MACUNAÍMA – MARIO DE ANDRADE RESUMO DA OBRA Macunaíma nasceu numa tribo amazônica. Lá passa sua infância, mas não é uma criança igual as outras do lugar. É um menino mentiroso, traidor, pratica muitas safadezas, fala muitos palavrões, além de ser extremamente preguiçoso. Tem dois irmãos, Maanape e Jiguê. Vai vivendo assim a sua meninice. Cresce e se apaixona pela índia Ci, A Mãe do Mato, seu único amor, que lhe deu um filho, um menino morto. Depois da morte de sua mulher, Macunaíma perde um amuleto que um dia ela havia lhe dado de presente, era a pedra “muiraquitã”. Fica desesperado com esta perda, até que descobre que a sua muiraquitã havia sido levada por um mascate peruano, Vesceslau Pietra, o gigante Piamã, que morava em São Paulo. Depois da descoberta do destino de sua pedra, Macunaíma e seus irmãos resolvem ir atrás dela para recuperá-la. Piamã era o famoso comedor de gente, mas mesmo assim ele vai atrás de sua pedra. A história, a partir daí, começa a discorrer contando as aventuras de Macunaíma na tentativa de reaver a sua “muiraquitã” que fôra roubada pelo Piamã, um comerciante. Após conseguir a pedra, Macunaíma regressa para a sua tribo, onde após uma série de aventuras finais, finalizando novamente na perda de sua pedra. Então, ele desanima, desanima, pois sem o seu talismã, talismã, que, no fundo fundo,, é o seu próprio ideal, o herói reconhece a inutilidade de continuar a sua procura, se transforma na constelação Ursa Maior, que para ele, significava se transformar em nada que servisse aos homens, por isso, vai parar no campo vasto do céu, sem dar calor nem vida a ninguém. Capítulo I - “Macunaíma” Macunaíma Macuna íma nasce no Uraricoera Uraricoera e já manif manifesta esta uma de suas caract característic erísticas as mais forte fortes: s: a pregu preguiça; iça; sua principal atividade é a sexual, e com a mulher do irmão Jiguê. É também nesse capítulo que o protagonista se transforma em um príncipe lindo. Capítulo II - “Maioridade” Por suas traquinagens, Macunaíma é abandonado pela mãe. No meio do mato, encontra o Curupira, que arma uma cilada para o herói, da qual acaba escapando por pura preguiça. Depois de contar à cotia como enganou o monstro, ela joga calda de aipim envenenada em Macunaíma, fazendo seu corpo crescer, com exceção da cabeça, que ele consegue desviar do caldo. Capítulo III - “Ci, Mãe do Mato” Com a ajuda dos irmãos, Macunaíma consegue fazer sexo com Ci, que engravida e perde o filho. Após a morte do filho, Ci deixa também este mundo e dá a Macunaíma a famosa muiraquitã, um tipo de talismã ou amuleto. Capítulo IV - “Boiúna Luna” Triste, Macunaíma segue seu caminho após se despedir das Icamiabas (tribo das índias sem marido). Encontra o monstro Capei e luta contra ele. Nessa batalha, perde o muiraquitã e fica sabendo que uma tartaruga apanhada por um mariscador havia encontrado o talismã, e esse o tinha vendido a Venceslau Pietro Pietra, rico fazendeiro, residente em São Paulo. Capítulo V - “Piaimã” O herói, acompanhado dos irmãos, vai para São Paulo, com o objetivo de recuperar a pedra. Na cidade, descobre que Venceslau Pietro Pietra é o gigante Piaimã, devorador de gente que era amigo da Ceiuci, também apreciadora de carne humana. Capítulo VI - “A francesa e o gigante” Macunaíma disfarça-se de francesa para seduzir o gigante Piaimã e recuperar a muiraquitã. O gigante propõe dar a pedra ao herói disfarçado se esse aceitasse dormir com ele. Macunaíma, então, dispara numa correria por todo o Brasil. Capítulo VII - “Macumba” Macunaíma vai para um terreiro de macumba no Rio de Janeiro e pede à macumbeira que dê uma sova cruel no gigante. Capítulo VIII - “Vei, a Sol”
