Deuses olímpicos Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Os Doze Deuses Olímpicos Por Nicolas-André Por Nicolas-André Monsiau, Monsiau, em finais do século XVIII
Os doze deuses olímpicos, também conhecidos como o dodecateão (em grego grego:: Δωδεκάθεον < δώδεκα; transl transl..: Dodekatheon ,[1]dōdeka, "doze" + θεοί, theoi , "deuses"), na religião helênica, helênica , eram os principais deuses do panteão grego grego,, residentes no topo do monte Olimpo. Olimpo. Os deuses olímpicos moravam em um imenso palácio, em algumas versões de cristais, construído no topo do monte Olimpo, uma montanha que ultrapassaria o céu céu.. Alimentavam-se de ambrosia e bebiam néctar, alimentos exclusivamente divinos, ao som da lira de Apolo, do canto das musas e da dança das graças graças.. Apesar de nunca haver se acabado por completo, e tendo permanecido oculto na maior parte da Grécia devido à perseguição político-religiosa que sofreu, o culto dos deuses olímpicos tem sido restaurado de forma mais explícita na Grécia desde os anos 1990, através do movimento religioso conhecido como dodecateísmo dodecateísmo..[2] A primeira referência antiga a cerimónias religiosas em sua honra encontra-se no Hino homérico dedicado a Hermes Hermes.. A composição clássica dos doze deuses olímpicos (o doze canónico da arte e da poesia) inclui os seguintes deuses: Zeus Zeus,, Hera Hera,, Posidão Posidão,, Atena Atena,, Ares Ares,, Deméter , Apolo Apolo,, Ártemis Ártemis,, Hefesto Hefesto,, Afrodite Afrodite,, Hermes e Dio niso.. niso Os doze deuses romanos correspondentes eram Júpiter , Juno Juno,, Neptuno Neptuno,, Minerva Minerva,, Marte Marte,, Ceres Ceres,, Febo Febo,, Diana Diana,, Vulcano Vulcano,, Vénus Vénus,, Mercúrio e Baco Baco..[ 3] Hades (no panteão romano, Plutão) não era geralmente incluído nesta lista. Não tinha assento no panteão porque passava a maior parte do seu tempo no Hades Hades.. Também costuma aparecer entre os doze Héstia (entre os romanos, Vesta Vesta)), no lugar de Dioniso. A composição do grupo dos doze olímpicos, contudo, varia substancialm substancialmente ente entre os autores da antiguidade. Heinrich Wilhelm Stollc Stoll considera, mesmo, que a limitação ao número de doze é uma ideia [4] relativamente moderna Por volta de 400 a.C., Heródoto incluía na sua composição
do Dodekatheon as seguintes divindades: Zeus, Hera, Posidão, Hermes, Apolo, Alfeu Apolo, Alfeu,, Cronos Cronos,, Reia e as graças graças..[5] Wilamowitz concorda com a versão de Heródoto. Heródoto .[6]
Atena,
Heródoto inclui, em Histórias II , 43, Hércules como um dos doze. doze.[7] Luciano de Samósata também inclui Hércules e Esculápio como membros dos doze, sem, contudo, referir quais os deuses que para eles tiveram de abdicar. Em Cós Cós,, Hércules e Dioniso Dioniso juntam-se juntam-se aos doze, prescindindo-se de Ares e [8] [9] Hefesto.. Contudo, Píndaro Hefesto Píndaro,, Pseudo-Apolodoro , e Heródoto discordam desta versão, sustentando que Hércules não era um dos doze deuses, mas aquele que estabeleceu o seu culto .[5] Platão relacionava os doze deuses ao número de meses do ano, e propôs que o último mês fosse dedicado aos rituais em honra de Plutão e dos espíritos dos mortos, o que implica que ele mesmo considerasse Hades como sendo um dos doze. doze .[10] Hades não consta das versões posteriores deste grupo de deuses devido a associações ctónicas óbvias óbvias..[11] Em Fedro Platão faz corresponder os doze [12] com o Zodíaco e exclui Héstia. Héstia. Hebe, Hélio e Perséfone são também incluídos, por vezes, no grupo. Eros também é por vezes referido Hebe, ao lado dos doze, especialmente com a sua mãe, Afrodite Afrodite,, mas raramente é considerado como um dos olímpicos. Os doze olímpicos obtiveram a sua supremacia no mundo dos deuses, depois de Zeus ter conduzido os seus irmãos, Hera, Posidão, Deméter e Héstia, à vitória na guerra com os titãs titãs.. Ares, Hermes, Hefesto, Afrodite, Atena, Apolo, Ártemis, as graças graças,, Hércules, Dioniso, Hebe e Perséfone eram, por sua vez, filhos de Zeus, ainda que algumas versões dos mitos sustentem que Hefesto era filho apenas de Hera e que Afrodite era filha de Urano Urano.. Índice [esconder]
1Lista o 1.1Olímpicos 1.1 Olímpicos clássicos o 1.2Outros 1.2 Outros Olímpicos 2Referências
Lista Olímpicos clássicos Os catorze deuses e deusas mais frequentem f requentemente ente listados como pertencendo aos doze olímpicos. Nome grego
Estátua
Descrição
Geração
Zeus
Rei dos deuses e governante do monte Olimpo, deus do céu, do relâmpago, do trovão e das tempestades, comandante dos ventos e das nuvens, deus da Primeira lei, da ordem e da justiça. O filho mais novo dos titãs Cronos e Reia Reia.. Símbolos: o raio, a águia e o carvalho.
Hera
Rainha dos deuses. Deusa do casamento, maternidade e das mulheres. Símbolos: o cuco, o pavão, a vaca e a romã. Filha de Cronos e Reia. Esposa Primeira e irmã de Zeus Zeus..
Posidão
Deus dos mares, dos terramotos e dos cavalos. Símbolos: hipocampo hipocampo,, Primeira golfinho e tridente. Filho de Cronos e Reia. Irmão de Zeus e Hades Hades..
Deméter
Deusa da agricultura, da natureza e das estações do ano. Símbolos: papoula Primeira e cereais. Filha de Cronos e Reia, irmã de Zeus.
Hades
Deus dos mortos, dos infernos e das riquezas da Terra. Símbolos: Elmo da escuridão, um bidente, um crânio e monstro de 3 cabeças. Filho do titã Primeira Cronos e de Reia. Irmão de Zeus e Posidão.
Héstia
Deusa virgem do lar e da lareira. Símbolo: Lareira. Filha de Cronos e Reia, Primeira e irmã de Zeus.
Afrodite
Deusa do amor, da beleza e da sexualidade. Filha de Urano e Talassa. dos titãs [A] Símbolos: a pomba e o espelho.
Apolo
Deus do Sol, da cura, da peste, das artes, profecia e do tiro com arco. Símbolos incluem a lira e o arco. Ártemis é sua irmã gémea. Filho de Zeus Segunda e de Leto Leto..
Ares
Deus da guerra. Símbolos incluem o javali e a lança. Filho de Zeus e Hera Hera.. Segunda
Ártemis
Deusa virgem da caça, florestas, vida selvagem, lua e protetora das meninas. Símbolos incluem o veado e o arco arco.. Irmã gémea de Apolo, filha Segunda de Zeus e de Leto.
Atena
Deusa virgem da sabedoria, ofícios e estratégia militar. Símbolos são a oliveira e o mocho. Filha de Zeus, de acordo com algumas tradições, Segunda com Métis Métis..
Dioniso
Deus do vinho, das festas e do êxtase. O seu símbolo é a pantera e a videira. Segunda Filho de Zeus e da mortal Sémele Sémele..
Hefesto
Ferreiro dos deuses; deus do fogo e da metalurgia. Filho de Zeus e Hera Segunda ou, de acordo com algumas tradições, apenas de Hera.
Hermes
Mensageiro dos deuses; deus do comércio e dos ladrões. Símbolos incluem Segunda o caduceu e as botas com asas. Filho de Zeus e da ninfa Maia Maia..
Outros Olímpicos Ainda que não pertença pertençam m à lista clássica dos Doze Olímpicos, os seguintes deuses menores são servos ou filhos dos doze grandes, sendo muita vezes retratados junto com eles:
Alfeu - Deus-rio Os erotes - Eros Eros,, Anteros Anteros..[13] Filhos de Afrodite Esculápio - Deus da medicina e da saúde As graças - Deusas dos banquetes, das festas, beleza e natureza. Filhas de Zeus e de Eurínome Eurínome,, na versão comum [14] Hebe - Deusa da juventude, copeira dos deuses. Filha de Zeus e de Hera [15] Héracles - O maior herói dos mitos gregos Ilitia - Deusa do parto, filha de Hera e de Zeus Pã - Deus da natureza selvagem, dos pastores e dos animais Perséfone - Deusa da Primavera e rainha dos Infernos, filha de Deméter e esposa de Hades Bia - Personificação da violência Cratos - Personificação do poder Dione - Deusas das ninfas. Em algumas tradições, mãe de Afrodite, com Zeus. Eos - Personificação do amanhecer Éris - Deusa da discórdia Fobos - Deus do medo e filho de Ares. Ganímedes - Copeiro dos deuses no palácio do Olimpo. Hécate - Deusa associada à magia, bruxas e feitiços Hipnos - deus do sonos eternos Horas - Porteiras do Olimpo Íris - Personificação do Arco-íris, também mensageira do Olimpo, juntamente com Hermes Morfeu - Deus dos sonhos Musas - Nove senhoras das ciências e das artes Némesis - Deusa grega da vingança Nice - Deusa da vitória Péon - Médico dos deuses
Perseu - Filho de Zeus, o lendário fundador de Micenas e da dinastia perseida Tânato - Personificação da morte Ventos - Bons ventos: Bóreas (vento norte), Noto (vento sul), Zéfiro (vento oeste), Euro (vento leste) Zelo - Rivalidade Notas
A ^ De acordo com uma versão alternativa do seu nascimento, Afrodite teria nascido de Urano, avô de Zeus, — depois de Cronos ter atirado os seus genitais amputados ao mar. Esta versão sustenta a etimologia do seu nome, "nascida da espuma". Como tal, Afrodite pertenceria à mesma geração que Cronos, pai de Zeus, sendo, tecnicamente, sua tia. B ^ Os Romanos costumavam associar Febo a Hélio e ao próprio Sol.[16][17] Contudo, usavam também o nome legado pelos Gregos, Apolo.[18]
Referências 1. Ir para cima↑ Usado de maneira comparativamente mais rara no grego bizantino, por autores como Nicéforo Calisto Xantópulo, Atanásio de Alexandria e Ducas 2. Ir para cima↑ «O retorno do culto aos deuses olimpicos» (em inglês). Consultado em 20 de Outubro de 2014. 3. Ir para cima↑ «Greek mythology». Encyclopedia Americana. 13. 1993. p. 431 * «Dodekatheon». Papyros-Larousse-Britanicca (em grego). 2007 4. Ir para cima↑ Stoll, Heinrich Wilhelm (1852). Handbook of the religion and mythology of the Greeks(em inglês). Londres: Francis and John Rivington. 8 páginas 5. ↑ Ir para:a b «Dodekatheon». Papyros-Larousse-Britanicca (em grego). 2007 6. Ir para cima↑ Wilamowitz-Moellendorff, Ulrich von. Der Glaube der Hellenen (Volume 1) (em alemão). Berlin: Weidmansche Buchhandlung. 329 páginas 7. Ir para cima↑ Heródoto (1854). Herodotus : a new and literal version from the text of Baehr (em inglês). London: Henry G. Bohn. 112 páginas 8. Ir para cima↑ Berger-Doer, Gratia (1986). «Dodekatheoi». Lexicon Iconographicum Mythologiae Classicae. 3. pp. 646 –658 9. Ir para cima↑ Pindar, Olympian Odes, 10.49 10. Ir para cima↑ Plato, As Leis, 828 d-e 11. Ir para cima↑ «Greek mythology». Encyclopedia Americana. 13. 1993. p. 431 12. Ir para cima↑ , Plato: Phaedrus, 246 e-f 13. Ir para cima↑ «Eros» (em inglês). Consultado em 22 de Outubro de 2014. 14. Ir para cima↑ «Graças» (em inglês). Consultado em 22 de Outubro de 2014. 15. Ir para cima↑ Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.3.1 16. Ir para cima↑ North John A., Beard Mary, Price Simon R.F. "The Religions of Imperial Rome". Classical Mythology in English Literature: A Critical Anthology . (Cambridge University Press, 1998), p.259. ISBN 0-521-31682-0. 17. Ir para cima↑ Hacklin, Joseph. "The Mythology of Persia". Asiatic Mythology (Asian Educational Services, 1994), p.38. ISBN 81-206-0920-4. 18. Ir para cima↑ Ovídio, Met. I 441, 473, II 454, 543, 598, 612, 641, XII 585, XVIII 174, 715, 631, et al.
Mitologia grega Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Zeus, Busto em Otricoli (Sala Rotonda, Museu Pio-Clementino, Vaticano). Cópia romana de original grego, século IV
Dioniso e sátiros. Interior de vaso com figuras vermelhas, 480 a.C.
Mitologia grega é o estudo dos conjuntos de narrativas relacionadas com os mitos dos gregos antigos e dos seus significados.[1] Para muitos estudiosos modernos, entender os mitos gregos é o mesmo que lançar luz sobre a compreensão da sociedade grega antiga e seu comportamento, bem como suas práticas ritualísticas.[2] Os mitos gregos ilustram as origens do mundo, os modos de vida, as aventuras e desventuras de uma ampla variedade de deuses, deusas, heróis, heroínas e de outras criaturas mitológicas. Ao longo dos tempos esses mitos foram expressos através de uma extensa coleção de narrativas, que constituem a literatura grega e também na representação de outras artes, como a pintura da Grécia Antiga e a cerâmica de figuras vermelhas.[3] Inicialmente divulgados em tradição oralpoética,[4][5] atualmente esses mitos são tratados apenas como parte da literatura grega .[6] Essa literatura abrange as mais conhecidas fontes literárias da Grécia Antiga: os poemas épicos Ilíada e Odisseia (ambos atribuídos a Homero e que focam sobre os acontecimentos em torno
da Guerra de Troia, destacando a influência de deuses e de outros seres), e também a Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, ambos produzidos por Hesíodo.[7] Os mitos também estão preservados nos hinos homéricos, em fragmentos de poemas do Ciclo Épico, na poesia lírica, no âmbito dos trabalhos das tragédias do século V a.C., nos escritos de poetas e eruditos do período helenístico e em outros documentos de poetas do Império Romano, como Plutarco e Pausânias. A principal fonte para a pesquisa de detalhes sobre a mitologia grega são as evidências arqueológicas que descobrem e descobriram decorações e outros artefatos, como desenhos geométricos em cerâmica, datados do século VIII a.C., que retratam cenas do ciclo troiano e das aventuras de Hércules. Sucedendo os períodos Arcaico, Clássico e Helenístico, Homero e várias outras personalidades aparecem para completar as provas dessas existências literárias .[7] A mitologia grega tem exercido uma grande influência na cultura, nas artes e na literatura da civilização ocidental e permanece como parte da herança e da linguagem do Ocidente.[8] Poetas e artistas desde os tempos antigos até o presente têm se inspirado na mitologia grega e descoberto que os temas mitológicos lhes legam significado e relevância em seu contemporâneo.[9] Seu patrimônio também influi na ciência, como no caso dos nomes dados aos planetas do Sistema Solar e em estudos teóricos, acadêmicos, psicanalíticos, antropológicos e muitos outros,[10][11][12][13] além de nos dias de hoje tradições neopagãs como a Wicca serem influenciadas por ela e outras como o dianismo, a Stregheria e principalmente o dodecateísmo (ou neopaganismo helênico) tenham tentado resgatar suas crenças. Índice [esconder]
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1Termo e compreensão 1.1Mito e sociedade 1.2Mito e religião 2Fontes 2.1Fontes literárias 2.2Fontes arqueológicas 3História 3.1Era dos deuses 3.1.1Cosmogonia e cosmologia 3.1.2Deuses gregos 3.2Era dos deuses e dos mortais 3.3Era heroica 3.3.1Hércules e os heráclidas 3.3.2 Argonautas 3.3.3Casa de Atreu e Ciclo Tebano 3.3.4Guerra de Troia e consequências 4Declínio 4.1Concepções greco-romanas 4.1.1Filosofia e mito 4.2Racionalismo helenístico e romano 4.3Tendências sincronatórias 5Interpretações modernas 5.1Enfoques comparativos e psicanalíticos 5.2Teorias da origem 6Legado e importância 6.1Educação e literatura 6.2Cultura: língua e atividade 6.3Preservação, humanismo, psicologia, antropologia 7Influência 7.1 Artes 7.1.1Europa e América do Norte 7.1.2Brasil e Portugal
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7.2Neopaganismo e resgate 8Ver também 9Notas 10Referências 10.1Bibliografia 11Ligações externas
Termo e compreensão Num contexto acadêmico, a palavra "mito" significa basicamente qualquer narrativa sacra e tradicional, seja verdadeira ou falsa.[14][15] O sufixo "-logia", derivado do radical grego "logo" ,[16][17] representa campo de estudo sobre um assunto em particular .[17] Com a junção de ambos os termos, "mitologia grega" seria, basicamente, o estudo dos mitos gregos, ou seja, os que fazem parte da cultura da Grécia.[1] Sendo assim, o termo não só alude ao estudo dos mitos como também aos próprios mitos. Como escreve o professor e escritor português Carlos Ceia, "termo de dupla significação, indica, por um lado, o conjunto dos mitos ou narrativas míticas relativas a seres sobrenaturais, fantásticos ou de valor super humano e, por outro lado, o estudo ou interpretação dos mitos."[18]
Hércules e Atena Cerâmica grega antiga, 480 –470 a.C.
As dafnefórias. Eram um festival dedicado a Apolo celebrado pelos gregos a cada nove anos, em Tebas, Beócia.[19] Óleo sobre tela de Frederic Leighton, 1876
É um termo crítico moderno e, portanto, os próprios gregos e romanos antigos não se referiam a suas crenças como "mitos" ou "mitologia", mas como religião (ver capítulo Interpretação), o que ainda hoje em dia ocorre com os neopaganistas helênicos, embora estes vivam um acontecimento moderno diferente de resgate e preservação e mesmo certos grupos de adeptos entendam o papel dos mitos como arquétipos ou símbolos (ver seção Neopaganismo e resgate).[1] Para mais informações sobre o histórico de interpretação dos mitos gregos, dirija-se até as subseções: Concepções greco-romanas e Interpretações modernas. É importante ressaltar que, nesse artigo, as palavras "mitologia" e "mito" são usadas para as narrativas tradicionais e sagradas das culturas clássicas, sem qualquer implicação de que esta ou aquela seja verdadeira ou falsa .[1]
Mito e sociedade A mitologia grega era assunto principal nas aprendizagens das crianças da Grécia Antiga, como meio de orientá-las no entendimento de fenômenos naturais e em outros acontecimentos que ocorriam sem o intermédio dos homens.[20] Os gregos antigos atribuíam a cada fenômeno natural uma criatura ou deus diferente.[21] Certos estudiosos modernos dizem que, quando passaram a inventar meios de calcular o tempo e quando criaram mecanismos de datação como o calendário, seus mitos declinaram (ver seção Declínio logo abaixo).[21]Os poetas atribuíam esses estados térmicos, como também as relações e as características humanas, aos deuses e a outras histórias lendárias, e elas serviram durante um bom tempo como cultos ritualísticos na sociedade da Grécia antiga .[20] Além das crianças serem educadas através dos mitos, as famílias aristocráticas da Grécia, assim como os reis, e também profissionais, como os médicos, possuíam a tradição de se ligarem genealogicamente a antepassados míticos, geralmente divinos, ou até mesmo heroicos .[20] Os comerciantes também cultuavam deuses, como Hermes, sempre em tentativa de deixá-lo satisfeito e assim conseguir bons resultados em suas vendas.[22] Além de serem habituados aos sacrifícios de animais e às orações, os gregos antigos adotavam um deus particular ou um grupo deles para sua cidade, e os cidadãos construíam templos e o(s) venerava(m). Essas cidades não possuíam qualquer organização religiosa oficial, mas honravam os deuses em lugares determinados, como Apolo exclusivamente em Delfos.[23]
Mulher ajoelhada diante de um altar . Cerâmica de figuras vermelhas, ca. 510-500 a.C. Antigo Museu Ágora de Atenas
Muitos festivais religiosos eram realizados na Grécia antiga. Alguns eram especificadamente dedicados a uma deidade particular ou cidade-estado. A Lupercália, por exemplo, era comemorada na Arcádia e dedicada a Pã. Existiam também os jogos que eram realizados anualmente em locais diferentes, e que culminaram nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, realizados a quatro anos e dedicados a Zeus. Os gregos, frequentemente, encontravam desígnios dos deuses em muitas características da natureza. Os adivinhos, por exemplo, acreditavam haver mensagens divinas contidas no voo das aves e nos sonhos. Nas cidades, os oráculos — locais sagrados — eram usados por um sacerdote que, tomado por êxtase ou loucura divina, servia de intermédio entre o diálogo de um fiel e seu deus de adoração.[24] Nas primeiras eras em que a recente filosofia vivia ao lado da tradicional mitologia, para o povo grego a sabedoria plena e completa pertencia aos deuses, mas os homens poderiam desejá-la e amá-la, tornando-se filósofos (philo= amizade, amor fraterno, respeito; sophia= sabedoria).[25]
Mito e religião Ver artigo principal: Religião na Grécia Antiga
Cena
de sacrifício
grego
Cerâmica de figuras vermelhas doséculo V a.C. Museu Arqueológico de Espanha
É preciso haver um esclarecimento acerca da diferença entre mito e religião. Hoje, todas as mitologias de todos os povos são entendidas como conjunto de crenças enraizadas em relatos modernamente tidos como fictícios e imaginados pelos poetas, enquanto a religião propõe-se a criar rituais ou práticas com a finalidade de estabelecer vínculos com a espiritualidade.[20] "Mitologia" é um termo indiscutivelmente técnico e moderno e nunca utilizado pelos próprios gregos ou romanos .[24] Seus cultos compreendiam uma religião politeísta da qual os especialistas de hoje agrupam no que se chama "mitologia grega", analisando as narrativas poéticas como legados da literatura antiga, ao passo que os próprios gregos, sobretudo antes da fama da filosofia, acreditavam serem reais. Pode-se dizer que "mito" é todo o conjunto que nós compreendemos hoje o que em suas épocas os gregos chamavam "religião".[20] Para ficar mais claro, podemos dizer que os textos sacros dos gregos são o que chamamos agora de mitologia ou literatura da Grécia antiga. A Teogonia e Os Trabalhos e os Dias de Hesíodo, a Ilíada e a Odisseia de Homero e as Odes de Píndaro estão entre as obras que os gregos consideravam sacros. Estes são os principais textos que foram considerados inspirados pelos deuses e geralmente incluem no prólogo uma invocação às musas para que elas auxiliem o trabalho do poeta.[26] Os gregos faziam cultos os deuses do Olimpo, realizados em templos comuns ou em altares e, também, culto aos heróis históricos, realizados em suas respectivas tumbas.[24] Dedicados a um deus ou a um herói, os templos, decorados com esculturas (de deuses ou heróis) em relevo entre o teto e o topo das colunas, eram constituídos de pedras nobres como o mármore, usadas no alto da acrópole.[27]Os antigos teatros gregos, também, eram construídos para determinada figura mitológica, deuses ou heróis, como o teatro de Dioniso no Santuário de Apolo em Delfos.[28] Além da religião ter sido praticada através de festivais, nela se acreditava que os deuses interferiam diretamente nos assuntos humanos e que era necessário acalmá-los por meio de sacrifícios.[24] Estes rituais de sacrifício desempenharam um papel importante na formação da relação entre o homem e o divino.[29] Um dos conceitos mais importantes quanto a moral para os gregos era o medo de cometer húbris (arrogância), o que constitui muitas coisas, do estupro à profanação de um cadáver .[30][31]
Fontes A mitologia grega é conhecida nos dias de hoje através da literatura grega e de expressões artísticas visuais como a cerâmica grega que datam do Período Geométrico [nota 1] em diante. O objetivo deste capítulo é entender como nós, contemporâneos, tivemos a oportunidade de arrecadar hoje em dia informações tão antigas quanto são os mitos gregos.[32]
Fontes literárias A narração mítica desempenhou um papel importante em quase todos os gêneros da literatura grega. No entanto, o único manual mitográfico que sobreviveu da Grécia Antiga foi a famosa Biblioteca Mitológica, do escritor denominado Pseudo-Apolodoro ,[33] que tenta conciliar os contos contraditórios dos poetas e fornece um resumo da mitologia grega e suas lendas históricas .[34] O verdadeiro Apolodoro viveu entre c. 180-120 a.C., escreveu sobre muitos destes temas e seus escritos podem ter formado a base para a coleção dessa obra, porém a Biblioteca aborda eventos que ocorreram muito tempo após sua morte, daí o nome Pseudo-Apolodoro .[34]
Ilíada Livro VIII, linhas 245-53, manuscrito grego, final doséculo V e começo do VI
Entre as fontes literárias da primeira era, destacam-se os dois poemas épicos de Homero – Ilíada e Odisseia. Completando esse ciclo épico, temos escritas de poetas cujos documentos foram perdidos ao longo do tempo. Apesar da sua denominação tradicional, os Hinos homéricos, hinos em coral da primeira fase da então-denominada poesia lírica,[35] não possuem relação alguma com Homero.[36] Hesíodo, possível contemporâneo de Homero, produziu Teogonia, o documento mais recente sobre mitos gregos, que elabora a genealogia dos deuses e explica a origem dos titãs e dos gigantes. Os Trabalhos e os Dias, também de Hesíodo, é um poema didático sobre a vida da agricultura que apresenta os mitos de Pandora e da era dos homens. O poeta dá conselhos sobre a melhor maneira de ter sucesso em um mundo perigoso tornado ainda mais arriscado por esses deuses.[7] Os Trabalhos e os Diastambém apresenta o mito de Prometeu, que, mais tarde, constituiu na base de uma trilogia de tragédias, possivelmente iniciada por Ésquilo, que são: Prometeu Acorrentado, Prometeu Desacorrentado e Prometeu, o Condutor do Fogo.[nota 2] Os poetas líricos direcionaram por vezes seus temas aos mitos, todavia esse tratamento ficou cada vez menor, enquanto que suas alusões à narrativa cresceu. Os poetas líricos gregos, como Píndaro e Simónides de Ceos, e os poetas bucólicos, incluindo Teócrito, forneceram incidentes mitológicos individuais. Além disso, o mito foi tema central no drama Ateniense: os dramaturgos trágicos Eurípides, Sófocles e Ésquilo produziram seus enredos envolvendo a era heroica e a Guerra de Troia. Muitas das grandes históricas trágicas (ou seja, Agamenão e seus filhos, Édipo, Jasão e Medeia, etc.) trouxeram em sua forma clássica estas peças trágicas.[37]
O poeta romano Virgílio, aqui retratado no manuscrito do século XV Vergilius Romanus, preservou muitos detalhes da mitologia grega em suas composições
Os historiadores Heródoto e Diodoro Sículo, e os geógrafos Pausânias e Estrabão, que viajaram ao redor do mundo grego e anotaram as histórias que ouviram, forneceram numerosos mitos locais, apresentando diversas vezes versões alternativas pouco conhecidas dos mitos .[37] Heródoto, especialmente, procurou as várias tradições apresentando e encontrando as raízes históricas ou mitológicas no conflito entre a Grécia e o Oriente. Heródoto procurou conciliar as origens e a mistura de diferentes conceitos culturais.[38] A poesia das eras helenística e romana, que embora tenha sido composta mais como literatura do que um exercício de culto aos mitos, contém muitos detalhes importantes que de outra forma seriam perdidos. Essa categoria inclui: os poetas romanos Ovídio, Sêneca e Virgílio; os poetas gregos da Antiguidade tardia: Antonino Liberal e Quinto de Esmirna; os poetas gregos do período helenístico: Apolónio de Rodes, Calímaco, Eratóstenes e Partênio.[39] Em contrapartida com o gênero lírico, os escritores em prosa Apuleio, Petrônio, Longo e Heliodoro também fazem referências mitológicas em períodos semelhantes ao dos poetas citados acima.[40] Além disso, a Fábulas e a Astronômica, ambas atribuídas ao escritor romano Higino, são duas composições não-poéticas importantes como fontes literárias.[39] As obras Imagens e Descrições, de Filóstrato e Calístrato (respectivamente), também se mostram úteis para o estudo dos mitos gregos.[41] Finalmente, vários autores bizantinos, como Arnóbio, João Tzetzes, Hesíquio de Alexandria, Eustácio de Tessalônica e o autor da Suda, providenciaram importantes detalhes dos mitos, derivados em grande parte de fontes gregas completamente perdidas. Importante notar, no entanto, que a atitude bizantina é a de frequentemente abordar os mitos sob uma perspectiva moral cristã .[42]
Fontes arqueológicas
Aquiles (esq.)
