ANEXO I MACROECONOMIA
1. Concei Conceitue tue e aponte aponte as princi principai pais s difere diferenç nças as entre entre os enfoq enfoques ues da Macroeconomia e da Microeconomia.
A Microeconomia, ou Teoria dos Preços, analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. Estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preç preçoo no me merc rcad ado, o, isto isto é, o preç preçoo ob obtitido do pe pela la inte intera raçã çãoo do co conj njun unto to de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço. A Mac Macroe roecon conom omia ia est estuda uda a eco econom nomia ia com comoo um tod todo, o, ana analisa lisando ndo a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacional, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxa de juros, balança de pagamentos e taxas de câmbio. Ao
estudar
e
procurar
relac lacion ionar
os
grandes agreg regados,
a
Macroe Mac roecon conom omia ia neg neglige ligenci nciaa o com compor portam tament entoo das un unida idades des eco econôm nômica icass individuais e de mercados específicos. Esse enfoque mais agregativo pode omitir fatores específicos importantes. Apesar disso, a abordagem global tem a vantagem de estabelecer relações entre grandes agregados, e permite uma compreensão maior de algumas das interações mais relevantes da economia, entre os mercados de bens e serviços, o mercado monetário e o mercado de trabalho, representando assim um importante instrumento para política e a programação econômica. Embora exista um aparente contraste, não há um conflito entre a Micro e a Macroeconomia, uma vez que o conjunto da economia é a soma de seus mercados individuais. 2. Sintetize os objetivos da política econômica.
Os objetivos da política econômica são: 1. Alto Alto níve nívell de de emp empre rego go 2.
Estabilidad Estabilidadee de preços: preços: defin define-se e-se inflação como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. A inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição da renda,
sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos. Quanto maior o nível de atividade econômica, mais os recursos produtivos tendem a ficar no limite de sua utilização, o que gera normalmente tensões inflacionárias.
3. Distribuição de renda socialmente justa 4. Crescimento econômico – Se existe desemprego e capacidade ociosa, pode-se aumentar o produto nacional através de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. 3. Políticas de estabilização da inflação não são compatíveis com melhoria no grau de distribuição de renda. Você concorda Justifique.
Não. Por que a inflação é definida como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. A inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição de renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos. A inflação inesperada redistribui riquezas entre a população sem qualquer relação com méritos ou necessidades. Assim políticas de estabilização da inflação tendem a melhorar o grau de distribuição de renda, pois, com o controle da inflação diminui-se as distorções por ela criada. 4. Comente a questão da compatibilidade (ou não) entre as metas de melhoria no grau de distribuição de renda e a busca do crescimento econômico, à luz da experiência brasileira no período do “milagre econômico”.
Existe compatibilidade, pois os objetivos não são independentes uns dos outros, atingir uma meta pode ajudar a alcançar outras, porém pode também existir conflitos entre elas. O crescimento pode facilitar a solução dos problemas de pobreza, pois pode-se abrandar conflitos sociais sobre a divisão do bolo produtivo quando ele aumenta. Pode-se aumentar a renda do pobre sem diminuir a dos ricos. Entretanto, no Brasil, e em outros países em desenvolvimento, as metas de crescimento e equidade distributiva têm-se mostrado conflitantes, uma vez que o aumento do nível de poupança parece ser mais facilmente obtido através de uma distribuição desigual de renda – especificamente aumentando a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos
na renda nacional. O grande problema entre a falta de compatibilidade destas duas metas é a política adotada pelo governo (de crescer primeiro para depois distribuir - Teoria do Bolo). Buscou-se um crescimento acelerado sem antes preparar os fatores de produção, como por exemplo, a educação para uma mão de obra qualificada. Como com o crescimento, a demanda por mão-deobra qualificada aumentou, e esta era escassa, a concentração de renda ficou na mão dos poucos qualificados que o mercado encontrou. 5. Resuma os instrumentos de política econômica. •
Política Fiscal – refere-se a todos os instrumentos que o governo
dispõe para a arrecadação de tributos (política tributária) e o controle de suas despesas (política de gastos). Se o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais normalmente utilizadas são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o consumo). Para uma política que vise melhorar a renda, esses instrumentos devem ser usados de forma seletiva, em benefícios dos grupos menos favorecidos1. •
Política monetária – refere-se à atuação do governo sobre a
quantidade de moeda e títulos públicos. A política monetária e fiscal representam meios alternativos diferentes para as mesmas finalidades. Podese dizer que a política fiscal apresenta maior eficácia quando o objetivo é uma melhoria na distribuição de renda, tanto na taxação às rendas mais altas como pelo aumento dos gastos do governo com destinação a setores menos favorecidos. A política monetária é mais difusa no tocante a questão distributiva. A vantagem da política monetária sobre a fiscal é o fato da primeira poder ser implantada imediatamente enquanto a fiscal depende de votação no Congresso, obedecendo o Princípio da Anterioridade. •
Política Cambial e Comercial – são políticas que atuam sobre as
variáveis relacionadas ao setor externo da economia. A política cambial referese à atuação do governo sobre a taxa de câmbio. Já a política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivo às exportações e/ou estímulo e
1
Toda política tributária deve obedecer a um princípio constitucional , chamado Princípio da Anterioridade.