Ainda no Rio, o herói encontra Vei, a deusa-sol. O herói promete a Vei que iria casar-se com uma de suas filhas. Na mesma noite, no entanto, Macunaíma “brinca” (ou seja, faz sexo) com uma portuguesa, enfurecendo a deusa. Ela manda um monstro pavoroso atrás do herói, que foge deixando a portuguesa com o monstro. Capítulo IX - “Carta pras Icamiabas” No retorno a São Paulo, Macunaíma escreve a famosa “Carta pras Icamiabas”, na qual descreve, em estilo afetadíssimo, a agitação e as mazelas da vida paulistana. Capítulo X - “Pauí-pódole” Com o gigante adoentado, Macunaíma fica impossibilitado de recuperar a pedra, portanto gasta seu tempo aprendendo a difícil língua da terra. Capítulo XI - “A velha Ceiuci” Depois de arrumar uma saborosa confusão na cidade, o herói vai visitar o gigante, que ainda se recuperava. Resolve fazer uma pescaria no Tietê, onde também costumava pescar Ceiuci. Além de brincar com a filha da caapora, Macunaíma foge de Ceiuci em um cavalo que percorre de forma surrealista a América Latina: em algumas linhas, faz o incrível trajeto Manaus-Argentina. Capítulo XII - “Tequetequem, Chupinzão e a injustiça dos homens” Disfarçando-se de pianista, Macunaíma tenta obter uma bolsa de estudo para seguir no encalço de Venceslau Pietro Pietra, que fora para a Europa. Não conseguindo ludibriar o governo, decide viajar pelo Brasil com os irmãos. Numa das andanças, com fome, o herói encontra um macaco comendo coquinhos. O macaco diz cinicamente que estava comendo os próprios testículos. Macunaíma, ingenuamente, pega então um paralelepípedo e bate com toda a força nos seus, ditos, coquinhos. O herói morre e é ressuscitado pelo irmão Manaape, que lhe restitui os testículos com dois cocos-da-baía. Capítulo XIII - “A piolhenta de Jiguê” Jiguê se enamora de uma moça piolhenta, que brinca toda hora com Macunaíma. Quando descobre a traição, Jiguê dá uma sova no herói e uma porretada na amante, que vai para o céu com seus piolhos, transformada em estrela que pula. Capítulo XIV - “Muiraquitã” Macunaíma mata o gigante Piaimã, jogando-o num buraco com água fervendo, onde Ceiuci preparava uma imensa macarronada. Depois de matar Venceslau Pietro Pietra, o herói consegue recuperar a muiraquitã. Capítulo XV - “A pacuera de Oibê” Macunaíma e os irmãos resolvem voltar para o Uraricoera, levando consigo alguns pertences e uma dose de saudade de São Paulo. Na volta, o herói tem vários casos amorosos. Perseguidos pelo Minhocão Oibê, Macunaíma o transforma num cachorro-do-mato e segue viagem. Capítulo XVI - “Uraricoera” Chegando ao Uraricoera, o herói se entristece ao ver a maloca da tribo destruída. Uma sombra leprosa devora os irmãos, e Macunaíma fica só. Todas as aves o abandonam, apenas um papagaio, a quem conta toda a sua história, permanece com ele. Capítulo XVII - “Ursa Maior” Vei, a Sol, vinga a desfeita que Macunaíma havia feito a uma de suas filhas e cria uma armadilha para o herói, que, ao ver a uiara em uma lagoa, se deixa seduzir e acaba sendo mutilado pelo monstro. Macunaíma consegue recuperar suas partes mutiladas, abrindo a barriga do bicho, mas não encontra sua perna nem a muiraquitã. O herói vai para o céu, transformado na constelação da Ursa Maior.