Extraído Seguindo os passos da história de quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
VIDA APÓS APÓS A MORTE NA MITOLOGIA MITOLO GIA GREGA A religio grega antiga, hoje !onhe!ida "ais !o"o "itologia grega, e"#ora "itologia e religio no seja" a "es"a !oisa, pois ne" todos os "itos possue" u"a liga$o religiosa no sentido de referir-se ao !ulto e rito% & que difere prin!ipal"ente o "ito da religio, ' o fato que o "ito narra u"a história que possa en(ol(er ou no algu" deus ou di(indade, a qual essa era !ultuada por algu" po(o% )o entanto, independente dos deuses gregos apare!e" e" (*rios "itos, tais "itos no expli!a(a" propria"ente o lado ritualísti!o e lit+rgi!o, "as de !erta for"a es#o$a(a a !ren$a e a f' nessas di(indades% ara nós, ha#itantes do s'!ulo ., os antigos "itos so falsos, so histórias "entirosas% )o entanto, da "es"a for"a que te"os f' e a!redita"os nas histórias !ontidas e" li(ros sagrados, esses po(os do passado ta"#'" tinha" f' e" seus deuses e a!redita(a" nos "itos, e"#ora entre os gregos j* hou(esse a ideia de história "entirosa% )o !aso dos antigos gregos, estes desen(ol(era" ritos e !ren$as que expli!a(a" para onde a al"a iria após a "orte do !orpo, o que ha(eria no Al'"% ro(a(el"ente (o!/s j* de(e" ter ou(ido falar do ades, do *rtaro, dos a"pos Elísios e do &li"po, "as nesse texto apresentarei alguns assuntos j* !onhe!idos por alguns, "as !o" alguns detalhes e aspe!tos que passa" desaper!e#idos% desaper!e#idos%
Espíritos e almas &s gregos antigos j* possuía" u"a no$o so#re a exist/n!ia de u"a al"a, pois !onsidera(a" lo!ais para onde as al"as iria" após a "orte% or outro lado, eles ta"#'" !onsidera(a" a exist/n!ia de fantas"as, onde era dito que se trata(a" das pessoas que no re!e#era" os ritos f+ne#res adequados, pois para eles o papel dos ritos era era "ais do que si"#óli!o, si"#óli!o, era u"a for"a de guiar os "ortos "ortos para seu destino destino após a "orte, e se isso no fosse de(ida"ente feito, as al"as seria" #arradas e" sua (iage" e fi!aria" presas no "undo dos (i(os, os ator"entado%
Aristóteles 345-322 345-322 a%6 diia que o "undo e os seres (i(os era" for"ados for"ados por u"a "istura dos quatro ele"entos *gua, fogo, terra e ar6 !o" 'ter suposto quinto ele"ento6, e no !aso dos seres (i(os, (inha a !ha"ada 8!entelha da (ida8 ou 8ar da (ida8, o qual seria u"a "et*fora ou aluso para a al"a% )o "ito de Prometeu , quando esse !riou o pri"eiro ho"e", esse o "oldou do #arro e lhe soprou o 8ar da (ida8% A teoria atômica , surgida na 9r'!ia Antiga, entre os filósofos Leucipo Demócrito e depois desen(ol(ida por Epicuro e Lucr!cio, diia que toda a "at'ria do uni(erso era for"ada por pequenas partí!ulas in(isí(eis !ha"adas de *to"os, os quais !onsistia" na #ase da "at'ria, nesse !aso, o !orpo seria o re!ipiente para a al"a%
Plat"o 524-357 a%6 !on!e#ia a al"a !o"o sendo i"ortal e di(ina, ele a !on!e#ia di(idida e" tr/s partes: ra#"o , que era perso personifi nifi!a !ada da pela pela !a#e$ !a#e$a, a, repres represen entan tando do a sa#edo sa#edoria ria e o !on !onhe! he!i"e i"ento nto;; o irascí$el, personifi!ada pelo tórax que si"#olia(a a i"petuosidade e os senti"entos; e a co%cupisc&%cia, personifi!ada pelo (entre, representando o desejo% ara ele a al"a era perfeita e pura, "as era !orro"pida pela própria pessoa por suas es!olhas e desejos errados% lato ta"#'" a!redita(a a!redita(a na reen!arna$o e no que ele !ha"a(a de 'Mu%(o (as I(eias' , u" lo!al trans!endental onde apenas a al"a poderia ir% al lo!al personifi!aria a (erdadeira (erdadeira realidade e" detri"ento do "undo "undo ilusório e i"perfeito que era a erra% erra%
Pit)*oras <70=-5>? a%6 foi u" i"portante filósofo e "ate"*ti!o grego, o qual defendia a ideia de que a al"a era i"ortal, e que após a "orte, passado u" te"po, a al"a reen!arnaria e" outro !orpo% it*goras, segundo @ulfin!h 200?B !o"para(a a al"a !o" a !era, onde ele diia que assi" !o"o a !era pode ser "oldada e depois derretida para ser reutiliada, a al"a seria a "es"a !oisa nesse !ontexto% A ess/n!ia que apenas ' transferida de u" !orpo para o outro% it*goras ta"#'" a!redita(a na ideia da metempsicose, literal"ente a trans"igra$o da al"a hu"ana para u" !orpo no hu"ano, nesse !aso, os gregos a!redita(a" pelo "enos alguns6 que a al"a hu"ana poderia reen!arnar no !orpo de u" ani"al% al !ren$a era !o"partilhada por outros po(os e ainda hoje existe", espe!ial"ente entre o +i%(uísmo e o ,ai%ismo, antigas religiCes indianas% Atual"ente o induís"o, o ,ai%ismo, o -u(ismo e o Espiritismo .ar(ecista , so algu"as religiCes que a!redita" em ree%car%a/"o e 0arma% &utro aspe!to i"portante era que os gregos antigos !on!e#ia" a exist/n!ia de espíritos, !ha"ados de dae"ons, pala(ra que a!a#ou posterior"ente sendo !orro"pida, dando orige" a pala(ra de"Dnio% )o entanto, os (aemo%s personifi!a(a" espíritos #ons eu(aimo%s6 e espíritos "aus 0a0o(aimo%s6; tais espíritos poderia" tanto !on(i(er !o" u"a pessoa, !o"o ta"#'" ha#ita(a" lo!ais naturais e lo!ais !onstruídos pelos ho"ens% As %i%1as era" personifi!a$Ces da naturea, e"#ora no fosse" espíritos propria"ente !o"o os dae"ons, j* que se "ostra(a" !o"o seres "ais físi!os% Sócrates 5?>-3>> a%6 e"#ora no fala-se "uito e" religio, !ostu"a(a dier que seus ensina"entos e !onselhos, !onsistia" e" pala(ras que ele ou(ia de seu dae"on%
O Paraíso %"o 1ica$a %o 2!u iferente de outras religiCes aonde geral"ente o araíso, o lo!al para onde (o as al"as justas e #ondosas, para u" des!anso pa!ífi!o e alegre, o qual !o"u"ente ' referido fi!ar lo!aliado nu" plano !elestial; para os gregos antigos, o !'u era o lo!al da "orada dos deuses, "ais espe!ifi!a"ente falando do Mo%te Olimpo, lar dos deuses gregos%
O Monte Olimpo com seus quase três mil metros de altitude é a montanha mais alta das Grécia e uma das mais altas da Europa. Para os gregos antigos, o seu topo era a morada dos deuses.