desestímulo às importações, ou seja, refere-se aos estímulos fiscais e creditícios e ao controle das importações. •
Política de Renda – refere-se à intervenção direta do governo na
formação de renda (salários, aluguéis), através de controle e congelamento de preços. 6. Qual é a condição de equilíbrio, macroeconômicas determinadas: a) no mercado de bens e serviços; b) no mercado monetário; c) no mercado de títulos d) no mercado de trabalho e, e) no mercado de divisas
e
quais
são
as
variáveis
No Mercado de bens e serviços a condição de equilíbrio do mercado é dada por : Oferta agregada de bens e serviços = Demanda agregada de bens e serviços. As variáveis determinadas nesse mercado são as seguintes: nível de
renda, produto nacional, nível de preços, consumo agregado, poupança agregada, investimentos agregados, exportações globais e importações globais. No Mercado de Trabalho a condição de equilíbrio nesse mercado é dada por: Oferta de mão-de-obra = Demanda de mão-de-obra. As variáveis determinadas
são: nível de emprego, taxa de salários monetários. No Mercado monetário a condição de equilíbrio é dada por: Oferta de moeda = Demanda de moeda. As variáveis são: taxa de juros, estoque de moedas
(meios de pagamento). No Mercado de Títulos a condição de equilíbrio é: Oferta de títulos = Demanda de títulos. A variável determinada nesse mercado é: preço dos títulos.
No Mercado de Divisas a condição de equilíbrio é dada por: Oferta de divisas = Demanda de divisas. Sendo a variável determinada nesse mercado: taxa de
câmbio. 7. Mostre como opera o fluxo circular de renda e como surge a identidade entre as três óticas de medição de resultado da atividade econômica de um país, conforme a Contabilidade Social.
O estudo macroeconômico trata da formação e distribuição do produto e da renda gerados pela atividade econômica a partir de um fluxo contínuo que se
estabelece entre os chamados agentes macroeconômico: famílias, empresas, governo e setor externo. Esse fluxo (fluxo circular de renda) precisa ser periodicamente quantificado, para se avaliar o desempenho da economia no período. Assim, toda renda gerada é destinada à aquisição dos bens e serviços. A renda agregada é transformada em gasto (dispêndio agregado), no momento em que as pessoas físicas adquirem os bens de consumo e as empresas adquirem os bens de investimento. O resultado é medido sob três óticas: as óticas do produto e despesa (produção e venda de bens e serviços finais na economia) e pela ótica da renda (renda gerada no processo de produção que vem a ser a remuneração dos fatores de produção). O fluxo circular da renda, para uma economia de dois setores, pode ser ilustrado assim: Bens e Serviços
Fatores de Produção FAMILIA
Rendas
EMPRESAS
Gastos
Disto, podemos concluir que: existem três óticas que permitem medir o resultado econômico agregado de um país. São óticas conceitualmente diferentes, mas que chegam ao mesmo valor numérico, fazendo com que Produto = Renda = Despesa 8. Sobre o setor de formação de capital, na Contabilidade Social: a) defina poupança agregada e investimento agregado, e mostre a identidade entre ambos:
Poupança agregada – é a parcela da renda nacional (RN) que não é consumida no período. Saldo (S) = RN – Consumo agregado (C) Numa economia fechada e sem governo existem apenas duas opções para destinar a renda obtida: consumir ou poupar. Assim, aquele que consumir uma
parcela superior a sua renda (poupança negativa) será financiado por aquele que conseguir poupar (poupança positiva), lembrando que a renda agregada é igual ao produto agregado. R = P Investimento agregado – é o gasto com bens que foram produzidos (capacidade produtiva), mas não foram consumidos no período, e que aumentam a capacidade produtiva da economia para os períodos seguintes. Investimento total = Investimentos em bens de capital + Variação de estoques
