Gentil Lopes - TEORIA DA RELATIVIDADE ONTOLOGICA E EPISTEMOLOGICA (Versão atualizada Fevereiro 2017)

TEORIA DA RELA RELATIVID TIVIDADE ADE ´ ICA ´ ONTOLOG OGIC A E EP EPIS ISTE TEM MOLOGICA

Gentil, o iconoclasta

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Contracapa

TEORIA DA RELA RELATIVID TIVIDADE ADE ´ ICA ´ ONTOLOG OGIC A E EP EPIS ISTE TEM MOLOGICA

Ontologia e Epistemologia são ao duas disciplinas (ramos) da filosofia, a ontologia diz respeito ao existir, à exi exist stˆênci encia; a; por exemplo, os númer umeros os exi exist stem em?? Deus Deus exis existe te?? O que que exis existe te?? O que sig signi nific ficaa exis existi tir? r? Esta Estass são ao questões o es do âmbito ambito da ontologia. A epistemologia se volta para a ver-

dade, pa para ra a nature natureza za (e confiab confiabili ilidad dade) e) da verda verdade. de. O que é a verdade? verdade? Existe uma verdade verdade absoluta, independent denteme emen nte do homem? homem? Po Porr que as religi religi˜ões oes defendem e vivenciam vivenciam “verdades” “verdades” contradit´ contraditória orias? s? Esta Estass são ao questões oes do âmbito ambito da epistemologia − Aqui respondidas. A Teoria da Relatividade Ontológica e Epistemológica ogica (TROE) aqui desenvolvida, nasce 100 anos depois da Teoria da Relatividade Geral de Einstein, a TROE é ainda ainda mais mais geral que a teoria de Einstein no sentido de que diz respeito a todas as disciplinas discipli nas cient´ cient´ıficas, e não ao somente à f´ısica. ca . Einstein não ao compreendeu e não ao aceit aceitou ou muita muitass das conclusões oes da então ao nascent nas centee f´ısica ısica quântica, antica, por esta mesma razão ao ele não ao poderia ter desenvolvido a TROE; por exemplo, ele acreditava numa verdade e numa realidade independentes de um “Observador” − Einstein tinha razão? ao? Gentil, o iconocla Gentil, iconoclasta: sta: Nasce Nasceu u em Boa Vista-RR, Vista-RR, em 1960; ´ e graduado em engenharia eletrônic onica a (UFPA-19 ( UFPA-1986) 86) e é mestr m estre e em mate matem´ m´ atic a (UF atica (UFSC-1 SC-1997 997). ). Atualmente ´ e professo professorr do departamento de matem´ atica atica







































´ TEORIA DA RELATIVIDADE ONTOLOGICA E ´ EPISTEMOLOGICA Gentil, o iconoclasta

1a edi¸c˜ cao aõ

Boa Vista-RR Edi¸c˜ cao aõ do autor 2016







































Copyright c 2016 Gentil Gentil Lopes Lopes da Silva Silva

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Todos Todos os direit direitos os reserv reservado ados s ao autor autor

1 ed. 2016 Site do autor email

www.profgentil.com.br → www.profgentil.com.br

→ [email protected]

Editora¸ c˜ cao a õ eletrˆ onica onica e Diagrama¸c˜ cao: a õ: Gentil Gentil Lopes Lopes da Silva Silva Gentil il Lopes Lopes da Silva Silva Capa: Gent

Ficha Ficha Catalogr´ Catalogr´ afica S586 S586d d

Silv Silva, a, Gent Gentil il Lope Lopes s da Teoria Teoria da Relativida Relatividade de Ontol´ Ontol´ ogica e Epistemol´ ogi o gica. ca. / Gentil Gentil Lopes Lopes da Silva. Silva.--- 1.ed. 1.ed. Boa Boa Vista, Vista, 2016 2016 p. il. E-book x, 166 p. [Pseud^ onimo: o nimo: Gentil Gentil, , o iconoc iconoclas lasta. ta.] ] ISBN 978-85-63979-10-0

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1. 3. 5.

Fil Filoso osofia fia. 2. Mat Matem´ ematica. ´ Fı ´sica. 4. Consciencia. e^ncia. Gent Gentil il, , o icon iconoc ocla last sta. a. I. T´ ı t u l o.

C DU : 51 1

(Ficha catalográfica afica elaborada por Bibliotec´ Bibliotec´ aria Zina Pinheiro CRB 11/611) aria

Pablo Amaringo Amaringo Na capa constam algumas pinturas do artista peruano Pablo (1943-2 (1943-2009 009). ). Ama Amaring ringoo retrat retrataa em suas pintura pinturass as viagens viagens c´ osmicas, osmicas, os processos de cura, a fauna e flora amazônicas onicas e o cotidiano dos rituais de consagra¸c˜ cao aõ da Ay Ayah ahuas uasca ca também em conhecida conheci da como planta mestra mestra ou planta professora .

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Pref´ acio 100 anos depois da Teoria da Relatividade Geral de Einstein, surge a nossa Teoria da Relatividade Ontológica ogica e Epistemológica ogica (TROE), a qual fundamentada em um unico u ńico postulado afirma que tanto o existir quanto a verdade são ao relativos a um referêncial, encial, a um observador. Em outras palavras, aqui defendemos a tese de que nada no n o Universo p ossui existência encia absoluta, ou ainda: “nada existe por si mesmo”; tudo o que existe, reiteramos, existe em rela¸c˜ cão ao a um referêncial. encial. Ademais, não ao existe uma verdade absoluta, de outro modo, “toda verdade guarda uma rela¸ c˜ cao ˜ sensitiva ou racional com a ”. Uma cita¸ cita¸c˜ cao aõ famosa do filósofo osofo Immanuel Kant é: e: inteli int eligˆ gência enci a humana hum ana ”.

A realidade, realidade, tal como ela é, e, em sua essˆ encia encia (noumeno) é incogincognosc´ıvel, ıvel, ou seja, n˜ ao podem podemos os conhecê-la. e-l a. Portanto, Portanto, jamais conhe conhece cemos mos as coisas em si (noumeno), (noumeno), mas somente tal como elas nos aparecem (fenˆ omenos). (Immanuel Kant/Cr´ıtica ıtica da Razão ao Pura)

Na TROE mostramos que o eminente filósofo, osofo, neste curto enunciado, comete dois equ´ equ´ıvocos, primeiro, “n˜ ao existe uma realidade realidade tal como ela é e ”, ao existe uma ‘coisa em isto é, e, independente de um observador; segundo, “n˜ si’ dos objetos ”. Um outro tema de extrema relevância ancia para várias arias disciplinas discipl inas cient´ cient´ıficas da atualida at ualidade de (neurob (n eurobiologia iologia,, filosofia fi losofia,, ciências encias cognitivas, cognit ivas, lingu lin gu´´ıstica, inteligˆ ligência encia artificial, artificial, etc.) diz respeito à Cons Co nsciˆ ciênci en ciaa; aqui, aqui, atualme atualment nte, e, nos encontramos frente a uma verdadeira Torre de Babel, os pesquisadores nãaoo se entendem, não ao conseguem chegar a um denominador comum por sinal, nem desconfiam desconfiam de qual seja este denominador denominador comum. Na TROE damos o diagn´ ostico ost ico (isto (ist o é, e, dizemos dize mos por po r quê os o s cientist cie ntistas as estão ao batendo a testa contra o muro) e apontamos ap ontamos um caminho promissor para o estudo da Consciência. encia. Muitas questões oes filosóficas oficas na f´ısica e na matemática atica foram debeladas por uma simples mudan¸ca ca de perspectiva, perspectiva, isto é, e, a partir do momento momento em que alguém em decidiu olhar a mesma questão ao a partir de um novo ângulo; angulo; foi precisamente isto que fizemos com uma questão que tem desafiado grandes pensadores ao longo da história oria da humanidade: a morte. Esta é uma outra questão ao explorada dentro da teoria da relatividad relatividadee ontol´ ontol´ ogica, ogica, no ultimo u ´ ltimo cap´ cap´ıtulo do livro, “A morte é mais uma ilusão ao criada pela mente humana”, defendemos isto mesmo: que “a morte n˜ ao tem existˆ ao encia real, em si ”. encia Depois de chegarmos a esta revolucionária aria conclusão ao nos deparamos na literatura com outros pesquisadores afirmando o mesmo, por exemplo, o cientista Robert Robert Lanza, um respeitado pesquisador norte-americano, professor adjunto do Instituto Regenerativo de Medicina da Universidade de Wake Forest, na sua teoria do biocentrismo.

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Gentil, Gentil, o iconoclast iconoclasta a







































Tabela de C´ odigos odigos Todo o universo atual da informática atica e computa¸c˜ cão ao só é p oss os s´ıvel ıve l p orqu or quee mbolos (estados utilizamos dois s´ımbo estados)) “0” e “1”. “1”. Por exe exemp mplo lo,, veja veja com comoo o teclado do seu computador ou celular é codi co difica ficado do..

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A seguir vemos o diagrama de blocos de uma calculadora. Entrada 7

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Sumário ario

1 Postulado, o germe de uma teoria 7 1.1 1.1 As biza bizarr rras as cons conseq equ uênci e ncias as de um postu postula lado do . . . . . . . . . . 16 1.2 A r´ régua egua quˆ antica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 2 Teoria eoria da relativi relatividade dade onto ontol´ l´ ogica 2.1 O postulad postulado o da teoria teoria da relati relativid vidade ade ontol ontol´ o´gica 2.1. 2.1.11 A estr estrut utur uraa cogn cognit itiv iva a de de refe referrênci e nciaa . . . . 2.1.2 Dialog a´ logo o en entre tre Eins Einsttein ein e Tagor agoree . . . . . . 2.2 Deus existe? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3 O que existe? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.4 O Nada: da: a ma massa de mo mode dellar do uni universo rso . . . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 Teoria eoria da relativid relatividade ade epistemo epistemol´ l´ ogica 3.1 O postulado postulado da teoria teoria da relativ relatividad idadee epistem epistemol´ ol´ ogica 3.2 O que é a verdade? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.1 A epistemologia do Vazio . . . . . . . . . . . 3.3 O pos postulado de Nagarjuna . . . . . . . . . . . . . . . 3.4 A lei de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Contributo ao enigma da Consciˆ encia 4.1 4.1 O mist mist´´rio rio d iˆ ia

. . . . . .

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EPÍSTOLA PREAMBULAR (De Giordano Bruno) PARA O ILUSTRÍSSIMO SENHOR MICHEL DE CASTELNAU Se eu, ilustr´ ilustr´ıssimo Cavaleiro, Cavaleiro, manejasse manejasse o arado, apascentass apascentassee um rebanho, rebanho, cultiva cultivasse sse uma horta, remendasse remendasse um fato, ningu´ ninguém em faria caso de mim, raros me observa observariam, riam, poucos me censurariam censurariam,, e facilment facilmentee poderia agradar a todos. Mas, por eu ser delineador do campo da natureza, atento ao alimento da alma, ansioso da cultura cultura do esp´ esp´ırito e estudioso estudioso da actividade actividade do intelecto, intelecto, eis que me amea¸ ca ca quem se s e sente visado, visado , me assalta assal ta quem se vê observado, obser vado, me morde m orde quem q uem é atingido, atin gido, me devora quem quem se sente descoberto. descoberto. E não ao é só um, n˜ ao ao s˜ ao ao poucos, são ao muitos, s˜ ao ao quase todos. Se quiserdes quiserdes saber porque isto acontece, acontece, digo-vos digo-vos que a razão é que tudo me desagrada, que detesto o vulgo, a multidão ao n˜ ao ao me contenta, e só uma coisa me fascina: aquela, em virtude da qual me sinto livre em sujei¸c˜ cao, ão, contente em pena, rico na indigência encia e vivo na morte; em virtude da qual não ao invejo aqueles que são ao servos na liberdade, que sentem pena no prazer, são ao pobres na riqueza e mortos em vida, pois que têm em no pr´ oprio oprio corpo a cadeia que os acorrenta, acorrenta, no esp´ esp´ırito o inferno que os oprime, na alma o error que os adoenta, na mente o letargo que os mata, n˜ ao havendo magnanimidade que os redima, nem longanimidade que os ao eleve, nem esplendor que os abrilhante, nem ciˆ encia encia que os avive. Da´ Da´ı, sucede que n˜ ao ao arredo arr edo o pé do d o árduo arduo caminho, por cansado; nem retiro as mãos aos da obra que se me apresenta, por indolente; nem qual desesperado, viro as costas ao inimigo que se me opõe, oe, nem como deslumbrado, desvio os olhos do divino objeto: no entanto, sinto-me geralmente reputado um sofista, que mais procura parecer subtil do que ser ver´ıdico; ıdico; um ambicioso, ambic ioso, que mais m ais se esfor¸ca ca por suscitar nova e falsa seita do que por consolidar a antiga e verdadeira; um trapaceiro que procura o resplendor da glória oria impingin i mpingindo do as a s trevas tr evas dos erros; um esp es p´ırito inquieto inquiet o que qu e subverte subvert e os edif´ıcios ıcios da boa b oa disciplina, disciplina, tornando-se tornando-se maquinador de perversidad perversidade. e. Oxal´ a, a, Senhor, que os santos numes afastem de mim todos aqueles que injustamente me odeiam; oxalá que me seja sempre prop´ıcio ıcio o meu Deus; oxal´ a que me sejam favoráveis aveis todos os governantes do nosso mundo; oxalá que os astros me tratem tal como à semente em rela¸c˜ cão ao ao campo, e ao campo em rela¸c˜ cão ao a` semente, de maneira que apare¸ca ca no mundo algum fruto util u ´til e glorioso do meu labor, labo r, acordando o esp´ırito ırito e abrindo o sentimento àqueles aqueles que não ao têm em luz de intelecto; intelecto; pois, p ois, em verdade, verdade, eu n˜ ao ao me entrego a fantasias, e se erro, julgo não ao errar intencionalm intencionalmente ente;; falando falando e escreescrevendo, não ao disputo pelo amor da vitória oria em si mesma (pois que todas as reputa¸c˜ coes o˜es e vitórias orias considero inimigas de Deus, abjectas e sem sombra de honra, se não ao assentarem na verdade), mas por amor da verdadeira sapiência encia e fervor da verdadeira ´ isto que irão especula¸c˜ cão ao me afadigo, me apoquento, me atormento. E ao compro-









































