PERICIAS TÉCNICAS DE ENGENHARIA CIVIL Engº Civil Aécio de Mir anda Breitbach MsC.– CREA-SC 24.122-1
Florianópolis, Florianópolis, 30 de dezembro de 2013. Prezados Senhores, Apresentamos a seguir Especificação Técnica de Construção Construção para projeto e execução de escada de marinheiro de acesso à laje de cobertura de reservatório, em ambientes abertos. No Brasil, as Normas Regulamentadoras são as responsáveis pelas diretrizes e orientação técnica sobre segurança e saúde no trabalho. A NR-18, constantemente atualizada, é a principal para a indústria da construção civil. Como apoio a norma há os documentos chamados de Recomendação Técnica de Procedimentos (RTP), dotados de informações técnicas referentes a aspectos específicos de segurança, sendo atualmente cinco no total. A RTP-04, RTP-04 , Recomendação Técnica de Procedimento, de 12/12/2002, elaborada pela FUNDACENTRO, FUNDACENTRO, vinculada ao Ministério do Trabalho, atendendo ao disposto no item 18.35 da NR-18 Norma NR-18 Norma Regulamentadora de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, apresenta subsídios para o cumprimento da Norma em relação a escadas, rampas e passarelas. Da página 33 até 40 a RTP-04 trata sobre escada de marinheiro. A escada de marinheiro é construída e utilizada para acessar locais elevados, com grau de inclinação em Figura 1 – 1 – Dimensionamento e fixação – RTP 04 relação ao piso variando de 75º a 90º, possuindo gaiola de proteção. A escada deve resistir à intempérie e à corrosão, caso estejam expostas em ambiente externo ou corrosivo (NR12). Os montantes verticais devem ser fixados na parede no máximo a cada 3 m, podendo os degraus ser fixados diretamente d iretamente na parede ou no próprio montante, conforme figura 1. As extremidades inferiores dos montantes poderão ser fixadas no piso ou chumbadas na parede. As extremidades superiores dos montantes deverão ultrapassar 1 m a superfície que se deseja atingir e ser dobradas para baixo. Caso a escada possua os degraus fixados diretamente na parede, na parte mais alta deverá existir um balaústre que permita o apoio do trabalhador. A seção transversal dos degraus deve possuir um formato que facilite a pegada da mão, tendo uma resistência aproximada de três vezes vezes o esforço solicitado. A distância entre degraus será constante em toda a escada, podendo ter, Servidão Paulo Vieira 327, Campeche, FLORIANOPOLIS-SC, CEP 88.063-553
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de eixo a eixo, 0,25 m a 0,30 m. A largura dos degraus deve ser de 0,45 m a 0,55 m, e deverão ficar afastados da parede de 0,15 m a 0,20 m. As escadas fixas tipo marinheiro com mais de 6 m de altura deverão possuir gaiola de proteção, reduzido para 3,50 m de altura pela Portaria MTE 1893 de 09/12/2013. A gaiola de proteção deve ser instalada a partir de 2 m do piso, devendo ultrapassar 1 m a superfície a ser atingida acompanhando a altura dos montantes. A gaiola de proteção é composta de anéis (aros) e barramentos (no mínimo três), devendo seus anteparos suportar uma carga de 80 kgf , aplicados no seu ponto mais desfavorável. A distância entre os anéis deverá ser de 1,20 m a 1,50 m. A distância entre a gaiola e o degrau não poderá ser superior a 0,60 m, conforme figuras 2 e 3. A abertura inferior da gaiola deve ter uma dimensão 0,10 m maior que o restante da estrutura, para uma movimentação inicial e final mais segura do usuário. Ao utilizar a escada, as Figura 2 – Detalhe da gaiola pessoas não deverão transportar cargas, para que as mãos fiquem livres para apoiar nos degraus. Quando for imprescindível o transporte de cargas, ele deverá ser feito por içamento. Ao transpor a escada, o corpo deverá ser mantido de frente para os degraus. Nunca descer ou subir a escada de costas. As mãos deverão apoiar nos degraus e nunca nos montantes. No interior da gaiola não deverá passar nenhum tipo de tubulação ou qualquer outro material que ofereça risco ao usuário.
Figura 3 - Disposição da gaiola de proteção
Conforme Norma Reguladora NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, item 12.76, e Portaria MTE 1893 de 09/12/2013, deve ser utilizada barra de aço galvanizado de 38 mm na vertical e 25 mm de diâmetro ou espessura na horizontal, espaçamento entre barras horizontais de 25 cm a 30 cm. As barras horizontais devem possuir forma, superfície ou ranhuras para prevenção de
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deslizamento. As escadas fixas do tipo marinheiro devem ter as gaiolas de proteção, caso possuam altura superior a 3,50 m, instaladas a partir de 2,0 m do piso. As gaiolas de proteção devem possuir barras verticais com espaçamento máximo de 30 cm entre si e distancia máxima de 1,50 m entre arcos e vão entre arcos de no máximo 30 cm. A fixação da escada de marinheiro poderá ser executada com parafuso parabolt tipo CBN, provido de jaqueta de nylon, conforme figura 4, especial para tijolos furados e blocos de concreto, conforme figura 5. O parafuso deve ser de aço zincado com no mínimo Ø 3/8” X 75 mm, conforme boletim técnico do fabricante ANCORA1.
Figura 4 – Parafuso parabolt com jaqueta de nylon
Figura 5 – Funcionamento do parafuso em t ijolo furado
Claro está que o ideal é prover sua fixação diretamente dentro do concreto quando de sua produção, mediante a utilização de chumbadores tipo SOLEX2 tipo “J” ou “I”, fixados à armadura, conforme figuras 6 e 7. Na região de fixação da escada pode ser projetado um pilar de concreto armado somente para receber as ancoragens necessárias. Esta seria uma nova tarefa para o engenheiro projetista de estruturas. Para garantir a durabilidade da escada, exposta à intempérie, pintar com tinta esmalte sintético anti-oxidante tipo HAMMERITE, da Coral. Esta tinta pode ser aplicada diretamente sobre superfícies metálicas e/ou galvanizadas e deve ser utilizada conforme instruções do fabricante 3 para proporcionar até 3 anos de proteção. Não é definida em norma a forma de fixação da escada ao corpo do prédio. No entanto a figura 3 indica ancoragem mecânica no interior do substrato. Caso não exista projeto da escada de marinheiro cabe ao responsável técnico pela execução da obra tomar decisões sobre seu dimensionamento, demais disposições construtivas e principalmente quanto a sua fixação.
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Figura 6 - Ancoragem SOLEX tipo E
Figura 7 - Ancoragem SOLEX tipo J
Caso as recomendações aqui relatadas não sejam seguidas pelo menos duas propriedades devem ser garantidas: 1- a rigidez da escada para resistir aos esforços solicitantes, provocados pelos usuários; 2- a eficiência de sua fixação ao substrato.
Aécio de Miranda Breitbach – MsC Engenheiro Civil – Visto CREASC 024.122-1
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