A poupança agregada representa a renúncia do consumo presente. O investimento agregado bruto é igual à poupança agregada. Em outras palavras, os investimentos são financiados pela poupança. Assim, pode-se deduzir a identidade entre os investimentos e a poupança através da seguinte equação: O total de bens e serviços produzidos destina-se unicamente ao consumo ou ao investimento (produção), o PIB representa a oferta agregada, e o consumo e os investimentos são a demanda agregada: PIB = C + IB O total da renda gerada é destinado à aquisição de bens e serviços. A renda interna bruta é igual ao consumo agregado e a poupança agregada: RIB = C + S. Sabendo-se que o PRODUTO = RENDA = DESPESA, temos: PIB = C + IB RIB = C + S C + IB = C + S IB = S Numa economia fechada e sem governo, o investimento bruto agregado é igual à poupança agregada. b) Quais os componentes do investimento agregado A compra de ações constitui um investimento no sentido macroeconômico
Os componentes do investimento agregado são os bens de capital (máquinas e equipamentos, imóveis) e as variações de estoque. Os investimentos no sentido econômico é a capacidade produtiva, não deve ser confundida com o investimento no sentido de aplicações financeiras. Assim, “investir em ações” não representa aumento da capacidade produtiva, tratando-se apenas de uma transferência financeira, que não redunda em aumento da capacidade de produção. Porém, se a firma que colocou suas ações usar parte do dinheiro para investir em instalações, essa parcela (essa transação) é contabilizada
como investimento. Apenas os dividendos das ações são considerados como parte da Renda Nacional (como lucro), bem como os salários ou comissões dos vendedores da Bolsa, mas não o volume de ações. c) Defina depreciação de ativos fixos, investimento bruto e investimento líquido.
A depreciação é o consumo do estoque de capital físico, em dado período. Ou seja, o bem de capital é também consumido, no sentido que sofre um desgaste, só que, diferentemente dos bens de consumo, em parcelas, até que vire sucata, ou se torne obsoleto. Porém, como esta depreciação é de difícil medição, por que cada bem possui tipo e tempo diferentes de duração, costuma-se considerar esta depreciação como uma percentagem fixa do produto nacional. No Brasil, atualmente, o IBGE não apresenta estimativas para a depreciação do ativo fixo. O investimento bruto é a soma dos investimentos em bens de capital e as variações de estoque. Já o investimento líquido será o investimento bruto menos a depreciação do estoque de capital. IB = Ibc + ∆ E e IL = IB – d 9. Com relação ao setor do governo: a) Em que constituem a receita fiscal e os gastos do governo, na contabilidade social
A receita ou arrecadação fiscal do governo constitui-se das seguintes receitas: Impostos diretos que incidem sobre as pessoas físicas e jurídicas. Ex: IR, IPTU; Impostos indiretos que incidem sobre as transações com bens e serviços. Exemplo: ICMS, IPI; Contribuições à Previdência Social que refere aos encargos trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores; Outras receitas: taxas (pedágios), multas, aluguéis. Já os gastos do governo, nas contas nacionais, são de três tipos: Gastos dos ministérios e autarquias – cujas receitas provêm de dotações orçamentárias. Como os serviços do governo (justiça, educação, planejamento) não têm preço de venda no mercado, o produto gerado pelo governo é medido por suas despesas correntes ou de custeio (salários, compras de materiais para manutenção da máquina
administrativa) e despesas de capital (aquisição de equipamentos, construção de estradas, hospitais, escolas, prisões); Gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista - como suas receitas provêm da venda de bens
e serviços no mercado, atuando como empresas privadas, e não como governo. Exemplo: Petrobrás, USP, Eletrobrás, etc. Gastos com transferências e subsídios – considerados na conta nacional como transferências (normalmente, donativos, pensões e subsídios). Não são computados como parte da renda nacional, pois representam apenas uma transferência financeira do setor público ao setor privado, não ocorrendo qualquer aumento da produção corrente. Por exemplo, aposentadorias e bolsas de estudo, que não são fatores de produção no período corrente. b) Defina produto nacional a preços de mercado e renda nacional a custo de fatores.