Cap´ Cap´ıtul ıt ulo o

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Postulado, o germe de uma teoria Quando o esp´ esp´ırito se apresenta apresenta a` cultura cultur a cient´ cient´ıfica, nunca é jovem. Aliás as é bem velho elho,, porque porque tem tem a idad idadee de seus seus preco preconc ncei eito tos. s. Ac Aced eder er à ciˆ ciênci en ciaa é rejuvenescer espiritualmente, ´ e ac acei eita tarr uma brusca muta¸c˜ cao a õ que contradiz o passado. (Gaston Bachelard/grifo nosso)

Introdu¸ c˜ ao: Existem Existem pensame p ensamento ntoss que, aos meus ouvidos, ouvidos, soam como verdadeira verdadeira ´ o caso poesia, proporcionam deleite. E caso deste deste do eminen eminente te Bachel Bachelard. ard. Sãaoo pensamentos que conseguem encerrar em curto espa¸co co uma alta densidade de ensinamentos, não ao triviais. Na minha atividade de magist´ erio erio tenho constatado quase que diariamente a veracidade e precisão destas palavras. Apenas para contextualizar, ontem mesmo estava tentando ensinar a meus alunos o que é um número. umero. A dificuldade dificuldade e que dificuldade! se devia

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O que ´ e uma teoria? teo ria? “A ciênci en cia a n˜ ao passa do bom senso exercitado e organizado” (Aldous Huxley) A Academia Nacional de Ciˆ encias encias dos EUA define defin e uma teoria como sendo “uma explica¸c˜ cao aõ plaus´ıvel ıvel ou o u cientificamente cientificam ente aceitável, avel, bem fundamentada, que explica explica algum aspecto aspecto do mundo mundo natural. natural. Um sistem sistemaa organiz organizado ado de conhecimento aceito que se aplica a uma variedade de circunstâncias para explicar um conjunto espec´ espec´ıfico de fenômenos omenos e predizer as caracter´ caracter´ısticas de fenômenos omenos ainda não ao observados”. O dicionário ario Michaelis On-line define teoria como sendo uma “hipótese já posta à prova, no mundo real, confirmada e, assim, aceita por cientistas orientados e experimentados no assunto; está, a, porém, em, sempre sujeita a modifica¸c˜ cão ao de acordo com novas descobertas”. Uma teoria cient´ cient´ıfica representa repres enta o conhecimento conhecim ento cient c ient´´ıfico tido como mais correto, e se compõe oe de hipóteses oteses testáveis, aveis, e hipóteses oteses que foram testadas, além em de fatos fa tos que as a s evidenciam. evidenci am. As teorias teoria s não ao são ao transformadas nunca em leis ou verdades verdades definitivas. definitivas. Elas podem po dem ser abandonadas abandonadas ou aperfei¸coadas coadas pelas evidˆ encias encias descobertas pela investiga¸ investiga¸c˜ cao aõ cient´ cient´ıfica. Além em disso, as teorias são ao usadas para fazer previsões oes que mais tarde são ao testadas ou investigadas em laboratório orio ou na n a natureza, n atureza, e que tamb´ em em servem para refutar as teorias ou aumentar a confian¸ca ca que temos nelas.

As teorias são ao constitutivas tanto da matemática atica quanto da f´ısica moderna, a seguir o cientista Stephen Hawking nos fala da importância ancia de uma teoria:

N˜ ao h´ a, por´ porém, em, como discernir o que é real real no universo sem uma teor teoria ia.. Assu Assumo mo por por isso isso o ponto onto de vista, vista, j´ a qualificado de simpl´ orio ou ingênuo, enuo, de que uma teoria da f´ısica é nada mais nada menos que um modelo matem´ atico que usamos para expressar os resultados de ob-









































O que ´ e um postulado? post ulado? Para o objetivo que temos em vista neste livro é muito importante que o leitor entenda o que é um postulado, bem como qual o seu papel no desenvolvimen volvimento to de uma teoria. Para fixar as ideias ideias iniciemos por uma analogia bem elementar sobre o papel de um postulado. Um edif edi f´ıcio é constr con struid uidoo sobre uma base, uma funda¸c˜ cao, aõ, um alic aliceerce rce. De modo modo simi simi-lar, lar , uma teoria teor ia cient´ıfica ıfica é conscon strui truida da sobre sobre uma base base,, sobre sobre um alicer alicerce; ce; este este alicer alicerce ce é o que denominamos de um postulado. Resumindo: Um p ostulado é o alicerce ponto de partida sobre o qual vamos construir uma certa teoria cient´ cient´ıfica. Apenas Apen as a t´ıtulo de exemplo, ex emplo, a geometria plana de Euclides fundamenta fundamentase em cinco postulados, dentre eles:

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car uma reta ligando quaisquer dois pontos. Postulado 1: Pode-se tra¸car

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Postulado 5: “Por um ponto p exterior a uma reta r , considerados em um mesmo plano, existe existe uma unica u ´ nica reta paralela à reta r ”:











































A Teori Teoria a da Rela Relativi tividade dade de Einstein está fundamentada em dois ∗ postulados, postulados, quais sejam :

Postulado 1: As leis da f´ısica s˜ ao as mesmas em qualquer sistema ao † de referˆ refe rˆ encia encia inercial. iner cial. Postulado 2: A velocidade da luz no vácuo ´ e sempre a mesma em qualquer sistema de referˆ encia encia inercial e n˜ ao depende da velociao dade da fonte. realid ade é imposs imp oss´´ıvel encontrar encontra r um sistema de referência encia inerNota: Em realidade cial, posto que sempre há algum tipo de for¸ca ca atuando sobre os corpos, mas sempre é poss´ poss´ıvel encontrar um sistema de referência encia no qual o problema que estamos estudando se pode tratar como se estivessemos em um sistema inercial. inercial. Em muitos casos, supor um observador observador fixo na Terra é uma boa b oa aproxima¸c˜ cão ao de um sistema inercial. Suponhamos um observador O fixo em rela¸c˜ cao aõ ao solo, e um vagãaoo movendo-se com velocidade constante v em rela¸c˜ cao aõ ao solo.

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Um postu po stulado lado ´ e verdadeiro? verdad eiro? Um postulado não ao é nem verdadeiro nem falso se fosse, não ao seria um postulado . Ademais, Ademais, nenhuma quantidade quantidade de “experimentos” “experimentos” (veri(verifica¸c˜ cões) oes) é suficiente s uficiente para validar um postulado post ulado,, isto is to é, e, torná-lo a-lo verdadeiro. Por exemplo, vou enunciar o seguinte postulado:

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Amanhã o sol nascerá Perguntamos: Este postulado é verdadeiro ou falso? Respondemos: Esta afirma¸c˜ cao aõ n˜ ao ao é nem verdad verdadeir eiraa e nem falsa. falsa. Embora Embora seja seja verdad verdadee que o sol tenha nascido milhares e milhares de vezes, vezes, não ao podemos afirmar que amanh˜ a suceder´ a o mesmo. mesmo. Com efeito efeito,, podemos podemos exibir exibir in´ umeras umeras razões oes pelas quais isto poderá deixar de ser verdade, por exemplo, se um meteorito se chocar com a Terra arrancando-a de sua órbita. orbita.

Qual a origem de um postulado? Um postulado pos tulado cient´ cient´ıfico não ao se origina de nenhum “livro supostamente sagrado sagrado”” e n˜ ao é devido a nenhum “profeta supostamente iluminado”. Um ao











































O que acontece se recusamos um dado postulado? Bem, se se trata de um postulado p ostulado cient´ cient´ıfico não ao acontece nada, por outro lado, se se trata de um p ostulado ostulado religioso religioso você poderá ser perseguido∗ ou at´ e mesmo ir para o inferno. Postulado religioso Postulado religioso:: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ningu´ Ninguém em vem ao Pai, sen˜ a o por ao por mim.”

A salva¸c˜ cão a o s´ o pode ser conseguid guidaa por me meio io dele dele,, Jesu Jesus, s, pois pois n˜ ao a o há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos por meio do qual possamos ser salvos. (Atos 4:12)

Como dissemos, dissemo s, você é livre para aceitar ou não ao um postulado pos tulado cient´ cient´ıfico, caso vocˆ e o rejeite a unica u ´ nica coisa que acontece acontece é que, por uma quest˜ questão a o de coerência, encia, vocˆ e deve ficar de fora for a da d a “brincadeira” (teoria). Vejamos uma analogia: analogia: as regras de um jogo qualquer (xadrez, (xadrez, futebol, basket, basket, etc.) nãaoo s˜ ao nem verdadeiras nem falsas, são ao ao apenas ap enas p ostuladas, ostulad as, caso vocˆ vo cˆ e n˜ n ao aõ aceite alguma das regras vocˆ e fica de fora da brincadeira. brincadeira. Contextu Contextualiza alizando, ndo, suponhamos pon hamos que você não ao concorda que no futebol o arremesso lateral deve ser cobrado com as mãos, aos, mas com os pés. es. Neste caso você deverá criar um “novo “novo jogo j ogo de futebol” para você, e, adotando adotand o seu novo postulado. Guardadas as devidas propor¸c˜ cões oes é assim mesmo que acontece com alguns postulados da f´ısica e da matemática, atica, dando origem a várias arias Escolas nestas disciplinas; por exemplo, a matemática, atica, em seus fundamentos, divide-











































Os exemplos exemp los dados da dos a seguir provam que os intrépidos epidos e audazes auda zes diferentemente temente dos conformistas conformistas e pusilˆ animes animes são ao os que criam na matemática, atica, nas demais áreas areas não ao deve ser muito diferente.

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Até o in´ıcio ıcio do Século ecu lo XIX um dos postu po stulad lados os básicos asicos da matemática atica era a comutatividade do produto de dois números umeros a e b quaisquer: a b = b a

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O matem´ atico atico irlandês es William Rowan Rowan Hamilton (1805-1865) travou uma batalha psicológica ogica contra este postulado por cerca de dez anos, por fim decidiu ignorá-lo, a-lo, por p or conta deste seu ato de “rebeldia” “reb eldia” criou uma nova nova espécie ecie ∗ de n´ umeros: umeros: os quaterniões oes . Dois outros postulados da multiplica¸c˜ cao aõ num´ erica erica eram a associatividade e distributividade (em rela¸c˜ cão ao a` adi¸c˜ cao): aõ): a (b c) = (a b) c

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a (b + c) = a b + a c

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Eu (Gentil, o iconoclasta ) decidi desobedecer a estes dois postulados em seguida criei uma nova nova esp´ ecie ecie de números umeros a qual denominei:

N´ umeros hipercomplexos 3D umeros cao aõ para estes Nota: Alguns anos depois encontro na internet uma aplica¸c˜ fractais is 3D, por exemplo: n´ umeros umeros na gera¸c˜ cão ao de fracta











































A geometria geo metria euclidiana euclidi ana (a que qu e se estuda nos n´ıveis ıveis fundamenta fu ndamentall e médio) edio) reinou absoluta absolu ta por mais de dois milênios enios até que em meados do século eculo XIX o alguns matem´ aticos aticos decidiram decidiram questionar questionar a legitimidad legitimidadee do 5 postulado de (p. 9), ao abandonar este postulado surgiram as assim chamadas Euclides (p. geometria geometrias s n~ ao-euclidianas ao-euclidianas,

registramos que foi uma destas geometrias (não-euclidianas) ao-euclidianas) que Einstein adotou para desenvolver sua Teoria da Relatividade Geral.

E a f´ısica do alto do seu pedestal? Poderia-se imaginar que a f´ısica por p or tratar da realidade r ealidade (“realidade”) se colocaria à margem desta multiplicidade de interpreta¸ c˜ coes ˜ . Ledo engano, nem mesmo a f´ısica está imune a dissidências, encias, se um f´ısico discorda discor da de um postulado de uma dada teoria, ele substitui este postulado e desenvolve uma nova nova teoria; por exemplo, (apenas) a f´ısica quântica antica comporta muitas inter-













































Postulados religiosos Ora, se até a matemática atica e a f´ısica estão ao sujeitas a esta “volatilidade” toda, o que dizer das religiões? oes? Se as dissidências encias na ciência encia contam-se às as dezenas, dezenas, nas religi˜ religiões oes contam-se aos milhares.

