Goniometria – Noções gerais – gerais – 02.09.11 GONIOMETRIA Consiste na determinação da variação angular do movimento executado em articulações do corpo humano (neste caso, ombro, cotovelo, punho, quadril, escápula e coluna cervical). O equipamento utilizado é o Goniômetro, semelhante a duas réguas fixadas juntas em uma das extremidades. Este pode ser colocado aberto, em 90o ou fechado, dependendo da articulação avaliada. 1. OMBRO (goniômetro fechado) a) Flexão- extensão (0 a 180º): Posição do paciente: decúbito dorsal ou em pé, com a palma da mão anterior Braço fixo: linha lateral do tronco alinhado ao trocanter maior do fêmur com o pino na linha articular lateral do ombro Braço móvel: epicôndilo lateral do úmero b) Hiperextensão: Posição do paciente: em pé, com a palma da mão anterior Braço fixo: linha lateral do tronco alinhado ao trocanter maior do fêmur com pino na linha articular lateral do ombro Braço móvel: epicôndilo lateral do úmero c) Abdução- adução (0 a 180º): Posição do paciente: em pé ou sentado, com a palma da mão anterior Braço fixo: face lateral do tronco com o pino na linha articular posterior do ombro Braço móvel: linha posterior do braço alinhado ao epicôndilo lateral do úmero d) Rotação medial- rotação lateral (0 a 80º): Posição do paciente: decúbito dorsal ou em pé com o cotovelo e o ombro em 90º, e palma da mão voltada ao paciente Braço fixo: perpendicular ao solo com o pino no centro do olécrano Braço móvel: linha posterior do antebraço alinhado ao centro do punho 2. COTOVELO (goniômetro aberto) a) Flexão- extensão (0 a 140º): Posição do paciente: paciente sentado, com o membro superior apoiado e ombro em 90º Braço fixo: linha lateral do braço alinhado ao acrômio, com o pino no centro articular lateral do cotovelo Braço móvel: linha lateral do antebraço alinhado ao processo estilóide do rádio 3. PUNHO (goniômetro aberto) a) Flexão- extensão (0 a 90º; 70/80 a 0º): Posição do paciente: paciente sentado, com antebraço apoiado; punho e mão sem apoio Braço fixo: linha medial do antebraço alinhado ao epicôndilo medial da articulação do punho Braço móvel: quinto metacarpo alinhado ao centro da articulação metacarpofalangeana do quinto dedo b) Desvio radial- desvio ulnar (0 a 30º; 0 a 50º): Posição do paciente: sentado, com antebraço apoiado; punho e mão sem apoio Braço fixo: linha posterior do antebraço; pino no centro da face da articulação posterior do punho Braço móvel: terceiro metacarpo; terceira articulação metacarpofalangeana (alinhado ao centro da mesma) 4. QUADRIL (goniômetro aberto, fechado e em 90º) a) Flexão- extensão (0 a 120º): Posição do paciente: decúbito dorsal com membros inferiores estendidos, terminando o movimento com flexão de joelho
Braço fixo: linha lateral do tronco com o pino na face lateral da articulação do quadril Braço móvel: linha lateral da coxa alinhado ao centro do côndilo lateral do fêmur b) Hiperextensão (0 a 50º; goniômetro aberto): Posição do paciente: decúbito ventral com membros inferiores estendidos Braço fixo: linha lateral do tronco com o pino na face lateral da articulação do quadril Braço móvel: linha lateral da coxa alinhado ao centro do côndilo lateral do fêmur c) Abdução (0 a 60;º goniômetro em 90º): Posição do paciente: decúbito dorsal com MMII estendidos e rotação neutra de quadril Braço fixo: entre as espinhas ilíacas ântero- superiores com o pino na face anterior da articulação do quadril do lado testado Braço móvel: face anterior da coxa, alinhado à patela d) Adução (0 a 20º): Posição do paciente: decúbito dorsal com