&s gregos !on!e#ia" dois tipos de !'us: 3ra%o que representa(a o !'u (isí(el, e de !or aul, e 4ter o 8!'u superior8, o qual ' entendido !o"o sendo o espa$o% anto Frano quanto Gter so deuses pri"ordiais que personifi!a" tais lugares% )o !aso do &li"po, que representa(a a "oradia di(ina no 'u, era lo!al ex!lusi(o dos deuses, logo, o araíso no fi!aria l* !i"a, pelo "enos no o paraíso para os "ortais% & Honte &li"po ' representando !o"o u" !onjunto de esplendorosos e "agnífi!os pal*!ios, geral"ente di-se que era" doe, faendo refer/n!ia aos oe &li"pianos, ou seja, os doe deuses que possuía" resid/n!ia fixa no &li"po, e"#ora algu"as (ersCes ta"#'" diga" que oseidon e ades ali possuísse" seus pal*!ios, e"#ora ne!essaria"ente no residisse" !o" frequ/n!ia no &li"po% G des!rito que na entrada do &li"po, se en!ontra(a u" grande e #elo porto de ouro, feito pelo próprio +e1esto, deus do fogo, das forja e dos artífi!es% &s pal*!ios era" feitos de reluente "*r"ore e e" algu"as (ersCes die" que era" feitos ta"#'" de !ristais% Era" adornados !o" ouro e prata, al'" de possuíre" esplendorosos "ó(eis de "adeira de lei e luxuosos te!idos, !o"o !ortinas, toalhas de "esa, al"ofadas, len$óis, tapetes, et!% a(ia ta"#'" jardins e fontes, al'" de outras !onstru$Ces adja!entes% & pal*!io de Ieus e era fi!a(a a!i"a dos de"ais, pois a"#os era" os so#eranos do uni(erso%
Pintura retratando os doze principais deuses do Olimpo.
& !li"a era !o"o de pri"a(era, no entanto o !'u "uda(a entre dia e noite, e dependendo do hu"or de Ieus poderia fi!ar nu#lado e te"pestuoso% G des!rito que os deuses se ali"enta(a" prin!ipal"ente de u" "anjar !ha"ado Am5rosia , u" ali"ento do!e que diia !on!eder "uita alegria e que se u" "ortal o !o"e-se, ganharia a i"ortalidade% o"o #e#ida, os deuses !o"u"ente #e#ia" N!ctar, u"a "ísti!a #e#ida que diiase ser no(e (ees "ais do!e do que o "el, "as "uito sa#orosa%
uriosa"ente, apenas dois "ortais !hegara" a (i(er no &li"po, o pri"eiro fora o prín!ipe troiano Ga%ime(es o qual fora raptado por 6eus, o qual se transfor"ou e" u"a gigantes!a *guia e !apturou o jo(e" prín!ipe% 9ani"edes fora le(ado ao &li"po, re!e#eu a i"ortalidade a fi" que se torna-se o !opeiro dos deuses, passando a eternidade para ser(i-los% & segundo "ortal a !hegar ao &li"po fora o herói +!racles 'r!ules para os ro"anos6, o qual e" seu leito de "orte, fora poupado pelo seu pai Ieus, o qual lhe !on!edera a i"ortalidade e u" lo!al no &li"po% 'ra!les passou a (i(er entre os deuses, !asando-se !o"o sua "eia-ir" +e5e, a deusa da ju(entude, outrora !opeira dos deuses, su#stituída por 9ani"edes%
& herói -elero1o%te após ter derrotado a Jui"era !o" a ajuda de P!*aso , !hegou a (oar no !a(alo alado na tentati(a de !hegar ao &li"po, "as Ieus indignado !o" a i"prud/n!ia do herói o derru#ou do !a(alo, por'" @elerofonte fora poupado de "orrer naquele instante pela inter(en$o de Ate%a% )a Tita%oma7uia, histórias que narra" o !onfronto dos tits !ontra os deuses, os tits !hegara" a tentar su#ir no &li"po, "as fora" repelidos pelos raios de Ieus% )o !aso do tit ro"eteu, esse !onseguiu !hegar ao &li"po, de onde rou#ou o fogo para d*-lo a hu"anidade%
Ilustração do Monte Olimpo para o ogo God of War .
