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Capítulo 1 Capítul MATI TIJJRAÇÃO ..............• .•.................••. •...•. •............•• .••.................................................. 15
Capítulo 3 MÉTODO ÉTODOS S DE APRENDI APRENDIZAG ZAGEM EM .•..•.. •..•..••..•• ..••.••..•..•. .••..•..•..•.. .•...• .•...............3. 1 Piaget. . 33 Aprend endiizag zagem em Atr Atravé véss da Respo spossta Condic Condiciiona nadda 43 Aprrendizag Ap zagem em Atravé avéss do Erro Erro eAce eAcert rtoo .. . 44 Aprenndizage Apre dizagem m Atravé Atravéss das Apr Aprooxima imaçções Sucessi Sucessivas 45 Aprend Apr endiza izagem gemAtr Atravé avéss da Ges Gesttalt 47 Capítulo 4 NÍVE VEIIS DEAPR PREN ENDIZ DIZA AGEM
................................................ ...•••............. 49
Capítulo 5 APR AP RENDE ENDEN NDO AE AENS NSlN lNA AR OS NADOS ........... ............ .....•.•••. •.•. •.••61 NadoCrawl . .. 69 Nadoo Cost Nad Costas .. . 91 Naddo Peito Na eito.. .. 105 Naddo Golf tnh Na tnho. .. 121 Nado Me Medley dley.... . 133 Capítulo 6 APR AP REN ENDENDO DENDOA A ENSlNA SlNAR R SAÍD ÍDAS AS E VI VIRAD ADAS AS .•.... ......... 139 139 Quando ensi ensinar ar?? 139 Fases do mergu gulh lhoo elementar 139 Com omeentá tárrios sobre saídas e vi virada adass. . 144 Qual téc écni nica ca de saí da é ma maiis in intteressa essannte? '" 145
Impulso dura Imp urannte a saída saída .. . .. Proc Pr oced edim imen ento to bá bássico para saí das das de de cos costtas Virrada, . Vi . Edu duca cattivos para a virada do docraw crawll Edu duca cati tivos vos para a virad virada de co costas stas... Educa cattivos pa parà rà a vir iraada do pei peitto Educativos pama virad adaa de go gollf inho inho. Educat catiivos pa para ra a vir irdddado med edlley
.. .
Capí píttul ulo o 7 DESEN DES ENVO VOL LVENDO DOC CRIATI RIATIV VID IDA ADENAS AULAS Mudarr é semp Muda mprre di dif f í íc il Comoo mu Com muddar? Postura de pro rof f ess essor exp explorador Postura de pro profe fess ssoor art artiista ta... .. Postura de pro rofe fesso ssorr juiz iz... . Postur uraa de prof esso ssorr gu guer errei reiro.. ro.. . Ambieente ad Ambi adeq equuad adoo Adapt Ad aptaç açãão ao mei meio liqu quiido.. . Respiração geral al.. Rutuaçã çãoo...... . Prop ropuulsão das pern pernaas.. . Propul pulssão dos br braços.. aços.. . Coo oorrdenaçã açãoo de braços e pe perna rnass Outras estraté atéggia iass.. .
149 150 152 153 154 1577 15 158 159 161 163 1644 16 164 165 165 166 166 167 . 167 168 168 169 169 170
Capí píttul ulo o 8 MÚSIICA MÚS CAS S E APR PREN ENDI DIZA ZAG GEM
173
Capí píttul ulo o 9 CONSID CONSI DERAÇÕ ÇÕES ES FINAIS
177
Durante anos a aprendizagem da natação no Brasil foi realizada dentro de um modelo mecanicista e detalhista, que visava mais o plano técnico do que o pedagógico, devido principalmente ao fato de a aprendizagem ter sido iniciada e supervisionada pelos técnicos. Durante a década de 60, quando foram implantados nos clubes associativos, os cursos de aprendizagem com o objetivo de f ormar novos nadadores eram coordenados e supervisionados por técnicos, que transmitiam aos seus professores noções da técnica dos estilos em cursos que duravam de 30 dias 00 08 aulas, e nos quals os prof essores tinham de f azer com que os alunos caracterizassem a técnlca dos estilos. Como normalmente os alunos demonstravam dif iculdade em assimilar as informações pela velocidade e especif icidade, muitos não assimllavam os exercicios e se desinteressavam da natação. A causa principal da especificação da aprendizagem da natação é sua origem, pois primeiro os orientadores foram os técnicos e posteriormente os prof essores, inf luenciados pelos pedagogos e especialistas de outras áreas. A própria Educação Física mudou com a introdução de atividades lúdicas nos programas de aprendizagem das atividades fí sicas. Não deveria acontecer, mas encontramos, nos dias atuais, professores que ainda mantêm modelos
acadêmicos, receberam fOlte influência de uma visão técnica e não pedagógica. Muitas instituições de ensino ainda privilegiam nos seus conteúdos programáticos a técnica dos estilos e regras. Não que esses temas não se jam interessantes, mas não bastam para que os acadêmicos tenham noções sobre ní vel maturacional, aspectos pedagógicos, niveis e dif iculdades na aprendizagem. A Educação Fí sica, no aspecto pedagógico, manteve durante muito tempo o modelo mecanicista e detalhista, inf luenciada pela idéia de a aprendizagem dos movimentos, principalmente esportivo, ser copiada dos atletas. Esses modelos f oram durante muito tempo aplicados à Educação Fí sica. Quando os prof essores de Educação Fí sica começaram a aproximar-se dos pedagogos, psicólogos e passaram a estudar a origem dos movimentos, ou seja, os aspectos intrínsecos e extónsecos da aprendizagem, os alunos passaram a realizar os movimentos mais descontraí dos e relaxados, possibilitando um aprendizado que f ugia dos modelos até então praticados. Com a natação aconteceu o mesmo. Nos anos 60 o Prof . David Machado edita um dos primeiros livros de aprendizagem de natação: "Metodologia da Natação", incluindo num dos seus capí tulos a f ase de adaptação ao meio líquido até então ignorada pelos prof essores. Na época muitos professores de natação não entravam na água e ministravam suas aulas com varas de bambus, f lutuadores de cortiças, em piscinas fundas etc.
uma ótima técnica. mas a partir de exercí cios simples. respeitando o nível maturacional dos alunos, enfatizando os aspectos intrínsecos e extrí nsecos da aprendizagem, o ambiente e principalmente auxiliando os leitores a criarem novas estratégias no ensino da natação. Atualmente a natação é uma das atividades fí sicas mais recomendadas não somente aos portadores de asma br6nquica, por causa de seu ótimo poder de f ortif icar e tonif icar os músculos das vias respiratórias. mas também por sua contribuição no aspecto neuromotor, sendo que cabe aos prof essores alertarem os pais quanto a possí veis problemas neurológicos, auxiliando na prevenção e tratamento. Outro f ator interessante da natação é a faixa etária, pois é uma das atividades f ís icas que as pessoas podem praticar, com mí nimas restrições, desde O nascimento até o fim da vida. Sabemos de nadadores centenários que ainda participam de eventos masters. No Brasil encontramos o exemplo da nadadora Maria Lenk que aos 85 anos, demonstrando alegria, motivação e tenacidade, participa ativamente dos campeonatos de masters e está sempre na borda da piscina com seu material, pronta para dar umas braçadas, se ja entregando prêmios no Troféu Brasil ou em qualquer piscina ao redor do mundo. Muitos prof essores durante as aulas de aprendizagem de nata-
o importante
é saber o que é "aprender errado": realizar o movimento como os melhores nadadores do mundo precocemente ou realizá-Io conhecendo e explorando o meio lí quido, demorando um pouco mais, mas de maneira lúdica? Os relatos aqui apresentados preconizam a segunda opção.
Espero que a leiturd dessas páginas seja uma feliz viagem através do Aprendizado do Ensino da Natação e que aproveitem bastante.
Quando o grego Arquimedes (287-212 a.C.) saiu correndo pelas ruas de Atenas gritando "Eureka", após ter tomado um banho de banheira e descoberto o princípio da f1utuabilidade: "T o d o c orpo ime r s o 110 mei o líquido rece be um em puxo
d e baixo par a cima igual ao volume d a massa líquid a d esl oca da", não imaginava que a natação evoluísse tanto e que atualmente para ensinar natação necessitássemos estudar o nível maturacional dos nossos alunos, pois este é de f undamental importância para a assimilação dos exercícios pelos alunos.
Muitos professores. ao utilizarem determinados exercícios como propulsão das pernas do estilo crawl para crianças de 03 anos, não obtêm êxito, pois crianças nessa f aixa etária não estão maduras e suf icientemente desenvolvidas para realizar determinados exercícios que exigem coordenação maior e movimentos mais refinados. Portanto, os primeiros conhecimentos e estudos do ensino da natação versam sobre O nível ou estado maturacional do aluno. Uma das definições que me agrada é:
MATURAÇÃO É o ESTADO DE PRONTIDÃO NEUROFlSIOLÓGICA DO ORGANISMO EM REA LIZAR DETERMINADAS TAREFAS, INDEPENDENTES OU NÃO DOS FATORES AMBIENTA/S.
Quando ensinamos exercícios sem o conhecimento da maturação dos alunos, podemos incorrer no erro de desenvolverrnos determinadas tarefas precoces, levando os alunos a possí veis frustrações e desistências. Os rumos do desenvolvimento do ser humano podem ser: próximo distal ou cefalocaudal, ou se ja, primeiro desenvolve-se o cérebro, tórax e posteriormente, no estágio da puberdade, é que braços e pernas são desenvolvidos. Ao atingir 0 6 anos de idade, o cérebro alcança 80% do seu desenvolvimento. Podemos dizer que os indivíduos aprendem os nados competitivos quando desenvolvem a coordenação mais f ina, pois os movimentos exigidos são semelhantes ao de escrever e ler, que ocorrem dos 04 aos 06 anos, precocemente aos 03 anos e tardiamente aos 06 anos.
Aprendizagem,
NADO CRAWL COSTAS
maturação
dos nados e faixa erária
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04 aos 06 04 aos 06
Quadro demonstrativo do desenvolvimento maturacional das crianças, do nascimento até os 06 anos.
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Quadro demonstrativo do desenvolvimento pedagógico na natação das crianças do nascimento até os 06 anos (WiIliam, 1998).
Água no rosto - bloqueios respf ' ratórios - observa o ambiente, movimentando braços, pernas e o olhar. Os movimentos aqui apresentados são rústicos. Realiza movimentos na água com auxílio do professor. Bloqueios respiratórios - observa o ambiente, movimento de braços e pernas semelhantes ao engatinbar. Salta da borda e movimenta-se na água com auxílio do professor. As músicas são utilizadas mais como tranqüilizantes e para a obtenção do elo de ligação professor - criança. Sociabilização - Reconhece o prof essor - Salta da borda e desloca-se na água sem auxílio - fica em apnéia durante 10 a 20 segundos. Entende soltar o ar "bolinhas" dentro da água Abre os olhos em-
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vos pedagógicos. As músicas servem para a interação entre o professor, exercício e aluno e manutenção da motivação. Aumenta o tempo de apnéia de 10 a 30 segundos. Maior o relacionamento com meio líquido. Durante o deslocamento submerso, abre os olhos e melhora a curiosidade. explorando o meio. Relacionamento com OS brinquedos realiza-se através de f antasias, nas quais as estórias fazem parte das aulas. Nessa fase, as f antasias e as música,; sã o a s e stratégi-
as mais importantes, coincidindo com a prontidão neurof isiológica A noção de profundidade e os primeiros sinais de defesa aparecem nessa fase (medo de não colocar os pés no fundo da piscina). Primeiros
movim entos
caracterizan-
do os nados competitivos. Movimentos da~ pemas conduzidos, semelhantes aos estilos crawl e costas. Movi-
A sociabilização manifesta-se pelas fantasias e músicas, estratégias adequadas à faixa etária. Acentua-se o receio pela parte mais f unda da piscina, pois entende tudo o que se passa n o meio ambiente como: atitudes do professor, pais; local mais fundo. Primeiras noções de segurança - como entrar e sair da piscina - f u ndo - raso evitar conidas.
Surgem os primeiros movimentos oriundos da coordenação mais f ina, com pernas de crawl e costas mais caracterizados. Movimentos de braços não somente como apoio, mas também como deslocamento. Como braçada de crdwI, somente a f a se submersa - mais fácil. Caracterização das f a ntasias nos exercí c ios
com o: Ja-
caré - braços estendidos, uma mão sobre a outra, deslizar pela água. Comportamento de explorar a piscina realizado através de brincadeiras como "caça ao tesouro" Atividades
recreativas du-
Acentua-se a coordenação mais fina, conseqüen tem en te
os m ov im entos
das pern as
de crawl e costas ficam mais elaborados aproximando-se do movimento ideal. Nesse m om ento
as pern as com eçam
a auxiliar
a sustentação (apoio) do corpo. Quanto aos movimentos de braços, ainda são realizados com dif iculdade, principalmente o movimento aéreo (recuperação) pela dificuldade em tirá-Ias da água. É com um
en con trarm os
n essa fase m ais
intensa da coordenação, crianças com desenvolvimento mais tardio em relação a outras e' crianças que ficam durante alguns m eses
sem apresentar
lução n o s m ovimento s.
Alguns
evo-
realizam
rapidamente o exercício, outros não. Apresentamos aos alunos a coorden-ação das pernas e braços e a respiração específica do crawl - respiração lateral. Os movimentos da braçada são realizados com mais facilidade principalmente a parte aérea. É importante incrementar os movimento das mãos nas diferentes direções com o ob jetivo de desenvol ver a sensibilidade quanto
ração especifica, até ãIcançarmos o nado completo, complexidade de movimentos que a criança deverá realizar. Os movimentos coordenados dos nados crawl e costas são mais elaborados, iniciando a fase do aperf eiçoamento. É incrementado o mergulho elementar, movimentos mais elaborados do que os saltos apresentados nas idades anteriores. As crianças realizam alguns movimentos de pernada de peito. é a idade em Maturaóonalmente que as crianças mais assimilam os movimentos dos estilos crawl, costas e mergulho elementar, encerrando praticamente a primeira fase da pedagogia da natação.
e la 11/1' i /sp l ir a d o i s se mi mel l f o s: T er nu ra p el o ql le r e~ peilu pelo qlle pode ser.
Piaget
Analisando e estudando as inúmeras definiçães de aprendizagem, elaborei uma que gosto muito de praticar:
"A prendi z agem é um proce ss o d e ação recí pro c a en t re ser humano e o meio biológico ou cultural".
o processo
da aprendizagem é desencadeado quando acontece um fato novo. Concluindo, podemos afirmar que:
"Aprendizagem é o indivíduo estar diante de um fato novo, (exercí cio) ocorrendo uma interdependência entre os fato res intrí nsecos (internos, representados pelo ní vel maturacional e vivências anteriores dos indiví duos) e os f a tores extrí nsecos (externos, representados pelo meio ambi ente e estratégias do professor), resultando na redução d
tensão do indiví duo em aprender determinado exercí cio, tensão esta decorrente da exposição dele a um f ato novo não assimilado anteriormente.
APRENDIZAGEM f ator novo fatores internos (maturação - vivências anteriores ) x
fatores externos (ambiente - escola - materiais - estratégias do professor)
Movimento aprendido Redução da Tensão Necessidade de Aprender
Movimento não aprendido Aumento da Tensão Necessidade de Aprender
É interessante, durante a aprendizagem da natação, apresentar aos alunos exercícios e estratégias coerentes com os ní veis pedagógico e maturacional, de simples assimilação, pois a tensão (gerada pela expectativa de acertar ou errar) está presente durante a aprendizagem da natação. Muitos nadadores que se aventuram a ministrar aulas de natação, sem uma formação pedagógica especí fi ca, preocupam-
Isso acontece também com técnicos que não se atualizam quanto à pedagogia, propondo aulas de natação com muitas explicações e pouco conteúdo pedagógico.
É comum observannos professores que explicam minuciosamente os exercícios ou pennanecem a aula inteira chamando a atenção de determinado aluno que não obtém êxito na sua técnica. Isso não é interessante na aprendizagem da atividade física, pois o movimento humano é muito complexo, diferente da atividade do pensar. Quando movimentamos o nosso corpo na água, não basta somente pensar; mas pensar e movimentarmos 'nossos ossos, articulações, músculos na direção certa. Um aluno adulto, por exemplo, que passa por uma experiência de aprendizagem em que o prof essor explica e exige demais dos seus movimentos durante a fase da aprendizagem da natação, aprenderá os movimentos de uma maneira mais contraída e tensa. Basta observarmos as piscinas dos clubes nos f inais de semana para comprovannos que muitos alunos nadam contraindo muito os músculos, quando deveriam nadar mais naturalmente. o mesmo não acontecendo com os' adultos que aprenderam de maneira mais relaxada e com movimentos mais fáceis. Há alguns anos atrás, quando não havia escolas de natação e nem processos pedagógicos mais elaborados crianças
neos; evidentemente que no aspecto med o e receios do meio lí quido, as crianças que aprendiam a nadar nos rios tinham bem mais medo que o apresentado atualmente no caso de crianças que recebem orientação. Quanto mais nos aprofundarmos nos processos da aprendizagem, nas dif erenças entre o aprender, aperf eiçoar e treinar, melhor será o nível das nossas aulas e conseqüentemente o ensino da natação. Tomando como base que a realidade técnica são os estilos dos melhores nadadores do mundo, Gustavo Borges, Scherer, Popov, podemos adotar os seguintes parâmetros:
Aprender: noções simplif icadas da realidade Aperf eiçoar: noções mais próximas da realidade Treinar: realizar e tentar ultrapassar a realidade. Segundo pesquisas recentes sobre o cérebro humano e preconizado pelos neurolingüí stas, o cérebro divlde-se em dois hemisf érios o esquerdo e o direito:
criativo
racional
Onde podemos situar a atividade f í sica e natação no aspecto da aprendizagem? Exatamente no hemisfério direito, devido ao fato d e trabalharmos mais com O corpóreo e com atividades lúdicas. Sendo assim, é mais produtivo desenvolvermos aulas criativas, sem muitos detalhes da técnica. Atividades globais, em que o mais importante é a realização dos movimentos, mesmo que não se jam "tecnicamente" perfeitos, lembrando as crianças que aprendem a nadar sozinhos ou jogam f utebol nos campos de várzeas e que, na maioria das vezes, aprendem de uma f orma mais descontraí da e sem muitas cobranças e pressões. Isso não quer dizer que os alunos não devam ser orientados, mas sim que as orientações este jam ao alcance deles. Quanto ao hemisfério esquerdo, utilizamos na atividade f í sica e natação, principalmente nos treinamentos. É comum observarmos atletas que f icam horas e horas treinando determinada técnica de nado, virada ou saída.