Um novo Deus Um dos postulados postulados judaico-cris judaico-crist˜ t˜ ao ao é o de que Deu is to é, e, Deuss ´ e p ess essoal oal , isto possui atributos humanos tais como: Amor, Misericódia, odia, Bondade, Ira, etc. Ap´ os alguns anos de pesquisa e reflexões os oes com liberdade de pensamento (isto é impo i mportante, rtante, decisivo) fui for¸cado cado a rejeitar este postulado, com isto criei um novo Deus (concep¸c˜ cao), aõ), que não ao possui atributos humanos, nenhum sequer. (ver p. 78)

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−













































1.1

As bizarras bizarras consequˆ consequˆ encias encias de um postulado postulado Tudo isso, que à primeira vista parece excesso de irrazão, ao, na verdade dade é o efei efeito to da finur finuraa e da extens˜ ao ao do esp´ esp´ırito humano humano e o m´ etodo etodo para encontrar verdades at´ at é ent˜ en tão ao desconhecidas. (Voltaire)

Introdu¸c˜ ao Em nossos dias somente um cientista ingênuo enuo estaria em busca b usca da verdade. Em particular, o matemático atico se satisfaz apenas ap enas em “jogar o jogo”, ´













































Bom Bom senso senso? ? . . . o que vem vem a ser bom bom senso senso? ? Uma vez abandonada a ilusão ao da verdade, existe uma outra ilusãaoo t˜ ao ao perniciosa quanto que deve tamb´ t ambém em ser rejeitada: rejeita da: a ilus˜ a o do bom ao Refiro-me me ao bom senso na invest investiga iga¸¸c˜ cão ao cient´ cient´ıfica, ou melhor: na senso. Refiroaprecia¸c˜ cão ao dos resultados de uma pesquisa.

−

−

Como j´ a foi dito, vocˆ você é livre para aceitar aceitar ou rejeitar rejeitar qualquer qualquer postulado, agora supondo que vocˆ e admita um dado postulado, vocˆ e ter´ a que aceitar as consequˆ co nsequências encias deste postulado pos tulado por mais “absurdas” ou bizarras que sejam. Pelo ao menos é assim que se faz ciência. encia. Quando daqui daqui pra frente me referir a algo “absurdo” (com ou sem aspas) pas) ou biza bizarro rro,, esta estare reii me referi referindo ndo a algo algo que fere fere o “bom “bom sens senso” o”.. Ou ainda, ainda, fere (insul (insulta) ta) o “senso “senso comum” comum” do leitor leitor leigo, leigo, haja vista vista que matem´ aticos aticos e f´ısicos ısicos lidam com estes “absurdos” com muita muita naturalidade naturalidade mas nem sempre foi assim, nos primórdios ordios mesmo os cientistas ficavam em-

−

−













































2 o ) Contra¸ c~ cao a ~ o do espa¸ co co At´ e o final do século eculo XIX toda tod a a humanidade, humanid ade, não ao excetuando os cientistas Isaac Newton e Galileu, acreditava que o comprimento de um objeto era o mesmo independente se ele estava em repouso ou em movimento.

Veio Einstein e mudou esta cren¸ca ca arraigada arraigada diz ele: ele: um objeto em movimovi-













































1.2 1.2

A r´ egua egua quˆ quˆ antic antica a

Como dissemos, dissemos, nosso objetivo objetivo neste cap´ cap´ıtulo é apenas preparar preparar o esp´ esp´ırito do leitor l eitor para o que qu e vir´ vir a´ posteriormente, quando tratarmos da teoria da relatividade ontol´ ogica e epistemol´ ogica . Para Para mostra mostrarr que n˜ ao ao apenas a f´ısica mas também em a matemática atica insult insultaa nosso nosso senso senso com comum, um, poderiapoderiamos exibir muitos exemplos de algumas áreas areas da matemática, atica, no entanto, escolherem escolheremos os apenas uma denominada denominada topologia ; ademais, estaremos transformando as f´ ormulas em figuras, para que a exposi¸c˜ ormulas cao aõ seja acompanhada pelo leigo em matemática. atica.

Medindo distˆ ancias ancias Dados dois pontos em um plano, como a seguir, A















































Se o leitor refletir um pouco se dará conta de que vez ou outra, mesmo numa numa simple simpless cam caminh inhada, ada, teremo teremoss que optar (por uma quest˜ quest˜ ao a o de conveniˆ veniência) encia) por uma ou outra destas duas distˆ ancias ancias como por exemplo, ao “cortar caminho”. Resumindo, entre os pontos A e B no plano a seguir

−















































A r´ egua egua quˆ quˆ antica antica A régua egua que vai nos interessa inter essarr é esta: esta :

0

01

02

03

04

05

04

03

02

01

0















































A leitura na régua egua quˆ antica antica funciona assim: assim: se o p onto onto encontra-se encontra-se na primeira primeira metade do interv intervalo alo a leitura leitura é feita da esquerda esquerda para a direita, direita, se o ponto encontra-se encontra-se na segunda segunda metade do interv intervalo alo a leitura leitura é feita da direita para a esquerda. A segunda metade da régua egua é a imagem especular (por um espelho) da primeira metade.















































Agora, vamos substituir a régua egua do “bom senso” pela régua egua quˆ antica antica e ver o que acontece, então: ao: 0

ր Origem

A 

1 2



B 

C 

1















































O que estamos chamando de quadrado quˆ quadr ado de lado antico é o quadrado antico unitário, ario, acima, acima, quando usamos a r´ egua egua quˆ antica para medir a distância antica ancia entre dois de seus pontos. 2o ) Um objeto (ponto) em vários arios lugares ao mesmo tempo. Para enunciar o próximo oximo milagre, necessitaremos de uma defini¸c˜ cao: aõ:







































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Tudo o que existe surge na dependˆ encia encia de uma estrutura A f´ısica precisa precisa limitar-se a` descri descri¸c˜ ç˜ ao das rela¸ elac˜ çoes ˜ entr entre as percep¸c˜ coes. oe ˜ s. A cois coisa a em si si n˜ ao lhe é acess´ acess´ıvel, apenas as rela¸ c˜ coes ˜ entre entre as coisas. (J¨ urgen urgen Neffe/PhD em bioqu bioq u´ımica) Pretendemos enfatizar que o postulado da TRO aplica-se apli ca-se numa mir´ıade ıade de contextos, contex tos, os mais m ais diversos d iversos poss pos s´ıveis, veja novamente: “Tudo o que apreendemos, seja perceptiva ou conceitualmente, ´ e despro desprovido vido de natureza inerente pr´ opria, ou iden opria, identidad tidade, e, independen pend entem temen ente te dos meios meios pelo peloss qua quais is sej seja a co conhe nheci cido. do. Objeto Objetoss percebidos, ou entidades observ´ aveis, existem em rela¸c˜ aveis, cao a õ ` as faculas dades sensoriais ou sistemas de medi¸c˜ cao a õ pelos quais s˜ ao detectados ao n˜ ao de modo independente no mundo objetivo.” ao

−

Ora, se tudo o que apreendemos perceptiva ou conceitualmente é desprovido de natureza inerente própria, opria, ou identidade, então, ao, como tudo surge e se sustenta?

−

−

Responde Respondemos mos:: Tudo surge e se sustent sustentaa dentro dentro de uma rela¸c˜ cao a õ de dep de p en endˆ dˆ en cia enci a, dentro de uma estrutura. Por exem exempl plo, o, a luz luz n˜ ao tem existˆ ao existˆ encia encia independente independentemen mente te do olho (trans (tr ansdut dutor) or),, é a estrutura olho que faz com que surja o fenômeno omeno luz.

          

          

A luz luz su surg rge e ne nest sta a intera¸ cao c~ a ~o

O s o l n a ˜ o e m i t e l u z

Observ Observee que desta desta perspecti perspectiv va (estruturas ) cai por terra a no¸c˜ cao a˜ o de “causa “causa e efeito”. efeito”. Pergunta Perguntamos: mos:

qual a causa da luz? qual a causa do som?







































Existem religiões oes que, para ludibriar os incautos, auto-intitulam-se “cient´ ent´ıficas”, ıfica s”, acontece acont ece que q ue muitos mui tos concei co nceitos tos cient´ıficos ıfic os adotad ad otados os em uma u ma époc ep oca, a, caem por p or terra terr a em séculos eculos posterior post eriores, es, as “religi˜ “ religiões oes cient´ c ient´ıficas” ıfic as” não ao se atualizam em seus dogmas. Vejamos ejamos um exemplo, exemplo, cai por terra uma das “provas” “provas” da existˆ encia encia de Deus, que invoca invoca a no¸c˜ cão ao de causalidade. Por exemplo,

− O Livr Livro o dos dos

Esp´ Esp´ ıritos

4. Onde podemos encontrar encontrar a prova prova da existˆ encia encia de Deus? Num axioma que aplicais às as vossas ciˆ encias: encias: não a o h´ a efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não ao é obra do homem e vossa vossa raz˜ ao ao vos responderá. a. car os olhos Coment´ ario ario de Kardec: Para crer em Deus é suficiente lan¸car as às obras da cria¸c˜ cão. ao. O univers universoo existe existe;; ele tem, portanto, portanto, uma causa. causa. Duvidar da existˆ existˆ encia encia de Deus seria negar que todo efeito efeito tem uma causa, causa, e avan¸car car que o nada pôde ode fazer alguma coisa.

−

O Argumento da causa primeira Talvez o mais simples e o mais fácil acil de compreender-se seja o argumento mento da Causa Causa Primei Primeira. ra. (Afirma(Afirma-se se que tudo tudo o que vemos vemos neste mundo tem uma causa e que, se retrocedermos cada vez mais na cadeia de causas, acabaremos por chegar a uma Causa Primeira, e que a essa Causa Primeira se dá o nome de Deus). Esse argumento, creio eu, não ao tem muito peso hoje em dia, em primeiro lugar porque causa já não ao é bem b em o que costumava ser. Os filósofos osofos e os o s homens h omens de ciência encia têm em martelado martel ado muito a quest˜ q uestão ao de causa, e ela não ao possui hoje nada que se assemelhe à vitalidade que tinha antes; mas, à parte tal fato, pode-se ver que o argumento de que deve haver uma Causa Primeira é um argumento que n˜ ao ao pode po de ter qualquer qualquer valid validade ade.. [. . .] Se tudo tem de ter uma causa, então Deus deve ter uma causa. Se pode haver alguma coisa sem uma causa, pode muito bem ser tanto o mundo como Deus, de modo que não ao pode haver qualquer validade em tal argumento. Este, é exatamen exatamente te da mesma natureza que o ponto de vista hindu, de que o mundo se apoiava sobre um elefante e o elefante sobre uma tartaruga, e quando algu´ alguém em perguntav perguntava: a: “E a tartaruga?” tartaruga?” , o indiano respondia: “Que tal se mudássemos assemos de assunto?”. assunto?”. O argumento, argumento, na verdade, verdade, n˜ ao ao é me melh lhor or que este este.. N˜ ao a o h´ a raz˜ ao pela qual o mundo não ao ao pudesse vir a ser sem uma causa; por outro lado, tampouco h´ a qualquer razão ao pela qual o mesmo nãaoo devesse devesse ter sempre existido. existido. Não a o h´ a raz˜ ao, de modo algum, para se supor ao, que o mundo teve um come¸co. co. A idéia eia de d e que as coisas devem ter um come¸co co é devido, realmente, realme nte, à pobreza de nossa imagina¸c˜ cao. aõ. Por Por consegui conseguint nte, e, eu talvez não ao precise desperdi¸car car mais tempo com o argumento da Causa Primeira.

ao Sou Crist˜ ) (Bertrand Russel/Porque N˜







































´ a estrutura que confere a identidade de um elemento E N˜ ao podemos p erder de vista que é a estrutura ao estrutura que legitima legitima um “indiv´ div´ıduo”, por exemplo, voltando ao jogo de xadrez no qual substituimos as pe¸cas cas por cereais,

feij˜ aaoo arroz

.. .

→ Rei

p e˜ oes oes → pe˜

.. .

.. . milho

→ torres

um mero caro¸co co de feijão, ao, na estrutura xadrez torna-se um rei. Como Como mai maiss um exempl exemploo da “me “metam tamorfo orfose” se” conferi conferida da pela estrutu estrutura, ra, o Brasil está empestado de ratazanas (bandidos) que, ao ingressarem na estrutura estrut ura pol´ıtica, ıtica, tornam-se torna m-se “vossa excelência”: encia”:

Assim como um mero caro¸co co de feijão ao torna-se torna-se um “rei” “rei” ao ingressar ingressar na estrutura xadrez, bandidos band idos tornam-se “vossa excelˆ encia” encia” ao ingressar ingr essar na estrutura estrut ura pol´ıtica ıtica brasileira. brasil eira.







































Assim como um mero caro¸co co de feijão ao torna-se um “rei” ao ingressar na estrutura xadrez, bandidos tornam-se pastores de ovelhas e homens ungidos por “Deus”, ao ingressarem ingressarem em uma estrutura estrutura religiosa: religiosa: - Eu n˜ ao ao tenho onde reclinar minha cabe¸ca. ca. (Jesus) (Os bandidos trocaram o revólver olve r pela p ela B´ıblia! ıbl ia!))

Reflitamos novamente sobre o postulado da TRO, veja: “Tudo o que apreendemos, seja perceptiva ou conceitualmente, ´ e desprovido de natureza inerente pr´ opria, ou identidade. ” opria, Tanto os bandidos que grassam na pol p ol´´ıtica quanto os lobos vestidos em pele de cordeiro das religiões, oes, s˜ ao despr ao desprov ovidos idos de natur natureza eza iner ineren ente te ao exercem exercem nenhum nenhum “mandato “mandato divino”. divino”. O que dá suspr´ opria, ou seja, não opria tenta¸c˜ cao ão a esta corja estrutura por po r um lado la do é o n´ıvel de inco in cons nsciˆ ciência en cia das massas, por outro, o oportunismo das aves de rapina (abutres), é só isto!