Assi", se o 'u era o lar ex!lusi(o dos deuses, aonde fi!a(a o araíso= Has antes de !hegar a ele, pri"eiro des!ere"os ao .nferno para !onhe!/-lo "elhor%
O I%1er%o8 o Rei%o (e +a(es
!ades
Após a (itória dos deuses !ontra os tits o "undo fora di(idido entre os tr/s ir"os; Ieus o !a$ula dos deuses-tits 2ro%os e Reia, a!a#ou se tornando senhor do !'u e da terra% A oseidon, o filho do "eio, este fi!ou !o" o go(erno dos "ares, e ao pri"og/nito ades a que" !a#eria o direito de go(ernar o !'u e a terra, lhe restou o "undo inferior, "as pelo fato de Ieus ser o deus "ais poderoso e "ais astuto que seus ir"os, sou#e !on(en!/-los dessa di(iso% )o entanto, e"#ora a ades fora legado o reino inferior, ele no era retratado !o"o sendo u" deus !ruel e re(oltado, diferente do que (e"os e" algu"as outras histórias% oseidon, era "ais genioso e esquentado do que ele, no ' por a!aso que ele ta"#'" era o deus dos terre"otos e das te"pestades% ades luto para os ro"anos6 era !asado !o" sua so#rinha, a deusa Pers!1o%e, filha de Ieus !o" a sua ir", a deusa Dem!ter, deusa da agri!ultura, das esta$Ces e dos ali"entos% A história de ers'fone e ades ' u" tanto tr*gi!a, pois ades sequestrou ers'fone e a le(ou ao "undo inferior a o#rigando a se !asar !o" ele, "as depois de todas as re(ira(oltas, ers'fone a!a#ou se apaixonando por ades e a!eitou se tornar sua esposa, por'" Ieus estipulou u"a !ondi$o, "etade do ano, ers'fone (i(eria !o" o "arido no .nferno e a outra "etade ela (i(eria !o" os pais no &li"po% Kogo, o período que "ar!a a estadia de ers'fone !o" o "arido, si"#olia o outono e o in(erno, pois !hateada, a deusa e"'ter, esque!e de dar as #en$os aos !a"pos e a naturea% Has, quando a filha est* e" !asa, representa a pri"a(era e o (ero, daí dier que ers'fone personifi!a(a a !hegada da pri"a(era%
Pintura em um "aso grego, retratando os so#eranos do In$erno, !ades e Persé$one.
ades possuía alguns epítetos #e" interessantes: era !ha"ado de o 'i%$isí$el', aspe!to este refor$ado no "ito de Perseu onde di que o deus possuía u" !apa!ete que !on!edia a in(isi#ilidade, !apa!ete esse que o deus e"prestou a erseu e" sua "isso de en!ontrar a Me(usa% Era ta"#'" !ha"ado de 'Se%9or (os Mu%(o I%1erior' , 'Rei (os Mortos' , 'So5era%os (e Muitos' , '6eus (o su5mu%(o' , et!% E"#ora ades no fosse u" dos deuses "ais !ultuados, era respeitado por sua !ondi$o !o"o senhor dos "ortos, esse aspe!to ' to "ar!ante que o .nferno entre os gregos ta"#'" era !ha"ado de ades, re(elando a influ/n!ia do deus so#re aquele lugar, que !uriosa"ente era o destino de quase todos os "ortais% iia que a (ida fora dada pelos deuses, "as após a "orte, sua al"a perten!eria a ades% E"#ora o .nferno fosse u" lugar so"#rio e nada agrad*(el, ades tinha u"a (antage", era o senhor de todas as riqueas que #rota(a" da terra, logo, as "inas, os "etais pre!iosos e as pedras pre!iosas perten!ia" a ele% Al'" disso, sua fun$o no se resu"ia apenas e" reinar so#re o "undo inferior, "as ta"#'", julgar as al"as e i"pedir que elas tentasse" fugir do .nferno% )o jogo Go( o1 :ar III , depois que Lratos "ata ades, o .nferno entra e" !aos, e os "ortos !o"e$a" a (oltar para a superfí!ie%
O cami%9o para o I%1er%o Juando as pessoas "orria" de u"a "orte se" ser gra(e, os deuses g/"eos, T;%atos, o deus da "orte e +ip%os, o deus do sono ia" #us!ar a al"a e !ondui-la at' a entrada do .nferno% or'", quando a "orte ha(ia sido gra(e, !o"o u" assassinato ou u" terrí(el a!idente, as deusas
Após sere" !on(o!adas pelos deuses, as al"as era" guiadas ao "undo inferior; nos "itos existe" relatos de (*rias passagens que le(a(a" at' esse lugar, "as !uriosa"ente independente de onde essas passagens !o"e$a(a", a!a#a(a" por !hegar ao "es"o lo!al, as "argens do Rio A7uero%te % & Aqueronte era u" dos !in!o rios que !rua(a" o "undo inferior, diia-se que possuía afluentes na superfí!ie, "as sua "aior parte fi!a(a so# a terra% )o existe" "uitas des!ri$Ces so#re tal rio, "as di-se que suas *guas era" so"#rias, que a regio por onde ele passa(a no "undo inferior era es!ura, fria, pedregosa e inóspita% & Aqueronte era !onsiderado a fronteira entre o "undo dos (i(os e o "undo dos "ortos, pois para se !hegar ao ades propria"ente, teria que atra(ess*-lo, e a +ni!a for"a de faer isso era atra('s do #ar!o do #arqueiro 2aro%te% aronte era des!rito !o"o tendo u"a apar/n!ia !ada('ri!a e en(elhe!ida% Era dito que era filho de N=>, a deusa da noite% aronte era o respons*(el por le(ar os re!'"-"ortos at' o ades, por'" a tra(essia no era de gra$a, ha(ia u"a quantia a ser paga% As (ersCes (aria" entre se pagar u"a "oeda ou duas, "as de qualquer for"a, se tal singela quantia no fosse paga, a al"a no poderia atra(essar e fi!aria presa no "undo dos (i(os, retornando !o"o u" fantas"a, !o"o fora dito ini!ial"ente% )o anto N. da E%ei(a, poe"a es!rito pelo poeta ro"ano Vir*ílio 70-1> a%6, o qual narra as a(enturas do herói troiano Eneias; nesse !apítulo, E%eias des!e ao .nferno a fi" de en!ontrar a al"a de seu pai A%7uises% & herói realia a (iage" auxiliado pela sa!erdotisa Si5ila, a que" o guia naquele "undo% )o poe"a ' des!rito que Eneias (/ (*rias al"as postadas nas "argens do Aqueronte, quando questiona que" seria" aquelas pessoas, lhe ' respondido que aqueles era" as al"as das pessoas que no ha(ia" tido ritos f+ne#res, logo suas al"as no podia" !ruar o rio% Era dito que se u"a al"a aguarda-se !e" anos, aronte faia a !ortesia de atra(ess*-la%
Ilustração de %aronte para a Divina Comédia , $eita por Gusta"o &oré.