Durante uma sessão de treinamento dos Jogos Pao-americanos disputados em Havana - Cuba, lembro-me de que durante uma hora f icamos treinando a equ.ipe f eminina de revezamento 4xlOü livre (Paula Marsiglia - Paula Aguiar - Paoletti Filippini - Isabele Vieira) com o ob jetivo de melhorar a saí da e troca de posições entre as nadadoras. Todos os detalhes f oram observados: posicionamento dos pés no bloco de partida, momento do giro dos braços, o momento em que a c ompanheira passava na direção das
mãos, técnica da saída (algumas não estavam adaptadas ao giro dos braços) e o resultado foi uma medalha de bronze. Normalmente os técnicos f ilmam os atletas durante as saí das a 11m de observarem todos os detalhes.
Ao se deparar
CO/llnOl' os e emociollalltes e xercícios. 11(/0 se COII lente somente com a emoção momelltânea que ele nos oferece , desperte sI/a cllriosidade, procure os molivos e as causas de eles
Alguns autore~ ge natação evidenciam, nos seus livros, métodos estudados pela pedagogia como concepções analíticas, globais, proprioceptivas. Catteau e Garotf no livro "O Ensino da Natação", colocam no capí tulo 02, 5 I a 109, com muita propriedade, os métodos utilizados na aprendizagem da natação. Quando freqüentei a Faculdade de Psicologia, ministrava l trei t d t ã h t ã
aos métodos estudados na psicologia do desenvolvimento e ao ler os exercícios propostos nos livros de natação, f ui adaptando os métodos, ou seja, comecei a dar significado aos inúmeros exercícios sugeridos durante a aprendizagem. Fiquei feliz ao ler o livro "Metodologia da Natação" do prof essor David Camargo Machado, no qual se menciona a teoria e metodologia do "Erro e Acerto", proposta por Thorndike, método que a Psicologia do Desenvolvimento preconizava. Lembro que ao ler o livro "Natação para o meu Neném", de L. Borges, revisado pela professora Liselotte Diem, deparei-me com propostas de exercícios para as crianças realizarem o salto da borda, o deslocamento na água e como segurar as mãos do prof essor, tudo isso através das "Aproximações Sucessivas", metodologia que o livro nada explicava. Mas foi gratificante constatar que poderia utilizar os estudos da Psicologia do Desenvolvimento em benefí cio da aprendizagem da natação. Constatar isso f oi muito bom e poderá sê-Io também para todos os prof essores que, ao depararem com exercícios, despertem a própria curiosidade e procurem explicações cientí f icas e metodológicas para eles, pois além de tomarem a leitura mais agradável, também poderão adaptar novos métodos à aprendizagem da natação.
Segundo Piaget. a criança está orientada para o triunf o. Os atos que dão certo são preservados, os que f racassam, desaparecem.
É por
volta de dois ou três anos de idade que a criança começa a buscar a verdade, compreender e não somente explorar. Podemos aplicar os estudos desenvolvidos por Piaget na aprendizagem da natação, principalmente na natação para bebês, pois Piaget estudou com muita propriedade o perí odo do na'iCimento aos 24 meses, cienominado período sensório-molor.
Quando analisamos os exercí cios que realizamos nas aulas para bebês e os relacionamos aos estudos sobre o perí odo sensório-motor, observamos que os exercí cios, criados num momento de "magia" por parte do prof essor. têm muito dos estudos de Piaget. Piaget propõe 04 f ases ou estágios do desenvolvimento ser humano do nascimento até a fase adulta: Estágio Estágio Estágio Estágio
O I: Período Sensório-Motor
02: Período Pré-Operacional 03: Período das Operações Concretas 04: Período das Operações Formais
do
Estágio O I: Período Senso-Motor - perí odo compreendido do nascimento até a criança completar 24 meses. A criança durante esta fase adquire habilidades e adaptações do tipo comportamental. Durante esta f ase a criança ainda não desenvolveu habilidades como raciocínio, coordenação motara mais f ina. Os exercí cios são realizados através de adaptações de estí mulos e respostas. Uma detenninada música, por exemplo. "A galinha do vizinho", que a princípio é um estímulo neutro, ou se ja."nada tem a ver" com a natação, passa a constituir um estímulo condicionado, pois é agradável e motivante. Piaget, ao observar as crianças durante o penodo senso-motor, chegou às conclusões:
A criança utiliza mais os ref lexos no relacionamento com o meio ambiente. Qualquer ruí d o ou uma luz mais forte chamará a atenção da criança fazendo com que a atenção dela volte-se para a origem do estí mulo ou a afaste, como no caso da luz. Os primeiros banhos são importantes para a adaptação ao meio líquido. A maneira com que os pais molham o rosto ou transferem o seu calor para a criança orientarão f uturos trabalhos de aprendizagem da natação. Geralmente os banhos são realizados em ambiente agradável, sem muitas interf erências, justamente para não voltar a
Desde o nascimento, se as condições f orem favoráveis (piscina com a temperatura próxima do banho, muito bem tratada) e os fatores culturais o pennitirem. Sabemos que nos países europeus os pais colocam as crianças desde o nascimento. Observamos nas matérias dos telejomais imagens de professores colocando crianças de poucos meses em lagos gelados. Imaginem realizarmos isso com crianças latinas!
Durante este perí odo de vida, a criança fortalece o seu relacionamento com o mundo exterior; começa a perceber o calor do seio da mãe, quando suga toma o leite; ao chorar, é seguro no colo ou suga o seio para saciar a fome. Começa a sentir O prazer pela água e as diferenças de temperatura. Praticamente o elo de ligação entre a criança e o meio ambiente é o choro.
Durante este perí odo a criança começa a manipular o meio
colocá-I os na natação, pois sua imunidade já está mais desenvolvida, sendo a época ideal não para aprenderem os estilos, mas sim para se adaptarem ao meio líquido.
Comportamento
instrumental
e busca do objeto desa-
parecido.
Perí odo de ótimo desenvolvimento na natação, principalmente quando relacionamos nas aulas os exercí cios aos brinquedos. Até então, durante as aulas, o brinquedo exercia a f u nção de atrair a atenção da criança e agora os brinquedos têm como objetivo o de integrar os exercí cios. Trabalhar escondendo os bri nquedo é bem ti pico desse perí odo e chama a atenção das crianças.
A partir desse período a criança inclui no seu universo a figura das pessoas que estão com ela espomdicamente, como prof essores de natação, maternal, avós, tias, amiguinhos, aumentando o seu relacionamento. Na natação realiza mo imentos de perna semelhantes ao do
o relacionamento
com o meio ambiente é concretizado nesse período, aparecendo os primeiros sinais de medo. Uma interessante experiência vivenciada por mim ilustra muito bem esses sinais. Estava passando os meses de verão na casa dos meus pais e tive a oportunidade de brincar com o meu primo de 18 meses numa piscina de 25 metros. O garoto realizava atividades de bloqueio de respiração, saltava, deslocava-se e sentia-se muito confortável. No próximo verão nos encontramos novamente e através das informações da mãe, ele nunca mais havia entrado numa piscina e qual não foi a minha surpresa ao perceber que ele não queria mais saltar ou colocar a cabeça na água. Os prof essores de natação devem acompanhar as modificações comporta mentais dos seus aJunos e nesse período manif esta-se claramente o medo das crianças do lugar fundo, onde não dá pé. Caso seja alarmada quanto à prof undidade da piscina: "Não entre no lugar fundo"; "Cuidado que você poderá afogar-se", poderá adquirir o medo da água. Uma das estratégias trabalhadas com as crianças nessa f ai
É comum obtermos resultados através dos estímulos musicais, como uma música que cantamos para as crianças colocarem a cabeça na água:
As crianças entram no "cllma" e acabam colocando ça na água.
a cabe-
COMPORTAMENTOS ADAPTA T1VOSIINTELIGENTES
A utilização de brinquedos - imitação de bichos - animais aquáticos - fantasias são as principais estratégias do período senso-motor. Tome-se o exemplo citado na página 38 do li vro Natação para o meu Neném, de Lothar Borges, no item Novos passos para o mergulho: "A criança nessa idade já tem certa noção de tempo; acostumando-se à duração do mergulho, ela começará a espernear, se o tempo ultrapassar".
Analisando o exercício acima, espemear signif ica que a cri-
Fim do período comportamental e iní cio da compreensão, do entendimento, agrupamento dos conceitos, aquisição e desenvolvimento da coordenação mais tina e desenvolvimento das habilidades do aprendizado dos estilos da natação.
Período de transição entre aquisição de novos agrupamentos para o mais elevado, que é o operacional. Oferecem uma maior dificuldade a compreensão e comportamento mais sensato e lógico nas situações de brinquedo livre. Paralelamente ao ler, escrever e à capacidade de compreender novos conceitos, a criança aprende também a nadar os estilos. iniciando por movimentos mais rústicos até a realização de movimentos complexos do estilo golf inho, assimilados mais naturalmente aos 07 anos. Podemos afmnar que é o período mais signif icativo para O aprendizado dos estilos, mergulho elementar e melhora das condições das vias respiratórias e, conseqüentemente, dos músculos envolvidos no processo (estemoc!eidomastóideo - peitoral- abdominal- diaf ragma - intercostais).
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- Coordenação das pernas, braços e respiração especí fica. ~ Atlvidades recreativas.
Durante o período Pré-Operacional é comum encontrarmos crianças que atingem em deteminadas fases da aprendizagem "platôs", permanecendo por períodos prolongados na mesma fase. Exemplo: uma criança de 04 anos permanece durante 04 meses na fase de coordenação das pernas, braços e respiração específica. Até então seu desenvolvimento foi acelerado, mas nessa fase temos a impressão de que "parou", fato comum, pois maturacionabnente ainda não atingiu os movimentos mais f t nos e complexos exigidos para a tarefa.
SISTEMAS
INTER-RELACIONADOS e ORGANIZADOS
FIM DO EQUILÍBRIO ESTÁVEL COMPORTAMENTAL
Perí o do de agrupamento de novos conceitos, desenvolvimento de noções de distãncia, comprimento e organização. Caso as crianças tenham aprendido e desenvolvido as habilida-
Nesse perí odo as crianças possuem uma concepção rudimentar de tempo, espaço, número e lógica.
- Aperfeiçoamento da técnica dos nados crawl, costas, peito e golf inho. - Aprendizado das saídas, viradas. - Desenvolvimento dos exercí cios de nado combinado (medley). - Participação nos festivais. - Iniciação competitiva. - Desenvolvimento de habilidades como: saber o seu tempo em determinados percursos; merragem dos treinos; ritmo e espaço.
Perí odo de desenvolvimento do pensamento causal, lógico e experimentação cientí fica. O indivíduo, ao alcançar a puberdade, adquire uma visão mais crítica do mundo que o rodeia,
velocislaS, meio fundistas e fundistas e o condicionamento para a natação ou para os diversos esportes. No outono de 1998 fui procurado pelo atleta Alexandre para desenvolvermos treinamento específico para velocidade, haja vista seu desempenho numa clínica de natação realizada nos USA.
Durante o inverno, quem me procurou f o i seu irmão Bruno, que adora f utebol e procurou a natação para melhorar o seu condicionamento. Muitos desses casos ocorrem nas escolas, academias ou clubes de natação.
- Condicionamento f í sico; - Correções posturais; - Fortalecimento dos músculos envolvidos no processo respiratório ou especí fi co de cada esporte; - Treinamento de atletas velocistas, meio f undistas e f undistas; - Treinamento de médio ní vel; - Participação em travessias de médio percurso (até 10.000 metros).
EXPERIMENTAÇÃO
CIENTÍFICA
APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA RESPOSTA CONDICIONADA Tem como base e origem o condicionamento clássico de Pavlov, que, ao trabalhar com animais em estado de privação alimentar, criava uma situação de aquisição de novos comportamentos através da apresentação de estí mulos considerados prioritamente neutros e posteriormente condicionados no organismo dos animais. Pavlov, ao apresentar o som de uma campainha (estí mulo neutro )seguido do alimento ao cachorro, percebeu que este, no intervalo de tempo da escuta do som e a apresentação do alimento (estímulo condicionado), salivava, ou se ja, um estímulo (som) incialmente neutro incorporou-se ao organismo do cachorro, tomando-se um estí mulo condicionado. Esse método é muito utilizado pelos prof essores de natação na faixa etária O a 02 anos, n o período senso-motor, proposto por Piaget, por se tratar de um período componamental e pouco cognitivo.
- Aula para a f aixa etária 12 meses. Através do estí mulo musical (neutro), condicionamos a criança que, em deter-
- Na p. 39 do livro "Natação para o meu Neném", observamos o seguinte exercí cio: "Irrite um pouquinho a criança e retire-a do fundo somente quando ela intensif ica sua atividade. Ela descobrirá a relação entre espemear e ser retirada do fundo e logo tentará acelerar esta retirada, iniciando mais cedo os movimentos". Espernear tomou caráter de sinal, isto é, a criança associa determinada conduta a determinada expectativa.
É um método proposto e desenvolvido por Thorndike, em que a motivação é a condição fundamental.
Determinados comportamentos são elogiados ou recompensados e outros não. Aprendizagem reforçando o êxito. Presente em todas as atividades fí sicas, principalmente quando o prof essor está diante de um grupo de alunos heterogêneos e propõe determinado exercício. Alguns alunos realizam, outros não, dependendo do ní vel do exercício e maturacional. Na natação não poderia ser dif erente, pois está presente na maioria das aulas, principalmente no iní cio quando ainda desconhecemos a realidade e o nível do aluno.
- Flutuabilidade - Quando propomos um exercício de flutuação, caso O aluno não obtenha êxito, propomos a alternativa de realizar os movimentos de perna; não conseguindo, alternamos para mudar o posicionamento dos braços e assim sucessivamente até acertar.
- Há alguns anos atrás ministrei aulas para Viviane, portadora da Sí ndrome de Het. A maioria das estratégias adotadas nas aulas foram baseadas no erro e acerto. A impressão que tinha era que estava "tateando no escuro", pois além de desconhecer a aluna, também desconhecia a síndrome. Sendo assim, procurei observar os estí mulos quc a atraíam para que pudesse criar um elo de comunicação. Após várias tentativas e fracassos, optei pelo estí mulo musical e foi estabelecida a via de comunicação.
o SUCESSO
DESTE MÉTODO É O MAIOR NÚMERO DE ESTRATÉGIAS.
APRENDIZAGEM APROXIMAÇÕES
ATRAVÉS DAS SUCESSIVAS
O princípio básico deste método é, através de um objetivo proposto, desenvolver uma cadeia de elos que se interdependem e na qual a condição básica é a de realizar o
Exemplo na natação: Ob jetivos: - Criança dos 06 aos 24 meses - Saltar, movimentar-se por baixo da água, emergir e segurar nas nossas mãos. Elos: 1. Adaptação ao meio líquido - molbar a nuca e o rosto da criança. 2. Af undar a criança e passar para a mãe. 3. Ser af undada e ser retirada do fundo. 4. Ser af undada - espemear - perceber as nossas mãos - agarrá-Ias, ser puxada e retirada do f undo. 5. Saltar sem afundar o corpo e sentir nossas mãos. 6. Saltar - mergulhar a cabeça e o corpo - movimentar-se por baixo da água - emergir e segurar nossas mãos.
Objetivos: - Aprendizagem dos nados crawl- costas - peito e golfinho. Elos: 1. Adaptação ao meio líquido 2. Respiração Geral 3. Flutuação ventral, dorsal e vertical 4. Propulsão das pernas 5. Propulsão dos braços 6. Coordenação dos braços e das pernas
Retomando à introdução, enfatizamos a importãncia de nos afastarmos dos modelos de aprendizagem mecanicista e detalhista, pois são modelos utilizados pelos que priorizam a técnica e não a pedagogia do movimento. Ao utilizarmos a Gestalt, preconizamos a aprendizagem dos movimentos através do todo ou do movimento global. Na realidade o que a pedagogia nos mostra é a importância de desenvolvermos exercí cios que não tragam dificuldades à sua realização. mas sim movimentos simples, de fácil execução e entendimento por parte do aluno. Ao orientarmos o aluno, quanto mais fácil o exercf cio ou menos explicações ou detalhes, melhor será sua compreensão.
- O aprendizado da braçada dos nados. Podemos ensinar conduzindo os movimentos da braçada, sem a preocupação dos detalhes, como sai e entra a mão na água, ou como são os movimentos submersos. Simplesmente, podemos conduzir os movimentos ou solicitar ao aluno que imite os movimentos realizados pelo professor, dizendolhe "Um braço entra na água e outro sai "ou então "Um braço sente calor (dentro da água) e outro sente f rio (fora da água).
assim - tcham - tcham - cotovelo levantado o bracinho "esticado" o bracinho do crawlzinho f az assim - tcham teham". Quando iniciamos os movimentos de uma maneira bal, utilizamos o hemisfério direito cerebral.
glo-
A estratégia do modelo ortodoxo da aprendizagem na natação é a realização das aulas sem a preocupação com a faixa etária e principalmente com os níveis dos alunos. Algumas escolas de natação, para baixar os custos e manter um número baixo de prof essores. ainda adotam esse modelo. Assim, alunos que estão aprendendo a adaptação ao meio líquido, realizam aulas com os que já nadam o crawI com~ pleto ou alunos de 08 anos realizam aulas com adultos. Outro modelo ortodoxo realizado é o de aulas com um número elevado de alunos para cada professor, falhando inclusive no aspecto da segurança. Quanto ao primeiro modelo, é interessante formarmos grupos de alunos da mesma faixa etária e do mesmo nível pedagógico e, no segundo modelo, termos o número ideal
de alunos por professor. Para que isso aconteça, precisamos observar a prof undidade da piscina e os ní veis. Por exemplo: Nas aulas de natação para adaptação ao meio lí quido, respiração geral e f1utuabilidade em piscinas com profundidade maior que a dos alunos, o número máximo de alunos (crianças) por professor seria de 03 alunos e, de adultos, 06 alunos. Já em piscinas onde "dá pé" para os alunos, esses números aumentariam para 06 alunos (criança,) e 10 alunos (adultos). Podemos dividir uma aula em diferentes ní veis, dependendo das dimensões das piscinas, f acilitando inclusive o deslocamento dos pais e acompanbantes. Irmãos em diferentes níveis da aprendizagem poderão realizar a aula no mesmo horário.