−

−

Para implodir uma estrutura estrutura basta eliminar eliminar as causas causas que a sustentam sustentam.. Basta uma retrospectiva pela história oria humana para vermos que é assim a ssim mesmo. mesmo. Onde encontram-s encontram-see hoje os poderosos p oderosos imp´ erios erios do passado? passado? Onde encontram-se hoje os poderosos imperadores do passado? A estrutura chave (capital) a ser demolida chama-se ego, trataremos disto oportunamente.

Transcender o ego n˜ ao é uma aberra¸c˜ c˜ ao mental nem uma alucina¸c˜ cao ˜ psic´ otica, sen˜ ao um estado ou n´ıvel de consciência encia infinitamente infinita mente mais rico, mais natural natural e mais satisfat´ orio do que o ego poderia imaginar em seus vˆ oos mais desatinados de fantasia. (Ken Wilber/O Espectro da Consciˆ Cons ciênca enca , p. 21)







































agina 58 o cientista Richard Dawkins escreveu: “ Predadores Adendo: Na página precisam de um modelo diferente dos das presas, embora seus mundos necessariamente se sobreponham sobreponham . Os animais por suas diferen¸cas cas cerebrais vivem em mundos distintos, embora sobrepostos. Da mesma forma acontece com os seres humanos, vivem em mundos distintos (incluindo a cultura e religião) ao) embora sobrepossobrepostos. Na página agina 144 um dos objetivos obj etivos que um m´ıstico ıstico se colocou colo cou foi o de “lutar contra todos os tipos de estupidez, quaisquer que fossem as conseq¨ uências ”. Um objetivo nobre, reconhe¸co, co, no entanto, sou menos exigente, não ao luto contra a estupidez pela estupidez, pois, segundo entendo, ser estúpid up idoo é um direito do ser humano, por que não? ao? Minha Minha indigna¸ indigna¸ c˜ cao aõ se volta contra os charlat˜ aes aes e bandidos, bandidos, tanto tanto da pol´ pol´ıtica quanto quanto das religi˜ religioes o˜es não ao vejo diferen¸ca. ca. Minha Minha indigna¸ indigna¸ c˜ cao aõ se volta contra os lobos vestidos em pele de cordeiro. cordeiro. Ademais, Ademais, sinceramen sinceramente, te, penso p enso que todos os ateus e materialist materialistas as s˜ ao ao dignos de admira¸c˜ cão ao e respeito pela coragem com que encaram a vida, est˜ ao dispostos ao “sacrif´ ao “sacrif´ıcio”, ıcio”, digo, segundo eles tudo termina termina aqui. N˜ aaoo dobraram a espinha buscando consolo nas fantasias religiosas; digo fantasias pois que não ao resitem à mai maiss tênue enue das lógicas. ogicas. Tenho visto um sem-número umero de cientistas e intelectuais que abrem mão ao da razão ao da mais elementar das l´ ogicas ogicas “por um pedacinho do para p ara´´ıso”, tˆ em em medo de raciocinar, s˜ ao ao covardes, não ao merecem respeito. São ao os mendigos mendig os do para´ıso. ıso.

−

−

−

O FACTOR DEUS

´ SARAMAGO Por JOSE

[. . .] De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta dos seres humanos mortos das piores maneiras que seres humanos foram capaze capazess de inven inventar. tar. Uma delas, delas, a mai maiss crimino criminosa, sa, a mai maiss absurda absurda,, a que mais ofende a simples razão, ao, é aquela que, desde o princ´ princ´ıpio dos tempos e das civiliza¸c˜ cões, o es, tem tem ma manda ndado do matar matar em nome nome de Deus Deus.. J´ a foi dito que as religiões, oes, todas elas, elas, sem excep¸ excep¸c˜ cão, ao, nunca nunca serviram serviram para aproxima aproximarr e congra¸car car os homens, que, pelo contrário, ario, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarr´ aveis, aveis, de mortic´ mor tic´ınios, ıni os, de monstr mon struos uosas as violˆ vio lências enci as f´ısicas ısic as e espirituais espirituais que constituem constituem um dos mais tenebrosos tenebrosos cap´ cap´ıtulos da miser´ avel avel hist´ oria oria humana. humana. Ao menos em sinal de respeito pela vida, dever´ dever´ıamos ter a coragem de proclamar em todas as circunstâncias ancias esta verdade verdade evidente evidente e demonstr´ avel, mas a maioria dos crentes de qualquer religião n˜ avel, ao ao s´ o fingem ignor´ a-lo, a-lo, como se levant levantam am iracundos iracundos e intoleran intolerantes tes contra contra aqueles aqueles para quem Deus não ao é mais que um nome, nada n ada mais que um nome, o nome que, por medo de morrer, lhe pusemos um dia e que viria a travar-nos o passo para uma humaniza¸c˜ cão ao real. Em troca prometeram-no prometeram-noss para´ para´ısos e amea¸ caramcaramnos com infernos, tão ao falsos uns como os outros, insultos descarados a uma inteligˆ inteligência encia e a um sentido comum que tanto trabalho nos deram a criar.










































3

Teoria da relatividade epistemológica ogica configuram As explica¸c˜ c˜ oes oe s cie c ient´ nt´ıficas ıfi cas n˜ ao se referem à verdade, mas configuram um dom´ dom´ınio de ver verdade, dade, ou v´ arios dom´ dom´ınios de verdades conforme conforme a tem´ atica na qual se dêem. eem.

(Humberto Maturana/ Cogni¸c˜ cão, ao, ciência encia e vida) Maturana/ Cogni¸

Introdu¸ c˜ ao: A internet nos traz vários arios significados (acep¸c˜ coes) o˜es) para a palavra epispalavra epistemologia,, razão temologia ao porque sentimos a necessidade de delimitarmos a acep¸c˜ cãaoo que teremos em mente neste livro: 1 o ) O termo “Epistemologia” vem vem do grego grego e pode ser traduzid traduzido o como “estudo do conhecimento” ou “teoria do conhecimento”. Em termos gerais, gerais, portanto, portanto, n˜ ao ao h´ a diferen¸ca ca entre Epistemologia e Teoria do Conhecimento. 2 o ) Epistemologia e´ a disciplina discipl ina tradicional tradi cional da filosofia, filosofi a, também em conhe-









































Neste cap´ cap´ıtulo estaremos estaremos delimitando delimitando ainda mais nosso objetivo, objetivo, nos interessa dissertar sobre a verdade, e, para isto, nosso balizamento será o que é verdade nas disciplinas discipl inas f´ısica e matemática, atica, notadamente.

3.1 3.1

O pos p ostu tula lado do da teori teoria a da relat relativ ivid idad ade e epis episte te-mol´ ogica ogica

Para desenvolver a teoria da relatividade epistemol´ ogica doravante TR E podemos adotar o mesmo postulado da TRO TR O, qual seja: abreviada por TRE

− −

−

“Tudo o que apreendemos, seja perceptiva ou conceitualmente, ´ e despro desprovido vido de natureza inerente pr´ opria, ou iden opria, identidad tidade, e, independen pend entem temen ente te dos meios meios pelo peloss qua quais is sej seja a co conhe nheci cido. do. Objeto Objetoss percebidos, ou entidades observ´ aveis, existem em rela¸c˜ aveis, cao a õ ` as faculas dades sensoriais ou sistemas de medi¸c˜ cao a õ pelos quais s˜ ao detectados ao n˜ ao de modo independente no mundo objetivo.” ao

−

A justificativa para esta escolha encontra-se no termo em destaque acima. De in´ in´ıcio, ıcio, o que podemos afirmar afirmar a respeit respeitoo da verdade? verdade? Ora, se o dep endente de uma estrutura estrut ura cogniti cognitiva va de referˆ encia encia , com mais existir é dependente raz˜ ao ainda, a verdade é dependente de uma ECR. Em poucas palavras: ao ´ RELATIVA! A VERDADE E

O nosso posicionamento se harmoniza como o do biólogo ologo Humberto Maturana, citado à página agina 16:

Agora, Agora, a ciência, encia, os cientistas falam f alam de buscar a verd ve rdade. ade. Eu n˜ ao lhes disse isso. O que faz com que algu´ alguém em seja um cientista cientista é a paix˜ ao pelo explicar, n˜ ao pelo buscar buscar a ver verdade. dade. Quando os cientistas cientistas falam de buscar buscar a verdade, certamente est˜ ao na objetividade objetividade sem parˆ enteses. enteses. Para Para mim a verdade n˜ ao inter interessa. essa. E n˜ ao me interessa porque cada vez que se fala da verdade, o que se escuta é uma referˆ referência encia a uma realidade realidade independente independente do









































Na TRE estabelecemos a seguinte defini¸c˜ cao: aõ:

cao ˜ é verdadeira v erdadeira se puder p uder ser demonsDefini¸c˜ cao a õ 4 (Verdade). Uma proposi¸c˜ trada dentro de uma teoria. Uma teoria (p a fundamentada em um ou mais postulados, um (p. 8) est´ postulado, a rigor, não ao é nem verdadeir verdadeiroo nem falso, no m´ aximo aximo podemos consider´ a-lo convencionalmente verdadeiro, logo, tudo o que deriva de um a-lo p ostu os tula lado do é tamb´ ta mbém em convencionalmente verdadeiro. Uma verdade é dependente de uma ECR, logo, mudando-se a estrutura cognitiva cogniti va de d e referência encia a verdade também em muda; é o que iremos ver agora numa série erie de exemplos, confirmando com isto o que afirma Maturana: Maturan a:

Certamente, toda afirma¸c˜ cao a õ ´ e v´ alida no dom alida dom´ ´ınio de validade especificado especifi cado pelas coerˆ encias que a constituem. encias const ituem. O oposto de uma verdade é mentira, mentira, mas o oposto de uma verdade profunda pode muito bem ser outra verdade profunda. (Niels (Ni els Bohr/f´ Boh r/f´ısico) ısi co)

1 o ) Perguntamos: Qual o pernilongo verdadeiro? Qual o Deus verdadeiro? (Caixa)

s u e D

P e r n i l o n g o









































2 o ) Perguntamos: Qual o resultado da seguinte adi¸c˜ cão, ao,

1+1

?

Respondemos: depende da ECR, para par a a mente de Galileu o resultado é 1 + 1 = 2, se a mente é a de Einstein, então ao 1 + 1 = 2. (p. 45)



1+1=2

1 + 1 < 2

3 o ) Considere a figura a seguir:

(p. 22)

A

B



0

C



1



1

2

´ verdade que o ponto A encontra-se mais próximo Perguntamos: E oximo da origem que o ponto C ? Respondemos: Respondemos: depende da estrutura estrutura cognitiv cognitivaa de referˆ ref erência. enci a. Se a ECR é a do geômetra ometra Euclides Euclid es isto é verdade, 1

A

0

2





0,4

0,5

B

C





1

ր

Origem 0

0,1

0,2

0,3

0,6

0,7

0,8

0,9

1









































4 o ) Pergunt Perguntamos: amos: é verdade verdade que a soma dos ângulos angulos de um triângu an gulo lo é o 180 ? A verdade neste caso, como sempre, depende da ECR considerada.

Para a ECR de Euclides Eu clides é verdade verda de que qu e a soma dos ângulos de um triângulo angulo o ∗ vale 180 , já para as ECR Lobachevsky y e Riemann isto não ao é verda ver dade de.. E CR’s de Lobachevsk 5 o ) Considere o quadrado quadrado de lado 1200 km (ou anos-luz), anos-luz), a seguir, 1200

1200 R4

R3

R1

R2

800

400



0

1200

0

4 00

8 00

12 0 0

No “universo “un iverso euclidiano” é verdade que a distˆ d istância ancia da origem, 0 , para as regiões oes 2 e 4 val valee 800 800 km km,, j´ a no “universo quântico” antico” isto é mentira, m entira, pode ser provado matematicamente que a distância ancia da origem para qualquer uma das quatro regiões oes da figura fi gura vale 0 km (é nula).

R

R

O oposto de uma verdade é mentira, mentira, mas o oposto de uma verdade profunda pode muito bem ser outra verdade profunda.











































A prop´ osito, podemos ver a afirma¸c˜ osito, cao aõ do f´ısico Niels Bohr, “O op oposto osto de uma ver verdade dade é mentir mentira, a, mas o op oposto osto de uma ver verdade dade profunda pode muito bem ser outra verdade profunda”. como uma franca discordˆ ancia ancia da Lógica. ogica. Digo, Digo, Bohr discord discordaa de um postulado basilar da lógica ogic a aristo ari stot´ télica, elic a, que é a Lei do Terceiro erce iro Exclu´ıdo ıdo que afirma “para qualquer proposi¸ cao, c˜ ˜ ou esta proposi¸c˜ cao ˜ é verdadeira, ou ” . Um ma mattem em´ atico a´tico de primeira linha, L.E.J sua ne nega¸ ga¸c˜ cao ˜ é verdad verdadeira eira ”. Brouwer (1881-1966) , tamb´ em em rejeitou este postulado bimilenar, inclusive contrapondo-se à posi¸c˜ cão ao de outros eminentes matemáticos, aticos, a exemplo de David David Hilbert (1862-1943). (1862-1943).