ara nós, pode pare!er estranho algu'" se la"entar e" no poder entrar no .nferno, o pro#le"a so dois: pri"eiro, ' no .nferno onde as pessoas de #e" seria" julgadas para ire" aos a"pos Elísios, o paraíso dos "ortais% Segundo, no poder realiar a tra(essia, era !o"o interro"per u" !i!lo o#rigatório, que todos os "ortais de(eria" faer, a no ser que os deuses inter!edesse"% As Moiras , as quais era" as deusas do
destino, (i(ia" no .nferno% Elas era" respons*(eis por deter"inar o destino dos "ortais e por u" fi" e" suas (idas% Kogo, quando a al"a no podia !ruar o rio, ou ela fi!a(a se la"entado nas "argens do Aqueronte ou retorna(a para a superfí!ie indo ator"entar os (i(os ou se la"entar para os "es"os% Seria u" sofri"ento a "ais, fi!ar ao lado da fa"ília e dos a"igos, "as no poder interagir !o" eles, !o"o u"a pessoa (i(a% Algu"as (ersCes die" que al'" de atra(essar o rio A7uero%te , aronte ta"#'" na(ega(a pelo Oio Estige, outro dos !in!o rios infernais, no entanto, tais (ersCes so "enos a!eitas, pois !onsidera(a" que o Estige no se "isturaria !o" o Aqueronte% )o "ang*Pani"e Os 2a$aleiros (o 6o(íaco8 A Sa*a (e +a(es ? 2apítulo (o I%1er%o , aronte ' retratado !o"o u" dos !a(aleiros de ades, e segundo a história, o rio Aqueronte era to (asto que pare!ia u" "ar, no sendo possí(el enxergar a outra "arge"% E apenas aronte ' que" !onseguia faer a tra(essia de #ar!o% or'", tendo atra(essado o rio, as al"as (olta(a" a pisar e" terra, fi!ando diante de u" grande porto de ferro ou de #rone, dependendo da (erso; era retratado !o"o sendo enferrujado e #e" antigo, e de apar/n!ia retor!ida e sinistra% Aqueles era" os Port@es (o I%1er%o , e do outro lado, (igiando !o" seus seis olhos, esta(a o !o de guarda do .nferno, 2!r5ero% So#re os ortCes do .nferno, u"a dos relatos !l*ssi!os so#re esse lo!al, se en!ontra no 2a%to III da Di$i%a 2om!(ia, poe"a es!rito pelo poeta italiano Da%te Ali*9ieri 12?<-13216% )esse !anto, na estrofe tr/s, (ersí!ulo no(e, ante des!re(e u"a frase que se en!ontra es!rita no porto o qual seria feito de pedra e no de "etal% A frase "ar!a propria"ente o iní!io de sua jornada pelos no(e i!los do .nferno, assi" !o"o ele !on!e#e o lo!al e" seu poe"a% A frase que ele leu di o seguinte: 'Dei>ai ó $ós 7ue e%trais to(a a espera%/a'%
Ilustração de %ér#ero, o cão de guarda do In$erno.
'r#ero era filho do te"í(el tit Tí1o% e da horrí(el E7ui(%a, !onhe!ida !o"o a 8He de todos os "onstros8% 'r#ero ' nor"al"ente retratado !o"o sendo u" gigantes!o !a!horro !o" tr/s !a#e$as, e"#ora seu ta"anho e sua ra$a nun!a fora" espe!ifi!ados, logo, dependendo de que" o represente ele pode (ariar de ta"anho a#surda"ente% Al'" disso, outro aspe!to que o "ar!a, ' que 'r#ero ta"#'" era retratado !o"o possuindo a !auda sendo a !a#e$a de u" drago ou de u"a serpente, e possuindo !a#e$as de serpentes que #rota(a" de seus pes!o$os ou das !ostas, !a#e$as estas que !uspiria" fogo ou (eneno%
'r#ero !ostu"a fi!ar de prontido diante dos ortCes do .nferno, se"pre alerta, "as !uriosa"ente sua fun$o no era "anter os intrusos do lado de fora, "as pelo !ontr*rio, i"pedir que os "ortos tentasse" fugir do .nferno% Hes"o assi", no signifi!a que 'r#ero deixa-se qualquer u" entrar de #o" grado no .nferno% Alguns heróis que ali des!era" ti(era" que se (aler de arti"anhas ou da ajuda dos deuses para poder entrar e depois sair%
Or1eu quando des!eu ao .nferno, no intuito de traer sua esposa, Eurí(ice(e (olta a (ida, fiera 'r#ero ador"e!er ao so" de sua lira% Eneias quando ali ta"#'" te(e que passar, !ontou !o" a ajuda de Si#ila, a qual jogou u" 8#olo8 para 'r#ero, o qual a!a#ou !aindo no sono% O(isseu FlQsses para os ro"anos6, Teseu e Psi7u& esposa de Eros6 ta"#'" entrara" no .nferno, por'" os "itos no detalha" !o"o eles fiera" para entrar e sair, !o" ex!e$o de eseu que fi!ara preso e fora solto por 'ra!les% F"a história !onhe!ida di respeito ao d'!i"o segundo tra#alho de 'ra!les, o qual o rei Euristeu que lhe in!u"#ia dos tra#alhos, lhe dera a difí!il "isso de !apturar o !o infernal, 'r#ero% 'ra!les a!eitou a "isso e des!eu ao .nferno, sendo guiado por seus ir"os Ate%a e +ermes% Ele passou por 'r#ero e fora pro!urar seu tio ades e" seu pal*!io, l* ele lhe falou a!er!a de sua (inda ali% ades !on!ordou, por'" ers'fone pediu para que o herói no "altrata-se o ani"al% &utras (ersCes atri#ue" tal pedido feito pelo próprio ades% 'ra!les !on!ordou e" no usar nenhu"a ar"a para ferir o !o, apenas usaria sua !olossal for$a, assi" depois de lutar !ontra o !a!horro e su#jug*-lo, 'ra!les o a!orrentou e o !arregou so#re os o"#ros, o le(ando para a superfí!ie, e" dire$o a Hi!enas, onde reina(a Euristeu% epois disso, o