Fase posterior à aprendizagem. Quando o aluno aprende os movimentos dos estilos, como coordenação dos movimentos da perna, braços e respiração especí f ica, inicia o aprimoramento ou aperfeiçoamento da técnica e a melhora do condicionamento f ísico. Durante a fase do aprendizado, os alunos pouco melhoram sua condição f isiológica, por exemplo aeróbica. A partir do aperf eiçoamento é que acontece signif icativa melhora.
Divisão dos níveis pedagógicos na piscina de 20 x 08 - horário: às 10:15 horas - 3 / 5 - 03 a 08 anos
9:30
IV IV I
11
Profundidade 1.50
Profundidade 1.00 metro Níveis
I
11
III IV
III
Alunos (máximo) 06 08 08 16
Professores 02 01 01 01
'"'"
NIVEIS DE APRENDIZAGEM 03 a ORANOS N VEL 111 NIVEL 11 NI ELIV NÍVEL] cação cavalo-marinho dourado lambari adaptação ao meio aperfeiçoamento aperfeiçoamento crawl adaptação ao li uidom I crawl e costas m 1 costas ~ J? ,? _ it9 ._ 1 )1 1 meio lí uido ml respiração geral !TI I propulSão das propulsão das respiração geral crnas ml ml pºrrt~_~__ lJl.! f lutuabilidade propulsão dos f lutuabilidade propulsão dos 111) ml braços ml bra os ml propulsão das propulsão das coordenação br / pr coordenação br / p crnas ml emasml ml ml propulsão dos propulsão dos respiração respiração espccíti"ca braços m I bra os m2 es ecíf ica 1112 m2 nado ,) C i t o coar enaçao r pr coordenação nado borboleta 111 \ br; r m2 cOIll)lcto 1112 m2 resplraçao nado crawl e mergulho sa-idas c viradas !TI2 es ecí fi ca!TI2 costas m2 elementar 1112 " j-ti"iciação saltos nado craw! c costas iniciação m2 m2 com etitiva 1112 com etitiva 1112 sobrevivência 1112 sobrevivência 1112 salvamento 1112 sobrevivência m2 sobrev"ivênc(a' saltos m2 dura ão das aulas: 45 minutos módulo 01: ml -16 aulas módu)o 02: m2 - 16 aula fre üencia semanal: 2 aulas
"~ " c:
", -
NIVEIS DE AI'RENDIZAGEM 09 a 12 ANOS NIVEL III NÍVEL I Ní VEL 11 tubarão !!olfinho boto cor-de-rosa adaptação ao meio lí quido 1111 aperf eiçoamento crawliniciação ao treinamento costas IT I 1 / 2 peito-
11 1 I
"Jo lfinh o
resniracão 'cral !TI I flutuabilidadc 1 11 I propulsão das pernas/ braços 111 1
coordenação
pernas/ braços ITI I
resoiracào esoecí f ica IT I 112 nado cmwl e costas IT I 1 / 2 saltos IT I 1 / 2 sobrevivência 11l 1 /2 duração da aula: I/li 45 minutos freqüência semanal: 3 a 5 aulas
saí das e viradas ITI 1 / 2 iniciação competitiva ITI 1 /2 salvamento tn 112 sobrevivência desenvolvImento ael:6bio ITI 1 /2 teclllca 111I 2
saídas e viradas IT I 1 / 2 iniciação competitiva 1 1 1 1 /2
111- 60 a 90 minutos
módulo 01: 16 aulas
salvamento 11 1 1 / 2 sobrevivência desenvolvimento acr6bio ITI 1/2 tecl1Ica m 11 2
mOdulo 02: 16 aulas'
* ou contínuo
Divisão dos alunos dos 03 aos 08 anos e dos 09 aos 12 anos, com objetivos de diferenciar os alunos quanto ao aspecto maturacional, pedagógico e psicológico. Evidentemente que os alunos de 03 aos 08 anos apresentarão um tempo de aprendizagem maior que os alunos de 09 aos 12 anos, devido ao aspecto maturacional. Sendo assim, os alunos de 03 aos 08 anos f oram divididos em 04 ní veis e os alunos de 09 aos 12 anos em 03 ní veis.
Podemos com ob jetivos motivacionais determ in ar nomes de peixes para os ní veis: larnbari, cavalo-marinho, cação, dourado, golfinho, boto cot-de-rosa e tubarão, do menor para o maior peixe. Muitas escolas utilizam distintivos dos peixes quando as crianças passam de ní veis ou adotam toucas de diferentes cores, geralmente as cores da escola.
Aplicabilidade mais fácil nos clubes e escola de espones, com perí odos mais rí gidos de início dos programas de natação, como de janeiro a junho ou de agosto a dezembro ou em escolas de natação com f ilas de esperas nos horários (f ato difícil de encontrarmos nos tempos alUais) e aplicabilidade mais dif íc il nas escolas particulares de nata-
de. Mesmo assim, deveria constar dos plane jamentos das escolas, pois é de grande valia para acompanharmos a evolução pedagógica dos alunos.
Após os alunos aprenderem o nado, iniciam a fase do aperfeiçoamento, em que introduzimos a iniciação competltiva: l.a etapa: tomada de tempo individual, observando e comparando o tempo do aluno com o próprio aluno. Após a tomada de tempo individual durante 08 semanas, passamos para ... 2.a etapa: tomada de tempo coletiva, observando e comparando o tempo do aluno com o próprio aluno, mas não o colocando sozinho na tomada, mas com outros companheiros. O professor não compara os tempos, deixando esta tarefa para os alunos. Após a tomada de tempo com outros alunos durante 04 semanas, passamos para.. 3.a et apa: Participação em f estivais internos, eventos com objetivos lúdicos nos quais a premi ação é igual para todos, com duração no máximo de 60 minutos. Os tempos são cronometrados, não com objetivos de disputa de lugares, mas com o de melhorar os tempos individuais.
Oportunidade para os alunos conhecerem os alunos de ou-
4. a elilpa : : Pa vent ntoos com Part rtic icip ipaç ação ão em fe fessti tiva vais is ex exte tern rnoos, eve obj bjeetivo tivoss lúdic icoos semeJh semeJhaantes aos do fes festivai aiss int nter ernnos os,, co com m a parti rticcipa ipaçã çãoo de du duas as ou mai aiss esco collas, com o ob jet jetiivo de o alun lunoo e os pai paiss conhec conheceerem out utrros ambie ambiennte tess (escola olass, clu clu-bes, centr centroo educaci educacioonais etc etc..). Ap Após ós a participação em vári rioos festiva festi vaiis, o alun unoo estará pront ntoo par paraa ini inicia ciarr nas co com mpetiçõe ções, s, desdee qu desd quee sej ejaam ad adeequadas ao seu nível nível, idade e objetivos. ásic icaas do mergulh ulhoo eleme menntar. ExercÍSALTOS: Atitivvidades bás cios de sa salt ltaar da bo borrda da,,se senta ntaddo ou em pé pé,, co com m obj objeti etivos vos de apr preender a salt saltaar. Exigim igimos os some mennte o salto se sent ntaado ou em pé, n ã o propr propria ia m e n t e
o m e r g u lh o .
q u e s e r á a s s im ila d o
n o m ergu-
lho ele lem menta tar. r. Ensin inaar os alu lunnos a f lutuar num luSOBREVIVÊNCIA: garr mai ga maiss f und undo do que a sua estatur taturaa durante um um tempo dettermin de rminaado. Flutu lutuaação nas difer fereente ntess pos posiiçõ çõees, com omoo vertical,, ho tical horrizont ontaal e dorsa! a!.. Na Nadar dar e alterar as po possições. Por exem xempplo: J O me metr tros os craw awll, 05 metr metros cos osta tas, s, 10 cra craw wl. Deslocaarloc r-sse na água com co collet etees salva va--vidas, de roupa. roupa. Lev Levaar os alunos a locai aiss com mai aioor pr proofu funndi diddad adee ou nadar no mar, rio rioss, lago lagoss ele. Semp mpre re com cri rittério rioss e so sobb a ori rieent ntaação dos pro profe fessso sorres es.. rass básicas de sa sallvam ameent nto, o, SALVAMENTO: Ensinar regra como - noçõe oçõess sob obrre profu fund ndiidade, correnteza zass do doss rios e pra praiias as,, apr apreend ndeer a nadar com nad adaadeir iras as e f lut utuuador adores es (auuxiliar no sa (a sallvame vamennto). Noçõe õess sobr obree tran ransspor ortte e técni cni--
DESENVOLVIMENTO AERÓBIO: Ati Ativvid idaade fí sica em qu e u tiliz lizaam os priori rita tarriament amentee o sisisttem a de ene nerrgi giaa or oriiun un-do do oxigê gênnio, prov rovenie enient ntee do ar que respir respiram amos os atrav ravéés da cad cadeia res respi piratória. ratória. É o sistema prim rimáário de obten tençção de energi rgiaa. Quando Quando os alun alunos os dese esennvol olvvem esse si sistem temaa, pratica cament mentee es estã tãoo de dese sennvo vollvend endoo sua base aer aeróóbica, primor primor-dial pa para ra seu f utur uturo des esem emppen enhho co com mo atleta ou indivíd divíduuo sadd io sa io,, po poiis real aliiza zarr ativida vidadd es ae aeróbi róbiccas sig ignnifica au aum m e n ta r o núm númeero de ca capilares funciona onaiis e melh lhoorar a capacidade de troc trocaar o C02 (d (dió ióxxic icoo de car carbon bonoo) pelo ox oxiigê gênio. nio. PLANOS DE AU AULAS • TEMA: Apr preendiza zaggem • OB OBJJETIV ETIVO OS: Propulsã sãoo das per pernnas as.. • FA FAIIXA ETÁ TÁR RLA: 04 anos nos.. • NÍ NÍVE VEL L MA MAT TURACTO RACTON NAL: Aluno lunoss qne es estão no per eríodo íodo préé-operac pr eraciional pro propposto po porr Piaget Piaget.. Espe perra-se que a coor coor-denn aç de açãã o m ais f ina in a já apres apreseent ntee os seu euss primeir primeiros os sinai inaiss. • DU DUR RAÇÃ AÇÃO O: 45 mi minnutos tos.. • FREQUÊNCIA SEMANAL: 2 vez ezes. es. • NÍVEL!: 5' Aula
1 . E xe xerrcí cio ci o
f ora d a água água:: co com m um a pra ranc nchha n a m ã o, b ater
1. Deslocar Deslocar--se na água na ver erttical ical,, ca cant ntan ando do a mú música do chapeuzinho vermelho. 2. Brin Brincar de pe pega-pega a-pega,, de desslocam locameentos f rontal rontal e lat ateeral ral.. 3. De Desslocament ocamentoo lateral lateral-- caranguejo caranguejo.. 4. Fo Fogguetinho - de dessloc locaament ntoo fr froontal com pr prop opul ulsã sãoo da dass pe perrnas.
5. Des Desllocame ocamennto dorsal co com a pran prancha nos joelho joelhoss. 6. Deslocam amen ento to fr fron onta tall com a pr pran anch chaa. 7. Deslocamento na verti ertica call, corr correendo ndo,, peg pegaar objeto bjetoss no fundo da pis piscina cina.. 8. Foguetinh oguetinhoo de frent frente, al altten enar ar para cos costa tass a cada 2 me metro tross. 9. Desl sloocam amen ento to fro ront ntal al co com m a prancha ancha,, le levvan ando do ma matteriai iaiss em cima da pr pranc anchha. 10. Roda gigant antee - os aluno alunoss seguram no br braaço do pro professor e es este te gir gira al alggumas vezes.
1. Brinc ncaar de saltar ar,, imit mitaando o profe rofesssor sor.. 2. Brincar de ti tirrar a to tonca do prof esso essor. 3. Brincar de gir giraa-gi girra - o prof essor essor seg seguura uma das mão mãoss do aluno e gira algum lgumas as vezes. vezes.
FREQÜÊNCIA SEMANAL: 2 vezes. 2' Aula do programa
l. Exercício fora da água - "morto - vivo". 2. Irnitarum "gigante" - imitar um "anãozinho". 3. Sentar nas pranchas quando a música parar de tocar. 4. Exercí c io
na água, cantiga de roda, ciranda, cirandinha,
dramatizando e interpretando.
1. Deslocar-se na água na vertical, cantando a m úsic a do chapeuzinho vermelho. 2. Imitar gestos - quando acordar, espreguiçar, escovar os dentes e lavar o rosto. 3. Deslocamentos frontal com O aquatubo, em duplas ou trios. 4. Andar no cavalo marinho. Aquatubo entre as pernas. 5. Roda cantada, música do caranguejo. 6. Roda cantada, música da galinha do vizinho. 7. Brincadeira da centopéia. 8. Os alunos seguram uma prancha, explorando o planeta X. 9. Deslocamentos com a prancha na posição vertical. Lancha supersônica.
I. Brincar de pegador. 2. Brincar de tirar a touca do professor. 3. Pêra ou maçã.
I. Adaptação ao meio líquido 2. Respiração geral 3. Flutuação ventral - dorsal - vertical - lateral .t. Propulsão das pernas 5. Propulsão dos braços 6. Coordenação das pernas e dos braços 7. Respiração específica lateral - frontal 8. Coordenação das pernas/braços e respiração
SEQÜÊNCIA
PEDAGÓGICA COMUM NADOS DE NATAÇÃO
AOS 4
1. Adaptação ao meio líquido: fase inicial do aprendizado dos nados crawl, com ob jetivos de adaptar o aluno à escola, estrutura da piscina (comprimento, largura, prof undidade), aos professores. f uncionários. A paciência e o número de estratégias específ icas são marcantes neste perí odo. Convém ao professor diminuir a ansiedade e não acelerar demasiadamente os exercícios, podendo afastar precocemente os alunos das aulas. O aluno, quando inicia o aprendizado da natação, possui, através de suas vivências anteriores, experiências positivas ou negativas quanto ao aprendizado não somente da natação, mas de outras atividades. Caso tenha uma vivência negativa - a "tia" do jardim ou maternal não se relaciona bem com a aluna, esta pensará que o comportamento da "tia" da piscina será semelhante. Sendo assim, estratégias como: brincadeiras, músicas, o prof essor na água, transmitindo segurança e energia, brinquedos são bem vindas neste período. A natação ortodoxa pantia do princípio de que a primeira etapa do aprendizado era a propulsão das pernas. Simples para os prof essores que permaneciam durante o transcorrer da aula do lado de fora da piscina, colocando f 1utuadores e prdIlchas nos alunos.
Posteriormente observaram o quanto estavam errados, dispensando a fase da adaptação ao meio líq ido Muitas can
um pau no gato; a galinha do vlzlnho; chapéuzinho vermelho. etc. ' \ Iuiros prof essores como Fontanelli utilizam interessantes estratégias durante a adaptação ao meio líquido. Uma das idéias é colocar bacias na borda da piscina com brinquedos e água na mesma temperatura que a da pisclna. A criança f icará brincando dentro da bacia durante o início da aula, enquanto as outras crianças já adaptadas realizam a aula dentro da piscina. Quando o professor perceber que a criança está mais descontraída, segura a bacia, coJoca-a dentro da piscina, gira, criando um clima de "fantasia", até a água da bacia misturar-se com a água da pisclna; depois, segura a criança pelas axilas - transmitindo mais segurança - e termina o processo. O professor Fontane]]i tem tido sucesso com essa estratégia, eu mesmo tentei algumas vezes e os resultados f oram favoráveis. 2. Respiração Geral: muitos estranham quando explico sobre a respiração geral, o que a dif erencia da respiração especí fica e quais os motivos de incluí -Ia após a adaptação ao meio líquido. Para os alunos f lutuarem é importante que aprendam a colocar o rosto na água, pois necessariamente não o colocam na adaptação e para colocar o rosto na água, também é importante que aprendam o controle da respiração. Normalmente, quando estarnos fora da água, inspiramos pelo nariz e expiramos pela boca.
cios, pois inspirar pela boca é mais prudente. Caso peguemos água e não ar, f acilmente a expelimos pela boca, o que não seria tão fácil pelo nariz, causando irritações. Para a realização de uma boa tlutuabilidade é necessário colocar a cabeça na água, com objetivos de diminuir a resistência f rontal e melhorar a posição horizontal. Portanto, a respiração geral auxilia a tlutuabilidade e ensina os alunos a respirar no meio líquido. Alguns exercí c ios auxiliam a aprendizagem da respiração geral: carangue jo (carangue jo, carangue jo, f az tchibum, f az tchibum).