mata
um
prisioneiro
de Troia diante
de Caronte
Pintura-vermelha etrusca, realizada no fim doséculo IV e início do século III a.C.
A descoberta da civilização micênica pelo arqueólogo amador alemão Heinrich Schliemann no século XIX, e a descoberta da Civilização Minoica em Creta pelo arqueólogo britânico sir Arthur Evans no século XX, ajudaram a esclarecer muitas dúvidas a respeito dos épicos de Homero e outras questões da mitologia, como as crenças em deuses e em heróis. A evidência sobre os mitos e os rituais nos sítios arqueológicos das civilizações micênica e minoica é inteiramente monumental, uma vez que a linear B (método de escrita antigo, encontrado em Creta e na Grécia continental) era usada principalmente para o registro de inventários, embora os nomes de deuses e de heróis tenham sido dificilmente revelados.[7] Schliemann começou seu trabalho em 1870, com o intuito de averiguar se as histórias que ouvia de seu pai quando criança, a respeito dos épicos homéricos, eram verdadeiras; numa madrugada, juntamente com sua esposa, conseguiu encontrar dois diademas de ouro, 4 066 plaquetas, 16 estatuetas, 24 colares de ouro, anéis, agulhas, pérolas (total de 8 700 artefatos) e pesquisas posteriores deixaram certezas de que a mítica cidade de Troia existiu no local há milênios.[43][44][45] Existem desenhos geométricos em cerâmica datados do século VIII a.C. que retratam o Ciclo de Troia, como também as aventuras de Hércules.[7] Por dois motivos, essas representações visuais dos mitos possuem enorme importância: em primeiro lugar, muitos mitos gregos foram comprovados em desenhos de vaso antes do que na literatura escrita – das doze elaborações sobre Hércules, por exemplo, somente a aventura de Cérbero é apresentada pela primeira vez em um texto literári o[46] – e, em segundo lugar, as fontes visuais muitas vezes fornecem cenas míticas que não são apresentadas em quaisquer fontes literárias existentes. Em alguns casos, a primeira representação conhecida de um mito na arte geométrica antecede, em questão de muitos anos e séculos, a sua primeira aparição conhecida na poesia arcaica.[32] Nos períodos arcaico (750 –c. 500 a.C.), clássico (480 –323 a.C.), e helenístico, Homero e várias outras personalidades surgem para completar as evidências literárias da existência da mitologia grega.[32]
História “
Os complexos fenómenos da natureza foram certamente os primeiros a serem explicados de forma fantástica,
sendo aí que nasce verdadeiramente o primeiro conjunto de narrativas míticas organizadas em texto escrito, muito depois de terem circulado de geração em geração até ao tempo de Homero e de Hesíodo. —Carlos Ceia"[18]
”
A origem dos mitos da Grécia não deriva puramente da civilização grega, mas da mistura entre a cultura dos indo-europeus, pré-gregos, e até mesmo dos asiáticos, egípcios e outros povos com as quais os gregos estabeleceram contato.[39] Um dos fatores de evolução da mitologia grega foi a grande transformação que ela experimentou através dos tempos, e tal transformação serviu para enriquecer sua própria cultura .[47] Os primeiros habitantes da península Balcânica, em grande parte agricultores, atribuíam a cada aspecto da natureza um espírito.[47] Finalmente, estes espíritos vagos assumiram a forma humana e entraram na mitologia local como deuses e deusas.[47] Quando as tribos do norte invadiram a península Balcânica, trouxeram consigo um novo panteão de deuses e crenças, voltadas à conquista, à força e à valentia, à batalha e ao heroísmo violento.[48] Outras divindades mais antigas que povoavam a mente dos habitantes agrícolas se fundiram com aquelas dos invasores mais poderosos, ou então desvaneceram-se na insignificância.[48]
Descrição topográfica da península Balcânica
A mais alta montanha da Grécia, o monte Olimpo, em foto de 2005, onde os gregos antigos acreditavam ser a morada dos Doze Deuses.[49]
Após a metade do período arcaico, que possuía mitos sobre as relações entre homens e deuses masculinos, os heróis tornaram-se cada vez mais aclamados, indicando o desenvolvimento paralelo da pederastia pedagógica, que pensa-se ter sido introduzido por volta de 630 a.C. Nos finais do século V a.C., os poetas haviam atribuído pelo menos um eromenos a todos os deuses importantes,
exceto Ares e outras figuras lendárias.[50] Outros mitos anteriormente existentes, como o de Aquiles e o de Pátroclo, foram reinterpretadas como mitologia homossexual .[51] O sentido da poesia épica foi criar ciclos históricos, e resultar num desenvolvimento de senso da cronologia mitológica; assim, a mitologia grega desdobra-se como etapa no desenvolvimento do mundo e do homem.[52] As auto-contradições nas histórias fazem com que seja impossível montar um cronograma absoluto a respeito da mitologia grega, mas podemos elaborar uma cronologia concordável. A história mitológica do mundo pode ser dividida em três ou quatro grandes períodos:
Mito da origem ou da era dos deuses: é a teogonia, o nascimento dos deuses, os mitos sobre a origem do planeta, dos deuses e da raça humana. Era em que os homens e os deuses se mesclam livremente : histórias das primeiras interações entre deuses, semideuses e mortais juntos. Era dos heróis (era heroica): é onde a atividade divina ficou mais limitada. As últimas e maiores lendas heroicas são da Guerra de Troia e suas consequências (consideradas por alguns investigadores como um quarto período separado) .[53]
Embora a era dos deuses tenha sido frequentemente alvo de interesse pelos alunos contemporâneos da mitologia grega, os autores arcaicos e clássicos possuíam clara preferência pela era dos heróis. As heroicas Ilíada e Odisseia, por exemplo, estavam e ainda se encontram atualmente sobre maior destaque que a Teogonia e que os hinos homéricos – e prevaleceram em popularidade e continuidade. Sob a influência de Homero, o culto heroico conduziu uma reestruturação na vida espiritual, expresso na separação entre o reino dos deuses do reino dos mortos (heróis), e dos deuses olímpicos dos ctónicos.[54] Em O Trabalho e Os Dias, Hesíodo monta um esquema de quatro eras dos homens (ou raças): de Ouro, de Prata, de Bronze e de Ferro. Estas raças ou eras são criações separadas dos mitos dos deuses, correspondendo à era dourada ao reino de Cronos e sendo as seguintes raças criações de Zeus. Hesíodo intercalou a era (ou raça) dos heróis pouco depois da Idade do Bronze. A última idade foi a Idade do Ferro. Em Metamorfoses, Ovídio segue o conceito de Hesíodo e apresenta essas quatro idades.[54]
Era dos deuses Cosmogonia e cosmologia Ver artigos principais: Deuses primordiais e Genealogia dos deuses gregos Ἤτοι μὲν πρώτιστα Χάος γένετ'· αὐτὰρ ἔπειτα Γαῖ ' εὐρύστερος, πάντων ἕδος ἀσφαλὲς αἰεὶ . “ Pois bem, no princípio nasceu Caos; depois, Gaia de amplo seio, a eterna base de tudo
”
— Hesíodo, Teogonia , 116-7.[55]
O
Amor
Conquista
Tudo
Representação do deus Eros, pelo pintor do barroco Caravaggio
"Mitos de origem" ou "mitos de criação", na mitologia grega, são termos alusivos à intenção de fazer com que o universo torne-se compreensível e com que a origem do mundo seja explicada .[56] Além de ser o mais famoso, o relato mais coerente e mais bem estruturado sobre o começo das coisas, a Teogonia de Hesíodo também é visto como didático, onde tudo se inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência .[55] Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos primordiais: Eros (atração amorosa), Tártaro (escuridão primeva) e Érebo.[55] Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano, que então a fertilizou. Dessa união entre Gaia e Urano, nasceram primeiramente os titãs: seis homens e seis mulheres (Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto, Teia e Reia, Têmis, Mnemosine, Febe, Tétis e Cronos); e logo os cíclopes de um só olho e os hecatônquiros (ou centimanos). Contudo, Urano, embora tenha gerado estas divindades poderosas, não as permitiu de sair do interior de Gaia e elas permaneceram obedientes ao pai.[57] Somente Cronos, "o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos" ,[58] castrou o seu pai – com uma foice produzida das entranhas da mãe Gaia – e lançou seus genitais no mar, libertando, assim, todos os irmãos presos no interior da mãe. A situação final foi que Urano não procriou novamente, mas o esperma que caiu de seus genitais cortados produziu a deusa Afrodite, saída da espuma da água, ao mesmo tempo que o sangue de sua ferida gerou as ninfas melíades, as erínias e os gigantes, quando atingiu a terra.[57] Sem a interferência do pai, Cronos tornou-se o rei dos titãs com sua irmã e esposa Reia como cônjuge e os outros titãs como sua corte.[57] O pensamento antigo grego considerava a teogonia – que engloba a cosmogonia e a cosmologia, temas desssa subseção – como o protótipo do gênero poético e lhe atribuía poderes quase mágicos. Por exemplo: Orfeu, o poeta e músico da mitologia grega, proclamava e cantava as teogonias com o intuito de acalmar ondas e tormentas –como consta no poema épico Os Argonautas, de Apolónio de
Rodes – e também para acalmar os corações frios dos deuses do mundo inferior , quando descia a Hades. A importância da teogonia encontra-se também no Hino Homérico a Hermes, quando Hermes inventa a lira e a primeira coisa que faz com o instrumento em mãos é cantar o nascimento dos deuses.[59]
Cronos Mutilando Urano por Giorgio Vasari e Gherardi Christofano (século XVI).Palácio Velho, Florença
Contudo, a Teogonia não é somente o único e mais completo tratado da mitologia grega que se conservou até nossos dias, mas também o relato mais completo no que diz respeito a função arcaica dos poetas, com sua larga invocação preliminar das musas. Foi também tema de muitos poemas perdidos, incluindo os atribuídos a Orfeu, Museu, Epimênides, Ábaris e outros profetas legendários, cujos versos costumavam ser usados em rituais privados de purificação e em religião de mistérios. Inclusive, há indícios de que Platão se familiarizou com alguma versão da teogonia órfica .[60] Poucos fragmentos dessas obras sobreviveram em citações de filósofos neoplatonistas e em fragmentos recentemente desenterrados, escritos em papiro. Um desses documentos, o papiro de Derveni, demonstra atualmente que pelo menos no século V a.C. existiu um poema teogônico-cosmogônico de Orfeu. Este poema tentou superar a Teogonia de Hesíodo e a genealogia dos deuses se ampliou com o surgimento de Nix (a Noite), marcando um começo definitivo que havia surgido antes dos seres Urano, Cronos e Zeus.[61][62]
Deuses gregos Ver artigos principais: Deuses olímpicos e Monte Olimpo ἐμοὶ δὲ θαυμάσαι θεῶν τελεσάντων οὐδέν ποτε φαίνεται ἔμμεν ἄπιστον. “ Para mim, quando os deuses realizam maravilhas, nada parece inacreditável.
”
— Píndaro, Pi, P. 10.48-50.[63]
Os Doze Deuses Gregos (Zeus no trono), por Nicolas-André Monsiau (1754- 1837), finais do século XVIII
Quando Cronos tomou o lugar de Urano, tornou-se tão perverso quanto o pai. Com sua irmã Reia, procriou os primeiros deuses olímpicos (Héstia, Deméter , Hera, Hades, Posidão e Zeus), mas logo os devorou enquanto nasciam, pelo medo de que um deles o destronasse. Mas Zeus, o filho mais novo, com a ajuda da mãe, conseguiu escapar do destino. A mãe, pegou uma pedra, enrolou-a em um tecido e deu a Cronos, que comeu-a, pensando que fosse Zeus. O filho travou uma guerra contra seu progenitor, cujo vencedor ganharia o trono dos deuses .[57] Ao final, com a força dos cíclopes – a quem libertou do Tártaro – Zeus venceu e condenou Cronos e os outros titãs na prisão do Tártaro, depois de obrigar o pai a vomitar seus irmãos.[57] Para a mitologia clássica, depois dessa destituição dos titãs, um novo panteão de deuses e deusas surgiu. Entre os principais deuses gregos estavam os olímpicos, cuja limitação de seu número para doze parece ter sido ideia moderna e não antiga ,[64]que residiam no Olimpo abaixo dos olhos de Zeus. Nesta fase, os olímpicos não eram os únicos deuses que os gregos adoravam: existiam uma variedade de divindades rupestres, como o deus-bode Pã, o deus da natureza e florestas, as ninfas — náiades (que moravam nas nascentes), dríades (espíritos das árvores) e as nereidas (que habitavam o mar) —, deuses de rios, sátiros, meio homem, meio bode, e outras divindades que residiam em florestas, bosques e mares. Além dessas criaturas, existiam no imaginário grego seres como as erínias (ou fúrias) (que habitavam o submundo), cuja função era perseguir os culpados de homicídio, má conduta familiar, heresia ou perjúrio.[65]
Olimpo de Giovanni Battista Tiepolo, século XVIII,Museu do Prado
Para honrar o antigo panteão grego, compôs-se os famosos hinos homéricos (conjunto de 33 canções).[36] Alguns estudiosos, como Gregory Nagy, consideram que os hinos homéricos são simples prelúdios, se comparado com a Teogonia, onde cada hino invoca um deus.[66] No entanto, os deuses gregos, embora poderosos e dignos de homenagens como as presentes nestes hinos, eram essencialmente humanos (praticavam violência, possuíam ciúme, coléra, ódio e inveja, tinham grandezas e fraquezas humanas), embora fossem donos de corpos físicos ideais .[67] De acordo com o estudioso Walter Burkert, a definição para essa característica do antropomorfismo grego é que "os deuses da Grécia são pessoas, e não abstrações, ideias ou conceitos".[68] Independentemente de suas formas humanas, os deuses gregos tinham muitas habilidades fantásticas, sendo as mais importantes: ter a condição de ser imune a doenças, feridas e ao tempo; ter a capacidade de se tornar invisível; viajar longas distâncias instantaneamente e falar através de seres humanos sem estes saberem. Os gregos consideravam a imortalidade — que era assegurada pela alimentação constante de ambrosia e pela ingestão de néctar — como a característica distintiva dos deuses.[67][69] Cada deus descende de uma genealogia própria, prossegue interesses próprios, tem certa área de especialização, e é regido por uma personalidade singular; no entanto, essas descrições surgem a partir da infinidade de locais arcaicos variantes que não coincidem sempre com elas. Quando esses deuses eram aludidos na poesia, na oração ou em cultos, essas práticas eram realizadas mediante combinação de seus nomes e epítetos que os identificavam por essas distinções do resto de suas próprias manifestações (e.x. Apolo Musageta era "Apolo, [como] chefe das musas").[70] A maioria dos deuses foram associados a aspectos específicos de suas vidas: Afrodite, por exemplo, era deusa do amor e da beleza, Aresera deus da guerra, Hades o deus da morte e do inferno, e Atena a deusa da sabedoria, guerra e da coragem.[70] Certos deuses, como Apolo (deus do sol) e Dioníso (deus da festa e do vinho), apresentam personalidades complexas e mais de uma função, enquanto outros, como Héstia e Hélio, revelam pequenas personificações. Os templos gregos mais impressionantes tendiam a estar dedicados a um número limitado de deuses, que foram o centro de grandes cultos panhelênicos.[70] De maneira interessante, muitas regiões dedicavam seus cultos a deuses menos conhecidos e muitas cidades também honravam os deuses mais conhecidos com ritos locais característicos e lhes associavam mitos desconhecidos em outros lugares.[70] Durante a era heroica — que ver-se-á na próxima sub-seção — o culto dos heróis (ou semideuses) complementou a dos deuses e ambas as criaturas se fundiram no imaginário da Grécia.[70]
Era dos deuses e dos mortais Ver artigo principal: Eras do homem
Afrodite e Anquises, por Annibale Carracci: o relacionamento entre a deusa da beleza e um homem mortal demonstra como ficou frequente as relações entre deuses e humanos no imaginário grego
O
Casamento
de Peleu e Tétis
Hans Rottenhammer , 1600, Museu Hermitage
Unindo a idade em que os deuses viviam sós e a idade em que a interferência divina nos assuntos humanos era limitada, havia uma era de transição em que os deuses e os homens (mortais) se misturaram livremente. Estes foram os primeiros dias do mundo, quando os grupos se misturavam com mais liberdade do que fizeram depois. A maior parte das crenças dessas histórias foram reveladas posteriormente na obra Metamorfoses de Ovídio, e frequentemente são divididas em dois grupos temáticos: histórias de amor e histórias de castigo .[71] Ambas histórias tratam do envolvimento dos deuses com os humanos, seja de uma forma ou de outra:
Os contos de amor muitas vezes envolvem incesto, sedução ou violação de uma mulher mortal por parte de um deus, resultando em descendência histórica. Essas histórias sugerem geralmente que as relações entre deuses e mortais precisam ser evitadas, sendo que raramente esses envolvimentos possuem finais felizes.[72] Em poucos casos, uma divindade feminina procura um homem mortal e vive com ele, como no Hino Homérico a Afrodite, onde a deusa se relaciona com o príncipe Anquises e acaba concebendo o chefe troiano Eneias.[73] Os contos de castigo envolvem a apropriação ou invenção de algum artefato cultural importante, como quando Prometeu roubou o fogo dos deuses e quando ele ou Licaão inventou o sacrifício, quando Tântalo roubou o néctar e a ambrósia da mesa de Zeus e de seus súditos, revelando-lhes o segredo dos deuses, ou quando Deméter ensinou agricultura e os Mistérios de Elêusis a Triptólemo, ou quando Mársiasinventou os aulos e, com ela, ingressou num concurso musical ao lado de Apolo. As aventuras de Prometeu marcam um ponto entre a história dos deuses e a dos homens.[74] Um fragmento de papiro anônimo, datado do século III a.C., retrata vividamente o castigo que Dionísio aplicou a Licurgo, rei de Trácia, cujo reconhecimento de novos deuses chegou demasiado tarde, ocasionando horríveis penalidades que se estenderam por toda vida.[75] A história da chegada de Dionísio para estabelecer seu culto em Trácia foi também o tema de uma trilogia de peças dramáticas do poeta antigo Ésquilo: como em As Bacantes, onde o rei
de Tebas, Penteu, é castigo por Dionísio por ter sido desrespeitoso com as ménades, suas adoradoras.[76][77] Ainda no assunto de relação entre deuses e mortais, há um conto antigo baseado em tema folclórico,[78] onde Deméter está procurando por sua filha Perséfone depois de ter tomado a forma de uma anciã chamada Doso e recebido hospitalidade de Celeu, o rei de Elêusis em Ática. Por causa de sua hospitalidade, Deméter planejou fazer imortal seu filho Demofonte como ato de agradecimento, mas não pôde completar o ritual porque a mãe de Demofonte, Metanira, entrou e viu seu filho rodeado de fogo, visão essa que lhe provocou, instantaneamente, um grito agudo, que enfureceu Deméter, cuja lamentação veio depois, ao refletir o fato de que os "estúpidos mortais não entendem práticas divinas".[79]
Era heroica “
O fato de entre os homens e os deuses existir ainda uma terceira classe especial de heróis, que são denominados também "semideuses", é particularidade da mitologia e da religião gregas para a qual quase não existem paralelos.