herói de(ol(eu o !o para seu lugar% )a i(ina o"'dia, ante retira 'r#ero do seu posto diante dos portCes, e o transfere para o er!eiro i!lo, no qual so !astigados os gulosos, ou seja, os pe!adores que !o"etera" o pe!ado da gula% )o entanto, a gula diferente do que !o"u"ente pensa"os e" se referir apenas ao ex!esso e" se !o"er ali"entos, a gula ta"#'" refere-se a se #e#er "uito, independente de ser #e#idas al!oóli!as ou de outro tipo, pois e" ess/n!ia a gula, refere-se ao des!ontrole e" se !onsu"ir ali"entos e #e#idas% )esse !aso, ante di que 'r#ero de(ora(a os gulosos, os aprisionando e" seu estD"ago% al (iso ta"#'" ' !o"partilhada pelo desenho &s a(aleiros do Iodía!o Saint SeiQa6, no !apítulo do .nferno, o qual te" !o"o inspira$o a i(ina o"'dia%
Os ,uí#es assando pelos portCes, as al"as re!'"-!hegadas adentra(a" a regio infernal !ha"ada de 4re5o% Gre#o, ta"#'" era o no"e do deus pri"ordial da es!urido, sendo que u"a das refer/n!ias dadas a essa regio era de 'mu%(o (as som5ras' , por dois sentidos: pri"eiro, por ser es!ura, e segundo, porque os "ortos ta"#'" era" !ha"ados de so"#ras% elo Gre#o !orre" os rios Estige e o 2ócito, o rio das la"enta$Ces% & poeta grego +omero, autor da Ilía(a e da O(isseia, utilia a refer/n!ia 8so"#ra8 para referir-se aos "ortos% )a &disseia, &disseu a!a#a tendo que ir ao .nferno para en!ontrar a al"a do (idente Tir!sias o qual lhe poderia ajudar a en!ontrar o !a"inho de (olta para sua !asa, na ilha de Btaca% &disseu di que (iu (*rias so"#ras do seus !o"panheiros de guerra enquanto anda(a pelo Gre#o%
)a Eneida, Eneias e Si#ila a(ista" (*rias al"as se la"entando no !ha"ado '2ampo (as Lame%ta/@es' que fi!aria e" algu" lugar do Gre#o% )o poe"a, Eneias te" a infeli!idade de en!ontrar a fale!ida rainha Di(o, a que" outrora ha(ia a"ado e quase !hegara a se !asar !o" esta% ido ha(ia !o"etido sui!ídio, pois Eneias a a#andonara% E agora passaria a eternidade (agando pelo Gre#o e" profundo re"orso% Atra(essando os !a"pos so"#rios e est'reis do Gre#o, as al"as re!'"-!hegadas, so guiadas por de"Dnios, ou pelas Jueres, ou pelas Erí%ias, deusas da tortura, da (ingan$a, do ran!or e do !astigo% E"#ora, ades e ers'fone fosse" os so#eranos do lugar, ne!essaria"ente eles no presidia" os julga"entos, para isso ha(ia tr/s juíes que !uida(a" desses assuntos%
Pintura retratando as Er'nias perseguindo Orestes. Orestes era $ilho do rei (gamêmnon, e depois que desco#riu que sua pr)pria mãe ha"ia assassinado o seu pai, decidiu "ing*+lo, então Orestes a matou unto com seu amante que ha"ia participado da conspiração. Porém, as Er'nias $oram pessoalmente atormentar o pr'ncipe, pois tal ato não era usti$ic*"el.
)a Eneida, Nirgílio des!re(e que Eneias e Si#ila per!orrera" u"a estrada pedregosa at' !hegara" a u" grande porto de #rone, o qual da(a entrada para o tri#unal do jui Hinos% & lo!al ' des!rito !o"o u" grande p*tio, guardado por u"a hidra de !inquenta !a#e$as% Ao !entro se en!ontra(a u"a grande "esa, sentada atr*s dessa, esta(a Mi%os e diante dele a fila dos re!'"-!hegados% )o p*tio, ta"#'" ha(ia u" grande #ura!o, o qual da(a a!esso ao T)rtaro, a parte "ais profunda do .nferno, !o"o (ere"os "ais a frente% Eneias questiona para Si#ila o quo profundo estaria o *rtaro, e essa responde que ele esta(a "ais longe de seus p's do que o !'u de sua !a#e$a% &s tr/s juíes do .nferno no era" deuses, "as si" "ortais que re!e#era" essa re!o"pensa e de(er% Hinos, e" (ida fora o rei de 2reta, o "es"o que ordenara a !onstru$o de u" la#irinto, projetado por D!(alo, onde ele aprisionou o "onstro !ha"ado Mi%otauro% E"#ora fosse !onsiderado u" tirano para os atenienses, era !onsiderado u" #o" "onar!a para seu po(o% Hinos era filho de Ieus e da prin!esa fení!ia Europa% & segundo jui era ir"o de Hinos, este se !ha"a(a Ra(ama%to% A Oada"anto ' lhe atri#uído a orige" das leis !retenses, pois o "es"o era u" ho"e" justo e honesto% Oada"anto a!a#ou tendo que fugir de reta, de(ido a in(eja que Hinos nutria por ele% or'", quando "orreu, Ieus o no"eou jui do .nferno, assi" !o"o seu ir"o%
& ter!eiro jui era 4aco, o qual era filho de Ieus e da ninfa E*i%a% Ga!o se tornou rei da il9a (e E*i%a , a qual fora ho"enageada !o" o no"e de sua "e% Ga!o !asara-se !o" E%(eis !o" que" te(e dois filhos, Peleu e Telamo% , respe!ti(a"ente, os pais de A7uiles e ACa>, logo, Ga!o era a(D desses heróis% Ga!o era des!rito !o"o tendo sido u" go(ernante honesto e justo, e isso lhe rendeu indi!a$o para assu"ir o ter!eiro !argo de jui no .nferno% Ga!o ta"#'" ' retratado tendo e" "os, as ha(es do .nferno%
Pintura antiga, retratando os três u'zes do In$erno. &a esquerda para direita- adamanto, Minos e /aco.