3. Flutuabilidade: basicamente a diferença de tlutuabilidade ocorre entre o estilo costas e os estilos crawl, peito e golf inho, dif erença em relação à posição do corpo na água; enquanto no estilo costas a posição do corpo é dorsal, nos outros estilos, ventral. Sendo assim, podemos, durante a f ase da tlutuabilidade, ensinar aos alunos as variações de posição no mesmo período. Esse é um dos motivos pelo qual ensinamos os estilos costas e crawl ao mesmo tempo. Sem a utilização de alguns recursos, o ser humano não deveria tlutuar, devido a densidade do corpo humano ser maior que a densidade da água. Ao estudarmos a tlutuabilidade dos corpos no meio lí quido, a água, observamos as seguintes situações:
a) composição corporal: Aspectos endomórficos - % massa de gordura, ectomórficos - % massa óssea - mesomárf icos - % massa muscular. Para uma ótima flutuabilidade sem deslocamento é importante que o indivíduo tenha wna maior massa de gordura e músculos, sem muita hipertrofia. Já durante o deslocamento é importante que esta porcentagem de gordura seja controlada, por exemplo: nadadores fundistas geralmente apresentam uma porcentagem maior de gordura que os nadadores velocistas; encontramos valores de massa de gordura nos velocistas de: masculino - 10% ~ feminino - 12% e nos f undistas: masculino12% - f eminino 14%. O motivo das variações entre velocistas e f undistas é devido ao tempo de permanencia na água, ou se ja, a duração da prova. b) Faixa etária: Geralmente as crianças têm mals f acilidade para f lutuar do que os adultos, devido ao f ato de as crianças possuí rem pouca massa muscular e vlvências anteriores menos negativas, possibilitando um melhor relaxamento muscular. c) Sexo: Devido a fatores biológicos de composição e estrutura cor~ poral, as mulheres (quadril mais largo) têm mais f acilidade para f lutuar do que os homens
Variações da densidade: água potável 250 água do mar 250 corpo humano/homem corpo humano/ mulher. gordura humana... . músculos humanos. ossos humanos. .
1.000 1.025 0.982 (ar nos pulmões) .0.971 (ar nos pulmões) 0.938 ..1.052 1.800
Observando os vários aspectos da variação da densidade do corpo humano, podemos afIrmar que o corpo humano possui uma densidade maior do que a da água, sendo assim, não poderia f lutuar. O que f a z o corpo humano f lutuar é o ar nos pulmões que f uncionam como uma bóia e os músculos relaxados. É importante, no início dos exercícios de flutuabilidade, os prof essores utilizarem estratégias que deixem os alunos relaxados e solicitando que eles encham os pulmões de ar e inspirem prof undamente antes da realização da f lutuação.
Podemos variar as posições de f lutuabilidade dependendo dos objetivos: no estilo costas, - dorsal; outros estilos ventral; sustentação ou sobrevivência: vertical ou lateral; sensibilidade: lateral. Podemos variar os exercícios de f lutuabilidade, utilizando
1. Adaptação ao meio líquido 2. Respiração geral 3. Flutuação ventral - lateral 4. Propulsão das pernas 5. Propulsão dos braços 6. Coordenação das pernas e dos braços 7. Respiração específica lateral 8. Coordenação das pernas/braços e respiração
o nado crawl varia de acordo com a individualidade dos nadadores. Quanto à variação da propulsão das pernas e ciclo da braçada, o atleta poderá realizar 2 pemadas para cada ciclo (2 braçadas), 4 pemadas para cada cicl o e 6 perna das para cada ciclo.
No início dos anos 70, acreditava-se qu~ os atletas fundistas, com objetivos de obter uma ótima performance, deveriam realizar 2 pemadas para cada ciclo. Motivo: uma nadadora australiana, Shane Gould, venceu as provas dos 400 m e 800 m nado livre nas Olimpíadas de Munique em 1972, nadando a técnica de 2 pemadas para ciclo. Devido a esse fato, muitos técnicos na época forçavam seus nadadores a nadar com a mesma técnica, 2 pemadas para cada ciclo de braços. Um nadador brasileiro, D jan Madruga, estreando nas Olimpíadas de Montreal em 1976, adotou a técnica de 6 pemadas para cada ciclo de braçada, provando que os fundistas poderiam nadar outra técnica além das 2 pemadas para cada ciclo de braçadas. Evidentemente que a maioria dos nadadores fundistas apresentam 2 pemadas para cada ciclo. No mundial de piscina de 25 metros realizado em Gotemburgo, Suécia, em abril de 97 a nadadora costa-riquenha Cláudia Pool nadou os 400
suem uma ótima f lutuabilidade e não necessitam da perna para sustentação, mas sim, para propuJsão e equilíbrio.
É importante, durante a aprendizagem, enfatizarmos a propulsão das pernas, pois a pemada representa não somente a propulsão, mas equilíbrio e sustentação (f lutuação). Muitos nadadores incrementam o trabalho de perna ao final da prova para melhorar a sustentação do corpo e diminuir a resistência frontal do corpo em relação à água.
o afastamento
entre as pernas no plano vertical deverá ser mais ou menos a largura do corpo, a distância do quadril. O movimento parte da articulação coxof ernural. significando que devem estar retas ou estendidas; desde que o movimento seja realizado com toda a perna partindo da articulação coxofemural, os movimentos das pernas são realizados com uma pequena flexão. A pressão da resistência da água deve ser colocada no peito dos pés. Muitos alunos apresentam dif iculdades na propulsão das pernas de crawI, devido a atividade das pernas ser muito especí fi ca e que somente se treina na água. Sendo assim, encontramos alunos com gnm de dif iculdade. M uitos nem saem do lugar devi-
Quanto ao movimento dos braços, a seqüência da entrada na água é a mão entrando ligeiramente inclinada para f ora, entrando primeiramente o dedão e posteriormente toda a mão, punho, antebraço e braço à f rente do corpo e na linha do ombro, evitando uma maior resistência frontal.
Ao entrar na água, a mão realiza um pequeno movimento de afastamento lateral, depois em direção à linha mediana do corpo com o cotovelo alto, com ob jetivos de EMPUR· RAR GRANDE QUANTIDADE DE ÁGUA A CURo TAS DISTÂNCIAS EM PONTOS DIFERENTES (princí pio de Bernonlli), depois em direção à coxa. A variação da posição da mão durante a braçada submersa é que detennina movimentos laterais, verticais, alcançando uma melhor força propulsiva. Adaptação do princí pio de Bemoulli realizado por Couns11man aos movimentos dos nadadores. Para Counsilman (1971), existe uma lei natural na natação: quanto maior a velocidade na água, menor a pressão que ela exerce. Já Daniel Bemoulli (1700-1782), matemático holandês radicado na Suiça, dizia que quanto maior a velocidade de um f luido, menor a pressão exerci da. Exercícios
de variação da posição das mãos durante as
realize movimentos para a lateral e em dif erentes posições para desenvolver sensibilidade. Estes movimentos são chamados de palmateios ou de "Sculling". Os ombros exercem um importante papel na eficiência da braçada, pois ao utilizarmos os ombros, conseguimos um maior alongamento e distância da braçada; uma melhor respiração, quando realizamos o rolamento do ombro, automaticamente a cabeça gira. facilitando a respiração.
2 braçadas e 3 braçadas e . j braçadas e 5 braçadas e
I respiração I respiração I respiração I respiração
(unilateral) (bilateral) (unilateral) (bilateral)
Devemos tomar cuidado quanto ao excesso de bloqueios respiratórios, pois quanto mais bloqueamos, mais aumenta o ní vel de e o ., na corrente sangüí nea, ocasionando dores de cabeça aos- nadadores. Estratégias Respiração
bilateral:
- Avaliannos a recuperação da braçada contrária à respiração. - Observação do adversário durante a prova.
Melhorar a posição horizontal do corpo, evitando uma resistência frontal e conseqüente diminuição da velocidade. O cansaço faz com que o nadador perca a posição ideal . Acentuar ou incrementar te a braçada:
a aceleração
da mão duran-
Durante a realização das braçadas, os nadadores não utilizam sempre e com a mesma intensidade a f orça de resis~ tência e a de sustentação, gerando f orças propulsivas. Sendo assim, no início da braçada, quando os nadadores af undam a mão para pegar mais água e sentem o "apoio" da água, realizam mais f o rça de sustentação da que a de resistência. Os nadadores utilizam na mesma proporção a força de sustentação e a de resistência do meio para o final da braçada e é neste momento que eles devem incrementar a velocidade, pois estão atingindo O máximo de força propulsiva e exigindo força muscular para enfrentar a resistência da água. Realiza-se a seguinte equação F x V = P oU FE, em que temos F = a força muscular enf rentando a resistência da água; V = a velocidade da aceleração da mão durante a braçada; P é a potência da braçada oU FE., f orça explosiva da braçada.
subaquáticas utilizando um diagrama na f rente da câmera, observando as fases da braçada e a aceleração da mão. Chegou à conclusão que a maioria dos nadadores realizavam a aceleração progressiva da mão durante a braçada. Nadadores de crawJ iniciavam o movimento da braçada com uma acelaração de 2 pés por segundo, chegavam ao meio co m 8 pés por segundo e finalizavam com 22 pés por segundo. O que mais deixou Coulsimann incrédulo foi que a orientação da aceleração da mão jamais havia sido orientada pelos treinadores. Os nadadores faziam inconscientemente.
Desenvolver a atenção do atleta quanto à eficiência mecânica da braçada. Relação: porcentagem energético.
de esforço
x tempo
x gasto
Exemplo: Nadador realizou os 50 metros em 30 segundos com 40 braçadas, logo após realizou o mesmo exercí cio em 29 segundos com o mesmo número de braçada. Isso significa que melhorou a ef iciência mecânica do movimento. Melhorando a técnica, o gasto energético também diminui.
EXERCÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO NADO CRAWL
I. Na posição vertical, segurar a raia ou apoiar na borda, realizar movlmentos com a perna direita e com a esquerda, no iní cio movimentos lentos e com grande amplitude entre a'i pernas, progressivamente diminuir a amplitude e acelerar os movimentos. Realizar variações utilizando ritmos diferentes.
FiguraS
Por exemplo: 8 movimentos com a esquerda, 8 com a direita, depois 6 com a direita, 6 com a esquerda, depois 4 com a direita e 4 com a esquerda e f inalmente 2 movimentos com a direita e 2 com a esquerda. Com os adultos podemos utilizar
2.Aproveitando o exercício anterior, deslocar-se na água. na vertical, utilizando materiais como f lutuadores , pranchas ou espaguete, enf atizando o movimento partindo da articulação coxofemoral (Fig.6).
Figura 6
3. Posição horizontal - cabeça na água, braços estendidos, uma mão sobre a outra, braços estendidos, movimentos das pernas, quando não agüentar a respiração, colocar os pés no fundo da piscina e descansar. Continuar o exercí cio até completar a distância da piscina ou parar até onde der pé (Fig.7).
4. O mesmo exercício anterior com prancha ou espaguete, trocar o parar e descansar por respiração frontal e contÍnua, ou respiração lateral com o braço do lado da respiração solto, ao lado do corpo com objeti vo de incrementar o rolamento do ombro, facilitando a respiração lateral (Fig.S).
FiguraS
5. Movimentos de pemada com prancha 5 metros com as pernas fora da água (Fig.9a) e 5 metros dentro da água (Fig.9b), com objetivo de sentir a diferença de realizar o movimento submerso e o movimento f ora da água. No submerso, apesar de mais dif í cil, a sensação é de que a água prende as pernas, sendo o mais ef iciente.
I. Na posição vertical - em duplas, segurando o espaguete na frente - deslocar-se na água. Variar a posição do espaguete no alto (Fig.1 Oa e IOb). Mesmo exercí cios em duplas representando equipes e disputando entre si. Anota-se o tempo de cada equipe. Exercí cios interessantes de serem ministrados em colônia de férias, acampamentos, hotéis.
2. Em duplas, segurando o espaguete, realizar o movimento das pernas. Passar para trios e quádruplos (Fig.II).
3. Em dup upllas pem pemaada de cra craw wl- um de cada lado, segtrrando u m a p ra r a n c h a o u e s p a g u e te te,, r e a l i z a r o moviment mentoo d u r a n te 1 5 a 30 seg segun unddos, tent entaando deslo loccar o compa compannheir iroo do lugar (Figg.12) (Fi 2)..
4. Duas col coluna unass - o prim primei eiro ro de fr freente e a 5 metr troos aprox oxiimad adaament ntee do doss compan anhheiros os,, inicia re reaali lizzando a propu propullsãoo das pernas e qu sã quaando chega aos compan anhe heiiros os,, pa pass ssaa porr baixo das perna po rnass. Qu Quaando cheg egaar ao fina final da co colluna, aviisa o próximo. Qu av Quaando o pr priime meiro iro da f rente pass ssaar por baix ixoo d a pe perna do pri rime meiiro da co colu lunna, est stee, andando ndo,, irá até a borda e ag aguuardará o aviso do primei meirro qu quee pa pass ssou ou pela pe la co colun lunaa e assim sucessivam ameente até o fm fmal al.. 5 R
nt
de
l
l
ição
I. Com os bra braço çoss subme ubmerrsos, se sem m elevaçã açãoo dos bra braços ços,, (f ase a se aér aérea) f lutu tuaand ndoo na pos osiição hor oriizonta ntall, rea ealliza izarr os mo mo-vimento da br braça açadda. Pode odem mos ut utiilizar a música: "Cavoc Cavocaa, cavoca avoca,, para ac achhar uma minh nhooca ca"" (Fig Fig..13) 3)..
F igu r a 1 3 2. Segu gura rand ndoo a prancha co com m a mão esqu queerda, propu ropullsão das pemas, braç raçad adaa some soment ntee com o br braço aço di direito ito.. O movi ovim mento do braço bra ço dir ireeito dev ever eráá se serr co contínuo. ntínuo. Caso o alu lunno tenh tenha dif icul ulda da-de na con onttinuid inuidaade e parar o bra braçço na fr freente, o pr proof ess ssor or dev eveerá auxiliá iá--Io. A cad adaa 3 bmç mçaadas das,, troc ocaar o lad adoo. Na rea reallizaç zação ão da bmççad bm adaa, rea ealliza zarr a respi pimçã mçãoo es esppecí f f ica do na nado do cmw cmwl, a latera rall ( F ig .1 4 ) .
3. Realizar o mo movime mennto dos braços co com m auxilio do pr profess fe ssor or,, qu quee se segur guraa as mãos mãos e conduz conduz os movimentos mentos,, uma mão entra e ou outra sai da da ág água. ua. Em se tra ratan tando do de crian riança ças, s, podemos util ilizar izar a mú mússica ica:: "O braci racinh nhoo do crawlzinh inhoo faz ass ssiim, faz assi assim m (bis), co cottov oveelo leva evant ntaado do,, o brac bracin inhho esti sti-cado,, o bracinh cado bracinhoo do craw crawllzinho faz assim assim"" (F (Fiig.1 g.155).
Figur Fi guraa 15
4. Em desl desloca cam mento na água gua,, na pos osiição vertical com os péss mo fun pé fundo da pi pisc sciina na,, uma mão entra na água e outr traa sai. Alterna ternarr 02 ciclos (4 bra raççad adas as)) co com m a cab cabeç eçaa for foraa da águua e 02 cic ág cicllos com a ca cabeç beçaa submersa, se sem m re resspir pirar ar (Fig.16) .16)..
1. Em pé, tronco inclinado, cabeça dentro da água, braços atrás do corpo, realizar um giro lateral com a cabeça ten~ tando pegar água com a boca. A opção do lado cabe ao aluno escolher, caso seja jovem ou adulto e cabe ao professor escolher, caso o aluno seja criança (Fig.17).
2. Em pé, segurando na borda, tronco inclinado, cabeça dentro da água, uma mão segurando a borda e outra realizando o movimento do braço e giro lateral para pegar o ar (Fig.18).
I. Pemada submersa ventral, sem ou com a utilização de nadadeiras; com os braços à frente ou com a prancha. 2. Pemada submersa lateral, sem ou com a utilização de nadadeiras; um braço à frente e outro ao lado corpo.
3. Pernada lateral, sem ou com a utilização de nadadeiras; braço esquerdo estendido à frente, braço direito ao lado do corpo, alternando o lado a cada 6 pernadas. 4. Pernada vertical, variando a posição dos braços, assim como das mãos; braços ao lado do corpo, movimentando as mãos, mãos na nuca (Fig.20b), Segurar a prancha na
1. Revezamento acumulando pranchas. Cada participante com uma prancha, na troca, o 2' leva duas pranchas, o terceiro 3 e assim sucessivamente. 2. Revezamento com pranchas. O primeiro aluno da turma com uma prancha que, na troca, entregará para o companheiro. 3. Revezamento com prancha. Um dos companheiros ficará na piscina do lado fora. O primeiro com uma peça de roupa, por exemplo: \ Una saia, leva até o companheiro de fora, veste e retoma com a prancha; o segundo levará a blusa; outro, o
I. Braço esquerdo estendido, braço direito realiza a braçada, enf atizando bem a propulsão das pernas. Trocar o braço a cada 2 ou 3 braçadas (Fig. 21).
Figura 21
2. Posição lateral, um braco ao lado corpo e outro estendido. Realizar 6 pemadas e 3 braçadas sem respirar e alternar o lado. Respiração lateral. 3. Realizar uma distância curta de J 5 /20/ 25 ou 50 metros, contando o número de braçadas. Marcar o tempo e compará-Ia com outro tempo, observando a melhora da ef iciência. Caso o aluno faça o mesmo tempo ou melhor com o mesmo número de braçadas. significa que melhorou a ef iciência mecânica da braçada. 4. Realizar a braçada, durante a recuperação
(fase aérea),
Respiração bilateral, variando no máximo respiração. S.
5
braçadas e I
1. Nadar preso a um tubo cirúrgico (referências 202, 204 ou 206) e dependendo da faixa etma (202 é a mais f raca), realizar estímulos 8x30s. Na ida realiza o movimento contra o elástico (f orça e resistência muscular) e na volta a f avor do elástico (velocidade).
2. Nadar com a cabeça fora da água, queixo no ní vel da água, propulsão forte das pernas (Fig.23).
2. Revezamento, levando uma bexiga cheia na boca e nadando com a cabeça f ora da água. 3. Em duplas, o aluno da frente realiza o movimento braço e o de trás, de pernas (Fig. 24).
de
Figura 24
4. Em duplas, um segurando a mão do outro. Realizar a braçada completa com respiração lateral (Fig. 25).
5.Revezamento, nadando de roupa. Somente de calça, camiseta ou traje completo.