−

−

∗

∗

∗

O segundo argumento para a rejei¸c˜ cao aõ do TEX [Lei do Terceiro Exclu´ Exclu´ıdo] que é objeto de nosso estudo é a no¸c˜ cão ao de existˆ existência. encia. As matemáticas aticas construtivistas divergem da matemática atica clássica assica principalmente no que concerne a no¸c˜ cao aõ de existˆ existência, encia, pois enquanto enquanto para esta ultima u ´ltima a existência encia de um objeto matemático atico é assegurada por uma realidade r ealidade independente ind ependente da mente, mente, para os intuicio intuicionistas nistas a existˆ existência encia de um objeto matem´ matemático atico só é poss pos s´ıvel quando é analisada analisa da em termos de constru¸ constr u¸c˜ coes o˜es mentais, rejeitando rejeitando a existˆ encia encia transcendental dos objetos matem´ aticos. aticos. Neste Neste sentido “existe” “existe” é sinônimo onimo de “pode “p ode ser constru´ con stru´ıdo”, ıdo”, e a exigˆ ex igência encia de uma um a constru¸ constr u¸c˜ cao aõ mental para a afirma¸c˜ cão ao da existˆ encia encia dos objetos matem´ aticos aticos legitimaria a rejei¸c˜ cão ao da validade validade do TEX para dom´ dom´ınios infinitos infinitos de julgamento. julgamento. [. . . ] Outra no¸c˜ cão ao matem´ atica reformulada pelo Intuicionismo, a fim de leatica gitimar a rejei¸c˜ cao aõ do TEX, é a no¸c˜ cao aõ de infinito. Para os intuici intuicionista onistas, s, a concep¸c˜ cao aõ clássica assica do conceito de infinito estaria amparada na cren¸ca c a in-











































3.2

O que e´ a verdade verdade? ?

L´ ogicos, ogicos, matem´ aticos aticos e filosófos, ofos, através es de d e argumentos argu mentos ultra-er u ltra-eruditos uditos,, sofisticados, já tentaram ao longo lon go dos séculos ecul os captar capta r a essência encia da verdade, isto é, e, responder resp onder à pergunta “O que é a verdade?”. Talvez possamos aqui tentar uma modesta contribui¸c˜ cao aõ a respeito respeito desta relevante e decisiva questão. ao. A nossa resposta não ao envolve nenhum grau de sofistica¸c˜ cão, ao, é bem elementar e compreens´ compreens´ıvel a qualquer homem de boa vontade, dizemos que:

−

−

Verdade é tudo aquilo que um determinado grupo de homens decide o que seja. Esta nossa “ingênua” enua” defini¸ defini c˜ çao aõ se estriba em extensas observa¸c˜ coes o˜es tanto no ambito âmbito da matem´ atica atica quanto no da f´ısica conforme exemplificamos de sobejo no primeiro cap´ cap´ıtulo deste livro. Ora, se assim se dá na metemática atica e na f´ısica, por p or que nas outras disd isciplinas cient´ cient´ıficas teria que ser diferente? d iferente? E mais geralmente: por que teria que ser diferente na teologia ou filosofia? Reiteramos: Reiteramos: Toda (suposta) verdade que se possa ouvir, que se possa ler, necessáriamente ariamente passou pela mente mente de algum homem, a estrutura cog´ ario que se entenda que toda verdade é uma nitiva nit iva de ref referˆ erˆ en cia . E necessário encia das “cores” “cores” ap´ os o prisma (mente humana): os

−

Absoluto











































3.2.1 3.2.1

A epis epistem temolo ologia gia do Vazio azio

A verdade absoluta, n˜ ao passa do resultado de um conforao mismo absoluto. (Paul Feyerabend/filósofo oso fo da ciência) enci a)

Lembramos que na seçc˜ cão ao 2.4 (p. 49) escrevemos a respeito do Vazio: Enfatizamos: O Nada que é a origem de tudo na teoria da relatividade ontológica, ogica, é desprovido desp rovido de natureza natur eza inerente iner ente pr´ pr opria, o´pria, ou identidade. O Nada não ao é “algo” “algo”,, n˜ ao é um “ser”, posto que está desprovido de natuao reza inerente própria, opria, ou identidade identidade,, reiteramos. reiteramos.

−

−

Lembramos Maturana: Certamente, toda afirma¸c˜ ca õ ´ e v´ alida no dom alida dom´ ´ınio de validade especificado especifi cado pelas coerˆ encias que a constitue encias constituem. m. Daqui deduzimos que não ao existe existe uma verdade verdade absolut absoluta. a. A partir da p´ agina agina 67 mostramos cinco exemplos de que a verdade é dependente dep endente de uma ∗ ECR. A raz˜ ao ao para isto, em nossa TRE, é que o Nada não ao é uma um a estrutura ao processa informa¸ c˜ coes, o˜es, não ao encontramos nenhum cognitiva cognitiv a de referência enci a , não referencial no Nada, a partir do qual possamos enunciar qualquer verdade absoluta. O que seria uma verdade absoluta? Durante algum tempo procuramos por uma defini¸c˜ cao ão para verdade absoluta soluta.. Fomo omoss buscar buscar inspira¸ inspira¸c˜ cao ão numa proposi¸c˜ cao aõ de Tagore, no diálogo alogo com Einstein, referido à p´ agina agina 37, diz ele:

Se alguma verdade existe que n˜ ao guarde nenhuma rela¸c˜ cao ˜ sensitiva ou











































A seguir, seguir, ilustramos ilustramos atrav´ atrav´ es es de uma analogia, analogia, como toda ve verdad rdade e passa pela mente humana ( ECR),

Teologia Matem´ atica atica F´ısica

V´ acuo acuo

Ψ

“Luz Branca”

Filosofia (Mente)

Lembramos:

Biologia Semi´ otica otica Sociologia

 s   e  d  a d   r   e  V  (p. 50)

Contudo, esse Nada absoluto tem propriedades not´ aveis na meaveis dida em que a totalidade do nosso universo actual já se encontra nele em germe; com efeito, ele representa a totalidade das possi (Peirce) bilidades. A Luz Branca cont´ contém em em si “todas as cores”, em potˆ p otˆ encia encia (germe), no entanto, estas cores só se tornam reais ao passar pelo prisma.

Sugest˜ Suge st˜ ao ao de Leitura Leit ura

− A Pot^ Pot^ encia e ncia do Nada Nada (O VAZIO INCONDICIONADO E A INFINITUDE DO SER)











































´ este Nada que os cr E crentes entes chamam de Deus, é este Deus que os ateus chamam de Nada. (O iconoclasta) Ademai Ademais, s, este este Deus Deus (Nada) (Nada) n˜ tais ao ao possui possui atribu atributos tos huma humanos nos, tais como: amor, bondade, miseric´ ordia, ordia, ira, etc. Tudo isto são ao atributos humanos que o homem projeta naquilo que ele acredita acredita que seja Deus; todo to do Deus, reiteramos, reiteramos, é uma constru¸ constru¸c˜ cão ao humana. Toda concep¸c˜ cão ao do d o que seja Deus é uma constru¸ constr u¸c˜ cão ao da ECR de algum homem. Tudo encontra-se inclusive os atributos citados no Absoluto (Nada), apenas que em germe (potˆ (p otˆ encia). encia). Veja isto na analogia a seguir:

−

−

V´ acuo acuo

Ψ

     Ira   Depress˜ aaoo  Felicidade   Tristeza  Amor Miseric´ ordia ordia Bondade

“Luz Branca”

(Mente) (ECR)

e t n e m a d s o t u d o r P

Um mestre diz que aquele que falar de Deus através es de qualquer semelhan¸ca, ca, fala de modo simplório orio Dele. De le. Mas falar fa lar de Deus atrav´ a través es do ‘Nada’; ‘N ada’; é falar fala r dele corretamente. Quando a alma unificada entra na total auto-abnega¸c˜ cão, ao, encon-













































Diferen¸ca ca entre criar e gerar Dissemos que tudo emerge do Vazio (Matriz), no entanto, o Vazio não cria, mas sim gera. A diferen¸ca ca é que criar que é um atributo humano pressupõe oe planejamen planejamento, to, tomada de decis˜ decisoes, o˜es, isto não ao faz parte da natureza do Vazio, “Ele” não ao é uma um a ECR . Uma analogia, uma m˜ ae ae gera um filho, ela não ao o cria, no sentido de planejá-lo, a-lo, de deliberar. deliberar. Uma sement sementee gera gera uma árvore arvore.. Na Natureza Natureza o V´ acuo acuo gera part´ part´ıculas. Portanto, diferentemente difer entemente dos Deuses Deu ses das religi˜ oes, oes, o Vazio não é criador (“arquiteto” (“arquiteto”,, “designer”) “designer”),, mas sim gerador .

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Vejamos mais uma analogia,

S o













































3.3 3.3

O post postul ulad ado o de de Nag Nagar arju juna na

Acredito Acredit o que é poss pos s´ıvel se reconhecer reconh ecer um sábio abio iluminado por apenas um de seus seus pensame pensament ntos. os. O pensamen pensamento to a seguir, seguir, de um monge indiano indiano (séc. ec. II-III) II-I II) por nome Nagarjuna, me causou uma espécie ecie de fasc´ fasc´ınio tanto é que decidi conferir-lhe o status de um postulado, afirma ele:

Se eu tivesse qualquer posi¸c˜ cao ˜ te´ orica, ent˜ ao eu teria problemas; mas j´ a que n˜ ao tenho qualquer posi¸c˜ cao ˜ te´ orica, ent˜ ao n˜ ao tenho qualquer problema. (p. 8) Nagarjuna afirma (postula) que qualquer posicionamento te´ orico orico (p. é suscet´ suscet´ıvel de questionamento, e isto se confirma, de sobejo, em todos os ramos da ciˆ encia, encia, em particular da f´ısica e da matem´ atica. atica. Por Por exemplo, exemplo, veja em quantas Escolas se divide a matemática em seus fundamentos:













































Agora veja leitor, se podemos discordar das teorias matemáticas, aticas, das teorias da f´ısica, que, por sinal, são ao “comprovadas” “comprovadas” experimentalmente em em “aceleradores “acelera dores de part´ıculas”, ıculas” , seus produtos são ao manipulados diariamente por todos , pois bem, por que não ao podemos discordar das “teorias e postulados” tulados” das religi˜ religi˜ oes? O postulado de Nagarjuna afirma que sim. oes? A t´ıtulo de uma mera ilustra¸c˜ cao aõ da potência encia deste postulado, alguns posicionamentos teóricos oricos de Jesus (isto mesmo, o “Filho de Deus”) acarretam probl pr oblemas emas,, é só uma quest˜ questão ao de encontrarmos a perspectiva apropriada, sen˜ ao ao vejamos: Disse ele: “ Eu sou o caminho, aminho, e a ver verdade, dade, e a vida. Ningu´ Ninguém em vem ao .” Pai, sen˜ ao por mim .” Aqui eu poderia apontar vários arios problemas com esta “posi¸c˜ cao aõ te´ orica” orica” de Jesu Jesus. s. Pra come come¸¸car c ar n˜ ao ao existe um unico cami minho nho (ver (ver p. 45), 45), como u ńico ca ´ isto o tamb´ ta mbém em não ao existe uma unica u ńica verdade existem perspectivas. E que a realidade escancara frente a meus olhos, e eu não ao sou cego. Veja:

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− “Ao que te ferir numa face, face, oferec oferece-lhe e-lhe também em a outra; outra; e, ao que te

houver tirado a capa, nem a t´ unica recuses.” (Lc 6:29) Esta é mais uma frase fr ase de efeito (para impressionar) de Jesus, que eventualmente pode ser aplicada mas sempre com parcimônia. onia. Com efeito efeito,, observamos nos diversos d iversos quadrantes da d a Terra que ditadores e pol p ol´´ıticos esbofeesb ofeteam a cara do povo por dez, quinze e vinte anos, por vezes quando morrem seus filhos ocupam seus lugares e o jugo continua, ainda assim o povo deve “oferecer a outra face”? Aconselhar Aconselh ar entregar também em a t´ t unica uńica àquele aquele que rouba a capa, só nãaoo conhecendo conhecendo os pol´ pol´ıticos ıticos e pastores pastores brasileiros brasileiros.. . . parece piada! Moral de rebanho. De outra feita Jesus sentenciou: (Mt 12:30) Quem n˜ ao é comigo, é contra mim; e quem comigo n˜ ao ajunta espalha. Veja bem, em minhas sinceras buscas espirituais via bastante leitura, reflex˜ ao, ao, medita¸ medita¸c˜ caao õ me deparei com outras “ cosmologias ” que a mim mim satisfizeram mais que a de Jesus. Decidi não ao juntar com ele, só n˜ ao ao entendo

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Senhor disse a Satan´ as: Pois bem. Fa¸ca ca o que quiser com tudo o que J´ o tem, mas n˜ ao fa¸ca ca nenhum mal a ele mesmo. Observe que Deus pega corda de Satan´ as as e, por uma questãaoo Coment´ ario: ario: Observe ca o que quiser com tudo o de ego, isto é, e, para ganhar a aposta, neste “Fa¸ca que J´ o tem ”, inclui os sete filhos e três es filhas de Jó, os quais foram todos assassinados. sassinados. Antes Antes Deus havia havia dito que Satan´ as as não ao deveria tocar no próprio oprio J´ o, o, posteriorment posteriormente, e, Satan´ as enfia mais corda em Deus, as ´ s´ Satan´ as respondeu: E o tocar na pele dele para ver o que acontece. As pessoas n˜ ao se importam de perder tudo desde que conservem a pr´ opria vida. Agora, se estenderes a m˜ ao e ferires o corpo dele, ver´ as como ele, sem nenhum respeito, te amaldi¸coar´ coar´ a. E o “Deus imutável” avel” pega mais corda corda de Satan´ Satanas a´s e muda sua decisãaoo anterior, permitindo que o justo Jó seja atingido: Senhor disse a Satan´ as: Pois bem. bem. Fa¸ca ca o que quiser com J´ o, mas n˜ ao o mate

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Neste livro Jung raciocina:

Que Deus seria este que preferisse imolar o pr´ oprio Filho a perdoar com magnanimidade as suas criaturas, mal aconselhadas e desencaminhadas por Satan´ as? Que pretende pretenderia ria demonstr demonstrar ar com com este sacrif´ sacrif´ıcio cruel cruel e arc arcaico aico do Filho? Filho? Porven Porventur tura a seu amor? amor? Ou o seu car´ car´ ater im-















































3.4

A lei de Deus

Aceder Aceder à ciência enci a é rejuvereju venescer espiritualmente, ´ e ac acei eita tarr uma brusca muta¸ c˜ c˜ ao que co ao conntradiz o passado. passado.