ada u" dos juíes realia(a u" julga"ento espe!ífi!o% Ga!o julga(a as al"as dos europeus; Oada"anto julga(a as al"as dos asi*ti!os, por'", dependendo das (ersCes, uns atri#ue" a Ga!o ta"#'" julgar as al"as dos afri!anos e outras atri#ue" tal de(er a Oada"anto, pois, Ga!o julgaria o &!idente e Oada"anto o &riente, logo, a Rfri!a os!ila(a entre essas duas perspe!ti(as para os gregos antigos% Juanto a Hinos, esse da(a o (eredi!to final% )a i(ina o"'dia, ante e Nirgílio en!ontra" Hinos no Segundo i!lo% )o poe"a ele exer!e sua fun$o de jui, !ondenando os pe!adores de a!ordo !o" seus pe!ados a !ada u" dos !i!los% )o h* relatos !laros diendo se !ada u" dos juíes possuía" seu próprio tri#unal ou a"#os julga(a" e" u" só tri#unal% E" &s a(aleiros do Iodia!o: A Saga de ades, os tr/s juíes so ta"#'" !a(aleiros, e !ada u" possui seu tri#unal% Has, independente de no se sa#er se !ada u" possuía seu tri#unal, o "es"o fi!aria na regio do Gre#o, lo!al onde a "aioria dos "ortos (aga(a" pela eternidade% Al'" de ser ta"#'" o lo!al onde ades e ers'fone e outros deuses do Hundo .nferior possuía" seus pal*!ios%
Pintura retratando o !ades, tal"ez a região do /re#o.
& julga"ento feito pelos tr/s juíes senten!iaria" as al"as a tr/s lo!ais: •
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4re5o: &u seja, e" geral a grande "aioria das al"as fi!a(a" residindo no próprio Gre#o, (agando !o"o 8so"#ras8 por aqueles !a"pos o#s!uros% Ao "eu (er, tal senten$a seria u" 8"eio-ter"o8, pois no seria to pa(oroso e sofrí(el !o"o ir para o *rtaro, "as por outro lado, no seria #o" !o"o ir para os Elísios% T)rtaro : ara l* era" en(iadas as pessoas que fora" "uito !ru'is e" (ida, grandes pe!adoras ou que ti(era" afrontado os deuses% 2ampos Elísios : As al"as #oas e #e"-a(enturadas, seria" en(iadas para esse lo!al de pa e feli!idade%
O T)rtaro *rtaro era ta"#'" o no"e de u" deus pri"ordial, ligado ao lo!al da "orte% Era filho do deus 2aos, o deus pri"ordial% *rtaro !hegou a ter alguns filhos !o" Gaia, deusa da terra, sendo u" deles, o terrí(el tit Tí1o%, !onsiderado o "ais poderoso dos tits% )o entanto, *rtaro ta"#'" era o no"e dado ao lo!al "ais profundo da terra, e nor"al"ente era des!rito !o"o sendo u"a priso en(olta e" es!urido% & poeta grego +esío(o, dissera que o *rtaro era !er!ado por u" gigantes!o "uro de #rone% * Nirgílio na Eneida, dissera que era" tr/s grandes "uralhas que !er!a(a" o lo!al, e al'" disso, o *rtaro seria u" lugar "uito quente e a#afado, pois u" dos rios do inferno, o le*eto%te, o rio de fogo, por ali passaria%
Pintura retratando o 0*rtaro. (o centro $icaria uma espécie de $ortaleza ou cidade, onde e ram castigados os condenados.
)o passado, ronos, o deus do te"po e u" dos tits, nas!idos de Frano e 9aia, foi in!enti(ado por sua "e a destronar seu pai, pois Frano tinha horror aos seus filhos, e os aprisionou no *rtaro% )o entanto, 9aia !onseguiu li#ert*-los e ronos liderou seus ir"os, assi" ele usurpou o trono do pai Frano, e depois o !astrou% )o entanto, ronos ta"#'" !hegou a prender alguns dos seus ir"os, !o"o os ciclopes?ura%ia%os, os +ecatô%7uiros gigantes de !inquenta !a#e$as e !e" #ra$os6 e outros gigantes no *rtaro, pois os !onsidera(a !o"o a#o"ina$Ces% or'", assi" !o"o seu pai foi destronado, foi pre(isto que ronos teria o "es"o destino, e !o" isso ele passou a engolir os próprios filhos, os aprisionando e" seu estD"ago% or'", sua esposa Oeia, !onseguiu poupar o !a$ula, Ieus% Ieus !res!eu es!ondido e" u"a ilha, e quando !hegou a fase adulta foi !onfrontar seu pai% Após !onseguir li#ertar seus ir"os do estD"ago do pai, Ieus reuniu os deuses, li#ertou os gigantes presos no *rtaro e ini!iara" u"a guerra% o" a (itória dos deuses, os tits que apoiara" ronos, assi" !o"o ele, fora" todos jogados de (olta ao *rtaro, sendo definiti(a"ente presos pelo resto da eternidade%
A Queda dos Titãs. %ornelis "an !arrlem.