1. Praticamente o crawl é o nado mais utilizado nas provas de nado livre, em que os nadadores podem nadar qualquer estilo e trocar durante as provas. 2. Durante a saída e as viradas, os nadadores podem realizar movimentos submersos (pernada de golf inho) até os 15 metros. A referência é a cabeça.
fiCHA DE AVALIAÇÃO DO NADO CRAWL Utilizar somente no aperfeiçoamento
Conceito
da técnica
POSIÇÃO DO CORPO
1. Posicão
elevada
do
COrDa
I
2. A água passa por cima da nuca 3. Flutuabilidade MOVIMENTO
I. Tornozelos
estendidos
DAS PERNAS
I 234 5 I 2 34 5
e relaxados
2. Os pés saem da água 3. Perna estendida
no f inal da f ase
descendente 4. Afastamento das pernas lateralment~ MOVIMENTOS
2 34 5 2 34 5 12 34 5 1 1
DE BRAÇOS
1 1
2 34 5 2 3 4 5
E COORDENAÇÃO
I. O braco entn! ligeiramente f lexionado 2. A mào entra fora da linha do ombro 3. Um braco esoera o outro 4. A mào realiza o movimento para fora 5. O cotovelo alcança sua máxima flexào 6. Braço estendido no f inal da braçada 7. Movimento da mão submersa é como c um "s" invertido 8 R ã d ão
I 2 I2 1 2 I 2 12 1 2 1
3 3 3 3 3 3
4 4 4 4 4 4
5 5 5 5 5 5
2 34 5
1. Adaptação ao meio líquido 2. Respiração geral 3. Flutuabilidade dorsal 4. Propulsão das pernas 5. Rolamento dos ombros 6. Propulsão dos braços 7. Coordenação dos braços e das pernas 8. Respiração específica 9. Coordenação das pernas I braços e respiração.
A proteção do professor durante a aprendizagem da f 1utuabilidade dorsal é de suma impOltância. Uma boa estratégia é apoiar a cabeça do aluno com uma das mãos e apoiar a parte inferior da coluna com outra mão. À medida que o aluno adquira conf iança na posição, soltamos primeiramente a mão que apoia a coluna e posteriormente a mão da nuca. Lembre-se que nesta fase nenhum material substitui a segurança do professor.
A pemada é a "chave" do sucesso do nado costas. O nadador deverá desenvolver uma pemada f orte para um melhor posicionamento horizontal corpóreo, evitando uma maior resistência frontal. Melhorar a força abdontinal também auxilia o nadador de costas a manter o seu quadril elevado, mas exercícios visando a melhora da tonicidade e resistência abdominal deverão ser: Incrementados a partir do aperf eiçoamento ou condicionamento. Quando o nadador desenvolve boa propulsão das perf bd in l obse l açã do d il
Iniciamos a recuperação da braçada com a palma da mão próxima ao corpo, com ênfase na elevação do ombro e o dedão vollado para cima. O importante nesse momento é que o braço saia estendido da água, porém relaxado (esta posição favorece ao iniciante não " jogar" água no rosto). Na altura da cabeça, quando o braço permanece num ângulo de 90 em relação ao tronco, a mão realiza um giro e consequentemente o braço entra estendido na água no prolongamento do ombro, com o dedo núnimo entrando primeiro (esta posição favorece uma menor resistência f rontal (ombro) e diminui o atrito da mão com aágua (dedo mínimo). 0
A entrada da mão na água, no final da recuperação e iní c io da braçada, é realizada com o dedo mí nimo para uma melhor posição hidrodinâmica. Atletas que "batem" as costas da mão na água geram atritos, perdendo velocidade e prof undidade. Muitos atletas puxam a água imediatamente após a entrada da mão na água, isto representa um erro, pois é
importante afundar a mão aproximadamente tros abaixo da superf í c ie da água.
20 centíme-
realiza a fase aérea. Caso o nadador não af unde a mão no início da braçada, realizará o m ovim ento
na m aior distância e
empurrando a mesma água, contrariando o princípio de Bernoulli, que preconiza "uma maior quantidade de água a uma curta distância e em pontos diferentes". Logo após o nadador af undar a mão, muda a direção do movimento, dedos para a lateral ou ligeiramente para cima, empurra a água para trás e para baixo e no f inal da braçada empurra a água para baixo (f orça de sustentação), com ob jetivos de auxiliar a elevação do quadril e diminuir a resistência f rontal. A braçada na fase submersa é f inalizada com a palma da mão próxima da coxa com o dedão para cima.
A CABEÇA FIXA E OS MOVIMENTOS DOS OMBROS ACO; \IPANHANDO OS BRAÇOS SÃO DETALHES IMPORTANTES.
1. Durante a saída e as viradas é permitido ao nadador realizar movimentos de propulsão das pernas submerso até os 15 metros. A ref erência utilizada é a cabeça. 2. No procedimento da virada é permitido ao nadador perder a posição horizontal, inclusive realizando a "cambalhota", desde que não caracterize pemada de outro estilo (alguns nadadores, erroneamente, quando se viram longe da borda realizam a propulsão das pernas de crawl , no plano fr t l D nt edim t d i d d t
do estilo costas que deverá ser na posição dorsal e não f rontal. Sendo assim a regra da virada de costas não aplicase a virada de costas para peito no medley pois trata-se da chegada de um estilo para o outro aplicando-se a regra da chegada do costas - sem r,erder a posição dorsal.
EXERCíCIOS
PARA O DESENVOLVIMENTO NADO COSTAS
DO
I. Sentado na borda da piscina, propulsão das pernas tentando livrar os pés de um chinelo (Fig.26).
2. Propulsão das pernas com os braços ao lado do corpo (Fig.27).
3. Propulsão das pernas, braços ao lado do corpo, enfatizar a 6' pernada. 4. Propulsão das pernas, braços no prolongamento po, uma mão sobre a outra (Fig.28).
do cor-
5. Propulsão das pernas, segurando a prancha com as mãos e braços estendidos, prancha sobre os joelhos (evitando assim tirar os joelhos f ora da água) (Fig.29).
1. Deit itaar na bord bordaa da pisc scin inaa, reali lizzand ndoo o mov oviime ment ntoo do doss braaços. O corpo do nadador fi br fica ca f ora da água e somen entte o ovim imeento na ág braço realiza o mov águua (Fig. 30 30)).
2. Nada Nadarr mo movi vim ment ntaando soment omentee o br braaço esqu queerd rdoo, braço dirreit di itoo ao lado do corpo corpo (muitp muitpooos professor fessores es,, ba bassea eaddos nos exercí cio ioss de crawl, crawl, or oriientam se seus us alun lunoos à coloc ocar ar o b ra raçç o qu quee não mov movim imeent ntaa n o prolo prolon ga gam m en entto do corpo orpo,, es esta ta possição não é int po nteeress ssaant ntee, po poiis pre ju judica dica o mo movvime mennto do ombr mbroo que au auxxil ilia ia o braço co contr ntráário a afun funddar ar)) (Fig. 31).
3. Na Naddar movimentand ndoo somente o br braaço direi ireitto, br braaço esqu es querd erdoo ao lado do co corrpo. 4. Nadar 2 braç braçad adaas com com co m o braço esqu queerdo rdo..
O
braço dir direeit itoo e 2 bra braça çaddas
I. Pr Prop opul ulssão das perna rnass, tr traze azend ndoo altemad adaament ntee bross no qu bro queeixo (Fi Figg. 32).
I. Nad adaar co cosstas complet letoo
os om om--
enf atiz tizand andoo os ombro mbross respirar
I. Pro Proppulsã sãoo das pernas rnas,,braç açoos no pr proolongam gameento do corpo, dedo dedoss ent ntrrelaça açaddos os,, mant nteer o q ua uadr driil alt altoo (Fíg Fíg..33) 3)..
2. Propu pullsão das perna nas, s, braços braços no pro rollongam gameento do co corrpo,, se po segur gurar ar uma pra pranncha na pos posiçã içãoo horiz rizoonta tall (Fig Fig..34) 34)..
3. Propulsão das pernas, braço esquerdo no prolongamento do corpo e braço direito ao lado d o corpo (Fig.35).
4. Propulsão das pernas, braço direito no prolongamento do corpo e braço esquerdo ao lado d o corpo. 5. Propulsão das pernas com nadadeiras, braços estendidos no prolongamento do corpo (Fig.36).
Figura36 Braçada:
2. Movimentar (Fig.3?).
o braço mais ou menos a 90' e relaxar.
5. Nadar enfatizando o "rolamento" dos ombros, facilitando a profundidade do braço contrário (Fig. 39).
Nadar uma detel111jnadametragem de costas com pernada submersa de golfinho até os 15 metros. 1.
2. Nadador preso a um tubo cirúrgico (202-204-206) realizar estímulos de 8x30s. Na ida realizando f orça e na volta nadando a favor do elástico.
5. Nadar costas partindo da posição venical, com grande resistência frontal, passando para a posição horizontal com muita aceleração da braçada.
FICHA DE AVALIAÇÃO DO NADO COSTAS (utilizar
somente
no aperfeiçoamento)
Conceito da técnica POSIÇÃO DO CORPO 1. Posicão elevada dos auadris 2. Agua passa na altura da orelha 3. Cabeça f ixa
I
3 4 5 I2 3 4 5 I2 3 4 5
I
I2
I
I2
MO~ENTOSDASPERNAS 1. P és estendid os e relaxados 2. Os D ê s e .oelh os nào s a em da á!ma
3. Perna estendida no final da fase 4. Afastamento
das pernas entre 30° e 50°
MOViMENTO
I
I
I
3 I2 3 I 2 3 I 2 3
4 4 4 4
5 5 5 5
DOS BRAÇOS E COORDENAÇÃO
1. En trada da m ão n a á{lli3 2. Profundidade da bracada 30" 3. Recuoeração da bracada 4. lnspiração o ar na recuperação braco C solta o ar no outro
I2
3 4 5 I2 3 4 5 I2 3 4 5 de um I2
3 4 5
NADO PEITO Seqüência
pedagógica
1. Adaptação ao meio líquido 2. Respiração geral 3. Flutuação ventral - vertical 4. Propulsão das pernas 5. Propulsão dos braços 6. Coordenação das pernas e dos braços 7. Respiração específica frontal 8. Coordenação das pernas I braços e respiração
Apesar dos professores e técnicos erroneamente denomináIa de nado clássico, modemamente é denominado PEITO. Clássico é mais ortodoxo. Nado ou estilo peito origina-se do inglês Breastroke. É o nado que mais sof reu moditicações nos últimos anos. Na década de 60 muitos nadadores, principalmente russos e americanos, que dominavam o estilo, davam maior ênf ase à propulsão das pernas, os braços somente alisavam a água. No f inal da década de 60, um atleta brasileiro destacou-se mundialmente, José Silvio Fiolo, muito bem treinado pelo Prof . Roberto de Carvalho Pável. Fiolo, ao superar o recorde mundial nos 100 metros nado peito com a marca de 1.06.67, causou surpresa aos técnicos de vários países, pois dava maior ênfase à propulsão dos braços de que outros nadadores. Até então os nadadores recuperavam com a palma da mão para cima e no prolongamento dos braços à frente (recuperação), colocava a palma da mão para baixo. No iní cios dos anos 70, o estilo ainda tinha como característica um trabalho forte das pernas e um breve deslize à f rente, ou se ja, os nadadores finalizavam a pemada unindo os calcanhares e deslizavam os braços à f rente, David Wilkie, nadador inglês que treinava na Universidade de Miam.i com o técnico Bill Diaz , superou o recorde mundial e olí mpico nas Olimpí adas de Montreal em 1976 nos 200 peito, trazendo como novidade a eliminação da f ase dos
Na mesma época a nadadora americana Tracy Caulkins apareceu nadando o estilo peito ondulado, bem diferente do estilo até então praticado. Esta nova técnica consistia em elevar mais os pés ao fmal da braçada, abaixando um pouco a mão em relação à superfície da água e uma elevação dos quadris. Esta técnica de elevação e ondulação foi muito confundida com "estilo golf inbada" no peito o que evidentemente consistia em erro tenninológico. A introdução dessa modif icação técnica deveu-se à necessidade de diminuir a resistência frontal, pois o estilo peito é entre os estilos, que tem mais resistência f rontal. Em 1986, uma nadadora americana, durante as eliminatórias dos america~ nos para o Campeonato Mundial de Madrid, apareceu realizando a recuperação dos braços com as mãos acima da superfí cie da água, semelhante a recuperação dos braços de golf inho. Analisando o movimento, é interessante sob O ponto de vista propulsivo, tomando o nado mais ondulado, porém, o investimento energético é grande. Atualmente observamos o nado peito com uma forte tendência individual. Ao observarmos a final A de uma competição internacional, percebemos o nado peito sendo nadado em diferentes técnicas. A técnica do nado peito, dependerá de f atores como: Biótipo do nadador, composição corporal e habilidades do nadador.
Os movimentos do estilo peito são iniciados realizando o início
propulsi vo). Após os braços atingirem o afastamento além da linha dos ombros, é realizada a tração dos braços pra trás e para baixo dependendo do atleta. Se o nadador dese jar realizar mais a força de elevação ou sustentação, f orça mais para baixo. Este movimento de tração é realizado até a linha dos ombros. Até esse momento a cabeça permance na água. e as pernas paradas. Ao f inal da tração dos braços (fase propulsiva e ativa), a cabeça é elevada para o início da respiração f rontal, recuperação dos braços e recuperação das pernas. Durante a respiração, dependendo do tipo de força realizado pelos braços dos nadadores, O queixo estará mais elevado ou não da superf ície da água. Queixo mais elevado do que a superfí cie predomina a força de sustentação. Queixo mais próximo da superfície mina a força de tração.
da água
da água - predo-
A recuperação dos braços inicia com um rápido movimento dos cotovelos, que determina a velocidade do nadador. A cabeça entra na água no mesmo instante em que é realizada a pemada e alongamento dos braços à f rente. A recuperação dos braços poderá ser realizada com as mãos submersas ou acima da superf í cie da água . O dedo mí nimo deverá ficar próximo da água. Quando o atleta eleva muito as mãos o
É O PONTO MAIS IMPOR"A COORDENAÇÃO TANTE DO NADO PEITO" Regras do nado peito - modificações março 1998
a partir
de
I . É permitido ao n a dad or , du r ol lf e o pr o ce d i me n t o de vi ra da e pe r cu r so , d es nivel ar os omb r os , d esd e que t oque c o m a s du as mã o s a bord a
n as viradas
caracter i ze a braçad a d e golfinho , f or a da água.
EXERCícIOS
e s aí d a
e n c7 0
t irando os cotovelos
PARA O DESENVOLVIMENTO NADO PEITO
DO
I. Professor na água, encostado na parede, segurando o aluno nos pés, mantendo a ponta dos pés para f ora (Fig.s 41A e 4IB).
Figura41B
2. Prof essor na água, segurando o aluno nos pés. Aluno realiza o movimento da pemada e o professor acompanha, parando após várias pemadas. O aluno coloca os braços no prolongamento do corpo a frente. 3. Professor na água, segurando o aluno nos pés. Aluno realiza o movimento das pernas com uma prancha (Fig. 42).
4. Aluno na posição (FigA3).
dorsaJ, braços ao Jado do corpo
Os joelhos podem sair da água e devem permanecer afastamento do quadril.
no
5. Pemada utilizando a prancha com a cabeça dentro da água. Respirar somente quando não agüentar (Fig.44).
6. Fora. da água o prof essor segura nos pés do aluno e orienta quanto a empurrar a água com a sola do pé, representada pela mão do professor ( FigA5 ).
Figura 45 Braçada
I. Na posição vertical, zar a braçada de peito, raia, determinando até a recuperação (FigA6a
apoiado no f undo da piscina, realisem ou colocando as axilas sobre a onde os braços tracionam e iniciam e 46b).
2. Pernas paradas, vários movimentos de braços de peito, quando não agüentar e dese jar respirar, parar, colocar os pés no f undo da piscina e descansar (Fig. 47).
3. Pemada de crawl e vários movimentos de braço de peito, quando não agüentar parar e descansar (Fig. 48).
4. Segurar o aluno pelos pés na posição horizontal, pernas paradas, orientar o aluno e conduzir os movimentos da braçada (Fig. 49).
I.Aluno
na posição horizontal, o prof essor segura as mãos, conduz os movimentos da braçada, orienta a respiração, movimento de pernas e alongamento dos braços à f rente. Ordem: braço, respiração e perna. (exercí cio bom para quando o aluno descansa no momento da respiração procurando um apoio, isto deverá ocorrer na f ase fInal da pemada e conseqüente deslize à f rente) (Fig. SOA e SOB).
1. Pernada na posição dorsaJ, mãos embaixo das nádegas, tentando encostar os pés nas mãos. 2. Pernada com os braços estendidos à frente, sobre a outra (Fig. 51).
uma mão
FiguraS!
3. Pernada na posição vertical, variando a posição dos braço s - ao lado do corpo, mãos na nuca. Séries de 8x 30s (Fig.52).
4. Pemada de peito, somente com a esquerda, depois direita e completa (Fig. 53).
Figura 53 5. Pemada na posição vertical, pés apoiados no f undo da piscina. O nadador realiza várias impulsões, utilizando o f undo da piscina (Fig. 54).
I. Posição dorsal, realizar a braçada ao lado do corpo, procurando af undar bem as mãos (Fig. SS A e SSB).
2. Nadar com o braço direito estendido à hente, braçada com o esquerdo, respiração e pemada, braçada com o direito, respiração e pemada.
4. Nadar uma determinada metragem contando o número de braçadas, tentando melhorar o tempo. 5. Braçada de peito com o flutuador, três braçadas e uma respiração, acelerando o cotovelo.