Tudo isso, que à primeira vista parece excesso de irrazão, ao, na verdade dade é o efei efeito to da finur finuraa e da extens˜ ao ao do esp´ esp´ırito humano humano e o















































Ora, a partir deste postulado não ao é dif´ di f´ıcil ıci l concl con clui uirr que: qu e:

N˜ ao existe Lei de Deus, existe lei do homem! ao Isto mesmo! mesmo! Reiteramos: Reiteramos: o que quer que estes autores autores (mestres, (mestres, gurus, padres, padres, pastores, papas, etc.) tenham proferido proferido a respeito da “Lei de Deus”, est˜ ao ao equivocado equivocados. s. Estas Estas “Leis de Deus” se originara originaram m da própria opria cabe¸ca ca















































“autores da Lei de Deus” foram v´ v´ıtimas do seguinte seguinte Adendo: Todos os “autores embuste: eles escreveram a partir da mente, do ego. O que é o ego? Quando chegamos ao mundo somos uma tela em branco bran co (Consciência), encia), a sociedade, so ciedade, a cultura se encarrega de pintar o ego o desenho na tela. O ego (a mente) é isto, um feixe de condicionamentos culturais. cultur ais.

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Mas . . . ent˜ ent˜ ao a o n˜ ao ao existem existem as “Leis da Natureza”? Natureza”? Respondemos: Respondemos: “Tudo o que apreendemos, seja perceptiva ou conceitualmente, ´ e despro desprovido vido de natureza inerente pr´ opria, ou iden opria, identidad tidade, e, independentemente dos meios pelos quais seja conhecido.” A este resp eito, vejamos o importante testemunho de um f´ısico: ısico:







































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































tem´ atica atica∗ . Ademais, imagino que este livro que o leitor tem em mãos possa contribuir com várias arias areas a´reas do conhecimento.

Pois bem, diante do exposto, deixo aqui uma pergunta a estes mestres: como alguém em que passou 30 anos de sua vida consumindo a droga ayahuasca ayahuasca foi capaz de produzir todos estes livros? Afora dezenas de artigos. Ainda Ainda tem mais: esta esta substˆ substˆ ancia ancia é utilizada por milhares de pessoas por este pa´ pa´ıs afora, afora , e também em em outros outro s pa´ pa´ıses do mundo é objeto ob jeto de estudos de muitos p esquisadores sérios. erios. Sendo assim, pergunto: Todas estas pessoas são ao apenas drogadas? Segundo entendo, a verdade nua e crua passa por p or aqui: é óbvio obvio que estes mestres não ao vão ao falar bem de uma planta mestra, caso contrário ario correriam o risco de perder seus disc´ disc´ıpulos! Diante das plantas mestras, correm o efetivo risco de tornarem-se desnecessários arios para seus respectivos resp ectivos disc´ disc´ıpulos, ıpulo s, e a´ı vãaoo sobreviver sobrev iver de d e quê? e? Isto não ao é uma hip´ hip otese o´tese minha, já vi acontecer. J´ a fui acusado de ser agressivo em meus escritos, acontece que na minha rispidez sou sincero, enquanto tenho visto por a´ı muitos mestres mostrando os dentes, digo sorrindo, no entanto vendendo mentiras.

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Vacuidade Este é um dos temas de maior relevância a ncia do budismo e que tem a ver com a Consciˆ encia encia do Vácuo, acuo, isto é, e, com a Consciˆ encia encia (Matriz) que os neurocientistas desconhecem, razão ao por que acho necessário ario me alongar um pouco mais neste tema. tema. Ademai Ademais, s, penso que posso contri contribui buirr com os próprios oprios estudiosos do budismo sobre esta relevante questão. ao. Com efei efeito, to, tenho lido muitos livros de mestres budistas, acompanhado muitas palestras em v´ v´ıdeos, lido muitos artigos e me dei conta de que quando eles tratam do tema vacuidade o fazem de um ponto de vista apenas teórico, eles apenas







































conhec conhecem em o tema tema de leituras leituras e “ouvid “ouvido”. o”. Quando Quando tentam tentam repassa repassarr a seus seus ouvintes e leitores não ao raro mai maiss com compli plicam cam que explic explicam. am. Por Por exempl exemplo, o, tenho em mãos aos o livro, “O Sentido da Vida ”, ”, de Sua Sua Sant Santida idade, de, o DalaiDalaiLama:

Pergun Pergunta: ta: Como Como podemos demos entend entender er a vacuida vacuidade de de modo modo bem simples, sem entrar em uma filosofia excessivamente intelectualizada? Respost esposta: a: O que eu estive faland falando o nos ultimos ultimo ´ s três es dias n˜ ao é e simples o bastante? A idéia eia principal é que, quando os objetos s˜ ao procurados sob an´ alise, n˜ ao s˜ ao encontr encontrados, ados, mas isto n˜ ao significa que eles n˜ ao existam significa simplesmente que falta a eles existência encia inerente. Se vocˆ você contemplar contemplar isto repetidamente, repetidamente, em dado momento a realiza¸ realiza¸ c˜ cao ˜ (p. 108/Editora Martins Fontes) emergir´ a.

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Achei a pergunta excelente (objetiva), no entanto a resposta de Sua Santidade está incompleta, no meu entendimento, claro. Veja:

eia principal [da vacuidade] é que, quando os objetos s˜ eia ao procu“A id´ rados sob an´ alise, n˜ ao s˜ ao encontrados, mas isto n˜ ao significa que eles n˜ ao existam significa simplesmente que falta a eles existência encia inerente.” Segundo Segundo entendo, entendo, esta é apenas ap enas uma face da moeda. Daqui a pouco mostraremos a outra face, antes, tenho a impressão ao de que a afirma¸c˜ cao aõ de ao significa que eles n˜ ao existam significa simSua Santidade, “mas isto n˜ resulta a um tant tanto o confusa confusa plesmente que falta a eles existência encia inerente.” result para um neófito; ofito; ademais, entra em contradi¸c˜ cao aõ com o ensinamento de um (p. 115 115)) grande mestre budista, budista,

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Nem ´ e eterno, pois que nada existe verd verdadeiramen adeiramente, te, Vamos tornar torna r vis´ vis´ıvel a “explica¸ “explic a¸c˜ cão” ao” do DalaiDalai-Lama. Lama. Ent˜ ao, ao, reflita no(p. 39) vamente sobre a imagem do pernilongo, Inicial Inicialmen mente, te, esta esta imagem imagem deixa claro que existir (ou como existe) depende do referencial, a estrutura cognitiva cognitiva de referencia referencia (“decodific (“decodificador”). ador”). Leitor, imagine que vocˆ você vai aplicando aplicando no “pernilongo” “pernilongo” um zoom zoom cada vez mais mais potente, otente, o que ter termin minar´ ar´ a acon aconte teccendo endo? ? Em dado dado momomento men to você ver´ ve r´ a apenas ´ atomos, elétrons, etrons , pr´ otons, otons, quarks, quarks, etc. Nest Nestee mome moment nto o o perni ernilo long ngo o (identidade) deixar´ a de existir!

(Caixa) P e r n i l o n g o

P e r n i l o n g o

(Gedankenexperiment)







































´ desta perspectiva que o mestre Longchenpa muito acertadamente afirma E “pois que nada existe verdadeiramente ”. O que que est´ está em harmonia com o postulado da TROE: “Tudo o que apreendemos, seja perceptiva ou conceitualmente, ´ e despro desprovido vido de natureza inerente pr´ opria, ou iden opria, identidad tidade, e, independentemente dos meios pelos quais seja conhecido.” A outra face da moeda, não ao mencionada por Sua Santidade, é que existe uma outra modalida mo dalidade de de Vacuidade acuidade que é simplesmen simplesmente te a que um outro mestre se refere:

Simplesmente proferir as palavras “o a¸c´ cucar ´ é doce” doce” n˜ ao produz a experiência, encia, mas se for f or degustado, d egustado, descobre-se que o seu se u sabor sa bor é doce. Do mesmo modo, modo, simplesmen simplesmente te proferir proferir a palavra alavra “vacuidade” “vacuidade” n˜ ao produz a experiˆ exper iência, enc ia, mas através es da medita¸ medit a¸ c˜ c˜ ao o seu sabor é experienciad e xperienciado. o. (Maitreya)

Ao contr´ ario da anterior, a apreensão ario ao (entendimento) desta vacuidade não ao é uma quest˜ que stão ao de inteligência, encia, mas de sensa¸ atr avés es c˜ cao a õ. Vejamos isto atrav´ de três es ilustr ilu stra¸ a¸c˜ coes: o˜es: Quando, atrav´ atrav´ es es da medita¸ medita¸c˜ cão, ao, deleta deleta-se -se o ego entraentra-se se num num estado estado ´ de vacuidade. E aqui que surge “A Consciˆ Con sciência”, enci a”, que não ao tem nada a ver com ego, self, etc.

P e e ns a a me n t o o s s

ego

Vacuidade

(Con (C onsc sciˆ iência enc ia))

J u ul l g g a am e n t o o s s

S e n t i m e n t o s

H´ a que se experimentar experimentar o “bacuri”, conforme conforme mencionamos mencionamos na página agina 116. Uma segunda ilustra¸c˜ cão: ao: Este Oceano, como já referimo r eferimos, s, é um u m Oceano Oc eano de Consciˆ encia encia (Universal), as ondas s˜ ao ao os nossos pensamentos. Quando, atrav´ es es da medita¸c˜ cao, aõ, anulamos anulamos estas ondas, então ao surge o estado de vacuidade, um estado de Pura Consciência. encia. Enfatizamos, esta modalidade de Vacuidade a mais dif´ dif´ıcil e importante imp ortante não ao depende dep ende de inteligência, encia, cultura, santidade, austeridade; não a o depende de 10 ou 15 anos anos de clausura, clausura, meditand meditando-s o-see em mosteiros mosteiros.. Um caboclinho do mato, analfabeto, de ating´ı-la. ı-la.

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Vejamos ejamos ainda uma terceira terceira ilustra¸ ilustra¸c˜ cao: aõ: Cons Co nsci ciˆênci en ciaa

Ego Quando, Quand o, através es da medita¸c˜ cao, aõ, dissolvemos a casca do ego, entãaoo surge a Consciˆ encia, encia, este é o estado tado de vacuidade; obje bjeto de nossa aprecia¸c˜ cao. a˜ o. Aind Ainda: a: para para a apreensão ao da primeir primeiraa vacuida acuidade de Casulo Vacuidade (a qual o Dalai-Lama se refere) a mente men te é neces ne cess´ sária; aria; para se atingir a segunda vacuidade, a mente torna-se um estorvo, deve ser deletada.

Enfatizamos, a imersão ao neste estado de Vacuidade tem a ver com o relato do Dr. Eben,

Eu estava conhecendo uma dimens˜ ao da consciˆ consciência encia que existia completamente a` parte das limita¸c˜ c˜ oes de meu cérebro erebro f´ısico. Minha experiência encia me mostrou que a morte do corpo corpo e do cérebro erebro n˜ ao é o fim da consc con sciˆ iênci en cia. a. (Eben Alexander/ Alexander/p. p. 22) ´ precisamente E pr ecisamente o estado de consciência encia que o Dr. Damásio asio diz ignorar:

Minha resposta resposta a essa e ssa cr c r´ıtica: se a “autoconsciência” encia” for considerada “consciˆ “consciência encia com um sentido do self ”, ent˜ ao toda a consciˆ consci ência enc ia humana é necessariamente necessariamente abrangida por esse termo n˜ ao existe nenhum outro tipo de consciência, at´ encia, até ond ondee se sei i . (Ant´ onio onio Damásio) asio)

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A seguir dois sábios abios referem-se ao segundo tipo de vacuidade: A chave para dissipar a confus˜ ao ao E ficar livre da dor ´ viver com o Tao E Na terra do vazio. (Chuang Tzu)

Quando as a¸c˜ cões oes e as emo¸c˜ coes ões aflitivas cessam, ocorre a liberta¸c˜ cão. ao. As a¸c˜ cões oes e as emo¸c˜ cões oes aflitivas surgem das concep¸c˜ coes o˜es falsas, que por sua vez surgem das elabora¸c˜ cões oe s fict´ fi ct´ıcias ıci as.. As elabora¸c˜ cões oes fict´ fict´ıcias cessam na vacuidade.