”
— Walter Burkert, 1993.[80]
A idade em que os heróis viveram na mitologia grega é conhecida como era (ou idade) heroica .[81] A era heroica surgiu no Período Arcaico, quando os gregos imaginavam "heróis" (gr . ἥρωες; sg. ἥρως) como certos personagens de lendas épicas. Embora sujeitos à mortalidade, os heróis/semideuses se diferenciavam dos humanos pelo fato de serem capazes de façanhas impossíveis, talvez pelo f ato de serem frutos da relação entre um mortal e um deus.[80] Após a ascensão do culto heroico, os deuses e os heróis constituíram a esfera sagrada e são invocados juntos nos juramentos e nas orações que são dirigidas a eles.[82] Em contraste com a era dos deuses, durante a heroica a lista de heróis nunca é fixa e definitiva ; já não nascem grandes deuses, mas sempre podem surgir novos heróis do exército dos mortos. Outra importante diferença entre o culto dos deuses e o dos heróis é que o segundo dos dois se torna o centro da identidade do grupo local .[83] Os eventos monumentais de Hércules são considerados o começo da era dos heróis. Também se anexam a eles três grandes sucessos militares: a expedição argonáutica e a Guerra de Troia, como também a Guerra de Tebas.[84]
Hércules e os heráclidas Ver artigos principais: Hércules e Invasões dóricas
Hércules golpeando Geras , filhoHércules
de Nix e da velhice. Figura
personificaçãocom coroa em
de
cerâmicalouros,
vermelha da Ática, ca. 480-470 a.C.
vestindo pele
de
leão e segurando um arco. Cerâmica grega antiga, 460 450 a.C. –
Certos estudiosos acreditam que, por de trás das complexas histórias que envolvem o mito de Hércules (ou Herácles), existiu um homem verdadeiro, talvez um senhor de vassalos em Argos.[85] Outros sugerem que o mito de Hércules é uma alegoria da passagem anual do sol pelas doze constelações do zodíaco.[85] Existe um terceiro grupo que acredita que o mito deriva de outras culturas, revelando que a história de Hércules é uma adaptação regional de mitos heroicos já estabelecidos anteriormente. Embora a existência de todas essas e muitas outras especulações, a tradição afirma que Hércules foi filho de Zeus com a mortal Alcmena, neta de Perseu.[86] Suas fantásticas façanhas, que envolvem diversos temas folclóricos, proporcionaram muito material às lendas populares. É retratado como um sacrificador, guerreiro dotado de imenso vigor físico, com força e proezas maravilhosas, protegido por armaduras e itens das quais utilizava com destreza, demonstrando superioridade às habilidades do homem mortal comum .[86]Quanto à iconografia, nas artes visuais — pelo menos no período arcaico — Hércules sempre fora apresentado com barba, pele de leão e clava nas mãos, com grandes músculos expostos nas pernas e nos braços.[87] Já no século IV, a popularidade do herói decresceu e, talvez um pouco por isso, suas características humanas foram reforçadas mais do que as heroicas, e passou a ser representado sem barba e frequentemente sem armas de combate.[86] Na literatura, Eurípedes escreveu a peça trágica Hércules (ou Hércules Enlouquecido, Hércules Furioso), onde explora o mito do herói, revelando sua conturbada existência, e sua vontade de cometer suicídio, mas que logo é encorajado a viver pelo amigo e rei de Atenas, Teseu.[88] Na peça As Traquinianas, Hércules aparece aqui através da escrita de Sófocles.[89] Esses dois textos da Grécia Antiga, resguardados até os dias atuais, nos conferiram detalhes preciosos acerca dos mitos sobre o herói mais popular e interessante da mitologia grega.[86]
Hércules, escultura de artistaHércules desconhecido. Arte romana datada
doséculo
e
bebê Télefo . IIheráclidas
seu
Os eram
a.C., Museus Capitolinos, Roma. descendentes
os de
Hércules. Museu do Louvre
Hércules atingiu o mais alto prestígio social através de sua nomeação como ancestral oficial dos reis dóricos. Isto serviu provavelmente como legitimação para as invasões dóricas no Peloponeso. Um exemplo disto é o herói mitológico Hilo, epônimo de uma tribo dórica, que se converteu em "heráclida" (nome que recebiam os numerosos descendentes de Hércules ,[90] especialmente os descendentes de Hilo — outros heráclidas existentes são Macária, Lamos, Manto, Tlepólemo e Télefo). Estes heráclidas conquistaram os reinos peloponésios de Micenas, Esparta e Argos, alegando, segundo o mito, o direito de governá-los devido à sua ascendência. A ascensão dos heráclidas é muitas vezes denominada "Invasão Dórica" (ver artigo). Um fato interessante é que os reis lídios e, posteriormente, os reis macedônios — como governantes do mesmo reino — também passaram a ser heráclidas.[91] Embora Hércules tenha morrido, como é destino de todo mortal, por conta de seu lado humano (derivado da mãe Alcmena), alguns gregos — especialmente Píndaro, que o chamava de "herói-deus"[92] — acreditavam que, por conta de seu lado divino (advindo da descendência de Zeus), ele subiu ao Olimpo e tornou-se um deus .[86] Sua figura lendária, portanto, permeou durante algum tempo uma simbologia voltada à terra, aos heróis, ao homem mortal, mas também ao céu, aos deuses, ao divino, ao perfeito, ao ideal .[86]Essa figura mista que Hércules apresenta, em que o lado mortal e o lado divino se confundem, era muito reforçada em diversos cultos e sacrifícios realizados em Creta, onde os gregos ofereciam-lhe sacrifícios duplos, primeiramente como herói e, somente depois, como um ser divino.[93] Além das façanhas heroicas de Hércules, outros membros dessa primeira geração de heróis, como Perseu, Teseu, Deucalião e Belerofonte, realizaram feitos muito semelhantes a ele, sempre realizando-os solitariamente, sem nenhuma outra ajuda, o que aconteceu quando enfrentaram monstros como Quimera e Medusa em mitos que beiram a contos de fadas (esses combates solitários só apresentam ainda mais a capacidade sobre-humana dessas personagens). Enviar um herói a uma morte presumida é tema frequente nesta primeira tradição heroica, como acontece nas lendas de Perseu e de Belerofonte.[94]
Argonautas
cerâmicaática,, 460 –450 a.C., Louvre Captura dos Argonautas dos Argonautas,, cerâmicaática
Argonáutica,, de Único épico helenístico conservado até os dias atuais, Argonáutica de Apolônio de Rodes Rodes,, narra o mito da jornada de Jasão e os Argonautas os Argonautas para recuperarem o Velo de Ouro da mítica terra de Cólquida Cólquida.. Argonáutica,, Jasão é impelido à sua busca pelo rei Pélias Em Argonáutica Em Pélias,, que havia recebido uma profecia onde um homem de sandálias se tornaria seu nêmesis nêmesis.. Jasão perde uma sandália em um rio da região, chegando na corte de Pélias e iniciando, assim, a epopeia. Quase todos os membros da seguinte geração de heróis, assim como Hércules, partiram com Jasão ao Argo para buscar o velo de ouro. Essa geração de heróis também inclui: o mito de Teseu, que partiu à Creta para enfrentar o Minotauro Minotauro;; Atalanta Atalanta,, a heroína feminina, Meleagro, Meleagro, que por sua vez tinha um ciclo épico que rivalizava Ilíada e Odisseia,, Idas, que lutou contra Apolo com a Ilíada e a Odisseia contra Apolo por Marpessa, os filhos de Boreas: Zeto e Calais, que desempenharam importante papel na ilha de Fineu e na luta contra os Cinocéfalos, Laerte, pai de Ulisses e também Peleu, pai de Aquiles de Aquiles..[95] Píndaro, Apolônio e Apolodoro se esforçaram em dar listas detalhada detalhadass sobre os Argonautas. Argonautas .[96] Embora Apolônio tenha escrito seu poema no século III a.C., a.C., a composição da história dos argonautas é anterior Odisseia,, que demonstra familiaridades com os enredos de Jasão .[97][98] Em épocas antigas, a à Odisseia expedição mítica era considerada como fato histórico, um incidente na abertura do mar Negro ao comércio e à colonização grega. grega .[97] Também tornou-se muito popular, cuja função vai desde a criação de novas lendas locais à inspiração de diversas tragédias gregas .[98]
Casa de Atreu e Ciclo Tebano Ver artigo principal: Sete Contra Tebas
por Maxfield Maxfield Parrish, Parrish, 1908 Cadmo Semeando Dentes do Dragão, Dragão, por
Entre o Argo (capítulo anterior) e a Guerra de Troia (capítulo seguinte), houve uma geração conhecida por seus crimes. Isto inclui os feitos de Atreu de Atreu e Tiestes em Argos. Atrás do mito da casa de Atreu (uma das principais dinastias heroicas juntamente juntamente com a Casa de Lábdaco Lábdaco)), está o problema da devolução do poder e a forma de ascensão do trono. Os gêmeos Atreu e Tiéstes com seus descendentes desempenharam o papel de protagonistas na tragédia acerca da devolução de poder em Micenas .[99] O Ciclo Tebano trata dos sucessos associados especialmente a Cadmo Cadmo,, o fundador da cidade de Tebas, e, posteriormente, com os feitos de Laio e Édipo na mesma região; uma série de histórias que levaram ao saqueio final da cidade a mando dos Epígonis e d'Os Sete Contra Tebas (não se sabe se estes figuraram no épico original). original) .[100] Acerca de Édipo, os antigos relatos épicos têm seguido um padrão diferente (no qual ele continuou governando Tebas depois da revelação de que Jocasta era sua mãe e também posteriormente ao seu casamento com uma mulher que se converteu em mãe de seus filhos) do que conhecemos graças às tragédias — especialmente a mais famosa do assunto, Édipo Rei , de Sófocles — e aos relatos mitológicos mitológicos posteriores a este texto antigo. antigo .[101]
Guerra de Troia e consequências Ver artigos principais: Guerra de Troia e Ciclo Épico
Em A Em A Fúria de Aquiles, Aquiles, de Tiepolo Tiepolo((1757, afresco, Villa Valmarana, Valmarana, Vicenza Vicenza)), Aquiles está enfurecido pela ameaça de Agamenão de Agamenão tirar seu despojo da guerra, Briseis Briseis,, e desembainha sua espada para acertá-lo. A súbita aparição de Minerva Minerva,, que no afresco segura os cabelos de Aquiles, evita o assassinato
A mitologia grega culmina na Guerra de Troia, Troia, a famosa luta entre os gregos e os troianos troianos,, incluindo suas causas e consequências. Nos trabalhos homéricos, as principais histórias já haviam tomado forma e substância, e os temas individuais foram elaborados mais tarde, especialmente dentro dos enredos dos dramas gregos. A Guerra de Troia adquiriu também grande interesse para a cultura romana por conta das histórias de Eneias Eneias,, herói troiano, cuja jornada a Troia levou a fundação da cidade que um dia se converteria em Roma e é recontada por Virgílio em Eneida (cujo Livro II contém o relato mais famoso do saqueio de Troia). Troia) .[102][103] O Ciclo da Guerra de Troia, Troia , coleção de poemas épicos, épicos , começa com os sucessos que levaram a guerra: Éris e a maçã de ouro, o julgamento de Páris Páris,, o rapto de Helena Helena,, e o sacrifício de Ifigénia em Áulis. Para resgatar Helena, os gregos organiz organizaram aram grande expedição abaixo do mando do irmão Ilíada,, de Menelau Menelau,, Agamenão, rei de Argos ou de Micenas, mas os troianos não quiseram libertá-la. A Ilíada que se desenrola no décimo ano da guerra, narra em uma de suas páginas o combate entre Agamenão com Aquiles, que era até então o melhor guerreiro da Grécia, e também narra as consequências da morte de Pátroclo (amigo de Aquiles) e de Heitor , filho mais velho de Príamo Príamo.. Antes da morte, se [103] uniram aos troianos dois exóticos aliados: Pentesileia e Memnon Memnon.. Aquiles matou ambos, até Páris atingir seu calcanhar mortalmente com uma flecha (daí a Aquiles ; para mais informaçõe expressão Calcanhar de Aquiles; informações, s, veja o artigo do guerreiro). guerreiro) .[103] Antes de tomar tomar Troia, os gregos tiveram que roubar da cidadela a imagem de madeira de Palas Atenas. Finalmente,
com a ajuda de Atenas, eles construíram o Cavalo de Troia. Troia . Apesar das advertências de Cassandra (filha de Príamo), os gregos foram convencidos por Sinon — grego que, fingindo sua argumentação, conseguiu levar o gigantesco cavalo para dentro das muralhas de Atenas. O sacerdote Laocoonte tentou destruir o cavalo, mas acabou sendo impedido por serpentes marinhas que, com suas forças, o mataram. Ao anoitecer, a frota grega regressou e os guerreiros do cavalo abriram as portas da cidade. cidade .[103] O Ciclo Troiano proporcionou uma variedade de temas e se converteu em fonte principal de inspiração para os antigos artistas gregos (por exemplo, as métopas de Partenon representando o saqueio de Troia). Essa preferência artística pelos temas procedentes do ciclo troiano nos indica sua importância para a antiga civilização grega. grega .[102] O mesmo ciclo mitológico, posteriormente, também inspirou uma série de obras literárias da Europa. Os escritores europeus medievais troianos, desconhecedores da obra de Homero, encontraram na lenda de Troia rica fonte de histórias heroicas e românticas e um marco que encorajou seus próprios ideais cortesãos e cavalarescos. Alguns autores do século XII, Troia ) e José Iscano (em seu De bello troiano), troiano ), como Benoît de Sainte-Maure (em seu Poema de Troia) Dictis e Dares,, descrevem a guerra simplesmente reescrevendo a versão padrão que encontraram em Dictis e Dares seguindo o conselho de Horácio e o exemplo de Virgílio Virgílio:: reescrever um poema de Troia com veracidade, em lugar de contar algo completamente novo .[104]
Declínio
Concepção de um trirreme da Grécia Antiga: as explorações marítimas dos gregos, uma das primeiras do homem antigo, contribuíram para a decadência do mito
A mitologia estava no coração da vida quotidiana quotidiana na Grécia Antiga. Antiga .[105] Os gregos consideravam toda a gama de enredos e personagens que hoje denominamos "mitologia grega" parte de sua história. Usavam o mito para explicar fenômenos naturais, variações de cultura, inimizades e amizades. Além disso, a mitologia serviu como fonte de orgulho para se traçar ascendência de grandes grandes líderes e heróis mitológicos ou até mesmo deuses. Poucos eram os gregos que não criam nos relatos acerca da Guerra Odisseia.. De acordo com estudiosos como Victor Davis Hanson e John Heath, de Troia, Troia, da Ilíada e da Odisseia Heath, o conhecimento profundo da obra homérica era considerada pelos gregos a base de sua aculturação. Homero era a "educação da Grécia" (Ἑλλάδος παίδευσις) e sua poesia, "O Livro" .[106] Nas seções a seguir, ver-se-á como gregos e romanos começaram a dar novas interpretações acerca das coisas, e como começaram a desacreditar dos poetas e dos dramaturgos. A figura do poeta era, sobretudo nos primeiros anos da era alfabetizada, a autoridade máxima, embora já nos tempos clássicos a sua posição tivesse mudado: mudado :[106] Não acredito que os deuses se induljam em relações profanas; e para pôr vínculos nas mãos, eu nunca pensei ser digno de crença, nem serei agora tão persuadido, não mais acreditarei que um só deus seja dono e senhor de outro. Para a divindade, se realmente ela é uma divindade, não há desejos; isso não passa de miseráveis contos escritos por poetas.((Hércules para Teseu poetas. Teseu.. Eurípides Eurípides,, Héracles 1340) 1340)..[106] Embora o primeiro exemplo acima tenha sido dito pelo personagem sobre-humano Hércules, ao tentar aprofundar sua compreensão sobre os mitos gregos o próprio cidadão da Grécia antiga encontrou certas limitações e contradições nessas histórias, o que desencadeou em uma série de processos filosóficos. A filosofia surge justamente para compreender a verdade, mas de forma diferente. Para a intelectual brasileira Marilena Chaui, Chaui ,[107] uma dessas contradições foi o fato de que os gregos começaram a realizar certas viagens marítimas e explorar algumas regiões das quais acreditavam serem habitadas por deuses, sendo que, quando a visitaram, puderam constatar que era povoada por outros seres humanos .[107]
Outros estudiosos acreditam que os gregos, ao inventarem o calendário calendário,, conseguiram calcular o tempo como forma de prever e entender os estados térmicos e também o Sol Sol,, a chuva e outros fatores climáticos (vistos, anteriormente, como feitos divinos e incompreensíveis) e, assim, proporcionaram grande mudança na crença dos mitos .[21] De forma semelhante, a invenção da moeda como forma de trocas abstratas e a escrita alfabética como forma de materialização de textos outrora propagados somente pela oratória oratória,, além da invenção da política para a exposição das opiniões sociais, seriam marcos da sociedade grega que, com o início dessa vida urbana e um tanto mais moderna, começaram a tecer bases para o artesanato artesanato,, o comércio e outras criações que desprezariam o estatuto absoluto dos mitos .[21] Com essas mudanças, o homem veria em si mesmo a necessidade de entendê-las e de desenvolvê-las, no que se criou a filosofia para suprir tal incompreensão .[21] Pierre Grimalccompartilha dessa ideia ao escrever: Grimal O mito se opõe ao logos como a fantasia à razão, como a palavra que narra à palavra que logos como demonstra. Logos e mito são as duas metades da d a linguagem, duas funções igualmente i gualmente fundamentais da vida do espírito. O logos sendo uma argumentação, pretende convencer. logos é O logos é verdadeiro, no caso de ser justo e conforme à 'lógica'; é falso quando dissimula alguma burla secreta ( sofisma sofisma ) ).. Mas o mito tem por finalidade apenas a si mesmo. Acredita-se ou não nele, conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso pareça 'belo' ou verossímil, ou simplesmente porque porque se quer acreditar. O mito, assim, atrai em torno de si toda a parcela do irracional existente no pensamento humano; por sua própria natureza, é aparentado à arte, em todas as suas criações criações..[108]
O
Triunfo
da
Civilização
Pintura por Jacques Réattu, 1793
Há boa parcela de estudiosos modernos que crê, portanto, que as habilidades poderosas de mudança saíram das mãos dos deuses imaginários e foram assumidas pelos homens antigos (e se estendem até nossos dias atuais, onde, por exemplo, acreditamos que uma administração política adequada — realizada e levada em frente pelos homens e não pelos deuses — pode resultar numa influência positiva nas sociedades, assim como uma administração inadequada resulta em influências negativas) .[21] Outros pensadores também atribuem à vinda do cristianismo o declínio do mito grego. Antonio Salatino escreveu: O cristianismo também representou o fim da mitologia, um processo que conduziu ao desenvolvimento do pensamento racional, favorecendo assim o desenvolvimento da ciência. Por seu turno, as conquistas científicas dos séculos XVII e XVIII reforçaram a confiança na superioridade do ser humano e fortaleceram o suposto direito do homem, baseado em fundamentos fundamen tos religiosos, de domínio sobre a natureza. A sobrevalorização dos conhecimentos derivados da ciência e do mundo civilizado e a negação dos valores dos povos selvagens conquistados levaram à extinção das tradições e línguas de muitas nações nativas. nativas .[109] A astrologia astrologia,, que, após a morte de Alexandre de Alexandre,, o Grande Grande,, foi introduzida pela Mesopotâmia e pelo Antigo pelo Antigo Egito no mundo grego, chegou a um período de ouro na Roma imperial e contribuiu para a preservação dos mitos durante a Idade Média..[110] Contudo, na própria Grécia clássica, o surgimento e a popularidade do Média racionalismo e da filosofia criaram até mesmo um debate entre a ideia de que os corpos celestes eram mesmo divindades em oposição oposiçã o à ideia de que eram meras pedras vagando pelo céu:
A posição no presente é, como eu já disse, exatamente o oposto daquilo que foi quando aqueles que examinavam esses objetos os consideravam sem alma. Entretanto, mesmo então constituíam objetos de admiração, e a convicção que é agora realmente sustentada já era motivo de suspeita de todos que os estudavam acuradamente, a saber, que se fossem sem alma, e por conseguinte destituídos de intelecto, jamais obedeceriam a cálculos de precisão tão maravilhosos. E até naquela época havia quem ousava arriscar-se a afirmar que a razão é a ordenadora de tudo que está no céu. Mas os mesmos pensadores, num equívoco quanto à natureza da alma e concebendo-a como posterior e não anterior ao corpo, transtornaram, por assim dizer, todo o universo e, acima de tudo, eles próprios. (Platão. Leis 967b et seq.).