O Produto Nacional a preços de mercado (PNpm) é o PN medido a partir dos valores transacionados no mercado (ou seja, medido pelo preço pago pelo consumidor final); Já o Produto Nacional a custo de fatores (PNcf) é o PN medido a partir dos valores que refletem os custos de produção, a remuneração aos fatores. É o preço de fábrica, antes dos impostos, e não considerando preços de insumos intermediários. Como é medido pela ótica dos rendimentos, rigorosamente é a RENDA NACIONAL a custo de fatores (RNcf). c) Defina carga tributária bruta e carga tributária líquida.
A carga tributária bruta refere-se ao total da arrecadação fiscal do governo, que corresponde à soma dos impostos diretos e indiretos e outras receitas correntes. A carga tributária liquida é a diferença entre a carga tributária bruta e as transferências e subsídios ao setor privado. Ctb =
Ctl =
Impostos indiretos + Impostos diretos PIBpm
.100
Impostos indiretos + Impostos diretos - Transferências e Subsídios do Governo ao setor privado .100 PIBpm
10. Quanto ao setor externo, na Contabilidade Social: a) defina renda líquida ao exterior, Produto Nacional Bruto (PNB) e Produto Interno Bruto (PIB).
O Produto Interno Bruto (PIB) é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período, valorizados a preço de mercado, sem levar em consideração se os fatores de produção são
de propriedade de residentes ou não-residentes. Já o Produto Nacional Bruto é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelos nacionais do país num determinado período, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil. A Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE): é a remuneração dos ativos pertencentes a estrangeiros. Divide-se em: renda enviada ao exterior (RE), parte do que foi produzido internamente não pertence aos nacionais, principalmente o capital e a tecnologia. A remuneração desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucros, royalties, juros e assistência técnica; renda recebida do exterior (RR): recebemos renda devido à produção de nossas empresas operando no exterior. Assim, RLFE = RR – RE. O Brasil, bem como a quase totalidade dos países emergentes, inclui-se no primeiro caso, em que o PIB supera o PNB, devido às altas remessas de juros, a lucros e royalties aos estrangeiros. Aqui, como a RLFE é negativa, ela é chamada de Renda Líquida Enviada ao Exterior.
b) No Brasil, a renda enviada supera a renda recebida ao exterior. Qual o maior: PNB ou PIB
O Brasil, bem como a quase totalidade dos países emergentes, inclui-se no primeiro caso, em que o PIB supera o PNB, devido às altas remessas de juros, a lucros e royalties aos estrangeiros. 11. Conceitue PIB real, PIB monetário e deflação.
PIB nominal (monetário) é o medido a preços correntes, do próprio ano. O PIB real é o medido a preços constantes de um dado ano qualquer, chamado anobase. O PIB real responde à seguinte indagação hipotética: qual seria o valor dos bens e serviços produzidos neste ano se eles fossem avaliados aos preços vigentes em determinado ano do passado ? Ao avaliar a produção corrente utilizando os preços fixados nos níveis do passado, o PIB real mostra como a produção de bens e serviços da economia como um todo muda ao longo do tempo. O PIB real não é afetado por variações dos preços, as alterações dos PIB real refletem apenas as mudanças nas quantidades produzidas. Portanto, o PIB real é um indicador da produção de bens e serviços da economia.