I. A cada ciclo de braçada incrementar + 1 pemada. Braçada respiração pemada braçada respiração 2 pemadas, bra-
FICHA DE AVALIAÇÃO DO NADO PEITO Utilizar somente no aperfeiçoamento
Conceito da técnica POSIÇÃO DO CORPO I. Posicão de extensão máxima deslize 2. Posição de máxima f lexão, cabeça e ombros fora da ámJa. bracos flcxionados abaixo do oeito 3. Os ombros oermanecem na mesma altura
MOVlMENTO
I 2 3 4 5 I 2 3 4 5
DAS PERNAS
I. Máxima f 1exào das pernas 2. Os pés se encontram em rotaçào externa 3. Os pés de encontram mais afastados que os
joelhos 4. As pernas se unem n o final da Dernada 5. Movimento da perna é circular
MOVIMENTO
I 2 3 4 5
12 3 4 5 I 2 3 45 12 3 4 5 12 3 4 5 I 2 3 4 5
DOS BRAÇOS E COORDENAÇÃO
I. As mãos estão mais baixas que os cotovelos 2. Os braços separem -se estendidos à um a profundidade de 20 ou 30 em
3. As màos não ultrapassam a linha dos om bros 4. Ao f inal da tmção, realiza a respiração
I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 12 3 4 5
NADO GOLFINHO Seqüência pedagógica 1. Adaptação ao meio líquido 2. Respiração geral 3. Flutuação ventral 4. Propulsão das pernas 5. Propulsão dos braços 6. Coordenação das pernas e dos braços 7. Respiração específica - frontal 8. Coordenação das pernas / braços e respiração
ANÁLISE TÉCNICA DO NADO GOLFINHO
o nado
golfInho (é comum encontrmmos a denominação borboleta, pois ainda denomina-se a prova de borboleta, apesar do nado ser realizado através de golf inhada e não "tesourada" como no peito) é um dos últimos à ser ministrado, pois requer do nadador muita habilidade e f orça. Recuperar os braços simultaneamente da água exige determinadas habilidades e força do nadador, lanto que observamos nos aprendizes a intenção de apoiar-se na água, empurrando a água mais para baixo que para cima (sustentação). Durante os anos 60, antes dos estudos hidrodinâmicos e biomecânicos, acreditava-se que o nado golfinho utilizado nas provas de borboleta, supera-se as marcas das provas de nado livre, onde utilizava-se e atualmente também utiliza-se o crawl, pois as marcas eram próximas a 53 segundos para os 100 metros livre e 55 segundos para os 100 borboleta. Mas através de estudos hidrodinâmicos e segundo citação de Coulsimann, no livro a Ciência da Natação, as provas de 100 borboleta jamais superaria as de 100 livre, pois o nado crawl é mais contí nuo que o golfinho. O f ato do nadador recuperar os braços simultaneamente e a coordenação das pernas f az com que o golf inho se ja mais lento
"Portanto, uma importante 'dica' para melhorar a velocidade do golfinho é evitar parar o braço na frente esperando a pernada."
As mãos entram na água na linha dos ombros, ligeiramente inclinada; o dedão entra primeiro, criando menor resistência.
Quando as mãos entram fora da linha dos ombros aumentamos a resistência forntal . Após a entrada das mãos na água realiza-se o afastamento lateral dos braços auxiliando o apoio e a imersão das mãos. Logo após aproximarmos as mãos na frente do corpo coincidindo com a elevação da cabeça, respiração e pemada (movimento descendente).
o f inal
d a braçada ocorre com o afastamento das mãos para a lateral e posteriormente a elevação dos cotovelos . Durante a recuperação dos braços, primeiramente colocamos a cabeça na água após a respiração e posteriormente as mãos iniciando um DOVO ciclo.
É fundamental uma boa propulsão das pernas no estilo golfinho, além de melhorar a propulsão também contribui para
mento das pernas parte da articulação coxo-f emural. Durante a aprendizagem do golf inho é importante que os alunos relaxem o quadri I e concentrem a força no peito dos pés,pois os pés empurram a água.
Logo após a iniciação da braçada, que poderá ser realizada na vertical, orientamos a coordenação de braço e pemada , enfatizando os movimentos de perna e braço (3 ou 4 braçadas) sem respiração. Neste momento não nos preocupamos em dizer ao aluno que realize urna pemada com os braços à frente e outra com as mãos próximas da altura do abdome, importante que preocupamos que não pare os braços na frente. A coordenação das pernas e dos braços acontece automaticamente. Após a realização de vários exercícios de bloqueios de respiração, diminuí mos o número de braçadas e aumentamos a respiração, por exemplo: - 4 braçadas e nma respiração, 3 braçadas e uma respiração, 3 braçadas e uma respiração, 2 braçadas e uma respiração até chegar a uma braçada e uma respiração. Dependendo do aluno, isso poderá demorar algumas semanas, mas o importante é não parar O braço à f rente. Iniciamos a braçada realizando uma pemada , os braços af astam-se lateralmente e durante a aproximação das mãos
executamos a pemada. Muitos nadadores e técnicos acreditam que devemos realizar uma pemada forte e uma f raca no estilo golfinho. Particularmente acredito que o ideal seria duas pemadas fortes. Alguns nadadores que disputam as provas de 50 metros têm realizado 3 a 4 pemadas por ciclo de braçada. Para isso, é necessário muita habilidade e que a amplitude da pemada diminua e aumente a velocidade. Alterações das regras nas provas de borboleta - a partir de março 1998
I. Não é mais exigido que os nadadores mantenham os ombros nivelados durante as viradas e chegadas. Importante tocar a borda com as duas mãos. 2. Durante o procedimento das saídas e viradas, é permitido que o nadador realize movimentos submersos até os 15 metros. A cabeça é o ponto de referência.
EXERCÍCIOS
PARA O DESENVOLVIMENTO NADO GOLFINHO
DO
Aprendizagem Pernada 1. Propulsão das pernas imitando os movimentos mem ao f undo do mar".
do "ho-
2. Propulsão das pernas com a prancha, cabeça na água, respirar a cada 6 pemadas (Fig. 57).
3. Propulsão das pernas na posição dorsal, braços ao lado do corpo (Fig. 58).
4. Propulsão das pernas na posição ventral, cabeça na água, braços ao lado do corpo. Quando desejar respirar, parar, colocar os pés no f undo e descansar (Fig. 59).
5. a posição vertical, pés apoiados no f undo da piscina, realizar movimentos de quadril, mantendo-os relaxados.
1. Posição vertical, pés apoiando no f undo da piscina, realizar a braçada, observando a entrada das mãos na água. 3 braçadas e 1 respiração (Fig. 60A e 60 B ).
2. Nadar realizando 4 braçadas, 8 pemadas, parar colocar os pés no f undo da piscina e descansar. (as pemadas devem estar coordenadas com a braçada). 3. Nadar realizando 4 braçadas, 8 pemadas, completar o restante da metragem no nado crawl (as pemadas devem estar coordenadas com a braçada). 4. Nadar realizando 3 braçadas, 6 pemadas uma respiração, mantendo a seqüência até o f inal do percurso.
1. Nadar 2 braçadas 4 pemadas e uma respiração, nuo sem parar as mãos na f rente.
contÍ-
1. Propulsão das pernas na posição dorsal, braços no prolongamento do corpo (Fig. 61).
2. Propulsão das pernas na posição lateral, um braço estendido no prolongamento do corpo e outro ao lado do corpo, com ou sem nadadeiras, trocar a cada 6, 8 ou 10 pernadas de cada lado (Fig.62).
Figura 62
3. Pemada de golfinho submersa com ou sem nadadeira, braços no prolongamento do corpo (Fig.33).
4. Propulsão das pernas na posição vertical, variando o posicionamento - mãos apoiando na água ou mãos na nuca (Fig.64).
Figura 64
5. Propulsão das pernas com a prancha, cabeça fora da água (Fig.65).
1. Nadar com um braço, outro estendido na f rente, respirar, trocar de braço, respirar, os dois braços respirar e reiniciar o exercício. 2. Um dos braços estendidos à frente, realizar 2 braçadas com um braço,respirar 2 braçadas com outro braço respimr, duas braçada!;) com os dois braços. respirar e rein iciar o exercí cio. 3. Propulsão das pernas e dos braços sem respirar, percurso de curta metragem.
1. Realizar distância de 25 metros, com pernada submersa até os 15 metros e completar a metragem nadando completo. Contar o número de pemada submersa e o número de braçadas. 2. Nadar 25 metros I braçada e 1 respiração, anotar o tempo. Nadar com 2 braçadas e I respiração, anotar o tempo e avaliar qual técnica é a melhor. 3. Nadar completo dando ênfase na segunda pemada mais forte, alternar para a primeira e tentar nadar completo com as duas f ortes.
ACHA DE AVALIAÇÃO 00 NADO GOLFINHO (utili= somente para o aperfeiçoamento) POSIÇÃO 00 CORPO conceito técnico 1.Posição horizontal durante a fase ~s propulsiva 2. Quadril alt o n a primeira pemada,. braços à frente. 3. Quadril próxim o à superficie na segunda pemada.
I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5
MOVIMENTO DAS PERNAS 1. Pes estendidos e relaxados durante a nernada. 2. Pem ada unid as com m ovim e ntos sim étricos. 3. Extensão na fase descendente. 4. Na f ase ascendente f 1exionam e o peito do pé está próxim o da superfí c ie da água
I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5
MOVIMENTOS OOSBRAÇOS E COORDENAÇÃO 1. O braço entra quase estendido e as m ã o s n a direcào dos ombros. 2. As mãos entram na á-oua antes do s c otovelos. 3. No iní c io da braçada as màos se dirigem para fora e oara baixo. 4. A s m àos s e aproxim am na m etade da puxada,. desenho em form a de ferradura. 5. Os cotovelos estão m ais altos Que as m ãos. 6. No final da braçada as mãos se dirigem para trás e para fora 7. A s m ã os saem d a águ a próxima do quadril 8. A cabeça entra na água antes qua as mãos
I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5 I 2 3 4 5
1. Aprendizagem nado crawl 2. Aprendizagem nado costas 3. Praticar o costas e o crawl 4. Demonstrar metros de costas e crawl 5. Aprendizagem nado peito 6. Praticar o costas, peito e crawl
7. Demonstrar
metros de costas, peito e crawl
8. Aprendizagem nado golfinho 9. Praticar golfinho, costas, peito e crawl !O.Demonstrar metros de golfinho, costas, peito e craw! 11. Praticar revezamento medley costas· peito· golfinho
e crawl
Apesar da tradição brasileira de possuir bons nadadores de medley, Ricardo Prado, é nm dos exemplos. Campeão e recordista Mundial dos 400 metros nado medley em Guaiaquil - Equador, no Campeonato Mundial de Natação realizado em 1982, seu tempo 4.19.72, muitos prof essores não preconizam o ensinamento da variação dos nados. As provas de nado medley são 200 e 400 metros individuais, apesar de encontrarmos provas não oficiais de J 00 metros (Copa do Mundo de Natação, não conf undir com Campeonato Mundial) e 4x I00 metros, nos revezarnentos medley a variação é quanto a ordem dos nados, enquanto no medley individual a ordem correta é golf inho, costas, peito e outro estilo que não seja os nadados anteriormente e que normalmente é nadado o crawl e nos revezamentos a ordem é costas, peito, golfinho e outro nado não nadado (crawl).
o motivos
pelos quais O medley não seja tão praticado talvez se ja o da ausência de um trabalho específico para o medley, pois o que se preconiza na maioria das vezes são os nados separados e os professores e técnicos acabam improvisando quando juntam os estilos e a ausência de provas nas competições ou f estivais específicas para o medley. Uma prova de 50 metros nado livre masculino no Campeonato Brasileiro de Junior li de 1997 contou com a partici-
Para prepararmos os alunos para nadar, é necessário que iniciemos os exercí cios logo após os alunos aprenderem dois nados. Acompanhando o raciocínio que ensinamos o crawl e costas paralelamente pela semelhança dos movimentos, ao praticarem os nados costas e crawl, os alunos já estão se preparando para o medley. As participações nos festivais internos deverão ser realizadas coordenando os nados crawl e costas aprendidos, por exemplo: 40 melros - 20 de costas e 20 de crawl. Esta estratégia permite ao alnno já adaptar-se com a troca de estilos e trabalhar grupamento muscular diferente. Quando o aluno aprende o nado peito, incorporamos esse estilo a outros ensinados. À partir deste momento as participações nos festivais serão nos nados costas, peito e crawl, para posteriormente incorpor31mos o golfinho e completarmos o medley.
o medley
deverá ser iniciado durante o período de aperfeiçoamento dos alunos, tanto nas escolas particulares e clubes. Não devemos deixar de ensinar o medley pelo motivo do aluno nadar numa escola particular e a escola não ser competitiva, pois não sabemos o futuro do nadador, sendo assim devemos orientá-Io e motivá-lo à nadar os quatro nados. Geralmente o aluno que nada bem os nados crawl, costas e golfinho, apresenta dificuldade no estilo peito, dificuldade esta devido a variação da posição dos pés no nado peito
no nado peito ou vice-versa, muitos nadadores de peito têm dificuldades em nadar o nado costas. Dois anos antes do Ricardo Prado superar o recorde mundial e sagrar-se campeão mundial, apresentava um nado peito deficiente e sem dúvida necessitava melhorar. Prado dedicou-se muito ao nado peito, melhorando o nado e o seu treinamento, baixando seus tempos nas provas de 100 e 200 metros peito, provas as quais não eram a sua especialidade. Quando participou do mundial os movimentos estavam muito harmônicos, não havia nado mais f raco ou f orte. Segredo do Ricardo: treinou a deficiência, que era o nado peito. Diariamente observo nadadores que simplesmente "odeiam" praticar o pior nado e a chave do sucesso do nadador de medley é treinar O pior nado.
EXERCí cIOS
E ATIVIDADES DO MEDLEY Variando o medley
3. variações -100 medJey / 25go1fi nho / 100 medley / 25costas / IOOmedley / 25 peito / 100 medJey / 25 crawl. 4. pior nado - 50 golf inho / 100 costas / 50 peito / 50 crawl ou 50 golfinho / 5Ocostas / 100 peito / 50 crawl. 5. séries variadas - 8 x 100 30s. ímpares: 50 golfinho / 50 costas pares: 5 0 peito / 50 crawl ou 8 x 100 30s. í mpares: 50 costas / 50 peito pares: 50 peito / 50 crawl; 6. mais variações - 25 goltinho / 50 crawl / 75 peito / 100 crawl / 50 golf inho / 75 costas / 100 peito / 25 crawl / 75 golf inho / 1 00 costas / 25 peito / 50 crawl / 100 golfinho / 25 costas / 50 peito / 75 crawl.
Após o aluno ter assimi lado e aprendido o nado e O mergulho elementar. Isso ocorre no início dos cursos de aperf eiçoamento e condicionamento. Maturacionalmente, observamos crianças na faixa etária dos 08 aos 10 anos como certa facilidade para assimilar os fundamentos das saí das e viradas, p O IS os movimentos são mais complexos que os ensinamentos dos nados. Podemos iniciar através de exercícios educativos que levarão os alunos a assimilar melhor os ensinamentos. Uma boa estratégia é realizar alguns exercí eios educativos, unir os exercí cios, colocando em prátlea a saída e virada completa.
l. Saltos da borda, caindo na água, sentado, sem caracterizar mergulho (Fig. 66).
2. Sentar na borda pernas afastadas colocando as mãos uma sobre a outra protegendo a cabeça, braços estendidos na f rente do corpo , o professor protege a aluna (Fig. 67).
Figura 68
4. Em pé na borda, pernas af astadas e f lexí onadas, colocando uma mão sobre outra protegendo a cabeça, braços estendidos na f rente do corpo aproximar o máximo as mãos da superf ície da água, deixando o corpo cair. Preferencialmente entrar nesta ordem: mãos, braços, cabeça, tronco, quadril, pernas e pés. Manter os dedos flexionados para apoio na borda, evitando escorregães. O prof essor segura as mãos da aluna (Fig. 69).
Em pé na borda, pernas próximas uma da outra e flexionadas, colocando uma mão sobre a outra protegendo a cabeça, braços estendidos na f rente do corpo, aproximar o máximo as mão da superfície da água , deixando o corpo cair. Manter os dedos Ilexionados para apoio na bonda evitando escorregães (Fig.70). S.
Figura 70
6. Em pé na borda, pernas próximas uma da outra - treinar o impulso realizando somente a elevação dos calcanhares. Pés f lexionados na borda (Fig.71).
7. Em pé na borda pés flexionados, pernas próximas uma da outra, dar o impulso, saltar em pé ou sentado (Fig.72).
Figura 72
8. Em pé na borda pés í lexionados , pernas próximas uma da outra. Dar o impulso e mergulhar (Fig.73).
É comu.m ouvirmos comentários dos paí s e assistentes da natação sobre a eficiência das saídas e viradas dos alunos e atletas. Constatamos O quanto os comentários estão certos e ao assistirem torneios regionais, campeonatos estaduais, nacionais e ficam ainda mais surpresos quando comparam nossos atletas com os de outros paí ses. Ao observarmos os nadadores nos campeonatos de alta performance, verificamos a dif erença de produtividade e qualidade dos movimentos realizados nas saídas e viradas. Acredito que a diferença da qualidade das saídas e viradas nos nossos nadadores e os estrangeiros se ja motivada pelos seguintes f atores:
1. Pouca atividade de exercí cios educativos e f undamentos técnicos durante a fase de aperf eiçoamento dos nados. Não basta ensinar a técnica, mas sim conscientizá-Ios da importância, para a obtenção de uma performance, da realização das saídas e viradas. 2. Ausência de treinos ou aulas especí ficas de saídas e viradas, se ja através da prática ou de recursos audio visuais.
4. Qualidade dos blocos de partida existentes no Brasil. Saídas e viradas são importantes na natação competitiva. Determinadas provas como 50, 100 e 200 metros solicitam a mesma proporção de investimento nos treinos das saí das e viradas, já nas provas mais longas, acima dos 400 metros a saí d a não é f u ndamental, mas sim as viradas. É comum observarmos nadadores nas provas de 1.500 metros que durante o percurso aproxima-se do adversário e perde um tempo precioso durante a virada.