Concepções greco-romanas Filosofia e mito A filosofia nasce através do mito, mas a ele acaba se opondo.[111] Ela surge no início do século VI a.C. em Mileto, e estudiosos escrevem que vários fatores favoreceram este nascimento: "efervescência comercial, prosperidade material, contato com outras culturas avançadas, sistema de governo democrático e, finalmente, cidadãos com tempo livre para o estudo e a reflexão."[112] De fato, ao passo que a filosofia nascia, a preocupação de seus primeiros homens (Tales, Anaximandro e Anaxímenes, os filósofos pré-socráticos), além daquelas de ordem astronômica, era descobrir ou meramente indagar qual seria o elemento primordial do universo e da natureza, aquele que deu origem ao mundo —célebre exemplo de quanto as concepções cosmológicas da mitologia grega estavam sendo postas de lado para serem substituídas por novos estudos acerca do assunto, dessa vez racionais.[112] Nos finais do século V a.C., depois do auge da filosofia, da oratória, e da prosa, o destino e a veracidade dos mitos se tornaram incertos e as genealogias mitológicas deram lugar a uma nova concepção da origem das coisas, sendo que essa concepção tinha como prioridade a exclusão do supernatural (isto se mostra claro nas histórias tacidianas).[113] Enquanto os poetas e dramaturgos elaboravam os mitos, os historiadores e os filósofos por vezes desprezavam-os e criticavam-os.[114]
O Platão de Rafael em A Escola de Atenas (provavelmente à semelhança de Leonardo da Vinci). O filósofo expulsou o estudo de Homero, das tragédias e das tradições relacionados aos mitos gregos de sua utópica A República
Certos filósofos radicais, como Xenófanes, começaram no século VI a.C. a rotular os textos dos poetas como blasfêmias. Queixava-se de que Homero e Hesíodo atribuíam aos deuses "tudo o que é vergonhoso e escandaloso entre os homens, pois os deuses roubam, matam, cometem adultério, e enganam uns aos outros" .[115] Essa linha de pensamento encontrou sua expressão mais dramática em A República(acerca da justiça, do universo e dos diversos tipos de governo) e em Leis (que trata da lei divina e natural, da educação e da relação entre filosofia, política e religião) de Platão. Platão criou os seus próprios mitos alegóricos (como o mito da caverna e o mito de Er em A República), atacando os contos tradicionais dos trucos, e tratando os furtos e os adultérios como imorais, opondo-se ao papel central que
vinham tomando na literatura grega. A crítica de Platão - que rotulava os mitos de "palavrões antigos" -[116] foi o primeiro exercício e desafio sério à tradição mitológica homérica.[117] Aristóteles, por sua vez, criticou o enfoque filosófico pré-socrático quasemitológico e destacou que "Hesíodo e os escritores teológicos estavam preocupados unicamente com o que lhes parecia plausível e não tinham respeito pelos outros [...] Mas não merece a pena tomar a sério os escritores que alardeiam o estilo mitológico; aqueles que procedem a demonstrar suas afirmações devem ser re-examinados" .[113] Mesmo no início do Império Romano, o livro Metamorfoses, do romano Ovídio, possui nos finais do poema um pseudo-discurso do filósofo e matemático grego Pitágoras que, reivindicando a vida após a morte, o vegetarianismo e a esperança, diz Porque temeis o Estige, as trevas e os nomes inexistentes, matéria para poetas [...] ,[118] embora o discurso de Pitágoras escrito por Ovídio seja permeado por alusões a criaturas e deuses romanos como Juno, Lúcifer , Palante, Febo, Tíndaro, entre outros.[119] As explicações filosóficas gregas que pretendiam revisar as mitológicas criaram consequências drásticas para os seus autores: Anaxágoras, por exemplo, partiu para um auto-exílio fora de Atenas por duvidar que a lua fosse uma deusa (explicação mitológica) e afirmar que, pelo contrário, vislumbrava em sua superfície mares e montanhas.[111] Aristóteles, que não aceitava a explicação de que o titã Atlas carregava a terra e o céu nas costas (afirmação que rotulou de "ignorância e superstição do povo grego"),[120] exilou-se por temer que terminasse como Sócrates, que obteve acusação de impiedade e morreu.[111] Sócrates foi condenado com 71 anos, acusado, entre outras coisas, de ateísmo e de corromper os jovens gregos com seus ensinamentos .[121] Meleto, poeta e um de seus acusadores, havia argumentado que "[...]Sócrates é culpado do crime de não reconhecer os deuses reconhecidos pelo Estado e de introduzir divindades novas; ele é ainda culpado de corromper a juventude. Castigo pedido: a morte" .[122] Sócrates, após ficar preso a ferros durante 30 dias, morreu num método de auto-envenenamento da prisão da época,[123] ingerindo cicuta mas, antes de falecer, segundo Platão, incutiu uma dúvida em seus acusadores: "E agora chegou a hora de nós irmos, eu para morrer, vós para viver; quem de nós fica com a melhor parte ninguém sabe, exceto o Deus. "[121] Tais perseguições se estenderam épocas depois, atingindo seu auge na Idade média (onde o cristianismo substituiu a filosofia) e declinando durante o Renascimento e principalmente no iluminismo (onde a filosofia grega começava a ser retomada e revisada).[111] Todavia, Platão não cuidou de separar si mesmo e sua sociedade da influência dos mitos: os estudiosos notam que sua própria caracterização de Sócrates baseia-se nos patronos tradicionais trágicos e homéricos, usados pelo filósofo para louvar o curso de vida e morte do seu mestre.[117] Em Apologia de Sócrates, Platão prescreve o discurso dado supostamente por Sócrates em seu julgamento: “
Mas talvez pudesse alguém dizer: "Não te envergonhas, Sócrates, de te aplicardes a tais ocupações, pelas quais agora está arriscado a morrer?" A isso, porei justo raciocínio, e é o seguinte: "não estás falando bem, meu caro, se acreditas que um homem, de qualquer utilidade, por menor que seja, deve fazer caso dos riscos de viver ou morrer, e, ao contrário, só deve considerar uma coisa: quando fizer o que quer que seja, deve considerar se faz coisa justa ou injusta, se está agindo como homem virtuoso ou desonesto. Porquanto, segundo a tua opinião, seriam desprezíveis todos aqueles semideuses que morreram em Troia. E, com eles, o filho de Tétis, o qual, para não sobreviver à vergonha, desprezou de tal modo o
”
perigo que, desejoso de matar Heitor , não deu ouvido à predição de sua mãe, que era uma deusa, e a qual lhe deve ter dito mais ou menos isto: Filho, se vingares a morte de teu amigo Pátroclo e matares Heitor, tu mesmo morrerás, porque, imediatamente depois de Heitor, o teu destino estará terminado. (Hom. Il. 18.96)
[...][124]
Victor Davis Hanson e John Heath estimam que a rejeição de Platão acerca da tradição homérica não obteve boa recepção pela base da civilização grega .[117] Nesta etapa, os mitos mais antigos se mantiveram em cultos locais e seguiram influenciando a poesia e constituindo o tema principal da pintura da Grécia antiga e da escultura da Grécia antiga.[113] No teatro, de forma mais esportiva, Eurípedes elaborava intertextualidades com as antigas tradições e, embora suas personagens zombassem dos mitos tradicionais e duvidassem de boa parte deles, o foco dessas peças são completamente voltados aos mitos. A obra deste dramaturgo impugna principalmente os mitos sobre os deuses e inicia sua crítica à mitologia com um argumento similiar ao previamente expresso por Xenófanes: "os deuses, como são tradicionalmente representados, são grosseiramente antropomórficos".[115]
Racionalismo helenístico e romano No helenismo, a mitologia adquire o prestígio do conhecimento da elite que encontrava nos feitos de seus possessores algo pertencente a determinada classe. Ao mesmo tempo, o giro cético da idade clássica tornou-se ainda mais defendida e pronunciada .[125] O mitógrafo grego Evêmero, por exemplo, estabeleceu uma tradição cuja prioridade era buscar base histórica real para seres e eventos míticos.[126] Embora sua obra original (Sagradas Escrituras) esteja perdida, muito do que ele escreveu sobre o assunto foi preservado por Diodoro Sículo e Lactâncio.[127]
Cícero via-se como o defensor da ordem estabelecida, apesar de seu ceticismo em relação aos mitos e sua inclinação de fazer concepções mais filosóficas sobre as divindades
O racionalismo hermenêutico (relativo a Hermes) acerca do mito tornou-se ainda mais popular sob o Império Romano, graças às teorias fisicalistas do estoicismo e graças à filosofia espicurista. Os estoicos apresentavam explicações dos deuses e dos heróis como fenômenos físicos, enquanto que os evêmeristas compreendiam-os como figuras históricas. Contudo, os estoicos — assim como os neoplatonistas — promoviam os significados morais da tradição mitológica, frequentemente basendo-se nas etimologias gregas .[128] Mediante
sua mensagem epicuriana, Lucrécio buscava expulsar os temores supersticiosos das mentes de seus vizinhos e cidadãos .[129] Lívio, igualmente, é cético acerca da tradição mitológica e clama que não tinha como intenção ajuizar tais lendas .[125] O desafio dos romanos com um forte sentido apologético da tradição religiosa era defendê-la enquanto concediam que isto era frequentemente um terreno fértil para a superstição. O antiquário Varrão, que considerava a religião uma instituição romana de grande importância para a preservação do bem social, dedicou rigorosos anos de sua vida a estudar as origens dos cultos religiosos. Em sua Antiquitates Rerum Divinarum (que não sobreviveu aos nossos dias, embora De Civitate Dei , de Agostinho, conserve seu foco geral), Varrão argumenta que, enquanto o homem supersticioso teme os deuses, a autêntica persona religiosa os venera como parentes de uma mesma família.[129] Em sua obra, existiam três tipos de deuses: Os deuses da natureza: personificações de fenômenos como a chuva e o fogo;[129] Os deuses dos poetas: inventados pelos bardos sem escrúpulos para incitar as paixões;[129] Os deuses da cidade: inventados pelos sábios legisladores para iluminar e acalmar a população .[129] O acadêmico romano Cott ridicularizou tanto a acepção literal dos mitos como a alegórica, declarando rotundamente que ambas não teriam lugar na filosofia .[125] Cícero, por sua vez, desprezava os mitos, mas, como Varrão, era enfático em seu apoio para a religião e suas consecutivas instituições estatais.[125] É difícil saber quão baixo se estendia esse racionalismo na escala social.[125] Cícero afirma que ninguém (nem mesmo velhos, mulheres ou crianças, ou qualquer outro tipo de coisa) é tolo a ponto de crer nos terrores de Hades ou na existência de Cila, de centauros e de outras criaturas compósitas,[130] todavia o orador queixa-se constantemente do caráter supersticioso e crédulo das pessoas .[131] De natura deorum é o resumo mais exaustivo dessa linha de pensamento fixada por ele .[125]
Tendências sincronatórias Ver artigo principal: Sincretismo Ver também: Mitologia romana
Na religião romana, o culto do deus grego Apolo (na imagem estátua romana de um original grego, nos Museus Capitolinos, Roma) foi sincronizado com o culto de Sol Invicto. A adoração do sol como protetor do império permaneceu como principal culto imperial até ser substituído pelo cristianismo
Durante a época do auge romano, surgiu a tendência popular de sincronizar os múltiplos deuses gregos e estrangeiros em novos cultos estranhos e quase irreconhecíveis. A sincronização ocorreu principalmente pelo fato dos romanos terem um conjunto/panteão de mitos muito precário, fazendo com que a tradição de mitos gregos fossem misturadas com os principais deuses romanos (interligando equivalentes das duas tradições) .[125] Os deuses Zeus e Júpiter são exemplos desse envolvimento mitológico. Ainda nessa etapa de combinação entre duas tradições mitológicas, tudo indica que a associação dos romanos com a religião oriental resultou em mais sincronizações .[132] Um exemplo é o culto do sol, introduzido em Roma depois das campanhas de Aureliano na Síria. As divindades Mitra e Baal, ambas asiáticas, foram sincronizadas com o deus grego Apolo e com Hélio numa só figura, o Deus Sol Invicto — que possuía (segundo a crença dos povos) atributos somados e, nas práticas de cultos, ritos conglomerados. Apolo podia ser cada vez
mais identificado na religião com Hélio ou incluso com Dionísio, mas os textos que recapitulavam seus mitos raramente refletiam essas metamorfoses. A literatura mitológica tradicional estava cada vez mais desassociada das práticas religiosas reais.[133] A coleção de Hinos Órficos e da Saturnália de Macróbio, conservadas desde o século II, também estão influídas pelas teorias racionalistas e pelas tendências sincronatórias. Os hinos órficos são um conjunto de composições poéticas pré-clássicas, atribuídas a Orfeu. Na realidade, estes poemas foram provavelmente compostos por vários poetas, e contém um rico conjunto de pistas sobre a mitologia pré-históricas da Europa. O objetivo da Saturnália é a de transmitir a cultura helênica que havia obtido de suas leituras, apesar de seu tratamento dos deuses ser contaminado pela mitologia e pela teologia egípcia e norte-africana (que também acabam afetando as interpretações de Virgílio). Na Saturnália, reaparecem os comentários mitográficos influídos pelos evemeristas, estoicos e pelos neoplatônicos.[128]
Interpretações modernas Ver artigos principais: Psicologia analítica e Antropologia estruturalista
O alemão Johann Joachim Winckelmann, através dos trabalhos de estudiosos como Gesner e Heyne, estabeleceu as primeiras distinções entre arte grega, greco-romana e romana
A gênesis da moderna compreensão da mitologia grega é considerada por certos escolares como dupla reação dos finais do século VIII contra a "tradicional atitude da animosidade do cristianismo", onde a reinterpretação cristã dos mitos como "mentira" ou "fábula" havia se conservado.[134] Na Alemanha, em cerca de 1795, houve crescente interesse por Homero e pela mitologia grega. Em Gotinga, Johann Matthias Gesner começou a dar alma aos estudos gregos, enquanto seu sucessor, Christian Gottlob Heyne, trabalhou com Johann Joachim Winckelmann, e desenvolveu as bases para a pesquisa e investigação mitológica tanto na Alemanha como em outros lugares .[135] Heyne abordou o mito como filólogo e moldou os alemães educados na concepção da antiguidade ao longo de quase meio século, durante o qual a Grécia antiga exerceu intensa influência na vida intelectual da Alemanha.[136] A mitologia comparativa é a comparação dos mitos de diferentes culturas que possui a intenção de identificar os temas e as características compartilhadas .[137] Ela tem servido a uma variedade de fins acadêmicos. Por exemplo: os estudiosos têm utilizado as relações entre os diversos mitos para rastrear a evolução das religiões e das culturas, para propor origens comuns de diferentes culturas, e para apoiar várias teorias psicológicas. Falando em psicologia, as modernas interpretações do mito grego abriram espaço para abrangente compreensão psicológica acerca deles. Alguns estudiosos propõem que mitos de diferentes culturas revelam a mesma, ou semelhante, força psicológica no trabalho dessas culturas. Assim, alguns pensadores freudianos têm identificado histórias semelhantes à história grega de Édipo em culturas diferentes. Eles argumentam que estas histórias refletem as
diferentes expressões do Complexo de Édipo nessas culturas.[138] De mesmo modo, pensadores junguianos têm identificado imagens, temas e padrões que aparecem, do mesmo modo, nos mitos de muitas culturas diferentes. Eles acreditam que essas semelhanças são resultados de arquétipos presentes no inconsciente coletivo dos níveis mentais de cada pessoa.[139]
Enfoques comparativos e psicanalíticos
Max Müller é considerado um dos fundadores da mitologia comparativa. Em seu Mitologia Comparativa(1867), Müller analisa a "perturbadora" similaridade entre as mitologias de "raças selvagens" com as das primeiras europeias
O desenrolar da filologia comparativa no século XIX — junto com os descobrimentos etnológicos do século XX — fundou a "ciência da mitologia" .[140] Desde o romantismo, todo o estudo dos mitos era comparativo: Wilhelm Mannhardt, James Frazer e Stith Thompson ampliaram o foco comparativo para recoletar e classificar os temas do folclore e da mitologia.[140] Em 1871, Edward Burnett Tylor publicou seu Primitive Culture, onde aplicou o método comparativo com a intenção de explicar a origem e a evolução da religião.[141][142] O procedimento de Taylor de agrupar o material mítico, ritualístico e cultural de culturas ampliamente separadas influenciou tanto Carl Gustav Jung como Joseph Campbell.[141] Max Müller aplicou a nova ciência da mitologia comparativa ao estudo dos mitos, no qual se detectou os restos distorcionados do culto à natureza ariana.[140]Bronisław Malinowski enfatizou as formas nas quais os mitos cumpriam funções sociais comuns.[140] Claude Lévi-Strauss e outros estruturalistas compararam as relações formais e paternas em mitos de todo o mundo.[140]
Károly Kerényi foi um dos maiores estudiosos de mitologia e línguas clássicas do século XX.[143]
Sigmund Freud, com a psicanálise, introduziu a concepção transhistórica e biológica do homem na visão do mito como expressão de ideias reprimidas .[144] Através de mitos como o de Édipo,[145] Freud estabeleceu concepções inovadoras a respeito da mente humana, criando teorias diferentes de tudo o que se tinha pensado até então ,[146] como o Complexo de Édipo[145] e, fundamentalmente, a ideia de inconsciente.[145] Essa sugestão encontraria um importante ponto de acercamento entre as visões estruturalistas e psicoanalísticas dos mitos no pensamento de Freud. Carl Gustav Jung estendeu o enfoque transhistórico e psicológico com sua teoria do inconsciente coletivo e os arquétipos (patronos arcaicos herdados), às vezes codificiados nos mitos, que são derivados da mesma .[7]Segundo Jung, "os elementos estruturais que formam os mitos devem ser apresentados na psique inconsciente".[147] Comparando a metodologia de Jung com a teoria de Joseph Campbell, Robert A. Segal conclui que "para interpretar um mito, Campbell simplesmente identifica os arquétipos nele. Uma interpretação de A Odisseia, p. ex., mostraria como a vida de Odisseu se ajusta a um patrono heroico. Jung, pelo contrário, considera a identificação de arquétipos meramente no primeiro passo da interpretação de um mito" .[148] Károly Kerényi, um dos fundadores dos estudos modernos do mito grego ,[143] e um dos maiores estudiosos de tal folclore,[143] abandonou seus primeiros pontos de vista sobre os mitos para aplicar as teorias de arquétipos de Jung à mitologia grega .[149] Segundo Kerényi, a mitologia grega é "um conjunto de contos sobre deuses, deusas, batalhas heroicas e jornadas ao mundo subterrâneo, sendo contos famosos, mas já não tão propícios a possíveis reformulações."[150]
Teorias da origem Ver também: Sincretismo
Júpiter e Tétis quadro do francêsneoclássico Dominique Ingres, 1811
Existem diversas teorias sobre a origem da mitologia grega. De acordo com a Teoria Escritural , todas as lendas mitológicas procedem de relatos dos textos sagrados, no qual os feitos reais foram disfarçados e, posteriormente, alterados. A Teoria Histórica, por sua vez, defende a tese de que todas as personas mencionadas na mitologia foram uma vez seres humanos reais, e as lendas sobre elas são meras adições de épocas posteriores (assim, supõem-se que a história de Éolo surgiu do fato de que este era governante de algumas ilhas do mar Tirreno). Já a Teoria Alegórica supõe que todos os mitos antigos eram alegóricos e simbólicos,[151] embora tivessem em seu contexto determinada verdade moral, religiosa ou filosófica ou um fato histórico que, com o passar do tempo, passaram a ser aceitas como verdade.[152] Finalmente, a Teoria Física se adere à ideia de que os elementos como ar , fogo e água foram originalmente objetos de adoração religiosa, sendo que as principais deidades passaram a ser personificações desses poderes da natureza .[151] Max Müller tentou compreender uma forma religiosa indo-europeia determinando sua manifestação "original": em 1891, ele afirmou que "o descobrimento mais importante que se
tem feito no século XIX a respeito da história antiga da humanidade [...] foi essa simples equação: Dyeus-pitar sânscrito = Zeus grego = Júpiter latino = Tyr nórdico."[141] Em outros casos, perto dos paralelos, o caráter e a função sugerem uma herança comum, mas a ausência de evidências linguísticas faz com que seja difícil prová-la, como na comparação entre Urano e o Varuna sânscrito, ou entre as Moiras e as Nornas.[153][154]
Afrodite e Adônis Cerâmica com figuras vermelhas em forma de aríbalo, ca. 410 a.C., Louvre
A arqueologia e a mitografia, numa outra consideração, tem revelado que os gregos foram inspirados por algumas civilizações da Ásia Menor e do Oriente Próximo. Adônis parece ser o equivalente grego — mais claramente nos cultos do que em suas histórias míticas — de um "deus moribundo" do Oriente Próximo.[155] Tudo indica que Cíbele, por sua vez, tem suas raízes na cultura anatólica, enquanto grande parte da iconografia de Afrodite surge das deusas semíticas.[155] Existem possíveis paralelismos entre as gerações divinas mais antigas (Caos e seus filhos) e Tiamat em Enuma Elish.[156] Segundo o estudioso Meyer Reinhold, "os conceitos teogônicos do Oriente Próximo, incluindo a sucessão divina mediante a violência e os conflitos gerados pelo poder, encontraram seu caminho [...] na mitologia grega."[157] Seguindo as origens indo-europeias e do Oriente Próximo, alguns investigadores especulam sobre as obrigações da mitologia grega com as sociedades préhelênicas: Creta, Micenas, Pilos, Tebas e Orcómeno.[158] Os historiadores da religião estavam fascinados por várias configurações de mitos, aparentemente antigos, relacionados com Creta (o deus como toro, Zeus e Europa, Pasífae que produz toro e dá a luz ao Minotauro; etc.).[159] O professor Martin P. Nilsson concluiu que todos os grandes mitos da Grécia antiga estavam atados aos centros micênicos e âncorados em épocas préhistóricas.[159] Todavia, de acordo com Walter Burkert, a iconografia do período do palácio cretentese praticamente não tem dado confirmação alguma sobre a veracidade de todas estas teorias.[158]
Legado e importância O mito é o nada que é tudo.[...]
Fernando Pessoa[160]
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Localizada na juntura da Europa, Ásia e África, a Grécia é o berço de nascimento da democracia,[161] da filosofia ocidental,[162] dos Jogos Olímpicos, da Literatura ocidental e da historiografia, bem como da Ciência política, dos mais importantes princípios matemáticos, e também o berço de nascimento do teatro ocidental, incluindo os gêneros do drama, tragédia e o da comédia.[163] Apaixonados pelo debate e pela controvérsia,[164] os gregos criaram os primeiros ordenamentos políticos com cunho democrático, onde compartilhavam e defendiam argumentações.[164] Esses princípios fundamentais definiram o curso do mundo ocidental, e também divulgaram a mitologia grega, que ainda se torna
eficiente, segundo muitos autores, para a educação acadêmica nas escolas de ensino fundamental e superior, como também para um entendimento mais profundo e filosófico do ser humano.[164]
Educação e literatura Em Como e por que ler os clássicos universais desde cedo (2002), livro que dá dicas de como impor de forma criativa e prazerosa os grandes clássicos da cultura ocidental para as crianças,[165] Ana Maria Machado considera a cultura grega antiga como tesouro da humanidade que desperta entusiasmo a muitos leitores de diferentes épocas .[166] Machado ainda complementa: "[a cultura grega antiga] são uma fonte inesgotável, onde sempre podemos beber. Para muita gente, eles são os mais fascinantes de todos os clássicos. Provavelmente são os que mais marcaram toda a cultura ocidental."[166] Os jovens que têm cultura clássica estão menos sujeitos a se deixarem escravizar por seitas limitadoras, por religiões aprisionadoras. Eles têm uma liberdade espiritual trazida pela consciência de que a cultura tem sua história, seu desenvolvimento, sua diversidade.
JAA Torrano, 2005.[167]
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Hoje em dia, a preocupação escolar acerca da criação de um "aluno leitor" bem formado busca caminhos na literatura grega que aproximem esse aluno das histórias míticas enraizadas em temas como amor, ódio, felicidade e morte, para que esses alunos sintamse seduzidos pelo bom livro, a fim de se interessarem por literatura .[168] Para o estudioso Roland Barthes,[169] se todas as disciplinas desaparecessem dos currículos universitários, bastaria que permanecesse a literatura porque essa contém todas as outras .[169] A literatura grega, segundo Barthes, contribuiria para a formação de leitores críticos e sensíveis com sua realidade, porque "[são] um logro magnífico que permite ouvir a língua fora do poder, no esplendor de uma revolução permanente da linguagem. "[169] Para alguns estudiosos e pesquisadores em educação, restou aos cargos da pedagogia compartilhar e criar interesse na leitura de bibliografia competente e agradável ao aluno.[168] Se, por um lado, a utilização da mitologia grega nas salas das faculdades ou das escolas possa parecer atividade sem originalidade, a professora Kênia Maria de Almeida Pereira, em ensaio da Universidade Federal de Uberlândia , defende que estudá-la seria "[...] uma atividade complexa e atual, rica em detalhes, prazerosa e surpreendente. "[170] Ela cita Julia Kristeva, que afirmava que todo texto se converte num mosaico de citações, de absorção e transformação de outros textos,[171] e também cita Umberto Eco, para quem os livros sempre falam de outros livros e qualquer história conta uma história já contada,[172] além de dizer: "[...]todo texto devora outro, numa espécie de antropofagia infinita, em que o artista digere as linhas alheias para recompor seu próprio texto: eis aí uma das facetas da originalidade."[173] A professora sugere que os pedagogos trabalhem com textos gregos clássicos que tratem da mitologia, e com textos prosaicos ou poéticos da literatura brasileira (e outras) que façam intertextualidade com esses primeiros.[174] Tal método estaria estabelecendo uma maior aproximação da literatura nacional e os temas que ela aborda ,[174] como também aguçando a leitura dos alunos para observarem casos em que o poeta cita outros .[174] Kênia encerra seu ensaio citando o livro Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire, em que ele diz que "o educador é aquele profissional que desencadeia o exercício da curiosidade, da intuição e da imaginação em seus educandos. "[175] O professor cumpriria seu papel ao destacar a curiosidade no estudante, que seria capaz de conjecturar, comparar, e provocar, e essas inquietações iriam ser a base para a formação de seu espírito crítico, que também pesquisa e devota a leitura, numa forma de usá-la como ferramenta auxiliadora de segurança, competência e generosidade em seu caminho acadêmico e profissional posterior ao universitário.[175]
Cultura: língua e atividade
Profissionais envolvidos com filosofia, história, letras, teatro e religião são frequentemente solicitados a conhecerem a língua grega, uma vez que esse conhecimento possibilita a leitura dos textos de referência na forma original .[176] Conhecer a língua grega implica ter a possibilidade de ler os mitos gregos com a riqueza de detalhes em que foram originalmente escritos.[177] Seguindo esse pensamento, profissionais envolvidos com psicologia e psicanálise, ou com sociologia, se beneficiariam na atividade da leitura original, uma vez que Sigmund Freud abriu uma série de estudos acerca do mito de Édipo, enquanto que Marx se debruçou sobre Prometeu.[177] O domínio do grego clássico propicia vantagem prática na elaboração de textos em língua portuguesa, já que esta traz em sua estrutura palavras derivadas de equivalentes gregos ,[178] e o aprendizado de sua etimologia auxiliaria na deducação e dissecação de muitos significados de palavras e expressões em outras línguas.[179] Através do domínio de sua linguagem, a cultura grega se aproxima de tal forma que é possível desvendar as origens de muitas características da própria origem de quem a estuda, além do estudioso ser capaz de fazer contrastes necessários entre as duas, como também investigar sua visão e sua ação no mundo, pois cultura e língua andam juntas.[180] Por meio de todo esse aspecto cultural e linguístico, os mitos tornam-se alternativa ou caminho do mundo e dos seres humanos, talvez um modo de conhecer as questões fundamentais da existência humana,[181] como ver-se-á na próxima subseção.