o"o pode se (er, desde o iní!io o *rtaro j* apresenta(a u"a fun$o de priso, e após a (itória dos deuses, ele no apenas (oltou a a#rigar os tits e outros "onstros, "as ta"#'" passou a ser o lo!al para onde os "aiores pe!adores e !ri"inosos era en(iados% e fato, alguns !onsidera" o *rtaro !o"o sendo a (erdadeira ess/n!ia do .nferno% K*, segundo !onta Nirgílio, do alto de u"a torre, fi!a(a e" !onstante (igília a Erínia, Alecto, a qual seu no"e signifi!a 8inter"in*(el8, u"a refer/n!ia ao sofri"ento eterno que aqueles !ondenados teria" que suportar% Nirgílio, ta"#'" dissera que as Gór*o%as Hedusa, Euríale e Esteno6, !o"o ta"#'" hidras, qui"eras e de"Dnios, ator"enta(a" os !ondenados no *rtaro% uriosa"ente os !astigos ofere!idos no *rtaro no so #e" des!ritos nos "itos% Sa#e-se que os tits fi!a(a" a!orrentados, e e" algu"as (ersCes, fi!aria" presos dentro de po$os, algo que ante fiera aluso e" seu poe"a, no &ita(o i!lo, quando en!ontrara alguns gigantes presos dentro de po$os% Has, diferente de ante que sou#e detalhar os !astigos sofridos e" sua (erso do .nferno, na "itologia grega, alguns dos !astigos so u" tanto pe!uliares, e os tr/s "ais fa"osos, die" respeito a tr/s "ortais%
01ntalo, 2'si$o e 34ion.
T;%talo era u" rei que fora agra!iado !o" a honra de realiar u" #anquete aos deuses, por'" a!a#ou "atando u" de seus filhos e ser(indo sua !arne no #anquete% &s deuses des!o#rira" terrí(el ato, ento Ieus "atou Mntalo e o restante de seus filhos% & rei fora !ondenado direta"ente ao *rtaro, onde fora aprisionado e" u" po$o !o" *gua at' a altura do pes!o$o% Seu !astigo, fora sofrer de fo"e e sede pelo resto da eternidade% oda (e que Mntalo tentasse #e#er *gua, o po$o se se!a(a% E toda (e que ele tenta-se pegar u" dos frutos que se en!ontra(a e" u"a *r(ore so#re o po$o, o (ento afasta(a os galhos dele% )o !aso de Sísi1o, esse fora rei de orinto, e existe" "uitas (ersCes so#re sua (ida e os !ri"es que !o"etera, desde adult'rio, tentati(a de "atar o próprio ir"o, delatar Ieus, e enganar o deus Mnatos e o deus ades% o" isso, ele fora !ondenado ao *rtaro, a ter que e"purrar ou !arregar u"a pedra de "*r"ore "ontanha a!i"a, "as quando se aproxi"a(a do topo, u"a for$a joga(a a pedra a#aixo, e Sísifo, tinha que (oltar todo o trajeto e !o"e$ar tudo de no(o% & !astigo de Sísifo era realiar todos os dias, todas as horas, todo o te"po a "es"a *rdua tarefa, pelo resto da eternidade% al história originou o pro('r#io 'tra5al9o (e Sísi1o', onde a rotina se torna u"a tortura%
B>io% fora u" trai$oeiro rei que para se !asar !o" ia, filha de Eioneu, pro"etera !o"o dote, seus "elhores !a(alos, "as depois de realiado o !asa"ento, Txion no deu o dote, isso le(ou Eioneu a se irar, o qual to"ou a for$a o dote pro"etido, Txion, se irou e jurou (ingan$a% Ele a!a#ou engando o sogro e o tran!ou dentro de u"a !asa, onde a quei"ou% & "es"o a!a#ou se arrependendo e enlouque!eu% or'", posterior"ente, Ieus lhe restituíra a sanidade e realiara u" #anquete para ele, no entanto, Txion j* e"#riagado, !o"e$ou a !ortejar era% A deusa re(oltada !o" aquilo, fora !ontar para seu "arido% Ieus pediu que N!1ele, a deusa das nu(ens, !ria-se u"a nu(e" na for"a de era e a en(ia-se para Txion% & tolo "ortal a!hando que a rainha dos deuses !edera a suas in(estidas, a possuiu% Segundo o "ito, tal nu(e" teria dado orige" aos !entauros% or'", Ieus indignado !o" a afronta que Txion ha(ia feito a sua esposa, o "atou e o lan$ou ao *rtaro, onde o "es"o fora preso e" u"a roda e" !ha"as, !ondenado a girar nesta pela eternidade% & *rtaro para alguns estudiosos se asse"elharia "ais a ideia de .nferno, passada pelas religiCes a#raM"i!as udaís"o, ristianis"o e .sla"is"o6, !o"o sendo u" lo!al quente, !heio de fogo, fu"a$a e enxofre, onde os gritos de dor dos pe!adores era" ou(idos, enquanto de"Dnios os !astiga(a" se(era"ente%
Os 2ampos Elísios &s !ha"ados a"pos Elísios, lugar onde o (ento sereno de 6!1iro deus do (ento oeste6 sopra, onde prados (erdejantes se estende" al'" da onde a (ista al!an$a% F" lugar onde se"pre ' dia e" algu"as (ersCes dise que a noite existe6, onde pare!e que a pri"a(era no (ai e"#ora, pois os #osques so (erdejantes e !heio de frutas e os !a"pos fi!a" !oloridos !o" as flores sil(estres% F" lugar onde as pessoas !anta", dan$a", lee", de!la"a" poesias, prati!a" exer!í!ios, !orre", #rin!a"% F" lugar onde no h* dor, sofri"ento, e nenhu" senti"ento rui" e pe!a"inoso% F" lugar, onde as pessoas (i(e" e" pa e felies%
Pintura retratando os %ampos El'sios.