A deflação é a passagem do PIB nominal para o PIB real. A deflação é aplicável a qualquer série monetária. 12. O que diferencia fundamentalmente a abordagem dada Contabilidade Social e aquela dada na Teoria Macroeconômica
na
Na Contabilidade Nacional o produto é medido depois de efetivamente realizado. Trata de relações contábeis ou de identidades; análise ex post (a posteriori, após ocorrer); o que foi feito, após passarmos em revista o período,
a seu término. Na Teoria Macroeconômica refere-se ao produto potencial, desejado, planejado. Trabalha com relações funcionais ou de comportamento; análise ex ante (antes de ocorrer, a priori ); aquilo que todos desejam fazer, quando
examinam a situação no início de um período. Diz respeito às expectativas teóricas com base nos dados disponíveis. 13. Defina oferta agregada e demanda agregada de bens e serviços. Quais hipóteses cercam esses conceitos dentro do modelo Keynesiano básico
A oferta agregada de bens e serviços (OA) é o valor total da produção de bens e serviços finais colocados à disposição da coletividade num dado período. É o próprio produto real, ou PIB. A oferta agregada varia em função da disponibilidade de fatores de produção: mão-de-obra, estoque de capital e nível de tecnologia. Como a Teoria Keynesiana supõe curto prazo, a oferta agregada potencial permanece constante em curto prazo. Permanece constante a oferta agregada potencial, de pleno emprego, que só se altera se houver alterações na quantidade física de fatores de produção. A demanda agregada ou procura agregada de bens e serviços (DA) é a soma dos gastos dos quatro agentes macroeconômicos: despesas das famílias com bens de consumo (C), gastos das empresas com investimentos (I), gastos do governo (G) e despesas líquidas do setor externo (X-M), isto é, DA = C + I + G + (X-M). Uma vez que a oferta agregada potencial não se altera no curto prazo dados os estoques de fatores de produção, as alterações do nível de equilíbrio de renda e do produto nacional devem-se exclusivamente às variações da demanda agregada de bens e serviços. Numa situação de desemprego de recursos, a política econômica deve procurar elevar a demanda agregada, o que permitiria
às empresas recuperar sua produção potencial e restabelecer os níveis de renda e emprego. 14. Do que depende a demanda de investimentos de bens de capital
A demanda de investimento de bens de capital depende de variáveis como taxa de juros, rentabilidade esperada, rentabilidade passada, disponibilidade de crédito, etc. Porém não depende da renda nacional. 15. Explique, através de um exemplo, como opera o multiplicador keynesiano de gastos.
O governo compra 100 milhões de reais em bens de capital. Admitindo que a indústria de bens de capital tenha recursos ociosos, isso provocará um aumento de produção de bens de capital de 100. Esses 100 vão transformar-se em renda nacional, na forma de salários, lucros, alugueis dentro do setor de bens de capital. Os trabalhadores e empresários (como pessoas físicas) receberam a renda de 100 e, supondo que sua propensão marginal a consumir seja de 0,75, consumirão 75 e pouparão 25. Os 75 milhões serão gastos em alimentos, vestuários, lazer, provocando um aumento de renda adicional nesses setores de 75. As pessoas desses setores consumirão 56,25 e pouparão 18,75. E assim, por diante. Essa seqüência (100, 75, 56,25) é uma progressão geométrica cujo primeiro elemento é 100 com razão igual a 0,75 que é a propensão marginal a consumir. 16. Coloque-se na posição de uma autoridade governamental e dê um exemplo de uma medida de política fiscal para cada um dos casos a seguir: a) desemprego de recursos produtivos;
Aumento dos gastos públicos; Diminuição da carga tributária, estimulando as despesas de consumo e de investimentos; Subsídios e estímulos às exportações, que elevam a demanda do setor externo por nossa produção; Tarifas e barreiras às importações, que devem beneficiar a produção nacional. b) inflação de demanda;
Diminuição dos gastos públicos; Elevação da carga tributária sobre os bens de consumo, desestimulando os gastos em consumo; Elevação das importações, pela redução das tarifas e barreiras, o que aumentaria o grau de abertura da economia para produtos estrangeiros, aumentando a competitividade, o que inibiria a elevação de preços internos.
17. Sobre o conceito de moeda: a) Defina moeda e suas funções.
Moeda é um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por lei, ou seja, a moeda tem “curso forçado”. As funções da moeda no sistema econômico são fundamentalmente as seguintes: Instrumento ou meio de troca – por ter aceitação geral, serve para intermediar o fluxo de bens, serviços e fatores de produção da economia; Denominador comum monetário – possibilita que sejam expressos em unidades monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico. É um padrão de medida. Reserva de valor – a posse da moeda representa liquidez imediata para quem a possui. b) Defina moeda fiduciária e moeda lastreada.
Depois que os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda, as pessoas de posse do ouro, por questão de segurança, o guardavam em casa especializadas onde os ouvires emitiam certificados de depósitos dos metais. Como o depositário do metal merecia a confiança de todos, esses certificados foram ganhando livre circulação, passando a ter aceitação geral, já que possuíam lastro e podiam ser convertidos a qualquer instante em ouro. Essa era a moeda lastreada. Já a moeda fiduciária, também chamada de moeda de curso forçado é a moeda que surgiu com a criação dos Estados nacionais que passaram a emitir papel-moeda, abandonando o padrão-ouro. A moeda passa a ser aceita por força de lei. 18. Com relação aos meios de pagamento: a) Conceitue meios de pagamento. Meios de pagamento constituem o total de moeda à disposição do setor
privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações e os depósitos a vista. b) Defina M1, M2, M3 e M4.