Preservação, humanismo, psicologia, antropologia Através dos mitos, e de outros aspectos de sua cultura, aos gregos antigos são creditadas muitas contribuições ao mundo Ocidental de hoje, dentre as quais: • o desenvolvimento harmonioso do corpo e da mente humana ;[182] • a cidade autônoma;[182] • a concepção da arte;[182] • a especulação filosófica.[182]
Prometeu Carregando Fogo, por Jan Cossiers: preservado pelo século XVII, o mito de Prometeu é considerado humanista a partir do momento que ele rouba fogo divino e compartilha com os humanos, numa tentativa comum de tornar-se o dono do mundo.[183][184]
A mitologia grega foi retomada e revista nas artes e nos campos intelectuais dos séculos posteriores àqueles em que tinha se originado, e a preservação de seus mitos contribuiu fundamentalmente na compreensão do ser humano enquanto figura [185][186] do humanismo. Em Linguagem e Mito, o filósofo Ernst Cassirer afirma que "[...]a
mitologia irrompeu com mais força nos tempos mais antigos da história do pensamento humano, mas nunca desapareceu por inteiro" .[187] Sendo assim, os mitos gregos influíram, indiscutivelmente, na filosofia, na parapsicologia , e nas [188][189][190][191] consciências educacionais, ecológicas e sobre nós mesmos. Na psicologia, especificamente, os simbolismos da mitologia grega representam um papel fundamental: os psicólogos associam a borboleta à estreita relação entre a mente do homem e a sua natureza espiritual, bem como a transformação, alma, libertação, sorte, sensualidade, e psiquê [192] (cuja origem vem do grego psyché).[193] Muito antes, contudo, os gregos representavam a alma humana como uma borboleta para dar-lhe o significado simbólico de transformação e da passagem da vida corpórea para a vida espiritual .[193][194] Portanto, muitos dos conceitos atuais se apoiaram em heranças que a mitologia da Grécia nos legou. Para Mircea Eliade, "os mitos gregos, efetivamente, narram não apenas a origem do Mundo, dos animais, das plantas e do homem, mas também de todos os acontecimentos primordiais em consequência dos quais o homem se converteu no que é hoje um ser mortal, sexuado, organizado em sociedade, obrigado a trabalhar para viver, e trabalhando de acordo com determinadas regras."[195] Maria Lucia Gili Massi,[196] chefe da área de desenvolvimento de recursos humanos, apontou numa entrevista de maio de 2005, que os "mitos ajudam a entender relações humanas."[196] Para o professor de Literatura e História da Arte Fábio Brazil,[197] conhecer os mitos, "sejam eles polinésios, tupinambás, maias, sumérios ou gregos não é o estudo de um fenômeno local e temporal, é o estudo e conhecimento da resposta simbólica do homem diante da natureza interna e externa à sua psique [...]", e reforça que os mitos gregos "[são] para nós um ato de autoconhecimento ."[197] Segundo Brazil, através dessa convenção olhar o mito pela face da religião fará com que olhemos também seus desdobramentos na história e na arte; se olharmos o mito pela face da arte, olharemos, inevitavelmente, seus desdobramentos na religião e na história e, por último, se o olharmos através da história, inevitavelmente seremos obrigados a olhá-lo também na arte e na religião .[197] Para o francês Lévi-Strauss, fundador da antropologia estruturalista,[198] as narrativas míticas, com seu poder de fascinar por meio de heróis audaciosos, ainda são fontes de vigor, resistência, e de referência para os ocidentais.[199] No livro O Cru e o Cozido (2004), Strauss afirma que os mitos gregos são vantajosos por serem capazes de configurarem-se em "analogias universais que, independentes da língua materna de cada um, podem ser familiares a todos nós."[199]
Influência Artes Europa e América do Norte
O Nascimento de Vênus, de Botticelli (c. 1485 –1486, Uffizi, Florença) é uma Venus Pudica revivida para um novo ponto de vista da antiguidade pagã: muitos a compreendem como o resumo do espírito renascentista.[7]
A ampla adoção do cristianismo no Ocidente não freou a popularidade dos mitos grecoromanos. Com o redescobrimento da antiguidade clássico no Renascimento, a poesia de Ovídio se converteu em influência importante para a imaginação dos poetas, dramaturgos, músicos e artistas ocidentais.[200] Desde os primeiros anos do Renascimento, personalidades como Leonardo da Vinci, Michelângelo e Rafaelr etrataram os temas pagãs da mitologia grega adicionando temas cristianos mais convencionais.[200] Mediante o latim e
as obras de Ovídio, os mitos gregos influenciaram poetas medievais e renascentistas como Petrarca, Boccaccio e Dante, na Itália.[7] No Norte da Europa, a mitologia grega nunca alcançou a mesma importância nas artes visuais, mas sua influência na literatura foi colossal. Os mitos gregos produziram efeitos na imaginação inglesa de nomes como Chaucer e John Milton e seguiu em destaque de Shakespeare à Robert Bridges, no século XX. Racine da França e Goethe da Alemanha reviveram os dramas do teatro grego antigo, re-interpretando os mitos mais antigos.[7][200] Embora o iluminismo tenha estendido por toda a Europa uma reação contra os mitos gregos, estes continuaram sendo importante fonte de material para os dramaturgos, incluindo os autores de libretos de muitas óperas, como Händel e Mozart.[200] Em finais do século XVIII, o romantismo proporcionou aumento no entusiasmo da cultura grega, incluindo a mitologia. Na Grã-Bretanha, novas traduções em cima das tragédias gregas e das obras de Homero inspiraram poetas (como Alfred Tennyson, Keats, Byron e Shelley) e pintores contemporâneos (como Lord Leighton e Lawrence Alma-Tadema).[200] Em épocas mais recentes, os temas clássicos foram re-interpretados pelos dramaturgos Jean Anouilh, Jean Cocteau e Jean Giraudoux na França, Eugene O'Neill nos Estados Unidos e T.S. Eliot na Grã-Bretanha, e por novelistas como James Joyce e André Gide.[7]
Brasil e Portugal
Em Camões, a mitologia serve como "oficina de imagens; corpo poético para a revelação de forças hostis ou benéficas da natureza, das relações sociais e do coração humano; e veículo da fé do poeta num Deus único, eterno e superior aos homens".[201]
A mitologia grega foi utilizada pelos lusófonos de forma expressiva e ampla, sendo aproveitada em campos como a música, a literatura e notavelmente o teatro, refletindo as características de seus mitos com os aspectos sociais condizentes com seu tempo. Em sua magnum opus Os Lusíadas, Luís de Camões modelou sua linguagem adotando a mitologia grega com o intuito de ordenar e enfatizar seu poema .[201] Camões acreditava que poetizar a mitologia era dar "uma unidade de ação e um enredo dinâmico ao seu poema e usufruir do sentido autônomo de beleza que as imagens possuem" .[202] Sua obra é vista como tentativa de converter os mitos em termos de realidade histórica, servindo-se do estilo clássico para elevar os ideais do cristianismo.[203] Certos críticos observam que Camões atribui a Vênus características harmoniosas e de organização para representar o espírito do Ocidente, enquanto que Baco é a corporização do espírito do Oriente, com características vaidosas e desorganizadas.[201] Seu estilo é visto como espécie sem definições definitivas.[204] Monteiro Lobato — apaixonado pela influência que a cultura grega sobrepôs na língua portuguesa[205] — explorou a tradição da mitologia grega cumprindo seus projetos ligados ao público infanto-juvenil (dessa forma, a obra de Lobato foi norteada através de sua compreensão de que o mito grego era o alimento do espírito, algo que ele especifica no mito nacional do Saci).[206] Lobato, cuja intertextualidade dá-se por meio de linguagem simples
(às vezes incluindo definições de vocábulos),[205] retomou temas mitológicos em obras como O Minotauro e Os Doze Trabalhos de Hércules, adotando uma linguagem infantil em ambas as obras. Suas intenções eram transmitir mensagens sobre família, educação e imaginação, ao mesmo tempo que mostrava "o maravilhoso [do mundo mitológico]" como a "pueril mágica do cotidiano". Antes de Lobato, a intertextualidade já se dava por meio do Padre Antonio Vieira, que escrevia seus sermões em território brasileiro, utilizando muitas vezes as figuras de Narciso, de Midas e das Parcas para referirse à vaidade, a avareza e a morte, explicando: "Só uma coisa há que não pode passar, porque o que nunca foi, não pode deixar de ser, e tais parece que foram as fábulas que neste mesmo tempo se inventaram e fingiram."[207] Inspirado pelas Metamorfoses de Ovídio, Cruz e Silva produziu doze metamorfoses, inteiramente influenciado pelo mito grego.[208]
Em Vinicius, a mitologia aparece como um meio de di zer sobre amor , paixão e música
Na poesia, destacam-se: Prosopoéia, de Bento Teixeira (poeta fascinado [170] [209] Marília de Dirceu, escrito por Camões), cuja estrofe XV faz referência à Proteu; por Tomás Antônio Gonzaga no século XVIII, época em que o Arcadismo retomava o costume de citar textos da Grécia clássica, onde Gonzaga diz, "[...] O terno corpo despido/ E de Amor , ou de Cupido…";[210] Vozes D'África, poema do baiano Castro Alves, em que ele cita Prometeu,[211] incluindo hipérboles e comparações ao seu estilo romântico; o poema Helena, de Luiz Delfino, onde há alusões a Helena de Troia, Paros e à Grécia antiga;[212] Augusto dos Anjos, adepto do Simbolismo e com seu pessimismo típico, evoca a figura da Quimera no poema Versos Íntimos,[213] onde há uma espécie de angústia perante o século novo e a ameaça da Primeira Guerra Mundial;[174] o poema do Modernismo Bacanal , de Manuel Bandeira, onde Bandeira cita o nascimento do vinho e do teatro, com a figura de Dionísio, além de saudar: "Evoé Baco!",[214] e — finalmente — Carlos Drummond de Andrade com o poema Rapto, onde o evoca a cena bizarra de Ganimedes sendo raptado pelo Deus Júpiter na porta de uma boate carioca .[215][216] Vinicius de Moraes escreveu Orfeu da Conceição originalmente em 1942, reescreveu seu texto em 1955, e a peça só foi montada em 1956 no Rio de Janeiro .[217] A peça baseia-se no mito de Orfeu, que descia até Hades com Eurídice cantando docemente para que os mortos deixassem os dois passarem.[218] Aproveitando os dotes musicais que os gregos antigos atribuíam a Orfeu, cantor e instrumentista da lira, Moraes fez de seu Orfeu um condutor de bonde e sambista que mora num morro do Rio de Janeiro.[217] A obra de Vinicius, que é vista como uma tentativa de unir o drama com a poesia lírica ,[217] rendeu o álbum musical Orfeu da Conceição com as músicas da peça, uma adaptação ítalo-francobrasileira famosa e premiada para o cinema intitulada Orfeu Negro, sob a direção de Marcel Camus, e também um de seus grandes sucessos com Tom Jobim: a canção "Se Todos Fossem Iguais a Você".[217][219] Aliás, a peça marcou o início da amizade e da produção artística dos dois,[220][221] sendo esse acontecimento, para Vinicius, o ponto principal dos resultados obtidos por ele em sua composição da obra .[219]
A obra de Saramago, como a de Chico Buarque, adota a mitologia para falar de política e situações contemporâneas
Oduvaldo Viana Filho adaptou para a televisão brasileira o texto de Medeia, do grego Eurípedes, e, a partir dessa produção, Chico Buarque de Holanda e Paulo Pontes recuperaram o mito de Medeia ao escreverem um musical intitulado Gota d'água (1975),[222] retratando o abandono que Joana, a personagem principal, sofre pelo marido, e as consequências trágicas que a levam a assassinar os próprios filhos numa favela do Rio de Janeiro, à semelhança de Medeia, que os assassinou após ser deixada por Jasão.[218] Ambientada numa área urbana do Rio de Janeiro, a tragédia incorporava em seu texto mais de quatro mil versos,[222] e sua primeira encenação teve Bibi Ferreirano papel principal.[222] Gota d'água, de Buarque e Pontes, é vista como drama que tenta focalizar a realidade brasileira da década de 1970e sua desigualdade social, a resistência de sua democracia durante sua ditadura militar ,[223] e sua política autoritarista,[224] bem como os temas mais universais como a traição, moralidade e o amor (presentes no original grego). José Saramago, em território português, publicou O Homem Duplicado em 2002, revestindo o mito de Anfitrião a um estilo pós-morderno ao narrar as consequências que o personagem Tertuliano vem a sofrer por ter perdido sua individualidade após se envolver com uma cultura alienante e massificadora.[218] Através desse enredo, Saramago propõe uma reflexão sobre política e cidadania e estabelece uma intertextualidade moderna e criativa da mitologia grega.[218]
Neopaganismo e resgate Ver artigo principal: Religião na Grécia Antiga Ver artigo principal: Reconstrucionismo politeístico helênico
Neopaganistas helênicos do Supremo Conselho dos Gentios Helenos no festival anual Prometheia, Grécia, junho de 2006
Com o advento do neopaganismo, surgiram grupos de homens da Grécia moderna interessados em resgatar os mitos gregos e adorá-los como religião e verdade. De fato, esse grupo neopagão não os vê como mitos e não veneram o que hoje conhece-se como "mitologia grega", e sim são resgatadores da religião da Grécia Antiga. O dodecateísmo (também chamado de neopaganismo helênico) desde a década de 1990 tenta reviver as práticas religiosas da Grécia Antiga. Este movimento, por vezes englobado
dentro de um mais amplo chamado reconstrucionismo politeístico helênico, prega o politeísmo, a ortopraxia, e reconhece os doze deuses olímpicos (Zeus, Hera, Posidão, Apolo, Ártemis, Afrodite, Ares, Hefesto, Atena, Hermes, D eméter , Héstia e Dionísio), embora dentro do dodecateísmo tenham surgido grupos e/ou organizações menores que preferem focar seus rituais em um deus ou deuses específicos. O Supremo Conselho dos Gentios Helenos (em grego, Ύπατο Συμβούλιο των Ελλήνων Εθνικών ou YSEE) se estabeleceu em 1997 e está rapidamente se tornando a organização preeminente que representa a religião em todo o mundo helênico. Não se sabe ao certo quantos adeptos existem dentro do neopaganismo helênico, contudo sabe-se que há uma comunidade significativa nos Estados Unidos e que cerca de 2.500 pessoas participaram do festival anual chamado Prometheia de 2005, promovido pelo YSEE. Mesmo tradições que não sofram influência direta do mundo grego se interessam pela mitologia grega. É o caso da Wicca que, embora foque na religião celta e no culto bruxo, possui adeptos ecléticos que simpatizam com antigos conceitos de mente, corpo e espírito legado da filosofia grega.[225] Com a primeira evidência de uma prática pagã de bruxaria nos anos 30 (hoje reconhecida como Wicca),[226][227] na Inglaterra, diversos grupos pelo país, em Norfolk,[228] Cheshire[229] e outros, estavam abertos a influências de diversas outras fontes como o romantismo, as religiões asiáticas e também a mitologia grega.[230]
Ver também
Temas LGBT na mitologia clássica
Notas 1. Ir para cima↑ Período Geométrico: trata-se de uma fase da arte grega, que data de 900 a 800 a.C., caracterizada por pinturas em vasos. 2. Ir para cima↑ Prometeu Acorrentado : o texto da peça está em domínio público e pode ser lido em pdf ou em html através das seguinte ligações: Prometeu Acorrentado (html); Prometeu Acorrentado (pdf). Ligação externa: Ebooks Brasil.org.
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Mitologia romana Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Mitologia romana é estudo das lendas da Roma Antiga, usadas para explicar a formação do mundo, os fenômenos da natureza, os sentimentos e sensações físicas dos humanos e a evolução do conhecimento; de uma maneira pagã. Surgida em meados do século VIII a.C. com a fundação de Reino de Roma, vigorou por mais de mil anos na península Itálica. O romano, que impregnava a sua vida pelo numen, uma força divina indefinida presente em todas as coisas, estabeleceu com os deuses romanos um respeito escrupuloso pelo rito religioso o Pax deorum – que consistia muitas vezes em danças, invocações ou sacrifícios.[1] Ao lado dos deuses domésticos, os romanos tinham diversas tríades divinas, adaptadas várias vezes ao longo das várias fases da História de Roma. Assim, à tríade primitiva constituída por Júpiter (senhor do universo), Marte (deus da guerra) e Quirino (o rei Rômulo, mitológico fundador de Roma), os etruscos inseriram o culto das deusas Minerva (deusa da inteligência e sabedoria) e Juno(rainha do céu e esposa de Júpiter), Com a república surgiu Ceres (deusa da Terra e dos cereais), Líber e Libera. Mais tarde, a influência grega inseriu uma adaptação para o panteão romano do deus grego do comércio e da eloquência (Mercúrio) sob as feições de Hermes, e o deus grego do vinho (Dioniso), como Baco. Índice [esconder]
1Gênese 2Mitos e rituais 3Deuses e divindades 4Ver também
5Referências 6Ligações externas
Gênese[editar | editar código-fonte]
Deusa Fama Estátua na Universidade de Belas Artes deDresden, Alemanha
Alguns dos deuses romanos foram inspirados nos deuses gregos mas também alguns de origem etrusca colaboraram para a primeira fase da religião. Posteriormente os sincretismos com os egípcios, fenícios e frígios deram sua configuração final.
Mitos e rituais[editar | editar código-fonte]
Lupércio: Uma das poucas divindades exclusivamente romanas, que resistiu à analogia entre Pã e Silvano. Estátua em Pompeia
A mitologia romana consistia de um sistema bastante desenvolvido de rituais, escolas de sacerdócio e grupos relacionados a deuses. Também apresentava um conjunto de mitos históricos acerca da glória e da fundação de Roma envolvendo personagens humanos com ocasionais intervenções divinas. As divindades romanas que surgiram antes da analogia grega eram Abeona, Ana Perena, Belona, Carmenta, Fama, Fames, Fauna, Flora, Fornax, Fortuna, Jano, Juturna, Lares, Ísis, Líber , Libitina, Lúlio, Lupércio, Míser , Múrcia, Nemestrino, Pilumno, Picumno, Pomona, Roma, Vertu mno, Quirino, Telumo e Término. Em sua maioria foram associados a deuses gregos, mas em mitos que não eram idênticos; alguns poucos foram exclusivamente romanos. Outros como Somnos foram adaptados dos gregos, mas com interpretação diferente; neste caso Somno não ocupa apenas o conto de Hipnos, mas também de seus filhos Fântaso e Fantasia. Maia, para os romanos era a única filha de Atlas e Pleione; e não umas das sete plêiades, solitária e excepcional, o que justamente teria atraído a atenção de Júpiter .
Deuses e divindades[editar | editar código-fonte] Por ordem alfabética: Forma romana Anteros
Forma grega Anteros
Representa Deus da delusão e do fim das paixões
Forma romana
Forma grega
Representa
Baco
Dioniso
Deus das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Originalmente cultuado com o nome de Líber.
Belona
Ênio
Deusa da guerra.
Ceres
Deméter
Deusa da agricultura, do casamento e dos cereais
Cibele
Deusa da gênese da vida e da Terra, alcunhada como Magna Mater
Concórdia
Harmonia
Deusa da harmonia e paz nos lares.
Cupido
Eros
Deus da paixão
Diana
Àrtemis
Deusa da caça, dos desportos e dos animais selvagens
Plutão
Hades
Deus da riqueza e da morte, senhor do mundo inferior. Irmão de Júpiter e Netuno.
Discórdia
Éris
Deusa da maldição e das desgraças
Esculápio
Asclépio
Deus da medicina
Fauna
Ninfa
Deusa da fertilidade e feminilidade, alcunhada como Bona Dea
Febo
Apolo
Deusa da música e da poesia, irmão gêmeo de Diana
Fortuna
Tique
Deusa do desenvolvimento urbano, do destino e da sorte Deus com dois rostos que cuida da porta dos céus: um virado para o passado e o outro para o futuro
Jano Juno
Hera
Deusa do casamento e da fidelidade, irmã e esposa de Júpiter
Justiça
Nêmesis
Deus da justiça e da vingança
Júpiter
Zeus
Pai da maioria dos deuses, senhor dos trovoes e raios irmão de Netuno e Plutão
Lares Letus
Espíritos ancestrais protetores da casa e da família Tânatos
Libertas
Deus da morte não violenta e da velhice Deusa da liberdade
Marte
Ares
Deus da guerra, das armas, dos camponeses, da virilidade e do trabalho árduo
Mercúrio
Hermes
Deus do comércio, da diplomacia, da eloquência e da ladroeira.filho de Júpiter e mensageiro dos deuses.
Forma romana
Forma grega
Representa
Minerva
Atena
Deusa da sabedoria, da estratégia, da arquitetura, engenharia e das artes
Netuno
Poseidon
Deus dos mares
Silvano
Pã
Deus das florestas, da pecuária e do pânico
Saturno
Cronos
Filho de Gaia e Urano deus do tempo, pai dos três maiores deuses olímpicos Júpiter, Netuno e Plutão.
Vênus
Afrodite
Deusa do amor e da beleza
Vulcano
Hefesto
Deus do fogo, da lava e da metalurgia
Céu
Urano
Deus do tempo espaço e do universo pai de Saturno
Terra
Gaia
Deusa da terra e da fertilidade do solo, mãe dos titãs, ciclopes, gigantes.
Tártaro
Tártaro
Marido de Gaia e também a parte mais profunda da terra.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Religião na Roma Antiga Legado romano
Referências 1. Ir para cima↑ A Religião Romana,Página acessada em 12/06/2015.
