EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO: BREVE RETROSPECTO
RESUMO
A teoria econômica de forma sistematizada iniciou-se quando foi publicada a o bra de Adam Smith A riqueza das nações, em 1776. Em períodos anteriores, a atividade econômica do homem era tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da Ética. A partir do século XVI observamos o nascimento da primeira escola econômica o mercantilismo. Apesar de não representar representar um conjunto técnico homogêneo, mercantilismo tinha algumas preocupações explícitas sobre a acumulação de riquezas de uma nação. Continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas.
No século XVIII, uma escola de pensamento francesa, francesa, a fisiocracia, elaborou alguns trabalhos importantes. Os fisiocratas sustentavam que a terra era a única fonte de riqueza e que havia uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos homens. O trabalho de maior destaque foi o do dr. François Quesnay, autor da obra Tableau Économique. Apesar de os trabalhos dos fisiocratas estarem permeados de considerações éticas, foi grande sua contribuição à analise econômica. O Tableau Économique do dr. Quesnay foi aperfeiçoado e transformou-se no sistema de circulação monetária imputoutput criado no século XX(anos 40) pelo economista russo, naturalizado norte-americano, Wassily Wassily Leontief, da Universidade de Harvard. A fisiocracia surgiu como reação ao mercantilismo.
Os Clássicos Adam Smith (1723-1790) Considerado o precursor da moderna Teoria Econômica, colocada como um conjunto científico sistematizado, com um corpo teórico próprio, Smith já era um renomado professor quando publicou sua obra A riqueza das nações, em 1776. Em sua visão harmônica do mundo real, Smith acreditava que se deixasse atuar a livre concorrência, uma “mão invisível” levaria a sociedade à perfeição.
A idéia de Smith era clara. A produtividade decorre da divisão de trabalho, e esta, por sua vez decorre da tendência inata da troca, que, finalmente, é estimulada pela ampliação dos mercados. Assim, é necessário ampliar os mercados e as iniciativas privadas para que produtividade e a riqueza sejam incrementadas.
David Ricardo (1772-1823) David Ricardo é outro expoente do período clássico. Sua analise de distribuição do rendimento da terra foi um trabalho seminal de muitas das idéias do chamado período neoclássico.
John Stuart Mill (1806- 1873) John Stuart Mill foi o sintetizador do pensamento clássico. A obra de Stuart Mill consolida o exposto por seus antecessores, e avança ao incorporar mais elementos institucionais e ao definir melhor as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado. Jean Baptiste Say O economista francês Ican Baptiste Say retornou a obra de Smith, ampliando-a, popularizou a chamada Lei de Say “A oferta cria sua própria procura”.
Thomas Malthus (1766-1834) Malthus foi o primeiro economista a sistematizar uma teoria geral sobre a população. Malthus não previu o ritmo e o impacto do progresso tecnológico, nem as técnicas de limitação da fertilidade humana que se seguiriam.
O período neoclássico teve inicio na década de 1870 e desenvolveu- se até as primeiras décadas do século XX. Os neoclássicos sedimentaram o raciocínio matemático explícito inaugurado por Ricardo procurando isolar os fatos econômicos de outros aspectos da realidade social.
Alfred Marshall (1842-1924) O grande nome desse período foi Alfred Marshall. Seu livro, Princípios de Economia publicado em 1890, serviu como livro-texto básico ate a metade deste século. Nesse período, a formalização da análise econômica principalmente a microeconômica cresceu evoluiu muito. A era keynesiana iniciou-se com a publicação da Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, de john Maynard Keynes (1883-1946), em 1936. Keynes ocupou a cátedra que havia sido de Alfred Marshall na Universidade de Cambridge. A teoria Geral consegue mostrar que a combinação das políticas econômicas adotadas até então não funcionava adequadamente, e aponta para soluções que poderiam tirar o mundo da recessão. Um dos principais fatores responsáveis pelo volume de emprego é explicado pelo nível de produção nacional de uma economia, que por sua vez é determinado pela demanda agregada ou efetiva. O debate sobre aspectos do trabalho de Keynes dura até hoje, destacando se três grupos monetaristas, os fiscalistas e os pós-keynesianos. Cabe destacar que, apesar das diferenças entre as várias correntes, há consenso quanto aos pontos fundamentais da teoria, já que são baseadas no trabalho de Keynes.
A Teoria Econômica vem apresentando algumas transformações, principalmente a partir dos anos 70, após as duas crises do petróleo. Todo o corpo teórico da economia avançou consideravelmente. Hoje a análise econômica engloba quase todos os aspectos da vida humana, e o impacto desses estudos na melhoria do padrão de vida e do bem-estar de nossa sociedade é considerável. A teoria econômica caminha em muitas direções. A teoria econômica tem recebido muitas criticas e abordagens alternativas, muitas das criticas foram e são absorvidas. O espectro de críticos é muito amplo e disperso e, evidentemente, heterogêneo destacando os marxistas e os institucionalistas. Os marxistas têm como pilar de seu trabalho a obra de Karl Marx(1818-1883), o marxismo desenvolve uma teoria do Valor-Trabalho e consegue analisar muitos aspectos da economia com seu referencial teórico Marx enfatizou muito o aspecto político de seu trabalho, que teve um impacto ímpar não só na ciência econômica como em outras áreas do conhecimento. A curva da demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: o efeito substituição e o efeito renda. Se o preço de um bem aumenta, a queda da quantidade demanda será provocada por esses dois efeitos somados: a) Efeito substituição: se um bem possui um substituto, ou seja, outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando seu preço aumenta, o consumidor passa adquirir o bem substituto, reduzindo assim sua demanda. Exemplo: Fósforo. b) Efeito renda: quando aumenta o preço de um bem, o consumidor perde o poder aquisivo, e a demanda por esse produto diminui. Outras variáveis que afetam a demanda de um bem. Efetivamente, a procura de uma mercadoria não é influenciada apenas por seu preço. Existe uma série de outras variáveis que também afetam a procura. a) Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal. b) Bem inferior, cuja demanda varia em sentido inverso às variações da renda; exemplo se o consumidor ficar mais rico, diminuirá o consumo de carne de segunda, e aumentará o consumo da carne de primeira. c) Bens de consumo saciado, quando a demanda do bem, quase não é influenciada pela renda dos consumidores (arroz, farinha, sal, etc.), neste caso a demanda por esses produtos tenderão a continuar a mesma. d) Bens substitutos, quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade de outro. Exemplo: um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe. e) Bens complementares: São bens que podem ser utilizados em conjunto ou que ficam melhores utilizados. Ex: Se aumentar o preço da impressora e a quantidade demandada de cartuchos diminuir é porque a impressora e o cartucho são complementares no consumo.