(Nagarjuna) ´ este estado de Vacuidade o diamante que todos os budistas (e toda a E humanidade, embora embor a sem ter consciˆ encia encia disto) buscam.







































Nas palavras do Buda a seguir,

Quando Buda atingiu, atingi u, alguém em lhe l he perguntou perguntou:: “O que q ue vocˆ e atingiu?” atingi u?” Ele riu riu e disse disse:: “N˜ “Nao ˜ atingi nada, pois o que atingi sempre esteve comigo. Pelo contr´ ario, perdi muitas coisas; perdi meu ego, meus pensamentos, mentos, minha mente. . . Perdi Perdi tudo o que costumava costumava senti que possu´ ossu´ıa; per perdi meu corpo, corpo, pois costumava costumava achar que era era o corp corpo. o. Perdi Perdi tudo isso e agora agora existo como puro nada. Mas essa é a minha aquisi¸ c˜ cao.” ˜ (Buda/osho)

Temos mais uma confirma¸c˜ cão ao do relato do Dr. Eben,

Eu estava conhecendo uma dimens˜ ao da consciˆ consciência encia que existia completamente a` parte das limita¸c˜ coes ˜ de meu cérebro erebro f´ısico. Minha experiência encia me mostrou que a morte do corpo corpo e do cérebro erebro n˜ ao é o fim da (Eben Alexander/ Alexander/p. p. 22) consc con sciˆ iênci en cia. a. Enfatiz Enfatizo: o: N˜ ao tenho porque ter f´ ao e nas afirma¸ c˜ coes o˜es do Buda, não a o sou budista, não ao obstante, sei que assim é, e, posto post o que esta é também em a minha experiˆ exper iência, encia, uma, duas, três, es, . . . , n vezes. Na ilustra¸c˜ cao aõ a seguir s eguir coloco colo co a ayahuasca no mesmo mesm o n´ n´ıvel de importˆ imp ortância ancia para as ciências encias cognitivas cogniti vas que a luneta de Galileu para a astronomia e o microscópio opio de Hooke para a biologia.

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ego

Consciência (Vazio)









































O Mestre e o Agricultor Finalmente gostaria de pôr o r em relevo uma última ultima questão: ao: At´ Até que ponto pode ser considerada v´ alida uma experiˆ encia encia induzida por uma planta de poder? ou digna de crédito. edito. Inicialmente, e mais uma vez, permitamme uma analogia:

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Pergunto: até que ponto é v´ alida alida a cura de um distúrbio urbio psicológico, ogico, como a esquizofrenia esquizof renia,, por p or exemplo, exemp lo, atrav´ a través es de d e um medicamen medicamento to qu´ qu´ımico? ımico? Segundo Segundo o cien´ por tista tist a Francis ran cis Crick Cri ck o ego é qu´ımica. ımi ca. E isto que qu´ımica ımi ca cura cur a qu´ımica. ımic a. (p. 16) Por outro lado, segundo Maturana, O que faz com que algu´ em seja um cientis em cientista ta ´ e a paix˜ ao pelo ao explicar, n˜ ao pelo buscar a verdade. ao ´ isto, E i sto, é esta e sta paix˜ pai xão ao que me move, que me levou à ayahuasca, com a qual descobri no Vazio Vazio um sistema (explicativ (explicativo) o) que a mim satisfaz. satisfaz. Ademais, Ademais, nãaoo estou buscando a santidade, tal como um monge que passa dez, quinze ou vinte anos meditando em um mosteiro. Por outro lado, minhas experiências encias me permitem compreender discursos de muitos mestres budistas, quando dissertam sobre temas altamente abstratos (pois que encerram “contradi¸c˜ coes”), o˜es”), como é o caso da vacuidade vacuidade um dos temas de mais dif´ dif´ıcil compreensão. ao. Tamb´ em em me permitem separar o “joio” do “trigo”, isto é, e, verdadeiros mestres de meros atores, daqueles que apenas vendem uma verdade teórica, sem nunca nunca a terem experimentado. experimentado. Pelo que tenho lido em livros escritos por mestres budistas, muitos deles sem falar nos monges estudantes passam 10, 15, 20 ou mais anos meditando em um u m mos mosteiro, teiro, sem terem ter em uma u ma efetiva ef etiva experiˆ exp eriência encia da “Consciência encia Suprema” (estado de Vazio), o que eu consegui em cerca de dois anos de treinamento. Creio mesmo, admito que possa estar equivocado, que as minhas experiências encias em deletar a mente foram at´ e mais intensas que a do próprio oprio Buda, tendo em conta que eu utilizava um “potente alucinógeno”, ogeno”, no dizer dizer do Dr. Eben,

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Adendo: Apenas algumas observa¸c˜ cões oes referentes a uma cita¸c˜ cao ão de um artigo que por acaso encontrei na internet. Neste artigo lemos:

A subjetivi subje tividade dade é uma dessas caracter´ caracter´ısticas ısticas globais estruturais estrut urais da consciência: encia : “todos os estados estado s conscientes conscie ntes s´ o existem se experimentados por por um agente” (Searle, (Searle, 2000: 2000: 73). Discordamos, Discord amos, existe um u m estado de Consciˆ Cons ciência encia onde não ao existe um agente experimentador, onde não ao existe existe um “eu”, “eu”, self, self, ego, etc. etc. Como Como já afirmei, um grande empecilho enfrentado pelos estudiosos da Consciˆ encia encia é que eles s´ o conhecem a consciência encia após os o prisma, no entanto, reiteramos, existe uma consciência encia antes do prisma, prism a, é esta que eles ignoram. ignor am.

     cons co nsciˆ ciência enc ia   Literatura   Guerras  Números umeros Azuis 

Números umeros Matem´ atica atica F´ısica ic a

Cons Co nsciˆ ciênci en ciaa Luz Branca (Mente) consci^ e ncia do home encia homem m

e t n e m a d s o t u d o r P

V´ acuo acuo

O problema de todos os pesquisadores da consciência encia qual é? e? A razão ao pela qual eles nunca estão ao em acordo entre entre eles é que nunca nunca conseguiram conseguiram abandon abandonar ar a mente mente (casulo) (casulo).. QualQualquer “posi¸c˜ cao aõ te´ orica” orica” se origina origina na mente, o que só confirma o postulado de Nagarjuna, p. 76.

Ego

Casulo

Cons Co nsci ciˆênci en ciaa

Vacuidade

Pelo ao menos um pesquisado pesq uisadorr sério erio levou a s´ erio erio esta Consciência encia a que me refiro.









































− Fonte: Fonte: Laszlo, Ervin. A ciência encia e o campo Ak´ ashico: uma teoria integral

de tudo. Ed. Cultrix, 2008. (grifo nosso)

(p. 124) 124)

ˆ ´ CONSCIENCIA COSMICA Vamos agora dar outro passo em nossa explora¸c˜ cao aõ do universo in-formado: um passo que vai al´ em da em consciˆ consci ˆ encia associada com os organismo encia organismoss vivo vivoss . N˜ ao ao poderia o próprio oprio cosmo ser dotado de algum tipo de consciˆ co nsciência? enci a? [. . .] Sir Arthur Eddington observou que “o material do universo é material mental [ . . .] a fonte e a condi¸c˜ cao aõ da realida r ealidade de f´ısica”. ısica”. [. . .] H´ a, a, entretan entretanto, to, abordagens positivas positivas que podemos adotar. De in´ in´ıcio, mesmo que não ao possamos observar diretamente a consciˆ encia encia no v´ acuo, acuo, podemos demos tentar tentar um experime experiment nto. o. Podemos Podemos entrar entrar num num estado estado alterado alterado de consciência encia e nos no s identificar identi ficar com o vácuo, acuo, o n´ıvel mais profundo e mais fundamental da realidade. Supondo que sejamos bem-sucedidos (e os psicólogos transpessoais transpessoais nos dizem que em estados alterados alterados as pessoas po dem se identificar praticamente com qualquer parte ou aspecto do universo), será que experimentar´ exper imentar´ıamos ıamos um campo cam po f´ısico de energias ener gias flutuantes? flutua ntes? Ou exp erimenerimen tar´ tar´ıamos assim como um campo camp o de consciência encia cósmico? osmico? [. . .] Stanislav Grof descobriu que em estados de consciˆ encia encia profundamente alterados, alterados, muitas muitas pessoas experimenta experimentam m um tipo de consciˆ consciˆ encia encia que lhes parece ser a do próprio oprio universo. Essas experiências, encias, as mais notáveis aveis obtidas em estado alterado, altera do, vêm em à tona em indiv´ıduos ıduos que estão ao comprometidos com a busca por p or apreender os terrenos supremos da existência. encia. Quando esses buscadores se aproximam da realiza¸c˜ cão ao de seu objetivo, suas descri¸c˜ cões oes daquilo daquil o que qu e eles consideram consid eram ser o princ pr inc´´ıpio supremo supre mo da existência encia são ao incrivelmente semelhantes. Eles descrevem o que experimentam como um imenso e insondável avel camp o de consciência encia dotado de inteligˆ intel igência encia e de poder po der criador cr iador infinitos. O campo de consciˆ encia encia cósmica osmica que eles experimentam é um estado de vacuidade cósmica osmica um vazio. ´ E isso isso o que eu estou estou tentand tentandoo dizer dizer desde cedo! cedo! Apenas Apenas fazendo fazendo um adendo, a partir de minha própria opria experiência, encia, ao que se afirma: O camp campoo de consciência encia cósmica osmica que eles experimentam é um estado de va-

−









































Como este context contextoo é “altamen “altamente te abstrato” abstrato” sentimos sentimos a necessidade necessidade de acresc acrescen entar tar mai maiss uma p´ agina de informa¸ agina informa¸ c˜ coes. o˜ es. A bem da verd verdad ade, e, esta esta Consciˆ encia encia sem um agente (self) não ao está consciente de nada, ela é apenas um “Observador “Observador sem objeto”, como um espelho que apenas reflete, reflete, no entanto, sem “observar”. Vejamos duas analogias: I nt e er r p r r e et t a a

todos os estado estados s Searl Searlee afirma afirma,, “todos conscientes onscientes s´ o existem existem se experi experimen men-” , ist isto só é verver tados tados por um agente agente ”, dade dade com com respe respeit itoo à consciência encia que se orig origin inaa dest destas as ondul ondula¸ a¸c˜ coes o˜es (pensa(pensamentos), no entanto, quando conseguimoss anul mo anular ar esta estass ondas ondas o que eu chamo de sair da mente, deletar o ego resta ainda o próprio oprio Oceano (Substrato, tela em branco), branco ), este es te é um estado es tado de Consciência encia que não ao “vê”, e”, apenas ape nas reflete reflete,, sem introdu introduzir zir nenhum nenhumaa disdistor¸c˜ cão ao (julgamento), como um espelho.

ego


D i s t o r c e

−

−

Absoluto

´ esta vibra¸c˜ -E cao aõ que gera ger a a consciˆ con sciência enci a experimentada por um agente, é com esta consciˆ con sciência enci a que q ue os estudiosos da consciência encia distorcem distor cem tudo!

ego

O Absolu Absoluto to cont´ cont´ em em todo o experiexperienci´ avel. avel. Mas sem o experimen experimentad tador or eles s˜ ao ao como nada. Aquilo que qu e faz a experiˆ exp eriência encia poss po ss´´ıvel é o Absolu Ab soluto. to. Aquilo Aqui lo que qu e a faz f az atual at ual

Mente →

→










































5

A morte é mais uma ilus˜ ilusao aõ criada pela mente O oposto de uma verdade verdade é mentira, mas o oposto de uma verdade profunda profunda pode muito muito bem ser outra verdade profunda. (Niels (Ni els Bohr/f´ Boh r/f´ısico) ısi co)

Introdu¸ c˜ ao: Durante mais de 2000 anos a humanidade acreditou na seguinte verdade profunda do geômetra ometra grego Euclides,

Postulado 5: “Por um ponto p exterior a uma reta r , considerados em um mesmo plano, existe existe uma unica u ´ nica reta paralela à reta r ”: r

r 

p



p











































O 5 o postulado de Euclides (ou postulado das paralelas) foi negado de duas formas distintas: Por um ponto exterior a uma reta n˜ ao ao podemos tra¸car car nenhuma paralela a esta reta (geometria de Riemann). Por um ponto exterior a uma reta, podemos tra¸car car uma infinidade de paralelas a esta reta (János anos Bolyai (1802-1860) e Lobachevsky (1792-1856)).