Lista de divindades Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa Esta é uma lista das principais divindades conhecidas atualmente, de diversas religiões e mitologias. Entre parênteses é mostrada a área, sentimento ou natureza ligada a cada divindade. Elas são organizadas em ordem alfabética. Índice [esconder]
1Cristianismo 2Judaísmo 3Islamismo 4Religião egípcia 5Religião grega o 5.1Deuses primordiais o 5.2Titãs o 5.3Deuses olimpianos (Do Monte Olimpo) 6Religião romana 7Religião nórdica 8Religião cananeia o 8.1Mais informações 9Tradição Candomblé Ketu 10Tradição Candomblé Jeje, Origem Ewe e Fon 11Religião hindu o 11.1Trimurti o 11.2Beldades 12Religião maia 13Religião asteca 14Religião inca 15Religião pawnee 16Religião Jathin 17Religião polinésia 18Religião guanche 19Religião tupi-guarani 20Religião Rapa Nui
Cristianismo[editar | editar código-fonte]
Jeová[1] (Deus, Deus Pai, Pai, Ábba, Javé (Pai de Jesus, criador do universo e tudo o que existe nele, Onisciente, Onipresente, Onipotente e Todo Poderoso)); Jesus[1] (Jesus Cristo, Deus Filho, Salvador, Messias (A encarnação de Deus na humanidade, Filho de Deus Pai, que sofreu numa cruz, morreu crucificado e ressuscitou no terceiro dia, guia e salvador dos cristãos, Onisciente, Onipresente, Onipotente e Todo Poderoso); Espírito Santo[1] (Junto a Deus Pai e Jesus forma a Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, Onisciente, Onipresente, Onipotente e Todo Poderoso);
(Deus Pai, Deus Filho, Espírito: (Todos são um Deus só))[1]
Judaísmo[editar | editar código-fonte]
Javé (Jeová) (Deus de Israel, Deus Supremo criador do universo e de tudo, que libertou os israelitas da escravidão do Egito, Onisciente, Onipresente, Onipotente e Todo Poderoso);
Islamismo[editar | editar código-fonte]
Alá[2] (Deus Supremo, criador de tudo o que existe no universo (é considerado o mesmo Deus da bíblia cristã e judaica); Maomé[2] (não é uma dividade) (profeta do islã que ditou o Alcorão, venerado e seu tumulo é o segundo lugar mais visitado do planeta); Iblis (é o mal, seria o Pai dos Demônios, o Djinn rebelado contra Alá); Djinn (seres espirituais criados de fogo por Alá, que podem ser bons ou maus, os maus são filhos de Chaitanyr); Anjos (seres espirituais criados de luz por Alá, são os mensageiros que trazem o alcorão ao profeta Maomé); Kaaba (é o meteorito de cor negra em que os muçulmanos de todo o mundo se prostram em sua direção, seria uma deidade islâmica, semelhante à arca-da-aliança dos judeus).
Religião egípcia[editar | editar código-fonte]
Amon (Deus do ar) Amonet (Deusa do oculto) Ammit (Divindade da punição) Anúbis (Deus dos mortos e da mumificação) Anuket (Deusa da água e da sexualidade) Áton (Deus do sol à tarde) Bastet (Deusa da fertilidade e dos eclipses solares) Bes (Deus da alegria e do prazer) Chu (Deus dos homens, da luz, da perfeição, do calor e do ar seco) Geb (Deus da terra) Hapi (Deus do rio nilo e) Hathor (Deusa das mulheres, do amor, da alegria, do céu, da dança e do vinho) Heka (Deusa criadora do universo, junto a outros) Heh (Deus da eternidade) Hórus (Deus do céu) Iah (Deus da lua) Ihi (Deus da música) Ísis (Deusa do amor e da magia) Khnum (Deus da criatividade) Maat (Deusa da justiça e do equilíbrio) Mafdet (Deusa da justiça e dos reis) Meretseguer (Deusa das serpentes) Meskhenet (Deusa do parto) Min (Deusa da fertilidade e das caravanas) Montu (Deus da guerra) Nefertum (Deus da beleza e dos perfumes) Néftis (Deusa do deserto e da morte) Nekhbet (Deusa da cidade de mesmo nome) Nut (Deusa do céu) Osíris (Deus da vegetação e do além) Ptah (Deus criador do universo, junto a outros) Rá (Deus supremo, do sol da manhã, e dos falcões) Sechat (Deusa da escrita, conhecimento, dos livros e dos fármacos) Satet (deusa das plantações)
Sekhmet (Deusa da guerra e das doenças) Serket (Deusa dos escorpiões) Seth (Deus da violência, da guerra, do deserto, da desordem e das serpentes) Sia (Deusa do conceito e da sabedoria) Sobek (Deus da astúcia, da paciência e da crise) Sokar (Deus da morte) Taweret (Deusa da fertilidade e protetora das embarcações e das grávidas) Tefnut (Deusa da umidade e das nuvens) Tot (Deus da sabedoria) Uadjit (Deusa da vegetação)
Religião grega[editar | editar código-fonte] Deuses primordiais[editar | editar código-fonte] É a primeira geração de deuses.
Caos, o criador; Érebo, a escuridão; Éter , o ar; Gaia, a Terra; Hemera, a personificação do dia; Nix, a personificação da noite; Óreas, as montanhas; Ponto, as águas; Tártaro, região mais profunda do submundo; Urano, o céu; Eros, o amor; Tálassa, o mar Mediterrâneo.
Titãs[editar | editar código-fonte] A segunda geração de deuses. Grupo formado em sua maioria pelos filhos de Urano e Gaia, centrado em Cronos.
Atlas (Titã grego, condenado por Zeus a sustentar o céu para sempre) Astreu (Titã das estrelas, planetas, astrologia e do entardecer, filho de Crio e Euríbia) Céos (Titã da inteligência, foi casado com a titânide Febe e com ela teve Astéria, a Deusa estelar, e Leto, a Deusa do anoitecer) Crio (Representava os seres marítimos, e seu poder destrutivo envolvia as criaturas até hoje desconhecidas do mar das trevas) Cronos (Divindade suprema da segunda geração de deuses, ligado ao tempo e à agricultura) Febe (Deusa da lua cheia) Hiperion (Deus solar primitivo) Jápeto (Deus titã da mortalidade e da fúria) Mnemosine (Divindade da memória, da lembrança e das artes) Oceano (o imenso rio que rodearia a Terra, personificado pelo titã de mesmo nome, filho de Urano e Gaia que tinha um corpo formado por um torso de um homem, com garras de caranguejo tal qual chifres na cabeça e grande barba, terminando com a cauda de uma serpente) Prometeu (Aquele que roubou o fogo dos deuses para presentear os homens) Reia (Mãe de todos deuses do Olimpo, é conhecida como Mãe dos Deuses. É uma deusa relacionada com a fertilidade) Teia (Titânide que deu à luz as divindades siderais Apolo, o Deus Sol, Selene, a Deusa Lua, e Eos, a Deusa Aurora. Está relacionada diretamente aos óraculos e a profecia) Tétis (Personifica a fecundidade da água, que alimenta os corpos e forma a seiva da vegetação) Têmis (Guardiã dos juramentos dos homens e da lei)
Deuses olimpianos (Do Monte Olimpo)[editar | editar código-fonte] A terceira geração de deuses, centrado em Zeus, seus irmãos e filhos. São os principais deuses da mitologia grega e os mais conhecidos ao redor do mundo.
Afrodite, Deusa da beleza , do amor, do sexo e da sexualidade de modo geral, e dos amantes; Apolo, Deus do Sol, da medicina da Música; Ares, Deus da guerra; Ártemis, Deusa da caça e da fertilidade animal; Atena, Deusa da sabedoria e da arte Deméter , Deusa da agricultura e da colheita; Dioniso, Deus do vinho e dos bacanais (festas); Éolo, Deus dos ventos; Eros, Deus do amor e do sexo ; Hades, Deus do Submundo e dos mortos; Hefesto, Deus do fogo, do trabalho e da metalurgia; Hera, Rainha dos Deuses, deusa protetora das mulheres Hermes, Deus mensageiro, deus dos ladrões, viajantes e todos os que passam pela estrada; Héstia, Deusa do lar; Poseidon, Deus dos mares, dos terremotos e dos furacões; Anteros: deus do amor correspondido. Athirío: filho de Selênio e de Iriana, deus dos animais ferozes Aleto; deus da traição, filho de Selênio e de Iriana Aristeu: deus protetor dos caçadores, pastores e rebanhos, e inventor da apicultura e da arte de cultivar azeitona. Asclépio: deus da medicina Astreia: deusa da justiça Astéria: deusa estelar, das estrelas, dos astros e da noite. Anfitrite:esposa de Poseidon,e rainha dos mares. Adônis: um belo jovem que, ao morrer, foi considerado uma divindade da vegetação. Aura: Irmã gêmea de Quione, deusa da brisa congelante de inverno. Alpésia: deusa do desespero e da agonia. Filha de Cletes Bia: deusa da força física e da violência. Bóreas: deus do vento norte, boreal e do inverno Circe; feiticeira. Cletes: deusa da infernal das maldições. Filha de Selênio e da deusa Iriana, Cifis: deusa do silêncio. filha de Iriana e de Selênio. Esposa de Morfeu. Deimos: deus que personificava o terror, ou seja (Deus do terror). Irmão de fobos Despina: deusa do inverno Ênio: deus da guerra destrutiva Eos: deusa do amanhecer. Éris: deusa da discórdia. Euro: deus do vento leste Faetonte:filho de Hélio e da ninfa Climene. Geras: deus da velhice. Hebe: deusa da juventude. Hécate: deusa da magia. Hélio: a personificação do sol Héracles ou Hércules: um semideus,filho de Zeus e Alcmena. Himeros: deus do desejo amoroso. Himeneu: deus da cerimônia de casamento. Hipnos: o deus do sono.
Io: uma das amantes de Zeus. Íris: deusa do arco-Íris e mensageira dos deuses Ismênia: filha de Édipo e da rainha Jocasta. Irêmia: deus ca calma e da tranquilidade. Filha de Cífis e Morfeu Irene: deusa da paz, da obediência, da construção e da destruição. Leto: mãe de Apolo e da Ártemis. Macária: Deusa da boa morte, filha legitima de Perséfone e Hades. Foi criada para casar com Tânato, o deus da morte. Maya: uma deusa plêiadiana. Meline: uma deusa vampira das sombras e dos terrores Melinoe: Deusa dos fantasmas, oferendas e cerimônias fúnebres. Filha de Perséfone com Zeus e foi adotada por Hades. Métis: a deusa titânica, da saúde, da proteção, da astúcia, da prudência e da virtude. Morfeu: deus do sonho. Nhatos: deus das adivinhações e dos enigmas. Filho de Selênio e de Iriana Nêmesis: deusa da vingança. Filha de Nix Nice: deusa da vitória, força e velocidade Nlx: deus da prolificação. Notus: deus do vento sul Órion: um gigante caçador, presente no mito de Ártemis. Pã: deus dos bosques. Perséfone: esposa de Hades e filha de Démeter, deusa do mundo inferior. Polideimos: filho de Selênio e de Iriana, deus das ilusões e das mentiras. Pónos: deus da agonia, sofrimento, tormento e tortura. Filho de Deimos e Meline. Ponos daemon ou espírito que personificava o obrigado esforço, o trabalho pesado e a fatiga. Fobos: deus que personificava o temor, medo,Ou seja (Deus do temor). Irmão de deimos Pothos: deus da paixão. Priapo: deus da virilidade masculina Queres: são espíritos femininos. Quione: Deusa da neve. Filha de Bóreas Selene: deusa da lua Selênio: deus dos pensamentos. Filho da deusa Afrodite e do deus Apolo. Seliana: filha de Selênio e de Iriana, deusa dos perigos das florestas Sêmele: mãe de Dioniso. Tânatos: é a personificação da morte. Téch: deusa dos truques, das artimanhas e da astúcia. Filha de Bia e Nhatos Thisi: deusa do impulso e da coragem. Filha de Bia e Nhatos Têmis: deusa da justiça
Tifão ou Tífon: é um titã da mitologia que quase destruiu os olimpianos.
Zeus: deus dos relâmpagos e rei dos deuses.
Tique: deusa da sorte. Nêmesis (mitologia)
Zelo: deus da rivalidade, da grandeza Zéfiro: Vento oeste. Herias:deus da sedução sexual e da homossexualidade(filho de Afrodite);e dos amantes
Religião romana[editar | editar código-fonte] A maioria dos deuses romanos são equivalentes aos deuses gregos.
Angerona: Deusa do silêncio. Abeona e Adeona: Deusas da partida e retorno, respectivamente. Eos: Equivalente a Aurora. Baco: Equivalente a Dionísio. Belona: Deusa da fúria na guerra. Caronte: Barqueiro de Hades. Ceres: Equivalente a Deméter. Céu: Deus da terra. Cupido: Equivalente a Eros. Diana: Equivalente a Ártemis.. Esculápio: Equivalente a Asclépio. Fama: Deus da voz pública. Febo: Equivalente a Apolo. Fortuna: Equivalente a Tique. Hora: Esposa de Quirino. Hélio: Deus do Sol Invidia: Deusa do senso da inveja. Iustitia: Deusa da justiça. Jano: Deus das portas. Juno: Equivalente a Hera. Júpiter : Equivalente a Zeus. Líber : Lupércio: Equivalente a Pã. Marte: Equivalente a Ares. Mercúrio: Equivalente a Hermes. Minerva: Equivalente a Palas Atena. Nemestrino: Netuno: Equivalente a Poseidon. Nox: Equivalente a Nix. Plutão: Equivalente a Hades. Prosérpina: Equivalente a Pesérfone. Quirino: Saturno: Equivalente a Cronos. Selênium: Equivalente a Selênio. Vênus: Equivalente a Afrodite. Vesta: Equivalente a Héstia. Vitória: Equivalente a Nice. Vulcano: Equivalente a Hefesto. Lúlio: Somnus: Equivalente a Hipnos. Hércules:Equivalente a Herácles. É importante ressaltar que o nome Hércules tem origem romana, enquanto Héracles tem origem grega, tendo seu significado como glória de Hera (pelo menos em grego)
Religião nórdica[editar | editar código-fonte] Os deuses nórdicos estavam divididos em dois grupos: os Aesir , deuses ligados à guerra, liderados por Odin e os Vanir , deuses ligados à natureza, liderados pelos irmãos gêmeos Frey e Freya.
Aegir , Deus do elemento líquido ligado a natureza.; Alfadur , Deus supremo. Alfadur seria responsável por recriar o mundo após o Ragnarok; Balder , Divindade da justiça, da sabedoria e da beleza; Borr , É o pai de Odin, Vili e Ve;
Bragi, Deus da sabedoria e da poesia; Buri, Primeiro deus na mitologia nórdica.Pai de Borr e avô de Odin; Dag, Deus do dia; Forseti, Deus da justiça, meditação e conhecimento interior; Frey, Deus prosperidade, a fertilidade, a alegria e a paz e chefe da agricultura. Freya, Deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor e da atração, da l uxúria, da música, das flores, da magia, da adivinhação e da riqueza; Frigga, Deusa da fertilidade, do amor e da união. É também a protetora da família, das mães e das donas-de-casa, símbolo da doçura; Hela, Deusa do mortos; Hoenir , Membro da família dos Aesir e irmão de Odin; Iduna, Deusa da poesia; Loki, Deus das Trapaças; Máni, Deus da lua; Ymir , Deus gigante antigo; Njord, Njord era o deus do Mar; Pai de Freya e de Frey: Nótt, Deusa da noite; Nornas, Um clã de deuses da mitologia nórdica; Odin, Deus supremo na mitologia nórdica; Óðr , Deus do verão; Ran, Governa o mar. Deusa do Submundo e dos Elfos Escuros, Senhora dos Mortos; Saga, Deusa nórdica da história e dos poemas; Thor , Representando a força da natureza (trovão); Tyr , deus do combate, do céu, da luz, dos juramentos; Vali, deus da natureza.
Religião cananeia[editar | editar código-fonte] A mitologia cananeia na verdade é uma coletânea de diversas divindades de vários povos que viveram na região de Canaã e/ou Mesopotâmia. Por isso, algumas divindades possuem diferentes nomes para diferentes povos. Além de muitas dessas divindades aparecerem na Bíblia, hoje são consideradas demônios.
El, o deus supremo da mitologia cananeia. Pai da humanidade e de todas as criaturas. Marido da deusa Aserá; Baal, o deus principal dos fenícios; Astarte, Aserá ou Istar , deusa da fertilidade e da sexualidade com os nomes fenício, semita e acadiano, respectivamente; Dagom, deus fenício da fertilidade e da agricultura; Moloque, deus amonita a qual lhe era oferecido o sacrifício de crianças; Marduque, deus protetor da cidade da Babilônia; Tiamat, tida como uma serpente marinha, deusa sumérica-babilônica associado ao oceano; Apsu, deus babilônico ligado à água doce; Belzebu, um deus filisteu "fundido" com o Baal fenício e Zebub, deus das moscas e das pestes. Lilith, deusa babilônica das pestes e das tempestades. Anat, deusa fenícia da guerra. Inanna, deusa suméria e babilônica do amor, do sexo e da fertilidade.
Mais informações[editar | editar código-fonte]
Mitologia acadiana; Mitologia fenícia; Mitologia babilônica.
Tradição Candomblé Ketu[editar | editar código-fonte]
Olodumare,o mais respeitado, o pai de todos orixás, criador do mundo o início e o fim, ser hegemônico. Oxalá, Deus de todos os deuses, da Bondade e da Paz; Oxalufon, Quando Oxalá aparece velho e sábio; Oxaguian, Quando Oxalá aparece jovem e guerreiro; Iemanjá, Deusa Mãe dos oceanos, dos mares, lagoas, da família, do casamento e das mentes humanas; Oxum, Deusa dos rios e cachoeiras, do amor, do ouro e da riqueza, protetora dos recém nascidos.; Iansã, Deusa dos ventos e das tempestades, Senhora dos mortos e dos raios; Ogum, Deus da guerra, do ferro e dos metais, dos caminhos e do trabalho; Oxóssi, Deus da caça e da fartura. Senhor da floresta e dos animais, é o Orixá dos Alimentos; Omolu, Deus das doenças e da cura, Senhor da Morte e da Terra, considerado o Rei do Mundo Material, ligado aos ancestrais; Xangô, Deus da justiça e da ordem, do trovão, do fogo, dos raios e dos astros; Oxumarê, Deus hermafrodita do arco-íris, das chuvas, das cores e dos movimentos,; Nanã, Deusa Anciã da Lama, dos pântanos, da chuva, da vida e da morte; Ossaim, Deus das ervas, florestas, magia, segredos e medicina; Exu, Mensageiro dos Deuses, senhor da comunicação e dos portais; Ibeji, Deuses Gêmeos das crianças, alegria e da pureza; Iroko, Deus das árvores, da ancestralidade, das estações e do tempo. Logun, Deus da caça, pesca e juventude; Obá, Deusa da luta, da força, da paixão e da vitória; Yewá, Deusa Virgem dos horizontes, da beleza e da graça. Orumilá, Deus dos Destinos e da adivinhação; Olokun, Deus soberano dos Oceanos, casado com Yemanjá. Olossa, Deusa dos lagos, irmã de Yemanjá. Orixá Oko, Deus da agricultura, associado a Oxalá Onilé, Deusa da Terra e dos mercados. Ayrà, Orixá do fogo e das fogueiras, usa branco, tem profundas ligações com Oxalá, seria uma qualidade de Xangô. Odudua, Orixá também tido como co-criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba. Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás; Iyami-Ajé, Chamadas Elèyè, representam a sacralização da figura materna, a grande mãe feiticeira. Oranian, Orixá filho mais novo de Odudua; Orixá dos Yorubás. Axabó, Orixá feminino da família de Xangô Ifá, o porta-voz de Orunmila orixá da adivinhação e do destino, ligado ao Merindilogun.
Tradição Candomblé Jeje, Origem Ewe e Fon[editar | editar código-fonte]
Dangbé,O Dangbé é a serpente sagrada que representa o espírito de Vodum Dan; Mawu é o Ser Supremo dos povos Ewe e Fon; Lissá, que é masculino, e também co-responsável pela Criação; Loko, É o primogênito dos voduns.dono da joia de mahi que e o rungbe; Gu, Vodun dos metais, guerra, fogo, e tecnologia; Heviossô, Vodun que comanda os raios e relâmpagos; Sakpatá, Vodun da varíola; Dan, Vodun da riqueza, representado pela serpente do arco-íris; Agué, Vodun das folhas e ervas, magia, medicina e dos fármacos; Otolu, Vodun da caça, dos animais, da floresta e dos alimentos;
Agbê, Vodun dono dos mares, oceanos e lagos; Ayizan, Vodun feminino dona da crosta terrestre e dos mercados; Agassu, Vodun que representa a linhagem real do Reino do Dahomey; Aguê, Vodun que representa a terra firme; Legba, O caçula de Mawu e Lissá, e representa as entradas e saídas e a sexualidade; Fa , Vodun da adivinhação e do destino; Aziri , vodun dos rios e cachoeiras, do ouro e das riquezas, protetora de recém-nascidos; Possun , vodun dos pós e da terra seca representado pelo tigre; Bessem, É o dono das águas doces em Abomey e Ouidah, do qual é patrono; Sogbô, Vodun do trovão da família de Heviossô; Tobossi, Naê ou Mami Wata, são todas as Voduns femininas das ezins jeçuçu, jevivi e salobres; Nanã, Vodun considera por todos os adeptos do Culto Vodun como a grande Mãe Universal.
Religião hindu[editar | editar código-fonte] Trimurti[editar | editar código-fonte]
Brahma, Deus criador do Universo; Vishnu, Deus conservador do Universo; Shiva, Deus destruidor ou transformador do Universo.
Beldades[editar | editar código-fonte] Ganesha Krishna Aditya Mitra Aryaman Bhaga Varuna Daksha Ansa Indra Savitri Seguidos de
Parvati Sarasvati Lakshmi Kali Abhaswaras Abhimani Agni Airâvata Amrita Apadma Apsarás Ardjuna Asuras Aswing Avatar Bali Bavani
Bod Bodisatva Bonzo Brahm Brâman Brahmine Bram Brama Braman Brâmanes Bramanismo Brâmine Caktis Cakya-Muni Calidasa Câma Cartikeia Chardo Civaismo Civaista Cri Dastas Devas Darma Durca Dusak Emakong Esri Erunia Eruniakcha Ganas Ganges Garuda Guira Hanza Iama Indrani Indu Isamia Izvara Kala Kalidasa Kalki Kâma Kâma-Deva Kamagra Kança Kapila Kartikeya Kchatrya Kchatryani Kusa Kuvera
Mahadeva Manaswamin Manava-Dharma-Sâstra Manu Meru Mitríacas Mudevi Muruts Nandi Ormazd Para-braman Paraçu-rama Pârana Párias Pradjapati Pradyumna Pritivi Puchan Rackshras Rakchas Râma Râma-tchandra Ramaiana Rati Râvana Richis Rigveda Ruckmini Rudra Sach Sakra Salamandra (elemental) Sama-veda Sani Shashti Sita Escanda Sôma Soradeus Sudra Sudrani Surya Svarga Tchandra Tchandramas Tchinewad Thug Trimurti Tuas Tugue Twachtri Ure Urvace
Uschas Vacyá Vaixiá Valmiki Vamana Vayú Viaça Virabhabra Vixmismo Vixmista Vritza Vyasa Wecya Wecyani Xatria Xatriani Yadiur-veda Yama Yoni Zend Zervane-akerene
Religião maia[editar | editar código-fonte]
Ah Puch Bolon Yokte Camazotz Chac Mool Huracán Ixchel Kukulcán
Religião asteca[editar | editar código-fonte]
Acolmiztli Acolnahuacatl Acuecucyoticihuati Amimitl Atl Atlacamani Atlacoya Atlatonin Atlaua Ayauhteotl Camaxtli Centeotl CentzonTotochtin Centzonuitznaua Chalchiuhtlatonal Chalchiuhtlicue Chalchiutotolin Chalmecacihuilt
Chalmecatl Chantico Chicomecoatl Chicomexochtli Chiconahui Chiconahuiehecatl Cihuacoatl Cipactli Citlalatonac Citlalicue Ciucoatl Ciuteoteo Civatateo Coatlicue Cochimetl Coyolxauhqui Ehecatl Huehueteotl Huitzilopochtli Huixtocihuatl Ilmatecuhtli Itzlacoliuhque ItzliItzpapalotl Ixtlilton Iztaccihuatl Macuilxochitl Malinalxochi Mayahuel Metztli Metzli Mextli Mictlan Mictian Mictlantecuhtli Mixcoatl Nagual Nahual Nanauatzin Omacatl Omecihuatl Ometecuhtli Ometeotl Opochtli Patecatl Paynal Popocatepetl Quetzalcóatl Tlalocan Tecciztecatl Teoyaomqui Tepeyollotl Teteoinnan Tezcatlipoca
Titlacauan Tlahuixcalpantecuhtli Tlaloc Tlaltecuhtli Tlazolteotl Tlillan-Tlapallan Tloquenahuaque Tonacacihuatl Tonacatecuhtli Tonantzin Tonatiuh Tzitzimime Tzizimime Toci Ueuecoyotl Xilonen Xipe Totec Xiuhcoatl Xiuhtecuhtli Xochipilli Xochiquetzal Xocotl Xolotl Yacatecuhtli Yaotzin
Religião inca[editar | editar código-fonte]
Aqlla Apu Apu Catequil Apu Illapu Apu Punchaw Ataguchu Cavillaca Chaska Chaska Quyllur Kuka Mama Copacati Iqiqu Hanan Pacha Waqas Apu Inti Ka-Ata-Killa Kay Pacha Kon Mama Hallpa Mama Qucha Mama Uqllu Mama Pacha Mama Killa Manco Capac
Unu Pacha Kuti Pacha Kamaq Paria Qaqa Supay Uku Pacha Urcaguary Vichama Viracocha Wichama Sara Mama
Religião pawnee[editar | editar código-fonte]
Pah Shahkuru Tirawa
Religião Jathin[editar | editar código-fonte]
Arebati Khonvoum Tore
Religião polinésia[editar | editar código-fonte]
Atea Ina Kane Milohai Maui Papa Pelé Rangi Rongo
Religião guanche[editar | editar código-fonte]
Achamán Guayota Magec Chaxiraxi
Religião tupi-guarani[editar | editar código-fonte]
Abacai Andurá Anhangá Chandoré Guaraci Iara Jaci Sumé
Tupã Rudá
Religião Rapa Nui[editar | editar código-fonte]
Makemake (Deus da criação)
↑ Ir para:a b c d «Deus no cristianismo - missaojovem». missaojovem (em inglês). 2 de dezembro de
2017
↑ Ir para:a b «Islamismo - Deuses». sites.google.com. Consultado em 28 de junho de 2018.
