consultor de secretarias estaduais e municipais de saúde e educação. Atualmente, tem se dedicado à pesquisa nas áreas de desenvolvimento do comportamento adolescente e em Psicologia Evolucionista, com publicações sobre a evolução e bases neurais da mentira e do auto-engano. Publicou artigos sobre brincadeira, cuidado parental, desenvolvimento neuromotor e, mais recentemente, sobre o cérebro e comportamento adolescente.
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ......................................................................7
CAPÍTULO 1
VIDA E APRENDIZAGEM .....................................................................9
CAPÍTULO 2
TECIDO NERVOSO E NEUROPLASTICIDADE .........................................27
CAPÍTULO 3
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NERVOSO .......................55
CAPÍTULO 4 ONTOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO ...............................................87
CAPÍTULO 5
NEUROCIÊNCIAS E EDUCAÇÃO .......................................................101
APRESENTAÇÃO Caro(a) pós-graduando(a): Apresentamos aqui, o caderno de estudos de Neurosiologia voltado
aos alunos de Pós-Graduação em Educação. Normalmente, nos currículos de educação, pouca é a ênfase dada aos aspectos biológicos relacionados ao aprendizado. Algumas escolas oferecem disciplinas de Biologia da Educação, que não raras vezes, tem em seu conteúdo elementos do ensino de biologia dos cursos de nível médio ou ainda uma biologia pobremente voltada às necessidades do educador. Os conhecimentos da biologia da educação desde Vigotsky, Walon,
Lúria, Montessory e Piaget avançaram consideravelmente nos últimos 30 anos, graças ao advento e importância dada à genética, evolução e neurociências no entendimento da natureza humana e da aprendizagem. Novas explicações e técnicas baseadas nestes estudos têm despontado na mídia e nas escolas
de formação de educadores, dando origem às disciplinas como Neurodidática, Neuropedagogia, Neurosiologia da Aprendizagem, Biologia da Educação. Por outro lado, questões antes paradigmáticas com relação ao herdado e adquiridas na aprendizagem, como por exemplo, a aparente oposição entre os contextos sócio-histórico-culturais e a genética, fomentados essencialmente
por motivos políticos ideológicos (capitalismo e a lei do mais forte x comunismo e automatismos sociais) não fazem mais sentido, cabendo agora, analisarmos até que ponto pode ser maximizado as capacidades inatas de aprendizagem dos indivíduos e facilitarmos assim, o desenvolvimento corpóreo; intelectual; ético;
emocional. Nosso primeiro capítulo diz respeito à própria natureza da aprendizagem,
que em muitos aspectos se confunde com o conceito de seres vivos; Viver é Aprender. Vamos discutir e trabalhar o conceito de seres vivos, de homeostasia, sobrevivência e perpetuação, como a evolução biológica atua sobre a aprendizagem e a maneira como nossas ideias acerca do cérebro e da aprendizagem evoluíram ao longo da história da ciência. O segundo capítulo é mais técnico, tratando basicamente das estruturas e funcionamento do tecido nervoso, das células do sistema nervoso ao potencial de ação, sinapses; e, por último da plasticidade neural. O educador pouco habituado ao estudo desta abordagem da aprendizagem deve dar igual ou maior importância
ao capítulo, pois este servirá de instrumento fundamental para o entendimento do restante do conteúdo do caderno, e ao nal dos estudos, dará um suporte para atuar de forma crítica sobre aspectos nutricionais, psicofarmacológicos e as estimulações necessárias para o bom desenvolvimento das capacidades
cognitivas. No terceiro capítulo faremos uma revisão sistemática do sistema nervoso, com ênfase às principais estruturas responsáveis pelas regulações homeostáticas e pelo aprendizado, culminando no maestro da orquestra cognitiva que é o córtex pré-frontal, passando pelos mecanismos da percepção, cognição e os
componentes motores e hormonais das respostas que o organismo oferece ao seu entorno. O quarto capítulo aborda o desenvolvimento e aprendizagem desde o momento da fecundação até a fase adulta, a forma com que o sistema nervoso vai
Neurosiologia
adquirindo, a partir de uma mente inespecíca, suas características especiais e denindo a identidade do ser, tornando mais especíco o indivíduo em termos de habilidades ao longo da vida. Faremos uma análise do desenvolvimento ontogenético; o desenvolvimento do ser ao longo da sua história de vida
individual. Nosso quinto e, último capítulo, fará referência à aplicabilidade dos conhecimentos, conceitos, teorias e formulações apresentadas anteriormente, voltados aos ambientes de aprendizagem formais e não formais, abordando questões como memória, motivação e aspectos nutricionais relacionados à aprendizagem, que constituirão nossas últimas contribuições no seu aprendizado nesse momento.
Bons estudos!
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