A saída mais utilizada na natação competitiva é a denominada "g r a b start" ou norm almente
cham ada
de saída de agar-
re. É uma saí da que foi introduzida na natação competitiva nos anos 70, substituíndo a saí da convencional, atualmente utilizada nas provas de revezamento. A saída convencional é mais lenta que a de agarre e obtemos mais impulso. Recentes comparações entre as saídas mostraram que a de agarre é a melhor. Para avaliarmos os nossos nadadores quanto as saídas, adotamos os seguintes parâmetros internacionais: - saídas de nado livre e borboleta, marcar o tempo do estímulo até a cabeça do nadador atingir os 10 metros e nas saídas do nado peito e costas, marcamos o tempo do estímulo até os 15 metros.
cos de partida de concreto que impossibilita o agarre e apoio do nadador. Ultimamente a variedade de blocos de partida produzidos pelo mercado tem possibilitado aos nadadores a melhora signif icativa da perf ormance das saídas, principalmente os nadadores americanos, pois os Estados Unidos é o paí s de melhor tecnologia relacionados a materiais de natação. Recentemente, março 1998, dnas importantes modificações foram realizadas: os nadadores ao subirem nos blocos podem permanecer na posição que dese jarem, inclusive já se posicionando para a partida e não é pe111litidanenhuma saí da em falso, a não ser nos eventos de pequeno porte, f icando a decisão a critério do árbitro geraL Para alcançar uma ótima eficiência nas saídas é importante que o praticante salte do bloco alcançando altura e depois distância, adotando uma técnica semelhante ao salto em distâucia no atletismo.
o salto em distância no atletismo melhorou muito nos anos 50 quando foi introduzida a técnica de saltar para o alto e depois para à f rente. Nos anos 70, com a precursão da técnica da saída de agarre, foi também adaptada a técnica do salto em extensão do atletismo para a saí da das provas de nado livre, peito e borboleta na natação. Um dos cuidados que devem(% ter em relação a esta técnica de saída é a profundidade da piscina. Lembro que durante a realização da Copa Latina em 1982 em Lisboa, Portugal, o
Saí da de agarre entre os pés
o nadador
com os pés afastados
e as mãos
posiciona-se no bloco, colocando os pés af astados e tlexionados, com as mãos entre os pés, agarrando o bloco. Importante que levante o quadril para um melhor impulso no bloco. Para que isso aconteça é importante desenvolver no aluno ou atleta exercí cios de alongamento para a parte posterior da coxa. Tentar desequilibrar um pouco o corpo para a f rente (Fig.74).
o nadador posiciona-se
no bloco colocando os pés próximos um do outro e í lexionados, com as mãos agarrando o bloco na f rente ou na lateral, dependendo da adaptação do nadador. Tentar desequilibrar um pouco O corpo para frente (Fig.75).
Figura 75
Saída de agarre com um pé na frente (saí da de atletismo):
o nadador
e outro
atrás
posiciona-se no bloco colocando um dos pés (impulsão) na f rente do bloco e outro atrás (apoio), agarrando o bloco na f rente ou lateral. Esta saída f oi introduzida na natação competitiva á partir dos anos 80 , quando ao observar nadadores com def iciências de impulsão em uma das
Figura 76
PARA F.sCOLHER ENTRE AS SAÍDAS DE AGARRE, BASTA RECORRERMOS A ESTRATÉGIA DE AFE· RIRMOS OS TEMPOS OBTIDOS ENTRE ELAS.
Podemos realizar exercícios fora da água com objetivos de meIhomr a impulsão da saída. F1exão das pemas, saltar para o alto e depois para a frente. Realizar o mesmo movimento de impulsão, posicionado no bloco de partida e caindo em pé ou sentado na água. Objetivando a melhom do impulso, colocamos uma conla a um melro de a1tum e aproximadamente 3Cbn. de espaço entre o bloco e a corda, fazendo com que obrigatoriamente o nadador realize movimentos para cima (l melro) e para f rente (3Ocm). Após vários execuções iniroduzimos a saída completa.
f oi desprezada, pois o atrito do corpo com a água é grande e com pouco deslize. A melhor entrada na água e que of erece menor atrito do corpo e melhor deslize é a seguinte:
MÃOS - PUNHOS - ANTEBRAÇOS - BRAÇOS CABEÇA - OMBROS - TRONCO - QUADRIL PERNAS - PÉS, No lugar onde entra as mãos entra praticamente segmentos corpóreos.
-
todo os
Blocos de partidas ineticientes são as justificativas de técnicos e prof essores para saí da de costas def icientes. Podemos improvisar um bloco através de um atleta em pé de costas pam a piscina seguro por um companheiro. O atleta que realiza a saí da segum nas pernas do companheiro que esta em pé (Fig.??).
Partindo da premissa de que a saída de costas é um mergulho, ensinamos os alunos com apoio, com os pés fora da água (a regra não pennite este posicionamento, mas é importante na aprendizagem), para posteriormente orientarmos a colocação abaixo da superfície da água, que é o que diz a regra. Quando o nadador coloca um pé mais para cima que outro auxilia no apoio. Muitos nadadores que não adotam este procedimento, escorregam e praticamente empurram o corpo para baixo e não para trás. Outra posição importante é a dos braços quando seguram o bloco. Não segurar o bloco com os braços muito flexionados e sim sómente uma semi-f1exão, para justamente não posicionar os pés para baixo, ocasionando um deslize dos pés e consequente impulsão para baixo e não para trás.
No momento da impulsão o nadador deverá elevar os quadris projetando os ombros para cima e para frente. Também podemos realizar a mesma estratégia de colocar uma corda com objeti vos do nadador ir para cima e para frente. Quando as mãos deixam o bloco, os braços realizam o movimento para a lateral, auxiliando a elevação do quadril.
Como na saída de cima do bloco a posição das mãos é impor-
Como na saí da de cima do bloco, onde entra as mãos entra também os braços," cabeça, tronco, quadril, pernas e os pés,evitando assim uma maior resistêncla. Normalmente observamos que os melhores nadadores mantém os pés estendidos e relaxados durante o procedimento da saí da e é a última parte do corpo a entrar na água.
I. Aproximação 2. Toque das mãos: peito e golf inho e medley (costas para peito) pés: costas e crawl 3. Rotação ou giro 4. Impulso 5" Deslize 6. Movimentos iniciais. Temos que enfatizar o aumento da velocidade na entrada da virada e não a diminuição, como normalmente ocorre com os nadadores.
Alguns
de atleta~
ní v el, cometem
o erro de diminuir a
aceleração na entrada da, virada," As viradas devem ser aproveitadas como mais uma estratégia de nadar bem um a prova ou
realizar um bom teste de natação. As diferenças de tempos obtidos nas piscinas de 25 e 50 metros, reside no f ato de maior número de viradas. Um detalhe curioso desta dif erença é de um nadador sueco vencedor do mundial de piscina de 25 metros
Suas viradas são tão eficientes e produtivas que a dif erença entre a metragem das piscinas toma-se um f ator relevante.
1. Cambalhota completa no colchão ou colchonete, fora da piscina (Fig.78).
F1gura78
2. Cambalhota completa na água, f ora da borda, com ou sem auxí lio do prof essor ou da raia, ou espaguete (Fig.79).
3. Cambalhota completa na borda, saindo na posição de costas, braços estendidos no prolongamento do corpo (Fig.80).
FiguraSO 4. Saí da da borda f rontal, mantendo os braços no prolongamento do corpo, protegendo à cabeça, dar o impulso e deslizar (após o impulso, o corpo enfrenta grande resistência frontal e caso o aluno não estenda os braços e prote ja a cabeça a tendência é tlexionar os braços e aumentar a resistência frontal). 5. Cambalhota na borda, no meio do giro, passar para a posição frontal. Durante a realização da primeira braçada, retomar o corpo para a posição f rontal.
1. Aproximação da borda, contar o número de braçadas antes da virada. Para o sucesso do exercício é impoltante a
2. Aplicando os educativos da virada de crawl 01, 02 e 03. Introduzir ou não, dependendo da habilidade do nadador pemadas submersas de golf inho. As pemadas submersas deverão ser realizadas com uma angulação menor que a pemada de golf inho e com mais velocidade. Após a aproximação da borda, passar para a posição ventral e executar a cambalhota de frente. Durante o movimento da virada não é permitida a propulsão das pernas na posição frontal, gesto este que caracteriza pemada de outro estilo e não o costas. Virada simples de costas ou de costas para o peito no medJey: 1. Na posição de costas, executar o giro lateral no colchão ou colchonete, fora da água (Fig.Sl ).
FiguraS1
Figura 82
4. Executar o giro lateral com apoio da mão, abaixo da superfície da água.
5. Durante o giro lateral, elevar ou não as pernas. Na virada de costas para costas sair da borda na posição dorsal e na virada do medley de costas para o peito, sair na posição f rontal, realizar a Filipina, pemada e elevar a cabeça, acima da superfície da água (Fig.83).
6. Saí da da borda com o corpo e os braços estendidos, mãos uma sobre a outra, protegendo a cabeça, realizando ou não pemada de golfinho.
I. Aproximação da borda, acelerar a braçada e pemada com muita eficiência, evitando diminuir a velocidade de entrada na borda.
2. Apoio na borda com as duas mãos, aproximando a cabeça da borda e das mãos e evitando af astar a cabeça da borda, para que o impulso seja forte e tenha apoio. 3. Giro na borda - um braço é estendido à frente dando a direção do movimento (importante que o braço esteja submerso e durante a trajetória o cotovelo direciona o movimento com velocidade) e outro braço fora da água será colocado à f rente da cabeça orientando à profundidade da virada. Caso o nadador coloque o braço estendido, af astado em relação a cabeça, não afundará muito o corpo sof rerá uma maior resistência frontal e a virada será mais rasa, não h a v e n do tempo suficiente p a ra uma filipina aproveit á velo
il
Fora da água com um tubo cirúrgico (ref. 20212 0 4 ) rea
f inal, na filipina as mãos realizam o movimento até os dedos passarem pela coxa na extensão máxima dos braços. 4.2. Na água, f ora da borda, somente a braçada de golfinho submersa, sem movimentos da fase aérea. Realizar quantos movimentos conseguir sem respirar. 4.3. Realizar somente o movimento da f ilipina, anotando quantos metros realizou e comparar com outras tentativas.
IMPORTANTE NA VIRADA DO PEITO É MANTER A CONTINUIDADE DOS MOVIMENTOS, QUANDO SENTIR QUE O CORPO ESTIVER PARANDO APÓS O IMPULSO, REALIZAR A FILIPINA E NA SEQÜÊNCIA A PERNA DA.
I. Praticar os exercícios da virada do peito 01, 02 e 03, procurando no educativo 03 não af undar muito o corpo, pois a virada do golfinho é mais rasa que à do peito. 2. Após o impulso, durante o deslize, realizar de 03 à 06 pemadas submersas, passando para 04 e f inalmente 03 pemadas. Caso a opção se ja virada explorando a pemada
3. Após 03 ou várias realizar o movimento de manter a velocidade cia frontal respirando dador necessita pega r esta técnica.
pemadas até atingir os 15 metros, braçada sem respirar, com objetivos adquirida e não aumentar a resIstênantes da braçada. Evidente que o nab e m o ar antes do giro e treinar bem
Aproximar da borda incrementando a propulsão das pernas, tocar na borda com as duas mãos, um braço permanece submerso e é estendido na linha do ombro, no prolongamento do corpo com um movimento rápido do cotovelo para frente, outro braço acima da superfície da água é colocado na água, juntando com outro submerso, movimentos de pemada de costas ou gOlfinho submerso.
A vimda mais importante do medley é a passagem do nado costas para o peito. Como a regra diz que o atleta deverá chegar de costas e sair de peito, aplica-se a regm de chegada de um na do e não da viràda de um nado para o mesmo nado. Sendo assim, não é permitido que durante a virada de costas para o peito no medley os nadadores realizem a virada de
1. Colocar uma das mãos na borda da piscina abaixo do nível da água, aproximadamente dois azulejos ou 30 em., realizar uma cambalhota completa de costas saindo na posição frontal, impulso filipina e movimento da pemada . Nesta virada é importante a última inspiração antes da cambalhota para o nadador ter uma ótima condição de virada (o tempo de permanência submerso é maior que a de outra técnica). Para a aplicação desta virada é necessário muito treinamento e é mais interessante para as provas de 100 e 200 medley. 2. Colocar uma das mãos na borda da piscina na superfície da água, elevar as pernas realizando um giro lateral, no meio da trajetória, passar para a posição frontal, impulso, filipina e pemada.
ACELERAR NA ENTRADA + TÉCNICA ACELERAR NA SAÍDA
+
Quer rOrtUlr-Je criarim? Fuja do t' Jperado. do curidümu , Ser ( 1' 0 siMI I (fica re r a oll.mdia de [(mIar ~'elll r ec e i o de err tlJ: William
Tenho observado nos últimos anos, se ja através dos relatos e perguntas nas palestras ministradas ou de informações com os colegas profissionais uma sensí vel melhora no ní v el das aulas e conteúdos ministrados pelos prof essores nas escolas particulares e escolas de natação dos clubes associativos, porém, muitos seguem modelos de aprendizagem baseados em métodos calistênicos ou através de movimentos robotizados e detalhados, modelos estes oriundos na maioria das vezes da metologia de teóricos ou professores que preconizam o ensino da natação especif icamente através de exercí cios que mais se assemelham ou aproximam dos estilos da natação, deixando de lado a metodologia onde se relacionam: meio líquido. movimentos gerais e não especí f icos, motivação e a comunicação através de estratégias
para dar satisf ação aos pais da eficiência dos métodos pedagógicos aplicados pela escola. Causou surpresa no meio aquático quando, na década de 70, o professor de natação Salvador Felizete introduziu um novo conceito da aprendizagem da natação utilizando como estratégia no processo pedagógico, alguns pedaços de madeira envemizados e pintados, câmara de ar e tubos cilí ndricos, pois até então a prancha era o úni co material auxiliar , inclusive pranchas de madeira que no decorrer da aula absorviam muita água e pesavam cada vez mais. Me recordo da primeira vez que entrei na Escola de Natação Golf inho da propriedade do professor Salvador situada na Vila Olí mpia em São Paulo e observei a piscina toda enf eitada com módulos, bandeiras e material diversos, com certeza era uma piscina dif erente com um professor diferente, pois além de brincar e f antasiar com seus alunos, estudava Piaget. Alguns dos meus atletas como Priscila Assuar, Paulo Seije Tone, Liselotte Tone e Ruy Tone, saí ram de suas f antasias e da sua piscina que mais parecia um circo. Muitos prof essores, ainda utilizam como estratégia das aulas somente a prancha como material auxiliar e suas piscinas são tristes e com pouco ares circenses, decorrente da falta de criatividade nos seus métodos de trabalhos. Costumo dizer que a aprendizagem t ã mpetitiv i i ei
da natação surgiu da ét d d
disciplina de natação da Faculdade de Educação Fí sica, célula mater da origem do professor de natação, infelizmente, adotam como leitura básica da disciplina, somente bibliografias de escritores, técnicos de natação, com def iciência de escritores mais pedagogos ou que utilizam processos mais próximos da realidade da aprendizagem e não da competição da natação, f ormando professores com bom nível de conhecimento sobre técnica dos nados e regras, mas com pouco ou quase nenhum conhecimento sobre a fundamentação pedagógica e psicológica da natação, dif icultando a criatividade nas aulas. A natação é realizada
num ambiente
muito favorável
e
prazeroso para o ser humano, afinal de contas nascemos no meio líquido e porque não realizar aulas tão prazerosas quanto ao útero materno? Desde que tenhamos uma adequada infra-estrutura como piscina ténnica, coberta e com um visual agradável; um professor com boas estratégias e criativo, podemos obter excelentes resultados na aprendizagem da natação. Muitos alunos desaparecem das escolas de natação pela ausência de criati vidade nas estratégias desenvolvidas. Se a água fornece prazer para o ser humano, qual o motivo do af astamento? Com certeza preconizar resultados imediatos e ausência de criatividade são alguns motivos que não podemos menosprezar.
da educação e principalmente dos estudos. Quando apren~ demos a ministrar aulas seguindo receitas, na maioria das vezes repetitivas. perdemos alunos e não percebemos o quanto não somos criativos e não ousamos tentar novos exercí cios.
Não ousamos, pois nos acostumamos a repetir receitas e não a pensar em exercí cios diferentes, é difí ci I para O pro~ fessor perceber. É comum o prof essor atribuir O f ato dos alunos desistirem da natação devido a motivos f manceiros, de estrutura etc. menos da estratégia por ele adotada e é mais dif íc il ainda ele mudar, pois mudar significa pensar sobre seus métodos e tentar novos rumos e o pensar e tentar fica dif í cil para os professores que realizam suas ati~ vidades anos após anos baseados em receitas.
Questionar dlariamente os exercí cios, as brincadeiras, roteiro das aulas, estratégias e principalmente perguntar a si próprio: Que tal? Que tal eu mudar determinado exercício, acrescentar algo na aula ou colocar uma musica para relaxar a aula dos adultos? Além do questionamento é impor~ !ante para o professor adotar algumas posturas que geral~ mente quebram alguns tabus adotados, através das ativida~ des do dia a dia ou acadêmicas.
que podemos enriquecer nossas estratégias através de exemplos oriundos de outras profissões ou áreas. Muitas das idéias das aulas de natação que ministro são oriundas das apresentações dos palhaços, acompanhando minhas filhas nas festas de aniversário de crianças, dos teatros infantis. É impressionante observarmos a comunicação destes profissionais, principalmente com as crianças. Ultimamente tenho aprendido novas estratégias com os professores de recreação. Somente se ater às idéias da própria área restringe a criatividade. Explorar outras áreas enriquece a criatividade.
o artista
quebra as regras, normas e tabus da sociedade. O ato de criar requer a quebra de alguns sistemas impostos e repetitivos. Um dos exemplos de criatividade é a pintura surrealista, poucos entendem sua mensagem, pois se trata de uma quebra das regras comuns e cotidiana das pinturas como paisagens, natureza morta, etc. Muitas vezes nos acomodamos em determinados esquemas de aulas e aJi ficamos anos após anos sem quebrar aquela situação de f alsa segurança e ausência de criatividade.
são importantes e se beneficiaram nossos alunos. Muitas idéias se perdem pela falta de critérios e respeitabilidade. A capacidade de julgar uma idéia depende de conhecimentos das estratégias e do ní vel maturacionaI dos alunos.