Genealogia dos deuses gregos Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Índice [esconder]
1Seres do Cosmo 2Criação 3Primeira geração o 3.1Caos sozinho: o 3.2Gaia sozinha: o 3.3Gaia e Tártaro o 3.4Gaia e Pontos o 3.5Nix e Érebos: o 3.6Nix sozinha: 4Segunda geração o 4.1Titãs o 4.2Titânides o 4.3Ciclopes o 4.4Hecatônquiros o 4.5Filhos do ícor e do esperma de Urano o 4.6Nereus e Dóris (Oceânide) o 4.7Fórcis e Ceto o 4.8Taumas e Electra (Oceânide) o 4.9Crisaor e Calírroe (Oceânide) o 4.10Reinado dos titãs 5Terceira geração o 5.1Filhos de Céos e Febe o 5.2Filhos de Oceano e Tétis (Titânide) o 5.3Filhos de Hiperião e Teia o 5.4Filhos de Crio e Euríbia (filha de Gaia e Ponto) o 5.5Filhos de Jápeto e Ásia (Oceânide) o 5.6Idades do Homem o 5.7Filhos da Equidna e Tifão
5.8Filhos de Cronos e Reia 6Casamentos de Zeus 7Outros casamentos de deuses 8Outros deuses 9Gráfico das famílias dos deuses 10Referências o
Seres do Cosmo[editar | editar código-fonte] Segundo a mitologia grega havia as seguintes classes de seres:
Deuses (Θεοί ) — engloba os que nasceram imortais, titãs, gigantes, monstros, ninfas. Havia também alguns que seriam desta classe, mas que eram mortais como os gigantes e certas ninfas; alguns de vida longa eram chamados de macrobióis). Os deuses poderiam ser divididos em diversas classes: como deuses primordiais, deuses titãs, deuses olímpicos, deuses do céu, do mar, do submundo, da terra, rústicos e cívicos. Daemones ( Δαίμονες ) — espíritos intermediários entre deuses e homens. Titãs (Τιτάνες ) — doze deuses primordiais da natureza. Gigantes (Γίγαντες ) — espíritos violentos da terra. Ninfas (Νύμφες ) — espíritos femininos da natureza. Teres (Θήρες ) — criaturas fabulosas, monstros terríveis, animais fantásticos e tribos sagradas. Heróis (ήρωες ) ou semideuses (ήμίθεοι) — filhos de um deus e um mortal, considerados semelhantes aos deuses, alguns após a morte eram divinizados. Homens (άνθρωποι ) — nascidos da terra, foram criados pelos titãs Prometeu e Epimeteu.
Criação[editar | editar código-fonte] A origem dos deuses e criação do Universo - os deuses primordiais:
Caos ( Χάος ) — o estado anterior ao mundo conhecido, quando todas as coisas existiam mas ainda não haviam se organizado. O Caos é a grande força de desagregação em oposição à força gregária (Eros), as duas forças primordiais que deram origem ao universo. Érebo (Έρεβος ) — trevas/escuridão profunda Nix (Νύχ ) — noite Eros (Έρως ) — amor. Em outras versões ele não é um dos deuses primordiais. Tártaros (Τάρταρος ) — abismo, a parte mais profunda do submundo Gaia (Γαία ) — Terra Urano (Ουρανός ) — Céu Ponto (Πόντος ) — mar aberto\masculino Óreas (Oὔρεα ) — montanhas Aíon ( Αιών ) — tempo cronológico Ananque ( Ανάγκη) — destino, inevitabilidade Tálassa (Θάλασσα ) — mar costeiro\feminino Hemera (Ημέρα ) — dia Éter ( Αιθέρ) — luz celestial, espaço sideral Nesos (Νήσοι) — ilhas Eurínome (Εὐρυνόμη) — planície dos mares Ofíon (Όφίων ) — serpente dos ventos Fanes (Φάνης ) — deus da criação
Primeira geração [editar | editar código-fonte] Os filhos dos seres primordiais:
Caos sozinho:[editar | editar código-fonte]
Nix — deusa primordial da noite Érebo — deus das trevas e abóboda do reino dos mortos Gaia — a terra Tártaro — o abismo,a parte mais funda do submundo
Gaia sozinha:[editar | editar código-fonte]
Urano — deus do céu, morada dos deuses venturosos Ponto — deus do mar aberto, furioso e indomável Óreas — deuses das montanhas, moradas das divinas ninfas
Gaia e Tártaro[editar | editar código-fonte]
Gigantes (Γίγαντες ) — Criados para serem o oposto dos deuses. Gaia os gerou pois enfureceuse com Zeus, após aprisionar os titãs nas profundezas do Tártaro. Os gigantes podiam ser mortos se atacados por um deus e um mortal simultaneamente. Tifão (Τυφωεύς ) — mais terrível monstro mitológico, tocava os céus com a cabeça, os braços estendidos tocavam o ocidente e o oriente, as espadas possuíam serpentes, dedos tinham dragões, era alado e da cintura para baixo era coberto de víboras; foi gerado por Gaia para derrotar Zeus, o que por pouco não conseguiu. Equidna (Έχιδνα ) — Bela ninfa imortal com metade do corpo mulher e metade do corpo de serpente, mãe de todos os monstros, gerados de sua união com seu irmão Tifão. Campe (Κάμπη) — uma mulher dragão com a cintura repleta de cabeças de animais ferozes, era a carcereira dos ciclopes e hecatônquiros, encarregada de vigiar a prisão dos filhos de Urano, foi morta por Zeus durante a Titanomaquia.
Gaia e Pontos[editar | editar código-fonte]
Nereu (Νηρεύς ) — o velho do mar, primitiva divindade do mar Taumas (Θαύμας ) — as maravilhas do mar Fórcis (Φόρκυς ) — Os perigos do mar ou a névoa marinha Ceto (Κητώ) — os monstros e criaturas marinhas Euríbia (Ευρυβία ) — a fúria e violência do mar Caríbdis ( Χάρυβδις ) — o sorvedouro marinho As ninfas napeias (Ναπαίαι) — elementares dos vales e selvas As ninfas oréades (Ὀρεάδες ) ou orestíades (Όρεστιάδες ) — elementares das montanhas e colinas As ninfas auloníades ( Αυλονιάδες ) — elementares das pastagens As ninfas limáquides ( Ληιμακίδες ) ou limonídes (Ληιμονίδες) — elementares dos campos e pradarias As ninfas alseídes (Αλσηΐδες) — elementares dos bosques e arvoredos As ninfas dríades ( Δρυάδες ) — elementares dos carvalhos, sua vida dependia da vivência da árvore As ninfas hamadríades ( Αμαδρυάδες ) — elementares dos carvalhos. Faziam parte da árvore na qual nasceram. As ninfas antusas ( Ανθούσαι) — elementares das flores As ninfas hileoros (Υληωροι ) — elementares vigilantes dos bosques As ninfas epimélides (Επιμηλίδες ) ou Hamamelides ( Αμαμηλιάδες ) ou Melides (Μηλίδες ) — elementares dos pomares
Nix e Érebos:[editar | editar código-fonte]
Éter — deus da luz e do ar superior Hemera — deusa do dia.
Nix sozinha:[editar | editar código-fonte] Segue abaixo a lista de daemones:
Áclis ( Αχλύς ) — espírito da névoa mortal Adefagia ( Αδηφαγία ) — espírito da gula Adikia ( Αδικία ) — espírito da injustiça Aergia ( Αεργία ) — espírito da preguiça Afeleia ( Αφέλεια ) — espírito da simplicidade Agon ( Αγών ) — espírito das disputas e concursos Aidos ( Αιδώς ) — espírito da modéstia, reverência e respeito Alala ( Αλαλά ) — espírito do grito de guerra Alastor ( Αλάστωρ) — espírito da vingança pela rixa de sangue Aleteia ( Αλήθεια ) — espírito da verdade, honestidade e sinceridade Algea ( Αλγεα ) — espíritos da dor e do sofrimento: Acos ( Αχος ) — perigo, aflição Ania ( Ανία ) — dor, angústia Lupe ( Λύπη) — pesar, sofrimento, tristeza Alce ( Αλκή) — espírito da coragem e valentia Amecania ( Αμηχανία ) — espírito do desamparo Anfilogias ( Aμφιλογία ) — espírito das disputas, dos debates e das contendas Anaideia ( Αναίδεια ) — espírito da crueldade Anaplekte ( Αναπλέκτη) — espírito da morte violenta Androctasias ( Ανδροκτασία ) — espírito das mortes em batalha Angelia ( Αγγελία ) — espírito das mensagens, notícias e proclamações Apáte ( Απάτη) — espírito da fraude, do engano, da astúcia, da malícia da traição e da decepção Aporia ( Απορία ) — espírito da dificuldade, perplexidade, impotência Aras ( Αραί ) — espíritos das maldições Arete ( Αρετή) — espírito da virtude, excelência, bondade e valor Ate ( Ατη) — espírito da ilusão, da paixão, da loucura, da insensatez, da imprudência e da ruína Bia (Βία ) — deusa da força, do poder e da violência Cacia (Kακία ) — espírito do vício e da imoralidade Cairos (Καιρός ) — espírito da oportunidade Calocagatia (Καλοκαγαθία ) — espírito da nobreza Ker (Κήρ) — espírito da fatalidade Queres (Κήρες ) — espíritos da fatalidade, da morte violenta Caronte ( Χάρων ) — espírito guia dos mortos Coalemos (Κοάλεμος ) — espírito da estupidez e loucura Como (Κώμος ) — espírito das orgias e da luxúria Coros (Κόρος ) — espírito do desdém Cratos (Κράτος ) — deus da força e do poder de comando Ctesios (Κτήσιος ) — espírito da proteção do lar e da propriedade Deimos ( Δείμος ) — Deus do pavor, medo e terror Diceosine ( Δικαιοσύνη) — espírito da justiça e retidão Dice ( Δίκη) — deusa da Justiça, justos julgamentos e os direitos estabelecidos pelo costume e pela lei Dolo ( Δόλος ) — espírito da malícia, da astúcia, das artimanhas e das trapaças Disnomia ( Δυσνομία ) — espírito da ilegalidade e da desordem cívica Dissébia ( Δυσσέβια ) — espírito da impiedade Irene (Ειρήνη ) — deusa da paz Ecequeria (Εκεχειρία ) — espírito da trégua, do desarmamento, do cessar das hostilidades Eleos (Ελεος ) — espírito da misericórdia, piedade e compaixão Élpis (Ελπίς ) — espírito da esperança Epialos (Επιάλλος ) — espírito dos pesadelos Epidotes (Επιδώτης ) — espírito dos ritos de purificação dos criminosos Epifron (Επίφρων) — espírito da prudência, sagacidade e cuidado Éris (Ερις ) — espírito da discórdia
Erotes (Ερωτες ) — deuses do amor e da paixão: Anteros ( Αντέρως ) — deus do amor não correspondido Eros (Ερως ) — deus do amor correspondido Hedilogos (Ἡδύλογος ) — deus da sedução Himeros (Ιμερος ) — deus do desejo Pothos (Πόθος ) — deus da paixão Ethos (Εθος ), — espírito da moral e da ética Eucleia (Εύκλεια ) — espírito da boa reputação Eulábeia (Ευλάβεια ) — espírito da discrição e da cautela Eunômia (Ευνομία ) — deusa da boa ordem e da boa conduta Eufêmia (Ευφήμη ) — espírito do louvor, da aclamação e do triunfo Eupraxia (Εὐπραξία ) — espírito da boa conduta Eusébia (Eυσέβια ) — espírito da piedade, lealdade, respeito e dever Eutênia (Ευθενία) — espírito da prosperidade e da abundância Fama (Φήμη) — espírito da fama, dos rumores e fofocas Filofrósine (Φιλοφροσύνη) — deusa da simpatia, da cordialidade Filotes (Φιλότης ) — espírito da amizade, do carinho e do afeto Fonos (Φόνοι) — espírito dos assassinatos Frice (Φρίκη) — espírito do horror Ftisis (Φθίσις) — espírito da decadência e do desperdício Ftonos (Φθόνος) — espírito da inveja e do ciúme Fuge (Φύγη) — espírito da fuga e do exílio Gelos (Γέλως ) — espírito do riso e da alegria Geras (Γήρας ) — espírito da velhice Harmonia ( Ἁρμονί α ) — deusa da harmonia Hebe (Ήβη) — deusa da juventude Hedonê (Ἡδονή) — deusa do prazer Hespérides (Ἑσπερίδες ) — ninfas que guardam os pomos de ouro no jardim de Hera Egle ( Αίγλη) Eritia (Ερύθεια ) Aretusa ( Ἀρέθουσα ) Hesíquia (Ἡσυχία ) — personificação do silencio e da quietude Homados (Ὅμαδος ) — espírito do fragor da batalha Homonoia (Ὅμόνοια ) — espírito da concórdia e da unanimidade Horcus (Ὅρκος ) — espírito do juramento Horme (Ὅρμή) — espírito do impulso e da iniciativa, do trabalho e do esforço, da ação Híbride (Ὕβρις ) — espírito do orgulho desmedido Hipnos (Ὕπνος ) — deus do sono Hisminas (Ὑσμίναι) — espírito da luta e do combate Ioce (Ἰωκή) — espírito da perseguição no campo de batalha Iscnasia (Ἰσχασία ) — espírito da devastação Lete ( Λήθη) — deusa do esquecimento Limos ( Λιμός ) — espírito da fome Litas ( Λιταί ) — espíritos das orações Lugra ( Λυγρά ) — espírito dos venenos e das pragas Lissa ( Λύσσα ) — espírito da fúria e da loucura Macas (Μάχαι ), espírito das batalhas: Proioxis (Προίωξις ) — espírito do ataque e do avanço Palioxis (Παλίωξις ) — espírito da retirada e do retrocesso Cidoimos (Κυδοιμός ) — espírito do tumulto e do alvoroço Mania (Μανία ) — espírito da loucura, da insanidade e do êxtase Moiras (Μοίραι) — espíritos do destino: Cloto (Κλωθώ ) — a fiandeira
Láquesis ( Λάχεσις ) — a distribuidora Átropos ( Άτροπος ) — a inevitável Momo (Μῶμος ) — espírito da zombaria, da crítica e do cinismo Moros (Μόρος ) — espírito da sorte Neikea (Νείκος ) — espírito das brigas e rixas e reclamações Nêmesis (Νέμεσις ) — deusa da vingança, da punição, do equilíbrio Nice (Νίκη) — deusa da vitória Nomos (Νόμος ) — espírito da lei Queres (Νόσοι ) — espíritos das doenças Nous (Νούς ) — espírito do pensamento Oizus (Οϊζύς ) — espírito da miséria e da desgraça Oletros (Ολεθρος ) — espírito da destruição Oneiros (Ονειρος ) — espírito dos sonhos Morfeu (Μορφεύς ) — deus das formas Fântaso (Φάντασος ) — deus das fantasias Ícelos (Ικελος ) ou Ícelo (Fobetor ) (Φοβήτωρ) — deus dos pesadelos Paregoros (Παρήγορος ) — espírito do consolo e do conforto Peitarquia ( Πειθαρχία ) — espírito da obediência Peito (Πειθώ) — espírito da persuasão Pênia (Πενία ) — espírito da pobreza Pentos (Πένθος ) — espírito do luto, da tristeza, da lamentação Pistis (Πίστις ) — espírito da confiança, da honestidade e da boa fé Plutos (Πλούτος , “riqueza”) — espírito da riqueza e da prosperidade Poinê (Ποίνη) — espírito da punição Polemos (Πόλεμος ) — espírito da guerra Pompe (Πομπή) — espírito das procissões religiosas Ponos (Πόνος ) — espírito do trabalho e da fadiga Poros (Πόρος ) — espírito das oportunidades, meios e artifícios Praxidice (Πραξιδίκη) — espírito da justiça exata Profasis (Πρόφασις ) — espírito das desculpas Pseudologos (Ψεύδος ) — espírito das mentiras Ptoqueia (Πτωχεία ) — espírito da mendicância Sofia (Σοφία ) — espírito da sabedoria e do conhecimento Sóter (Σωτήρ) — espírito da salvação, da proteção e da preservação Soteria (Σωτηρία ) — espírito da salvação, da proteção e da preservação Sofrósina (Σωφροσύνη) — espírito da moderação, auto-controle, temperança, discrição Estige (Στύξ ) — deusa do ódio Tecmor (Τέκμωρ) — espírito da meta, da finalidade e do objetivo Telete (Τελετή, “consagração”) — espírito dos rituais de iniciação Tecne (Τέχνη) — personificação das habilidades e da arte Tânatos (Θάνατος ) — deus da morte Trasos (Θράσος ) — espírito da audácia, da ousadia Tique (Τύχη) — deusa da fortuna, mudança, providência Zelo (Ζῆλος ) — espírito da rivalidade, da disputa e do zelo
Segunda geração [editar | editar código-fonte] A era dos titãs (Τιτάνες ) e titânides (Τιτανίδες ): Urano depois de criado por Gaia passa a ser seu marido e protetor, sempre deitado sobre ela, gerando vida nela, copulando-a periodicamente com a chuva. Urano e Gaia geraram as criaturas: os titãs e as titânidas, os cíclopes, e os hecatônquiros. Após ser criado, Urano passa a ser o primeiro senhor do Cosmos, não demorando a se tornar também seu primeiro tirano.
Titãs[editar | editar código-fonte]
Oceano (Ωκεανός ) — o grande rio que circula o mundo Céos (Κοίος ) — o deus do norte, do conhecimento oracular das estrelas, representado pela constelação de dragão no centro do céu Crio (Κρείος ) — o deus do sul, ligado à constelação de Áries, deus responsável pela mecânica dos astros e pelos ciclos celestiais Hiperião (Υπερίων ) — o deus do leste e deus primordial do sol e do fogo celestial Jápeto (Ιαπετός ) — o deus do oeste, do ocaso, da mortalidade e ancestral da raça humana Cronos (Κρόνος ) — deus do tempo, mais tarde com apoio de Gaia esquartejou Urano tornandose senhor do Universo.
Titânides[editar | editar código-fonte]
Teia (Θεία ) — a deusa da visão, do brilho e das joias Reia (Ρέα ) — a deusa da fecundidade, mãe dos deuses olímpicos Têmis (Θέμις ) — a deusa da justiça divina Mnemósine (Mνημοσύνη) — a deusa da memória Febe (Φοίβη) — a brilhante, deusa da Lua cheia, mais bela titânide, fundadora do Oráculo de Delfos Tétis (Τηθύς ) — a deusa do mar, consorte de Oceano
Ciclopes[editar | editar código-fonte] Ciclopes (Κύκλωπες ) — monstruosos seres de um olho apenas, responsáveis por forjar os relâmpagos
Arges (Ἄργης ) Estéropes (Στερόπης ) Brontes (Βρόντης )
Hecatônquiros[editar | editar código-fonte] Hecatônquiros (Ἑκατόγχειρες ) filhos de Gaia e de Urano. Seres também monstruosos, que possuíam cem braços sem forma e cinquenta cabeças que saem de seus ombros, auxiliaram Zeus a destronar Cronos.
Coto (Κόττος ) Briareu (Βριάρεως ) Giges (Γύγης )
Filhos do ícor e do esperma de Urano[editar | editar código-fonte] Quando Cronos castrou seu pai, na revolta dos titãs, seu ícor caiu em Gaia a fecundando, que gerou em diferentes tempos:
Os gigantes — gerados por Gaia para derrotar Zeus, pois Gaia se enfureceu quando este prendeu os titãs no tártaro, podiam ser mortos se atacados por um deus e um mortal simultaneamente (geralmente Héracles). Alcioneus, Efiates, Porfírio, Encélados, etc. As melíades (Μελιάδες ) — elementares dos freixos, que cuidaram da criação de Zeus quando este era ainda um bebê e o protegeram de seu pai Cronos em uma caverna, onde era alimentado com leite e mel.
O ícor que caiu do Céu, fecundando Nix (Noite).
Erínias (Ερινύες ) — deusas da vingança, em especial do sangue paterno derramado: Aleto ( Αληκτώ) Tisífone (Τισιφόνη) Megera (Μέγαιρα )
O esperma que caiu no mar se desenvolveu em Tálassa deusa primordial do mar gerando:
Afrodite (Αφροδίτη) — a deusa do amor. Foi para o monte Olimpo, com a vitória de Zeus, onde era a divindade mais antiga, casou-se com Hefesto
Mitos mais modernos fizeram de Afrodite filha de Zeus e Dione e mãe de Eros. Dione seria filha de Tálassa e Urano. A deusa Afrodite gerou com os seguintes deuses: Com Zeus gerou:
As cárites ( Χάριτες ) — deusas da graça, dos banquetes e festas: Aglaia ( Ἀγλαία ) Eufrosine (Εὐφροσύνη) Talia (Θαλία )
Com Posídon gerou:
Herofile (Ἡρόφιλη) Rode (Ρόδη)
Com Hermes gerou:
Hermafrodito (Ἑρμαφρόδιτος ) — que se fundiu com a ninfa Salmácis
Com Ares gerou:
Eros (Ἔρως ) — deus do amor Anteros ( Ἀντέρως ) — deus do desprezo Harmonia ( Ἁρμονία) — deusa da concórdia que casou com Cadmo, rei de Tebas Fobos (Φόβος ) — deus do medo Deimos ( Δεῖμος ) — deus do pânico
Com Apolo gerou:
Himeneu (Ὑμέναιος ) — deus das núpcias e do casamento
Com Dioniso gerou:
Priapos (Πρίαπος ) — deus da fecundidade dos jardins
Afrodite com o mortal Anquises gerou:
Eneias ( Αἰνείας ) — o ancestral de Rômulo e Remo, fundadores de Roma Afrodite com o mortal Butes gerou: Erix (Έρυξ ) — um rei da Sicília que foi morto por Héracles, durante suas viagens.