ais !a"pos so na "itologia grega, o que !on!e#e"os !o"o araíso e" outras religiCes, !o"o j* fora dito anterior"ente nesse texto% Has, u" fato interessante ' que a lo!alia$o dos Elísios no ' !erta% Nirgílio, di que tais !a"pos fi!a(a" no próprio ades, pois fora para l* que Eneias e Si#ila se dirigira" para en!ontrar Anquises% )o jogo Go( o1 :ar8 29ai%s o1 Ol=mpus , os a"pos Elísios ta"#'" fi!a(a" lo!aliados no ades% )o jogo, ta"#'" di que o pilar que sustenta o "undo se en!ontra nos Elísios, e esse pilar era a #ase do Honte &li"po% E" alguns "itos antigos, os Elísios seria" !er!ados por gigantes!as "uralhas, a fi" de separ*-lo do Gre#o% E tal lugar seria go(ernado pelo jui Oada"anto% E tendo !o"o guardio o próprio ronos% or'", tal
(erso no fora "uito a!eita posterior"ente, pois ronos esta(a preso no *rtaro, e no seria poupado de seus !ri"es, no entanto, os Elísios "es"o assi" se "anteria" no .nferno% or'", para outros poetas !o"o o"ero, esíodo e Pí%(aro <22-553 a%6, os Elísios no fi!aria" no "undo inferior, "as seria" ilhas lo!aliadas no &!idente, no Mar Ocea%o, no"e dado ao atual &!eano AtlMnti!o% esíodo, !hega a se referir aos a"pos Elísios !o"o Il9as (os A1ortu%a(os ou .lhas dos -em? a$e%tura(os% o"ero refere-se ao lo!al #re(e"ente na &disseia, "as alega que o "es"o seria" ilhas lo!aliadas no grande o!eano, onde o jui Oada"anto as go(ernaria% & historiador grego Plutarco 5?-1206, defende a ideia de que os Elísios seria" ilhas lo!aliadas a oeste da !osta afri!ana% E" &s a(aleiros do Iodía!o: A Saga de ades, os a"pos Elísios fi!aria" e" u"a esp'!ie de outra 8di"enso8% E"#ora, que u" dos !a"inhos para l* se !hegar, se en!ontra-se atr*s de u"a grande parede no .nferno% )a i(ina o"'dia, ante no !hega a falar propria"ente dos Elísios, "as fa "en$o ao lo!al, faendo aluso ao en!ontro de Eneias !o" Anquises, des!rito na Eneida%
Pintura retratando o encontro de Eneias com seu pai (nquises nos %ampos El'sios.
&utro aspe!to que "ar!a os !a"pos ' que u" dos !in!o rios infernais por ali passa(a% )esse !aso, o Rio Lete, o rio do esque!i"ento% iia-se que após "il anos, a al"a poderia reen!arnar e" outro !orpo% Ao se #e#er da *gua do Kete, a al"a a!a#aria esque!endo sua (ida passada% )a i(ina o"'dia, o rio Kete no fi!a lo!aliado no .nferno, "as si" na Mo%ta%9a (o Pur*atório , onde as al"as que re!e#ia" o perdo, #e#ia"-lhe da *gua, antes de podere" entrar no 'u% & rio possuía a "es"a fun$o de faer esque!er aquele a que" #e#e-se de suas *guas% &s a"pos Elísios posterior"ente al'" de tere" sido asso!iados ao araíso, ta"#'" !hegara" a sere" !o"parados ao ardi" do Gden, ao jardi" das delí!ias%
NOTA8 &s 2rô%i(as, designa$o dada aos filhos de ronos e Oeia era": ades, oseidon, era, e"'ter, 'stia e Ieus% NOTA 8 As Hoiras, as deusas do destino era": Rtropos, K*quesis e loto% NOTA F8 As Erínias era": ísifone, Hegera e Ale!to%
NOTA : A"#rosia ' o no"e de u" do!e feito U #ase de o(os, #e" !o"u" e" ortugal, Espanha e e" alguns estados no @rasil, espe!ial"ente no interior desses% NOTA H8 )'!tar ' o no"e pelo qual so !ha"adas as #e#idas al!oóli!as no jogo he Si"s 3% Al'" disso, h* ta"#'" o do!e a"#rosia, o qual !on!ede grande feli!idade e reju(enes!e o Si" e" alguns dias de (ida% NOTA 8 A"#rosia ' o no"e de u"a fa"ília de plantas% NOTA J8 Existe" "uitas a(enidas !o" o no"e de a"pos Elísios% E" aris existe a fa"osa 29amps? 4l=s!es, a qual passa so# o Arco (o Triu%1o !onstruído por Napole"o -o%aparte % )a !idade de S"o Paulo, al'" de existir u"a a(enida !o" esse no"e, ta"#'" existe o #airro dos 2ampos Elísios , fundado no s'!ulo N... por ri!os e"pres*rios e faendeiros, !onstituindo u" #airro no#re na 'po!a%
Re1er&%cias -i5lio*r)1icas8 -3LIN2+, ho"as% O li$ro (e ouro (a mitolo*ia8 9istórias (e (euses e 9eróis % radu$o de a(id ardi", Oio de aneiro, Ediouro, 200?% VIRGBLIO, +#lio% Eneida% radu$o de Hanuel &dori!o Hendes% So aulo, Hartin laret, 2011% ALIG+IERI, ante% Di$i%a 2om!(ia % radu$o de % % a(ier inheiro, Oio de aneiro, V% H% a!Wson, 1>?5% (olu"e .6% +OMERO% O(isseia% radu$o de ai"e @runa% Oio de aneiro, &tto ierre Editores, 1>40% +ESBODO% Teo*o%ia % )it'roi, FXX, 1>7>% 9rande En!i!lop'dia Karousse ultural, (% >, So aulo, )o(a ultural, 1>>4% 9rande En!i!lop'dia Karousse ultural, (% 12, So aulo, )o(a ultural, 1>>4% 9rande En!i!lop'dia Karousse ultural, (% 15, So aulo, )o(a ultural, 1>>4% 9rande En!i!lop'dia Karousse ultural, (% 1?, So aulo, )o(a ultural, 1>>4% 9rande En!i!lop'dia Karousse ultural, (% 20, So aulo, )o(a ultural, 1>>4% 9rande En!i!lop'dia Karousse ultural, (% 21, So aulo, )o(a ultural, 1>>4% 9rande En!i!lop'dia Karousse ultural, (% 23, So aulo, )o(a ultural, 1>>4%
."presso por ulio elestino 20P02P201< do site http:PPseguindopassoshistoria%#logspot%!o"%#rP2013P01P(ida-apos-"orte-na-"itologia-grega%ht"l