− −

Uma verdade arraigada na humanidade, não ao por 2000 anos, como a de Euclides, mas por milhares de anos é esta: “A morte existe”. O que acontec acontecee se negarmos negarmos esta verdad verdadee profunda profunda?? Segundo Segundo o emieminente f´ısico ısico Niels Bohr, “ao inv´ es es de d e uma mentira, pode po de muito bem ser outra o utra verdade profunda”. Observe o seguinte, não ao se nega uma verdade profunda pelo simples desejo de negar, a nega¸c˜ cão a o do 5 o postulado de Euclides foi precedida precedi da por séculos eculos e séculos eculos de reflexões oes por partes de matemáticos aticos de primeira linha.











































Antes, Antes, um esclareci esclareciment mento. o. Dediquei Dediquei algum tempo de minha vida a meditar ditar (pesqui (pesquisar, sar, refleti refletir) r) sobre sobre o tema tema “vida “vida ap´ os o s a mor morte te”. ”. Uma das das primeiras coisas de que me conscientizei foi a de que eu não deveria deveria desejar os a morte ”, “sobreviver ap´ ”, posto que este este desejo desejo recˆ ondito ondito poderia “contaminar” taminar” (compromete (comprometer) r) toda a minha pesquisa eu estava consciente de que “cada um vˆ e o que quer ver” . Levei Levei algum algum tempo, via medita¸ medita¸c˜ cao, aõ, para conseguir me desprogramar deste desejo subrept´ subrept´ıcio, inscrito na humanidade. nidade. Chegou Chegou um momento momento que para mim era inteirament inteiramentee irrelev irrelevante ante sobreviver ou não. ao. ao Pois bem, ao chegar a conclusão a o de que a morte é mais uma ilus˜ criada pela mente , tal como Bolyai, exclamei:

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−

“Descobri coisas tão ao magn´ ma gn´ıfica ıfi cass que que fiquei fiquei pasm pasmo. o. . . Criei um novo mundo diferente a partir do nada do nada.” (Iconoclasta)

Fundamentando nossa tese Daqui pra frente só nos resta defender defender nossa tese, é o que faremos por muitas muitas perspectivas, perspectivas, tendo em conta conta a dificuldade dificuldade e n´ıvel ıvel de abstra¸ abstra¸c˜ cão a o do tema. Estaremos Estaremos arrolando muitos argumentos, argumentos, o leitor leitor escolha escolha aquele que











































2 a ) Lembramos ao leitor que o pernilongo que o Einstein vê, e, (Caixa)

s e u D

P e r n i l o n g o

P e r n i l o n g o

(Gedankenexperiment)

é uma um a cria¸ cr ia¸c˜ cão ao de sua mente, o pernilongo é desprovido d esprovido de natureza inerente própria, opria, ou identidade identidade.. Assim como a mente mente cria um pernilongo, pernilongo, tamb´ também em cria a morte. Cria n universos universo s através es dos sonhos. sonhos . 3 a ) Para facilitar ao leitor a mudan¸ca ca de perspectiva necessária, aria, observe a imagem a seguir:

−

Imagem











































Uma mesma eletric eletricida idade de fornece fornece “vida” “vida” a v´ arios hardwares (“vivificaarios os”), mas a eletricidade mesma não ao possui vida (“identidade” (“identidade”). ). A “identi“identidade” está em cada um dos aparelhos. Apenas uma analogia, reitero. Se um aparelho (hardware) (hardware) “pifa” dizemos dizemos que o “aparelho “aparelho morreu”. Voltando-nos oltando-nos um momento momento para a eletricida eletricidade, de, dizemos dizemos que ela tamb´ também em morreu? A essência encia de nossos argumentos subsequentes reside aqui: em que por uma mudan¸ca ca de perspectiva podemos nos ver como a eletricidade, e não ao como o aparelho. Eletricidade aqui é uma analogia para Consciˆ encia. encia. 4 a ) Quando a lagarta lagarta “morre”, “morre”, vocˆ você diz que a futura borboleta tamb´ também em morreu?

ao apenas meras analogias, analogias, temos consciˆ consciência encia de que não ao esNota: Isto são tamos provando provando nada, no entanto entanto,, nosso ob jetivo jetivo é contribuir contribuir com uma mudan¸ca ca de perspectiva em rela¸c˜ cão ao a` “morte”.

Duas conven¸c˜ coes o ˜es Para evitar repeti¸c˜ coes o˜es denominaremos a seguinte cita¸c˜ cao ão sobre Buda de











































Como se explic explica: a: perdi perdi meu ego, ego, meus meus pensa pensame men ntos, tos, minha minha Adendo: Como mente. mente. . . Perdi Perdi tudo o que costumava costumava senti que possu´ possu´ıa; perdi p erdi meu corpo? Se explica assim: Ao perder os pensamentos (eliminá-los, deletá-los) a-los) o ego desaparece, entra-se num estado de Pura Consciˆ encia: encia: Uma flutua Uma flutua¸c˜ çaõ no Oceano de Cons Co nsciˆ ciênci en ciaa no qual qual estamo estamoss imerimersos gera gera os pens pensam amen ento tos, s, o ego. ego. Buda, Buda, via medita medita¸¸c˜ cao aõ (aten¸ (aten¸ c˜ cao), aõ), conconsegue segue anula anularr estas estas ondas ondas o que eu chamo de sair da mente, deletar o ego resta ainda o próprio oprio Oceano (Substrato, tela em branco), branco ), este es te é um estado es tado de Consciência encia que não ao “vê”, e”, apenas ape nas reflete reflete,, sem introdu introduzir zir nenhum nenhumaa disdistor¸c˜ cão ao (julgamento), como um espelho. Ademais, este Oceano de Consciˆ encia encia n˜ ao ao possui atributos, não ao possui sentimentos, amor, etc.

−

I nt e er r p r r e et t a a

ego

−

−


D i s t o r c e

−

Ora, uma vez que não ao existe ego, não ao existe “meu” (não ao existe um centro atrator), n˜ ao ao existindo existindo “meu”, “meu”, n˜ ao ao existe existe “meu corpo”, corpo”, n˜ ao ao existe “minha mente”, mente”, etc.













































Antes de prosseguir, prosse guir, um parˆ pa rênteses enteses para p ara uma um a observa¸ obser va¸c˜ cao aõ que julgo de alguma relevância, ancia, no que concerne ao “o estado do Buda”. Veja bem, existem duas grandes diferen¸cas cas entre eu e um (eventual) mestre budista ao citar (ou fundamentar algum argumento) (n)estas palavras do Buda. Primeiro, eu nãaoo sou budista, não ao tenho porque ter fé em qualquer coisa que Buda tenha dito. Ademais, quando adotei o pseudônimo onimo de “Gentil, “Gentil, o iconoclasta”, decidi n˜ aaoo respeitar respeitar qualquer qualquer autoridade autoridade “s´ o porque p orque é uma autoridade”. Por exemplo, na página agina 77 estou discordando de algumas afirmativas de Jesus, na página 38 estou discordando (at´ e ironicamente) de Einstein, nas p´ aginas aginas 100 e 101 estou discordando do fundador da Conscienciologia e e de um erudito cientista da neuro ciência, encia, respectivamente. resp ectivamente. No meu livro livr o Exuma¸c˜ c˜ ao e Julgamento de questiono a legitimidade do Deus judaico-cristão ao (Jav´ ( Javé). e). Obviamente Obvia mente Deus questiono que não ao estou me colocando como dono da verdade, falo de argumentos. Segundo, quando eu endosso o “o estado do Buda”, não ao o fa¸co co de um ponto de vista meramente teórico, o rico, mas sim pelo fato de já o ter experimentado muitas vezes, conforme mencionei na página agina 106. Continuemos,













































Bem, muito já falamos falam os sobre esta Consciência encia no cap´ cap´ıtulo anterior, anterior , nãaoo achamos necessário ario repetir repetir os mesmos mesmos argument argumentos. os. No entan entanto, to, vejamo vejamoss mais uma ilustra¸c˜ cão. ao. Inicialmente vamos assumir que,

Toda fala, toda a¸c˜ cao, ˜ todo todo comp comportam ortamento ento s˜ ao flutua¸c˜ coes ˜ da consciência. encia. Toda a vida emerge e é mantida na conciˆ conciência. encia. O universo inteiro int eiro é a express˜ exp ress˜ ao da consciência. encia. A realidad realidadee do universo unive rso é um oceaoceano ilimitado de consciˆ consciência encia em movimento. (Maharishi Mahesh Yogi) e spectro eletromag ele tromagn´ nético eti co: Ademais, Ademais , vamos lembrar l embrar o que é espectro Espectr Esp ectro o eletromag elet romagn´ n´ etico: etic o: é o intervalo intervalo completo de todas as poss pos s´ıveis frequências encias da radia¸ radia ¸c˜ caao õ eletr ele trom omag agn´ nética, eti ca, que qu e contém em as a s onon das de rádio, adio, as microondas, o in-

Luz Lu  z vis´ vi s´ıvel ıve l













































Vamos tomar o espectro esp ectro eletromagnético etico como uma u ma analogia para o “espectro pectr o da Consciência”. encia”. Ent˜ ao, ao, considere a ilustra¸c˜ cao: aõ:

ego

          

          

Para estas consciências encias a morte não ao existe

  

   Aqui a morte surge

          

          

Para esta est a Consciˆ Co nsciência enci a a morte já n˜ ao ao existe













































5.1

. . . E no no me meio do do cam camin inho ho ti tinh nha a um uma pedr pedra a

Quanto a` morte, damos o assunto por encerrado: encerrad o: A morte é uma ilusãaoo criada pela mente humana. Ou ainda, a morte existe no referencial da mente (ECR), e mais: este referencial referencial pode ser transcendido transcendido,, ou ainda, no referencial da Consciˆ Co nsciência encia Pura a morte mor te n˜ n ao aõ existe. existe. Entretan Entretanto, to, com tudo isto, nãaoo afirmamos afirmamos que o ser humano sobrevive sobrevive ap´ os os a “morte” ou que alguns vãaoo para o para par a´ıso. A coisa n˜ ao é tao aõ simples quanto pode parecer numa análise alise apressada do problema; infelizmente existe uma pedra no meio do caminho. Vamos por partes, segundo entendo a pedra come¸ca ca se tomarmos em considera¸c˜ cão ao “o espinho de Crick ”:

−

Vocˆ ocê, e, suas alegrias e tristezas, suas mem´ orias e ambi¸c˜ coes, ˜ sua no¸c˜ c˜ ao de identidade e seu livre-arb li vre-arb´ ´ıtrio nada mais s˜ ao do que a intera¸c˜ cao ˜ de um vasto conjunto conjunto de c´ elulas elulas nervosas . . . Segundo este

− e muitos outros ilustres cientistas (com os quais estamos de













































Penso que as grandes questões oes da vida, não ao podem ser resolvidas adstritas a uma “lógica ogica linear”, linear”, por uma “mente “mente euclid euclidian iana”. a”. Da´ Da´ı todo nosso empenho no primeiro cap´ cap´ıtulo para preparar o esp´ esp´ırito do leitor para as antinomias que iriam surgir nos cap´ cap´ıtulos subsequentes, como é o caso deste. Ainda vou insistir mais um pouco: pou co: quando falo da experiência encia do Buda (“o estado do Buda ”) ” ) não ao estou falando de uma experiˆ experiência encia ocorrida h´ a milhares milhares de anos em um pa´ pa´ıs distante, distante, não, a o, n˜ ao estou falando desta, esao tou falando de minha própria opria experiˆ experiência, encia, que, por acaso coincide coincide com a do Buda. Pois Pois bem, minha sensa¸c˜ cão ao de não ao existência encia era muito intensa, e não ao raras vezes, vezes, at´ e sofrida. sofrida. Lem Lembre-se bre-se que eu utilizav utilizavaa um “potente “potente alucin´ ogeno”, no dizer ogeno”, dizer do Dr. Eben, “N˜ ao tive nenhuma experiência ao encia com a DMT, mas j´ a ouvi dizer que ela pode produzir um efeito psicod´ elico elico dos mais potentes – talvez até com implica¸c˜ coes o˜es gen genu u´ınas para o nosso ent entendime endimento nto do que















































Adendo Mas a questão ao que talvez continue a incomodar-nos na teoria do renascimento é o fato de ela implicar implica r a existência encia da consciência encia sem suporte sup orte f´ısico. Para o Budismo, Bu dismo, existem vários ari os n´ıveis de consciˆ con sciência, enci a, que vão ao do mais comum aquele a que estamos habituados até um n´ıvel ıvel extre ext rema mame mente nte sutil.

−

−















































“Computa¸c˜ c˜ ao ao em nuvem” nuve m” (cloud computi co mputing) ng) é uma tecnologia tecnolo gia que perp erA Computa¸c˜ cao ˜ em nuvem (cloud mite acesso remoto a programas (softwares), arquivos e servi¸cos cos por meio da internet.















































Admito que eu possa at´ e estar estar equivocado, equivocado, mas penso que muitos muitos deles (não ao todos) são ao arrogantes, preconceituosos e autossuficientes; eles nãaoo querem se misturar com os caboclinhos do mato, analfabetos, eles são ao “os Doutores cientistas”, “N˜ ao tive nenhuma experiência ao encia com a DMT, mas j´ a ouvi dizer que ela pode produzir um efeito psi-















































− Enco Encont ntro ro en entre tre um caboc caboclin linho ho do mato e um Dr Dr..

cientis cient ista ta da ([6], ([6], p. 102 102)) cons co nsci ciˆ ˆ en cia enci a cab oclinho ho do mato é o m´ıstico Osho (Drs. cientistas têm em preconprecon Nota: O caboclin ceitos ceit os contra contr a m´ısticos) ısti cos) Leia com aten¸c˜ cao aõ e tire suas conclusões. oes. QUANDO, NO PRIMEIRO DIA, EU ENTREI NA AULA DE FILOSOFIA DA UNIVERSID UNIVERSIDADE ADE encon encontre treii o Dr. Saxena Saxena pela primeir primeiraa vez. vez. Eu

−















































Respondi: Respondi: “S´ o de olhar olhar para o senhor. senhor. Da mesma maneir maneira a que, só de olhar para mim, o senhor pode ver que sou a pessoa certa para traduzi-lo, eu posso ver perfeitamente, Dr. Saxena, que o senhor não foi a pessoa certa para par a escrevˆ escr evê-lo!” e-lo !” Ele gostou gostou tanto tanto que contou contou para todo mundo! mundo! Toda a univers universida idade de soube desse diálogo alogo que aconteceu entre nós os dois. d ois. Nos dois meses das férias erias











































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Gentil Lopes - TEORIA DA RELATIVIDADE ONTOLOGICA E EPISTEMOLOGICA (Versão atualizada Fevereiro 2017)

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