membro inferior estendido e rotação neutra de quadril, e membro inferior contralateral em abdução Braço fixo: entre as espinhas ilíacas ântero- superiores com o pino na face anterior da articulação do quadril do lado testado Braço móvel: face anterior da coxa, alinhado à patela e) Rotação Lateral (0 a 50o ) Posição do paciente: sentado, com quadril e coxa apoiados e joelhos, pernas e pés sem apoio. Braço fixo: perpendicular ao solo, com o pino sobre o centro da patela. Braço móvel: sobre a face anterior da perna, com o alinhamento entre os maléolos do tornozelo. f) Rotação Medial (0 a 50o) Posição do paciente: sentado, com quadril e coxa apoiados e joelhos, pernas e pés sem apoio. Braço fixo: perpendicular ao solo, com o pino sobre o centro da patela. Braço móvel: sobre a face anterior da perna, com o alinhamento entre os maléolos do tornozelo. 5. JOELHO (goniômetro aberto) a) Flexão (0 a 130o): Posição do paciente: decúbito ventral com os membros inferiores estendidos Braço fixo: sobre a linha articular lateral da coxa alinhado ao trocanter maior do fêmur, com o pino sobre o centro da face lateral da articulação do joelho Braço móvel: sobre a linha lateral da perna, alinhado ao maléolo lateral b) Extensão (0 a 130o): Posição do paciente: decúbito ventral com os membros inferiores estendidos Braço fixo: sobre a linha articular lateral da coxa alinhado ao trocanter maior do fêmur, com o pino sobre o centro da face lateral da articulação do joelho Braço móvel: sobre a linha lateral da perna, alinhado ao maléolo lateral 6. TORNOZELO a) Flexão plantar (0 a 80o): Posição do paciente: decúbito ventral com o joelho do membro inferior testado fletido Braço fixo: sobre a linha lateral da perna, com o pino sobre a face lateral da articulação do tornozelo Braço móvel: alinhado ao centro da articulação metacarpofalangeana do quinto dedo. b) Dorsoflexão (0 a 10o): Posição do paciente: decúbito ventral com o joelho fletido Braço fixo: sobre a linha lateral da perna, com o pino sobre a face lateral da articulação do tornozelo Braço móvel: alinhado ao centro da articulação metacarpofalangeana do quinto dedo. 7. ESCÁPULA (goniômetro aberto) a) Protusão- retração (goniômetro a 90º): Posição do paciente: sentado, sem apoio para dorso Braço fixo: processos espinhosos das vértebras torácicas Braço móvel: paralelo ao solo no centro do processo espinhoso da vértebra torácica- ângulo superior da escápula
b) Rotação superior- rotação inferior (goniômetro aberto): Posição do paciente: sentado, dorso sem apoio Braço fixo: pino sobre processo espinhoso da vértebra C7 e processos espinhosos das vértebras torácicas Braço móvel: na região dorsal do tórax ao longo da espinha da escápula, formando um ângulo de 90o com o ângulo superior da escápula testada. 8. COLUNA CERVICAL a) Flexão- extensão (goniômetro aberto): Posição do paciente: sentado, dorso sem apoio Braço fixo: paralelo ao solo- ângulo da mandíbula; pino alinhado ao mento Braço móvel: alinhado ao mento e ao braço fixo, paralelo ao solo b) Rotação lateral: Posição do paciente: sentado Braço fixo: paralelo ao solo, com o pino sobre o centro do crânio, no eixo sagital do corpo, alinhado ao nariz Braço móvel: alinhado ao nariz c) Inclinação lateral (goniômetro aberto): Posição do paciente: sentado; dorso sem apoio Braço fixo: pino sobre o processo espinhoso da vértebra cervical C7; sobre processos espinhosos das vértebras torácicas Braço móvel: sobre processos espinhosos das vértebras cervicais Leia no oSabeTudo.com: Goniometria – Noções gerais | oSabeTudo.com