Nereus e Dóris (Oceânide) [editar | editar código-fonte]
Nérites (Νηρίτης ) — transformado em molusco como castigo por disputar uma corrida com Apolo ou por rejeitar o amor de Afrodite. Ninfas nereidas (Νηρηίδες ) — eram ao todo cinquenta, as principais eram: Anfitrite ( Ἀμφιτρίτη) Galateia (Γαλάτεια ) Tétis (Θέτις )
Fórcis e Ceto[editar | editar código-fonte]
Greias (Γραῖαι ) — três velhas que compartilham um só olho e um só dente Ênio (Ἐνυώ)
Pênfredo (Πεμφρηδώ) Dino ( Δεινώ) Górgona (Γοργώνες ) — ser alado com serpentes na cabeça, com seu olhar transformava os seres vivos em pedra. Esteno (Σθεννώ) Euríale (Εὐρυάλη) Medusa (Μέδουσα ) Equidna (Ἔχιδνα ) — mãe de todos os monstros, com Tifão Cila (Σκύλλα ) — monstro marinho com seis cabeças saindo da cintura que devoravam os marinheiros Toosa (Θόωσα ) — deusa marinha, mãe de Polifemo com Posídon Ladão ( Λάδων ) — dragão de cem cabeças que guardava os pomos de ourodas hespérides. Sereia (Σειρήνες ) — mulheres-pássaro que levavam os marinheiros para a morte através de seu canto Leucosia ( Λευκωσία ) Partenope ( Παρθενόπη) Ligeia ( Λιγεία ) Hespérides (Ἑσπερίδες ) — ninfas que guardam os pomos de ouro no jardim de Hera. Egle ( Αίγλη) Erítia (Ερύθεια ) Aretusa ( Ἀρέθουσα )
Taumas e Electra (Oceânide)[editar | editar código-fonte]
Harpias ( Άρπυιαι) — seres com cabeça de mulher e corpo de águia semelhantes aos gárgulas Aelo ( Ἀελλώ) Ocípite (Ωκυπέτη) Celeno (Κελαινώ) ou Podarce ( Ποδάρκη) Íris (Ἶρις ) — deusa do arco-íris e mensageira de Hera Arce ( Ἀρκη) — irmã gêmea de Íris, o duplo arco-íris
Crisaor e Calírroe (Oceânide)[editar | editar código-fonte]
Gerião (Γηρυών ) gigante com três troncos a partir da cintura Equidna (Ἔχιδνα ) a mãe de todos os monstros com Tifão
Reinado dos titãs[editar | editar código-fonte] Em uma revolta organizada por Gaia contra a tirania de Urano, que devolvia seus filhos à Terra tirando-os do Céu, pois tinha medo de ser destronado, Cronos castrou seu pai Urano que perdeu seu poder. Assim, Cronos passou a reinar no mundo, com seus irmãos, os titãs. Nesse momento, os ciclopes e hecatônquiros já haviam sido presos no Tártaro por Urano.
Terceira geração[editar | editar código-fonte] Domínio dos filhos dos titãs. Cronos, sabendo que seria destronado por um de seus filhos, devorava a todos logo que nasciam. Reia, sua esposa, o enganou e escondeu o mais novo, Zeus, que foi criado escondido pela ninfa Amalteia e pelos Curetes. Quando cresceu libertou seus irmãos do corpo de Cronos através de uma erva dada por Métis, libertou os cíclopes e os hecatônquiros — que imortalizou — e, unido a todos estes, realizou a titanomaquia, a luta contra os titãs, que vencidos foram jogados no Tártaro. Após isto teve que vencer duas ameaças enviadas por Gaia: os gigantes, contra os quais realizou a gigantomaquia com a ajuda de Héracles e o terrível Tifão contra a qual travou a mais difícil e derradeira batalha. Depois de tudo Zeus assim se torna o novo senhor do cosmo.
Filhos de Céos e Febe[editar | editar código-fonte]
Leto (Λητώ) — deusa do anoitecer Astéria (Αστερία) — deusa das estrelas Lelantos (Ληλαντος) — deus da brisa veloz
Filhos de Oceano e Tétis (Titânide)[editar | editar código-fonte]
Pótamos (Ποταμοί ) — deuses dos rios. Eram ao todo três mil. Os principais eram: Nilo, Erídano, Alfeu, Estrimão, Istro, Fásis, Aqueloo, Simóis, Escamandro
Os rios, com variados parceiros, geraram:
As ninfas neféles (Νεφέλες ) — elementares das nuvens As ninfas náiades (Ναϊάδες ) — elementares dos riachos As ninfas crineias (Κρηναιαι ) — elementares das fontes As ninfas pegeias (Πηγαιαι ) — elementares das nascentes As ninfas potâmides (Ποταμηίδες ) — elementares dos rios As ninfas limnades ( Λιμνάδες ) ou Limenídes ( Λειμενίδες ) — elementares dos lagos, lagoas As ninfas heleiades (Ελειάδες ) elementares dos pântanos Ninfas oceânides (Ωκεανίδες) — eram quarenta e uma no total, as principais eram: Electra, Dóris, Clímene, Calírroe, Pluto, Europa, Métis, Tique (deusa da fortuna e da sorte), Calipso, Estige (rio do inferno)
Filhos de Hiperião e Teia[editar | editar código-fonte]
Hélios (Ἡλιος ) deus Sol, condutor da carruagem do Sol, o que tudo vê. Se uniu com diversas mortais e ninfas: Eetes ( Αιήτης ) — rei da Cólquida, com Perseis Pasífae (Πασιφάη) — esposa a do rei Mínos, com Crete Circe (Κίρκη) — deusa feiticeira, com Hécate Neerides (Νεαιρίδες ) — duas ninfas Lampecia e Faetusa, com Neera Faetonte (Φαεθών ) — mortal que ousou dirigir o carro do sol, com Clímene Helíades (Ηλιάδης ) ou Faetontídes (Φαεθωντίδες ) — irmãs de Faetonte, com Clímene Heliacos (Ηλιάκοι) — reis da ilha de Rodes, com Rode Selene (Σελήνη) — deusa Lua Menai (Μήναι) — 50 deusas dos meses lunares, com Endimião Herse (Έρση), deusa do orvalho, com Zeus Pandia (Πανδία ), deusa da Lua cheia, com Zeus ou com Pã Nemea (Νεμέα ) — deusa de Némeia, com Zeus Eos (Εώς ) — deusa Aurora Emátion (Ημαθίων ) — rei da Arábia, com Titono Mêmnon (Μέμνων ) — rei da Etiópia, com Titono Faeton (Φαεθών ) — sacerdote de Afrodite, com Céfalo Herse (Έρση) — deusa do orvalho, com Zeus
Filhos de Crio e Euríbia (filha de Gaia e Ponto)[editar | editar código-fonte]
Astreu ( Αστραίος ) com Eos: os quatro Anemoi ( Ανεμοι) deuses dos quatro ventos: Zéfiro (Ζέφυρος ) — Vento Oeste, brisa primaveril Carpo (Καρπω) — deus das frutas, com Clóris (primavera) Antheia (άνθος) — deusa das flores, com Clóris Xantos (Χανθος) e Bálios (Βαλιος) — dois cavalos imortais, com a Harpia Podarge Bóreas (Βορέας ) Vento Norte, vento invernal Quione (χιώνη) — deusa da neve, com Orítia Aura (Αὒρα) — deusa da brisa congelante, com Orítia Boréades (Βορεάδαι) — Calais (Κάλαϊς) e Zetes (Ζήτης), com Orítia
Nóto (Νότος ) — Vento Sul, quente e seco Euro (Εύρος ) — Vento Leste, quente e úmido com Eos, Astreia ( Αστραία ) — deusa da inocência e da pureza com Eos, as seis Astra Planeta ( Αστρα Πλανητα ) — deuses das estrelas errantes: Héspero (Ἑσπερος ) — estrela do entardecer, estrela de Vênus. Eósforos (Εωσφορος ) — estrela do alvorecer, estrela de Vênus Faeton (Φαεθων ) — estrela de Júpiter Faenon (Φαινων ) — estrela de Saturno Stilbon (Στιλβων ) — estrela de Mercúrio Piroeis (Πυροεις ) — estrela de Marte Palas (Πάλλας ) Zelo (Ζήλος) — deus das disputas, com Estige Cratos (Κράτος) — deus do poder, com Estige Nice (Νίκη) — deusa da vitória, com Estige Bia (Βία) — deusa da violência, com Estige Perses — (Πέρσης ) Hécate (Ἑκάτη) — deusa da magia, dos mortos, das encruzilhadas, com Astéria
Filhos de Jápeto e Ásia (Oceânide)[editar | editar código-fonte] Também eram considerados titãs
Atlas (Άτλας) — Zeus, triunfante, na titanomaquia -luta contra os gigantes- castigou seus inimigos lançando-os no Tártaro, a região mais profunda do Hades, para que de lá nunca fugissem. Porém Atlas foi condenado a sustentar para sempre o céu sobre a Terra, sendo representado segurando o globo terrestre. Segundo algumas versões foi posteriormente libertado de seu fardo e tornou-se guardião dos Pilares de Hércules — o estreito de Gibraltar . Outra versão conta que Perseu o petrificou mostrando-lhe a cabeça que havia arrancado da Medusa, transformando-o nos montes Atlas. Com Pleione ou Etra, as ninfas das estrelas: Plêiades (Πλειάδες ) — elementares da navegação Híades (Υάδες ) — elementares das chuvas Hespérides (Ἑσπερίδες ) — elementares do entardecer Calipso (Καλυψώ ) Dione ( Διώνη) Maira (Μαίρα ) Menoécio (Μενοίτιος ) — forte e violento, era um gigante totalmente sem escrúpulos, esse titã foi morto por Zeus na titanomaquia e lançado as profundezas do Tártaros. Epimeteu (Επιμηθεύς ) — aquele que pensa depois, irmão de Prometeu, ficou responsável por distribuir as habilidades e qualidades para cada ser vivo, casou-se com Pandora, a primeira mulher, criada por Zeus como um castigo aos homens, mesmo após os conselhos de seu irmão que não confiava nos presentes de Zeus, e com ela gerou Pirra, que mais tarde se casou com Deucalião, filho de Prometeu. com Pandora — foi pai da primeira mulher Pirra. Prometeu (Προμηθεύς) — aquele que pensa antes, trouxe o fogo de Zeus à Terra, tornando os homens seres inteligentes que puderam evoluir e distinguir-se dos outros animais, por isso foi condenado por Zeus a ficar acorrentado nos montes do Cáucaso, onde um abutre comia seu fígado todos os dias. Por ser Prometeu imortal, o seu fígado se regenerava pela noite, para ser comido no dia seguinte. Héracles o libertou mais tarde. É atribuído a Prometeu a criação dos homens a partir do húmus da terra. com Pronoia ou Hesíone ou Celeno, foi pai de Deucalião, Lico, Quimero e Heleno.
Idades do Homem[editar | editar código-fonte] Ver artigo principal: Idades da Humanidade (Mitologia) A raça humana, após criada, teria passado pelas seguintes idades.
Idade de Ouro: Após a morte se transformavam em Daímones Epictonicos, intermediários entre os deuses e os Homens que agiam sobre a terra. Idade de Prata: Após a morte se transformavam em Daímones Hipoctonicos, intermediários entre os deuses e os Homens que agiam sob a terra. Idade de Bronze: Após a morte iam para o Hades e lá permaneciam (em Tártaro, Campos Elísios ou Campo das Lágrimas). Idade dos Heróis: Após a morte os heróis Justos iam para a Ilha dos Bem-Aventurados onde viviam como deuses governados por Cronos sem contato com os vivos, alguns se tornaram deuses ao irem para o Olimpo; os heróis injustos iam para o Hades, junto com os humanos normais. Idade de Ferro (até hoje): Após a morte iam para o Hades e lá permanecendo no seu estrato médio — o Érebo — onde purgavam a vida terrena como sombras — , os considerados justos iam para os Campos Elíseos — paraíso onde ficavam mil anos até se apagar o que de terreno havia neles — , depois disto esqueciam toda a sua existência e segundo alguns reencarnavam e segundo outros realizavam metempsicose — encarnar em outros seres vivos). os Injustos iam para as sombras do Tártaro para toda a eternidade).
Filhos da Equidna e Tifão[editar | editar código-fonte]
Ortros (Ὄρθρος) — cão de duas cabeças que guarda os bois de Gerião. Cérberos (Κέρβερος) — cão gigantesco de três cabeças, guardião do mundo inferior. Hidra de Lerna ( Ὕδρα Λερναία) — serpente que se tivesse uma cabeça cortada cresciam duas no lugar). Quimera (Χίμαιρα) — com cabeça de leão, torso de cabra e parte posterior de dragão ou serpente, morta pelo herói Belerofonte). Esfinge (Σφίγξ) — monstro com corpo de leão, asas de águia, cabeça e busto de mulher. Leão da Nemeia (Λέων της Νεμέας) — leão do tamanho de um elefante com a pele invulnerável. Ladão (Δρακον Λάδων) — dragão das hespérides que guardava os Pomos-de-Ouro. Aeto Caucasio (Αετος Καυκασιος) — águia gigante que devorava o fígado de Prometeu. Porca de Cromion ( Ὑς Κρομμυων) — porca alada que devastou Cromion e foi morta por Teseu.
Filhos de Cronos e Reia[editar | editar código-fonte]
Héstia (deusa virgem da lareira e do lar, responsável pelo fogo e pelo bom funcionamento da casa, representada pela lareira). Posídon — deus dos mares, das águas subterrâneas, dos terremotos e dos cavalos. O terceiro filho dos titãs Cronos e Reia, seu símbolo é o tridente e os cavalos) Deméter — deusa da Agricultura, da colheita, da vegetação, responsável pelas estações do ano). Hades — deus do Mundo Inferior, o Mundo dos Mortos). Hera — Senhora dos deuses, rainha do Olimpo, deuses e divindades. Deusa dos amores verdadeiros, protetora das mulheres, do casamento, do nascimento, da maternidade. É irmã e esposa de Zeus e mãe dos deuses Hebe, Hefesto e Ares). Zeus — Senhor dos deuses, rei do Olimpo, deuses e divindades, senhor do Universo. Representa a ordem e a vitória da humanidade sobre as forças selvagens da natureza representadas pelos titãs - distribui o bem e o mal, governa toda a humanidade e os imortais. Seu símbolo é o raio e a águia). Da união de Cronos com a ninfa Filira, nasceu o centauro treinador de heróis Quíron.
Casamentos de Zeus [editar | editar código-fonte] Zeus teve diversos amores e filhos (muitas vezes Zeus se relacionava com mortais gerando heróis ou semideuses).
Métis (Sabedoria) — sua primeira esposa: Atena — deusa da sabedoria, da justiça, das batalhas, da vitória; nascida das têmporas de Zeus, depois que este engoliu Métis grávida, com medo de que a filha fosse mais poderosa que o pai, mesmo assim, depois de algum tempo Atena nasceu).
com Têmis (Equidade, das leis): Horas Eunômia — Boa Norma Dice — Ensino, normas Irene — Paz
Existem mais dez horas que são guardiãs da ordem natural, do ciclo anual de crescimento da vegetação e das estações climáticas anuais
Clóris — deusa das flores Carpo — deusa das frutas Acme — deusa do apogeu Anatole — deusa da alvorada Eupória — deusa da abundância Ortosia — deusa da prosperidade Ferusa — deusa do cultivo Gimnásia — deusa da ginástica e dos esportes Auxo — deusa do crescimento das plantas Talo - deusa do florescimento da plantas. Moiras Cloto (Κλωθώ) — a fiandeira Láquesis (Λάχεσις) — a distribuidora Átropos (Άτροπος) — a inevitável com Eurínome (Beleza e alegria de viver): Cárites Aglaia Eufrosina Tália com Mnemósine (Domínio das Artes): As nove Musas: Calíope — poesia épica Orfeu — com Apolo ou Eágro Lino — com Apolo ou Eágro Ialemos — com Apolo ou Eágro Clio — história Erato — lírica coral Euterpe — música Melpômene — tragédia Sereias (Σειρήνες ) — com Aqueloo Leucosia ( Λευκωσία ) Partenope (Παρθενόπη) Ligeia ( Λιγεία ) Polímnia — retórica Tália — comédia Terpsícore — dança Urânia — astronomia com Leto (Dia e Noite) os gêmeos: Apolo — deus do Sol, da luz e dos oráculos e mânticos, também da música, da poesia e da profecia além de protetor das musas. Deus muito belo, personificava o ideal grego de beleza masculina. Asclépio — filho da mortal Corônis com Apolo, grande médico morto por Zeus, pois estava ressuscitando os mortos.Após sua morte foi divinizado se tornando o deus da cura e medicina. Hígia — deusa da saúde, limpeza e sanidade, com Lampécia
Panaceia — deusa da cura, com lampécia Iaso — deusa da recuperação de uma doença, com Lampécia Aceso — deusa do processo de cura, com Lampécia Egle — deusa da beleza dos corpos saudáveis, com Lampécia Himeneu — deus das Núpcias e do casamento, filho de Apolo com Afrodite Aristeu — deus da apicultura e do pastoreio, filho de Apolo com Cirene Ártemis — deusa da Lua e da caça, da castidade, dos animais selvagens, permenaceu etenamente virgem. com Deméter (deusa da da fecundidade da terra) Perséfone ou Coré — deusa relacionada a fecundidade da terra, esposa de Hades, passava quatro meses com do ano com o marido causando o outono/inverno, pois sua mãe Deméter entrava em luto e a terra não produzia, o restante do ano ela voltava ao Olimpo ficando com sua mãe causando o primavera/verão. Zagreu — primeiro nascimento de Dioníso, com Zeus Iaco — portador da tocha dos mistérios de Eleusís, com Zeus Melinoe — deusa dos fantasmas e assombrações, com Zeus ou Hades Macaria — deusa dos Bem-Aventurados, com Hades com Hera (Hierogamia - o Grande Casamento): Hebe — Deusa da juventude) Alexiares ( Αλεξιαρης ) — deus que protege a cidade, com Héracles Anicetos ( Ανικητος ) — deus que afasta a guerra, com Héracles Ilitia — Deusa do parto Ares — Deus da guerra, das batalhas. Seu símbolo era o cão ou o abutre. Pai de Rômulo e Remo, fundadores de Roma) Hefesto — Deus dos ferreiros, dos metais, da metalurgia, do fogo, criador das Tecnologias. Suas forjas depois de derrubado do Olimpo por Zeus foram colocadas no monte Etna, onde era auxiliado pelos ciclopes. Cabiros (Κάβειροι ) e Caberides (Καβειρίδες ) — tribo mítica dos mistérios da Samothrákê, com Cabiros Cárites ( Χάριτες ) — deusa do encanto e da graça, com Aglaia Eucleia (Εὔκλεια ) — deusa da boa glória Eutênia (Εὐθηνία ) — deusa da boa abundância Eufeme (Εὐφήμη ou Εὐφημία ) — deusa da boa reputação Filofrósine (Φιλοφροσύνη) — deusa da amabilidade Palicos (Πάλικοι) — deuses gêmeos dos gêiseres, com Etna com Maia (Conhecimento do Visível e do Invisível) Hermes — mensageiro dos deuses, deus do comércio, o seu símbolo era o caduceu - hoje alguns acham que é o símbolo da medicina, mas erroneamente, pois o símbolo da medicina é o cajado de Esculápio, que se difere principalmente no fato de ter apenas uma serpente, diferente do cetro de Hermes que possui duas, segundo a semiologia médica), também era o protector dos ladrões, viajantes e mercadores. com a mortal Alcmena (Força e Destemor): Héracles (O Grande Herói) — depois da sua morte foi divinizado, indo para o Olimpo onde se casou com a deusa Hebe (Juventude). com a mortal Dânae (Inteligência e poder): Perseus — o herói matador da Górgona Medusa e libertador da princesa Andrômeda com quem se casou, ao morrer foi colocado nos céus entre as estrelas. com a mortal Sêmele (vinho e Alegria) Dioniso — Deus do vinho, das festas, da loucura, da embriaguez, das orgias. Era servido por mulheres as ménades e pelos sátiros seus irmãos adotivos). As festas do mundo grecoromano aconteciam, geralmente, em sua homenagem. Seus símbolos são as uvas, parreiras, vinho e a pele de leopardo.
Outros casamentos de deuses [editar | editar código-fonte]
de Poseidon com a nereide Anfitrite teve: Tritão, deus marinho que acalmava as ondas. Proteu, o pastor dos rebanhos de Poseidon. Rode, deusa marinha protetora da ilha de Rodes. Cimopoleia, deusa marinha das tempestades. Bentesicime, deusa marinha das ondas profundas. de Poseidon com Deméter, nasceram Despina, deusa dos mistérios dos cultos arcádios e Árion, um cavalo imortal de Deméter com o mortal Iasião, Pluto, deus da riqueza da nereide Tétis com o mortal Peleu, nasceu o herói Aquiles de Poseidon com a mortal Eurimede, nasceu Belerofonte o matador da Quimera de Poseidon com a mortal Etra, nasceu Teseu o matador do Minotauro
Outros deuses[editar | editar código-fonte]
Sabázio — filho de Zeus e Perséfone, com culto e atribuições semelhantes a Dionísio, era essencialmente oriental, não fazendo parte, propriamente, do panteão grego. Adônis — jovem de grande beleza que nasceu das relações incestuosas que o rei Cíniras, de Chipre, manteve com a sua filha Mirra. A deusa grega Afrodite, apaixonou-se por ele, e o deus Ares, amante de Afrodite, ao saber envia um javali para matá-lo. Após sua morte foi divinizado tornado-se deus da vegetação que morre no inverno (descendo aos infernos e juntando-se a Perséfone) e regressa à Terra na primavera (para juntar-se a Afrodite) Psiquê — uma bela mortal, filha de um rei da Anatólia, por quem Eros se apaixonou. Após ser imortalizada, se tornou a deusa da alma. Com Eros teve Hedonê (o prazer) Ganímedes — Um belo mortal, príncipe de Troia, por quem Zeus se apaixonou, metamorfoseando-se em águia para raptá-lo e levá-lo ao Olimpo, onde tornou-se um imortal e passou a servir o néctar aos deuses, substituindo Hebe. Zeus o homenageou transformando-o, posteriormente, na constelação de Aquário. Glauco — Segundo Ovídio, um pescador mortal, que acidentalmente descobriu uma erva mágica capaz de ressuscitar os peixes. Após experimentá-la em si mesmo seus ombros alargaram, seus cabelos se tornaram verdes como o mar e suas pernas se transformaram em uma cauda de peixe. Foi acolhido pelas divindades marinhas e teve a permissão de Oceano e Tétis para se tornar um imortal. Em outras versões seria filho de N ereus.
Gráfico das famílias dos deuses[editar | editar código-fonte] Caos
Tárt aro
Gaia
Eros
Óreas
Nix
Érebo
Anteros
Ponto
Geras Apáte Urano
Éter
Momo
Heme ra
Tifão
Ciclop es
Moros
Ponos
Reia
Febe
Céos
Tânato
Hecatônq uiros
Hiperião
Hipnos
Queres
Hespéri des
Oceano
Jápeto
FilotesÉris Nêmesis
Equidn a
Tétis
Cron os
Melíade s
Electrião
Licínio
Sêm ele
Alcme na
InacoOceâ nides
Héstia
Hade s
Hera
Demét er
Posidão
Latona
Zeus
Promet eu
Epimet eu
Pleione
Atlas
Io
Dione
Maia
Asterope
ElectraTai gete
Mérope Celeno Dríope
Dionís io
Ares
Héracl es
Hefesto
Hebe
Perséf one
Atena
Afrodite
Épafo
Apolo
Eunômi a
Rodo
Tique
Ártemis
Peito
Herme s
Abdero
Hermafro dito
Pã