Com certeza, quando apresentamos uma nova idéia, muitos serão os contras e poucos prós, lembram-se dos grandes inventores? Copérnico, Newton, Santos Dumont, Thomaz Edson, Marconi, demoraram muito para serem compreendidos. O mesmo acontece conosco ao criarmos novas idéias. Muitas pessoas não aceltam novas idéias, pois elas mexem demais com o cotidiano e encontramos pessoas que não estão dispostas a investir ou aceitá-Ias. Geralmente essas pessoas são nossos chef es, coordenadores, donos de escolas ou diretores. Tenho obtido ótimos resultados nas aulas e na vida profissional adotando as posturas acima apresentadas. Voltando à criatividade e estratégias do ensino da natação, acredito que para fugirmos de certos padrões adotados na aprendizagem, devemos observar alguns pontos importantes:
jovens ou adultos. Criança, necessitam de piscina com desenhos, aparelhos de som, ambiente menor, mesmo que seja piscina maior, dividir O espaço da aula com raias, dando a idéia de um espaço menor. Par.a os jovens, aparelho de som, quadros par.a anotações de tempos e séries e cronômetros. Para os adultos é importante manter um ambiente tranqüilo e acolhedor, com raias deter.minadas para cada aluno e clima de confiança entre O professor e O aluno. Introdução de novos exercícios, do aprendizado:
dependendo
da fase
Explorar ao máximo as fantasia" principalmente através das músicas. A música tem como objetivos: "quebrar o gelo" no relacionamento entre o aluno e O prof essor, é o elo de comunicação entre am bos e m otivação.
Podemos
criar variações mes-
mo que não tenhamos veia artí stica para tal. A música, água e comunicação do professor poderão desencadear O prazer do aluno pela prática da natação. A movimentação do aluno na água através de pequen os jogos, m úsicas ou livrem ente,
desde
que não perca o contato com o f undo da piscina, tem como objetivos a procura de novas for.mas de adaptação, equilJbrio e noção do espaço que ocupa no meio líquido.
para colocação do rosto e cabeça na água e procura de ob jetos no f undo da piscina. Os movimentos de f lexão das pernas, braços para a lateral, realizados espontaneamente são importantes para a globalização e o f u turos movimentos das pernas e braços.
Quando o aluno pratica a flutuação na realidade está percebendo e conhecendo o espaço que O seu corpo ocupa no meio lí q uido. Quanto mais variamos o poslcionamento do corpo melbor, tanto para a percepção corpórea quanto para o relaxamento. Podemos utilizar fantasias colocando nomes como jacaré, foguetinho, lancha. É importante que O professor progressivamente f aça com que o aluno sinta O espaço que ocupa e a movimentação das pernas e mãos para auxiliar o equilíbrio e a sustentação do corpo. A presença do ar nos pulmões, motivo pelo qual o corpo flutua, poderá ser incentivado através de brincadeiras como pegar ob jetos no f undo, passar entre arcos submersos, f lutuação lateral ou imitação de "cachorrinho" durante um determinado tempo bloqueando a respiração.
Deslocamentos
livres ou exercí cios com música na posição
Dificilmente o aluno sente a pressão nos pés quando nos primeiros movimentos preconizamos a posição horizontal. Saltos na vertical com os pés no fundo da piscina, poderá dar noções aos alunos da pemada de peito. O importante é criarmos exercícios diferentes da posição horizontal, mais difíceis de executar e perceber. É mais fácil o aluno executar o movimento de andar que na posição de tlutuação. Deslocamentos de forma recreativa, com os alunos divididos em dois gmpos, um de frente para o outro, cada um com um número determinado. Ao sinal do professor, ele joga uma bola e anuncia um número, por exemplo o número 02, sai o 02 de um grupo e do outro quem pegar a bola marca um ponto para a equipe.
Um dos exercícios que gosto de ministrar durante a fase do aprendizado da braçada é a movimentação das mãos para os lados, através do afastamento lateral dos braços ou com variações como afundar as mãos e movimentando em todas as direções, lateral, para baixo ou para trás. Quando solicitamos aos alunos realizar onda na piscina, objetivamos a variação das mãos nas diferentes posições. Saltos para a frente e mergulho empurrando a água para baixo e para trás fazem com que o aluno tenha noção da resistência da água.
vamos brincar ao contrário, os braços rápidos e as pernas lentas. Estes exercí cios são realizados sem o movimento da cabeça para respirar.
I. Observar os temas de interesse dos alunos, dependendo da f aixa etária. Observar o que as crianças mais f alam como músicas, games, estórias, ete.
Os jovens geralmente gostam de músicas,de desafios como melhorar tempos,participação em duatlhon e atividades grupais. Os adultos já gostam que os prof essores falem sobre os program as das aulas, a m elhora da m etragem ou da m assa m uscular ou de gordura e de aulas diferentes. M uitas receitas
de doces e bolos aprendi durante as aulas para os adultos, além dos f amosos almoços de natal realizados na escola. 2. Diversif icar, iniciamos e f inalizamos a aula com recreação, na outra colocamos a recreação no meio. Numa determinada aula prática da f aculdade, percebi que os alunos que f icaram de fora da aula observando somavam o mesmo número dos que estavam realizando a aula na água Tinha que adotar uma estratégia para chamar atenção deles, para não desviarem a atenção com conversas paralelas. Sem plane jar anteriormente, observei na caixa dos materiais uma pequena bola verde e comecei a jogá-Ia
3. Quanto sinto que a aula esta meio parada, sem motivação, procuro incansavelmente um pequeno detalhe solto no ar, como uma frase de um aluno, ou uma determinada atitude e em cima do f ato crio uma situação motivante. 4. Criar um ambiente lúdico educativo: "O educador pode, portanto, construir um ambiente que estimule a brincadeira em função dos resultados dese jados. Não se tem certeza de que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos, assim, as chances de que ela o faça" (Brougere, 1997). 5. Aulas temáticas: histórias contadas (contos de fadas e fábulas) = faz-de-conta/imaginação. Atividades de aula relacionadas com: personagens; ação dos personagens; os lugares da história; o enredo da história.
A AULA É UM MOMENTO PLENO, NECESSITA DE UM CLIMA ALEGRE .
Se de.çejm um ambiell1e alegre ( ' jestil'(J em suas aulas. lItili:e a mlÍsica. e/a desperta a u"sibilidade e alegria "o.~ alullos. Willim l1
Olha a dona aranha subindo pelas paredes Veio a chuva fone e a derrubou! A chuva parou e o sol já vem surgindo E a dona aranha pela parede continuou a subir...
Comprei um peixinho, lindo e vermelhinho, Comprei um aquário para ele morar, O peixinho nada, nada depressinha, Eu não sou peixinho, mas eu sei nadar!!!
Fui nadar numa piscina, na, na, Infestada de tubarão, rão, rão, Saiu de lá, lá, lá, Uma tartaruga, ga, ga, Olhou para mim, olhou para mim,
Cavoca, cavoca, Para achar uma Minhoca, minhoca, Minhoca estou Ficando louco.
A gente gosta de brincar de circo Dar cambalhotas, f azer palhaçadas A gente adora imitar os bicbos, Como é bom brincar. A gente faz a mágica mais linda Transf orma a vida numa grande festa A gente canta, dança, bate palma e não quer parar Vem a foca com a bola no nariz O elefante fazendo chaf ariz Vem a macacada todo de uma vez Tira, bota a gente pede bis O palhaço deixa tão feliz Quando o grito bate forte no seu coração.
Croc, croc, croc, croc Sapo puJa, pula entrou lá na minha casa Da porta da cozinha f oi atrás da criançada Vovó soltou um grito, pois estava bem na entrada
Pato Zico mais popular Pato Zico pato cantor Abre o bico e pões prá quebrar A canção do quá-quá A canção do quá-quá (bis)
Eu conheço uma galinha Galinha da vizinha, avezinha magricela e depenada Quem tem pena da galinha, avezinha depenada A galinha magricela da vizinha Bota ovos, bota ovos sem parar A galinha magricela bota ovos sem parar A galinha magricela bota 1,2,3 e sem parar A galinha magricela vira cambalhota e bota 4 de uma vez A galinha magricela bota 10, 100 e 1000 A galinha magricela bota ovo, bota a galinha do Brasil.
Ciranda, cirandinha vamos todos cirandar Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar O anel que tu me destes era vidro e se quebrou O amor que tu me tinhas era vidro e se quebrou
A canoa virou, foi deixar ela virar
Respirações Carangue jo
e bloqueios:
Caranguejo, caranguejo, faz tchibun, faz tchibun Carangue jo, carangue jo, faz tchibun, faz tchibun
A galinha do vizinho bota ovo amarelinho Bota 1,2 ...9 e bota 10 (comentários do professor: a galinha ficou preguiçosa botará OS ovos, depois 2 e 1 ).
e
o sapo
não lava o pé, não lava porque não quer Ele mora lá na lagoa e não lava o pé porque não quer Hummmmmmmnun mas que chulé!!!!!
o bracinbo do crawlzinbo faz assim, faz assim ou (tcham, tcham)
O bracinbo do crawlzinbo faz assim, faz assim ou (teham, tcham) Cotovelo levantado, o bracinho esticado O bracinho do crawlzinho faz assim (tcham, tcham)
Todas
úsica
d
ã
nt d
it
tici
Iniciei a nobrc arte de dar aulas de natação aos 16 anos, numa época em que o número de especialista da área e de Faculdade de Educação Física era def iciente e a of erta de espaço para ministrar aulas de natação era maior que os professores. Dif erente dos dias atuais, encontramos opções de bons professores f Offilados na ãrea de natação. Sempre me preocupei com o f ato de a natação ser levada a sério e de uma maneira científica. Jamais aceitei idéias se m t está-Ias, vivenciáIas ou questioná-Ias e isto me ajudou na busca de explicações para várias situações e metodologias das aulas. Ao finalizar este livro, sinto um grande prazer, o prazer de levar até vocês os conhecimentos adquiridos nesses anos como professor de natação. Praticamente deixei de ser professor de natação dos 20 até os 33 anos para dedicar-me à profissão de técnico de natação nos clubes Juventus e Pinheiros de São Paulo. Ao sair do Pinheiros, continuei como técnico de outras equipes e reiniciei minha participação como prof essor. Quando menos eu esperava iniciei como prof essor na Escola Polé de Natação, cantando, motivando, segurando crianças de um lado para outro na piscina. Fiquei muito emocionado ao redescobrir os encantos da aprendizagem da natação para as crianças. A partir desse
momento, junho de 1984, iniciei meus estudos e experiências concluídas neste livro que vocês acabaram de ler, folhear ou analisar capítulos mais importantes. Meu maior ob jetivo ao escrever essas experiências é o de levar até a comunidade aquática uma proposta diferente das apresentadas até o momento. Descrever sobre maturação; incluir métodos jamais mencionados nas literaturas de natação; descrever os estilos e alguns exercí cios interessantes e atuais; dissecar a aprendizagem do mergulho, sa.í das e viradas, temas geralmente abordados num enfoque mais técnico; a cri atividade das aulas e músicas na aprendizagem. Seria muita pretensão da minha parte acreditar que esgoto o assunto da Aprendizagem da Natação, mas com certeza os temas descritos abrirão novos horizontes, principalmente para os apaixonados pela natação, didática e o seu ensino. Termino esse livro não cansado, exausto por escrever, mais satisfeito, alegre e motivado a continuar a escrever mais sobre minhas experiências aquáticas.
Nataçãoo Animal mal.. S ão P aulo: A N DRIE DRIESS IR ., O; P erei eirrd, M . D.; W ass ssaal, R . Nataçã Manole, 2001. BALDW LDW11N, A. T eorias do Desenvol esenvolvvimell imell11o da C riança. riança. São Paulo: P ioneirira, a, 197 9733 . - A Di Diddática Moderna da Aprendi zagem zagem.. ETfO,, J. B. Nataçào ETfO São Pa P aulo: S print,I99 t,I995. 5. atação pa par r a O meu Ne Nenném ém.. S ã o P aulo B RESGF RESGF..5, L . N atação lo:: A o livro técnico V.V/A V/A,, 1980 980.. le led. d. ultura.. São P a u l o : Cort B R O U G F .R E , G Br inqued o e C ultura Cortee z , 1 9 9 7 . 2 . e d . 1l1ee /i /igé gé llc llcia pel peloo Mo Movvim imeell1 l1oo. Sã C R A 1T Y , B . J.A 11l1 Sãoo P au aullo: D JF E U D ifu fussão Edi dittorial rial,, 197 9755. sicologiia da Aprendi zagem zagem.. S ão P au C ORRE ORRELL , W .; S C IIWARZE, H. Psicolog aullo: Piooneira, 1976 Pi 1976.. COWIN.. C . Nadando para o sé culo X I X . S ão P aul COWIN uloo: Mano Manolle, 2 C X > O . quáticos cos.. S ão P au aullo: S print. 19 1999 9. D E L ucA, A . Brincadeiras e Jogos Aquáti ação. S ão P aulo: E ditora GAROFF,, G : C A T T E A U , R . O Ensino da N at ação. GAROFF Manole, 1990 990.. 3e 3ed. d. reinamen men f f O em Ac Acad ad emia mia.. São Pau L IMA, W . U. T reina Paulo lo:: Ico conne E dito ditorra, 199 9966 . ção:: Teo Teor r ia e Pr Út Út ica ca.. S ão P au M A C H AD ADO O , D . N a / ação aullo: E dititoora S pr priint nt,, 199 995. 5. wim mmin f] F ast a. S ão Paul M A G I.lS C I-IO IO,,E . Swi Pauloo: M ay fi eld C om p any , 1982 1982.. ad alld alld o ail / / d da mai maiss r úpi úpido do.. S ão P aul M Au Aull.IS C H O , E . N ad uloo: M ano noJJ e, 19 1999 99.. Desenvolvime senvolvimennt o Psicológ icológiico da Cr ial alllça ça.. São P au M USSEN, P . De aullo : E ditam P ion onei eira ra,, 19 76 76.. Natação nosso E sport sport e Arte Arte.. S ão P aulo: G rafifililivvro N A S C IM IMEE N T O . R. R. A Nataç ross E ditar arees Ltda Ltda,, 1987. Ciêêncül do E nsino d t tl Na Nata taççiio iio.. S ão P aulo: Ed P A L \1 \1EE R . M . L . A Ci Ediitor oraa Manole. 199 9911 . ucessoo 'Id o ocorre por acaso acaso.. S ão P aulo: Mo R IBEIR IBEIRO O , L . O Sucess Mode derrna na.. 199 9911 . A p pre rend nden endo do a fl flad adar ar em Lud Ludic iciidad e. Sã P E R E IR A , M . D. A Sãoo Pa Pauulo: Ph Phoorte E d ito r a , 2 0 0 5 . incar o Des p peertar Psi sico col1l l1loot or. S ão P aulo V E I.A S C O , C. C. Br incar lo:: Spri Sprinnt E ditora ra.. 1976. 19 76.
Professor de Educação Física graduado pela Faculdade de
Educ Ed ucaç ação ão Fí Físi sica ca de Sa Sant ntoos. CREF - 00023-SP 00023-SP--4-G
Psic icó ólogo Clín ínic ico o pela Univ niver ersid sidad ade e Metodist todista a de São
Bern rnaardo do Campo - CRP - 6775-SP
Coord rde enad ado or do Centro de Prepara raç ção Psi sic cológi gic ca do
Espo Es port rtee Cl Club ubee Pi Pinb nbei eiro ross - SP - 1981 - 1984
Sup uperv erviisor Técnico do Proje Projetto IGbon de Nata atação ção - SP -198 19877 - 199 19911 Diretor e Prof essor da Esco Diretor Escolla Dolph Dolphiins de Nata taçã çãoo e Fi Fitn tnes esss - SP - De Dessde 1988
Especializa Especi lizaçção em Es Escolas de Na Natação do Japão - Told oldoo Japão -1977 Mérito Esportivo Brahma cor no Me Méri Mellhor Técni nicco do Br Brasil _ 1980 Técn Té cnic icoo da Se Selleç eção ão Br Bras asil ilei eira ra - Sulamerica Sulamericanono- 1977n8n9 1977n8n911 80/81182/83/84 / 80/81182/83/84 / 8 7 - 1990/911921 - 1998 Copa Copa Lat Latiina na-- 1 9 7 9 1 8 0 1 81 81 / / 8 2 1 8 9/19 9/1999 8 , Panamerica 1999 5 1 namericano no 1991199 e Mund Mundiial 19
Técnico da Seleção Brasileira Universitária - UniversiadeEdmonton - Canadá - 1983 Técnico da Seleção Brasileira Universitária - UniversiadeMessina - Sicilia - ltália- 1997 Técnico da Seleção Paulista - Campeonato Brasileiro de 1 /8 2 /83/8 7 /88/8919 0 /96 Seleções. 197 4 1 7517617 7 1 78179/8 0 /8
Colaborador do Jornal Aquático - Órgão da Federação Paulista de Natação -1996 - 1998 Comentarista esportivo especializado em natação pela ESPN Brasil - Desde 1996 Prof essor da disciplina de natação Faculdade de Educação Física do UniF.M.U - SP. Desde 1990 Prof essor da disciplina de natação Faculdade de Educação Fí sica da UN1CID-SP - 1998 - 1999 Coordenador e Professor do Curso de Pós Graduação em Natação da Facnldade de Educação Física do UniF M U SP
Professor convidado do Curso de Pós Graduação Faculdades Claretiauas de Batatais - SP. Desde 1998
das
Professor convidado do Curso de Pós Graduação da Faculdade de Educação Física de Catanduva - SP . 1998 Professor convidado do Curso de Pós Graduação na Faculdade de Educação Física de Santo André - SP.2001 Palestrante do 4° Simpósio Internacional de Medicina Esportiva - Rosário -Argentina - RFA. 1995
Supervisor Técnico da Seleção Brasileira Feminina de Natação. 1997 - 2001 Palestrante nas várias Clinícas e Palestras de Natação do Brasil CBDA - FITNESS BRASIL-ENAF -JüPEF-SESC-
Editora Ícon