O M1 é a moeda em poder do público (moeda manual) somado os depósitos à vista. O M2 é o M1 + depósitos especiais remunerados e depósitos de poupança. O M3 é o M2 + quotas de fundo de renda fixa e operações compromissadas registradas no Selic. M4 é o M3 + títulos públicos de alta liquidez.
c) O que vêm a ser monetização e desmonetização? Qual a relação desses conceitos com a taxa de inflação?
Desmonetização da econômica – é a diminuição da quantidade de moeda sobre o total de ativos financeiros em decorrência do fato de as pessoas procurarem defender-se da inflação com aplicações financeira que rendem juros. Monetização é o processo inverso: com inflação baixa, as pessoas mantêm mais moeda que não rende juros em relação aos demais ativos financeiros. d) Dê dois exemplos de criação e dois exemplos de destruição de meios de pagamento.
Aumento dos empréstimos ao setor privado – criação de moeda Resgate de um empréstimo no banco – destruição de moeda Depositante retira deposito a vista e coloca em deposito a prazo – destruição de moeda, pois os depósitos a prazo não são meios de pagamento, dado que não são de liquidez imediata e rendem juros; e) O saque de um cheque representa criação ou destruição de meios de pagamento?
Saque de um cheque no balcão do banco – não há criação nem destruição de meios de pagamento, pois simplesmente houve uma transferência de depósitos a vista para moeda em poder do público; 19. Sobre oferta e demanda de moeda: a) Quais a função do Banco Central? Quais os instrumentos de que dispõe a operar a política monetária?
O Banco Central é o órgão responsável pela política monetária que tem como objetivo regular o montante de moeda, de crédito e as taxas de juros, de forma compatível com o nível de atividade econômica. Ou seja, o Banco Central deve procurar manter a liquidez da economia, atendendo às necessidades de transações do sistema econômico. Compete ao Banco Central do Brasil cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional. O BACEN é o órgão executor da política monetária, além de exercer a regulamentação e a fiscalização de todas as atividades de intermediação financeira no país. Possui como funções: banco dos bancos; banco do governo; controle e regulamentação da oferta de moeda; controle dos capitais estrangeiros e das operações com moeda estrangeira; fiscalização das
instituições financeiras. Os instrumentos que o BACEN possui para controle da política monetária, são: Controle das Emissões – o BACEN controla, por força de lei, o volume de moeda manual da economia, cabendo a ele as determinações das necessidades de novas emissões e respectivos volumes. Depósitos Compulsórios ou Reservas Obrigatórias – os bancos comerciais, além de possuírem os chamados encaixes técnicos (o caixa dos bancos comerciais), são obrigados a depositar no BACEN um percentual determinado por este sobre os depósitos a vista. Basta o BACEN aumentar ou diminuir o percentual do depósito compulsório para influir no volume ofertado de empréstimos bancários .
Operações com Mercado Aberto – consistem na compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo. Quando o governo coloca seus títulos junto ao público, o efeito é de reduzir os meios de pagamento (enxuga os meios de pagamento), já que parte da moeda em poder do público retorna ao governo como pagamento desses títulos. Ao contrário, quando o governo compra os títulos, efetua pagamento em moeda aos portadores dos mesmos, o que aumenta a oferta de moeda. Política de Redesconto – consiste na liberação de recursos pelo BACEN aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de títulos. Existem os redescontos de liquidez , que são empréstimos para os bancos comerciais cobrirem um eventual débito na compensação de cheques, e os redescontos especiais ou seletivos, que são empréstimos autorizados pelo
BACEN visando beneficiar setores específicos. b) O que são reservas ou depósitos compulsórios? Qual o efeito de um aumento da taxa de reserva compulsória sobre a oferta de moeda?
Depósitos Compulsórios ou Reservas Obrigatórias – os bancos comerciais, além de possuírem os chamados encaixes técnicos (o caixa dos bancos comerciais), são obrigados a depositar no BACEN um percentual determinado por este sobre os depósitos a vista. Basta o BACEN aumentar ou diminuir o percentual do depósito compulsório para influir no volume ofertado de empréstimos bancários.
c) Por que bancos de investimentos, financeiras e outros intermediários financeiros não podem afetar a oferta de moeda e os bancos comerciais tem essa prerrogativa?
Porque os bancos comerciais possuem a prerrogativa de aumentar os meios de pagamento através da multiplicação da moeda escritural ou depósitos a vista. Eles podem efetuar empréstimos com suas obrigações, isto é, depósitos a vista. Já os chamados intermediadores financeiros não bancários apenas transferem recursos de aplicadores para tomadores e suas obrigações não são consideradas meios de pagamento. d) Qual a diferença entre os conceitos de base monetária e meios de pagamento?
Os meios de pagamento é a soma das moedas em poder do público mais os depósitos a vista. Já a base monetária é a soma da moeda em poder do público e das reservas bancárias (técnicas, compulsórias e voluntárias). e) Quais as razões que levam a coletividade a demandar ou reter moeda? Quais variáveis afetam essa decisão? 1. Demanda de moeda para transações: as pessoas e empresas
precisam de dinheiro para suas transações do dia-a-dia, para alimentação, transporte, etc... 2.
Demanda de moeda por precaução: o público e as empresas precisam ter uma reserva monetária para fazer face a pagamentos imprevistos ou atrasos em recebimentos esperados.
3.
Demanda de moeda por especulação
As variáveis que afetam esta decisão são a renda e a taxa de juros. 20. Sobre a Teoria Quantitativa da Moeda: a) Defina Teoria Quantitativa da Moeda.
Existe uma relação direta entre o volume de moeda no sistema econômico e o lado real da economia, ou seja, há uma correspondência entre o total dos meios de pagamentos num sistema econômico e o valor global dos bens e serviços transacionados. b) Defina velocidade-renda da moeda. Qual seu comportamento a curto prazo, de acordo com a Teoria Classica e com a Teoria Keynesiana? A velocidade-renda da moeda é o número de vezes em que o estoque
de moeda passa de mão em mão, num certo período, gerando produção e renda. É o número de giros da moeda, criando renda. Para Teoria Clássica os fatores que afetam a velocidade-renda da moeda são: hábitos da coletividade,
e o grau de verticalização da moeda. Esta alteração ocorreria somente a longoprazo, sendo constante em curto prazo. Já para Keynes, a velocidade-renda da moeda é afetada a curto prazo pelas taxas de juros, uma vez que, as pessoas procuram livrar-se rapidamente da moeda que não rende juros. c)Como as expectativas de inflação futura podem afetar a velocidaderenda da moeda?
Outros economistas, principalmente os chamados monetaristas, consideram que a velocidade-renda da moeda é afetada também pelas expectativas de inflação futura: se as pessoas julgam que a inflação deve aumentar, elas procuram se livrar da moeda, que não rende juros, e seu poder aquisitivo é corroído pela inflação. A velocidade de giro aumentaria, então. d) Supondo a velocidade renda da moeda constante e uma economia com desemprego de recursos produtivos, mostre o efeito de uma política monetária expansionista sobre o nível geral de preços e a renda real da economia.
No caso acima, numa política expansionista, supondo que a velocidade-renda e o nível de preços permaneça constante, se tivermos um aumento de 20% oferta monetária a renda sofrerá um aumento na mesma magnitude. MV = Py 10%MV = P10%Y 21) Coloque-se na posição de uma autoridade monetária e apresente dois instrumentos de política monetária para cada um dos objetivos a seguir: a) expansão do nível de atividade;
Aumentar as emissões de moeda, na exata medida das necessidades dos agentes econômicos, para não gerar inflação. Diminuir a taxa do compulsório, ou seja, diminuir o percentual dos depósitos que os bancos comerciais devem reter à ordem do Banco Central, o que permitirá elevar o crédito bancário; Recomprar títulos públicos no mercado, ou seja, “trocar papel por moeda”, o que elevará a quantidade de moeda disponível no mercado; Diminuir a regulamentação no mercado de crédito, principalmente nos limites impostos aos prazos de empréstimos, ou no montante do crédito direto ao consumidor. b) política antiinflacionária.
Controle das emissões pelo Banco Central; Venda de títulos públicos, retirando moeda de circulação; Elevação da taxa sobre as reservas compulsórias, diminuindo a disponibilidade dos bancos comerciais de efetuarem empréstimos ao setor privado; Alteração das normas e regulamentação da concessão de créditos, diminuindo os prazos ou aumentando as exigências de contrapartida do comprador no crédito direto ao consumidor.